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JESUTAS BRASIL
Em EDIO 23ANO 3ABRIL 2016INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL
PAPA CONDENA VIOLNCIA NA BLGICA
pg. 10
CRIA GERAL CELEBRA O ANO DA MISERICRDIA
pg. 18
PRESIDENTE DA CPAL VISITA MISSO NA AMAZNIA
pg. 21
DOAR-SE AO PRXIMO UMA DAS MOTIVAES DAS PESSOAS QUE SE PROPEM A VIVENCIAR O VOLUNTARIADO NA COMPANHIA DE JESUS
especial pg. 12
A ALEGRIA DE SERVIR
FOTO
: NIN
JA M
IDIA
4 5Em Em
SUMRIO EDIO 23 | ANO 3 | ABRIL 2016
EDITORIAL Ir ao encontro do Outro
CALENDRIO LITRGICO
ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Missionrio da espiritualidade
O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Atentado em Bruxelas: papa condena
a violncia
Pontifcia Universidade Gregoriana tem novo reitor
ESPECIAL Doar-se aos demais
MUNDO CRIA GERAL Jubileu da comunidade da Cria Conversaes com o Padre Geral O cuidado da Criao JRS: ateno oftalmolgica a refugiados Dilogo com Budistas sobre ecologia e f Missionrios da Misericrdia
AMRICA LATINA CPAL Ressuscitar A colaborao no corao da misso Curso de Realidade Amaznica Assembleia de San Jos de Amazonas Visita do presidente da CPAL
SERVIO DA F Missa celebra os dois anos da canonizao
de Anchieta
6
78
10
12
18
20
23
Os voluntrios so aqueles que cultivam a alegria de doar-se aos outros
4 5Em Em
EmJESUTAS BRASIL
PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Padre Josaf apresenta conferncia sobre biodiversidade
DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Papa responde cartas de crianas em novo livro Vida de Jesus tema de livro do Pe. Iglesia
EDUCAO Conferncia de Cincias Sociais da FIUC realizada
na Unicap
Rede Jesuta de Educao discute estratgias de comunicao
IHU Unisinos assume veiculao dos contedos da Adital Colgios da RJE celebram aniversrio Novo ciclo na Escola Santo Afonso Rodriguez
JUBILEUS
AGENDA
24
25
27
3131
INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL
EXPEDIENTE
EM COMPANHIA uma publicao mensal dos
Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de
Comunicao Integrada (NCI)
CONTATO [email protected]
www.jesuitasbrasil.com
DIRETOR EDITORIALPe. Anselmo Dias
EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)
REDAOJuliana Dias
DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva
rica Silva
ANNCIOHanderson Silva
COLABORADORES DA 23 EDIODayane Silva, Dhyovaine Nascimento, Pe. Do-
mingos Mianulli, Pe. Francisco de Assis Sec-
chim Ribeiro, Marcia Savino, Pedro Risaffi,
Pe. Valrio Sartor e Ana Ziccardi (reviso). Um
agradecimento especial a todos que colabora-
ram com a matria especial dessa edio.
FOTOSBanco de imagens / Divulgao
Flickr - Ninja Midia (anncio)
TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIA Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez
6 7Em Em
O servio voluntrio fruto da experincia profunda com Deus. Os Exerccios Espiritu-ais so a grande riqueza deixada por
Santo Incio para a Companhia de Je-
sus e para a Igreja, que servem como
instrumento na vivncia dessa experi-
ncia. A relao ntima com o Senhor
da vida leva a criatura a encontrar-se
com o Criador e tomar conscincia do
sentido para o qual foi criada. [EE 23]
EDITORIAL
IR AO ENCONTRO DO OUTRO
Pe. Jonas Elias Caprini, SJSecretrio para Juventude e Vocaes da BRA e coordenador do programa MAGIS Brasil
A Provncia dos Jesutas do Brasil
(BRA) vem trabalhando para que todos
aqueles que bebem da espiritualidade
inaciana tenham uma experincia prtica
de todo o bem vivenciado, colocando-se
com seus dons a servio dos mais neces-
sitados. Todo trabalho voluntrio dentro
da dinmica inaciana precedido pela
experincia da orao.
A juventude compe o pblico
maior nos trabalhos voluntrios. Te-
mos, dentro das opes apostlicas
da BRA, o Programa MAGIS Brasil, que
prope ao jovem, depois da experincia
dos Exerccios Espirituais, o Volunta-
riado Jovem e a insero sociocultural,
para que ele faa uma oblao como
Santo Incio, Tomai Senhor e Recebei.
Para ser Igreja livre e libertadora, pre-
cisamos nos despir de certas ideologias
que nos distanciam dos ensinamentos de
Jesus. O mundo est marcado pela injus-
tia, pois poucos detm a maior parte das
riquezas e muitos ainda padecem dons
bens bsicos de sobrevivncia. Diante
dessa situao, o que podemos fazer? Al-
guns passos so necessrios.
Ter sensibilidade crist, pois no
adianta ficarmos comovidos com o so-
frimento dos outros se nossa postura
e prtica no passam de assistencia-
lismos rasos. s vezes, vivemos uma
prtica religiosa enganadora que tende
a querer levar a salvao e libertao ao
outro, sem antes experienciarmos pro-
fundamente o Cristo encarnado. Pre-
cisamos de aes que desconstruam a
O SERVIO VOLUNTRIO PODE DESCONSTRUIR MUITAS COISAS: PRECONCEITOS, IDEOLOGIAS, COMODISMOS.
sociedade que alimenta a desigualdade
e assumir compromissos efetivos de lu-
tar pela transformao de todo sistema
que reproduz injustias.
Ir ao encontro do Outro de verdade
comprometer-se com ele, pois mui-
to fcil dar esmola ao pedinte ou fazer
doaes no final do ano para celebrar
o Natal com a conscincia tranquila,
sem um compromisso que transforma
a sociedade. No contato direto com o
Outro que sofre, somos desafiados a
enxerg-lo em sua alteridade. O servio
voluntrio pode desconstruir muitas
coisas, como preconceitos, ideologias,
comodismos, e provocar a conscincia
crtica que lana para a participao na
vida poltica e social.
A Converso, uma dinmica cons-
tante na vida humana, convida-nos
aproximao do projeto de Cristo. In-
felizmente, apenas a catequese doutri-
nria no ajuda suficientemente a bus-
carmos o caminho de Jesus. Viver uma
religiosidade piedosa, que no conse-
gue ultrapassar a emoo assistencia-
lista, no nos aproxima do projeto do
Reino de Jesus. Caminhar com Ele sig-
nifica viver como Ele viveu, reagir como
Ele reagiu, ter os olhos e o corao de
Jesus para com todos. O contato com o
empobrecido numa postura de servio
generoso e gratuito transforma a vida
de quem recebe e de quem se doa.
Nesta edio do Em Companhia,
apresentaremos as iniciativas e os teste-
munhos das experincias de voluntaria-
do que a Companhia de Jesus vem reali-
zando para aproximar todos aqueles que
desejam viver uma experincia de con-
verso concreta no seguimento a Cristo.
Boa leitura!
6 7Em Em
CALENDRIO LITRGICO
Bem-aventurada Virgem Maria,
Me da Companhia de Jesus
So Pedro Cansio
calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus ABRIL
DIA 22
DIA 27
8 9Em Em
ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO
Pe. Lus Gonzlez-Quevedo, SJ
Movido pelo exemplo do seu pai, padre Lus
Gonzlez-Quevedo formou-se em Direito, na
Espanha. Mas, com apenas 22 anos, decidiu
largar os tribunais. Aquele projeto de vida no
me fazia feliz, relembra o jesuta, conhecido
como Pe. Quevedinho. Foi assim que ele
ingressou na Companhia de Jesus, j decidido
a ser enviado s Misses na Amrica Latina.
Em 1968, o religioso desembarcou no Brasil e,
ao longo desses 48 anos no pas, dedicou-se a
trabalhos importantes, dentre os quais o de ser
mestre dos Novios, editor da Revista Itaici e
autor de sete livros.
Essas so algumas das histrias inspiradoras
que Pe. Quevedinho compartilha a seguir,
em entrevista especial ao informativo
Em Companhia.
eu lhes garanto que o Conclio vai melhorar as coisas. Um
daqueles jovens religiosos era Pedro Casaldliga, que veio
ao Brasil e tornou-se um cone da Igreja dos Pobres.
O senhor formado em Direito?
Eu me formei em Direito, porque meu pai era juiz, mas
um juiz que no tem cara de juiz, segundo dizia o povo. Tan-
to meu irmo, Calixto, como eu gostvamos muito do nosso
pai e os dois quisemos seguir o caminho dele. ramos estu-
dantes em tempo integral. Eu estudava bastante e tirava notas
boas. Era previsvel que poderia passar em qualquer concurso
e limitar minha vida ao desempenho dos deveres de um ope-
rador do Direito, como se diz hoje. No creio que alcanasse a
fama do juiz Moro (o heri ou o vilo do momento). Mas, aos
meus 22 anos, aquele projeto de vida no me fazia feliz.
Na minha famlia, havia muitos padres e freiras. Alm dis-
O senhor ingressou na Companhia de
Jesus em 1961. Como foi entrar na vida
religiosa em tempos de muito conflito,
marcados pela agitao poltica e econ-
mica e as mudanas provindas do Conc-
lio Vaticano II?
