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1 | Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 | Ano V - Nº 40 - Janeiro e Fevereiro de 2007 Portal: www.petros.com.br Atendimento: 0800-56 00 55 Ouvidoria: 21 2506-0855 Veja também Revista Petros Publicação da Fundação Petrobras de Seguridade Social >>

2007 >> e Petros V - Nº 40 - Petros - Petros · ser consultados em detalhes esse e demais indicadores que atestam o avanço na solidez da Petros no período. Apenas para ficar em

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1| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

Ano

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Portal: www.petros.com.br Atendimento: 0800-56 00 55 Ouvidoria: 21 2506-0855

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RevistaPetrosPublicação da Fundação Petrobras de Seguridade Social

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| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |2

3| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

Publicação mensal editada pelaGerência de Comunicaçãoe Relações InstitucionaisGerente| Washington AraújoEditor e Jornalista Responsável| Hélio Pereira (MTb 20.160/SP)Redação| Charles Nascimento (subeditor), Renata Tellese Tatiana Domingues (estagiária)Projeto Editorial| Márcio AraujoDiagramação| Iêda Maria Moraes de OliveiraIlustração| Luiz César Cabral de MenezesImpressão| Esdeva Indústria GráficaTiragem| 96 mil exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente| Wagner Pinheiro de OliveiraDiretores| Maurício França Rubem, Ricardo Malavazie Sergio Queiroz LyraSecretário-Geral| Newton Carneiro da Cunha

CONSELHO DELIBERATIVOTitulares| Wilson Santarosa (presidente), Diego Hernandes,Fernando Leite Siqueira, José Lima de Andrade Neto, PauloCésar Chamadoiro Martin e Yvan Barretto de Carvalho

Suplentes| Ari Marques de Araújo, Armando RamosTripodi, Claudio Alberto de Souza, Henyo Trindade Barreto,Nelson Sá Gomes Ramalho e Newton Carneiro da Cunha

CONSELHO FISCALTitulares| Paulo Teixeira Brandão (presidente), GuilhermeGomes Vasconcellos, Maria Angélica Ferreira da Silva eRogério Gonçalves Mattos

Suplentes| Antonio Luiz Vianna de Souza, Marcos AntonioSilva Menezes, Reginaldo Barreto Correa e Rodolfo HuhnE-Mail| [email protected]

RevistaPetros>>

Agora é a hora. Com o processo de repactuação ea oferta do Plano Petros 2 aos empregados da Petrobrassem previdência complementar desde agosto de 2002,vislumbra-se um cenário auspicioso para a Fundação,seus participantes, patrocinadoras e instituidores.

O prazo para a repactuação do regulamento doPlano Petros termina no dia 28 de fevereiro. Nãoestamos medindo esforços para o sucesso daempreitada que, cremos, ser a melhor alternativapara preservar a saúde financeira do plano e garantiros direitos dos trabalhadores.

Com a aprovação do Plano Petros 2 pelo ConselhoDeliberativo, cumprimos a quase derradeira etapa deum processo amplamente debatido entre todos osenvolvidos ao longo de mais de três anos de negociações.Agora só falta o aval final da Secretaria de PrevidênciaComplementar para que possam ser agregados, deimediato, 16 mil pessoas à base de participantes.

E não poderia haver momento mais propíciopara a consolidação de tamanhas conquistas. Elasvêm coroar um ciclo administrativo pautado simpela transparência e respeito indistinto a todos osparceiros da Petros. Mas também , e princi-palmente, um período de seriedade e competênciana gestão dos ativos, que avançaram de R$ 17,6 bipara R$ 31,3 bilhões.

No "Relatório de Gestão 2003/2006", enviadopara a residência de todos os participantes, podemser consultados em detalhes esse e demaisindicadores que atestam o avanço na solidez daPetros no período. Apenas para ficar em um dado,a rentabilidade dos investimentos da Fundação –índice necessário para assegurar os benefíciosfuturos – registrou nos quatro anos 112,8% esuperou em 17% a taxa básica de juros fixada pelogoverno.

Trocando em "miúdos": a rentabilidade globalsuperou, de 2003 a 2006, em 31,5% a meta atuarial.Só esse resultado, fruto do acerto das diretrizes dapolítica de investimentos, aprovada pelo ConselhoDeliberativo, foi responsável pela injeção de R$ 5,8bilhões, além da meta atuarial, no patrimônio daFundação.

Com todos os fatos novos, dados e projeçõesanimadores, sedimenta-se um caminho defortalecimento e crescimento da Petros que,alicerçada na principal patrocinadora, desponta deforma cada vez mais destacada como referencial nomercado de previdência complementar do Brasil.

Diretoria Executiva

ENDEREÇORua do Ouvidor, 98 | Centro | CEP: 20040-030 | Rio de Janeiro | RJ

Telefone| 21 2506-0335 | Portal| www.petros.com.br | E-Mail| [email protected]

Filiada à

Ponto de Vista

| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |4

Fórum

RepactuaçãoNilton Silva, aposentado, Salvador (BA), mat. 078.891-3

Meta atuarial foi amplamente superadano período 2003/2006; patrimônio subiupara R$ 31,3 bilhões – Páginas 10 a 12

AINDA:Página 6 – Tudo o que o participante precisa saber

sobre o processo de repactuação

Página 9 – Plano Petros 2 deve iniciar fase de

implantação já em abril

Página 13 – Sistema faz festa para marcar o Dia

Nacional do Aposentado

Página 14 – Começa o processo para as eleições

do Conselho Deliberativo e Fiscal da Fundação

Muito se tem falado ultimamente sobre repactuação,que em seu sentido etimológico também significareformular um contrato, qual seja o Regulamento doPlano Petros.

Nesse, estão os artigos 41 e 42 que, com o passar dosanos e as mudanças operadas nas empresas e no mundocomo um todo, surgiu a necessidade de sua atualização.A entidade criadora, no caso a Petrobras, sentiu a neces-sidade de reformular a criatura, a Petros, para adequá-laàs novas situações ocorridas no mundo de hoje.

Essa reformulação é vista com preocupação poralguns ex-colegas, hoje aposentados, muitos esque-cendo-se do fato de que a Petrobras jamais fez algumamudança que viesse em prejuízo de seus empregados,ou ex-empregados. Exemplo disso foi a criação daprópria Petros, nos idos de 1969, evitando assim queao aposentarmo-nos passássemos a viver exclusivamentecom os minguados recursos fornecidos pelo INSS; e aAMS, que deu a todos a tranqüilidade de umaassistência médica digna.

