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  • Documentos de Orientao DGOTDU 03/2007

    Guia das Alteraes ao Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial

    Introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de SetembroOutubro 2007

  • Ficha Tcnica

    Ttulo

    Guia das Alteraes ao Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto TerritorialIntroduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de Setembro

    Coleco

    Documentos de Orientao 03/2007Outubro de 2007

    Propriedade da DGOTDU Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano, 2007Reservados todos os direitos de acordo com a legislao em vigor

    Entidade responsvel pela edio

    Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

    Autores

    Ana Cristina Catita, Gabinete do Secretrio de Estado do Ordenamento do Territrio e das Cidades Isabel Moraes Cardoso, ConsultoraMaria Jos Morgado, Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento UrbanoSandra Guerreiro, Gabinete do Secretrio de Estado do Ordenamento do Territrio e das CidadesVirgnia Ferreira de Almeida, Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

    Design grfico

    Vitor Higgs

    Impresso e acabamento

    Xcut, Publicidade e Imagem, Lda

    Tiragem

    1000 exemplares

    ISBN

    978-972-8569-40-2

    Depsito Legal

    267416/07

    Quaisquer pedidos de esclarecimento, observaes ou sugestes, relativos presente publicao devem

    ser dirigidos a DGOTDU, a/c Diviso de Divulgao e Comunicao, Campo Grande, 50, 1749-014 LISBOA,

    tel. 21.782.50.00, endereo electrnico: [email protected].

  • ndice

    Abertura 7

    Nota de Apresentao 9

    1. Introduo 11

    2. Sintesedescritivaejustificativadasalteraesmaisrelevantes 15

    2.1 Noo, objectivos, contedo e tramitao procedimental dos instrumentos de gesto territorial 15

    2.1.1 Programa nacional da poltica de ordenamento do territrio 15

    2.1.2 Planos sectoriais de ordenamento do territrio 16

    2.1.3 Planos especiais de ordenamento do territrio 17

    2.1.4 Planos regionais de ordenamento do territrio 19

    2.1.5 Planos intermunicipais de ordenamento do territrio 20

    2.1.6 Planos municipais de ordenamento do territrio 20 2.1.6.1 Elaborao e acompanhamento do plano director municipal 20

    2.1.6.2 Elaborao e acompanhamento dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor 22

    2.1.6.3 Concertao nos planos municipais de ordenamento do territrio 23

    2.1.6.4 Discusso pblica nos planos municipais de ordenamento do territrio 24 2.1.6.5 Aprovao dos planos municipais de ordenamento do territrio e ratificao governamental 24

    2.1.6.6 Objecto e contedo dos planos municipais de ordenamento do territrio 25

    2.1.6.7 Modalidades especficas de plano de pormenor 27

    2.2 Efeitos registais dos planos de pormenor 27

    2.3 Dinmica dos instrumentos de gesto territorial 30

    2.4 Medidas preventivas dos planos municipais de ordenamento do territrio 31

    2.5 Operaes de reparcelamento 31 2.6 Contratos para planeamento 32

    3. Anlise comparada do articulado do RJIGT com as novas alteraes introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de Setembro 33

    4. Perguntas mais frequentes 93

  • Anexo Diagramas de procedimentos e notas explicativas PEOT - Plano Especial de Ordenamento do Territrio III Diagrama de Procedimentos

    PROT - Plano Regional de Ordenamento do Territrio IV Diagrama de Procedimentos

    PIOT - Plano Intermunicipal de Ordenamento do Territrio V Diagrama de Procedimentos

    PMOT - Plano Municipal de Ordenamento do Territrio - suspenso VI Diagrama de Procedimentos

    MP - Medidas Preventivas VII Diagrama de Procedimentos

    PDM - Plano Director Municipal - elaborao e reviso VIII Diagrama de Procedimentos Nota explicativa X

    PDM - Plano Director Municipal - alterao XVI Diagrama de Procedimentos Nota explicativa XVIII

    PU/PP - Plano de Urbanizao /Plano de Pormenor XXIV Diagrama de Procedimentos Nota explicativa XXV

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    Documentos de Orientao DGOTDU 03/2007

    Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

    Abertura

    Acredibilizaodosistemadeplaneamentoterritorial,objectivofirmedoXVIIGoverno,implicou,entre outras medidas, a reviso de diversos aspectos do Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de Setembro, quedesenvolveasbasesdapolticadeordenamentodoterritrioedeurbanismoedefineoregimejurdico dos instrumentos de gesto territorial.

    Osmotivosquejustificamasalteraesefectuadaseosprincpiosquepresidiramaessamudanaencontram-se expressos no prembulo do novo diploma, o Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de Se-tembro.

    Deumpontodevistapoltico,descentralizao,responsabilizao,simplificaoetransparnciaso as palavras-chave das alteraes operadas.

    Uma repartio mais clara e diferenciadora de atribuies e de responsabilidades entre o Estado easAutarquiasLocais,umacoordenaomaiseficienteentreserviosdaadministraopblicae,porltimo,processosdedecisobaseadosemprocedimentosmaisconcentradosesimplificadosdeveropermitircompatibilizarodesejvelgraudeexignciadosprocessosdeplaneamentocomos tempos prprios de decisores pblicos e privados de sociedades modernas e democrticas.

    Na verdade, inaceitvel, porque desresponsabilizante, que os prazos de elaborao e aprovao de um plano municipal de ordenamento do territrio excedam o perodo de quatro anos para o qual so eleitas as equipas autrquicas.

    tambm inaceitvel, porque irresponsvel, inviabilizar a concretizao de bons projectos apenas porqueprocessosinjustificadamentelentosecomplexosdesmotivamosseuspromotores.

    As alteraes introduzidas no regime jurdico de instrumentos de gesto do territrio no o colocam em causa, antes o aperfeioam. Os ensinamentos de cerca de oito anos de prtica de elaborao e aprovaodeplanoseaassumpodeumparadigmadeintervenopblicabaseadonaconfianaenaresponsabilizaodosvriosactoresenvolvidospermitemenriqueceraversoanterior,reafir-mando os aspectos comprovadamente adequados mas alterando aqueles que exigem actualizao.

    O pleno aproveitamento de tais alteraes implica uma resposta informada, coordenada e coerente de todos os actores envolvidos nos processos de planeamento territorial. Neste contexto, e para que a aplicao do Decreto-Lei n. 316/2007 seja bem sucedida, foi preparado este Guia informativo, pedaggico e de apoio e orientao tcnica.

    Lisboa, Outubro de 2007

    Joo Ferro Secretrio de Estado do Ordenamento do Territrio e das Cidades

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  • Guia das Alteraes ao Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto TerritorialIntroduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de Setembro

    Documentos de Orientao DGOTDU 03/2007

    Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

    Nota de apresentao

    O presente Guia tem por objectivo esclarecer os principais actores da gesto territorial sobre os objectivosestratgicoseasfinalidadesquesoperseguidaspelasrecentesalteraesaoRegimeJurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial, introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de Setembro.

    ApublicaodoGuianasequnciadirectadaentradaemvigordaquelesdiplomasinauguraumaprtica que se deve tornar normal e que consiste em fazer acompanhar qualquer nova legislao da publicao de documentos de orientao doutrinria ou metodolgica que contribuam para um entendimento uniforme e uma aplicao esclarecida dos textos legais. Esta prtica insere-se no exerccio das responsabilidades da DGOTDU enquanto autoridade tcnica nacional de ordenamento do territrio e de urbanismo.

    O documento tem por destinatrios primordiais os eleitos e os tcnicos da Administrao local, a quem cabe a responsabilidade de promover e conduzir a elaborao e execuo dos planos munici-pais de ordenamento do territrio (PMOT), e os tcnicos da Administrao central que participam na elaborao e reviso dos instrumentos de desenvolvimento territorial e dos instrumentos de naturezaespecialouqueintervmnaelaborao,revisoealteraodosPMOT.

    Complementarmente,odocumentodirige-seaostcnicosparticularesqueintervmnasacesdegesto territorial e ao restante universo de entidades pblicas, organizaes e pessoas interessadas nestasmatrias.Refernciaespecialparaosestudantesdoensinosuperiorquefrequentamcursosnasreascientficasdeinteresseparaoordenamentodoterritrioeourbanismo,paraquemestetipo de documentos constitui um importante auxiliar de formao.

    A DGOTDU est a preparar diversas iniciativas destinadas a promover um melhor conhecimento do quadro legal e regulamentar do ordenamento do territrio e do urbanismo e, desse modo, a contribuir para prticasmais qualificadas e competentes de gesto territorial. Estas iniciativascompreendem aces de informao e de formao. O presente Guia tambm um instrumento para essas iniciativas.

    Termino formulando o agradecimento da DGOTDU aos autores materiais do Guia e o voto de que a sua utilizao possa contribuir decisivamente para que sejam alcanados os objectivos perseguidos com a sua elaborao.

    DGOTDU, Outubro de 2007

    Vitor Campos Director-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

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    1. Introduo

    A alterao introduzida pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de Setembro, ao Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial1(RJIGT),concretizaamedidadoSIMPLEX072 que preconiza a revisodoDecreto-Lein.380/99comoobjectivodesimplificareflexibilizarosprocessosdeor-denamento do territrio.

    Os impactos esperados da reviso incidem em dois nveis. Ao nvel do procedimento, na maior ce-leridade dos processos de elaborao e aprovao dos instrumentos de gesto territorial. Ao nvel substancial,namaiorflexibilidadedoscontedosdosplanosmunicipaisdeordenamentodoterrit-rio, susceptvel de obstar s permanentes necessidades de alterao ou suspenso motivadas pela dinmica do desenvolvimento econmico e social.

    Comefeito,acapacidadedosistemadegestoterritorialresponderdeformaeficienteeatempadas necessidades de desenvolvimento e mutabilidade da realidade que se lhe encontra subjacente constitui o objectivo fundamental a que o sistema dever dar resposta. Os problemas colocados pelo ordenamento do territrio so, por natureza, dinmicos e a forma do sistema os resolver tem necessariamentede ser capazde corresponder, demodoeficiente, a essedinamismo.O factortempo, conjugado com a diversidade do interesse pblico subjacente s opes de planeamento, constitui um aspecto fundamental do desenvolvimento territorial, que as regras institudas e as prticastcnicaseadministrativastmnecessariamentedeteremconta.

    A alterao introduzida no RJIGT pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de Setembro, tem por ob-jectivogeraloreforodaeficinciadosprocessosdeordenamentodoterritrioe,por isso,daoperatividade do sistema.

