32
BENTO GONÇALVES Sábado 23 DE JANEIRO DE 2016 ANO 49 N°3200 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br São Bento Inaugura hoje os novos brinquedos criados pelo projeto do Sindmóveis Páginas 12 e 13 Página 21 Página 19 CRISTIANO MIGON Faltam cobertura e estrutura nas paradas de ônibus Médicos peritos do INSS retomam atendimento Design em plena praça

23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Embed Size (px)

DESCRIPTION

23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200 - Bento Gonçalves/RS

Citation preview

Page 1: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

BENTO GONÇALVESSábado23 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3200

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

São Bento

Inaugura hoje os novos brinquedos criados pelo projeto do Sindmóveis Páginas 12 e 13

Página 21Página 19

CRISTIANO MIGON

Faltam cobertura e estrutura nas paradas de ônibus

Médicos peritos do INSS retomam atendimento

Design em plena praça

Page 2: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Novos rumos para o Rio GrandeO início de um novo ano enseja que providenciemos,

em todas as instâncias da vida, as mudanças que se fazem necessárias e que por um motivo ou por outro estavam engavetadas. Se o momento é de colocarmos em prática os projetos que proporcionarão melhorias nas esferas pessoais e profissionais, para o Governo não é diferente. Justamente por isso, recebemos com grande alegria a notícia de que o governador José Ivo Sartori iniciou o enxugamento da máquina pública que urge em nosso estado.

Após o fechamento da Fundergs, da Corag e da FDRH, esperamos o repasse da Cesa, do zoológico e de outros órgãos supérfluos do Estado para o setor privado. A estrutura enxuta da Secretaria Estadual da Fazenda é um exemplo de boa gestão, já que com cerca de 300 funcionários, a Sefaz cumpre com qua-lidade o seu trabalho. O momento é de enxugamento da máquina e de simplificação tributária, e o setor su-permercadista é um defensor da formalidade e par-ceiro na busca de ferramentas que aumentem a ar-recadação do Estado. Mas não defendemos a criação de novos sistemas e processos, que dificultarão a ope-ração e sobrecarregarão a máquina pública da Sefaz. Com simplificação tributária e incentivo à exigência da nota fiscal em todas as operações de compra e ven-da, seguimos buscando mais recursos para alavancar o crescimento do Rio Grande. Reivindicamos a am-pliação da Nota Fiscal Gaúcha, já que o consumidor pode ser o maior aliado no aumento da arrecadação do Estado, exigindo sua nota fiscal sempre. Quere-mos que o consumidor tenha a consciência de que está contribuindo para o crescimento do Estado, mas também pleiteamos que ele tenha o retorno, em sua conta bancária, de um pequeno percentual do valor contribuído. Este é o exemplo de cidadania fiscal que

queremos, o povo como agente decisivo de mudança para a solução dos problemas.

Alguns dos grandes entraves para a indústria são a informalidade, a pirataria e a guerra fiscal, enquan-to para o comércio o principal problema é a falta de segurança. A insegurança inibe o pequeno comércio de ampliar o seu horário de atendimento, aumentan-do os custos com segurança privada e obrigando-o a abrir mão de prestação de serviços aos clientes. O supermercado é mais que um centro de compras, é quase uma extensão da casa dos consumidores. O va-rejo está enraizado em sua comunidade, e justamente por isso o comércio quer participar da construção de soluções dos problemas.

Aprendemos desde cedo que ninguém sobrevive gastando mais do que arrecada, nem como pessoas físicas, muito menos como empresas, e quem dirá como Estado. Nós, supermercadistas, precisamos ser criativos para atender diariamente no RS cerca de quatro milhões de consumidores, e estamos sempre buscando alternativas para driblarmos a crise. O mo-mento é de união de forças, é hora de todos abrirmos mão de benefícios e direitos adquiridos, e de fechar-mos as portas para o jeitinho brasileiro. A verdadeira democracia existe quando ninguém pode estar acima da lei e, por isso, ainda acreditamos nos bons políti-cos; acreditamos no Ministério Público; acreditamos na Operação Lava Jato; acreditamos nas instituições brasileiras. Que 2016 traga consigo as mudanças que todos precisamos, em nossas casas, na nossa comuni-dade, no trabalho e sobretudo nos governos. Precisa-mos acreditar.

Artigo

Antonio Cesa LongoPresidente da AGAS

Vem aí mais uma MovelsulEditorial

O tempo voa. A primeira edição da Movelsul surgiu em 1977. Antes desse marco, houve uma intensa mobilização dos empresários locais. O primeiro passo foi a criação, em dezembro de 1973, da Associação Profissional das Indús-trias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves. No ano seguinte, uma assembleia determinou a necessi-dade de conferir à associação um caráter sindical, surgin-do o Sindicato da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves, o Sindmóveis, que teve papel fundamental para a concretização da Mo-velsul. Em 1977 surgiu a 1ª Mostra do Mo-biliário de Bento Gonçalves, reunindo 24 fabricantes de móveis da cidade. O rápi-do crescimento do setor e da própria feira mostrou que a cidade tinha potencial para se destacar no cenário nacional. E de fato se confirmou. Hoje é a maior feira do setor moveleiro da América Latina.

A última edição, realizada em 2014, recebeu visitantes

Não nos falta criatividade e disposição

de 39 países, 296 expositores, um público de 36 mil pro-fissionais e mais de 300 milhões de dólares em negócios. No decorrer dos 39 anos muita gente fez parte desta his-tória. Lideranças, políticos, empresários e a comunidade. Para celebrar a 20ª edição da Movelsul Brasil, o Sindmó-veis lançou o projeto #SomosMóveis, que é dividido en-tre um evento itinerante pelas praças da cidade, um res-gate em imagens das 20 edições, no site somosmoveis.

com.br e a revitalização da praça Achyles Mincarone, no bairro São Bento. Sem dúvida é uma herança importante para a cidade. A área moveleira oferece empre-gos, faz a economia girar a atraí turistas. O designer também passou a fazer parte

do nosso cotidiano e agora estará nos brinquedos para as crianças. Sem dúvida o que não nos falta é criatividade e disposição. Que assim seja também para as gerações que usarão a pracinha.

Sábado, 23 de janeiro de 2016 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

FALE COM A GENTE

Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

Rádio - Coordenação: 3455.4535Noi - 3455.4513 ou 9923.1411

Atendimento ao assinante: 3055.3073 ou 9971.6364

E-mails:[email protected]

[email protected]@radiorainha.fm.br

[email protected]

Sites:www.jornalsemanario.com.br

www.radiorainha.fm.brwww.revistanoi.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

Registro Prof. DRT 3321

CirculaçãoQuartas-feiras e sábados

Somos filiados à ADJORI / RSEste jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve

originais que não foram publicados.

EXPEDIENTE

Siga-nos no Twitter:@jsemanario

Curta a fanpage:fb.com/jornalsemanario

Leia também no nosso site:www.jornalsemanario.com.br

Semanário na Internet

REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários

Rua Garibaldi, 659, Conjunto 102Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595

e-mail: [email protected]

FAZ PARTE DA SUA VIDA

Page 3: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Painel

O Yázigi de Bento Gonçalves promove mais uma edição do Yá-zigi Summer Camp, de 1º a 5 de fevereiro. O evento, que ocorre há mais de cinco anos, é voltado a crianças de cinco a dez anos. Con-forme a diretora, Denise Deon Carpeggiani, diversas ativida-des serão desenvolvidas com os alunos do Yázigi e também seus amigos. Haverá atividades como Cooking Class quando prepara-rão comidas típicas americanas, playing games with water, entre outras, sempre acompanhada de um lanche e muita comunicação em Inglês. Todas as brincadeiras são monitoradas por colabora-

dores e professores. Algumas das atividades serão realizadas na escola, na rua Júlio de Castilhos, 614, bairro São Francisco, mas também haverá dois passeios, um no Shopping Iguatemi , em Caxias do Sul, para uma sessão de cine-ma regada a lanche e a outra será uma atividade com fins culturais. No último dia terá a Big Festa. “Cada ano procuramos aprimorar nossas atividades para os partici-pantes contarem com o fator sur-presa”, destaca Denise. As vagas são limitadas a 40 crianças. Mais informações e valores podem ser obtidos na sede do Yázigi ou pelo telefone 3452-2120.

Yázigi Summer Camp começa dia 1º

Sábado, 23 de janeiro de 2016 3

CURTI!

NÃO CURTI...

A entrega de novos brinquedos na praça Achyles Mincarone, no bairro São Bento, por iniciativa do Sindmó-veis e apoio das secretarias de Turis-mo e Meio Ambiente.

O descaso da população que fre-quenta a praça do bairro Progresso, deixando lixo espalhado e até restos de comida.

Painel

Ex-presidente LULA disse que não existe alma tão honesta quanto a dele . Deus nos proverá para que sejamos igual a ele ?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Os moradores do bairro Municipal que frequentam o campo de futebol, localiza-do na rua Valdelírio Guerreiro Vaz, atrás da construção do Ceacri, precisam ficar atentos ao fazer o trajeto até o local. A vegetação está alta e oferece perigo para as pessoas que usam o campinho. De acordo com o relato dos moradores, animais peçonhentos como cobras e aranhas já foram encontrados na vegetação.

Flagrante

Mande seu flagrante para o e-mail [email protected]

Cinenkombi exibirá curtas na praça Via del Vino

Expediente dia 30

CAIA

NI M

ARTIN

S

HUMOR Moacir Arlan

Bento Gonçalves recebe se-gunda-feira, dia 25, o projeto CinenKombi, que proporcio-nará a exibição de curtas de animação em uma Kombi na praça Via del Vino, a partir das 20h30min. É recomen-dando trazer cadeiras. Serão exibidos “Calangada”, “O céu no andar de baixo”, “Sereia” e “Céu, inferno e outras partes do corpo”. O evento gratuito é uma realização da dupla As Cercanas de Patarriba, com financiamento do Ministério da Cultura.

A Prefeitura de Bento Gon-çalves informa, através do Decreto nº 9.014, que as re-partições públicas municipais terão ponto facultativo no dia 8 de fevereiro, segunda-feira, durante o feriadão de Carna-val. As horas não trabalhadas neste dia serão compensadas antecipadamente no dia 30 de janeiro, sábado, das 8h às 14h. Os serviços essenciais como saúde e Departamento Municipal de Trânsito não sofrem alteração.

REPROD

UÇÃ

O

Page 4: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 20164 Geral

Obras em rodovias

Terra esquecida

Há décadas tenho reclamado por mim e por milhares de pessoas que tem sido obrigadas a utilizar as rodovias da região da Serra. O descaso dos sucessivos governos foi recorrente. Saia um e entrava outro e a lesma lerda continuava a mesma. A RS-122, cujas can-celas e a lei específica foram deixadas pelo Alceu Collares ao bri-to, tinha previsão de pedagiamento para a duplicação da rodovia entre Portão e São Vendelino, algo em torno de 38 quilômetros. Pois bem, foram mais de 16 anos para ser concluída. O motivo da demora? Me parece cristalino: os governos brito, Rigotto, Yeda e Tarso não aplicavam as receitas das tarifas toda na duplicação. Grande parte da receita foi para os cofres do Estado.

Enquanto isso, as demais rodovias foram se deteriorando. A RS-453 (Trevo Telasul/Farroupilha), a RS-444 (trecho Bento/Santa Tereza), RS-446 (trecho Carlos Barbosa/São Vendelino) tiveram manutenções precárias. A RS-446 foi recapeada, porém em menos de 90 dias os buracos já surgiram. Quem fiscalizou a obra e autorizou o pagamento? Seriam os mesmos que “fisca-lizaram e autorizaram” o pagamento da reforma da Ponte em Bom Princípio, que precisou ser quase toda refeita durante o go-verno Tarso? E a RS-444, notadamente o trecho em que é muito utilizada, que é o Vale dos Vinhedos? Operações tapa-buracos precárias, assim como entre Bento e Pinto Bandeira. E ainda não comentei sobre a RS-431 e a agora BR-470. Mas, tenho a certeza de que todos já tinham a Serra como “terra esquecida”.

ÚLTIMASPrimeira: A coluna insis-

tiu, comentou, criticou muito a falta de bom senso de mui-tos motoristas que trancavam cruzamentos. Criticou, tam-bém, o poder público (várias administrações) por não co-locarem placa alertando para que o “tranque o cruzamento”;

Segunda: Agora o Secreta-ria responsável está colocando tais placas. Resta saber se os “sem noção” são alfabetizados e conhecem as regras basila-res de trânsito e as obedeçam. A começar pela rua General Osório e Marechal Floriano;

Terceira: Apenas para es-clarecer algumas figuras que fazem de tudo para aparecer por aí: em momento algum “os moradores da torre resi-dencial do Shopping Bento posicionaram-se contra a pa-rada de ônibus”;

Quarta: A Prefeitura comu-nicou, através da imprensa (vejam só, senhores sabidões) que a parada seria transferida até que a nova parada, na Jú-lio de Castilhos, ficasse pron-ta. Não há, portanto, “forças ocultas” nisso. Informar-se antes de comentar seria óti-mo, não?

Quinta: Será que o Janot irá mesmo denunciar junto ao STF a imoralidade, a falta de respeito que a maioria dos deputados estaduais gaúchos tiveram com a população no ano passado, quando inven-taram suas próprias aposen-tadorias? E será que o STF acabará com o trenzinho da alegria deles?

Sexta: Bah! Teve gente que poderia ter ganho mais de 1.800% de lucro se tivesse vendido suas ações da Petro-brás há algum tempo. Agora terão que esperar um pouco, porque estão empatados;

Sétima: Aliás, minhas pes-quisas sobre a economia bra-sileira continuam. Logo farei uma coluna falando das con-clusões. Por enquanto, estou dormindo de chuteiras pela queda da bolsa, aumento do dólar, declarações do Lula e comentários sem nexo na in-ternet;

Oitava: Hoje, às 17 h, o Grê-mio começa a temporada 2016 jogando contra o Danúbio, do Uruguai, na Arena.

Antô[email protected]

Uma luz no fim do túnel?

A RS-431

RS-431 II

Confesso que pensei – e até escrevi aqui – que a federalização da ERS-470, agora BR-470 (a rodovia São Vendelino) poderia ser pior do que deixá-la como rodovia estadual. Se o Estado aqui, próximo, ignorava a rodovia, imaginei que a União, distante, ig-noraria ainda mais. Ela foi federalizada em precaríssimas condi-ções, não só cheia de buracos e crateras, mas sem um mínimo de sinalização. Pois bem, esta semana fui para Faria Lemos e cons-tatei obras de recapeamento total da BR-470. Será que a recupe-rarão até Nova Prata? E até Carlos Barbosa? É esperar para ver e torcer para que tenhamos, com brevidade, uma BR-470 digna de uma região rica e turística como a nossa. Dá, pois, para acreditar que temos uma luz no fim do túnel? Oremos!

Eu conheço muito bem a história dessa rodovia, que liga Bento Gonçalves a Santa Bárbara/Guaporé. Rubens Lahude, quando se-cretário de Estado dos Transportes, mandou fazer o projeto dela porque sequer existia como rodovia estadual. O ex-governador brito a desapropriou para começar o asfaltamento e o fez até Faria Lemos, deixando a descida até a Alcântara em precaríssimo esta-do, ficando, inclusive, em risco a vida dos usuários. Olívio Dutra concluiu o asfaltamento até Santa Bárbara (assim como asfaltou a RS-444 de Bento até Santa Tereza), porém não construiu o viaduto no quilômetro 12 e a ponte na Linha Colussi. E, o pior, a pista de-sandou em alguns locais (erro de execução?). O Daer colocou uma placa dizendo que era trecho em “Estudo Geotécnico). Deboche?

Rigotto assumiu o governo, com Alexandre Postal (que morava em Guaporé e, portanto, passava pela RS-431 com frequência) na Secretaria de Estado dos Transportes. Nada foi feito, senão algu-mas manutenções nos trechos desandados. Yeda construiu a ponte na Linha Colussi, mas esqueceu de fazer as cabeceiras, deixando-a inútil ao trânsito. Tarso assumiu e também se limitou a precárias manutenções, mas teve que gastar muito para reconstruir outro desabamento que interrompeu o trânsito nela. Agora está tudo com Sartori e o Estado falido. Mas, as informações são as de que a RS-431 está sendo recuperada. Glória a Deus nas alturas! Será que, depois de tanto tempo, veremos a RS-431 concluída? Oremos, mais um pouco.

