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Paulo Garcia Contrucci
ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA KANBAN NA
ÁREA DE RECEBIMENTO E DEPÓSITO DE MATÉRIA-
PRIMA EM CHAPAS DE AÇO NA ÁREA DA
ESTAMPARIA.
TAUBATÉ
2004
1
Paulo Garcia Contrucci
ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA KANBAN NA
ÁREA DE RECEBIMENTO E DEPÓSITO DE MATÉRIA-
PRIMA EM CHAPAS DE AÇO NA ÁREA DA
ESTAMPARIA.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado para ob tenção do
Cer t i f i cado de Especia l i zação em
Gestão Industr ia l do
Departamento de E conomia ,
Contab i l idade e Admin is t ração da
Un ivers idade de Taubaté .
Or ien tador : Prof . Dr . José Luís
Gomes da S i l va
Taubaté – SP
2004
2
PAULO GARCIA CONTRUCCI
ANÁLISE DA UTIL IZAÇÃO DO SISTEMA KANBAN NA
ÁREA DE RECEBIMENTO E DEPÓSITO DE MATÉRIA-
PRIMA EM CHAPAS DE AÇO NA ÁREA DA
ESTAMPARIA.
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP
Data :_____________________________________
Resu l t ado :_________________________________
COMISSÃO JULGA DORA
Prof. Doutor Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira__________
Assinatura ______________________________________________
Prof. Mestre Augustinho Ribeiro da Silva_______________________
Assinatura _______________________________________________
Profa. Mestre Miroslava Hamzagic____________________________
Assinatura _______________________________________________
3
Ded i co a os meu s pa i s , Oswa ldo e T he r eza , que apes a r d e
n ão es t a r em p r es en te s , t i v e r a m pa r t i c i paç ão f undamen t a l na m inh a
v i da e onde es t i v e r em es t ão t o r c endo pe lo meu suc ess o .
E m es pec ia l a m inha es posa e co mpa nhe i r a L i l i a n , qu e
a companho u es te t r aba lho e s empr e me i nce n t i v ou n os momen t os
ma i s d i f í ce i s des t a j o r n ada .
A os meus f i l hos P au lo e V i c t o r que , apes a r de a i nda nã o
e n ten de r em o mo t i vo de me u es f o r ç o , de i x a r am de c ompa r t i l ha r
n oss os me lho r e s momen t os .
A os f ami l i a r es e am igos qu e c ompr een de r am nos sas
a usênc ias em momen t os de f es t as e l aze r .
4
A GRADE CI ME NT OS
P r ime i r a men te a Deus , po r me p r o po r c i ona r c ond i ç ões pa r a a
r ea l i zação de s t e t r aba lho .
A o me u o r i en t ado r P r o f . D r . Jo sé Lu í s Gomes d a S i l v a , pe lo a po io ,
p e r m i t i n do o d esenv o l v imen to des te t r ab a lho .
À V o l ks wag en do B r as i l p e la op o r t un idad e , e à U NI TA U, pe la su a
p a r t i c i pa ção nes te ev en t o .
A os p r o f ess o r es do cu r so qu e p r opo r c i on a r am um a p r end i zad o
a tua l i zado e demons t r a r a m compe t ênc ia p r o f i s s i ona l e am iza de .
A os co leg as do cu r so , pe la opo r t un id ade das t r oc as d e
e xpe r i ênc ia s e pe la un ião do g r upo .
A t oda s a s pess oas que , de f o r ma d i r e t a ou i nd i r e t a , con t r i bu í r am
p a r a a compos i ção da monog r a f i a .
5
CONTRUCCI , P au lo Ga r c i a . An á l i se d a u t i l i z ação d o s i s t e ma
K an ba n na á rea d e r eceb i men t o e de pó s i t o d e mat é r i a - p r i ma
e m ch ap as d e aço , á rea d a Es t amp ar i a . 2004 . 45p . Mono g r a f i a
d e E spec ia l i za ção ( P ós - Gr adua ção em Ges t ão I nd us t r i a l ) -
D epa r t am en t o d e E con om ia , Con t ab i l i da de e A dm in i s t r aç ão -
E CA - d a U n i ve r s i da de de Ta uba t é , Taub a té .
RES UMO
Nas e m pr esas , os es toq ues são f a t o r es ge r ado r es de
d espes as dev id o a v á r i os cu s t os com sua m an u te nção ,
r ep r e sen t ando , ass im um a g r ande pa r ce la dos c us t os l og í s t i c os ,
q ue s e t o r nam g as t os des nec ess á r i os e n ão ag r eg am va lo r ao
p r odu t o . O K anba n é u m a f e r r am en t a u t i l i zada n o s i s t em a de
a dm in i s t r açã o de p r oduç ão , que o f e r ec e i n f o r m açõe s pa r a
c on t r o l a r a p r oduçã o e r eg u la r o f l u x o de m a t e r i a i s e m a n te r o
i n ven t á r i o sob c on t r o l e . E s t e t r aba lho v i sa a na l i sa r os r esu l t ado s
o b t i d os de um es t udo de c as o quando d a im p lem en t aç ão do
s i s t em a K anban no depós i t o e r ec eb im en to de chap as de aç o
p l anos pa r a a es tam pagem d e pe ças pa r a m on t agem de v e í cu lo .
Os r es u l t a dos de m ons t r am u m ganh o s i gn i f i c a t i v o , ao r edo r de
4 3%, em r eduç ão no e s t oque , após a im p la n ta ção da f e r r am en t a
K anba n .
P a lav r as - ch ave : K an b an , i nv en t á r i o , es t o q ue , mat é r i a - p r i ma .
6
CONTRUCCI , Pau lo Ga r c i a . ( An a l ys i n g t h e Kan b an sys t em i n
t h e s t o ck co n t ro l an d rece i v i n g g a t e ) . 2004 . 45p . Mon og r ap h
( Spe c ia l i za t i on - I ndus t r i a l Manage m en t ) - Ec onom y, A cc oun t i ng an d
A dm in i s t r a t i on De pa r t m e n t – E CA - Un i ve r s i t y o f Tauba té , Tauba t é -
B RA Z IL .
ABS TRACT
I n t he c o r po r a t i on , s t ock s i n f ac t g ene r a tes cos t s . Th i s
h appens bec ause o f t he m a in t enan ce and t h e l og i s t i c p r o ces s ,
b r i ng ing unnec ess a r y ex pens es t h a t do no t app l y va lues t o t h e
p r oduc t s . The K anb an i s a sys t em u t i l i zed i n t he s t ock
a dm in i s t r a t i on ( p r oduc t i on c on t r o l ) , t ha t o f f e r i n f o r m a t i on s t o
c on t r o l t he p r oduc t i on and sc hedu le t he m a t e r i a l f l ow, k ee p ing t h e
i n ven t o r y un de r c on t r o l . Th i s wo r k w i l l ana l yse t he r es u l t s o f on e
c ase i n t h e im p lem en ta t i on ph ase t o t he s t ock a nd r ece i v i ng ga t e .
Th i s s t oc k i s us ed t o s t am p pa r t s o f t he ve h i c l e , t o t h e f i n a l
a sse m b ly . The r es u l t i s conv e r t ed t o s av in gs ( f i n anc ia l s an d
p hys i ca l s o nes ) d ec r eas in g t he s t oc k i n abou t 43%.
K ey- wo r ds : Ka nb an , s t oc ks , in ve nt o ry ad mi n i s t ra t io n , raw
m at e r i a l .
7
SUMÁRIO
R ES UMO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
ABS TRACT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
L I STA D E F IGU RAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
L I STA DE GRÁ F ICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
GL OS SÁ RIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1 . I NTROD UÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1 . 1 OBJ ETI VO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2 . R EV IS ÃO B IB LI OGRÁF I CA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 . 1 F UN ÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2 . 2 E STOQUE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2 . 2 . 1Mo t i vo s p ara a ex i s t ên c i a d o s es t oq u es . . . . . . . . . . . . . . . 1 6
2 . 2 . 2 T i p o s d e es t o q ue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2 . 2 . 3 D ec i são d e es t o q ue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 . 2 . 4 C us t o d e es t o q ue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 . 2 . 5 Man u t en çã o do es t o q u e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2 . 2 . 6 C ur va AB C, p r i or i d ad e d e es t o q u e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2 . 3 ID ENTI F IC AÇÃ O E CL AS SI F IC AÇÃ O DE MATER IAIS PARA
A ES TOCAGEM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
8
2 .4 L OTE S E CON ÔMI COS DE COMPRA( L E C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1
2 . 5 ARMAZ EN AGE M. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2 . 5 . 1 Red u ção d o cu s t o d e t ran sp o r t e e p ro d u ção . . . . . . . 2 4
2 . 5 . 2 Co o rd en ação d e su p r im en t o s e d ema nd a . . . . . . . . . . . . 2 4
2 . 5 . 3 N ecess i d ad e d a p ro d u ção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2 . 5 . 4 C on s i d eraç õe s d e m arke t i n g . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2 . 6 EMBALAGEM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2 . 6 . 1 Em ba lag em p ara p ro m oç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5
2 . 6 . 2 E mb a l ag em p ara p ro t eção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6
2 . 6 . 3 E mb a l ag em p ara d is t r i b u i ção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6
2 . 7 RE S SUP RI MENTO D E MATE RI AL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2 . 8 MAN USE I O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2 . 8 . 1 Eq u i pa men t o s de mo v i men t ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2 . 9 TRANS PORTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2 . 9 . 1 S i s t emas de Tran sp o r t es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3 E STU DO DE CASO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3 .1 DES CRI ÇÃ O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3 . 2 MATE RI AL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3 . 3 ANÁL I SE DOS RE SU LTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4 . C ONCL US ÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
R EF E RÊN CI AS B I BL IOGR ÁF IC AS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
9
LISTA DE F IGURAS
F i g u ra 1 - P l an e ja men t o Kan b an X Co n ven c i o n a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
F i g u ra 2 - Car t ão Kan b an . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4
F i g u ra 3 - E f e i t os d o a l t o in ve nt á r i o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5
F i g u ra 4 - C u rva ABC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0
F i g u ra 5 - Área d e a r maz en amen t o d e ma t e r i a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3
F i g u ra 6 - R essu p r im en t o d e Mat e r i a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7
F i g u ra 7 - Em p i l h ad e i ra co m g ar f o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9
F i g u ra 8 - Po n t e ro lan t e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0
F i g u ra 9 - Kan b an d e m at é r i a - p r im a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3
F i g u ra 10 - S i s t e ma d e in f o rm ação c l i e nt e / f o rn eced o r . . . . . . . . . . . 3 4
F i g u ra 11 - L ay o ut Área E s t am p ar ia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5
F i g u ra 12 - Esq u ema d e u ma d as l in h as d e pr en sas ro b ot i -
z ad as . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
F i g u ra 13 - Í t en s es t amp ad o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7
F i g u ra 14 - Kan b an d e ch ap as p l an as em aço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
F i g u ra 15 - Qu ad ro P or t a - C ar t õ es Ka nb an . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
L ISTA DE GRÁFICOS
Grá f i co 1 – An á l i se d e r esu l t ad o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2
1 0
GL OS SARI O:
K an ba n- S is t em a de co n t r o l e de p i so de f áb r i ca , que t r ansm i t e
i n f o r m aç ões da p r oduç ão aos pos to s de t r aba lho i n t e r l i gados . A
t r a dução l i t e r a l é “ r eg i s t r o v i s í ve l ” de con t r o l e de p r o duçã o e
i n ven t á r i o no p i so de f áb r i ca . O K anba n ge r a lm en te é v i s t o n a
f o r m a de um c a r t ão , c on t udo , pode se r qua lque r s i na l .
