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Em EDIÇÃO 23 ANO 3 ABRIL 2016 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL PAPA CONDENA VIOLÊNCIA NA BÉLGICA pág. 10 CÚRIA GERAL CELEBRA O ANO DA MISERICÓRDIA pág. 18 PRESIDENTE DA CPAL VISITA MISSÃO NA AMAZÔNIA pág. 21 DOAR-SE AO PRÓXIMO É UMA DAS MOTIVAÇÕES DAS PESSOAS QUE SE PROPÕEM A VIVENCIAR O VOLUNTARIADO NA COMPANHIA DE JESUS especial pág. 12 A ALEGRIA DE SERVIR

23ª Edição Em Companhia

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  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 23ANO 3ABRIL 2016INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    PAPA CONDENA VIOLNCIA NA BLGICA

    pg. 10

    CRIA GERAL CELEBRA O ANO DA MISERICRDIA

    pg. 18

    PRESIDENTE DA CPAL VISITA MISSO NA AMAZNIA

    pg. 21

    DOAR-SE AO PRXIMO UMA DAS MOTIVAES DAS PESSOAS QUE SE PROPEM A VIVENCIAR O VOLUNTARIADO NA COMPANHIA DE JESUS

    especial pg. 12

    A ALEGRIA DE SERVIR

  • FOTO

    : NIN

    JA M

    IDIA

  • 4 5Em Em

    SUMRIO EDIO 23 | ANO 3 | ABRIL 2016

    EDITORIAL Ir ao encontro do Outro

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Missionrio da espiritualidade

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Atentado em Bruxelas: papa condena

    a violncia

    Pontifcia Universidade Gregoriana tem novo reitor

    ESPECIAL Doar-se aos demais

    MUNDO CRIA GERAL Jubileu da comunidade da Cria Conversaes com o Padre Geral O cuidado da Criao JRS: ateno oftalmolgica a refugiados Dilogo com Budistas sobre ecologia e f Missionrios da Misericrdia

    AMRICA LATINA CPAL Ressuscitar A colaborao no corao da misso Curso de Realidade Amaznica Assembleia de San Jos de Amazonas Visita do presidente da CPAL

    SERVIO DA F Missa celebra os dois anos da canonizao

    de Anchieta

    6

    78

    10

    12

    18

    20

    23

    Os voluntrios so aqueles que cultivam a alegria de doar-se aos outros

  • 4 5Em Em

    EmJESUTAS BRASIL

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Padre Josaf apresenta conferncia sobre biodiversidade

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Papa responde cartas de crianas em novo livro Vida de Jesus tema de livro do Pe. Iglesia

    EDUCAO Conferncia de Cincias Sociais da FIUC realizada

    na Unicap

    Rede Jesuta de Educao discute estratgias de comunicao

    IHU Unisinos assume veiculao dos contedos da Adital Colgios da RJE celebram aniversrio Novo ciclo na Escola Santo Afonso Rodriguez

    JUBILEUS

    AGENDA

    24

    25

    27

    3131

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de

    Comunicao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALPe. Anselmo Dias

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    rica Silva

    ANNCIOHanderson Silva

    COLABORADORES DA 23 EDIODayane Silva, Dhyovaine Nascimento, Pe. Do-

    mingos Mianulli, Pe. Francisco de Assis Sec-

    chim Ribeiro, Marcia Savino, Pedro Risaffi,

    Pe. Valrio Sartor e Ana Ziccardi (reviso). Um

    agradecimento especial a todos que colabora-

    ram com a matria especial dessa edio.

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    Flickr - Ninja Midia (anncio)

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIA Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 7Em Em

    O servio voluntrio fruto da experincia profunda com Deus. Os Exerccios Espiritu-ais so a grande riqueza deixada por

    Santo Incio para a Companhia de Je-

    sus e para a Igreja, que servem como

    instrumento na vivncia dessa experi-

    ncia. A relao ntima com o Senhor

    da vida leva a criatura a encontrar-se

    com o Criador e tomar conscincia do

    sentido para o qual foi criada. [EE 23]

    EDITORIAL

    IR AO ENCONTRO DO OUTRO

    Pe. Jonas Elias Caprini, SJSecretrio para Juventude e Vocaes da BRA e coordenador do programa MAGIS Brasil

    A Provncia dos Jesutas do Brasil

    (BRA) vem trabalhando para que todos

    aqueles que bebem da espiritualidade

    inaciana tenham uma experincia prtica

    de todo o bem vivenciado, colocando-se

    com seus dons a servio dos mais neces-

    sitados. Todo trabalho voluntrio dentro

    da dinmica inaciana precedido pela

    experincia da orao.

    A juventude compe o pblico

    maior nos trabalhos voluntrios. Te-

    mos, dentro das opes apostlicas

    da BRA, o Programa MAGIS Brasil, que

    prope ao jovem, depois da experincia

    dos Exerccios Espirituais, o Volunta-

    riado Jovem e a insero sociocultural,

    para que ele faa uma oblao como

    Santo Incio, Tomai Senhor e Recebei.

    Para ser Igreja livre e libertadora, pre-

    cisamos nos despir de certas ideologias

    que nos distanciam dos ensinamentos de

    Jesus. O mundo est marcado pela injus-

    tia, pois poucos detm a maior parte das

    riquezas e muitos ainda padecem dons

    bens bsicos de sobrevivncia. Diante

    dessa situao, o que podemos fazer? Al-

    guns passos so necessrios.

    Ter sensibilidade crist, pois no

    adianta ficarmos comovidos com o so-

    frimento dos outros se nossa postura

    e prtica no passam de assistencia-

    lismos rasos. s vezes, vivemos uma

    prtica religiosa enganadora que tende

    a querer levar a salvao e libertao ao

    outro, sem antes experienciarmos pro-

    fundamente o Cristo encarnado. Pre-

    cisamos de aes que desconstruam a

    O SERVIO VOLUNTRIO PODE DESCONSTRUIR MUITAS COISAS: PRECONCEITOS, IDEOLOGIAS, COMODISMOS.

    sociedade que alimenta a desigualdade

    e assumir compromissos efetivos de lu-

    tar pela transformao de todo sistema

    que reproduz injustias.

    Ir ao encontro do Outro de verdade

    comprometer-se com ele, pois mui-

    to fcil dar esmola ao pedinte ou fazer

    doaes no final do ano para celebrar

    o Natal com a conscincia tranquila,

    sem um compromisso que transforma

    a sociedade. No contato direto com o

    Outro que sofre, somos desafiados a

    enxerg-lo em sua alteridade. O servio

    voluntrio pode desconstruir muitas

    coisas, como preconceitos, ideologias,

    comodismos, e provocar a conscincia

    crtica que lana para a participao na

    vida poltica e social.

    A Converso, uma dinmica cons-

    tante na vida humana, convida-nos

    aproximao do projeto de Cristo. In-

    felizmente, apenas a catequese doutri-

    nria no ajuda suficientemente a bus-

    carmos o caminho de Jesus. Viver uma

    religiosidade piedosa, que no conse-

    gue ultrapassar a emoo assistencia-

    lista, no nos aproxima do projeto do

    Reino de Jesus. Caminhar com Ele sig-

    nifica viver como Ele viveu, reagir como

    Ele reagiu, ter os olhos e o corao de

    Jesus para com todos. O contato com o

    empobrecido numa postura de servio

    generoso e gratuito transforma a vida

    de quem recebe e de quem se doa.

    Nesta edio do Em Companhia,

    apresentaremos as iniciativas e os teste-

    munhos das experincias de voluntaria-

    do que a Companhia de Jesus vem reali-

    zando para aproximar todos aqueles que

    desejam viver uma experincia de con-

    verso concreta no seguimento a Cristo.

    Boa leitura!

  • 6 7Em Em

    CALENDRIO LITRGICO

    Bem-aventurada Virgem Maria,

    Me da Companhia de Jesus

    So Pedro Cansio

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus ABRIL

    DIA 22

    DIA 27

  • 8 9Em Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Pe. Lus Gonzlez-Quevedo, SJ

    Movido pelo exemplo do seu pai, padre Lus

    Gonzlez-Quevedo formou-se em Direito, na

    Espanha. Mas, com apenas 22 anos, decidiu

    largar os tribunais. Aquele projeto de vida no

    me fazia feliz, relembra o jesuta, conhecido

    como Pe. Quevedinho. Foi assim que ele

    ingressou na Companhia de Jesus, j decidido

    a ser enviado s Misses na Amrica Latina.

    Em 1968, o religioso desembarcou no Brasil e,

    ao longo desses 48 anos no pas, dedicou-se a

    trabalhos importantes, dentre os quais o de ser

    mestre dos Novios, editor da Revista Itaici e

    autor de sete livros.

    Essas so algumas das histrias inspiradoras

    que Pe. Quevedinho compartilha a seguir,

    em entrevista especial ao informativo

    Em Companhia.

    eu lhes garanto que o Conclio vai melhorar as coisas. Um

    daqueles jovens religiosos era Pedro Casaldliga, que veio

    ao Brasil e tornou-se um cone da Igreja dos Pobres.

    O senhor formado em Direito?

    Eu me formei em Direito, porque meu pai era juiz, mas

    um juiz que no tem cara de juiz, segundo dizia o povo. Tan-

    to meu irmo, Calixto, como eu gostvamos muito do nosso

    pai e os dois quisemos seguir o caminho dele. ramos estu-

    dantes em tempo integral. Eu estudava bastante e tirava notas

    boas. Era previsvel que poderia passar em qualquer concurso

    e limitar minha vida ao desempenho dos deveres de um ope-

    rador do Direito, como se diz hoje. No creio que alcanasse a

    fama do juiz Moro (o heri ou o vilo do momento). Mas, aos

    meus 22 anos, aquele projeto de vida no me fazia feliz.

    Na minha famlia, havia muitos padres e freiras. Alm dis-

    O senhor ingressou na Companhia de

    Jesus em 1961. Como foi entrar na vida

    religiosa em tempos de muito conflito,

    marcados pela agitao poltica e econ-

    mica e as mudanas provindas do Conc-

    lio Vaticano II?