Obras avançam na Marechal Floriano

Calçada

A nova calçada da rua Ma-rechal Floriano, entre as

ruas Félix da Cunha e Salda-nha Marinho, começa a tomar forma. Na manhã de quinta--feira, 21, funcionários da em-presa Expressão Engenharia e Construções Ltda, licitada pela Prefeitura, iniciaram a construção do primeiro trecho do novo passeio público, com a colocação de novas lajotas e piso podotátil e ficará com 4,30 metros de largura, num total de 697,60 metros quadrados de área construída. O investi-mento do município é de R$ 184.557,27, com recursos da Secretaria Municipal de Ges-

Passeio público começa a ganhar novas lajotas e piso podotátil

FERNA

ND

O SA

NTO

S, DIVU

LGA

ÇÃO

tão Integrada e Mobilidade Ur-bana (Segimu). As vagas de es-tacionamento rotativo pago da Zona Azul foram transferidas e ampliadas para a rua Estefânia Pasquali Eder, entre as ruas Marechal Floriano e Dom José Barea. Já o estacionamento de carga e descarga foi transferi-do para o espaço delimitado na rua General Osório paralelo à Praça Walter Galassi.

A primeira fase do projeto de Revitalização do Quadrilá-tero Central está em fase final. A próxima etapa será o alarga-mento da calçada da rua Salda-nha Marinho, entre a Via del Vino e a rua Ramiro Barcellos.

Page 5: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 5

Page 6: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 20166 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 2.010

IGVariedades

A FRASE A ganância, falsidade e prepotência –

caminhos ideais - para a falência do próprio ser humano! (.)

Congresso Tradicionalista GaúchoCumprimentar os organizadores envolvidos na realização do 64º

Congresso Tradicionalista Gaúcho que aconteceu em Bento Gonçal-ves, reunindo mais de 2500 participantes de diferentes cidades do rin-cão gaúcho, nos dias 8, 9 e 10 de janeiro 2016. A abertura oficial acon-teceu na Casa das Artes e os demais eventos que constaram de uma série de atividades à programação teve sequência no CTG Laço Velho, e como presidente da Comissão Executiva, Adiles de Freitas. Segundo Iraci Dalla Vale, presidente do 64º Congresso Tradicionalista Gaúcho, que dirigiu os trabalhos do encontro, Manoelito Savaris presidente do MTG/RS e Antenor Rizzi patrão do CTG Laço Velho, e palco do grande evento tradicionalista, o encontro teve como objetivo principal promover a cultura gaúcha, eleições de membros diretivos da entida-de, rumos e tomada de posições e confraternização que marcaram o fraternal abraço e convivência das raízes e origens do espirito gaúcho. Na ocasião foi eleito presidente do MTG Nairo Callegaro. Em nome de toda a organização e na pessoa de Iraci Dalla Vale e equipe nosso abraço pelo sucesso e objetivos alcançados, enriquecendo o nome de Bento Gonçalves também no cenário tradicionalista gaúcho. Valeu!

Grepar - 30 anos

Trajetória Histórica

Movelsul – 2016

Gerando Negócios

Uma trajetória de lutas, sacrifícios, mas também de conquistas! Trabalho e dedicação, parcerias fortalecidas por clientes, amigos e fornecedores acompanhadas dia a dia pela equipe dedicada de funcionários. Uma trajetória construindo de forma consciente um segmento de atividades onde servir a comunidade tem sido ao lon-go dos anos a grande meta da Rede de Supermercados Grepar.

Para comemorar 30 anos de profícua existência em nosso meio gerando emprego e economia para o município a direção da Rede de Supermercados Grepar estão de parabéns. Neste domingo. 24 de janeiro, às 19h no CTG Laço Velho, a grande e merecida festa de aniversário Grepar a quem agradecemos a gentileza do convi-te. Pela feliz efeméride cumprimentos a família e colaboradores dos Supermercados Grepar na pessoa de seus diretores- Gregório Bruschi, Paulo Bruschi .e equipe de apoio. Parabéns e sucesso gen-te amiga!

Um dos maiores eventos programados para o período de 14 a 18 de março 2016 em Bento Gonçalves é a 20ª Movelsul Brasil. O palco será o Parque de Eventos, um dos melhores do mundo pela sua estrutura, com 57 mil metros quadrados construídos e clima-tizados. A área total é de 300 mil metros quadrados dispondo de heliponto e estacionamento para mais de 2.500 veículos. Uma refe-rência em praticidade e conforto na América Latina. Além de rece-ber expositores e 30 mil visitantes profissionais a Movelsul Brasil valoriza projetos de grande relevância para o setor moveleiro pro-piciando conforto e bons negócios.

Promovida pelo Sindmóveis a Movelsul Brasil 2016 tem como presidente da entidade e da feira o empresário Henrique Tecchio – Bentec auxiliado por atuante equipe de apoio. Um trabalho voltado ao crescimento da feira – fruto de sua conceituada organização e credibilidade. Com conhecimento, inovação e integração gerando bons negócios a Movelsul Brasil será segmentada – setorizando a feira – tendo como destaques: O Salão Design Movelsul; Projeto Comprador; entre outros. Com espírito hospitaleiro, a 20ª Movel-sul vai encantar quem nos visita! Fique ligado, pois, agora com o Projeto Somos Móveis a Movelsul será ainda maior!

Safra de liquidações segue até 10 de fevereiro

Garibaldi

Iniciou na quarta-feira, 20, o Liquida Garibaldi 2016.

Neste ano, a promoção da CIC e da CDL de Garibaldi conta com 20% a mais de partici-pantes em relação à edição do ano passado, reunindo 146 estabelecimentos comerciais com descontos em diversos segmentos. A iniciativa segue até o dia 10 de fevereiro, com o objetivo de criar oportunida-des para que os lojistas man-tenham as vendas de início de ano e para que os consumido-res possam aproveitar as pro-moções oferecidas.

O presidente da CDL, Gilia-no Verzeletti, diz que o Liquida Garibaldi caracteriza-se pelo empenho dos comerciantes em oferecer ao consumidor a melhor condição de compra possível, com descontos reais e condições atrativas. “O consu-midor procura oportunidades de aquisição de artigos de boa qualidade, em condições de compra vantajosas, que garan-tam a sensação de realização de

Promoção da CIC e CDL reúne 146 estabelecimentos comerciais

um excelente negócio”, resume.Durante a campanha são

oferecidos produtos com descontos variados, já que o percentual promocional é estabelecido por cada lojista. “O importante é que o valor de venda seja competitivo e

real. O consumidor tem de ter a percepção de que o preço que está ali é o melhor que o lojista pode oferecer”, desta-ca o presidente da CDL. Os estabelecimentos participan-tes estão identificados com o material da campanha.

Descontos são oferecidos em diversos segmentos do comércio

DIVU

LGA

ÇÃO

Page 7: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 7

Os amantes do vinho tive-ram uma desagradável

surpresa após a presidente Dilma Roussef sancionar uma lei que aumenta a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sobre bebidas quentes. No entanto, agora, os apreciadores do vi-nho e seus derivados podem ter a esperança de que esta me-dida seja repensada.

Na terça-feira, 19, um gru-po de lideranças formado pelo deputado federal Mauro Perei-ra, pelo diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo

O diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani, se reúne com ministro Ricardo Berzoini em busca de solução para o imposto

A diferença no preço final dos produtos pode ser de até 9%

Lideranças tentam reverter a situaçãoIPI sobre o vinho

CAIA

NI M

ARTIN

S/ARQ

UIVO

Caiani [email protected]

Geral

Paviani e pelo chefe de gabi-nete do deputado federal Pepe Vargas, Gerson Ben, tiveram

um encontro com o ministro--chefe da Secretaria Geral da Presidência Ricardo Berzoini,

para buscar uma solução em relação ao veto presidencial à Lei 13.241, de 30 de dezembro de 2015, que alterou a forma de cobrança do IPI para estas bebidas.

De acordo com o diretor exe-cutivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Rai-mundo Paviani, o veto elimi-nou a possibilidade de estabe-lecer alíquotas máximas para o tributo, que seriam fixadas em 6% em 2016 e 5% em 2017.

A diferença no preço final, em alguns casos, pode ser de até 9%, em outros pode ser ain-da maior. Com esta mudança o preço das bebidas passará a ser calculado com uma alíquota sobre o preço de cada produ-

to, ou seja, uma garrafa mais cara terá um imposto maior. “Conversamos com o chefe de gabinete da Casa Civil e o mi-nistro nos explicou que este foi um veto técnico, pois o IPI é sempre estabelecido por um decreto presidencial e não por uma Lei”, explica.

Sendo assim, conforme o diretor do Ibravin, uma das soluções possíveis para rever-ter a situação é editar as novas alíquotas por decreto. “O mi-nistro manifestou-se sensível à demanda e afirmou que irá levar o tema à presidente Dil-ma. Estamos confiantes de que nossa reunião irá trazer resul-tados positivos para o setor”, finaliza Paviani.

Page 8: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 16 de janeiro de 20168

[email protected]

DenisedaRé

Sei que os tempos mudaram, graças a Deus! E graças a mulheres como a cientista Marie Curie; a escritora Vir-ginia Woolf; a obstinada lutadora contra a discriminação Angela Davis; a bailarina libertária e naturalista Luz Del Fuego; a inovadora e ousada Marilyn Monroe; a revolu-cionária da moda feminina, Coco Chanel; a primeira mo-torista negra de ônibus, Maya Angelou; a abolucionista e humanitária Black Moses Harriet; a brasileira Chiquinha Gonzaga, que trocou o casamento pelo piano; a primei-ra magistrada britânica, Emily Murphy, que lutou para mudar a lei que dizia: “mulheres não devem ser contadas como pessoas”... Sem falar das operárias que foram quei-madas, das feministas que rasgaram os sutiãs em protesto contra a ditadura da beleza, das que batalharam contra a opressão masculina, das tantas outras, famosas ou anôni-mas, que contribuíram para a mudança da sociedade.

Na mitologia judaica, a luta da mulher pela igualdade de direitos vem desde o início dos tempos. Deus teria cria-do Adão e lhe enviado Lilith como companheira, que logo mostrou ser avessa a padrões patriarcais de comporta-mento. Por ter ideias avançadas e não querendo se sub-meter sexualmente ao homem, Lilith fugiu. Então Adão foi reclamar com o Todo Poderoso, que lhe deu outra companheira, criada a partir de uma das costelas do recla-mante. Ela foi chamada de Eva e, assim como a primeira, não era boba. Descobrindo as fraquezas de Adão, fez a ca-beça dele e levou-o a comer a fruta da árvore proibida. E aí a diversão rolou solta no paraíso, resultando na expulsão dos dois, como todos sabem.

Trata-se, obviamente, de uma metáfora e por isso mes-mo é interessante, pois mostra que sempre existiu a busca feminina pela autonomia, seja de forma sutil ou aberta-mente.

Enfim, graças a essas mulheres destemidas, reais e mi-tológicas, hoje eu e vocês temos vida própria. Mas isso não significa que o machismo tenha efetivamente sido morto e enterrado, mesmo aqui, “onde tudo o que se planta nas-ce”. Alguns resquícios ainda vagueiam pelo pampa gaúcho junto ao vento minuano. Vejam o caso que um menino contou, dia desses, numa roda de amigos:

Ele e o pai viajavam em silêncio, já há algum tempo. Ótima oportunidade para saciar uma curiosidade antiga, sem o risco de levar um tabefe, já que as mãos do homem estavam comprometidas no volante:

-Posso te fazer uma pergunta, pai?-Fala, Tato! – respondeu prontamente o “cacique”.-Tu já traiu a mãe?O homem ficou em silêncio por alguns minutos, sem

mexer nem um fio do bigode. Depois limpou a garganta e, com toda a calma, respondeu:

-Olha, Tato, eu nunca gostei de caçar, mas toda vez que encontrei morto, eu comi.

Cenas do filme foram gravadas na Linha Eulália e no Caminhos de Pedra

Parte da história foi gravada na Itália e foi concluída em Bento

Região é escolhida para as gravações de Bem ao Lado

Ainda...eles

RAFA

EL CARD

OSO, D

IVULG

AÇÃ

O

Sétima Arte

Geral

O interior de Bento Gon-çalves é lugar para lazer,

descanso e contemplação. E é nesse cenário que a cidade tem visto crescer outra atividade, grande impulsionadora do tu-rismo: o cinema.

Em 2015 foram gravados no município 11 produtos audio-visuais, entre documentários, filmes e longas-metragens. Em 2016, passado pouco mais da primeira quinzena de janeiro, Bento Gonçalves já recebe a primeira produção. A região foi a escolhida para as grava-ções de Bem ao Lado, dirigi-do por Márcio Kinzeski (Zeski Filmes). São cenário a Pousada Ke Kanto Toniolo e o Parque de Aventuras Gasper (Linha Eulália/Rota Rural Encantos de Eulália) e a Cantina Stra-pazzon (Caminhos de Pedra). As gravações tiveram início na segunda-feira, 18.

O roteirista do filme, Henryco Costa, – que também interpreta o personagem principal da tra-ma, Erick – conta o motivo de

ter optado por Bento Gonçalves. “Parte da história já foi gravada na Itália em 2013. Estava em busca de um lugar com carac-terísticas semelhantes no Brasil para a conclusão. Em Bento, en-contrei lugares parecidos e um povo muito acolhedor”.

O secretário municipal de Turismo, Gilberto Durante,

afirma ser unânime o interesse em desenvolver no município a sétima arte. “Poder público, empreendimentos turísticos, a comunidade, todos entendem o cinema como um grande alia-do ao turismo e se engajam na causa. Quantas vezes assistimos filmes e ficamos com vontade de conhecer tal cenário? ”.

Page 9: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 9Geral

dicato, a promessa de repasse dos 50% restante aos médicos era até ontem, entretanto, até o final desta edição, o montan-

te não havia sido repassado. Com a ausência de pagamento, o sindicalista garante que além da continuidade no processo

movido pela entidade contra os responsáveis, os profissionais protestarão na Via del Vino na manhã de segunda-feira, po-

dendo prorrogar para os dias seguintes.

Além da inexistência do pa-gamento, o sindicato também irá protestar pela recusa, tanto da Fundação quanto do Gover-no Municipal, em assinar um documento que garantiria o repasse dos próximos salários dentro do prazo limite e dê di-retrizes sobre como compensar o tempo em que a greve perdu-rou.

Enquanto a greve perdura, o atendimento em sete Unidades Básicas de Saúde (UBSs), está prejudicado. Sete das 21 uni-dades estão com atendimento suspenso ou parcial devido à falta de médicos.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, não existe prazo estipulado para o pagamento da dívida restante, entretanto, o Governo Munici-pal garante que a verba será re-passada à categoria até o final de janeiro.

A paralisação dos médicos terceirizados do setor de

Saúde de Bento Gonçalves per-dura. Após 27 dias de greve, com poucos avanços nas tra-tativas com o Governo Muni-cipal, apenas 50% dos salários referentes ao mês de dezembro foram repassados à categoria. Objetivando dar mais celeri-dade ao caso e pressionar as partes envolvidas para um des-fecho, na segunda-feira, 25, o Sindicato dos Médicos dará início ao processo contra o Go-verno Municipal e a Fundação Araucária junto ao Ministério do Trabalho. A data também será de grande movimentação da categoria pelas ruas centrais da cidade, visto que uma mani-festação em frente à prefeitura também está programada.

Segundo Marlonei Silveira dos Santos, presidente do sin-

Terceirizados pretendem realizar manifestações por demora em tratativas na segunda feira, 25, em frente à prefeitura

Categoria reivindica quitação de pagamentos referentes à dezembro e a garantia dos próximos repasses

Exemplo de legenda de foto xxxxxxxxxx

Sindicato prepara protestos por atrasosGreve dos médicos

CRISTIAN

O M

IGO

N

Cristiano [email protected]

Page 10: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201610 Geral

A cidade é conhecida pelo futsal, metalurgia e por festival gastrônomico

Bento Gonçalves e Garibaldi também se destacam na pesquisa

Atrativos de Carlos Barbosa são destaque em estudo

Turismo

AssuntaDeParis

Considerações sobre a origem do vinho

Os gregos atribuíram a Bacco (deus) a descoberta da cultura da vinha e da elaboração do vinho. Na antiguidade, foram as vindimas celebradas sempre com grandes festas das quais fi-caram as reproduções imortais no mármore, em ânforas (va-sos de cerâmica para vinho) e em infinidade de outros objetos artísticos.

