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‘NÃO BUSCOAPROVAÇÃO’MATTHEW MCCONAUGHEY FALA AOMETRO SOBRE AS VAIAS EM CANNES PÁG. 21

Gigi, a gata misteriosa

MÍN: 16°CMÁX: 23°C

sunny

hazy

snow rain partly sunny

cloudy sleet thunder part sunny/showers

showers

thunder showers

windy

SÃO PAULO Quarta-feira, 20 de maio de 2015Edição nº 2.043, ano 9

HQ de Fefê Torquato conta história de

garota que é meio felina e meio gente PÁG. 20

www.metrojornal.com.br | leitor.sp@metrojornal.com.br | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP

Senado aprova Fachin no STF por 52 votos a 27 Tensão até o fim. Até o momento em que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou o resultado da votação, o governo temia a rejeição do jurista indicado pela presidente Dilma; professor gaúcho radicado no Paraná assumirá a vaga que era de Joaquim Barbosa PÁG. 06

30% dos paulistanos não têm hospital pertoMapa da Desigualdade mostra concentração de leitos na região central e falta na periferia PÁG. 03

Futebol feminino ganha exposição

Como aproveitar o novo Eataly

Museu do Futebol abre mostracom trajetória das mulheres quese dedicaram ao esporte PÁG. 36

Um roteiro de delícias italianas a preços razoáveis no mercadãorecém-aberto no Itaim PÁG. 14

QUEREMOS SANGUE! Com estoques baixos, hemocentro faz apelo

por aumento no número de doadores PÁG. 04

Dos 28 postos para coleta de sangue, apenas 6 estavam ocupados na tarde de

ontem no hemocentro do Hospital das Clínicas

Queijos à vendano Eataly

ANDRÉ PORTO/METRO

ANDRÉ PORTO/METRO

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

1FOCO

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: Avenida Rebouças, 1585, Pinheiros, CEP 05401-909, São Paulo, SP, Brasil. Tel.: 3528-8500. O Metro jornal é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

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O diretor econômico da Sa-besp, Rui Affonso, afirmou ontem, durante conferência com analistas, que a compa-nhia irá reduzir ainda mais os investimentos previstos para este ano.

Segundo ele, a retenção de gastos foi resultado do “estresse financeiro” gera-do pela crise hídrica, que começou no ano passado.

Mesmo com o corte, o di-retor disse que obras emer-genciais, que custarão cer-ca de R$ 300 milhões, não serão afetadas. Entre elas, a principal é a ligação dos sistemas Rio Grande e Al-to Tietê, que irá socorrer re-giões atendidas pelo siste-

ma Cantareira.A Sabesp pretende tam-

bém conter gastos e cobrar devedores. Segundo Affon-so, municípios como Gua-rulhos, Santo André e Mauá não pagam conta de água e devem R$ 2,2 bilhões (R$ 6 bilhões com juros e corre-ção monetária). METRO

Crise hídrica. Sabesp vai cortar mais investimentos

Reservatório Jaguari, em Jacareí, parte do Cantareira | NILTON CARDIN/FUTURA PRESS

Explosão deixa feridos no Ipiranga

Uma explosão causada por vazamento de gás deixou duas pessoas feri-das no bairro do Ipiran-ga, na zona sul. O aci-dente ocorreu por volta das 14h30 de ontem. Do-ze equipes da Polícia Mi-litar e do Corpo de Bom-beiros foram acionadas e socorreram a dupla, que teve ferimentos leves e queimaduras no corpo.

METRO

Comerciante é preso por vender cargas roubadas

A Polícia Militar prendeu ontem o comerciante Jo-sé Trindade, de 43 anos, conhecido como “Seu Barriga”. Ele é suspei-to de vender cargas rou-badas para o Nordeste do país e era procurado em Sergipe por tráfico de drogas e envolvimen-to com o jogo do bicho. Trindade foi preso em flagrante por uso de do-cumentos falsos. METRO

Policial mata dois suspeitos de roubar carro

Dois suspeitos morre-ram na noite de anteon-tem, quando tentaram roubar um carro de um policial militar à paisa-na em Moema, zona sul da capital. Segundo a po-lícia, o agente estava de folga e reagiu ao assal-to. Com os suspeitos, foi apreendida uma pistola falsa. O caso foi registra-do no 27º DP (Campo Be-lo). METRO

Violência Acidente ‘Seu Barriga’

Motoristas aceitam reajusteMotoristas e cobradores de ônibus aceitaram ontem o reajuste de 9% proposto pelas empresas responsáveis pelo transporte e descartaram nova paralisação na capital. Na semana passada, eles fecharam todos nos terminais da SPTrans por duas horas, afetando 675 mil pessoas. | NELSON ANTOINE/FRAME/FOLHAPRESS

Uma menina de 12 anos foi estuprada dentro de um banheiro da escola es-tadual Leonor Quadros, no Jardim Miriam, zona sul. O caso ocorreu na última terça-feira.

Segundo a Secretaria Es-tadual de Educação, en-quanto professores e estu-dantes estavam nas salas de aula, a garota, do 70 ano, foi atacada por três alunos, Após o abuso, ela buscou ajuda na coordenação, se queixando de falta de ar.

Como a estudante não melhorava, a escola cha-mou o Samu. Ela só relatou o estupro no hospital Pérola Byington, onde passou por exames para comprovar a violência e tomou coquetel antiaids. A família foi orien-tada a registrar boletim de ocorrência imediatamente.

A mãe da aluna afirmou que um dos agressores deu uma chave de braço em sua filha e a levou para o ba-

nheiro, onde os outros dois estavam esperando. Segun-do ela, a ação durou uma hora. “Não é possível que ninguém notou a ausência dela, não ter funcionário pela escola. Nenhuma mu-lher devia passar por isso. Machuca não só o corpo, co-mo os sentimentos da pes-soa”, disse em entrevista ao portal UOL.

Após o registro do ca-so, os três suspeitos foram transferidos de escola, mas não foram apreendidos.

De acordo com a Secre-taria de Educação, a escola tem sete funcionários res-ponsáveis por zelar pelo bem-estar dos alunos e pe-la estrutura física do prédio.

A secretarial afirma que colabora com a investiga-ção e que abriu apuração pa-ra averiguar a conduta da di-reção do colégio. A Vara da Infância e da Juventude e o Conselho Tutelar também foram acionados. METRO

Crime. Garota de 12 anos diz ter sido violentada por três colegas em banheiro do colégio. Resultados de exames confirmarão abuso

Polícia investiga estupro em escola estadual

Envio de imagens sobe 120% O compartilhamento de fotos íntimas em sites e aplicativos para celula-res aumentou 120% no ano passado. De acordo com balanço da ONG Sa-fernet, em 2014 foram registrados 224 casos de sexting (o compartilha-mento de imagens ínti-mas), enquanto em 2013 foram 101 casos. Ainda segundo a organização, 81% das vítimas da divul-gação de imagens que pediram ajuda após a ex-posição são mulheres. Ao receber uma denún-cia, a Safernet envia os dados para a Polícia Fe-deral. METRO

Fotos íntimas

E O CA

NTAREIRA?

choveu

nível

na mesma19,7%

Nelma Kodama

Se cortouA doleira Nelma

Kodama, presa na sede da PF em Curitiba por envolvimento na Lava

Jato, cortou a testa na última segunda ao

bater em uma abertura da porta da cela, que é usada para a passagem

das marmitas aos presos. O ferimento, de acordo com a PF, foi superficial,

mas ela precisou de atendimento e foi levada

por uma ambulância a uma unidade de saúde de Curitiba. A doleira recebeu uma vacina

antitetânica.

Dólar + 0,76%

(R$ 3,041)

Bovespa - 1,26% (55.499 pts)

Euro - 0,53%

(R$ 3,385)

Selic (13,25% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br {FOCO} |03|◊◊

Dos 96 distritos de São Paulo, 30 não possuem ne-nhum leito hospitalar, se-gundo o Mapa da Desigual-dade, divulgado ontem pela Rede Nossa São Paulo.

O levantamento leva em conta leitos hospitala-res públicos e privados.

Ao final de 2014, São Paulo tinha 34.269 lei-tos para 11.453.996 habi-tantes, o que representa 2,99 leitos para cada mil pessoas.

O índice está dentro da meta estabelecida pelo Mi-nistério da Saúde (2,5 a 3 leitos para cada mil ha-bitantes). O problema é a sua distribuição.

Enquanto o Jardim Paulista, na zona sul, tem 35,53 para cada mil pes-soas, a Vila Medeiros, na zona norte, que tem 0,040 para cada mil pessoas.

“Quanto mais você de-mora para dar atendimen-to, piora a saúde. A pes-soa tem que se deslocar e, quando chega, certamen-te já está em piores condi-

ções do que se tivesse um hospital perto de casa”, disse Oded Grajew, coor-denador da Rede Nossa São Paulo.

De acordo com o estu-do, a situação é melhor do que em 2012, quando 31 distritos não tinham ne-nhum leito. No ano pas-sado, a cidade ganhou 10.344 leitos.

CulturaO levantamento também mostra as desigualdades de São Paulo nas áreas de cultura, habitação e se-gurança (veja quadro ao lado). Apenas 36 dos 96 distritos têm casas de es-petáculos e espaços de cul-tura. METRO

Mapa da desigualdade. Enquanto o Jardim Paulista tem 35,53 vagas para cada mil habitantes, Vila Medeiros tem 0,040 para cada mil

MAPA DA DESIGUALDADELEITOS HOSPITALARES

Máximo Mínimo

30 DISTRITOSsem leitos

Públicos e privados (por mil

habitantes)

CRECHES

Demanda atendida

CULTURA (Total de salas, por 10 mil habitantes)

Cinema Teatros

59 DISTRITOSsem cinema

51 DISTRITOSsem teatro

FAVELAS

11 DISTRITOSsem favelas

Domicílios em favelas

ASSASSINATOS

Por 10 mil habitantes

ESPORTE

11 DISTRITOSsem equipamentos

Equipamentos públicos municipais (quadras, ginásios, piscinas etc.) por 10 mil habitantes

Guaianases

80,67%Sé

23,53%

Jardim Paulista

35,53Vila Medeiros

0,040Sacomã

0,040

Barra Funda

9,48Sacomã

0,040

República

80,67

Tremembé

0,048

Pinheiros

1,38Pinheiros

0,081%

Vila Andrade

49,59%Marsilac

6,16

Alto de Pinheiros, Barra Funda e

Jaguará

0

Quase 1/3 dos distritos não tem leito hospitalar

O levantamento da Rede Nos-sa São Paulo mostra que os ín-dices de violência também se distribuem de forma desigual na capital. Em três distritos (Alto de Pinheiros, Jaguará e Barra Funda), não houve ne-nhum assassinato em 2014.

Do outro lado da tabela, Engenheiro Marsilac, no ex-tremo sul, teve 6,16 assassi-natos por 10 mil habitantes, o índice mais alto da cidade. O

número é 34,67 vezes maior do que o de Perdizes (0,176).

Marsilac também foi a campeã de homicídio juvenil –assassinatos de pessoas de 15 a 29 anos: 28,6 a cada 10 mil habitantes. Em ambos os ca-sos, o índice é muito superior à média da capital (1,42).

Para compilar os dados, o estudo usa números do IBGE e do Serviço Funerário do Mu-nicípio de São Paulo. METRO

Extremo sul e zona leste concentram assassinatos Fila para vaga em creche cresce

A fila por uma vaga de cre-che ficou ainda maior no ano passado. Segundo da-dos da prefeitura compila-dos pelo estudo, 54,88% da demanda foi atendida no ano passado, enquanto em 2013, 55,65% dos pedidos de matrícula em creches ha-viam sido atendidos.

Foi o menor índice de atendimento da demanda desde o início da série de da-dos, em 2008. No ano pas-

sado, 415.591 crianças pro-curaram vagas em creches e 228.056 conseguiram.

O fim da fila por vagas de

creche é promessa de cam-panha do prefeito Fernando Haddad (PT).

Segundo o levantamen-to, o distrito com melhor desempenho é Guaianases, na zona leste, onde 80,67% dos pedidos viraram matrí-culas em creches. No mapa, aparecem em boa situação também os distritos de La-jeado, Cidade Tiradentes e José Bonifácio, Perus e Bra-silândia (zona norte), Marsi-

lac e Socorro (zona sul), en-tre outros.

A Secretaria Municipal da Educação informou que, para reduzir as filas, vai criar, até o final deste man-dato, “pelo menos 100 mil novas vagas”, incluindo 33 creches em obras, 11 que devem começar a ser feitas no ano e as que devem ser abertas por meio de parce-rias com a iniciativa priva-da. METRO

“Quanto mais você demora para dar atendimento, pioré para a saúde.”

ODED GRAJEW, COORDENADOR DA REDE NOSSA SÃO PAULO

45%das crianças que buscaram uma vaga em creches de SPem 2014 não conseguiram, segundo o levantamento.

Estado já tem 43 milhões de habitantes, diz Seade

Vista dos prédios da cidade de São Paulo | ANDRÉ PORTO/METRO

Pesquisa da Fundação Sea-de divulgada ontem mos-tra que a população do Es-tado alcançará neste mês a marca de 43 milhões de pes-soas. O número é 1,7 mi-lhão maior do que o do úl-timo censo, realizado pelo IBGE em 2010.

