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22 de outubro de 2012 Axé Opô Afonjá. Mestre Didi - Deoscóredes M. dos Santos. Candomblé Bahia. Nagô. Axé Opô Afonjá Mestre Didi - Deoscóredes M. dos Santos editora: IBEA - Rio de Janeiro, Guanabara ano: 1962 descrição: Bahia, Candomblé, Estudos Afro-Brasileiros; Brochura, 110 pgs; Bom estado. Nota de Roger Bastide; Prefácio de Pierre Verger; Apendice de Zora Seljan sobre o Jubileu de Ouro no Opo Afonja cinquentenario de Santo de Senhora...; Iyá mi agbá ijexá orá iyêiyê Eniti ayabá teni bu omi ô Iyá mi kê sóró kê mãmá só bibá égun ayabá ô mo ô

22 de Outubro de 2012

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22 de outubro de 2012

Axé Opô Afonjá. Mestre Didi - Deoscóredes M. dos Santos. Candomblé Bahia. Nagô.

Axé Opô Afonjá

Mestre Didi - Deoscóredes M. dos Santos

editora: IBEA - Rio de Janeiro, Guanabara

ano: 1962

descrição: Bahia, Candomblé, Estudos Afro-Brasileiros; Brochura, 110 pgs; Bom estado.

Nota de Roger Bastide;

Prefácio de Pierre Verger;

Apendice de Zora Seljan sobre o Jubileu de Ouro no Opo Afonja cinquentenario de Santo de Senhora...;

Iyá mi agbá ijexá orá iyêiyê

Eniti ayabá teni bu omi ô

Iyá mi kê sóró kê mãmá só

bibá égun ayabá ô mo ô

Ebé ri odô ni kôdô

Ora iyêiyê ô!”

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A quem entender baste ! Livro sugerido aos já integrados e entendidos no ambiente liturgico da religião dos Orixás no Brasil.

Todos os anos, após as festas de Oxun, realiza-se a segunda-feira de Rokô e Apaoká, ainda dentro do ciclo de festas de Oxalá.

Rokô é simbolizado por uma gameleira e Apaoká uma jaqueira, ambas as árvores sagradas.

É oferecida aos dois orixás certa quantidade de obi, orobô, galos e galinhas para a matança.

Ao amanhecer dessa segunda-feira, depois do último domingo das festas de Oxun, faz-se a limpeza e o asseio nos pés das duas árvores.

Depois de tudo bem limpo, do osé feito com a mudança das águas de todas as vasilhas que ficam entre as raízes do Apaoká e do Rokô, a pessoa encarregada de tomar conta das oferendas recebem das mãos da Iyalorixá todos os ingredientes necessários àquela obrigação.

Encaminham-se então todos para as árvores sagradas, amarram em cada uma delas um grande ojá branco e colocam ali por perto todos os ingredientes da obrigação. Os festejos começam com a matança”....

A descrição do culto a Apaoká realizada por Mestre Didi foi legitimada por Mãe Senhora, sua mãe genética e Iyalorixá do Opô Afonjá entre 1940 a 1967, e pelo casamento com a antropóloga Juana Elbein, que permitiu o seu contato com a escrita acadêmica de forma mais sistemática.

Há que se destacar que Mãe Senhora, Maria Bibiana do Espírito Santo (1890-1967) era consagrada a Oxum Miwá e possuía o título de Iya Egbé.

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Título que representa o princípio e a liderança feminina na comunidade, como também dos poderes das ancestrais femininas nas decisões sociais, além de pertencer ao quadro sacerdotal do culto a Baba Egum, onde Mestre Didi possui o cargo de Alapini.

CASO HAJA INTERESSE NESSE LIVRO OU EM NOSSO SERVIÇO, ENVIE UM E-MAIL PARA

[email protected] ,

que conversaremos sobre como conseguir.

PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Alfabeto inglês

O alfabeto inglês moderno consiste em 26 letras1 do Alfabeto latino:

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Forma Maiúscula

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

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K

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V

W

X

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Y

Z

Forma Minúscula

a

b

c

d

e

f

g

h

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i

j

k

l

m

n

o

p

q

r

s

t

u

v

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w

x

y

z

A forma exata das letras impressas varia com o tipo de impressão, especialmente quando escritas no estilo cursivo. Veja os artigos individuais para saber a forma e a origem das letras (siga as ligações em qualquer das letras maiúsculas acima).

Índice

[esconder] 1 História 1.1 Inglês Arcaico

1.2 Inglês Moderno

2 Nome das Letras

3 Fonologia

4 Frequência de letras

5 Ver Também

6 Notas de Rodapé

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História [editar]

Inglês Arcaico [editar]

A Língua inglesa originalmente foi escrita no alfabeto anglo-saxão, em uso desde o século V. Este alfabeto foi trazido da ilha que hoje corresponde à Inglaterra , juntamente à proto-forma da linguagem própria, pelos Anglo-Saxão. Poucos exemplos desta escrita sobreviveram até os dias de hoje, sendo essas, na maioria, inscrições curtas ou fragmentos. O Alfabeto latino, introduzido pelos missionários cristãos, começaram a mudar a escrita Anglo-Saxônica por volta do Século VII , embora as duas continuassem coexistindo por algum tempo.

A ligação Æ (æ), para ae, foi adotada como letra , chamada æsc ("ash") . Num inglês arcaico menos antigo Œ (œ), para oe, também apareceu como uma letra distinta denominada œðel ("ethel"), a ligação w (double-u), para vv, estava em uso.

