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16/06/2020
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Profº Daniel J. Machado, [email protected]
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IFRS – Normas Brasileiras e Internacionais de Contabilidade ─ Online
Análise das Demonstrações Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Módulo I – de métodos, análise e tomada de decisão
2
IFRS - NORMAS BRASILEIRAS E INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - Online
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
90h
Métodos, análise e
tomada de decisão
90h
Aspectos patrimoniais
90h Resultados, tributação e
PMEs
90h
Conceitos, demonstrações
e coligadas
MÓDULO IMÓDULO IV
MÓDULO IIMÓDULO III
TCC Opcional
Módulo IFRS - NORMAS BRASILEIRAS E INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - Online HORAS DiasI MÓDULO DE MÉTODOS, ANÁLISE E TOMADA DE DECISÃO 90 181 Princípios Econômicos e Métodos Financeiros 30 6
2 Metodologia e Métodos Quantitativos Aplicados à Pesquisa 30 6
II MÓDULO ASPECTOS DE RESULTADOS, TRIBUTAÇÃO E PMES 90 184 Aspectos do Resultado: Reconhecimento de Receitas 30 6
5 Informações por Segmento 30 6
6 Tributos sobre o Lucro e Contabilidade de Pequenas e Médias Empresas 30 6
3 Análise das Demonstrações Financeiras para Tomada de Decisão 30 6
III MÓDULO DE ASPECTOS PATRIMONIAIS 90 187 Contabilidade de Passivos e Arrendamento Mercantil 30 6
8 Contabilidade de Ativos não financeiros 30 6
9 Cálculos e Contabilização de Instrumentos Financeiros 30 6
IV MÓDULO DE CONCEITOS, DEMONSTRAÇÕES E COLIGADAS 90 1810 Estrutura Conceitual, Divergências e Convergências entre IFRS, BR/US GAAP 30 6
11 Demonstrações Financeiras: Preparação e Apresentação 30 6
12 Contabilidade de Coligadas e Controladas 30 6
Total 360 72
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Dez Recursos de Aprendizagem (RA)• Para cada uma das 6 aulas de cada disciplina
• * Exceto o 10. recurso: 4 avaliações, 1 p/ cada Módulo, que deverão ser impressas, resolvidas e entregues juntas, pelo correio ou pessoalmente na secretaria, no final do curso.
RA Recursos de Aprendizagem Formato
1 Vídeo: pílulas sobre o tema da aula 3’ – 5’
2 Leitura prévia Arquivo pdf / endereço artigo
3 Aula gravada: teoria com slides Vídeo 30’ – 45’
4 Power point da aula Arquivo pdf
5 Resolução gravada: caso prático com slides Vídeo 30’ – 45’
6 Power point da resolução do caso Arquivo pdf
7 Pod cast no formato entrevista Gravação 5’ – 10’
8 FAQ: 3 - 10 perguntas mais recorrentes e respostas Arquivo pdf
9 Leitura complementar Arquivo pdf / endereço artigo
10* Avaliação individual por Módulo 3 questões múltipla escolha + 1 dissertativa
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
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Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.• Professor, pesquisador, autor, palestrante,
comentarista, conselheiro, consultor, perito, diretor e coordenador
• Formação• Stricto sensu:
• Doutorado em Finanças pelo Mackenzie (2017).
• Ph.D. in Business Administration by FCU-USA (2004).
• Mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP (2002).
• Lato sensu:
• Pós em Gestão de Recursos UNIBERO-SP (2006).
• Pós em Desenvolvimento de Produtos pela USJT-SP (1988).
• Graduação:
• Engenharia Civil pela USF (1986).
• Área de pesquisa:
• Finanças e Contabilidade.
• Publicação:
• Autor de livros e artigos científicos.
• Currículo lattes• http://lattes.cnpq.br/1992097638049531
• Docência• Professor Universitário:
• Contratado da PUC-SP (2007–). Convidado nas demais: FECAP-SP (2008–); FIA-SP (2010–); FALEG-SP (2016–); Trevisan-SP (2017–); e IBMEC-SP (2018–).
• Instrutor:
• Cursos in company pela Integração Escola de Negócios (2008–) e IBMEC-SP (2018–).
• Disciplinas:
• Matemática e Administração Financeira; Valuation; Contabilidades Geral, Gerencial, e de Custos; Análise de Balanços; Controladoria Operacional e Estratégica; Mercado de Capitais, Governança Corporativa; Gestão de Riscos e Compliance, de Crédito e de Capital de Giro; Princípios econômicos; Empreendedorismo, Design Thinking e Canvas; Métodos Quantitativos; Metodologia da Pesquisa e Orientação de Monografias.
