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Ano XIII | 228 | Junho 2014
ISSN
217
8-57
81
Produzir sem degradar Parque Serra Dourada: produtores e ambientalistas brigam em prol do meio ambiente
VinhoA produção goiana de uma das bebidas mais
famosas do mundo
Faeg e SenarJosé Mário Schreiner deixa
presidência, mas linha de trabalho não muda
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NOVOS DESAFIOS
A revista Campo é uma publicação da Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela
Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG com
distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assina-
dos são de responsabilidade de seus autores.
CAMPO
CONSELHO EDITORIAL
Bartolomeu Braz Pereira, Claudinei Rigonatto
e Eurípedes Bassamurfo da Costa.
Editora: Denise N. Oliveira (331/TO)
Reportagem: Catherine Moraes e Michelle Rabelo
Fotografia: Larissa Melo e Fredox Carvalho
Revisão: Denise N.Oliveira
Diagramação: Rowan Marketing
Impressão: Gráfi ca Amazonas Tiragem: 12.500
Comercial: (62) 3096-2123
DIRETORIA FAEGPresidente: Leonardo Ribeiro
Vice-presidente: Antônio Flávio Camilo de Lima.
Vice-presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Wanderley Rodrigues de Siqueira.
Vice-presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro de Góis.
Suplentes: Flávio Augusto Negrão de Moraes, Flávio Faedo, Vanderlan Moura, Ricardo Assis Peres, Adelcir Ferreira da
Silva, José Vitor Caixeta Ramo, Wagner Marchesi.
Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Estrogildo Ferreira dos Anjos, Eduardo de Souza Iwasse, Hélio dos Remédios dos
Santos, José Carlos de Oliveira.
Suplentes: Joaquim Vilela de Moraes, Dermison Ferreira da Silva, Oswaldo Augusto Curado Fleury Filho, Joaquim Saeta
Filho, Henrique Marques de Almeida.
Delegados Representantes: Walter Vieira de Rezende, Alécio Maróstica.
Suplentes: Antônio Roque da Silva Prates Filho, Vilmar Rodrigues da Rocha.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENARPresidente: Leonardo Ribeiro
Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas de Mendonça.
Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago
de Castro Raynaud de Faria.
Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Elson Freitas e Sandra Maria Pereira do Carmo.
Suplentes: Rômulo Divino Gonzaga de Menezes, Marco Antônio do Nascimento Guerra e Sandra Alves Lemes.
Conselho Consultivo: Arno Bruno Weis, Alcido Elenor Wander, Arquivaldo Bites Leão Leite, Juarez Patrício de Oliveira Júnior,
José Manoel Caixeta Haun e Glauce Mônica Vilela Souza.
Suplentes: Cacildo Alves da Silva, Michela Okada Chaves, Luzia Carolina de Souza, Robson Maia Geraldin, Antônio Sêneca do
Nascimento e Marcelo Borges Amorim.
Superintendente: Eurípedes Bassamurfo Costa
FAEG - SENARRua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300
Goiânia - Goiás
Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222Site: www.sistemafaeg.com.br
E-mail: [email protected]
Fone: (62) 3412-2700 e Fax: (62) 3412-2702 Site: www.senargo.org.br
E-mail: [email protected]
Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: [email protected].
Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2114 – (62) 3096-2226.
Leonardo RibeiroPresidente do Sistema FAEG
Dar continuidade aos trabalhados que têm sido desenvolvidos pela Faeg e pelo Senar, abrindo cada vez mais espaço para o produtor e homem do campo. Com esse objetivo assumi no mês de junho a presidência das duas entidades. Pouco muda na gestão. Tudo continua sendo conduzido da ma-neira como vinha sendo anteriormente, porém com atenção especial aos problemas emergenciais que forem surgindo ao longo do tempo.
Um deles foi a polêmica gerada em torno da demarcação do Parque Serra Dourada, situado na região Noroeste do Estado. Diferentemente do que tem sido dito, produtores e ambientalistas estão do mesmo lado e lutam para proteger o meio ambiente. Cada um à sua maneira.
No geral, quando me perguntam qual será o foco da minha gestão, eu aponto três temas: infraestrutura, que exige principalmente a busca por uma solução para o problema da energia elétrica e das vias de escoamento da produção, seguro rural, que precisa urgentemente de um novo modelo que traga mais segurança ao produtor e assistência técnica, que hoje é a maior demanda do pequeno agricultor.
Nesta edição da Revista Campo, abordamos ainda questões como a luta de quem escolheu viver do leite mas que se depara com inúmeras dificul-dades e vê no Balde Cheio uma ponta de esperança, a produção do vinho em terras goianas e a história das professoras que não satisfeitas em somar conhecimento, multiplicam esse saber em forma de cidadania por meio do programa Agrinho.
Histórias como a de Mauro, Igor, Fernando e João fazem a minha missão à frente da Faeg e do Senar ainda mais importante e dão à ela um grau de responsabilidade incalculável, afinal, são planos e sonhos de quem nasceu ou escolheu o campo para fincar os pés e as raízes.
Meu maior desafio é, com bom senso, ter entendimento e abertura de
diálogo para atender os objetivos de superação de todas as demandas de quem vive no campo e que contribui tanto com quem vive em todos os outros lugares.
Desafios em tempo de desinformação
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PAINEL CENTRAL
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ProsaEm meio ao imbróglio que envolve o Parque Estadual Serra Dourada, o advogado Victor Alencar fala sobre como deve ser a criação de uma Unidade de Conservação
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Visita técnica Comitiva de Serranópolis e Aporé foi até o município de Itarumã para conhecer a história de quem vive, muito bem, do leite
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22Serra Dourada em Goiás Diante de uma possível desapropriação, produtores e ambientalistas se colocam do mesmo lado: em prol do meio ambiente
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João Batista deixou tudo para viver no Parque Serra Dourada
Agenda Rural 06
Fique Sabendo 07
Delícias do Campo 33
Campo Aberto 38
Treinamentos e cursos do Senar 36
18A delícia que vem da uva Fino ou de mesa, Goiás segue produzindo uma das bebidas mais famosas do mundo
José Mário Schreiner deixa presidência das casas e Leonardo Ribeiro assume o cargo prometendo seguir mesma linha de trabalho
Faeg e Senar sob nova direção 14
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MultiplicaçãoSomando esforços e dividindo experiência, professores goianos que participam do Agrinho divulgam programa por meio da multiplicação
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O diploma que abre portasA história de Igor Gomes Garcez, o casqueador que fez sua história de sucesso com um certificado, força de vontade e o Exército Brasileiro
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AGENDA RURAL
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26/06
Jantar beneficente EquoterapiaLocal: Sindicato Rural de Goiatuba
Horário: 19h Informações: (64) 3495-1663
26/06Maiores do ICMS Goiás
Local: Espaço Memoratto, GoiâniaHorário: 20h30
Informações: (62) 3250-1430
Horário: 8h às 17h
Local: SFA-GO (Praça Cívica, n°100, Setor Central)
Informações: Márcia Costa (62 3221-7302) / Mariane Rodrigues (62 3221-7204)
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FIQUE SABENDO
Faeg pede reestudo sobre averbação de reserva legal
Com o objetivo de que a reserva
legal seja regularizada apenas pelo Ca-
dastro Ambiental Rural (CAR), já que
este está em pleno funcionamento em
Goiás, o presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg),
Leonardo Ribeiro, esteve na Corregedo-
ria do Tribunal de Justiça (TJ-GO), no
último dia 16 de junho, onde protocolou
um ofício com a solicitação.
No documento, Leonardo explica
que o CAR já está regulamentado em
Goiás, o que desobriga, conforme a Lei
12.651, o proprietário de averbar sua re-
serva legal junto cartório. Ele alegou ain-
da que os proprietários que precisam fa-
zer transferência e desmembramento de
imóveis estão sendo prejudicados com
a exigência por parte dos cartórios que
continuam exigindo esse procedimento.
Leonardo afirmou também que o
Ministério do Meio Ambiente e a Se-
cretaria de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos de Goiás (Semarh) apoiam a
solicitação. A Faeg aguarda, agora, um
posicionamento por parte do TJ-GO é
esperado para os próximos dias. O ofício
foi entregue, em mãos, para a Correge-
dora Geral, Nelma Branco Ferreira Perilo.
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A Embrapa Pecuária Sudes-te lançou, recentemente, o livro “Construção de ideótipos de gra-míneas para usos diversos”. Espe-cialistas de várias instituições bra-sileiras apresentam quais seriam os tipos ideais de gramíneas confor-me a necessidade, região ou con-dição climática. A publicação abre um novo horizonte para a pesquisa na área de melhoramento genético no Brasil. Com esse mapeamento é possível iniciar pesquisas para de-senvolver as novas plantas.
No livro, os leitores podem en-contrar, por exemplo, informações sobre as características necessárias para a obtenção de forrageiras to-lerantes aos principais problemas como as cigarrinhas-das-pasta-gens, seca, alagamento e encharca-mento, baixa fertilidade do solo e as geadas.
Melhoramento genético de plantas
PESQUISA
Pesquisa da Unesp estuda lodo para ser utilizado como fertilizante
O Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro (SP) estuda a possibilida-de de usar o lodo, sobra tóxica do tra-tamento de esgoto, como fertilizante na agricultura. A pesquisa começou depois de uma análise que provou a perda de carga poluente da substância misturada com o solo, após um ano. Em 2013, a descoberta garantiu a vitó-ria de um prêmio do Ministério Federal de Educação e Pesquisa na Alemanha
para jovens cientistas do mundo.Atualmente, 55% do esgoto gera-
do pelos moradores é tratado e, na estação, passa por inúmeros proces-sos até que a água fique em condi-ções de retornar ao rio. O problema, entretanto, é que o lodo que sobra do tratamento é prejudicial ao meio ambiente. Além disso, o transporte ao aterro sanitário e a armazenagem desse material tem um custo elevado.
Dessa forma, o estudo em muito con-tribui para a destinação adequada.
