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1 Caro Professor, Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010. As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes. Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas. Na primeira parte deste documento, você encontra as orientações das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento. Bom trabalho! Equipe São Paulo faz escola.

2010 - Volume 2 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 2ª Série - Filosofia

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Caderno do Professor com todas atividades e respostas para uso em dúvidas. Atenção: As respostas contidas aqui tem o objetivo de contribuir para um maior conhecimento e não apenas serem copiadas, já que se for pra copiar e não aprender nada, não perca seu tempo. Assim tire proveito das atividades.

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1

Caro Professor,

Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010.

As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes.

Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.

Na primeira parte deste documento, você encontra as orientações das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.

Bom trabalho!

Equipe São Paulo faz escola.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

INTRODUÇÃO À TEORIA DO INDIVIDUO

GABARITO

Caderno do Aluno de Filosofia – 2ª série – Volume 2

Página 3

Deve-se estimular a pesquisa entre os alunos. Essa pesquisa poderá ser realizada a

partir de fontes variadas tais como dicionários de Língua Portuguesa e, principalmente

de Filosofia. Vale, ainda, a pesquisa em sites da internet que oferecem muitos dados,

mas que devem ser analisados criticamente

• Utilitarismo: corrente do pensamento ético, político e econômico dos séculos XVIII e

XIX na Inglaterra. . A palavra “utilitarista” foi usada por Bentham pela primeira vez

em 1781. Os utilitaristas preocupam-se em criar uma doutrina para reformas com o

objetivo de ampliar o bem-estar e a felicidade dos homens.

• Indivíduo: ao longo da história da Filosofia, temos diferentes concepções sobre

indivíduo. Nesta pesquisa é importante que se faça um breve resumo de diferentes

concepções. John Duns Scotus é um nome que não pode faltar e vai ajudar a abrir a

pesquisa para outras buscas sobre o termo.

• Contratualismo: doutrina que reconhece como fundamento do Estado uma convenção

entre seus membros. Aparece já na Grécia Antiga e atravessa a história política. A

pesquisa deve recuperar brevemente esse panorama.

• Teoria Liberal: doutrina política e econômica que surge na Idade Moderna,

criticando o absolutismo do poder real nas nações mercantilistas, mas desenvolve-se

até a contemporaneidade defendendo liberdade no campo político e livre

concorrência em termos de mercado.

Para cada resposta, será necessário pesquisar em fontes especializadas em Filosofia.

Procure evitar respostas de dicionário ou vocabulário comum da língua ou de outras

ciências. Uma palavra pode ter vários sentidos, mas o que queremos é como ela é

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3

classicamente problematizada pela Filosofia. Outro ponto importante consiste em

evitar debates que levem o aluno a um ceticismo prévio, fazendo com que ele rejeite

o próprio debate filosófico.

Exercícios

Páginas 3 - 6

1.

a) Resposta aberta que deve ser orientada para evitar comparações pejorativas,

mas, ao contrário, deve ajudar na observação e identificação de diferenças e

semelhanças que possam servir de base para cooperações, complementaridades e

solidariedade.

b) Resposta aberta que exige os mesmos cuidados e perspectivas da anterior.

2. Resposta aberta. Professor, atente para que todos tenham direito a resposta e para que

os argumentos explicitem referências e justifiquem as opções.

3. Resposta aberta, vinculada ao registro dos alunos. A orientação é para que leiam

com atenção cada resposta e as classifique por semelhanças e diferenças.

Desafio!

Páginas 6 - 8

1.

• A lei deve garantir mecanismos de controle sobre a partilha para todos.

E sobre a não depredação da ilha.

• A lei deve garantir mecanismos de controle sobre a partilha para todos.

• A lei deve garantir mecanismos de controle sobre a boa convivência.

• A lei deve garantir mecanismos para educação que evitem a criminalidade e

punições exemplares e justas.

• A lei deve garantir mecanismos para que os valores sejam estipulados

coletivamente.

2. Resposta em grupo. Todas as leis anteriores deverão pautar-se por decisão coletiva e

mecanismos de garantia de uma convivência solidária.

