210664470 O Banquete e as Narrativas Na Odisseia 3 Transl Teodoro Renno

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    O banquete e as narrativas na Odisseia

    Teodoro Renn Assuno (Faculdade de Letras da UFMG)

    Resumo: Este breve ensaio tenta deinir o !ban"uete# na Odisseia (das$

    !%artil&a# e no osympsion) como modo b'sico de socialiao e momento decisivo

    no ritual maior de rece%o de um &s%ede$ onde ocorre no s a %artil&a de comida e

    bebida entre anitrio e &s%ede$ mas$ a%s a reeio$ tambm a identiicao de ambos

    atravs de narrativas$ sendo ainda o !ban"uete# a ocasio %or e*cel+ncia %ara as

    narrativas cantadas dos aedos, - ensaio tenta ainda %ensar como$ na Odisseia$ o

    !ban"uete# se coni.ura como ocasio %rivile.iada$ mas t/%ica$ de dis%onibilidade ou

    tem%o livre$ necess'rios %ara a narrao e audio de narrativas,

    0alavras1c&ave: ban"uete2 narrativas2 Odisseia,

    Rsum: 3e bre article essaie de dinir le 4 ban"uet 5 dans l6Odysse (das$

    !%arta.e# et non %as lesympsion) comme mani7re de socialisation et moment dcisi

    dans le rite de rc%tion (ou &os%italit)$ o8 a lieu non seulement le %arta.e de

    nourriture et de boisson entre l6&9te et l6invit$ mais aussi$ a%r7s le re%as$ l6identiication

    de tous les deu* %ar le moen des rcits sur leurs vies$ le 4 ban"uet 5 tant encore

    l6occasion %ar e*cellence %our les rcits c&ants %ar les a7des, L6article essaie aussi de

    %enser comment$ dans l6Odysse$ le 4 ban"uet 5 se dessine comme occasion %rivil.ie$

    mais t%i"ue$ de tem%s libre ou dis%onible (et ncssaire) %our la narration et l6audition

    de rcits,

    Mots1cls: ban"uet 2 rcits 2 Odysse,

    - termo !ban"uete# (a"ui %recisado %elo conte*to: a Odisseia) a%enas uma

    traduo a%ro*imada do termo .re.o &omrico (he) das$ daits (literalmente

    !%artil&a#)$ "ue o termo mais usado (;< vees na Ilada e =< na Odisseia) %ara

    desi.nar em >omero o ban"uete reeitorial como ocasio e inst?ncia de sociabilidade

    %or e*cel+ncia (%ois a partilha, a distribuio e o consumo conjunto de comida e

    bebida su%@em a com%an&ia$ a %resena do outro)$ "ue inclui tambm a troca de

    discursos entre os convivas e o canto do aedo como es%aos %rivile.iados de narraode estrias, -s outros termos$ menos re"entes na Odisseia(a%enas duas vees cada)$

    B

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    "ue marcam tambm a uno social do ban"uete$ soeilapne$ uma !.rande esta#

    (associado agmos$!esta de casamento# ou !boda#)$ eranos$ um !ban"uete em "uecada "ual leva a sua %arte#, Eles se o%@em$ como um conCunto mais destacado$ aos

    termos "ue ocaliam a%enas a uno biol.ica ou or.?nica da reeio$ comodepnonedrpon$ "ue desi.nam !a %rinci%al reeio do dia# ou !o Cantar#$ eriston$ "uedesi.na !a %rimeira reeio do dia# ou o "ue c&amar/amos de !ca da man,i

    Mas se$ %ara conservar esta dimenso social na lin.ua.em de nosso tem%o$ eu

    %reiro traduir das(literalmente !%artil&a#) %or !ban"uete# (cuCo timo o italianobanchetto$ literalmente !ban"uin&o# onde se sentar$ mas cuCo sentido atual$ vindo do

    ranc+s banquetcom o sentido de !estim#$ o de !reeio estiva e lauta#)$ %assa a ser

    o%ortuno (ou necess'rio) tentar uma mel&or deinio do ban"uete odissico emconronto com a tradio arcaica e cl'ssica dosympsion(o mais das vees traduidocomo !ban"uete#$ mas literalmente si.niicando o !beber Cunto#)$ %ara a%reendermos

