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23/03/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.217 - Bento Gonçalves/RS
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Trânsito
Corredor Moveleiro pronto para usoReivindicação histórica, asfalto de rota alternativa para caminhões beneficia moradores da Zona Leste Página 4
Tempestade que assolou a cidade no fim de semana causa avarias em pontos habituais do município
Prejuízos alertam para problemas recorrentes
Página 8
BENTO GONÇALVESQuarta-feira23 DE MARÇO DE 2016ANO 49 N°3217
R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br
Estragos do temporal
CLEUN
ICE PELLENZ
Quarta-feira, 23 de março de 20162 Opinião
SEDEWolsir A. Antonini, 451
Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS
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DIRETORES ANA INÊS FACCHIN
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Sementes do ódioOs leitores de minhas colunas e artigos devem estar lembra-
dos das muitas vezes em que manifestei preocupação pela forma com que estavam – e ainda estão – sendo conduzidas as coisas no Brasil. As diferenças começaram a tomar um rumo complexo já em meados de 2010, quando as eleições presidenciais come-çavam a ser discutidas e os candidatos se apresentando. Dilma Rousseff foi indicado por Lula como candidata do PT à sucessão dele próprio. Começaram aí a serem lançadas na terra fértil da intolerância as sementes do ódio. Lula, que só venceu as elei-ções em 2002 por ter assumido o compromisso com os “donos do Brasil” (banqueiros, empreiteiros, grande empresários, usi-neiros e ruralistas) de que não mexeria no “status quo” em que o País sempre manteve, gestado, imposto, sustentado e mantido por essa gente, com o aval dos políticos que eles elegiam e da grande imprensa que cresceu muito a partir da ditadura militar--civil-midiática de 1964 a 1985, graças a essas alianças espúrias. As sementes do ódio, regadas diuturnamente por essa imprensa comprometida, ainda tiveram o potente “adubo” da internet, conhecido como “redes sociais”. O PT e o ANTIPT (que, insisto, são os únicos dois partidos hoje existentes) se valeram dessa ferramenta, a internet, e do ódio, com militantes regiamente re-munerados para fazer com que grande parte da população que, reconhecidamente, não é muito afeita a leitura, a busca da infor-mação e da conferência da veracidade dela, assumissem um dos lados, não com o sentimento da política como uma necessidade
social, mas como trincheira para debates acalorados e ofensivos de suas errôneas ideias e palpites. Essas sementes do ódio, irra-cional, inconsequente, sem o menor sentido, germinaram e se multiplicaram nas eleições de 2014. O maniqueísmo, a dicoto-mia ficou escancarada e as eleições não terminaram no segundo turno. Aliás, não terminaram até hoje. Retomo, também, uma de minhas afirmações iniciadas em 1999, quando Olívio Dutra assumiu o governo do Estado. Na época passei a afirmar que o Brasil seria dividido inexoravelmente entre APT e DPT, ou seja, Antes do PT e Depois do PT, já que ficou claro, a partir de então, que os governantes eleitos passariam a ser cobrados pelas suas promessas de campanha. Sim, sei que as promessas não foram todas cobradas. Dilma fez promessas durante a campanha de 2014, em rede nacional de televisão, as quais não cumpriu. Sar-tori fez promessas que também não cumpriu, da mesma forma que tantos outros. As recentes manifestações nas ruas deixaram claro - a quem quisesse ver, obviamente - que há uma parte da população que quer acabar com a corrupção do PT e outra parte que insiste no “não vai ter golpe” e sequer menciona a corrup-ção. Quando, afinal, esse ódio todo dará lugar a manifestações da população que quer, realmente, acabar com TODA a corrup-ção, de todos os partidos, de todos os setores da administração pública e da sociedade como um todo? Somente quando isso acontecer poderemos esperar um Brasil melhor. Utopia? Penso que sim, mas é melhor ter esperanças, senão...
FAZ PARTE DA SUA VIDA
Entre Nós e Eles
Enquanto a roda gira, todos somos normais. Nos cumprimentamos, conversamos, trabalhamos, ne-gociamos, contamos algumas piadas bobas, nada de mais. Basta, no entanto, que um evento diferente nos provoque, seja qual for a circunstância, para que o pior e o melhor de cada um de nós se revele. Não nos conhecemos de fato na “normalidade”. É preciso um fato exótico para nos deixar transparentes, não ser-mos mais o que costumávamos ser e nos transformar-mos em “nós e eles”.
Estamos vivendo um momento assim, com revela-ções e fatos provocantes envolvendo nosso país, nossa vida como brasileiros. Estamos novamente nas ruas, em maior volume, seja por maior mobilização, seja porque a população cresceu também. Mas estamos nas ruas, estamos nas mídias sociais, estamos reve-lando nossas posições, opiniões, indignações e isso é bom, é o lado bom.
Porém, como todo evento também revela o lado ruim, por conta da indignação e da histórica inexpe-riência com o diálogo e com a manifestação de opi-niões, educados que sempre fomos a sermos “um povo indolente”, como costumamos dizer, acabamos quebrando pratos, amigos, famílias por não sabermos dialogar, muito menos respeitar as diferenças. Famí-lias que costumavam brincar em grupo no WhatsApp, estão agora trocando desaforos por escrito, chutes e pontapés de baixo calão, como estranhos e inimigos. Amigos estão se perdendo por não compreenderem
que a diferença de opinião é o que sustenta uma so-ciedade democrática a longo prazo.
A pretexto de consertar o que está errado, estamos cometendo erros maiores. Acreditamos que extin-guindo um partido político, teremos atingido o clímax da conquista. Errado. Partidos são feitos de pessoas e, convenhamos, existem pessoas bem e mal intenciona-das até na igreja, pra não falar na iniciativa privada, nos sindicatos, nas entidades de classe, nas entida-des beneficentes, inclusive na imprensa e em todos, TODOS, os partidos. Não se coloca pessoas desiguais num mesmo balaio por conta de bandeiras. Não se resolve o problema extinguindo um partido ou outro, até porque as pessoas continuam existindo, apenas migram para outros partidos. Portanto, extinguir partidos é uma prerrogativa tola, mesmo porque, seja qual for o governo, sempre será importante uma opo-sição vigilante, permanente e contínua. Ou então ape-nas trocaremos um erro por outro.
As opiniões são importantes, muito importantes, se-jam em família, entre amigos, na sociedade. Mas ain-da precisamos evoluir muito no aprendizado do diá-logo até entender que realmente não existem “eles” e “nós”. Apenas nós.
Artigo
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ANA INÊS FACCHIN
PainelQuarta-feira, 23 de março de 2016 3Opinião
A crise financeira que assola o Gover-no Estadual produz situações cada vez mais constrangedoras na segurança pú-blica. Sem conseguir apoio do Estado ou da Prefeitura, agentes da Polícia Civil de Bento Gonçalves recorreram as redes so-ciais em busca da doação de impressoras para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
De acordo com a postagem na página Polícia Civil Primeira DP BG, a delegacia responsável pelo registro de ocorrências e flagrantes conta com três computado-res e apenas uma impressora funcionan-do. O resultado são filas de espera e um atendimento prejudicado à sociedade.
Quem tiver impressoras em condições e queira doar pode entrar em contato pelo própria rede social ou o telefone (54) 3452.3200.
O Núcleo de Tecnologia Edu-cacional da 16ª Coordenadoria Regional de Educação, está com inscrições abertas para professo-res da rede estadual que queiram atualizar sistemas de gestão de bi-bliotecas. A solicitação para a me-lhoria deve ocorrer por meio de pedido da própria instituição via preenchimento de formulário que pode ser encontrado no link ht-tps://goo.gl/lXLFdn. A previsão de início da atividade é abril de 2016. Em caso de dúvida, entrar em contato com professor Marcos pelo telefone (54) 3451-8994 ou do e-mail [email protected].
As inscrições para a primeira edição do Prêmio da Música da Serra Gaúcha abrem nes-te domingo, 20 de março, e se estendem até 20 de abril, no site www.pmsgoficial.com.br. Financiado pelo Financiarte, o projeto foi criado para reconhecer e destacar os trabalhos fonográficos produzidos por artistas da Serra Gaúcha entre 2013 e 2015, e distribuirá 13 troféus no dia 21 de julho, no UCS Teatro, em Caxias do Sul.
Para se candidatar, é preciso preencher o formulário disponibilizado no site do Prêmio e realizar o upload do álbum em mp3, e também, caso haja, do encarte do álbum em PDF. A quantidade de trabalhos a serem inscritos por pessoa ou banda é livre, mas é necessário um formulário para cada obra concorrente. Uma comissão julgadora, formada por renomados profissionais da cena musical gaúcha, será responsável pela avaliação das obras inscritas, divididas em seis categorias principais e sete subcategorias.