L ea d T i me- S i gn i f i ca t em po de r ea bas t ec im en t o ou r ess up r im en t o ,
d esde a ge r aç ão de um a nec ess idade a t é a sua e f e t i v a e n t r ega e
d i spos i ção ao us o .
L o t e eco n ô mi co ( L E) - É o núm er o de peç as q ue dev e r á se r
p r oduz ido e m um l o t e pa r a m in im i za r o cus t o de s e t - up e os
c us t os d e es t ocag em pa r a c on t r o l a r a s peç as após es t as s e r em
p r oduz idas .
S et - u p- Tr oc a e a j us t es de f e r r am e n ta s ( m o ldes , es t am po s , e t c . . . ) .
É o i n t e r va l o d e t em po dec o r r i d o e n t r e duas c o r r i das de p r oduç ão .
F I F O( “ F i rs t - i n , F i rs t - o u t ” ) - I nd i ca a p r i o r i dade d e a te nd im e n to d e
u m se r v i ç o , c ons um o de um m a t e r i a l , e t c . . . P r im e i r o a chega r ,
p r im e i r o a sa i r .
P a l e t es - Sã o p la t a f o r m as nas qua i s m e r ca do r i as sã o em p i l hadas
s e r v i ndo pa r a un i t i za r , ou s e j a , t r a ns f o r m ar a ca r ga num a ún i c a
u n idade de m o v im en t ação .
L o g í s t i ca emp resa r ia l - e s tu da c om o a adm in i s t r a ção pode p r ove r
m e lho r n í v e l de r en t ab i l i dade nos s e r v i ços de d i s t r i bu i ç ão aos
c l i en t es e c onsum ido r es , a t r a vés do p l ane j am en t o , o r ga n i zaç ão e
c on t r o l e e f e t i v os pa r a su a a t i v i d ades de m ov im en taç ão e
a r m a zena gem que v i sam f ac i l i t a r o f l u x o d e p r odu t os .
1 1
1. INTRODUÇÃO
Dev ido à g l oba l i zaçã o e a c ons eqüen t e ne ces s idad e das
e m pr esas se t o r n a r em com pe t i t i v as , áge i s e vo l t ada s ao c l i en t e , é
d e v i t a l im p o r t ânc i a que os c us t os se ja m m in im i zad os e qu e
t am bém os í n d i ces de qua l i dade e p r odu t i v i d ade s e j am
m ax im iza dos .
Há a ne ces s idad e de com pr e ende r o s i s t em a de p r o dução e
s uas e ta pas , se ndo que um a d as f o r m as é ape r f e i ç oando o
p r oce ss o l o g í s t i co .
A l o g í s t i ca em pr es a r i a l e s t uda c om o ad m in i s t r a r a t r a vés
d o p l ane j am en t o , o r ga n i za ção e con t r o l e e f e t i v o pa r a as
a t i v i dades d e m ov im en t aç ão e a r m azen agem , que v i sam f ac i l i t a r o
f l u x o d os p r o du t os .
A s a t i v i dad es , com o o t r anspo r t e , a m anu t enç ão do es t oqu e
e o p r oc ess am e n to dos p ed idos , são c ons id e r ada s p r im á r i as , po i s
e l as con t r i buem c om a m a io r pa r c e la do cus t o t o t a l da l og í s t i ca .
1.1 OBJETIVO
O ob j e t i v o d es t e t r a ba lho é an a l i sa r de que f o r m a f o r am
r eduz idos os cu s t os l og í s t i cos , cons ide r ando a r e dução dos
c us t os de t r ans po r t e e e s t oque de m a t é r i a - p r im a u t i l i za da n a
f ab r i caç ão de p eças es tam padas pa r a a p r oduç ão de v e í cu lo s .
N ess e cas o , t r a t a - s e de um i t e m do p r oc ess o de p r oduç ão ,
f o r n ec ido e m ch apas d e aço p l anas s i nge la s , b lanks ( pe ças
f e r r am e n ta das , j á p r epa r adas pa r a se r es t am pa das ) ou a t r a vés d e
b ob inas de aç o .
O e s t udo es t á em ba sado na im p lem en t açã o de um s i s t em a
d e a dm in i s t r aç ão de p r od ução , c ham ad o Kanb an , q ue se r á a
f e r r am e n ta u t i l i zada com o es t udo .
A á r e a es tud ada é a á r ea de r eceb im en t o e dep ós i t o d e
m a t é r i a - p r im a que f o r n ece m a t e r i a l n eces sá r i o pa r a a f ab r i c açã o
d e pe ças , na á r ea da es t am p a r i a .
1 2
2. REV ISÃO BIBLIOGRÁFICA
O K A NBA N, c om o c i t a Mou r a ( 19 89 ) é u m a t é cn i c a d e
g es t ão de m a te r i a i s e d e p r odu ção , que c on t r o l a no m om en t o
e xa t o a nec ess idade de m a te r i a l , a t r av és do m ov im en to de ca r t ã o
( Kan ban ) .
É um s i s t em a de con t r o l e de p r oces so de r eabas te c im en t o
e m n í v e l d e p i so de f áb r i ca que t r ans m i t e i n f o r m a ções d a
p r oduç ão aos pos to s de t r a ba lhos i n t e r l i gados , r e duz in do o t em p o
d e es pe r a , d im inu indo o es t oque , m e lho r an do a p r odu t i v i da de e
t o r nando o f l u xo do p r o ces so co n t í nuo e i n i n t e r r up t o .
A t r aduç ão l i t e r a l é “ r e g i s t r o v i s í ve l ” d e con t r o l e d e
p r oduç ão e i nven tá r i o no p i so de f áb r i c a .
E s t e m é t odo de c on t r o l e de p r oduçã o e d o i nven t á r i o n o
p i so d e f áb r i c a o f e r ece as i n f o r m açõe s p a r a con t r o l a r a p r o duçã o
d e um a m an e i r a ha r m on io sa , r egu la ndo o f l u x o de m a t e r i a i s .
O s i s t e m a K anba n é um m é to do que “ pux a ” a p r o duçã o e ,
p o r t an t o , é d i f e r en t e do s i s t em a con venc iona l ( em p u r r a r ) , F i gu r a
1 , sen do um s i s t e m a de au t oc on t r o l e em n í ve l de f áb r i ca .
F igu r a 1 : P lane j am en t o Kan ban X Conv enc iona l
F on te : Mou r a ( 1985 )
Ordens de fabricação
FLUXO DO MATERIAL
Ordem de fabricação
FLUXO DO MATERIAL
KANBAN
CONVENCIONAL
1 3
O Kan ban su r g iu no Ja pão , em m e ados d a d écad a de 70 ,
s endo s ua i dé ia bá s i c a e o seu de senv o l v im en t o c r ed i t ados à
Toyo t a Mo to r Com pany , a qu a l busc ava um s i s t em a d e
a dm in i s t r açã o q ue pudes se c oo r de na r a p r od ução de v e í cu los com
a d em an da esp ec í f i ca de d i f e r en t es m ode los e co r es com o m í n im o
d e a t r aso .
Com o obs e r v ou Ta i i c h i Ohno , ex . v i c e–p r e s iden te d a
Toyo t a , o s i s t em a de p r oduçã o em m ass a e r a e f i c i en t e na r e duçã o
d e cus to un i t á r i o de p r o du t os m anu f a tu r ados , p o r ém , ao s eu ve r , o
s i s t em a de p r oduç ão e m m ass a c r i ou um despe r d í c i o base ado n o
p r óp r i o s i s t em a , pe lo seu exc es so de p r oduç ão . E le achav a que o
s i s t em a es ta va m a l equ ipad o pa r a os p e r í odos de ba i x o
c r es c im en t o , co m o na c r i s e d o pe t r ó l eo , na déc ada de 7 0 . Su a
t eo r i a d i z que t udo que e x i s t i r a l é m da quan t i da de m í n im a
n eces sá r i a de m a t e r i a i s , p eças , e qu ipam en t os e ope r á r i os , pa r a s e
f aze r um de t e r m inad o p r odu t o , é c ons ide r ad o “ pe r d a ” .
O K anban é co ns ide r ado um d os i ns t r um en t os b ás i c os e
e sse nc ia i s pa r a a im p la n ta ção do s i s t em a de p r oduç ão “ J us t - i n -
t im e ” .
Ju s t - i n - t im e , s egun do Co r r êa / G ianes i ( 1993 ) , é m a i s do qu e
u m a t écn i c a ou um c on j un t o de t é cn i c as de adm in i s t r ação d e
p r oduç ão , s endo co ns ide r ado c om o um a com p le t a “ f i l o so f i a ” , a
q ua l i n c l u i a spec to s de adm in i s t r ação d e m a t e r i a i s , ges t ão d e
qu a l i dade , a r r an j o f í s i c o , p r o j e t o do p r odu t o , o r ga n i zaç ão d o
t r a ba lho e ges t ão de r e cu r sos hu m ano s .