O levantamento aponta que, apesar do aumento no número de habitantes, o rit-mo de crescimento demo-gráfico diminuiu.

A população paulista cresceu em média 0,87% ao ano nos últimos cinco anos, ante 1% entre 2005 e 2010.

Na capital, a população chegou a 11,5 milhões de habitantes – 26,9% do total do Estado.

De acordo com a Funda-ção Seade, a região metro-politana tem 20,4 milhões (47,4% da população total do Estado). METRO

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |04| {FOCO}

Com a queda da temperatu-ra, que reduz o número de doadores, o estoque de bol-sas de sangue da Fundação Pró-Sangue caiu pela meta-de neste mês.

Em 13 de abril, havia 2.053 bolsas disponíveis. Um mês depois, o estoque contava 1.031 bolsas de to-dos os tipos. O ideal é haver em torno de 1.500 bolsas. Sua validade é de 35 dias. A fundação atende a cerca de um terço do sangue consu-mido na Grande São Paulo.

“Historicamente o to-tal de doadores cai 30% nes-sa época de mais frio”, diz Cyntia Arrais, 43 anos, he-moterapeuta da Fundação Pró-Sangue.

Segundo Cyntia, entre o cadastro e o final da doação, se passam apenas 30 mi-nutos. E ela aproveita para desfazer um mito: doar não “engrossa” o sangue. “Há quem diga que, depois da primeira vez, a pessoa vai precisar doar sangue sem-pre, senão ele vai engrossar. Não é verdade.”

PlaquetasNo caso de plaquetas, o es-toque atual é suficiente pa-ra dois a três dias –o mate-rial vale por cinco dias.

Mas o recrudescimento da dengue havia elevado em 15% a demanda de plaque-tas –muitos pacientes ficam com hemorragia e precisam de plaquetas– e diminuí-do essa margem para um a dois. A doação de plaquetas leva entre uma hora e meia e duas horas. “Tivemos que abrir para doações no Dia do Trabalho porque a situação estava crítica”, diz o hemato-logista Cesar de Almeida Ne-to, 51 anos. METRO

Saúde. Número de bolsas caiu de 2.053 para 1.500 em um mês, diz hemocentro. Queda nas temperaturas diminui número de doadores

Bolsas de sangue no estoque da Fundação Pró-Sangue, no Hospital das Clínicas | ANDRÉ PORTO/METRO

Pró-Sangue pede doações para recuperar estoque

O prefeito Fernando Had-dad (PT) reclamou ontem que não foi avisado com antecedência sobre o en-vio de cerca de mil haitia-nos do Acre para São Paulo. Segundo a Secretaria de Di-reitos Humanos, a chegada dos imigrantes na capital na noite de anteontem gerou um “grande desconforto”.

“Nós estabelecemos um protocolo que estava funcio-nando bem, mas nessa últi-ma não fomos informados com a devida antecedência. Vamos tentar nos preparar para fazer o melhor pos-sível.” Segundo Haddad, a chegada deveria ter sido in-formada pelo menos 20 dias antes.

Na noite de anteontem, dois ônibus chegaram à ca-pital com cerca de cem hai-tianos, o triplo que costu-mava chegar na cidade. Fazia quatro meses que o Acre não enviava imigran-

tes para São Paulo. O governo do Acre infor-

mou que serão feitas 22 via-gens para transportar todos os 968 haitianos. O trans-porte custará R$ 1 milhão e será financiado pelo Minis-tério da Justiça do governo

Dilma Rousseff (PT). A via-gem dura cerca de 80 horas.

Haddad afirmou que fará “o que for possível para re-cepcioná-los e mobilizar as empresas em busca de for-ça de trabalho para que eles possam se alocar”. METRO

Haddad reclama de falta de aviso sobre envio de haitianos

Imigrantes na Missão da Paz, ponto de apoio, no centro | FRAME/FOLHAPRESS

Por causa de manifestações de professores em greve que bloquearam rodovias esta-duais, a Justiça decidiu mul-tar a Apeoesp (sindicato dos professores) em R$ 300 mil. Caso o sindicato não tenha como pagar a multa, as con-tas dos dirigentes da entida-de poderão ser bloqueadas.

A decisão da juíza Lais Helena Bresser Lang Ama-ral, dada na tarde de anteon-tem, atende ação protocola-da pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado), Artesp (agência re-guladora transporte) e o go-verno estadual.

De acordo com a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pú-blica Lais Helena Lang Ama-ral, a Apeoesp tinha “ple-na ciência” de uma liminar, de 22 de abril, que proibia o bloqueio parcial ou to-tal de rodovias, sob pena de multa de R$ 100 mil por descumprimento.

As manifestações dos

professores fecharam as ro-dovias Régis Bittencourt, em Taboão da Serra, no dia 7 de maio, a Anchieta, em Santos, na quarta-feira, e a Hélio Smidt, em Guarulhos, na quinta-feira.

A Apeoesp afirmou que irá recorrer a decisão. Se-gundo o sindicato, os atos foram organizados de forma independente, por grupos regionais, mesmo depois de orientados para não fazerem esse tipo de manifestação.

A paralisação dos profes-sores já dura 66 dias e, se-gundo o sindicato, conta com 52% de adesão.

A secretaria de Educação afirma que apenas 5% do corpo docente não compare-ceu esta semana. Os profes-sores reivindicam 75,33% pa-ra equiparação salarial com as demais categorias com formação superior. O go-verno diz ter dado reajuste de 45% nos últimos quatro anos. METRO

Professores. Sindicato é multado em R$ 300 mil

Apesar de receber R$ 4,649 bilhões do governo estadual neste ano, a USP (Universida-de de São Paulo) prevê um dé-ficit de R$ 1,130 bilhão. Es-se valor representa 24,3% a mais de gastos do que o valor fornecido.

Segundo o jornal “O Esta-do de S. Paulo”, após as proje-ções, a Comissão de Orçamen-to e Patrimônio recomendou à reitoria medidas extras para frear gastos. O novo déficit su-pera a previsão anterior de R$ 988 milhões.

Para manter os compro-missos, a reitoria tem usado a reserva financeira, que de-ve terminar com menos de R$ 800 milhões, em compara-ção a R$ 3,6 bilhões em 2012.

A avaliação interna é de que o déficit está mais liga-do à economia do que um au-mento de despesas da univer-sidade. METRO

Crise. Déficit da USP deve ser mais de R$ 1 bilhão

‘Não dói tanto’ Comecei a doar sangue aos 18 anos. Hoje tenho 39. Quando falo que doo, a reação das pessoas fica entre “legal” ou “Deus me livre”. Daí digo: não dói tanto, é rápido e salva vidas. Desde 2013, passei a doar plaquetas, parte integran-te do sangue e vital para doentes graves, como pacientes com leuce-mia ou câncer. A doação leva cer-ca de 2 horas e pode ser repetida a cada 30 dias. Então, todo mês, quando me ligam do hemocentro, me organizo e vou lá. O hospital sempre precisa de doadores. Por isso, pense que duas horas do seu tempo não é muito e que a agu-lha não dói tanto. E muitas vidas podem ser salvas por você. Então, tome nota: Hospital São Paulo (r. Diogo de Faria, 824, Vila Mariana; tel.: 5576-4240). FABIO SARAIVA, EDITOR DO METRO.COM.BR

Depoimento

É necessário:• Ter entre 16 e 69 anos• Ter mais de 50 kg• Estar em boas condições de saúde• Estar bem descansado e bem alimentado• Evitar alimentação gordu-rosa quatro horas antes

Para doar Falta leite materno em SPOs bancos de leite materno do Estado de São Paulo es-tão operando com capaci-dade abaixo do ideal, segun-do a Secretaria de Estado de Saúde. Com o estoque atual, só é possível suprir entre 60% a 80% a demanda das unidades neonatais.

Para tentar aumentar o estoque e garantir um me-lhor desenvolvimento para os bebês, a secretaria está convocando as mães que es-tejam em fase de amamen-tação para doar o leite ex-cedente. Para ser doadora basta comparecer a um ban-

co de leite ou consultar qual buscam em domicílio (veja no redeblh.fiocruz.br).

Em 2014, 45 mil litros de leite materno foram coleta-dos. No total, 37 mil mães doaram para 40 mil nenéns que precisavam de leite.

METRO

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |06| {BRASIL}

Por causa do ajuste fiscal, go-verno federal deve adiar a implantação do novo mode-lo de passaporte com valida-de de 10 anos.

A mudança, aprovada por decreto pela presidente Dil-ma Rousseff (PT) no final do ano passado, passaria a va-ler este ano, mas segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, o governo não possui caixa su-ficiente para fazer a reade-quação. A alteração inclui um novo processo de impres-são, mudança de tintas e co-res, elaboração de um chip de segurança mais resistente e um novo sistema de certifi-cação digital.

Já que para emitir um pas-saporte de cinco anos de vali-dade é cobrada uma taxa de R$ 156, o Ministério da Justi-ça e a Casa da Moeda avaliam se será necessário aumentar esse preço para fazer um pas-saporte com mais páginas e mais moderno. METRO

Crise. Projeto de passaporte com maior validade deve ser adiado

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Professor universitário re-conhecido por posições progressistas em questões como casamento gay e le-galidade da marcha da ma-conha -- assuntos exaustiva-mente explorados em sua sabatina no Senado –, o ju-rista Luiz Edson Fachin, 57, teve a indicação aprovada pelos senadores e ocupará a vaga deixada por Joaquim Barbosa no STF (Supremo Tribunal Federal).

A insegurança sobre a aprovação de Fachin em um Senado que tem mostrado intensa insatisfação na rela-ção com o Executivo rondou os governistas durante todo o dia, mas, no fim, o juris-ta, que dá aulas na Univer-sidade Federal do Paraná, onde se formou, conseguiu um placar relativamente confortável. Eram precisos 41 votos para a aprovação. O resultado final foi de 52 favoráveis e 27 contrários. Entre os que abriram o vo-to, o senador Magno Mal-ta (PR-ES) fez discurso infla-

mado contra as posições do novo ministro. A confirma-ção de Fachin também mo-tivou um buzinaço na área central de Brasília. Pelo me-nos 15 carros transitaram em círculos na chapelaria do Congresso, fazendo bas-tante barulho.

Carreira longaAinda não há data definida para a posse de Fachin, que voltará a ter 11 ministros em sua composição após nove meses.

Caso permaneça na Cor-te até a idade limite, recen-temente esticada de 70 pa-ra 75 anos pelo Congresso, o jurista passará 18 anos como ministro do STF. Ele é o quinto ministro indica-do pela presidente Dilma Rousseff (PT). No primeiro mandato, ela nomeou Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Za-vascki e Luís Roberto Bar-roso. METRO BRASÍLIA

Composição. Governo consegue derrubar resistência até da base aliada e professor de Direito obtém aprovação com 11 votos de ‘sobra’ para substituir Joaquim Barbosa no STF

Fachin substituirá Joaquim Barbosa | MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Fachin assumirá vaga no Supremo

O processo contra 23 ati-vistas acusados de associa-ção criminosa e atos violen-tos em protestos de 2013 e 2014 foi suspenso, na se-gunda-feira, pelo desembar-gador Siro Darlan, da 7ª Câ-mara Criminal.

O desembargador defe-riu liminar até que o habeas corpus, impetrado pela de-fesa dos manifestantes, se-ja julgado.

Os advogados alegam que o Ministério Público acrescentou a acusação de corrupção de menores ape-nas nas alegações finais, cerceando o direito de defe-sa dos acusados.

Os advogados também defendem que a presença de adolescentes na suposta quadrilha não significa que houve, necessariamente, corrupção de menores.

Durante o processo, os réus responderam por as-sociação para fins crimino-sos (formação de quadrilha), com agravantes pela presen-

ça de menores no grupo e pe-la utilização de arma de fogo.

Dos 23 ativistas, o único que está preso é Igor Men-des da Silva. Elisa Quadros, conhecida como Sininho, e Karlayne Moraes Pinhei-ro, a Moa, estão foragidas.

METRO RIO

Justiça. Processo contra 23 ativistas é suspenso no Rio

Elisa Quadros, a Sininho | ARMANDO PAIVA / FOTOARENA/FOLHAPRESS

O PSDB usou ontem o horá-rio eleitoral na televisão pa-ra buscar se reafirmar como principal partido de opo-sição ao governo de Dilma Rousseff. A legenda abriu o programa com panelas ba-tendo e luzes de prédios pis-cando, uma referência aos atos realizados durante fa-las oficiais de Dilma e o pro-grama do PT na televisão.

Os tucanos compararam falas da presidente, durante a campanha eleitoral, com o atual cenário econômico e afirmaram que, agora, “a conta foi repassada para a população”. Os escândalos de corrupção, com ênfase nas denúncias envolvendo a Petrobras, também ganha-ram destaque.

Os tucanos também criti-caram o ajuste fiscal e o au-

mento na conta de luz.Partindo para o ataque,

o ex-presidente Fernan-do Henrique Cardoso afir-mou que a crise atual tem origem antes da eleição de Dilma: “os enganos e des-vios começaram com Lula”. FHC disse ainda que “nun-ca se errou tanto na história desse país e nunca se rou-bou tanto em nome de uma causa”.