No ano 1011, um escritor chamado Byrhtferð ordenou o alfabeto arcaico inglês em ordem numérica.2 Ele listou as 24 letras do alfabeto latino primeiro, então 5 letras adicionais inglesas :

A B C D E F G H I K L M N O P Q R S T V X Y Z & ⁊ Ƿ Þ Ð Æ

Inglês Moderno [editar]

Na ortografia do inglês moderno, as letras thorn (B), eth (D), wynn (P) e yogh (Z), são obsoletas. Thorn e eth são agora representadas por th. As letrasÞ e Ð são ainda usadas no islandês. A letra Wynn foi retirada do inglês no século XIV quando foi suplantada pelo uu, que correspondem hoje ao w. Yogh foi retirada do alfabeto inglês por volta do século XV e foi substituída por gh As letras u e j, distintas de v e i, foram introduzidas no século XVI, e w assumiu o status de uma letra independente, hoje em dia o alfabeto inglês tem 26 letras:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

A variante minúscula long s (ſ) a última no inglês moderno.

Nome das Letras [editar]

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Letter

Letter name

(pronúncia)

A

ei /eɪ/

B

bi /biː/

C

ci /siː/

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D

di /dɪ/

E

i /iː/

F

ef /ɛf/

G

gee /dʒiː/

H

aitch /eːtʃ/

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I

ai /aɪ/

J

jay /dʒeɪ/

K

kay /keɪ/

L

el /ɛl/

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M

em /ɛm/

N

en /ɛn/

O

ou /oʊ/

P

pi/piː/

Q

qiu /kjuː/

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R

ar /ɑr/

S

es /ɛs/

T

ti /tiː/

U

iu /juː/

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V

vi /viː/

W

dabliu /ˈdʌbəl juː/

X

eks /ɛks/

Y

wai /waɪ/

Z

zi /zɛd/

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Fonologia [editar]

As letras A, E, I, O, U são consideradas vogais; as outras são consideradas consoantes.

o Ibece Alaketu

Porque Jogamos Água à Rua?

A misteriosa Religião dos Òrìsàs é norteada de costumes e dogmas, um deles é aquilo que chamamos de “despachar a rua”, que condiz em jogar três punhados de água, antes de entrar ou sair de casa. Mas porque fazemos isso? Primeiramente é importante recordarmos da importância da água na nossa cultura. No Candomblé não se faz nada sem água, ela que umidifica, resfria e fertiliza. Nós mesmos, antes de nascermos, no útero de nossa mãe, ficamos o período gestacional na água do ventre materno, somente isso já seria o suficiente para sermos gratos à água diariamente, afinal, sem ela não existiríamos.

Há muitos momentos em que despachamos a porta. As ocasiões mais comuns são ao acordamos, ao sairmos de casa e ao retornarmos para casa. Mas não são somente nesses momentos. Por exemplo, há determinadas cantigas que retratam um momento de muita turbulência na vida do Òrìsà, podendo despertar sua cólera se entoadas em momentos inopo...rtunos. Nessas situações, o Babalòrìsà ou Ìyálòrìsà, sempre atento, solicita à uma antiga egbon, que jogue água à rua, apaziguando o Òrìsà que foi recordado de um momento adverso em sua vida no Aye.

Em suma, em todos esses momentos, o objetivo é apaziguar. Há uma frase em yorùbá que diz “Somente a Água Fresca Apazigua o Calor da Terra”. Ao acordamos, despachamos a porta, recitando palavras que tem por objetivo, pedir que aquele dia seja de tranqüilidade e de harmonia. Quando estamos saindo de casa, jogamos água à rua, rogando à Èsù Oná (O Senhor dos Caminhos), que aquela água, apazigúe os caminhos que vamos percorrer e que, sobretudo, não nos deparemos com situações que nos exponha a riscos.

Ao entrar na Casa de Candomblé, por exemplo, despachamos a rua, pedindo licença aos Donos da Porteira, reverenciando-os sempre. Em muitas casas de Candomblé a porteira está sempre aberta, isso não significa que não há dono, muito pelo contrário. Nesse aspecto, pedimos licença (Ago) aos Donos da Porteira, mostrando nosso respeito e, pedindo que a água resfrie a terra, até o momento em que, vamos nos purificar por meio do Omi Ero ou Omi Agbo, para poder então, partilhar do convívio no Terreiro de Asè.

Por isso, jamais se esqueçam, apazigúe a terra antes de caminhar sobre ela.

Fonte: Mo jubá

Ìba Òsòósì

Ìba Òsòósì

Ìba ologarare

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Ìba onibebe

Ìba osolikere

Ode ata matase

Agbani nijo to buru

Oni Ode gan fidija

Mo jùbá

Àse!

Elogio para o espírito do Caçador

Eu elogio ao espírito do Caçador

Eu elogio ao espírito do Caçador

Eu elogio o que tem domínio nele mesmo

Eu elogio o dono do banco do rio

Eu elogio o mágico da floresta

Caçador que nunca falhou

Espírito sábio que oferece muitas bênçãos

Dono do papagaio guia ele para conquistar ao medo

Eu o cumprimento

Àse!

Obà, Obà, Obà.

Ojòwú Òrìsà,

Eketà aya Sàngó.

O torí owú,

O kolà sí gbogbo ara.

Olókìkí oko.

A rìn lógànjó pèlú àwon ayé.

Obà anísùru, ají jewure.

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Obà kò b'óko dé kòso,

O dúró, ó bá Òsun rojó obe.

Obà fiyì fún apá oko rè.

Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo.

Obà tó mo ohùn tó dára.

Obà, Obà, Obà.

Orixá ciumento,

terceira esposa de Xangô.

Ela, que por ciumes,

fez incisões em todo corpo.

Que fala muito de seu marido,

que anda nas madrugadas com as ayé.

Obá paciente, que come cabrito logo pela manhã.

Obá não foi com o marido a Koso,

ficou para discutir com Oxum sobre comida.

Obá valoriza os braços do marido,

diz que é a parte de seu corpo que ela prefere.

Obá sabe o que é bom.

Oyà A To Iwo Efòn Gbé.

(Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo)

Oyà Olókò Àra.

(Oyà, que possui um marido poderoso)

Obìnrin Ogun,

(Mulher guerreira)

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Obìnrin Odé.