    mel&or o "ue ele tem de es%ec/ico e dierenciado$ mas tambm de %ossivelmente

    comum com esta tradio %osterior, A %artir de um "uadro b'sico do sympsionnesta

    tradio D deinido como uma reunio de &omens (admitindo como mul&eres a%enas

    cortess ou tocadoras deauls)$ a%s bem terminado o Cantar (ou reeio noturna)$

    reclinados sobre tricl/nios (dois a dois)$ %ara beber$ conversar e ouvir (ou cantar) %oesia(com %ossibilidades e obCetivos erticos mais ou menos %resentes) D a %osio mais

    %laus/vel "uanto ao ban"uete &omrico %arece ser a"uela$ &oCe bem recon&ecida$ de

    0eter von der M&ll (no &oCe clebre arti.o !as .riec&isc&e ymposion#) de "ue

    !>omero ainda no con&ece o sympsion#: !(,,,) a/ no &' a"uela n/tida se%arao

    tem%oral entre o comer e o beber "ue o caracteria$ nem os &s%edes esto distendidos

    sobre o tricl/nio$ mas sentados sobre assentos$ nem est' e*clu/da a %resena das

    mul&eres,# (- ER MH>LL$ Belena no canto N ou Arete no NN e no N) D Camais elas so mostradas e*%licitamente

    ;

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    comendo ou bebendo,iiiSuanto a uma se%arao n/tida do momento da reeio e do

    momento %osterior a%enas da bebida$ certo "ue a/ tambm este ltimo %ensado

    dentro do "uadro maior e mais en.lobante de um ban"uete reeitorial6$ uma ve "ue D

    como observa Giulio 3olesanti no arti.o !Nl sim%osio in -mero#(3-LEKATN$ B

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    Ainda "ue reduido a um m/nimo ormular (mesmo se a sua %re%arao D "ue se

    inte.ra ao conCunto D Qs vees descrita com al.um detal&e)$ o momento da

    a%resentaoXservio e do consumo do %o$ da carne assada de animais domsticos

    sacriic'veis e do vin&o (misturado Q '.ua) no de modo al.um escamoteado ou

    rele.ado Q %erieria do ban"uete$ como acontecer' mais tarde na verso %lat9nica do

    ban"uete (subversiva$ como su.ere Luciana Romeri$ em relao Q tradio anterior),v

    Ke$ ali's$ %ensarmos no momento "ue ocu%a o canto (a %oesia) no conCunto do

    ban"uete odissico$ se.undo sua %rimeira descrio no %oema (ou seCa: o %rimeiro

    ban"uete dos %retendentes no canto N)$ %odemos concluir "ue ele (ela) teria lu.ar a%enas

    a%s o trmino da reeio (coincidindo$ %ortanto$ com o momento tradicional do

    sympsion):

    !E "uando os %retendentes aastaram o deseCo de comida

    e bebida$ %ara outras coisas se l&es moveu o es%/rito:

    o canto e a dana$ %ois estes os ornamentos do estim,#

    (Od!N$ B=P1B=;$ trad, Frederico Loureno modiicada)vi

    A"ui o !canto# (molp) e a !dana# (or#hest$s) so deinidos literalmente como

    !acom%an&amentos da %artil&a# (anathmata daits) Yse.undo Kte%&anie Zest: !proper

    accompaniments o% %easting# (ZEKT$ B

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    e os convivas no %al'cio ouvem o aedo sentados

    em ilas2 Cunto deles esto mesas re%letas

    de %o e de carnes2 e o escano tira vin&o %uro

    do vaso onde o misturou$ e serve1o a todos em taas,#

    (Od!N$ =1BP$ trad, Frederico Loureno modiicada)

    Ainda "ue os !convivas# (daitymnes) no a%aream comendo D en"uanto o ato

    de enc&er as taas %ode su.erir "ue eles as esteCam esvaiando (isto $ bebendo) D a

    %resena diante deles de !mesas re%letas de %o e de carnes# %arece su.erir ou "ue eles

