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Distribuição gratuita impresso Jornal Mensal de Educação Ano 7 N.º 73 Agosto de 2009 Comissão volta ao MEC para discutir o caso Iesde/Vizivali Página 3 MEC estuda projeto sobre matrícula aos 5 anos Página 4 Jovem carente fará mestrado na Europa Página 8 Depois de praticamente duas semanas sem aulas, suspensas em razão da gripe A (H1N1), as escolas públicas e privadas do Paraná começam a discutir o calendário de reposição dos cerca de 10 dias que os alunos ficaram sem atividades. E não há uma receita única que valha para todas. Algumas irão acrescentar uma aula a mais por dia, outras usarão o sábado e ainda há a possibilidade de estender as aulas até bem próximo do Natal. O Conselho Estadual de Educação diz que há formas legais, sem desrespeitar a LDB, de cumprir com a exigência dos 200 dias letivos e das 800 horas. Página 9. É HORA DE REPOR AULAS Nossos Colunistas José Leopoldo Vieira Na educação e na vida: tudo está bem quando começa bem Pág. 12 Esther Cristina Pereira As raízes das crianças Pág. 10 Jacir J. Venturi Teo Pereira Neto O ensino médio pede socorro Pág. 5 Turnover: Doença ou oxigenação? Pág. 6

2009-08-Agosto-2009

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uma aula a mais por dia, outras usarão o sábado e ainda do Natal. O Conselho Estadual de Educação diz que há públicas e privadas do Paraná começam a discutir o há a possibilidade de estender as aulas até bem próximo exigência dos 200 dias letivos e das 800 horas. Jornal Mensal de Educação Ano 7 N.º 73 Agosto de 2009 O ensino médio pede socorro calendário de reposição dos cerca de 10 dias que os Distribuição gratuita Turnover: Doença ou oxigenação? Teo Pereira Neto

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Distribuição gratuita impresso

Jornal Mensal de Educação Ano 7 N.º 73 Agosto de 2009

Comissão volta

ao MEC para

discutir o caso

Iesde/Vizivali

Página 3

MEC estuda

projeto sobre

matrícula

aos 5 anos

Página 4

Jovem carente

fará mestrado

na Europa

Página 8

Depois de praticamente duas semanas sem aulas,

suspensas em razão da gripe A (H1N1), as escolas

públicas e privadas do Paraná começam a discutir o

calendário de reposição dos cerca de 10 dias que os

alunos ficaram sem atividades. E não há uma receita

única que valha para todas. Algumas irão acrescentar

uma aula a mais por dia, outras usarão o sábado e ainda

há a possibilidade de estender as aulas até bem próximo

do Natal. O Conselho Estadual de Educação diz que há

formas legais, sem desrespeitar a LDB, de cumprir com a

exigência dos 200 dias letivos e das 800 horas.

Página 9.

É HORA DEREPOR AULAS

Nossos Colunistas

José Leopoldo VieiraNa educação e navida: tudo está bemquando começa bemPág. 12

Esther Cristina PereiraAs raízes

das criançasPág. 10

Jacir J. Venturi

Teo Pereira Neto

O ensino médiopede socorro

Pág. 5

Turnover: Doençaou oxigenação?Pág. 6

Graduação 3Jornal Nota 10 | agosto 2009

Comissão volta ao MECpara discutir Vizivali

A comissão criada naAssembleia Legislativa doParaná para encontrar umasolução para o Caso Vizivalipretende ir novamente aBrasília neste mês de agosto.A intenção é ter uma audiên-cia com o ministro da Educa-ção, Fernando Haddad, e co-brar um posicionamento ofi-cial sobre a situação.

O problema atinge mais de35 mil professores em todo oestado que, mesmo após con-cluírem os estudos de gradu-ação, tiveram o direito ao re-

Intenção do grupo é marcar nova audiência

com o ministro da Educação Fernando Haddad

gistro do diploma negado porórgãos ligados ao MEC, quealegam irregularidades nasmatrículas.

No último dia 4 o partidoDemocratas (DEM) protoco-lou no Supremo Tribunal Fe-deral (STF) um pedido de de-fesa da lei estadual n.º 16.109/09, aprovada pela AssembleiaLegislativa. A lei determinaque a Universidade Estadualdo Centro Oeste (Unicentro) ea Universidade de Ponta Gros-sa (UEPG) validem os regis-tros dos diplomas expedidos

pela Faculdade VizinhançaVale do Iguaçu (Vizivali).

Ainda não há um prazo es-pecífico para que o STF anali-se a Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (Adi 4257) que ogovernador Roberto Requião,ajuizou no órgão no mês pas-sado contra dispositivos da leiaprovada pela Assembleia.

Para o governador, a lei éinconstitucional porque afron-ta o espaço de competênciasinstitucionais do Ministério daEducação e o princípio da au-tonomia das universidades. Integrantes da Comissão querem que Supremo Federal faça justiça.

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ARTE E CULTURA

Educação Infantil 4Jornal Nota 10 | agosto 2009

MEC quer rever matrícula aos 5 anosPara ministério ingresso ocorreria quando aluno tivesse 6 anos completos no início do ano letivo

Com a expansão do ensi-no fundamental de 8 para 9anos, o Conselho Nacional deEducação indica os 6 anoscompletos como idade de iní-cio nessa etapa, começo davida escolar obrigatória. An-tes disso, para o MEC, a ma-trícula pode causar prejuízosno amadurecimento e noaprendizado. Entre os esta-dos que contrariam a normanacional estão o Paraná e oRio de Janeiro, que aprova-ram leis estaduais.

A lei estadual aprovada noinício deste ano no Paraná, quedeterminou que crianças com5 anos de idade ingressem no1.º ano do ensino fundamen-tal, pode estar com os dias con-tados. O Ministério da Educa-ção (MEC) elabora projeto delei para unificar a idade de in-gresso das crianças nesse nívelde ensino.

A proposta é tentar rever-ter decisões isoladas, como asdo Paraná, que permite a ma-trícula em uma idade inferiorcom base em uma lei estadual.O estado do Rio de Janeiro

também permite o acesso com5 anos de idade.

Até a aprovação da lei, ocor-rida em fevereiro passado, oConselho Estadual de Educa-ção (CEE-PR) trabalhava comuma data de corte, que era 1.ºde março. As crianças que fi-zessem 6 anos até este dia po-deriam ir para o primeiro ano.As que fizessem aniversáriodepois deveriam ficar na edu-cação infantil.

O CEE-PR só aceitou o in-gresso aos 5 anos de idade de-pois que o Ministério Públicodo Paraná emitiu parecer esta-

belecendo que todas as crian-ças que completassem 6 anosao longo do próximo ano letivopoderiam ser matriculadas no1.º ano e também em razão danova lei, de autoria do deputa-do Luiz Carlos Romanelli(PMDB).

Em reportagem ao Nota 10na época, o presidente do órgão,professor Romeu Gomes deMiranda, disse que “não inte-ressa a este Conselho estabele-cer uma guerra e interpreta-ções, gerando confusão no Sis-tema”. Para o presidente, eleestaria convencido de que a Lei

maior – LDB - e outros dispo-sitivos legais dão amplo ampa-ro ao órgão para que continu-asse exigindo que o ingresso dascrianças no ensino fundamen-tal deveria ser somente paraaquelas que completassem 6anos até o início do ano letivo.

O Conselho vinha enfren-tando uma série de críticas, dopróprio Ministério Público quetem um entendimento diferen-te sobre a matrícula de crian-ças com 5 anos – a completar6 durante o ano letivo de 2009– no 1.º ano do ensino funda-mental.