A pesquisa foi desenvolvida pela aluna de pós-graduação do curso de ciências biológicas Dânia Elisa Christ-tofoleti Mazzeo e levou quatro anos para ser publicada. A aluna misturou lodo ao solo em várias proporções e o enterrou. Depois de um ano, a análise mostrou que a carga tóxica contida no lodo havia desaparecido.
Melhoramento
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PROSA RURALFr
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Victor Alencaré advogado e presidente da Comissão de Direito Ambiental
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Goiás e
da Câmara Técnica de Unidades de Conservação no Conselho
Estadual de Meio Ambiente do Estado de Goiás
Michelle Rabelo | [email protected]
Em meio ao imbróglio que envolve o Parque Es-tadual Serra Dourada, desde que foi divulgada a possibilidade da desapropriação de cerca de 28 mil hectares no local, o advogado Victor Alencar
é firme ao dizer que estudos técnicos, bem como uma discussão ou debate público são necessário antes que uma Unidades de Conservação seja efetivamente criada. A dúvida da demarcação que tem tirado o sono de produ-tores e ambientalistas - cada um com seus motivos – es-barra em pontos da legislação ambiental. Alencar falou à revista Campo sobre as medidas que deixaram de ser to-madas para a possível criação da unidade de conservação.
Revista Campo: Quantas são as
Unidades de Conservação (UC) exis-
tentes, atualmente, no Brasil? Como
são feitas e qual o maior empecilho
para estas efetivações?
Victor Alencar: Como as unidades
de conservação podem ser criadas tan-
to pela União, quanto pelos Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tor-
na-se difícil obter um número preciso.
De toda forma, o Cadastro Nacional
de Unidades de Conservação aponta a
existência de duas mil e onze unida-
des de conservação em todo território
nacional. No Estado de Goiás, a Se-
cretaria Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos – SEMARH, publica
em sua página oficial a existência de
vinte e duas unidades estaduais.
A legislação estabelece, e não poderia ser
diferente, que estudos técnicos precede-
rão à criação de unidades de conservação,
bem como a discussão ou o debate pú-
blico a seu respeito. Em seguida o Poder
Executivo normatiza as características da
unidade, estabelecendo sua criação for-
mal e disciplinado as normas de uso do
espaço e recursos naturais abrangidos.
Quanto ao maior empecilho, vejo o
adequado planejamento quanto ao as-
pecto fundiário, que possa propiciar
uma harmonização do uso das proprie-
dades para fins econômicos e as nor-
mas de proteção ou, quando a convi-
vência se torna impossível, a adequada
desapropriação dos imóveis.
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Revista Campo: Se da área total
das propriedades rurais, 20% são
destinados a Reserva Legal e outros
15% à Áreas de Preservação Perma-
nente (APPS´s), porque entende-se
mais 20% devem ser de UC?
Victor Alencar: Não existe um per-
centual de imóveis legalmente pré-
-definido para ser destinado à criação
de unidades de conservação, no que
pese alguns estados assumirem com-
promissos próprios visando metas de
proteção do respectivo bioma.
Importante é observar que a unidade
de conservação tem uma destinação
diferenciada em relação a área de pre-
servação permanente ou reserva legal,
posto que sua criação se dá com ob-
jetivo certo e determinado para cada
caso, tanto que existe uma classifica-
ção em categorias visando, cada uma,
um mecanismo de proteção diferente.
Revista Campo: Como se dá o pro-
cesso de criação de uma UC?
Victor Alencar: Uma unidade de
conservação pode ser criada por ato
do executivo, mediante decreto, ou
por lei, sendo que sua posterior alte-
ração ou supressão deve se dar neces-
sariamente por lei, como disciplinado
pela Constituição Federal.
A Lei nº 9.985 de 2000, norma que
define regras gerais em relação aos es-
paços especialmente protegidos e que
institui o Sistema Nacional de Unida-
des de Conservação, define diferentes
grupos e categorias de unidades, cada
uma tendo um objetivo muito especí-
fico em relação ao bem ambiental de
maior relevo que visa proteger.
Revista Campo: O que acontece
quando existem na área de uma UC,
além de propriedades rurais, assen-
tamentos? Essas áreas também po-
dem ser desapropriadas?
Victor Alencar: As propriedades
rurais que são abrangidas por uma
unidade de conservação observará li-
mitações quanto ao uso, ou até mes-
mo será desapropriada, dependendo
da categoria em que for classificada.
Existem certas categorias de unida-
des de conservação do grupo “Prote-
ção Integral”, que não admitem qual-
quer tipo de uso dos recursos naturais
ou exploração do espaço, levando à
desapropriação, entretanto algumas
categorias do grupo “Uso Sustentá-
vel” permitem uma gama bem ampla
de atividades em seu interior.
Independente se o imóvel rural é uti-
lizado para fins de assentamento ou
não, a legislação não abre exceções
quando se trata de algumas catego-
rias de unidades de conservação, pois
o meio ambiente é tipo como de inte-
resse difuso, ou seja, de interesse que
sobrepõem interesses privados.
Revista Campo: No caso da desa-
propriação de fato, como funciona
o processo indenizatório? Quantos
processos deste tipo já foram finali-
zados no Brasil e em Goiás?
Victor Alencar: De forma bem resu-
mida, após o decreto desapropriató-
rio pelo Poder Executivo, ou por ini-
ciativa do legislativo, o Estado deve
proceder ao depósito dos valores cor-
respondentes aos imóveis afetados,
tendo-se como parâmetro o valor de
mercado e as benfeitorias indenizá-
veis presentes no local, e mediante a
abertura de processo judicial especí-
fico. Logo após a efetivação do de-
pósito pode o Estado ser beneficiado
com a imissão na posse, ou seja, co-
meçar a utilizar o imóvel para o fim
pelo qual foi desapropriado.
Revista Campo: Qual a orientação
para o produtor rural que se sentir
lesado em virtude da insegurança
jurídica resultante de uma desapro-
priação – em reação da criação de
uma UC?
Victor Alencar: A melhor atitude
é realmente investigar o processo de
criação da referida unidade de con-
servação e se há possibilidade para a
conciliação com as atividades econô-
micas desenvolvidas. Quanto as exi-
gências legais não são absolutamente
observadas, pode-se até chegar à anu-
lação do ato de criação ou até mesmo
influenciar sua reformulação.
Em último caso, um acompanhamento
adequado leva a uma influencia positi-
va até mesmo nos valores destinados
à indenização por desapropriação.
Importante é observar que a unidade de
conservação tem uma destinação diferenciada em relação a área de preservação permanente ou reserva legal
Quanto as exigências
legais não são absolutamente
observadas, pode-se até chegar à anulação do ato
de criação
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MERCADO E PRODUTO
OCom a chegada do mês de
junho, iniciou-se a colheita
da segunda safra de milho
em todo o Brasil e em Goiás, que se
destaca no cenário nacional de milho
safrinha como o quarto maior pro-
dutor. Do total, mais de 90% desta
produção está na região Sudoeste do
estado, com destaque para os muni-
cípios de Jataí e Rio Verde.
A safrinha deste ano iniciou-se em
clima de incerteza, principalmente in-
fluenciada pelos baixos preços comer-
cializados após a colheita da safrinha
passada, que estreitou fortemente as
margens de rentabilidade dos produ-
tores rurais, aumentando os riscos da
atividade. Fato é que, influenciados
pela retomada de preços, a necessida-
de de aproveitamento das terras e a re-
alização da rotação de culturas, Goiás
teve um crescimento em sua área plan-
tada de milho na segunda safra.
Os números oficiais ainda estão
sofrendo algumas variações, mas a ex-
pectativa é que o estado cultive nesta
safra aproximadamente 910 mil hecta-
res de milho safrinha, uma área plan-
tada 8% maior que em 2013, segundo
os dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
Atualmente os preços do milho
na Bolsa de Chicago (CBOT) estão em
patamares baixos e estas cotações ge-
ram, internacionalmente, uma forte
pressão de baixa nos preços internos
do grão. Isso ocorre porque grande
parte do que é produzido no Brasil tem
como destino a exportação.
Deve ocorrer, portanto, uma pa-
ridade entre os preços comercializa-
dos dentro do país e os preços em
Chicago. Frente às expectativas de
poucas variações nas taxas cambiais
no curto prazo, para que esta parida-
de ocorra, é esperada uma redução
nos preços do milho internamente.
É bastante provável que estes preços
possam cair abaixo do preço mínimo
estabelecido pelo governo (R$17,46),
podendo ser necessária a intervenção
para garantir este valor.
Apesar de já iniciada em Goiás, o
maior volume de colheita na safrinha
ocorrerá entre a segunda quinzena
de julho e a primeira de agosto, e os
produtores rurais de todo o Estado
partem para mais esta etapa ainda na
insegurança em relação aos preços a
serem comercializados nesta safra.
Iniciada a colheita de milho safrinha em GoiásCristiano Palavro | [email protected]
Cristiano Palavro é
engenheiro agrônomo e
consultor técnico do Senar
Goiás para a área de cereais,
fibras e oleaginosas
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AÇÃO SINDICALAÇÃO SINDICAL
CEZARINA
ÁGUAS LINDAS
ARAGUAPAZ
O Sindicato Rural de Cezarina realizou, no início de junho, uma edição do Treinamento em Técnica/Pintura. No total, 12 mulheres participaram com instrução de Lânia Aparecida Guireli.
O Município de Águas Lindas recebeu, no mês de maio, o repasse metodológico do Programa Agrinho. Vencedora do concurso final por duas vezes, a professora Maria do Disterro esteve presente e repassou um pouco do conhecimento adquirido no programa. Na ocasião, a professora falou dos desafios que culminaram na sua premiação de dois carros zero quilômetro pela primeira colocação na categoria experiência pedagógica, nos anos de 2011 e 2013. Entre os participantes, o supervisor regional Dirceu Borges.
Em nome da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e do Ser-viço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar
Goiás), o presidente Leonardo Ribeiro presta solidariedade à família de Augusto Irineu Luciano. Presidente do Sindicato Rural de Araguapaz, Augusto que faleceu no último dia 17 de junho, aos 24 anos. O corpo foi velado no Clube Municipal da cidade e o enterro foi realizado no Cemitério de Araguapaz. Augusto é filho de Fausto Brito Luciano (Prefeito de Araguapaz e ex-Presidente do SR) e Magareth Luciano (1ª dama e ex-presidente do SR).