A Diretoria Executiva da ExpoBento 2016 antecipou a Páscoa de mais de 30 autistas na tarde do dia 21 de março, quando entregou kits de doces e chocolates para aos associados da Conquistar – Associação Pró Autistas (Apac). A ação de Páscoa, que mobilizou e integrou diretores, equipe de colaboradores e assessorias, não se esgota aqui, pois na quarta-feira, 23, o grupo veste novamente o espírito da data para visitar o Lar do Ancião e a Escola Municipal Infantil Luz do Amanhã, beneficiando mais de 60 idosos e cerca de 90 crianças.
Projetos que apresentam alternativas inteligentes e competitivas relacionadas à adoção de tecnologias efica-zes no tratamento de resíduos e emissões geradas têm seu reconhecimento expresso durante o 5º Congresso Inter-nacional de Tecnologia para o Meio Ambiente. Ao anun-ciar os trabalhos selecionados da edição de 2016, o evento coloca em pauta os desafios da gestão ambiental de 05 a 07 de abril, em Bento Gonçalves.
Os autores dos projetos selecionados têm até o dia 18 de março para se inscreverem no Congresso – a inscrição de pelo menos um autor garante que o trabalho seja pu-blicado nos canais do evento. Após a inscrição, é preciso providenciar um pôster sobre o trabalho, conforme mo-delo e formato exigidos pelo Congresso. A lista completa dos selecionados, inscrições, valores e o modelo de pôster estão disponíveis no site da feira em www.fiema.com.br. A ação é realizada pela FIEMA Brasil e organizada pela Universidade de Caxias do Sul – UCS.
Congresso anuncia trabalhos selecionados para a Fiema Brasil
DPPA precisa de impressoras
NTE promove curso para gestão de acervo bibliotecário em escolas
Abertas inscrições para Prêmio de Música da Serra Gaúcha
Ação distribui doces na Associação Conquistar
Faltam impressoras. Faltam produtos de limpeza. Faltam viaturas. Faltam servidores. Quando o Poder Público cuidará dos nossos órgãos de segurança?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]
A pergunta que não quer calar
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O leitor Laurindo Zanin, do bairro Progresso, construiu um túnel de flores Três Marias em frente a sua residência.
Foto do Leitor
Uma das grandes obras mais aguardadas, há anos,
pelos bento-gonçalvenses está concluída e com a inaugura-ção marcada para o dia 29. O trevo de acesso à Zona Leste do município, popularmente conhecido como Corredor Mo-veleiro, pretende desafogar o trânsito da rua Aristides Ber-tuol, atualmente, principal tra-jeto realizado pelos caminhões para entrar e sair na cidade. Beneficiando, ainda, o acesso aos bairros Santa Helena, Fáti-ma, Santa Marta e adjacentes.
Foram asfaltados 840m de extensão, ligando a ERS-444 à rua Elias Tadeu Dall’Onder no bairro Fátima, com custo total de R$ 2605.102,79, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC) - Mobili-dade Urbana. A pavimentação iniciou no dia 10 de setem-bro de 2015 e, de acordo com o ex-secretário de Governo, Ênio de Paris, as obras foram executadas dentro do prazo previsto. “Era uma reivindica-ção antiga dos moradores da-queles bairros, no entanto, as-sim que conseguimos a verba, o começo das obras foi tratado como prioridade e cinco me-ses depois foram concluídas, tudo dentro da data planeja-da”, explica.
Trevo que liga ERS-444 à cidade será inaugurado no dia 29 de março
Trecho de 840m pretende desafogar o trânsito da rua Aristides Bertuol, principal trajeto do polo moveleiro
Reivindicação histórica é concluída na Zona Leste
Corredor Moveleiro
Paulo Vicente Caleffi
Crônica
E se a Dilma cair?...Certamente vou continuar trabalhando, cui-
dando do futuro de meus netos e semanalmen-te escrevendo esta coluna para estar pertinho dos leitores.
E se a Dilma não cair?Certamente vou continuar trabalhando, cui-
dando do futuro de meus netos e semanalmen-te escrevendo esta comuna para estar pertinho dos leitores.
Noutras palavras: TEREI QUE FAZER AS MESMAS COISAS.
Então vou ficar de braços cruzados assistindo esta bagunça orquestrada pelos nossos gover-nantes? É claro que não.
Só protestar não adianta. É preciso organizar ações concretas para que as coisas mudem e, como formiguinhas, cada cidadão deve fazer sua parte. Coloquem a formiga no lugar certo e vão ver quanto incomoda. Imaginem um for-migueiro....
Com orgulho eu vestia a camisa verde e ama-rela quando em minhas viagens internacionais. Com mais orgulho ainda via estampada nas ca-sas de câmbio a bandeira nacional informando que o REAL era transacionado. Em quase to-das as camisas estampei na manga a Bandeira do Brasil. Foram incontáveis as felizes viagens em que sempre afirmei: SOU BRASILEIRO.
Semana passada estive em Las Vegas e me senti um verme. Nos jornais só se falava na corrupção brasileira, na instabilidade econô-mica e na DILMA, no LULA, na DILMA, no LULA e.........
Porca miséria! O que fizeram com meu Bra-sil? Será que em menos de duas décadas con-seguiram acabar com meu orgulho nacional? NÃO! Não conseguiram e não irão conseguir.
Vou continuar trabalhando, cuidando do fu-turo dos meus netos, escrevendo esta coluna e dobrando minhas atividades para fazer mais pelo meu Brasil, além de protestar. Muitas en-tidades estão se organizando para evitar que o mal continue, que os malfeitores apeiem dos cavalos e assim as coisas voltem a normalida-de. Vou me juntar a estes brasileiros e traba-lhar um pouquinho mais.
Sempre é possível fazer mais e melhor.
E se......
Quarta-feira, 23 de março de 20164 GeralCA
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I MA
RTINS
Caiani [email protected]
O secretário afirma, ainda, que, além da iluminação que está sendo colocada na via, as transferências dos cabos tele-fônicos já foram solicitadas. “Já pedimos à empresa de te-lefonia que faça o deslocamen-to dos cabos telefônicos para a Arcido Garbin, no entanto a empresa ainda não executou o pedido”, declara de Paris.
De protestos a comemorações
Há cerca de 10 anos as obras da rua Arcido Gabin é motivo de reivindicações dos mora-dores dos bairros que cercam a região. No dia 11 de abril de 2014, aproximadamente 30 moradores do Barracão reali-zaram um protesto pacífico as margens da ERS-444 pedin-do pela pavimentação da via. Na época o local era estrada de chão e causava inúmeros transtornos para os habitantes.
Agora que as obras foram concluídas, as comemora-ções vão desde quem mora ali, passando pelos motoristas comuns e se estendem até em-presários do setor moveleiro.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), Henrique Téc-chio, um dos benefícios será a qualidade do trânsito para o motorista comum. “É uma
obra importantíssima e muito aguardada pelo setor movelei-ro, pois agora ela facilitará a entrada da matéria prima nas indústrias e o escoamento do produto final, assim como, li-berará o tráfego do centro da cidade”, declara.
Morador do bairro Fátima há 19 anos, o aposentado Vi-tório Izamini, 62, comemora o fim das obras. “Melhorou tudo, desde o fim da poeira que le-vantava nos dias quentes, até o barro em dias chuvosos”, afirma. No entanto, o bento--gonçalvense que vive na rua Elias Tadeu Dall’Onder, alerta para um possível acidente na curva de acesso ao Corredor Moveleiro. “Agora que está pavimentado os motoristas aproveitam para andar em alta velocidade. É perigoso o risco de capotamentos e batidas, ti-nha que colocar uma lombada para controlar a velocidade”, sentencia.
Sobre a observação do mora-dor, o secretário Ênio de Paris explica que, apesar de a obra ser uma intervenção da Prefeitura Municipal, cabe ao Departa-mento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer), colocar um redutor de velocidade no local. “Estamos cientes deste peri-go iminente e já solicitamos ao Daer que realize uma interven-ção na via a fim de garantir a se-gurança de todos”, finaliza.
5Quarta-feira, 23 de março de 2016
Quarta-feira, 23 de março de 20166 Geral
Páscoa
Encenações lembram a vida de JesusApresentações no Morro da Cruz do Salgado e na Comunidade Ceará, no Vale dos Vinhedos, ocorrem na sexta-feira, 25
Cleunice [email protected]
Mais que a chegada do Coe-lhinho e chocolates, a
Páscoa representa, para os cris-tãos, o momento de celebrar a ressureição de Jesus Cristo. A tradição tem início no Domingo de Ramos, e a Semana Santa é aquela que antecede a Páscoa e onde ocorre a celebração da Paixão de Cristo. Para isso, di-versas peças teatrais são reali-zadas pelo país para relembrar os momentos vividos por Jesus. Em Bento Gonçalves, duas tra-dicionais encenações estão pro-gramadas para a sexta-feira, 25. Uma delas é no Morro da Cruz do Salgado e a outra é no Vale dos Vinhedos.