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Páginas 9 - 13

1. O importante é estimular o uso do dicionário, em casa, na escola ou em bibliotecas do

bairro. Se possível, a internet poderá ser consultada também.

2. Resposta aberta, a depender do desejo eleito pelos estudantes. O importante é orientar

os alunos a seguirem os critérios do autor.

Página 13

1. Alternativas (a) e (b).

2. Alternativas (b) e (c).

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

TORNAR-SE INDIVÍDUO

Página 13

Deve-se estimular a pesquisa entre os alunos. Essa pesquisa poderá ser realizada a

partir de fontes variadas tais como dicionários de Língua Portuguesa e, principalmente

de Filosofia. Vale, ainda, a pesquisa em sites da internet que oferecem muitos dados,

mas que devem ser analisados criticamente

• Alteridade: ser outro, colocar-se ou constituir-se como outro.

• Ipseidade: termo usado por Duns Scotus para indicar a singularidade da coisa

individual.

• Linguagem: conjunto de signos que possibilitam a comunicação, mas a pesquisa

deve trazer diferentes abordagens ao longo da história.

• Subjetividade: Noção que, na filosofia, indica a consideração do sujeito como

polo das ações e do conhecimento.

Páginas 14 - 17

1. Deve-se estimular a pesquisa entre os alunos. Essa pesquisa poderá ser realizada a

partir de fontes variadas tais como dicionários de Língua Portuguesa e,

principalmente de Filosofia. Vale, ainda, a pesquisa em sites da internet que

oferecem muitos dados, mas que devem ser analisados criticamente

2. Ele perdeu a relação que tinha com a família (ou sua comunidade de outrora), as

expectativas que as pessoas tinham por ele, a alegria de ser o centro de uma

comunidade.

3. Para responder a esta questão, os alunos poderão retomar imagens e expressões de

sentimentos no texto. “O que fui de amarem-me e eu ser menino”. O importante é

notar que somos diversos entre outros e em nós mesmos, tanto no tempo quanto no

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espaço e nas experiências, mas que podemos manifestar essa diferença e sermos

compreendidos pela linguagem.

4. As imagens da casa úmida e do tremor das lágrimas mostram que agora ele está

sozinho, pois venderam a casa da infância, morreram os parentes e ele tem de

sobreviver na solidão. Ele se tornou só e sem alegria.

5. Procure demonstrar que os detalhes das imagens revelam a profundidade da narrativa

de si. A ordenação dos pensamentos não deve ser considerada na objetividade

mecânica, mas na poética (ontológica), nos limites da linguagem, que nos leva e leva

os leitores a partilhar experiências. Por exemplo, faça com que evitem informações

meramente curriculares, como nome, primeira escola, data de nascimento, nome dos

pais, religião. O que se objetiva é chamar a atenção para a relação da linguagem com

o que somos e nos fazemos ser.

6. A reflexão sobre as mudanças pessoais baseada na relação com a memória e com o

mundo é a pauta desta questão.

7. Visa-se entender que todos somos capazes de mudanças em nós mesmos. Isso será

fundamental para aprofundar reflexões éticas.

Página 17

Deve-se estimular a pesquisa entre os alunos. Essa pesquisa poderá ser realizada a

partir de fontes variadas tais como dicionários de Língua Portuguesa e, principalmente

de Filosofia. Vale, ainda, a pesquisa em sites da internet que oferecem muitos dados,

mas que devem ser analisados criticamente.

• Razão: argumentos em defesa de ideias; faculdade orientadora geral do homem no

mundo e nos processos de conhecimento. Na pesquisa, é importante situar razão na

teoria de alguns filósofos, pelo menos Descartes e Kant.

• Existência: em geral, qualquer delimitação ou definição do ser. A pesquisa pode

trazer definições específicas de cada teoria filosófica, como o existencialismo, por

exemplo.

• Percepção: processo que relaciona o homem ao mundo; processo pelo qual o ser

humano recebe e conhece o mundo.

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7

• Juízo: faculdade de distinguir e avaliar; uma parte da lógica; operação intelectual de

síntese que é expressa em uma proposição.