Toda essa celeuma da repactuação originou-se daedição da Emenda Constitucional 20/98, cujo art. 202,parágrafo 3º, impediu que a Companhia concedessebenefícios maiores do que efetivamente poderia dar evinha dando até então, estabelecendo a paridade deaporte de recursos entre a Petrobras e a Petros.

Observe-se que se busca no momento o reequilíbriodas finanças da Petros, mediante a cobertura de um déficittécnico de R$ 6 bilhões que, pelas regras atuais deve sercoberto igualitariamente entre nós, os assistidos, pensionistase a patrocinadora, caso a repactuação não ocorra.

O que está em jogo, colegas, é a própria sobrevivênciade cada um de nós. O momento exige que tomemosuma decisão coerente com todo um passado quevivemos, de lutas e conquistas em favor de umatranqüilidade e segurança na velhice, que já está aí,momento em que as forças nos faltam.

Para aqueles que ainda não repactuaram dirigimo-nos particularmente, nesse momento, e recomendamosque ajam segundo suas consciências, evitando influênciasde terceiros, nem sempre bem intencionadas.

Estou sempre atento ao calendário de eventos daPetros – Corrida Rústica, Concurso de Contos etc.Parabéns a todos pela iniciativa. Principalmenteporque tais eventos congregam petroleiros querepresentam diferentes gerações do SistemaPetrobras. Aproveito a oportunidade para desejar umpróspero Ano Novo a todos e fazer uma pergunta:quando será a II Copa de Futebol Society?

R: A II Copa de Futebol Society será realizada aindano primeiro semestre de 2007. Em breve,divulgaremos informações adicionais. Agradecemosos votos de Feliz Ano Novo.

Copa de Futebol SocietyOsvaldo Couto Pereira, Rio de Janeiro (RJ), mat. 028.039-2

BENEFÍCIOS PETROS: EM FEVEREIRO,CRÉDITO SERÁ FEITO NO DIA 23

Participe desse FÓRUM.Escreva para [email protected]

Destaqueem

5| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

As inscrições para o VIIConcurso de Contos da Petroscomeçaram no dia 5 de fevereiroe, a exemplo do ocorrido nas duasedições anteriores, os escritoresterão total liberdade de criação epoderão dissertar sobre qualquertema.

Atendendo a uma solicitaçãodos concorrentes, a ComissãoOrganizadora ampliou o períodode inscrições, que este ano vai até30 de abril. Com isso, os autoresterão mais tempo para dar asas àimaginação e espera-se a amplia-ção do número de inscritos.

Os participantes poderãoconcorrer com até três contos,com no máximo 12 mil caracterescada um (aproximadamente cincolaudas de computador, em corpo12). O texto deve conter título epseudônimo do autor e serentregue em quatro vias. Éobrigatória também a anexação deficha técnica com título do conto edados do autor (nome, pseu-dônimo, endereço completo,telefones comercial e residencial,matrícula Petros e endereçoeletrônico – opcional).

Os trabalhos devem serenviados via email (concurso [email protected]) ou pelos

Correios (em papel ou emdisquete), aos cuidados daGerência de Comunicação eRelações Institucionais – Rua doOuvidor, 98 – 6º andar CEP20040-030 – Rio de Janeiro (RJ)O concurso é aberto somente aosparticipantes ativos, assistidos epensionistas. Não poderão con-correr parentes nem integrantes daComissão Julgadora e empregadosda Gerência de Comunicação eRelações Institucionais.

VII Concursojá começou

Edição 2007 pode bater recorde de inscritos

Cultura & Lazer

de Contos

VENCEDOR DO ANO PASSADO LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO

O petroleiro Cleo de Oliveira, vencedor da última edição do Concursode Contos da Petros e lançará seu primeiro livro ainda este ano. Elevenceu um evento promovido pela Livraria e Editora Asabeça, quepatrocinará a antologia.Na primeira fase, Cleo enviou doiscontos de sua autoria para concorrercom outras 280 pessoas. Entre eles,constaram dois premiados noconcurso da Fundação: Lembrançasseculares, 3º lugar em 2005; e AgoraIrene somos eu, ganhador do anopassado.

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Perspectiva

E quem não repactuou?Receberá um kit dessa mesma natureza, porém com uma

solicitação de repactuação já incluído o recebimento do valormonetário imediatamente após o atingimento da meta de 2/3.Em ambos os casos, as indicações já trazem os artigos queserão modificados com a repactuação, o que trouxe muitascríticas da outra vez.

Se após a repactuação for constatado que os aposentadosestão tendo perdas em relação ao pessoal da ativa, qual aposição da Petros para garantir a reposição?

Não sei como será o futuro. Mas sugiro que faça umlevantamento do IPCA dos últimos 10 ou 15 anos e comparecom os reajustes salarial. Você irá verificar que houve empatetécnico, alternando ano a ano. Assim, eles bateram exatamenteiguais. Eu não julgo que haverá esse tipo de perda em relaçãoao IPCA e ao salário da ativa.

precisam saber...O que os participantes(*)

Todos os esclarecimentos necessários para uma decisão consciente estão sendo

Até o final do processo de repactuação, que termina nodia 28 de fevereiro, terão sido realizadas mais de 150reuniões, palestras e debates com os empregados da ativa,aposentados e assistidos da Fundação. A exemplo do queocorreu em Salvador, que reuniu mais de 1.200 petroleiros,no dia 25 de janeiro, outros eventos representativos estãosendo promovidos em diversas unidades e pontos do país.

Também estão sendo promovidas apresentações, via redecorporativa e Web TV, transmitidas ao vivo para todo osistema Petrobras. Na oportunidade, o gerente executivo deRecursos Humanos da companhia, Diego Hernandes,responde às principais perguntas enviadas por petroleirosde todo o país.

A Revista Petros selecionou as questões mais recorrenteslevantadas durante tais palestras, com a resposta do executivoresponsável pela condução do processo.