Sobre a origem da vinha é incontestavelmente oriunda da Ásia Ocidental e da Europa. Além e aquém dos Alpes, foram encontradas videiras nas povoações lacustres do período ne-olítico. Mas só as que se encontraram nas palafitas da Itália é que, segundo sua aparência, indicam que procedem de vitis( para o vinho).

Há datas históricas exatas sobre a cultura da vinha no leste europeu. Anteriormente, o vinho é mencionado nas leis babi-lônicas de Humurabi (antes de cristo), que até então tratavam de sua comercialização.

O vinho era uma bebida apreciada entre os assírios e ba-bilônicos, bem como entre os persas e os egípcios. No antigo Egito, os “lagares” (reservatórios de vinho) achavam-se sob a guarda dos sacerdotes, os quais além de guardá-lo, faziam dele monopólio.

Os gregos jônios, que fundaram Massília, a qual deu origem a atual cidade de Marselha, transplantaram a videira para o sul da França. Ali os romanos desenvolveram no seu país a mesma indústria do vinho, a qual floresceu com mais intensi-dade no tempo do Império Romano. Com o vinho subornava--se a plebe; com o vinho, a aristocracia e a corte firmavam o seu poderio... O povo reclamava de pão, mas os aristocratas... do vinho.

A videira não só se limitou à Europa. Já no século II A.C., ela era cultivada na China, onde a princípio se fixou, mas por pouco tempo. Dois mil anos mais tarde, foi conhecida no Ja-pão, mas neste país não alcançou êxito, apesar das duas re-feridas nações o clima ser favorável à cultura da vinha. No final do século 18, os huguenotes introduziram a videira no sul da África, depois de um século, os franceses levaram para a Argélia, Tunísia e Marrocos, onde a cultura fora, em certa época, extinta pelos árabes. Mac Arthur plantou-a na Austrá-lia na primeira metade do século 19, mas só após alguns decê-nios começou a desenvolver-se. Em meados do século passa-do, iniciou-se a cultura da videira na América Setentrional e Meridional, sendo bem sucedida nessas duas partes do Novo Continente.

As boas e más propriedades do vinho são conhecidas. A narração bíblica sobre Noé mostra a má. As boas, segundo parece, predominam em 1300 anos mais tarde, quando Jesus Cristo realiza o milagre das Bodas de Canaã e, na Santa Ceia, consagra o vinho, para sempre aos olhos da cristandade.

“ A vitivinicultura é componente de uma civilização. É um estilo de vida e uma forma de comportamento humano. É uma atividade eminentemente integrada. Em torno da vitivi-nicultura, crescem outras atividades paralelas, complementa-res e congêneres.”

“ Para aqueles que lutam no trabalho da videira, como uma vocação, Parabéns, é um trabalho árduo... .”

Fonte: Uvas e vinhos – Manual do vitivinicultor – Ernesto Cataluña

LEAN

DRO

FACCHIN

I/DIVU

LGA

ÇÃO

Os atrativos turísticos de Carlos Barbosa são des-

taque em um estudo recente feito pelo Observatório de Tu-rismo do Rio Grande do Sul. Na pesquisa, realizada com as 26 principais operadoras tu-rísticas do Brasil, o município ficou colocado como o quarto destino turístico gaúcho mais ofertado no país. Das 26 ana-lisadas, nove ofertaram Carlos Barbosa durante o mês de ja-neiro desse ano.

Para a secretária da Indús-tria, Comércio e Turismo, Jés-sica Dalcin Andriolli, a boa colocação do município se dá por um trabalho de inovação na promoção da marca Carlos Barbosa, que está sendo desen-volvida através do projeto Tu-rismo em Ação, além dos atra-tivos já consolidados. “Cada vez mais, Carlos Barbosa se po-siciona no mercado e se prepa-ra para bem receber o visitante. Neste ano, o município partici-pou pela primeira vez de uma feira internacional de turismo, o Festuris, com estande pró-prio, ofertando seus atrativos a mais de 14 mil profissionais do turismo. Outra ação importante é o networking que a Secretaria está montando com todas as es-feras governamentais, com as agências e trade turístico, pois o relacionamento pessoal, co-mercial e profissional é funda-mental para o desenvolvimento do turismo”.

Carlos Barbosa é reconhecida nacional e internacionalmen-te pela metalurgia, pelo futsal e por realizar o Melhor Festi-val Gastronômico da região, o Festiqueijo. O município ainda encanta por seus ares europeus e suas ricas paisagens. Recen-temente, também conquistou o título de Capital Nacional do Futsal, através de um projeto de lei da senadora Ana Amélia

Lemos. Os eventos turísticos atraem anualmente milhares de visitantes. A religiosidade e fé da comunidade barbosense são demonstradas em alguns deles, como na Encenação da Paixão de Cristo e na confecção dos tapetes de Corpus Christi.

Levantamento

A coleta é realizada todo dia 9 de cada mês. O objetivo é monitorar o posicionamento dos destinos turísticos gaú-chos no mercado nacional, oferecendo aos municípios subsídios para a gestão do processo de comercialização.

Considerando os 472 muni-cípios regionalizados gaúchos, apenas 16 aparecem como op-ções nas principais operadoras do país, o que representa 3,39% do total. Das 25 regiões do Es-tado, apenas seis são ofertadas (24% do total). As regiões mais presentes são Hortênsias e Uva e Vinho que lideram o merca-do de pacotes do Estado. Im-portante ressaltar que a Serra Gaúcha (regiões Uva e Vinho, Hortênsias e Campos de Cima da Serra) é o produto turístico mais bem posicionado no mer-cado nacional, segundo a pes-

quisa. Assim, a capital Porto Alegre e a região das Hortên-sias (Canela, Gramado e Nova Petrópolis), além da região Uva e Vinho (Bento Gonçalves, Ga-ribaldi, Carlos Barbosa, Caxias do Sul e Monte Belo do Sul), mantém regularidade na ofer-ta. A pesquisa concluiu que estes destinos turísticos são exitosos na captação de visitan-tes e não enfrentam problema de sazonalidade, pois oferecem produtos turísticos diversifica-dos e de qualidade.

Gramado 15Canela 11Bento Gonçalves 9Carlos Barbosa 9Garibaldi 6Porto Alegre 5Nova Petrópolis 3Cambará do Sul 2Caxias do Sul 2Monte Belo do Sul 2Rio Grande 1

Município Operadoras*

*Operadoras que ofertaram o município em janeiro de 2016

Page 11: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 11Geral

nicipal da Saúde (SMS), Marco Antônio Ebert, as reformas do prédio Vila Nova/Eucaliptos devem iniciar ainda no primei-ro semestre. Quando concluída, as equipes retornarão e novos profissionais serão contratados.

Ele acrescenta que o atendi-mento será qualificado, uma vez que as unidades são novas. “Apesar dos transtornos iniciais, os moradores serão beneficia-dos com um espaço novo, capaz de atender suas demandas”.

Outras unidades

A prefeitura trabalha na construção de outras cinco no-vas unidades, localizadas nos bairros Zatt/Ouro Verde, Tan-credo Neves/Conceição e Vila Nova II.

A unidade Zatt/Ouro Verde está localizada na rua Nelino Domenico Carini. Será a maior de todas, com 726,90metros quadrados. A unidade irá be-neficiar uma população esti-mada em seis mil pessoas, mo-radoras dos dois bairros. Do contrário de outras unidades que tiveram as obras paralisa-das em 2012, esta UBS é total-mente nova. O custo total é de R$ 905.926,12. Mais de 60% da obra já foi concluída.

A unidade do Tancredo Ne-ves/Conceição está localizada na rua Eloi Secondo, esqui-

na com a rua Adelaide Basso Pasquali. Tem 668,26metros quadrados e atenderá uma po-pulação estimada de sete mil pessoas. O projeto inicial tam-bém previa a construção com estruturas metálicas e com paredes constituídas de cha-pas duplas de aço galvanizado, revestidas de isopor. O atual governo alterou o projeto des-sa unidade também, no mes-mo padrão da anterior. A nova UBS deverá atender a uma po-pulação estimada em sete mil pessoas, considerando os dois bairros. O custo total da obra esta orçado em R$ 686.647,24.

No bairro Vila Nova II, a unidade está localizada na rua Amélia B. Ferrari. Seu projeto também sofreu alterações e a obra está 70% concluída. Cerca de oito mil pessoas deverão ser beneficiadas.

A prefeitura de Bento Gon-çalves prepara a inaugu-

ração de duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no mês de fevereiro. As UBS da Cohab e Fenavinho devem contem-plar, além dos moradores dos dois bairros, o atendimento que hoje é prestado pela unida-de Vila Nova/Eucaliptos. Isso porque o prédio que abriga ambas necessita de reformas estruturais, o que interrompe-rá, temporariamente, os aten-dimentos. As equipes também serão transferidas.

Pacientes dos bairros Fenavi-nho e Eucaliptos serão atendi-dos pela nova UBS da Fenavi-nho. Já os pacientes dos bairros Vila Nova, Vila Nova II e Vila Nova III e Cohab deverão se di-rigir à nova UBS da Cohab.

De acordo com o coordena-dor médico da Secretaria Mu-

Expectativa do Governo Municipal é que unidades dos bairros Cohab e Fenavinho estejam operantes a partir de fevereiro

Equipes de atendimento serão temporáriamente tranferidas aos locais

Prefeitura anuncia abertura de duas UBSsSaúde

DIVU

LGA

ÇÃO

Page 12: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201612 Geral

Cerimônia de inauguração está programada para a tarde de hoje

Movelsul completa 20 edições esse ano e quer deixar legado para a comunidade do município

Projeto #SomosMóveis

Praça recebe brinquedos criados por designers

São Bento

FOTO

S, CRISTIAN

O M

IGO

N

Cristiane Grohe [email protected]

A cerimônia de entrega dos novos brinquedos da pra-

ça Achyles Mincarone, no bair-ro São Bento, será hoje, às 16h. Haverá recreacionista, música, distribuição gratuita de suco e água para as crianças pelo Super Apolo, venda de algodão doce, pipoca e Dolcetto das 14h às 19h. “Contamos com a participação de toda a comunidade e estamos certos de que as crianças, o ver-dadeiro público-alvo desse proje-to, vão aprovar o resultado”, afir-ma o presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio. O presidente salienta que, além de um portal de memórias da feira na inter-net e de um evento itinerante de janeiro a março, período que an-tecede a feira, a Movelsul Brasil

quer deixar um legado para a co-munidade. “Os designers de Ben-to estão conectados às iniciativas do Sindmóveis, seja por meio do Prêmio Salão Design ou nosso projeto de promoção internacio-nal do serviço dos desginers, cha-mado Raiz”, ressalta.

Tecchio ressalta que foram convidados escritórios para um bate-papo e, prontamente, seis deles abraçaram a ideia e tra-balharam voluntariamente na criação de brinquedos exclusivos para a praça Achyles Mincaro-ne. A fabricação dos brinquedos ficou a cargo do Sindmóveis e a instalação conta com apoio das Secretarias Municipais do Meio Ambiente e Turismo.

A Movelsul Brasil comemo-ra este ano 20 edições, que será realizada de 14 a 18 de março, no Parque de Eventos de Bento Gon-

çalves e quer retribuir a recepção da comunidade. “Se atualmente somos a maior feira de móveis para o setor varejista na América Latina, devemos muito aos em-presários pela iniciativa pioneira e à população de Bento Gonçal-ves pelo engajamento”, avalia Tecchio. Segundo ele, essa é uma feira que movimenta a economia e a rotina das pessoas, por isso, a receptividade é tão importante. “O projeto surgiu em agradeci-mento à comunidade local, que sempre atuou como uma verda-deira embaixadora da Movelsul”. Móveis e design sempre anda-ram lado a lado em nossas ações e não poderia ser diferente nesta ocasião especial. “Nosso propósi-to é deixar um legado mostrando a todos que, além de capital do vinho, também somos o maior polo moveleiro do país”, reforça.

Empresas de móveis e com-plementos de todo o país esta-rão reunidas em Bento,de 14 a 18 de março, para apresentar os lançamentos ao mercado varejista na 20ª edição da Mo-velsul Brasil. Além da intensa movimentação para a venda de espaços e atração de compra-dores nacionais e estrangeiros, o Sindmóveis está trabalhando

em ações para envolver a co-munidade nas comemorações de 20 edições da feira.

A entidade criou o projeto #SomosMóveis: além da revita-lizar os brinquedos da praça, foi criado um portal de memórias da feira na internet. A Movelsul Brasil também vai movimen-tar as praças da cidade com um evento itinerante nos meses de

fevereiro e março. Abrindo esses eventos, o Sindmóveis entrega a revitalização dos brinquedos na Praça Achyles Mincarone, no bairro São Bento.

Realizada pela entidade des-de 1977, a principal feira de móveis e complementos da América Latina espera mais de 30 mil visitantes durante os cinco dias de evento.

Page 13: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 13Geral

Projeto 3 Design & Arquitetura

Studio Marta Manente

Intervento Design

Eduardo Nuncio

Bria Design

UNT Design

Inauguração de playground será realizada hoje à tarde

Pais, crianças e turistas já podem usufruir de novos brinquedos instalados na praça do bairro São Bento

O secretário Municipal de Turismo (Semtur), Gilberto Durante, diz que a ideia do Sindmóveis contribui com a imagem positiva da cidade. “O setor de móveis agrega muito com a vinda de turistas e vi-sitantes”, analisa. Conforme Durante, os novos brinquedos serão mais um diferencial para a cidade. “Além da igreja em forma de pipa, do trabalho de jardinagem, do Monumento aos Imigrantes Italianos, dos eventos que são realizados, te-remos mais esse atrativo”, cita o secretário.

Para o secretário Municipal

de Meio Ambiente (SMMAM), Neri Mazzochin, a iniciativa do Sindmóveis é muito importan-te e extremamente significati-va para a cidade. “A parceria entre os segmentos público e privado são fundamentais para o desenvolvimento da cidade, buscamos cada vez mais por essas parcerias”, completa.

Para o presidente da As-sociação dos Moradores do bairro São Bento (Amabento), Zeferino Pastore, a ação é lou-vável. “Só temos muito a agra-decer ao Sindmóveis e a prefei-tura”, ressalta. Pastore revela que a praça Achyles Mincarone recebe pessoas de outros bair-ros e turistas. “Virou um pon-to importante para a cidade, a cada final de semana circulam cerca de mil pessoas, entre elas muitas crianças que usarão os brinquedos”, salienta. Ele diz que a iniciativa vai agradar pais e crianças. “Existe uma citação que diz: ‘o prazer dos grandes homens é fazer os outros mais felizes’, e com certeza se aplica a esse caso.

No entanto, o presiden-te aponta para a falta de ba-nheiros. “A Amabento está

Escritórios e designers que participaram do projeto:

em contato com a prefeitura e acredito que logo teremos uma solução”, afirma. Ele conta que a praça recebe além de mora-dores, muitos turistas. “Essa

questão é a mais delicada, por-que realmente é um espaço que precisa ter banheiros e fraldá-rio”, lembra. Os secretários do Turismo e do Meio Ambiente,

sabem da necessidade e con-firmam que o projeto que en-volve os banheiros está em an-damento e deve ser construído em breve.

Page 14: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201614 Geral

A variação cambial da moe-da americana, motivada

nesta semana por declarações de lideranças do Banco Cen-tral (BC), na véspera da data marcada para alterações na taxa básica de juros do país, fez com que o dólar atingisse o valor mais alto registrado des-de 1994, quando o Plano Real foi instaurado. O Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano. O BC estava em um dilema en-tre subir os juros para tentar segurar a inflação ou mantê--los, para não atrapalhar ainda mais a recuperação da econo-mia brasileira. O anúncio da manutenção causou alvoroço no meio econômico, resultan-do em valorização do dólar de 1,74%, sendo comercializado a R$ 4,166. O recorde anterior tinha sido em setembro de 2015, a R$ 4,146.