2.1 FUNÇÃO
P e la sua c a r ac te r í s t i ca de pu xa r a p r oduç ão , o K anba n
a p r es en t a a l gum a s f un ções espec ia i s :
- O p r oc ess o de f ab r i c açã o é ac i onado apen as quand o
nec ess á r i o , não pe r m i t i ndo a p r oduç ão com e s t oque pa r a
p r ev i s ão f u t u r a ;
- Pe r m i t e o c on t r o l e v i s ua l e o andam en t o do p r oc ess o ,
pod endo se r a c i ona do pe lo ope r ado r ;
1 4
- Ga r an t e a d i s t r i bu i ç ão p r og r am ada das o r dens d e
p r oduçã o , ev i t a ndo o exc ess o ou f a l t a de m a te r i a l pa r a a
p r oduçã o , c on t r o l and o , des sa f o r m a , o i nv en t á r i o ;
- P oss ib i l i t a a en t r ega de m a t e r i a l de aco r do com o
co nsum o .
O c a r t ão Kanb an ( F ig u r a 2 ) con t ém , em ge r a l , i n f o r m aç ões
c om o : núm er o da peça , desc r i ç ão da p eça , t am anho do l o t e d e
m ov im en t aç ão .
F i gu r a 2 - Ca r t ão K anban
F on te : E lab o r ado pe lo a u to r
2.2 ES TOQUE
S egundo Mou r a ( 199 7 ) , duas p a lav r as s ão con f un d idas o u
u sadas de m ane i r a e r r ôn ea ou a té m e sm o t r oc adas , i s t o é , os
t e r m os e s t ocag em e a r m azenagem são f r eqü en t em en te us ados
p a r a i den t i f i ca r c o i sas s em e lhan t es , po r ém , a l guns p r e f e r em
d i s t i ngu i r os do i s , r e f e r i ndo - se aos p r odu t os ac abados c om o
“ a r m aze nagem ” e aos su p r im en t os e m a t é r i a - p r im a e m a te r i a i s em
p r oce ss o c om o “ es t oc agem ” .
SI S TEMA KANBAN
NÚ ME RO DA P EÇ A:
PE ÇA:
QUANTI DAD E:
1 5
Nes t e t r a ba lho , o f oc o e s t á d i r ec i onado à adm in i s t r a ção de
m a t e r i a l , p o i s a t r avé s de um a boa adm in i s t r a ção de m a t e r i a i s , as
e m pr esas pod em m ax im iza r o s l u c r o s m a i s s i gn i f i c a t i vos .Os
e s t oques , s egundo G ia nes i e Co r r êa ( 1993 ) , s ão con s ide r ados
n oc i v os , po r ocup a r em es paços e r ep r e sen t a r e m a l t os
i n ves t im en t os d e cap i t a l , m as , p r i nc i pa l m en t e , po r esc onde r em a
i n e f i c i ênc ia d o p r oce ss o p r odu t i v o , po i s m u i t as v ezes esc ondem
p r ob lem as ex i s t en t es , t a i s com o não - con f i ab i l i d ade nas m áqu ina s ,
r e f u gos , se tup s e l ev ados , r e t r aba lhos , e t c . . . , co m o m os t r a a
F igu r a 3 .
A m e lho r f o r m a de es toc a r m a t e r i a i s é aque la qu e
m ax im iza o es paço d i s pon í ve l na em p r es a , nas t r ê s d im en sões d o
p r éd io : com pr im en t o , l a r gu r a e a l t u r a .
F i gu r a 3 - E f e i t os do a l t o i nven t á r i o
F on te : A lon so ( 20 02 )
A c oncep ção de es t oque é en t end ida m e lho r com o send o
q ua i squ e r quan t i dade s a r m azen adas de r ec u r s os m a te r i a i s em um
s i s t em a d e t r a ns f o r m açã o ou bens f í s i co s que se j am co nse r vado s ,
d e f o r m a im p r odu t i v a , po r a l gum i n t e r v a lo de t e m po . C on f o r m e
K r an j ewsk i e R i t zm an ( Mo r e i r a , 19 98 ) , pe r t o de um t r i l hão de dó la -
1 6
r es f o r a m i nv es t i dos na ec onom ia no r t e - am er i cana em 19 87 , send o
q ue , des t e t o t a l , 3 7% pe r t enc iam à i ndús t r i a de t r ans f o r m aç ão .
2.2 .1 MOTIVOS PARA A E XIS TÊNCIA DOS E STOQUE S
O es toq ue de sup r im e n to ou m a t é r i a - p r im a p a r a a f ab r i c açã o
o u t r ans f o r m aç ão d e um de t e r m inado p r od u to ex i g e , po r pa r t e d a
e m pr esa ou o r ga n i zaç ão , u m de t e r m inado i nv es t im e n to . Com o é
b as t an t e co m p lex o de t e r m ina r a dem anda f u t u r a e t am b ém s abe r
q ue nem sem pr e a m a t é r i a - p r im a o u sup r im e n to es t e j am
d i spon í v e i s a qua lq ue r m o m en t o , f i c a quas e im pos s í ve l a nã o
e x i s t ênc ia de es t oqu e den t r o das em pr es as , p o i s , des sa f o r m a , a
e m pr esa p ode as seg u r a r a d i s pon ib i l i d ade de m a t é r i a - p r im a o u
s up r i m en t o , a f im de m i n im i za r cu s t os de p r o duçã o .
2.2 .2 T IPOS DE ESTOQUES
Os es to ques s ão d i v i d i d os em qua t r o t i pos :
E s t oque i so l ado r , es t oque de c i c l o , es t oque de an t ec ipaçã o
e es to que de can a l .
- E STOQUE IS OL ADOR
O es toq ue i s o l ado r , t am bém c ham ado d e es to que d e
se gu r an ça , t e m com o p r o pós i t o c om pe nsa r i nce r t e zas
i ne r en t es ao f o r nec im e n to e dem anda .
- E STOQUE DE C I CL O
O es t oque de c i c l o o co r r e po r qu e u m ou m a i s
es tág ios da ope r a ção não podem f o r nece r t odos o s í t ens
s i m u l t aneam en t e .
- E STOQUE D E AN TECI P AÇÃ O
Es to que u t i l i zado pa r a com pens a r as d i f e r en ças d e
r i t m o de f o r nec im en to e dem a nda , com um e n te usad o
qua ndo f l u t uaç ões de de m and as são s i gn i f i ca t i va s , m as
1 7
r e l a t i v am en te p r ev i s í ve i s .
- E STOQUE S DE CAN AL
Os es t oque s d e c ana l ex i s t em p o r que o m a t e r i a l nã o
pod e s e r t r ans po r t ado i ns ta n ta neam en t e e n t r e o p on t o d e
f o r nec im e n to e o pon t o de dem anda .
2.2 .3 DECISÃO DE ESTOQUE
P ar a ge r enc ia r m e lho r a d em an da , dev id o às s o l i c i t aç ões d e
p ed idos dos co nsum ido r e s i n t e r nos e ex te r nos , t r ês dec i s ões sã o
n eces sá r i as :
- Quan t o p ed i r . C ada v ez que um ped ido é co loc ado , d eve -
se sa be r qua l t am anho e le de ve t e r . I s so é c ham ado d e
dec i são de v o lum e d e r ess up r im en t o .
- Quan do ped i r . E m que m om e n to , ou em que n í ve l d e
es toq ue o ped id o de r ea bas t ec im en t o deve se r f e i t o .
Cha m ado t am bém de dec i são de m om en to de r e pos i ç ão .
- Com o c on t r o l a r . Que p r oc ed im e n to s e r o t i nas dev em se r
im p lan t ados pa r a aux i l i a r na t o m ada de de c i sõ es
2 .2 .4 CUSTOS DE ESTOQUE
P ar a a t om ada d e de c i sã o de quan to co m pr a r ,
p r im e i r am en t e , é p r e c i so i de n t i f i c a r os cu s t os que s ão r e l ev an t es .
- C USTO DE COL OCAÇÃO DE PE DI DO. C ada vez que um
p ed ido é co loc ado pa r a r epo r o es t oqu e , sã o n eces sá r i as a l gu m as
t r a nsaç ões qu e g e r am c us t os p a r a a em pr esa .
- C USTO DE DE SCON TO D E P REÇ O. De sco n to o f e r ec id o
p e los f o r ne cedo r es s ob r e o p r eç o no r m a l de c om pr as p a r a g r andes
q uan t i dades . P a r a pequ enos pe d idos , i s s o pode não oc o r r e r , p o i s
1 8
ag r ega cus t os ex t r as .
- C USTO DE FAL TA DE E STOQU E. S e a quan t i dad e
e s t abe lec i da p a r a o ped ido f o r i n su f i c i en t e pa r a a ten de r à
d em and a e o es toq ue ze r a r , ex i s t e um cus t o pe la f a l ha d e
f o r n ec im en t o , e i s so pode l ev a r a um t em po oc ios o n o p r oce ss o .
- C USTO DE CAPI TAL D E GI RO. É o cus t o ex i s t en t e p a r a a
m anu t enç ão do es toq ue . E x i s t e u m a dem anda de t em po a t é que os
f o r n eced o r es r ece bam o pagam en t o pe lo bem f o r n ec ido .
Os c us t os as so c iado s a ess e cap i t a l de g i r o são os j u r os
p agos aos banc os po r em pr é s t im os ou cus tos de opo r t un idades d e
n ão i nves t i r m os em ou t r os l u ga r es .
- C USTO DE AR MAZ ENAGEM. Cus to as soc iado à
a r m a zena gem f í s i ca dos bens . Loc ação , c l im a t i za cão e i l um inaçã o
d o de pós i t o pode m se r c a r os .
- C USTOS D E OB SOL E SCÊ NC IA. A esc o lha de um a p o l í t i c a
q ue env o l va pe d idos de m u i t o g r andes quan t i dad es s i gn i f i ca qu e
o s í t ens f i c a r ão es to cados po r l ong os t em po s , e x i s t i ndo o r i s c o d e
e sse s í t en s t o r na r em - se o bso le tos ( no c aso de um a m uda nça n a
m oda , po r ex em p lo ) ou de t e r i o r ados pe lo t em po .