Treinamento técnico em pintura
Repasse do Agrinho
Nota de falecimento
GOUVELÂNDIA
Produtores do município de Gouvelândia realizaram, no último mês de maio, o curso de inseminação artificial. O evento ocorreu em Sete Lagoas e, durante o curso, os produtores aprenderam conceito, história, situação atual, vantagens e limitações da prática. Além disso, o instrutor tratou de reprodução, sanidade, ginecológico, controle zootécnico, instalações, segurança no trabalho e meio ambiente.
Curso de inseminação artificial
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INDIARA
SILVÂNIA
RIO VERDE
CRISTALINA
O Sindicato Rural de Indiara, em parceria com o Senar Goiás realizou um treinamento em produtos de limpeza e higiene. O curso tem como objetivo ensinar: produção de água sanitária e alvejante; purificação das gorduras; base gleicerinada para sabonete; aromatizante de ambiente, sabão sólido, xampu e sabonete líquido para corpo desinfetante; condicionador e amaciante; sabonete sólido; detergente; sabonete líquido para mãos; sabão em pó e cera líquida.
O Sindicato Rural de Silvânia realizou, no último mês um curso em Aplicação de Defensivos Agrícolas - Pulverizador Autopropelido. O objetivo do repasse e ensinar sobre cuidados ambientais (descarte e armazenamento de embalagens) , conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos, sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros. Além disso, inclui na grade de ensino: medidas higiênicas durante e após o trabalho, regulagens e manutenções dos componentes (mecânica e princípios ativos), limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal, entre outros.
Quadrilha, pipoca, algodão doce, cachorro quente e pescaria, assim foi a festa junina do Centro de Equoterapia Primeiro Sorriso do Sindicato Rural, que aconteceu na tarde do dia 11 de junho no galpão do Parque de Exposições de Rio Verde. A festa que é realizada há seis anos, reuniu cerca de 100 pessoas entre praticantes da equoterapia e familiares que aproveitaram a tarde para descontrair e sair da rotina das práticas.
O Sindicato Rural de Cristalina promoveu, no último mês, o curso de panificação para moradores da cidade e do campo. Na programação do curso constam elementos como: preparação de pães artesanais, salgados, bolos e tortas. Quem participou conheceu um pouco mais sobre higienização pessoal, valor nutritivo e acondicionamento e congelamento dos alimentos.
Produtos de limpeza e higiene
Quadrilha da equoterapia
Panificação
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TRANSFERêNCIA DE CARGO
Ex-presidente da Comissão de Irrigação, Leonardo Ribeiro, assume o cargo
Sem José Mário Schreiner, Faeg segue sob nova direção, mas com mesma linha de trabalho
Catherine Moraes | [email protected] Rabelo | [email protected]
Laris
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Com a certeza de uma gestão eficiente, José Mário Schreiner se afastou da presidência da
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e do Conselho Adminis-trativo do Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar) Goiás no último dia 4 de junho. Ele estava à frente das entidades desde 2008 e repassou o co-mando para o vice Leonardo Ribeiro.
Com uma pré-candidatura a depu-tado federal em estudo, José Mário se afastou agradecendo pelas conquistas realizadas com apoio dos diretores, técnicos, funcionários e, claro, pro-dutores rurais. Eleito no último ano com 96% dos votos válidos, ele tomou posse pela última vez no dia 12 de de-zembro. Na mesma semana, Schreiner também se afastou da vice-presidência de finanças da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).
A solenidade de transmissão de cargo a Leonardo Ribeiro foi reali-zada na sede da federação e contou com a presença do governador do Estado, Marconi Perillo; do vice-go-
vernador José Eliton; do deputado federal Vilmar Rocha, entre outras autoridades. No total, mais de 400 pessoas participaram do evento.
José Mário relembrou alguns dos programas voltados para a saúde e educação executados pelas duas casas como: Campo Saúde, Agrinho, Prona-tec, Balde Cheio. Além disso, falou sobre a importância do setor para a economia do país. “Não fosse o setor agropecuário, o Brasil estaria amar-gando um PIB negativo. Temos muitas conquistas dos últimos anos e vamos avançar ainda mais. Hoje me licencio da Faeg para me dedicar a um novo projeto, um novo desafio”, completou.
Se pronunciando pela primeira vez como presidente, Leonardo falou da importância em ser líder de uma instituição como a Faeg, assim como a responsabilidade que isto agrega. “Substituir uma pessoa com a capaci-dade e competência do José Mário não é tarefa fácil. A Faeg e o Senar são es-truturas reais de transformação social e econômica. Pretendo ter bom senso
José Mário e Leonardo Ribeiro no momento da transferência de cargo
José Mário disse que deixa o cargo com a sensação de dever cumprido
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e equilíbrio e me comportar com hu-mildade para reconhecer meus erros e limitações. Conto com esta equipe, dirigentes, presidentes de Sindicato. Ao amigo José Mário, muito sucesso nesta nova empreitada e conte com a gente!”, concluiu.
Passo fundamental para o agroNa ocasião, o governador de
Goiás, Marconi Perillo afirmou que José Mário dá agora, um passo fun-
damental para o setor agropecuário. “Sabemos que este é um momento de pré-candidatura a deputado fe-deral e sete deputados federais não irão mais para a disputa, incluindo o goiano aqui presente, Vilmar Ro-cha. José Mário é um dirigente clas-sista do mais alto talento e Goiás precisa ter forte representação na bancada da Câmara Federal. Ao Le-onardo, deixo, como sempre, todo meu apoio”, completou.
O governador também falou sobre a isenção do IPVA de máquinas agrí-colas, conforme solicitado pela Faeg durante despacho na Exposição Agro-pecuária de Goiânia (Expoago), afir-mando que, isentará máquinas deste pagamento em Goiás. “Já vivemos sem esta verba, continuaremos sem cobrá-la. Também recebi solicitações de mais rodovias a serem cuidadas e já demandei que o pedido seja cum-prido”, pontuou.
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Governador Marconi Perillo esteve no evento e falou sobre a importância
de uma boa gestão da Faeg
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Para Ian George, José Mário deixa um legado muito importante
Questionados sobre pontos positivos e
negativos da gestão, produtores elogiaram
José Mário pela luta em prol do setor e pelo
legado que deixa. Para o novo presidente,
Leonardo Ribeiro, muitas expectativas.
Para o presidente do Sindicato Rural
(SR) de Minaçu, Ian George Carvalho,
José Mário repassa o cargo, mas deixa
um legado muito importante: pequenos
produtores incluídos nas decisões do
agronegócio goiano. “O que acompa-
nhei desde que José Mário assumiu a
Faeg, é uma gestão aberta que vai lá à
ponta para captar o que o produtor es-
pera de melhorias. Isso é valioso, e as-
sim a gente se sente acolhido”, explica.
Ian, que também é criador de gado
de corte, espera que Leonardo Ribeiro
dê continuidade ao trabalho de Schrei-
ner mantendo a liberdade que sempre
teve junto à presidência da Casa. “Nós,
os produtores, presidentes de SR e sindi-
calistas no geral, sempre tivemos aber-
tura para expor nossas ideias e mostrar
o que era melhor para cada região. As
coisas precisam continuar assim”.
O produtor não poupou elogios a
Schreiner, à frente da entidade desde
2008. “José Mário deu mais visibilida-
de para o sistema Faeg e para o Senar
perante pessoas que às vezes nem são
ligada ao meio rural e acabam não sa-
bendo o que as entidades fazem pelo
homem do campo”.
Balanço positivo para quem vive do agro
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PRODUÇÃO DE VINHO EM GOIÁS
Marcelo produz vinhos tintos finos em pleno Cerrado Goiano
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Se de médico e louco todo mundo tem um pouco, ob-servando precipitadamen-te é possível acreditar que Marcelo de Souza detenha
uma dose extra de ambos. Mesmo depois de aprofundar os estudos, participar de eventos e debruçar so-bre a literatura, o otorrinolaringo-logista foi chamado de maluco aos quatro ventos quando decidiu colo-car em prática uma ideia antiga: pro-duzir vinhos tintos finos. Detalhe: em pleno Cerrado Goiano.
A ousadia rendeu frutos. Em sua terceira safra com volume para
comercialização, serão produzidos cerca de 3,5 mil garrafas de vinho fino. Para a próxima safra, que será comercializada somente em 2016, a perspectiva é de dobrar o volume. Na vinícola Pireneus, são elaborados os vinhos tintos finos Bandeiras (elabo-rado com uvas Barbera) e o Intrépido (uvas Syrah). A unidade dos dois pro-dutos oriundos da colheita de 2012 será comercializada a R$ 85. Com vendas consolidadas em cartas de restaurantes de Goiânia e Brasília, as portas começam a se abrir para os mercados cariocas e paulistas. “Vamos reservar um pouco para
exportar para outros Países. Embo-ra ainda não tenha entrado efetiva-mente no mercado paulista, a ideia é que ele seja avaliado pela crítica internacional”, diz Marcelo.
Não é para menos. A rapidez com que o vinho produzido na vinícola Pi-reneus, localizada em Cocalzinho, a 132 quilômetros de Goiânia, surpre-endeu até o próprio empreendedor. A primeira safra, comercializada em 2012, foi bem avaliada por enólogos e degustadores de vinhos.