Fechando o programa, o senador Aécio Neves de-clarou que, em 2014, a po-pulação escolheu um gover-no, mas “também escolheu uma oposição”.

O PT promoveu um “tui-taço” para acompanhar o programa. A cada fala, eram postadas reportagens do pe-ríodo FHC e denúncias con-tra os tucanos. METRO

Na TV. FHC diz que desvios começaram com Lula

FHC diz que nunca se roubou tanto em nome de uma causa | REPRODUÇÃO

Por um placar muito aper-tado (38 votos contrários e 37 favoráveis), o Senado rejeitou ontem a indica-ção do Palácio do Planalto do embaixador Guilherme Patriota para o cargo de chefe da missão brasileira na OEA (Organização dos Estados Americanos) em Washington, nos Estados Unidos.

O diplomata havia sido indicado para o cargo em abril deste ano, após um hiato de quatro anos com o cargo vago.

Em 2011, o governo bra-sileiro havia convocado o então ocupante do cargo, Ruy Casaes, a voltar para casa, em retaliação à deci-são da Comissão Interame-ricana de Direitos Huma-nos de pedir a interrupção das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Guilherme Patriota é ir-mão de Antonio Patriota, que foi ministro de Rela-

ções Exteriores durante o primeiro mandato de Dil-ma Rousseff.

“Olhe até onde vai a dis-puta política. Será a primei-ra vez que um diplomata de carreira terá seu nome rejeitado”, protestou o se-nador Lindberg Farias (PT-

-RJ), quando o resultado da votação foi anunciado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Se a aprovação fos-se automática, não preci-saríamos fazer sabatina e submeter ao plenário”, re-bateu Renan. METRO BRASÍLIA

Nome de novo embaixador na OEA é rejeitado no Senado

Guilherme é irmão de Antonio Patriota | IISD/EARTH NEGOTIATIONS BULLETIN

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |08| {BRASIL}

Suspensas desde dezembro de 2012, devido a uma sus-peita -- não confirmada -- de registro da doença da vaca louca no Paraná, as exporta-ções de carne do Brasil pa-ra a China poderão ser reto-madas, garantindo ganhos milionários para o setor. Oito frigoríficos brasileiros poderão retomar imediata-mente as vendas para o país asiático e, de acordo com o Ministério da Agricultu-ra e Pecuária, outras 26 em-presas deverão ser habilita-das até junho deste ano. As exportações anuais de car-ne de gado e frango deve-rão render US$ 520 milhões (R$ 1,57 bilhão) por ano aos frigoríficos brasileiros.

Comemorado pelo go-verno brasileiro, o fim do embargo não está no pa-cote de investimentos de US$ 53 bilhões (R$ 160 bi-lhões) anunciado ontem, durante encontro bilate-ral entre a presidente Dil-ma Rousseff (PT) e o pri-meiro-ministro da China, Li Keqiang, que assinaram ontem um plano de coope-ração prevendo ações até 2021. A promessa de voltar a comprar carne brasileira havia sido feita pelos chi-

neses em julho do ano pas-sado, quando o presidente do país, Xi Jinping, esteve em Brasília, mas a retoma-da não havia sido oficializa-da até ontem, o que vinha travando investimentos no setor.

PacoteEntre os destaques do plano está um financiamento de US$ 7 bilhões (R$ 21 bilhões) para a Petrobras investir em exploração e transporte de petróleo e derivados. Ou-tros acordos foram firmados

em áreas como infraestrutu-ra, transporte, agricultura, energia, mineração, ciência, tecnologia e comércio.

Ferrovia faraônicaA ‘cereja do bolo’ do acor-do com os chineses, porém, ainda é um plano distante. O primeiro-ministro do país asiático assinou um acordo se comprometendo a estu-dar a viabilidade de investir na construção de uma ferro-via ligando a costa brasileira, no Oceano Atlântico, passan-do por todo o centro-norte

do país e pelo Peru, até che-gar ao Oceano Pacífico. “Um novo caminho que nos leva-rá diretamente ao Pacífico, até os portos da China”, co-memorou Dilma. Não há, no entanto, previsão para que o projeto saia do papel. Pe-las projeções existentes até agora, a obra pode custar en-tre US$ 5 bilhões (R$ 15 bi-lhões) e US$ 12 bilhões (R$ 36 bilhões).

35 acordos firmados. Além de acabar com o embargo em vigor desde 2012, primeiro-ministro chinês promete investir R$ 160 bilhões até 2021 e estuda construção de ferrovia

Dilma prometeu a Li Keqiang que irá a China no ano que vem | MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Carne voltará a ser exportada à China

RAPHAELVELEDA METRO BRASÍLIA

A explosão no edifício Ca-noas, no Rio de Janeiro, an-teontem, pode ter sido pro-vocada por um vazamento de gás, ocasionado pelo fa-to de o rabicho do aquece-dor estar desconectado. A perícia indica que o mora-dor alemão Markos Müller, de 51 anos, poderia estar fa-zendo algum reparo.

Segundo essa hipóte-se, alguém pode ter religa-do sem que o conserto te-nha sido concluído. Dessa forma, o gás teria vazado durante toda a madrugada e a explosão teria ocorrido quando o morador acendeu a luz. No entanto, outras in-formações sugerem mais duas hipóteses: Müller pode ter sido vítima de um assal-to ou ter tentado se matar.

A dúvida foi levantada por médicos do hospital on-de o alemão, que teve 50% do corpo queimado, foi le-vado em estado grave. Se-gundo eles, Müller tem vários cortes pelo corpo. Fe-rimentos que podem ter si-

do provocados por facadas ou por estilhaços que voa-ram do apartamento.

A Secretaria Munici-pal de Saúde informou que ele teve uma leve melhora, mas segue em estado grave.

METRO RIO

Vazamento de gás pode ter causado explosão no Rio

Moradores voltam ao edifício para buscar pertences | ERBS JR./FRAME/FOLHAPRESS

O Senado instaurou ontem uma CPI para investigar possíveis manipulações nos julgamentos do Carf (Con-selho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão do Ministério da Fazenda que pode rever decisões da Re-ceita Federal.

Em março, a Polícia Fede-ral deflagrou a Operação Ze-lotes, que investiga ao me-nos 70 empresas que teriam pago para manipular julga-mentos no Carf e podem ter gerado um prejuízo de R$ 19 bilhões aos cofres públi-cos em anulações ou redu-ções de multas aplicadas pe-la Receita. A comissão terá quatro meses para entregar seu relatório, tempo. METRO

Senado. CPI irá investigar fraude de RS 19 bilhões

CASO BNDES TEM CINCO JUÍZES FEDERAIS ATUAN-DO. O MPF (Ministério Público Federal) adotou uma estratégia diferen-te, nas investigações que realiza há meses nos ne-gócios do BNDES. Em vez de concentrar todas as iniciativas em um úni-co magistrado, como na Operação Lava Jato (coor-denada pelo juiz Sérgio Moro, titular da Vara Fe-deral de Curitiba), des-ta vez o MPF diluiu os seus mais de 60 pedidos de prisão, no caso do BNDES, entre cinco juí-zes federais.

PENTE FINO NO BNDES. Os negócios do BNDES pas-saram por pente fino: o MPF examinou cada con-trato, os detalhes e a pro-cedência de dezenas de denúncias.

ESCONDENDO O JOGO. O Tribunal de Contas da União não consegue exa-minar os contratos do BNDES. Alegam “sigilo bancário” para mantê-los secretos.

REPÚBLICA DAS MONTA-DORAS. Gerou comoção a anunciada demissão de 500 pessoas na Mercedes.

Em Brasília, a construção civil demitiu 5 mil até abril, e ninguém chiou.

OITO NA FILA. Após a Ser-pros, oito fundos de pen-são estão na fila de in-tervenções da Previc, a Superintendência de Pre-vidência Complementar.

NANICOS E LISOS. Se a pro-posta de reforma polí-tica do Marcelo Castro (PMDB-PI) já vigorasse, não teriam fundo parti-dário, este ano, PC do B, PSOL, PTN, PRTB, PHS, PRP, PEN, PSDC, PMN, PTC, PSTU, PPL, PCB e PCO.

ESTELIONATO E FALSIDADE. Não passam de um pu-nhado de sindicalistas e algumas dezenas de po-bres diabos que recebem uns trocados, camiseta e boné da CUT para po-sar de “manifestante” os “agricultores familiares” que invadiram o Ministé-rio da Fazenda e na vés-pera bloquearam rodo-vias em Brasília.

COM GABRIEL GARCIA, RODRIGO VILELA E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORO pulo do gato

Inimigos, Carlos Lacer-da e Juscelino Kubitschek se encontram para arti-cular a Frente Ampla, em oposição ao regime mili-tar. Levaram horas conver-sando. A certa altura, La-cerda quis saber um velho segredo:- Como o sr. lembra o no-me de todo mundo? Já tentei vários sistemas e

nenhum funcionou.- Eu não lembro – reve-lou JK – Mas o sujeito não quer que você se lem-bre, quer pensar que você lembrou. Então, eu abraço a pessoa e pergunto baixi-nho: “Como é mesmo seu nome completo?” Aí, ter-mino o abraço e digo bem alto: “Como vai, fulano?” E todos ficam satisfeitos.

“O GOVERNO ATUAL

DESMORALIZOU O BILHÃO”

SENADOR ALOYSIO NUNES (PSDB-SP), SOBRE OS ESCÂNDALOS DE LADROAGEM

NA ERA DILMA

Política

Juiz Sérgio Moro| FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

CLÁUDIO HUMBERTOCLAUDIO.HUMBERTO@METROJORNAL.COM.BR

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |10| {ECONOMIA}

As ações da Petrobras tom-baram mais de 6%, com agentes financeiros ajustan-do posições após a divulga-ção do balanço do primeiro trimestre. Apesar de o lu-cro registrado entre janei-ro e março ter surpreendido positivamente, os investido-res seguem cautelosos com o horizonte da companhia e também aproveitaram a re-cente disparada dos papéis para embolsar lucros.

A ação preferencial da Pe-trobras liderou ontem as per-das da Bovespa, caindo 6,31%, a R$ 12,91. O papel ordinário teve a segunda maior perda, recuando 6,08%, a R$ 13,75. Foi o segundo pregão con-secutivo de queda da estatal desde a divulgação do seu ba-lanço financeiro do primeiro trimestre do ano, na noite de sexta-feira.

O desempenho da esta-

tal ajudou a puxar o princi-pal índice da Bolsa para bai-xo. O Ibovespa caiu 1,26%, para 55.498 pontos. O volu-me financeiro foi de R$ 6,8 bilhões. No ano, a ação pre-ferencial da Petrobras ainda

acumula mais de 30% de alta e ordinária sobe mais de 45%.

O analista Marco Aurelio Barbosa, da CM Capital Mar-kets, destacou que também estavam no radar votações de medidas provisórias de

ajuste fiscal. “Tão importan-te quanto a questão do endi-vidamento para a Petrobras é a questão fiscal para o gover-no brasileiro. Os dois pontos dão uma medida de risco as-sociado ao investimento que é muito caro para o desen-volvimento econômico do país a médio e longo prazos”, afirmou em nota a clientes, segundo a Reuters.

Dólar em altaNo mercado de câmbio, o dólar comercial registrou a terceira alta seguida. A moeda norte-americana su-biu 0,76% e fechou a R$ 3,041 na venda. Nas últimas três sessões, o dólar acumu-la valorização de 1,62%. In-vestidores aguardaram a di-vulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. METRO

Mercado financeiro. Papéis da estatal lideram perdas da Bolsa, que fechou ontem em queda de 1,26%. Investidores seguem cautelosos em meio a incertezas sobre a companhia

Ação preferencial da Petrobras recuou 6,31% | AGÊNCIA PETROBRAS

Ações da Petrobras caem mais de 6%O emprego industrial fe-

chou o mês de março com declínio de 0,6% em relação a fevereiro, informou on-tem o IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica). Na comparação com igual mês do ano passado, a queda é de 5,1%, o maior tombo desde outubro de 2009 (-5,4%).

Com o resultado, o total do pessoal ocupado no setor acumula perda de 4,6% no primeiro trimestre do ano. É o 14º resultado negativo consecutivo.

Em relação ao mesmo período de 2014, março re-gistrou queda no empre-go industrial nos 18 ramos pesquisados pelo IBGE. As maiores variações foram nos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrô-nicos e de comunicações (-12,1%), produtos de metal (-10,2%), meios de transpor-te (-10,0%) e outros produ-tos da indústria de trans-formação (-8,1%).

Depois de ficar estável em fevereiro e ter leve au-mento, de 0,1%, em janei-ro, o número de horas pa-gas aos trabalhadores caiu

0,3% no mês. Em um ano, o recuo foi de 5,1%, 22ª taxa negativa nesse tipo de com-paração. Menos horas pa-gas apontam para pouca de-manda por mais trabalho.

Em março, a produção industrial brasileira recuou 0,8% na comparação com fe-vereiro, pior resultado para o mês desde 2006. Na com-paração com março 2014, a queda foi de 3,5%, segun-do dados divulgados no úl-timo dia 6.