A primeira ocorre na 39ª Romaria à Cruz do Salgado. A concentração inicia às 18h em frente à Igreja São Pedro, no Salgado, com caminhada até o Morro da Cruz, no qual, às 18h30min, ocorre o espe-táculo, que busca refletir o verdadeiro sentido da data. A encenação ocorre há 25 anos com objetivo de fomentar a
religiosidade,e, neste ano, 50 figurantes, entre jovens e adul-tos da Paróquia Santo Antônio preparam o espetáculo.
Vinicius Rosalen participa há 8 anos da atividade e há 4 in-terpreta o papel de Jesus Cristo. “A encenação é mais significati-va que as palavras, ela dá mais sentido a um dos momentos da Páscoa e mostra a sua importân-cia para a comunidade”, reflete.
A segunda apresentação ocorre há 18 anos. A partir das 19h, a Gruta Nossa Senhora de Lurdes, na Comunidade Ceará, quilômetro 17 da Estrada do
Vinho, será o ponto de parti-da da celebração que encerra no Morro da Antena. Durante o percurso, cerca de 80 atores da comunidade e da Paróquia Cristo Rei, encenam a passa-gem da vida de Jesus, até sua ressurreição. De acordo com a organizadora Vilma Maria Pol-loni Crestani lembrar a vida de Cristo é gratificante. “Sempre gostei de fazer coisas que cha-massem as pessoas para evan-gelizar. O povo se emociona e também é uma maneira viva de transmitir a presença de Cristo em nosso meio”, comenta.
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O que funciona no feriado?
ÔnibusSanto Antônio: Horário de domingo; Sábado e domingo ho-rário normal;Bento Transportes: Horário de domingo; Sábado e domingo horário normal;
ShoppingsL’America: Sexta-feira: Praça de alimentação das 10h às 22h; Lojas das 13h às 19h;Domingo: Praça de alimentação das 10h às 22h; Lojas das 13h às 19h;Bento: Sexta-feira: Praça de alimentação das 13h às 20h; Lojas das 14h às 20h;Domingo: Praça de alimentação das 11h às 22h; Lojas das 14h às 20h;
FruteirasSão Roque: Sexta e sábado, das 7h30min às 20h sem fechar ao meio dia; Domingo estará fechada;Ortafrutti: Sexta e sábado, das 8h às 21h sem fechar ao meio dia; Domingo estará fechada.
MercadosApoloSexta-feira: No São Roque, das 9h às 19h;Ao lado da Cristo Rei: Fechado;Vico, Botafogo e Shoppings L’America e Bento: Das 10h às 20h;Domingo: Fechado.Multi RizzardoSexta-feira: Das 8h15min às 12h, e das 13h45min às 19h;Domingo: Fechado.
Horários de Missa na Sexta-feira SantaSanto Antônio
7h: Reinício da Adoração na Igreja Matriz;9h: Via Sacra;15h: Liturgia da Paixão e Morte de Jesus Cristo;16h: Procissão do Encontro;18h30min: 39ª Romaria à Cruz do Salgado.
São Roque9h: Via-Sacra e confissões nas Paróquias São Roque e Nossa Senhora do Rosário de Faria Lemos;15h: Celebração da Paixão nas Paróquias São Roque e Nossa Senhora do Rosário de Faria Lemos.
Cristo Rei20h: Vigília e adoração Matriz Cristo Rei, às 8h30min;15h: Celebração da Paixão do Senhor;16h: Procissão do Encontro;19h: Via-Sacra Gruta do Ceará.
Atores caracterizados interpretam passagens da vida de Cristo na terra
7GeralQuarta-feira, 23 de março de 2016
Educação
O descaso com o magistério no BrasilSegundo dados da CNTE mais da metade dos estados brasileiros não cumpre o salário estipulado na Lei do Piso
Laura [email protected]
Desde a idade antiga a es-cola sempre teve a função
social de ensinar, difundir e desenvolver o conhecimento. Entretanto, o Governo Federal e os estados ainda fazem pouco com relação à implementação do piso nacional para docentes.
Nessa semana a Confed-eração Nacional dos Trabal-hadores em Educação (CNTE) informou que mais da metade dos estados brasileiros não cumpre o salário estipulado na Lei do Piso dos professores, nesse número há 14 estados que pagam aos professores menos do que o acordado.
Procurando melhorias e ex-igindo seus direitos, a Institu-ição convocou na semana pas-sada professores e funcionário para uma greve de três dias (15, 16 e 17 de março). A Greve Nacional dos Educadores
reivindicou, entre tantos cum-primentos, o da Lei do Piso, em que os docentes deveriam estar recebendo por 40h R$ 2.135,64 e o governo paga ap-enas R$ 1.260,20.
A Diretora Geral do 12º Nú-cleo do Cpers, Juçara Borg-es, comenta que sente que o descaso com a educação não é só no Rio Grande do Sul. “Os professores do país inteiro foram chamados pelo CNTE a se reunirem e pedirem por melhorias na educação. Atual-mente falta mais de 50% para termos nosso piso profissional nacional implantado no plano de carreira”, acrescenta.
O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei nº 11.738/2008, que vincula o aumento à vari-ação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e De-senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb). O honorário é pago a profissionais em início de carreira, com formação de nív-el médio e carga horária de 40 horas semanais.
A informação divulgada esta semana pela CNTE mostra que Alagoas, Goiás, Maranhão, Paraíba, Paraná, São Paulo, Tocantins e Rio Grande do Sul não cumprem o valor estimado apenas para os professores com formação de nível médio.
Conforme Leonir Raza-dor, Coordenador da 16ª Coordenadoria Regional de Educação, se os governos es-taduais pudessem, estariam proporiconando o melhor aos professores. “Certamente quando vemos o quantitativo de estados que não pagam o piso, algo de concreto está ac-ontecendo. Temos certeza de que isso não é uma vontade pessoal dos governos, pois acreditamos que todos gos-
tariam de fazê-lo.Vivemos um momento
econômico turbulento que ao longo do tempo veio se agra-vando. Acreditamos também que a centralização de recur-sos no Governo Federal (que
é quem propôs a lei) está di-ficultando aos estados de im-plementar a Lei. Os governos precisam redesenhar e estão redesenhando as adminis-trações para que haja os recur-sos necessários”, finaliza.
O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente segundo Lei
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Quarta-feira, 23 de março de 20168 Geral
Dia para esquecer
Temporal causa avarias em BentoBairros mais atingidos pelo vento forte e chuvas registradas na madrugada de sábado, 19, foram o Municipal e Fátima
Cleunice [email protected]
O dia que marcou o final do verão e o início do outo-
no foi de apreensão em Ben-to Gonçalves. Na madrugada de sábado, 19, por volta das 3h, fortes rajadas de vento e chuva intensa resultaram em diversas avarias. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o temporal que assolou a ci-dade causou estragos mais significativos nos bairros Mu-nicipal, Fátima, Santa Rita e Barracão. Ao todo, a corpo-ração recebeu 90 chamadas para auxílio em destelhamen-tos e quedas de árvores.
Um dos principais proble-mas foi verificado no trevo de acesso ao bairro Santa Rita, na rua Antônio Michelon com a BR-470. O problema na locali-dade é histórico. Em menos de um ano, estragos na camada asfáltica já foram registrados por duas vezes. Parte do asfalto cedeu e impede a passagem de veículos. O local está interdita-do desde o final de semana, e deve permanecer desta forma até a conclusão da obra, inicia-da na segunda-feira, 21.
Uma equipe da secretaria de Viação e Obras Públicas (SMVOP), esteve no local para avaliar e iniciar os reparos. De acordo com o secretário Sergio Gabrielli, o problema se agrava em períodos de fortes chuvas. “Em virtude da inclinação geo-gráfica do local, a tubulação, que é de diâmetro menor que o necessário, não comporta a va-zão de água, causando esse so-lapamento de asfalto”, avalia.
A questão, agora, deve ser solucionada de forma definiti-va. O trabalho inicial, segundo o titular da pasta, está voltado a localizar a tubulação subter-rânea para identificar a origem do problema. “Faremos uma inspeção que englobará a BR-470, para verificar a origem da situação”, afirma.
De acordo com Gabrielli, engenheiros técnicos do De-partamento Nacional de In-fraestrutura de Transportes (Dnit) estiveram no trevo para verificar o cenário. Em prin-cípio, a recuperação da área será de responsabilidade do Governo Municipal, entretan-to, o titular ressalta que caso
seja necessária intervenção na rodovia, será encaminhado pedido de autorização para o Dnit, responsável pela manu-tenção da estrada.