Páginas 18 - 20

1. Para cada uma das situações ou práticas, é importante a descrição associada ao

espaço, ao projeto arquitetônico que distribui e controla pessoas, delimitando lugares

específicos para determinadas funções. Espera-se que o aluno considere observações

do cotidiano e, caso não conte em seu repertório com elementos para pensar algumas

das práticas indicadas, elabore hipóteses a respeito.

Páginas 20 - 22

Para cada uma das situações ou práticas, é importante a descrição associada

organização do tempo. Espera-se que o aluno considere observações do cotidiano e,

caso não conte em seu repertório com elementos para pensar algumas das práticas

indicadas, elabore hipóteses a respeito.

Páginas 22 - 25

1. Esta é uma pesquisa que pode ser compartilhada entre os colegas, pois a descrição de

cada grupo de pessoas requer mais informações. Oriente as entrevistas a serem feitas

pelos alunos para a busca dessas informações. Entrevistar militares, religiosos,

atletas.

2.

a) Em cada um dos grupos, temos pessoas que podem ser excluídas. Em geral, isso

ocorre com aqueles que não conseguem se enquadrar totalmente, seja por

desvantagem física ou intelectual, e, no caso de famílias, até por problemas de

natureza psicológica, como os dependentes químicos ou aqueles que apresentam

algum problema emocional.

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3. Com questionamentos sobre valores que discriminam pessoas e culturas e sobre

práticas que silenciam e impedem manifestações de diferentes pontos de vista e

modos de ser. Favorecer a manifestação dos excluídos ou em processos de

marginalização social, uma vez que eles podem falar sobre suas experiências e

sugerir alternativas para superação dessa mesma exclusão.

Página 26

1. A redação deve seguir critérios da língua portuguesa e contemplar reflexão realizada

tomando-se por base esta Situação de Aprendizagem, criando hipóteses sobre novas

formas de organização, tendo em vista a solidariedade.

Páginas 26 - 27

1. Alternativa d.

2. Alternativas (a) e (e).

3. Alternativa e.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

CONDUTAS MASSIFICADAS

Páginas 27 - 28

Deve-se estimular a pesquisa entre os alunos. Essa pesquisa poderá ser realizada a

partir de fontes variadas tais como dicionários de Língua Portuguesa e, principalmente

de Filosofia. Vale, ainda, a pesquisa em sites da internet que oferecem muitos dados,

mas que devem ser analisados criticamente

• Egoísmo: termo criado no século XVIII para indicar a atitude de quem dá

importância predominantemente a si mesmo ou às suas ideias.

• Psicanálise: umas das teorias da psicologia, fundada por Sigmund Freud, que tem

como um dos seus principais conceitos o inconsciente.

• Indústria cultural: expressão criada pelos filósofos da Escola de Frankfurt para

designar o processo de transformação da cultura em produção em série e em

mercadoria.

• Sexualidade: conjunto de características associadas ao sexo. A reflexão filosófica

permite o questionamento e a identificação histórica e social de tais características.

Exercícios

Páginas 28 - 30

1. Para não nos submetermos a líderes religiosos, a empregadores ou a políticos.

Devemos ser livres e servir a nós mesmos.

2. Servir à sociedade por motivação religiosa, segundo Max Stirner, seria o mesmo que

agir com a intenção de agradar a deuses, a um deus ou ainda a líderes religiosos. Esta

intenção é egoísta, segundo o autor, porque baseia-se em necessidade pessoal de

obter reconhecimento dentre os que compartilham uma religião e também de um

deus ou deuses desta mesma religião.

3. Para este autor, se cada um assumisse o seu egoísmo fazendo o bem ao outro por

interesse, não haveria intrigas e nem lutas, pois cada um seria tão diferente do outro a

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ponto de não poder sequer discordar. Segundo ele, o problema das lutas é que nos

imaginamos parecidos com os outros e agimos por egoísmo disfarçado, adormecido.

4.

a) Superego.

b) Ego.

c) Id.