    As alteraes introduzidas assentam em quatro vectores essenciais:

    1. Simplificao de procedimentos;

    2. Descentralizao de competncias para os municpios, associada correspondente responsabilizao e desconcentrao de competncias no mbito dos servios e entidades da Administrao central;

    3. Reforo dos mecanismos de concertao dos interesses pblicos e destes com os inte-resses privados subjacentes aos processos de planeamento;

    4. Clarificao e diferenciao de conceitos e de instrumentos de interveno.

    Estesquatrovectoresconcorrem,assim,paraoobjectivodaeficinciadosprocessosdeplanea-mento,mastambm,emtermosderesultados,paraaqualificaodasprticastcnicaseadminis-trativas e dos prprios instrumentos de gesto territorial.

    1 Previamente alterado pelo Decreto-Lei n. 53/2000, de 7 de Abril, pelo Decreto-Lei n. 310/2003, de 10 de Dezembro, pela Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro, e pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto.2 ProgramadeSimplificaoAdministrativaeLegislativa.

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    A oportunidade da presente alterao manifesta no quadro das dinmicas de elaborao dos ins-trumentos de gesto territorial da responsabilidade da Administrao central. Encontram-se apro-vados o Programa Nacional da Poltica de Ordenamento do Territrio e a reviso do Plano Regional de Ordenamento do Territrio do Algarve, e esto em elaborao quatro planos regionais de ordena-mentodoterritrio-Alentejo,Norte,OesteeValedoTejoeCentro-,queiroestabeleceroquadroderefernciaestratgicadelongoprazoquepermiteaosmunicpiosdefiniremassuasopesdedesenvolvimento e gesto territorial no mbito do processo generalizado de reviso dos respectivos planos directores municipais.

    As alteraes agora introduzidas no RJIGT so, por isso, essenciais para o enquadramento do proces-so de reviso dos planos directores municipais, propsito que se completa com a prxima reviso da portaria que regula a constituio, a composio e o funcionamento da comisso que acompanha a elaborao ou reviso do plano director municipal.

    O Decreto-Lei n. 316/2007 procede, tambm, adaptao do regime geral relativo avaliao ambiental de planos e programas, avaliao ambiental dos instrumentos de gesto territorial, contido no Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de Junho, tendo como objectivo introduzir nos pro-cedimentos de elaborao e aprovao dos instrumentos de gesto territorial o procedimento de avaliaoambientalrespectivo,obedecendoaocitadovectordasimplificaoprocedimental.

    adaptado o regime geral da avaliao ambiental de planos e programas aos procedimentos espe-cficosdeelaborao,acompanhamentoeaprovaodosinstrumentosdegestoterritorial,man-tendo-se a aplicao subsidiria do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de Junho, em tudo quanto no forobjectoderegulaoespecficanombitodoRJIGT.

    Uma vez que os vectores que norteiam a alterao ao RJIGT so transversais ao procedimento de elaborao e alterao dos instrumentos de gesto territorial, em especial dos planos municipais deordenamentodoterritrio,asmodificaesintroduzidasemmatriadeavaliaoambiental,contedo documental dos planos, elaborao e acompanhamento, concertao e discusso pblica, incidemsobretodososinstrumentosdegestoterritorial,emboracomespecificidadesdecorrentesdanaturezaefunodecadatipodeplano,explicitadasnasntesejustificativasubsequente.

    Justifica-seumaalusoparticularfundamentaodasalteraesintroduzidasnoprocedimentode elaborao e acompanhamento dos planos sectoriais de ordenamento do territrio. As modi-ficaes introduzidaspartemdaverificaodequepoucos soosplanosque, sendomaterialesubstantivamente planos sectoriais - instrumentos que programam ou concretizam as polticas de desenvolvimentoeconmicoesocialcomincidnciaespacial,determinandoorespectivoimpacteterritorial - obedecem, do ponto de vista orgnico e formal, tramitao procedimental prevista no RJIGT e, por isso, aos princpios que se lhe encontram subjacentes, designadamente em matria de coordenao de interesses e de intervenes3 e de participao pblica.

    Assim, pretendeu-se agilizar o procedimento de elaborao destes planos e torn-lo mais autnomo por parte da entidade sectorial competente, sem perder de vista a necessria articulao com os

    3 Cfr., a propsito da coordenao de intervenes, os arts. 20. a 22. do RJIGT, e, em especial, em matria de coordenao interna quanto aos planos sectoriais, o art. 38., n. 3, do RJIGT.

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    demais instrumentos de gesto territorial, em especial, com os instrumentos de mbito municipal, de forma a garantir-se a necessria coordenao de intervenes.

    No que respeita aos planos municipais de ordenamento do territrio, salientam-se as alteraes queconcretizamovectordadescentralizaodecompetnciasparaosmunicpios,associadacorrespondente responsabilizao, em dois aspectos principais. O primeiro, por via do carcter ex-cepcionaldaratificao,unicamente,doplanodirectormunicipalquandoincompatvelcomplanosectorial ou plano regional de ordenamento do territrio, e da eliminao do registo com funes de controlo de legalidade. O segundo, no domnio das relaes com as comisses de coordenao e de-senvolvimento regional, concretizado no carcter facultativo do acompanhamento destes planos.

    Aresponsabilizaomunicipalassociadasimplificaodeprocedimentosquejustificaaalteraodoregimedaratificaogovernamentaleaeliminaodoinstitutodoregistodosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritrio(PMOT)comfunesdecontrolodelegalidade,sodasmodificaesmaissignificativasdapresentealteraolegislativa.

    As alteraes introduzidas na comisso que acompanha a elaborao dos planos especiais e do plano director municipal (PDM) - planos vinculativos dos particulares cujo acompanhamento efectuado porcomisso-justificam-seporrazesdeeficincia.Comosesalientanoprembulodaalteraoao RJIGT, a avaliao do funcionamento das comisses mistas de coordenao que acompanham a elaboraodaquelesplanospermitiuverificarquearespectivacomposio,demasiadoalargadae,por isso, pouco operativa, no permitiu alcanar os objectivos de coordenao de interesses que se encontravam subjacentes sua previso.

    Para alm da alterao da designao - passam a designar-se comisses de acompanhamento dei-xam de incluir representantes dos interesses econmicos, sociais, culturais e ambientais.

    Verificou-sequeostrabalhosdascomissesqueacompanhamosplanosconsistem,namaiorpartedos casos, no debate e anlise de questes de carcter essencialmente tcnico. Ora, a tnica e a natureza das preocupaes dos representantes privados dos interesses econmicos, sociais, cultu-rais e ambientais no se prendem com o debate tcnico, mas, em regra, com questes estratgicas, de carcter mais global e abrangente, sendo pouco operacional a anlise e o debate de questes de natureza diferente num mesmo frum.

    Tambm a adopo, no mbito do acompanhamento destes planos, do modelo de deciso em con-fernciadeserviosjustificaaalteraoefectuada,umavezquearepresentaodeinteressesprivados pouco coerente com este mecanismo.

    Osrepresentantesprivadosdosinteresseseconmicos,sociais,culturaiseambientaisnovem,no entanto, cerceadas as suas possibilidades de interveno por meio do direito de participao ao longo de todo o procedimento de elaborao dos planos, nos termos e com o contedo previsto no art. 6. do RJIGT, em especial no decurso do perodo de participao preventiva e de discusso pblica.

    Distingue-se, assim, a comisso que acompanha a elaborao dos planos que no so vinculativos dos particulares, designada comisso consultiva, da comisso de acompanhamento, quer em funo da respectiva composio (uma vez que a comisso consultiva integra representantes dos interesses

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    econmicos, sociais, culturais e ambientais) quer da forma de funcionamento, j que comisso consultivanosoaplicveisasnormasrelativasconfernciadeservios.

    Em matria de reforo de mecanismos de participao privada, refere-se a expressa admissibilidade e a regulao dos contratos para planeamento, de utilidade manifesta no s para enquadrar as actuaes administrativas correntes mas tambm como reconhecimento das suas virtualidades en-quanto forma adequada de conciliar interesses pblicos e privados e de operacionalizar a execuo dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor, responsabilizando os seus destinatrios pela concretizao das operaes neles previstas.

    A republicao do RJIGT contempla, ainda, as alteraes entretanto introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, que impe a obrigao, em prazos determinados, de transcrio di-gital georreferenciada e disponibilizao na Internet dos planos municipais de ordenamento do territrio.

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    2. Sntesedescritivaejustificativadasalteraesmaisrelevantes

    2.1 Noo, objectivos, contedo e tramitao procedimental dos instrumentos de gesto territorial

    2.1.1 Programa Nacional da Poltica de Ordenamento do Territrio

    As alteraes introduzidas no regime do Programa Nacional da Poltica de Ordenamento do Ter-ritrio4 (PNPOT), com excepo de uma alterao pontual no art. 30., n. 15, atravs da qual se procede actualizao da entidade qual compete, no mbito do Governo, a coordenao da elaborao do PNPOT ministro responsvel pelo ordenamento do territrio - incidem sobre a fase da concertao e o perodo da discusso pblica.

    Em matria de concertao, a alterao introduzida no regime do PNPOT obedece ao propsito desimplificaoprocedimental,eliminando-seafasedenovospareceresescritosapsaemissodoparecerfinaldacomissoconsultiva,dadoqueasrazesdaobjecopropostadeProgramajhaviamsidoexpostasnaqueleparecerfinal,nosejustificandoumnovoperodode30diaspara reiterar as razes da discordncia.

    Em simultneo, a alterao tem por base uma opo de carcter substantivo que consiste em antecipar a concertao de interesses para a fase de elaborao e acompanhamento da proposta do PNPOT (art. 32., n. 1). Esta opo apresenta inegveis vantagens, quer do ponto de vista da celeridade procedimental quer da construo de solues mais partilhadas, porquanto se pretende que ao longo do procedimento de acompanhamento, em sede de comisso consultiva ou de comisso de acompanhamento, as entidades pblicas nelas representadas contribuam, de forma propositiva, para os trabalhos de elaborao do Programa.

    Assim, a realizao da concertao, enquanto fase procedimental autnoma, passa a revestir natureza facultativa, por deciso da entidade responsvel pela elaborao de cada instrumento de gesto territorial, e a concretizar-se por meio de reunies de concertao, a realizar no prazo de20diasapsaemissodoparecerfinaldacomissoconsultiva(art.32.,n.2).Acircuns-tncia de a lei apontar para a concretizao da concertao de interesses atravs da realizao de reunies de concertao, no impede a entidade responsvel pela elaborao do PNPOT de promoveroutrasdilignciasqueentendaadequadasasanarasobjecesquehajamsidoformu-ladasemsededeparecerfinal.