    %odem voltar a comer de%ois de al.um tem%o a%s a satisao da ome ou (&i%tese

    menos %rov'vel) "ue sim%lesmente eles no ten&am comido,

    e "ual"uer modo$ o ban"uete %arece sem dvida coni.urar na Odisseia a

    ocasio %rimeira (ou mais tradicional) %ara o canto (a nica outra cit'vel sendo os Co.os

    D ou mais %recisamente a dana D na %raa %blica entre os Fe'cios), o entanto$ seria

    %reciso estender o cam%o do "ue na Odisseiaconstitui o ban"uete D alm da %re%arao

    e consumo da comida e da bebida D tambm %ara a conversao ou conversa (ou seCa:

    ainda o discurso) na "ual ocu%ar' uma lar.a %arte a"uele macro1.+nero no "ual se inclui

    tambm o canto dos aedos: a narrativa, Kte%&anie Zest$ %or e*em%lo$ di (no %rimeiro

    dos tr+s volumes de./ommentary on 0omers -dsse):

    !A conversa entre os convivas a%s a reeio ornece oconte*to natural %ara muitas das estrias contadas na Odisseia$sobretudo os relatos de Ulisses de suas aventuras (i*1*ii)2 ela%renuncia a %osterior %o%ularidade do symposium como um .+neroliter'rio# (ZEKT$ B

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    maior de convivas$ como lu.ar %ara as narrativas autobio.r'icas de Ulisses1mendi.o (o

    3retense) e de Eumeu,

    Ke ossemos discriminar este conCunto de narrativas contadas ou cantadas %or

    %ersona.ens (inte.rado$ %or sua ve$ no conCunto maior da Odisseia$ contado %or seu

    an9nimo narrador$ ins%irado %ela Musa)$ %oder/amos %rimeiramente notar "ue as a%enas

    contadas em ban"uetes se inte.ram em um ritual de &os%italidade$ no "ual no a%enas o

    &s%ede tem a c&ance de se identiicar atravs de uma narrativa autobio.r'ica (como $

    %or e*em%lo$ a maior delas: a de Ulisses %ara os Fe'cios2 mas tambm como o so as de

    Ulisses1mendi.o %ara Eumeu e %ara 0enlo%e)$ mas tambm onde os anitri@es$ como

    estor em 0ilos$ ou Menelau e >elena em Es%arta (ou ainda Eumeu em sua cabana)$

    %odem contar estrias de suas vidas (ou a &istria de sua vida) %ara o &s%ede, - es%ao

    tradicional de conversao D "ue$ o mais das vees$ vem a ser uma troca de estrias D

    coincide$ assim$ com o momento de %raer e distenso "ue imediatamente sucede Q"uele

    "ue %ro%orcionam D satisaendo tambm uma necessidade or.?nica D a comida e a

    bebida %artil&adas, este ritual maior de &os%italidade D "ue inclui tambm uma

    acol&ida$ a desi.nao ou o arranCo de um assento$ a lava.em das mos (ou$

    eventualmente$ um ban&o)$ a %re%arao da mesa e$ de%ois do ban"uete$ a acol&ida %ara

    dormir ou a doao de um %resente no momento da %artida D a %artil&a da comida e da

    bebida oertadas %elo anitrio constitui um momento decisivo "ue realia a inte.rao

    do &s%ede Q comunidade dos convivas e "ue sucedido %ela conversao "ue %ermite

    a identiicao do &s%ede (e com%lementarmente a do anitrio), Assim como o

    ban"uete ("ue o seu elemento central)$ o ritual maior da &os%italidade %arece

    constituir uma unidade narrativa (isto : um tema) ou uma cena t/%ica maiorviii("ue

    tambm conte*to b'sico de sociabilidade %ermitindo internamente narrativas) "ue

    estrutura$ %or meio de conte*tos sociais internos tradicionais$ a "uase totalidade da

    narrativa da Odisseia D a %artir da su.esto de Kteve Reece em 1he trangers2elcome3 Oral 1heory and the .esthetics o% the 0omeric 0ospitality cene (c,

    REE3E$ B

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    Q narrao) o ban"uete mais lon.o e essencial ao desec&o da intri.a: o ban"uete dos