Data de corte

JACIRDiretor de escola. Foi profes-sor do ensino fundamental,médio, pré-vestibular, da

UFPR e da PUCPR. Contato:jacirventuri@geometria

analitica.com.br

Jacir J. Venturi

O ensino médio pede socorroNo espectro das mazelas da

educação brasileira, o Ensino Mé-dio apresenta estatísticas angus-tiantes: dos 10,5 milhões de jo-vens na faixa etária de 15 a 17anos, apenas 47,7% mantêm ade-quada a relação idade/série e 1,9milhão desses jovens abandonama escola em cada período letivo.

Ano a ano, estamos enxugan-do mais gelo. Em 2007, o índicede reprovação atingiu 12,7% - odobro do percentual de dez anosatrás. A professora Nora Krawczyk,da Unicamp, com fulcro nos dadosdo IBGE, declara que o acesso aoEnsino Médio é profundamente de-sigual, pois, dos 15 aos 17 anos,entre os 20% mais pobres, apenas24,9% estavam matriculados, en-quanto entre os 20% mais ricos opercentual sobe para 76,3% (Fo-lha de S. Paulo, 3/7/09).

Aproximadamente 80% dos jo-

vens chilenos concluem a Educa-ção Básica. A escolaridade médiada população daquele país andinoé de 9,2 anos (6,1 anos no Brasil).Desde 2003, uma reforma consti-tucional determinou que a criançae o adolescente tenham um míni-mo obrigatório de 12 anos de es-tudo. No Brasil, esse mínimo é de9 anos.

Em qualquer ranking compara-tivo com outros países, semprepontuamos entre os últimos noquesito desempenho escolar. Parareverter esse quadro, o primeiropasso – e único que não exige dis-pêndios financeiros – é reduzir oconteúdo da atual grade curriculardo Ensino Médio. O colégio deveser mais atraente, ou, de acordocom a pesquisa, o principal moti-vo de abandono e reprovação é quea “escola é chata”.

É a hora e a vez de um bom

discernimento para enxugar o pro-grama do Ensino Médio. O nossoEnsino Médio necessita de umaassepsia, cujos vermes são os ex-cessos da grade curricular.

Essa posição pode ser corrobo-rada com o relato da revista Veja:O prêmio Nobel de Física, RichardFeyman (1918-1988), visitou oBrasil para investigar o nível deconhecimento dos alunos às vés-peras do vestibular. Em livro,Feyman relatou que, entre estudan-tes do mundo inteiro, os brasilei-ros eram os que mais estudavamFísica no Ensino Médio – e os quemenos aprendiam a matéria.

Que não pairem dúvidas, po-rém, quanto à obrigação primeirada escola: ministrar um bom ensi-no curricular, preparando o alunopara os concursos e a vida profis-sional. Reduzir o programa em 20%a 30% não implica em abaixamen-

to no nível de aprendizagem,pois constituem penduricalhosdesnecessários.

Uma vez implementada a re-dução e um melhor detalhamentodos conteúdos há espaço e tem-po para o início de um ciclo vir-tuoso. Exemplos? Oficinas (par-te delas optativas) de Artes, Fi-losofia, Sociologia, leituras, edu-cação ambiental e financeira,informática, valores, cidadania,etc. A atual geração dos jovensvaloriza o lúdico, a multimídia,as práticas experimentais, avivência dos fenômenos naturaise humanos, o diálogo entre asdiversas disciplinas. Isto posto,estaremos mais próximos daspalavras simples e plenamenteinteligíveis do epistemologistasuíço Jean Piaget: “Só se apren-de o que tem sentido, o que éprazeroso”.

Palavra do Especialista Educação & Ensino

Geral

BolsasO Diário Oficial da União

publicou no dia 24 de julhoedital da Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (Capes) que de-fine as normas de distribuiçãode 30 bolsas no valor mensalde R$ 3,3 mil, com o objetivode aprimorar as ações decapacitação em áreas conside-radas prioritárias no âmbito dapesquisa em saúde. As bolsastêm prazo de execução de cin-co anos e são resultado de umaparceria entre os ministériosda Educação e da Saúde. Alémdelas, serão feitos repasses derecursos, como auxílio ao pre-ceptor, no valor máximo de R$100 mil no primeiro ano e deR$ 50 mil para cada um dosquatro anos seguintes. A pre-visão é que sejam lançadoseditais anuais até 2013,totalizando R$ 75 milhões. Aspropostas poderão ser envia-das até dia 9 de setembro.

ProjetoO projeto básico para ori-

entar a construção, ampliaçãoe reforma de escolas das redespúblicas estaduais de ensinomédio integradas à educaçãoprofissional e tecnológica foipublicado no dia 21 de julho,pelo Fundo Nacional de De-senvolvimento da Educação(FNDE). A medida faz partedas ações do programa BrasilProfissionalizado, que repas-sa recursos do governo fede-ral para a modernização e ex-pansão das escolas técnicas. Oprojeto prevê que cada novaescola tenha 12 salas , oito la-boratórios, auditório, bibliote-ca e quadra poliesportiva co-berta. A dimensão do terrenoindicada é de 12 mil m2 e aprevisão do custo médio daobra é de R$ 6 milhões. O pro-jeto foi elaborado pelo FNDEem parceria com a Secretariade Educação Profissional eTecnológica do MEC).

CapacitaçãoAs instituições da Rede

Federal de Educação Profissi-onal, Científica e Tecnológicatêm mais uma opção paraqualificar o quadro de profes-sores e de técnicos. O Progra-ma de Apoio à Realização deCursos de Pós-GraduaçãoStricto Sensu Interinstitucio-nal permitirá a capacitaçãodos profissionais em uma açãointegrada com universidadespúblicas. As Instituições deEnsino Superior (IES) partici-parão como promotoras doscursos de mestrado ou douto-rado. As atividades serão de-senvolvidas pelas universida-des nos campi dos institutosfederais de educação, ciênciae tecnologia, que entram coma infraestrutura de ensino epesquisa. A Secretaria de Edu-cação Profissional e Tecno-lógica (Setec) pode dispor deaté R$ 7,2 milhões para acapacitação dos professores.

MerendaEstá proibido o uso de re-

cursos do Fundo Nacional deDesenvolvimento da Educação(FNDE) para a compra de re-frigerantes, refrescos artificiaise outras bebidas com baixoteor nutricional para a meren-da escolar. Já para enlatados,doces e alimentos com quanti-dade elevada de sódio, a aqui-sição fica restrita a 30% dosvalores. Estados e municípiosterão até janeiro de 2010 paraadaptar seus processoslicitatórios a essas exigências,previstas na Resolução n.º 38,que regulamenta a Lei n.º11.947. O documento ressaltaa importância da adoção deestratégias de educação ali-mentar e nutricional para as-segurar uma comida saudável.Entre elas, estão a implantaçãoe manutenção de hortas, a in-serção do tema alimentação nocurrículo e a realização de ofi-cinas culinárias experimentais.

FórumEm novembro, Brasília

será sede do Fórum Mundialde Educação Profissional eTecnológica. Especialistas daEspanha, Itália, França, Uru-guai, Argentina, Canadá,Cabo Verde e de outros paí-ses já confirmaram sua parti-cipação no evento, que acon-tece no Centro de ConvençõesUlysses Guimarães, de 23 a27. É a primeira vez que o Bra-sil é sede de um fórum comesta temática. A cada dia, hánovas confirmações no even-to. É o caso do brasileiroMiguel Nicolelis, médico con-siderado um dos 20 maiorescientistas da atualidade, se-gundo a revista americanaScientific American. Nicolelisestuda alternativas para inte-grar o cérebro humano a má-quinas. A intenção do pesqui-sador é desenvolver prótesespara a reabilitação de pacien-tes com paralisia.