• Atuação profissional• Diretor de faculdade, Coordenador de cursos MBAs e
especializações lato sensu. Autor de conteúdo, Assistente técnico em perícias, Palestrante e Comentarista Financeiro, Conselheiro e Consultor empresarial.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
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Programa• Análise das Demonstrações Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Aula Tópicos Referências
1Estrutura das Demonstrações
Financeiras (CPC 26) MARION, José C. Análise das demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
2Análise horizontal, vertical e por
ÍndicesMARION, José C. Análise das demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
3Análise Avançada do Capital de
GiroMÁLAGA, Flávio K. Análise de demonstrativos financeiros e da performance empresarial. 3.ed. São Paulo: Saint Paul, 2017.
4Análise Financeira Dinâmica e dos
Fluxos de Caixa DA SILVA, José P. Análise financeira das empresas. 13. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
5Rating e a Análise do Risco de
CréditoMÁLAGA, Flávio K. Análise de demonstrativos financeiros e da performance empresarial. 3.ed. São Paulo: Saint Paul, 2017.
6Tópicos Especiais em Análise de
BalançosMACHADO, Daniel J. Valuation, análise técnica e fundamentalista. São Paulo: Senac, 2019.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
Profº Daniel J. Machado, [email protected]
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Análise das Demonstrações
Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Aula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
Recurso de Aprendizagem
RA 1Pílulas sobre o tema da aula
VídeoResumo
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RA 1 – Pílulas sobre o tema da aula: Resumo
• Olá!• Esta aula 2 Análise horizontal, vertical e
por Índices aborda os dois tipos de análise de forma prática, ilustrada e sem rodeios
• O RA 2 Leitura Prévia – Aborda a Crise Econômica Mundial e coloca em questão quanto vale um ativo se ninguém está comprando ou vendendo
• O RA 3-4 Aula Gravada – apresenta de maneira suscinta o tema das análises das demonstrações financeiras divididos em Análise Horizontal e Vertical, Análise por Índices e o Modelo Du Pont
• O RA 5-6 Caso Prático Analisa pelos índices econômicos-financeiros a Martin Manufaturing Company
• O RA 7 Pod cast – aborda a reclassificação das Demonstrações Contábeis necessária para a análise
• O RA 8 FAQ – discute quando se deve ou não analisar as demonstrações
• O RA 9 Leitura Complementar – relembra a adoção do IFRS no Brasil, uma verdadeira revolução contábil
• Bons estudos!
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
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Análise das Demonstrações
Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Aula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
Recurso de Aprendizagem
RA 2Leitura prévia
ArtigoFique ligado!
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RA 2 – Leitura Prévia: Fique ligado!• A Crise Econômica Mundial
• O preço está correto! (Ou errado!)
• Quanto vale um ativo se ninguém está comprando ou vendendo? A resposta a essa pergunta é muito importante, pois uma prática contábil denominada “marcação a mercado” requer que alguns ativos sejam ajustados no balanço para que possam refletir seus valores de mercado justo. Regras contábeis são complicadas, porém a ideia geral é que, se um ativo está disponível para venda, então o balanço patrimonial estaria mais preciso se mostrasse o valor de mercado desse ativo.
• Por exemplo, suponhamos que uma empresa tenha comprado $ 100 milhões de títulos do Tesouro e que, posteriormente, o valor desses títulos tenha caído para $ 90 milhões. Com a marcação a mercado, a empresa registraria o valor dos títulos no balanço patrimonial como de $ 90 milhões, e não no valor de compra original de $ 100 milhões. Observe que essa marcação a mercado pode ter um impacto significativo nos índices financeiros e, consequentemente, na percepção dos investidores sobre a saúde financeira de uma empresa.
• Mas, e se os ativos forem títulos lastreados em hipotecas que foram originalmente comprados por $ 100 milhões? Com o crescimento do índice de inadimplência em 2008, o valor desses títulos caiu rapidamente e então os investidores praticamente pararam de negociá-los.
• Como a empresa deve registrá-los? Pelo preço original de $ 100 milhões, pelo preço de $ 60 milhões que foi observado antes da escassez do mercado, por $ 25 milhões quando um fundo de hedge com grande necessidade de caixa para evitar inadimplência vendeu alguns desses títulos ou por $ 0, uma vez que não existe cotação atual? Ou deveriam ser registrados pelo preço gerado por um modelo de computador ou de alguma outra maneira?