Eu entrei na Companhia de Jesus em
outubro de 1961. Era um tempo muito
mais tranquilo do que os que vieram de-
pois. O perodo mais emblemtico da agi-
tao estudantil foi 1968, o ano em que
eu vim ao Brasil. O maior conflito inter-
nacional de que recordo, daquela poca,
foi a tenso entre os Estados Unidos e a
antiga Unio Sovitica, quando ela ins-
talou uma plataforma de lanamento de
armas atmicas na ilha de Cuba. Nunca
o mundo esteve to perto de uma guer-
ra nuclear. Mas os dirigentes das duas
maiores potncias da poca tiveram bom
senso e evitaram a guerra.
Particularmente, para a Igreja Cat-
lica, 1961 foi um ano de muita esperan-
a. O papa Joo XXIII tinha convocado o
Conclio Vaticano II, a comear no ano
seguinte. Um grupo de estudantes de
Teologia, claretianos, estava em crise,
a ponto de pensar em abandonar a vida
religiosa. Mas passou por Madri um su-
perior que lhes disse: tenham pacincia;
MISSIONRIO DA ESPIRITUALIDADE
8 9Em Em
so, o papa Joo XXIII tinha pedido que a Igreja espanhola, na
poca com muitas vocaes, ajudasse a Amrica Latina, por-
que a regio precisava de missionrios. Assim, eu entrei na
Companhia de Jesus, pensando j em ser enviado s Misses.
Fui colega dos padres Ulpiano Vzquez e J. Ramn Fernndez
de la Cigonha. Eles foram enviados ao Brasil antes do que eu.
Como sempre fui fraquinho, alguns duvidavam de que eu pu-
desse aguentar as exigncias da vida religiosa da poca, muito
mais duras do que hoje.
O que o motivou, durante sua formao, a fazer uma
especializao em Espiritualidade?
A especializao em Espiritualidade foi posterior. De-
pois de terminar o estudo de Teologia, fui destinado a Goi-
nia, onde me dei bem com o trabalho pastoral. Trabalhei na
Universidade Catlica (hoje, PUC-Gois), no Seminrio da
Arquidiocese, na CRB (Conferncia dos Religiosos do Brasil),
na CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil) e fui o
primeiro proco de uma Parquia de periferia. Eu no dese-
java ir a Roma, mas o meu provincial na poca, Pe. Cristobal
lvarez, me animou a estudar dois anos de ps-graduao.
Eu, depois, agradeci. Para um jesuta, mesmo conhecendo j a
Europa, muito bom morar em Roma, estudar na Universida-
de Gregoriana e visitar Itlia, Frana e Alemanha. Na verdade,
quem me especializou em Espiritualidade no foi a Gregoria-
na, foram as pessoas a quem dei retiros e cursos. Depois, a
nomeao de mestre de Novios obrigou-me a interessar-me
pela espiritualidade.
O senhor trabalhou em diversos campos de aposto-
lado na Companhia. Trabalhou com universitrios,
depois foi mestre de Novios, editor da Revista Itaici,
diretor espiritual do Apostolado da Orao, entre ou-
tros. Qual trabalho exigiu mais do senhor e o que mais
lhe ensinou, nesses anos todos de Companhia de Jesus?
Todos os trabalhos apostlicos que fiz na vida me deixa-
ram boa lembrana. O mais exigente ou de maior responsabi-
lidade, sem dvida, foi o de formador dos Novios. Eu assumi
por obedincia, com temor e tremor, porque isso de ser mes-
tre de Novios, como dizia o Pe. Pedro Arrupe, uma misso
impossvel. Santo Incio diz que o formador deve ser amado
por todos. E, quando se tem grupos numerosos, como tnha-
mos na poca, isso no fcil.
Eu me esforcei por querer bem todos os novios, ser amigo
de todos, no fazer discriminao de pessoas. Mas claro que
eles viam as minhas limitaes. At hoje,
divertem-se com o meu sotaque espanhol.
Depois, o cargo de mestre est sempre sob
a mira de toda a Provncia. O provincial que
me nomeou orientou-me no sentido de no
exigir muito. A, houve troca de provincial e
o novo me pediu que exigisse mais. Nem o
papa Francisco agradou a todos, no seu tem-
po de mestre e de provincial da Argentina.
O senhor j lanou vrios livros. Como
foi escrever O Novo Rosto da Igreja: papa
Francisco?
At hoje, eu j publiquei sete livrinhos.
O Novo Rosto da Igreja: Papa Francisco (Edi-
es Loyola), o escrevi pensando em dar a
conhecer o novo papa aos jovens, na Jor-
nada Mundial da Juventude, que acontece-
ria no Rio de Janeiro, em julho de 2013. Na
poca, o livro logo se esgotou, pois s mil
exemplares foram impressos. Depois, para
fazer algum acrscimo, era uma dificulda-
de. Hoje, o papa muito conhecido e aceito
por quase todos. Mas, no meu livro, conto
algumas coisas que no saram em outros
livros, porque dizem respeito relao de
amizade que o Pe. Bergoglio, desde 1970, ti-
nha comigo e com minha famlia.
Como o senhor conheceu Jorge Mario
Bergoglio? E quais as caractersticas que
o senhor mais admira no papa Francisco?
Atualmente, devido s inmeras vezes
que relatei essa histria, tenho vergonha de
contar como foi que me tornei amigo do Pe.
Bergoglio. Portanto, para quem ainda no
me tenha ouvido contar, basta ler meu li-
vro, se possvel na 4 edio, que a mais
recente. Hoje, costumo dizer que ser ami-
go deste papa no tem mrito, porque ele
amigo de todo o mundo. Essa uma das
melhores qualidades que ele tem. O papa
Francisco uma pessoa muito prxima,
muito cordial, que se aproxima e quer ser
amigo de todo o mundo.
10 11Em Em
O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S
ATENTADO EM BRUXELAS: PAPA CONDENA A VIOLNCIA
Em 22 de maro, a cidade de Bruxelas (Blgica) viveu mo-mentos de desespero ao ser alvo de atentados terroristas provo-
cados pelo Estado Islmico. Ocorri-
dos no Aeroporto Internacional de
Zaventem e na estao de metr Ma-
elbeekem, os ataques deixaram mais
de 30 mortos e dezenas de feridos.
No mesmo dia, o papa Francisco en-
viou um telegrama ao arcebispo de
Bruxelas, monsenhor Jozef De Kesel,
lamentando o episdio brutal.
Na mensagem, enviada pela Secre-
taria de Estado do Vaticano, o pontfice
condena a violncia cega que causa
tanto sofrimento e destaca que con-
fia as vtimas misericrdia de Deus e
une-se em orao dor dos familiares.
Ao final, afirma que implora a Deus o
dom da paz e invoca sobre as famlias,
e todos os belgas, as bnos divinas.
No dia seguinte, ao final da ce-
lebrao na Praa So Pedro, o papa
lembrou novamente do atentado em
Bruxelas e dirigiu-se a todas as pes-
soas de boa vontade, pedindo que se
unam em uma unnime condenao
desses atos cruis e abominveis,
que esto causando somente morte,
terror e horror. E concluiu: A todos,
peo para preservar na orao e pedir
ao Senhor, nesta Semana Santa, que
conforte os coraes aflitos e conver-
ta os coraes dessas pessoas cegas
pelo fundamentalismo cruel.
Fontes: site Cano Nova | Rdio Vaticano |
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10 11Em Em
O padre Nuno da Silva Gonalves foi nomeado pelo papa Francis-co para ser o novo reitor da Pon-tifcia Universidade Gregoriana (PUG),
a partir de 1 de Setembro de 2016. O
jesuta integra o corpo docente da Fa-
culdade de Histria e Bens Culturais da
Igreja desde outubro de 2011. Em maro
de 2012, foi nomeado diretor do Depar-
tamento de Bens Culturais da Igreja e,
em outubro do mesmo ano, decano da
Faculdade. Em maio de 2015, foi confir-
mado Decano por mais trs anos.
As notveis qualidades de corao
e inteligncia do Pe. Nuno Gonalves
e a sua afeio pela Pontifcia Uni-
versidade Gregoriana, onde foi aluno
de 1983 a 1995, so bem conhecidas.
Desde o seu regresso instituio,
comprometeu-se com competncia
e dedicao ao desempenho e desen-
volvimento da Faculdade de Histria
e Bens Culturais da Igreja. Sucede no
cargo ao padre jesuta francs Fran-
ois-Xavier Dumortier.
O Pe. Nuno da Silva Gonalves nas-
ceu em Lisboa (Portugal), em 16 de ju-
lho de 1958. Ingressou no Noviciado do
Santssimo Nome de Jesus da Provncia
Portuguesa da Companhia de Jesus, em
Soutelo (Vila Verde), em outubro de 1975.
Licenciou-se em Filosofia e Humani-
dades, na Faculdade de Filosofia de Bra-
ga, da Universidade Catlica Portuguesa
(1981), e em Teologia, na Faculdade de
Teologia da Pontifcia Universidade Gre-
goriana, em Roma (1988). Foi ordenado
sacerdote no Instituto NunAlvres (Cal-
das da Sade), em julho de 1986.
Na Faculdade de Histria da Igre-
PONTIFCIA UNIVERSIDADEGREGORIANA TEM NOVO REITOR
ja, da Pontifcia Universidade Grego-
riana, em Roma, fez a Licenciatura em
Histria da Igreja, em 1991, e o Dou-
toramento em Histria da Igreja, em
1995, com a tese Os Jesutas e a Mis-
so de Cabo Verde (1604-1642).