(Mulher caçadora)

Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.

(Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido)

Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?

(Que tipo de pessoa é Oyà?)

Ibi Oya Wà, Ló Gbiná.

(O local onde Oyà está, pega fogo)

Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá.

(Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça)

Oyà tí awon òtá rí,

(Oyà foi vista por seus inimigos)

Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó.

(E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato)

Héèpà Héè, Oya ò!

(Eeepa He! Oh, Oyà!)

Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O.

(És a única pessoa que temo)

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Aféfé Ikú.

(Vendaval da Morte)

Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún

(A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo)

Oyà ò, Oyà Tótó Hun!

(Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão!)

Oyà, A P’Agbá, P’Àwo Mó Ni Kíákíá,

(Ela arruma suas coisas sem demora)

Kíákíá, Wéré Wéré L’ Oyà Nse Ti È

(Rapidamente Oyà faz suas coisas)

A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní.

(Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani)

O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin

(Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota)

Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!

(Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo!)

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Ibece Alaketu

28 de maio

ORIKI ÒGÚN

Ògún laka aye

(Ogun poderoso do mundo)

Osinmole

(O próximo a Deus)

Olomi nile fi eje we

(Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue)

Olaso ni le

(Aquele que tem roupa em casa)

Fi imo bora

(Mas prefere se cobrir de mariô)

La ka aye

(Poderoso do mundo)

Moju re

(Eu o saúdo)

Ma je ki nri ija re

(Que eu não depare com sua ira)

Iba Ògún

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(Eu saúdo Ogun)

Iba re Olomi ni le fi eje we

(Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue)

Feje we. Eje ta sile. Ki ilero

(Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranquilidade)

Ase

Axé

Sángiri-làgiri,

Que racha e lasca paredes

Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò

Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio

O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je

Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las

Ó Ké Kàrà, Ké Kòró

Ele fala com todo o corpo

S' Olórò Dí Jínjìnnì

Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo

Eléyinjú Iná

Seus olhos são vermelhos como brasas

Abá Won Jà Mà Jèbi

Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca briga injustamente

Iwo Ní Mo Sá Di O

É em ti que busco meu refúgio.

Sango Ona Mogba

Bi E Tu Bá Wó Ile

Se um antílope entrar na casa

Jejene Ni Mú Ewure

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A cabra sentirá medo.

Bi Sango Bá Wó Ile

Se Sango entra na casa

Jejene Ni Mú Osa Gbogbo

Todos os Orisa sentirão medo.

Òsoosì.

Oxosse !

Awo òde ìjà pìtìpà.

Ó orixá da luta,

Omo ìyá ògún oníré.

irmão de Ògún Onírè.

Òsoosì gbà mí o.

Oxosse, me proteja !

Òrìsà a dínà má yà.

Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.

Ode tí nje orí eran.

Caçador que come a cabeça dos animais.

Eléwà òsòòsò.

Orixá que come ewa osooso.

Òrìsà tí ngbélé imò,

Orixá que vive tanto em casa de barro

gbe ilé ewé.

como em casa de folhas.

A bi àwò lóló.

Que possui a pele fresca.

Òsoosì kì nwo igbó,

Oxosse não entra na mata

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Kí igbo má mì tìtì.

sem que ela se agite.

Ofà ni mógàfí ìbon,

Ofà é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.

O ta ofà sí iná,

Ele atirou a sua flecha contra o fogo,

Iná kú pirá.

o fogo se apagou de imediato.

O tá ofà sí Oòrùn

Atirou sua flecha contra o sol,,

Oòrùn rè wèsè.

O sol se pos.

Ogbàgbà tí ngba omo rè.

Ó salvador, que salva seus filhos !

Oní màríwò pákó.

Ó senhor do màrìwó pákó !

Ode bàbá ò.

Meu pai caçador

O dé ojú ogun,

chegou na guerra,

O fi ofà kan soso pa igba ènìyàn.

matou duzentas pessoas com uma única flecha.

O dé nú igbó,

Chegou dentro da mata,

O fi ofà kan soso pa igba eranko.

usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.

A wo eran pa sí ojúbo ògún lákayé,

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Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de Ogum.

Má wo mí pa o.

Não me arraste até a morte.

má sì fi ofà owo re dá mi lóró.

Não atire sofrimentos em minha vida, com seu Ofà.

Odè ò, Odè ò, Odè ò,

Ó Odè! Ó Odè! Ó Odè!

Òsoosì ni nbá ode inú igbo jà,

Dentro da mata, é Oxosse que luta ao lado do caçador

Wípé kí ó de igbó re.

para que ele possa caçar direito.

Òsoosì oloró tí nbá oba ségun,

Oxosse, o poderoso, que vence a guerra para o rei.

O bá Ajé jà,

Lutou com a feiticeira

O ségun.

e venceu.

Òsoosì o !

Ó Oxosse,

Má bà mi jà o.

não brigue comigo.

Ogùn ni o bá mi se o.

Vence as guerras para mim

Bí o bá nbò láti oko.

Quando voltar da mata,

kí o ká ilá fún mi wá.

Colhe quiabos para mim.

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Kí o re ìréré ìdí rè.e,

ao colhê-los, tire seus talos.

Má gbàgbé mi o,

Não se esqueça de mim.

Ode ò, bàbá omo kí ngbàgbé omo.

Ó Odè, um pai não se esquece do filho.

Motumbá!

Orìkí fún Ibeji

B’eji B’eji’re

B’eji B’eji’la

B’eji B’ejiwo

Ìba omo ire

Àse

Orìkí para Ibeji

Dar a luz aos gêmeos traz fortuna boa

Dar a luz aos gêmeos traz abundância

Dar a luz aos gêmeos traz dinheiro

Elogiar as crianças das coisas boas

Axé

Oyá kooro nílé ó geere-geere

Oyá kooro nlá ó gè àrá gè àrá,

Obinrin sápa kooro nílê geere-geere,

Oya kíì mò rè lo"

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Quizilas dos orixás

Quizila é tudo aquilo que o nosso orixá rejeita, por qualquer motivo peculiar, que por vezes desconhecemos.