    Considerando a natureza mnima dos prazos previstos no RJIGT em matria de inqurito pblico, optou-se por reduzir o perodo de anncio prvio do inqurito pblico, que passa a ser de 5 dias6, e a durao mnima do inqurito pblico que passa de 60 para 44 dias.

    4 Aprovado pela Lei n. 58/2007, de 4 de Setembro.5 TodasasnormasatributivasdecompetnciasaosmembrosdoGovernoexistentesnoRJIGTforamactualizadas,tendo-se optado pela designao de ministro responsvel pelas rea de atribuies do respectivo ministrio, o que evita a desactualizao do diploma em funo de eventual alterao da orgnica governativa.6 Todos os prazos respeitantes ao inqurito pblico so prazos de natureza administrativa que se contam em dias teis, nos termos do art. 72. do Cdigo do Procedimento Administrativo.

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    2.1.2 Planos sectoriais de ordenamento do territrio

    No art. 35., alnea a), substituda a expresso cenrios de desenvolvimento respeitantes aos diversos sectores, por planos, programas e estratgias , o que designa de forma ade-quada as diversas modalidades que enquadram os instrumentos de programao ou de concre-tizaodasdiversaspolticascomincidncianaorganizaodoterritrio.

    Em matria de avaliao ambiental, os planos sectoriais podem ou no encontrar-se sujeitos a procedimento de avaliao (art. 3. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de Junho).

    Trata-se, consoante o plano sectorial, de determinar se o mesmo constitui enquadramento para afuturaaprovaodeprojectos,sendosusceptveldeterefeitossignificativosnoambiente(art. 3., alneas a) e c), daquele diploma7) , cabendo entidade responsvel pela respectiva elaborao proceder averiguao se o plano se encontra sujeito a avaliao ambiental.

    Para este efeito, a entidade responsvel pode promover a consulta das entidades s quais, emvirtudedas suas responsabilidades ambientais especficas,possam interessar osefeitosambientais resultantes da aplicao do plano (alnea g) do n. 2, e n.os 4 e 5, do art. 38., do RJIGT).

    Os pareceres solicitados para efeitos de determinao da necessidade de avaliao e, em caso afirmativo,sobreombitodaavaliaoeainformaoaincluirnorelatrioambientalsoemitidos no prazo de 15 dias (art. 38., n. 6, do RJIGT) e, tal como resulta do regime geral da avaliao ambiental (art. 3., n. 4), podem no ser considerados, caso sejam emitidos aps esse prazo8 .

    Quando o plano sectorial se encontra sujeito a avaliao ambiental, o relatrio ambiental, elaboradonostermosdoDecreto-Lein.232/2007,de15deJunho,ecomocontedoafixado(art. 6.), passa a fazer parte do respectivo contedo documental, acompanhando o plano.

    Na ptica de autonomia da entidade competente, a elaborao dos planos sectoriais deixa de ser determinada por Resoluo do Conselho de Ministros, passando a competir unicamente ao ministro competente em razo da matria por meio de despacho (art. 38., n. 2, do RJIGT).

    O procedimento contido no RJIGT passa a revestir natureza mnima no que se refere aos actos e formalidades a praticar em sede de elaborao, acompanhamento e participao, podendo odespachoquedeterminaaelaboraodoplanosectorialpreveroutrasexignciasprocedi-mentais ou de participao em funo da complexidade da matria ou dos interesses a salva-guardar (art. 38., n. 2, alnea f), do RJIGT).

    7 So os planos e programas referidos no art. 3., n. 1, alnea c), do diploma referido planos e programas em sectores no abrangidos pela alnea a) do mesmo nmero e os planos e programas includos nesses sectores mas que constituem enquadramento para projectos que no so mencionados nos anexos I e II do Decreto-Lei n. 69/2000, de 3 de Maio.8 Significa esta formulao legal que os pareceres emquesto so obrigatrios,mas queno tmque ser ponderadospela entidade responsvel pela elaborao do plano se emitidos uma vez decorrido o prazo (art. 99., n. 3, do Cdigo do Procedimento Administrativo).

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    9 Cfr.supran.20,quantoaocarctermnimodasexignciasprocedimentaisprevistasnalei.10 Art. 42., n. 2, do RJIGT.

    O acompanhamento da elaborao dos planos sectoriais deixa de ser efectuado atravs da comisso mista de coordenao, sendo garantido atravs da consulta e emisso de parecer da comisso de coordenao e desenvolvimento regional competente, das entidades ou servios da Administrao central representativos dos interesses a ponderar e das cmaras municipais das autarquias abrangidas (art. 39., n. 1, do RJIGT).

    A entidade responsvel pela elaborao do plano sectorial pode optar pela emisso dos pare-ceres (incluindo os pareceres sobre o relatrio ambiental das entidades s quais, em virtude das suas responsabilidadesambientaisespecficas, seja susceptvelde interessarosefeitosambientaisresultantesdaaplicaodoplano)emconfernciadeservios,qualseaplicao novo art. 75.-B do RJIGT em matria de vinculao das entidades e servios presentes na confernciapormeiodaposiomanifestadapelorespectivorepresentante,substituiodeparecereseomissodeconcordnciaexpressaoufaltadecomparnciaconferncia.

    Atentaaespecificidadedosplanossectoriaisnombitodosistemadegestoterritorial,noseprev,aindaquefacultativa,afasedeconcertao,oquenosignifica,porm,queaentidaderesponsvel se encontre impedida9 depromoverdilignciassuplementarescomvistaaalcanaruma soluo concertada com as entidades que hajam emitido pareceres desfavorveis.

    2.1.3 Planos especiais de ordenamento do territrio

    Elimina-se do contedo material dos planos especiais de ordenamento do territrio (PEOT) a refernciafixaodeusos,porseentenderqueosplanosespeciaisdevemconterregimesdesalvaguardaderecursosevaloresnaturaisenoclassificarequalificarousodosolo,porviaquerdaalteraodepermetrosurbanosdefinidosnosinstrumentosdeplaneamento,querdadefiniodascategoriassquaisseencontramassociadasutilizaeseparmetrosdeocupa-o so meramente planos de salvaguarda de recursos e valores naturais.

    Os planos especiais de ordenamento do territrio, por estabelecerem regimes de salvaguarda derecursosevaloresnaturais,assegurandoapermannciadossistemasindispensveisutili-zao sustentvel do territrio10, encontram-se contemplados no art. 3., n. 1, alnea a), do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de Junho, estando, por isso, sujeitos a avaliao ambiental.

    Da a incluso, no contedo documental dos planos especiais, do relatrio ambiental com o contedo previsto no art. 6. do regime relativo avaliao ambiental de planos e programas (art. 45., n. 2, alnea b), do RJIGT).

    A elaborao dos planos especiais passa a ser determinada por despacho do ministro compe-tente em razo da matria, prevendo-se que, por meio de Resoluo do Conselho de Ministros, sejam estabelecidos os critrios para a composio da comisso de acompanhamento para todos os PEOT (art. 46., n.os 1 e 2, do RJIGT).

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    Atentososinteressespblicosespecficosdecarcterambiental11 que so prosseguidos atravs daactualtipologialegaldeplanosespeciais,justifica-sequeadecisodeelaboraodoplanopertena ao membro do Governo responsvel pelo domnio em questo.

    referidaResoluodoConselhodeMinistroscabedefinir,emfunodatipologiadeplanosedos objectivos que prosseguem, os critrios de composio da comisso de acompanhamento, osquaisdevempermitiridentificarasentidadeseosserviosdaAdministraodirectaeindi-rectadoEstadoque,atentasasrespectivascompetncias,sedevemencontrarrepresentadosna comisso de acompanhamento cuja constituio se efectua no despacho que determina a elaborao do plano. Estes critrios devem assegurar que seja designado um representante nico por interesse pblico a salvaguardar, evitando situaes de sobre representao.

    O acompanhamento dos planos especiais em sede de comisso de acompanhamento (art. 47., n. 1)12 integra as entidades s quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais es-pecficas,possam interessarosefeitosambientais resultantesdaaplicaodoplano.Estasentidadesexercem,nacomissodeacompanhamento,ascompetnciasconsultivasqueselheencontram cometidas nos arts. 5. e 7. do regime relativo avaliao ambiental de planos e programas,eacompanhamaelaboraodorelatrioambiental.Oparecerfinaldacomissointegra os pareceres daquelas entidades sobre o relatrio ambiental (art. 47., n.os 2 e 4, do RJIGT).

    eliminado o parecer autnomo da comisso de coordenao e desenvolvimento regional no mbito do processo de acompanhamento e concertao. Esta entidade passa a pronunciar-se no parecerfinaldacomissodeacompanhamento,apreciandoobrigatoriamenteaarticulaoeacoernciadapropostacomosobjectivos,princpioseregrasaplicveisaoterritrioemcausa,definidosporquaisqueroutrosinstrumentosdegestoterritorialaplicveis(art.47.,n.5).

    aplicvel comisso de acompanhamento dos PEOT o art. 75.-B, em matria de vinculao das entidades e servios por meio da posio manifestada pelo respectivo representante, substituio deparecereseomissodeconcordnciaexpressaoufaltadecomparnciaconferncia.

    Introduz-se a divulgao da discusso pblica pela Internet, uniformiza-se o perodo de divul-gao para 5 dias e corrige-se a metodologia de ponderao e divulgao dos resultados da discusso pblica (art. 48., n.os 3, 4 e 8).

    11ParaalmdosprevistosnaLBPOTUenoRJIGT,oart.6.doDecreto-Lein.131/2002,11deMaio,qualificaosplanosde ordenamento dos parques arqueolgicos como planos especiais, e dispe que a sua elaborao e contedo material e documental deve observar o RJIGT.12Cfr. ponto 1, quanto s razes justificativas das alteraes introduzidas no regime das anteriores comisses mistasde coordenao. Note-se que, em sentido tcnico-jurdico, tais comisses no dispunham de poderes de coordenao, entendidos como poderes ou faculdades de deciso relativamente s propostas de planos municipais que excedessem o controlo da compatibilidade com os demais instrumentos de gesto territorial, j que a averiguao da conformidade legal no se inclui no mbito de relaes de coordenao.

