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BRASIL
24 BAURU, domingo, 9 de abril de 2017
Perguntas para dom Caetano podem ser enviadas para o e-mail: [email protected] É importante colocar nome completo e endereço.
Diocese de Bauru: www.bispadobauru.org.br
Coluna semanal do Bispo Diocesano de Bauru,Dom Caetano Ferrari
JESUS, ENTRADA TRIUNFAL E ENTREGA POR AMOR
Hoje é chamado Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. A Liturgia evoca dois mistérios: a entrada triunfal de Je-sus em Jerusalém, celebrada com a bênção e a procis-
são dos ramos, e a paixão de Jesus Cristo com a proclamação do Evangelho da paixão segundo São Mateus. Desta forma tem início a Semana Santa. Hoje se encerra a Campanha da Fra-ternidade com o recolhimento, no momento das oferendas, das doações em favor dos projetos de defesa da vida e preservação da criação. Não esqueçamos que a Palavra de Deus que inspi-rou a Campanha da Fraternidade/2017 nos convida a “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), como uma atitude permanente.
Como sabemos, a Semana Santa é a semana mais importante do ano, porque nela a Igreja celebra os mistérios da paixão, morte e ressurreição do Senhor, numa palavra a Páscoa do Senhor. O ponto alto é o tríduo pascal – Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado Santo. E a Vigília pascal está no centro não só da Semana Santa como do Ano Litúrgico. Nesta noite santa da Vigília pascal, celebra-se a vida nova do Cristo morto e ressuscitado que, entregando-se por amor na cruz, deu também a vida nova aos cristãos. Por isso é que se diz que a Páscoa é a festa da Páscoa de Cristo e dos cristãos. É assim como devemos entender o que afirma o apóstolo Paulo quando ressalta que ressuscitamos com Cristo: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então nós também seremos manifestados com Ele em glória” (Cl 3, 1-4).
Acompanhemos Jesus entrando triunfalmente em Jerusalém, conforme nos conta São Mateus – Mt 21, 1-11. Mateus, que escreveu o seu Evangelho especialmente para os judeus convertidos, diz que a entrada de Jesus em Jerusalém aconteceu da forma como previu o profeta: “Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”. Os discípulos trouxeram um jumentinho e puseram sobre ele suas vestes, Jesus montou e foi descendo do monte das Oliveiras à cidade, enquanto a numerosa multidão estendia suas vestes pelo caminho e por ele espalhavam ramos de oliveira esperando Jesus passar. As multidões que O acompanhavam gritavam: “Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” Entrando em Jerusalém, a cidade inteira se movimentou e diziam: “‘Quem é este homem?’ E as multidões respondiam: ‘Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia’”. Não sabia o povo, mas o sabia Jesus, que sua entrada triunfal em Jerusalém terminaria no monte do Calvário, e que o fim daquele percurso seria a cruz.
Imitando o povo judeu que aclamou Jesus, com gritos de louvor, cantos de Hosana e ramos nas mãos, a Liturgia nos faz seguir em procissão, também com orações, cantos e ramos bentos, até à Igreja para a celebração da santa Missa. Na Missa o Evangelho da paixão segundo São Mateus recorda o mistério da paixão de nosso Senhor. Jesus se entregou à morte de cruz para nós por amor, em cumprimento da vontade do Pai. Pelo sofrimento do justo inocente, o Cristo Senhor, fomos perdoados dos nossos pecados; a morte que é consequência do pecado foi vencida e a vida nova em Cristo nos foi dada para sempre. A Liturgia nos convida a vivermos intensa e devotamente a Semana Santa, seguindo Jesus passo a passo rumo à Páscoa.
Sendo o cristão um homem criado por Deus e redimido por Jesus Cristo e santificado pelo Espírito Santo, desfruta, pelo Batismo, da alegria de participar da glória do ressuscitado e de estar erguido à altura de Deus, no aqui e agora desta vida. Por isso, o cristão não tem porque andar pela vida senão de cabeça erguida e não como um deus derrotado e expulso do paraíso, mas como uma pessoa - pecadora é certo - que o Pai abraçou, tendo lhe restituído a dignidade de filho de Deus. A missão do cristão é optar pela vida, preferentemente onde ela é mais ameaçada, dos abandonados, sofredores e pobres. O cristão vive da fé em Deus, enfrenta o presente com coragem, olha para o futuro com esperança e pratica a caridade a todo instante.
Entrando na Semana Santa, a Igreja nos convida a acompanhar o Senhor do céu e da terra realizando a sua obra da salvação em cumprimento da vontade do Pai. Acompanhemos a Ele, o justo sem pecado, levado aos Tribunais e arrastado ao Calvário, onde pregado na cruz teve trespassadas as suas mãos e os seus pés e contados os seus ossos, e morreu perdoando a todos. Foi por amor que Jesus assim deu a sua vida, por amor ao Pai, restituindo-Lhe a glória profanada pela desobediência humana e por amor aos homens, reconciliando-os com Deus mediante o perdão dos seus pecados.
Sigamos, com respeito e devoção, a “Via Crucis” de Jesus, suplicando que possamos nos solidarizar com Ele e com os irmãos na “via crucis” da vida de todos nós, assumindo-a também por amor, a fim de nos tornamos dignos de participar da sua ressurreição e glória.
Cantemos como no Apocalipse: “Ó Cordeiro imolado, vós nos resgatastes, destes-nos direito à herança, fizestes-nos participar dela; a Vós seja dado louvor, honra, glória e poder e também Àquele que está sentado no trono!” (Ap 5, 9 e 14).