Foi membro do Conselho de Dire-
o da Revista Brotria (1994-2000)
e membro da Academia Portuguesa
de Histria, do Centro de Estudos de
Histria Religiosa da Universidade
Catlica Portuguesa e do Instituto
Histrico da Companhia de Jesus,
desde 1996. Em 1998-1999, trabalhou
na Conferncia Episcopal Portuguesa
como diretor do Secretariado Nacio-
nal dos Bens Culturais da Igreja. Foi
Superior da Comunidade da Casa de
Escritores de So Roberto Berlarmi-
no (Brotria), de 1995 a 2000. E, de
2000 a 2005, foi diretor da Faculdade
de Filosofia da Universidade Catlica
de Braga, alm de superior da Comu-
nidade Pedro Arrupe, de 2004 a 2005.
Foi conselheiro do Provincial, de 1999
a 2004, e superior provincial, de 2005
a 2011. Alm da tese de doutoramen-
to, tem diversos artigos publicados
na revista Brotria, principalmente
sobre histria da Companhia de Je-
sus e sobre a misso portuguesa. Foi
tambm colaborador da Histria Reli-
giosa de Portugal e do Dicionrio de
Histria Religiosa de Portugal.
Fonte: site Jesutas em Portugal
12 13Em Em
DOAR-SE AOS DEMAIS
ESPECIAL
doso de Abreu, 29 anos. uma forma
de me doar por completo s pessoas,
confessa Yago da Silva Freire, 22 anos,
estudante de Administrao.
O voluntrio aquele que culti-
va o desejo de ajudar a construir um
mundo mais digno para todos. Tenho
um compromisso social muito forte.
Quero dedicar a minha vida ao traba-
lho com as pessoas, por isso, estou me
formando em Arquitetura, com foco
na atuao social, conta a estudan-
te espanhola Julia Otao Gonzlez, 22
anos. Em janeiro de 2016, ela partici-
pou do projeto Voluntariado Jovem,
promovido pelo Anchietanum, em So
Paulo (SP). Na ocasio, Julia ajudou na
acolhida dos refugiados que chegam ao
Brasil e procuram a sede da Caritas Ar-
quidiocesana, na capital paulista. Foi
uma experincia muito positiva, pois
consegui compreender tudo o que est
acontecendo a respeito de imigrao no
pas, ressalta.
Aquele que no forado, que depende da prpria vontade, ou seja, que espontneo. Essas so algumas pala-
vras que definem o que ser voluntrio,
segundo o dicionrio. Entretanto, quem
j participou dessa experincia garante
que ser voluntrio vai muito alm das
definies do vocabulrio. O volun-
tariado foi uma escola, um desejo de
transformao de me deixar afetar pelo
outro, afirma o advogado Dicler Car-
VOLUNTRIOS SO RECONHECIDOS PELA DEDICAO E DOAO AO PRXIMO
Jovens que participaram da experincia do Voluntariado Jovem 2016, promovido pelo Anchietanum, em So Paulo (SP)
12 13Em Em
O jovem Dicler tambm viu de per-
to o drama dos refugiados que desem-
barcam no territrio brasileiro. Ele par-
ticipou do voluntariado jovem, mas em
outra instituio, no CRAI (Centro de
Referncia e Acolhida para Imigrantes).
Durante esse perodo, eu pude perce-
ber a partilha, a vida em comunidade.
O grupo era to diferente, mas com os
mesmos objetivos. Conheci tanta gente
boa, tanta gente trabalhando pelo Reino
de Deus, voluntrios e profissionais, e
isso me fez perceber que existe amor
nessa cidade, diz o advogado.
A alegria de servir ao prximo
uma das motivaes das pessoas que
se propem a vivenciar uma realidade
diferente. Yago, por exemplo, sempre
participou ativamente das atividades
da Igreja, mas ainda sentia falta de algo
a mais em sua vida. Tudo o que eu vi-
nha fazendo no meio eclesial me dava
a sensao de ir ao encontro de algo
maior. Sempre achei que poderia fazer
e ser presena na vida das pessoas, isso
dentro e fora da Igreja, afirma.
Dessa forma, Yago decidiu ir ao
encontro do outro, por meio do Vo-
luntariado Jovem, promovido pela
Casa MAGIS Manresa, em Cascavel
(PR). Durante 10 dias, o jovem tra-
balhou na Cotacar (Cooperativa de
Catadores de Materiais Reciclveis).
Confesso que no foi fcil, chegou a
ser dolorido e cansativo. Mas, por fim,
foi muito gratificante poder levar um
sorriso, um conselho, um abrao para
aquelas pessoas que tm um trabalho
to pesado, conta o jovem, acrescen-
tando que: mais do que levar algo,
recebi muito e tive aprendizados que
levarei para o resto da minha vida.
Para Natlia Lima Maia, 22 anos,
estudante de Engenharia Ambiental, o
desafio era quebrar as prprias barrei-
ras internas. Eu queria despojar-me da
minha realidade, queria ir ao encontro
do outro, ir alm das fronteiras e viver
o diferente, relembra. Foi com esse
desejo que a jovem decidiu vivenciar,
em 2013, sua primeira experincia de
voluntariado na Companhia de Jesus,
por meio do Centro MAGIS Belm (PA).
Durante cinco dias, ela foi acolhida por
uma famlia ribeirinha, na Ilha do Ma-
raj, em Belm (PA). Essa experincia
foi, com certeza, uma das mais boni-
tas, tanto pelo grande despojamento
pessoal, quanto pela superao dos
desafios da misso de estar na comu-
nidade durante a Semana Santa. Por se
O voluntariado transformou a vida do jovem Fabrcio Vassoler. Hoje, ele participa do Plano de Candidatos ao noviciado 2017 da Companhia de Jesus
14 15Em Em
tratar de uma comunidade ribeirinha,
a rotina e o estilo de vida so bastante
simples.
Outro voluntrio acompanhou
Natlia nessa misso. Segundo ela, os
dois prepararam as celebraes para
a comunidade. Ns amos de canoa
fazer as visitas para conhecer as fa-
mlias que ali viviam. Convidvamos
todos para participar das atividades.
Uma realidade bastante distinta e de-
safiadora, mas capaz de ensinar valo-
res muito importantes. Pessoas hu-
mildes que oferecem tudo o que tm,
famlias unidas e felizes na simplici-
dade. Dessa experincia, tiro a minha
maior lio de desapego e valorizao
s pequenas coisas da vida, a felicida-
de no essencial, conclui.
Desprender-se de preconceitos e
doar-se ao prximo so caractersticas
importantes para as pessoas que dese-
jam vivenciar a experincia de volunta-
riado. Hoje, o mundo ocidental valoriza
o consumo exacerbado e isso alimenta o
egosmo. A proposta de ser voluntrio
justamente permitir que cada indivduo
deixe essas amarras de lado e passe a
enxergar o prximo como ser humano.
Acredito que o voluntariado ajuda a
transformar vidas, pois forma pessoas
para a justia. Essa vivncia permite ao
voluntrio tomar conscincia de colocar
a prpria vida a servio dos demais e, as-
sim, descobrir a alegria de que, com seus
prprios talentos, possvel fazer o bem
aos outros, colaborando na transforma-
o da sociedade, afirma padre Agnaldo
Barbosa Duarte, coordenador da dimen-
so Voluntariado Jovem, do Programa
MAGIS Brasil.
Segundo o jesuta, na Companhia
de Jesus, o voluntariado est presente
desde a sua origem. Em nossa Ordem
religiosa, esse conceito nasce da expe-
rincia gratuita de Incio de Loyola,
que, movido pelo desejo de servir ao
Rei Eterno, se engaja de modo volunt-
rio e entrega toda a sua vida em abso-
luta disponibilidade e servio. Em um
itinerrio pelo qual recebeu o nome
de peregrino e, assim, no seu peregri-
nar, concebeu e amadureceu seu pro-
jeto apostlico, conta padre Agnaldo.
Atualmente, os jesutas proporcionam
esse itinerrio pessoal aos peregrinos
do mundo contemporneo.
VOLUNTRIOS INACIANOS
Aos 57 anos de idade, o carpinteiro
EXPERINCIAS MAGIS
No ms de julho, em sintonia
com o MAGIS Polnia e a Jornada
Mundial da Juventude - JMJ 2016,
a Provncia dos Jesutas do Brasil
promover para a juventude vrias
Experincias MAGIS, dentre elas as de
voluntariado. Segundo o padre Jonas
Caprini, secretrio para Juventude e
Vocaes da Provncia BRA, o evento
celebrar os trs anos do MAGIS Brasil
e da JMJ 2013. Vamos estar conecta-
dos com todos os jovens enviados
Polnia com um s corao, o cora-
o MAGIS!, afirma.
Pblico: Jovens entre 18 e 32 anos
Mais informaes:
Em janeiro de 2016, Natlia Maia vivenciou o Voluntariado Jovem, promovido pelo Anchietanum, na Misso Paz, instituio que atende imigrantes e refugiados, em So Paulo (SP)
14 15Em Em
Franco Gastadello tem o esprito jovem
do peregrino Incio. Morador de Vicen-
za (Itlia), ele j visitou vrias vezes o
Brasil, mais precisamente a Bahia. Essa
terra abenoada por Deus atrai milhes
de turistas todos os anos e Gastadello
poderia ser mais um deles. E ele , po-
rm de uma forma bem diferente. As
praias baianas so as mais procuradas
pelos viajantes, mas o carpinteiro ita-
liano tem como destino o serto, para
ser voluntrio na Parquia So Crist-
vo, em Capim Grosso. No perodo de
suas frias, Gastadello participa da Mis-
so Jesuta do Serto.
Em sua quinta passagem pelo Brasil
como voluntrio, o italiano j realizou
diversos trabalhos, dentre eles esto a
reforma da EFA de Jaboticaba (Escola Fa-
mlia Agrcola), a organizao da oficina
e a construo de uma estrutura hdrica
para dar sustentao ao projeto de capri-
nocultura criao de cabras. Em 2016,
ele trabalhou na construo da cozinha
produtiva da Coopes (Cooperativa de
Produo da Regio do Piemonte da Dia-
mantina), que atende mais de 200 mu-
lheres produtoras rurais.