    %retendentes$ cuCa indevida inalidade matrimonial (e consumo$ sem retribuio$ do

    %atrim9nio de Ulisses) constitui o motivo %ara a vin.ana inal (ou seCa: a matana de

    todos os %retendentes) "ue anunciada %elo narrador como um Cantar macabro (ou

    !des.racios/ssimo#) a ser oerecido a eles %or Ulisses e Atena (Od!$ J

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    !contadores de estrias da sociedade &omrica# e !o %adro %elo "ual todos os outros

    narradores so medidos# (se.undo os termos de K, , -lson$ c,-LK-$ B

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    Fe'cios at sua c&e.ada Q il&a de 3ali%so (e a Alc/noo e Arete$ da il&a de 3ali%so at a

    Fe'cia) e %elo narrador tanto a sua ida da il&a de 3ali%so Q Fe'cia "uanto a desta ltima

    at \taca$ com%letando1se o retorno inte.ral de Ulisses Qs suas un@es amiliares de %ai$

    es%oso e il&o$ e Q uno %blica de rei de \taca$ a%enas na se.unda metade da

    Odisseia$ "ue C' no %ro%riamente o relato de uma via.em$ mas o de uma c&e.ada

    inc.nita a%s uma lon.a aus+ncia,

    o se deve$ enim$ es"uecer "ue$ assim como o %raer "ue o aedo d' a seu

    auditrio atravs de uma estria bem ordenada visa ao seu assentimento (e$ assim$ Q

    manuteno da sua uno de aedo)$ assim tambm o %raer "ue o %ersona.em narrador

    d' a seu(s) ouvinte(s) atravs de sua estria bem contada visa a um assentimento$ "ue

    %ode se traduir em uma boa rece%o$ em %resentes$ em trans%orte (nestes tr+s casos

    %ensamos em Ulisses narrando %ara os Fe'cios)$ em uma manta (Ulisses1mendi.o %ara

    Eumeu) ou em uma maior coniana e um mel&or status como &s%ede (Ulisses1

    mendi.o %ara 0enlo%e)$ ou$ no caso dos anitri@es (estor$ Menelau e Eumeu)$ em

    uma boa re%utao (Cunto ao seu &s%ede) como anitrio$ ou seCa: internamente estas

    estrias (ou a arte narrativa "ue elas su%@em) visam a uma inalidade %r'tica e$ lon.e de

    serem aut9nomas$ t+m uma dimenso retrica Q "ual seria estran&a uma arte liter'ria

    desinteressada e visando ao %uro entretenimento, o entanto$ do %onto de vista da

    audi+ncia "ue as recebe$ ainda "ue uma dimenso moral esteCa tambm %resente nas

    estrias cantadas %elos aedos (estes !%roissionais# da narrativa)$ elas %arecem visar ao

    mero %raer de ouvi1las (o "ue indicado %elo verbotrpo$ usado %ara descrever a aodo aedo sobre os ouvintes)$ no tendo %ro%riamente uma inalidade e*terior a elas

    mesmas, A Odisseia%arece$ assim$ acenar indireta e rele*ivamente %ara a sua %r%ria

    ca%acidade em ato de dar %raer (a) e entreter o seu auditor (dele no demandando mais

    do "ue o tem%o e a ateno da escuta)$ mas abrindo simult?nea e sutilmente a "uesto

    mais com%le*a da %oss/vel inalidade moral ou educativa da sua estria maior e

    en.lobante e a da %oss/vel uno de e*em%lo de seu %rota.onista central,

    e "ual"uer modo$ o "ue o ban"uete odissico como ocasio ritual %rivile.iada

    %ara as narrativas %arece coni.urar D no instante mesmo ou imediatamente a%s a

    satisao da mais elementar das necessidades or.?nicas D o "ue c&amar/amos$

    anacronicamente$ de !tem%o livre# ou !laer# (e "ue ser' denominado em .re.o$ de%ois

    de >omero$ comos#hol)$ al.o com o "ue elas se conundem e sem o "ue elas no

    %oderiam ter lu.ar, a abertura de seu ensaio sobre o ban"uete &omrico (!0rinces at

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    dinner D Kocial event and social structure in >omer#)$ >ans van Zees$ em sua