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    2.1.4 Planos regionais de ordenamento do territrio

    No que respeita ao contedo material dos planos regionais de ordenamento do territrio (PROT), explicita-se que estes procedem articulao espacial das orientaes contidas no PNPOT e nos demais planos, programas e estratgias sectoriais preexistentes (art. 53., alnea c), e dispe-se expressamente que o PROT delimita a estrutura regional de proteco e valori-zaoambiental,emconsonnciacomoart.14.,n.1,doRJIGT,emmatriadeidentificaode valores e sistemas de proteco e valorizao ambiental, uma vez que a referida estrutura se encontrava mencionada no contedo do relatrio que acompanha o plano regional (actual alnea c), do n. 2 do art. 54.).

    Em consonncia, alterado o contedo documental (art. 54., n. 2, alnea c) -alterao da referida alnea c) para incluir os estudos que conduzem delimitao da referida estrutura regional de proteco e valorizao ambiental e o relatrio ambiental (n. 3).

    Parte-se do pressuposto que os PROT se encontram sempre sujeitos a avaliao ambiental, porquanto do respectivo contedo material resulta necessariamente o enquadramento de fu-turos projectos, designadamente, de iniciativa pblica e de interesse e mbito regional.

    No que se refere ao procedimento de avaliao ambiental, adopta-se a soluo de integra-o na comisso que acompanha a elaborao do plano das entidades s quais, em virtude dassuasresponsabilidadesambientaisespecficas,possaminteressarosefeitosambientaisresultantes da aplicao do plano. Estas entidades exercem, na comisso de acompanha-mento,ascompetnciasconsultivasqueselheencontramcometidasnosarts.5.e7.doDecreto-Lei n. 232/2007, de 15 Junho, e acompanham a elaborao do relatrio ambiental (art. 56., n.os 2 e 4).

    Oparecerfinaldacomissointegraospareceresdaquelasentidadessobreorelatrioambien-tal,garantindo-seainexistnciadeduplicaodeprocedimentos.

    A comisso, composta pelos representantes das entidades e servios que asseguram a prosse-cuo dos interesses a ponderar na elaborao do plano e dos representantes dos interesses econmicos, sociais, culturais e ambientais, passa a designar-se por comisso consultiva (art. 56., n. 1).

    Em matria de concertao, adopta-se a soluo descrita no pargrafo 4 relativa ao PNPOT (art. 57., n. 2).

    OcarcterestratgicoeprogramticodosPROTjustificaqueaAdministraocentralpossacontratualizar com os municpios as formas e os prazos de adequao dos planos municipais ou intermunicipaisaonovoPROT.Assim,prev-sequeaResoluodoConselhodeMinistrosqueaprova o PROT preveja as formas e os prazos, previamente acordados com os municpios, para adaptao dos respectivos planos (art. 59., alnea a), do RJIGT).

    AcontratualizaovisaasseguraraexecuodoPROT,considerandoascondiesespecficasde aplicao das suas orientaes nos diversos municpios. Pode incidir, designadamente, sobre adefiniodosinstrumentosdeplaneamento,suasalteraesourevisesqueiroconcretizar

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    o PROT, dos prazos de elaborao ou das parcerias com a Administrao central em matria de investimentos estruturantes de carcter regional que decorram do PROT.

    Paraalmdaquelasmatrias,aidentificao,naResoluodoConselhodeMinistrosqueapro-va o PROT, das disposies incompatveis dos PMOT que devem ser objecto de alterao por adaptao (alnea d), do n. 1, do art. 97.) passa a incluir a delimitao da estrutura regional de proteco e valorizao ambiental [art. 59., alnea b)].

    2.1.5 Planos intermunicipais de ordenamento do territrio

    Noqueserefereaplicaodaavaliaoambientalaosplanosintermunicipais,justifica-se,face ao disposto no art. 3., n. 1, alneas a) e c), do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de Ju-nho,eaosobjectivosqueseencontramfixadosparaestesplanosnoart.61.doRJIGT,queos mesmos podem, ou no, constituir enquadramento para a futura aprovao de projectos. Deste modo, cabe entidade responsvel pela elaborao do plano proceder averiguao se o plano se encontra sujeito a avaliao ambiental, nos mesmos termos acima referidos quanto aos planos sectoriais (arts. 63. e 64. do RJIGT).

    Em matria de acompanhamento, reitera-se o que acima se referiu quanto ao acompanhamen-to por uma comisso consultiva, assim como a eliminao do parecer autnomo da comisso de coordenaoedesenvolvimentoregional,oqualpassaaintegraroparecerfinaldacomissoconsultiva (art. 65., n. 2).

    O regime dos planos intermunicipais sofreu, ainda, profundas alteraes, semelhana do que sucede com o dos PMOT, em matria de controlo da legalidade por via da eliminao da ratificaogovernamental.

    Assim,umavezconcludaaversofinalapsaponderaodosresultadosdadiscussopblica,a proposta de plano enviada pela entidade ou pelas entidades responsveis pela elaborao do plano comisso de coordenao e desenvolvimento regional competente, a qual emite parecer no prazo de 10 dias (art. 66., n. 1).

    Este parecer no possui carcter vinculativo e incide apenas sobre a conformidade com as disposies legais e regulamentares vigentes e sobre a compatibilidade ou conformidade com osinstrumentosdegestoterritorialeficazes,oquesignificaque,qualquerquesejaosenti-do do parecer, as assembleias municipais interessadas ou a assembleia intermunicipal podem aprovar o plano, ou alter-lo no sentido do parecer emitido (art. 67.).

    2.1.6 Planos municipais de ordenamento do territrio

    2.1.6.1 Elaborao e acompanhamento do plano director municipal

    O acompanhamento da elaborao do PDM (arts. 75.-A e 75.-B, aditados pela presente alte-

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    rao) compete comisso de acompanhamento, com os objectivos que constam no art. 75.. A comisso de acompanhamento inclui as entidades s quais, em virtude das suas responsabili-dadesambientaisespecficas,possaminteressarosefeitosambientaisresultantesdaaplicaodoplano(n.2).Estasentidadesexercem,nacomissodeacompanhamento,ascompetnciasconsultivas que se lhe encontram cometidas nos arts. 5. e 7. do regime relativo avaliao ambiental de planos e programas e acompanham a elaborao do relatrio ambiental. O pa-recerfinaldacomissodeacompanhamentointegraospareceresdaquelasentidadessobreorelatrio ambiental (n. 6).

    A comisso de acompanhamento deve ser constituda no prazo de 30 dias aps solicitao da cmara municipal (art. 75.-A, n. 3), remetendo-se para a portaria do membro do Governo responsvel pelo ordenamento do territrio13 acompetnciaparaasuaconstituioedemaisaspectos relativos sua composio e funcionamento.

    Osaspectossobreosquaisincideoparecerfinaldacomissodeacompanhamentosoexpli-citados (art. 75.-A, n. 5), distinguindo-se: o cumprimento das normas legais e regulamenta-res, a compatibilidade ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de gesto territorialeficazeseofundamentotcnicodassoluesdefendidaspelacmaramunicipalemconcretizao da obrigao constante do art. 4. do RJIGT.

    Deformainovatria,aalteraoprevregrasreferentesaofuncionamentodacomissodeacompanhamentodoPDM(art.75.-B)enquantoconfernciaprocedimentalinstrutria:reu-nio com todas as entidades administrativas envolvidas no acompanhamento para emisso de um nico parecer sobre a proposta de plano, o qual substitui todos os pareceres que aquelas entidades devessem emitir, a qualquer ttulo, sobre o plano.

    Non.1daqueleartigo,prev-seomecanismodadelegaodepoderescomoformadevin-cular as entidades e os servios da Administrao central que integram a comisso de acompa-nhamento por meio da posio manifestada pelos respectivos representantes. Destinando-se aposiomanifestadanaconfernciaasubstituirosreferidospareceres,istosignificaque,namesma,seexercemcompetnciasadministrativasqueexprimemaposiooficialdasen-tidadesedosserviosrepresentadosnacomisso,peloque,ounaconfernciaseencontrapresente o titular do rgo ou o representante do servio ou entidade dever encontrar-se habilitado por meio de delegao de poderes14.

    Paragarantirqueafaltadepronnciaoudecomparnciadosrepresentantesnoconduzaparalisaodoprocedimento(exactamenteoquesepretendeevitaratravsdafiguradaconfernciaprocedimental),atribui-seumvalorjuridicamentesignificativodesinalpositivoomisso de pronncia expressa no prazo de 5 dias aps a comunicao do resultado da confe-rncia(art.75.-B,n.3).

    13 Esta portaria ir alterar, substituindo, o regime actualmente contido na Portaria n. 290/2003, de 5 de Abril.14Estasoluononovanodireitoportugus,constandodoart.28.doDecreto-Lein.328/86,noqualsepreviaumaconferncia deliberativa para apreciao da localizao de empreendimentos tursticos em que os representantes dasentidadesseencontravammunidosdedelegaodepoderes,eumadecorrnciadoprincpiodalegalidadenoexercciodecompetnciasadministrativas.

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    2.1.6.2 Elaborao e acompanhamento dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor

    Em matria de planos de urbanizao e de planos de pormenor, a alterao ao RJIGT adapta o regime geral respeitante avaliao ambiental de planos e programas, nos termos que cons-tam dos n.os 5 a 9 do art. 74..

    O n. 5 daquele artigo concretiza, no mbito dos planos de ordenamento do territrio, uma das situaes de iseno avaliao ambiental, prevista no art. 4., n. 1, do Decreto-lei n. 232/2007, de 15 de Junho: planos que, constando do elenco das alneas a) e b), do n. 1, do art. 3. daquele diploma, determinem a utilizao de pequenas reas a nvel local.

    Assim, os planos de urbanizao e os planos de pormenor que impliquem a utilizao de pe-quenas reas a nvel local, s sero objecto de avaliao ambiental no caso de se determinar quesosusceptveisdeterefeitossignificativosnoambiente.

    A deciso de iseno de avaliao compete cmara municipal, tal como nos planos sectoriais e intermunicipais tal deciso compete entidade responsvel pela respectiva elaborao do plano. Nos demais aspectos segue-se o regime j explicitado quanto aos planos cuja avaliao ambiental se encontra dependente de averiguao sobre os respectivos efeitos no ambiente (art. 74., n.os 6 a 9).

    Optou-se ainda por, antes da deliberao que determina a elaborao do plano de urbanizao ou do plano de pormenor, prever a possibilidade de realizao de uma reunio com a CCDR, a solicitao da cmara municipal, com vista indicao de quais as entidades representativas de interesses pblicos que devem intervir no acompanhamento do plano.