O desprendimento, o empenho e a
solidariedade de Gastadello chamaram
a ateno de Iracema Lima dos Santos,
diretora da EFA. Ele custeia as prprias
despesas e traz donativos, como brin-
quedos, roupas, sapatos e mochilas,
que so distribudos em comunidades
empobrecidas. Alm disso, trabalha du-
ramente nas obras sociais que a Misso
Jesuta do Serto desenvolve, conta.
A EFA de Jaboticaba atende mais
de 200 jovens, por meio do regime da
Pedagogia da Alternncia, que compre-
ende 15 dias na escola e 15 dias com a
famlia, e conta com a participao
efetiva do padre jesuta Xavier Nichele.
A instituio oferece aos filhos de pe-
quenos agricultores o curso tcnico em
Agropecuria. Nossa escola prepara os
jovens e suas famlias para a convivn-
cia com o semirido, assegurando-lhes,
por meio da formao, tcnicas de ma-
nejo apropriadas ao campo. Dessa for-
ma, preparamos os jovens com base nos
princpios da justia e da solidariedade,
para que, assim, sejam protagonistas do
seu meio social, acredita Iracema. Ela
ressalta que voluntrios como Gasta-
dello so fundamentais para o trabalho
da EFA. A escola tem sobrevivido pela
ao e doao de muitas pessoas do
mundo inteiro, que, de uma forma ou
de outra, se doam, seja com a presena
ou com a doao de recursos que garan-
tem seu funcionamento, conclui.
A doao, frisada por Iracema,
uma das caractersticas do voluntaria-
do na Companhia de Jesus, pois, aqui,
falamos de doar-se s pessoas. Para
ns, jesutas, poder desenvolver essa
prtica em nossas aes de extrema
importncia. Suscitar nas pessoas a ca-
pacidade de que possvel oferecer ao
prximo o que temos de melhor, tendo
O italiano Franco Gastadello (de camiseta vermelha) ajuda na reconstruo do Morro Branco, em Capim Grosso (BA), local centenrio de reverncia religiosa e cultural
16 17Em Em
em troca apenas a gratido daqueles
que so beneficiados, um fato rico
e de aprendizado para a vida. Afinal,
esse gesto foi bem passado pelo pr-
prio Cristo, afirma irmo Ubiratan de
Oliveira Costa, diretor do Centro MAGIS
Fortaleza (CE).
Participar do voluntariado na Com-
panhia de Jesus um caminhar inter-
no e ntimo, que aproxima a pessoa da
experincia vivenciada. A diferena de
ser voluntrio em iniciativas jesutas
que a espiritualidade est no centro da
experincia. No foi simplesmente um
trabalho, algo mecnico, ir a algum lu-
gar e fazer algo, mas sim uma experin-
cia espiritual, uma jornada por dentro
de mim mesmo. E todo esse caminho
foi acompanhado, partilhado, perce-
bido com calma e trouxe reflexos para
minha vida, cujos frutos eu ainda estou
colhendo, sentindo e saboreando o eco
que isso ainda produz em mim, con-
ta Dicler, que, durante duas semanas,
atuou como voluntrio no CRAI e as-
sumiu diversas atividades, desde a lim-
peza de ambientes at ser responsvel
pela documentao de imigrantes.
Para o jovem Fabrcio Biela Vasso-
ler, 27 anos, a experincia do Volunta-
riado Jovem tambm transformou pro-
fundamente sua vida. Em 2015, durante
quatro meses, ele atuou como volunt-
rio no Centro MAGIS de Fortaleza CIJ
A DIFERENA DE SER VOLUNTRIO EM INICIATIVAS JESUTAS QUE A ESPIRITUALIDADE EST NO CENTRO DA EXPERINCIA. NO FOI SIMPLESMENTE UM TRABALHO, ALGO MECNICO, IR A ALGUM LUGAR E FAZER ALGO, MAS SIM UMA EXPERINCIA ESPIRITUAL, UMA JORNADA POR DENTRO DE MIM MESMO.
Dicler Cardoso de Abreu, 29 anos, advogado
(Casa Inaciana da Juventude). Colabo-
rei e participei de diversas atividades,
como Missa Convivium, EAJ (Escola
de Assessoria Jovem), Misso Jovem,
momentos de orao e formao, entre
outros servios, conta. Alm disso, Fa-
brcio visitava duas vezes por semana o
Lar Torres de Melo, casa de abrigo para
idosos. Eu ajudava a cuidar dos ido-
sos na enfermaria, e o sorriso de cada
um deles era a certeza de que, por um
momento, meu jeito de ser havia conta-
giado algum. Esse contato me ajudou
no crescimento humano e espiritual
e a discernir sobre minha vida. Assim,
tornou-se claro, para mim, o desejo por
uma vida religiosa e, nesse desejo, a
identificao com o carisma inaciano,
confessa Fabrcio.
Atualmente, Fabrcio participa do
Plano de Candidatos ao noviciado 2017
da Companhia de Jesus. O jovem est
morando em Teresina (PI), na residn-
cia jesuta Santo Afonso Rodriguez,
onde continua seu processo de discer-
nimento vocacional, que, segundo ele,
se deu por meio da vivncia diria em
cada situao experimentada durante
o voluntariado. A doao ao outro me
proporcionou isso, ou seja, me contem-
plar atravs do prximo. Ver o quanto
importante para o outro eu estar pre-
sente. s vezes, diante de determina-
Durante 10 dias, o jovem Yago Freire (agachado) trabalhou na Cooperativa de Catadores de Materiais Reciclveis, em Cascavel (PR)
16 17Em Em
PORTAL DO BEM
O Portal do Bem uma platafor-
ma on-line que rene e integra pessoas,
empresas e iniciativas do terceiro setor.
Lanado em 2013, pelo Colgio So Lus,
a plataforma funciona como uma vitri-
ne. De um lado, os projetos so cadastrados
para divulgar aes e buscar voluntrios, e,
do outro, voluntrios se cadastram para re-
ceber informaes e possibilidades de aju-
dar a quem precisa em diversas reas. Hoje,
o Portal do Bem tornou-se um dos maiores
canais de voluntariado do Brasil, com mais
de 140 projetos cadastrados e mais de 25
mil seguidores em sua comunidade no
Facebook.
Saiba mais:
www.portaldobem.org.br
www.facebook.com/portalbem
das situaes, sobretudo de aflies,
algumas pessoas se justificam dizendo:
No adianta estar l. Nada posso fazer.
Mas a sua presena, por mais que voc
no perceba, muito para quem neces-
sita. Quando ajudo o prximo, o pri-
meiro que est sendo ajudado sou eu,
conclui o jovem.
VOLUNTARIADO NA COMPANHIA DEJESUS HOJE
Na Companhia de Jesus, o volun-
tariado est inserido no contexto do
mundo atual e segue as diretrizes da
Companhia Universal, que contempla
o servio da f e a promoo da justia.
Segundo padre Agnaldo Barbosa Duarte,
coordenador da dimenso Voluntaria-
do Jovem do Programa MAGIS Brasil, o
trabalho voluntrio torna mais concre-
to o anncio da f e da justia, conside-
rando as diferentes realidades eclesiais,
sociais e culturais.
O voluntariado integra um dos ei-
xos do Programa MAGIS Brasil, que nor-
teia o trabalho dos jesutas com a juven-
tude. Nesse contexto, o Centro MAGIS
Fortaleza o responsvel por coordenar
esse eixo, difundindo-o e animando as
obras jesutas que querem acolher jo-
vens voluntrios.
As pessoas que desejam participar
das experincias de voluntariado na
Companhia de Jesus precisam ter entre
18 e 32 anos. Alm disso, padre Agnaldo
ressalta ser importante o jovem estar
aberto ao diferente. O voluntrio ina-
ciano algum que busca concretizar,
a partir de um servio gratuito, o exer-
ccio do bem comum e tem como fonte
de inspirao e orao a Espiritualidade
Inaciana, que forma homens e mulhe-
res para os demais, por meio da promo-
o da f e do anncio da justia, afir-
ma o jesuta.
Irmo Ubiratan de Oliveira Costa, di-
retor do Centro MAGIS Fortaleza, ressalta
que, na Companhia de Jesus, o voluntrio
acompanhado durante a experincia.
Ns, jesutas, temos a ateno de que o
voluntariado no fique somente em um
tempo, lugar, mas que seja profundamen-
te experimentado interiormente. Nossa
proposta que o jovem leve esse momen-
to para vida, conta.
O desejo de colaborar com a misso
da Companhia de Jesus percebido em
diversas partes do Brasil, entre elas a re-
gio Norte. Segundo o padre Edson Tom
Pacheco Silva, diretor do Centro MAGIS
Belm, atualmente, algumas obras jesu-
tas do estado do Par contam com o traba-
lho de voluntrios. Em 2015, contamos
com o trabalho de um jovem de Minas
Gerais, enviado pela CVX (Comunidade
de Vida Crist do Brasil), que, a partir do
ms de abril, ajudar na implementao
do Espao MAGIS, em Santarm (PA), ex-
plica o jesuta. Em 2016, esto previstas
ainda a colaborao de jovens da Colm-
bia e da Frana. Eles tm muita disposi-
o para oferecer seus dons e suas habili-
dades para o servio da misso, acredita
padre Tom.