No ano, o setor industrial acumulou queda de 5,9%. Nos últimos doze meses, o recuo é de 4,7%. METRO

No trimestre, pessoal ocupado no setorcaiu 4,6% | DAVID ALVES/PALÁCIO PIRATINI

Indústria. Emprego tem queda de 5,1% em março

Pesquisa do SPC Brasil (Ser-viço de Proteção ao Crédito) revela que 69% dos brasilei-ros já compraram produtos não originais. Em núme-ros absolutos, isso represen-ta que 45,3 milhões de pes-soas já adquiriram réplicas ou produtos falsificados.

A principal justificati-va para a compra é o pre-ço mais baixo, apontada por 59% dos consumidores. Oito em cada dez consumidores de falsificados ou réplicas (83%) comprariam os produ-tos originais, se pudessem.

“Para quem tem recursos financeiros inferiores aos va-

lores dos produtos de luxo, a compra de falsificados é um dos mecanismos encontra-dos para inserir-se no merca-do de marcas famosas”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Segundo a pesquisa, os itens mais comercializados são roupas, acessórios e cal-çados, e o público que mais compra é jovem, pertence à classe C e possui menor es-colaridade. Entre as marcas mais procuradas estão Nike (33%), Adidas (30%), Lacoste (29%), Ray-ban (21%), Louis Vuitton (20%) e Samsung (20%). METRO

Pesquisa. 69% dos brasileiros já compraram produto falso

24%ACESSÓRIOS

22%CALÇADOS

39%ROUPAS

17%ELETRÔNICOS

Os falsificados mais consumidos no país

Mais procurados

A inadimplência do consu-midor cresceu 14,9% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com igual período de 2014, se-gundo indicador da Serasa Experian. Em abril, o índi-ce avançou 1,8% ante mar-ço, o que representa acele-ração, após uma ligeira alta de 0,2% em março e uma re-tração de 0,9% em fevereiro. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%.

Os economistas da Serasa apontam a elevação das ta-xas de desemprego, a infla-ção mais alta e os juros ele-vados como as causas para o aumento da inadimplência.

As dívidas com os bancos foram as responsáveis pela alta em abril, com aumen-to de 8,2%. Já a inadimplên-cia não bancária (junto aos cartões de crédito, financei-ras, lojas em geral e presta-doras de serviços como tele-fonia e de energia elétrica, água etc.), os títulos protes-tados e os cheques sem fun-dos, tiveram queda de 2,6%, 14,8%, 10,7%, respectiva-mente, contribuindo para que o índice do mês não su-bisse ainda mais. METRO

Conta atrasada. Inadimplência avança 15%

Santander libera crédito para pequenas e médias empresasO Santander Brasil vai dispo-nibilizar R$ 15 bilhões em crédito como parte de um projeto multisserviço para pequenas e médias empre-sas. Na tentativa de desburo-cratizar os serviços, o banco reduziu para dois dias o pra-zo para abertura e liberação da conta pessoa jurídica.

“Nosso objetivo é nos tornarmos líderes no crédi-

to a pequenas e médias em-presas”, disse o presiden-te-executivo do Santander Brasil, Jesus Zabalza. O ban-co tem cerca de 700 mil pe-quenos e médios negócios na carteira de clientes.

O banco lançou ainda o programa Avançar, que trará um portal no qual empreen-dedores terão acesso a cur-sos on-line, busca e oferta de

vagas de emprego e estágio e a possibilidade de realizar negócios em outros países.

Como parte do progra-ma, o banco poderá subsidiar por quatro meses os custos de um estagiário seleciona-do pelo empresário para tra-balhar na empresa. Serão 500 estagiários ainda em 2015 e a previsão é chegar a 3.000 nos próximos três anos. METRO

A Mega-Sena acumulou e promete pagar hoje R$ 30 milhões. Caso apenas um ganhador leve o prêmio e aplique todo o valor na poupança, receberá cerca de R$ 189 mil por mês. Se preferir investir em bens, poderá comprar 21 imóveis de R$ 1,4 milhão cada.

As apostas podem ser fei-tas até as 19h desta quarta--feira, em qualquer casa lo-térica. METRO

Mega-Sena. Prêmio acumula em R$ 30 milhões

O empresário Eike Batista ter-minou de receber de volta to-dos os seus bens que haviam sido apreendidos pela Justiça. Nesta segunda-feira, foi a vez do último que faltava, a Lam-borghini Aventador LP700-4 branca, modelo 2012.

Apesar do desbloqueio dos bens materiais no fim do mês passado, R$ 162,646 milhões ainda seguem apreendidos pelo juiz Vitor Valpuesta, da 3ª Vara Fede-ral Criminal. METRO

Lamborghini foi apreendido em fevereiro | POLÍCIA FEDERAL

Eike. Empresário recebe de volta bens apreendidos

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |12| {MUNDO}

O príncipe Charles, do Rei-no Unido, encontrou-se on-tem com Gerry Adams na Irlanda do Norte, seu pri-meiro com o líder do Sinn Fein, antigo braço político do IRA (Irish Republican Ar-my), que matou seu tio-avô, lorde Louis Mountbatten, em um ataque a bomba em 1979. Também foi a primei-ra conversa de Adams com um membro da família real. O encontro privado, o mais recente em uma série de ges-tos de reconciliação entre a Grã-Bretanha e o Sinn Fein, aconteceu em Galway.

A reunião foi solicitada por Adams, como “um sinal de paz e reconciliação”. Ele

foi incorporado à lista de convidados na recepção na Universidade Nacional de Galway junto com Martin McGuinness, vice-premier da Irlanda do Norte. Após o aperto de mãos, Adams, Mc-Guinness e Charles tiveram uma reunião a portas fecha-das que durou aproximada-mente 20 minutos.

IRAO IRA foi um grupo parami-litar formado na década de 1920 que pretendia separar a Irlanda do Norte do Reino Unido (formado por Ingla-terra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).

Em 2005, o IRA anun-ciou o fim da “luta armada” e entregou as armas. Mais de 3.500 pessoas morreram durante os anos em que o grupo organizou atentados no Reino Unido. Hoje, pe-quenos grupos ainda conti-nuam ataques esporádicos contra alvos britânicos.

Por isso, a segurança foi reforçada para a visita de Charles. METRO

1979. Lorde Louis Mountbatten, tio-avô de Charles, morreu após atentado organizado pelo grupo separatista irlandês IRA há 36 anos

Segurando uma xícara, príncipe Charles cumprimenta Gerry Adams, líder do Sinn Fein | BRIAN LAWLESS/REUTERS

Príncipe aperta mão de homem que matou seu tio

Reino Unido

Presos sete suspeitos de ‘roubo do século’

A polícia britânica pren-deu sete homens suspei-tos de envolvimento no roubo de £ 200 milhões (cerca de R$ 930 mi-lhões) em pedras precio-sas de uma empresa de segurança de Londres, na última Páscoa. En-tre eles há um idoso de 76 anos. Os ladrões usa-ram equipamentos de corte pesado para entrar em cerca de 70 cofres da Hatton Garden Safe De-posit. METRO

EUA

Justiça exige pressa para ver e-mails de Hillary

A Justiça americana re-jeitou a proposta do De-partamento de Estado de divulgar parte das 55 mil páginas dos correios ele-trônicos da ex-secretária de Estado Hillary Clin-ton em janeiro. O juiz distrital Rudolph Contre-ras determinou que o de-partamento apresente já na próxima semana um cronograma. METRO

Bolívia

Partidários de Evo Morales querem quarto mandato

O MAS (Movimento ao Socialismo), partido do presidente da Bolí-via, Evo Morales, defen-deu um quarto manda-to. A ideia dos dirigentes do MAS é trabalhar em uma reforma constitu-cional que permita a Mo-rales disputar as elei-ções de 2019. Evo, como é chamado pelos corre-ligionários, está no ter-ceiro mandato, conquis-tado em outubro do ano passado (2006-2009, 2010-2014 e 2015-2019). O próprio Evo, contudo, já pediu ao partido que busque outro nome para sucedê-lo. METRO

A violência no Iêmen cau-sou a morte de 1.850 pes-soas e forçou cerca de 500 mil a abandonarem as suas casas, anunciaram ontem porta-vozes da ONU (Orga-nização das Nações Unidas) em Genebra, na Suíça.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para Assis-tência Humanitária, o or-ganismo da ONU que ad-ministra as situações de emergência, dados do servi-ço de saúde do Iêmen apon-tam que há 7.394 feridos.

Adrian Edwards, porta--voz do Acnur (Alto Comis-sariado das Nações Unidas para os Refugiados), indicou que o número de desloca-dos desde março é estimado em mais de 545 mil. Adian-

tou que as tréguas, de cinco dias e que terminaram na segunda-feira (18), permiti-ram ao “Acnur enviar mais ajuda” por terra ou avião, a partir dos centros de dis-tribuição em Sanaa e Aden (Sul do país).

No entanto, segundo Eli-sabeth Byrs, porta-voz do PAM (Programa Alimentar Mundial), as tréguas não fo-ram “suficientemente lon-gas” para permitir a dis-tribuição de toda a ajuda alimentar.

Após cinco dias de trégua com os rebeldes xiitas hou-tis que tomaram o governo do Iêmen, a coalizão lidera-da pela Arábia Saudita vol-tou ontem a bombardear a capital, Sanaa. METRO

Iêmen. Refugiados da guerra civil já passam de meio milhão, diz ONU

Renald Luzier, mais conhe-cido como “Luz”, um dos poucos cartunistas que so-breviveram ao ataque de militantes islâmicos contra o semanário francês “Char-lie Hebdo”, em janeiro, de-cidiu deixar a publicação.

Luz desenhou a imagem de capa da primeira edição depois do ataque ao “Char-lie Hebdo” – que vendeu cerca de oito milhões de có-pias em todo o mundo, en-quanto em uma época nor-mal a tiragem era de cerca de 60 mil –, mas ele havia dito recentemente que dei-xaria de desenhar charges de Maomé.

Para os muçulmanos, qualquer representação do profeta é uma blasfêmia. Mas a primeira edição pós--ataque trazia na capa uma

caricatura de Luz com um Maomé choroso que segu-rava um cartaz com a ins-crição “Je suis Charlie” (“Eu sou Charlie”) sob as palavras “Tudo é perdoado”. METRO

Luz segura edição do ‘Charlie Hebdo’com Maomé | REPRODUÇÃO / KAMELEON.BA

Mídia. Chargista de Maomé deixa o ‘Charlie Hebdo’

Navio de cruzeiro encalha no Caribe Um navio da Norwe-gian Cruise Line enca-lhou num recife ontem depois de deixar Bermu-das, mas não havia rela-tos de quaisquer vítimas feridas. A embarcação estava voltando para Boston com 2.675 passa-geiros e mais de mil tri-pulantes. Fotos postadas no Twitter mostravam pessoas observando nas grades do navio e um pe-queno barco. METRO

Ciência é posta à prova em pubsHoje é o último dia do Festival Pint of Science, realizado em 50 cidades de nove países – incluin-do o Brasil. “Pint” é uma medida de copo (568 ml) muito usada nos pubs do Reino Unido para servir cerveja. Foi lá que nas-ceu em 2013 o Pint of Science, cuja ideia é pro-mover mostras e expe-rimentos científicos em pubs e bares das cidades participantes. METRO

Boa ideia Bermuda

Jovem vai à TV e leva tiro no rostoNa Turquia, uma jovem de 19 anos levou um tiro no rosto no domingo, enquan-to estava em casa. A polícia diz acreditar que o crime te-nha sido motivado pela par-ticipação dela em um pro-grama de talentos na TV.

Mutlu Kaya está em con-dições críticas no hospital. Um homem já foi preso pe-lo crime. De acordo com as investigações, a jovem foi atingida por parentes do pai, que tem ligações com o crime organizado.

No último dia 30 de

março, Mutlu recebeu a vi-sita da cantora turca Si-bel Can, que pediu que ela participasse de um concur-so televisivo após tê-la escu-tado cantar em sua provín-cia. Dias após o convite, a jovem recebeu ameaças de morte por parte do clã liga-do à família do pai.

Os feminicídios (assas-sinatos de mulheres) são um problema alarmante na Turquia. Segundo dados de ONGs, em 2014 foram 294 mulheres assassinadas. Nes-te ano já são 91. METRO

Mutlu: polícia suspeita de famíliado pai | REPRODUÇÃO/FACEBOOK

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“Existem injustiças não resolvidas. Elas precisam ser retificadas, e um processo de cicatrização deve ser desenvolvido” GERRY ADAMS, EX-LÍDER DO IRA, EM NOTA

DIVULGAÇÃO

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |14| {GASTRONOMIA

Se você gosta de cozinhar e/ou de comer, provavelmen-te vai concordar com o que já leu e ouviu falar sobre o Ea-taly nos últimos dias. O fris-son que a chegada do mez-zo mercadão, mezzo praça de alimentação de luxo, que abriu ontem no Itaim Bibi, tem causado parece se justifi-car ao se conhecer o projeto, dividido em 22 departamen-tos e sete restaurantes.

E no meio de todo esse bo-chicho, fomos até lá e sepa-ramos, com olhos de dona de casa – levando em conta cus-to, benefício, exclusividade e um tanto de desejo, o que achamos imperdível entre tantas coisas. Ok, não foi fá-cil, mas eis a seleção:

Frutas, legumes e verdurasOs produtos são arrumados daquele jeitinho europeu, que deixa tudo convidativo. Fique de olho nos tomates, um dos pilares da gastrono-mia italiana, de todos os ti-pos, o carmem sai a R$ 5,90 o quilo. Flores comestíveis (R$ 7,90 a cada 7g) e tempe-ros frescos (preços variados) também merecem uma vista.