O que mudou nessa nova fase da repactuação?Basicamente quatro eixos: a nova meta é de 2/3, o que

significa a necessidade de alcançar 11 mil novas repactuações,envolvendo o pessoal da ativa, aposentados e pensionistas. De80 mil tivemos a adesão de 42 mil, na primeira fase, eprecisamos chegar a 53 mil. A data de pagamento do valormonetário, que seria feita somente após a consolidação doprocesso, será imediatamente após o atingimento da meta.Para os aposentados que repactuarem, a proposta de reajuste é3,8% – ou seja, o IPCA (indexador do Plano Petros) retroativoa setembro do ano passado. Por último, o prazo, que foiestendido até 28 de fevereiro.

Quem já repactuou, o que deve fazer?Tem dois caminhos: entrar no Portal Petros e acessar a

solicitação de pagamento, assinar e enviar à Fundação. Sepreferir, aguardar em casa porque toda a documentação (novoacordo ratificado e a proposta de recebimento imediato dovalor monetário) já foi encaminhada aos participantes.

7| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

Destaque

sobre a repactuação

Então, o que de concreto vai mudar?De maneira clara, é apenas e tão somente a desvinculação,

depois da aposentadoria, do salário básico da ativa. A Petrosnão vai mudar o cálculo do benefício. Por isso, não éverdadeiro dizer que o Plano Petros não será mais de benefíciodefinido. Estou seguro em afirmar isso porque na data daaposentadoria todos saberão o valor do benefício. Após essabase de cálculo ser executada, o indexador da parcela Petros(hoje o salário básico da ativa) passa a ser o IPCA. Já opercentual do INSS será corrigido pelo INPC. Teremos doisindexadores.

Os empregados que se desligaram do Plano Petros e agoraquerem voltar precisam repactuar?

Não. Ele está com a reserva de poupança dele retida noplano até se aposentar ou se desligar da empresa. A opção éaderir ao Plano Petros-2.

Porque afinal o plano precisa mudar se ele é tão bom?Ao contrário do que vem sendo dito pelos que desejam

ideologizar o debate, uma companhia que vai investir US$ 17bilhões em um ano não precisa se curvar ao capitalinternacional. O plano de previdência precisa mudar porqueé um forte instrumento de gestão tanto para atração deempregados como para retenção. Por isso, esse processo estásendo coordenado pelo RH. No mais, um plano de previdênciatem que ser duradouro, não pode ser construído para durarsete ou oito anos. O Plano Petros tem que durar até o últimodia de vida do último assistido. Assim é um plano deprevidência: o dinheiro não pode acabar antes nem depois.

Isso garantirá vida longa ao plano?Não é apenas isso. A proposta também contempla um

aporte da Petrobras ao plano e essa é a grande virtude debuscar sanear o plano ao longo do tempo. O aporte estará emcima dos pontos acordados lá atrás: FAT/FC, pré-70, cálculodo benefício das pensionistas e a revisão do plano de custeio.Em resumo: os quatro itens que compõem o acordo judicial eque a Petrobras se compromete a pagar.

Essa ação tem 15 itens, mas a Petrobras quer discutirapenas quatro...

Os outros 11 itens continuam na Justiça correndo ao seutempo. A companhia não quer que ninguém dê quitação rasa,absoluta e total dos 15 itens. O que a Petrobras propõe é umacordo seguro de apenas quatro itens e pagará um valor justo.

Por que a Petrobras reconhece a dívida com a Petros, mascondiciona o pagamento à repactuação?

Deixa eu fazer um reparo muito importante: a Petrobrasnão está reconhecendo dívida. O que a companhia está fazendoé propor um acordo com as representações sindicais, com opessoal da ativa, aposentados e pensionistas. Essa é uma tesejurídica que algumas pessoas tentaram levantar, mas que jáestá ultrapassada. O objetivo desse acordo é pactuar oindexador do benefício e quatro itens de uma ação judicial.

prestados aos participantes das patrocinadoras que podem aderir à repactuação(*) das patrocinadoras Petrobras, BR, Petroquisa, Refap e Petros

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Transparência

Por que no termo de adesão não foi colocada a AMS?Essa questão está colocada. No termo de adesão está escrito

exatamente que não haverá modificação na AMS em funçãodo processo de repactuação.

Mas dizem que quem repactuar vai perder a AMS?Nada disso, pode ficar tranqüilo. A AMS é regulada por

norma interna da Petrobras. Não existe nenhum tipo devinculação entre a AMS e a Petros. O que acontece é que aPetrobras necessita de um mecanismo de ressarcimento douso da AMS pelo aposentado. Esse mecanismo é executadopor intermédio de um convênio, que desconta via Petros osserviços utilizados. Conheço muitos aposentados da Petrobrasque não têm Petros mas têm AMS, porque se aposentarampor meio do convênio entre Petrobras, INSS e Petros. Mastambém conheço pessoas que não se aposentaram peloconvênio, têm Petros e não a AMS.

O que acontecerá com quem não repactuar?Vamos imaginar que exista um grupo residual que não

repactuou: nesse grupo, as pessoas que fizerem parte do grupo78/79 não serão contempladas com a redução do limite deidade, que vale para quem está na ativa ou aposentado. Nocaso dos aposentados, o benefício será recalculado, semretroatividade. É daqui para frente. As pensionistas que nãorepactuarem estarão sujeitas à sistemática de cálculo atual:50% (mais 10% por cada dependente) da renda global. Paraas que repactuarem, o cálculo será feito sobre a parcela Petros,o que garantirá um aumento do benefício.

O valor de R$ 15 mil não é propaganda enganosa tendo emvista que nesse valor será descontado imposto de renda?

Seria enganosa se em algum momento eu dissesse que nãoincide o imposto e depois você descobrisse que sim. Masnunca foi dito isso. Toda vez que me perguntam, respondoque vai ter desconto na fonte sim.

Como fica o percentual de contribuição?Não será alterado. Hoje existem dois grupos: um paga 11%

e outro 14,9%. Quem na época optou pelo percentual maior,tem o direito de receber o reajuste do benefício na data baseda ativa e essa condição será preservada. Se daqui a dez anos opessoal da ativa começar a receber reajuste mensal, osaposentados terão reajustes da mesma natureza. Já os que nãoaumentaram suas contribuições, receberão o reajuste na datado benefício do INSS.

A redução de limite de idades é para todos que ingressaramno sistema depois da mudança na legislação ou só paraquem ingressou no grupo 1978/79?