Algumas das principais quizilas conhecidas são:

- Não passar atrás de corda de animal

- Não deixar passar com fogo nas nossas costas

- Não pagar nem receber dinheiro em jejum

- Não passar embaixo de escadas

- Não comer abóbora

- Não comer carangueijos

- Não comer siri

- Não comer muçum ou arrai ( quizila de Oxun )

- Não comer cajá

- Não comer carambola ( pertence a Egun )

- Não comer fruta-de-conde ou sapoti

- Evitar abacaxi ( quizila de Omolu )

- Evitar comer carne de porco ( quizila de Omulu )

- Evitar manga-espada ( quizila de Ogun )

- Evitar manga-rosa ( quizila de Yasán )

- Evitar tangerina ( quizila de Oxóssi )

- Não comer caça ( quizila de Oxóssi )

- Não comer carne nas segundas e sexta-feiras

- Usar roupa branca nas segundas e sextas-feiras

- Evitar carne de pato ( quizila de Yemanjá )

- Evitar carne de ganso ( quizila de Oshumarê )

- Não comer carne de pombo ou galinha D'angola

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- Não ter em casa penas de pavão ( tiram a sorte )

- Não varrer casa à noite

- Evitar côco ( quizila de Oxóssi )

- Evitar melancia ( quizila de Oxun )

- Evitar fubá de milho ( quizila de Oxóssi )

- Não pregar botão em roupa no corpo

- Não usar roupas pretas ou vermelhas

- Evitar cemitérios

- Não comer a comida queimada do fundo das panelas

- Evitar aipim ou mandioca ( pertencente a Egun )

- Não comer bertália

- Não comer taioba ( quizila de Anamburucu )

- Não comer pepino

- Não comer pepino

- Não comer das folhas do jambo

- Não comer jaca

- Evitar ovos ( quizila de Oxun )

- Não comer as pontas : cabeças, pés e asas de aves

- Não jurar pelo santo, nem pedir mal aos outros

- Nunca se fala cuscuzeiro nem cuscuz, para não revoltar Obaluayiê e Omulu fala-se agerê e bolo branco.- Filho de Oxóssi não come milho vermelho, nem milho verde.

- Nunca misturar ori com epô.-Quando estiver em dúvida sobre uma qualidade de Orixá, não coloque azeite de dendê no Okutá do santo. Substitua o dendê pelo azeite de Oliva ( doce ), que pertence a Oxalá e pode ser usado por qualquer Orixá.- Evitar comer uva itália ( quijila de Ogun ) - Evitar mostarda ( quizila de Anamburucu ) - Oxalá tem quizila a todas as comidas preparadas no azeite de dendê, portanto os filhos de Oxalá não podem comer delas.- Não comer amoras e evitar passar embaixo do pé de amora ( pertence a Babá Egun ) Notas:

- O povo de Keto não faz mal aos outros. O vingador, para todas as ocasiões, chama-se Bará Alaketo, que é o Exú que responde pelas injustiças que nos fizerem.- Os búzios para assentamento de Santo ( Orixá ) são sempre Abertos.- Nunca se faz um Santo sem dar presente à Osanyin. - Não se assenta Omulu sem se assentar Anamburucu.

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- Não se assenta Nanã sem assentar Omulu.

- O pelepé em cima de talha é feito principalmente em casas de Angola.- Ifá é o Deus da adivinhação.

- Costuma-se assentar Omulu e Obaluayiê sete dias antes da feitura.

- Nunca se faz Ogún sem assentar Oxóssi.

- Nunca se faz Oxóssi sem assentar Ogún.

- Nunca se faz Oshún sem assentar Yemanjá.

- O Bará e conferido e tratado três dias antes da feitura, quando se lhe dá comida.

- Quando se faz Oxalá, se assenta Oshún e Yemanjá.

- Sempre que recolher um Yawo , usa-se um pote para fazer o Omieró ou Abô do Santo que estiver recolhido.- Na terra de Keto não existe caboclo. Porém, no brasil o caboclo é um elemente nosso, ao qual respeitamos e admitimos como catiço e é tão respeitado como um Orixá.

- Shangô costuma ser assentado seis dias antes de sua feitura.

Fonte: Mo jubá

OS FUNDAMENTOS DOS ORIXÁS

Origens

No período da escravidão, os escravistas eram interessados exclusivamente na força de trabalho do africano, mas nos porões dos navios negreiros, além de músculos, vinham ideias, sentimentos, tradições, mentalidades, hábitos alimentares, rituais, canções, crenças religiosas, formas de ver a vida, e o que é mais incrível, o africano levava tudo dentro de sua alma, pois não lhe era permitido carregar seus pertences.

Da Nigéria e do Benin vieram as principais raízes dos cultos afro-brasileiros, o Candomblé da Bahia, o Xangô de Pernambuco, o Tambor de Mina do Maranhão e o Batuque do Rio Grande do Sul, os quais possuem fortes vínculos de origem com as crenças religiosas dos povos de língua iorubá e fon.

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Em Ouida, onde ficava um dos grandes portos de embarque de escravos, os negros percorriam um caminho de cinco quilômetros da cidade até o porto. Neste percurso todo escravo que era embarcado, eram obrigados a dar voltas em torno de uma árvore. A árvore do esquecimento.

Os escravos homens deviam dar nove voltas em torno dela. As mulheres sete voltas. Depois disso supunha-se que os escravos perdiam a memória e esqueciam seu passado, suas origens e sua identidade cultural, para se tornarem seres sem nenhuma vontade de reagir ou se rebelar.