Os produtos colecionam uma ava-lanche de reconhecimento. O rótulo Bandeiras safra 2010 participou, jun-
Bebida produzida em cidades do interior conquistam seu espaço
Karina Ribeiro | [email protected]
Da uva ao vinho em pleno Cerrado Goiano
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O médico investiu em aprendizado
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tamente com outras jovens promes-sas do mercado brasileiro, da quinta edição da Vinum Brasilis 2012 – figu-rando em segundo lugar entre os tin-tos. Isso tudo ocorreu apenas quatro meses após o lançamento comercial de sua marca. E não parou por aí. Fei-to com um mistura de barbera (85%), tempranillo (10%) e sangiovese (5%), angariou ainda o título de melhor tin-to na categoria outras uvas do Anuá-rio de Vinhos Brasileiros do Instituto Brasileiro 2012. Na Revista Baco, na seleção feita em dezembro de 2012, o vinho está entre os seis melhores tintos nacionais entre os valores de R$ 60 e R$ 100. “Foi surpreendente-mente rápido e as dúvidas dissiparam na cabeça de muita gente”, ressalta. Marcelo conta que apreciava vinhos desde a década de 1990, quando fa-zia sua especialização médica em São Paulo. Em meio ao estudo, circulou por eventos sobre o assunto e inves-tiu em aprendizado. “Estava fascina-do sobre vinhos quando voltei para
Goiás para me estabelecer e trabalhar como médico”, diz. Daí foi um passo para tomar iniciativa de criar grupos de apreciadores de vinhos na capital.
Ele afirma que começou a perce-ber que as regiões mais elevadas do Cerrado tinham características inte-ressantes para a produção de uva– altitude, baixas temperaturas à noite e altas temperaturas durante o dia.
Essas características, explica, permitem que a maturação da casca, semente e polpa ocorram de forma mais uniforme – o que não ocorre em regiões mais frias. “Vi que na Índia estavam desenvolvendo pro-jetos com clima muito próximo ao nosso”, afirma. Ele diz que utiliza técnicas semelhantes às asiáticas, porém com uvas mais selecionadas.
Implementação Foi em 2004 que adquiriu uma
área com um pouco mais de 30 hec-tares no município de Cocalzinho a 950 metros de altitude. Hoje são pro-
duzidos 4 hectares de uva que ren-dem uma produção de 3,5 toneladas por safra. Ele explica que a produção ainda é modesta em função da ne-cessidade de realizar alterações nos parreirais ao longo dos anos. Com a chegada de novos investidores, a ideia é aumentar a área para 7 hec-tares. Agora mais experiente, afirma, a perspectiva é atingir, em quatro anos, até 5,5 toneladas por hectare/safra, próximo ao limite da linha pre-mium. “É mais difícil modificar um parreiral do que plantar um do zero”, salienta.
Marcelo afirma que os rótulos dessa safra prometem surpreender ainda mais o mercado. O Intrépi-do evoluiu 18 meses em barricas de carvalho francês e americano en-quanto o Bandeiras evoluiu em 12 meses. “Quase se enquadra a um Gran Reserva”, finaliza.
Vinhos de mesaPelo menos outras duas vinícolas
instaladas em solos goianos ganham o mercado de vinhos populares e de preços mais acessíveis.
A Serra das Galés, localizada em Paraúna, Região Sudoeste do Esta-do, começou a produção de vinhos e suco de uva em 2008, um ano após a inauguração da vinícola. A pro-dução é de 450 mil litros de bebida por ano, sendo 65% destinado ao de suco de uva natural e integral e o restante destinado à produção de vinho de mesa. “O mercado de suco de uva natural cresce a cada ano”, diz o sócio-gerente da vinícola e res-ponsável técnico dos produtos, Valdir Cristofoli. São cultivadas as varieda-des Niágaras branca e rosada, Isabel precoce, Violeta e Cora.
O custo do vinho de mesa Cálice de Pedra para o consumidor final é de R$ 6 a garrafa enquanto que a garrafa de 2 litros do suco de uva integral de mesmo nome, o de maior volume de vendas, é de R$ 13. Existem também opções 300 ml, 500 ml e 1 litro.
Embora o crescimento da produ-ção seja de 10% ao ano, Valdir explica que o mercado está em franca expan-
Valdir está no ramo há 6 anosLa
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são. Tanto, diz, que se houvesse ma-téria-prima suficiente poderia dobrar a produção das bebidas. “Não produ-zimos uva, só sucos e vinhos”, diz. Tanto que estão planejando investir na produção do fruto em 40 hecta-res de terra. “ O mercado está bom, vendemos basicamente para Goiás e a Região do Triângulo Mineiro”, diz.
Oriundo de tradicional região pro-dutora de vinhos e sucos de uva de Bento Gonçalves (RS), Valdir também
afirma que muita gente duvidou do sucesso da produção de uvas em solos goianos. Ele explica que além da exce-lente condição climática (temperatura média no inverno de 28 graus durante o dia e 15 graus na madrugada), faz com que a maturação seja mais uni-forme, além da produção não sofrer com ataques de pragas. “Antes de virmos, estudamos todas essas con-dições e analisamos o solo”, explica
Mais na Região Central do Esta-
do, o município de Itaberaí também é berço de um caso de sucesso no mundo dos parreirais. Precursores em plantação de uvas em escala co-mercial em Goiás, há 13 anos a famí-lia Razia toca a Vinícola Goiás.
Durante boa parte do tempo, a dedicação de pai e filho foi exclusi-va ao suco de uva integral Del Non-no. Nos 12 hectares são colhidos 250 toneladas de uvas que rende 80 mil litros que abastece rede hotelei-ra, bares, restaurantes, redes de fast food e pousadas. Danilo e Anir ainda esperam a autorização para comer-cializarem o vinho e enquanto isso se dividem os cuidados com os par-reirais. “Está desmistificando essa questão de que é difícil produzir uvas em Goiás”, afirma Anir.
O jovem calcula que sejam produ-zidas 3 mil garrafas de vinho colonial por safra. Agora, a família investe no enoturismo. “Recebemos alunos de gastronomia, agronomia e famílias que querem visitar a produção e co-nhecer os parreirais”, conta. Ele res-salta que está em fase de construção um restaurante na propriedade. En-quanto isso, Danilo exibe orgulhoso os cachos que dão vida a uma das be-bidas mais famosas do mundo.
Anir ainda espera a autorização para comercializarem o vinho
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Danilo mostra os cachos da fruta com
orgulho
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PARQUE ESTADUAL SERRA DOURADA
Os desafio de quem vive da terra e quer produzir sem degradar
Karina Ribeiro | [email protected]
Especial para a Revista Campo
Produtores e ambientalistas do mesmo lado: em prol do meio ambiente
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João Batista, de 67 anos, vive com a família na zona rural de Mossâmedes e diz
não pretender sair do lugar
Depois que o governo revogou
a pedido de produtores e li-
deranças ruralistas o decreto
que desapropriava 28 mil hectares
de propriedades particulares situa-
das dentro do Parque Estadual Ser-
ra Dourada, um grupo de estudo foi
formado para discutir a proposta de
redelimitação do parque. Os levanta-
mentos devem começar em agosto e
a tendência é de que sejam retiradas
as áreas antropizadas e incluídas as
Serras Cantagalo e de São Francisco
na unidade de conservação com o
intuito de alcançar o volume de área
inicial. Essa nova diretriz trouxe alí-
vio a produtores rurais que temem a
desapropriação de suas terras.
A primeira reunião para discutir
as propostas de redelimitação do
parque ocorreu no dia 12 de julho e
contou com a participação de repre-
sentantes do Iphan, Incra, Associa-
ção Para Recuperação e Conservação
Ambiental (Arca), sindicatos rurais,
Secult, Faeg, além da Secretaria do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Semarh), que coordena o grupo.
Segundo a secretária da Semarh,
Jacqueline Vieira, a partir de agosto,
por meio da contração de uma em-
presa terceirizada, estudos técnicos
vão levantar aspectos socioeconô-
micos, físicos e fundiários do local.
“Vamos fazer uma espécie de radio-
grafia da região”, afirma. A ideia é
que as informações apuradas pela
equipe técnica sejam analisadas para
que o grupo construa uma proposta.
No entanto, a secretária admite que a
permanência do antigo Decreto 5768,
criado em 2003, que delimitava a área
do Parque Serra Dourada em 28 mil
hectares e cujo Decreto 7992, publi-
cado ano passado, que determinava a
desapropriação de propriedades par-
ticulares localizadas nestas áreas, não
deve ser efetivada. “Com a delimita-
ção antiga que gerou o decreto de de-
sapropriação não vamos chegar a um
acordo”, frisa. Ela explica que essa
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José Pereira enumera alternativas que podem ser exploradas com a criação do parque
lacuna de 10 anos criou um impasse.
“Na ocasião, se tivessem seguido to-
dos os trâmites poderia ter resolvido
e evitado tudo isso”, ressalta.
“É uma região muito importante
para Goiás, vamos fazer um estudo
minucioso com o intuito de passar re-
almente por um processo de constru-
ção envolvendo todos os interessa-
dos”, informa. A tendência, ressalta,
é de que os proprietários permane-
çam em suas terras, cumpram um ter-
mo de compromisso para que sejam
mantidas as áreas de preservação. No
entanto, a ideia é agregar outras áreas
próximas da área anteriormente deli-
mitada para assim manter o volume
de terras previsto no decreto inicial –
cerca de 28 mil hectares. Em sua con-
cepção, o estudo deve ser finalizado
ainda este ano para que a proposta
seja enviada à Assembleia Legislativa.
“Hoje o setor produtivo, ambiental
e a secretaria do meio ambiente tem
liberdade para buscar a melhor solu-
ção, que pode não ser ideal para um
nem para outro, mas que atenda as
necessidades de cada um sem gerar
trauma nem insegurança”, ressalta o
presidente da Faeg, Leonardo Ribeiro.
Para ele, a organização de um gru-
po para estudar as propostas mais
viáveis para a criação do parque am-
biental é a melhor solução para o bem
coletivo, sobretudo, o meio ambiente.
Isso porque, o trabalho em harmonia
pode evitar um embate jurídico. “Isso
atrasaria ainda mais a criação do par-
que e não é o que queremos”,diz.
Ele explica que os proprietários
rurais e assentados estão dispostos
a assinar um termo de compromisso
para continuar preservando suas re-
servas legais e Área de Preservação
Ambiental (APP).
Leonardo informa que essa di-
retriz pode ser favorável a todos:
sociedade, setor produtivo e setor
ambiental. Como mecanismo de
compensação ambiental os produ-
tores poderiam doar para o Estado
suas reservas legais, ficando deso-
brigados de terem que cuidar dessa
área, ou uma segunda alternativa se-
ria vender suas reservas legais para
outros proprietários rurais que tem
necessidade de averbar essas áreas.