JACIRDiretor de Comunicação doInstituto Opet Educação e

Cidadania.Contatos:

[email protected](41) 3021-4848

Teo Pereira Neto

Turnover: Doença ou oxigenação?Turnover é um termo de origem

inglesa para o movimento de en-tradas e saídas [admissões e des-ligamentos] numa organização. Énatural este movimento: desempe-nho insatisfatório; oportunidadesprofissionais lá fora; funções comnovos desafios; queda da receita;aperto financeiro etc. E como dizo sociólogo Domenico De Masi,contratação inadequada: você se-leciona gente “quadrada” e querque elas passem, de repente, aserem “redondas”. A cada desliga-mento a empresa arca com custosda rescisão trabalhista e eventu-ais despesas com ações na esferalegal. A reposição exige recruta-mento, seleção, treinamento eadaptação. Com turnover elevado,aumenta o risco da migração deinformações confidenciais e estra-tégicas, perda temporária de pro-dutividade e a explosão do custo

invisível, como a insegurançaprovocada no capital humano e oinevitável boca-a-boca negativo.

Mais importante que a altarotatividade, dirão alguns, é saberlidar com os desligamentos. Sedemissões são inevitáveis, o míni-mo a fazer é tratar os demitidoscom respeito, dignidade e trans-parência, assegurando os direitostrabalhistas e estendendo benefí-cios por um período maior. Não écrível, contudo, que haja defenso-res de turnover elevado. Altarotatividade é doença [grave] enão deve ser subestimada. Se vocêé gestor, fique de olho nos índicesde turnover, monitore as entrevis-tas de desligamento e as pesqui-sas de clima organizacional. E sevocê faz parte da alta cúpula di-retiva, evite dar muita autonomiaaos gestores em relação a demis-sões. Ocupantes de cargos de su-

pervisão, coordenação e gerência,por exemplo, são patrimônio eprincipal ativo da organização. Nãopodem ficar à mercê e ao arbítriode chefias medíocres, inseguras eirresponsáveis.

Há quem alegue que as trocassão saudáveis, oxigenam e revita-lizam com novas ideias e alto as-tral das pessoas que estão chegan-do. A organização precisa se ante-nar com estes tempos de mudan-ças e a chegada de outros profis-sionais é uma das estratégias parase manter viva e competitiva. Masnão se iluda com o desempenhoinicial do pessoal entrante que,claro, tem um período de lua-de-mel. Há empresas em que a rota-tividade é tão alta que os funcio-nários estão sempre em lua-de-mel, dando a falsa impressão queas substituições agregaram valor!

É possível ampliar a oxigenação

Palavra do Especialista Mundo Corporativo

sem alterar o turnover: treinamen-to e desenvolvimento profissional;política transparente de promo-ções e oportunidades profissionaisetc. Se não for possível a mobili-dade vertical, utilize o mecanis-mo horizontal [transferência paracargos similares em outras áreas].Pessoas motivadas, mesmo comtempo “de casa”, certamentemanterão elevada a oxigenação.

Se os desligamentos foreminevitáveis, aja com critério. Nãodê motivos para que prospere acerteza da máxima corporativa:“Muda-se embaixo para não me-xer nos de cima, ou seja, nadamuda”. Ou a desfaçatez do perso-nagem Tancredi, sobrinho do prín-cipe de Salina, no livro O Leopar-do, de Giuseppe di Lampedusa: “Sequeremos que tudo permaneçacomo está, é preciso que tudomude”.

Apade comemora 30 anos no dia 20A Associação Paranaense

de Administradores Escolares(Apade) comemora, no dia 20deste mês de agosto, 30 anos.Para comemorar a data, queserá festejada até o final doano, a entidade programouuma série de atividades.

De acordo com o presiden-te Izaías Ogliari, a Apade atuana defesa dos direitos de pro-fessores e diretores, principal-mente quanto aos enquadra-mentos dos aposentados nosníveis superiores e adicionaispor tempo de serviço.

A comunicação com os as-sociados se dá pelo site e tam-bém por boletins, enviadosaos associados aposentados eaos diretores de escolas. Essa

Entidade atua na defesa dos direitos de professores e diretores de escolas da rede estadual

comunicação é importante,segundo o presidente, paramanter informados todos osque fazem parte da entidadesobre seus direitos.

Uma das marcas da atualgestão é o processo de inte-riozação. “A intenção é forta-lecer, agrupar, conscientizar edesignar representantes mu-nicipais, capacitando-os parapropiciar benefícios aos sóci-os”, explica. O primeiro en-contro foi realizado em 23 dejunho, em Campo Mourão,com participação de municí-pios circunvizinhos, quandofoi lançada a Cartilha daApade “com propostas novase desafiadoras”. O presidenteexplica que o documento des-

taca a preocupação da entida-de com o provento dos profes-sores. Novos encontros, nosmesmos moldes do anterior,estão programados para Lon-drina e Maringá.

Para comemorar os 30anos, a Apade fará um jantar,no próximo dia 29, com vagaslimitadas e por adesão. Nassubsedes do interior tambémestão previstas atividades alu-sivas ao aniversário. “No de-correr do ano outros eventosserão desenvolvidos e peçoque todos acompanhem nos-sos boletins e o site, pois nos-so compromisso é em prol davalorização da carreira domagistério”, acentua. O site daApade é o www.apade.com.br Izaías Ogliari quer a interiorização como sua marca na Apade.

Os ministérios da Educação e dasRelações Exteriores, em parceria coma Secretaria Estadual de Educação doParaná, realizam este ano a 11.ª ediçãodos exames supletivos no Japão e a 5.ªedição na Suíça. As inscrições podemser feitas até dia 31 de agosto somentepela internet. As provas do ensino fun-damental serão dia 24 de outubro e doensino médio, 25 de outubro.

Podem fazer o Exame Nacionalpara Certificação de Competências deJovens e Adultos (Encceja), o antigosupletivo, nas etapas de ensino funda-mental e médio, brasileiros residentesou com trabalho temporário no Japãoe na Suíça. Para o ensino fundamen-tal, a idade mínima é 15 anos comple-tos até o dia da prova, e para o ensinomédio, 18 anos.

As provas serão em língua portu-guesa. Para o ensino fundamental, o es-tudante vai responder testes em qua-tro áreas: matemática; língua portu-guesa, língua estrangeira moderna,artes, educação física e redação; ciên-cias naturais; e história e geografia.

No ensino médio, os conteúdos es-tão divididos em linguagens, códigos esuas tecnologias e redação (compreen-

Exames supletivos no Japãode língua portuguesa, língua estrangei-ra moderna, artes e educação física);matemática e suas tecnologias; ciênci-as humanas e suas tecnologias (histó-ria, geografia, filosofia e sociologia); ci-ências da natureza e suas tecnologias(química, física e biologia).<br />

As provas são elaboradas pelo Ins-tituto Nacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira (Inep) eaplicadas pela secretaria de educaçãodo Paraná, instituição que certifica osestudantes.

As inscrições devem ser feitas pelainternet na página eletrônica da secre-taria de educação do Paraná (http://celepar7.pr.gov.br/exame). Nesta pági-na, o estudante também encontra oshorários das provas, a descrição dosconteúdos e endereços dos consulados,onde computadores com acesso àinternet estarão disponíveis para a ins-crição. No Japão, as provas serão apli-cadas nas províncias de Gunma(Oizumi), Aichi (Nagoia) e Sizuoka(Hamamatsu); e na Suíça, em Zurique.