Diversos pontos afetados
O som de martelos batendo foi a trilha sonora de diversos bairros da Capital do Vinho no início da semana. Não era preciso caminhar muito para
encontrar pessoas realizando manutenções em virtude das avarias provocadas pela tem-pestade do final de semana.
Um dos bairros mais atin-gidos, segundo a Defesa Civil, é o Municipal. Na Escola de Ensino Fundamental Profes-sor Félix Faccenda, as aulas foram suspensas na segunda para que fosse possível efe-tuar a limpeza do local. Se-gundo relato dos moradores, após uma forte rajada de ven-
to, parte da estrutura de pro-teção desprendeu, atingindo o telhado do educandário.
De acordo com a Defesa Civil, também foi constata-do que o local onde ficam as salas de aula, informática, refeitório, hall de entrada e o acesso principal da escola também foram danificados, provocando alagamentos e estragos. Equipamentos ele-trônicos também foram ava-riados. O prejuízo total ainda
não foi estimado pela Secre-taria de Educação (Smed).
Os estragos também foram contabilizados em residências do bairro. Segundo o morador Otacílio Ribeiro, o desastre ocasionou perdas significati-vas em sua residência. “Micro--ondas, televisão e até o fogão a gás estragaram. Camas, cober-tas e o sofá também molharam, agora temos que deixar secar e aguardar para ver os próximos procedimentos”, lamenta. A lona utilizada na casa foi cedi-da pela Defesa Civil e o zinco foi recolocado de forma provi-sória por conhecidos.
O bairro Fátima também foi atingido. Moradores relatam que houve quedas de árvores e postes de luz, além do deste-lhamento de residências.
O casal Laurindo e Irma Mattana moram há 12 anos no local e afirmam nunca ter acontecido algo pareci-do. “O tempo realmente es-tava muito feito, estávamos temerosos”, lembra ele. Em pouco tempo, a forte venta-nia arrancou mais da metade do telhado, incluindo as abas da parte da frente da casa e o forro de pvc da área de lazer. “Pedaços de telhas, abas e até mesmo barrotes que susten-tavam o telhado foram parar em um terreno baldio, aí se pode perceber quão forte es-tava o vento”, pontua.
A Defesa Civil, coordenada por Miguel Angelo Ehlert, es-teve empenhada durante todo o final de semana para auxiliar os atingidos. “Distribuímos de 15 a 20m de lona para a co-bertura de casas e escola. Ain-da não temos como calcular os prejuízos, pois muitos são equipamentos eletrônicos que devemos esperar secar, para serem avaliados.
Ehlert assumiu a Defesa Civil há 30 dias. “Foi meu primeiro evento como Coordenador e aos poucos vamos nos habi-tuando. Em primeiro lugar, sempre atendemos como prio-ridade os casos que ponham em risco a vida das pessoas. Temos que estar preparados para atender da melhor manei-ra possível”, salienta.
De acordo com SMVOP, em virtude da extensão das ava-rias, os prejuízos totais ainda não foram estimados.Moradores aproveitaram o tempo bom da segunda-feira para consertar os estragos causados pelo vento
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Trabalho inicial no trevo de acesso ao bairro Santa Rita é encontrar tubulação subterrânea para reparos
Ronal Dorval presidente da entidade busca ajuda para os imigrantes
A constante luta por igualdade social Associação dos Imigrantes Contemporâneos criada em julho de 2014 busca auxiliar os imigrantes que chegam a Bento
Cidadania
9GeralQuarta-feira, 23 de março de 2016
A luta cotidiana pelo fim da discriminação racial não
para, e segunda-feira, 21, foi mais um dia para refletir sobre o racismo presente na socie-dade. A data que comemora o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi instituída pela ONU em 1960, em referência ao Massacre de Sharpeville, na África. Em Bento Gonçalves, infelizmente, o racismo está diretamente relacionado aos imigrantes contemporâneos que chegam à Capital do Vinho em busca de uma vida melhor.
Prova disso, foi o recente caso de injúria racial exposto nas redes sociais após a divul-gação de uma audiência públi-ca na Câmara de Vereadores, em 27 de fevereiro, que reu-niu 150 imigrantes haitianos para discutir as dificuldades enfrentadas por eles no mu-nicípio. O vereador Moisés Scussel Neto (PSDB), autor da iniciativa, explica que o objetivo da ação é conscien-tizar os bento-gonçalvenses que a questão dos imigrantes faz parte da realidade da ci-dade. “Sempre que realiza-mos audiências como estas, podemos entender, aprender e ouvir sobre a vivência dos envolvidos”, declara.
O parlamentar afirma, ain-da, que muitas pessoas veem esses eventos como manobras para arrecadar votos. “Este é apenas um das questões envol-vendo os imigrantes contem-porâneos. O que precisamos é conscientizar a população so-bre muitas coisas acerca deles e isso só vai acontecer com o envolvimento do maior núme-ro de pessoas e lideranças pos-síveis”, finaliza.
Além do preconceito, os imigrantes que chegam a Bento encontram muitas di-ficuldades, desde a barreira da língua até problemas com moradia. Com o objetivo de ajudar estas pessoas, nasceu a Associação de Imigrantes Contemporâneos, entidade presidida pelo o haitiano Ronal Dorval, que explica como a Associação funciona e quais suas funções na vida dos imigrantes na cidade.
Caiani [email protected]
Jornal Semanário: Como nasceu a Associação dos Im-igrantes Contemporâneos?
Ronal Dorval: Quando eu cheguei aqui havia muitos problemas, o primeiro grupo de haitianos que veio para Ben-to era de 12 pessoas e só havia uma casa para todos. Depois de uma semana chegou mais cin-co ou sete, o que acabou com-plicado a situação. Então en-contramos as autoridades, os amigos e a sociedade civil, para conversarmos e explicarmos a nossa situação difícil. Porém, para buscar ajuda e sair dessas situações complicadas devería-mos criar uma associação e por meio dela encontrar as autori-dades do Governo Municipal, para obter ajuda. Assim, no dia 20 de julho de 2014, nasceu a Associação.
JS: Qual o papel da Asso-ciação, o que ela faz pelos imigrantes?
Dorval: Hoje trabalhamos bastante na cidade, em primei-ro lugar ajudamos os novos imigrantes a conseguir em-prego, pois saímos de lá para trabalhar. Viemos para ajudar os outros que ficaram no Haiti. A Associação se reúne com os associados para achar meios de arrumar emprego e mora-dia. Conseguir uma casa para
os novos imigrantes é muito difícil, pois as imobiliárias ex-igem fiador ou um dinheiro para seguro. E é muito com-plicado colocar em uma única casa várias pessoas diferentes que vieram de lugares distintos para morarem juntas. Assim a Associação vai em busca de soluções para melhorar a vida dessa gente.
JS: Como funciona o tra-balho da Associação e os en-contros com os imigrantes?
Dorval: Todo final de se-mana a diretoria se reúne para conversar e analisar o que pode melhorar para ajudar os imi-grantes. Então, quando a pessoa imigrante tem um problema ele nos procura para resolver esse entrave, seja de moradia, seja de emprego ou da língua. Mas as vezes a Associação vai até o chefe de uma empresa para ver se consegue vagas de empregos. As vezes consegue, outras não. Em Garibaldi, por exemplo, a Associação ajudou cerca 600 pessoas a trabalhar. Não temos uma sede própria, mas nos re-unimos na rua Cândido Costa, no Centro. Já, a Assembleia geral é realizada todos os anos, com imigrantes e autoridades de Bento Gonçalves, para tomar decisões e apresentar o que fize-mos no decorrer do ano.
JS: Onde buscam empre-gos? Quais as principais vagas ocupadas pelos imi-grantes?
Dorval: Muita gente fala que roubamos os empregos dos moradores de Bento, mas não é verdade, porque, quando saímos do nosso país, das nos-sas casas e viemos para cá, é para trabalhar, e na maioria das vezes trabalhamos em chão de fábrica. Não podemos ficar aqui sem emprego, pois temos que com-prar coisas aqui, pagar aluguel, comida, roupas e ainda man-dar um dinheiro para casa. Então, todos os dias os imigrantes trabalham, os empregadores gostam dos tra-balhadores imigrantes, porque realmente somos esforçados e dedicados. Sempre estamos trabalhando, chegamos cedo, não pedimos para sair, faze-mos de tudo.
JS: Qual é a situação dos imigrantes que são forma-dos e têm diploma, con-seguem emprego na sua área de formação?