- C USTO DE I NEF I C I ÊN CI A DE PR ODUÇÃ O. De aco r do com
a f i l o so f i a Kan ban , a l t os n í ve i s de e s t oque im pe dem a ve r i f i c açã o
d e p r ob lem as ex i s t en t es na p r oduç ão .
2.2 .5 MANUTE NÇÃO DO E STOQUE
Con f o r m e Mou r a ( 1998 ) com en t a , a l g um as açõe s podem se r
t om adas pa r a m ax im iza r a u t i l i zaç ão dos í t ens do es toq ue :
- E m p i l ha r os m a t e r i a i s so b r e pa le te s ou em con ten edo r e s ;
- Ut i l i za r pa le t es o u con t ened o r es de t a m anh o
pad r on i zado ;
- Man t e r os í t ens de peq ueno po r t e em espa ços p equeno s ;
1 9
- Tr ab a lha r em c on j un t o co m f o r nec edo r es pa r a
es tab e lece r ca r gas un i t i zadas ;
- Red uz i r a o m áx im o as ne ces s ida des de r eem b a lagem
e / ou r ee t i qu e tam en t o ;
- Or g an i za r e / o u e s t oca r o s í t ens e m k i t s ;
- E s t oca r os í t en s com m a io r f r e qüênc ia de uso em a l t u r as
co nven ien t es ou de f á c i l a ce sso ;
- Man t e r os c o r r e do r es de aces so l im pos e des im ped idos ;
- P r ev e r um s i s t em a s im p les e e f i c i en t e d e c on t r o l e ;
- Tr e in a r t o dos os f unc ioná r i os env o l v i d os no s i s t e m a ;
- Man t e r t odos os r eg i s t r os a t ua l i zados ;
- P r ev e r um s i s t em a de r o taç ão no es t oqu e ;
- E s t oca r peq uenas quan t i da des em es t an t e r i a s o u no f im
dos c o r r edo r es ;
- E s t oca r m a t e r i a i s não - p e r ec í v e i s em á r eas e x t e r na s ;
- E xam ina r e e l im ina r í t en s obso le to s , p e r i od i c am en t e ;
- E s t oca r m a t e r i a i s l eves sob r e as á r ea s de se r v i ç o ;
- Clas s i f i ca r os m a te r i a i s em í t ens A , B e C , em t e r m os d e
f r eqüê nc ia de en t r a da ;
- E s t abe lec e r c r i t é r i os pa r a a r epos i çã o n o e s t oque ;
- E s t abe lec e r um i nv en t á r i o c í c l i co e r o ta t i vo ;
- E l im ina r a s pe r d as de es t oc agem i n e f i c i en t e .
2.2 .6 CURV A ABC, PRIORIDADE DE ESTOQUE
D i v e r s os í t ens p odem c om por o es t oque de u m a em pr es a ,
s endo q ue a l gun s í t e ns s ão m a i s im po r t an t es q ue ou t r os , ou po r
t e r em um a t ax a de u t i l i zaç ão m u i t o a l t a , de m od o que a f a l t a t r ag a
p e r das pa r a o cons um ido r , ou pe lo f a t o de po ss u i r em em
p a r t i cu l a r , va l o r es m u i t o e l ev ados , ge r a ndo um cus to ex ces s i v o
p a r a a m anu ten ção em e s t oque .
Dev e s e r f e i t a um a l i s t a dos í t en s qu e co m põem t odo o
e s t oque c om suas m o v im en t ações de va lo r , com sua t a xa d e us o
m u l t i p l i ca da po r seu va lo r i nd i v i dua l . A que les í t ens que poss uem
m ov im en t aç ão de va lo r r e l a t i vam en t e a l t o , de vem t e r um con t r o l e
m a i s cau te l o so ; j á aque le s c om ba i x a m ov im en t ação de va lo r nã o
r eque r em t an t o c on t r o l e .
2 0
No r m a lm en t e , 80% do v a lo r d o es t oque é r esp onsáv e l po r
a penas 20% de t odos os t i pos de í t e ns es to cado s , t am bém
c onhec ida co m o r eg r a 80 / 20 .
Os í t e ns de es toq ue podem s e r m e lho r co n t r o l ados , d e
f o r m a que se j a c onc en t r ado o m a io r es f o r ço naq ue les í t ens qu e
s ão m a i s s i g n i f i c a t i vos , de aco r do com s ua c l ass e , c on f o r m e
m os t r a a F igu r a 4 .
- Clas se “ A ” : 20% dos í t en s de m a io r v a lo r e qu e
r e p r es en t am 80% do v a lo r do es to que ;
- Clas se “ B ” : 30% do s í t e ns d e es t oqu e com va lo r es
m éd ios e que r ep r e sen t am ce r ca d e 10% do v a lo r d o
es toq ue ;
- Clas se “ C ” : 50% dos í t ens de es t oque co m b a i xo va lo r e
que r ep r es en t am 10% d o v a lo r do s í t ens e s t oca dos .
O m é tod o t a m bém u t i l i za do pa r a d im i nu i r os cu s t os c om a
m ov im en t aç ão é o de es t oc agem no pon to de us o na p r oduç ão ,
p o i s é m ov im en tad o s om e n te um a vez .
F i gu r a 3 . 2 : C u r v a A B C
F on t e : B a l l ou , p . 98 ; adap t ado pe lo a u to r .
F i gu r a 4 – C u r v a A B C
F on te : Ba l l o u ( 1993 ) , ada p ta do pe lo au t o r
1 00 90 80 70 60 50 40 30 20 10
1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0 t o t a l de í t ens ( % )
V A L O R Í T E M
E S T O C A D O
( % )
Aí t e n s
B
í t e n s C
í t e n s
2 1
2.3 IDENTIF ICAÇÃO E CLASSIF ICAÇÃO DE M ATERIAIS
P ARA A ESTOCAGEM
A f unção de i den t i f i c a r e c l ass i f i ca r os m a te r i a i s t e m c om o
p r opós i t o de te r m ina r o que é r ec eb ido e dec id i r com o e on de se r á
e s t ocad o . S eqüênc ia que dev e s e r obe dec id a :
- Doc um en t ação de en t r a da no r ec eb im e n to do m a te r i a l ;
- Con t r o l e de en t r ada a t r av és de r eg i s t r os ;
- Con f e r ênc ia qu an t i t a t i v a e qua l i t a t i va do s í t ens
co ns t an t es na s no t as f i s ca i s ;
- S epa r a ção dos í t ens , q uando ex i s t i r a l gu m a d i ve r gênc ia
do ped i do ;
- I den t i f i c aç ão c om e t i q ue t as v i s í v e i s os í t ens qu e
es t i v e r em agua r dando l i be r açã o ;
- I den t i f i c aç ão dos í t en s u t i l i zand o n úm er os ou có d igos ;
- E m ba la gem dos í t ens , se nec es sá r i o ;
- P a le t i zaç ão dos m a te r i a i s pa r a es t oc agem .
Os m a t e r i a i s d evem se r c l ass i f i cado s quan t o ao t am a nho ,
p eso ou dens idade , f o r m a , r i s co de dano s e cond i ções .
2.4 LOTE S E CONÔM ICOS DE COM PRA (LEC)
S ign i f i ca a de c i s ão d a qua n t i d ade m í n im a a se ped i r de um
d e te r m in ado í t em o u m a te r i a l pa r a o r ea bas t ec im en t o d e um
e s t oque . E s t a abo r d agem de l o t e ec onôm ico t e n ta e ncon t r a r o
m e lho r equ i l í b r i o en t r e v an t agens e d esv an t agens de m an t e r o
e s t oque . Con f o r m e equaç ão 1 .
LE C = 2C p .D E quaç ão 1
Ce
P a r a de te r m ina ção do s cu s t os de e s t ocag em ( Ct ) , a l guns
o u t r os cu s t os dev em s e r l eva dos em c ons id e r aç ão :
2 2
- C us t o t o t a l de m anu t enç ão de um a u n idade es t oca da em
u m pe r í o do de t em po ( Ce ) , pa r a o qua l , no r m a lm en t e l ev a - s e em
c ons ide r aç ão os cu s t os d e cap i t a l e m pr egado , o c us t o d e
a r m a zena gem e o cus to de obs o les cên c ia .
- Cus t o t o t a l de co lo caç ão de ped ido ( Cp ) que é ca l cu lad o
e m f unç ão do cus to de c o loca ção do ped ido e do c us t o d e
d esc on t o n o p r eç o .
- O cus to t o t a l de es t oca gem ( C t ) é c a l cu la do pe lo cus t o d e
m anu t enç ão s om ado a o c us t o d e pe d ido , que f i ca r ep r esen tad o
p e la exp r ess ão m os t r ada na equa ção 2 .
C t = Ce .Q + Cp . D E quaç ão 2 .
2 Q
, onde :
C p � Cus t o t o t a l de co lo caç ão de ped ido .
C e � Cus to t o t a l de m an u te nção d e um a u n idade es t ocada em um
pe r í o do de t em po .
Q / 2 � Es to que m éd io .
Q / D � I n t e r va l o de t em po en t r e as en t r e gas .
D /Q � F r equ ênc ia de en t r egas .
2 .5 ARM AZENAGEM
A a r m azenagem e o m a nuse io de m a t e r i a i s s ão es sen c ia i s
p a r a as a t i v i dade s l og í s t i cas , m as s eus cu s t os podem im p l i ca r d e
1 5 a 40% d as des pesa s de l og í s t i ca da em pr es a .
2 3
Co m o , na m a io r i a d as vezes , a a r m aze nagem oc o r r e em
l u ga r es f i x ados , os cus to s l og í s t i c os de a r m azenag em es tã o
l i g ados a os l oc a i s de te r m ina dos . A F igu r a 5 m os t r a um exe m p lo d e
á r ea de a r m azenam e n to .