Só para quem ingressou no grupo 1978/79. Neste período,existe uma discussão jurídica e um pleito sindical bastanteacentuado de que não estaria valendo o limite de decreto –que estabelecia idade mínima de 55 anos, para quem seaposenta na comum e 53 para a especial. Quem entrou depoisnão está previsto porque já ingressou no regime novo e odecreto era vigente dentro do regulamento do Plano Petros.

O IPCA e o INPC têm sido maior ou menor que o reajusteconcedido à tabela da ativa?

Nos últimos 10 anos, houve um empate técnico entre IPCAe INPC e uma ligeira vantagem do IPCA sobre a tabela salarialda patrocinadora.

Por que desvincular?Quem vai nos pagar quando aposentado é a Petros, não a

Petrobras. O ideal é que a Fundação pague de acordo com arentabilidade do seu patrimônio. O plano tem que ter vidaprópria e com esse aporte a companhia se compromete agarantir sua sustentabilidade.

Depois da repactuação, a Petrobras se exime deresponsabilidade com o plano?

Negativo! A companhia continuará sendo solidária aoPlano Petros em quaisquer circunstâncias, como a legislaçãoobriga. A Petrobras será solidária ao plano pré e pós-repactuação. E isso vale também para o Plano Petros 2.

Se a proposta for aceita, quando os participantes eassistidos poderão eleger seus representantes naDiretoria?

Este é um processo de discussão. Mas não é só isso. Alémde passar a ter direito de eleger dois entre quatro diretores, aproposta envolve os modelos de gestão do Plano Petros e daprópria Petros. Também será criado um comitê, um conselhogestor do Plano Petros e do futuro Plano Petros II. Esses sãoalguns dos itens que compõem o conjunto da propostaencaminhada.

PRAZO VAI ATÉ 28 DE FEVEREIRO

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Plano Petros 2

Em reunião realizada no dia 19de janeiro, o Conselho Deliberativoda Fundação aprovou o PlanoPetros 2 (PP-2), que agora estásendo apreciado pela Secretaria dePrevidência Complementar (SPC).Com isso, estima-se que em breve oPP-2 seja oferecido aos 18 milempregados do Sistema Petrobrassem cobertura de previdênciacomplementar.

O secretário-geral da Fundação,Newton Carneiro, explicou que noprimeiro momento apenas os empre-gados que não estão inscritos noPlano Petros poderão aderir.Especificamente para os admitidosa partir de agosto de 2002 (quandoo plano já estava fechado), aspatrocinadoras assumirão o serviçopassado – contribuições da patro-

cinadora e do empregado corres-pondentes ao período sem plano –,desde a data de admissão até aabertura das inscrições para o PP-2.

O novo plano beneficiará osempregados da Petrobras, BRDistribuidora, Petroquisa, Refap eda Petros. Carneiro acrescentou quea adesão dos empregados perten-centes ao Plano Petros é voluntáriae está condicionada ao sucesso darepactuação. "Atingida a meta de2/3 e aprovado o novo regulamentodo Plano Petros/Sistema Petrobras,o PP-2 também será aberto aosparticipantes que repactuarem."

Ele explicou que o PP-2 é umplano de Contribuição Variável(CV) e oferece os mesmos bene-fícios do atual, "com a vantagem deestar perfeitamente adequado àlegislação vigente". O dirigentecita, entre outros aspectos, agarantia de benefício mínimo,opção de renda vitalícia e dacontribuição ser estabelecida anual-mente pelo participante. O mesmovalor definido pelo empregado seráaportado pela companhia, até umlimite que varia de 8% a 11% sobreo salário de participação. Acontribuição mínima será de 6%.

O participante poderá optar porreceber o benefício definido por

já está naPlano nasce com características modernas e ofercebenefícios condizentes com as necessidasdesprevidenciárias dos participantes

toda vida, da mesma maneira comono atual Plano Petros. O plano teráainda um fundo específico quegarante o pagamento dos benefíciosde risco.

Na avaliação do secretário-geral,a aprovação do plano é um feitohistórico para os petroleiros, aocontemplar um pleito da categoria,construído ao longo de mais de trêsanos de negociações entre aPetrobras, a Petros e as entidadesrepresentativas dos trabalhadores.“O plano já nasce com carac-terísticas modernas e oferecebenefícios condizentes com asnecessidades previdenciárias dosparticipantes e assistidos, além deapresentar condições técnicas paraa sua sustentabilidade e equilíbriono longo prazo.”

SPC

BENEFÍCIO PROPORCIONAL OPCIONAL

O BPO é o valor que será pago aoparticipante pelo atual Plano Petrospor ocasião da aposentadoria, deacordo com o acumulado até omomento da opção pelo PP-2. O valorserá atualizado pelo IPCA até a datade concessão. Uma vez concedido oBPO, ele continuará sendo atualizadomensalmente pelo índice infla-cionário.

"Plano é pleito da categoria e foiconstruído conjuntamente ao longo detrês anos de negociações" - NewtonCarneiro

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| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |10

Destaque

INVESTIMENTOS

A rentabilidade dos investi-mentos da Petros nos últimosquatro anos superou em 31,5% ameta atuarial, elevando opatrimônio para R$ 31,3 bilhões emdezembro de 2006. O resultadorepresenta cerca de R$ 5,8 bilhõesalém do mínimo necessário para oPlano Petros do Sistema Petrobrasse manter em equilíbrio. "Ficaclaro, portanto, que o déficitatuarial existente nada tem a vercom os ótimos resultados dosinvestimentos no período", diz odiretor Financeiro e de Investi-mentos, Ricardo Malavazi.

Segundo ele, tal desempenhofoi resultado da Política deInvestimentos aprovada peloConselho Deliberativo em 2003,cuja característica principal foi aredução dos investimentos emrenda fixa tradicional – espe-cialmente títulos públicosfederais – que caíram de 75% dototal da carteira para 63%, e oaumento da participação da rendavariável, "notadamente ações daBolsa de Valores de São Paulo ede fundos de investimento, quesaltaram de 15,9% para 30% nofinal de 2006".

Em quatro anos, rentabilidade acumulada atinge 112,8% e leva opatrimônio da Fundação a R$ 31,3 bilhões

Já o percentual dos imóveis nacarteira da Petros foi reduzido de5,6% para 3,3%. O executivodestaca que as aplicações emempreendimentos imobiliários(prédios comerciais e shoppings)passaram a privilegiar o formato derenda fixa, como os Certificados deRecebíveis Imobiliários (CRIs),onde o imóvel é a garantia de uminvestimento com taxa de juros pré-determinada. No caso dos em-préstimos aos participantes, foiregistrado crescimento na par-ticipação de 2,7% para 3,3% dototal da carteira, estimulado pelo

alongamento de prazo, de48 para 60 meses, eexpressiva redução doscustos para os participantesda Fundação.