• A resposta para isso é especialmente importante em épocas de estresse econômico. O Congresso, o SEC (CVM norte-americana), o Financial Accounting Standards Board (FASB) e o Tesouro norte-americano estão todos trabalhando para encontrar as respostas certas. Se eles sugerem um preço muito baixo, isso pode fazer com que os investidores acreditem erroneamente que algumas empresas valem muito menos do que seus valores intrínsecos, e isso pode disparar crises nos bancos e falência das empresas que sobreviveriam não fosse por isso.
• Mas se o preço for muito alto, algumas empresas “zumbi” podem se manter e posteriormente causar até perdas maiores para os investidores, incluindo o governo norte-americano, que é hoje o maior investidor em muitas instituições financeiras. De qualquer forma, um erro na precificação pode criar um efeito dominó e assim derrubar todo o sistema financeiro. Então vamos torcer para que o preço esteja certo!
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.Fonte: BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. 14. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017
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Análise das Demonstrações
Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Aula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
Recursos de Aprendizagem
RA 3-4 Teoria com slides
AulaGravada
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Sumário
1. Análise Horizontal e Vertical
2. Análise por Índices
3. Modelo Du Pont
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
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Análise das Demonstrações Financeiras para Tomada de Decisão – 30hAula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
A2 – Análise Horizontal e Vertical
Programa
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Análise Horizontal e Vertical• Análise Horizontal
• Comparação dos indicadores de vários períodos ou anos
• Olha-se no sentido horizontal, daí o nome de Análise Horizontal, analisando a tendência dos índices
• Neste exemplo percebe-se que a tendência é piorar
• Utilizado também na análise de Balanços e DRE
Índice Ano
Liquidez Corrente AC/PC
20x7 20x8 20x9
1,5 1,4 1,3
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Análise Horizontal e Vertical
• Análise Vertical
• A divisão de uma grandeza por outra
• Olha-se no sentido vertical, daí o nome de Análise Vertical, considerando dados de um mesmo período, ou mesmo ano
• Utilizado na análise da variação dos resultados sobre as Vendas da DRE e na variação de contas do Balanço Patrimonial sobre o Ativo Total
• Em conjunto
• Fornecem importantes informações relativas sobre a evolução da empresa
𝟏. 𝟎𝟎𝟎
𝟐. 𝟎𝟎𝟎= 𝟎, 𝟓 𝒐𝒖 𝟓𝟎%
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Análise Horizontal e Vertical
• Caso Cia. Porto Nacional Ltda.
• A administração da Cia. Porto Nacional garantiu aos acionistas que o seu lucro aumentaria em 50% de 2xx1 para 2xx2. Satisfeita com a conquista, ela publica sua DRE• Calcule os percentuais AV% e AH% e faça
uma análise vertical e horizontal
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DA CIA. PORTO NACIONAL LTDA. (x 1.000)
DRE AV% 2xx1 AV% 2xx2 AH%
RBV – Receita Bruta de Vendas 125% 10.000 125% 15.000 50%
(–) Leis 11.638/07 e 11.941/09: em Notas Explicativas
IPI e ICMS -15% -1.200 -15% -1.800 50%
(–) Devoluções -6% -500 -8% -1.000 100%
(–) Descontos Comerciais -4% -300 -2% -200 -33%
(=) RLV – Receita Líquida de Vendas 100% 8.000 100% 12.000 50%
(–) Custo de Produtos Vendidos -30% -2.400 -33% -4.000 67%
(=) LB – Lucro Bruto 70% 5.600 67% 8.000 43%
(–) Despesas Operacionais de Vendas -15% -1.200 -25% -3.000 150%
(–) Desp Operacionais Administrativas -13% -1.000 -17% -2.000 100%
(–) Participação de empregados -1% -100 -1% -100 0%
(–) Participação de administradores -3% -200 -3% -350 75%
(=) LAJIR – Lucro antes dos Juros e IR 39% 3.100 21% 2.550 -18%
(–) Despesas Financeiras -25% -2.000 -25% -3.000 50%
(+) Receitas Financeiras 8% 600 13% 1.500 150%
(=) LAIR – Lucro antes do IR 21% 1.700 9% 1.050 -38%
(–) IR – Imposto de Renda -6% -500 -7% -800 60%
(=) LL – Lucro Líquido (oper continuadas) 15% 1.200 2% 250 -79%
(+/-) Resultado operações descontinuadas 6% 500 19% 2.300 360%
(=) LPC – Lucro/Prejuízo Consolidado 21% 1.700 21% 2.550 50%
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Análise das Demonstrações Financeiras para Tomada de Decisão – 30hAula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
A2 – Análise por Índices
Programa
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Análise por Índices
• Análise por meio de índices• Envolve os métodos de cálculo e a
interpretação do índices financeiros, para avaliar o desempenho e a situação da empresa.