O Japão tem a terceira maior comu-nidade brasileira no exterior, depoisdos Estados Unidos e do Paraguai. Opaís reúne cerca de 240 mil brasileiros.

História 7Jornal Nota 10 | agosto 2009

A Secretaria de Educação Superior(SESu) do Ministério da Educação(MEC) autorizou a contratação imedia-ta e temporária da primeira equipe do-cente da Universidade Federal daIntegração Latino-Americana (Unila). Oprocesso de seleção irá contratar 30 pro-fessores visitantes — 20 brasileiros e 10dos demais países da América Latina. Ocontrato será por prazo determinado, deseis meses a um ano.

No dia 5 a Comissão de Constituiçãoe Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputa-dos aprovou o relatório do deputado fe-deral Dr. Rosinha (PT-PR), favorável aoprojeto de criação da Unila. Como tra-mita em caráter conclusivo, a matériasegue diretamente para o Senado e, nasequência, à sanção do presidente LuizInácio Lula da Silva, caso não haja alte-rações.

Helgio Trindade, coordenador dacomissão de implantação da nova uni-versidade, diz que a opção dacontratação temporária foi escolhidaporque a realização de concurso públi-co só poderá ser feita após a aprovaçãodefinitiva do projeto. “Os professores

SESu autoriza contratação de30 professores para a Unila

visitantes vão contribuir para o planeja-mento dos cursos de graduação e pós-graduação de 2010, além de trabalharem conjunto com as cátedras, se envol-vendo no primeiro ciclo de estudos daUnila”, explica.

Há vagas para professor visitante em22 diferentes áreas de atuação. Os can-didatos devem ser doutores nas respec-tivas áreas. Os brasileiros ainda preci-sam ser aposentados de instituições fe-derais de ensino superior ou de institui-ções públicas não federais. Os estrangei-ros podem ou não estar ativos em suasinstituições.

A seleção ocorrerá por meio de ava-liação curricular e será concluída até ofim de agosto. Os interessados devemenviar seus currículos para o [email protected].

O projeto de lei, de número 2.878/08, prevê a contratação de 250 profes-sores efetivos, 250 professores visitan-tes e 206 servidores técnicos e adminis-trativos (67 de nível superior e 139 in-termediário). As aulas dos cursos de gra-duação começam em março do próxi-mo ano.

Ensino Superior 8Jornal Nota 10 | agosto 2009

Jovem carente fará mestrado na EuropaO administrador de empre-

sas curitibano Diego Ber-gamini, de 24 anos, acaba dedar mais um passo importan-te na carreira, graças a um pro-grama socioeducacional criadopor uma empresa privada, noqual foi selecionado há 15 anos.Na época, Diego e a mãe sobre-viviam com uma renda men-sal de apenas R$ 300.

Foi em 1994 que o meninoteve sua grande chance deromper o bloqueio socialquando se destacou pelo de-

Apoio integral de um programa social privado mudou a realidade de um estudante

sempenho em uma escola darede municipal de ensino deCuritiba e acabou sendo esco-lhido para receber benefíciosdo Programa Bom Aluno, cri-ado pela empresa BS ColwayPneus através do InstitutoBom Aluno do Brasil (IBAB).

Hoje, ele é coordenador detrade marketing da indústriaalimentícia multinacional KraftFoods, em São Paulo, respon-sável pelo atendimento do WalMart, a maior rede de super-mercados do mundo. Agora,

Diego recebeu auxílio e em setembro iniciará o mestrado no exterior.

Programa foi criado em 1993O Programa Bom Aluno, é

um dos programas as-sistenciais do IBAB e foi cria-do em 1993, em Curitiba (PR),para proporcionar educaçãode qualidade a crianças e jo-vens carentes que tenhambom desempenho nas redespúblicas de ensino. Atualmen-

te o programa tem 217 alunos.Segundo o diretor do pro-

grama, Ozil Pedro CoelhoNeto, 107 estão cursando uni-versidades no momento e 118já entraram no mercado detrabalho depois de concluir oensino superior. Este ano ou-tros 33 vão prestar vestibular.

ele surpreendeu novamentepelo desempenho. Diego con-seguiu uma bolsa de estudopara fazer mestrado emMarketing Management emuma das melhores universida-des do mundo na área, a Uni-versità Commerciale LuigiBocconi, em Milão, na Itália.

A partir de setembro, o cu-ritibano começa uma jornadade dois anos no exterior, re-cebendo instruções em inglês,idioma que aprendeu graçasao programa social. “Seria im-possível ter acesso a ativida-des extracurriculares com acondição de vida que a minhafamília tinha”, disse Diego.

Na quinta série, Diego in-gressou no Bom Aluno. “Te-nho saudade daqueles tem-pos. Impossível esquecer o“piá ranhento” fazendo testesde raciocínio lógico e entre-vistas. Eu estava ali, magrelo,sem entender o porquê dascoisas. Mais tarde os meus

companheiros do Bom Alunoviraram alguns de meus me-lhores amigos”, relembrou.Até a oitava série Diego per-maneceu em escolas públicas,mas recebendo apoio do pro-grama social que lhe ofereciatransporte, material escolar,uniformes, aulas extraclassede matemática, inglês e portu-guês, além de um curso prepa-ratório para o ensino médiotécnico.

Depois que passou para oensino médio, o aluno recebeuapoio integral com escola par-ticular, preparação para o ves-tibular, aulas de redação, inglêse acompanhamento pedagógi-co. O resultado não poderia serdiferente: Diego passou na Uni-versidade Federal do Paraná eingressou no curso de Adminis-tração Internacional de Negó-cios. No dia 14 de setembroDiego inicia as aulas em Milão.

Maria de Jesus Ferreira, 41anos, de Paranapoema, noNoroeste do Paraná, virouprofessora de jovens, adultose idosos. Nada de mais se elanão fosse semianalfabeta atéhá alguns anos, quando traba-

Boia-fria vira professora de jovens e adultoslhava como boia-fria.

A vida de “Fia”, como échamada carinhosamente,nunca foi fácil. Desde muitonova acompanhava seus paisno trabalho do campo. Depois,em uma usina de cana-de-açúcar, onde ficou até o iníciodeste ano. Agora está afasta-da para tratamento médico,devido ao trabalho nos cana-viais.

Mãe de quatro filhos e avóde dois netos, Fia conta que sóteve a oportunidade de estu-dar até a 6.ª série, quando cri-ança. “Sempre tive o sonho depoder ensinar os outros e foipensando assim que, depoisque casei, ainda com meus fi-lhos pequenos, trabalhava naroça, cuidava da casa, das cri-anças e à noite ia para a esco-la.”

Por já estar fora da idadehabitual de frequentar umasala de aula no ensino funda-mental, ela foi atrás de umcurso supletivo. Na época,não havia nenhum na sua re-gião. Então, ela ia às aulas emItaguajé, distante cerca de 15quilômetros. “Muitas vezesdependia de carona para irestudar. Batalhei muito, con-segui terminar os ensinos fun-damental e médio.”