Além de piorar as perspecti-vas para a entrada de dólares no Brasil, a decisão aumen-tou as incertezas nos merca-dos locais, que até o início da

semana apostavam em alta de 0,5 ponto percentual. Além disso, a manutenção da Selic e o risco de que cortes da taxa básica comecem a entrar no radar são um forte revés a tal-vez o único elemento que ain-da mantém a atratividade do real para estrangeiros: o juro elevado. Embora essa taxa ainda seja considerada bas-tante alta e muito acima das praticadas em outros emer-gentes, investidores podem considerar que o prêmio de risco necessário para aplicar em papéis brasileiros cresceu, e uma Selic estável vai de en-contro a isso.

O câmbio também foi afeta-do por fatores externos. A Bol-sa de Xangai caiu 3,23%, no menor nível desde dezembro de 2014. A desaceleração da China tem afetado o mercado global, apesar de o governo do país ter anunciado a injeção de 600 bilhões de yuans na se-gunda maior economia do pla-neta. No ano passado, o país asiático cresceu 6,9%, a menor expansão dos últimos 25 anos. A instabilidade na economia chinesa afeta países expor-tadores de matérias-primas com cotação internacional,

como o Brasil. A redução da demanda por

produtos como ferro e soja ba-rateia as exportações brasilei-ras. Com menos dólares do co-mércio internacional entrando no país, a cotação sobe.

Bom momento para exportação

Com a alta cotação do dó-lar, o cenário comercial, no que tange os setores vinícola e moveleiro municipais, pode ser tornar muito lucrativo. De acordo com o mestre em eco-nomia da Universidade de Ca-xias do Sul (UCS), Jaci Tasca, o aumento do valor da moeda americana facilita a venda de produtos nacionais. “Embora os insumos para fabricação de muitos itens sejam impor-tados, a alta do dólar impacta diretamente na elevação da procura por produtos nacio-nais”, explica. Segundo ele, no setor moveleiro, a situação também facilita a exportação de produtos.

Quanto à estimativa de que-da ou manutenção do preço do dólar, o economista acredita em um retrocesso na cotação da moeda em breve.

Após anúncio do Banco Central, moeda americana é vendida a R$ 4,16

Um dos fatores que resultaram no aumento foi o comunicado da manutenção da taxa básica de juros do país

Preço do dólar comercial bate recorde desde criação do Real

Economia

REPROD

UÇÃ

O

Cristiano [email protected]

Page 15: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Feira pretende encontrar novas casas para cachorros e gatos que foram retirados da rua ou passaram por maus tratos

Bruno adotou Sansão e conta que o amigo já está bem adaptado

Focinhos que precisam de um larAdoção de animais

ARQ

UIVO

PESSOA

L

Cristiane Grohe [email protected]

Sábado, 23 de janeiro de 2016 15Geral

A Organização Não Governa-mental (ONG), Todos por

um Focinho, realiza amanhã, uma feira de adoção de cerca de 20 gatos e cachorros. O evento ocorre na praça Achyles Min-carone (São Bento), das 14h às 19h. Os animais, que na maior parte das vezes estão em situa-ção de risco, são recolhidos pela equipe da ONG. Eles são leva-dos para lares temporários ou para residência de voluntários que cedem espaços até a ado-ção. Segundo a responsável pelo Marketing da Todos por um Fo-cinho, Cassiana Baldassa Vaz, em casos graves os bichinhos passam por consultas com vete-rinários. “Nosso trabalho tam-bém é conscientizar as pessoas sobre os problemas de abando-nar um animal”, comenta.

A ONG conta com oito pes-soas, existe desde agosto do ano

passado e recebe doações espo-rádicas. “Estamos providencian-do conta bancária e em breve te-remos boletos para quem puder fazer doações mensais”, explica. Durante a feira, os interessados podem adotar cachorros ou ga-tos. Basta ter mais de 18 anos e passar pela avaliação da residên-cia pela ONG e depois de 30 dias é feita outra visita. “Só queremos ter certeza que o novo dono te-nha realmente condições de cui-dar de um bicho de estimação”, explica. Ela conta que, por mês, são registrados muitos casos de maus tratos e abandonos.

Durante a feira de domingo, a instituição também aceitará doações de ração, dinheiro, casinhas, roupinhas, produtos de limpeza e acessórios como coleiras. “Tudo é muito bem--vindo para colaborar com os animais, que precisam de aju-da”, ressalta.

Mas, não é só de histórias tris-tes que vive a Todos por um Fo-

cinho. Casos de amor à primei-ra vista também são comuns. É o caso do gerente industrial, Bruno Andreolla Piva, 32 anos. Em outubro do ano passado ele foi apresentando para um cachorro que foi retirado das ruas. “A Cassiana disse que ha-via um cachorro para ser adota-do que tinha o meu perfil, agi-tado e parceiro”, lembra. Piva adotou o Sansão e conta que a adaptação foi muito mais sim-ples do que ele esperava. “Em 15 dias ele já estava adaptado, é muito dócil, só quer ganhar carinho e brincar. É um grande companheiro”, destaca. Quan-do o gerente adotou Sansão, levou para um check-up com um veterinário. “Pelos exames ele deve ter aproximadamente cinco anos”, afirma. Piva reco-menda a adoção de animais. “É muito gratificante receber o carinho do Sansão e poder con-tribuir com o desenvolvimento saudável dele”, completa.

Email da ONG Todos por um Focinho:[email protected]

Page 16: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

DIVULGAÇÃO

- Sábado, 23 de janeiro de 201616Empresas Empresários&

A comitiva do Sitracom-BG foi até Porto Alegre para participar do evento e da tradicional marcha do Fórum

Adelgides Stefenon, MSc.

Negócios& Empresas

UM LEÃO FAMINTOCerto dia, em viagem aos Estados Unidos, estava na cida-

de de Nova York visitando um cliente onde exportávamos móveis de algumas empresas brasileiras. Era inverno lá e o local era o Brooklyn ( a cidade de Nova York é dividida em 5 grandes distritos: Manhattan, Brooklyn, The Bronx, Queens e State Island). Fui de táxi de Manhattan, onde ficava o hotel em que estava, até o depósito e escritório central do cliente. A empresa tinha nome sugestivo: Merit.

Cheguei e, depois de umas duas horas, terminei a reunião com o gerente geral da empresa.

Pedi ao gerente se ele poderia chamar um táxi para me le-var de volta ao hotel, distante dali aproximadamente uma hora contando com o tráfego complicado da cidade de Nova York. Ele prontamente atendeu e chamou um amigo dele prestador de serviços de táxi. Agradeci ao gerente e inicia-mos a volta ao hotel.

O motorista do táxi e dono do mesmo ( Fred ) falava in-glês e espanhol, aparentava ter uns 50 anos, no máximo. Como em muitas corridas de táxi, pedi a ele como estavam as coisas por lá. Ele disse que estavam razoáveis mas que ele queria pegar sua família e ir morar em outro estado. Pedi a ele quanto tempo morava em Nova York e me disse que eram mais de 20 anos.

Perguntei-me o que faria uma pessoa que me parecia com vida estável, tinha um bom carro, família e filhos na escola, possivelmente classe média lá ( que é muito melhor do que a média aqui ), estava morando há 20 anos em Nova York ( capital financeira do mundo ), saúde e educação gratuitas, excelentes níveis de segurança, estradas muito boas, teatros, cinemas, infraestrutura invejável, casa própria e emprego es-tável querer mudar de estado. Fred falava veementemente que não aguentava mais e que iria pegar a família e trocar de estado para morar em Nova Jersey ( perto dali ).

Mas ele falava com uma veemência poucas vezes vista por mim nas muitas viagens de negócio que fiz aos Estados Uni-dos. O Fred não aguentava mais.

Como já tinha feito uma certa amizade com o Fred, pergun-tei: mas o que é tão grave assim que está fazendo você juntar a família e se mudar para outro estado?

Fred me respondeu rapidamente: “não aguento mais pagar tanto imposto”.

Perguntei: mas quanto você paga de imposto para fazer tanta mudança e “brigar” tanto com o governo? Fred respon-deu: “7%. Em Nova Jersey é 6%. Vou me mudar com a família porque 7% é muito imposto”.

Eu disse: “my God ( meu Deus). No meu país, Brasil, nós pagamos quase 40% de impostos e ainda pagamos muito para a educação, saúde, não temos segurança, não temos es-tradas, não temos quase nada em comparação com o nível de vida americano, além da corrupção”. E quase tive que jurar que isto era verdade pois ele me disse que não acreditava que poderia existir algum lugar que cobrasse tanto imposto (exis-tem outros impostos lá).

Cheguei no hotel, agradeci mas Fred me disse que conti-nuaria com seu desejo de trocar de estado por causa de 1% de imposto que ele pagava ao governo.

Fred pagava 7% e queria fazer uma revolução na vida dele e da sua família porque o governo cobrava muito imposto e queria reduzir para 6%. Ele não aguentava mais pagar tanto imposto.

Nós pagamos 40% e que revolução estamos fazendo?Nossos governos são famintos. Desculpe, mas talvez este

país realmente não seja sério.Força que seu futuro depende só de você.

Adelgides Stefenon é economista, mestre em marketing, consultor nacional e internacional, professor universitário.

Envie seus comentários e/ou sugestões para [email protected]

Em cumprimento do dever legal da enti-dade de classe, o SINDITRANS possui uma estrutura adequada e qualificada para as-sistir seus associados e dependentes, nas mais diversas áreas da medicina, odontolo-gia e do direito.

Os profissionais que prestam serviços para o Sindicato são especialistas em suas respectivas áreas, para que os associados e dependentes tenham a assistência e segu-rança necessárias nos atendimentos.

No ano de 2015 foram realizados 1.252 atendimentos médicos, 890 atendimentos odontológicos, 1.241 reembolsos de con-sultas médicas, 832 homologações de res-cisões de contratos de trabalho e aproxima-

Serviços prestados pelo Sinditrans no ano de 2015

damente 100 atendimentos jurídicos.Segundo o Presidente Fernando Parisotto,

mesmo que 2015 tenha sido um ano difícil, a entidade conseguiu aumentar a relação de convênios, a exemplo dos que foram fir-mados com o SEST SENAT, Farmácias Tacchi-med, Farmácias Panvel, entre outros.

O SINDITRANS continuará desenvolven-do suas atividades objetivando melhorar a qualidade de vida dos integrantes da ca-tegoria, e principalmente aos associados e dependentes do Sindicato.

Para mais informações sobre os convê-nios da entidade, entre em contato pelo fone 3454-9000 ou acesse o site do Sindica-to: www.sinditrans.com.br.

Sitracom na marcha do Fórum Social Mundial

Uma comitiva do Sindicato dos Trabalhadores nas Indús-trias da Construção e do Mo-biliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG), participou da tradicional marcha do Fórum Social Mundial (FSM), realiza-da já há 15 anos em Porto Ale-gre. Neste período o FSM tor-nou-se símbolo da resistência dos movimentos sociais contra o neoliberalismo explorador. Ao mesmo tempo, tornou-se também uma espécie de usi-na de idéias para a construção de políticas de transformação social. Pelo Fórum passaram nomes como Lula, Evo Mo-rales e José Saramango, entre outros. Também foi marcado pela participação de movimen-tos sociais das mais diversas regiões do planeta, defenden-

do causas como a independên-cia da Palestina, do Saara Oci-dental, de Porto Rico e outros tantos locais. Os movimentos sociais de todas as causas jus-tas encontraram neste grande evento, espaço para sua liber-dade de expressão. Muitas das idéias apresentadas no FSM acabaram transformando-se em políticas públicas concre-tas. Bolívia, Equador e Vene-zuela erradicaram o analfabe-tismo desde o primeiro Fórum e recuperaram a soberania so-bre suas fontes energéticas. No Brasil e em muitos lugares da América Latina reduziu-se a miséria extrema, a desnutrição infantil e ampliou-se o acesso a educação. “Por estas e outras razões, o Fórum Social Mun-dial ganhou uma importância

tremenda na vida de muitas nações. É um evento que bus-ca o desenvolvimento da cida-dania valorizando o mundo do trabalho. Por isso o Sitracom BG participa deste movimen-to e entra na marcha com os trabalhadores e movimentos sociais”, disse o sindicalista Arcelo Rossini.

O presidente do sindicato, Itajiba Soares Lopes destaca ainda os desafios para o Fó-rum 2016. “O FSM tem agora que formular estratégias para defender as conquistas alcan-çadas e promover a unidade das forças progressistas em uma escala internacional avan-çando na cooperação solidária entre os países. Isso vai viabi-lizar o caminho para um novo mundo”, concluiu.

Page 17: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

JUCILENE FESTA

DIVULGAÇÃO

Sicredi Serrana realiza ação solidária

Senac é pioneiro em curso da área de turismo

A Sicredi Serrana RS está participando da campanha ‘Gente que Coopera é So-lidária’ com o objetivo de arrecadar material escolar e brinquedos educativos para instituições em toda região. A campanha está sendo reali-zada nas cooperativas do Rio Grande do Sul e de Santa Ca-tarina e se estende até o dia 29 de janeiro.

A ação reforça a missão do Sicredi de ‘Ser Cooperativa’, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos asso-ciados e das comunidades em que está presente. A campa-nha “Gente que coopera é solidária” busca envolver os colaboradores e associados, fortalecendo a cooperação através das doações. Com isso, o grande objetivo de es-

Bento Gonçalves conta, ago-ra, com novos profissionais do mercado de turismo, pois o Se-nac, na terça-feira, 19, formou sua primeira turma do curso de Assistente de Produção Cultu-ral. As aulas tiveram início no dia 29 de setembro e término no dia 19 de janeiro de 2016, contabilizando 180 horas.

O curso é oferecido por meio do programa Pronatec, ou seja, gratuitamente e o alu-no será capaz de auxiliar na implementação de projetos de produção de espetáculos artís-ticos e culturais (teatro, dança, ópera, exposições e outros), audiovisuais (cinema, vídeo, televisão, rádio e produção musical) e multimídia. Durante as aulas, os estudantes foram conhecer os pontos turísticos da Capital do Vinho, como a Epopeia Italiana e a Maria Fu-maça, além de visitas guiadas pelos museus de Porto Alegre.

De acordo com a professora, Jane Maria Dalpizzol, o curso é promissor, pois a demanda por este tipo de profissional é mui-to grande, ainda mais em uma cidade turística como Bento Gonçalves. “Depois de todas as aulas e as visitas aos museus e pontos turísticos do municí-

Os onze alunos da turma foram diplomados no dia 19 de janeiro

- Sábado, 23 de janeiro de 2016 17Empresas Empresários&

*Alini Pegoraro Vieira é Advogada, Especialista em Direito Empresarial

OAB/RS 57.144 - Fone: (54) 3451.6980 |[email protected]

Alini Pegoraro Vieira - OAB/RS 57.144*

DireitoEmpresarial

Erro médico, de exames e de medicamentos: defenda-se

É muito comum hoje em dia ouvirmos falar em erro médico, em troca de exames e de medicamentos. Há poucos dias, o Fantásti-co, exibiu uma série de reportagens que demostra a dura realidade ocorrida com pacientes, que sofreram perdas irreversíveis.

Na verdade, a desumanização do atendimento médico, o “comér-cio” da medicina e a crescente degradação da relação entre médi-cos e pacientes têm contribuído significativamente para o aumento expressivo dos erros médicos. Mas não podemos nos calar e nos conformar, afinal, o médico não é intocável, nem inatingível. É um ser humano como nós, passível sim do erro, mas passível também de pagar por ele.

É importante destacar que ser médico é ter nas mãos uma das maiores responsabilidades, se não a maior responsabilidade do mundo: a vida. Os médicos costumam utilizar os meios possíveis e adequados para atingir os melhores resultados, porém, sabe-se que nem sempre isto é possível, afinal, todos nós partiremos deste plano um dia, com ou sem o erro.

O problema surge quando o médico age com imprudência, ne-gligência ou imperícia, o que pode ser causado por baixos salários, falta de recursos e excesso de trabalho, nas estas justificativas não podem ser aceitas. Muitos médicos se sujeitam a jornadas absur-das, trabalhando 24, 48 horas ininterruptas, saindo de um plantão e indo para o outro. A falta de recursos também não pode ser um agravante, uma vez que antigamente os recursos eram bem mais escassos, e os erros também.

O excesso de venda de planos de saúde também assoberbou, e muito, a classe médica. São poucos profissionais credenciados, que acabam tendo que se desdobrar em longas jornadas de trabalho e muitas vezes sem a merecida remuneração.