“Desobrigando o Estado de indeni-
zar esses produtores”, explica.
Por isso, se mostra otimista com
os rumos para a criação do Parque
Estadual Serra Dourada. A revoga-
ção do decreto de desapropriação das
propriedades rurais, diz, trouxe tran-
qüilidade para que todos discutissem
o assunto mais aprofundadamente e
apontassem diversas soluções para o
problema. “Devemos fazer o bom uso
dessa oportunidade para criarmos
um projeto que seja modelo para ou-
tras unidades que também precisam
ser regularizadas”, finaliza.
O presidente do Sindicato Rural
de Mossâmedes, José Pereira Caeta-
no compartilha da opinião de Leonar-
do. Ao contrário de torcerem contra a
criação da unidade de conservação,
ele enumera outras alternativas que
podem ser exploradas por produtores
rurais com a criação do parque. “Nós
entendemos que a terra é um bem para
todos, que pode ser explorada para o
turismo, para a medicina (plantas me-
dicinais), piscicultura. Com um parque
bem administrado, isso vem em forma
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Entenda o caso
Decreto 5768 para a criação do
Parque Estadual Serra Dourada
(PESD) foi publicado em junho de
2003 e ficou engavetado até setem-
bro de 2013, quando outro decreto
desapropriava as áreas particulares
localizadas dentro do (PESD).
Esse foi o ponto de partida do
imbróglio envolvendo setores produ-
tivos, ambientais e o governo. Se-
gundo representantes de entidades, a
criação do parque em 2003 foi reali-
zada somente no papel. Ou seja, não
foram realizados levantamentos fun-
diários, socioeconômicos entre outros
necessários para a regularização do
parque. Isso inclui também a ausên-
cia de uma audiência pública, funda-
mental e também prevista em lei, para
discutir o assunto com a população
diretamente afetada com a criação
da unidade de conservação. “Existem
leis estadual e federal que não foram
cumpridas para a criação do parque.
Não foi feito estudo para conhecer a
limpo o parque e seus produtores. O
governo desconhece quem são essas
pessoas”, afirma a consultora técnica
do Senar, Jordana Sara. No entanto,
a secretária Jaqueline Vieira informa
que na ocasião foram realizados es-
tudos e a delimitação englobava áreas
prioritárias, porém não havia recursos
disponíveis para a indenização das
propriedades. “Essa lacuna de 10 anos
criou esse impasse”, reitera.
Com o decreto publicado em se-
tembro do ano passado para a desa-
propriação das terras na área inicial-
mente delimitada, de 30 mil hectares,
sindicatos rurais de Mossâmedes, Goi-
ás e lideranças de Buriti de Goiás com
o apoio da Faeg se uniram com o intui-
to de realizar um levantamento preci-
so dos proprietários rurais que seriam
atingidos com o decreto, além de dis-
cutirem os reflexos dessa interferência
nos âmbitos econômicos e sociais.
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Adelcir Ferreira destaca a existência dos assentamentos
de riqueza. O produtor fica feliz, a so-
ciedade e o governo”, enfatiza.
O Sindicato Rural de Goiás con-
tratou técnicos nos quais apuraram
que na área do parque existem 188
propriedades rurais e dois assenta-
mentos regularizados pelo Instituto
Nacional de Regularização e Refor-
ma Agrária (Incra). Ao todo, atingiria
mais de 250 famílias.
“Muitos são pequenos produtores
que vivem exclusivamente da produ-
ção. Vale lembrar ainda que existem
dois assentamentos no local”, afirma
o vice-presidente do Sindicato Rural de
Goiás, Adelcir Ferreira da Silva. Além
disso, lembra que existem casarões
centenários que fazem parte do patri-
mônio histórico de Goiás. “Muitos dos
proprietários vivem em casarões que
foram dos seus bisavós”, ressalta.
Após levantamento, o primeiro
projeto apresentado pelo Sindicato
Rural de Goiás desagradou a Semarh
e,sobretudo, ambientalistas. A propos-
ta, que agora pouco ventila entre líderes
e representantes do grupo de estudo, é
de desafetação de 12 mil hectares onde
estão localizadas as 188 propriedades
rurais e os dois assentamentos. Com
isso, a redução da área total do PESD
seria de aproximadamente 42%.
Mas durante a consulta pública
realizada no dia 9 de junho no Sin-
dicato Rural de Goiás foi apresentada
a ideia de uma terceira via: excluir as
áreas produtivas da unidade de con-
servação, mas agregar uma Área de
Proteção Ambiental (APA) vizinha ao
parque, onde estão as Serras do Can-
tagalo e de São Francisco. Na ocasião,
a proposta alternativa foi apresenta-
da pelo especialista em planejamento
urbano e ambiental, Rodrigo Santana.
Produtores Mais aliviados com os novos ru-
mos da criação do parque, a maioria
dos produtores admite que não tem
interesse em sair de suas proprieda-
des. Desconhecem ainda que estives-
sem dentro de uma área delimitada
para a criação de um parque por meio
de um decreto publicado em 2003.
João Batista, de 67 anos, conta que
escolheu a dedo os 101 hectares de
terra situada na zona rural de Mossâ-
medes para curtir sua aposentadoria
de forma tranqüila. Em 2000, quando
decidiu tocar a vida exclusivamente
no campo, comprou terras próximas
à São Luis dos Montes Belos e tam-
bém próxima à Goiânia. “Assim fico
perto do que tenho necessidade e de
minhas filhas”, afirma.
Na ocasião, diz que gastou R$ 130
mil reais, mas que hoje acha difícil ser
indenizado pelo preço real das terras.
Tendo como referência os valores co-
mercializados de terras vizinhas, cal-
cula que as suas chegam a valer R$
1 milhão. “Mas não tenho interesse.
Gastei tudo o que tinha para vim para
cá e ficar”, diz.
Ele explica que trabalha em dife-
rentes atividades para garantir o pró-
prio consumo, vende somente o exce-
dente de leite. Gado de corte, leite,
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Parque Serra Dourada
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Fernando Rodrigues vive no campo desde criança e diz não vislumbrar outro meio de vida
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lavoura e horta. Tudo para o consumo
dele, da esposa, Dinair Maria Gonçal-
ves e para as filhas quando os visitam.
Se a terra lhe fornece o alimento
para viver, ele contribui com a preser-
vação das reservas. “Protejo minhas
nascentes, conservo minha reserva.
Não quero indenização, quero ficar
do jeito que está”, finaliza.
Um dos líderes do assentamento
Bom Sucesso, Fernando Rodrigues
Rios, de 35 anos, diz que desde criança
viveu no campo e não vislumbra outro
meio de vida. Em sua única experiên-
cia na cidade, quando atuou no ramo
de confecção, não obteve sucesso.
Há cinco anos está no Assenta-
mento Bom Sucesso em uma gleba
de 45 hectares. Ele diz que não ficou
preocupado com a visita dos técnicos
da Semarh, já que sua propriedade
não estava incluída na delimitação.
“Só atingia minha reserva, mas luta-
mos pelos outros”, diz.
Ele explica que outros assentados
ficaram desesperados com a possi-
bilidade de terem que sair do local,
já que temiam não trabalharem mais
com a atividade rural. “Tem gente que
só sabe fazer isso. Foram funcioná-
rios de fazendas e agora conseguiram
suas terras”, afirma.
Economia Embora não haja um levantamen-
to específico sobre o impacto que
a desapropriação dos produtores e
assentados acarretaria na economia
dos municípios, representantes e téc-
nicos estão convictos que o resulta-
do seria significativamente negativo.
Jordana Sara lembra que essas
áreas antropizadas não possuem
mais vegetação nativa e que são de
extrema importância para a econo-
mia dos municípios. Na região onde
o PESD engloba o município de
Goiás, muitas áreas são dedicadas
à pecuária enquanto que do lado
de Mossâmedes e Buriti de Goiás,
existem pólos de piscicultura, aviá-
rios, produção de grãos. “São terras
mais férteis e de grande importân-
cia econômica”, afirma.
Adelcir Ferreira calcula que se-
jam criadas na região cerca de 15 mil
cabeças de gado, além da produção
leiteira, doces caseiros e confecção
de artesanato. “Gira a economia da
cidade. Os produtores e assentados
compram em farmácias, lojas de ele-
troeletrônicos, supermercados. Sem
falar nos funcionários das proprie-
dades que teriam que buscar outro
lugar para viver”, informa.
LegislaçãoNa concepção do advogado agro-
ambiental, Marcelo Feitosa, a unida-de de conservação do Parque Estadu-
al Serra Dourada foi criada de forma irresponsável pelo Estado, já que descumpriu os requisitos básicos que a constituição determina. “São neces-sários estudos prévios assim como um diagnóstico preciso de todos os que serão afetados”, resume.
Ele ressalta que ao deslumbrar um espaço ecológico, o Estado deve ter recursos para pagar a indeniza-ção à vista, em dinheiro e de acordo com o valor de mercado.
“O que mais preocupa é que eles revogaram o decreto inicial com ou-tro decreto”, afirma. Conforme ele, só uma lei ordinária pode revogar o decreto de criação do parque. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), informa, de-termina que parques só podem ser criados se houver audiência pública e estudos que avaliem a participa-ção de todos os interessados.
Ele explica que o correto é o pro-dutor rural que se sentir lesado em virtude dessa insegurança jurídica é
buscar o poder judiciário.
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ITARUMÃ
Comitiva visita propriedade de integrante do Balde Cheio
Michelle Rabelo | [email protected]
O empurrãozinho que faltava para quem sonha em viver do leite
Mauro acompanha atentamente a explicação do técnico na
chácara de Itarumã
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Deixar de ser tirador e se trans-
formar em produtor de leite.
Esse é o objetivo de Mauro Luis
Lima. Juntamente com uma comitiva,
ele foi até o município de Itarumã co-
nhecer uma propriedade leiteira na qual
se diminuiu os custos e hoje se produz
mais. Com olhos atentos ele busca in-
formações que devem ser utilizadas
para mudar a realidade da sua proprie-
dade, uma área de oito alqueires, em
Serranópolis, onde vivem 50 animais.