    Eu entrei na Companhia de Jesus em

    outubro de 1961. Era um tempo muito

    mais tranquilo do que os que vieram de-

    pois. O perodo mais emblemtico da agi-

    tao estudantil foi 1968, o ano em que

    eu vim ao Brasil. O maior conflito inter-

    nacional de que recordo, daquela poca,

    foi a tenso entre os Estados Unidos e a

    antiga Unio Sovitica, quando ela ins-

    talou uma plataforma de lanamento de

    armas atmicas na ilha de Cuba. Nunca

    o mundo esteve to perto de uma guer-

    ra nuclear. Mas os dirigentes das duas

    maiores potncias da poca tiveram bom

    senso e evitaram a guerra.

    Particularmente, para a Igreja Cat-

    lica, 1961 foi um ano de muita esperan-

    a. O papa Joo XXIII tinha convocado o

    Conclio Vaticano II, a comear no ano

    seguinte. Um grupo de estudantes de

    Teologia, claretianos, estava em crise,

    a ponto de pensar em abandonar a vida

    religiosa. Mas passou por Madri um su-

    perior que lhes disse: tenham pacincia;

    MISSIONRIO DA ESPIRITUALIDADE

  • 8 9Em Em

    so, o papa Joo XXIII tinha pedido que a Igreja espanhola, na

    poca com muitas vocaes, ajudasse a Amrica Latina, por-

    que a regio precisava de missionrios. Assim, eu entrei na

    Companhia de Jesus, pensando j em ser enviado s Misses.

    Fui colega dos padres Ulpiano Vzquez e J. Ramn Fernndez

    de la Cigonha. Eles foram enviados ao Brasil antes do que eu.

    Como sempre fui fraquinho, alguns duvidavam de que eu pu-

    desse aguentar as exigncias da vida religiosa da poca, muito

    mais duras do que hoje.

    O que o motivou, durante sua formao, a fazer uma

    especializao em Espiritualidade?

    A especializao em Espiritualidade foi posterior. De-

    pois de terminar o estudo de Teologia, fui destinado a Goi-

    nia, onde me dei bem com o trabalho pastoral. Trabalhei na

    Universidade Catlica (hoje, PUC-Gois), no Seminrio da

    Arquidiocese, na CRB (Conferncia dos Religiosos do Brasil),

    na CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil) e fui o

    primeiro proco de uma Parquia de periferia. Eu no dese-

    java ir a Roma, mas o meu provincial na poca, Pe. Cristobal

    lvarez, me animou a estudar dois anos de ps-graduao.

    Eu, depois, agradeci. Para um jesuta, mesmo conhecendo j a

    Europa, muito bom morar em Roma, estudar na Universida-

    de Gregoriana e visitar Itlia, Frana e Alemanha. Na verdade,

    quem me especializou em Espiritualidade no foi a Gregoria-

    na, foram as pessoas a quem dei retiros e cursos. Depois, a

    nomeao de mestre de Novios obrigou-me a interessar-me

    pela espiritualidade.

    O senhor trabalhou em diversos campos de aposto-

    lado na Companhia. Trabalhou com universitrios,

    depois foi mestre de Novios, editor da Revista Itaici,

    diretor espiritual do Apostolado da Orao, entre ou-

    tros. Qual trabalho exigiu mais do senhor e o que mais

    lhe ensinou, nesses anos todos de Companhia de Jesus?

    Todos os trabalhos apostlicos que fiz na vida me deixa-

    ram boa lembrana. O mais exigente ou de maior responsabi-

    lidade, sem dvida, foi o de formador dos Novios. Eu assumi

    por obedincia, com temor e tremor, porque isso de ser mes-

    tre de Novios, como dizia o Pe. Pedro Arrupe, uma misso

    impossvel. Santo Incio diz que o formador deve ser amado

    por todos. E, quando se tem grupos numerosos, como tnha-

    mos na poca, isso no fcil.

    Eu me esforcei por querer bem todos os novios, ser amigo

    de todos, no fazer discriminao de pessoas. Mas claro que

    eles viam as minhas limitaes. At hoje,

    divertem-se com o meu sotaque espanhol.

    Depois, o cargo de mestre est sempre sob

    a mira de toda a Provncia. O provincial que

    me nomeou orientou-me no sentido de no

    exigir muito. A, houve troca de provincial e

    o novo me pediu que exigisse mais. Nem o

    papa Francisco agradou a todos, no seu tem-

    po de mestre e de provincial da Argentina.

    O senhor j lanou vrios livros. Como

    foi escrever O Novo Rosto da Igreja: papa

    Francisco?

    At hoje, eu j publiquei sete livrinhos.

    O Novo Rosto da Igreja: Papa Francisco (Edi-

    es Loyola), o escrevi pensando em dar a

    conhecer o novo papa aos jovens, na Jor-

    nada Mundial da Juventude, que acontece-

    ria no Rio de Janeiro, em julho de 2013. Na

    poca, o livro logo se esgotou, pois s mil

    exemplares foram impressos. Depois, para

    fazer algum acrscimo, era uma dificulda-

    de. Hoje, o papa muito conhecido e aceito

    por quase todos. Mas, no meu livro, conto

    algumas coisas que no saram em outros

    livros, porque dizem respeito relao de

    amizade que o Pe. Bergoglio, desde 1970, ti-

    nha comigo e com minha famlia.

    Como o senhor conheceu Jorge Mario

    Bergoglio? E quais as caractersticas que

    o senhor mais admira no papa Francisco?

    Atualmente, devido s inmeras vezes

    que relatei essa histria, tenho vergonha de

    contar como foi que me tornei amigo do Pe.

    Bergoglio. Portanto, para quem ainda no

    me tenha ouvido contar, basta ler meu li-

    vro, se possvel na 4 edio, que a mais

    recente. Hoje, costumo dizer que ser ami-

    go deste papa no tem mrito, porque ele

    amigo de todo o mundo. Essa uma das

    melhores qualidades que ele tem. O papa

    Francisco uma pessoa muito prxima,

    muito cordial, que se aproxima e quer ser

    amigo de todo o mundo.

  • 10 11Em Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    ATENTADO EM BRUXELAS: PAPA CONDENA A VIOLNCIA

    Em 22 de maro, a cidade de Bruxelas (Blgica) viveu mo-mentos de desespero ao ser alvo de atentados terroristas provo-

    cados pelo Estado Islmico. Ocorri-

    dos no Aeroporto Internacional de

    Zaventem e na estao de metr Ma-

    elbeekem, os ataques deixaram mais

    de 30 mortos e dezenas de feridos.

    No mesmo dia, o papa Francisco en-

    viou um telegrama ao arcebispo de

    Bruxelas, monsenhor Jozef De Kesel,

    lamentando o episdio brutal.

    Na mensagem, enviada pela Secre-

    taria de Estado do Vaticano, o pontfice

    condena a violncia cega que causa

    tanto sofrimento e destaca que con-

    fia as vtimas misericrdia de Deus e

    une-se em orao dor dos familiares.

    Ao final, afirma que implora a Deus o

    dom da paz e invoca sobre as famlias,

    e todos os belgas, as bnos divinas.

    No dia seguinte, ao final da ce-

    lebrao na Praa So Pedro, o papa

    lembrou novamente do atentado em

    Bruxelas e dirigiu-se a todas as pes-

    soas de boa vontade, pedindo que se

    unam em uma unnime condenao

    desses atos cruis e abominveis,

    que esto causando somente morte,

    terror e horror. E concluiu: A todos,

    peo para preservar na orao e pedir

    ao Senhor, nesta Semana Santa, que

    conforte os coraes aflitos e conver-

    ta os coraes dessas pessoas cegas

    pelo fundamentalismo cruel.

    Fontes: site Cano Nova | Rdio Vaticano |

    NEWS.VA

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  • 10 11Em Em

    O padre Nuno da Silva Gonalves foi nomeado pelo papa Francis-co para ser o novo reitor da Pon-tifcia Universidade Gregoriana (PUG),

    a partir de 1 de Setembro de 2016. O

    jesuta integra o corpo docente da Fa-

    culdade de Histria e Bens Culturais da

    Igreja desde outubro de 2011. Em maro

    de 2012, foi nomeado diretor do Depar-

    tamento de Bens Culturais da Igreja e,

    em outubro do mesmo ano, decano da

    Faculdade. Em maio de 2015, foi confir-

    mado Decano por mais trs anos.

    As notveis qualidades de corao

    e inteligncia do Pe. Nuno Gonalves

    e a sua afeio pela Pontifcia Uni-

    versidade Gregoriana, onde foi aluno

    de 1983 a 1995, so bem conhecidas.

    Desde o seu regresso instituio,

    comprometeu-se com competncia

    e dedicao ao desempenho e desen-

    volvimento da Faculdade de Histria

    e Bens Culturais da Igreja. Sucede no

    cargo ao padre jesuta francs Fran-

    ois-Xavier Dumortier.

    O Pe. Nuno da Silva Gonalves nas-

    ceu em Lisboa (Portugal), em 16 de ju-

    lho de 1958. Ingressou no Noviciado do

    Santssimo Nome de Jesus da Provncia

    Portuguesa da Companhia de Jesus, em

    Soutelo (Vila Verde), em outubro de 1975.

    Licenciou-se em Filosofia e Humani-

    dades, na Faculdade de Filosofia de Bra-

    ga, da Universidade Catlica Portuguesa

    (1981), e em Teologia, na Faculdade de

    Teologia da Pontifcia Universidade Gre-

    goriana, em Roma (1988). Foi ordenado

    sacerdote no Instituto NunAlvres (Cal-

    das da Sade), em julho de 1986.

    Na Faculdade de Histria da Igre-

    PONTIFCIA UNIVERSIDADEGREGORIANA TEM NOVO REITOR

    ja, da Pontifcia Universidade Grego-

    riana, em Roma, fez a Licenciatura em

    Histria da Igreja, em 1991, e o Dou-

    toramento em Histria da Igreja, em

    1995, com a tese Os Jesutas e a Mis-

    so de Cabo Verde (1604-1642).