F i gu r a 5 – Á r ea de a r m azen am en to de m a te r i a l
F on t e : V o l k s wagen do B r as i l
S e as dem a ndas de m a te r i a i s f os sem co nsum idas
i n s t an t aneam en t e , t eo r i c am en t e nã o h ave r i a a ne ces s idad e d a
e x i s t ênc ia do e spaç o f í s i co p a r a m an t e r o es t oque , po r ém , n a
r ea l i dad e , i s s o não oco r r e , pe lo m o t i v o de não se r
e conom ica m en t e v i áv e l s e t r ab a lha r des ta f o r m a , p o i s a de m and a
n ão p ode se r p r ev i s t a com p r ec i s ão .
Com o as e m pr esas u t i l i zam os e s t oques pa r a c oo r dena r a
d em and a e a o f e r t a , a m anu t enç ão des se i nv en t á r i o ge r a a
ne ces s ida de de es paço pa r a a a r m aze nagem e m o v im e n ta ção dos
m a t e r i a i s i n t e r nam en t e .
Os cus tos c om a r m azenag em e m an use io de m a t e r i a i s sã o
j us t i f i c ados p o r que p odem s e r co m pen sado s em c on t r apa r t i da com
a r eduç ão do s c us t os de t r ans po r t e e de p r oduç ão , i s t o é , as
e m pr esas pode m r eduz i r s eus cu s t os de p r oduç ão de v ido a s eus
e s t oques a r m a zena dos abs o r v e r em as f l u t ua ções dos n í ve i s de
2 4
P r od ução , dev ido às i nc e r t eza s do p r oc ess o de m anu f a t u r a o u
p e las va r i aç ões da dem anda e o f e r t a . Ou t r a r e duçã o p oss í v e l é
r e f e r en t e ao c us t o de t r ansp o r t e , m ed ian t e e nv ios d e qu an t i dades
m a io r es e econ ôm ic as nos l o t es de ca r r egam en t o .
O f a t o m a i s im po r t a n te é de t e r m ina r a q uan t i dade d e
i n ven t á r i o que s e j a s u f i c i en t e pa r a o co r r e t o b a lanç o en t r e c us t os
d e es t ocag em , p r odu ção e t r ans po r t e .
S egundo B a l l ou ( 19 93 ) , e x i s t em qua t r o r azões bá s i c as pa r a
a s em p r es as u t i l i za r em os es paço s f í s i cos pa r a a a r m azen agem d e
m a t e r i a i s , qua i s se j a m :
2 .5 .1 REDUÇÃO DO CUSTO DE TRANSPORTE E
PRODUÇÃO
A r e dução do cus to de t r ans po r t e pe la c om pens ação nos
c us t os d e p r oduç ão e es t oc agem pod em ge r a r um a d im inu i ç ão nos
c us t os t o t a i s de f o r ne c im en t o e d i s t r i bu i ç ão de p r odu tos .
2 .5 .2 COORDENAÇÃO DE SUPRIM ENTOS E DEM ANDA
As e m pr esas que pos suem p r odu ção sa zona l c om de m and a
p o r p r od u to s r azoav e lm en te c ons t an t es e n f r en t am p r ob lem as em
c oo r d ena r seus s up r im en t os com a nec es s idade de p r odu t os . Po r
e xem p lo , i ndús t r i as a l im e n t í c i as que p r oduzem f r u t as en la t adas
s ão f o r ç adas a a r m azena r sua p r od ução de m odo a a ten de r s eus
c ons um ido r es du r an te a en t r es sa f r a . Já as em pr e sas que f o r ne cem
p r odu t os ou se r v i ç os c om dem a nda sa zona l , em ge r a l , p r odu zem
c om n í ve l con s t an t e ao l ongo do ano pa r a m in im i za r os cus to s d e
p r oduç ão , m an t endo es toq ues p a r a a t ende r a cu r t a t em po r ad a d e
v endas . Quand o f i ca m u i t o c a r o co o r den a r s up r im en t o e de m and a
d e f o r m a p r ec i sa , sã o n eces sá r i os es to ques . Ma te r i a i s qu e s o f r em
o sc i l a ções d e p r eç os , c om o os c om m od i t i es , t am bé m podem ge r a r
n eces s ida de de a r m azenage m , a f i m de s e p r o teg e r c on t r a as
a l t e r açõe s de p r eç os , exe m p lo , aço , cob r e e pe t r ó l eo . En t r e tan to ,
2 5
é nec ess á r i o t e r es paço f í s i co p a r a m an t e r o i nv en t á r i o , m as se u
c us t o é con t r aba lanc eado pe los m e lho r e s p r eç os c ons egu idos com
a c om pr a das c om m od i t i es .
2 .5 .3 NECESSIDADE DA PRODUÇÃO
A a r m azenage m pode f aze r pa r t e do p r oc es so de p r oduç ão ,
e a m anu f a t u r a d e ce r t os p r od u to s , com o v i n hos e b eb idas
a l coó l i c as , r eque r um pe r í odo de t em p o pa r a sua m a tu r açã o o u
e nve lhe c im en t o , m as , no c aso de p r odu tos t a xados , a
a r m a zena gem pode se r us ada p a r a segu r a r a m e r c ado r i a a t é a
v enda . Nes t e cas o , as e m pr esas ev i t am o p agam en t o de im pos t os
a té o m om en t o da vend a .
2 .5 .4 CONSIDERAÇÕES DE M ARKETING
É i n t e r e ss an t e , pa r a a á r ea d e m a r k e t i n g , a d i spo n ib i l i dad e
d o p r odu t o no m e r ca do , e a a r m azenag em é u t i l i zad a pa r a ag r ega r
e sse t i po d e va lo r , ou se j a , es toc agem de p r o du t os p r óx im a dos
c ons um ido r es . P ode - se , ass im , c onseg u i r en t r e gas m a i s r áp ida s ,
c om e f e i t o pos i t i vo s ob r e as venda s .
2 .6 EM BALAGEM
Ut i l i zada p a r a a p r om oção e uso do p r odu t o , t em t am bé m a
f i na l i da de de p r o t ege r , a l ém d e s e r v i r com o i ns t r u m en t o pa r a
a um en t a r a e f i c i ê nc ia da d i s t r i bu i çã o .
O p r o j e to de um a em ba lagem ex ige as c ons ide r aç ões
d ess es as pec tos . C om o c i t a W a l t e r F r i edm an ( BA LLOU, 1993 ) , a
e m ba lag em pos su i v á r i a s con s ide r açõ es v i s t as po r de t e r m inadas
á r eas :
2 .6 .1 EM BALAGEM PARA PROM OÇÃO
P ar a a adm in i s t r aç ão de m ar k e t i ng , a em ba la gem é enc a -
2 6
r ada c om o s endo es t r i t a m en t e c om er c ia l . E ngenhe i r os d e
e m ba lag ens , que s ão f r eqüen t em en t e s ubo r d inados à á r ea d e
c om p r as ou m anu f a t u r a , cons ide r a m a s e m ba la gens apena s c om o
d i spos i t i v o de p r o t eç ão ; en t r e tan to , som en t e o a dm in i s t r ado r d e
d i s t r i bu i ç ão f í s i ca pode o bse r va r a em ba lag em de f o r m a m a i s
a m p la e , po r t a n to , c once be r a l t e r açõe s no p r o j e t o , d im e nsõe s ,
m odo de t r ans po r t e , e t c . . .
2 .6 .2 EM BALAGEM PARA PROTEÇÃO
Um a das p r i nc i pa i s r azões pa r a i nco r r e r na s despe sas
e x t r as c om as em b a lagens é a d im inu i ção da oco r r ên c ia de danos
e pe r da s em r a zão de r o ubo , a r m azenagem em l oc a i s e r r ad os o u
d e te r i o r a ção , p o i s a p r i nc i p a l p r eoc upaçã o da l og í s t i c a é ev i t a r
d anos du r an t e o m anus e io do p r od u to .
2 .6 .3 EM BALAGEM PARA D ISTRIBUIÇÃO
A p r eo cupaç ão f i na l é ve r i f i ca r com o a e m ba la gem a f e ta a
e f i c i ênc ia do m an use io , a r m azenag em e m ov im en t aç ão do p r odu t o ,
s endo que es tes são os p r i nc i pa i s f a t o r es l ev ados em
c ons ide r aç ão pe los p r o f i s s i ona i s d e l o g í s t i c a .
A em ba lagem pod e se r c ons ide r ad a co m o o i nv ó luc r o d o
p r odu t o e su as ca r ac t e r í s t i c as de r es i s t ên c ia , t am anho e
c on f i gu r a ção bas i ca m en t e de t e r m inam qua i s s e r ã o os t i pos d e
e qu ipam en t os adequ ados pa r a a m ov i m en t aç ão e a r m azenag em , e
a l t u r a de em p i l h am en t o .
2 .7 RESSUPRIM ENTO DE M ATERIAL
A d ec i s ão de quan do com pr a r um m a t e r i a l é m u i t o
im po r t an te pa r a ev i t a r que o es t oque ch egue a ze r o e a p r o duçã o
p a r a l i s e po r f a l t a de m a te r i a l . Um a de m and a cons t an t e e
p r ev i s í ve l co m co loc aç ão do ped ido im ed ia t a l og i cam en t e não
2 7
o co r r e , po i s s abem os que e x i s t e um a t r aso de t e m po en t r e a
c o loc ação de um ped ido ( Pp ) e o t e m po de r eceb i m en t o d o
m a t e r i a l
r i a l , t am bé m c ham ado d e “ l e ad t im e ( t em po de r es su p r im en t o ) ,
f i gu r a 6 ” . Nes sa s i t uaç ão , obs e r v a - se que é nec es sá r i o em i t i r
p ed idos pa r a r eabas t ec im en t o com um pouc o de an t ec edênc ia ,
g e r and o os es to ques que cha m am os de i s o l ado r ou es toq ue d e
s egu r ança e q uan t o an t es f o r f e i t o ess e ped ido m a io r s e r á e ss e
e s t oque .
E n t r e t an t o , c om o ex i s t e um a v a r i aç ão , t an t o no t em po d e
r ess up r im en t o , ou l ea d t im e , com o t am b ém na t ax a de dem a nda ,
h ave r á s em pr e um a f l u t uaçã o pa r a m a i s ou pa r a m enos da m éd ia
d o es t oqu e . P o r ém , não l evam os i s t o em co ns ide r açã o , po i s a
i d é ia é n ão f a l t a r m a te r i a l .