• Partes interessadas• Acionistas
• Credores
• Administração
• Tipos de comparação de índices• Análise cross-sectional
• A comparação dos índices financeiros de diferentes empresas em um mesmo instante; envolve a comparação dos índices da empresa com os correspondentes da principal empresa do setor ou com as médias da indústria.
• Análise da série-temporal• Avaliação do desempenho financeiro da
empresa ao longo do tempo, utilizando a análise financeira baseada em índices.
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Análise por Índices
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• Tripé decisorial
1º PÉ:
Situação financeira
LC = AC / PC
2º PÉ:
Endividamento
EG = CT / AT
3º PÉ:
Situação econômica
ROI = LL / AT
Como evitar atrasos e liquidar os compromissos
em dia?
Toda empresa precisa se
endividar para investir no ativo.
Como contrair dívidas sem
enfraquecer a empresa?
Como maximizar o lucro, fazer a empresa
crescer e ser competitiva?
20
Análise por Índices
• Índice de liquidez corrente• Uma medida de liquidez calculada
dividindo-se o ativo circulante pelo passivo circulante da empresa• Quanto maior, melhor (maior liquidez
corrente da firma)
• É um dos índices financeiros mais utilizados
• Mede a capacidade da empresa para satisfazer suas obrigações de curto prazo
• Análise de liquidez
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𝑳𝑪 =𝑨𝑪
𝑷𝑪
LC = Índice de Liquidez CorrenteAC = Ativo CirculantePC = Passivo Circulante
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Análise por Índices
• Índice de endividamento geral• Mede a proporção dos ativos totais da
empresa financiada pelos credores• Quanto maior for esse índice, maior será
o montante de capital de terceiros utilizado para gerar lucros
• Quanto maior for o índice, maior a alavancagem financeira da empresa
• Análise do endividamento
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
𝑬𝑮 =𝑪𝑻
𝑨𝑻
EG = Índice de Endividamento GeralCT = Capital de Terceiros (Exigível Total)AT = Ativo Total
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Análise por Índices
• Retorno sobre o patrimônio líquido• ROE, do inglês return on equity, mede a
retorno obtido sobre o investimento (ações preferenciais e ordinárias) dos proprietários da empresa• Quanto maior, melhor
• Análise da lucratividade
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
𝑹𝑶𝑬 =𝑳𝑳
𝑷𝑳
ROE = Taxa de Retorno sobre o Patrimônio LíquidoLL = Lucro Líquido Após o IRPL = Patrimônio Líquido
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Análise por Índices
• Muitos índices
• Um dos problemas de avaliação por índices não é por que hajam poucos, mas porque existem
muitos, e as vezes representando quase a mesma coisa
• Grupos de índices financeiros
• Índices de liquidez
• Capacidade de uma empresa para satisfazer suas obrigações de curto prazo, na data de vencimento.
• Índices de atividade
• São usados para medir a rapidez com que várias contas são convertidas em venda ou em caixa.
• Índices de endividamento
• A situação de endividamento da empresa indica o montante de recursos de terceiros que está sendo
usado, na tentativa de gerar lucros.