Nesse sentido, o impulso para par-
ticipar da experincia nasce a partir de
um desejo interno. O jovem no vai a
uma experincia de voluntariado sim-
plesmente pelo tempo livre que tem,
mas pelo desejo da aventura, de apren-
der novas experincias e partilhar o que
j aprendeu com os outros, contribuin-
do para uma cultura de solidariedade e
de acolhimento, aberto ao dom gratuito
de si, ressalta padre Agnaldo.
Hoje, no Brasil, o voluntariado na
Companhia de Jesus est mais direcio-
nado aos jovens. Mas padre Agnaldo d
um importante conselho para os que
no esto no perfil exigido pelos jesu-
tas e sentem o desejo de doar-se aos
outros. Quem deseja viver a experin-
cia de voluntariado deve manter essa
vontade de fazer o bem e a diferena na
vida de algum. Tomar conscincia do
que se faz na vida cotidiana importan-
te, pois possibilita que a pessoa perceba
o que pode ser transformado em servio
til aos demais, conclui.
QUER SER VOLUNTRIO?
O jovem que deseja participar da
experincia de voluntariado precisa
ter entre 18 e 32 anos. Os interessa-
dos podem entrar em contato com a
Companhia de Jesus pelo e-mail
18 19Em Em
COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL
18 Em
JUBILEU DA COMUNIDADE DA CRIA
O CUIDADO DA CRIAO
CONVERSAES COM O PADRE GERAL
O Os jesutas da comunidade da Cria Geral celebraram juntos o jubileu do Ano da Misericrdia. A celebrao ocorreu
em trs etapas. O ponto culminante
aconteceu na sexta-feira, 18 de maro,
quando os membros da Cria peregri-
naram at a Baslica de So Pedro, para
passar pela Porta Santa e, em seguida,
celebrar missa diante do sepulcro do
Apstolo na Cripta Vaticana.
No domingo anterior, 13 de mar-
o, um grupo grande de jesutas da
comunidade havia celebrado missa
na priso Regina Coeli, acompanhan-
do o Pe. Superior, Joaqun Barrero,
que visita regulamente essa institui-
o aos sbados e domingos.
O terceiro momento importante
aconteceu em 20 de maro, quando convi-
daram para sua mesa os perto de 30 sem-
-teto que recebem acolhida no dormitrio
Dono da Misericrdia, local da Cria que
o Pe. Geral ps disposio do papa Fran-
cisco para utilizao pelos pobres.
Em 21 de maro, o boletim eletr-nico da Cria Geral publicou uma entrevista com o padre Adolfo Nicols, intitulada Conversaes com o
Padre Geral. As respostas trazem refle-
xes sobre a necessidade de adaptao da
Companhia de Jesus aos novos tempos,
principalmente sobre o papel dos leigos
na misso da Ordem religiosa. Se a his-
A Comunidade de Vida Crist (CVX) publicou recentemente um documento intitulado O cuidado da Criao. Desenvolvido pela
Comisso de Ecologia da CVX, o mate-
rial um apoio comunitrio para ao
na fronteira da Ecologia, uma das prio-
ridades da comunidade por ocasio da
tria e a realidade so a maneira que Deus
tem de nos dizer que devemos mudar e
sermos flexveis para responder aos no-
vos desafios, talvez esteja conduzindo-
-nos para modos novos de sermos seus
ministros. Talvez esteja obrigando-nos
a repensar qual o nosso papel nas ins-
tituies, talvez esteja convidando-nos a
refundar a Companhia e fazer de nosso
tesouro inaciano um patrimnio ofere-
cido a sacerdotes e leigos, a todos os que
desejarem partilhar a viso e a misso de
Incio, afirmou padre Adolfo Nicols.
A verso completa em PDF pode
ser baixada em http://bit.ly/1qFYIvC
ltima Assembleia Mundial do Lbano.
Na publicao, podem ser encontrados
testemunhos e convites para a ao
apostlica escritos por membros das
CVX e outros do mundo todo. Um tra-
tamento especial foi reservado para o
projeto amaznico.
A publicao inclui, tambm, um
conjunto de 12 propostas para uso pelos
grupos nas reunies comunitrias, que
focalizam o crescimento em comunho
com a criao, o aprofundamento da
misso e a resposta.
A ntegra da entrevista, em espanhol,
est disponvel no link:
http://bit.ly/1UYos3b
18 19Em Em 19Em
DILOGO COM BUDISTAS SOBRE ECOLOGIA E F
MISSIONRIOS DA MISERICRDIA
JRS: ATENO OFTALMOLGICA A REFUGIADOS
Recentemente, mais de 80 pes-soas foram atendidas gratuita-mente em uma clnica oftalmo-lgica no North Parramatta, subrbio
de Sidney (Austrlia). Organizada pela
empresa OneSight, em colaborao com
o JRS (Servio Jesuta aos Refugiados), a
ateno foi gratuita para os refugiados.
O tratamento era muito necessrio
para os que vivem na nossa comunida-
de, contou Maeve Brown, coordenado-
ra do Projeto Refgio, do JRS, que inclui
servios de emergncia na regio. Os
refugiados que vivem no bairro com
um visto de trnsito tm acesso muito
limitado ao servio de sade. Coisas
como um controle da viso, atualiza-
o da graduao dos culos e at a sua
compra no so uma prioridade quando
algum precisa, primeiro, pagar aluguel
e dar de comer famlia.
No incio de maro, jesutas, monges e monjas budistas reuniram-se em uma ofi-cina promovida pela Conferncia
Jesuta de Asia-Pacfico, para parti-
lhar pontos de vista e dialogar sobre
ecologia e as religies. A reunio, or-
ganizada localmente pelo padre La-
wrence Soosai, jesuta da Provncia
jesutica de Parna, foi realizada na
ndia, na cidade de Bodhgaya, uma
das mais veneradas pelo Budismo,
pois acredita-se que foi onde Buda
alcanou a iluminao.
No boletim eletrnico da C-ria Geral (vol. XX, N. 5, de 7 de maro de 2016), foram publicados os nomes de quatro pa-
dres jesutas enviados em misso
pelo papa Francisco, junto com ou-
tros sacerdotes, como Missionrios
da Misericrdia. Inadvertidamente,
entretanto, foram omitidos os nomes
de outros missionrios, tambm je-
sutas. Por isso, ressaltamos que tam-
bm integram o grupo: Pe. Manuel
Morujo (Provncia de Portugal) e Pe.
Michael Vinai Boonlue (Regio da
Tailndia). Os outros, j menciona-
dos na publicao, so: Pe. Wendelin
Kster (Provncia da Alemanha), Pe.
Llus Victori (Provncia da Espanha),
Pe. Anthony ORiordan (Provncia da
Irlanda) e Pe. Richard Shortall (Pro-
vncia da Austrlia).
20 21Em Em
A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL
O setor Colaborao da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica Latina), aprofundando o significado e alcan-
ce de ser Colaboradores na Misso de
Cristo (PAC, objetivo 6C para a colabo-
A COLABORAO NO CORAO DA MISSO
Ressuscitar pode ter diversos significados. Conheo pes-soas que foram declaradas mortas e, contudo, voltaram a viver.
Milagres da cincia mdica moderna.
Assim, foi a ressurreio de Lzaro, que
voltou a viver e voltou a morrer depois.
A de Jesus no foi assim. A ressur-
reio de Jesus foi entrar para a VIDA.
Assim, com maisculas, Vida que no
conhece a morte. Por isso, sua ressur-
reio revela-nos o sentido da nossa
vida. Desta vida provisria pela qual
assomamos Vida. Ensina-nos que
morrer faz parte do viver e o nico
caminho para a Vida. Para ressusci-
tar, preciso morrer. Dizia Benjamin
Franklin que morrendo, acabamos
de nascer.
Por isso, a ressurreio de Jesus
RESSUSCITAR
inunda de esperana a nossa vida.
Descobrimos a morte como passa-
gem. O ltimo rito de passagem da
vida humana. A ressurreio faz com
que percamos medo das nossas mor-
tes. Ajuda a ganhar confiana nesse
passo para o desconhecido. Vence as
nossas resistncias. A deciso de Je-
sus de assumir a morte para dar vida,
para encontrar-se com a morte, s
comparvel deciso da me de assu-
mir a dor para dar luz a vida.
Muitas de nossas resistncias na
vida so medo de morrer. No com-
preendemos a ressurreio. pre-
ciso cair na terra e morrer, como o
gro de trigo. O nosso empenho para
preservarmos nossas ideias, nosso
poder, nossa juventude, nossas po-
[...] A RESSURREIO DE JESUS INUNDA DE ESPERANA A NOSSA VIDA. DESCOBRIMOS A MORTE COMO PASSAGEM. O LTIMO RITO DE PASSAGEM DA VIDA HUMANA.
Acesse o documento por meio do link
bit.ly/1SpAzWt
rao), elaborou um novo documento
durante o VI Encontro de Delegado de
Colaborao, realizado recentemente
em Santa Cruz de la Sierra (Bolvia). O
material tem como base as premissas
expressadas em um documento redi-
Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL
sies, nossas conquistas, nossas se-
guridades, no faz mais que prepar-
-los para apodrecerem. Somente se
morrer, dar fruto. Mas temos medo
das mortes porque no compreende-
mos a ressurreio como dinmica
da Vida. Disse Jesus, no Evangelho,
quele que construiu celeiros para
acumular seus frutos: insensato, no
sabes quanto te resta de vida. No de-
ves acumular, mas repartir, semear.
Salvar a vida no preciso, preciso
perd-la para ganh-la.
No temos que planejar para Deus
os seus caminhos. Temos que deixar o
Esprito soprar. No devemos amarrar
nossos haveres para que o seu sopro os
faa voar. Deixemos que Deus nos sur-
preenda. O que importa discernir.
gido no ano de 2012 e as contribuies
atuais de diversas Provncias da Am-
rica Latina.