    A reunio permitir cmara municipal ter em conta quais as entidades a consultar em sede deacompanhamentoouquaisasentidadesqueirointervirnaconfernciadeserviosprevis-tanofinale,assim,identificarosinteressesquedeverponderar.Areuniopoderaindade-sempenharumafunotilnoqueserefereaoaperfeioamentodostermosderefernciadoplanoouexistnciadeorientaesdacomissodecoordenaoedesenvolvimentoregionalrelativamente aos trabalhos de elaborao.

    Com efeito, ao abrigo do anterior regime, as comisses de coordenao e desenvolvimento regional, em momento anterior recepo formal da proposta de plano para efeitos de promo-o de consultas das referidas entidades, acompanhavam, de forma mais ou menos contnua e de acordo com as solicitaes das cmaras municipais, o desenvolvimento dos trabalhos de elaborao da proposta de plano, por meio da realizao de reunies ou da emisso de informaesescritas,oquesignificavaqueoacompanhamentodeplanosdeurbanizaoedeplanos de pormenor no se cingia recolha dos pareceres das entidades representativas dos interessesaponderareemissodeumparecerfinalpelacomissodecoordenaoedesen-volvimento regional, conforme resultava dos anteriores n.os 7 a 10 do art. 75..

    Estas prticas, que no encontravam apoio directo no procedimento regulado no RJIGT, consti-tuem o que a doutrina designa por actuaes administrativas informais, no sentido de que, no

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    podendoserreconduzidasaprocedimentoscomconfiguraolegal,permitemresponderaumobjectivo de cooperao institucional e, em especial, garantir a prossecuo dos objectivos do acompanhamento previstos no art. 75..

    No obstante, sendo nesta fase que se encontram maiores delongas nos processos de plane-amento,justifica-seque,combasenadescentralizaoenaresponsabilizaomunicipal,seatribua s cmaras municipais o controlo desta fase procedimental.

    Assim, o acompanhamento dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor passa a ser facultativo, competindo cmara municipal solicit-lo comisso de coordenao e desenvol-vimento regional territorialmente competente e s demais entidades representativas de inte-resses a ponderar, atravs da realizao de reunies ou da emisso de pareceres (art. 75.-C, n.os 1 e 2).

    Concluda a elaborao, a cmara municipal apresenta a proposta de plano, os pareceres eventualmente emitidos e o relatrio ambiental, caso o plano se encontre sujeito a avaliao ambiental, comisso de coordenao e desenvolvimento regional que, no prazo de 22 dias, procederealizaodeumaconfernciadeservioscomtodasasentidadesrepresentativasdos interesses a ponderar, sendo aplicveis as regras acima referidas em matria de vinculao dasentidadesrepresentadasedenooposiopropostadeplanooufaltadecomparnciaconfernciaconstantesdoart.75.-B(art.75.-C,n.os 3 e 4).

    Sendoaconfernciadeserviosrealizadanos22diassubsequentesrecepodapropostadeplanoeconvocadacomaantecednciade15dias,acomissodecoordenaoedesenvolvi-mentoregionaldispede7diasparaprocederconvocatriadaconferncia,semprejuzodaanlisedoplanodecorreratrealizaodaconferncia.

    2.1.6.3 Concertao nos planos municipais de ordenamento do territrio

    As alteraes introduzidas no art. 76. em matria de concertao no mbito dos PMOT corres-pondem ao regime acima descrito relativamente aos demais instrumentos de gesto territo-rial, com excepo dos planos sectoriais: antecipao da concertao de interesses para a fase de elaborao, eliminao da fase de pareceres escritos, concertao facultativa por iniciativa da cmara municipal atravs da realizao de reunies de concertao ou, em alternativa, de umaconfernciadeservios.

    A possibilidade de a cmara municipal promover reunies de concertao nos 20 dias subse-quentesrealizaodaconfernciadeserviosacimareferida,podelevarrealizaodeduasconfernciasdeserviosnoquerespeitaaosplanosdeurbanizaoeaosplanosdepor-menor, porquanto, uma delas obrigatria, uma vez concluda a elaborao da proposta (art. 76., n. 3).

    Aparentementepoucosimplificador,estemecanismoobstaaquereuniesdeconcertaocom cada uma das entidades, ou de carcter sectorial, venham a resultar em novas pro-postas de plano que ponham em causa as posies assumidas pelas outras entidades. O

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    mecanismodaconfernciadeservios,permitindoumaapreciaoglobalesimultneadetodososinteressados,omaisaptoasuperarconflitosdeinteressessectoriaisnestafasedeconcertao.

    2.1.6.4 Discusso pblica nos planos municipais de ordenamento do territrio

    No tendo sido revisto, em termos substantivos, o modelo de participao pblica, as altera-es introduzidas cingem-se aos prazos mnimos estabelecidos. Assim, reduz-se a participao preventivapara15dias,jqueaexperinciademonstraquenestafasesopoucasederedu-zido interesse as observaes e sugestes formuladas. O perodo relativo ao aviso da discusso pblica, semelhana dos demais IGT, reduzido para 5 dias, introduzindo-se a divulgao pela Internet e reduzindo-se os prazos da discusso pblica para 30 dias no PDM e para 22 dias nos planos de urbanizao e nos planos de pormenor.

    A participao pblica para efeitos de avaliao ambiental, designadamente sobre o relatrio eospareceresemitidospelasentidadescomresponsabilidadesambientaisespecficas,inse-rida na discusso pblica da proposta de plano.

    2.1.6.5 Aprovao dos planos municipais de ordenamento do territrio e ratificao governamental

    Os planos de urbanizao e os planos de pormenor deixam de se encontrar sujeitos a controlo finaldelegalidadeporpartedaAdministraocentral.

    Umavezconcludaaversofinaldapropostadeplano,apsaponderaodosresultadosdadiscusso pblica e sua divulgao, a proposta de plano remetida pela cmara municipal assembleia municipal para efeitos de aprovao (art. 79., n. 1).

    Sendo o plano aprovado, a Cmara Municipal envia-o para publicao na 2. srie do Dirio da Repblica [art. 148., n. 4, alnea d)], e envia para a Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) para efeitos de depsito (art. 151., n. 1), no prazo de 15 dias aps a publicao.

    AeficciadoplanodependedarespectivapublicaonoDiriodaRepblica(art.148.,n.1)e o depsito dos instrumentos de gesto territorial na DGOTDU passa, assim, a desempenhar a funo de repositrio centralizado e de publicitao de todos os instrumentos de gesto terri-torial, cujo acesso e consulta pblica ser garantido por meio da disponibilizao em linha no mbito do Sistema Nacional de Informao Territorial.

    AprovadooProgramaNacionaldaPolticadeOrdenamentodoTerritrioenapendnciadosprocedimentos de elaborao de quatro novos planos regionais de ordenamento do territrio, optou-seportornararatificaogovernamentalummecanismoverdadeiramenteexcepcional,justificadopelanecessidadedeflexibilizaodosistemadegestoterritorial.

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    Oinstitutodaratificaogovernamentalmantmasuanaturezadeactodecontrolopreven-tivointegrativodaeficciadadeliberaodaassembleiamunicipalqueaprovaoplano,masosPDMpassamaencontrar-sesujeitosaratificaounicamentequando,noprocedimentodeelaborao, seja suscitada a questo da sua incompatibilidade com planos sectoriais ou re-gionais de ordenamento do territrio e sempre que a cmara municipal assim o solicite, para que, em concretizao do princpio da hierarquia mitigada, o Governo possa ponderar sobre a derrogao daqueles instrumentos de gesto territorial (art. 80., n.os 1, 2 e 3).

    Umavezconcludaaversofinal,apsaponderaodosresultadosdadiscussopblica,aproposta de PDM enviada comisso de coordenao e desenvolvimento regional competen-te, a qual pode emitir parecer no prazo de 10 dias (art. 78., n. 1).

    Este parecer no possui carcter vinculativo e incide apenas sobre a conformidade com as disposies legais e regulamentares vigentes e a compatibilidade ou conformidade com os instrumentosdegestoterritorialeficazes(art.78.,n.2),semelhanadoquesucedecomo parecer emitido sobre a proposta de plano intermunicipal de ordenamento do territrio.

    Em face do referido parecer, e caso seja suscitada a desconformidade da proposta de PDM com as disposies legais e regulamentares ou a desconformidade ou incompatibilidade com plano sectorial ou regional de ordenamento do territrio, em resultado da apreciao da co-missodecoordenaoedesenvolvimentoregionaloudeoutraentidadecomcompetnciasno mbito da elaborao e acompanhamento do PDM (art. 80., n. 2), a cmara municipal pode optar por:

    Alterar o PDM, no sentido da supresso da referida desconformidade ou incompatibilidade, procedendo em seguida respectiva aprovao, publicao no Dirio da Repblica e dep-sito na DGOTDU (arts. 79., n. 1, 148., n. 4, alnea d), e 151., n. 1);

    AprovaroPDM,mantendoaversosujeitaaparecer,devendosersolicitadaaratificaogovernamental, por iniciativa da cmara municipal e atravs da comisso de coordenao e desenvolvimento regional (arts. 79., n. 2, e 80., n. 4, do RJIGT).

    Aratificaopodeserparcial,aproveitandoapenaspartecompatvelcomosplanossecto-riaiseregionais(art.80.,n.3),oquesignificaqueoGovernopodeexcluirderatificaoasdisposies incompatveis com os citados planos, no permitindo a respectiva derrogao.

    2.1.6.6 Objecto e contedo dos planos municipais de ordenamento do territrio

    As alteraes introduzidas nas disposies relativas ao objecto e contedo material dos PMOT (arts. 84., 87., 88., 90., 91. a 92. do RJIGT), assim como a introduo de modalidades es-pecficasdeplanodepormenor(art.91.-A),concretizamovectordeclarificaoediferenciaodeconceitosedeinstrumentosdeinterveno,emsimesmoumfactordeeficinciadosistema.

    A prtica administrativa mostrou que alguns dos conceitos utilizados no RJIGT em matria decontedomaterialdosPMOTtmconstitudomotivodacomplexidadeemorosidadedos

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    Documentos de Orientao DGOTDU 03/2007

    Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

    procedimentos administrativos, encontrando-se desajustados dos actuais processos de trans-formao do territrio, pelo que se procurou actualiz-los e objectiv-los, tornando-os mais operativos, sem perder de vista a articulao e a harmonia conceptuais ao longo do diploma.

    NoquerespeitaaoPDM,procedeu-seclarificaodoseuobjecto,reafirmandooseucarcterestratgico e de enquadramento dos demais planos de mbito municipal.