• Índices de lucratividade
• As medidas de lucratividades permitem ao analista avaliar o lucro da empresa dado um nível de vendas,
de ativos, de investimento dos proprietários ou o valor da ação.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
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Análise por Índices• Análise de liquidez
• Índices de liquidez
ÍNDICE FÓRMULA INDICA
Liquidez Imediata 𝑳𝑰 =
𝑫𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏í𝒗𝒆𝒍
𝑷𝑪
A porcentagem de dívidas a curto prazo em condições de serem liquidadas imediatamente
Liquidez Corrente 𝑳𝑪 =
𝑨𝑪
𝑷𝑪
Quanto existe de Ativo Circulante para cada $1 de dívida também circulante
LiquidezSeca 𝑳𝑺 =
𝑨𝑪 − 𝑬𝒔𝒕 − 𝑫𝒆𝒔𝒑 𝒂𝒏𝒕
𝑷𝑪
Capacidade de pagamento de curto prazo da empresa mediante uso basicamente de disponível
e valores a receber
Liquidez Geral 𝑳𝑮 =
𝑨𝑪 + 𝑹𝑳𝑷
𝑷𝑪 + 𝑬𝑳𝑷
Quanto existe de Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada $1 de dívida total
LS = Índice de Liquidez SecaAC = Ativo CirculantePC = Passivo CirculanteEst = Estoque
RLP = Realizável a Longo PrazoELP = Exigível a longo prazo
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Análise por Índices• Análise de Atividade
• Indicadores de Prazos Médios
ÍNDICE FÓRMULA INDICA
Prazo Médio de Estoque de Matéria Prima 𝑷𝑴𝑴𝑷 =
𝑬𝒔𝒕 𝒎é𝒅𝒊𝒐 𝑴𝑷
𝑪𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒂𝒏𝒖𝒂𝒍× 𝟑𝟔𝟎
Tempo médio desde a aquisição de material até sua requisição para
produção.
Prazo Médio de Fabricação 𝑷𝑴𝑭 =
𝑬𝒔𝒕 𝒎é𝒅 𝒑𝒓𝒐𝒅 𝒆𝒎 𝒆𝒍𝒂𝒃
𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖çã𝒐× 𝟑𝟔𝟎
Tempo médio que a empresa gasta para fabricar o produto.
Prazo Médio de Estoque total 𝑷𝑴𝑬 =
𝑬𝒔𝒕 𝒎é𝒅 𝒑𝒓𝒐𝒅 𝑨𝒄𝒂𝒃𝒂𝒅𝒐𝒔
𝑪𝑷𝑽× 𝟑𝟔𝟎
Tempo médio de estocagem dos produtos acabados.
Prazo Médio de Cobrança 𝑷𝑴𝑪 =
𝑫𝑹 𝒎é𝒅𝒊𝒂
𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝒂 𝒑𝒓𝒂𝒛𝒐× 𝟑𝟔𝟎
Tempo médio de recebimento dos produtos vendidos.
Prazo Médio de Pagamento 𝑷𝑴𝑷 =
𝑫𝑷 𝒎é𝒅𝒊𝒂
𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒂𝒔 𝒂 𝒑𝒓𝒂𝒛𝒐× 𝟑𝟔𝟎
Tempo médio para o pagamento das compras.
CPV = Custo dos Produtos VendidosDR = Duplicatas a ReceberDP = Duplicatas a Pagar
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Análise por Índices• Análise de Endividamento
• Índices de Estrutura Patrimonial
ÍNDICE FÓRMULA INDICA
Endividamento Geral 𝑬𝑮 =
𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝑻𝒆𝒓𝒄𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔
𝑨𝑻
Quanto do ativo está financiado pelo
capital de terceiros.
Endividamento Relativo 𝑬𝑹 =
𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝑻𝒆𝒓𝒄𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔
𝑷𝑳
Quanto a empresa tomou de terceiros para cada $1 de capital
próprio.
Composição do Endividamento
𝑪𝑬 =𝑷𝑪
𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝑻𝒆𝒓𝒄𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔
Qual o percentual de obrigações a curto prazo em relação às
obrigações totais.
Cobertura de Juros
𝑪𝑱 =𝑳𝑨𝑱𝑰𝑹
𝑱
Quantas vezes a empresa tem capacidade de pagar suas despesas
financeiras.
AT = Ativo TotalPL = Patrimônio LíquidoLAJIR = Lucro Antes dos Juros e do IRJ = Juros (Despesas Financeiras)
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Análise por Índices• Análise da lucratividade
• Índices de lucratividade
ÍNDICE FÓRMULA INDICA
Margem Líquida 𝑴𝑳 =
𝑹𝑳𝑶𝑪
𝑽
Quanto a empresa obtém de lucro para cada $1 vendido.
Margem do EBTIDA 𝑴𝑬 =
𝑬𝑩𝑻𝑰𝑫𝑨
𝑽
Quanto a empresa obtém de lucro sem depreciação e amortização antes dos Juros e IR
para cada $1 vendido.
Rentabilidade do Ativo 𝑹𝑶𝑰 =
𝑹𝑳𝑶𝑪
𝑨𝑻
Quanto a empresa obtém de lucro para cada $1 de investimento total.
Rentabilidade do PL 𝑹𝑶𝑬 =
𝑹𝑳𝑶𝑪
𝑷𝑳
Quanto a empresa obtém de lucro para cada $1 de capital próprio investido.