Dorval: Esse é um dos prob-lemas que a Associação está trabalhando para resolver. Porque temos muitas pessoas que saíram de lá, que tem di-ploma e estão formados, mas por causa da língua, que é a maior dificuldade que enfren-tamos, não conseguem empre-go nas suas áreas de formação. O problema não é porque ele é formado e seu diploma não vale no Brasil, é porque ele não sabe falar o português. Mas este ano, já tem cinco pessoas que con-seguiram fazer o vestibular e entraram no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec-nologia do Rio Grande do Sul (IFRS)l. Eu, por exemplo, ten-ho os diplomas de Técnico de Administração, fui ao CREAS para fazer validação deles. E conseguimos a equivalência do meu diploma aqui em Bento.
JS: Sabendo que a língua é o maior problema dos imigrantes, como fazem para aprender? Como é o processo de adaptação?
Dorval: Eu fui trabalhar no primeiro dia e não sabia falar nada. E percebi que não podia continuar assim, então paguei um curso de português para estrangeiros. Depois, com o trabalho da Associação, fomos ao Instituto Federal conversar com a direção e fazer um acordo e colocar o curso de português para es-trangeiros. Isto ocorre desde
2014. Agora tem três turmas em três turnos, tudo de graça. O projeto foi elaborado pelo diretor do Insti-tuto junto com a Associação.
JS: Os imigrantes po-dem e desejam votar?
Dorval: Pagamos todos os impostos como qualquer out-ro brasileiro, mas votar nós não conseguimos, pois somos estrangeiros. E mesmo com o visto permanente não con-seguiríamos, pois para votar tem que ser brasileiro. Gosta-ríamos de votar e exercer essa cidadania, mas não há como.
JS: Foram bem recebi-dos em Bento Gonçalves?
Dorval: É como dizem, é uma luta, não foi e nem vai ser fácil, cada vez que temos ativi-dades na Associação as autori-dades da Prefeitura vêm assis-tir e falar, mas na realidade na prática não acontece nada. Mas sabemos que a política é assim, temos que ficar indo atrás. Eu sei, pois quando trabalhava lá na Prefeitura no Haiti era as-sim, sei como é a situação.
JS: As mulheres imi-grantes também trabalham ou ficam cuidando do lar?
Dorval: Hoje todo mundo quer trabalhar, quem sai do seu país é para buscar uma vida melhor, muitas vezes é a única alternativa que se tem, porém hoje há uma dificuldade na questão das mulheres. Antes quando elas chegavam, con-seguiam emprego bem fácil, no final de 2014 foi dificultando. E isso gera muito problema para a Associação, “nossa preocu-pação agora são as mulheres, pois quase não conseguimos serviço para elas”.
Nossa preocupação, agora, são as mulheres,
pois quase não conseguimos serviço
para elas
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Prefeito ministra palestra sobre sua administração e responde perguntas com relação a adversidades político-econômicas
Lideranças questionam atual conjuntura municipal
Palestra abordou temas como política, educação, saúde e turismo
Na mesa, a direita, o ex-presidente do CIC, Leonardo Giordani, o atual presidente, Laudir Picoli e o presidente do Legislativo, Valdecir Rubbo
Noite de explicações e prestação de contasCIC-BG
O momento mais esperado da noite foram as perguntas realiza-das pelos presentes ao Chefe do Executivo sobre a atual conjun-tura municipal. A primeira ques-tão, abordada pelo presidente do Conselho Municipal de Sáude, Antônio Frizzo, foi de cunho po-lítico. O prefeito foi questionado sobre o motivo de não proferir o nome de seu antecessor duran-te pronunciamentos realizados na abertura de obras iniciadas durante a antiga gestão. Cate-goricamente, com uma resposta posteriormente ovacionada pe-los participantes, Pasin replicou que “as obras não são de um ser humano ou partido político, as obras serão de Bento Gonçalves, realizadas com recurso público de nossa população e não por ini-ciativa própria”.
O segundo questionamento partiu do empresário e ex-pre-sidente do CIC-BG, Eurico Be-nedetti, sobre o setor de Saúde Pública e as adversidades pro-porcionadas pelo atual sistema de previdência privada. Em sua resposta, Pasin apontou as pos-síveis falhas previdenciárias que em sua opinião, prejudicam a
to, “a instituição atravessou inúmeros períodos de turbu-lência social, política e econô-mica ao longo de seus mais de 100 anos. Poucos deles se de-monstraram tão prejudiciais e perigosos para o futuro do Brasil quanto o que vivemos agora. Em velocidade inima-ginável até então os cenários político e econômico do país se degradam, corroídos pela corrupção”. Após a leitura do documento, Picoli ressaltou que um país do tamanho do Brasil, com mercado atrativo e riquezas sociais e produti-vas que possui só pode cair em virtude de crises políticas.
Dando continuidade no pro-tocolo, o prefeito Guilherme Pasin aproveitou o espaço concedido para expor fatores estruturais e sociais desenvol-vidos em seu mandato durante sua palestra. Sem surpresas, o primeiro tópico abordado foi o término da pista de pouso e decolagem do aeródromo,
caracterizada como uma das mais notórias de seu manda-do. O Chefe do Executivo res-saltou que a conclusão da obra é resultado da união de esfor-ços, e não estaria finalizada sem este fator.
Outro tópico abordado por Pasin foi a Lei de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico, norma de sua autoria, que visa facilitar a ampliação empresa-rial e impulsionar a instalação de novas indústrias na cidade. Para ressaltar a importância da diretriz, o prefeito divulgou no-mes de diversas empresas que se instalaram na cidade e a ge-ração de empregos municipais diretamente proporcionados pelos que se beneficiaram com a lei. Durante o andamento da palestra, o prefeito também abordou os cenários da saúde pública, segurança, transpor-tes e infraestrutura. De acordo com os dados revelados, foram concluídas 62 obras e outras 32 estão em andamento.
Respeitando a tradição, o Centro da Indústria, Co-
mércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), realizou, na noite de segunda-feira, 21, a janta-palestra que marca a abertura oficial da agenda 2016 da instituição. Como de costume, a conferência fica a encargo do Chefe do Execu-tivo, que por meio do tema ‘Bento Gonçalves: conquistas e desafios´, expôs, de forma resumida, as ações do seus três anos de mandato bem como suas previsões para o decorrer do ano.
O início da cerimônia foi marcado pela leitura na ín-tegra de uma nota aberta, di-vulgada pelo presidente do CIC-BG, Laudir Miguel Picoli, sobre o posicionamento polí-tico-econômico da instituição ante a atual conjuntura bra-sileira. De acordo com o tex-
Geral Quarta-feira, 23 de março de 201610FO
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economia nacional, ressaltando que os dois fatores são as possí-veis causas da quebra financei-ra do Estado. O prefeito expôs, por meio de um gráfico, o pacto federativo, da forma em que foi projetado na Constituição de 1988, em comparativo ao siste-ma que está sendo desempenha-do atualmente.
Os elementos que deixam a desejar do setor de Turismo
foram expostos em questiona-mento pelo empresário Moisés Michelon. De acordo com ele, sem a devida pavimentação de rotas turísticas não existe a possibilidade de circulação de pessoas. Compactuando com a pergunta, Pasin afirmou que o início do processo de colocação de malha asfáltica no interior é um marco estrutural, pois os distritos não eram pavimenta-
dos há mais de uma década.Outro ponto abordado quanto
ao turismo foi a possibilidade de realização da comemoração do cinquentenário da Fenavinho, que ocorre no próximo ano. De acordo com o Chefe do Executi-vo, a inércia que envolve a festa mais popular das celebrações bento-gonçalvenses é frustran-te, entretanto, se depender dos esforços e planejamentos refei-tos há poucas semanas, os desa-fios e entraves serão superados, e a festa voltará a ocorrer.
Questões estruturais, como saneamento também foram ex-postas pelos presentes. O pre-sidente da Fundaparque, Silvio Sandrin indagou o prefeito so-bre as adversidades produzidas pela Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), no tratamento de efluentes. Pasin ressaltou que em 2013, ano em que assumiu a administração, a cidade contava com apenas 4% de esgoto tratado monitorado, em virtude da criação de novos loteamentos e questões indus-triais. De acordo com ele, o iní-cio da construção da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE),
do Barracão e de posteriormen-te outras duas proporcionará uma melhora no cenário, defen-dendo também a instalação de ETEs de tratamento misto, onde o tratamento é realizado na ba-cia de captação.
Por fim, o cenário político res-surgiu no debate, quando Pa-sin foi questionado se após três anos como mandatário munici-pal, tem objetivo de reeleição e se acredita que desta vez a dis-puta será mais árdua, visto que sua administração poderá ser utilizada como vitrine da oposi-ção. Respondendo o questiona-mento de forma indireta, Pasin reitera que questões pequenas, partidárias ou vaidades possam separar os munícipes. “Não en-tendo o porque nós, como socie-dade, não possamos nos unir em um projeto de desenvolvimento de município, ficando presos a argumentos de quem foi a ideia da obra.Tenho plena convicção do que fizemos em prol do povo bento-gonçalvense, e acredito que todos os que entendem que este trabalho foi positivo de de-fender isso como processo elei-toral”, finaliza.