QueijosTem de vários tipos, mas o charme fica para a muçare-la artesanal feita na hora da Tutolatte, marca exclusiva. Lá, há três tipos do queijo: a 100% de búfala (R$ 6,90 ca-da 100g), a especial (R$ 5,90 cada 100g), que é um blend com 50% de leite de vaca e 50% de leite de búfala e a fei-ta 100% com leite de vaca (R$ 5,90 cada 100g), as duas últi-mas feitas no próprio Eataly, às vistas do público. Desta-que também para a muçare-la defumada artesanalmente (R$ 8,90 cada 100g).

PLUS+

Massa, molho e antepastoNão dá para deixar de visitar, no segundo andar, a fábrica de massas frescas, os talha-rins e espaguetes (R$ 34 o kg) e recheados (de R$ 38 a R$ 78 o kg) são feitos na hora. As muitas prateleiras com todos os tipos de massas secas che-gam a confundir, mas a que-ridinha dos chefs do lugar é a Afestra, com sulcos que fa-zem o molho aderir (R$ 17,49 cada 500g) e o tomate pela-do Mutti (R$ 6,99 cada 400g). Sim, essa marca é encontra-da em outros lugares, mas diz o chef que os tomates são cultivados em colinas com condições que tornam o pro-duto todo especial.

Risotos e azeitesMuitos e muitos risotos Iri-sotti, como os de fungui, as-pargo, radiccio e limão, pron-tos para o preparo, custam R$ 19,90 a cada 250g.

Os chefs do Eataly usam o azeite Roi Cuccina Extra-virgem (R$ 32 cada 500 ml) para o preparo dos pratos, das pizzas e também nos courvets. Se eles usam, vale experimentar!

Carnes e pescadosNo açougue, destaque para os giottos, um tipo de ham-búrguer italiano. O Especial é empanado com gergelim branco e pistache torrado (R$ 34,90 o kg). Na peixaria, o sal-mão vem do Chile e vale R$ 38 o quilo. O diferencial é a oferta de peixes grandes.

Refris e restaurantesSó vendem as gasosas ita-lianas que custam R$ 8,90 a garrafa de 275ml. Nada de Coca-cola!

Quanto aos restaurantes, estarão com 10% de descon-to nos primeiros dias de fun-cionamento. Mas esses serão assunto para uma outra con-versa. METRO

FOTOS: ANDRÉ PORTO/ METRO

MAMMA MIA!

Eataly. Primeira unidade na América Latina da rede italiana é aberta em SP com promessa de virar ponto turístico. O Metro foi conferir o que vale a pena comprar lá

Para não se perder nas compras Não adianta comparar preços com do mercadi-nho perto de casa. Os va-lores são equivalentes aos mercados prime de SP.

Dê atenção aos produ-tos exclusivos, os frescos e os artesanais, já que os ou-tros, com sorte, podem ser encontrardos mais bara-to por aí.

A dica da vovó vale ou-ro: coma antes de fazer compras. Coma lá, e já te-rá ideia do que comprar, pois tudo o que é servi-do nos restaurantes é fei-to com os ingredientes da casa. E pergunte, pois os funcionários são treinados para responder e até dar receitas. METRO

Dicas

Serviço

EatalyFica na avenida Juscelino Kubistchek, 1.489. Tem estacionamento com valet e convênio com

outros da região.

Funcionamento até 24 de maio, em

horário especial:

MERCADO: das 8h às 23h

RESTAURANTES: segunda a sexta das 11h30 às 15h

e das 18h30 às 23h

Sábado e domingo das 12h às 16h

e das 19h às 23h

Mercado prioriza produtos artesanais

90% dos pescados chegam diariamente de Santa

Catarina

Pães saem quentes o tempo todo e pode-se comprar as misturas

de farinhas para fazer em casa

Experimente o requeijão de corte: quem já foi a Minas conhece e

quer mais

Casa oferece 880 rótulos de vinhos

italianos

A massa fresca é feita na hora, podemos

ver a produção através do vidro

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |18| {CULTURA}

2CULTURA

São mais de 40 anos de parce-ria, amizade e muita, muita música. Mas, por mais impres-sionante que pareça, Moraes Moreira e Davi Moraes, pai e filho, nunca haviam gravado um disco juntos. Essa lacuna na carreira dos músicos acaba de ser preenchida com “Nos-sa Parceria”, uma verdadei-ra mistura de ritmos que me-lhor representam os artistas.

A ideia apareceu quan-do Davi ainda gravava um ál-bum só seu e chamou o pai para participar de duas músi-cas. Nesse tempo, surgiu um edital que pode viabilizar um projeto maior: enfim, um dis-co da dupla. “Vamos conti-nuar? Davi sugeriu. Topei na hora, chamamos o Chico Ne-ves para produzir e o resulta-do é esse”, conta Moreira.

O resultado, na verdade, é um conjunto de oito músi-cas que reúnem bossa nova, baião, frevo, samba, e outros ritmos genuínos da músi-ca brasileira. Duas composi-ções não são da dupla, “Bos-sa e Capoeira”, samba de Batatinha (1924-1997), em que Moraes saúda o compo-sitor baiano, e “Bahia, Oi Ba-hia”, outro samba, mas esse um tanto obscuro, de 1940, de autoria de Vicente Paiva e Augusto Mesquita.

As seis canções restan-tes são de autoria da dupla.

“Centro da Saudade” é ou-tro samba, dessa vez de Da-vi, em parceria com Carli-nhos Brown e Pedro Baby, lançada por Brown em 2010. “Coração a Batucar”, ganhou anteriormente interpreta-ção de Maria Rita; “Seu Chi-co” e “Chorinho pra Noé” são temas instrumentais, en-

quanto “Só Quem Ama Le-va Tombo” e “Frevo Capoei-ra e “Frevo Capoeira” são de Moraes, e “Quando Acaba o Carnaval” e “Nossa Parceria” consagram a união da dupla.

“É uma afinidade musi-cal muito grande. Basta nos olharmos que a gente se en-tender”, explica Moreira. “Há

desafios. Um é o de saber ce-der, através de duas persona-lidades musicais muto for-tes, cheio de ideias e opniões. O outro é o da barreira da in-timidade, mas a gente chega sempre num ponto em co-mum”, complementa o filho.

Davi nasceu no auge dos Novos Baianos, em 1973,

um ano após o lançamen-to do álbum mais aclamado do grupo, “Acabou Chora-re”. Ainda pequenino, acom-panhava de perto os ensaios da banda e admirava seu pai, Moraes Moreira, exímio gui-tarrista. “Lembro dele [Mo-reira] tocando em casa, mui-to, todos os dias”, recorda o músico. “Quando ele cho-rava, eu o colocava perto da gente tocando e às vezes ele até dormia. Recordo que o brinquedo preferido era uma guitarrinha de plásti-co”, lembra o pai. “Não teve jeito de escapar.” O resulta-do dessa ligação musical tar-dou para chegar em disco, mas não falhou.

Cícero Rosa Lins, ou apenas Cícero, chega a seu tercei-ro disco e cada vez mais fi-ca difícil definir um estilo para sua música. Mas após uma conversa com o músi-co, uma coisa é certa: ele sa-be exatamente o que está fazendo.

Com “A Praia” o artis-ta carioca fecha uma trilo-gia que começou despropo-sitalmente em “Canções de Apartamento”, em 2011, e passou por “Sábado”, lan-çado em 2013. “A ideia é de que os três discos fossem uma coisa só. Está lá a Cecí-lia, o caminhão de gás, ter-minar um disco com “Frevo Por Acaso” e começar ou-tro com “Frevo Por Acaso Nº2”… A ideia é de que eles fossem amarrados de forma que representassem minha busca”, explica

“A Praia” soa como um meio termo entre o indie melódico de “Canções de Apartamento” e as expe-rimentações de “Sábado”, mesclando certa melanco-lia com momentos de espe-rança e mudança. “Ele é me-nos angustiado. Estou bem

morando em São Paulo, não passo por uma crise. É uma fase mais tranquila. Não te-nho intenção de fazer algo com angustia ou não, mas sim que tenha a ver com

meu momento de vida real. A coisa é sincera”, avalia o seguro músico.

Entre os destaques, fique com a faixa-título, “Isabel (Carta de Um Pai Aflito)” e a intensidade de “O Bobo’, composições de um cara maduro, que parece pouco preocupado no que dizem sobre sua música e mais no que ele sente através delas.

METRO

Cícero canta sua nova fase no disco ‘A Praia’

Cícero chega a seu terceiro disco | DIVULGAÇÃO

“A PRAIA”CÍCERO

INDEPENDENTE DOWNLOAD EM CICERO.NET.BR

“O VOO DO DRAGÃO”GUIZADO

INDEPENDENTE R$ 20

“AMOR VIOLENTO”

QUARTO NEGROBALACLAVA

RECORDS R$ 25

O trompetista paulistano Guizado chega a seu tercei-ro trabalho, “O Voo do Dra-gão” e envolve ainda mais elementos na sua elaborada música.

Sucessor de “Punx” (2008) e “Calavera” (2010), o novo álbum é fortemen-te influenciado pela cultura oriental, direcionados por nomes como do autor Sun Tzu (“A Arte da Guerra”) e Bruce Lee. Até a capa segue a temática, criada pelo artis-ta plástico Atsuo Nakagawa.

Nos sons instrumentais, a trilha intercala beats e sin-tetizadores e seu já conheci-do trompete com uma ban-da completa, em crias que passam principalmente pe-lo jazz, mas trazem tam-bém a referência do punk e do rock, elementos sempre presentes na carreira do ar-tista. METRO

Lançamento. Arte oriental inspira novo disco de Guizado

Formada em 2009, a banda Quarto Negro já foi quarte-to, trio e agora chega a seu segundo disco, “Amor Vio-lento” em formato duo.

Gravado em Portland, nos Estados Unidos, o no-vo trabalho composto por Eduardo Praça (voz e gui-tarra) e Thiago Klein (tecla-do e sintetizadores) é uma bela união de músicas de-licadas e melancólicas, que mostram o olhar profundo dos artistas, não apenas nas melodias e arranjos, mas na profundidade e reflexão das letras – algo já apresentado na estreia, em “Desconoci-dos” (2011).

A maior parte das 11 fai-xas de “Amor Violento” foi composta em estúdio em 2013 e conta com a partici-pação de duas bandas norte--americanas, Menomena e The Thermals. METRO

Disco. Agora duo, Quarto Negro lança ‘Amor Violento’

PAULOBORGIA METRO SÃO PAULO

Ouça faixas de “Nossa Parceria” no metrojornal.com.br

Madeleine Peyroux

A vozA cantora norte-

americana volta ao país para show hoje, às 21h, na Sala São Paulo (pça.

Júlio Prestes, 13, Campos Elíseos; tel.: 3367-9500),

com ingressos esgotados. Ela apresenta esta noite

os sucessos presentes na coletânea “Keep Me in Your Heart for

a While”, em concerto dentro do projeto TUCCA Música pela Cura – Série Concertos Internacionais.

OS MORAESMúsica. Pai e filho, músicos e artistas que

tocaram um no palco do outro. Parece estranho, mas só agora Davi e Moraes Moreira juntam suas

forças para um disco juntos: ‘Nossa Parceria’

“NOSSA PARCERIA”

DAVI MORAES E MORAES MOREIRA

DECK DISC R$ 25

Davi e Moraes Moreira exaltam o samba em novo disco

DIVULGAÇÃO

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |20| {CULTURA}

Encenado em dois atos, o es-petáculo “Aula Magna com Stalin” estreia hoje para con-vidados – amanhã para o pú-blico –, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Com texto do dramaturgo britânico Davi Pownall, a obra se passa em janeiro de 1948, às vésperas da realização do Primeiro Congresso de Com-positores da União Soviética, em um encontro fictício en-tre o ditador Josef Stalin, seu encarregado de política cultu-ral, Andrei Jdánov, e os com-positores Serguei Prokófiev e Dmitri Shostakóvitch, vivi-dos respectivamente por Jai-ro Mattos, Luiz Damasceno, Carlos Palma e Felipe Folgosi

no papeis de Stalin, Jhdanov, Prokofiev e Shostakovich, respectivamente.

Na ocasião, a relação entre arte e política chega a um pon-to delicado, quando Jhdanov convoca os compositores a uma reunião ao lado de Stalin para, juntos, ajudarem a de-finir novos rumos da arte na União Soviética conforme os interesses do Estado. METRO

Teatro. Espetáculo discute a relação entre arte e política

Personagens históricos estão na peça | ROBERTO SETTON/DIVULGAÇÃO

No CCBB (r. Álvares Pentea-do, 112, Centro; tel.: 3113-3651). Estreia hoje para con-vidados. Qua. a sex., às 20h. R$ 10. Até 3/7.

Serviço

BandNews FM celebra 10 anos com transmissões especiaisA BandNews FM completa 10 anos hoje e as comemo-rações que celebram a pri-meira rede brasileira de emissoras de rádio em FM com jornalismo 24 horas no ar serão intensas.