    Foi membro do Conselho de Dire-

    o da Revista Brotria (1994-2000)

    e membro da Academia Portuguesa

    de Histria, do Centro de Estudos de

    Histria Religiosa da Universidade

    Catlica Portuguesa e do Instituto

    Histrico da Companhia de Jesus,

    desde 1996. Em 1998-1999, trabalhou

    na Conferncia Episcopal Portuguesa

    como diretor do Secretariado Nacio-

    nal dos Bens Culturais da Igreja. Foi

    Superior da Comunidade da Casa de

    Escritores de So Roberto Berlarmi-

    no (Brotria), de 1995 a 2000. E, de

    2000 a 2005, foi diretor da Faculdade

    de Filosofia da Universidade Catlica

    de Braga, alm de superior da Comu-

    nidade Pedro Arrupe, de 2004 a 2005.

    Foi conselheiro do Provincial, de 1999

    a 2004, e superior provincial, de 2005

    a 2011. Alm da tese de doutoramen-

    to, tem diversos artigos publicados

    na revista Brotria, principalmente

    sobre histria da Companhia de Je-

    sus e sobre a misso portuguesa. Foi

    tambm colaborador da Histria Reli-

    giosa de Portugal e do Dicionrio de

    Histria Religiosa de Portugal.

    Fonte: site Jesutas em Portugal

  • 12 13Em Em

    DOAR-SE AOS DEMAIS

    ESPECIAL

    doso de Abreu, 29 anos. uma forma

    de me doar por completo s pessoas,

    confessa Yago da Silva Freire, 22 anos,

    estudante de Administrao.

    O voluntrio aquele que culti-

    va o desejo de ajudar a construir um

    mundo mais digno para todos. Tenho

    um compromisso social muito forte.

    Quero dedicar a minha vida ao traba-

    lho com as pessoas, por isso, estou me

    formando em Arquitetura, com foco

    na atuao social, conta a estudan-

    te espanhola Julia Otao Gonzlez, 22

    anos. Em janeiro de 2016, ela partici-

    pou do projeto Voluntariado Jovem,

    promovido pelo Anchietanum, em So

    Paulo (SP). Na ocasio, Julia ajudou na

    acolhida dos refugiados que chegam ao

    Brasil e procuram a sede da Caritas Ar-

    quidiocesana, na capital paulista. Foi

    uma experincia muito positiva, pois

    consegui compreender tudo o que est

    acontecendo a respeito de imigrao no

    pas, ressalta.

    Aquele que no forado, que depende da prpria vontade, ou seja, que espontneo. Essas so algumas pala-

    vras que definem o que ser voluntrio,

    segundo o dicionrio. Entretanto, quem

    j participou dessa experincia garante

    que ser voluntrio vai muito alm das

    definies do vocabulrio. O volun-

    tariado foi uma escola, um desejo de

    transformao de me deixar afetar pelo

    outro, afirma o advogado Dicler Car-

    VOLUNTRIOS SO RECONHECIDOS PELA DEDICAO E DOAO AO PRXIMO

    Jovens que participaram da experincia do Voluntariado Jovem 2016, promovido pelo Anchietanum, em So Paulo (SP)

  • 12 13Em Em

    O jovem Dicler tambm viu de per-

    to o drama dos refugiados que desem-

    barcam no territrio brasileiro. Ele par-

    ticipou do voluntariado jovem, mas em

    outra instituio, no CRAI (Centro de

    Referncia e Acolhida para Imigrantes).

    Durante esse perodo, eu pude perce-

    ber a partilha, a vida em comunidade.

    O grupo era to diferente, mas com os

    mesmos objetivos. Conheci tanta gente

    boa, tanta gente trabalhando pelo Reino

    de Deus, voluntrios e profissionais, e

    isso me fez perceber que existe amor

    nessa cidade, diz o advogado.

    A alegria de servir ao prximo

    uma das motivaes das pessoas que

    se propem a vivenciar uma realidade

    diferente. Yago, por exemplo, sempre

    participou ativamente das atividades

    da Igreja, mas ainda sentia falta de algo

    a mais em sua vida. Tudo o que eu vi-

    nha fazendo no meio eclesial me dava

    a sensao de ir ao encontro de algo

    maior. Sempre achei que poderia fazer

    e ser presena na vida das pessoas, isso

    dentro e fora da Igreja, afirma.

    Dessa forma, Yago decidiu ir ao

    encontro do outro, por meio do Vo-

    luntariado Jovem, promovido pela

    Casa MAGIS Manresa, em Cascavel

    (PR). Durante 10 dias, o jovem tra-

    balhou na Cotacar (Cooperativa de

    Catadores de Materiais Reciclveis).

    Confesso que no foi fcil, chegou a

    ser dolorido e cansativo. Mas, por fim,

    foi muito gratificante poder levar um

    sorriso, um conselho, um abrao para

    aquelas pessoas que tm um trabalho

    to pesado, conta o jovem, acrescen-

    tando que: mais do que levar algo,

    recebi muito e tive aprendizados que

    levarei para o resto da minha vida.

    Para Natlia Lima Maia, 22 anos,

    estudante de Engenharia Ambiental, o

    desafio era quebrar as prprias barrei-

    ras internas. Eu queria despojar-me da

    minha realidade, queria ir ao encontro

    do outro, ir alm das fronteiras e viver

    o diferente, relembra. Foi com esse

    desejo que a jovem decidiu vivenciar,

    em 2013, sua primeira experincia de

    voluntariado na Companhia de Jesus,

    por meio do Centro MAGIS Belm (PA).

    Durante cinco dias, ela foi acolhida por

    uma famlia ribeirinha, na Ilha do Ma-

    raj, em Belm (PA). Essa experincia

    foi, com certeza, uma das mais boni-

    tas, tanto pelo grande despojamento

    pessoal, quanto pela superao dos

    desafios da misso de estar na comu-

    nidade durante a Semana Santa. Por se

    O voluntariado transformou a vida do jovem Fabrcio Vassoler. Hoje, ele participa do Plano de Candidatos ao noviciado 2017 da Companhia de Jesus

  • 14 15Em Em

    tratar de uma comunidade ribeirinha,

    a rotina e o estilo de vida so bastante

    simples.

    Outro voluntrio acompanhou

    Natlia nessa misso. Segundo ela, os

    dois prepararam as celebraes para

    a comunidade. Ns amos de canoa

    fazer as visitas para conhecer as fa-

    mlias que ali viviam. Convidvamos

    todos para participar das atividades.

    Uma realidade bastante distinta e de-

    safiadora, mas capaz de ensinar valo-

    res muito importantes. Pessoas hu-

    mildes que oferecem tudo o que tm,

    famlias unidas e felizes na simplici-

    dade. Dessa experincia, tiro a minha

    maior lio de desapego e valorizao

    s pequenas coisas da vida, a felicida-

    de no essencial, conclui.

    Desprender-se de preconceitos e

    doar-se ao prximo so caractersticas

    importantes para as pessoas que dese-

    jam vivenciar a experincia de volunta-

    riado. Hoje, o mundo ocidental valoriza

    o consumo exacerbado e isso alimenta o

    egosmo. A proposta de ser voluntrio

    justamente permitir que cada indivduo

    deixe essas amarras de lado e passe a

    enxergar o prximo como ser humano.

    Acredito que o voluntariado ajuda a

    transformar vidas, pois forma pessoas

    para a justia. Essa vivncia permite ao

    voluntrio tomar conscincia de colocar

    a prpria vida a servio dos demais e, as-

    sim, descobrir a alegria de que, com seus

    prprios talentos, possvel fazer o bem

    aos outros, colaborando na transforma-

    o da sociedade, afirma padre Agnaldo

    Barbosa Duarte, coordenador da dimen-

    so Voluntariado Jovem, do Programa

    MAGIS Brasil.

    Segundo o jesuta, na Companhia

    de Jesus, o voluntariado est presente

    desde a sua origem. Em nossa Ordem

    religiosa, esse conceito nasce da expe-

    rincia gratuita de Incio de Loyola,

    que, movido pelo desejo de servir ao

    Rei Eterno, se engaja de modo volunt-

    rio e entrega toda a sua vida em abso-

    luta disponibilidade e servio. Em um

    itinerrio pelo qual recebeu o nome

    de peregrino e, assim, no seu peregri-

    nar, concebeu e amadureceu seu pro-

    jeto apostlico, conta padre Agnaldo.

    Atualmente, os jesutas proporcionam

    esse itinerrio pessoal aos peregrinos

    do mundo contemporneo.

    VOLUNTRIOS INACIANOS

    Aos 57 anos de idade, o carpinteiro

    EXPERINCIAS MAGIS

    No ms de julho, em sintonia

    com o MAGIS Polnia e a Jornada

    Mundial da Juventude - JMJ 2016,

    a Provncia dos Jesutas do Brasil

    promover para a juventude vrias

    Experincias MAGIS, dentre elas as de

    voluntariado. Segundo o padre Jonas

    Caprini, secretrio para Juventude e

    Vocaes da Provncia BRA, o evento

    celebrar os trs anos do MAGIS Brasil

    e da JMJ 2013. Vamos estar conecta-

    dos com todos os jovens enviados

    Polnia com um s corao, o cora-

    o MAGIS!, afirma.

    Pblico: Jovens entre 18 e 32 anos

    Mais informaes:

    [email protected]

    Em janeiro de 2016, Natlia Maia vivenciou o Voluntariado Jovem, promovido pelo Anchietanum, na Misso Paz, instituio que atende imigrantes e refugiados, em So Paulo (SP)

  • 14 15Em Em

    Franco Gastadello tem o esprito jovem

    do peregrino Incio. Morador de Vicen-

    za (Itlia), ele j visitou vrias vezes o

    Brasil, mais precisamente a Bahia. Essa

    terra abenoada por Deus atrai milhes

    de turistas todos os anos e Gastadello

    poderia ser mais um deles. E ele , po-

    rm de uma forma bem diferente. As

    praias baianas so as mais procuradas

    pelos viajantes, mas o carpinteiro ita-

    liano tem como destino o serto, para

    ser voluntrio na Parquia So Crist-

    vo, em Capim Grosso. No perodo de

    suas frias, Gastadello participa da Mis-

    so Jesuta do Serto.