“ ”O que deve ficar bem claro é que a partir do momento em que fica comprovado o erro

médico, seja ele causador de sequelas ou até mesmo

da morte, o paciente ou seus familiares próximos podem

encaminhar à justiça um processo indenizatório

para o ressarcimento dos danos causados

O que deve ficar bem claro é que a partir do momento em que fica comprovado o erro médico, seja ele causador de sequelas ou até mesmo da morte, o paciente ou seus familiares próximos podem en-caminhar à justiça um processo indenizatório para o ressarcimento dos danos causados. O processo pode ser individual, ou seja, dire-cionado ao profissional, ou também voltado à instituição de saúde, seja ela clínica, hospital, casa de repouso, banco de sangue, etc.

Conforme o artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Hu-manos, “todo indivíduo tem direito à vida”. Por este motivo, pro-cure sempre identificar os profissionais que estão lhe prestando atendimento, ou atendendo seu familiar. Todo paciente deve ter um Prontuário Médico, que corresponde ao conjunto de documentos padronizados onde está registrado todo histórico do paciente. O pa-ciente ou familiar responsável pode ter acesso ao Prontuário Médi-co, podendo solicitar uma cópia integral. O Código de Ética Médica diz que é vedado negar ao paciente acesso a seu prontuário, como também deixar de dar explicações de forma compreensível, exceto quando ocasionar riscos para o paciente ou acompanhantes. Outro ponto fundamental é de que receitas, atestados e quaisquer outros documentos médicos devem estar escritos com letras legíveis.

Tire todas dúvidas antes de aceitar qualquer procedimento. O paciente tem o direito de se manifestar livremente na escolha do tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico. Em caso de indicação de cirurgia o paciente pode procurar outros profissionais da área para confirmação do diagnóstico e da indicação.

Fique atento, exija seus direitos, pois todas as perdas e danos cau-sados, sejam por imprudência, negligência ou imperícia, devem ser reparados por aqueles que o causaram.

pio, eles estão aptos a oferecer conhecimento aos turistas que vierem à cidade”, explica.

Na noite de formatura, os onze alunos diplomados parti-

ciparam de um coquetel e uma confraternização com troca de presentes, fortalecendo a ami-zade e finalizando com grande estilo as aulas.

timular, através do exemplo, a sociedade a realizar ações co-operativas.

Pensando nesta confrater-nização solidária, a Sicredi Serrana abraça a campanha colocando a disposição da co-

munidade suas 29 Unidades de Atendimento, nos 23 mu-nícipios em que está presente, para receberem as doações de material escolar e brinquedos educativos. Todo material ar-recadado será doado no início do ano letivo, para entidades necessitadas na região.

Entre os materiais escolares pode-se doar caderno, lápis, borracha, estojo, giz de cera, régua, tesoura, lápis de cor, mochila, pasta escolar, folhas A4, livros de literatura (infan-til e adolescente) e brinquedos educativos, tais como quebra--cabeças e jogos de tabuleiro..

Procure a Unidade de Aten-dimento do Sicredi na sua ci-dade e faça a doação junto a nossa equipe. Coopere com as escolas e instituições de ensi-no da nossa região.

Page 18: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201618

Alguns avanços

FONTE: AGÊNCIA SENADO

Geral

Lei de Inclusão prevê mudanças em várias áreas

Nova legislação

Janeiro de 2016 marca o iní-cio de um novo olhar sobre

os 45 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência. Entrou em vigor a Lei Brasi-leira de Inclusão (LBI), tam-bém chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), que afirmou a autonomia e a capacidade des-ses cidadãos para exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas. Agora começa também a batalha para tornar realidade o rol de direitos garantidos pela nova lei.

A semente da LBI foi lançada no Congresso Nacional 15 anos atrás, pelo então deputado fe-deral Paulo Paim (PT-RS). Ao chegar ao Senado, ele reapre-sentou a proposta, que acabou resultando na Lei 13.146/2015. A tramitação na Câmara pos-sibilitou à relatora, deputada federal Mara Gabrilli (PSDB--SP), ajustar o texto original às demandas dos movimentos sociais e aos termos da Conven-ção sobre os Direitos das Pes-soas com Deficiência (Decreto

Legislativo 186/2008), que recomendava a eliminação de qualquer dispositivo que asso-ciasse deficiência com incapa-cidade.

“A LBI foi um grande avanço. Agora, entramos em um perío-do de ajustes. O ideal é criar uma cultura de inclusão e der-rubar barreiras que ainda exis-tem. Ao se exercer os direitos previstos na lei, devem surgir

casos de punição por discrimi-nação e isso vai ter um efeito cultural e pedagógico positivo”, comenta o consultor legislativo da área de Cidadania e Direitos Humanos do Senado, Felipe Basile. As inovações trazidas pela nova lei alcançaram, en-tre outras, as áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, esporte, previdência e transporte.

Capacidade civil: Garantiu às pessoas com deficiência o di-reito de casar ou constituir união estável e exercer direitos sexuais e reprodutivos em igualdade de condições com as demais pessoas. Também lhes foi aber-ta a possibilidade de aderir ao processo de tomada de decisão apoiada (auxílio de pessoas de sua confiança em decisões sobre atos da vida civil), restringindo--se a designação de um curador a atos relacionados a direitos de ordem patrimonial ou negocial.

Inclusão escolar: Assegu-rou a oferta de sistema edu-cacional inclusivo em todos os níveis e modalidades de ensino. Estabeleceu ainda a adoção de um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, com fornecimento de profissionais de

apoio. Proíbe as escolas particu-lares de cobrarem valores adicio-nais por esses serviços.

Auxílio-inclusão: Criou be-nefício assistencial para a pes-soa com deficiência moderada ou grave que ingresse no mer-cado de trabalho em atividade que a enquadre como segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social.

Discriminação, abandono e exclusão: Estabeleceu pena de um a três anos de reclusão, mais multa, para quem preju-dicar, impedir ou anular o reco-nhecimento ou exercício de di-reitos e liberdades fundamentais da pessoa com deficiência.

Atendimento prioritário: Garantiu prioridade na restitui-ção do Imposto de Renda aos

contribuintes com deficiência ou com dependentes nesta condi-ção e no atendimento por servi-ços de proteção e socorro.

Administração pública: Incluiu o desrespeito às normas de acessibilidade como causa de improbidade administrativa e criou o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Defi-ciência (Cadastro-Inclusão), re-gistro público eletrônico que irá reunir dados de identificação e socioeconômicos da pessoa com deficiência.

Esporte: Aumentou o percen-tual de arrecadação das loterias federais destinado ao esporte. Com isso, os recursos para fi-nanciar o esporte paralímpico deverão ser ampliados em mais de três vezes.

Próximo passo será tornar realidade o rol de direitos garantidos

Entre os avanços está um sistema educacional inclusivo em todos os níveis

ARQ

UIVO, VITÓ

RIA LO

VAT

Page 19: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

O bento-gonçalvense que precisa pegar ônibus na

cidade e usa uma parada que não possui abrigo, sofre com sol escaldante durante o verão e a chuva no inverno. A falta de pontos de ônibus cobertos afeta todo o município, pois de 1.500 paradas somente 252 têm co-bertura, incluindo os distritos, como o Vale dos Vinhedos. O problema não é novo e, inclu-sive, foi capa da edição do dia 24 de junho de 2015 do Sema-nário. Após estes seis meses, o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Semigu), Mauro Moro, declara que a si-tuação permanece a mesma.

Além do número de pontos cobertos ser pouco represen-tativo, os que têm algum tipo de proteção, apresentam pro-blemas de estrutura ou estão completamente deteriorados. Para tentar resolver o pro-blema a Secretaria de Mo-bilidade Urbana iniciou um projeto de monitoramento das linhas para saber quantas paradas existem em cada tra-jeto e quais delas não apresen-tam cobertura. “Temos que

Das 1.500 paradas de ônibus que existem na cidade, apenas 250 estão cobertos, incluindo os distritos do interior

A moradora do Vila Nova, Rosalina da Silva, oferece a sua casa como abrigo para quem espera pelo ônibus

Comunidade continua a mercê do clima

Além de uma proteção mais adequada aos diferente climas, falta banco para os idosos sentarem. Não tem informação e, também, precisamos chegar bem antes para conseguir pegar o ônibus, tem dias que eles passam antes do horário, não há como sa-ber ao certo que horas eles passam. Falta estrutura. Noeli Terezinha Melchior, 53.

Sempre fico em pé para esperar os ôni-bus, pois não consigo sentar nos bancos das paradas por causa do sol, a cobertura delas é estreita e não protegem da luz e do calor. E esta situação é uma pena, porque depois de tantos anos de trabalho e contribuição o idoso que precisa dos ônibus não têm o mínimo de conforto. Nelci Dolari, 76.

Faço fisioterapia no Centro e preciso do transporte diariamente. Sinto falta de infor-mação nos abrigos, não sabemos os horá-rios dos ônibus e muitas vezes eles passam e não param. Outro problema é o fato de haver pessoas que fumam nas paradas, obri-gando quem está ali a se retirar. Fernanda Sosias Lori, 21.

Bairro Municipal Avenida Osvaldo Aranha Conceição

A espera por ônibus

Caiani [email protected]

atender a demanda de 25 mil passageiros diariamente em Bento Gonçalves, e isso é um trabalho de formiguinha, não é de um dia para o outro que conseguiremos colocar em or-dem todos os abrigos das pa-radas”, declara.

Moradoraoferece ajuda

Em alguns lugares, como o bairro Vila Nova, por exemplo, há diversas paradas que estão sem abrigos deixando quem es-pera pelo transporte totalmente

exposto ao sol ou a chuva. Para a dona de casa, Rosalina da Silva, 58 anos, o problema não é tão grande porque um dos pontos fica em frente à sua casa, na rua Antônio Luiz Somensi, porém a aposentada afirma que diversas vezes as pessoas buscam abrigo

dentro do seu pátio. “Sempre empresto minha área para quem está esperando o ônibus aqui na frente, assim eles não ficam tor-rando ao sol”, declara.

Outro problema relatado pela moradora é o fato de as pa-radas não terem informações sobre os horários e linhas dos ônibus. “Às vezes acontece de as pessoas perderem os ônibus porque eles não param. Esta semana duas mulheres ficaram aqui paradas porque achavam que o ônibus que queriam pe-gar passava na rua”, explica.

A situação, que demanda atenção, não teve avanços, po-rém o titular da pasta explica, que a Secretaria tentou colocar nos abrigos informações para que os passageiros peguem o transporte com mais tranqui-lidade. No entanto a ação não funcionou, pois vândalos arran-cam fora ou picham. “O ideal seria ter abrigo com informa-ção em todas as paradas, con-tudo, por falta de recursos isto se torna inviável. O que a Secre-taria está realizando, de forma paliativa, é retirar os abrigos de lugares onde os ônibus não pas-sam mais e transferí-los para os bairros onde o fluxo de passa-geiros é maior”, finaliza.

CAIA

NI M

ARTIN

S

GeralSábado, 23 de janeiro de 2016 19

Page 20: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201620 Geral

acordo com a chefe substituta do Cartório Eleitoral, Francine Vicente Stringhini, o núme-ro de pessoas que solicitam o recadastramento biométrico tem apresentado crescimento constante nos últimos meses. “Embora a cidade ainda este-ja na lista dos municípios dis-pensados, estamos atendendo uma demanda grande de pes-soas solicitando o cadastro por crerem que será exigido este ano”, explica. De acordo com a titular, a estimativa é que a en-tidade tenha realizado aproxi-madamente 100 atendimentos referente à biometria por dia

em janeiro de 2016.A despeito da obrigatorie-

dade do recadastramento no município, a profissional res-salta que, apesar de não exis-tir estimativa oficial quanto ao assunto, a cidade poderá ser inclusa na lista de municí-pios com obrigatoriedade até as eleições de 2018. Porém, para que todos os munícipes possam realizar a alteração cadastral, Francine expõe que será fundamental uma rees-truturação infraestrutural e do quadro de funcionários do cartório. “No momento não teríamos condições, faltam

servidores e também seria ne-cessária uma readequação de espaço”, revela. Segundo da-dos da instituição, atualmen-te, a cidade comporta aproxi-madamente 85 mil eleitores. Somente em 2015 foi realiza-do o cadastramento de 1.616 novos títulos de eleitor.

As eleições serão realizadas no dia 2 de outubro para o pri-meiro turno e dia 30 do mesmo mês nos municípios em que houver necessidade do segun-do turno, sendo que somente as cidades que possuam mais de 200 mil eleitores poderão realizar o 2º turno.

Crise amplia medo de retrocesso

A agilidade e praticidade nas votações, providas pelas urnas eletrônicas desde 2000, po-deria não ser uma realidade nas eleições de 2016. Isto por-que, além do setor privado, a atual crise instaurada no país também atinge diretamen-te os cofres públicos. Como consequência, após um corte de quase R$ 430 milhões nos recursos destinados ao Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), que tem a função de organi-zar e fiscalizar o exercício da democracia no país, foi anun-ciado pelo órgão que eleições para vereadores, prefeito e vice, seriam realizadas de for-ma manual, retornando ao antigo sistema de escolha por cédula. Entretanto, de acor-do com a chefe substituta, embora não exista confirma-ção oficial sobre a abdicação da ideia, dificilmente o cená-rio será realidade.

Embora Franciele descarte o retrocesso no pleito, caso a situação se confirmasse e a votação fosse realizada por cédula, a apuração dos votos demoraria, em um cenário otimista, cerca de quatro dias. O cartório também teria que receber novas urnas de papel para suprir as necessidades. “Por mais que tenhamos sido surpreendidos com a notícia, posso afirmar que as eleições transcorrerão de forma ele-trônica”, acredita.

Em 1980, milhares de bra-sileiros foram às ruas exi-

gir direito ao voto, em uma das principais manifestações pró-democracia, as Diretas Já. Três décadas depois, o instrumento continua sendo um dos principais elementos utilizados para expressar a soberania popular na escolha de seus líderes. Em similari-dade a evolução do direito ao voto, o país também demons-trou pioneirismo, quando em 2000, implementou a votação eletrônica, um jeito prático e fácil de contabilizar milhões de votos em curtos períodos. Com o passar do tempo o sis-tema também progrediu, se tornando cada vez mais invio-lável com a adição de elemen-tos como o reconhecimento biométrico. Entretanto, se de um lado a inclusão da ferra-menta nos pleitos trouxe mais confiabilidade ao processo, de outro, a enxurrada de infor-mações exposta nos veículos de imprensa sobre o assunto tem confundido o eleitor, que em muitos casos desconhece a obrigatoriedade do recadastra-mento em seu município.

As incertezas se ampliaram quanto à obrigatoriedade de recadastramento em eleitores de Bento Gonçalves após o iní-cio do processo em municípios vizinhos, como Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira, no ano passado. De

Incerteza sobre obrigatoriedade do registro para as eleições de 2016 aumenta procura por atualização no cartório eleitoral

Estimativa é que município só tenha obrigatoriedade na utilização da ferramenta para as eleições de 2018

Recadastramento ainda gera dúvidasBiometria

ARQ

UIVO

Cristiano [email protected]

Sobre o recadastramento

O cadastramento biométrico é um processo de atualização dos dados do cadastro eleitoral, objetivando implantar a identificação de cada eleitor por meio da impressão digital, fotografia e assina-tura digitalizada. Essa forma é adotada pela Justiça Eleitoral visan-do a garantia de segurança no processo de votação. Somente os municípios que tiverem toda a população cadastrada desta forma poderão utilizar a urna com identificação biométrica.

O processo está sendo realizado em etapas, conforme a dispo-nibilidade de equipamentos e mão de obra. A estimativa do TSE é que até a eleição de 2016 serão 326 municípios com o processo concluído.

Para efetuar o cadastro basta comparecer ao cartório eleitoral, localizado na Rua General Góes Monteiro, 91, no bairro São Fran-cisco, das 10h às 17h munido de documentação. O procedimento leva em média 13 minutos.