A perspectiva de reduçãodas taxas de juros no país,no médio e longo prazo,norteou essa estratégiaexecutada pela Diretoria daPetros, que se mostrouextremamente favorável aosparticipantes. Malavazitambém ressalta os bonsventos da economia a partirda posse do atual governo,em 2003, como fatorpositivo aos resultados da

ROMPEM BARREIRAS

11| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

carteira de Investimentos. "Feliz-mente, o aumento de volume dosinvestimentos em renda variável foiacompanhado de um expressivoganho da carteira – 270% entrejaneiro de 2003 e dezembro de2006”, avalia o diretor. Nestemesmo período, a renda fixaapresentou alta de 77%, a carteirade imóveis 62% e a carteira deempréstimos aos participantes132%. "Sem dúvida, o destaque foio resultado da renda variável, mastambém deve ser ressaltado que acarteira de imóveis passou por rigo-rosa reavaliação no biênio 2003/2004, voltando a apresentarresultado acima da meta atuarialapós cinco anos de fracos resul-tados."

A rentabilidade anual de 2006,de 18,58%, corroborou os ótimosresultados dos últimos quatro anos,pois todas as diferentes carteiras deinvestimentos da Petros apresen-taram resultados acima da metaatuarial, que ficou em 8,46%. Aforte alta da renda variável atingiu33,22%; a renda fixa, 12,35%; acarteira imobiliária, 15,69%; e, asoperações com participantes,18,30%. Esse conjunto significouganho de aproximadamente R$ 2bilhões acima do necessário paramanter o Plano Petros do SistemaPetrobras em equilíbrio.

Mesmo quando comparada àstaxas de juros oferecidas pelosTítulos do Tesouro Nacional (Selic)– veja quadro ao lado – o desem-penho de 2006 foi excelente(123%), muitopróxima da marca de2004(125%).

Como as taxas de juros básicas daeconomia brasileira deverão continuarcaindo nos próximos anos, aestratégia deve seguir no sentidode diminuir a participação dos títulospúblicos federais e aumentar a parti-cipação de ações e títulos de renda fixaemitidos por empresas que tendem acontinuar apresentando bons resul-tados no médio e longo prazo.

"Dentro da estratégia de priorizarinvestimentos seguros, será reforçadaa ênfase de aplicação em empresas

comprometidas com a responsabili-dade social, que inclui boas práticasde governança corporativa (transpa-rência) e de sustentabilidade do meioambiente", observa o executivo. "Semo desenvolvimento econômico e socialdo Brasil e a conservação do planeta,os participantes da Petros não teriamum local seguro e confortável paradesfrutar de sua previdância."

Dentro dessa linha, os Fundosde Investimentos em Participaçãovoltados à infra-estrutura se

| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |12

mostram uma ótima opção deretorno para a Petros no médio elongo prazo, simultaneamente aofato de contribuírem para ocrescimento sustentado daeconomia brasileira.

Em paralelo à melhora deperformance dos investimentos, aatual Diretoria, junto com osempregados, executou um rigoroso

programa de redução dos custosadministrativos. Essas despesas,que representaram 11,9% dasreceitas previdenciárias em 2002(R$ 92 milhões em valoresatualizados pela inflação), apresen-taram redução constante nosúltimos anos, fechando 2006 em8,5% (equivalente a R$ 80milhões), sem nenhuma política de

Os seis planos (CRAprev, CROprev, CulturaPREV, IBAprev, Simepreve SinMed/RJ) de 22 instituidores administrados pela Petros registraram,no ano passado, rentabilidade de 15,71%, tendo superado referenciaisimportantes do mercado como o Certificado de Depósito Interbancário -CDI (15,03%) e batido com folga o rendimento da poupança (8,33%) e oIPCA (3,14%, quase cinco vezes menos).

Na comparação com outros fundos para aplicação de recursosprevidenciários, a Fundação também lidera o ranking, à frente detradicionais administradores do setor financeiro (veja quadro). No casoespecífico do CDI, o resultado é importante porque tais investimentosservem como referencial de mercado (benchmark) de renda fixa.

A Petros está implementando uma série de medidas específicas para osegmento para dar mais transparência à gestão dos recursos. Uma delasfoi a criação dos comitês gestores, que objetivam acompanhar aadministração do plano de forma participativa, auxiliando a DiretoriaExecutiva nos aspectos previdenciário, financeiro e de investimentos.

INSTITUÍDOS TAMBÉM SUPERAM LIMITES

FUNDOS PARA APLICAÇÃO DE

RECURSOS PREVIDENCIÁRIOS RENTABILIDADE 2006

FIC PETROS 15,71%

CDI (BENCHMARK RENDA FIXA) 15,03%

CITIPREV CORP FI REF. DI 13,79%

ICATU HARTFORD REF. DI CLASSIC FI 13,66%

ICATU HARTFORD DI FI REF. 13,65%

CITI PREVIDÊNCIA FI REF. DI 13,33%

PREVER PERFORMANCE V FI REF. DI 13,06%

ICATU HARTFORD NW FIX REF. DI 13,06%

PREVER MAXINVEST DI 100 FI REF. 11,64%

ITAU FAPI RF 9,62%

Fonte de cotas: Smart Investor/Andib

redução de empregados. Por outrolado, as receitas previdenciáriaspassaram de R$ 776,6 milhões aquatro anos para R$ 924,9 milhõesem 2006, graças ao aumento departicipantes, patrocinadores einstituidores.

Com essa economia no custogerencial, o fundo administrativo– que é uma espécie de reserva depoupança para os gastos adminis-trativos futuros –, apresenta hojeuma perspectiva de duração acimados 40 anos. Nesse particular,Malavazi lembra que, em 2002,havia recursos apenas para 14anos. "Com isso, podemos afirmarque fechamos o ano de 2006 como sentimento de dever cumprido”,conclui o diretor. “Nesses quatroanos, superamos as mais ambi-ciosas metas de rentabilidade,saneamento administrativo etranparência junto aos patro-cinadores, instituidores, parti-cipantes e assistidos da Petros.”