Dom Caetano FerrariBispo Diocesano de Bauru
Dirigente foragido daCBDA se entrega no Rio
Movimentação na sede da Polícia Federal no Rio, durante a operação Águas Claras, deflagrada na manhã de quinta
Estadão Conteúdo
Rio de Janeiro - Foragi-do da Operação Águas Claras, o secretário-
geral de natação e executivo da Confederação Brasilei-ra de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, se entregou na noite da sex-ta-feira, no Rio. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA, que não teriam sido devida-mente aplicados nos espor-tes aquáticos. O presidente Coaracy Nunes e outros dois dirigentes da entidade, Ri-cardo Cabral (coordenadoria técnica de polo aquático) e Sergio Ribeiro Lins de Al-varenga (diretor financeiro), estão custodiados na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu - mesmo presídio onde está o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, capturado na Operação Lava Jato.
Entre as fraudes investiga-
das pela Águas Claras, estão licitações para aquisição de equipamentos de natação no valor aproximado de R$ 1,5 milhão. Há indícios de que a empresa vencedora seja ape-nas de fachada, pois em seu endereço na capital paulista funciona uma Pet Shop.
Também é alvo da Águas Claras a contratação, com suspeitas de irregularidade, de agência de turismo que venderia passagens aéreas e hospedagens para os atletas com preços superfaturados. Essas contratações irregula-res eram realizadas com ver-bas federais obtidas por meio de convênios com o Ministé-rio do Esporte.
A operação apura ainda a suposta apropriação por parte dos dirigentes da CBDA de premiação de US$ 50 mil que deveriam ter sido repassados a atletas. Além disso, estima-se que cerca de R$ 5 milhões, provenientes do Ministério do Esporte, deixaram de ser aplicados no polo aquático. Embora a CBDA tenha rece-bido esta verba federal para aplicação nos torneios na-
cionais e internacionais, seus dirigentes não autorizaram a ida da seleção júnior de polo aquático, campeã sul-ameri-cana e pan-americana, para o Mundial do Casaquistão, sob o argumento da falta de recur-sos financeiros.
Na esfera cível, o Ministé-rio Público Federal já levou à Justiça duas ações de impro-bidade administrativa contra o presidente da confederação, Coaracy Gentil Monteiro Nu-
nes Filho, outros dirigentes e empresários pelas fraudes em licitações para a aquisição de itens esportivos.
A Operação Águas Claras está sendo conduzida pela Po-lícia Federal e pelos procura-dores da República do Núcleo de Combate à Corrupção em São Paulo Thaméa Danelon, José Roberto Pimenta Olivei-ra e Anamara Osório Silva, com a participação da Contro-ladoria-Geral da União.
Justiça libera 5 suspeitos ligados à Lava Jato
Rio de Janeiro - Cin-co suspeitos presos preventivamente na
Operação Pripyat, deflagra-da pela força-tarefa da Lava Jato em julho do ano passa-do, foram soltos ontem, no Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria Estadual de Ad-ministração Penitenciária, os presos deixaram a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, pela manhã. Luiz Anto-
nio de Amorim Soares, Edno Negrini, Persio José Gomes Jordani, Luiz Manuel Ama-ral Messias e José Eduardo Brayner Costa Mattos eram executivos de alto escalão da Eletronuclear.
A Operação Pripyat (re-ferência a uma cidade da Ucrânia, abandonada após o acidente da usina de Cherno-bil em 1986) foi um desdo-bramento da Radioatividade, 16ª fase da Lava Jato, defla-grada em julho de 2015.
A Radioatividade levou
à cadeia o vice-almirante re-formado Othon Luiz Pinhei-ro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, por suspeitas de desvios nas obras da usi-na termonuclear Angra 3, investimento de R$ 17 bi-lhões no litoral sul do Rio. A Pripyat estudou as obras civis de Angra 3, a cargo da Andrade Gutierrez.
Na operação Radioativi-dade, Othon passou à prisão domiciliar, mas voltou a ser preso na Pripyat. A opera-ção do ano passado prendeu
dez pessoas acusadas de desviar recursos de Angra 3. Segundo as investiga-ções da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, o alto escalão da estatal re-cebeu R$ 26,4 milhões em propina. Othon teria fica-do com R$ 12 milhões, R$ 4,5 milhões mapeados na Radioatividade.
As investigações apon-taram também que Othon seguiria exercendo influên-cia na Eletronuclear mesmo após a prisão domiciliar.
Ladrões usam ‘cordão humano’ em assalto
São Paulo - A ação cinematográfica de criminosos assustou
os moradores do município de Pouso Novo, no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, na madrugada de ontem. O grupo, formado por quatro homens armados com fuzis, explodiu uma agência do Banco do Brasil, obrigou moradores a formarem um cordão humano enquanto o roubo era realizado, atirou em uma viatura que estava no posto policial da cidade e levou pelo menos um re-fém durante a fuga.
A Brigada Militar de
Lajeado não soube infor-mar a quantia roubada. O refém foi liberado por vol-ta das 4h perto do pedágio de Encantado, a cerca de 50 km de distância. Também não há informações oficiais sobre a existência de outro refém, que chegou a ser re-latada por moradores que presenciaram a ação dos assaltantes.
Cidade localizada a 175 km de Porto Alegre, Pouso Novo tem apenas 1.832 ha-bitantes, segundo o IBGE, e é um município cuja princi-pal atividade econômica é a agricultura. A agência ban-cária que foi alvo da explo-são é a única da cidade.
CRISTINA CAMARGO