Mauro conta que o gado mudou, o mer-
cado evolui, e que o que ele mais preci-
sa no momento é de assistência técnica.
Para isso, Mauro diz que comprometi-
mento é sua palavra de ordem.
Na busca por essa mesma transfor-
mação, que exige dedicação e busca por
conhecimento, outras 30 pessoas – vin-
da de Serranópolis e Aporé - , além de
Mauro, visitaram a chácara de Luiz José
Machado. Desde 2013 a propriedade é
uma Unidade Demonstrativa da meto-
dologia Balde Cheio e no início do mês
de junho passado foi palco da visita or-
ganizada por várias mãos. Falaram aos
presentes o técnico regional Raí Valle de
Souza, o coordenador do Balde Cheio,
Marcos Henrique Teixeira, o supervisor
Regional do Sudoeste, Renildo Mar-
ques, e o presidente do Sindicato Rural
(SR) de Itarumã, Elson Freitas.
Durante a visita, o objetivo era apre-
sentar a propriedade aos possíveis par-
ticipantes do Balde Cheio, assim como
a situação de outras propriedades assis-
tidas. “Queremos mostrar na prática o
que é apresentado para eles na teoria.
Mostrar que dá certo. Toda essa visita
é para eles saírem daqui incentivados e
acreditarem que é possível ganhar di-
nheiro com o leite”, pontua Raí.
Para Elson Freitas, a metodologia é
um dos melhores quando o assunto é
assistência ao produtor rural em Goiás.
“Prova viva é o Luiz, que chegou a pro-
duzir 460 litros de leite por dia e que
conseguiu alcançar a 1ª meta, 400 li-
tros/dia, com 18 meses de projeto”, des-
taca. Mas para chegar até esse patamar,
o produtor precisou arregaçar as man-
gas e confiar nas instruções do técnico
responsável. Raí visita a propriedade
uma vez por mês e acompanha de perto
todo tipo de variação, como o pico de
produção que é feito a partir do que o
animal come e do que ele produz.
Luiz fez a análise e a correção do
solo, além das adubações de base,
orgânica e nitrogenada, a compra de
um tanque de expansão, silo para ar-
mazenagem de concentrado e quadro
reprodutivo. Além disso, o produtor
mudou a pastagem: hoje são 0,6 hec-
tare de Tifton 85; 0,9 de Mombaça e
1 hectare de grama Jiggs.
Mudanças que trazem a esperança
Atualmente, a chácara Nova Espe-
rança tem uma produção de 260 litros/
dia, o que resulta em uma média de
205 litros de leite diariamente. Os nú-
meros são bons, mas ainda estão lon-
ge da meta estabelecida por Raí, que é
O técnico regional Raí Valle é o responsável pela propriedade do
José LuizLaris
sa M
elo
28 | CAMPO Junho / 2014 www.sistemafaeg.com.br
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de 700 litros de leite cada vez que Luiz
trocar a folhinha do calendário.
“O projeto não é só encher o bal-
de de leite. É mudar a vida do produ-
tor. A intenção é ver a cadeia do leite
crescer. Diminuir a terra e aumentar
o gado. Intensificar, produzir mais e
saber, na ponta do lápis, o que entra
na gibeira”, destaca o técnico.
O objetivo do programa é o sonho
de todo produtor de leite que se preze:
aumentar os lucros diminuindo os cus-
tos. Para participar, o produtor precisa
se adequar a quatro requisitos básicos:
fazer exames de brucelose e tuberculo-
se em todos os animais da propriedade,
deixar o local aberto à visitação, cum-
prir com o combinado junto ao técnico
responsável pela propriedade e não dar
ouvidos aos conselhos desanimadores
de vizinhos e parentes.
Tudo precisa ser devidamente ano-
tado nas tabelas que, no início, deixam
os participantes de cabelo em pé. “O
mais difícil não é mudar cerca, capim
ou animais. O difícil é mudar a gente”,
conta Luiz José.
Laris
sa M
elo
Os visitantes fizeram uma análise de cada espaço da chácara Nova Era
Luiz José e Ana na propriedade que hoje gera frutos
Laris
sa M
elo
Junho / 2014 CAMPO | 29www.senargo.org.br
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COMPROMISSO SOCIAL Fr
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Car
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Fred
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Laris
sa M
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Se educar é uma forma de in-vestir no futuro do país, multi-plicar modos de ampliar ainda
mais esse conhecimento é uma prova de amor ao próximo. Há sete anos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás realiza o Progra-ma Agrinho envolvendo crianças da educação infantil e do ensino fun-damental da Rede Pública em ativi-dades pedagógicas relacionadas a
temas como cidadania, meio ambien-te e responsabilidade social. Depois de conhecerem o tema de 2014 – que “Esporte, Lazer, Cidadania e Meio Ambiente” - e passarem por uma capacitação intensa, os professores participantes entram na fase de mul-tiplicação, quando transferem o que aprenderam para outros educadores e apostam em um alcance surpreen-dente.
A edição de 2014 trouxe o tema “Es-porte, Lazer, Cidadania e Meio Am-biente”, e é a partir dele que alunos e professores disputam nas catego-rias Redação, Desenho, Desenho Es-pecial, Escola Agrinho e Experiência Pedagógica. Os trabalhos de profes-sores e estudantes concorrem a prê-mios que vão de câmeras digitais a um automóvel zero quilômetro.
Professores goianos que participam do Agrinho divulgam programa por meio da multiplicação
Michelle Rabelo | [email protected]
Somando esforços, dividindo experiência e expandindo conhecimento
O professor Marcos de Souza passou foi um dos educadores que passaram pelo processo de capacitação
Brincadeiras usadas na capacitação também foram levadas para a fase da multiplicação
Os professores foram divididos em turmas para serem capacitados
A edição de 2014 do Agrinho trouxe o tema “Esporte, Lazer, Cidadania e Meio Ambiente”
30 | CAMPO Junho / 2014 www.sistemafaeg.com.br
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Mar
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Ao todo, 381 professores de todo o Estado compareceram às aulas da ca-pacitação, que tiveram início em 18 de fevereiro. Assim que chegam em suas cidades, eles condensam as 36 horas de aula em 12 que serão repassadas aos educadores que não participaram da capacitação. É tempo de multipli-
car! As turmas precisam ter entre 20 e 50 professores, que durante a mul-tiplicação se transformam em alunos. Em 2012 foram 2.500 capacitados que multiplicaram para 4 mil outros educadores. Em 2013 esse número em passou para 410 capacitados para 9.600 atingidos pela multiplicação e em 2014, 381 para 11.878. Os dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás arrancam sorrisos de todo educador que se preze: são ao todo 182 muni-cípios, 1.316 escolas – entre estadu-ais, municipais e conveniadas – e 356.340 alunos. Os números enchem de orgulho a coordenadora de ações e projetos do Senar Goiás, Maria Luiza Bretas, à frente do programa. Os multiplicadores recebem, des-de 2012, uma ajuda de custo, que na opinião de Maria Luiza é muito justa. “Eles passam a multiplicar com olhar de instrutor. É um investimento na qualidade do ensino”, conta.
Maria Luiza, porém, também destaca pontos que precisam ser melhorados. Um deles é a escrita dos professores que entregam projetos contando como fizeram para repassarem o conheci-mento e estimular os alunos a partici-parem do Agrinho. “Quando recebe-mos os projetos nos damos conta que muitos dos nossos professores fazem um trabalho diferenciado nas escolas, mas eles têm uma dificuldade homéri-ca de passar isso para o papel. Eles são ótimos na ação, mas não são tão bons na escrita”, conta. Foi aí que decidimos convidar a pro-fessora bi-campeã do Agrinho, Maria do Desterro, para ministrar palestras contando como conseguiu levar para casa dois carros zero quilômetro na área experiência pedagógica. Hoje, temporariamente fora da sala de aula e da concorrência, ela corta o estado com o objetivo de fazer com o que pro-fessor acredite que é possível ganhar um carro.
Maria do Desterro ministra palestras sobre metodologia de trabalho
Maria do Desterro levou um carro zero quilômetro com projeto Sinal Verde
Exemplo de sucesso
Junho / 2014 CAMPO | 31www.senargo.org.br
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ABÓBORA CARAMELIZADA Itaberaí
SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURALSEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL
Convite
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR/AR-GO e o Conselho Regional de Contabilidade têm a honra de convidá-lo para o Seminário Regional de Contabilidade Rural que acontecerá no dia 13 de agosto de 2014, em Itaberaí.
Horário: 8hData: 13/08/2014Local: Auditório do Sindicato Patronal Rural de ItaberaíRua Mestre Virgílio Esq. c/ Luiz Antônio, Centro - Itaberaí-GO
Palestrante: Israel Ferreira de Lima - Contador especialista em Direito Tributário e Controladoria, professor da UFPE, Católica/PE, CESMAC/FEJAL e FAFIRE.
8h Credenciamento8h20 Abertura 8h30 Palestra: Instituição SENAR9h Atividade Rural - Pessoa Física
12h Intervalo de Almoço13h15 Atividade Rural - Pessoa Jurídica16h45 Avaliação e certi�cação17h Encerramento
Programação:
INSCRIÇÃO GRATUITA - www.senargo.org.br - através de link: Seminário RegionalInformações: SENAR Goiás - (62) 3412-2748 ou (62) 3412-2750
Itaberaí
SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL
Convite
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR/AR-GO e o Conselho Regional de Contabilidade têm a honra de convidá-lo para o Seminário Regional de Contabilidade Rural que acontecerá no dia 13 de agosto de 2014, em Itaberaí.
Horário: 8hData: 13/08/2014Local: Auditório do Sindicato Patronal Rural de ItaberaíRua Mestre Virgílio Esq. c/ Luiz Antônio, Centro - Itaberaí-GO
Palestrante: Israel Ferreira de Lima - Contador especialista em Direito Tributário e Controladoria, professor da UFPE, Católica/PE, CESMAC/FEJAL e FAFIRE.