    No contedo material, foi acrescentada uma disposio que se destina a evitar que a no ela-borao de planos de urbanizao ou de pormenor para reas nas quais o PDM determina que a ocupaoficadependentedaexistnciadestesplanos,impeaolicenciamentodeoperaesurbansticas (art. 85., n. 2).

    Em matria de contedo material do plano de urbanizao e do plano de pormenor, as neces-sidadesdeclarificaodocontedomaterialflexveldosplanosemfunodosrespectivosobjectivosestratgicosjustificamasalteraesintroduzidasnocorpodoart.88.enoart.91., n. 1.

    Consagra-se, assim, o princpio de que os planos de urbanizao e os planos de pormenor, sem prejuzo da tipicidade associada, devem adoptar um contedo material apropriado s condi-esdareaterritorialaquerespeitameaosobjectivosprevistosnostermosderefernciae na deliberao municipal que determina a sua elaborao, realando-se, tambm neste aspecto,aresponsabilizaomunicipalpeladefiniodosobjectivosestratgicoseoperativosdos respectivos processos de planeamento.

    A alterao introduzida no objecto do plano de urbanizao tem em conta as necessidades dos actuais processos de planeamento que visam estruturar globalmente reas extensas do terri-trio com execuo a mdio e longo prazo e que, em virtude destas caractersticas, no so susceptveis de ser objecto de plano de pormenor.

    Define-seoplanodeurbanizaocomoumplanodeestruturaodeumadeterminadareadoterritrio municipal, independentemente de se tratar de solo urbano ou rural. Neste sentido, o plano de urbanizao destina-se a articular funes e redes sobre uma determinada rea de interveno,estruturandooespao,definindoregimesdeusodosoloecritriosparaatrans-formao do uso e estabelecendo uma programao para a sua ocupao.

    O plano de urbanizao deixa de ter por objecto apenas reas includas no permetro urba-no e o solo rural complementar, e passa a poder abranger outras reas do territrio munici-pal no includas em permetro urbano mas que, de acordo com os objectivos e prioridades estabelecidos no PDM, possam ser destinadas a usos e funes urbanas, designadamente localizao de instalaes e parques industriais, logsticos ou de servios ou localizao de empreendimentos tursticos e equipamentos e infra-estruturas associadas (art. 87., n. 2, alnea b).

    Tenha-seemcontaqueareclassificaodosolocomourbano,encontra-sesempresujeitaaoprincpio da excepcionalidade e da necessidade, consagrado no art. 72., n. 3, pelo que nem todaareadeintervenodeumplanodeurbanizaoterforosamentedeserclassificadacomo solo urbano.

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    Direco-Geral do Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano

    Asalteraesintroduzidasnoobjectoecontedomaterialdoplanodepormenorreafirmama sua vocao como instrumento de planeamento para a execuo urbanstica e reforam a flexibilidadedoseucontedoemfunodosobjectivosdefinidosnostermosderefernciapara a sua elaborao. Simultaneamente, procedeu-se actualizao dos conceitos e da ter-minologia utilizada e procurou-se uma enunciao mais objectiva do contedo material do plano de pormenor.

    2.1.6.7 Modalidades especficas de plano de pormenor

    Nombitodatipologialegaldeplanosdepormenor,foiabandonadaafiguradosplanosdepormenordemodalidadesimplificada,cujautilizaosevinharevelandodedifciloperacio-nalizaoprticaesemqueaespecificidadedorespectivoregimeprocedimentalevidenciasseganhosdeeficinciasignificativos.

    As normas transitrias do diploma de alterao (art. 4., n. 4), mantendo em vigor a norma que na redaco actual do RJIGT art. 91., n. 2 - permite cmara municipal adoptar mo-dalidadessimplificadas,garantequeosplanosdepormenordemodalidadesimplificadacujaelaborao haja sido deliberada e se encontre em curso possam prosseguir, nos termos do regime material anterior.

    Em termos procedimentais, contudo, aplica-se o regime resultante da alterao.

    Abandonadooconceitodemodalidadesimplificadadeplanodepormenorfoi,noentanto,adoptadoodemodalidadeespecfica(art.91.-A),aoqualseencontramassociadosconte-dosmateriaisprpriosemfunodedeterminadasfinalidadese,nalgunscasos,dasuaarti-culao com regimes legais relativos salvaguarda de interesses pblicos: a lei de bases da polticaedoregimedevalorizaodopatrimnioculturalportugus,nocasodosplanosdepormenor de salvaguarda, ou o regime jurdico da reabilitao urbana, no caso dos respecti-vos planos de pormenor.

    Com carcter demodalidade especfica,mantm-se a figura de plano de interveno noespao rural [art. 91.-A, n. 2, alnea a)], procedendo-se explicitao do respectivo conte-do material (n. 3 do mesmo artigo). A este respeito, de referir que a actual Portaria n. 389/2005, de 5 de Abril, que estabelece o contedo documental do projecto de interveno em espao rural, deve considerar-se tacitamente revogada, uma vez que so revogadas as respectivas normas habilitantes.

    2.2 Efeitos registais dos planos de pormenor

    Asexignciasdesimplificaojustificam,tambm,aintroduodapossibilidadedeosplanosdepormenorcomumcontedosuficientementedensopoderemfundardirectamenteopera-es de transformao fundiria, relevantes para efeitos de registo predial e inscrio predial dos novos prdios assim constitudos (arts. 92.-A e 92.-B), dispensando-se um subsequente

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    procedimento administrativo de controlo prvio em sede de licenciamento ou de aprovao de operao de loteamento ou de reparcelamento.

    Reconhecida a identidade funcional entre muitos planos de pormenor e as operaes de lote-amentoereparcelamentourbanoedeestruturaodacompropriedade,justifica-se,salva-guardada a autonomia da vontade dos proprietrios, que o plano de pormenor possa fundar directamente a operao de transformao fundiria de fraccionamento, de emparcelamento ou de reparcelamento das propriedades na rea de interveno do plano.

    Estapossibilidadeapenasseconfigurarelativamenteaosplanosdepormenorquecontenhamas menes previstas nas alneas a) a d), h) e i) do n. 1 do artigo 91.:

    Adefinioecaracterizaodareadeintervenoidentificando,quandosejustifique,osvalores culturais e naturais a proteger;

    Asoperaesdetransformaofundirianecessriaseadefiniodasregrasrelativassobras de urbanizao;

    Odesenhourbano,exprimindoadefiniodosespaospblicos,decirculaoviriaepedonal, de estacionamento bem como do respectivo tratamento, alinhamentos, implan-taes, modelao do terreno, distribuio volumtrica, bem como a localizao dos equi-pamentos e zonas verdes;

    Adistribuiodefuneseadefiniodeparmetrosurbansticos,designadamentendi-ces, densidade de fogos, nmero de pisos e crceas;

    A implantao das redes de infra-estruturas, com delimitao objectiva das reas a elas afectas;

    Os critrios de insero urbanstica e o dimensionamento dos equipamentos de utilizao colectiva e a respectiva localizao no caso dos equipamentos pblicos.

    Apenas nos casos em que o plano de pormenor contm as menes acima descritas possvel, do pontodevistasubstancial,definircomrigoraconcretaoperaodetransformaofundiriae,por isso, dispensar o fraccionamento, emparcelamento, reparcelamento da propriedade ou estru-turao da compropriedade de subsequente procedimento administrativo de controlo prvio.

    Note-se que, s por si, a aprovao do plano e a sua entrada em vigor no produzem a transformao fundiria da rea de interveno, sendo sempre necessrio que os proprie-trios promovam no registo predial a inscrio dos prdios resultantes das operaes de loteamento, estruturao da compropriedade ou reparcelamento previstas no plano (art. 92.-A, n. 2).

    Com efeito, o plano de pormenor como acto regulamentar do poder pblico no susceptvel de substituir a vontade dos particulares em procederem transformao fundiria da rea de interveno, pelo que:

    No caso de simples loteamento de um ou vrios prdios, o registo apenas incide sobre as

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    descries prediais de que o requerente ou os requerentes sejam titulares inscritos (art. 92.-A, n. 2);

    Nas situaes de estruturao da compropriedade ou de reparcelamento, o registo depen-de da apresentao, respectivamente, do acordo de estruturao da compropriedade ou de um dos contratos previstos no n. 8 do artigo 131. - contrato de urbanizao ou con-trato de desenvolvimento urbano, os quais regulam, respectivamente, as relaes entre os proprietrios e outras entidades interessadas na operao de reparcelamento e as relaes entre estas e o municpio.

    Sempre que se pretenda proceder ao registo predial dos novos prdios constitudos com base no plano de pormenor, as peas escritas e desenhadas que acompanham o plano, consistem obrigatoriamente em:

    Planta do cadastro original;

    Quadrocomaidentificaodosprdios,natureza,descriopredial,inscriomatricial,reas e confrontaes;

    Plantadaoperaodetransformaofundiriacomaidentificaodosnovosprdios;

    Quadrocomaidentificaodosnovosprdiosoufichasindividuais,comaindicaodares-pectiva rea, rea destinada implantao dos edifcios e das construes anexas, rea de construo, volumetria, crcea e nmero de pisos acima e abaixo da cota de soleira para cada um dos edifcios, nmero de fogos e utilizao dos edifcios e dos fogos;

    Plantacomasreasdecednciaparaodomniomunicipal;

    Quadrocomadescriodasparcelasaceder,suafinalidadeereadeimplantaoedeconstruo dos equipamentos de utilizao colectiva;

    Quadro de transformao fundiria explicitando o relacionamento entre os prdios origi-nrios e os prdios resultantes da operao de transformao fundiria.

    Com efeito, s atravs dos citados elementos possvel estabelecer em sede de registo predial aexactacorrespondnciaentreasituaofundiriadepartidaeaquelaqueresultadatrans-formao operada pelo plano de pormenor, quer quanto aos titulares inscritos quer quanto configuraodosprdios.

    A possibilidade de os planos de pormenor fundamentarem directamente o registo predial dos novos prdios conduziu necessidade de explicitao, em sede de regime de licenciamento ou aprovao das operaes de reparcelamento urbano previstas no art. 131. do RJIGT, de que a operao de reparcelamento em rea abrangida por plano de pormenor que contenha as men-es constantes das alneas a) a d), h) e i) do n. 1 do artigo 91. pode concretizar-se atravs dos contratos de urbanizao ou contrato de desenvolvimento urbano e registo efectuado nos termos dos artigos 92.-A e 92.-B, no carecendo de licenciamento ou aprovao pela cmara municipal, nos termos gerais relativos s operaes de reparcelamento reguladas pelo RJIGT (art. 131., n. 6).