Depois de certo tempo,surgiu a oportunidade de cur-sar faculdade. Com ajuda dealgumas pessoas da comuni-dade ela fez a inscrição novestibular e foi aprovada.Hoje, cursa o último ano decomplementação de Pedago-gia, na modalidade de ensinoa distância semipresencial,pela Universidade Estadual

de Maringá (UEM).O Paraná Alfabetizado,

programa de erradicação doanalfabetismo, mantido pelogoverno do estado, entrou emsua vida como mais um incen-tivo. Fia já lecionava volunta-riamente para jovens e adul-tos na comunidade e aprovei-tou a oportunidade para par-ticipar do programa. “Mesmona usina, cortando cana, eu íapara a faculdade e depois daraula”, conta. Hoje, ela temuma turma de 15 alunos devárias faixas etárias e duas ve-zes por semana assiste às au-las de Pedagogia.

Para Fia, a sua batalha e asua força de vontade se resu-mem na frase “a educação so-zinha não transforma a socie-dade, sem ela tão pouco a so-ciedade muda”, de Paulo

Freire. “Sem dúvida, nós,como educadores, temos essaforça para modificar e trans-formar a sociedade”.

Fia tem muitos exemplosde pessoas dedicadas, históri-as de alunos entre 30 e 90anos que aprenderam a ler eescrever no programa. “Erampessoas que não sabiam nada.Para eles, um livro não passa-va de folhas em branco. Hoje,alguns já estão terminando oensino médio”, conta emoci-onada.

A professora Fia vai até acasa de alguns alunos, quan-do, por algum motivo, nãopodem ir à escola. “Quando apessoa não consegue ir até ocolégio eu vou até a casa dela.Para mim, o importante é elaestar aprendendo e se sentin-do útil e feliz.”Fia ajuda quem não sabe ler.

Ensino 9Jornal Nota 10 | agosto 2009

Escolas estudamcalendários pararepor aulas suspensas

As escolas públicas e par-ticulares do Paraná deverãoadotar calendários alternati-vos de reposição de aulas paraos cerca de 10 dias letivos quenão foram ministrados devidoà suspensão das atividadespor causa da gripe A (H1N1).A Lei de Diretrizes e Bases(LDB) prevê 200 dias letivosou 800 horas durante o ano.

As instituições de ensinotrabalham com três possibili-dades, inicialmente: acrescen-tar uma aula a mais por dialetivo, ofertar aulas aos sába-dos ou estender as atividadesaté bem próximo do Natal.Todas essas possibilidades, noentanto, não agradam a todosos pais e alunos.

A LDB prevê, em seu arti-go 24, que os ensinos funda-mental e médio devem ser mi-nistrados em 200 dias letivos,distribuídos em 800 horasaula. Uma saída poderia sernão levar a ferro e fogo a ques-

tão dos dias letivos, mas cum-prir integralmente as 800 ho-ras com atividades extras queproporcionem isso.

“Vamos procurar buscaruma solução para que as esco-las particulares possam ofere-cer a seus alunos atividadespara chegarmos a esse total dehoras e cumprir a LDB”, expli-ca o presidente do Sindicatodas Escolas Particulares(Sinepe), Ademar Batista Pe-reira. Segundo ele, cada esco-la tem autonomia para encon-trar o melhor calendário dereposição e essa definição deveocorrer nos próximos dias emcada instituição.

Em São Paulo o entendi-mento do Conselho Estadualde Educação é o de que as es-colas não precisarão cumpriros 200 dias letivos. O minis-tro Fernando Haddad não gos-tou da decisão e disse que oConselho Nacional de Educa-ção (CNE) precisaria ser ouvi-

do neste caso.Em nota oficial divulgada

no dia 11 de agosto, a Secreta-ria Estadual da Educação deSão Paulo informa que as es-colas da rede estadual terão decumprir os 200 dias letivosanuais. A Secretaria deixou acritério de cada unidade aadequação do calendário apósa prorrogação de 15 dias dasférias escolares, mas desdeque seja cumprida a obri-gatoriedade do total de diasletivos, conforme determina aLDB.

O diretor do Colégio Spei,Valdir Bolívar Martins, expli-ca que um calendário de repo-sição está sendo montado einclui as alternativas de teraulas aos sábados, acrescentaruma aula a mais por dia ouainda estender a continuida-de das atividades por cerca de10 dias. “Tudo vai dependerde quantos dias ao certo tere-mos para repor”, disse.

Rede estadual volta dia 17A Superintendente da Se-

cretaria de Estado da Educa-ção, professora Alayde Digio-vanni, informou ao Nota 10que nos próximos dias deveser marcada uma reuniãocom entidades envolvidascom a reposição das aulaspara definição de uma calen-dário. Uma delas é a Undi-me-PR, que reúne os secre-tários municipais de educa-ção dos 399 municípios doestado, principalmente porcausa do transporte escolardo estudantes. “Não adiantanada a rede estadual voltarse os municípios decidirem ocontrário e não mandaremos alunos para as escolas”. Opresidente da Undime-PR,Cláudio Aparecido da Silva,não foi localizado até o fecha-mento desta edição para co-mentar o assunto.

Na rede municipal deCuritiba ainda não há umadefinição quanto à reposi-ção. Segundo a assessoria deimprensa da prefeitura, issoserá definido nos próximosdias, pois a prioridade agoraé orientar os professoresquanto aos cuidados com agripe, para repassar essesdados aos alunos, caso asaulas voltem no dia 17.Curitiba possui 175 escolas,168 Centros Municipais deEducação Infantil (Cmeis),oito Centros Municipais deAtendimento Especializadoe 46 Unidades de EducaçãoIntegral.

Na rede particular a de-cisão sobre a volta no dia 17ocorrerá neste dia 13, emuma reunião no Colégio Sa-grado Coração de Jesus, emCuritiba.

Para CEE-PR, há condições legais para reposiçãoO presidente do Conselho

Estadual de Educação (CEE-PR), professor Romeu Go-mes de Miranda, disse aoNota 10 que não vê proble-mas para a reposição das au-las não dadas no período desuspensão. Ele diz havercondições legais para isso,sem necessariamente recor-rer ao extremismo dos 200dias letivos. “A LDB, no arti-go 12, incisos III e VI, permi-te isso”, explica.

Segundo ele, a LDB pre-vê, nesses itens, que escolas

e famílias encontrem a me-lhor forma para proceder oprocesso de recuperação dasaulas. “Temos que aliar diase conteúdo. Que adianta oaluno estar 200 dias na esco-la e ter pouco conteúdo”, res-salta.

O presidente adianta que,em particular, esse é seuposicionamento e não refleteo pensamento dos demaisconselheiros. “Mas não pode-mos ser dogmáticos e posi-tivistas com relação aos 200dias. Nem fazermos coisas

como fez São Paulo, ao ar-repio da lei”.

Miranda dá um exemplode como as escolas e as fa-mílias podem encontrar for-mas diversificadas para re-cuperar o tempo perdido.“Os estudantes irão voltarpara as escolas, mas a gripenão passou. Ela ainda estáaí. Então as escolas podemencontrar maneiras, em ati-vidades extras, de orientaros alunos, explicando sobrecuidados de higiene, tão im-portantes neste momento”.

ttuuuFormas utilizadas poderão variar entre instituições

Vitrine

Psicopedagoga e diretora daEscola Atuação.

Contatos:[email protected]

(41) 3274-6262

Esther Cristina Pereira

As raízes das criançasQuando iniciamos o processo

escolar de uma criança, temosdentro da escola toda uma preo-cupação com sua vida, seu com-portamento, seu resultado, suamaneira de ser, o seu eu a serexplorado.

Muitas vezes, não percebemosque esta criança tem uma histó-ria que traz consigo desde a suagestação.

Escrevendo isso, me vem umaideia que li na revista Veja, emuma de suas edições do mês dejulho. “Quando vemos uma ár-vore cujas folhas estão ma-chucadas e cujos galhos estãodoentes, não basta dizer: vamoslimpar os galhos e as folhas, é

preciso lembrar que essa árvoretem raízes, ainda que não pos-samos vê-las”.