    Em sua quinta passagem pelo Brasil

    como voluntrio, o italiano j realizou

    diversos trabalhos, dentre eles esto a

    reforma da EFA de Jaboticaba (Escola Fa-

    mlia Agrcola), a organizao da oficina

    e a construo de uma estrutura hdrica

    para dar sustentao ao projeto de capri-

    nocultura criao de cabras. Em 2016,

    ele trabalhou na construo da cozinha

    produtiva da Coopes (Cooperativa de

    Produo da Regio do Piemonte da Dia-

    mantina), que atende mais de 200 mu-

    lheres produtoras rurais.

    O desprendimento, o empenho e a

    solidariedade de Gastadello chamaram

    a ateno de Iracema Lima dos Santos,

    diretora da EFA. Ele custeia as prprias

    despesas e traz donativos, como brin-

    quedos, roupas, sapatos e mochilas,

    que so distribudos em comunidades

    empobrecidas. Alm disso, trabalha du-

    ramente nas obras sociais que a Misso

    Jesuta do Serto desenvolve, conta.

    A EFA de Jaboticaba atende mais

    de 200 jovens, por meio do regime da

    Pedagogia da Alternncia, que compre-

    ende 15 dias na escola e 15 dias com a

    famlia, e conta com a participao

    efetiva do padre jesuta Xavier Nichele.

    A instituio oferece aos filhos de pe-

    quenos agricultores o curso tcnico em

    Agropecuria. Nossa escola prepara os

    jovens e suas famlias para a convivn-

    cia com o semirido, assegurando-lhes,

    por meio da formao, tcnicas de ma-

    nejo apropriadas ao campo. Dessa for-

    ma, preparamos os jovens com base nos

    princpios da justia e da solidariedade,

    para que, assim, sejam protagonistas do

    seu meio social, acredita Iracema. Ela

    ressalta que voluntrios como Gasta-

    dello so fundamentais para o trabalho

    da EFA. A escola tem sobrevivido pela

    ao e doao de muitas pessoas do

    mundo inteiro, que, de uma forma ou

    de outra, se doam, seja com a presena

    ou com a doao de recursos que garan-

    tem seu funcionamento, conclui.

    A doao, frisada por Iracema,

    uma das caractersticas do voluntaria-

    do na Companhia de Jesus, pois, aqui,

    falamos de doar-se s pessoas. Para

    ns, jesutas, poder desenvolver essa

    prtica em nossas aes de extrema

    importncia. Suscitar nas pessoas a ca-

    pacidade de que possvel oferecer ao

    prximo o que temos de melhor, tendo

    O italiano Franco Gastadello (de camiseta vermelha) ajuda na reconstruo do Morro Branco, em Capim Grosso (BA), local centenrio de reverncia religiosa e cultural

  • 16 17Em Em

    em troca apenas a gratido daqueles

    que so beneficiados, um fato rico

    e de aprendizado para a vida. Afinal,

    esse gesto foi bem passado pelo pr-

    prio Cristo, afirma irmo Ubiratan de

    Oliveira Costa, diretor do Centro MAGIS

    Fortaleza (CE).

    Participar do voluntariado na Com-

    panhia de Jesus um caminhar inter-

    no e ntimo, que aproxima a pessoa da

    experincia vivenciada. A diferena de

    ser voluntrio em iniciativas jesutas

    que a espiritualidade est no centro da

    experincia. No foi simplesmente um

    trabalho, algo mecnico, ir a algum lu-

    gar e fazer algo, mas sim uma experin-

    cia espiritual, uma jornada por dentro

    de mim mesmo. E todo esse caminho

    foi acompanhado, partilhado, perce-

    bido com calma e trouxe reflexos para

    minha vida, cujos frutos eu ainda estou

    colhendo, sentindo e saboreando o eco

    que isso ainda produz em mim, con-

    ta Dicler, que, durante duas semanas,

    atuou como voluntrio no CRAI e as-

    sumiu diversas atividades, desde a lim-

    peza de ambientes at ser responsvel

    pela documentao de imigrantes.

    Para o jovem Fabrcio Biela Vasso-

    ler, 27 anos, a experincia do Volunta-

    riado Jovem tambm transformou pro-

    fundamente sua vida. Em 2015, durante

    quatro meses, ele atuou como volunt-

    rio no Centro MAGIS de Fortaleza CIJ

    A DIFERENA DE SER VOLUNTRIO EM INICIATIVAS JESUTAS QUE A ESPIRITUALIDADE EST NO CENTRO DA EXPERINCIA. NO FOI SIMPLESMENTE UM TRABALHO, ALGO MECNICO, IR A ALGUM LUGAR E FAZER ALGO, MAS SIM UMA EXPERINCIA ESPIRITUAL, UMA JORNADA POR DENTRO DE MIM MESMO.

    Dicler Cardoso de Abreu, 29 anos, advogado

    (Casa Inaciana da Juventude). Colabo-

    rei e participei de diversas atividades,

    como Missa Convivium, EAJ (Escola

    de Assessoria Jovem), Misso Jovem,

    momentos de orao e formao, entre

    outros servios, conta. Alm disso, Fa-

    brcio visitava duas vezes por semana o

    Lar Torres de Melo, casa de abrigo para

    idosos. Eu ajudava a cuidar dos ido-

    sos na enfermaria, e o sorriso de cada

    um deles era a certeza de que, por um

    momento, meu jeito de ser havia conta-

    giado algum. Esse contato me ajudou

    no crescimento humano e espiritual

    e a discernir sobre minha vida. Assim,

    tornou-se claro, para mim, o desejo por

    uma vida religiosa e, nesse desejo, a

    identificao com o carisma inaciano,

    confessa Fabrcio.

    Atualmente, Fabrcio participa do

    Plano de Candidatos ao noviciado 2017

    da Companhia de Jesus. O jovem est

    morando em Teresina (PI), na residn-

    cia jesuta Santo Afonso Rodriguez,

    onde continua seu processo de discer-

    nimento vocacional, que, segundo ele,

    se deu por meio da vivncia diria em

    cada situao experimentada durante

    o voluntariado. A doao ao outro me

    proporcionou isso, ou seja, me contem-

    plar atravs do prximo. Ver o quanto

    importante para o outro eu estar pre-

    sente. s vezes, diante de determina-

    Durante 10 dias, o jovem Yago Freire (agachado) trabalhou na Cooperativa de Catadores de Materiais Reciclveis, em Cascavel (PR)

  • 16 17Em Em

    PORTAL DO BEM

    O Portal do Bem uma platafor-

    ma on-line que rene e integra pessoas,

    empresas e iniciativas do terceiro setor.

    Lanado em 2013, pelo Colgio So Lus,

    a plataforma funciona como uma vitri-

    ne. De um lado, os projetos so cadastrados

    para divulgar aes e buscar voluntrios, e,

    do outro, voluntrios se cadastram para re-

    ceber informaes e possibilidades de aju-

    dar a quem precisa em diversas reas. Hoje,

    o Portal do Bem tornou-se um dos maiores

    canais de voluntariado do Brasil, com mais

    de 140 projetos cadastrados e mais de 25

    mil seguidores em sua comunidade no

    Facebook.

    Saiba mais:

    www.portaldobem.org.br

    www.facebook.com/portalbem

    das situaes, sobretudo de aflies,

    algumas pessoas se justificam dizendo:

    No adianta estar l. Nada posso fazer.

    Mas a sua presena, por mais que voc

    no perceba, muito para quem neces-

    sita. Quando ajudo o prximo, o pri-

    meiro que est sendo ajudado sou eu,

    conclui o jovem.

    VOLUNTARIADO NA COMPANHIA DEJESUS HOJE

    Na Companhia de Jesus, o volun-

    tariado est inserido no contexto do

    mundo atual e segue as diretrizes da

    Companhia Universal, que contempla

    o servio da f e a promoo da justia.

    Segundo padre Agnaldo Barbosa Duarte,

    coordenador da dimenso Voluntaria-

    do Jovem do Programa MAGIS Brasil, o

    trabalho voluntrio torna mais concre-

    to o anncio da f e da justia, conside-

    rando as diferentes realidades eclesiais,

    sociais e culturais.

    O voluntariado integra um dos ei-

    xos do Programa MAGIS Brasil, que nor-

    teia o trabalho dos jesutas com a juven-

    tude. Nesse contexto, o Centro MAGIS

    Fortaleza o responsvel por coordenar

    esse eixo, difundindo-o e animando as

    obras jesutas que querem acolher jo-

    vens voluntrios.

    As pessoas que desejam participar

    das experincias de voluntariado na

    Companhia de Jesus precisam ter entre

    18 e 32 anos. Alm disso, padre Agnaldo

    ressalta ser importante o jovem estar

    aberto ao diferente. O voluntrio ina-

    ciano algum que busca concretizar,

    a partir de um servio gratuito, o exer-

    ccio do bem comum e tem como fonte

    de inspirao e orao a Espiritualidade

    Inaciana, que forma homens e mulhe-

    res para os demais, por meio da promo-

    o da f e do anncio da justia, afir-

    ma o jesuta.

    Irmo Ubiratan de Oliveira Costa, di-

    retor do Centro MAGIS Fortaleza, ressalta

    que, na Companhia de Jesus, o voluntrio

    acompanhado durante a experincia.

    Ns, jesutas, temos a ateno de que o

    voluntariado no fique somente em um

    tempo, lugar, mas que seja profundamen-

    te experimentado interiormente. Nossa

    proposta que o jovem leve esse momen-

    to para vida, conta.

    O desejo de colaborar com a misso

    da Companhia de Jesus percebido em

    diversas partes do Brasil, entre elas a re-

    gio Norte. Segundo o padre Edson Tom

    Pacheco Silva, diretor do Centro MAGIS

    Belm, atualmente, algumas obras jesu-

    tas do estado do Par contam com o traba-

    lho de voluntrios. Em 2015, contamos

    com o trabalho de um jovem de Minas

    Gerais, enviado pela CVX (Comunidade

    de Vida Crist do Brasil), que, a partir do

    ms de abril, ajudar na implementao

    do Espao MAGIS, em Santarm (PA), ex-

    plica o jesuta. Em 2016, esto previstas

    ainda a colaborao de jovens da Colm-

    bia e da Frana. Eles tm muita disposi-

    o para oferecer seus dons e suas habili-

    dades para o servio da misso, acredita

    padre Tom.