O novo documento foi remetido
como base s reflexes dos padres Pro-
vinciais, bem como aos padres eleitores
da CPAL que, em breve, participaro da
prxima 36 Congregao Geral.
20 21Em Em
Entre 15 de fevereiro e 6 de maro, o escolstico David Jos Santos, mem-bro do Projeto Pan-amaznico da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas
da Amrica Latina), participou do curso
sobre Realidade Amaznica, em Manaus
(AM), oferecido pelo Instituto de Teologia
Pastoral e Ensino Superior da Amaznia
(ITEPES) em parceria com a CNBB (Confe-
Nos dias 12 a 15 de maro, a Co-munidade Samuel Fritz rece-beu a visita cannica do padre jesuta Jorge Cela, Superior Provincial,
por ser essa uma Comunidade da CPAL.
Alm de conversar com os membros da
equipe do Projeto Pan-amaznico da
ASSEMBLEIA DE SAN JOS DE AMAZONAS
VISITA DO PRESIDENTE DA CPAL
CURSO DE REALIDADE AMAZNICA
O padre jesuta Valrio Sartor, cola-borador do Projeto Pan-amaznico da CPAL (Projeto PAM SL), partici-pou da Assembleia do Vicariato, realizada
entre os dias 6 e 11 de maro, em Indiana
(Peru). Foi um momento importante para
conhecer melhor a realidade da Igreja pe-
ruana na fronteira com seus desafios pas-
torais e uma oportunidade de apresentar
os avanos da REPAM Rede Eclesial Pan-
-amaznica e do Projeto PAM SJ aos partici-
pantes da Assembleia. Assim, dialogar com
o Bispo Javier Travieso e demais participan-
tes do evento sobre possveis aes articu-
ladas em benefcio da Amaznia.
CPAL, foi realizada tambm uma reu-
nio para socializar os avanos e as pro-
jees da iniciativa. Agradecemos ao
Pe. Jorge pela visita, pela convivncia
amistosa e pelo incentivo continuida-
de desta misso na Amaznia, uma das
prioridades da CPAL.
Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 24 Maro 2016
Acesse o link (bit.ly/1SjqOIv) do Portal Jesutas Brasil e faa o download das edies completas da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal.
rncia Nacional dos Bispos do Brasil).
O curso pretende oferecer uma viso
panormica das diversas problemticas
que afetam a regio Pan-amaznica e suas
populaes. Participaram da formao 47
missionrios (as) que sero implicados
na regio amaznica. Entre eles, estavam
presentes os padres jesutas Jos Miguel
Clemente e Jos da Silva Andrade.
22 23Em Em
COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F
22 23Em Em
COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F
Uma missa comemorativa cele-brou os dois anos da canoni-zao de So Jos de Anchieta, no dia 3 de abril. Dezenas de famlias
acompanharam a cerimnia realizada
no Santurio Nacional de Anchieta, no
Esprito Santo. A uma s voz, as pessoas
entoaram: Anchieta, santo, missionrio,
intercessor! Vem nos ajudar a bem servir
o reino do Senhor, hino composto pelo
padre jesuta Eliomar Ribeiro de Souza.
Na cerimnia, foi apresentada a
Bula de Canonizao do padroeiro e
apstolo do Brasil. O documento, que
insere, definitivamente, Anchieta no
catlogo dos santos da Igreja Catlica,
foi recebido com aplausos e cnticos
de honra. Agora, a Bula ser mantida
no Santurio, sendo exposta esporadi-
camente para no se deteriorar devido
luz e temperatura.
Segundo o padre Csar Augusto dos
Santos, reitor do Santurio, a Bula o des-
fecho de um processo que levou mais de
400 anos. Esse um belssimo documen-
to, produzido em pele de cabra, com letras
bordadas, em que Francisco decreta, como
MISSA CELEBRA OS DOIS ANOS DA CANONIZAO DE ANCHIETA
Conhea o novo site do Santurio
Nacional de So Jos de Anchieta:
santuariodeanchieta.com
sucessor de Pedro, que Jos de Anchieta
tem virtudes que devem ser olhadas por
todos os catlicos, afirma o jesuta.
A missa tambm foi transmiti-
da on-line pelo portal de notcias G1,
da Globo. A estudante de Engenharia
Qumica, Layra Valani Marim, residen-
te em So Mateus (ES), acompanhou
atenta celebrao pela internet. Foi
cerimnia maravilhosa, porque, mes-
mo morando longe, consegui rezar
junto com todos os devotos de So
Jos de Anchieta, participando da li-
turgia e recebendo a beno com a re-
lquia do santo, conta.
24 25Em Em
COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA
O padre jesuta Josaf Carlos Si-queira apresentou a confern-cia A biodiversidade no pode esperar: chaves para compreender a En-
cclica Laudato Si, no dia 30 de maro,
no Santurio Nacional de So Jos de
Anchieta, em Anchieta (ES). Cerca de
cem pessoas, entre representantes do
poder pblico, estudantes, professores
e cidados, participaram do evento, que
abordou a importncia da preservao
do meio ambiente e o impacto de nos-
sas aes na natureza.
Segundo o padre Csar Augusto dos
Santos, reitor do Santurio, a biodiver-
sidade um assunto urgente e de res-
ponsabilidade de todas as esferas da so-
ciedade. Nosso Santurio se preocupa
com as questes ambientais, a exemplo
de So Jos de Anchieta, que foi pio-
neiro no Brasil ao falar, na Carta de So
Vicente, sobre ecologia. A data dessa
carta tornou-se o Dia Nacional da Mata
Atlntica, explica padre Csar.
Durante a conferncia, padre Jo-
saf apontou que a Laudato Si a pri-
meira encclica com enfoque ecolgi-
co na histria da Igreja Catlica. Para
o conferencista, o objetivo do docu-
mento promover reflexo, dilogo e
a busca por solues para a crise eco-
lgica do mundo atual, que perpassa
temas como aquecimento global e a
cultura do desperdcio, problemas
que afetam diretamente a qualidade
da vida humana.
O professor do SENAI (Servio Na-
cional de Aprendizagem Industrial) e
estudante de Biologia, Junicezar Sou-
za Lieres, garante que a conferncia o
surpreendeu positivamente ao deixar
claro que a responsabilidade pela pre-
servao do planeta de todos. Foi
muito proveitoso. Padre Josaf abordou
as consequncias que o consumismo
moderno causa dentro da nossa casa.
Sa com a sensao de entender muito
bem o que significa desenvolvimento
sustentvel. Cuidar do planeta cuidar
de ns mesmos, ressalta.
O estudante do curso tcnico em
Meio Ambiente do SENAI, tila de Ama-
ral, concorda: O conferencista acres-
centou valores e orientaes muito
pertinentes sobre a questo ambiental.
Essa mudana cultural em favor da pre-
servao ambiental necessria.
O padre Josaf, reitor da PUC-Rio
(Pontifcia Universidade Catlica do
Rio de Janeiro), mestre e doutor em
Cincias Biolgicas (Biologia Vegetal)
pela Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas). Em 2015, participou da
21 Conferncia das Partes (COP-21), em
Paris (Frana).
Jesuta ressaltou que a Laudato Si a primeira encclica da histria com enfoque ecolgico
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PADRE JOSAF APRESENTA CONFERNCIA SOBRE BIODIVERSIDADE
24 25Em Em
COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO
Se voc tivesse a oportunidade de fazer uma pergunta ao papa Francisco, qual seria? Esse desa-fio foi aceito por crianas de 24 pases,
com idade entre 6 e 13 anos. Os peque-
nos enviaram cartas com perguntas di-
versas ao pontfice e, agora, possvel
conhecer suas respostas no livro Que-
rido Papa Francisco, recm publicado
pela Edies Loyola.
A obra, um projeto da editora
americana Loyola Press, contou com
a colaborao de vrios voluntrios
jesutas e leigos do mundo todo, em
especial do padre Antonio Spadaro, SJ,
diretor da revista La Civilt Cattolica.
Ele reuniu-se com Francisco, na Casa
Santa Marta, onde foram seleciona-
das 30 cartas, das 259 recebidas pelo
Vaticano. Todas as correspondncias
foram reunidas em um livro, entregue
ao pontfice. Responder a tantas per-
guntas foi uma misso complexa para
o papa. Estas questes so difceis,
expressou Francisco sorrindo.
Saiba mais em
www.queridopapafrancisco.com.br
EDIES LOYOLA LANANOVO LIVRO DO PAPA
No Brasil, o padre Eduardo Teixeira
Henriques, reitor do Santurio Nossa
Senhora de Ftima, foi o responsvel
por selecionar as cartas brasileiras. A
Loyola Press, editora jesuta de Chicago
(EUA), encaminhou o projeto, pelo qual
logo me entusiasmei! Nesse processo,
tive a ajuda do professor Joo Rami-
ro, coordenador do Sorpa (Servio de
Orientao Religiosa e Pastoral do Col-
gio Antnio Vieira), explica.
O jesuta conta que quatro cartas de
alunos do Colgio Antnio Vieira foram
escolhidas. Ns enviamos cartas de
dois meninos e duas meninas. Verti o
material para o ingls, anexei os origi-
nais, as fotos das crianas e enviei tudo
por correio. Em janeiro de 2016, recebi
A RESPOSTA DO PAPA MUITO INACIANA: VAMOS AO CATECISMO PARA CONHECER MELHOR O NOSSO AMIGO JESUS
Padre Eduardo Teixeira Henriques
Em obra, Francisco responde perguntas de crianas de 24 pases
a confirmao de que a carta da nossa
aluna Ana Maria estava entre as que fa-
zem parte do livro. Segundo padre Edu-
ardo, os principais critrios utilizados
para a seleo das cartas que compem
o livro foram: manter o equilbrio en-
tre meninos e meninas; contemplar os
cinco continentes; a originalidade e/ou
relevncia da pergunta.
