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Fé e devoção a São Cristóvão Motoristas comemoram o dia do padroeiro com procissão e festejos CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 25 DE JULHO DE 2015 ANO 48 N°3150 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Setor moveleiro Exportações caem 22% no semestre Apesar da queda nos negócios no exterior, faturamento teve redução de apenas 3% em seis meses Página 18 Páginas 14 e 15 Colono e Motorista

25/07/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.150

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25/07/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.150 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 25/07/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.150

Fé e devoção a São Cristóvão

Motoristas comemoram o dia do padroeiro com procissão e festejos

CRISTIAN

O M

IGO

N

BENTO GONÇALVESSábado25 DE JULHO DE 2015ANO 48 N°3150

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Setor moveleiro

Exportações caem 22% no semestreApesar da queda nos negócios no exterior, faturamento teve redução de apenas 3% em seis meses Página 18

Páginas 14 e 15

Colono e Motorista

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Nova sistemática (85/95) para o cálculo do valor da renda mensal inicial da aposentadoria

Preliminarmente cabe ser destacado que a nova sistemáti-ca (85/95) não extingue o fator previdenciário, mas acresce nova alternativa à concessão de aposentadorias.

Noutras palavras, até 17/06/2015, data imediatamente anterior à edição da Medida Provisória 676, que trata da aplicação do fator 85/95, o cidadão com 60 anos de idade e 35 anos de tempo de serviço (que somados resultam em 95), ao requerer a aposentadoria por tempo de contribui-ção, tinha seu benefício calculado com o fator previdenciá-rio, o que lhe resultava em uma perda de aproximadamente 11% no valor da renda mensal. A partir da edição da Medida Provisória 676/2015, a qual já está em vigência, o mesmo segurado terá direito ao benefício sem a mencionada perda, eis que atingiu 95 pontos. Já para uma mulher de 55 anos de idade e 30 de contribuição (cuja soma atinge 85), o fator previdenciário era ainda mais prejudicial: retirava-lhe 27%. Agora, não haverá esta redução.

A fórmula 85/95, em princípio, pois ainda depende de aprovação pelo Congresso Nacional quanto aos acréscimos pontuais propostos pela MP, tem um prazo de vigência: até o final do ano de 2016. A partir de 01/01/2017, as so-mas de idade e tempo de contribuição serão aumentadas em um ponto, e do mesmo modo ocorrerá em 01/01/2019, em 2020, 2021 e 2022. Em outros termos, se aprovada na totalidade, haverá um acréscimo gradativo na fórmula: da-qui a dois anos será 86/96, daqui a quatro anos 87/97, até atingir 90/100 em 2022.

Importante salientar que o tempo mínimo de contribuição (homem 35 anos e mulher 30) deve, obrigatoriamente, ser atingido por todos aqueles que desejam fugir do fator previ-denciário. Nesse norte, não há de se falar na hipótese de uma mulher com apenas 27 anos de tempo de serviço e 58 de ida-de buscar a aposentadoria por tempo, tampouco um homem com 34 anos de contribuição e 61 de idade.

De outra banda, contribuindo acima dos 30 ou 35 anos, fará com que o segurado possa valer-se da nova sistemática. É, por

exemplo, o caso de um homem com 40 anos contribuídos e 55 de idade ou uma mulher com 35 de tempo de serviço e 50 de idade, quando todos atingirão, respectivamente, 85 e 95 pontos, com direito à aposentadoria com a renda mensal cal-culada em 100% do salário de benefício resultante da média do período básico de cálculo.

A MP 676/2015 permite ao cidadão/segurado fazer um planejamento previdenciário, uma vez que, ao completar o tempo mínimo necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição, este deverá se atentar para a resposta à seguinte questão: será que o benefício financeiramente mais vantajoso é aquele com a fórmula (85/95) ou o com a aplicação do fator previdenciário?

Para responder a esta questão, quando o segurado tiver completado a fórmula, é dever do INSS ofertar ao cidadão a memória de cálculo com as duas possibilidades, isto porque há casos recorrentes nos quais o fator previdenciário é supe-rior a 1,0, logo a aplicação deste beneficia o segurado.