    Nesse sentido, o impulso para par-

    ticipar da experincia nasce a partir de

    um desejo interno. O jovem no vai a

    uma experincia de voluntariado sim-

    plesmente pelo tempo livre que tem,

    mas pelo desejo da aventura, de apren-

    der novas experincias e partilhar o que

    j aprendeu com os outros, contribuin-

    do para uma cultura de solidariedade e

    de acolhimento, aberto ao dom gratuito

    de si, ressalta padre Agnaldo.

    Hoje, no Brasil, o voluntariado na

    Companhia de Jesus est mais direcio-

    nado aos jovens. Mas padre Agnaldo d

    um importante conselho para os que

    no esto no perfil exigido pelos jesu-

    tas e sentem o desejo de doar-se aos

    outros. Quem deseja viver a experin-

    cia de voluntariado deve manter essa

    vontade de fazer o bem e a diferena na

    vida de algum. Tomar conscincia do

    que se faz na vida cotidiana importan-

    te, pois possibilita que a pessoa perceba

    o que pode ser transformado em servio

    til aos demais, conclui.

    QUER SER VOLUNTRIO?

    O jovem que deseja participar da

    experincia de voluntariado precisa

    ter entre 18 e 32 anos. Os interessa-

    dos podem entrar em contato com a

    Companhia de Jesus pelo e-mail

    [email protected]

  • 18 19Em Em

    COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL

    18 Em

    JUBILEU DA COMUNIDADE DA CRIA

    O CUIDADO DA CRIAO

    CONVERSAES COM O PADRE GERAL

    O Os jesutas da comunidade da Cria Geral celebraram juntos o jubileu do Ano da Misericrdia. A celebrao ocorreu

    em trs etapas. O ponto culminante

    aconteceu na sexta-feira, 18 de maro,

    quando os membros da Cria peregri-

    naram at a Baslica de So Pedro, para

    passar pela Porta Santa e, em seguida,

    celebrar missa diante do sepulcro do

    Apstolo na Cripta Vaticana.

    No domingo anterior, 13 de mar-

    o, um grupo grande de jesutas da

    comunidade havia celebrado missa

    na priso Regina Coeli, acompanhan-

    do o Pe. Superior, Joaqun Barrero,

    que visita regulamente essa institui-

    o aos sbados e domingos.

    O terceiro momento importante

    aconteceu em 20 de maro, quando convi-

    daram para sua mesa os perto de 30 sem-

    -teto que recebem acolhida no dormitrio

    Dono da Misericrdia, local da Cria que

    o Pe. Geral ps disposio do papa Fran-

    cisco para utilizao pelos pobres.

    Em 21 de maro, o boletim eletr-nico da Cria Geral publicou uma entrevista com o padre Adolfo Nicols, intitulada Conversaes com o

    Padre Geral. As respostas trazem refle-

    xes sobre a necessidade de adaptao da

    Companhia de Jesus aos novos tempos,

    principalmente sobre o papel dos leigos

    na misso da Ordem religiosa. Se a his-

    A Comunidade de Vida Crist (CVX) publicou recentemente um documento intitulado O cuidado da Criao. Desenvolvido pela

    Comisso de Ecologia da CVX, o mate-

    rial um apoio comunitrio para ao

    na fronteira da Ecologia, uma das prio-

    ridades da comunidade por ocasio da

    tria e a realidade so a maneira que Deus

    tem de nos dizer que devemos mudar e

    sermos flexveis para responder aos no-

    vos desafios, talvez esteja conduzindo-

    -nos para modos novos de sermos seus

    ministros. Talvez esteja obrigando-nos

    a repensar qual o nosso papel nas ins-

    tituies, talvez esteja convidando-nos a

    refundar a Companhia e fazer de nosso

    tesouro inaciano um patrimnio ofere-

    cido a sacerdotes e leigos, a todos os que

    desejarem partilhar a viso e a misso de

    Incio, afirmou padre Adolfo Nicols.

    A verso completa em PDF pode

    ser baixada em http://bit.ly/1qFYIvC

    ltima Assembleia Mundial do Lbano.

    Na publicao, podem ser encontrados

    testemunhos e convites para a ao

    apostlica escritos por membros das

    CVX e outros do mundo todo. Um tra-

    tamento especial foi reservado para o

    projeto amaznico.

    A publicao inclui, tambm, um

    conjunto de 12 propostas para uso pelos

    grupos nas reunies comunitrias, que

    focalizam o crescimento em comunho

    com a criao, o aprofundamento da

    misso e a resposta.

    A ntegra da entrevista, em espanhol,

    est disponvel no link:

    http://bit.ly/1UYos3b

  • 18 19Em Em 19Em

    DILOGO COM BUDISTAS SOBRE ECOLOGIA E F

    MISSIONRIOS DA MISERICRDIA

    JRS: ATENO OFTALMOLGICA A REFUGIADOS

    Recentemente, mais de 80 pes-soas foram atendidas gratuita-mente em uma clnica oftalmo-lgica no North Parramatta, subrbio

    de Sidney (Austrlia). Organizada pela

    empresa OneSight, em colaborao com

    o JRS (Servio Jesuta aos Refugiados), a

    ateno foi gratuita para os refugiados.

    O tratamento era muito necessrio

    para os que vivem na nossa comunida-

    de, contou Maeve Brown, coordenado-

    ra do Projeto Refgio, do JRS, que inclui

    servios de emergncia na regio. Os

    refugiados que vivem no bairro com

    um visto de trnsito tm acesso muito

    limitado ao servio de sade. Coisas

    como um controle da viso, atualiza-

    o da graduao dos culos e at a sua

    compra no so uma prioridade quando

    algum precisa, primeiro, pagar aluguel

    e dar de comer famlia.

    No incio de maro, jesutas, monges e monjas budistas reuniram-se em uma ofi-cina promovida pela Conferncia

    Jesuta de Asia-Pacfico, para parti-

    lhar pontos de vista e dialogar sobre

    ecologia e as religies. A reunio, or-

    ganizada localmente pelo padre La-

    wrence Soosai, jesuta da Provncia

    jesutica de Parna, foi realizada na

    ndia, na cidade de Bodhgaya, uma

    das mais veneradas pelo Budismo,

    pois acredita-se que foi onde Buda

    alcanou a iluminao.

    No boletim eletrnico da C-ria Geral (vol. XX, N. 5, de 7 de maro de 2016), foram publicados os nomes de quatro pa-

    dres jesutas enviados em misso

    pelo papa Francisco, junto com ou-

    tros sacerdotes, como Missionrios

    da Misericrdia. Inadvertidamente,

    entretanto, foram omitidos os nomes

    de outros missionrios, tambm je-

    sutas. Por isso, ressaltamos que tam-

    bm integram o grupo: Pe. Manuel

    Morujo (Provncia de Portugal) e Pe.

    Michael Vinai Boonlue (Regio da

    Tailndia). Os outros, j menciona-

    dos na publicao, so: Pe. Wendelin

    Kster (Provncia da Alemanha), Pe.

    Llus Victori (Provncia da Espanha),

    Pe. Anthony ORiordan (Provncia da

    Irlanda) e Pe. Richard Shortall (Pro-

    vncia da Austrlia).

  • 20 21Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    O setor Colaborao da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica Latina), aprofundando o significado e alcan-

    ce de ser Colaboradores na Misso de

    Cristo (PAC, objetivo 6C para a colabo-

    A COLABORAO NO CORAO DA MISSO

    Ressuscitar pode ter diversos significados. Conheo pes-soas que foram declaradas mortas e, contudo, voltaram a viver.

    Milagres da cincia mdica moderna.

    Assim, foi a ressurreio de Lzaro, que

    voltou a viver e voltou a morrer depois.

    A de Jesus no foi assim. A ressur-

    reio de Jesus foi entrar para a VIDA.

    Assim, com maisculas, Vida que no

    conhece a morte. Por isso, sua ressur-

    reio revela-nos o sentido da nossa

    vida. Desta vida provisria pela qual

    assomamos Vida. Ensina-nos que

    morrer faz parte do viver e o nico

    caminho para a Vida. Para ressusci-

    tar, preciso morrer. Dizia Benjamin

    Franklin que morrendo, acabamos

    de nascer.

    Por isso, a ressurreio de Jesus

    RESSUSCITAR

    inunda de esperana a nossa vida.

    Descobrimos a morte como passa-

    gem. O ltimo rito de passagem da

    vida humana. A ressurreio faz com

    que percamos medo das nossas mor-

    tes. Ajuda a ganhar confiana nesse

    passo para o desconhecido. Vence as

    nossas resistncias. A deciso de Je-

    sus de assumir a morte para dar vida,

    para encontrar-se com a morte, s

    comparvel deciso da me de assu-

    mir a dor para dar luz a vida.

    Muitas de nossas resistncias na

    vida so medo de morrer. No com-

    preendemos a ressurreio. pre-

    ciso cair na terra e morrer, como o

    gro de trigo. O nosso empenho para

    preservarmos nossas ideias, nosso

    poder, nossa juventude, nossas po-

    [...] A RESSURREIO DE JESUS INUNDA DE ESPERANA A NOSSA VIDA. DESCOBRIMOS A MORTE COMO PASSAGEM. O LTIMO RITO DE PASSAGEM DA VIDA HUMANA.

    Acesse o documento por meio do link

    bit.ly/1SpAzWt

    rao), elaborou um novo documento

    durante o VI Encontro de Delegado de

    Colaborao, realizado recentemente

    em Santa Cruz de la Sierra (Bolvia). O

    material tem como base as premissas

    expressadas em um documento redi-

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

    sies, nossas conquistas, nossas se-

    guridades, no faz mais que prepar-

    -los para apodrecerem. Somente se

    morrer, dar fruto. Mas temos medo

    das mortes porque no compreende-

    mos a ressurreio como dinmica

    da Vida. Disse Jesus, no Evangelho,

    quele que construiu celeiros para

    acumular seus frutos: insensato, no

    sabes quanto te resta de vida. No de-

    ves acumular, mas repartir, semear.

    Salvar a vida no preciso, preciso

    perd-la para ganh-la.