V = Vendas LíquidasRLOC = Resultado Líquido das Operações Continuadas
(antigo Lucro Líquido)AT = Ativo TotalPL = Patrimônio Líquido
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Análise por Índices
• Algumas recomendações
1. Um único índice geralmente não fornece informação suficiente
2. As demonstrações financeiras que estão sendo comparadas devem ser da mesma data
3. Devem ser usadas demonstrações financeiras auditadas
4. Os dados devem ser verificados quanto à uniformidade do tratamento contábil
5. A inflação e as diferentes idades dos ativos ou passivos podem distorcer a comparação de índices
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Análise das Demonstrações Financeiras para Tomada de Decisão – 30hAula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
A2 – Modelo Du Pont
Programa
30
ROA
MO x Giro
Margem Operacional
LO / V
Lucro Operacional
V - CMV
Vendas Líquidas
Custos Operacionais
Custo dos Produtos
Despesas Administrativas
Outras
Despesas de Vendas
Vendas Líquidas
Giro
V/ AT
Vendas Líquidas
Ativos
Total
Ativos Circulante
Ativos não Circulantes
Investi-mentos Imobilizado
Depreciação
Acumulada
Intangível
Modelo Du Pont
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Usado pela administração como um arcabouço para analisar as demonstrações financeiras e avaliar a situação financeira da empresa
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31
ROE
MO x Giro x MAF
Margem Operacional
LO / V
Lucro Operacional
V - CMV
Vendas Líquidas
Giro
V / AT
Vendas Líquidas
Ativos Totais
Multiplicador de Alavancagem Financeira
AT / PL
Ativos Totais
Patrimônio Líquido
Modelo Du Pont
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Análise das Demonstrações
Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Aula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
Recursos de Aprendizagem
RA 5-6 Caso prático com slides
CasoResolução gravada
31
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33
RA 5-6 – Caso prático com slides: Resolução gravada
• Analisando as Demonstrações Financeiras da Martin ManufaturingCompany• Foi solicitado a Terri Spiro, uma experiente
analista de orçamentos da Martin Manufaturing Co., uma avaliação do desempenho financeiro da empresa durante 2014 e de sua situação financeira no final do mesmo ano.
• Para realizar essa tarefa, Terri reuniu as demonstrações financeiras da empresa referentes a 2014, as quais são apresentadas a seguir.
• Adicionalmente, Terri obteve os valores dos índices da empresa relativos a 2012 e 2013 e, também, os índices médios da indústria, para 2014 (válidos para 2012 e 2013). Esses dados também são apresentados a seguir.
• Pede-se:a. Calcular os índices financeiros da
empresa para 2014.
b. Analisar a situação financeira atual da empresa dos pontos de vista as análises cross-sectional e de série-temporal. Subdivida sua análise em termos da avaliação de liquidez, de atividade, de endividamento e de lucratividade.
c. Descreva, de forma resumida, a situação financeira global da empresa com base nos resultados encontrados em b.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
34
RA 5-6 – Caso prático com slides: Resolução gravada • Analisando as Demonstrações Financeiras da Martin Manufaturing Co.
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.
Balanço Patrimonial Martin Co. 31/12/14 (x 1.000) DRE da Martin Co.
Ativo xxx4 xxx3 Passivo xxx4 xxx3 (+) Receita de vendas 5.075
Caixa 25 24 Duplicatas a pagar 230 401 (-) CMV (3.704)
Duplicatas receber 806 764 Títulos a pagar 311 370 (=) Lucro bruto 1.371
Estoques 701 763 Contas a pagar 75 101 (-) DO Vendas (650)
AC 1.531 1.551 PC 616 871 (-) DO Gerais e Admin. (416)
ELP 1.165 700 (-) DO Depreciação (152)
Ativo ñ circ. bruto 2.094 1.692 Ps 1.781 1.571 (=) LAJIR 153
(-) Depreciação ac. (500) (348) Patrimônio líquido (-) DF (Juros) (93)
AñC 1.594 1.344 Ações preferenciais 50 50 (=) LAIR 60
Ações ordinárias 100 100 (-) IR (40%) (24)
Ágio venda ações 194 194 (=) Lucro líquido 36
Lucros retidos 1.000 980
PL 1.344 1.324
AT 3.125 2.895 Ps + PL 3.125 2.895
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RA 5-6 – Caso prático com slides: Resolução gravada • Analisando as Demonstrações Financeiras da Martin Manufaturing Co.