Mas, o escravo não esquecia nada, porque quando chegou aqui recriou suas divindades. Conseguiu refazer tudo aquilo que ficou para traz. Hoje, nos diversos estados brasileiros se tem verdadeiras ilhas de África, pois se mantém muito vivas as tradições religiosas iorubá e jêje. Devido à multiplicidade nas origens, a estruturação e a prática dos rituais tomaram formas diferentes em cada região do país.

No Batuque do Rio Grande do Sul, também, os religiosos pertencem a nações diversas, portanto, possuem tradições diferentes. Todavia, a influência da nação Ijexá é grande no conjunto dos rituais africanos executados nos terreiros de origem Jêje, Oyó e Cabinda.

Orixás

Orixás, regentes do mundo terrestre com várias definições a seu respeito, mas em princípio os Orixás são divindades intermediárias entre o Deus Supremo, Olorum, e o mundo terrestre. Foram encarregados de administrar a criação e a continuidade da vida na terra.

Os Orixás se comunicam com os seres humanos através de vistosos e complexos rituais. As estórias de cada um são conhecidas através das rezas (cânticos), suas comidas, no ritmo de seus toques, nas suas cores e seu domínio em determinadas forças da natureza.

Os Orixás estão subordinados a um Deus Supremo chamado Olorum ou Olodumare, mas não há nenhum culto ou altar dirigido diretamente à ele, o contato é feito através dos Orixás, seus intermediários.

Nossa tradição guarda o axé (força) de cada Orixá em um Okutá (pedra) que é colocada em uma vasilha junto a outras “ferramentas”, que ficam sob a guarda do babalorixá ou Yalorixá; mas a força maior está solta na natureza, apenas parte dela, simbolicamente fica no Okutá.

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Nas cerimônias para convocar os Orixás, tradicionalmente, é através de cantos acompanhados com o toque dos tambores, com ritmos identificados para cada divindade.

As cerimônias são diversas, são ofertados presentes, comidas diferentes para cada um e sacrifícios que envolvem animais de quatro pés e aves; tirando a parte dos Orixás toda carne é consumida pelos participantes e membros da comunidade. Aos orixás rogam-se proteção, saúde, paz, em fim, pedidos específicos às necessidades de cada um em particular.

Os Orixás intercedem de acordo com o domínio que cada um exerce sua influência no aspecto da vida, como por exemplo, Bará para abrir os caminhos, Xangô para justiça, Oxum para fertilidade e assim por diante.

É magnífico poder escrever sobre a religião africana, mas há rituais muito particulares, nos quais alguns praticantes, não estão se preocupando em guardar o segredo, alguns estão colocando em público, rituais que os antigos levariam anos, até passarem para aqueles que mostravam sigilo absoluto, e que guardariam para confidenciar apenas aos seguidores de merecimento. Todas as religiões importantes do mundo doutrinam e ensinam, mas os maiores segredos um mestre só passa para outro mestre.

Existem aspectos cerimoniais que regulam o relacionamento dos serem humanos com as divindades. As regras são muitas, numa espécie de quebra cabeças, com começo, meio e fim, montado com interpretações simbólicas dos mitos que envolvem os orixás, e constituem uma grande rede interligada de deveres e direitos, obrigações e possibilidades, extremamente complexa e cheia de nuanças, inclusive possibilitando diversas variações que só quem é do meio pode saber e executar. A forma organizada na África deve ser perpetuada. Não temos o direito de mudar algo estabelecido a séculos, mesmo que queiram rotular nossos rituais de primitivos e ultrapassados, temos que procurar manter a força espiritual que envolve nossa religião, esta poderosa raiz deixada por nossos ancestrais.

Um caminho que nos faz ter contato com os orixás é através da incorporação; este é o processo pelo qual a entidade se manifesta em seu filho(a) que passou pelos mais diversos rituais de iniciação. Contudo há casos de incorporação de não iniciados. É possível uma pessoa estar assistindo um ritual pela primeira vez e se identificar com as forças espirituais energéticas referentes ao seu orixá, e ter esta manifestação espontânea.

Na maior parte, a manifestação dos orixás acontece em dias de festas. No batuque, nestas ocasiões, podemos falar; pedir auxílio, consultar, abraçar e ser abraçado por eles; em fim

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pode-se ter um contato direto com os orixás. Uma característica específica que diferencia o batuque das demais religiões afro-brasileiras é o fato do iniciado não saber, em hipótese alguma, que é incorporado pelo orixá. Esta peculiaridade provém de longínquas aldeias do interior da África, e faz parte dos rituais desde o início da estruturação da religião no Estado do Rio Grande do Sul a mais de duzentos anos.

Outro caminho que nos leva aos Orixás são os Búzios. A cerimônia do jogo dos Búzios é o instrumento usado no dia a dia para consulta aos Orixás. Através dele podemos receber orientações, conselhos e advertências.

Os Orixás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são: Bará, Ogum, Oyá ou Iansã, Xangô, Ibêji, Odé, Otim, Obá, Ossãe, Xapanã, Oxum, Yemanjá e Oxalá.

BARA

Mensageiro divino, guardião dos templos, casas e cidades. É o dono de todas as portas, de todas as chaves e de todos os caminhos. É reverenciado em primeiro lugar em todos os terreiros de nação africana. Recebe suas oferendas nas encruzilhadas.

Se estiver atrapalhado, sem emprego, sem rumo, ou deseja realizar qualquer tipo de negócio se apegue com este Orixá, o Bará pode te dar a solução.

Não existe nenhum terreiro de tradição africana que não tenha o assentamento do Bará. Ele é o princípio e o fim de tudo, até após a morte de um iniciado na religião, o primeiro a receber ritual é o Bará.

Bará em Yorubá quer dizer força; se for bem tratado reage favoravelmente em prol de quem lhe oferendou. Olorum concedeu ao Bará o privilégio de receber as oferendas em primeiro lugar. Sem ele nossas orações não seriam ouvidas por nenhum outro Orixá, nem mesmo no orum.