E pensando nesta frase,redimensionando-a à realidade daescola, percebemos que as raízes

da criança são pouco averigua-das e avaliadas quando pensamosnela como aluno, como processoensino-aprendizagem.

É na raiz deste aluno que fa-cilmente averiguaríamos os per-calços do estudante/ser humano/criança que apresentam disgrafia,dislexia, a não paixão pelo apren-der e até mesmo os processosindisciplinares sérios que ocor-rem no cotidiano escolar.

É na raiz desta criança quecertamente encontraremos asjustificativas de suas tristezas, deseus olhares desconfiados, dafalta de motivação para o apren-der, feito galhos e folhas doen-tes e machucadas.

É na raiz que devemospesquisar problemas que a cri-ança possa apresentar, mas énestas raízes que certamentetambém encontraremos toda asua boa educação, suas atitu-des positivas com relação àvida, a sua conduta positiva emrelação ao mundo e sua alegriade viver o dia a dia.

E a raiz desta criança é asua família. É a família que es-trutura esta criança, enche deproteínas esta raiz, fazendo amesma se tornar uma árvorefrondosa, sadia, cheia de fru-tos, feliz por viver sua vida,como uma celebração diária aser vivida...

Palavra do Especialista Educação Infantil

Muitas vezes,não percebemosque esta criançatem uma históriaque traz consigo

desde a suagestação.

INFORME PUBLICITÁRIO

pedagogo, mestre emEducação Especial,

Doutorando pela Universidadede Évora (Portugal).

Contatos:[email protected]

(41) 3343-6964

José Leopoldo Vieira

Na educação e na vida: tudo está bem quando começa bemAo criar a Psicomotricidade

Relacional, André Lapierre, educa-dor francês, constatou na práticaque é na primeira infância que seestrutura a personalidade infantil.Ele costumava comentar comigo:“quando comecei a trabalhar comas crianças, tomei consciência deque, ao expressar problemas psi-cológicos, elas estavam, na verda-de, escondendo conflitos anterio-res, mais profundos. Então, che-guei às crianças dos dois primei-ros anos, que de fato estão cons-truindo sua personalidade”. Segun-do ele, a transformação pela qualpassam crianças de 18 meses a 2anos, e que temos observado emnossa prática hoje, é tão marcantea ponto de relacionar que a criseda adolescência não passa de umaespécie de reedição dessa fasequando as crianças desafiam opoder do adulto. Assim, quanto

mais saudáveis forem as relaçõesnessa faixa etária, menos proble-mas terão as crianças mais velhas.

A base do trabalho da Psico-motricidade Relacional está emcriar um espaço de liberdade pro-pício aos jogos e brincadeiras. Oobjetivo é fazer com que a criançamanifeste seus conflitos normaisdo desenvolvimento e viva-os sim-bolicamente. No âmbito educativo,a Psicomotricidade Relacional pre-vine o surgimento de distúrbiosemocionais, motores e de comu-nicação que dificultam a aprendi-zagem.

André Lapierre afirmava que abrincadeira é da ordem do simbó-lico e o psicomotricista relacionaldeve entrar em contato com a cri-ança nesse nível, onde se situamos fantasmas inconscientes. A pos-sibilidade de poder jogar e brin-car, dentro dos limites da expres-

são simbólica, permite à criançaexpressar seus conflitos em nívelprofundo, sem sabê-lo.

A vivência simbólica possibili-ta que a criança a experimente, du-rante o jogo, o que no dia-a-dianão pode expressar. Ela dá vazãoao que está recalcado. A partir domomento em que ela pode, porexemplo, vencer simbolicamente oadulto, na brincadeira, ela perce-be que não precisa enfrentá-lo narealidade.

As brincadeiras espontâneas eos jogos livres criam condições fa-voráveis para que o desejo da cri-ança se manifeste e ela se sintaaceita. Ela se comporta como é enão como deveria ser. Por isso,André Lapierre insistia em dizerque o psicomotricista relacionalbusca estabelecer uma comunica-ção autêntica de pessoa para pes-soa, pois uma criança de um ano

Palavra do Especialista Psicomotricidade Relacional

ou dois, já é uma pessoa e deveser respeitada como tal. “Não que-remos fazer algo pedagógico, nãotemos nada para ensinar. Estamosali para comunicar. É a criança quenos ensina muitas coisas”, expli-cava André Lapierre.

É sobre esse conceito de dispo-nibilidade nas relações entre adul-tos e crianças que procuramos tra-balhar nos cursos de formação,pois o mais significativo em nos-sa prática é a comunicação tôni-ca, ou seja, a possibilidade de acriança jogar com adulto e esteestar disponível corporalmentepara ela. É a única relação peda-gógica em que se privilegia co-municação tônica. Assim, a Psi-comotricidade Relacional nas es-colas traz a possibilidade da Edu-cação alcançar a dimensão afetivae buscar o aprimoramento do SERe não apenas o do TER.

Geral

CadastroO Sistema Nacional de In-

formações da Educação Pro-fissional e Tecnológica (Sistec)já tem a participação de 85%das instituições de todo o Bra-sil. O dado foi obtido com basenas informações do Censo Es-colar 2008. Entretanto, asquatrocentas escolas quecorrespondem aos 15% fora dosistema trazem preocupação.A ausência dessas escolas eseus cursos técnicos podemindicar três situações, de acor-do com Andréa Andrade, di-retora de regulação e supervi-são da educação profissional etecnológica do Ministério daEducação (MEC). “São aque-las que ainda não fizeram oseu pré-cadastro no Sistec, ouestão com o pré-cadastro emanálise pelos órgãos de estado,ou pré-cadastros não aprova-dos por se tratarem de escolasirregulares”, esclarece a dire-tora.

MandadoA Justiça Federal rejeitou

o pedido de mandado de se-gurança impetrado pela Asso-ciação Nacional das Universi-dades Particulares contra oprocedimento de supervisãodos cursos de direito realiza-do pela Secretaria de Educa-ção Superior do MEC. Na sen-tença, o Poder Judiciário con-firma a constitucionalidade doprocedimento de supervisãocomo instrumento necessárioao poder público para a garan-tia da qualidade da oferta doensino superior. Em trecho dadecisão, a juíza federal da 13.ªVara, Isa Tânia C. da Costa,destaca “o caráter público deque se reveste a atividade edu-cacional, de modo que é con-siderada pelo ordenamentoconstitucional como respon-sabilidade do Estado, a quemincumbe estabelecer as regrasbásicas e zelar pela garantia dopadrão de qualidade”.

EnemO Exame Nacional do En-

sino Médio (Enem) será ado-tado como forma de seleção deestudantes por 18 institutosfederais de educação, ciênciae tecnologia, como prova úni-ca ou simultaneamente aovestibular tradicional. Os es-tudantes poderão escolherentre licenciaturas e cursossuperiores de tecnologia. Hávagas em todas as regiões . Sãooferecidas aproximadamentecinco mil vagas em cursos su-periores de tecnologia nasmais variadas áreas e cerca detrês mil para licenciaturas. Asprovas serão nos dias 3 e 4 deoutubro, a partir das 13 h (ho-rário de Brasília) e vão abran-ger as áreas de linguagens ecódigos, ciências da natureza,matemática e ciências huma-nas. O exame terá quatro pro-vas objetivas de múltipla es-colha, com 45 questões cadauma, e redação.