F igu r a 6 – R ess up r im en t o de Ma t e r i a l
F on te : Co r r êa ( 199 3 )
Pp
2 8
2 .8 M ANUSEIO
Os m a te r i a i s ge r a lm en te nã o s ão p r o duz id os no m e sm o
l o ca l onde se r ão con sum idos , po r t an t o , e s t es m a t e r i a i s sã o
t r a nspo r t a dos e es to cado s em um depós i t o s a t é o m om en t o de se u
u so . O m anuse io des ses m a te r i a i s im p l i cam r i s cos de dano o u
p e r da do p r odu t o .
O c o r r e to ge r en c iam en t o do m anus e io e a r m a zena gem é
e sse nc ia l pa r a a boa s a t i s f a ção do c l i en t e . Os cus to s des sas
a t i v i dades é m u i t o e l eva do , e apenas o ac ond i c i onam e n to pod e
a bso r ve r ce r ca de 12% das desp esas l og í s t i c as . P r o j e ta r um
s i s t em a e f i c i en t e de m anus e io e m é t odos ú te i s pa r a m a n te r um a
o pe r aç ão e f i c az e de ba i x o c us t o é de f und am en t a l im p o r t ânc ia
p a r a se ob t e r um a e f i c i ênc ia l og í s t i ca .
O m anuse io ou m ov im en t açã o i n t e r na de p r odu t os e
m a t e r i a i s s i gn i f i c a t r anspo r t a r pequ enas q uan t i dades de bens
e n t r e pequen as d i s t ân c ias , e o se u i n t e r ess e con cen t r a - se n a
m ov im en t aç ão r áp ida e de ba i x o cus to .
E s t e cas o t r a t a de um s i s t em a d e t r a nspo r t e p a r a a t ende r o
K anba n ex t e r no , send o qu e t odo o f l u xo de m a t e r i a i s e a
m ov im en t aç ão se r ão cons ide r ados de sde o ben e f i c i ado r d o
m a t e r i a l a t é o pon t o de c ons um o , nes t e cas o a á r ea de co r t e o u
l i n ha de con f o r m aç ão d e m a t e r i a i s .
2 .8 .1 EQUIPAM ENTOS DE M OVIM ENTAÇÃO
E x i s t e um a g r and e qua n t i d ade d e equ ip am en tos m ecân i cos
p a r a o m a nuse io de d i ve r sos t am a nhos , f o r m as , vo lum es e pe sos
d e p r odu t os e m a t e r i a i s , po dendo se r o s t i pos m a i s c om un s :
e m p i l ha de i r as , t r a t o r es , t r a nspo r t ado r e s e es t e i r a s e g u inch os .
- Em p i l hade i r as e peq uenos ve í c u los são m e ios m ecân i cos
p a r a m o v im en t a r m a te r i a i s cu j a ope r a ção m anua l s e r i a m u i t o
l e n ta ou c ans a t i v a dev ido ao peso , e va r i am de sde peq uenas
p l a t a f o r m as m anua i s a té pe quenos t r a t o r es .
A f o r m a m a i s u sua l nas i ndús t r i as é a e m p i l ha de i r a c om
2 9
g a r f o , co n f o r m e m os t r a F igu r a 7 , que é u t i l i zada em c on j un t o com
e s t r ados ou pa le t es . E s t e m é t odo e t ão e f i c i en te qu an to f l e x í v e l , o
q ue t a l vez j us t i f i que su a g r and e u t i l i zaç ão e pop u la r i da de nas
i n dús t r i a s .
F i gu r a 7 – E m p i l hade i r a c om ga r f o
F on te : Vo l k swagen do B r as i l
- T r ansp o r t ado r es , t a i s c om o t r ansp o r t ade i r as , ca r r e t as
m o t o r i zadas , e t c . . . , são t am bém um ou t r o m e io pa r a aux i l i a r o
m anus e io de pe quenos e pes ados m a te r i a i s , po r ém e m pa r t i cu l a r ,
t o r na - s e i n t e r ess an t e q uando se des e j a m ov im en t a r g r andes
q uan t i dades a o l o ngo de um m e sm o t r e cho .
- P on t es r o l an t es ( f i g u r a 8 ) , pó r t i c os e gu incho s sã o t am bém
e qu ipam en t os im po r t an tes de m anus e io . A ca r ac t e r í s t i c a pe cu l i a r
d es t e t i po de equ ipam e n to é a de não f i c a r l im i t a do a ope r a r n a
s upe r f í c i e , com o os c asos d e e m p i l ha de i r as e t r a nspo r t ado r e s .
3 0
E s t es e qu ipam en t os no r m a lm en t e ope r am s ob r e a á r ea d e
a r m a zena gem e , po r t an t o , não p r e c i sa m de co r r e do r es ou espa ços
l i v r es p a r a a m ov im en taç ão e t a m bém s ão ca paze s de m ov im en ta r
c a r ga s ex t r e m am en t e p esad as com ag i l i dade e s egu r a nça .
F i gu r a 8 – P on t e r o l an te
F on te : Vo l k swagen do B r as i l
Ond e :
A ) E s t r u t u r a d e t r ans lação d a pon t e r o l a n te ( se n t i d o esq ue r do e
d i r e i t o em r e l a ção ao ope r ado r ) ;
B ) Cab ine d e o pe r aç ão / ca r r o da pon t e r o l an te ( sen t i do pa r a f r en t e
e pa r a t r ás em r e l açã o a o o pe r ad o r da pon t e r o l an te ) ;
C ) Gu inch o d e e l evaç ão de ca r ga .
2 .9 TRANSPORTE
O t r ans po r t e r ep r e sen t a um dos e l em e n to s m a i s im po r t an t es
d o cus t o l og í s t i c o , na m a io r pa r t e da s e m pr esas . Os c us t os
d i spend idos c om o f r e t e po de abso r ve r ce r c a de do i s t e r ç os do
A B
C
3 1
g as t o l og í s t i c o e d e 9 a 10% do p r odu t o nac iona l b r u t o d a
e conom ia am e r i ca na ( BA LLOU ,19 93 ) .
P a r a m e lh o r e n te nde r a i m po r t ân c ia dos s i s t em as d e
t r a nspo r t e s na ec onom ia , ba s t a com pa r a r um a na ção des env o l v i d a
e ou t r a em des envo l v im en t o pa r a enx e r ga r o pa pe l do t r a nspo r t e
n a c r i aç ão do a l t o n í v e l de a t i v i dade da ec onom ia .
Quand o nã o ex i s t e u m s i s t em a de t r ans po r t e e f i c i en t e e d e
b oa qua l i da de , a ex t ens ão do m er c ado f i ca l im i t ada às
p r ox i m idade do l oc a l da p r oduç ão . Po r ou t r o l a do , com m e lh o r es
s i s t em as de t r ans po r t e , os c us t os d os p r odu t os c o locad os em
m er c ados m a i s d i s t a n te s podem se t o r na r c om p e t i t i v o .
2 .9 .1 S ISTEM AS DE TRANSPORTE
O s i s t em a de t r ans po r t e dom és t i co r e f e r e - s e a t od o
c on j un t o de t r aba lho , f ac i l i dade e r e cu r sos q ue com põem a
c apac idade de m ov im en t ação na ec onom ia .
A im po r t ânc ia r e l a t i va a ca da m o do de t r ansp o r t e ( o u
m oda i s ) es tá pa r c i a lm en t e r e l ac i on ada ao t i po de c a r g a a se r
t r a nspo r t a da e à v an t agem do m odo a se r t r a nspo r t ado .
A m a io r pa r t e da m ov im en t ação de c a r ga é f e i t a po r c i nc o
m odos bá s i c os de t r ans po r t e , s endo e l es : f e r r ov i a , r odov ia ,
h i d r ov ia , ae r ov ia s e du t os .
Os m o da i s f e r r ov i á r i o e r odo v iá r i o s ão u t i l i zados , na su a
m a io r i a das vezes , pa r a m ov im en t a r p r odu t os m anu f a t u r ados . Os
p r odu t os t r a nspo r t ados p o r ca da um de s t es m oda i s es t ão d i v i d i dos
p r i nc i pa lm e n te e m f unç ão das com pens açõe s ex i s t en t es en t r e os
c us t os e o n í ve l de s e r v i ço .
O t r ansp o r t e f e r r ov i á r i o pos su i ge r a lm en te f r e t es d e c us t os
m eno r es e d esem penh o g lo ba l l i g e i r am en t e i n f e r i o r e é
n o r m a lm en t e de s t i nado a c a r ga s de r e l ação va lo r - pes o ou v a lo r -
v o lum e ( va lo r es pec í f i co ) , c us t os m e no r es . E xem p los de ca r gas
s ão : p r odu t os q u ím icos , s i de r ú r g i c os e p l ás t i c os .
O t r a nspo r t e h i d r ov iá r i o é u t i l i za do p r i nc i p a lm en te pa r a
t r a nspo r t a r ca r gas c om o g r ané i s , m iné r i os , a r e i a , pe t r ó l eo ,
3 2
c im en to , f e r r o e aç o s em i - p r oc ess ados . Es tes p r o du t os s ão d e
b a i xo v a lo r espe c í f i c o e n o r m a lm en te n ão - pe r ec í v e i s e , po r t an t o ,
u t i l i zam s e r v i ço l en t o e s azona l em t r oc a d e f r e t es ba i xos .
O t r a nspo r t e ae r ov iá r i o poss u i t ax as de f r e t e r e l a t i v am en t e
a l t as , qu ando co m pa r ado co m ou t r os m oda i s . E n t r e t an t o ,
c om p ensa m seu s cus to s e l ev ados c om m e lho r n í v e l de se r v i ç o . Os
p r odu t o no r m a lm en t e t r anspo r t ados s ão peç as e equ ipa m en t os
e l e t r ôn i c os , i n s t r u m en t os ó t i cos , pe ças e m á qu inas , p r odu t os
e s t es que , na m a io r i a das v ezes , t ê m v a lo r e l e vado s e co m pa r ados
c om seu pes o ou vo lum e , o u , en t ão , nec es s i t am de r ap idez n a
e n t r ega .