5. Respostas para o quadro que associa id, ego ou superego a diferentes afirmações:

Chora toda vez que comete erro: superego

Sente-se reprimido cada vez que mostra sua opinião, mesmo quando as pessoas a

apreciam: superego

Deixou a festa para outro dia, afinal, precisava estudar para prova: superego e

também pode ser interpretado como equilíbrio, uma vez que reconhece momentos

adequados para cada ação.

Não conseguiu resistir a uma barra de chocolate, mesmo sabendo que tinha alergia ao

doce: id

Hora de festa é festa, hora de estudar é estudo: superego e também pode ser

interpretado como equilíbrio, uma vez que reconhece momentos adequados para cada

ação.

Pensa antes de agir: pode ser interpretado como equilíbrio, mas também como

superego.

Age sem pensar: id.

a) Situação em que id está mais presente: agir impulsivamente na direção de

satisfação de um desejo, sem medir conseqüências, mesmo que prejudique a

alguém.

b) Situação em que superego está mais presente: sentir-se envergonhado a ponto de

não querer mais freqüentar um grupo com o qual tenha cometido algum deslize.

c) Situação em que há equilíbrio entre as três estruturas da personalidade descritas

por Freud: realizar auto-reflexão e, em caso de erro com relação a uma pessoa ou

grupo, desculpar-se e comprometer-se a rever postura, revendo-a de fato.

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Página 30

1. O resumo deve apresentar a ideia central do texto: crítica à cultura de massa. Além

disso, deve mostrar pelo menos dois ou três argumentos desta crítica que estão

presentes no texto.

2. Considerando os argumentos acima, o aluno pode ser orientado a escolher uma

propaganda para analisar.

3. A análise conta com roteiro de perguntas de (a) a (g) que facilitam a observação da

reflexão sobre a propaganda selecionada e a reflexão sobre ela. O importante é

exercitar a observação de um gênero bastante popular e presente no cotidiano como a

propaganda com auxílio das perguntas, cujas respostas dependem exclusivamente

das propagandas selecionadas.

Página 34

1. Alternativas (a), (d) e (e).

2. Alternativas (a) e (c).

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

ALIENAÇÃO MORAL

Página 34 - 35

Deve-se estimular a pesquisa entre os alunos. Essa pesquisa poderá ser realizada a

partir de fontes variadas tais como dicionários de Língua Portuguesa e, principalmente

de Filosofia. Vale, ainda, a pesquisa em sites da internet que oferecem muitos dados,

mas que devem ser analisados criticamente

• Alienação: termo já empregado na filosofia medieval para indicar grau de elevação a

Deus; com Hegel e Marx ganha ressignificação, indicando o processo pelo qual o

homem se torna alheio a si mesmo.

• Moral: preceito socialmente estabelecido pela sociedade ou por um determinado

grupo social que denota o conjunto de regras de conduta.

• História: pesquisa e informação ou narração sobre fatos humanos relativos ao

passado da humanidade, segundo o lugar, a época, o ponto de vista escolhido.

• Metafísica: no aristotelismo, investigação das realidades que transcendem a

experiência sensível, capaz de fornecer um fundamento a todas as ciências

particulares.

No kantismo, o estudo das formas ou leis constitutivas da razão pura, fundamento de

toda especulação a respeito de realidades suprassensíveis (a totalidade cósmica, Deus

ou a alma humana), e fonte de princípios gerais para o conhecimento empírico.

No positivismo ou materialismo contemporâneos, qualquer teoria destituída de

sentido, verificabilidade, operacionalidade pragmática ou concretude, apresentando,

consequentemente, tendências dogmáticas, irrealistas ou ideológicas.

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Página 35 - 38

1. Resposta aberta. O importante é orientar os alunos para que respondam tendo como

referência o cotidiano, as pessoas que conhecem, e que manifestem hipóteses

pessoais sobre como gostariam que elas agissem, caso assim não o façam.

2. O enunciado já traz um roteiro para o texto. É importante orientar os alunos para

seguirem esse roteiro e, caso desejem mudá-lo, que explicitem e justifiquem a opção.