AlimentaçãoMais qualidade e diversida-

de na merenda escolar, au-mento da renda dos agriculto-res familiares e impulso naeconomia dos municípios sãoavanços proporcionados pelaLei n.º 11.947, de 16 de junhodeste ano. Regulamentadapela Resolução n.º 38/2009do Fundo Nacional de Desen-volvimento da Educação(FNDE), a lei estabelece novasregras para a alimentação es-colar. Uma das novidades é adeterminação de investir pelomenos 30% dos recursos des-tinados à merenda na comprade produtos da agricultura fa-miliar, sem necessidade de li-citação, desde que os preçosestejam compatíveis com os demercado. Serão beneficiados,inicialmente, 70 mil pequenosagricultores em todo o país. Osrecursos para a aquisição dealimentos devem chegar a R$600 milhões a cada ano.

CalendárioA Câmara dos Deputados

analisa o Projeto de Lei 4987/09, apresentado pelo deputa-do Edinho Bez (PMDB-SC),que fixa o início do ano letivobrasileiro no primeiro dia útilapós o Carnaval. De acordocom a Agência Câmara, o pro-jeto permite, no entanto, aadequação dessa data às pe-culiaridades locais, a critériodo respectivo sistema de en-sino. Atualmente, o ano leti-vo pode ser móvel e, na práti-ca, cada cidade ou cada esco-la pode iniciá-lo em qualquerdia, desde que respeite a car-ga mínima de 800 horas anu-ais distribuídas em, pelo me-nos, 200 dias. Edinho Bez ar-gumenta que, quando o calen-dário escolar começa no iní-cio de fevereiro, ocorre prejuí-zo em muitos municípios quevivem do turismo, com que-da de arrecadação e fecha-mento de postos de trabalho.

Cultura 13Jornal Nota 10 | agosto 2009

Escolas terão prioridade em BienalAlém das instituições de ensino, estudantes irão ter

acesso mais facilitado ao evento em Curitiba

O maior encontro daliteratura e de seus gran-des nomes com a capitalparanaense já tem datamarcada e vai priorizaro acesso de estudantes einstituições de ensino.Em contagem regressi-va, a 1.ª Bienal do Livrode Curitiba, que vai de27 de agosto a 4 de se-tembro, no Expo Uni-med Curitiba, terá o iné-

dito concei-to no Brasilde aliar cul-tura, educa-ção e meio

ambiente numa mesmaprogramação e espaço.

Muitas atrações mul-ticulturais que incluemliteratura, apresentaçõesteatrais e artísticas, dis-cussões e debates sobresustentabilidade e exibi-ção de filmes, além decursos de formação econgressos na área daeducação estão previs-tos.

A ideia é ofereceruma programação di-versificada, inédita erecheada de atrativospara enriquecer o con-teúdo curricular de alu-nos do ensino funda-mental, médio e supe-rior como benefíciopara todas as áreas doaprendizado. Os alunospoderão ter contato co-m os maiores autoresdo país e conhecer maissobre suas obras. Umespaço democrático ede muito conhecimen-to que terá reflexos nas

O Núcleo de Concursos da Univer-sidade Federal do Paraná (UFPR) jádefiniu o novo período de inscriçõespara o vestibular 2009-2010. As ins-crições para o processo seletivo come-çam no próximo dia 24 e terminam em30 de setembro.

Já a sétima edição da feira “UFPRCursos e Profissões” ocorrerá no meiodesse período, entre os dias 11 e 13 desetembro.

Tanto a feira quanto o calendáriodo vestibular da UFPR tiveram alte-rações de datas em decorrência da sus-pensão das aulas provocada pelo au-mento do número de casos de gripe A(H1N1) no estado.

O valor da taxa de inscrição do ves-tibular será o mesmo do ano passado:R$ 72. Candidatos “treineiros”, quenão concorrem efetivamente às vagas,pagam R$ 70.

Candidatos que não têm condiçõespara pagar a taxa podem solicitarisenção, entre os dias 14 e 18 de se-tembro. O resultado dos pedidos deisenção será conhecido no dia 25 desetembro.

Os detalhes das normas do proces-

UFPR define novas datas deinscrição ao vestibular

so seletivo serão divulgados pelo Nú-cleo de Concursos da UFPR na próxi-ma sexta-feira (7), quando será publi-cado o edital do vestibular.

As provas da primeira fase estãoprevistas para 15 de novembro. As dasegunda fase, para os dias 6 e 7 de de-zembro.

A feira “UFPR Cursos e Profissões”será das 8 às 18 horas, no câmpus Jar-dim Botânico da universidade, locali-zado na Avenida Prefeito LothárioMeissner, 632, em Curitiba. A entra-da é gratuita e dispensa inscrição pré-via.

atitudes das futuras ge-rações.

Para permitir esteacesso das instituiçõesde ensino ao evento, aorganização criou umagendamento especial.As informações comple-tas de como garantirpresença na 1.ª Bienal deCuritiba podem serconferidas no site www.bienaldolivrocuritiba.com.br, com CristianeScheffer, pelo telefone(41) 3340-4349 ou [email protected].

As provas da 1.ª fase serão em novembro.

14Literatura

O autismo é outra história

Nelci GuimarãesLivro-reportagem sobre a realidade do autismona cidade de Curitiba: histórias de vida, relatospessoais, profissionais e depoimentos médicos.Para mostrar o modo singular do autismo, aautora vale-se da descrição de pessoas, de ce-nários, e, evocando recursos de Jornalismo eLiteratura, traça um caminho cronológico nashistórias contadas, que se materializam na mente doleitor, com o objetivo de que o fato chegue com mais riqueza de da-dos.

Jornal Nota 10 | agosto 2009

A infância perdida – Comoorientar nossas crianças naera da sexualidade precoceDiane E. Levin e Jean KilbourneEditora Gente

O livro pretende nortear os interessados sobresexualidade precoce e apresentar propostaspara abordar o tema com os leitores. A leituraé voltada para pais e profissionais da educa-

ção e da saúde e traz temas como infância perdida, brin-quedos com apelo erótico, assédio sexual, como falar de sexo com crianças,o sexo e a internet, o papel decisivo dos pais na formação dos filhos, e discu-te de uma forma objetiva e com exemplos o que a criança pode assistir naTV, quais atividades destinadas às crianças e aos adolescentes podem serconstrutivas e não apelativas.

O que o jovem quer da vida?William DamonSummus Editorial

Utilizando os resultados de uma ampla pesqui-sa de campo sobre projetos vitais na juventude,William Damon, um dos maiores pesquisado-res norte-americanos na área da juventude, in-vestiga um assunto de extrema importâncianos dias de hoje: por que tantos jovens nãoconseguem vencer na vida? Eles moram com os paispor mais tempo que o necessário, penam para passar da adolescênciapara a vida adulta e não conseguem encontrar um objetivo de vida que osentusiasme. E o que contribuiria para mudar essa situação?

Uma nova escuta poética daeducação e do conhecimento:Diálogos com o Prigogine,Morin e outras vozesSeverino AntônioPaulus Editora

A crise – da sociedade, da civilização, da cultu-ra – é feita de muitas outras, em todos os cam-pos da existência, e uma das maiores devasta-

ções é quando as coisas perdem o sentido, a essência. Este livropretende ser uma ferramenta de recriação desse sentido, poetizando o pe-dagógico, a vida e a esperança. A obra consta de pequenos ensaios interliga-dos, interdependentes, e conta com o pensamento de grandes estudiosos,como as epígrafes de Drummond, Adorno, Morin, Prigogine, Walter Benja-min, Bachelard, entre outros.