O m oda l d u to v iá r i o é u m m é t odo a l t am en t e e f i c i en t e pa r a
t r a nspo r t a r p r odu t os l í qu id os ou gaso sos po r g r and es d i s t ânc ia s ,
l im i t ando - se q uase i n t e i r am en te a ga ses , pe t r ó l eo e s eus
d e r i v ados . P o r t an t o , a i n dús t r i a d e du t os r es t r i ng e - s e
p r i nc i pa lm e n te à m ov im en t aç ão de pe t r ó l eo , d e r i v ados e gase s ,
p o i s o cus to de m ov im en t açã o é ba i xo .
3 3
3. E STUDO DE CASO
3 .1 DES CRIÇÃO
O f l ux o de p r o ces so , desd e o r eceb im en t o da m a té r i a - p r im a
a té a c hegada na á r ea p r odu t i v a da es t am pa r i a , é da seg u in t e
f o r m a :
A m a té r i a - p r im a é r eceb ida p o r d e c am inh ões , n a f o r m a d e
c hapas s i nge las em aç o ou chap as f e r r am en t adas , cham adas
b lanks . Es tes m a te r i a i s são r ec eb idos do f o r nec edo r e
a r m a zena dos em um d epós i t o na á r ea do r ec eb im e n to , c on f o r m e
m os t r a f i gu r a 9 e , d e ac o r d o c om a dem anda de p r o dução , sã o
e nv iado s à á r ea d e c o r t e , ou d i r e t am en t e p a r a as m á qu inas s e
f o r e m b la nks , p a r a , pos t e r i o r m en t e s e r em f o r ne c idos à es t am pa r i a ,
o nde as c hapas são c on f o r m adas , t o r na ndo - s e p r odu t os ac abado s .
F i gu r a 9 – K anba n d e m a t é r i a p r im a
F on te : Vo l k swagen do B r as i l
A quan t i dade e s t ocad a des ta m a t é r i a - p r im a dev e se r
s u f i c i en t e pa r a a ten de r à dem anda da p r o duçã o ; po r ém , quand o
i s so não oc o r r e , o cus to de a r m azenam en t o t o r na - se a l t o . Ne ss e
p on to dev e - s e av a l i a r que , se ex i s t i s se um pon t o de equ i l í b r i o
e n t r e a q uan t i dade m ín i m a es toc ada nec ess á r i a p a r a a p r oduçã o e
a quan t i dade m áx im a a s e r u t i l i zada , t e r - se - i a um a co ns ide r áve l
r eduç ão no cus to de a r m azenam en t o .
3 4
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
(FAX)
VOLKSWAGENFORNECEDOR
Entrega de material (lead-time)
A n eces s ida de de m in im i za r o cu s t o do es toq ue pa r a m e lho r
a p r ov e i t a m en t o da á r ea f í s i ca pa r a a es toc agem de m a té r i a - p r im a
e , t am bém , p a r a f ac i l i t a r o con t r o l e v i sua l , f o i i m p lem en t ado o
s i s t em a K anba n .
De aco r do c om a p r og r a m aç ão de p r o dução de v e í cu lo s ,
s em a na l , é ve r i f i c ada a nec ess idade de m a té r i a - p r im a pa r a a
c on f ecç ão das pa r t es que i r ã o c om p o r o ve í cu lo .
No p r im e i r o pe r í odo , é f e i t a a c on t agem d iá r i a de c hapas
( m a t é r i a p r im a ) e , e m um a p la n i l ha dev idam en t e f o r m a t ada , sã o
a no ta dos o s s egu in t es dados : m a t é r i a - p r im a , f o r nece do r , peç a ,
u so d i á r i o , e t c . O ope r ado r l og í s t i co con f e r e o qua d r o K anba n e ,
d e ac o r d o c om a i n f o r m açã o v i sua l , pode r ap idam en t e ava l i a r a
r ea l s i t uaçã o e , s e f o r nec es sá r i o , d i s pa r a r o ped id o pa r a o
f o r n eced o r , v i a de f ax , F i gu r a 10 .
F i gu r a 10 - S i s t e m a de i n f o r m ação c l i en t e / f o r nece do r
F on te : E lab o r ado pe lo a u to r
A m a té r i a - p r im a é env iad a pa r a a s m áqu i nas , d enom inadas
p r ens as pes adas , pa r a se r p r o ces sada , t r ans f o r m ando - se em
p eças , t a i s co m o : pa r a - l am a , t e t o , l a t e r a i s , t am pas d i an t e i r a e
t r a se i r a , e t c . . . .
O s e t o r de es t am p a r i a t em um a á r ea a p r ox im ad a d e
9 600 m 2 , con t and o c om um p a r que de 28 m áqu ina s , F i gu r a 11 .
0
0 ESTAMPARIA VOLKSWAGEN DO BRASIL
RUA - 1 ( 1000)
RUA - 3 (1800 TON)
2 2 1 2 2
RUA - 7 (400 TON)
DEPOSITO DE FERRAMENTA
MATERIA PRIMA PROCESSADA
DEPÓSITO DE MATERIA PRIMA
ESTAMPARIA
RUA - 9
ÁREA CONSERTO
SALA DOS LIDERES
AUDIT SUPERFÍCIE
Desbobinadeira
Corte Platina
ESTAMPARIA VOLKSWAGEN DO BRASIL
INJETORAS GRANDES
Centro
Treinamento
Ferramentaria
02 P
05 P
03 P
04 P
01 P
PRÉ-MONTAGEM DE PAINEL DE INSTRUMENTO -AB9
RUA - 4 (1000 TON)
3 2 2 2 2 2
RUA - 6 (1000 TON)
ÁREA DE FERRAMENTARIACORTE E REPUXO
06 P
07 P
01 B
02 B
03 B
04 B
�
MANUTENÇÃOELETROMECANICA
USINAGEM
MÁQUINA MEDIÇÃO
ZEISS
Máquinas Azul - Fora de uso
Máquinas Verde - Em Uso
DEPÓSITO PEÇAS ESTAMPADAS
ELETROMECANICA
INJETORAS LEVES/MÉDIA
Fi g u ra 11 : L ay- o u t Área d a Es t amp ar i a
3 6
O p r oc ess o p r odu t i vo é com pos t o po r qua t r o l i nhas d e
p r ens as pes adas , s endo t r ês des tas r obo t i zadas ( F igu r a 1 2 ) e um a
m anua l , e m a i s ou t r as m áqu in as des t i na das à á r ea de co r t e d e
p l a t i n as .
F i gu r a 12 – E squem a de um a da s l i nhas de p r ens as r ob o t i zadas
F on t e : Mo r e i r a ( 2 002 )
No es quem a dem o ns t r ad o a c im a , o f l u xo do p r oce ss o
c om e ça c om a co lo caç ão da chap a m e tá l i c a na l avad o r a d e
p l a t i n as que , na seq üênc i a , é r e t i r a da do a l im e n ta do r pe lo r obô IR
4 .0 e c o loca da na p r e nsa 4 .1 de 1800 t , onde é r ea l i zada a
p r im e i r a c on f o r m açã o da cha pa , den om inad o r epux o . Apó s f e i t a a
e s t am pa gem , a peç a é r e t i r ada pe lo r obô I R 4 . 1 , qu e a co loc a n a
p r ens a segu in te . As s im , o p r oces so s e r epe t e , a t é que o ú l t im o
r obô ( I R4 . 5 ) r e t i r e a p eça , que pas sou po r v á r i a s ope r açõe s ,
d epos i t e - a na es t e i r a t r an spo r t ad o r a de s a í da de peç as e ,
f i na lm en t e , co l oq ue - a n os d i s pos i t i v os de acon d i c i on am en to d e
p eças e s t am pa das .
No t o t a l , são e s t am pa dos 2 8 í t ens d i f e r en t es , s endo 1 9
í t ens peça s de sup e r f í c i e e 9 í t en s pe ças i n t e r n as e s t r u t u r a i s ,
c on f o r m e m os t r a F ig u r a 13 .
3 7
F i gu r a 13 – Í t ens es t am pa dos
F on te : Ada p ta do pe lo au t o r
3 .2 M ATERIAL
Um a r ees t r u t u r aç ão l og í s t i c a deve se r f e i t a po r m e io d a
im p lem en t ação de um s i s t em a d e g e r enc iam en t o de ss a m a t é r i a -
p r im a , co m o ob j e t i vo de m in im i za r o cu s t o do p r od u to ac abad o
m ed ian t e a r eduç ão do cu s t o dos e s t oques , qu e ge r a m e lev ados
v a lo r es .
Com a im p lem en t aç ão do s i s t em a de ge r e nc iam en t o ,
K AN BA N, na á r ea de r ec eb im e n to e d epós i t o de m a t é r i a - p r im a ,
o b j e t i v a - s e r eduz i r o s c us t os po r m e io de um ba i x o es t oque e um
p equeno c i r cu lan te , onde as en t r egas de vem s e r cons ta n te s e em
p equenas quan t i dade s . A F ig u r a 14 , m os t r a um Ka nban de peç as .
F igu r a 14 - Kan ban de chap as p l ana s em aç o
F on te : Vo l k swagen do B r as i l
9 19
Superf íc ie
In ternos estrutura is
3 8
Os e lem e n to s que dev em s e r c ons ide r a dos pa r a o
f o r n ec im en t o de m a té r i a - p r im a a t r avés d o K A NBA N, são :
- Lo t es de m a t e r i a i s s ão f o r n ec ido s de aco r do c om a
c ham ada a t r avés d e c a r t ões , send o os r eceb im en t os f r eqüe n te s e
c on f i áve i s , l ead t im e ( t em po d e r es sup r im en to ) r eduz ido e a l t o
n í v e l de qua l i dade com es t oque m í n im o , i nve n tá r i o , r eduç ão d a
á r ea f í s i ca com m e lho r i a no f l u xo l og í s t i co .
K ANB A N ( G I AN ES I ; CORR ÊA , 1 993 ) , que , em j aponê s ,
s i gn i f i ca ca r t ão , a ge c om o um d i spa r ado r de p r oduç ão . Es t e
s i s t em a c ons i s t e de do i s ca r t ões , u m denom inado k anb an d e
p r oduç ão e o u t r o , k anban de t r ans po r t e . O k anban de p r o duçã o
d i spa r a a p r odu ção de um pe queno l o t e de peça s d e de t e r m inad o
t i po . O k anban de t r ans po r t e au t o r i za a m ov im en t aç ão do m a t e r i a l
p e la f áb r i ca ; es te s i s t em a de “ pux a r ” a i nda não é u m s i s t em a i de a l
p a r a r ed ução no c us t o , c om p a r ado ao s i s t em a ge r enc ia l j u s t - i n -
t im e .