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    2.3 Dinmica dos instrumentos de gesto territorial

    No domnio do regime da dinmica dos instrumentos de gesto territorial, as alteraes intro-duzidasconcretizamovectordaclarificaoediferenciaodeconceitoseinstrumentosedo resposta a lacunas do regime jurdico dos instrumentos de gesto territorial em vigor.

    Procede-se,assim,reclamadadelimitaoconceptualdasfigurasdarevisoedaalteraodosinstrumentosdegestoterritorial,autonomizando-seprocedimentosespecficosdealte-rao quanto aos instrumentos de gesto territorial vinculativos dos particulares.

    ORJIGTpassaadispordeumconceitodereviso,modificaoqueabrangeassituaesmaisestruturais de mutabilidade do planeamento, qual se aplica, com as devidas adaptaes, o regime procedimental relativo elaborao do plano em questo (art. 96., n. 7).

    A reviso dos instrumentos de gesto territorial implica, assim, a reconsiderao e reaprecia-o global, com carcter estrutural ou essencial, das opes estratgicas do plano, dos prin-cpioseobjectivosdomodeloterritorialdefinidooudosregimesdesalvaguardaevalorizaodos recursos e valores territoriais (art. 93., n. 3).

    Pretendendo-seflexibilizareagilizarosprocedimentosdealteraoemfunodasdinmicasde desenvolvimento econmico, social e ambiental e, assim, obviar ao recurso sistemtico figuradasuspensodoplano,osprocedimentosdealteraodosinstrumentosdegestoterri-torial vinculativos dos particulares (PEOT e PMOT) passam a seguir procedimentos diferencia-dos dos procedimentos da reviso ou da elaborao.

    As alteraes aos PEOT (art. 96., n. 2, do RJIGT) passam a seguir o regime relativo ao acom-panhamento dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor, previsto no art. 75.-C:

    As alteraes aos PEOT resultantes de circunstncias excepcionais, designadamente em situaes de calamidade pblica ou de alterao substancial das condies econmicas, sociais,culturaiseambientaisquefundamentaramasopesdefinidasnoplano(art.95.,n. 2, alnea c);

    As alteraes resultantes de situaes de interesse pblico no previstas nas opes do plano reconhecidas por despacho do membro do Governo responsvel pelo ordenamento do territrio e do ministro competente em razo da matria, designadamente decorrentes da necessidade de instalao de infra-estruturas de produo e transporte de energias renovveis, de infra-estruturas rodovirias, de redes de saneamento bsico e de abaste-cimento de gua, de aces de realojamento, da reconverso de reas urbanas de gnese ilegal e as relativas reserva ecolgica e reserva agrcola nacionais, bem como da clas-sificaodemonumentos,conjuntosestios[art.95.,n.2,alnead)].

    Todas as alteraes ao PDM passam a obedecer ao regime de elaborao e acompanhamento dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor previsto no art. 75.-C (art. 96., n. 2, partefinal).

    Tambmnecessidadesdeclarificaojustificamadistinooperadaentreassituaesdealte-rao motivadas pela entrada em vigor de novas leis, regulamentos ou planos supervenientes,

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    designadasdealteraoporadaptao(art.97.),easmerasrectificaesaosinstrumentosde gesto territorial (art. 97.-A).

    Para os casos em que cessam restries e servides de utilidade pblica ou se procede desa-fectaodebensimveisdodomniopblicooudefinsdeutilidadepblica,introduziu-seummecanismocleredealteraosimplificadadeplanosmunicipaisdeordenamentodoterrit-rioparadefinirumnovoregimedeusodosolo(art.97.-B).

    2.4 Medidas preventivas dos planos municipais de ordenamento do territrio

    Em matria de medidas preventivas, assinala-se a introduo da possibilidade do seu estabele-cimentopormotivodarevisooualteraodeumplanoexigirnosasuspensodaeficciadeste, mas tambm a suspenso dos demais planos municipais aplicveis mesma rea (art. 107., n. 3).

    OcarcterexcepcionaldaratificaopeloConselhodeMinistrosaplica-setambmemsededemedidaspreventivas,peloqueapenasseencontramsujeitasaratificaoasmedidaspre-ventivas relativas ao PDM quando estas consistam em medidas antecipatrias e seja suscitada, nos termos do n. 2 do art. 80. a incompatibilidade com plano sectorial ou plano regional de ordenamento do territrio (art. 109., n. 3).

    A suspenso dos PMOT, incluindo do PDM, por deliberao da assembleia municipal (art. 100.,n.2,alneab),doRJIGT),continuasujeitaaratificaopeloGoverno,aqualsedestina a assegurar o cumprimento das disposies legais e regulamentares aplicveis (art. 100., n. 5).

    Nestes casos, como a suspenso no resulta do estabelecimento de medidas preventivas no mbito de um procedimento j em curso de reviso ou alterao de PMOT (art. 107., n. 3, do RJIGT),justifica-seaintervenodoGovernodeformaaacautelarocumprimentodascondi-cionantes legais em vigor.

    Se a suspenso incidir sobre o PDM e for acompanhada de medidas preventivas antecipatrias, sendo suscitada pela comisso de coordenao e desenvolvimento regional (art. 96., n. 8) a incompatibilidade com plano sectorial ou plano regional de ordenamento do territrio, a ratificaoincidesobreadeliberaodesuspensoesobreoestabelecimentodasmedidaspreventivas.

    2.5 Operaes de reparcelamento

    As alteraes introduzidas no regime das operaes de reparcelamento visam operacionalizar a execuo dos planos de urbanizao e dos planos de pormenor, admitindo a possibilidade de outras entidades que no os proprietrios iniciais do solo participarem nas operaes urbans-ticasemsededeexecuodoplanoebeneficiaremdaadjudicaodeparcelasdecorrentesda operao de transformao fundiria, nos termos dos adequados instrumentos contratuais (art. 131., n.os 1, 3, 4, 8 e 9).

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    2.6 Contratos para planeamento

    Osarts6.-Ae6.-BaditadosaoRJIGTprocedemdefiniodoregimedosdesignadoscontra-tosparaplaneamento,clarificandoqueosparticularespodemapresentarpropostasdecontra-tos que tenham por objecto a elaborao, reviso ou alterao de planos de urbanizao ou de planos de pormenor e a respectiva execuo.

    Oart.6.-Aclarificaosprincpiosfundamentaisaqueseencontramsujeitososcontratoseoregime do procedimento contratual: irrenunciabilidade e indisponibilidade dos poderes pbli-cosdeplaneamento,transparnciaepublicidade(art.6.-A,n.os 2 a 6).

    Note-se que a deciso de elaborao, reviso ou alterao do plano de urbanizao ou do pla-no de pormenor sempre da responsabilidade da cmara municipal, que a deve fundamentar em critrios de oportunidade e juzos de interesse pblico (art. 74., n. 2 do RJIGT).

    Por seu turno, o art. 6.-B vem garantir que a participao dos privados por via da apresen-tao de propostas de elaborao de planos de urbanizao e de planos de pormenor possa constituir um mecanismo de execuo dos PDM sujeito a procedimento concursal.

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  • Guia das A

    lteraes ao Regime Jurdico dos Instrum

    entos de Gesto Territorial

    Introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de Setem

    bro

    Docum

    entos de Orientao D

    GO

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    03/2007

    Direco-G

    eral do Ordenam

    ento do Territrio e Desenvolvim

    ento Urbano

    3. Anlise comparada do articulado do RJIGT com as novas alteraes introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de Setembro

    Texto alterado

    Art. 2, n. 2 c)Os planos especiais de ordenamento do territrio, compreendendo os planos de ordenamento de reas protegidas, os planos de ordenamento de albufeiras de guas pblicas e os planos de ordenamen-to da orla costeira.

    Novo texto

    Art. 2, n. 2 c)Os planos especiais de ordenamento do territrio, compreendendo os planos de ordenamento de reas protegidas, os planos de ordenamento de albufeiras de guas pblicas, os planos de ordenamento da orla costeira e os planos de ordena-mento dos esturios.

    Art. 6 - A (Aditado)Contratualizao1 - Os interessados na elaborao, altera-o ou reviso de um plano de urbaniza-o ou de um plano de pormenor podem apresentar cmara municipal propostas de contratos que tenham por objecto a elaborao de um projecto de plano, sua alterao ou reviso, bem como a respec-tiva execuo.2 - Os contratos previstos no nmero an-terior no prejudicam o exerccio dos po-deres pblicos municipais relativamente ao procedimento, contedo, aprovao e execuo do plano, bem como ob-servncia dos regimes legais relativos ao uso do solo e s disposies dos demais instrumentos de gesto territorial com os quais o plano de urbanizao ou o plano de pormenor devam ser compatveis ou conformes.3 - Para alm do disposto no nmero an-terior, o contrato no substitui o plano na definiodoregimedousodosolo,ape-nasadquirindoeficciaparatalefeitonamedida em que vier a ser incorporado no

    Descrio das alteraes

    Introduo dos planos de ordenamento dos esturios em articulao com a Lei da gua, aprovada pela Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro.

    Consagrao da iniciativa privada na ela-borao e execuo de PU e PP.

    Nota explicativa

    O presente artigo e o seguinte visam intro-duzir no processo de planeamento munici-pal a participao dos particulares atravs de contratos de elaborao e de execuo de PU e PP, sendo certo que a responsabi-lizao pela defesa do interesse pblico e o cumprimento da legalidade se mantm como responsabilidade do municpio que aprecia e aprova as propostas apresenta-das pelos particulares.

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    lteraes ao Regime Jurdico dos Instrum

    entos de Gesto Territorial

    Introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de Setem

    bro

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    entos de Orientao D

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    Direco-G

    eral do Ordenam

    ento do Territrio e Desenvolvim

    ento Urbano

    Texto alterado Novo texto Descrio das alteraes Nota explicativa

    plano e prevalecendo em qualquer caso o disposto neste ltimo. 4 - O procedimento de formao do con-trato depende de deliberao da cmara municipal, devidamente fundamentada, que explicite, designadamente:a) As razesque justificama suaadop-o;b) A oportunidade da deliberao ten-doemcontaos termosderefernciadofuturo plano, designadamente a sua ar-ticulao e coerncia com a estratgiaterritorial do municpio e o seu enqua-dramento na programao constante do plano director municipal ou do plano de urbanizao;c) A eventual necessidade de alterao aos planos municipais de ordenamento do territrio em vigor.5 - As propostas de contratos e a delibe-rao referida no nmero anterior so ob-jecto de divulgao pblica nos termos do n. 2 do artigo 77. do presente diploma, pelo prazo mnimo de 10 dias.6 - Os contratos so publicitados conjun-tamente com a deliberao que determi-na a elaborao do plano e acompanham a proposta de plano no decurso do perodo de discusso pblica nos termos do n. 3 do artigo 77. do presente diploma.7 - Aos contratos celebrados entre o Es-tado e outras entidades pblicas e as au-tarquias locais que tenham por objecto a elaborao, alterao, reviso ou execu-o de instrumentos de gesto territorial, aplicamse, com as necessrias adapta-es, os n. 2 e 3 do presente artigo.