8h Credenciamento8h20 Abertura 8h30 Palestra: Instituição SENAR9h Atividade Rural - Pessoa Física
12h Intervalo de Almoço13h15 Atividade Rural - Pessoa Jurídica16h45 Avaliação e certi�cação17h Encerramento
Programação:
INSCRIÇÃO GRATUITA - www.senargo.org.br - através de link: Seminário RegionalInformações: SENAR Goiás - (62) 3412-2748 ou (62) 3412-2750
Itaberaí
SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURALSEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL
Convite
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Horário: 8hData: 13/08/2014Local: Auditório do Sindicato Patronal Rural de ItaberaíRua Mestre Virgílio Esq. c/ Luiz Antônio, Centro - Itaberaí-GO
Palestrante: Israel Ferreira de Lima - Contador especialista em Direito Tributário e Controladoria, professor da UFPE, Católica/PE, CESMAC/FEJAL e FAFIRE.
8h Credenciamento8h20 Abertura 8h30 Palestra: Instituição SENAR9h Atividade Rural - Pessoa Física
12h Intervalo de Almoço13h15 Atividade Rural - Pessoa Jurídica16h45 Avaliação e certi�cação17h Encerramento
Programação:
INSCRIÇÃO GRATUITA - www.senargo.org.br - através de link: Seminário RegionalInformações: SENAR Goiás - (62) 3412-2748 ou (62) 3412-2750
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SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL
Convite
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR/AR-GO e o Conselho Regional de Contabilidade têm a honra de convidá-lo para o Seminário Regional de Contabilidade Rural que acontecerá no dia 13 de agosto de 2014, em Itaberaí.
Horário: 8hData: 13/08/2014Local: Auditório do Sindicato Patronal Rural de ItaberaíRua Mestre Virgílio Esq. c/ Luiz Antônio, Centro - Itaberaí-GO
Palestrante: Israel Ferreira de Lima - Contador especialista em Direito Tributário e Controladoria, professor da UFPE, Católica/PE, CESMAC/FEJAL e FAFIRE.
8h Credenciamento8h20 Abertura 8h30 Palestra: Instituição SENAR9h Atividade Rural - Pessoa Física
12h Intervalo de Almoço13h15 Atividade Rural - Pessoa Jurídica16h45 Avaliação e certi�cação17h Encerramento
Programação:
INSCRIÇÃO GRATUITA - www.senargo.org.br - através de link: Seminário RegionalInformações: SENAR Goiás - (62) 3412-2748 ou (62) 3412-2750
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DELÍCIAS DO CAMPO
INGREDIENTES: 1 abóbora cabotiá média (lisa sem verrugas brancas)3 copos de açúcar1 copo de água1 pau de canela5 unidades de cravo da índia
ABÓBORA CARAMELIZADA
Leila
Del
fina
Mac
hado
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stoc
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• Envie sua sugestão de receita para [email protected] ou ligue (62) 3096-2200
• Receita elaborada pela instrutora do Senar, Leila Delfina Machado.
Sirva quente e acompanhada de sorvete de creme, ou fria com queijo fresco.
INGREDIENTES: Lave a abóbora e fatie em pedaços no sentido do comprimento em espessura de 2 centímetros de largura. Em seguida, retire as sementes, lave os pedaços e reserve.Em uma panela grossa, coloque a metade do açúcar, o pau de canela, o cravo, a água e disponha os pedaços da abóbora com a casca verde para cima, colocando o restante do açúcar.Leve ao fogo baixo sem mexer, até formar uma calda caramelada e os pedaços de abóbora estejam cozidos.
Itaberaí
SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURALSEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL
Convite
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR/AR-GO e o Conselho Regional de Contabilidade têm a honra de convidá-lo para o Seminário Regional de Contabilidade Rural que acontecerá no dia 13 de agosto de 2014, em Itaberaí.
Horário: 8hData: 13/08/2014Local: Auditório do Sindicato Patronal Rural de ItaberaíRua Mestre Virgílio Esq. c/ Luiz Antônio, Centro - Itaberaí-GO
Palestrante: Israel Ferreira de Lima - Contador especialista em Direito Tributário e Controladoria, professor da UFPE, Católica/PE, CESMAC/FEJAL e FAFIRE.
8h Credenciamento8h20 Abertura 8h30 Palestra: Instituição SENAR9h Atividade Rural - Pessoa Física
12h Intervalo de Almoço13h15 Atividade Rural - Pessoa Jurídica16h45 Avaliação e certi�cação17h Encerramento
Programação:
INSCRIÇÃO GRATUITA - www.senargo.org.br - através de link: Seminário RegionalInformações: SENAR Goiás - (62) 3412-2748 ou (62) 3412-2750
Itaberaí
SEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURALSEMINÁRIO REGIONAL DE CONTABILIDADE RURAL
Convite
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR/AR-GO e o Conselho Regional de Contabilidade têm a honra de convidá-lo para o Seminário Regional de Contabilidade Rural que acontecerá no dia 13 de agosto de 2014, em Itaberaí.
Horário: 8hData: 13/08/2014Local: Auditório do Sindicato Patronal Rural de ItaberaíRua Mestre Virgílio Esq. c/ Luiz Antônio, Centro - Itaberaí-GO
Palestrante: Israel Ferreira de Lima - Contador especialista em Direito Tributário e Controladoria, professor da UFPE, Católica/PE, CESMAC/FEJAL e FAFIRE.
8h Credenciamento8h20 Abertura 8h30 Palestra: Instituição SENAR9h Atividade Rural - Pessoa Física
12h Intervalo de Almoço13h15 Atividade Rural - Pessoa Jurídica16h45 Avaliação e certi�cação17h Encerramento
Programação:
INSCRIÇÃO GRATUITA - www.senargo.org.br - através de link: Seminário RegionalInformações: SENAR Goiás - (62) 3412-2748 ou (62) 3412-2750
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CASOS DE SUCESSO
A história do jovem que só queria um emprego e acabou ganhando uma profissão
Michelle Rabelo | [email protected]
Casqueador de cavalos e conquistador de sonhos
Igor Gomes Garcez se alistou e hoje trabalha como casqueador e ferrador no Exército Brasieliro
Entende-se por aprumos a exata
direção que têm os membros
em relação ao solo, e por bem
sucedida a pessoa que consegue su-
perar dificuldades e chegar onde,
muitas vezes, além do que se imagi-
nou. A vida de Igor Gomes Garcez
envolve aprumos e muito sucesso.
Ele fez três cursos de qualificação em
busca de um emprego e acabou con-
quistando uma profissão, além da
possibilidade de sonhar alto.
O casco é a base de sustentação de
todo peso do cavalo e por isso os cui-
dados específicos precisam ser feitos
por um profissional habilitado. Igor
sabia disso e parecia prever a valori-
zação do casqueador quando procu-
rou o Serviço de Aprendizagem Rural
(Senar) Goiás para fazer um curso na
área. Hoje, é ferrador de equinos do
Exército e engrossa a lista dos casos
de sucesso, motivos de orgulho para
família, Sindicato Rural, instrutor e
toda equipe do Senar Goiás.
Igor já vinha caminhando em bus-
ca do sucesso, que para ele é “fazer o
que se gosta”. O jovem de 18 anos ha-
via acabado de terminar um curso de
auxiliar de veterinário e viu a profis-
são de casqueador como um meio de
ganhar a vida, já que falta mão de obra
especializada no mercado. A falta de
um casqueamento ou um tratamento
feito de maneira incorreta interfere na
saúde das articulações e tendões e na
qualidade da locomoção do animal.
Fred
ox C
arva
lho
que se gosta”. O jovem de 18 anos ha-
via acabado de terminar um curso de
auxiliar de veterinário e viu a profis-
são de casqueador como um meio de
ganhar a vida, já que falta mão de obra
especializada no mercado. A falta de
um casqueamento ou um tratamento
feito de maneira incorreta interfere na
saúde das articulações e tendões e na
qualidade da locomoção do animal.
via acabado de terminar um curso de
auxiliar de veterinário e viu a profis-
são de casqueador como um meio de
via acabado de terminar um curso de
auxiliar de veterinário e viu a profis-
especializada no mercado. A falta de
um casqueamento ou um tratamento
feito de maneira incorreta interfere na
saúde das articulações e tendões e na
qualidade da locomoção do animal.
especializada no mercado. A falta de
um casqueamento ou um tratamento
feito de maneira incorreta interfere na
saúde das articulações e tendões e na
qualidade da locomoção do animal.
que se gosta”. O jovem de 18 anos ha-
via acabado de terminar um curso de
auxiliar de veterinário e viu a profis-
são de casqueador como um meio de
ganhar a vida, já que falta mão de obra
especializada no mercado. A falta de
um casqueamento ou um tratamento
zação do casqueador quando procu-
rou o Serviço de Aprendizagem Rural
(Senar) Goiás para fazer um curso na
área. Hoje, é ferrador de equinos do
Exército e engrossa a lista dos casos
zação do casqueador quando procu-
rou o Serviço de Aprendizagem Rural
(Senar) Goiás para fazer um curso na
área. Hoje, é ferrador de equinos do
Exército e engrossa a lista dos casos
de sucesso, motivos de orgulho para
Exército e engrossa a lista dos casos
(Senar) Goiás para fazer um curso na
área. Hoje, é ferrador de equinos do
Exército e engrossa a lista dos casos
de sucesso, motivos de orgulho para
família, Sindicato Rural, instrutor e
quistando uma profissão, além da
O casco é a base de sustentação de
nou. A vida de Igor Gomes Garcez
envolve aprumos e muito sucesso.
Ele fez três cursos de qualificação em
busca de um emprego e acabou con-
quistando uma profissão, além da
possibilidade de sonhar alto.
O casco é a base de sustentação de
todo peso do cavalo e por isso os cui-
dados específicos precisam ser feitos
Ele fez três cursos de qualificação em
busca de um emprego e acabou con-
quistando uma profissão, além da
O casco é a base de sustentação de
quistando uma profissão, além da
possibilidade de sonhar alto.