ACEGUÁALPESTREALVORADAAMARAL FERRADORAMETISTA DO SULARROIO DO MEIOARVOREZINHABALNEÁRIO PINHALBARÃOBARROS CASSALCAIÇARACAMBARÁ DO SULCAXIAS DO SULCERRITOCERRO GRANDE DO SUL

CERRO LARGOCHARRUACHUÍDOM FELICIANOESPUMOSOHUMAITÁIPÊJÓIALAGOA BONITA DO SULLAVRAS DO SULLINDOLFO COLLORMANOEL VIANAMATAMORRO REDONDONOVA HARTZ

PANTANO GRANDEPEDRO OSÓRIOPELOTASPICADA CAFÉPINHEIRO MACHADOQUINZE DE NOVEMBRORONDINHASANTANA DA BOA VISTASENTINELA DO SULTABAÍTRÊS COROASVIAMÃOXANGRI-LÁ

Municípios com processo em andamento

Page 21: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Geral

Sábado, 23 de janeiro de 2016 21Geral

Médicos peritos retornam ao trabalhoINSS

Categoria decide retomar atendimento nesta segunda-feira, 25, mas apenas para manter os serviços essenciais

Juliana [email protected]

Após quase cinco meses de greve, os médicos peritos

do Instituto Nacional de Se-guro Social (INSS) decidiram retornar ao trabalho nesta segunda-feira, 25, mesmo sem nenhuma perspectiva de aber-tura de negociações. A deci-são foi tomada em assembleia no dia 16. A agência de Bento Gonçalves ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre o fim da greve e prefere não se manifestar sobre o as-sunto. A reportagem não con-seguiu contato com a gerência em Caxias do Sul.

Conforme nota emitida pela Associação Nacional dos Mé-dicos Peritos (ANMP), a cate-goria irá retomar as atividades em estado de greve, apenas para manter o atendimento essencial, ou seja, aqueles ca-sos de primeiro exame seja para auxílio-doença, aposen-tadoria especial por invalidez ou retorno ao trabalho depois de licença médica. Os segura-dos que já se encontram am-parados pelo benefício previ-denciário têm seus direitos mantidos e deverão continuar recebendo.

A paralisação, no entanto, pode ser retomada a qualquer momento, e irá depender das negociações com o governo federal. Também não há pers-pectiva de realizar mutirões para atender os segurados. Com o fim do movimento, o quadro de funcionários, que estava operando com 30%, deve voltar ao normal. Mais de dois milhões de perícias dei-

xaram de ser feitas em todo o país desde o início da greve, se-gundo a ANMP.

Ainda, segundo a nota, “após quase 140 dias de paralisação e sem nenhuma perspectiva de abertura de negociações, nós, peritos médicos do INSS, chocados com o descaso do governo e com caos instala-do pela gestão, nos sentimos sensibilizados pelo drama da

população não-atendida e, por termos ciência que o governo não está se importando com isso e, se necessário fosse, continuaria a deixar os segu-rados da previdência social na penúria, decidimos mudar nossa forma de protesto”.

O documento explica que a falta de uma política adequada para a carreira e a ineficiência da gestão do benefício por in-

capacidade levaram a União a gastar R$ 125 bilhões anuais sendo a metade disso em be-nefícios pagos sem perícia médica. Em cinco anos, quase três mil peritos abandonaram a carreira e atualmente a taxa de evasão é de dois peritos por dia útil.

Os peritos médicos do INSS deram início ao movimento grevista em 4 de setembro de 2015, motivados pela ausên-cia de respostas do governo aos graves problemas que atingem o trabalho e se refle-tem no atendimento à socie-dade. A categoria reivindica reajuste salarial de 27,9%, em quatro anos, mas a principal exigência é a redução da jor-nada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, sem per-da de remuneração. Em nota, o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, informou ter sinali-zado com a possibilidade de reduzir a jornada, desde que em um contexto de reestrutu-ração da carreira. Para isso, propôs a criação de um comi-tê gestor para definir, em seis meses, a reestruturação das carreiras de perito médico previdenciário e de supervi-sor médico-pericial.

O tempo médio de espera para o agendamento de perícia médica no INSS passou de 20 dias, antes do início das gre-ves no setor, para os atuais 89 dias. A informação foi divulga-da pelo INSS pouco depois do anúncio do retorno ao trabalho dos médicos peritos na próxi-ma semana.

O INSS estima que 1,3 mi-lhão de perícias não tenham sido feitas desde o início da pa-ralisação, em setembro do ano passado. No mesmo período, 1,1 milhão de perícias médicas foram atendidas. Entre setem-bro e dezembro de 2015, fo-ram concedidos quase 608 mil benefícios por incapacidade como auxílio-doença, aposen-tadoria por invalidez e benefí-cio de prestação continuada.

De acordo com a atualiza-

ção do instituto, cerca de 830 mil pedidos de concessão de benefícios desse tipo estão represados. O INSS conta atualmente com 4.330 médi-cos peritos, cujo salário inicial para uma jornada de 40 horas é R$ 11.383,54 chegando a R$ 16.222,88.

Na terça-feira, 19, o ministro do Trabalho e Pre-vidência Social, Miguel Rossetto, disse que espera colocar em dia o mais rápido pos-sível o serviço de perícias do INSS. A paralisação foi a mais longa já registrada. “Estamos muito seguros de que, à medida que haja a finalização da greve e a

volta ao trabalho, como está acontecendo, nós possamos rapidamente recuperar a nor-malidade operacional.”

INSS se manifesta

Após o anúncio do fim da greve dos médicos pe-ritos, o INSS se manifestou por meio de nota in-formando que muitos servido-res já retomaram suas atividades, por isso, em boa parte das unida-des do Instituto,

o atendimento pericial já vem sendo realizado normalmente.

Ao contrário do que diz a as-sociação dos médicos peritos

quando se refere ao retorno em “estado de greve”, em que os peritos atenderiam apenas par-te da demanda, o INSS escla-rece que a regra de priorização do atendimento é definida pelo próprio Instituto e está estabe-lecida nos seus normativos.

Judicialização

Conforme o comunicado, o INSS diz que buscou, desde o início da paralisação, alterna-tivas para garantir o mínimo necessário do efetivo de peri-tos médicos em atendimento, recorrendo inclusive ao Poder Judiciário. O STJ, em 25 de novembro, julgou a Associa-ção Nacional dos Médicos Pe-ritos ilegítima para deflagrar o movimento grevista. Assim, desde o dia 26 de novembro,

não havendo o reconhecimen-to da greve, além de terem descontados os dias não tra-balhados, os servidores que seguem afastados de suas ati-vidades estão incorrendo em falta não justificada.

Com o objetivo de assegurar os direitos dos segurados, o INSS reafirma que os efeitos financeiros decorrentes dos benefícios concedidos retroa-gem à primeira data agendada, mesmo que a perícia médica tenha sido remarcada no pe-ríodo de paralisação.

Prioridade

- Casos de primeiro exame para auxílio-doença, aposen-tadoria por invalidez e libe-ração para volta ao trabalho depois da licença.

Espera por perícia médica subiu de 20 para 89 dias

Paralisação que durou quase cinco meses foi considerada a mais longa da história da categoria

CRISTIAN

O M

IGO

N

Informações para agendamento e reagendamento pelo telefone:

135

Page 22: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201622 Geral

Revezamento do símbolo olímpico passará por diversas ruas da cidade, priorizando locais com mais circulação de pessoas

Os militares falaram sobre a logística do dia e os locais de pausa

Definidos detalhes para segurança Tocha Olímpica

DIVU

LGA

ÇÃO

Representantes da Força Nacional de Segurança es-

tiveram em Bento Gonçalves, na manhã de ontem, para defi-nir detalhes sobre a segurança durante a passagem da Tocha Olímpica Rio 2016 pelo mu-nicípio. A reunião teve ainda outras definições, como o fluxo de trânsito durante o evento. Os militares também discuti-ram a logística do dia, obser-vando os pontos de coleta dos condutores da tocha e os locais para pausas técnicas. A data e horário do revezamento ainda não foram divulgados.

Durante a visita, os repre-sentantes da Força Nacional de Segurança explicaram que o trajeto do revezamento da To-cha passará por diversas ruas da cidade, priorizando locais com maior circulação de pes-soas, comércios e pontos turís-

ticos. Os militares realizaram também o reconhecimento do trajeto com a identificação dos principais pontos estratégicos

para a segurança do evento. Participaram da reunião com os integrantes da Força Nacio-nal de Segurança os secretários

de Juventude, Esporte e Lazer, Gustavo Sperotto, de Turismo, Gilberto Durante e de Mobi-lidade Urbana, Mauro Moro. Também estiveram presentes o diretor de Gabinete, Vanderlei Mesquita, e representantes da Brigada Militar e do Exército.

O secretário de Juventude, Es-porte e Lazer, Gustavo Sperotto colocou as estruturas públicas à disposição e reforçou a impor-tância de um evento deste porte para a cidade. “A passagem da Tocha Olímpica por Bento dei-xará um grande legado cultural para a sociedade. Estamos em-penhados em realizar uma gran-de festa, mas mais do que isso, levar aos bento-gonçalvenses os ideais olímpicos de respeito, amizade e excelência. Será um momento marcante, onde a co-munidade poderá se sentir parte das Olimpíadas”, destacou.

A chama olímpica, referência ao fogo que queimava em ho-menagem à deusa Hera (Juno) durante os jogos de Olímpia não surgiu nos Jogos de Atenas.

Somente em 1928, nos Jogos de Amsterdã, foi que o fogo olím-pico ressurgiu. A primeira pira olímpica manteve o fogo aceso durante toda a duração da Olim-píada.

A chama passou a ser acesa com a corrida da tocha na aber-tura dos jogos, em Berlim 1936.

O ritual foi criado para esta-belecer um elo entre os jogos da antiguidade e os jogos con-temporâneos. A chama olímpica representa a pureza da eterna juventude olímpica. Serve de elo entre o berço das Olimpíadas na Grécia e as cidades-sede.

Tocha

Page 23: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 23Esporte

Superliga

Bento Vôlei faz promoção para torcida lotar Ginásio

A equipe do Bento Vôlei dis-puta as próximas duas par-

tidas pela Superliga em casa, e com o apoio da torcida. Na quinta-feira, 28 de janeiro, a equipe enfrenta o forte time do Taubaté, em um jogo de tirar o fôlego. Já no sábado, 30, será a vez de um confronto direto contra o São José dos Campos, concorrente na luta por uma vaga nos playoffs. As partidas ocorrem às 20h, no Ginásio Municipal de Esportes.

O time vem embalado com a vitória obtida em Minas Gerais, na semana passada, contra o Juiz de Fora. Para que a agremiação bento-gon-çalvense triunfe novamente, o torcedor terá que jogar jun-to com a equipe.

Para isso, o Bento Vôlei está com uma promoção especial de ingressos para os dois jogos. Na compra de ingressos ante-cipados, até às 17h da quinta--feira, 28, os valores são di-ferenciados. Para assistir aos

dois jogos, na Geral, o valor é R$ 25. Estudantes, professo-res da rede pública e idosos, R$ 15 para os dois confrontos. O ingresso familiar será de R$ 15 para um jogo. O sócio Ouro assiste aos dois jogos gratuita-mente e o sócio Prata paga R$

15 para assistir a ambos con-frontos. Na hora da partida o valor passa a ser R$ 20. Após as 17h do dia 28, os ingressos custarão R$ 20 por jogo para geral, R$ 10 por jogo para estu-dantes, professores da rede pú-blica e idosos e R$ 15 familiar.

Próximos dois confrontos da equipe serão realizados em Bento Gonçalves

Time está treinando forte e conta com o apoio da torcida em casa

CLEUN

ICE PELLENZ

Os últimos jogos do Torneio de Verão de Santa Tereza ocor-rem amanhã. Ao todo, 18 equi-pes disputam o primeiro lugar na competição.

No final de semana que pas-sou, duas equipes conquista-ram vaga, na repescagem, para jogar neste domingo. De Rossi Veículos/ De Gasperi Postes/ O Raul e Fronteira realizam o 9° jogo do dia. Estas mes-mas equipes, respectivamente, sagraram-se campeã e vice--campeã da repescagem no dia 17. O time do Glória Equipe A ficou com a terceira colocação,

Resultados do dia 17

Fronteira 0 x 0 Glória Equipe A (Nos pênaltis, 3 a 2 para o Fron-teira);

Bangu 1 x 3 BarrenseGlória B 1 x 0 Arranca Toco Amigos do Isma 0 x 1 Triches Paranaguá 0 x 3 De Rossi Veículos/De Gasperi Postes/ O RaulIndependente 2 x 0 Araras Tandera 1 x 0 OlimpiacosDestroyer/Seiva do Mate 1 x 0 Exporta Praga

Jogos deste domingoMercado Remos Rede Forte X União do ValeRosário Pinto Bandeira X Real Madri/ Barcelona Equipe ACidade Nova X Amigos do Nego e do BalacaPSG X Real Madri/Barcelona Equipe BSexta Livre X LajeadenseLion Futebol Clube X PrimaveraGuarani/ Blecaute X Grande FamíliaPosto Foppa X Cruzeiro Tonietto/ Piso e CiaFronteira x De Rossi Veículos/De Gasperi Postes/ O Raul

e o time do Destroyer recebeu o troféu disciplina.

Os cinco melhores colocados

Santa Tereza

Programa Atleta do Futuro com inscrições abertas

Últimos jogos do Torneio de Verão ocorrem amanhãde amanhã recebem premiação. O 1º lugar garante dois bois ou R$ 2 mil e o troféu Leão; para o

segundo colocado, um boi ou R$ 1 mil e troféu; o terceiro lugar leva para casa R$ 500 mais tro-

féu; quem fica em quarto garan-te R$ 300 e o troféu, e o quinto colocado R$ 250 e troféu.

Estão abertas as inscrições do Programa Sesi Atleta do Fu-turo, em Bento Gonçalves. As aulas iniciam dia 3 fevereiro e o cadastramento de alunos se-gue até ter vagas disponíveis. No núcleo do Serviço Social da Indústria (Sesi) são atendidas 90 crianças, e para este ano pretende-se atingir 100.

O programa vai além do es-porte, de forma permanente e com metodologia própria, pos-sibilitando uma formação mais abrangente dos jovens através do desenvolvimento da saúde, educação, do empreendedo-rismo e da sustentabilidade. O projeto é gratuito e tem como objetivo proporcionar às crian-ças e aos adolescentes uma

Objetivo do programa

Oportunizar a vivencia do Esporte Educacional;Oportunizar experiências lúdicas às crianças e adolescentes;Promover um processo de socialização e organização às crian-

ças e adolescentes;Favorecer o envolvimento, a integração e a participação das famílias;Conscientizar os alunos quanto a importância da atividade física

como fator de saúde e lazer;Estimular o desenvolvimento de valores nas crianças e adolescentes.

ação de formação esportiva que possibilite a inclusão so-cial, a especialização em idade adequada e a diversificação de modalidades.

As atividades serão desenvol-vidas no Ginásio do Sesi, locali-zado na rua Presidente Costa e Silva, nº 130, no bairro Planal-to, duas vezes por semana, com duração de 1h15min a aula. As turmas são mistas e os alunos podem vivenciar atividades de futsal, handebol, voleibol, fute-bol 7, xadrez, entre outras.

As inscrições devem ser fei-tas através do Sesi na rua Ca-milo Leindecker, nº 67, no bairro Planalto. Mais informa-ções no local ou através do te-lefone (54) 34497520.

Sesi

Page 24: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201624 Esporte

Divisão de Acesso

Esportivo apresenta atletas na segundaTorcedores conhecem, no dia 25, os mais de 20 atletas que vestem a camisa do time bento-gonçalvense em 2016

Cleunice [email protected]

O ano do Esporte Clube Es-portivo iniciou com diver-

sas contratações. Desde novem-bro de 2015, quando Badico Costa foi apresentado à torcida como treinador do time bento--gonçalvense, diversas mudan-ças ocorreram no alvi-azul. A ex-pectativa quanto a quem disputa a Divisão de Acesso do Campeo-nato Gaúcho de 2016 está pres-tes a acabar. Na segunda-feira, 25, às 18h, serão apresentados os mais de 20 jogadores que fa-zem parte da equipe.

De acordo com o vice-pre-sidente de Futebol, Marcelo Vignatti, o Palito, após a apre-sentação dos jogadores será realizado um treino. “Iniciamos nossa temporada já na segun-da-feira. A semana toda será voltada aos treinamentos e a dedicação total para a prepara-ção física dos atletas”, comenta.

Para aprimorar o trabalho e dar ritmo à equipe, além da preparação durante a sema-na, a equipe terá seu primeiro amistoso do ano no domingo, 31. “Teremos um jogo contra o Ypiranga da Paulina para que a equipe possa se entrosar. Ain-da não temos horário definido, mas o confronto será realizado dia 31, pela parte da manhã”, destaca Palito.