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  • Guia das A

    lteraes ao Regime Jurdico dos Instrum

    entos de Gesto Territorial

    Introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de Setem

    bro

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    entos de Orientao D

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    03/2007

    Direco-G

    eral do Ordenam

    ento do Territrio e Desenvolvim

    ento Urbano

    Texto alterado Novo texto Descrio das alteraes Nota explicativa

    Art. 25, n. 33 - Na ratificao de planos municipaisde ordenamento do territrio devem ser expressamente indicadas quais as normas dos instrumentos de gesto territorial pre-existentes que revogam ou alteram.

    Art. 30, n. 11 - A elaborao do programa nacional da poltica de ordenamento do territrio compete ao Governo, sob coordenao do Ministro das Cidades, Ordenamento do Territrio e Ambiente

    Art. 32, n.s 1, 2, 3 e 41 - Concluda a elaborao, o Governo re-mete, para parecer, a proposta de progra-ma nacional da poltica de ordenamento do territrio, acompanhada do parecer da comisso consultiva s entidades que,

    Art. 6 B (Aditado)Procedimento concursal1 - O regulamento do plano director muni-cipal ou do plano de urbanizao pode fa-zer depender de procedimento concursal e da celebrao de contrato, a elaborao de planos de urbanizao ou de planos de pormenor para a respectiva execuo.2 - Nos regulamentos referidos no nme-ro anterior devem ser estabelecidas as regras gerais relativas ao procedimento concursalescondiesdequalificao,avaliao e seleco das propostas, bem como ao contedo do contrato e s formas de resoluo de litgios.

    Art. 25, n. 33 - Na ratificao de planos directoresmunicipais e nas deliberaes munici-pais que aprovam os planos no sujeitos a ratificao devem ser expressamenteindicadas as normas dos instrumentos de gesto territorial preexistentes revogadas ou alteradas.

    Art. 30, n. 11 - A elaborao do programa nacional da poltica de ordenamento do territrio compete ao Governo, sob coordenao do ministro responsvel pelo ordenamento do territrio.

    Art. 32, n.s 1, 2, 3 e 41 - O acompanhamento da elaborao da proposta de programa nacional da pol-tica de ordenamento do territrio inclui a concertao com as entidades que, no decurso dos trabalhos da comisso consul-

    Possibilidade da iniciativa privada referida no art. anterior depender de procedimen-toconcursaladefiniremsedederegula-mento do PDM ou PU.

    As normas dos PMOT preexistentes altera-das ou revogadas por novo PMOT passam a ser indicadas na deliberao municipal que aprova o novo plano.

    Substituio do Ministro das Cidades, Or-denamento do Territrio e Ambiente, pelo ministro responsvel pelo ordenamento do territrio.

    Integrao da fase de concertao no pro-cesso de acompanhamento do PNPOT.Concertao de carcter facultativo aps a emisso do parecer da Comisso Consul-tiva.

    Introduz a possibilidade da execuo do PDM ou do PU depender da elaborao de PU e/ou PP decorrentes de processo con-cursal.

    Ajustamento da anterior disposio ao novoregimedoart.80queapenaspreva ratificao de PDM incompatveis comPROT e PS em vigor.

    Integraodaconcertaodeinteressesna fase de elaborao e acompanhamento que implica celeridade procedimental e a construo de solues mais partilhadas; Simplificaoprocedimental,eliminan-do-se a fase de novos pareceres escritos

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    entos de Gesto Territorial

    Introduzidas pela Lei n. 56/2007, de 31 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 316/2007, de 16 de Setem

    bro

    Docum

    entos de Orientao D

    GO

    TDU

    03/2007

    Direco-G

    eral do Ordenam

    ento do Territrio e Desenvolvim

    ento Urbano

    Texto alterado Novo texto Descrio das alteraes Nota explicativa

    no mbito da mesma, hajam formalmen-te discordado das orientaes do futuro programa.2 Os pareceres a que se refere o nmero anterior incidem sobre as razes da dis-cordncia oposta proposta de programa nacional da poltica de ordenamento do territrio.3 Os pareceres referidos no nmero 1 so emitidos no prazo de 30 dias, interpretan-do-se a falta de resposta dentro desse prazo como parecer favorvel que sana a discordncia anteriormente oposta.4 Recebidos os pareceres, o Governo promover a realizao de reunies com as entidades que os tenham emitido ten-do em vista obter uma soluo concertada que permita ultrapassar as objeces for-muladas, nos 30 dias subsequentes.

    Art. 33, n.s 1, 3 e 51 Emitido o parecer da comisso con-sultiva e, quando for o caso, decorrido o perodo de concertao, o Governo proce-de abertura de um perodo de discusso pblica, atravs de aviso a publicar no Di-rio da Repblica e a divulgar atravs da comunicao social do qual consta a indi-cao do perodo de discusso e dos locais onde se encontra disponvel a proposta, acompanhada do parecer da comisso consultiva e dos demais pareceres even-tualmente emitidos, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas observaes ou sugestes.3 O perodo de discusso pblica deve seranunciadocomaantecednciamni-ma de 15 dias e no pode ser inferior a 60 dias.5 Findo o perodo de discusso pblica

    tiva, formulem objeces s orientaes do futuro programa.2 - Concluda a elaborao da proposta de programa e emitido o parecer da comisso consultiva, o Governo pode ainda promo-ver, nos 20 dias subsequentes emisso daquele parecer, a realizao de reunies de concertao com as entidades que, no mbito daquela comisso, hajam formal-mente discordado das orientaes do fu-turo programa, tendo em vista obter uma soluo concertada que permita ultrapas-sar as objeces formuladas.3 - Revogado4 - Revogado

    Art. 33, n.s 1, 3 e 51 - Emitido o parecer da comisso consul-tiva e, quando for o caso, decorrido o pe-rodo adicional de concertao, o Governo procede abertura de um perodo de dis-cusso pblica, atravs de aviso a publicar no Dirio da Repblica e a divulgar atravs da comunicao social e da sua pgina na Internet, do qual consta a indicao do pe-rodo de discusso, das eventuais sesses pblicas a que haja lugar e dos locais onde se encontra disponvel a proposta, acom-panhada do parecer da comisso consulti-va, dos demais pareceres eventualmente emitidos e dos resultados das reunies de concertao, bem como da forma como os interessados podem apresentar as suas observaes ou sugestes.3 - O perodo de discusso pblica deve seranunciadocomaantecednciamni-

    Recurso Internet Reduo do perodo de aviso da discusso pblica bem como do decurso da mesma.

    aps a emisso de novos pareceres escri-tosapsaemissodoparecerfinaldaCo-misso Consultiva; Afaseautnomadaconcertaopassaa revestir natureza facultativa.

    Reforo da divulgao dos avisos e dos re-sultados da discusso pblica atravs do recurso Internet.Reduo de prazos tendo em vista uma maior celeridade procedimental.

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    bro

    Docum

    entos de Orientao D

    GO

    TDU

    03/2007

    Direco-G

    eral do Ordenam

    ento do Territrio e Desenvolvim

    ento Urbano

    Texto alterado Novo texto Descrio das alteraes Nota explicativa

    o Governo divulga e pondera os respecti-vosresultadoseelaboraaversofinaldapro-posta a apresentar Assembleia da Repblica.

    Art. 35, n. 2 alnea a)2 a) Os cenrios de desenvolvimento respeitantes aos diversos sectores da ad-ministrao central, nomeadamente nos domnios dos transportes, das comunica-es, da energia e dos recursos geolgi-cos, da educao e da formao, da cul-tura, da sade, da habitao, do turismo, da agricultura, do comrcio, da indstria, dasflorestasedoambiente;

    Art. 37

    Art. 38, n. 2 f) 2 A elaborao dos planos sectoriais determinada por Resoluo do Conselho

    ma de 5 dias e no deve ser inferior a 44 dias.5 - Findo o perodo de discusso pblica, o Governo pondera e divulga os respecti-vos resultados, designadamente atravs da comunicao social e da sua pgina na Internet,eelaboraaversofinaldapro-posta a apresentar Assembleia da Rep-blica.

    Art. 35, n. 2 alnea a)2 a) Os planos, programas e estratgias de desenvolvimento respeitantes aos di-versos sectores da administrao central, nomeadamente nos domnios dos trans-portes, das comunicaes, da energia e dos recursos geolgicos, da educao e da formao, da cultura, da sade, da ha-bitao, do turismo, da agricultura, do comrcio,daindstria,dasflorestasedoambiente;

    Art. 37, n. 3 (novo)3 - Sempre que seja necessrio proceder avaliao ambiental nos termos do ar-tigo 3. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de Junho, o plano sectorial acom-panhado por um relatrio ambiental, no qualseidentificam,descrevemeavaliamoseventuaisefeitossignificativosnoam-biente resultantes da aplicao do plano e as suas alternativas razoveis que tenham em conta os objectivos e o mbito de apli-cao territorial respectivos.

    Art. 38, n. 2 f) e n. 2 g), e n.s 4, 5 e 6 novos)2 - A elaborao dos planos sectoriais

    Substituio da noo de cenrios por pla-nos, programas e estratgias de desenvol-vimento.

    Introduo do relatrio de avaliao am-biental no contedo documental do plano sectorial.

    A deciso de elaborao do plano secto-rial deixa de ser objecto de Resoluo de Conselho de Ministros para ser objecto de

    Alterao de designao tendo em vista uma maior clarificao do conceito deplano sectorial.

    A introduo do relatrio ambiental decor-re do cumprimento do DL n. 232/2007, de 15 de Junho, diploma que transps para a ordem jurdica interna as Directivas do Parlamento Europeu e do Conselho n. 2001/42 /CE, de 27 de Junho, e n. 2003/35/CE, de 26 de Maio.

    Verpontos12e13daSntesedescritivaejustificativadasalteraesmaisrelevan-tes.

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