O casco é a base de sustentação de
todo peso do cavalo e por isso os cui-
Ele fez três cursos de qualificação em
busca de um emprego e acabou con-
quistando uma profissão, além da
O casco é a base de sustentação de
todo peso do cavalo e por isso os cui-
quistando uma profissão, além da
possibilidade de sonhar alto.
O casco é a base de sustentação de
todo peso do cavalo e por isso os cui-
em relação ao solo, e por bem
direção que têm os membros
em relação ao solo, e por bem
sucedida a pessoa que consegue su-
perar dificuldades e chegar onde,
Eem relação ao solo, e por bem
sucedida a pessoa que consegue su-sucedida a pessoa que consegue su-
perar dificuldades e chegar onde,
muitas vezes, além do que se imagi-
ntende-se por aprumos a exata
direção que têm os membros
em relação ao solo, e por bem
sucedida a pessoa que consegue su-
perar dificuldades e chegar onde,
muitas vezes, além do que se imagi-
rou o Serviço de Aprendizagem Rural
(Senar) Goiás para fazer um curso na
área. Hoje, é ferrador de equinos do
Exército e engrossa a lista dos casos
de sucesso, motivos de orgulho para
família, Sindicato Rural, instrutor e
toda equipe do Senar Goiás.
Igor já vinha caminhando em bus-
ca do sucesso, que para ele é “fazer o
A história do jovem que só queria um emprego e
conquistador de sonhosA história do jovem que só queria um emprego e A história do jovem que só queria um emprego e
34 | CAMPO Junho / 2014 www.sistemafaeg.com.br
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Fred
ox C
arva
lho
Igor Gomes Garcez se alistou e hoje trabalha como casqueador e ferrador no Exército Brasieliro
Paixão antiga
Igor conta que seu amor por ca-
valos vem de muito tempo. “Sempre
que meu pai ia para fazenda eu ia
com ele. Olhava os cavalos e sabia
que queria trabalhar com aquilo. Eu
mesmo tinha meus cavalos e preci-
sava pagar para cuidarem deles”. De-
cidido, Igor procurou, em setembro
de 2013, o Sindicato Rural (SR) de
Luziânia, município onde mora, para
saber mais sobre o curso - tipo For-
mação Profissional Rural (FPR) – de
Doma Racial de Equinos.
Em seguida fez o curso de Ferrage-
amento e para o de Casqueamento foi
um pulo. Neste último, junto com ele,
outros 15 participantes maiores de 18
anos, alfabetizados e cheios de boa
vontade passaram 16 horas estudan-
do a anatomia do casco, a elaboração
e a aplicação da pasta, a forma correta
de higienização do local, além outros
pontos que foram surgindo na inte-
ração entre o instrutor Carlos Vieira
Ferrari e participantes.
Segundo o mobilizador do SR, Mar-
cos Paulo Batista, é muito gratificante
acompanhar um aluno como Igor, “que
se destaca e dá certo”. Ele conta que o
desejo do SR é ver o participante estabe-
lecido financeiramente devido ao curso
promovido à várias mãos. “Quando a
pessoa evolui tenho a sensação de de-
ver cumprido. É muito bom saber que
fiz parte daquela história de sucesso. E o
Igor é, sem dúvida, um caso de sucesso”. Depois que concluiu o curso no
Senar Goiás, Igor começou a trabalhar como casqueador, cuidando de animais dos amigos. A fama de bom casqueador se espalhou rápido e o jovem que sonha-va apenas em ter um emprego chegou ainda mais longe: no Exército Brasileiro.
Ao se alistar ele mostrou seus cer-tificados e falou sobre sua paixão pe-los animais. Foi aí que conseguiu ser chamado como casqueador e ferrage-ador, cargo que ocupa há quase cinco meses. Hoje, ele comemora em dobro e contabiliza os rendimentos gerados pela profissão. Os planos futuros? Continuar na trilha do sucesso: fazer o que gosta, viver disso e não parar de se qualificar tão cedo.
LAY 2577 B FAEG REVISTA CAMPO JUNHO CAN 07 2014_am.indd 35 08/08/2014 13:35:28
EM JUNHO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU
408 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* 80 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*
4.012 PRODUTORES E
TRABALHADORES
RURAIS
CAPACITADOS
44 168 10 02 09 14 117 44 36 04 02 07 31 0
Na área de
agricultura
Em atividade
de apoio
agrossilvipastoril
Na área de
silvicultura
Na área de
extrativismo
Em
agroindústria
na área de
aquicultura
na área de
pecuária
extrativismo
Em
atividades
relativas à
prestação
de
serviços
Alimentação
e nutrição
Organização
comunitária
Saúde e
alimentação
Prevenção de
acidentes
Artesanato Educação para
consumo
CURSOS E TREINAMENTOSSh
utter
LAY 2577 B FAEG REVISTA CAMPO JUNHO CAN 07 2014_am.indd 36 08/08/2014 13:35:31
EM JUNHO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU
408 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* 80 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*
4.012 PRODUTORES E
TRABALHADORES
RURAIS
CAPACITADOS
44 168 10 02 09 14 117 44 36 04 02 07 31 0
Na área de
agricultura
Em atividade
de apoio
agrossilvipastoril
Na área de
silvicultura
Na área de
extrativismo
Em
agroindústria
na área de
aquicultura
na área de
pecuária
extrativismo
Em
atividades
relativas à
prestação
de
serviços
Alimentação
e nutrição
Organização
comunitária
Saúde e
alimentação
Prevenção de
acidentes
Artesanato Educação para
consumo
Para outras informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar Goiás entre em
contato pelo telefone (62) 3412-2700 ou pelo site www.senargo.org.br
Para colher bons frutos da porteira para fora é preciso, além de se organizar, se capacitar e ter
espírito empreendedor, saber administrar da por-teira para dentro. Pensando nisso, além das capa-citações mais voltadas às atividades do campo, o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás ofe-rece cursos de conhecimentos básicos sobre Admi-nistração de Propriedades Rurais, dos tipos Empresa Rural e Economia Familiar, destinado a produtores e trabalhadores rurais interessados na gestão das propriedades, análise financeira e conhecimento dos fatores primordiais para as tomadas de decisões.
Esses treinamentos de Formação Profissio-nal Rural (FPR) têm duração (carga horária) de 24 horas durante as quais 16 alunos estudam temas ligados ao melhor modo de tomar decisões e ana-lisar a rentabilidade da propriedade, levando em considerações os gastos, os investimentos e os projetos do dono da terra. Ao todo, desde 2002 – quando o curso foi criado – 19.244 pessoas já participaram do treinamento.
Compõem os conteúdos programáticos dos cursos a importância da agropecuária e da ad-ministração rural, a forma correta de elaborar
Administrar da porteira para dentro, colher bons
resultados da porteira para fora
Michelle Rabelo | [email protected]
um inventário patrimonial, quais são as áreas e a função da administração no campo e como fazer o controle de custos de produção e a organiza-ção social rural, que é dividida entre associati-vismo, cooperativismo e sindicalismo.
No treinamento de Empresa Rural, os partici-pantes aprendem quais são as características e as mudanças na administração rural. Entre os as-suntos: qual a definição de empresa e empresário, como fazer orçamentos e fluxo de caixa, como co-mercializar de forma vantajosa e, por fim, como planejar o sistema de exploração e tomar decisões.
O curso de Administração de Propriedade Ru-ral tipo Economia Familiar traz ainda conhecimen-tos sobre a história da agricultura familiar e con-ceitos específicos de administração rural. Ambos os treinamentos são devidamente certificados e para isso, o participante deve ter no mínimo 80% de presença e rendimento satisfatório.
*Cursos promovidos entre os dias 26 de abril a 25 de maio
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CAMPO ABERTO
Hoje o Estado de Goiás tem a maior parte de suas
áreas produtivas consolidadas sendo que boa
parte delas foi constituída décadas atrás. Além
disso, o mundo vive uma constante demanda
por alimentos, impulsionada pelo aumento da
renda das populações, o aumento da expectativa
de vida e o fato de que a cada dia nascem cerca
de 120 mil crianças no mundo. Nesse contexto, o
Brasil precisou de um grande diferencial, e, nas
últimas décadas, teve seu aumento de produção
devido à aplicação da tecnologia. Conseguimos,
com isso, garantir o crescimento de 120 milhões
de toneladas em uma mesma área produtiva.
A irrigação é uma destas tecnologias que faz
com que Goiás aumente a sua produtividade
agropecuária e produza durante o ano todo, con-
tribuindo no atendimento da demanda crescente
por alimentos. Visto isso, é importante deixar
claro que a irrigação não interfere em abaste-
cimento público, já que a água não é usada de
forma indiscriminada. Isto porque, a utilização
depende de autorização da Secretaria de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
A Lei Federal Nº 9.433, conhecida como a Lei das
Águas foi estabelecida prevendo o uso múltiplo
dos recursos hídricos. Dessa forma, todos os
usuários têm direito e acesso ao uso da água,
concedido por meio de outorgas, expedidas pe-
los órgãos de regulação destes recursos. Segun-
do a lei, os Estados são os responsáveis pela ges-
tão dos recursos hídricos em seu domínio, e nos
casos de rios que cruzam mais de um estado, a
gestão é da Agência Nacional de Águas (ANA). A
lei também determina que, em caso de escassez
de água, o uso prioritário é do abastecimento
humano, garantindo desta forma o abasteci-
mento das cidades.
No caso da grande maioria dos pivôs do Estado
de Goiás a captação não é feita diretamente dos
mananciais, mas sim de captações em reservató-
rios. Esses reservatórios são construídos para o
acúmulo de água das chuvas, disponibilizando-a
para as necessidades humanas (usos múltiplos)
na época da escassez hídrica, inclusive para a
irrigação. Isso nos mostra que a irrigação utiliza
de forma racional os recursos hídricos, amplian-
do a eficiência produtiva e contribuindo para a
sustentação dos sistemas hídricos do estado e
do país, merecendo uma correta gestão por par-
te do poder público.
Jordana Sara é
engenheira agrônoma
e consultora técnica do
Senar Goiás para a área
de Meio Ambiente
Laris
sa M
elo
Jordana Sara | [email protected]
Pivô: tecnologia necessária e feita de forma consciente
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