Douglas Tuchê16/08/1990Altura: 1,72Peso: 73 KgPosição: Lateral direito

Ilson Soares da Rosa18/07/1988Altura: 1,82Peso: 85 kgPosição: Zagueiro

João Guilherme dos Santos11/02/1998Altura: 1,75Peso: 70 kgPosição: Lateral esquerdo

Jonathan Camargo dos Santos25/09/1999Altura: 1,81Peso: 73 kgPosição: Goleiro

Julio Cesar CardosoAltura: 1,93cmPeso: 84 KgPosição: Goleiro

Vinicius Kaiser05/01/1986Altura: 1,90Peso: 86KgPosição: Zagueiro/ Lateral

Kleber Lúcio Oliveda15/06/1995Altura: 1,87Peso: 86 kgPosição: Zagueiro

Lucas Capistrano Lis04/07/1990Altura: 1,77Peso: 72KgMeia e Lateral esquerdo

Márcio Sergio Farias Duarte 01/06/1991Altura: 1,78Peso: 74 KgPosição: Lateral esquerdo

Pedro Moraes Garcia Júnior 04/02/1992Altura: 1,78 Peso: 72 kgPosição: Lateral direito

Samuel S. Rickes19/06/1994Altura: 1,88Peso: 82 KgPosição: Goleiro

Thiago Steffen17/07/1992Altura: 1,84Peso: 79KgPosição: Defensor (Zagueiro)

Roger Bastos06/11/1990Altura: 1,76Peso: 72 KgPosição: Lateral esquerdo e meia

Page 25: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 25Esporte

Clube realiza matrículas e rematrículas de alunos

Renan “Pedrada” Silva de Lima10/02/1996Altura: 1,78Peso: 72 kg

Willian Ribeiro27 anos,Altura: 1,72Peso: 67 KgPosição: Ala ou meia esquerda

Ray Guilherme Bach Schmidt21/02/1997Pé: EsquerdoPosição: Volante

Douglas T-Rex26/11/1987Altura: 1,77Peso: 72KgPosição: Meia Volante

Gelson Ferreira da Silva19/06/1991Altura: 1,79Peso: 77 kgPosição: Volante

Luan Pereira dos Santos11/09/1991Altura: 1,90Peso: 83 KgPosição: Centroavante

Ubirajara Natan de Araujo28/06/1990Altura: 1,75 Peso: 78 KgPosição: Meia

Fernando da Silva Jaques12/01/1980Altura: 1,75Peso: 80 KgPosição: Atacante

A partir de segunda-feira, 25, estão abertas as rematrículas dos alunos da escola de futebol do Clube Esportivo e estarão abertas a matrículas para no-vos integrantes. A direção das Categorias de Base do Clube emitiu comunicado ontem.

A Escola de Futebol do Clube Esportivo vai atender alunos nascidos desde 2001 a 2010, ou seja, dos seis aos 15 anos de idade. Os que já estão matricu-lados devem se apresentar no Estádio Esportivo Montanha dos Vinhedos, no dia 13 de fe-vereiro, a partir das 14h.

Quem deseja mais detalhes sobre as atividades pode con-

Categorias de base

Documentação paramatrícula

Atestado Médico atuali-zado;

Atestado Escolar;Duas fotos 3x4;Cópia: RG, CPF, Certidão

de Nascimento, Comprovan-te Residência.

tatar o Clube. Mais informa-ções podem ser obtidas na secretaria pelo telefone (54) 3452-2165.

Page 26: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201626 Geral

Advertir 66.519 condutores do RS com direito de dirigir suspenso para o cumprimen-to da penalidade. Para isso, o DetranRS publicou edital de condutores com o direito de dirigir suspenso em virtude de processo administrativo. A listagem contém 31.443 con-dutores suspensos que não en-tregaram a CNH e não cumpri-ram a penalidade e 35.076 que entregaram a CNH, mas ainda não cumpriram todas as etapas da penalidade. A publicação no Diário Oficial do Estado e no site do DetranRS alertou os condutores nessas situações para entregar o documento no Centro de Formação de Con-dutores e dar início ao cumpri-mento da penalidade.

O condutor suspenso flagra-do na direção de veículo pela fiscalização será encaminhado à autoridade policial por crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal, e violação da suspensão do di-reito de dirigir, previsto no ar-tigo 307 do Código de Trânsito Brasileiro. O condutor também será autuado por dirigir com o direito de dirigir suspenso (infração gravíssima, sujeita a multa de R$ 957,70) e terá a CNH cassada, sendo impedido de dirigir por dois anos.

Os condutores listados tive-ram o direito de dirigir suspen-so ao longo dos últimos anos, já foram notificados da aplicação da penalidade e não cumpriram as etapas necessárias para recu-perar a CNH. Quase metade de-les nem entregou o documento para cumprir o prazo de sus-pensão, ignorando a notificação do Estado. A suspensão do di-reito de dirigir pode ter sido por ultrapassar os 20 pontos ou por infrações específicas, em que o Código de Trânsito Brasileiro prevê a penalidade, como diri-gir sob o efeito de álcool, ultra-passar a velocidade permitida para a via em mais de 50% e praticar corrida (rachas).

O número de processos de suspensão do direito de diri-gir instaurados pelo DetranRS atingiu recorde histórico. No período de 2008 a 2015 hou-ve um acréscimo de 540% no Rio Grande do Sul. Em 2015, o DetranRS ultrapassou em 62% o número de processos de suspensão do direito de dirigir instaurados no ano anterior.

Edital adverte mais de 66 mil condutores

Trânsito

Page 27: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 2016 27ObituárioFalecimentos

JEFERSON GOMES DONATO, no dia 13 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Valdir Donato e Nair Gomes Donato e tinha 32 anos.

MARIA LOPES DE LIMA, no dia 15 de Janeiro de 2016. Natural de Triunfo, RS, era filha de Antonio da Silva Lopes e Deontina da Silva e tinha 81 anos.

JOSÉ LOVAT NETO, no dia 13 de Janeiro de 2016. Natural de Guararápes, Antônio Prado, RS, era filho de Evaristo Lovat e Dosolina Marini Lovat e tinha 71 anos.

MARIA CECÍLIA CIPRANDI, no dia 15 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Antonio Zat e Vitoria Zat e tinha 91 anos.

DELAZIR GANDINI, no dia 15 de Janeiro 2016. Natural de Tapejara, RS, era filho de Dyonisio Gandini e Cicilia Sitta Gandini e tinha 75 anos.

DANILO CHRIST, no dia 15 de Janeiro de 2016. Natural de São Sebastião do Caí, RS, era filho de Alfredo Christ e Olinda Lucinda Dewes Christ e tinha 65 anos.

TECLA NOSKOSKI MIKOASKI, no dia 16 de Janeiro de 2016. Natural de Veranópolis, RS, era filha de Miguel Noskoski e Eva Kaciava e tinha 82 anos.

DORVALINO FIORENTIN, no dia 17 de Janeiro de 2016. Natural de Guaporé, RS, era filho de Ernesto Fiorentin e Rosa Marcolin Fiorentin e tinha 57 anos.

FLAVIO VIEIRA DA SILVA, no dia 17 de Janeiro de 2016. Natural de Getúlio Vargas, RS, era filho de Darci José Vieira da Silva e Natalia Ramos da Silva e tinha 50 anos.

TEREZINHA STANISLASKI BEN, no dia 16 de Janeiro de 2016. Natural de Muçum, RS, era filha de Ignacio Stanislaski e Lucia Lagunas Stanislaski e tinha 86 anos.

LUÍS CARLOS NUNES PARÉ, no dia 19 de Janeiro de 2016. Natural de Itaqui, RS, era filho de Justina Nunes Paré e tinha 60 anos.

MARIA FACCIN, no dia 19 de Janeiro de 2016. Natural de Porto Alegre, RS, era filha de Pedro Smaniotto e Margarida Smaniotto e tinha 89 anos.

MARLI MACIEL MENEGHETTI, no dia 18 de Janeiro de 2016. Natural de Entre-Ijuís, RS, era filha de Izidoro Pires Maciel e Dercia da Rosa e tinha 58 anos.

DARCI REICHMBACH DOS SANTOS, no dia 18 de Janeiro de 2016. Natural de Itapuca, RS, era filho de Frederico Reichmbach dos Santos e Nair Maria Zanette dos Santos e tinha 64 anos.

AMANDIO PINHEIRO DE GÓIS, no dia 19 de Janeiro de 2016. Natural de São José do Herval, RS, era filho de Galdino Lemes de Góis e Doralina Pinheiro de Góis e tinha 77 anos.

PALMIRA TOSIN AGOSTINI, no dia 19 de Janeiro de 2016. Natural de Garibaldi, RS, era filha de Gaspar Tosin e Theobaldina Lazzari Tosin e tinha 79 anos.

ANNA BINATTI CARVALHO, no dia 11 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Tranquilo Binatti e Ida Mensch Binatti e tinha 83 anos.

Page 28: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201628

LEON

ARD

O LO

PES, ARQ

UIVO

- Os irmãos Fleck foram condenados pela prática dos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico à pena privativa de liberdade de 14 anos, oito meses e cinco dias de reclusão. Ambos os irmãos prosseguem em regime fechado. Darci Fleck já cumpriu dois anos, um mês e 10 dias de sua pena (parte dela em prisão domiciliar). Valdelir Fleck já cumpriu dois anos, um mês e nove dias.

- André Rogério Alves Fagundes foi condenado por asso-ciação para o tráfico internacional de drogas à pena de cinco anos e cinco meses de reclusão, em regime inicial semia-berto. Devido ao tempo já cumprido, teve sua pena progredida ao regime aberto.

- Rafael dos Santos Coelho foi condenado por associa-ção para o tráfico internacional de drogas à pena de cinco anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado. Devido ao tempo já cumprido, teve sua pena progredida ao regime semiaberto.

- Os primos Rafael Bortolosso Cortes e Cristiano Cortes foram condenados por associação para o tráfico internacional de drogas à pena de cinco anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. Devido ao tempo já cumprido, ambos progredirão para o regime aberto.

Condenações

Os outros acusados

Operação Antares

Seis condenados por tráfico internacionalIrmãos Fleck, líderes da quadrilha desmantelada pela Polícia Federal em 2013, foram sentenciados a 14 anos de reclusão

Leonardo [email protected]

A 1ª Vara Federal de Bento Gonçalves condenou seis

pessoas por tráfico internacional de entorpecentes e associação ao tráfico. A ação é referente à Ope-ração Antares, deflagrada em dezembro de 2013. A sentença, publicada na semana passada, dia 13 de janeiro, foi proferida pelo juiz Eduardo Kahler Ribei-ro. Cabe recurso ao Tribunal Re-gional Federal da 4ª Região.

A denúncia oferecida pelo Mi-nistério Público Federal (MPF), detalhou a atuação de dez ho-mens e duas mulheres no esque-ma que transportava cocaína do Paraguai para ser vendido na região de Bento Gonçalves. Os líderes seriam os irmãos Valde-lir Fleck e Darci Luiz Fleck, que comandavam a associação crimi-nosa na Serra Gaúcha e Aristides Ayala Elizeche, traficante estabe-lecido em Ciudad del Este.

Um dos motoristas que trans-portavam esta droga era André Rogério Alves Fagundes, preso em flagrante em maio de 2013. Ele era o motorista de um Ford Fusion abordado pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR), logo após passar pela Ponte In-ternacional da Amizade. Foram encontrados 37 quilos de cocaí-na armazenadaos no para-cho-que dianteiro do veículo.

Outra apreensão ocorreu em 11 de setembro de 2013, quando a Polícia Civil de Ben-to Gonçalves encontrou 700 gramas de cocaína em um imóvel de Rafael dos Santos Coelho, na rua Adelaide Basso Pasquali, no bairro Conceição. Conforme a investigação, Coe-

lho receberia ordens diretas de Darci Luiz Fleck e era encarre-gado de armazenar a droga e distribuí-la aos clientes da as-sociação em Bento Gonçalves.

Os outros dois condenados são os primos Rafael Bortolos-so Cortes e Cristiano Cortes. Eles seriam os encarregados de viabilizar a ocultação e o transporte dos entorpecentes. Cabe ressaltar que esta decisão é em primeira instância e que, portanto, ainda cabe recurso, podendo ser revertida.

Andamentoprocessual

Durante o desenrolar do caso, houve a cisão processual em relação a quatro réus. Acu-sado de ser o fornecedor da cocaína, o paraguaio Aristides Ayala Elizeche está com pedi-do de extradição emitido. Ele é um foragido do sistema prisio-nal brasileiro e acabou detido pela polícia de seu país.

Sobre os réus Juana Marta Sanchez de Ayala e Welington José Chaves da Silva, a cissão

se justifica por ambos estarem com paradeiro desconhecido. Estes três processos prosse-guem de forma indepedente, à espera de uma resolução des-tas pendências.

O quarto demandado é o em-presário Loreno Scarton, que teria sido incluído em processo individual em face de decisão judicial. De acordo com o pro-curador Bruno Alexandre Güts-chow, responsável pela acusa-ção, a defesa de Scarton pediu para ouvir uma testemunha que está no Paraguai, o que atrasaria muito o processo. Como para os outros réus tal relato não era considerado interessante, hou-ve a decisão pela cisão.

A ação originária seguiu tra-mitando contra oito pessoas. O réu Pascoal Vicente Gaona e a ré Maria Dolores Vargas foram absolvidos de suas acusações. “Esperava um pouco mais e iremos recorrer, inclusive por-que dois réus foram absolvidos. No geral, acredito que foi justo. Esta foi uma decisão de 123 pá-ginas, é natural que aja alguma divergência”, opina Gütschow.

Audiências contaram com videoconferências feitas de quatro estados

Juana Marta Sanchez de Ayala é procurada da Justiça.

Welington José Chaves da Silva é procurado da Justiça.

Loreno Scarton responde a processo individual em face de decisão judicial.

Aristides Ayala Elizeche está com pedido de extradição emitido. Ele é um foragido do sistema prisional brasileiro e foi detido pela polícia do Paraguai.

Segurança

Page 29: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

No Brasil

Conforme o último diagnóstico do sistema penitenciário feito pelo Conselho Na-cional de Justiça (CNJ), em junho de 2014, 711.463 pessoas estariam em presí-dios ou cumprindo pena em prisão domiciliar. Na época, ainda existiam 373.991 mandados de prisão em aberto, resultando em pouco mais de 1 milhão de pes-soas em inconformidade com a lei. Considerando uma população de 200 milhões, o resultado seria de 0,54% de criminosos.

Sábado, 23 de janeiro de 2016 29Segurança

Cerca de 600 processos estão ligados à Vara de Execuções Criminais.

Ou seja, 0,5% da população (115 mil, segundo o IBGE) está na VEC

193 estão estão recolhidos no regime fechado do Presídio Estadual de Bento Gonçalves25 estão no albergue da penitenciária54 são monitorados eletronicamenteEm torno de 150 apenados estão transferidos em outros presídios do estado

Por que menos de 1% aterroriza 99%?População acuada

Sensação de insegurança no município é crescente, porém há apenas 600 acusados ligados à Vara de Execuções Criminais

Leonardo [email protected]

Ainda conforme o diagnóstico do CNJ, em 2014 existia um déficit de mais de 728 mil vagas.

Sensação de impunidade perante a legislação e falta de policiais nas ruas são alguns fatores apontados

CRISTIAN

O M

IGO

NBento Gonçalves, como a maioria das cidades desen-

volvidas do Brasil, vive uma crise de insegurança. A popula-ção está acuada diante de uma criminalidade cada vez mais ousada e violenta. A atuação da Brigada Militar e Polícia Civil não parece ser suficiente dian-te da sensação de impunidade. Bandidos são presos repetida-mente por furtos, roubos e trá-fico de entorpecentes. Porém, se são “sempre os mesmos”, por que esta minoria consegue aterrorizar toda a população? Quantos são os marginais que tiram o sossego de toda uma comunidade?

A Vara de Execuções Crimi-nais (VEC) de Bento Gonçalves conta com, aproximadamente, 600 processos. Ou seja, 600 pessoas já foram condenadas ou são suspeitas de algum cri-me. Considerando uma popu-lação de 115 mil na Capital do Vinho, conforme os números do IBGE de 2015, são estes 0,5% que causam toda esta sensação de insegurança?