O dia da semana consagrado ao Bará é a segunda-feira, sua cor principal é o vermelho.

Os Barás cultuados no Batuque do Rio Grande do Sul são:

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BARÁ LODÊ: Exu Lodê tem seu assentamento feito do lado de fora do templo. Divide sua morada com Ogum Avagãn. É o Orixá que mantém a estrutura do templo; a sustentação dos terreiros depende do Bará Lodê.

BARÁ ADAGUE: Recebe suas oferendas nas encruzilhadas; seu assentamento é feito dentro do templo; é um dos mais requisitados, pois faz a frente de Ogum, Oyá, Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe e Xapanã.

BARÁ LANÃ: Trabalha nos cruzeiros (encruzilhadas). Tem as mesmas atribuições do Bará Adague. Responde também nos cruzeiros de mato.

BARÁ AJELÚ: Este é o exu que faz a frente dos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.

Além do epô (azeite de dendê) usa-se mel nas suas oferendas.

Ogum

Ogum é uma antiga divindade yorubá, senhor da guerra e do ferro; privilegiado com o dom de dominar os metais. Foi um dos primeiros Orixás a descer para a terra e encontrar habitação adequada para os humanos no futuro. Trabalhava dia e noite em sua forja para servir todos os humanos. Suas mãos hábeis transformaram tudo que foi colocado diante dele. Sua capacidade de criar surpreendeu os outros Orixás. Ogum também é ligado à agricultura, mas no Brasil é mais conhecido com deus dos guerreiros.

Ogum é a figura que se repete em quase todas as formas conhecidas de mitologia universal; é um dos mais cultuados especialmente por ser associado à luta, à conquista; assim como Bará é a figura mais próxima dos seres humanos que o invocam para vencer a constante luta cotidiana na terra.

Ogum, além de ser deus da metalurgia e da tecnologia, é o patrono da força produtiva que retrabalha a natureza, que transforma através do calor e das repetidas batidas um mineral bruto (ferro) no aço laminado e suas manifestações práticas (lança, escudo etc.), aplicadas por extensão, a qualquer transformação que o homem provoca na natureza para deixá-la, produtivamente, à sua disposição.

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Ogum é considerado protetor de todos os guerreiros, e sua relação com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, o santo guerreiro católico, associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo yorubá.

Enquanto Xangô julga o certo e o errado depois do fato consumado, Ogum é empreendedor e decidido, é o que faz justiça com as próprias mãos, jamais deixando para outro o que julga ser um problema seu. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo. Quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora, que não se contenta em esperar e nem aceita rejeição.

Fora da guerra, é um Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente do contato com os amigos e camaradas etc.

No Rio Grande do Sul cultuamos várias qualidades de Ogum, entre eles estão o Ogum Avagãn, que tem seu assentamento junto com o Bará Lodê, e seus otás ficam do lado de fora do templo em uma casa individual; Ogum Onira ou onirê, que seria o rei da cidade de Irê; e Ogum Adiolà, que faz companhia aos Orixás de água, Oxum, Yemanjá e Oxalá.

Todos Babalorixás e Yalorixás têm que ter o assentamento de Ogum em seu terreiro, pois sem ele não poderiam fazer uso do axé de obé (faca) em seus rituais. Suas cores são o vermelho e verde, porém, alguns sacerdotes da antiguidade usavam também o azul marinho em seus fios de contas. O dia de Ogum é quinta-feira, e o sincretismo é com São Jorge.

Oya / Iansã

Oyá é a primeira entidade feminina a surgir nas cerimônias. Esposa de Ogum, largou-o quando se deixou fascinar pelo magnetismo de Xangô. Nesse ponto as lendas se dividem. Algumas atribuem à Iansã uma imensa e terrível paixão por Xangô, sentimento este que se manifesta através de sua eterna presença ao lado dele. Dado o seu caráter extrovertido, Iansã permanecia ao lado de Xangô não só no dia-a-dia cotidiano, mas também nas guerras, nas caçadas e qualquer outra situação. Há diversas lendas a respeito deste triangulo amoroso mais conhecido do batuque, de qualquer forma, a paixão de Ogum por Iansã sobreviveu à separação. De acordo com as diferentes interpretações, tornaram-se inimigos de morte por causa disso. Os duelos entre Ogum e Oyá constituem uma das cerimônias coreográficas mais bonitas dos terreiros brasileiros.

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Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos.

Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô.

Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa.

É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo.

Olorum deu à Oyá a responsabilidade a responsabilidade de limpar a atmosfera ao redor do planeta e proporcionar o equilíbrio de gases para sustentar toda forma de vida.

Embora Oyá seja forte e guerreira brilhante, ela também é bonita e elegante. Ela gosta do calor da batalha, tanto como Xangô, mas nunca perde sua feminilidade. Seu sincretismo é com Santa Bárbara; seus dias da semana são terça e quinta-feira e suas cores são o vermelho e o branco.

qualidades de Odé mais cultuadas no candomblé ketu

Akueran é um Odé que quando bem fundamentado, traz muita prosperidade, tanto para a iyawo, quanto para o ile axe.

Dana Dana é um Odé difícil de lidar, e por isso muitos Sacerdotes não gostam de iniciar pessoas deste Orixá.

Isambo caminha com Omolu.

Onikunle é um Odé das montanhas.

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Aberunja é um pescador.

Kare tem uma forte ligação com Oxun e toda sua fundamentação caminha nesse sentido.

Inle/Ibualamo, para alguns axés são qualidades diferentes de Odé, para outros são o mesmo Orixá.

ODÉ INLE-Na África, Erinle tinha o seu próprio culto. No Brasil, Erinle foi incorporado ao culto de Oxossi.assim como ibualamo

SOBRE ODÚ OBARÁ

importante comentário sobre o Odu Obara.

Obará é o Odu onde nasceu a vida humana e espiritual.