    %ers%ectiva sociol.ica$ observa um tanto o "uanto diretamente:

    !E*atamente como o resto de ns$ os heris querem sedi"ertir, e para eles nada mais di"ertido do que se banquetear, Eles

    comem .randes "uantidades de carne assada$ bebem vin&o$ conversame danam$ en"uanto um bardo e talve um casal de acrobatas osentret+m, (,,,) Os heris$ %ertencendo a uma rica elite de %r/nci%es(basileis) isenta do trabal&o direto (,,,)$ des%rutam de consider"ella)er e gastam boa parte dele jantando ou entretendo con"idados ,#(A ZEEK$ B

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    >ente N$ ;$ %, BOP): as noites lon.as$ ns temos uma indicao mais %recisa do tem%o

    (ou laer) necess'rio %ara se contar e ouvir uma lon.a narrativa (em um conte*to "ue$

    a%esar de no marcado$ ainda o do ban"uete), Suando$ a%s o cat'lo.o das mul&eres

    na descrio da descida ao >ades$ Ulisses interrom%e sua narrativa$ ale.ando "ue !

    tem%o Xde (ir) dormir# (Od!N$ JJP1JJB)$ %ois a noite acabaria antes "ue ele as tivesse

    enumerado todas (c, Od!N$ J;I1JJP)$ Alc/noo$ curioso %or saber "uais &eris a"ueus

    mortos em Troia Ulisses teria encontrado l'$ di:

    !Esta noite lon.a$ maravil&osamente lon.a2 no c&e.ou

    a &ora de dormir no %al'cio: conta %ois os eitos maravil&osos`

    0or mim a.entaria at c&e.ar a divina aurora$ se te dis%usesses

    a contar$ a"ui no %al'cio$ todos os teus sorimentos,#

    (Od!N$ J^J1J^O$ trad, Frederico Loureno modiicada)

    Encontramos uma observao semel&ante sobre a lon.a durao das noites

    (tambm a/ marca do outono$ c, AMENK1>ETE$ B

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    (#dea$ Od!N$ J^O)$ a memria indicando "ue se trata de e*%eri+ncias %assadas de vida

    "ue so relatadas:

    !s dois icaremos no casebre a comer e beber

    e a ale.rarmo1nos com os sorimentos um do outro$

    recordando1os (,,,),#

    (Od!$ J

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    de 0&ili%%e acottet %elo termo !loisir# (>-MRE$ B

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    iotas

    er$ %ara um %rimeiro ma%eamento$ o ca%/tulo B !Le estin &omri"ue : consommation ou r%artition# do arti.o !Lescrimes des %rtendants$ la maison d6Ulsse et les estins de l6Odysse# de Kusanne Kad (KA$ Belen are bot& described as s%innin. fit& t&eir attendant fomen f&ile t&emen eat and drin,# (->ERT]$ B

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    dois ti%os undamentais na i.ura do arteso$ %ara a "ual o sistema cor%orativo medieval teria contribu/does%ecialmente,

    *ier tambm a abertura do ensaio !Food and a.riculture# de F, >, Ktubbin.s no %rimeiro . /ompanion to 0omer:!Fi.&tin. is t&e &ero6s for2 eating and drin#ing are his proper pleasures$ and roast meat and fine &is %ro%er ood anddrin,# (KTU__NGK$ BENMER$ M,$ A-R-$ T, Z, 1e8tos escolhidos (3oleo Os

    pensadores), Ko 0aulo: Abril 3ultural$ B

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    BV=1;I^,

    >-MRE,>Odysse(traduction$ notes et %ostace de 0&ili%%e accottet), 0aris : Franois

    Mas%ero$ B-MER-, Odisseia (traduo e %re'cio de Frederico Loureno), Ko 0aulo: 0en.uin

    3lassics X 3om%an&ia das Letras$ ;PBB,L-R$ Albert, 1he inger o% 1ales, 3ambrid.e$ Mass,: >arvard Universit 0ress$ ;PPP$

    Kecond Edition2 First Edition: Bo%ins Universit 0ress$ Bildes&eim: -lms$ Bomer, Nn:

    3RNELAAR$ an 0aul (ed,),0omeric

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