CORREÇÃO

Ao contrário do informadoem quadro do “Relatório deGestão 2003-2006”, página8, “nos quatro anosanteriores (1999 a 2002), arentabilidade, apesar desuperar a meta atuarial,ficou 1,5 ponto percentualabaixo da remuneração dostítulos do governo (Selic)”.

13| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

homenageados pelo ICSS

mentos das Leis Complementares108 e 109.

Ele elogiou a postura do atualgoverno em relação às EFPCs edestacou, entre outros aspectos,a construção da base legalnormativa; o novo tratamentotributário, que isenta a taxaçãona fase de acumulação; e aintenção de criar um órgão deEstado para fiscalizar o setor.

Para o presidente da Abrapp,Fernando Pimentel, a parcela de5% da população economi-camente ativa que conta com o

Aposentados são

A solenidade tradicionalmenteorganizada pelo Instituto Culturalde Seguridade Social (ICSS) emcomemoração ao Dia Nacional doAposentado, celebrado em 24 dejaneiro, reuniu este ano mais de300 pessoas. Assim como opúblico, o número de participantesindicado pelas entidades de todopaís para receber a homenagemtambém foi recorde, 54.

No pronunciamento deabertura, o presidente do ICSS (eda Petros), Wagner Pinheiro, disseque o evento é uma ação conjuntadas três entidades – as outras sãoAbrapp, Sindapp – "em reconhe-cimento aos trabalhadores porpromoverem, no período laboral,transformações em prol dodesenvolvimento da sociedade".

O dirigente anunciou que asentidades que representam osistema irão adotar medidas deaprimoramento na gestão. Nessesentido, fez também uma alusãoespecial aos 30 anos da Lei 6.435,que durante muito tempo serviu debase para a normatização dasatividades dos fundos de pensão –mais tarde regulamentada pelodecreto 81.240 – e os aprimora-

Colaboração dos trabalhadores para oengrandecimento do sistema é reconhecida pelasentidades de representação

benefício da previdência com-plementar ainda é muito baixo.Mas destacou o arcabouçoregulatório do setor como partedo esforço governamental deincluir um percentual cada vezmais expressivo.

Ao escolher o nome do médicosanitarista Daphnis Souto, 83anos, a Petros presta umajusta homenagem. Durante26 anos ele chefiou o SetorMédico da Petrobras, além de tersido mentor intelectual da Petrose participado, juntamente com oprofessor Rio Nogueira, de seusestudos iniciais. Visivelmenteemocionado, Daphnis fez questãode dividir o prêmio com osaudoso amigo.

Daphnis (na foto com o presidente Wagner Pinheiro e o diretor Maurício Rubem)foi homenageado pela Petros durante a cerimônia realizada pelo ICSS, com apoioda Abrapp e do Sindapp, para marcar do Dia Nacional do Aposentado

HOMENAGEM

MelhorIDADE

13| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

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| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |14

A Petros iniciou o processo eleitoral para osConselhos Deliberativo e Fiscal. A escolha será feitapor intermédio do voto direto e todos os participantese assistidos (aposentados e pensionistas) inscritos naFundação até 29 de dezembro de 2006 poderão votar.Em ambos os casos, o mandato é de quatro anos.

Para o Conselho Deliberativo, serão escolhidas duasduplas: um candidato e seu suplente para a vaga derepresentante dos assistidos, em substituição aFernando Leite Siqueira (titular) e Newton Carneiroda Cunha (suplente), e um candidato e seu respectivosuplente para a vaga de representante dos ativos e assis-tidos, em substituição a Yvan Barreto de Carvalho(titular) e Ari Marques de Araújo (suplente).

Para o Conselho Fiscal, será escolhido um candidatoe seu respectivo suplente para a vaga de representantedos assistidos, em substituição a Paulo Teixeira Brandão(titular) e Rodolpho Huhn (suplente). Para o ConselhoDeliberativo, puderam concorrer os participantes eassistidos, enquanto para a vaga ao Conselho Fiscal épermitida a candidatura apenas dos assistidos.

A Fundação vai ceder espaço na Revista Petros e

Conselhos têmem abril

no portal, em formatação preestabelecida, para que oscandidatos possam divulgar seus programas de atuaçãoem igualdade de condições. As informações pormeno-rizadas sobre o processo eleitoral podem ser conferidasno edital, publicado no Diário Oficial da União edisponível no portal Petros.

O processo está sendo conduzido pela ComissãoEleitoral, constituída de oito integrantes (com seusrespectivos suplentes) sendo quatro indicados pela Dire-toria Executiva da Petros e quatro por cada qual dossindicatos e associações com maior número departicipantes e assistidos: Ambep, Sindicato dos Químicose Petroleiros da Bahia, Astape/BA e Sindipetro-RJ.

A equipe será responsável pelo envio, até o dia 5 deabril, de todas as informações e do material necessáriopara a votação, que será permitida por correspon-dência, via internet (por meio do portal da Petros) oupelo telefone 0800-2850098.

Para garantir a lisura e correção das eleições, o processoserá certificado por empresa especializada em segurançada informação e a apuração dos votos por correspondênciaserá acompanhada por fiscais indicados pelos candidatos.

Transparência

eleições

A Petros adquiriu em janeiro 5,75% das açõespreferenciais da Iochpe-Maxion, empresa do setor deautopeças, o que significa que passará a deter 3,76% docapital total da companhia. O comunicado da operaçãoé uma exigência da Comissão de Valores Mobiliários(CVM) que, na Instrução 358 estipula que aquisições ouvendas de participações acionárias relevantes (acima de5%) devem ser informadas à autarquia.

Segundo o diretor Financeiro e de Investimentos,Ricardo Malavazi, todas os papéis foram comprados nomercado secundário de ações. “Nosso comitê de

Olho Vivoinvestimentos avaliou que seria um ativo interessantedentro da nossa estratégia de ampliar a renda variável.”Segundo ele, a Petros tem interesse especial no setor detransporte, área de atuação da Iochpe, que produz chassise rodas para veículos e fabrica vagões de carga.

BALANÇO DO SETOROs fundos de pensão fecharam 2006 com patrimônio

de R$ 375 bilhões, o que representa 18% do PIB e umcrescimento de 27% sobre o total de 2005. A expectativado o presidente da Abrapp, Fernando Pimentel, é que opatrimônio do setor alcance R$ 564,6 bilhões em 2010.