O âncora Ricardo Boe-chat tem visitado as cida-des que compõem a rede BandNews FM para trans-missões junto aos ouvin-tes. O jornalista já este-ve em Brasília, Curitiba e Salvador e, hoje, apresen-ta o noticiário a partir das 7h30 direto do Cristo Re-dentor, no Rio, recebendo convidados especiais co-mo os músicos Frejat (Ba-rão Vermelho) e Falcão (O Rappa).

Em São Paulo, Eduardo Barão comanda a transmis-são de aniversário em um estúdio montado no vão li-vre do MASP. Ao longo de todo o dia, passarão pelo estúdio na Avenida Paulis-ta convidados como o lu-tador de MMA Cigano, a banda Sambô e os músi-cos Naldo e Tulipa Ruiz. Na quinta-feira, Boechat e Ba-

rão apresentam o princi-pal noticiário da emissora direto do MASP das 7h30 às 9h30.

Até o final da semana a rádio apresenta jornais direto do Butantan Food Park, com participação dos cantores Lenine e Zizi Possi, a atriz e voz padrão

da BandNews FM Jacque-line Dalabona, o músico Antônio Nóbrega e o crí-tico musical Zuza Homem de Mello.  

A comemoração conti-nua na próxima semana, quando Boechat visita Fortaleza (dia 25), e Por-to Alegre (27).

Ao longo do mês, a BandNews FM tem levado ao ar depoimentos de ou-vintes falando sobre a re-lação deles com a emisso-ra. Como a rádio faz parte do dia a dia deles? Como e quando começaram a ou-vir? O que mais gostam?

METRO

Ricardo Boechat e Eduardo Barão no estúdio da emissora em São Paulo | AGÊNCIA NA LATA/DIVULGAÇÃO

Em época intensa de vídeos de gatos fofos e engraçadi-nhos tomando conta das re-des sociais, nada melhor do que uma (quase) heroína de-senhada em preto e branco para lembrar o charme do mundo felino.

“Gata Garota”, recém--lançado pela quadrinista Fefê Torquato, é o primei-ro volume de três obras que vão contar a história de Gi-gi, uma jovem romântica que possui as características mais marcantes de um gato.

“Ela é minha primei-ra personagem. Eu sempre convivi muito com eles e gostava bastante da Mulher Gato do Tim Burton [de ‘Bat-man – O Retorno’, de 1992], uma heroína sexy”, comen-ta Fefê, que tem seis gatos em casa e aparentemente não teve qualquer proble-ma para encontrar inspi-ração. “Eles são muito in-dependentes e respeitam o espaço um do outro. Eles são muito seguros de si, di-ferente de cachorro – tenho

quatro –, que é mimado e devoto”, analisa a autora.

Na história, Gigi é uma garota que alterna claros traços de humanos e de ga-tos. E isso acaba sendo um charme. O conflito maior se dá com o namorado, Da-nilo, um humano comum que tem dificuldades para entender as alternâncias da jovem, que some pelas ma-drugadas ou prefere brin-car com uma barata quando deveria estar se arrumando para sair.

Outra peculiaridade do livro é seu formato, grande, em 20x32cm, que possibili-ta a autora mais espaço pa-ra desenhar a fascinante Gi-gi através do preto e branco e as sombras. “Busquei algo mais realista, mas em uma mistura com o mistério, em algo mais geométrico e es-curo. Eu quis fazer em preto e branco para dar um con-traponto, já que os gatos têm essa estigma de serem muito fofos”, explica.

O segundo volume deve

ser lançado no ano que vem, mas as tiras da futura publi-cação podem ser vistas to-das as quarta-feiras no site gatagarota-hq.tumblr.com.

HQ. Quadrinista catarinense Fefê Torquato mistura características humanas às dos gatos para compor a personagem Gigi de ‘Gata Garota’

Meio mulher, meio felina“GATA GAROTA –

VOLUME 1”FEFÊ TORQUATOEDITORA NEMO

160 PÁGS. R$ 38PAULO

BORGIA METRO SÃO PAULO

Gigi em ação em‘Gata Garota’

REPRODUÇÃO

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br {CULTURA} |21|◊◊

Matthew McConaughey não recebeu um “boas-vin-das” caloroso em Cannes na semana passada na apre-sentação de seu novo filme “The Sea of Trees”, dirigido por Gus Van Sant – o longa foi vaiado pela imprensa. O Metro conversou com o ator sobre essa apresentação de-sapontante e sua experiên-cia anterior no festival.

Há três anos, você veio a Cannes para apresentar os filmes “Amor Bandido” e “Obsessão”. Todo esse su-cesso impactou sua vida?É apenas um novo capítulo do mesmo livro. Não sou ar-

rogante, tomo minhas deci-sões baseado em outros crité-rios. Eu escolho filmes que eu gostaria de assistir e que me intrigam mesmo antes de eu saber qual personagem irei interpretar e como. Não es-tou em busca de nenhum ti-po de aprovação. Mesmo que algumas pessoas não gostem, sempre levarei comigo o por-quê de tê-los feito. O que está feito, está feito. Você está se referindo a maneira fria como “The Sea of Trees” foi recebido? Não. Eu sequer penso so-bre isso. Todos são livres para vaiar ou aplaudir, des-

de que sejam capazes de ex-plicar porque amaram ou odiaram. Às vezes algumas pessoas escrevem más ava-liações antes mesmo de te-rem visto o filme pelo sim-ples fato de não gostarem de mim. Isso não é justo.

Você se sente mal quando recebe críticas ruins?Eu prefiro que as pessoas gos-tem de meus filmes, mas eu não fico me torturando quan-do isso não acontece. Tenho mais o que fazer. E seja lá o que eles digam, estou com-pletamente disposto a ex-plicar porque decidi partici-par do filme. É a única coisa

que realmente importa pa-ra mim.

Você tem essa mesma fi-losofia quando um filme é bem sucedido, como foi o caso de “Interestelar”?Claro. Não importa qual fil-me fizer, meu trabalho não é te convencer a ir vê-lo ou não. Eu apenas compartilho minha experiência. Não faço marketing. Já fiz isso no pas-sado quando achava que ti-nha que “vender” meus fil-mes, mas agora amo minhas experiências no set mais do que tudo e essa é minha úni-ca recompensa.

METRO INTERNACIONALFRANCK ROBICHON/GETTY IMAGES

MATTHEW MCCONAUGHEYAtor fala sobre a péssima recepção que o fi lme em que atua ‘The Sea of Trees’, de Gus Van Sant,

recebeu no Festival de Cannes e avisa que não está em busca de nenhum tipo de aprovação.

‘NÃO FAÇO MARKETING’

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |22| {PUBLIMETRO}

O envolvimento com assuntos familiares tende a ser mais intenso, especialmente

para esclarecer antigos assuntos.

Muitas vezes palavras simples, ditas com calma e tranquilidade, esclarecem confusões. Tal

postura será essencial nas diversas relações.

Cuide para que suas ambições não atrapalhem relacionamentos com pessoas que te dão atenção.

Período para refletir sobre diferenças.

A Lua em seu signo faz com que esteja mais propenso a agir de forma emocional diante

das situações do dia a dia. Faça ponderações.

Atente-se para não agir de forma intolerante com alguns rituais e costumes preservados

por pessoas de sua convivência.

Com a Lua em Câncer, seu signo oposto, há tendências para definir assuntos que

envolvam parcerias. Decisões marcarão a vida afetiva.

Momento para tratar assuntos financeiros com moderação, especialmente para evitar

impulsos consumistas. Repense as suas despesas. 

Tendências a tratar assuntos essenciais que antes estava desatento. A parte física, da

saúde e temas do lar são os mais propensos.

Aproveite para se divertir e aproveitar ocasiões que amenizem desgastes. Retomar

momentos de lazer em família fará muito bem.

Envolver-se de forma mais intensa com alguma causa especial amenizará desgastes

e trará uma boa sensação de dever cumprido.

Hoje a perseverança será chave para tratar assuntos e, principalmente, para lidar

com algumas convivências. Use a diplomacia.

Valorize mais o exercício de sua fé pessoal, com ou sem religião. Os temas espirituais

costumam ter grande impacto e fazer bem a você.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Leitor fala

RadaresMe sinto oprimido com a quantida-de de radares instalados na cidade, co-mo mostrou a reportagem “Prefeitu-ra já instalou 329 radares neste ano”, publicada no Metro Jornal de ontem. Por mais que o trânsito seja caótico e precise de monitoramento e puni-ções para educar, mesmo que a for-ça, as pessoas, é difícil confiar que o poder público faz isso com legíti-mas boas intenções e não apenas pa-ra encher os cofres públicos. Já recebi multas por engano, de lugares onde não estive, e desconfio que isso pode aumentar.JULIANO RUIZ, SÃO PAULO - SP

BernardoÉ de se pensar quantos crimes mal re-solvidos existem por aí, quando os pa-rentes não têm condições financeiras para contratar um detetive particu-lar. Na reportagem “Caso da morte da mãe de Bernardo deve ser reaber-to”, publicada no Metro Jornal de on-tem, é de arrepiar quando nos damos conta de que se as investigações tives-sem ocorrido adequadamente, o pai de Bernardo teria sido punido pelo as-sassinato da esposa e o jovem, apesar de traumatizado pela tragédia, ainda estaria vivo. LUDMILA CAETANO, SÃO PAULO - SP

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Você simplesmente não con-segue dirigir por medo ou qualquer outro trauma? Não se preocupe! O Google, para variar, tem uma solução. Na última semana, a empresa conseguiu que o governo li-berasse a circulação de seus carros autônomos [que não precisam de nenhuma inter-venção humana para serem guiados] nas ruas da Califór-nia durante todo o período do verão. Quer dizer que até setembro esses tipos de veí-culos serão vistos frequente-mente pelas ruas do Vale do Silício.

Os veículos serão super-visionados e conduzidos por motoristas de segurança treinados pelo Google que já estão a par do funcionamen-to do automóvel. A versão teste tem um volante remo-vível, pedal do acelerador e pedal de freio para que a di-reção possa ser assumida ca-so necessário.

As unidades que ganha-rão as ruas serão conduzidas

com o mesmo software que a frota já existente de au-to-condução Lexus RX450h SUVs utiliza. Esses testes - que inicilamente foram fei-tos em instalações da pró-pria empresa - chegaram a registrar 16.093 km de estra-da por semana.

Com esses dados, o Google afirma que os novos protóti-pos já têm experiência equi-valente a de um motorista adulto americano de 75 anos.

Os carros inseridos nas ruas dos Estados Unidos ser-vem não apenas para testes mas também para que os pe-destres e motoristas se acos-tumem ao funcionamento do veículo.

Segundo declaração da empresa no blog oficial. “O objetivo é produzir um veí-culo capaz se autodirigir. Que possa carregar todo mundo do ponto A ao pon-to B com apenas um clique no botão. Além de reduzir os acidentes causados por erros humanos em 94%”. METRO

Google testa seus carrosautônomosSegurança. Segundo a empresa, a circulação desses veículospoderá evitar até 94% menos acidentes de trânsito

O modelo de teste é conduzido inicialmente por motoristas treinados | DIVULGAÇÃO

SÃO PAULOQuarta-feira, 20 de maio de 2015

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EDUCAÇÃOReconhecimento internacional de chefs brasileiros e visibilidade conquistada pelos programas de TV colocaram literalmente a profissão sob holofotes PÁG. 26

CAROL GHERARDI/ BAND

Jurado do MasterChef, Henrique Fogaça estudou gastronomia

Cozinha qualificada

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |26| {EDUCAÇÃO}

ESPECIAL+

Começou ontem a 2° tem-porada da versão brasi-leira do “MasterChef” na Band. O reality gastronô-mico, segunda maior au-diência do canal em 2014, mostra os desafios enfren-tados por quem quer dei-xar de ser um cozinheiro amador e se transformar em um chef profissional.

Além de transformar em celebridades os chefs, Erick Jacquin, Henrique Fogaça e a argentina Paola Carosella, o sucesso do programa colo-cou em evidência a profis-são e acelerou a busca por formação na área. Atual-mente são mais de 130 cur-sos autorizados pelo MEC. O setor já andava em al-ta pelo sucesso dos chefs Alex Atala e Helena Riz-zo, reconhecidos e premia-dos internacionalmente.

Mas, muitos alunos são atraídos pela parte gla-morosa da profissão, e ig-noram que, longe das câ-meras, a vida do chef tem também muitos desafios, diz o coordenador do cur-so de Graduação Tecno-lógica em Gastronomia da FMU (Faculdades Me-tropolitanas Unidas), em

São Paulo, Marcelo Malta. “Há atividades na cozinha que não são charmosas.”Ou seja, cuidado ao sonhar com a fama em programas culinários para não se frus-trar com um dia a dia árduo, cheio de louças para lavar. Mas ele afirma que há boas oportunidades. “A mudan-ça do conceito de gestão das cozinhas está absorvendo os profissionais qualificados.”

Ex-aluno famosoFormado em gastronomia pela FMU, o chef Henrique Fogaça é puro otimismo. “A gastronomia está em alta”, comemora. Ele conta que sempre foi muito autodida-ta na cozinha, mas admite que estudar foi importante. “Ajudou bastante porque eu gostava muito de cozinhar, mas não sabia quase nada”.

