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O Helenismo séc. IV – I a.C.

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Aula de Epistemologia - Helenismo

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O Helenismo séc. IV – I a.C.

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Designa-se por período helenístico (do grego hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia compreendido entre a morte de Alexandre (O Grande) da Macedônia em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do Mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento, bem como as Filosofia Individuais. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes; do Cinismo, Ceticismo, Epicurismo, e Estoicismo. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.

O Império de Alexandre,O Grande

Colin Farrel interpretando “Alexandre” de Oliver Stone

(2004)

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O Mundo Cosmopolita Alexandrino e as Filosofias Individuais

Após a morte de Alexandre, O Grande (323 a.C.), seu império dividiu-se em facções em guerra. Enquanto permanecia a unidade cultural criada por ele, havia luta e conflito incessante no nível político. Assim, vivendo em um mundo cosmopolita, o homem helênico está preocupado em como um homem civilizado deve viver em um mundo inseguro, instável e perigoso. Esta crise fez surgir filosofia individuais que prometiam amenizar o sofrimento dos helenistas diante do caos cosmopolita.

Com o império de Alexandre, os

casamentos eram formados entre gregos e nativos, mas seu ethos

e sua língua permaneceriam gregos. Assim, todo o mundo antigo passou a ser

governado por cidades “gregas” que não

ficavam na Grécia e cujas populações eram

multirraciais e multilíngues.

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Alexandria: o centro do conhecimento antigoA Cidade mais importante do

helenismo foi Alexandria, chamada assim porque

Alexandre a Batizou com seu nome. Antiga Biblioteca de

Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Ela floresceu sob o patrocínio

da dinastia ptolemaica e existiu até a Idade Média, quando foi

totalmente (ou quase) destruída por um incêndio casual

provocado por Júlio César, em 48 d. C. ao incendiar seus

próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas limitando

sua capacidade de comunicação por via marítima.

De acordo com Plutarco (46 d.C.–120) , o incêndio se

espalhou para as docas e daí à biblioteca.

Biblioteca de Alexandria na

antiguidade e nos dias atuais

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O CinismoO Cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates , chamado Antístenes, e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de400 a. C., que pregava essencialmente o desapego aos bens materiais e externos. Cínico vem do termo grego kynikos, que significa “como um cão”, apelido este dado pelos atenienses à Diógenes.

"Sou uma criatura do mundo (cosmos), e não de um estado ou uma cidade (polis) particular“. Com este pensamento Diógenes cunhou o

termo “cosmopolita”

"Alexandre, o Grande, que ao encontrar Diógenes teria perguntado o que poderia fazer por ele. Mas Diógenes, olhando para a Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol") “

Antístenes foi um pupilo de Sócrates, de quem ele aprendeu o

preceito ético fundamental de que a

virtude, e não o prazer, é a meta da existência. Tudo o que um sábio faz, disse Antístenes, está em conformidade com a virtude perfeita, e o prazer não apenas é desnecessário, como

é mesmo um mal positivo.

Antístenes( 445 ~365 a.C.)

Diógenes( 404-323 a.C.)

A distinção entre valores

verdadeiros e falsoso é a única

distinção que conta: todas as

demais distinções são lixo – todas as

convenções sociais como as distinções entre

teu e meu, público e privado, nu e vestido, cru e

cozido, tudo isso é absurdo.

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Ceticismo: os primeiros relativistas da Filosofia

O ceticismo ou cepticismo (derivado do verbo grego σκέπτομαι, sképtomai, "olhar à distância", "examinar", "observar") é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da verdade, o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da incapacidade de compreensão de fenômenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade.

“pelo ceticismo... Chegamos primeiro à

suspensão de juízos, e depois à liberdade do

distúrbio”Sexto Empírico

Para quase tudo em que um povo acredita em determinado lugar parece haver gente em outro lugar que acredita no oposto. E em geral os argumentos são bons em ambos os lados. Tudo o que

podemos fazer é tomar as coisas pelo que nos parecem: mas as aparências são notoriamente frustrantes, por isso nunca devemos assumir a verdade de uma explicação em vez de qualquer

outra.

Pirro( 365-270 a. C.)

Pensadores Céticos

Tímon de Filo ( 320-230 a.C.)

Arcesilau (315-240 a.C.

Carnéadas (214-129 a. C.)Sexto Empírico

( c.200 d.C.)David Hume (1711-1776)

“A Beleza das coisas existe na mente de

quem as contempla”David Hume

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Epicurismo: os primeiros humanistas científicos e liberais

Como muitas posturas do século XX, a filosofia de Epicuro era materialista, arreligiosa e cultuava o prazer. Foi a primeira filosofia desse tipo a ser

desenvolvida intelectualmente em sua plenitude.

Numa época em que todas as formas de vida pública eram imprevisíveis e altamente perigosas, ele ensinava as pessoas a buscar a felicidade e a realização em suas vidas privadas. “Vida incógnita”

era uma de suas máximas

Epicuro( c.341-270 a. C.)

Sobre o Medo da Morte: “A morte na da

é para nós”Sobre o medo dos

deuses: “Nada temos a esperar e nada a

temer”Sobre a Existência:

“Goza a vida enquanto tens”

A boa vida nesta vida, a felicidade neste mundo, deve ser

nossa meta

Lucrécio (c.95-52 a. C.)

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Estoicismo: a filosofia do império romano

Uma vez que a morte e a adversidade estão fora de nosso controle, e acontecem a todo mundo, devemos enfrentá-las com nobre resignação.

O estoicismo fundado por Zenão de Cício, afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos Divino . A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este logos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia“, “ordem”).O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a serenidade perante as tragédias e coisas boas.

Zenão de Cício( 334-262 a. C.)

“Quase todos os sucessores de

Alexandre – podemos dizer todos os

principais reis que existiram depois de

Zenão – professaram o estoicismo” Bryan

Magee

Principais Estóicos

Sêneca ( c.2 a.C.-65 d.C.)Epicteto (55- 135 d.C.)

Marco Aurélio (121-180 d.C.

O Sucídio não era tabu para os estóicos. Ao contrário, acreditavam no direito de um homem decidir sua

própria morte tanto quanto sua própria vida.

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A Ciência Helênica

Arquimedes (287-212 a.C.)

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A Ciência Helênica

Euclides (360-295 a.C.)"Pai da Geometria".

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A Ciência Helênica

Grandes Monumentos da Antiguidade

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O Neoplatonismo

Plotino (c.205-270 d.C.)

Porfírio quis oferecer ao leitor uma passagem pelos escritos de Plotino

que lhe traria uma formação filosófica, uma condução até o bem absoluto. O alvo geral da leitura e interpretação

dos textos nas escolas do Império era, em primeira linha, a transformação da vida, a cura da alma, a condução para

uma vida boa resultante disso”.

Porfírio , foi um filósofo neoplatônico e um dos mais importantes discípulos de Plotino, responsável por organizar e publicar 54 tratados do mestre na obra As Enéadas, composta por seis livros. Escreveu ainda uma biografia de Plotino (A Vida de Plotino) e comentários à obras de Platão e Aristóteles. Seu livro Introductio in Praedicamenta foi traduzida para o latim por Boécio e transformou-se num texto padrão nas escolas e universidades medievais, possibilitando desenvolvimentos na filosofia, teologia e lógica durante a Idade Média.

Porfírio (c.322-204 d.C.)