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Grupo Índice 12 13 14Média Setor
Cross Sect
Série Temp
Grupo
Liqui-dez
Liquidez corrente LC = AC/PC 1,7 1,8 2,5 1,5 Bom BomBom
Liquidez seca LS = (AC-Est)/PC 1,0 0,9 1,35 1,2 Bom Bom
Ativi-dade
Giro dos estoques GE = CMV/Est 5,2 5,0 5,3 10,2 Mau Ok
MauPrazo médio cobrança PMC = DR/VMD 50 55 57,1 46 Mau Mau
Giro ativo permanente GAP = V/AP 3,2 3,5 3,2 4,1 Mau Ok
Giro do ativo total GA = V/AT 1,5 1,5 1,6 2,0 Mau Ok
Endi-vida-
mento
Endividamento geral (%) EG = CT/AT 45,8 54,3 57% 24,5% Mau MauMau
Cobertura de juros CJ = LAJIR/J 2,2 1,9 1,6 2,5 Mau Mau
Resul-tado
Margem bruta (%) MB = LB/V 27,5 28,0 27,0 26% Ok Ok
MauMargem líquida (%) ML = LL/V 1,1 1,0 0,71 1,2% Mau Mau
Retorno s/ ativo (%) ROA = LL/AT 1,7 1,5 1,2 2,4% Mau Mau
Retorno s/ PL (%) ROE = LL/PL 3,1 3,3 2,7 3,2% Mau Mau
De maneira geral: Mau
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RA 5-6 – Caso prático com slides: Resolução gravada • Relatório final
c. A situação financeira da Martin Manufaturing C0mpany.:
• Em termos de Liquidez está boa e melhorando.
• A Atividade está má e estabilizada.
• O Endividamento está e mau e piorando.
• A Lucratividade está e má e piorando, exceto a Margem Bruta que está estável.
• De maneira geral, a situação da Martin Manufacturing Co. está e má e declinante!
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Financeiras para Tomada de Decisão – 30h
Aula 2 – Análise horizontal, vertical e por Índices
Recurso de Aprendizagem
RA 7 Pod cast no formato
entrevista
EntrevistaSaiba mais!
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RA 7 – Pod cast no formato entrevista: Saiba mais!
• Entrevistador
• O que é e para que serve a reclassificação das demonstrações contábeis?
• Professor• Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas
contas nas Demonstrações Contábeis, sobretudo no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. São alguns ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise
• Por meio de agrupamento de contas, pode-se melhorar a situação econômico-financeira da empresa. P.ex. se uma empresa dispõe vender um imóvel que esta classificado no Ativo Circulante, o analista terá que reclassificá-lo para Realizável a Longo Prazo, pois não é fácil vender o imóvel e receber no mesmo ano.
• Duplicatas descontadas contabilizadas no Ativo Circulante deverão ser reclassificadas no Passivo Circulante
• Despesa do exercício seguinte, por se tratar de uma despesa antecipada que será consumida pela empresa no próximo ano, é classificada no Ativo Circulante. No entanto, não se transformará em dinheiro. Essa despesa reduzirá o lucro do próximo exercício e, consequentemente, o Patrimônio Líquido. Por isso, os analistas mais conservadores preferem, na ocasião da análise, já deduzir do PL a despesa futura, excluindo-a do Ativo Circulante.
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Recurso de Aprendizagem
RA 8FAQ: 3-10 perguntas mais
recorrentes e respostas
FAQTire suas dúvidas!
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RA 8 – FAQ 3-10 perguntas mais recorrentes e respostas: Tire suas dúvidas!
1. Qual sugestão para avaliar c/ qualidade e credibilidade as Demonstrações Contábeis?
2. Em que situações não se deveria fazer análise com base nas DC?
1. O ideal seria1. Demonstrações Contábeis publicadas em jornais que atendam aos
requisitos legais (Lei das Sociedades Anônimas)
2. Assinadas por contador, com Relatório da Diretoria e Notas Explicativas completas
3. Parecer da auditoria de Pessoa Jurídica que não tenha empresa-cliente que represente mais de 2% do seu faturamento e que não esteja auditando a empresa analisada por mais de quatro anos
2. Não se deveria fazer análise1. Quando a empresa trabalha à base do Lucro Presumido, sem
fazer Contabilidade (as DC podem ser montadas especialmente para a análise)
2. Quando há contradições nas DC ou “exageros” facilmente detectáveis
3. Quando é facilmente identificado que a empresa não valoriza a Contabilidade e/ou as DC não refletem a realidade
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Recurso de Aprendizagem
RA 9Leitura Complementar
ArtigoFechando tudo!