O questionamento de Ana Maria,
10 anos, foi sobre a importncia da ca-
tequese para as crianas. Para o padre
Eduardo, a resposta do Papa muito
inaciana: Vamos ao catecismo para
conhecer melhor o nosso amigo Je-
sus. Ouve-se logo o eco do pedido de
graa que Santo Incio de Loyola esco-
lheu para a segunda semana dos seus
Exerccios Espirituais: pedir o conhe-
cimento interno de Cristo, para mais
am-lo e segui-lo.
O jesuta revela que ficou encantado
com a sensibilidade de Francisco: o li-
vro j valeria a pena s pelas perguntas e
desenhos das crianas! Mas as respostas
do papa tambm mereceriam ser edita-
das sozinhas. Com a sua reconhecida
sensibilidade e estilo inconfundvel,
Francisco nos surpreende uma vez mais!
Em suas respostas, vrias vezes, ele faz
referncia aos desenhos. como se es-
tivesse na presena e olhando para as
crianas, apreendendo contemplativa-
mente o universo interior e a realidade
vivida por cada uma delas, afirma.
26 27Em Em
O padre Manuel Eduardo Igle-sias lanou, pelas Edies Loyola, seu mais novo li-vro, Contemplaes Inacianas: para
aproximar-se de Jesus. A obra rene 38
textos, que tratam da vida pblica de
Jesus, de sua Paixo e Ressurreio a
partir de contemplaes inacianas
um tipo de leitura orante do Evan-
gelho em que a imaginao e o afeto
tm papel preponderante.
Para padre Iglesias, o essencial do
Cristianismo a experincia do amor
de Deus revelado por Jesus. Santo
Incio viveu esta experincia funda-
mental e se esforou para que outras
pessoas conseguissem fazer a sua
prpria experincia. Experimentando
que s podemos amar a Deus quan-
do nos sentimos amados por ele, por
isso, nos ofereceu os Exerccios Espi-
rituais (EE) como um mtodo a servi-
o dessa experincia, afirma.
A convivncia do jesuta com jo-
vens e adultos que vivenciaram os EE
foi sua inspirao para escrever o li-
vro. Segundo ele, aps uma breve ex-
plicao e prtica desse modo de orar,
as pessoas manifestavam o quanto os
EE lhes ajudavam. Elas diziam que
nunca tinham pensado que se podia
rezar assim. A partir da, ocorreu-me
a ideia de entregar, nos dias de retiro,
algumas contemplaes que eu, s
vezes, redijo para meu uso pessoal.
Verifiquei que ajudam bastante e, em
vista disso, pensei que poderia publi-
car um livrinho com o objetivo de di-
vulgar esse modo de rezar. Algumas
das contemplaes reunidas so da
minha autoria e outras de uma amiga
leiga, que autorizou sua publicao
com a condio de que no constasse
seu nome, explica.
Padre Iglesias j escreveu 11 livros
na linha da espiritualidade de Santo
Incio de Loyola. Ele explica que as
chamadas contemplaes inacianas
so o modo de orao predileto de
Incio e ocupam mais do 80% dos
exerccios de orao do seu livro.
Incio pede a graa, nas contempla-
es da vida de Jesus, de um conheci-
mento interno de Cristo para, assim,
poder am-lo e segui-lo. Quem con-
VIDA DE JESUS TEMA DE LIVRO DO PE. IGLESIA
templa, entra e participa da cena evan-
glica, vendo, ouvindo e observando a
pessoa de Jesus e as pessoas que o ro-
deiam. Incio vai mostrando, a quem
contempla, a importncia de discernir
os movimentos interiores que experi-
menta, assim como a refletir como a
vida de Jesus pode inspirar o concreto
da sua prpria vida, conclui.
Obra rene 38 textos, que apresentam a vida de Cristo a partir da contemplao inaciana
SANTO INCIO VIVEU ESTA EXPERINCIA FUNDAMENTAL E SE ESFOROU PARA QUE OUTRAS PESSOAS CONSEGUISSEM FAZER A SUA PRPRIA EXPERINCIA
Padre Manuel Eduardo Iglesias
26 27Em Em
COMPANHIA DE JESUS EDUCAO
Entre os dias 14 e 16 de maro, a Unicap (Universidade Catlica de Pernambuco) sediou a Con-ferncia de Cincias Sociais da FIUC
(Federao Internacional das Universi-
dades Catlicas). O evento, com o tema
Cincias Sociais Positivas: construo de
uma cidadania global, reuniu estudan-
tes e especialistas da rea.
O presidente mundial da FIUC e reitor
da Unicap, padre Pedro Rubens Ferreira
de Oliveira, abriu o evento ao lado do se-
cretrio-geral, monsenhor Guy Real Thi-
vierge; do presidente do Grupo Setorial
de Cincias Sociais e professor da Univer-
sidade Comillas (Espanha), Fernando Vi-
dal, ambos da FIUC; e do assessor de Rela-
es Internacionais e Interinstitucionais
da Unicap, Thales Castro.
Na ocasio, padre Pedro Rubens
enfatizou sua satisfao em receber o
evento na Unicap. Nas suas palavras de
boas-vindas, ele pontuou os contrastes
do Brasil e as conquistas que o pas al-
canou nos ltimos anos, mas chamou
a ateno para as ameaas advindas das
crises poltica e econmica.
PSICOLOGIA POSITIVA
Durante o evento, foram realizadas
CONFERNCIA DE CINCIAS SOCIAIS DA FIUC REALIZADA NA UNICAP
diversas apresentaes, uma delas a do
professor e pesquisador da Universi-
dade Complutense de Madri, Gonzalo
Hervs, que fez a conferncia de aber-
tura Aportes Positivos da Psicologia para
Cincias Sociais.
Doutor em Psicologia, o profes-
sor Hervs tratou de um estudo am-
plo sobre o bem-estar e a felicidade.
Segundo ele, durante muito tempo,
a psicologia dedicou-se a estudar os
aspectos patolgicos do ser humano,
mas agora centra-se tambm nos as-
pectos positivos.
A Psicologia Positiva, tambm cha-
mada de cincia da felicidade, uma
corrente da psicologia, encabeada nos
Estados Unidos por Martin Seligman,
da Universidade da Pennsylvania, e tem
procurado investigar as fontes do bem-
-estar e da felicidade, desenvolvendo
uma imagem mais equilibrada do ser
humano em nvel psicolgico e refle-
tindo no apenas suas fragilidades, mas
tambm suas fortalezas.
IGUALDADE E INCLUSO
O professor, pesquisador e doutor em
Sociologia, Luis De Olmos, da Universi-
dade Catlica de Valncia, falou sobre A
O padre Pedro Rubens Ferreira de Oliveira, presidente mundial da FIUC e reitor da Unicap, abriu o evento
igualdade e a incluso como condies da
democracia real. Ele iniciou sua apresen-
tao respondendo pergunta: por que
surge agora a reivindicao de uma de-
mocracia real? Segundo ele, a conscincia
cidad deu origem crise econmica que
comeou nos Estados Unidos em 2007. A
liberalizao, desregulao, falta de con-
trole e de proteo de todos os seres hu-
manos ante os interesses, a especulao e
ao latrocnio das grandes corporaes so
os fatores geradores da crise. A conveni-
ncia do poder poltico e sua submisso
a esses interesses foram percebidos como
sequestro da democracia e como ditadu-
ra dos mercados, enfatizou.
Respondendo ainda pergunta, o
palestrante frisou que os novos mo-
vimentos sociais surgem por todo o
mundo como protesto a tudo aquilo
que atenta dignidade e aos direitos
da pessoa humana. De acordo com ele,
em alguns pases, esto surgindo par-
tidos polticos diretamente dos movi-
mentos sociais. Em outros, aparecem
candidatos que lideram e simbolizam,
de algum modo, os desejos de reforma
poltica e social.
Saiba mais em bit.ly/1RCKMga
28 29Em Em
Nos dias 4 e 5 de abril, aconte-ceu o primeiro Encontro de Comunicao da Rede Jesu-ta de Educao, no Rio de Janeiro (RJ).
O encontrou reuniu representantes
do setor de Comunicao dos col-
gios e teve como objetivo o comparti-
lhamento de boas prticas e a troca de
experincias. O delegado para a Edu-
cao Bsica, padre Mrio Sunder-
mann, e o coordenador de Comunica-
o da Provncia BRA, padre Anselmo
Dias, tambm estiveram presentes.
No encontro, os representan-
tes apresentaram os processos e os
produtos de comunicao das insti-
REDE JESUTA DE EDUCAO DISCUTE ESTRATGIASDE COMUNICAO
tuies, assim como a estrutura de
funcionamento da rea. Cada um de
ns pode conhecer um pouco mais do
trabalho do outro e percebemos que
existem distintas realidades. Em al-
guns colgios, a comunicao mais
bem organizada, outros passam por
uma renovao, etc., afirmou Marcia
Savino, do Colgio Anchieta, de Nova
Friburgo (RJ).
Nas discusses em grupo, foram
debatidos os primeiros passos para
uma atuao mais prxima das reas
de Comunicao dos colgios. A im-
portncia de pensar a comunicao
de forma estratgica e a possibilidade
do desenvolvimento de aes con-
juntas, plano de lanamento do PEC,
assim como a utilizao do Moodle,
tambm foram temas abordados du-
rante o encontro.