    No temos que planejar para Deus

    os seus caminhos. Temos que deixar o

    Esprito soprar. No devemos amarrar

    nossos haveres para que o seu sopro os

    faa voar. Deixemos que Deus nos sur-

    preenda. O que importa discernir.

    gido no ano de 2012 e as contribuies

    atuais de diversas Provncias da Am-

    rica Latina.

    O novo documento foi remetido

    como base s reflexes dos padres Pro-

    vinciais, bem como aos padres eleitores

    da CPAL que, em breve, participaro da

    prxima 36 Congregao Geral.

  • 20 21Em Em

    Entre 15 de fevereiro e 6 de maro, o escolstico David Jos Santos, mem-bro do Projeto Pan-amaznico da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas

    da Amrica Latina), participou do curso

    sobre Realidade Amaznica, em Manaus

    (AM), oferecido pelo Instituto de Teologia

    Pastoral e Ensino Superior da Amaznia

    (ITEPES) em parceria com a CNBB (Confe-

    Nos dias 12 a 15 de maro, a Co-munidade Samuel Fritz rece-beu a visita cannica do padre jesuta Jorge Cela, Superior Provincial,

    por ser essa uma Comunidade da CPAL.

    Alm de conversar com os membros da

    equipe do Projeto Pan-amaznico da

    ASSEMBLEIA DE SAN JOS DE AMAZONAS

    VISITA DO PRESIDENTE DA CPAL

    CURSO DE REALIDADE AMAZNICA

    O padre jesuta Valrio Sartor, cola-borador do Projeto Pan-amaznico da CPAL (Projeto PAM SL), partici-pou da Assembleia do Vicariato, realizada

    entre os dias 6 e 11 de maro, em Indiana

    (Peru). Foi um momento importante para

    conhecer melhor a realidade da Igreja pe-

    ruana na fronteira com seus desafios pas-

    torais e uma oportunidade de apresentar

    os avanos da REPAM Rede Eclesial Pan-

    -amaznica e do Projeto PAM SJ aos partici-

    pantes da Assembleia. Assim, dialogar com

    o Bispo Javier Travieso e demais participan-

    tes do evento sobre possveis aes articu-

    ladas em benefcio da Amaznia.

    CPAL, foi realizada tambm uma reu-

    nio para socializar os avanos e as pro-

    jees da iniciativa. Agradecemos ao

    Pe. Jorge pela visita, pela convivncia

    amistosa e pelo incentivo continuida-

    de desta misso na Amaznia, uma das

    prioridades da CPAL.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 24 Maro 2016

    Acesse o link (bit.ly/1SjqOIv) do Portal Jesutas Brasil e faa o download das edies completas da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal.

    rncia Nacional dos Bispos do Brasil).

    O curso pretende oferecer uma viso

    panormica das diversas problemticas

    que afetam a regio Pan-amaznica e suas

    populaes. Participaram da formao 47

    missionrios (as) que sero implicados

    na regio amaznica. Entre eles, estavam

    presentes os padres jesutas Jos Miguel

    Clemente e Jos da Silva Andrade.

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

    Uma missa comemorativa cele-brou os dois anos da canoni-zao de So Jos de Anchieta, no dia 3 de abril. Dezenas de famlias

    acompanharam a cerimnia realizada

    no Santurio Nacional de Anchieta, no

    Esprito Santo. A uma s voz, as pessoas

    entoaram: Anchieta, santo, missionrio,

    intercessor! Vem nos ajudar a bem servir

    o reino do Senhor, hino composto pelo

    padre jesuta Eliomar Ribeiro de Souza.

    Na cerimnia, foi apresentada a

    Bula de Canonizao do padroeiro e

    apstolo do Brasil. O documento, que

    insere, definitivamente, Anchieta no

    catlogo dos santos da Igreja Catlica,

    foi recebido com aplausos e cnticos

    de honra. Agora, a Bula ser mantida

    no Santurio, sendo exposta esporadi-

    camente para no se deteriorar devido

    luz e temperatura.

    Segundo o padre Csar Augusto dos

    Santos, reitor do Santurio, a Bula o des-

    fecho de um processo que levou mais de

    400 anos. Esse um belssimo documen-

    to, produzido em pele de cabra, com letras

    bordadas, em que Francisco decreta, como

    MISSA CELEBRA OS DOIS ANOS DA CANONIZAO DE ANCHIETA

    Conhea o novo site do Santurio

    Nacional de So Jos de Anchieta:

    santuariodeanchieta.com

    sucessor de Pedro, que Jos de Anchieta

    tem virtudes que devem ser olhadas por

    todos os catlicos, afirma o jesuta.

    A missa tambm foi transmiti-

    da on-line pelo portal de notcias G1,

    da Globo. A estudante de Engenharia

    Qumica, Layra Valani Marim, residen-

    te em So Mateus (ES), acompanhou

    atenta celebrao pela internet. Foi

    cerimnia maravilhosa, porque, mes-

    mo morando longe, consegui rezar

    junto com todos os devotos de So

    Jos de Anchieta, participando da li-

    turgia e recebendo a beno com a re-

    lquia do santo, conta.

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    O padre jesuta Josaf Carlos Si-queira apresentou a confern-cia A biodiversidade no pode esperar: chaves para compreender a En-

    cclica Laudato Si, no dia 30 de maro,

    no Santurio Nacional de So Jos de

    Anchieta, em Anchieta (ES). Cerca de

    cem pessoas, entre representantes do

    poder pblico, estudantes, professores

    e cidados, participaram do evento, que

    abordou a importncia da preservao

    do meio ambiente e o impacto de nos-

    sas aes na natureza.

    Segundo o padre Csar Augusto dos

    Santos, reitor do Santurio, a biodiver-

    sidade um assunto urgente e de res-

    ponsabilidade de todas as esferas da so-

    ciedade. Nosso Santurio se preocupa

    com as questes ambientais, a exemplo

    de So Jos de Anchieta, que foi pio-

    neiro no Brasil ao falar, na Carta de So

    Vicente, sobre ecologia. A data dessa

    carta tornou-se o Dia Nacional da Mata

    Atlntica, explica padre Csar.

    Durante a conferncia, padre Jo-

    saf apontou que a Laudato Si a pri-

    meira encclica com enfoque ecolgi-

    co na histria da Igreja Catlica. Para

    o conferencista, o objetivo do docu-

    mento promover reflexo, dilogo e

    a busca por solues para a crise eco-

    lgica do mundo atual, que perpassa

    temas como aquecimento global e a

    cultura do desperdcio, problemas

    que afetam diretamente a qualidade

    da vida humana.

    O professor do SENAI (Servio Na-

    cional de Aprendizagem Industrial) e

    estudante de Biologia, Junicezar Sou-

    za Lieres, garante que a conferncia o

    surpreendeu positivamente ao deixar

    claro que a responsabilidade pela pre-

    servao do planeta de todos. Foi

    muito proveitoso. Padre Josaf abordou

    as consequncias que o consumismo

    moderno causa dentro da nossa casa.

    Sa com a sensao de entender muito

    bem o que significa desenvolvimento

    sustentvel. Cuidar do planeta cuidar

    de ns mesmos, ressalta.

    O estudante do curso tcnico em

    Meio Ambiente do SENAI, tila de Ama-

    ral, concorda: O conferencista acres-

    centou valores e orientaes muito

    pertinentes sobre a questo ambiental.

    Essa mudana cultural em favor da pre-

    servao ambiental necessria.

    O padre Josaf, reitor da PUC-Rio

    (Pontifcia Universidade Catlica do

    Rio de Janeiro), mestre e doutor em

    Cincias Biolgicas (Biologia Vegetal)

    pela Unicamp (Universidade Estadual

    de Campinas). Em 2015, participou da

    21 Conferncia das Partes (COP-21), em

    Paris (Frana).

    Jesuta ressaltou que a Laudato Si a primeira encclica da histria com enfoque ecolgico

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    PADRE JOSAF APRESENTA CONFERNCIA SOBRE BIODIVERSIDADE

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    Se voc tivesse a oportunidade de fazer uma pergunta ao papa Francisco, qual seria? Esse desa-fio foi aceito por crianas de 24 pases,

    com idade entre 6 e 13 anos. Os peque-

    nos enviaram cartas com perguntas di-

    versas ao pontfice e, agora, possvel

    conhecer suas respostas no livro Que-

    rido Papa Francisco, recm publicado

    pela Edies Loyola.

    A obra, um projeto da editora

    americana Loyola Press, contou com

    a colaborao de vrios voluntrios

    jesutas e leigos do mundo todo, em

    especial do padre Antonio Spadaro, SJ,

    diretor da revista La Civilt Cattolica.

    Ele reuniu-se com Francisco, na Casa

    Santa Marta, onde foram seleciona-

    das 30 cartas, das 259 recebidas pelo

    Vaticano. Todas as correspondncias

    foram reunidas em um livro, entregue

    ao pontfice. Responder a tantas per-

    guntas foi uma misso complexa para

    o papa. Estas questes so difceis,

    expressou Francisco sorrindo.

    Saiba mais em

    www.queridopapafrancisco.com.br

    EDIES LOYOLA LANANOVO LIVRO DO PAPA

    No Brasil, o padre Eduardo Teixeira

    Henriques, reitor do Santurio Nossa

    Senhora de Ftima, foi o responsvel

    por selecionar as cartas brasileiras. A

    Loyola Press, editora jesuta de Chicago

    (EUA), encaminhou o projeto, pelo qual

    logo me entusiasmei! Nesse processo,

    tive a ajuda do professor Joo Rami-

    ro, coordenador do Sorpa (Servio de

    Orientao Religiosa e Pastoral do Col-

    gio Antnio Vieira), explica.