P a r a o es t udo de ca so ap r e sen t ado , o pa ine l po r t a k a nbans
( F igu r a 15 ) é d i v i d i do em á r eas com c ód igos d e c o r es azu l ,
v e r m e lho , am ar e lo e v e r d e , e m o r d em de c r es ce n te d e c im a pa r a
b a i xo .
P o r m e io des se quad r o é con t r o l ado o f l u x o do m a te r i a l ,
I s s o s i gn i f i c a q ue , ao o l h a r o pa ine l , é p oss í v e l sabe r :
- O es t oque d i sp on í v e l de cad a peç a pe lo núm er o d e
c a r t ões ;
- Quan do f aze r um no vo ped id o de m a t e r i a l ;
- A n te c ipa r s i t uaçõ es de f a l t a de peç a .
A im p lan t açã o d o s i s t em a K anba n é s i m p les e m u i t o
e f i c i en t e ; e l e não nec ess i t a de p r o ced im en t os c a r o s e c om p lex os e
n em i nv es t im e n tos esp ec ia i s . No e n ta n to , é nec ess á r i o s egu i r com
b as t an t e c r i t é r i o as po ucas r eg r as e ss enc ia i s , pa r a que o s i s t em a
K anba n f unc ione un i f o r m em e n te , e que d i ze m r es pe i t o ao con t r o l e
d e c a r t ões , f l u xo de m a te r i a l e es t oc agem .
No e s t udo em ques tã o , o Kanb an u t i l i zad o é o ex te r no , e ,
p a r a t an to do i s f o r nec edo r es f o r am se lec i onad os . P a r a i l u s t r a r ,
e sse s f o r nec edo r e s se r ão cham ados de A e B .
3 9
O f o r nec edo r A t em um l ead - t im e d e 1 5 ( qu inze ) ho r as pa r a
f o r n ece r um a c a r g a , e o f o r ne cedo r B t em 10 ( de z) ho r as pa r a
e f e t ua r ess a en t r eg a . E ss as d i f e r enç as de t em po s ão r e l a t i v as à
d i s t ânc ia en t r e f o r ne cedo r e c l i en t e ; nes te c aso , d i s t ânc ia e n t r e o
f o r n eced o r A a té a V o l k s wag en e d i s t ânc ia en t r e o f o r nece do r B
a té a Vo l k swagen .
A s ca r gas s ão d i f e r enc iadas quan t o à quan t i dade . E xem p lo ,
a c a r ga 1 é com pos ta po r c i nc o ca r t ões , a c a r ga 2 po r se i s
c a r t ões , e t c ; con f o r m e m o s t r a o quad r o s egu in te :
F i gu r a 15 - Quad r o Po r t a C a r t ões K anban
F on t e : ada p ta do pe lo au t o r
S IGNIF ICADO DAS CORES
Os núm e r os dem ons t r ad os n o ca r t ão azu l r e p r es en t am a
q uan t i dade t o t a l de c a r t ões p a r a cad a m a t e r i a l ;
FORNECEDOR ( A) FORNECEDOR (B)(LEAD T IME =15 h )HOR AS)
(LEAD T IME =10h)HOR AS)
2 4 41 7 2 2 9 3 1 31 3 3 8 3 6 1 6 42 2
MATERIAL
( A )
MATERIAL
( J )
MATERIAL
( G )
MATERIAL
( H )
MATERIAL
( I )
MATERIAL
( K )
MATERIAL
( L )
MATERIAL
( M )
MATERIAL
( N )
MATERIAL
( O )
MATERIAL
( P )
MATERIAL
( B )
MATERIAL
( C )
MATERIAL
( D )
MATERIAL
( E )
MATERIAL
( F )
4 0
O c a r t ão ve r m e lho i nd i c a m a io r a t enç ão , as p r o v idên c ias
d evem se r t om adas im ed ia t am en t e , pa r a que nã o oco r r am
i n t e r r upç ões no p r oce sso ;
O ca r t ã o am ar e lo i nd i c a que o ges to r p r ec i sa f i ca r a l e r t a , j á
c om um a l i ge i r a a t enç ão ;
O ca r t ão v e r de s i gn i f i ca t r aba lho de f o r m a no r m a l .
Cad a c a r t ão c on t ém o v o lum e pa r a a f o r m aç ão da c a r ga , e
a s ca r gas s ão r ece b idas da s egu in t e f o r m a :
F o rn ece do r ( A) :
C a r ga 1 , com pos t a po r 5 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( A )
C a r ga 2 , com pos t a po r 6 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( B )
C a r ga 3 , com pos t a po r 6 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( C )
C a r ga 4 , com pos t a po r 7 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( D )
C a r ga 6 , com pos ta po r 6 ca r t ões r e f e r e n tes aos m a t e r i a i s ( E ) e
( F ) .
F o rn ece do r ( B ) :
C ar ga 1 , com pos t a po r 5 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( P ) .
C a r ga 3 , com pos t a po r 5 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( N ) .
C a r ga 4 , com pos ta po r 5 c a r t ões r e f e r en tes aos m a t e r i a i s ( L ) e ( M)
C a r ga 5 , com pos t a po r 6 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( K )
C a r ga 8 , com pos t a po r 5 c a r t ões r e f e r en t es ao m a te r i a l ( G )
4 1
3.3 ANÁLISE DOS RES ULTADOS(Gráf i co 1 )
ANTE S DA I MP L AN TAÇÃO:
Com r e l ação à quan t i da de de m a t é r i a - p r im a es t ocada pa r a
a tend e r à dem anda , ex i s t i a um m on tan t e d i s pon í v e l , qu e g i r av a em
t o r no de s e t e d i as de p r oduçã o .
Con s ide r ando um a dem a nda de p r od ução de 5 17 , 5
t one l adas de m a té r i a - p r im a /d ia , m u l t i p l i ca do pe lo p r e ço m éd io / k g
d o aço e s t abe lec i do em R$ 2 , 00 , ch ega - s e a um m on tan t e d e
R $ 1 , 02 m i l hões po r d i a , que m u l t i p l i ca do po r se t e d i as d e
m a t e r i a l a r m azenado em d epós i t o , che gava a R$ 7 , 14 m i l hõ es .
A lém do v a lo r d a m a t é r i a p r im a - a r m azenad a , e x i s t em ou t r as
d espes as , t a i s c om o : c us t o de a r m azenag em , cu s t o de c ap i t a l
e m pr egado e cus t o de ob so les cên c ia .
APÓS A IMP LANTAÇ ÀO:
E s t abe lec i da a s i s t em á t i ca do Kan ban , f o i m ax im izada a
u t i l i zaçã o de m a té r i a - p r im a a t r av és do m e lho r c on t r o l e no p i s o d e
f áb r i ca .
Com i s so , o m on t an t e de m a t é r i a - p r im a es t ocad a pa r a
a tend e r a dem a nda de p r od ução f i cou em t o r no de qua t r o d i as .
E s t a r eduç ão r ep r es en t a u m ganh o e f e t i v o d e t r ês d i as , qu e
s i gn i f i ca um a r eduç ão de ap r o x im adam en t e 4 3% do es t oqu e
a n te r i o r .
GANHOS :
Os ganhos co m a im p lan taç ão d o s i s t e m a K anba n f o r am
b as t an t e s i gn i f i ca t i v os , po i s , a l ém de se r eduz i r o v a lo r do ca p i t a l
i n ves t i do , ob tev e - s e ou t r as van tag ens r e f e r en t es à m in im i za ção d o
e spaç o f í s i c o ocup ado , be m com o m e lh o r i a no l ay - ou t , m eno r
q uan t i dade de m a t e r i a l a r m azen ado . O s i s t em a pos s ib i l i t ou que o
m a t e r i a l t i ves se um f l u xo m a i s c on t í nu o e , com i s so , a
p oss ib i l i dade de ox idaç ão f i c ou r eduz ida , houv e a f ac i l i d ade do
4 2
c on t r o l e do “ F I F O” ( p r im e i r o que ch ega , p r im e i r o q ue s a i ) , a
p o lu i ção v i sua l da á r ea de a r m azen am en to d im inu iu , be m c om o
c ons egu iu - se van tag em no cu s t o d e o po r t un ida de .
Gráf ico 1 : Anál ise Resu l tados
Fonte: Adaptado pe lo au tor
7,14
4,08
7
4
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
Antes Após
R$ (Milhões) Dias
4 3
4. CONCLUSÃO
O K anban é um s i s t em a qu e pode se r em pr ega do em
q ua lque r s e t o r e em p r es a , é um s i s t e m a de au t o - c on t r o l e no p i s o
d e f áb r i c a e bas t an t e f l e x í ve l , e que p r opo r c i o na u m m e lho r
c on t r o l e v i sua l .
O Kanb an não t em com o o b j e t i vo o es t oque ze r o , m as , s im ,
a r eduçã o d o i n ven t á r i o d e e s t oque em p r oce sso .
É u m f ac i l i t ado r da m e lh o r i a de p r odu t i v i d ade , po i s p r ocu r a ,
p o r m e io d e s ua f l e x i b i l i dade , de m ons t r a r os ga r ga los do s i s t em a
p r odu t i vo da em pr e sa .
O cus to da im p lan t açã o é r e l a t i vam en t e b a i xo , po i s é um
c on t r o l e v i sua l .
O Kanb an f ac i l i t a o s i s t em a de con t r o l e “ F I F O” e ,
c ons equen t em en t e , r eduz o núm er o de m a t e r i a l com ba i x a
r o t a t i v i dade , pos s ib i l i t ando o aum en t o do g i r o de ca p i t a l .
Des sa f o r m a , conc lu i - s e , t am bém , qu e o Kanb an é um a
f e r r am e n ta que p r op o r c i ona a e l im inaçã o do es toq ue im p r od u t i v o ,
p o i s es t e não ag r ega va l o r ao p r od u to .
4 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A t l as , 1993 .
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3 ed . S ão P au lo : P ione i r a , 19 98 .