Dois mil presenciaram uma exibição da qualidade do vôlei nacional
Quarta-feira, 23 de março de 2016 11Esporte
Divisão de Acesso
Esportivo quer vencer para embalarAlviazul conta com o apoio da torcida na busca da primeira vitória hoje, às 20h30min, contra o União Frederiquense
Cleunice [email protected]
Após uma derrota e dois em-pates, o Esportivo segue
em busca da primeira vitória na Divisão de Acesso do Cam-peonato Gaúcho. A equipe Al-viazul entra em campo hoje, às 20h30min, no Parque Espor-tivo Montanha dos Vinhedos, para enfrentar o União Frederi-quense. A partida é válida pela quarta rodada da competição. A equipe bento-gonçalvense é a 6ª colocada no Grupo B, com 2 pontos conquistados.
Para o diretor de Futebol do Clube, Marcelo Vignatti, o tra-balho está voltado na busca de um bom resultado. “Acredito que se mantivermos o desem-penho de domingo no jogo de hoje, teremos a primeira vitó-ria na competição”, pontua.
Fundado em 3 de agosto de 2010, o time de Frederico Westphalen, após derrota na primeira rodada, e de empa-te na segunda e terceira, viaja
Superliga Masculina
Campanha do Bento Vôlei deixa gostinho de quero maisA Capital de Vinho nova-
mente como um dos principais palcos do voleibol nacional. Esta é a herança do sucesso do Bento Vôlei na Superliga Mas-culina 2015/2016, após cinco anos longe da elite do esporte. A derrota nas quartas de final para o Brasil Kirin não abalou os milhares torcedores que lo-taram o Ginásio Municipal de Esportes. Pelo contrário, ficou um sentimento de confiança no projeto e que algo melhor está por vir.
Única equipe nos playoffs fora do eixo São Paulo e Minas Gerais, que domina o cenário nacional, o Bento Vôlei cum-priu o objetivo proposto no iní-cio da temporada. Com 33 pon-tos, a equipe terminou na sexta colocação e se classificou para a fase decisiva. Foram duas gran-des partidas contra o Brasil Ki-rin, sendo a despedida da com-petição na manhã deste sábado, 19, após derrota por 3 sets a 1 (16/25, 25/20, 21/25 e 28/30).
O campeão olímpico Paulão exaltou a campanha e os bons jogos que a torcida bento--gonçalves pode prestigiar. “Eles jogaram muito bem e nós jogamos bem. Ficou fal-tando um pouquinho mais, mas acredito que fizemos o nosso melhor. A galera pres-tigiou, veio muita gente botar o coração em quadra, o que é fundamental para projeto. Acho que estão todos de para-béns, porque foram jogadores que se entregaram, comissão técnica que se entregou, dire-toria que se entregou. A torci-da veio, a gente chamou, eles vieram de novo. Essa credibi-lidade é fundamental”, exalta o técnico.
Ao término do equilibrado confronto, Paulão se mostrou emocionado com a recepção e o calor da torcida bento-gon-çalvense. “É um sentimento muito bacana de você estar no ginásio, com a torcida vibran-do e vibrando com o coração.
Não é simplesmente um jogo. Fico feliz de fazer parte des-se projeto e, pras pessoas que vieram, continuem vindo, con-tinuem prestigiando, porque a gente vai dar sempre o nosso máximo aqui”, finaliza.
O jogo
Com duas mil pessoas nas arquibancadas, a partida co-meçou de forma intensa, com ambas equipes dando muito de si para não deixar a bola cair. O bloqueio adversário dificultou a virada de bola do time gaúcho e os campineiros conseguiram e fechar o primeiro set em 25/16.
Com o saque entrando mais, o Bento Vôlei reagiu no segun-do set. As viradas de bola do oposto Rivaldo e os erros ad-versários, foram o diferencial necessário e clima da partida esquentou, com direito a car-tões para os dois lados. Os dois pontos seguidos de bloqueio do central Giovanni, fecharam
a vitória da casa por em 25/20.O bom voleibol das duas
equipes foi a marca do terceiro set. Porém, os visitantes con-seguiram manter a dianteira com agressividade no saque e fecharam em 25/21.
Sem nada a perder, o Bento
Vôlei ampliou a intensidade do jogo no quarto. O equilibrio foi grande e a emoção chegou ao seu ápice, porém, apesar do in-tenso apoio das arquibancad-sa, o Brasil Kirin conseguiu le-var a melhor e fechar o set em 30 a 28 e o jogo em 3 a 1.
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mais de 350 quilômetros em busca de resultado positivo. O time está na sétima colocação, com a mesma pontuação da equipe Alviazul, perdendo so-mente no saldo de gols.
Além disso, o cenário é de boas perspectivas para o clube frederiquense. Ele deve inau-gurar, em 2018, uma arena para confortar 10 mil pessoas, com espaço para lojas, res-
taurantes, estacionamento e estrutura para shows. O local deve ficar próximo ao centro de treinamento das categorias de base e do profissional, que está em fase de construção.
Jogo contra o Tupi
Com calor de 30°C e mais de 800 pessoas presentes, o Es-portivo viajou até Crissiumal no final de semana para en-frentar o Tupi. O jogo, válido pela terceira rodada da Divisão de Acesso, acabou empatado em 0 a 0 no Estádio Rubro Ne-gro. O time da Capital do Vinho soma mais um ponto na tabela de classificação. A equipe se apresentou com Júlio Cesar, Tuche, Wilson, André Bahia e Roger Bastos, T-Rex, Pedro Junior, Natan e Araújo, na frente Wiliam Ribeiro e Luan.
O técnico Badico, avalia po-sitivamente o desempenho do time diante do Tupi. “Gostei do encaixe da equipe na partida, foi mais organizado, mas esta-mos devendo uma vitória para nós mesmos”, destaca. Ele complementa ainda, que a co-missão técnica conjuntamente com a diretoria irá mobilizar a torcida e o grupo, para a busca de resultados positivos.
Esportivo enfrentou o Tupi em Crissiumal no domingo, 20, e conquistou um ponto após empate em 0 a 0
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Comissão organiza escolhade Soberanas da Fenachamp
Município não consta no Cadastro Ambiental Rural
Garibaldi
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Quarta-feira, 23 de março de 201612 Regional
Uma reunião da Fenachamp 2017 iniciou os trabalhos de escolha das Soberanas. O tra-balho é desenvolvido pela Co-missão Social da Festa do Es-pumante Brasileiro.
O presidente do evento Cló-vis Furlanetto, explicou que há poucos dias foi apresenta-do o balanço da festa de 2015. “O trabalho dos envolvidos com a Fenachamp é constan-te. Agora, já estamos nos mo-bilizando”, destaca.
Proprietários de imóveis ru-rais são obrigados a preencher o Cadastro Ambiental Rural (CAR) por meio do Sistema de Cadastro Ambiental (Siscar), do Ministério do Meio Am-biente descobriram que o mu-nicípio de Pinto Bandeira não consta nas opções que identi-ficam a cidade. O programa é responsável pelo registro pú-blico eletrônico das informa-ções ambientais dos imóveis rurais, por meio de imagens de satélite que mapeiam a vege-tação e as áreas existentes nas propriedades.
Para o prefeito João Pizzio, a ausência do Município no Sistema causa apreensão, pois demonstra que pessoas conti-nuam atuando para que Pinto Bandeira retroceda a distrito, sem considerar os inúmeros prejuízos que acarretaria aos moradores. “Causa muita es-tranheza e preocupação. Para a comunidade seria um retroces-
Uma programação especial atraiu dezenas pessoas no sábado, 19
O palestrante Jorge Trevisol prendeu a atenção das participantes
Atrações especiais para homenagear as mulheres
Monte Belo do Sul
Apreender a se maquiar, cuidar das unhas e melho-
rar a autoestima foram apenas alguns ingredientes da tarde especial organizada para as mulheres em Monte Belo do Sul. Nem mesmo o temporal registrado na Serra Gaúcha, não intimidou as dezenas de mulheres participaram e pres-tigiaram evento que celebrou o Dia da Mulher no sábado, 19, no Ginásio de Esportes da Es-cola Estadual Pedro Migliorini.