Agenda

O Solar do Rosário exibe, até o dia16 deste mês, fotos de Ron Beam,que tem o dom de produzir imagensque vão além do campo visual. Mui-tos dos seus trabalhos têm sido cha-mados de “poesia visual”. De fato eledenomina sua arte de “Fotos Líricas”- como sons abstratos das conversasda vida.

Diferente de outros fotógrafos,Ron limita drasticamente o númerode reproduções de suas imagens, deforma a valorizar as obras adquiri-das. Apenas cinquenta reproduçõessão impressas e autenticadas, e aimagem original não é mais serreproduzida.

Exposição mostra “Curitiba e seu povo trabalhador”Nascido em Ohio, Estados Uni-

dos, em 1948, Ron estudou fotogra-fia na Universidade do Estado deOhio antes de começar a produzirseus retratos. Mudou-se para Curi-tiba em 2004.

Serviço:

Galeria de Arte Solar do Rosário

Exposição: até 16/08/2009

Endereço: Rua Duque de Caxias,04, Curitiba – PR

Telefone: (41) 3225-6232

www.solardorosario.com.br

EXPEDIENTE: Jornal Nota 10 – Um veículo da Nota 10 Publicações. Circulação: Distribuição gratuita em escolas públicas e particulares do Paraná, sempre a partir do dia 10 decada mês. Redação: R. Desembargador Westphalen, 824 - sala 4 – CEP 80.230-100. Telefone/Fax: (41)3233-7533. E-mail: [email protected] Editor e jornalista responsável:

Helio Marques - MTb 2524. Revisão: Andréa Maria de Carvalho Marques. Colaboração: Déborah Ferragini. Diagramação: Simone Tatarem.

15Artigo de opinião Jornal Nota 10 | agosto 2009

AnemiaAlimentação inadequada

e falta de informação contri-buem para um problema degrandes proporções no Bra-sil: a anemia infantil. Esti-ma-se que 45% das criançasbrasileiras, de até 5 anos,apresentem esse quadro, emtodas as classes sociais (da-

dos do Fundo das NaçõesUnidas para a Infância -Unicef). Como medida pre-ventiva, o governo obrigaque as farinhas sejam en-riquecidas com ferro, porémespecialistas alegam quenem sempre a qualidadedesse nutriente é fiscalizada.

Cartas dos leitoresEstou sempre atenta nas informações quevocês trazem para o meio escolar e agora coma gripe A, mais ainda, pois nós que trabalha-mos em escolas estamos muito preocupadoscom os acontecimentos e buscamos sempre asinformações mais atualizadas.

Maria Carolina Campos,São José dos Pinhais (PR).

O videogamee as crianças

Minha filha de 7 anos per-

gunta ao meu pai:

- Vô, é verdade que quando o

senhor era criança não havia

televisão em sua casa?

Meu pai responde que sim.

Intrigada, ela devolve:

- Então, onde vocês jogavam

videogame?

Este simples diálogo exibe a

distância imensa entre gerações

em relação aos avanços

tecnológicos e mostra por que

nós, pais, precisamos entender e

dosar de forma correta o uso

destas tecnologias. O

videogame, como a maioria das

tecnologias desta geração, pos-

sui vários atributos positivos.

Mas possui também alguns atri-

butos negativos, principalmen-

te causados pelo uso excessivo ou

pela falta de controle dos pais. A

solução não é afastar tudo de

nossos filhos, pois nesse caso eles

não serão felizes em nossa soci-

edade.

No caso do videogame, pode-

mos resumir dois grandes aspec-

tos a serem observados. Primei-

ro, em relação ao tipo do jogo:

com qual ensinamento ou costu-

me seu filho sairá depois de jo-

gar por algumas horas determi-

nado game? Para esta análise,

faça você mesmo um teste-drive

com o game escolhido. Utilize-o,

sinta-o. Depois de uma ou duas

horas, faça uma análise de tudo

que você aprendeu e sentiu. Ava-

lie se deseja ou não tudo isto para

o seu filho.

O segundo aspecto é em re-

lação ao tempo diário de uso. Ele

deve ser muito bem dosado com

os outros afazeres da criança.

Esta atividade deve competir -

com pesos e prioridades diferen-

tes na agenda - com os esportes,

com a lição de casa, com o rela-

cionamento com a família, com

as brincadeiras entre amigos, ou

seja, uma ou duas horas em al-

guns dias da semana. Não acon-

selho que o videogame seja usa-

do diariamente. Ele pode ser tra-

balhado duas ou três vezes por

semana e em eventos especiais,

tais como aniversários ou reuni-

ões de amigos.

Os pais devem procurar um

equilíbrio para conseguir apro-

veitar o melhor da tecnologia

sem sofrer com as consequências

que seu uso desregrado pode

causar a seus filhos. Em

contrapartida, devem incentivar

a prática de esportes e ativida-

des físicas, pois, desta forma, es-

tarão criando uma criança com

hábitos saudáveis, além de pre-

venir as consequências que uma

vida sedentária pode causar.

Uma solução tecnológica in-

teressante é o Wii, um tipo de

videogame que tenta tirar o

sedentarismo que os modelos

tradicionais trazem para os nos-

sos jovens. Esta inovação conse-

gue tirar crianças e até os adul-

tos mais sedentários do sofá,

além de conseguir integrar mui-

to bem os pais com os filhos, pois

trazem em seu portfólio de jogos

opções de esportes que agradam

a ambos, tais como boliche, tê-

nis, futebol, entre outros. Porém,

como toda grande inovação de-

vemos estar atentos para um

ponto negativo que vem intri-

gando principalmente os

ortopedistas. São lesões causa-

das pelo uso excessivo ou até pelo

uso sem um pré-alongamento ou

pré-aquecimento, principalmen-

te em adultos sedentários que de

um dia para o outro se empol-

gam com o novo videogame, vi-

sando bater recordes e vencer

jogos em disputa com amigos e

até filhos.

Wagner Marcelo SanchezDiretor acadêmico da

Faculdade e Colégio Módulo

e especialista em educação.

[email protected]

Eu faço estágio em uma assessoria de impren-sa e aprendi a gostar muito do conteúdo doNota 10. Todos os dias visito vários portais.Mas nem todos têm essa dinâmica ao repas-sar a notícia e também a imparcialidade comas mesmas. Parabéns!

Daiana Geremias,Curitiba (PR).

Quando bate a fome é muito comum as pessoas aderi-rem a lanchinhos degustados em frente ao computador.Bolachas, bolos e sanduíches são, geralmente, quitutescheios de farelos e com 90% de chances de cair entre os

vãos do teclado. Uma pesquisa re-cente feita pela universidade cari-oca Gama Filho confirmou que ohábito também é responsável pelagrande proliferação de micróbiosque há no teclado.

Teclado

LeiteTomar leite diariamente pode reduzir de

15% a 20% suas chances de morrer por pro-blemas cardiovasculares, como doençacoronariana cardíaca e derrame, segundo es-tudo da Universidade de Reading, no ReinoUnido. De acordo com os pesquisadores, oleite tem sido, muitas vezes, retratado namídia como um alimento pouco saudável,mas ele possui diversos benefícios.

DiabetesA obesidade pode causar

o diabetes tipo 2 (resistênciaà insulina), induzindo umapane no sistema de defesa docorpo. E drogas antialérgicaspodem prevenir e tratar adoença em indivíduos acimado peso, indica uma desco-

berta simultânea de quatrogrupos de pesquisa. Numainiciativa conjunta, todospublicaram seus estudos nosite na revista “NatureMedicine”, revelando o re-sultado de experimentos fei-to com camundongos.