É por este Odu que podemos compreender melhor os assentamentos de Orixás.

Obara quer dizer: "rei do corpo"(físico e espiritual).

Um Assentamento só pode ser feito através de um de um ritual, que envolve uma grande variedade de materiais, folhas, rezas, animais... tudo ligado ao fenômeno da natureza que se quer Assentar, ou

seja: tudo ligado ao Orixá que se quer assentar.

O Orixá, vendo e gostando daquilo que está sendo feito no ritual, vai se aproximando e tomando "vida". Ficando aquele assentamento(que representa o "corpo" do Orixá), impregnado com a sua essência.

Portanto, assentar um Orixá é dominar um fenômeno da natureza, para que nos traga benefícios através dos presentes que lhe são ofertados, para que nos traga: equilíbrio, vida longa, prosperidade, felicidade,

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filhos, vitórias... Enfim, as coisas boas da vida.

oxossi não come a cabeça dos bichos

O Ori(cabeça) dos animais de Oxossi são um Ewo, uma interdição desse Orixá.

Oxossi não come a cabeça dos bichos!

Vamos descrever o mito que explica por quê não se oferece o Ori(cabeça) dos bichos à Oxossi.

Comemorando uma caçada vitoriosa, Oxossi deu uma grande festa. Matou um boi e colocou a cabeça na porta do palácio.

Todos os Orixás se faziam presentes na grande festa; Oxum com sua faceirice encantava a todos; Yemanjá com sua elegância, coberta de jóias; Xangô dançava freneticamente ao som dos tambores...

Os bandidos da aldeia vizinha souberam da grande festa dada por Oxossi, e se puseram à espreita, aguardando o momento certo para saquear o palácio.

Avançaram, mas quando chegaram na entrada do Palácio, a cabeça do boi mugiu, avisando a presença dos inimigos, os quais foram imediatamente pegos e mortos, ficando o palácio salvo do saque.

Desse dia em diante, Oxossi exigiu que não se oferecesse cabeças em seus rituais. E em consideração passou a cultuar o boi como um animal sagrado.

Apenas uma qualidade de Oxossi aceita a cabeça do boi.

Tanto no culto africano, quanto no

candomblé, a palavra tem grande importância e poder.

A cultura Yorubá é realmente fantástica! As palavras, cantadas ou faladas, impulsionam o Axé.

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Ressaltamos porém, que Exu é capaz de entender qualquer idioma. Mas devemos reconhecer as pérolas que nos

foram trazidas pelos africanos no idioma Yorubá: orins, adurás, gbadurás, orikis e ofós.

Se entendemos o que estamos cantando, rezando ou falando, fica mais fácil aprender o nosso Culto.

Além de podermos sincronizar melhor o nosso sentimento, e desta forma, impulsionar com mais força o Axé do ritual que está sendo feito.

Assim, com certeza, os bons resultados virão mais rápido.

yansã-oyá

Yansan é uma Iyagba que dependendo da sua qualidade

irá se ligar a diferentes elementos da natureza.

Apresentando com isto, diferenças marcantes na forma

de Cultuá-la, inclusive em seus toques e danças.

Oya Onira, por exemplo, é um caminho de Oya que come dentro da água. Este é um fundamento muito importante dessa poderosa Iyagba.

Fazer os fundamentos específicos de cada caminho de

Oya é muito importante, para que possamos com segurança atrair toda a sua positividade. Tanto para a Iyawo, como para o Ilê Axé.

O JOGO DE BÚZIOS

Seguindo em frente: a única forma de se comunicar com os Orixás é através de Ifá.

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No Brasil o Jogo de Búzios é o mais utilizado pelos Sacerdotes de Orixás do Candomblé, para estabelecer uma espécie de conversa com as Divindades.

Muitos dizem que pelo arquétipo ou através de cálculos matemáticos é possível confirmar o Orixá de uma pessoa.

Mas a única forma de confirmar Orixá é através do Jogo de Búzios, é através de Ifá.

Os arquétipos de Orixás e as características que eles imprimem em seus filhos, foi trazida para o Brasil por Pierre Verger.

Realmente o Orixá imprime sua marca no filho.

Mas o Orixá tem as suas características mudadas, de acordo com o Odu que ele vem.

E aí a coisa se complica e pode levar a um erro. Temos sempre que considerar o Odu que o Orixá vem.

Um mesmo Orixá pode apresentar caracterícas bem diferentes, pelo fato de virem por Odus diferentes.

CULTUANDO O ORIXÁ

Para cultuar um Orixá, uma Energia da Natureza, é preciso saber as rezas, as cantigas, os orôs, os ebós... e os objetos utilizados para o culto daquele Orixá.

Melhor ainda, é saber o significado que cada objeto utilizado representa dentro do culto.

Ha um Mito, até bem conhecido, onde Yansan assume duas formas: uma "humana" e outra "animal". Sendo esta outra forma(animal), um outro Poder de Yansan.

Mas aí, você me diz que não está entendendo. Então, eu vou explicar melhor.

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Quando cultuamos um Orixá, tudo é feito com o objetivo de agradar aquele Orixá, para que ele goste do que está sendo feito, para que ele chegue e para que ele retribua

com positividades.

E você diz: mas , e o Mito? O que é que o Mito tem haver com isso?

Vamos lá: são através dos Mitos que conhecemos os feitos e as características de um Orixá, ou seja: são através dos Mitos que conhecemos e entendemos importantes fundamentos de um Orixá.

O Mito a que me referi e que mostra o poder que Yansan tem de se transformar, nos revela um objeto de grande fundamento no Culto de Yansan: os chifres de búfalo.

Os Chifres de Búfalo não podem ou não devem faltar no Culto de Yansan. Os Chifres de Búfalo representam o seu Duplo Poder.

SEJA BAMBU!

Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:

- Vovô corre aqui! Me explica como essa árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para balançar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva... este bambu é tão fraco e continua de pé?