Para ele, ter fama na te-levisão não é o mais im-portante. “Todos po-dem ter o seu espaço, desde que tenha compe-tência e vontade de fazer as coisas acontecerem”, diz.

Mão na massa. Programas gastronômicos fazem crescer busca por cursos; atração pelo glamour pode iludir

Estudar foi fundamental para o chef Henrique Fogaça | PATRICIA CORVO/DIVULGAÇÃO

Trabalho de chef vai além dos belos pratos

CARLOSMINUANOMETRO SÃO PAULO

O crescimento de progra-mas de culinária na tele-visão também fez aumen-tar a oferta e a variedade de cursos de gastronomia. De-pendendo do objetivo do estudante, há diversos cur-sos livres de boa qualidade e com conteúdos segmen-tados. Para se preparar, o estudante tem opções em vários níveis, técnico, gra-duação, pós, extensão. Mas o principal caminho para quem pretende in-gressar na carreira são os cursos superiores de Tec-nologia em Gastronomia.

Recentes no país, cur-sos, que começaram no fi-nal da década de 1990, ain-da dividem a opinião de profissionais. “Uma uni-versidade ou curso técni-co fornecem uma base pa-ra um aspirante a chef, porém a pratica e a expe-riência, são fundamentais para se tornar um bom profissional”, defende o chef Otávio Felix, criador

do evento Vivência Gastro-nômica, que reúne restau-rantes e profissionais. Para ele, cursos não devem ser obrigatório.

Na opinião do chef e jurado do “MasterChef”, Erick Jacquin, faculdades não ensinam a realidade

da profissão. “Cada facul-dade deveria ter um res-taurante de aplicação aber-to ao público e às críticas”, sugere. Para ele, a receita do sucesso é, sobretudo, gostar do ofício. “Se não ti-ver paixão e muita vonta-de, pula fora.”

Na cozinhaPrática na cozinha é um dos pontos onde a maioria con-corda. E a recomendação básica é conhecer as instala-ções físicas e principalmen-te a matriz curricular do curso, que deve contemplar uma quantidade expressiva de aulas práticas.

Para viabilizar um curso de gastronomia a institui-ção deve ter uma estrutura profissional de cozinha. Is-so inclui fogões, bancadas, pias, fornos, masseira, ba-tedeiras, liquidificadores, panelas, e equipamentos e utensílios em geral.

Para formar profissionais capazes de desenvolver dife-rentes funções operacionais e gerenciais, cursos tem que serem práticos, diz Marcelo Malta, da FMU. “Grande par-te das aulas devem ser mi-nistradas em cozinhas para que o aluno conheça ingre-dientes, processos adequa-dos de manipulação e técni-cas de preparo.” METRO

Mesmo com formação, prática é fundamental

Cursos devem ter quantidade expressiva de aulas práticas | DIVULGAÇÃO/FMU

Dos restaurantes às ruas, cresce espaço para chefs

A vida profissional do chef de cozinha vai mui-to além do que a maio-ria almeja: ser famoso em seu restaurante estrela-do. O campo de atuação inclui bares, hotéis, hos-pitais, navios, buffets, co-zinhas de coletividade, catering (empresa respon-sável pelo fornecimento de refeições para compa-nhias aéreas ou eventos), empresas aéreas, indús-trias alimentícias. Ou ain-da em algumas das novas atividades do ramo, caso do food trucks.

Criador da primeira feira gastronômica, ao la-do de Checho Gonzales, Henrique Fogaça aposta na comida de rua. “Acre-dito que veio para ficar”. Mas ele adverte que é completamente diferente de ter um restaurante ou um espaço em uma praça de alimentação. “Na rua você lida com dificulda-des muito peculiares, tem que ter vontade para dar certo.”

Mas o pé no chão é fundamental, aconselha o chef. “Ninguém vai sair da faculdade famoso e com nome consolidado no mercado.” METRO

Tendência

Cresce espaço para chefs no mercado | PATRICIA CORVO/DIVULGAÇÃO

Mundo gastronômico

EventosOutro incentivo aos

profissionais da cozinha foi o concurso Metro Super Chef, desafio

culinário do Metro Jornal, que reúne participantes

de todo o mundo. O finalista da etapa

brasileira foi o paulista Gulherme Cardadeiro,

que vive em Belém (PA). Ele ganhou uma viagem ao Peru, onde

acompanhará a final do concurso do jornal.

A agitada agenda gastronômica de São Paulo recebe entre os

dias 28 e 31 de maio, a segunda edição da feira

Artesanal Confeitaria e Festas. O evento traz

novidades do setor, workshops e ainda

promove um desafio entre confeiteiros e o

público será o juri. A feira acontece no Centro de

Eventos São Luis, próximo da avenida Paulista.

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |28|

Em uma sala à meia luz, cantigas infantis saúdam a natureza, o sol, os animais. Depois, sentados ‘em po-se de índio’, crianças de 2 a 4 anos formam um círculo para ouvir historinhas con-tadas pela professora.

Assim começam as au-las de ioga na CEI (Centro de Educação Infantil) Lar de Crianças Ananda Marga, no Jardim Peri, na zona norte de São Paulo.

Ao som de mantras, elas são chamadas a interagir com a narrativa, e são con-duzidas a fazer posturas ins-piradas nas histórias. De maneira lúdica, os iogues mirins vão imitando leão, cobra, árvore, rio, nuvem.

Ioga para crianças é as-sim. Virar de ponta-cabeça, fazer posturas estranhas, respirar diferente, vira tu-do brincadeira. Mas a ativi-dade permite mais que isso, já que trabalha os aspec-

tos físicos e emocionais das crianças. A tendência é que elas fiquem mais calmas.

Brincando de ioga O objetivo é esse mesmo: acalmar a mente, afirma a pesquisadora de ioga, Cas-sandra Lyra, doutora em Psi-cologia Social no Instituto de Psicologia da Universida-de de São Paulo (USP). “Pos-turas são mais conhecidas, mas diminuir o ritmo ace-lerado da mente já traz inú-meros benefícios.”

No caso das crianças aten-didas pela creche no Jardim Peri, fechar os olhos e sim-plesmente relaxar represen-ta bem mais do que um afa-go. Cercada por favelas, a região tem um alto índice de violência, criminalidade e pobreza. “Oferecemos um contraponto, regado de cari-nho, algo que alguns deles não têm em suas casas”, diz. “Nenhuma criança é obriga-

da a fazer”, explica a direto-ra. “Mas até hoje não teve recusa, e quando não tem, reclamam.”

Para todosIoga para crianças, no am-biente escolar, é cada vez mais comum. Na Escola Pe-dra da Gávea, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, acontece todos os dias.

“É como se fosse um re-laxamento, elas adoram”, diz a educadora e instru-tora, Beatriz Ribeiro. “Eles sentam em roda, cantam mantras e depois fazem as posturas. É um recur-so que muda a atmosfera na sala de aula, diz a pro-fessora. “Tem um papel so-cial, melhora a relação da criança com ela mesma e com os outros.”

Alongue, respire e relaxe!

CARLOSMINUANOMETRO SÃO PAULO

Crianças no Lar Amanda Marga

ANDRÉ PORTO/METRO

Para crianças. Escolas adotam

a ioga para trabalhar

aspectos físico e emocional

nos pequenos

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |30| {ESPORTE}

3ESPORTE

Afiado

“A diferença entre a Premier League e o

Campeonato Espanhol é enorme. Barcelona e

Real Madrid ganhariam a Premier League?

Talvez sim, talvez não. Tenho dúvidas”

JOSÉ MOURINHO, TÉCNICO DO CHELSEA, DIZENDO QUE O NÍVEL DO CAMPEONATO

INGLÊS É SUPERIOR AO ESPANHOL

Desde o dia 6 de abril, o São Paulo não tem um treinador. Quando Muricy Ramalho dei-xou o cargo por problemas da saúde, o Tricolor deixou a equipe nas mãos de Milton Cruz. O presidente Carlos Mi-guel Aidar deu moral ao in-terino, mas o fraco futebol apresentado e, especialmen-te, a eliminação na Liberta-dores, fizeram a diretoria re-pensar a pressa para buscar um novo técnico.

Alejandro Sabella, Abel Braga e até mesmo Vander-lei Luxemburgo foram son-dados. Agora, um outro no-me está especulado: Luiz Felipe Scolari.

Depois de dez meses, o treinador não resistiu à pres-são e aos maus resultados, aliados ao clima ruim gera-do pelas reclamações sobre a falta de reforços, e pediu de-missão do Grêmio.

Felipão chegou ao Grêmio em julho do ano passado. Me-nos de um mês após o vexa-me pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo, o coman-dante foi para o único clube cuja torcida seria capaz de es-quecer isso. Chegou dizendo que “precisava de carinho”. Não foi suficiente e a traje-tória no clube gaúcho durou apenas dez meses.

O fato é que o pentacam-peão está no mercado. O São Paulo busca um nome. E as especulações sobre uma pos-sível contratação do gaúcho pelo time do Morumbi co-meçaram imediatamente nas redes sociais. A diretoria são-paulina não fala sobre o assunto. Já declarou que só se pronuncia quando a decisão sobre o nome estiver tomada.

Se, de fato, Aidar e seus comandados decidirem ir atrás de Felipão devem en-

contrar a concorrência. Em algumas oportunidades, ain-da no comando do Grêmio, o treinador ressaltou que ti-nha propostas da China, dos Emirados Árabes, Arábia Sau-dita e Qatar. Declarações que também desagradaram a di-reção gremista.

Além disso, o técnico de 66 anos também teria de enfren-tar a resistência de boa parte da torcida. Não só pela liga-ção com o Palmeiras, como pela eterna “culpa” pelo fatí-dico 7 a 1 para a Alemanha. É esperar para ver.

Treinador do maior vexame do futebol brasileiro está livre no mercado | EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS

WILSONDELL’ISOLA METRO SÃO PAULO

Guerrero e Sheik estão com um pé fora

Guerrero tem vínculo até 15 de julho | DANIEL VORLEY/AGIF/FOLHAPRESS

Emerson não é prioridade no Timão | DANIEL VORLEY/AGIF/FOLHAPRESS

O Corinthians pode perder em breve dois jogadores importantes do seu elenco. Paolo Guerrero e Emerson Sheik, essenciais nas con-quistas da Copa do Mundo de Clubes da Fifa e da Li-bertadores em 2012, estão em final de contrato e uma possível renovação está ca-da vez mais distante.

O caso mais complica-do é o do peruano, titular absoluto no ataque corin-tiano. Com contrato até o dia 15 de julho, Guerrero quer R$ 18 milhões de prê-mio pela renovação, quan-tia que o clube não tem dis-ponível para gastar.

“Não temos esse recurso disponível. Ele tem de entrar em um acordo se quiser con-tinuar. Não vamos pegar um valor emprestado para resol-ver isso, não há a menor con-dição. A nossa prioridade é

pagar os atrasados. Não va-mos pegar dinheiro para fa-zer qualquer outra coisa sem liquidar de vez essa questão”, garantiu o diretor financeiro do Corinthians, Emerson Pio-vesan, ao “Lance!”.

Nas próximas duas sema-nas, Corinthians, Guerrero e seus empresários sentarão para discutir a situação e de-finir a saída ou permanência do camisa 9.

No caso de Emerson Sheik, a diretoria não pro-mete fazer muito esforço para tê-lo no restante da temporada. Com contra-to até o final do mês, o ata-cante caiu de rendimento no primeiro semestre e o al-to salário dificulta intenção corintiana.

A ideia da diretoria é ou-vir a opinião sobre a neces-sidade de renovação do jo-gador do técnico Tite, que sempre foi um dos princi-pais defensores do futebol do camisa 11.

Ainda que o treinador acene de maneira positi-va, a cúpula pretende ofe-recer metade do salário que Emerson recebe hoje, cerca de R$ 500 mil, considerado excessivo pela direção, so-bretudo pelo momento de crise financeira vivida des-de o ano passado. METRO

“Se não abaixar a pedida, a minha opinião é de que não renovem. Ele [Guerrero] que vá para o Palmeiras, Flamengo, São Paulo, para onde quiser ir”

ANDRÉS SANCHEZ, EX-PRESIDENTE DO CORINTHIANS, À TV GAZETA

Tô na área!

Será? Felipão deixa o Grêmio e treinador surge como opção

para substituir Muricy Ramalho no comando do São Paulo

Não curtiu! No Twitter, maioria dos são-paulinos é contra uma possível chegada de Felipão

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |34| {ESPORTE}

O Santos entra em campo hoje, às 22h, pela Copa do Brasil. Na Ilha do Retiro, em Recife, a equipe enca-ra o Sport pelo primeiro jo-go da terceira fase da Copa do Brasil. Além de desafiar o rubro-negro pernambuca-no, o Peixe tem outro rival a superar: o cansaço.

“O pessoal está cansado, não deu 48 horas do último jogo ainda. O Werley e ou-tros pediram para fazer só uns minutinhos [no último treino]. É precaução. Não adianta dar mais ainda aos jogadores. O treino deles agora é o descanso”, disse o técnico alvinegro Marcelo Fernandes, referindo-se à vi-tória por 1 a 0 sobre o Cru-zeiro, na Vila Belmiro no domingo, pelo Campeonato Brasileiro.