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RA 9 – Leitura Complementar – Fechando tudo!• Adoção do IFRS no Brasil, uma verdadeira revolução
contábil• A passagem de um modelo baseado em regras para outro que tem como
norte princípios não é simples, principalmente porque exige a mudança de comportamento dos profissionais envolvidos.
• O mercado brasileiro passou por uma verdadeira revolução contábil: a adoção nas normas contábeis emitidas pelo International AccountingStandards Board (IASB), chamadas de International Financial Reporting Standard (IFRS). A adoção desse padrão contábil exigiu e continuará exigindo muito esforço de todos os que se relacionam com a informação contábil: os contadores, que preparam a informação, os auditores, que opinam sobre a informação, os analistas, que utilizam a informação, os órgãos reguladores, que emitem os novos padrões e fiscalizam as entidades, os professores, que pesquisam e ensinam tais padrões, entre outros.
• Esse processo de adoção do padrão contábil internacional já vinha sendo feito de uma forma indireta há alguns anos, por meio de emissão de padrões locais próximos às práticas internacionais. Em 2006 e 2007, o processo de convergência evoluiu consideravelmente, a partir do momento em que o Banco Central, CVM e Susep decidiram que as entidades reguladas por tais órgãos teriam que adotar as IFRS em suas demonstrações consolidadas a partir de 2010. Mas foram as alterações da Lei das S/A, iniciadas pela aprovação da Lei no 11.638/07, e a emissão dos Pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que tornaram a convergência no Brasil irreversível e com impactos na contabilidade individual das entidades, o que exigiu um esforço ainda maior dos profissionais.
• Durante muito tempo, a contabilidade no Brasil foi vista como um modelo em que prevaleciam as normas, ou seja, o mais importante era atender às regras, mesmo que isso resultasse na produção de uma informação contábil que não refletisse a realidade econômica da entidade. Um dos exemplos mais conhecidos é a contabilização da depreciação. Se uma entidade adquirisse uma máquina e soubesse que essa máquina duraria mais de 40 anos, muito provavelmente a entidade iria depreciar o equipamento em 10 anos, pois essa era a vida útil para fins fiscais. E depois de 10 anos, a máquina registrada por zero na contabilidade ainda estava a todo vapor. Mas, mesmo assim, esse viés era aceito, pois era a regra existente.
• A mudança da legislação societária trouxe consigo o descasamento entre a contabilidade societária e a fiscal, possibilitando com que a entidade possa fazer refletir na sua informação contábil a realidade econômica.
• A partir da adoção das IFRS, não há mais uma regra de depreciação, mas a aplicação de um princípio: a depreciação deve refletir o consumo dos benefícios econômicos do ativo. Em função disso, a produção da informação contábil necessita de um julgamento profissional e envolve maior subjetividade na interpretação dos princípios.
• A passagem de um modelo baseado em regras para outro baseado em princípios não é simples, principalmente porque exige uma mudança de comportamento dos profissionais envolvidos com o assunto. Entretanto, os benefícios advindos dessa mudança são muitos: a informação contábil torna-se mais compreensível, relevante, confiável e comparável, e tudo isso pode ser resumido em uma expressão: informação contábil de melhor qualidade!
Prof. Daniel J. Machado, Ph.D.Fonte: BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. 14. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017
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Referências• ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
• BREALEY, Richard. A., MYERS, Stewart. C., ALLEN, Franklin. Princípios de Finanças Corporativas. 10. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013.
• BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. 14. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
• DAMODARAN, Aswath. Avaliação de empresas. São Paulo: Pearson, 2007.
• GITMAN, J. Lawrence. Princípios de administração financeira. 12 ed. São Paulo: Pearson, 2010.
• KASSAI, José R. Retorno de investimento. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
• MACHADO, Daniel J. Valuation, análise técnica e fundamentalista. São Paulo: Senac, 2019.
• MÁLAGA, Flávio K. Análise de demonstrativos financeiros e da performance empresarial. 3.ed. São Paulo: Saint Paul, 2017.
• MARION, José C. Análise das demonstrações contábeis. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
• MARTINS, Eliseu; DINIZ, Josedilton A.; MIRANDA, Gilberto J. Análise Avançada das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2017.
• PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria estratégica. São Paulo: Cengage, 2017.
• DA SILVA, José P. Análise financeira das empresas. 13. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
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