A tarde foi repleta de surpre-sas e a primeira delas foi o sor-teio de cuidados com a beleza e sessões de massagens. Após foi a vez de Jorge Trevisol prender a atenção das homenageadas com a palestra “A importância da mulher na sociedade”. Com palavras leves, com o objetivo de tocar a alma de cada uma, o palestrante proporcionou um momento de reflexão. “O on-tem é tudo aquilo que veio an-tes do que vivemos agora, mas está dentro de nós”, ponderou.
Trevisol, que possui for-mação na área de psicologia, filosofia e teologia, explanou ao público sobre as doenças fixas e as da alma. Ele explica que apesar das pessoas terem uma rotina, os atos são feitos com um sentimento. O profis-sional ressaltou que é preciso ter momentos de reflexão,
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Estefania V. [email protected]
de dedicação à autoestima e principalmente de cuidado com os relacionamentos. “A tristeza não se manda em-bora, mas se utiliza para um caminho para que se possa agir a partir dela. Não se pode cobrar, e sim abraçar a quem você é”, finaliza. Ele também interpretou duas canções para o público presente.
Após a palestra, as mulheres foram convidadas a participar de um momento de integração com dois professores de dança. Alongamentos físicos e brin-cadeiras fizeram parte da ati-vidade. Para brindar o evento, um coquetel foi servido para as participantes.
De acordo com o prefeito Lirio Turri, o Município tem investido em pequenos even-tos, mas que possam atender a todas da sociedade. “Essa me-
todologia tem feito com que a participação da comunidade seja satisfatória”, revelou. O chefe do Executivo ao final de sua fala deixou uma mensagem especial para as mulheres. O evento foi promovido pelo Po-der Público por meio da Secre-taria de Saúde e pela Secretaria de Assistência Social.
Aniversário
O município de Monte Belo do Sul comemorou no domin-go, 20, seus 24 anos de eman-cipação política. Para celebrar a data, foi realizada uma Missa de Ação de Graças, pelo padre Vinicius Fedrizzi Caberlon, na Paróquia São Francisco de As-sis. O ato religioso contou com a participação de moradores, servidores, secretários e do prefeito Lirio Turri.
so gigantesco, se consideramos as conquistas nas áreas de saú-de, educação, obra e agricultu-ra. Além do que, essa ausência de Pinto Bandeira no Siscar atinge diretamente os agricul-tores que são os maiores inte-ressados”, avalia.
O secretário da Agricultura, Lóris Franseschini, explica que o preenchimento do CAR dos proprietários de imóveis rurais estava sendo realizado através de uma parceira com o Sindi-cato Rural de Bento Gonçalves. Entretanto, na última semana foi informado da ausência do Município no Siscar.
No dia 28 de março, o prefei-to Pizzio estará em Brasília no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama para solicitar a inclu-são de Pinto Bandeira no Siste-ma Nacional. Ainda, na mesma semana se reunirá com o dire-tor do CAR no Rio Grande do Sul, Gabriel Ritter, para buscar uma solução imediata.
O concurso, que novamente acontecerá no Parque da Fe-nachamp, acontecerá no dia 28 de outubro, sendo que a apresentação das candidatas será feita no dia 30 de julho, durante o Festival do Frango e do Vinho. Nas próximas se-manas será divulgada a data de início das inscrições para as candidatas que desejam parti-cipar do concurso que elegerá as novas Soberanas da Festa do Espumante Brasileiro.
Proprietários de imóveis estão com dificuldade de preencher o CAR
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Quarta-feira, 23 de março de 2016 13Regional
Mutirão é transferido para abril
Diversidade marca Feira de Oportunidades
Organizadores celebram os resultados da terceira edição do evento
Carlos Barbosa Combate a dengue
O 1º Mutirão Regional de Combate ao Aedes aegypti que estava programado para o dia 19 de março, foi transferido mais uma vez devido à insta-bilidade climática. A nova data passa a ser dia 2 de abril.
Mais de mil voluntários irão às ruas buscando sensibilizar a população da importância de acabar com possíveis focos do mosquito, que pode transmitir a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus. A ação ocorre no sábado, das 8h às 13h nas em Garibaldi e Carlos Barbosa. O ponto de encontro dos volun-tários em Garibaldi será a Pre-feitura, e em Carlos Barbosa, o Parque da Estação.
No dia da campanha estarão disponíveis três números de te-lefone para esclarecimento de dúvidas com relação ao recolhi-mento do material e sobre o mos-quito, são eles: (54) 8404.8247 (Carlo), (54) 9939.6111 (Gerson) e (54) 9136.1421 (Francisco).
Com programação diversifi-cada e participação de diferen-tes públicos, a terceira edição da Feira de Oportunidades de Negócios, realizada pela Asso-ciação do Comércio, Indústria e Serviços (ACI) de Carlos Barbo-sa, em parceria com o Sebrae--RS e a Associação de Cultura e Turismo de Carlos Barbosa (ACT/CB), encerrou no domin-go, 20, contabilizando três mil visitantes e mil atendimentos. No decorrer dos quatro dias do evento, realizado no Salão Paroquial de Carlos Barbosa, palestrantes e orientadores se reuniram para apresentar as múltiplas possibilidades do em-preendedorismo.
Durante a solenidade de en-cerramento, o presidente da Feira de Oportunidades de Negócios 2016, Clovis Dalcin, mostrou-se otimista em rela-ção ao desempenho do evento. “A contagem indica que tive-mos cerca de três mil visitan-tes, com mil atendimentos. Desses números, sabemos que quem passou por aqui saiu
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com algum aprendizado que pode fazer a diferença na hora de empreender, como a im-portância de investir na equi-pe, planejar, pensar na mar-ca, valorizar o marketing e se posicionar nas redes sociais”, destacou Dalcin.
O presidente da Associação do Comércio, Indústria e Serviços (ACI) de Carlos Barbosa, Fabia-no Paloschi Ferrari, salientou
que a Feira de Oportunidades de Negócios estimula os visitantes a terem coragem. “Entramos em contato com alguns participan-tes das edições anteriores e só tivemos retorno positivo. Acre-dito que neste ano, mais uma vez, auxiliamos empresários e futuros empreendedores a te-rem sucesso em seus negócios”, pontuou Ferrari.
Para o técnico regional do
Sebrae na Serra Gaúcha, Pau-lo Sérgio Wichmann, o evento mostra caminhos e chances para que os empresários procurem suporte para crescer. “Quem nos procura tem a preocupação de que seu negócio seja duradouro. Para tanto, é preciso buscar fer-ramentas, suporte e orientação como os que a Feira de Oportu-nidades disponibiliza”, comple-ta Wichmann.
Programação
Paralelo aos atendimentos nos estandes, a programação da feira apresentou palestras, seminários e rodas de conver-sa com empresários que são casos de sucesso na região, dividindo suas experiências e dicas com os participantes. Na noite de quinta-feira, 17, a palestra de abertura do evento foi com o diretor presidente da Todeschini S/A, João Fa-rina Neto, foi um momento para os ouvintes conhecerem alguns dos desafios existentes no setor empresarial.
Segurança Quarta-feira, 23 de março de 201614
Douglas José Camargo, 26 anos, não possuía antecedentes
Tragédias em sequência
Alerta para quem anda em duas rodasFinal de semana foi marcado pela morte de dois motociclistas em colisões no bairro São Francisco e em Garibaldi
Leonardo [email protected]
Infelizmente o início de ano está relembrando, da pior
forma possível, os riscos de ciclistas e motociclistas no trânsito. Quatro vítimas fatais, entre 19 e 33 anos, já foram re-gistradas na região. O final de semana ficou marcado por aci-dentes no bairro São Francisco e na ERS-453, em Garibaldi.
O primeiro ocorreu na ma-drugada de sábado, 19, quan-do Daniel Benites Espíndola, 33 anos, perdeu o controle de sua moto YBR 125 na rua Goes Monteiro e atingiu um Logan, com placas de Pinto Bandeira, que vinha na direção contrária. A pista estava molhada em ra-zão das chuvas da madrugada e o motociclista derrapou por vários metros antes da colisão.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, porém encontrou Espíndola já em óbito. Ele apresentava um profundo cor-te no peito. A vítima foi sepul-tada no município de Itaqui.
Jovem morre na Rota do Sol
O segundo acidente fatal ocorreu na madrugada de domingo, 20, no quilômetro
Pista molhada pode ter influenciado no acidente de Daniel Espíndola Delmar Silva conduzia sua motocicleta em meio a cerração na ERS-435
88 da ERS-453, em Garibal-di. Conforme informações dos Bombeiros Voluntários daquele município, a colisão ocorreu por volta da 1h10min, quando uma motocicleta CG Titan, com placa de Vera Cruz, colidiu frontalmente contra um Punto, de Bento Gonçalves, que vinha no sen-tido oposto. Os policiais que atenderam a ocorrência des-tacaram que a pista estava molhada e havia cerração no momento do acidente.