Mesmo assim, o treina-dor não vai poupar jogado-res. E ainda contará com o retorno do volante Valen-cia, que não esteve em cam-po contra a Raposa para co-nhecer a filha na Colômbia.

Reforços à vistaO Peixe acertou ontem a contratação de dois atacan-tes: Neto Berola e Nilson.

Berola, 27, pertence ao Atlético-MG e estava em-prestado ao Al Wasl, dos Emirados Árabes. O com-promisso com o Santos vai até o fim do ano.

Nilson, 24, também che-gará por empréstimo. Ele disputou o Campeona-to Paulista pelo São Bento. Atualmente, o centroavan-

te estava no Cianorte, do Paraná.

O clube já acertou com outros dois jogadores: o meia-atacante Rafael Lon-guine e o zagueiro Leonar-do. O meia Marquinhos, ex-Audax, também deve chegar. METRO

Às 22h. Santos enfrenta o Leão na Ilha do Retiro com força máxima, pela terceira fase da Copa do Brasil. Técnico Marcelo Fernandes afirma que seus jogadores estão ‘no limte’

Ainda sem renovar contrato com o Peixe, atacante Robinho comanda o time dentro de campo | RICARDO SAIBUN/SANTOS FC

Peixe desafia Sport e o cansaço em Recife

Vladimir; Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Valencia,

Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes

Danilo Fernandes; Vitor, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Neto Moura, Diego Souza e Mike; Joelinton.Técnico: Eduardo Baptista

SPORT SANTOS

• Estádio. Ilha do Retiro, em Recife, às 22h • Transmissão. Rádio Bandeirantes, Band News FM, Band, Globo e

SporTVLeia mais sobre o Santos no metrojornal.com.br

Advogado nega acordo entre Fifa e Conmebol

Advogado do Boca Juniors no caso envolvendo a par-tida com o River Plate na Libertadores, o brasileiro Eduardo Carlezzo negou a existência de um acor-do entre Fifa e Conmebol, especulado pelo jornal es-panhol “As”, para aliviar a punição. Em troca, a Fifa tiraria da América do Sul uma vaga na próxima Co-pa do Mundo. METRO

Pai confi rma que meia Xavi vai deixar o Barça

O meia Xavi vai mesmo deixar o Barcelona. À rá-dio espanhola “Cadena Ser”, o pai do jogador, Joa-quín Hernández, confir-mou que o destino do fi-lho será o futebol árabe. “Ele necessita de tranqui-lidade. Não será bom ape-nas em nível econômi-co, mas ele continuará no mundo do futebol e pode-rá praticar inglês.” METRO

Turco vai apitar a fi nal da Liga dos Campeões

A Uefa anunciou ontem que o turco Cüneyt Çakir será o responsável pela arbitragem da final da Li-ga dos Campeões, dispu-tada em Berlim, na Ale-manha, entre Juventus e Barcelona. O jogo aconte-ce em 6 de junho. Cakir foi um dos árbitros que trabalharam na Copa do Mundo do Brasil, no ano passado. METRO

Blatter quer jogo entre Palestina e Israel na Suíça

O presidente da Fifa, Jose-ph Blatter, tenta aparar as arestas entre Palestina e Israel. Em encontro com o presidente da Federação Israelense, Blatter propôs a realização de amistoso entre Israel e Palestina na Suíça. Os palestinos que-rem que Israel seja banido da Fifa – acusam o país de restringir a circulação de palestinos. METRO

Itália prende 50 por manipulação de resultados

A Justiça italiana pren-deu 50 pessoas ontem sob a acusação de envol-vimento em manipula-ção de resultados de jo-gos da terceira divisão e da liga semiprofissional do país. Entre os detidos, estão treinadores, diri-gentes, jogadores e um suposto integrante da máfia da região da Calá-bria. METRO

‘Fiz sem me dar conta’, diz torcedor do Boca Juniors

Responsável por atirar um composto químico na direção de jogadores do River Plate em duelo pela Taça Libertadores, o torcedor do Boca Ju-niors Adrian Napolitano se disse arrependido do ato que excluiu o Boca do torneio: “A verdade é que fiz sem me dar con-ta. Quando percebi, que-ria morrer.” METRO

Arrependido Sem conversa Fim da linha Decidido Missão de paz Na cadeia

Na avaliação do advogado do Palmeiras, André Sica, o Tri-bunal de Justiça Desportiva de São Paulo errou ao avaliar o caso do atacante Dudu. O camisa 7 foi condenado na se-gunda-feira a 180 dias de sus-pensão por ter agredido o ár-bitro Guilherme Ceretta de Lima no segundo jogo da final do Campeonato Paulista. Du-du também terá um jogo de gancho a cumprir no Paulis-tão do ano que vem por con-ta do cartão vermelho recebi-do no duelo contra o Santos, na Vila Belmiro.

Para Sica, os julgadores do Tribunal consideraram o ato praticado por Dudu como agressão enquanto o correto seria tipificar o ocorrido co-mo “ato hostil”.

“O tribunal, vendo a ne-cessidade de ser mais contun-dente e de punir o atleta, ti-pificou errado. Julgou errado para punir mais, enquanto o código mandava outra coisa”, disse ao “SporTV”.

O CBJD (Código Brasilei-ro de Justiça Desportiva) pre-vê os dois tipos: no artigo 250, versa sobre a prática de “ato desleal ou hostil”, especifican-do empurrões como atitudes passíveis de punição. Não há menção à prática contra árbi-tros ou auxiliares.

Já o artigo 254-A fala, espe-cificamente, sobre agressão. Nele, CBJD tipifica socos, pon-tapés, cotoveladas, cabeçadas e chutes. Neste artigo, o có-digo informa que, se a prática ocorrer contra árbitros, o in-frator deve ter pena mínima de 180 dias – caso de Dudu.

Semelhança com PetrosNo ano passado, o volante Petros, do Corinthians, te-ve punição idêntica à de Du-du após agredir um árbitro. Mas o Timão recorreu ale-gando que Petros teria assu-mido conduta antidesporti-va, segundo o artigo 258 do CBJD. A pena foi reduzida para três jogos. METRO

Caso Dudu. Tribunal errou, afirma advogado

Advogado André Sica (à esq.) conversa com Dudu | LEONARDO BENASSATTO/FUTURA PRESS

SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015www.metrojornal.com.br |36| {ESPORTE}

Finalmente, as mulheres con-quistaram o espaço a que têm direito no Museu do Futebol. Foi inaugurada ontem uma exposição dedicada a elas no espaço, que fica no estádio do Pacaembu. Jogadoras co-mo a meia Marta e a volante Formiga passam a fazer par-te da sala “Anjos Barrocos”, lado a lado com ídolos do fu-tebol como Pelé e Garrincha. Essa é uma das coisas presen-tes na exposição, que mostra ao público a participação das mulheres no mundo da bola.

“A gente está sempre acos-tumada a não ter nada rela-cionada ao futebol feminino e quando acontece um even-to desse tamanho, a gente fi-ca muito feliz. O futebol femi-nino tem muitas dificuldades no país. Mas quando as pes-soas que amam a modalidade se envolvem, a gente conse-gue fazer um evento grandio-so. O museu está lindo. As pes-soas vão se surpreender com a história do futebol femini-no sendo contada de uma for-ma muito bonita”, disse a za-gueira Bruna Benites, capitã da Seleção Feminina, à Rádio Bandeirantes.

A exposição funcionará até 30 de dezembro. Nela, o público conhecer a trajetó-ria do futebol feminino até os dias de hoje – o esporte só foi regulamentado em 1983 e ficou proibido por quase 40 anos. O ingresso custa R$ 6.

METRO

Vale a visita. Mulheres que se dedicam à bola viram tema de exposição no Museu do Futebol

Participação das mulheres no futebol ganha destaque no Museu do Futebol | FOTOS: ANDRÉ PORTO/METRO

A vez do futebol feminino no museu

Público pode interagir e conhecer mais sobre o esporte Marta foi uma das homenageadas pela exposição

Brasil estreia bem na França

Teliana estreia hoje no Qualifying | MATTHEW STOCKMAN/GETTY IMAGES

Dois tenistas brasileiros de-ram passos importantes on-tem rumo à chave principal do torneio de Roland Gar-ros, na França. Guilherme Clezar e André Ghem ven-ceram seus jogos pelo Qua-lifying da competição.

Ghem, 142º colocado no ranking mundial, derro-tou o croata Antonio Veic (231º) por 2 sets a 0 – 7/5 e 6/1. Já Clezar, número 173 do mundo, passou pelo aus-traliano Benjamin Mitchell (230º) pelo mesmo resulta-do – parciais de 7/6(4) e 6/4.

Hoje, ambos voltam a en-trar em quadra pela segun-da rodada do Qualifying. Ghem enfrenta o espanhol Albert Montanes, núme-ro 129 do ranking. Guilher-me Clezar pega outro aus-traliano: Luke Saville, 222º colocado na lista da ATP. Eles não entram em qua-dra antes das 9h (horário de Brasília).

Também hoje, as brasi-leiras Teliana Pereira e Bia Haddad estreiam pelo Qua-lifying feminino. Teliana, 77ª colocada do ranking

mundial, disputa uma vaga com a francesa Stephanie Foretz, 194ª do planeta– o jogo acontece por volta das 8h30 (de Brasília).

Bia, número 2 do Brasil e 167 do mundo, por sua vez, joga a partir das 5h (de Bra-sília) contra a japonesa Hi-roko Kuwata, 175ª colocada.

Melhores tenistas do país, Thomaz Bellucci (60º) e João Souza, o Feijão (80º), já estão classificados para a chave principal de Roland Garros, que começa neste domingo. METRO

‘Precisa mudar tudo’, diz Spider sobre Jon Jones

Envolvido em polêmica de doping, Anderson Sil-va afirmou ontem, ao si-te “TMZ”, que o ameri-cano Jon Jones “precisa mudar tudo na vida dele”. “Ele precisa acertar o foco dele”, disse Anderson. Jo-nes perdeu o cinturão dos meio-pesados e foi suspen-so após um acidente de carro em que fugiu sem prestar socorro. METRO

James Hinchcliff e agradece médicos: ‘Meus heróis’

O canadense James Hin-chcliffe, que sofreu grave acidente durante os trei-nos para as 500 Milhas de Indianápolis, segunda-fei-ra, nos EUA, agradeceu on-tem aos médicos que o resgataram após a batida. “Não tenho palavras pa-ra descrever o quanto sou grato à equipe de resgate. Eles são os meus heróis”, afirmou. METRO

Indy MMA

BRUNA PRADO/METRO RIO

Com dois títulos mundiais e duas medalhas olímpicas de prata, o ponteiro da se-leção brasileira de vôlei Mu-rilo Endres já está ansioso para o ano que vem. O jo-gador quer apagar a derro-ta na final da Olimpíada de Londres, em 2012, quando o Brasil perdeu por 3 sets a 2 para a Rússia. Mas, antes disso, o compromisso é pe-la Liga Mundial. A Seleção encerra amanhã os treina-mentos em Saquarema, na região dos Lagos, Rio de Ja-neiro, e no dia 29 de maio estreia na competição con-tra a Sérvia, em Belo Ho-rizonte. Em entrevista ao canal BandSports, Murilo fa-lou das expectativas para os Jogos de 2016.

O vôlei foi o esporte com maior procura de ingressos até agora para a Olimpíada, superando até o futebol. Co-mo você avalia isso?A gente evita comparações com outros esportes. Mas nós construímos isso, na verdade. Nesses últimos 15 anos, o vô-lei vem vencendo muito, che-gando em finais e disputando títulos. Além disso, essa ex-pectativa aumenta muito por se tratar do Rio e do Brasil. A esperança é grande para que a gente brigue pelo ouro.

Como é essa relação da Sele-ção com os torcedores?Nós recebemos muito cari-nho dos torcedores. Aqui em Saquerema [centro de treina-

mento da Seleção] é mais di-fícil, porque não é todo mun-do que pode vir assistir aos treinos. Mas, nos jogos e via-gens, é impressionante o ca-rinho dos torcedores. E ten-tamos retribuir dentro de quadra todo esse carinho e expectativa que eles colocam sobre a gente.

Com a Olimpíada no Rio, a pressão será maior?Não dá para dizer que não tem um peso maior. Tem muita pressão em cima da gente, até essa procura por ingressos já demonstra isso. A expectativa dos torcedores é grande, para nos ver jogar e ver nossa vitória. Vamos nos preparar o melhor possível para corresponder.

Você acha que desta vez o ouro virá para o Brasil?Sonho com isso todos os dias. Trabalhamos pensando nisso. Ninguém vai ficar satisfeito se não vier o ouro. Responsa-bilidade aumenta a cada dia que se aproxima dos jogos.

Ficou um gosto amargo pela prata em Londres?Foi muito difícil. Jogamos muito bem na final. Estáva-mos dominando o jogo, ven-cendo por 2 sets a 0, e tudo mudou em um estalo de de-dos. Acabamos perdendo a se-gunda final consecutiva. Foi bem frustrante, porque o ou-ro estava bem perto. Mas não se pode jogar fora uma prata olímpica. METRO RIO COM BAND

MURILOVice-campeão olímpico em 2008 e em 2012, jogador sonha com ouro no Rio

SÃO

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-FEIRA

, 20 DE M

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DE 2015