Padre Mrio lembrou que o uso do
Moodle pelo setor tambm deve obe-
decer s diretrizes do PEC (Projeto Edu-
cativo Comum), como, por exemplo,
o olhar sob o foco da aprendizagem.
Agora, a perspectiva que o grupo ali-
mente e amplie o intercmbio propor-
cionado pelo encontro, aprimorando e
alinhando as estratgias conjuntas para
a Comunicao dos colgios e da Rede
Jesuta de Educao.
28 29Em Em
Odia 4 de abril, o IHU (Insti-tuto Humanitas Unisinos) assumiu a veiculao dos contedos da Adital (Agncia de In-
formao Frei Tito para a Amrica
Latina e Caribe). Aps uma srie de
mudanas, a diretoria da instituio
decidiu confiar ao IHU a continuida-
de de seu trabalho, que se encerrar
no final de 2016. A previso de que
at setembro ser continuada a publi-
cao simultnea dos dois sites.
A Adital repassar todo seu ban-
co de dados para o IHU, o que inclui
mais de 90 mil matrias, em espanhol
e portugus, objeto constante de pes-
quisas de leitores e profissionais da
comunicao, e sua mala direta, com
cerca de 100 mil endereos eletr-
nicos cadastrados. Segundo o padre
Incio Neutzling, diretor do IHU, esse
ser um momento importante, pois
possibilitar maior penetrao do
Instituto Humanitas Unisinos nos pa-
ses de lngua espanhola.
Em entrevista ao portal IHU on-line,
o padre italiano Ermanno Allegri, natu-
ralizado brasileiro e idealizador da Adi-
tal, conta que a filosofia das instituies
parecida. Percebo que uma parceria
que pode garantir que a Adital no desa-
parecer, porque o tipo de informao
que ns fornecemos vai ao encontro da
filosofia de informao com que o IHU
trabalha. Ento, esse o motivo princi-
IHU UNISINOS ASSUME VEICULAO DOS CONTEDOS DA ADITAL
COLGIOS DA RJE CELEBRAM ANIVERSRIO
pal da parceria: confiana no tipo de in-
formao e na competncia que o IHU
demonstra, afirma.
A integrao com a Adital fomen-
tou a renovao do site do IHU, que
responder mais ao esquema de um
portal, e deve alcanar antigos e novos
leitores por meio das tecnologias mais
modernas. Alm do envio dos e-mails e
da presena nas redes sociais da Inter-
net, como Facebook e Twitter, a nova
plataforma ser responsiva, o que per-
mitir o acesso adequado e o comparti-
lhamento de contedo via dispositivos
mveis, como tablets e smartphones. A
previso que o novo site seja lanado
em agosto deste ano.
ADITAL
Fundada em fevereiro de 2000, a
Adital nasceu com a finalidade de di-
vulgar o protagonismo dos novos atores
sociais da Amrica Latina e do Caribe. O
padre Ermanno Allegri conta que a Adi-
tal comeou de uma conversa com Frei
Betto, que conheceu um empresrio
italiano que se ofereceu para financiar a
iniciativa por algum tempo. Hoje, mais
de 100 mil pessoas recebem nosso ma-
terial. Contamos, ainda, com a colabora-
o de inmeras pessoas como fonte que
nos enviam notcias e artigos. So textos
escritos por gente de destaque em seus
pases, conclui.
Os colgios Antnio Vieira e Dio-cesano celebraram mais um ano de existncia no ms de maro. A instituio de Salvador (BA), que co-
memorou seus 105 anos de fundao
no dia 15, abriu as portas para receber as
famlias de alunos, ex-alunos, professo-
res e funcionrios em uma srie de ati-
vidades especiais. Em Teresina, diver-
sos eventos ao longo do ano iro marcar
o aniversrio de 110 anos do Diocesano,
completados no ltimo dia 25.
30 31Em Em
NOVO CICLO NA ESCOLA SANTO AFONSO RODRIGUEZ
Na dcada de 1960, os primeiros jesutas chegaram cidade de Teresina (PI). Na ocasio, os religiosos foram convidados, pelo bis-
po da poca, a assumir o Colgio Dioce-
sano. Na regio, encontraram desafios
e necessidades pastorais, principal-
mente, na periferia da cidade. Assim,
resolveram investir em obras sociais na
regio rural de Socopo. Na poca, um
morador fez a doao de uma grande
rea, a partir da os jesutas planejaram
uma srie de obras, que envolveu cre-
ches, um posto mdico, uma casa de
retiros e uma Escola Agrcola, denomi-
nada Escola Santo Afonso Rodriguez,
explica padre Domingos Mianulli, coor-
denador geral da instituio.
A ESAR, como conhecida a Escola
Santo Afonso Rodriguez, iniciou suas ati-
vidades em 1965. Segundo padre Domin-
gos, com o passar dos anos, o contexto
da regio mudou e Socopo deixou de ser
uma zona rural tornando-se, aos pou-
cos, periferia de Teresina. Dessa forma,
a escola, que era essencialmente agrco-
la, passou a exercer suas funes educa-
cionais voltadas ao Ensino Fundamen-
tal, ampliando, aps muitos anos, seu
atendimento ao Ensino Mdio. Devido
s dificuldades financeiras, a ESAR sem-
pre contou com parcerias. Para o Ensino
Fundamental, esse convnio foi firmado
com a Secretaria Municipal de Educao
e, para o Ensino Mdio, com a Secretaria
Estadual, esclarece o jesuta.
Em 2014, a Rede Jesuta de Educao
(RJE) decidiu que a ESAR passaria a incor-
porar a Rede, como escola jesuta. Criou-
-se, assim, uma situao bastante singu-
lar. As escolas jesutas, sob a liderana
da RJE, procuram implementar cada vez
mais um projeto educativo conforme as
Diretrizes da Companhia de Jesus, res-
salta padre Domingos.
No caso da Escola Santo Afonso Ro-
driguez, o projeto educativo era espec-
fico da Rede Municipal de Teresina. Em
2015, tornou-se cada vez mais evidente
a incompatibilidade entre o projeto de
uma escola da Rede Jesuta de Educao
e a gesto pedaggica e de projetos dos
poderes pblicos. Com a criao da Pro-
vncia dos Jesutas do Brasil-BRA, essa
problemtica foi sendo aprofundada,
refletida e discernida para buscar novas
possibilidades, inclusive de ordem fi-
nanceira. Assim, em dezembro de 2015,
foi comunicado oficialmente que a ESAR
rescindiria seu convnio com a Secretaria
Municipal de Educao, responsvel pelo
Ensino Fundamental, afirma o jesuta.
Atualmente, a escola atende cerca de
700 alunos com bolsas integrais, todos
eles provenientes de famlias de baixa
renda. Essa iniciativa s se torna pos-
svel graas ao planejamento apostlico
da Provncia BRA e ao projeto de filan-
tropia da ANI (Associao Nacional de
Instruo), uma das mantenedoras da
Companhia de Jesus, diz padre Domin-
gos, que afirma que o convnio com o
Estado do Piau, para o Ensino Mdio,
ainda continua.
Aps um intenso trabalho de seleo
e formao de novos professores, as au-
las iniciaram no dia 15 de fevereiro. J d
para perceber, com satisfao e esperan-
a, a mudana de clima institucional e a
possibilidade de tornar esta escola uma
instituio de referncia. Desde a funda-
o da ESAR, muito foi realizado. Os no-
vos olhares e possibilidades do momento
respondem aos novos tempos e desafios
da Companhia de Jesus e da sociedade.
Por esse motivo, nunca podemos deixar
de agradecer a Deus pelo empenho e de-
dicao de tantos jesutas e colaborado-
res leigos que por aqui passaram nesses
50 anos. Para todos eles, meu muito obri-
gado!, finaliza padre Domingos.
ESAR atende cerca de 700 alunos com bolsas integrais
OS NOVOS OLHARES E POSSIBILIDADES DO MOMENTO RESPONDEM AOS NOVOS TEMPOS E DESAFIOS DA COMPANHIA DE JESUS E DA SOCIEDADE.
Padre Domingos Mianulli, coordenador geral da Escola Santo Afonso Rodriguez
30 31Em Em
AGENDA |
JUBILEUS
Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioLocal | Rio de Janeiro (RJ)Horrio | 9h s 18hSite | www.clfc.puc-rio.br
Casa de Retiros Itaici /Vila Kostka Tema | Msticos e msticas dos sec. XVI e XVIILocal | Indaiatuba (SP) Orientador | Pe. Geraldo Luiz De Mori, SJSite | www.itaici.org.br
SIES Salvador (Servio Inaciano de Espiritualidade)Tema | Maria e a EucaristiaHorrio | 8h s 12hLocal | Salvador (BA)Coordenao | Equipe do SIESContato | [email protected]
MAIO
Centro Loyola de F e Cultura PUC-Rio Tema | Jesus e as mulheresHorrio | 19h s 21hLocal | Rio de Janeiro (RJ)Professor | Francisco OrofinoSite | www.clfc.puc-rio.br
Pateo do CollegioTema | A pedagogia jesutica Horrio | 14hLocal | So Paulo (SP)Inscries | bit.ly/1UDPqNn
11 A 18 21CURSO CICLO DE DEBATES
15
20 A 22
29
CURSO
MANH DE ORAO
60 ANOS DE COMPANHIAEm 21 de abril
Pe. Valdeli Carvalho da Costa
50 ANOS DE COMPANHIAEm 9 de Abril
Ir. Manoel Moreira de Menezes
Em 17 de Abril
Pe. Csar Augusto dos Santos
RETIRO TEMTICO DE PENTECOSTES PARA JOVENS