3. Neste exercício, temos o inverso: o que as pessoas esperam de mim. Reflexão valiosa

para que se exercite a percepção sobre expectativas do outro com relação a nós

mesmos.

Página 38

Resposta aberta que pode ser orientada com intuito de recuperar as reflexões sobre

ética e a importância de se agir de forma a favorecer a si mesmo e ao próximo.

Página 40

1. Alternativas (b) e (e).

2. Alternativas (a), (b) e (c).

Biografia dos filósofos

Páginas 42 - 46

O importante é estimular os alunos a buscarem informações sobre os filósofos na

internet ou na biblioteca da escola.

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AJUSTES

Caderno do Professor de Filosofia – 2ª série – Volume 2

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada

página.

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30

formação do desejo. Assim, como todos os instintos, a libido está em nossa formação in-dividual. Nas sociedades como a nossa, nas quais aprendemos a esconder o corpo desde crianças, e nas quais os valores religiosos as-sociam sexo a pecado, ocorre uma repressão e uma inibição com relação ao corpo e ao sexo.

Essas sementes de repressão na infância podem se tornar uma neurose no adulto. Os desejos reprimidos, muitas vezes, são mani-festos de forma indireta, por meio de sonhos ou ações que aparentemente não têm a ver com o objeto do desejo reprimido. Por exem-plo, se desejarmos determinado objeto, em vez de sonhar diretamente com ele, podemos sonhar com objetos parecidos ou análogos. Perto de uma pessoa por quem sentimos atração, podemos nos atrapalhar, tropeçar, esquecer palavras, corar ou até mesmo mos-trar desprezo pela pessoa, criando um ódio aparentemente desmotivado e sem sentido. Da mesma forma, isso funcionaria com ou-tros instintos.

A estrutura do mecanismo psíquico

Nosso aparelho psíquico apresenta, para Freud, três estruturas:

Id f : constituído pelos impulsos múltiplos, associado ao princípio de prazer e ao in-consciente.

Ego f : contato com a realidade, associado à consciência de si como indívíduo.

Superego f : internalização das regras morais, associado à consciência sobre os limites oferecidos pelo outro à realização do prin-cípio de prazer.

O ego é nossa fachada; ele tem de estar cons-tantemente em negociação com o Id, que nos impulsiona pelos desejos, e com o superego, que

nos reprime de dentro para fora. O id quer prazer imediato, mesmo que isso custe a própria vida.

Os impulsos são agressivos. Para contê-los, além da repressão direta, o princípio da rea-lidade compele a libido a usar sua força para outras atividades, como a arte e a produção do conhecimento, por exemplo. Isso acontece porque todos nós trazemos uma agressividade que deve ser domada para que possamos viver em sociedade. A luta pelo prazer seria, assim, a destruição da civilização; por isso, inventa-mos a arte, a religião e a moral, com o que podemos negar os impulsos e seus prazeres, a fim de conviver na sociedade.

Nós negamos os prazeres por um pouco de segurança, e não para sofrermos em demasia. No entanto, acontece que a negação social pode ser tão agressiva que o indivíduo não conseguirá ter prazeres suficientes na vida, desenvolvendo, em consequência, as neuroses, as doenças psíquicas.

Debate

Como podemos lidar com nossos impulsos de maneira saudável? Além disso, como os es-portes, as artes, as morais e as religiões nos aju-dam a enfrentar os desejos mais violentos e as repressões mais sufocantes?

Introduza essas questões e abra o debate, escrevendo na lousa as principais considera-ções dos alunos. Como subsídio, esclareça que, para Freud, nós somos animais que desejam e querem o poder para conseguir os prazeres. O que acontece, muitas vezes, é que esse poder é destrutivo, podendo atingir a nós mesmos e aos outros. Mais ainda, quando a sociedade tenta reprimir os desejos, acaba muitas vezes sufocando completamente as pessoas. Para resolver esses impasses, foram inventados os esportes e as artes, as morais e as religiões.

Aqui, é importante tratar, cuidadosamen-te, de questões de foro íntimo, como a religião

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