    O jesuta conta que quatro cartas de

    alunos do Colgio Antnio Vieira foram

    escolhidas. Ns enviamos cartas de

    dois meninos e duas meninas. Verti o

    material para o ingls, anexei os origi-

    nais, as fotos das crianas e enviei tudo

    por correio. Em janeiro de 2016, recebi

    A RESPOSTA DO PAPA MUITO INACIANA: VAMOS AO CATECISMO PARA CONHECER MELHOR O NOSSO AMIGO JESUS

    Padre Eduardo Teixeira Henriques

    Em obra, Francisco responde perguntas de crianas de 24 pases

    a confirmao de que a carta da nossa

    aluna Ana Maria estava entre as que fa-

    zem parte do livro. Segundo padre Edu-

    ardo, os principais critrios utilizados

    para a seleo das cartas que compem

    o livro foram: manter o equilbrio en-

    tre meninos e meninas; contemplar os

    cinco continentes; a originalidade e/ou

    relevncia da pergunta.

    O questionamento de Ana Maria,

    10 anos, foi sobre a importncia da ca-

    tequese para as crianas. Para o padre

    Eduardo, a resposta do Papa muito

    inaciana: Vamos ao catecismo para

    conhecer melhor o nosso amigo Je-

    sus. Ouve-se logo o eco do pedido de

    graa que Santo Incio de Loyola esco-

    lheu para a segunda semana dos seus

    Exerccios Espirituais: pedir o conhe-

    cimento interno de Cristo, para mais

    am-lo e segui-lo.

    O jesuta revela que ficou encantado

    com a sensibilidade de Francisco: o li-

    vro j valeria a pena s pelas perguntas e

    desenhos das crianas! Mas as respostas

    do papa tambm mereceriam ser edita-

    das sozinhas. Com a sua reconhecida

    sensibilidade e estilo inconfundvel,

    Francisco nos surpreende uma vez mais!

    Em suas respostas, vrias vezes, ele faz

    referncia aos desenhos. como se es-

    tivesse na presena e olhando para as

    crianas, apreendendo contemplativa-

    mente o universo interior e a realidade

    vivida por cada uma delas, afirma.

  • 26 27Em Em

    O padre Manuel Eduardo Igle-sias lanou, pelas Edies Loyola, seu mais novo li-vro, Contemplaes Inacianas: para

    aproximar-se de Jesus. A obra rene 38

    textos, que tratam da vida pblica de

    Jesus, de sua Paixo e Ressurreio a

    partir de contemplaes inacianas

    um tipo de leitura orante do Evan-

    gelho em que a imaginao e o afeto

    tm papel preponderante.

    Para padre Iglesias, o essencial do

    Cristianismo a experincia do amor

    de Deus revelado por Jesus. Santo

    Incio viveu esta experincia funda-

    mental e se esforou para que outras

    pessoas conseguissem fazer a sua

    prpria experincia. Experimentando

    que s podemos amar a Deus quan-

    do nos sentimos amados por ele, por

    isso, nos ofereceu os Exerccios Espi-

    rituais (EE) como um mtodo a servi-

    o dessa experincia, afirma.

    A convivncia do jesuta com jo-

    vens e adultos que vivenciaram os EE

    foi sua inspirao para escrever o li-

    vro. Segundo ele, aps uma breve ex-

    plicao e prtica desse modo de orar,

    as pessoas manifestavam o quanto os

    EE lhes ajudavam. Elas diziam que

    nunca tinham pensado que se podia

    rezar assim. A partir da, ocorreu-me

    a ideia de entregar, nos dias de retiro,

    algumas contemplaes que eu, s

    vezes, redijo para meu uso pessoal.

    Verifiquei que ajudam bastante e, em

    vista disso, pensei que poderia publi-

    car um livrinho com o objetivo de di-

    vulgar esse modo de rezar. Algumas

    das contemplaes reunidas so da

    minha autoria e outras de uma amiga

    leiga, que autorizou sua publicao

    com a condio de que no constasse

    seu nome, explica.

    Padre Iglesias j escreveu 11 livros

    na linha da espiritualidade de Santo

    Incio de Loyola. Ele explica que as

    chamadas contemplaes inacianas

    so o modo de orao predileto de

    Incio e ocupam mais do 80% dos

    exerccios de orao do seu livro.

    Incio pede a graa, nas contempla-

    es da vida de Jesus, de um conheci-

    mento interno de Cristo para, assim,

    poder am-lo e segui-lo. Quem con-

    VIDA DE JESUS TEMA DE LIVRO DO PE. IGLESIA

    templa, entra e participa da cena evan-

    glica, vendo, ouvindo e observando a

    pessoa de Jesus e as pessoas que o ro-

    deiam. Incio vai mostrando, a quem

    contempla, a importncia de discernir

    os movimentos interiores que experi-

    menta, assim como a refletir como a

    vida de Jesus pode inspirar o concreto

    da sua prpria vida, conclui.

    Obra rene 38 textos, que apresentam a vida de Cristo a partir da contemplao inaciana

    SANTO INCIO VIVEU ESTA EXPERINCIA FUNDAMENTAL E SE ESFOROU PARA QUE OUTRAS PESSOAS CONSEGUISSEM FAZER A SUA PRPRIA EXPERINCIA

    Padre Manuel Eduardo Iglesias

  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Entre os dias 14 e 16 de maro, a Unicap (Universidade Catlica de Pernambuco) sediou a Con-ferncia de Cincias Sociais da FIUC

    (Federao Internacional das Universi-

    dades Catlicas). O evento, com o tema

    Cincias Sociais Positivas: construo de

    uma cidadania global, reuniu estudan-

    tes e especialistas da rea.

    O presidente mundial da FIUC e reitor

    da Unicap, padre Pedro Rubens Ferreira

    de Oliveira, abriu o evento ao lado do se-

    cretrio-geral, monsenhor Guy Real Thi-

    vierge; do presidente do Grupo Setorial

    de Cincias Sociais e professor da Univer-

    sidade Comillas (Espanha), Fernando Vi-

    dal, ambos da FIUC; e do assessor de Rela-

    es Internacionais e Interinstitucionais

    da Unicap, Thales Castro.

    Na ocasio, padre Pedro Rubens

    enfatizou sua satisfao em receber o

    evento na Unicap. Nas suas palavras de

    boas-vindas, ele pontuou os contrastes

    do Brasil e as conquistas que o pas al-

    canou nos ltimos anos, mas chamou

    a ateno para as ameaas advindas das

    crises poltica e econmica.

    PSICOLOGIA POSITIVA

    Durante o evento, foram realizadas

    CONFERNCIA DE CINCIAS SOCIAIS DA FIUC REALIZADA NA UNICAP

    diversas apresentaes, uma delas a do

    professor e pesquisador da Universi-

    dade Complutense de Madri, Gonzalo

    Hervs, que fez a conferncia de aber-

    tura Aportes Positivos da Psicologia para

    Cincias Sociais.

    Doutor em Psicologia, o profes-

    sor Hervs tratou de um estudo am-

    plo sobre o bem-estar e a felicidade.

    Segundo ele, durante muito tempo,

    a psicologia dedicou-se a estudar os

    aspectos patolgicos do ser humano,

    mas agora centra-se tambm nos as-

    pectos positivos.

    A Psicologia Positiva, tambm cha-

    mada de cincia da felicidade, uma

    corrente da psicologia, encabeada nos

    Estados Unidos por Martin Seligman,

    da Universidade da Pennsylvania, e tem

    procurado investigar as fontes do bem-

    -estar e da felicidade, desenvolvendo

    uma imagem mais equilibrada do ser

    humano em nvel psicolgico e refle-

    tindo no apenas suas fragilidades, mas

    tambm suas fortalezas.

    IGUALDADE E INCLUSO

    O professor, pesquisador e doutor em

    Sociologia, Luis De Olmos, da Universi-

    dade Catlica de Valncia, falou sobre A

    O padre Pedro Rubens Ferreira de Oliveira, presidente mundial da FIUC e reitor da Unicap, abriu o evento

    igualdade e a incluso como condies da

    democracia real. Ele iniciou sua apresen-

    tao respondendo pergunta: por que

    surge agora a reivindicao de uma de-

    mocracia real? Segundo ele, a conscincia

    cidad deu origem crise econmica que

    comeou nos Estados Unidos em 2007. A

    liberalizao, desregulao, falta de con-

    trole e de proteo de todos os seres hu-

    manos ante os interesses, a especulao e

    ao latrocnio das grandes corporaes so

    os fatores geradores da crise. A conveni-

    ncia do poder poltico e sua submisso

    a esses interesses foram percebidos como

    sequestro da democracia e como ditadu-

    ra dos mercados, enfatizou.

    Respondendo ainda pergunta, o

    palestrante frisou que os novos mo-

    vimentos sociais surgem por todo o

    mundo como protesto a tudo aquilo

    que atenta dignidade e aos direitos

    da pessoa humana. De acordo com ele,

    em alguns pases, esto surgindo par-

    tidos polticos diretamente dos movi-

    mentos sociais. Em outros, aparecem

    candidatos que lideram e simbolizam,

    de algum modo, os desejos de reforma

    poltica e social.

    Saiba mais em bit.ly/1RCKMga

  • 28 29Em Em

    Nos dias 4 e 5 de abril, aconte-ceu o primeiro Encontro de Comunicao da Rede Jesu-ta de Educao, no Rio de Janeiro (RJ).

    O encontrou reuniu representantes

    do setor de Comunicao dos col-

    gios e teve como objetivo o comparti-

    lhamento de boas prticas e a troca de

    experincias. O delegado para a Edu-

    cao Bsica, padre Mrio Sunder-

    mann, e o coordenador de Comunica-

    o da Provncia BRA, padre Anselmo

    Dias, tambm estiveram presentes.

    No encontro, os representan-

    tes apresentaram os processos e os

    produtos de comunicao das insti-

    REDE JESUTA DE EDUCAO DISCUTE ESTRATGIASDE COMUNICAO

    tuies, assim como a estrutura de

    funcionamento da rea. Cada um de

    ns pode conhecer um pouco mais do

    trabalho do outro e percebemos que

    existem distintas realidades. Em al-

    guns colgios, a comunicao mais

    bem organizada, outros passam por

    uma renovao, etc., afirmou Marcia

    Savino, do Colgio Anchieta, de Nova

    Friburgo (RJ).

    Nas discusses em grupo, foram

    debatidos os primeiros passos para

    uma atuao mais prxima das reas

    de Comunicao dos colgios. A im-

    portncia de pensar a comunicao

    de forma estratgica e a possibilidade

    do desenvolvimento de aes con-

    juntas, plano de lanamento do PEC,

    assim como a utilizao do Moodle,

    tambm foram temas abordados du-

    rante o encontro.