- Filho, o bambu permanece em pé por que teve a humildade de se curvar na hora da tempestade.

A arvore quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

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Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de nós ( e não de eus ). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto.

Essa tem que ser sua meta.

Fonte: Mo jubá

BABA EGUN...

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Oyá teve nove filhos, uns dizem que foi com Ogun, outro foi com Xango, oito nasceram mudos e o ultimo nasceu um Egun e graças aos sacrifícios recomendados por Ifá, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamada Segi, que imita a voz do macaco africano chamado Ijimaré, macaco que é consagrados aos ÈRÉS.

1° IMALEGÃ- Nasceu no primeiro dia do Ebó Ykú, arrancado do ventre de Óya pelas Ìyámi, e foi envolvido em abanos.

2° IORUGÂ: Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com a vaidade de Óya e é o preferido.

3° AKUGÃ: Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar no chão do bambuzal.

4° URUGÃ: Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos.

5° OMORUGÃ: Alimenta se do pó do bambu que esta caído no chão.Vive no milharal e fica escondido no milharal observando os seres humanos.

6° DEMÓ: Òya cobriu-o de lama para saber o segredo dos seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar Oxossi.

7° REIGÁ: Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde nas grandes arvores do cemitério e ronda sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas.

8° HEIGÁ: É violento e vive perseguindo o Ori do ser humano. Propicia desastres e desordens.

9° EGUN EGUN: Filho de Xango. Oya preparou-se para combater. Ele se apossa do ser humano, fazendo cometer desatinos.

Dez Doenças Espiritualmente Transmissíveis

1. Espiritualidade Fast Food: A espiritualidade Mix com uma cultura que celebra a velocidade, a multitarefa e gratificação instantânea onde o resultado seja provável a espiritualidade fast-food. Espiritualidade fast-food é um produto da fantasia comum e é compreensível para o alívio do sofrimento de nossa condição humana, ele tem que ser rápido e fácil. Uma coisa é clara: a transformação espiritual não pode ser obtida como uma solução rápida.

2. Falsa espiritualidade: A falsa espiritualidade é a tendência de falar, vestir e agir como se o imaginário visse o que outra pessoa espiritualizada faria. É uma espécie de imitação da espiritualidade. Imita a realização espiritual da mesma maneira que um tecido pode imitar a pele genuína de um leopardo.

3. Motivações confusas: Embora o nosso desejo de crescer seja genuíno e puro, muitas vezes ele se confunde com motivações menores. Incluindo o desejo de ser amado, o desejo de

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pertencer a um grupo, a necessidade de preencher nosso vazio interno, a crença de que o caminho espiritual removerá: A nossa ambição, o nosso sofrimento espiritual, o nosso desejo de ser especial, de ser melhor do que qualquer coisa, para ser “o Único”.

4. Identificando-se com Experiências Espirituais: Nesta doença, o ego se identifica com a nossa experiência espiritual e a toma como sua e nós começamos a acreditar que estamos incorporando ideias que surgiram dentro de nós em determinados momentos. Na maioria dos casos isso não dura indefinidamente, embora tenda a perdurar por longos períodos de tempo como aqueles que se julgam terem função iluminada e/ou, serem professores espirituais.

5. O Ego espiritualizado: Essa doença ocorre quando a própria estrutura da personalidade egóica se torna profundamente integrada com conceitos espirituais e ideias. O resultado é uma estrutura egóica “à prova de balas”.

Quando o ego se torna espiritualizado, somos incapazes de ajudar, em uma nova entrada ou em comentários construtivos. Nós nos tornamos seres humanos impenetráveis com crescimento espiritual raquítico e isto tudo em nome da espiritualidade.

6. Produção em Massa de Professores Espirituais: Há uma série de tradições espirituais em moda, produzem pessoas que acreditam estar em um nível de iluminação espiritual ou maestria, que está muito além de seu nível real.

Uma das doenças é o transportador espiritual: Ele coloca um brilho, obtém um insight e… Bam!

Pronto! Você está iluminado e pronto para iluminar os outros de maneira similar. O problema não é que tais professores instruam, mas que representem, a si mesmo, como tendo alcançado o domínio espiritual.

7. Orgulho Espiritual: O orgulho espiritual surge quando o profissional, através de anos de esforço e trabalhado, realmente alcança certo nível de sabedoria e a usa para justificar o poder de desligar uma experiência maior. Um sentimento de “superioridade espiritual” é outro sintoma desta doença transmitida espiritualmente. Ela se manifesta como uma sensação sutil de que “Eu sou melhor do que os outros sou mais sábio e superior porque sou espiritualizado”.

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8. Grupo da mente: Também descrito como pensamento de grupo de culto ou doença que cause vergonha, grupo da mente é um vírus insidioso que contém muitos elementos tradicionais que causam dependência.

Um grupo espiritual faz acordos sutis e inconscientes sobre as formas corretas de pensar, falar, vestir e agir. Indivíduos e grupos infectados com o “espírito de grupo” rejeitam indivíduos, atitudes e circunstâncias que não estão de acordo com suas regras, muitas vezes não escritas do grupo.

9. O complexo de pessoas escolhida: o complexo de pessoas escolhidas não se limita aos judeus. É a crença de que “O nosso grupo é mais evoluído espiritualmente, poderoso, iluminado e simplesmente, melhor do que qualquer outro grupo”.

Há uma diferença muito importante entre reconhecer que se encontrou o caminho certo. O professor ou a comunidade e o caminho que você se encontra.

10. O vírus mortal: “Cheguei”:

Esta doença é tão potente que tem a capacidade de ser terminal e mortal para a nossa evolução espiritual. Esta é a crença de que “Eu cheguei” na meta final do caminho espiritual. Nosso progresso espiritual termina no ponto em que essa crença se torna cristalizada em nossa psique, para o momento em que começamos a acreditar que chegamos ao fim do caminho, um maior crescimento cessa.