NOVOS INVESTIMENTOS

15| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

Se pudesse fazer dueto comalgum cantor famoso, Helyon CarlosQueiroz não pensaria duas vezes:escolheria o ídolo espanhol JulioIglesias. Enquanto o sonho não serealiza, esse petroleiro aposentadopassa o dia fazendo o que mais gosta:cantar. A paixão é tanta que Queirozaté lançou CD de demonstração,intitulado Boemias.

A coleção mescla composiçõesconsagradas da MPB (Eu sei quevou te amar, Como é grande meuamor por você, Emoções, Marina)com boleros e até chachachá. Ele

também arrisca alguns sucessos dorepertório latino, a exemplo de LaBarca, Solamente una vez eMuñequita. "Fiz cursos de espanhole italiano somente para aprender acantar corretamente."

Ainda garoto, Queiroz jádespertava a atenção das pessoaspor causa do tom de voz marcante.Mas foi somente aos 22 anos, nocoral da antiga Região de Produçãoda Bahia (RPBA), que teve aoportunidade de começar amostrar os dotes artísticos. "Ogrupo musical da Petrobras foi ogrande incentivador da minhavida", confessa ele, que costumavafazer apresentações em igrejas,instituições e em programas na TVItapoã, uma emissora local.

Depois de trabalhar 32 anos nagigante estatal como técnico demanutenção e encarregado depoços de petróleo, Queirozfinalmente pôde se dedicarintegralmente à música em 1988,com o fim do período laboral. "Aprimeira coisa que fiz ao meaposentar foi comprar uma casa deeventos. A minha intenção erapromover shows, serestas eoferecer um lugar aos novostalentos". A obra durou oito anos– tudo para deixar a Blue Housedo jeitinho que ele queria.

Devido à falta de divulgação, noentanto, as apresentações na casaeram cada vez mais escassas, o que

Cantor baianocarreira internacional

Petroleiro aposentadolança CD com repertóriode MPB, bolero e até ochachachá. Sonho épromover shows emplataformas

sonha com

fez o baiano pensar em umasegunda alternativa: alugar o localpara a realização de eventossociais. Mas quem pensa que ele,apesar dos obstáculos, desistiu dacarreira artística está redonda-mente enganado. Aos 72 anos, étenor do Coral da Ambep e lançouseu primeiro CD independente."Foram 100 cópias gravadas commeu suado dinheirinho. A idéia eravender, mas acabei ficando comvergonha e presenteio os amigos."

Depois do disco lançado, apróxima etapa é a divulgação. Seumaior desejo é apresentar-se emeventos nos edifícios e plataformasda Petrobras. "Quero levar minhamúsica aos quatro cantos do país.Trabalhei a vida inteira paracultivar a felicidade de cantar."

A esposa Yvete (e tambémcompanheira no coral), os filhos enetos adoram ouvi-lo, o que paraQueiroz é o melhor presente. "Umavez cantei Como é grande meuamor por você no karaokê e minhafilha se emocionou, nunca meesqueço."

Sobre as influências musicais,cita nomes que marcaram época,embora cada um ao seu tempo:Cauby Peixoto, Altermar Dutra,Paulinho da Viola, Julio Iglesias eNelson Gonçalves. Aliás, segundoamigos e parentes, o timbre dobaiano lembra, e muito, a voz dosaudoso Rei do Rádio.

Perfil

Receita do sucesso combina repertórioeclético com uma voz marcante

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| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |16

Prestando Contas

Há alguns dias, um empresáriobem-sucedido comentava que, nasua empresa, quem de fatomandava nos negócios e dava apalavra final era Sua Excelência, ofluxo de caixa. Essa afirmação fazsentido no momento em que seintensifica o debate acerca dascondições necessárias para fazer opaís crescer 5% ao ano. Há amplaconcordância de que, para seatingir tal objetivo, é precisodeslocar nosso nível de inves-timentos – hoje ao redor dos 20%do PIB –, para algo em torno de25%, e que os projetos de infra-estrutura precisam sair do papel evencer os gargalos que travam aexpansão sustentada de nossaeconomia.

A realidade nos mostra que ascarências são muitas e existemcentenas de projetos estruturantesde relevante prioridade nacionalpara serem feitos.

De outra parte, crescem asdisponibilidades de recursosfinanceiros privados, os quais terãode encontrar opções atrativas paraserem realocados perante a quedada taxa real de juros no ritmo da"distensão"do ex-presidente Geisel:lenta, gradual e segura. À medidaem que se amaina o combustíveldestinado ao rentismo que financiao passivo público federal a taxasgenerosíssimas, liberam-se osestímulos ao espírito animal dos

empreendedores e estes seaproximam de investidores paraconstruir alternativas de aplicaçãode seus capitais.

Todavia, os investimentos eminfra-estrutura só serão executadosse, e somente se, tiverem renta-bilidade atrativa em seus fluxos decaixa. Para se atender a essacondição, é preciso colocar o dedona ferida e catalogar, setorial eregionalmente, os empecilhos queimpedem o deslanche de obras etravam a obtenção de taxasinternas de retorno adequadas.

Tal questão não é simples. Asociedade brasileira perdeu oconhecimento acumulado nopassado de organizar um verdadeiroplanejamento econômico territoriale temos dificuldades para concebere colocar de pé projetos estru-turantes, que destravem atividadessetoriais e favoreçam a obtenção deexternalidades positivas. Tanto naUnião quanto nos governossubnacionais, as áreas deplanejamento se transformaram eminstâncias menores de acom-panhamento orçamentário,subordinadas à lei maior depreservação de superávits primárioscada vez mais elevados. A óticacurtoprazista de tesourariaprevaleceu sobre a gestãointeligente de projetos e asustentação de condições para suasrealizações.

Sua Excelência,

Além disso, instalou-se umamplo circuito de intervençõesprévias ao lançamento de projetospor parte de agências reguladoras,órgãos de controle e fiscalização,MP e do Judiciário.

Para ir além e romper essaincômoda situação, torna-se funda-mental catalogar os projetos edissecar os entraves que os acom-panham. Os empecilhos são dediferentes tonalidades em cada setor.Em alguns há menos conflitos; já emoutros, o padrão institucional ediscordantes interpretações legaisimpedem os avanços.