    Padre Mrio lembrou que o uso do

    Moodle pelo setor tambm deve obe-

    decer s diretrizes do PEC (Projeto Edu-

    cativo Comum), como, por exemplo,

    o olhar sob o foco da aprendizagem.

    Agora, a perspectiva que o grupo ali-

    mente e amplie o intercmbio propor-

    cionado pelo encontro, aprimorando e

    alinhando as estratgias conjuntas para

    a Comunicao dos colgios e da Rede

    Jesuta de Educao.

  • 28 29Em Em

    Odia 4 de abril, o IHU (Insti-tuto Humanitas Unisinos) assumiu a veiculao dos contedos da Adital (Agncia de In-

    formao Frei Tito para a Amrica

    Latina e Caribe). Aps uma srie de

    mudanas, a diretoria da instituio

    decidiu confiar ao IHU a continuida-

    de de seu trabalho, que se encerrar

    no final de 2016. A previso de que

    at setembro ser continuada a publi-

    cao simultnea dos dois sites.

    A Adital repassar todo seu ban-

    co de dados para o IHU, o que inclui

    mais de 90 mil matrias, em espanhol

    e portugus, objeto constante de pes-

    quisas de leitores e profissionais da

    comunicao, e sua mala direta, com

    cerca de 100 mil endereos eletr-

    nicos cadastrados. Segundo o padre

    Incio Neutzling, diretor do IHU, esse

    ser um momento importante, pois

    possibilitar maior penetrao do

    Instituto Humanitas Unisinos nos pa-

    ses de lngua espanhola.

    Em entrevista ao portal IHU on-line,

    o padre italiano Ermanno Allegri, natu-

    ralizado brasileiro e idealizador da Adi-

    tal, conta que a filosofia das instituies

    parecida. Percebo que uma parceria

    que pode garantir que a Adital no desa-

    parecer, porque o tipo de informao

    que ns fornecemos vai ao encontro da

    filosofia de informao com que o IHU

    trabalha. Ento, esse o motivo princi-

    IHU UNISINOS ASSUME VEICULAO DOS CONTEDOS DA ADITAL

    COLGIOS DA RJE CELEBRAM ANIVERSRIO

    pal da parceria: confiana no tipo de in-

    formao e na competncia que o IHU

    demonstra, afirma.

    A integrao com a Adital fomen-

    tou a renovao do site do IHU, que

    responder mais ao esquema de um

    portal, e deve alcanar antigos e novos

    leitores por meio das tecnologias mais

    modernas. Alm do envio dos e-mails e

    da presena nas redes sociais da Inter-

    net, como Facebook e Twitter, a nova

    plataforma ser responsiva, o que per-

    mitir o acesso adequado e o comparti-

    lhamento de contedo via dispositivos

    mveis, como tablets e smartphones. A

    previso que o novo site seja lanado

    em agosto deste ano.

    ADITAL

    Fundada em fevereiro de 2000, a

    Adital nasceu com a finalidade de di-

    vulgar o protagonismo dos novos atores

    sociais da Amrica Latina e do Caribe. O

    padre Ermanno Allegri conta que a Adi-

    tal comeou de uma conversa com Frei

    Betto, que conheceu um empresrio

    italiano que se ofereceu para financiar a

    iniciativa por algum tempo. Hoje, mais

    de 100 mil pessoas recebem nosso ma-

    terial. Contamos, ainda, com a colabora-

    o de inmeras pessoas como fonte que

    nos enviam notcias e artigos. So textos

    escritos por gente de destaque em seus

    pases, conclui.

    Os colgios Antnio Vieira e Dio-cesano celebraram mais um ano de existncia no ms de maro. A instituio de Salvador (BA), que co-

    memorou seus 105 anos de fundao

    no dia 15, abriu as portas para receber as

    famlias de alunos, ex-alunos, professo-

    res e funcionrios em uma srie de ati-

    vidades especiais. Em Teresina, diver-

    sos eventos ao longo do ano iro marcar

    o aniversrio de 110 anos do Diocesano,

    completados no ltimo dia 25.

  • 30 31Em Em

    NOVO CICLO NA ESCOLA SANTO AFONSO RODRIGUEZ

    Na dcada de 1960, os primeiros jesutas chegaram cidade de Teresina (PI). Na ocasio, os religiosos foram convidados, pelo bis-

    po da poca, a assumir o Colgio Dioce-

    sano. Na regio, encontraram desafios

    e necessidades pastorais, principal-

    mente, na periferia da cidade. Assim,

    resolveram investir em obras sociais na

    regio rural de Socopo. Na poca, um

    morador fez a doao de uma grande

    rea, a partir da os jesutas planejaram

    uma srie de obras, que envolveu cre-

    ches, um posto mdico, uma casa de

    retiros e uma Escola Agrcola, denomi-

    nada Escola Santo Afonso Rodriguez,

    explica padre Domingos Mianulli, coor-

    denador geral da instituio.

    A ESAR, como conhecida a Escola

    Santo Afonso Rodriguez, iniciou suas ati-

    vidades em 1965. Segundo padre Domin-

    gos, com o passar dos anos, o contexto

    da regio mudou e Socopo deixou de ser

    uma zona rural tornando-se, aos pou-

    cos, periferia de Teresina. Dessa forma,

    a escola, que era essencialmente agrco-

    la, passou a exercer suas funes educa-

    cionais voltadas ao Ensino Fundamen-

    tal, ampliando, aps muitos anos, seu

    atendimento ao Ensino Mdio. Devido

    s dificuldades financeiras, a ESAR sem-

    pre contou com parcerias. Para o Ensino

    Fundamental, esse convnio foi firmado

    com a Secretaria Municipal de Educao

    e, para o Ensino Mdio, com a Secretaria

    Estadual, esclarece o jesuta.

    Em 2014, a Rede Jesuta de Educao

    (RJE) decidiu que a ESAR passaria a incor-

    porar a Rede, como escola jesuta. Criou-

    -se, assim, uma situao bastante singu-

    lar. As escolas jesutas, sob a liderana

    da RJE, procuram implementar cada vez

    mais um projeto educativo conforme as

    Diretrizes da Companhia de Jesus, res-

    salta padre Domingos.

    No caso da Escola Santo Afonso Ro-

    driguez, o projeto educativo era espec-

    fico da Rede Municipal de Teresina. Em

    2015, tornou-se cada vez mais evidente

    a incompatibilidade entre o projeto de

    uma escola da Rede Jesuta de Educao

    e a gesto pedaggica e de projetos dos

    poderes pblicos. Com a criao da Pro-

    vncia dos Jesutas do Brasil-BRA, essa

    problemtica foi sendo aprofundada,

    refletida e discernida para buscar novas

    possibilidades, inclusive de ordem fi-

    nanceira. Assim, em dezembro de 2015,

    foi comunicado oficialmente que a ESAR

    rescindiria seu convnio com a Secretaria

    Municipal de Educao, responsvel pelo

    Ensino Fundamental, afirma o jesuta.

    Atualmente, a escola atende cerca de

    700 alunos com bolsas integrais, todos

    eles provenientes de famlias de baixa

    renda. Essa iniciativa s se torna pos-

    svel graas ao planejamento apostlico

    da Provncia BRA e ao projeto de filan-

    tropia da ANI (Associao Nacional de

    Instruo), uma das mantenedoras da

    Companhia de Jesus, diz padre Domin-

    gos, que afirma que o convnio com o

    Estado do Piau, para o Ensino Mdio,

    ainda continua.

    Aps um intenso trabalho de seleo

    e formao de novos professores, as au-

    las iniciaram no dia 15 de fevereiro. J d

    para perceber, com satisfao e esperan-

    a, a mudana de clima institucional e a

    possibilidade de tornar esta escola uma

    instituio de referncia. Desde a funda-

    o da ESAR, muito foi realizado. Os no-

    vos olhares e possibilidades do momento

    respondem aos novos tempos e desafios

    da Companhia de Jesus e da sociedade.

    Por esse motivo, nunca podemos deixar

    de agradecer a Deus pelo empenho e de-

    dicao de tantos jesutas e colaborado-

    res leigos que por aqui passaram nesses

    50 anos. Para todos eles, meu muito obri-

    gado!, finaliza padre Domingos.

    ESAR atende cerca de 700 alunos com bolsas integrais

    OS NOVOS OLHARES E POSSIBILIDADES DO MOMENTO RESPONDEM AOS NOVOS TEMPOS E DESAFIOS DA COMPANHIA DE JESUS E DA SOCIEDADE.

    Padre Domingos Mianulli, coordenador geral da Escola Santo Afonso Rodriguez

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    AGENDA |

    JUBILEUS

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioLocal | Rio de Janeiro (RJ)Horrio | 9h s 18hSite | www.clfc.puc-rio.br

    Casa de Retiros Itaici /Vila Kostka Tema | Msticos e msticas dos sec. XVI e XVIILocal | Indaiatuba (SP) Orientador | Pe. Geraldo Luiz De Mori, SJSite | www.itaici.org.br

    SIES Salvador (Servio Inaciano de Espiritualidade)Tema | Maria e a EucaristiaHorrio | 8h s 12hLocal | Salvador (BA)Coordenao | Equipe do SIESContato | [email protected]

    MAIO

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-Rio Tema | Jesus e as mulheresHorrio | 19h s 21hLocal | Rio de Janeiro (RJ)Professor | Francisco OrofinoSite | www.clfc.puc-rio.br

    Pateo do CollegioTema | A pedagogia jesutica Horrio | 14hLocal | So Paulo (SP)Inscries | bit.ly/1UDPqNn

    11 A 18 21CURSO CICLO DE DEBATES

    15

    20 A 22

    29

    CURSO

    MANH DE ORAO

    60 ANOS DE COMPANHIAEm 21 de abril

    Pe. Valdeli Carvalho da Costa

    50 ANOS DE COMPANHIAEm 9 de Abril

    Ir. Manoel Moreira de Menezes

    Em 17 de Abril

    Pe. Csar Augusto dos Santos

    RETIRO TEMTICO DE PENTECOSTES PARA JOVENS