Para o delegado Álvaro Pa-checo Becker, titular da 2ª De-legacia de Polícia (2ª DP), este número é maior, podendo ser triplicado. “Tem que contar aquelas pessoas que, por falta de provas ou investigações mais aprofundadas, não chegaram

até o conhecimento do Poder Judiciário. Estes 600 estão pro-vados que são indivíduos que fazem mal a grande parte da po-pulação. Mas, junto com estes, podem contar o dobro ou até o triplo que ainda não estão con-tabilizados, mas com o passar do tempo serão. Esta bola de neve está crescendo”, afirma.

Mesmo considerando o aler-ta do delegado Álvaro, o nú-mero de delinquentes do mu-nicípio dificilmente chegará

a 2% da população (2,3 mil) . “De fato, são poucos indiví-duos que, em comparação com a totalidade da população, são envolvidos em crimes. A inse-gurança que estes poucos pro-movem é, infelizmente, sufi-ciente para lesar e amedrontar todos os cidadãos de bem. A existência de um ponto de trá-fico, por exemplo, não provo-ca temor somente no vizinho, mas sim, na rua, no bairro ou até na cidade inteira. O assalto

a um estabelecimento comer-cial já coloca todos os demais em alerta. O furto em um apartamento é suficiente para mobilizar todos os moradores de um condomínio”, acrescen-ta a delegada Maria Isabel Zer-man, titular da 1ª DP.

O questionamento, então, prossegue. Por que tão pou-cos conseguem amedrontar a maioria da população? “É o sistema que está falho para a segurança pública. Começa-

mos pelo presídio que não tem lugar para estes 600. O Poder Judiciário, por falta de pessoal e condições, também não tem como atender de forma mais célere todos os acontecimen-tos. A polícia tem suas defi-ciências e a própria lei de exe-cuções penais com este sistema de progressão de regimes, no meu entender, não funciona. Deveria a pessoa, no momen-to que foi condenada a cinco anos, cumprir estes cinco anos. No final, se tiver bom compor-tamento, ser liberado. E não hoje, que o sujeito é condenado a cinco anos, cumpre seis me-ses e já está na rua, pronto para retomar a prática criminosa”, acredita o delegado Álvaro.

O promotor criminal Eduar-do Lumertz também acredita que o sistema de progressão de regimes está falido. “A questão da segurança, como é sabido, é um problema de âmbito regio-nal e nacional. A falta de efeti-vo policial ostensivo e de vaga prisional são alguns dos fatores que contribuem para esta sen-sação de insegurança. O sistema progressivo, com a atual falta de investimento nacional, se mos-tra ineficaz. Eu sou simpático a ideia de adotar um sistema pa-recido ao norte-americano, em que as penas são menores, mas se exige um tempo de cumpri-mento maior e o apenado só sai com base no livramento condi-cional”, opina.

Números de Bento Gonçalves

Page 30: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Sábado, 23 de janeiro de 201630 Segurança

Entrevista

“Está na hora dos 99% se mobilizarem”Comandante da Brigada Militar em Bento Gonçalves elenca problemas no atual pensamento sobre segurança pública

Leonardo [email protected]

Prestes a completar um ano no comando do 3º Batalhão

de Policiamento de Áreas Turís-ticas (3º BPAT), o major Álvaro Martinelli parece incansável. Enquanto muitos se conformam com os conhecidos problemas da segurança pública gaúcha, o ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo procura que a indignação da maioria se trans-forme em reação. Para o major, é inadmissível que 95% da po-pulação de Bento Gonçalves seja refém de 0,5% (reportagem da página 29).

Com seu estilo de quem pre-fere estar em uma viatura a confortável cadeira da sala do comandante, o major Marti-nelli costuma passar as madru-gadas vigilante a movimenta-ção de quadrilhas que atacam os estabelecimentos bancários da região. O telefone também não para. São notificações da ação da Brigada Militar (BM) na Serra, na Região Metropoli-tana, no Vale do Caí e em Passo Fundo. Mesmo assim, o major Martinelli reservou aproxima-damente uma hora do seu final de tarde de quinta-feira, 21, para falar sobre esta crise na segurança pública.

Jornal Semanário: Como o senhor percebe este nú-mero de 0,5%?

Major Álvaro Martinelli: Este número é a prova material que a sociedade ainda pode ter jeito, que podemos ter um fu-turo melhor. Este é o exemplo de Bento Gonçalves, em que apenas 0,5% da população está envolvida com os mais diver-sos tipos de crimes, que está a margem da sociedade. Este ce-nário pode proporcionalmente ser estendido para outros mu-nicípios, estados e para o Bra-sil. Esta proporção varia muito pouco. Até que ponto iremos suportar? Continuaremos pas-sivamente a ser vítimas, ser as-saltados e ter nossos bens sub-traídos por estes indivíduos?

JS: Qual a dificuldade en-frentada neste combate?

Martinelli: O problema que aflige Bento Gonçalves e

o nosso país inteiro, é a reinci-dência das pessoas envolvidas no mundo do crime. Esta é a prova que o nosso sistema pe-nitenciário no país está falido e não ressocializa. Destas pes-soas que se desvirtuam para o crime, tenho quase certeza que apenas 0,5% se recupera. Os demais vivem disto, pois a única coisa que sabem fazer é assaltar, furtar, arrombar, pra-ticar um estelionato e assim por diante.

JS: São sempre os mes-mos bandidos?

Martinelli: O que a gente observa é a reincidência. Um indivíduo tem três, cinco, sete prisões em um período de um ano. Estas são situações em que ele foi flagrado. E quando ele não foi? Quantos crimes a mais são? Esta é uma cifra oculta. A característica de Ben-to Gonçalves é um mesmo in-divíduo perpetrando uma série de ações. Um delinquente que praticou uma série de crimes e, mesmo quando é preso em flagrante, a legislação permite que responda em liberdade.

Não está na hora de nós, estes 99,5%, nos mobilizarmos para mudar este cenário?

JS: Esta questão da re-incidência está tão óbvia assim?

Martinelli: Já perdi as con-tas de quantas pessoas já pren-di na minha carreira. Porém, até hoje, não tive a oportunida-de de prender ninguém que te-nha cometido um crime só. São mais de 20 anos de serviço de rua, mas nunca prendi um in-divíduo que nos antecedentes criminais não aparecesse nada. Será que sou eu que não tenho sorte? Prender alguém que “pi-sou na bola” quatro vezes em 15 dias? Vamos passar a mão da cabeça dele até quando? Até matar alguém?

JS: Tem como estimar de quanto é esta cifra oculta de crimes?

Martinelli: Varia muito de um delinquente para outro. O dependente químico, por exemplo, tem uma necessidade diária de consumo. Então, dia-riamente precisa prover algo

para comprar o entorpecente. Os indivíduos que praticam roubos ao comércio dependem do que for conveniente para eles se manterem. Um, dois ou três crimes por semana? Acabou o dinheiro? Vai roubar novamente. Eles roubam para gastar com bebida, festa, uma roupa, um tênis... Aquela his-tória de ladrão de galinha, que rouba para comer, não existe mais. Este tipo de bandido não está preocupado com a famí-lia. Eles roubam para andar de carro ou para sair à noite. Eles roubam para ostentar. São pessoas desregradas, que não querem saber se o filho está es-tudando ou se tem comida em casa.

JS: Bandidos de outros municípios são presos em Bento, porém, o muni-cípio também “exporta” seus delinquentes. Como ocorre esta migração?

Martinelli: A migração do crime tem várias causas, mas que a gente vê como ponto alto é o próprio cárcere. A partir do momento que eu tenho alguém

encarcerado, em determinado período ele vai construir den-tro da estrutura penitenciária seu hall de amizades, é o co-mum de acontecer, por isso que as pessoas falam que a ca-deia é a faculdade do crime, é o envolvimento do apenado de regiões diferentes, então den-tro da própria cadeia passa a existir um consórcio que vai formatar informações, conhe-cimento de cada região. Um bento-gonçalvense que nunca esteve em Uruguaiana, se você colocar ele lá agora à noite para cometer um crime, ele não vai fazer, ele não sabe, não conhe-ce, não sabe pra que lado fugir, não conhece ruas, não conhe-ce nada. Então, esta troca de informações acontece muito dentro do cárcere.

JS: Os jovens estão sendo seduzidos para o crime?

Martinelli: É impressio-nante o número de jovens en-volvidos no mundo do crime. E, geralmente, o jovem tem toda aquela questão de autoa-firmação. Então, justamente para conquistar respeito frente

Page 31: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

“Quantas pessoas fariam um retrabalho diariamente?”

FOTO

S CRISTIAN

O M

IGO

N, A

RQU

IVO

Sábado, 23 de janeiro de 2016 31Segurança

aos demais, eles querem mos-trar que são “o cara”. E um marginal faz isso como? Sendo violento. Olhou para mim? Eu atiro. Outro dia largaram a ca-beça de um rival na rua e fize-ram ostentação de armas. Isso aconteceu a 100 quilômetros daqui, em Porto Alegre.

JS: A sociedade está cada vez mais acuada?

Martinelli: Infelizmente o que vende é desgraça. Quanto mais aterrorizante é um cri-me, mais as pessoas querem difundir nas redes sociais e nos meios de comunicação. E o efeito que vemos é um aumento do índice de violência do delin-quente e na reincidência deste. E, por consequência, o resto da população se retrai. O que ou-vimos é que faltam policiais nas ruas e que o presídio está lo-tado. E sobre o prende e solta, que é de legislação e extrapola a minha vontade, a do promotor, do juiz e do próprio defensor. Nesta ciranda, vemos a popu-lação cada vez mais acuada. Anos atrás não tínhamos tan-tas grades nas casas e as pes-soas andavam mais tranquilas. Enquanto tivermos esta “gla-mourização” do crime, aquele vilão da televisão que passa 99 capítulos se dando bem para só no último ser preso, enquanto vender esta questão de que o crime compensa, teremos este 0,5% cada vez agindo com mais voracidade.

JS: A comu-nidade está se acostumando aos crimes?

M a r t i n e l l i : Não podemos ba-nalizar a questão da violência, do crime. Comen-tar que hoje teve mais uma pessoa assaltada como se não fosse normal. Que hoje teve mais uma mulher agredida em casa. Mais uma vítima de sequestro relâmpa-go. Mais um carro roubado. Nós como sociedade jamais podemos nos apequenar dian-te desta situação. Achar que um crime é banal ou rotineiro. A sociedade está acuada e a culpa é de quem? Daí a culpa é sempre apontada para a po-lícia, é o básico. Até porque a Brigada Militar é o primeiro anteparo da sociedade. Mas e todas as outras engrenagens, onde ficam neste contexto?

Qual o papel dos outros órgãos que compõe um sistema de segurança pública? Nós pas-samos por questões penais, so-ciais e até da mídia, que veicula em uma rede de televisão um traficante endeusado. Quantas crianças vão ser influenciadas e também vão querer aparecer em horário nobre? Até quando 99,5% vai suportar este 0,5% que tira o nosso sossego e con-vívio social?

JS: Em Bento, existe ma-nifestações da população contra uma prisão?

Martinelli: Virou normal hoje em dia. Vemos em cen-tros urbanos maiores, quando morre um indivíduo em situa-ção de confronto com a polícia, querem trancar a rua e colocar fogo em ônibus. Em cidades menores, também acontece em um porte menor. Se for uma comunidade de pessoas de bem, esperamos justamente o contrário. Que estes mora-dores queiram expurgar este indivíduo que comete crimes. Porém, o que observamos é que o vilão é a polícia e o mocinho é o bandido. Uma inversão com-pleta de valores. Já tivemos a oportunidade de presenciar ocorrências destas em Bento Gonçalves, onde a comunida-de quer proteger o ladrão. E não estou me referindo ape-nas a bairros de menor poder aquisitivo. No entanto, quan-do ocorre uma situação mais

incisiva, esta mesma comu-nidade corre para os órgãos de impren-sa para dizer que está sendo discriminada. O policial não sai para a rua com a intenção de prender al-guém, de inva-dir uma casa.

JS: No coti-diano podemos ver que os policiais também cansam e se indignam de prender sempre os mesmos. Como lidar com esta questão?

Martinelli: Esta é uma questão que transcende a ati-vidade profissional. Quantas pessoas fariam o retrabalho diariamente? Pense você tra-balhando em uma empresa, se doando para fazer algo e, no dia seguinte, fosse cobrado pela coletividade para fazer de novo. E no outro dia, fosse co-

brado para fazer novamente. E assim repetidamente. Quanto tempo você aguentaria fazer isso? O fato é que quem tra-balha em atividades para aju-dar o próximo faz por vocação, quase um sacerdócio. O que leva uma pessoa a fazer um trabalho voluntário? Procura-mos saber para nós mesmos, quando colocamos nossa cabe-ça no travesseiro, que a nossa parte estamos fazendo. Isso não tem salário no mundo que pague, até porque atualmente os nossos até parcelados são. É aquela popular história do beija-flor tentando apagar o incêndio na floresta. A minha parte estou fazendo.

JS: Como comandar um Batalhão nesta época de escassez de recursos?

Martinelli: Investimento não é visto em nenhuma área da segurança pública atual-mente. Dependemos de polí-ticas nacionais de segurança pública. Assim como a cada ano os índices de criminalida-de batem recordes, a Brigada Militar a cada ano tem um re-corde de diminuição na taxa de efetivo. Não adianta dizer que o número de inativos é su-perior ao de ativos. Que culpa temos? Eu, você e a sociedade não podemos pagar esta conta.

JS: Sem contratações, efetivo envelhece. Isto é positivo?

Martinelli: A atividade poli-cial é uma das mais estressantes do mundo. Estudos comprovam. Se diz que um piloto com 10 mil horas de vôos é extremamente experiente. Nós, policiais, traba-lhamos 177 horas por mês. Fora a carga de horas excedidas. Se fizer a conta, ultrapassa as duas mil horas por ano. No entanto, somos apreciados com rigoris-mo extremo. Então, um policial com 10 anos de serviço, que é considerado novo ainda, já tem 20 mil horas de serviço. Imagi-na um policial com 30 anos de carreira em uma situação de ex-tremo estresse.

JS: Como iniciar uma mudança na sociedade?

Martinelli: Quantos de nós procuramos os nossos repre-sentantes para questionar sobre esta situação. Aquelas pessoas que tem o poder de mudar esta legislação, que enquanto não mudar o panorama é só piorar. Eles foram eleitos pela maioria e são nossos representantes. E se ele foi do meu partido não me interessa. Ele está lá e é para trabalhar para mim. E não o contrário. Enquanto não existir uma cobrança legal em cima de investimentos em determinadas

áreas que realmente são priori-tárias em uma comunidade, a situação não vai mudar. Todo mundo fala que as prioridades são saúde, educação e seguran-ça. Sem saúde a sociedade não sobrevive. Sem educação, en-tramos em declínio em uma ou duas gerações. Sem segurança não temos a oportunidade nem de formar estas duas gerações para ver o futuro. Nosso estado e país temos índices de violência superiores a países que vivem em situação de guerra civil. Al-guma coisa está errada.

JS: Na sua opinião, qual a primeira coisa que precisa mudar?

Martinelli: Não quero pu-xar brasa pro meu assado, mas qual é a maior reclamação da população? O que a comuni-dade pede? Mais policiais nas ruas. A população pede para se desmotivar de colocar uma arma na cintura e sair para as-saltar. Porque sabe que pode ser preso ou até morto, quem sabe. Hoje, ontem, semana passada, precisamos de um investimento massivo. Precisa-mos de policiais nas ruas e na investigação. Para evitar esta situação caótica, das pessoas com medo de sair na rua para caminhar ou ir a um parque to-mar chimarrão.

Em mais de 20 anos de serviço

na rua, não tive a oportunidade de prender ninguém

que tenha cometido um

crime só

Page 32: 23/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.200

Esportivo

Novos jogadores serão conhecidos na segunda

Páginas 24 e 25

Emagrecimento

Mitos e verdades sobre perda de peso

Saúde & Beleza

Major fala sobre os 0,5% que aterrorizam

A Edição www.jornalsemanario.com.br48 páginas

BENTO GONÇALVESSábado23 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3200

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Primeiro Caderno ......................32 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .......................4 páginas

Páginas 30 e 31

CRISTIAN

O M

IGO

N, A

RQU

IVO