O motociclista Delmar Mi-
guel da Silva, 21 anos, morreu no local. A caroneira do auto-móvel, Maria Tereza Bortoli-ni, 42, sofreu escoriações leves e foi conduzida para o Hospi-tal São Roque por precaução. A motorista do Punto, de 44 anos, não necessitou de aten-dimento médico.
Silva era morador de Ga-ribaldi e trabalhava em um frigoríco. O sepultamento ocorreu em Vale do Sol, seu município natal, próximo a Santa Cruz do Sul, na manhã de segunda-feira, 21.
A segunda vítima não era um motociclista, porém utilizava um meio de transporte semelhante. Heitor Hönig, 20 anos, foi atropelado quando ia de bicicle-ta para o trabalho, na manhã de 15 de março, na área central de Carlos Barbosa. O jovem foi atin-gido por um caminhão caçamba em uma esquina.
A primeira vítima falta foi o motociclista André Costa Chaves, 19 anos. Ele foi atingido por um ca-minhão trator, que atravessava a BR-470 no quilôme-tro 224, em Garibaldi. O acidente ocorreu na ma-drugada de 19 de fevereiro. Chaves faleceria no Hospital Tachinni, três dias após o acidente.
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10ª vítima da violência
Jovem é executado no Ouro VerdeA décima vítima da violên-
cia em Bento Gonçalves neste ano foi registrada na noite de segunda-feira, 21. Três indi-víduos armados invadiram uma residência da rua João Busnelo, no Ouro Verde, e executaram Douglas José Ca-margo, 26 anos. Ele era natu-ral de Alpestre e não possuía antecedentes criminais.
De acordo com a Brigada Militar, o homicídio ocorreu por volta das 23h40min. Fo-ram encontrados 10 estojos de pistola calibre .380. Pelo menos seis tiros teriam acer-tado o rosto de Camargo. Ele estava no quarto junto com
sua esposa Vanessa Katiusa das Chagas, 20 anos, que foi atingida no lado esquerdo do quadril. Ela foi conduzi-da para o Hospital Tacchini e seu estado de saúde era con-siderado estável.
O sepultamento de Camar-go está previsto para as 10h de hoje, 23, no cemitério de Alpestre. O velório ocorre na Capela Nossa Senhora Conso-ladora daquele município.
O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) A motivação do crime ainda é desconhecida. É o terceiro as-sassinato registrado no Ouro Verde em menos de 30 dias.
Drogas sintéticas
Dois jovens foram presos por tráfico de entorpecen-tes no bairro Ouro Verde na manhã de segunda-feira, 21. Policiais da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) apreenderam cinco comprimidos de ecstasy, um saco com resquícios de co-caína e cápsulas de droga sin-tética em um apartamento do condomínio Novo Futuro.
Conforme registro de ocor-rência, por volta das 9h30min, os agentes da Polícia Civil fo-ram realizar a condução coer-citiva de John Camillo Lucas, 19 anos, que não respondia a intimações. O acusado foi
Dois jovens presos por tráfico no Novo Futuro
encontrado na companhia de Denner Henrique da Silva, 20, e os policiais perceberam que ambos estavam muito nervo-sos. Foram realizadas buscas e os entorpecentes localizados em um quarto, junto a uma balança de precisão e R$ 373.
A investigação da 1ª DP aponta que os dois jovens participam da organização de festas rave, como DJ e vende-dor de ingressos. Lucas pos-sui antecedentes por tráfico de drogas. Silva não possui histórico criminal. A delega-da responsável requisitou a prisão preventiva de ambos.
Quarta-feira, 23 de março de 2016 15Segurança
Atualização endureceu regras contra quem não paga pensão em dia
O novo CPC
Mais agilidade e rigor contra devedoresNovo Código de Processo Civil entra em vigor prezando pela celeridade no Judiciário e combate a subterfúgios de defesa
Leonardo [email protected]
Maior celeridade no Judi-ciário e acompanhamento
das novas tecnologias. Este é o foco do novo Código de Proces-so Civil (CPC), que entrou em vigor nesta sexta-feira, 18, subs-tituindo a legislação da década de 1970. A revisão ocorreu para acelerar os trâmites na Justiça, evitar subterfúgios das defesas e facilitar a execução determi-nada pelo juiz. Uma nova di-nâmica para ações envolvendo atrasos de pensão alimentícia, divórcio, desrespeito ao direito do consumidor e calote nas ta-xas de condomínio.
A proposição do novo CPC ocorreu pelo Senado, que no-meou uma comissão de juristas para a criação de um novo codex processual. O desenvolvimen-to contou com a participação ativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A expectativa é que as alterações resultem em agilidade nos processos. “É uma atualização para trazer rapidez e efetividade das medidas. No CPC anterior, da década de 1970, a lei existia, mas a dificuldade para receber esta pensão a tornava inócua. Parecia que tudo ficava a favor do devedor, que acabava beneficiado em detrimento de quem precisava. Para quem mi-litava nesta área era muito frus-tante”, aponta Gisele Mendes Pe-reira, advogada e professora da Universidade de Caxias do Sul.
Apesar de apoiar o novo CPC, o presidente da subseção da OAB em Bento Gonçalves, Cle-ber Dalla Colletta, teme que o efeito não será o ideal. “Tenho o entendimento de que o pro-blema atual do judiciário es-tadual encontra-se na infraes-trutura que carece de amparo e melhorias, inclusive, com o acréscimo de servidores. É his-tórico que em Bento Gonçalves se trabalha com defasagem de
funcionários, sobrecarregando os que ali labutam”, opina.
Para exemplificar, Dalla Col-leta cita a possibilidade, pelo novo CPC, que um advogado do interior realize sustentações orais no Tribunal de Justiça, em Porto Alegre, pelo sistema de vi-deo-conferência. “Essa infraes-trutura de sistema de câmeras inexiste atualmente”, afirma.
Rigor contra quem deve pensão
Um dos pontos de maior re-percussão é o aumento do ri-gor sobre o atraso de pensões. Quem não fizer o pagamento em dia está sujeito a prisão em regi-me fechado, entre outros meca-nismos criados para evitar que a lei seja burlada. “Antes a le-gislação determinava que eram necessários três meses seguidos
de atraso. O que acontecia é que antes do terceiro o devedor pa-gava um mês e protelava uma possível punição. Agora, a pri-são pode ocorrer logo após o primeiro mês de atraso. É uma medida para garantir este cum-primento, que a pensão seja realmente paga na rapidez que precisa”, explica Gisele.
Outra modificação, apontada pelo presidente da OAB mu-nicipal, é a obrigação de que o Estado deva promover a so-lução consensual dos conflitos sempre que possível. “O Esta-do deve propiciar a conciliação e mediação, ou ainda a arbitra-gem, em medidas criadas para desafogar o Judicário. Muito embora, entendemos que tais ferramentas ainda deverão ser pensadas e regulamentadas antes de serem aplicadas”, co-menta Dalla Colletta.
A Subseção de Bento Gonçalves da OAB comunica aos advo-gados da região que está prevista a segunda edição do curso “O novo CPC em Análise”, com data prevista para os dias 8 e 9 de abril. “A primeira edição ocorreu em março e foi um sucesso, com colegas de diversos locais do estado e até fila de espera”, explica Dalla Colleta.
A intenção do curso é dotar os advogados de ferramentas pa-ra uma adequação a nova legislação. O presidente apon-ta que, mesmo antes da entrada em vigor do novo CPC, ocorreram modificações no mesmo. “São fatos que impossibilitam um conhecimento completo, fazendo com que os advogados per-maneçam em constante atualização”, finaliza.
Principais pontos do novo Código de Processo Civil
OAB promove curso sobre o novo CPC
Qualquer compromisso extrajudicial, como mediação, concilia-ção ou contrato, terá validade para ação de alimentos
Torna obrigatória a repetição de determinadas decisões supe-riores, evitando julgamentos repetidos
Ações de cobrança passam a ser consideradas título executivo ex-trajudicial, ou seja, os processos vão começar já na fase de execução
Descontos de até 50% sobre o salário liquido
Intimação ao devedor para efetução de pagamento pode ser fei-ta via correio, e não mais apenas pessoalmente.
Atraso no pagamento de pensão alimentícia é motivo para pri-são em regime fechado, não sendo mais necessários três meses seguidos da ausência dos depósitos
Cumprimento de prisão não eximirá o devedor do pagamento
O devedor terá o nome inscrito nos órgãos de proteção crédito, como o CERASA e SPC
Devedor poderá ter o passaporte suspenso
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Grupos realizarão representações no Morro da Cruz e Comunidade Ceará
Encenações marcam feriado de Páscoa
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Educação
Estados não pagam piso para professores
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Legislação
Novo Código Processual entra em vigor no país
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