Dois pontos são muito claros:a) o setor público carece decondições para suportar boa partedos projetos de infra-estruturanecessários ao nosso desen-volvimento; b) o setor privado

o fluxo de

por Guilherme Narciso de Lacerda (*)

Opinião

CaixaPublicado originalmente no ‘Valor Econômico’, em 19/01/2007

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17| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

Cartão Petros

(*) Economista com mestrado pela USP edoutorado pela Unicamp, preside a

Fundação dos Economiários Federais(Funcef)

requer taxas de rentabilidadesatisfatórias para atuar no financia-mento/execução de investimentosprodutivos.

Há, portanto, que se agilizar adisponibilização de projetos. Osinvestimentos só sairão do papel seos seus respectivos fluxos de caixaficarem de pé. Não adianta darvoltas em torno deste aspecto. Háque se ter transparência sobrenúmeros, mas há que se ter clarotambém que não iremos romper osobstáculos se prevalecerem osincômodos embates em que seposicionam (e às vezes sedigladiam) áreas do Executivo,agências reguladoras e órgãos decontrole e de fiscalização.

Dentro do rol de projetosindispensáveis nas áreas de infra-estrutura, há os que têm restriçõesconcretas, de ordem econômico-financeira ou legal, para seremrepassados ao setor privado; háaqueles que têm atratividade bemdefinida; e os que estão numasituação intermediária. Para estesé que o conceito de Parcerias

Público-Privadas (PPPs) foidesenvolvido. A Lei 10.194/2004é moderna, atendeu às expectativasdo setor privado e agora o desafioé a busca das parcerias dosprojetos. Aliás, está na hora de setirar mais proveito das experiênciasinternacionais de muitas empresasbrasileiras que fazem obras eprestam serviços em vários países.

Para as coisas saírem do papel,muitas das barreiras já foram ouestão sendo vencidas. O custo decapital ainda está distante dosdemais países emergentes, mas jáindica avanços, como é o caso daTaxa de Juros de Longo Prazo(TJLP) . Falta agora, repensar asexigências de garantias reais, aexemplo do que ocorreu no setorimobiliário. O incômodo custotributário requer que a deso-neração tributária de investimentosde longo prazo passe a ser umaobsessão e não apenas um movi-mento isolado. A propósito, jápassa da hora de retirarmos apremiação às aplicações de curtoprazo (entulho da era

inflacionária) e deixarmos de serexceção nas economias demercado.

Falta, ainda, enfrentar o quepodemos chamar de custos de tran-sação (estruturação de negócios,pagamentos de taxas, consultorias,exigências burocráticas) eo custoinstitucional, que corresponde àsincertezas decorrentes da inde-finição presente em certos setorese projetos quanto às suasreferências institucionais, am-bientais e regulatórias.

Os fundos de pensão, os em-preendedores e, na certa, os demaisinvestidores institucionais têmapetite para destinar recursos aprojetos de infra-estrutura. Masisso só se efetivará na medida emque, primeiro, os projetos estejamdisponíveis e, segundo, que sejamviáveis financeiramente. Criaressas condições é o grande desafioque se coloca neste momento.

| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |18

Fonte:Relatório de Atividades, tabela 42

Elaboração: Gerência de Controle

Prestando Contas

Resultadosnovembro/2006

Nota de Redação: O Relatório de Atividades completo poderá ser acessado no portal (www.petros.com.br)

Patrimônio da Fundação chegou a R$ 30,4 bilhões

Nos doze últimos meses, o valor dos ativos deinvestimentos da Petros passou de R$ 27,3 bilhões paraR$ 30,4 bilhões, o que representa uma variação de 11,3%.

Fonte:Relatório de Atividades, tabela 5

Elaboração: Gerência de Controle

Fonte:Relatório de Atividades, tabela 5

Elaboração: Gerência de Controle

26,0

27,0

28,0

29,0

30,0

BilhõesR$ 30,4 bi

setdez jan fev mar abr mai jun jul ago out

31,0

nov

No mês, os investimentos da Petros obtiveram retorno de2,29%. O referencial ponderado de mercado e a metaatuarial alcançaram, respectivamente, 2,26% e 0,80%.

A alteração dos pesos de cada ativo de investimento nacarteira da Petros em direção às normas da Secretaria dePrevidência Complementar (SPC) vem ampliando aparticipação da renda variável e reduzindo a da renda fixanos resultados da Fundação.

Fonte:Relatório de Atividades, tabela 5

Elaboração: Gerência de Controle

Descrição (em R$ milhões)

Patrimônio p/ coberturados compromissos A 31.320

- Investimentos 30.475- Contribuição 1.099- Outras obrigações -254

Fundos B -836

Patrimônio p/ coberturados compromissos C=A+B 30.484

Compromissos combenefícios já concedidos D -20.566

Disponível parabenefícios a conceder E=C+D 9.918

Compromissos combenefícios a conceder F -13.323

Resultado em 30/11/2006 G=E+F -3.405

Situação patrimonialAtivos de Investimentos

Operações comParticipantes

RendaVariável

ParticipaçõesImobiliárias

Renda Fixa

Rentabilidade nov/06 12 meses

Renda Fixa 0,99% 12,40%

Renda Variável 5,98% 26,37%

Participações Imobiliárias 0,77% 18,98%

Operações com Participantes 1,41% 18,46%

TOTAL 2,29% 16,90%

Referencial de Mercado Ponderado 2,26% 15,90%

Meta Atuarial (IPCA + 6% a.a.)1 0,80% 9,41%1Rentabilidade registrada utilizando a prévia do IPCA para os últimos 15 dias doperíodo.

64,82%

3,38%

27,98%

3,82%

19| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |

Envie sua foto para o e-mail: [email protected], ou para

Gerência de Comunicação - A/C Revista Petros, Rua do Ouvidor, 98,

6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-030.

Petros embalando sonhose construindo o futuro

Lenir de Siqueira Ferreira (mat. 090.688-0) e

os netos Lucas e Gabriel - Rio de Janeiro/RJ

Auto-Retrato

Elisabete Farias

Maria Fernanda e a vovó Elisabete Rosa BemficaFarias (mat. 036.520-9) - Rio de Janeiro/RJ

O aposentado João Prates (mat. 002.191-1) e anetinha Fernanda, de 2 anos - Salvador/BA

Armando Pontieri (mat. 033.313-2)e o neto Gabriel - Valinhos/SP

Lenir Ferreira

João Prates

Armando Pontieri

| Revista Petros | Janeiro e Fevereiro de 2007 |20