Mas e quando a pessoa só completar o tempo e não se enquadrar na fórmula, ainda vale a pena esperar para se adequar a esta?

Neste caso o segurado não terá na Autarquia Previden-ciária a resposta, mas em cálculos que ele deverá buscar, em escritórios especializados em Direito Previdenciário, de sua confiança, isto porque o INSS deve conceder o melhor benefício ao cidadão com base nos elementos que constam no seu sistema, mas não tem a obrigação/dever legal de fazer projeções futuras.

Por fim, ao contrário do que muitos estão imaginando, as pessoas não terão de ter 85 anos ou 95 anos de vida para se aposentar.

Nada disso, a fórmula é simples. Os trabalhadores e traba-lhadoras vão poder somar a idade e o tempo de contribuição para se aposentar com renda de 100% do salário de benefício, contudo, contando com o tempo mínimo de contribuição exi-gido, ou seja, 30 anos para mulher e 35 anos para o homem.

Artigo GABBARDO&SIQUEIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S – especialistas em Direito Previdenciário – fone 54 34522274 / 54 34543793

Mercado exteriorEditorial

A queda nas exportações do setor moveleiro pode ser um sinalizador de que é preciso buscar novos rumos e alterna-tivas fora do país. Infelizmente, ou não, nossas indústrias ainda não investiram com força no quesito exportação. Por isso, o impacto não é tão grande no faturamento geral, que apresentou queda de apenas 3%, abaixo do previsto, que era de 3,8%.

Mesmo com a queda nas exportações, caso o dólar se mantenha no nível atual, as empre-sas brasileiras terão competitividade garanti-da, ainda que precisem reduzir preços de 5% a 15%, na moeda americana. Esta é uma afir-mação de Daniel Lutz, presidente da Associa-ção Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). Para ele, um dos incentivos que movimentam as empresas rumo às exportações é o convênio Brazilian Furniture, parceria entre Abimóvel e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações

Mercados como Estados Unidos, México e Peru precisam ser

melhor explorados

e Investimentos (Apex-Brasil), uma solução real e efetiva que deve ser valorizada e procurada pelas empresas moveleiras como alternativas não apenas para a crise, mas para uma am-pliação dos negócios com os Estados Unidos, que recebem 20% de toda a exportação moveleira.

Esta é uma constatação positiva para os em-presários locais que precisam ousar mais e co-locar o produto bento-gonçalvense com mais destaque no mercado americano. Outras alter-nativas como o México, país vizinho aos EUA, começam a ser vistas com bons olhos pelos empreendedores locais. Na América do Sul, o Peru se apresenta como uma válvula interes-

sante para o escoamento da produção, com um crescimento de 68% no consumo de móveis fabricados na Capital do Vinho. Na área industrial, mesmo com toda a crise apresentada, as expec-tativas são de melhoras até o final do ano para o setor moveleiro.

Sábado, 25 de julho de 2015 2 Opinião

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Painel

A Administração Municipal finalizou a construção da pista para caminhada no complexo esportivo do bairro São Francisco. A pista com 1.573m² é um espaço adequado para a prática de ca-minhadas e passeios com uma melhor estrutura, fomentando o bem-estar social e trazendo benefícios à saúde da população.

A pavimentação foi realizada com blocos de concreto intertra-vado, uma saída inteligente para fugir do pavimento convencio-nal. Os blocos são duráveis e ecologicamente corretos, além de terem fácil manutenção. O investimento foi de R$ 126 mil.

A CDL Jovem traz a Bento Gonçalves o frei Jaime Bet-tega para uma palestra inspi-radora. Com reflexões e dicas práticas sobre o dia a dia, ele apresenta o tema “Em tempo de mudanças, o papel do líder na gestão das emoções”. O en-contro ocorre na terça-feira, 28, às 19h30min, no Pavilhão E do Parque de Eventos.

No encontro, o frei Jaime Bettega compartilha seus ensinamentos durante uma conversa que promete ser emocionante. Formado em Administração de Empresas, especialista em Recursos Hu-manos, mestre em Espiritu-alidade nas Organizações e professor universitário, ele agrega ao tema mensagens inspiradoras, orientando os participantes sobre a melhor forma de superar os desafios.

“Com mais essa palestra, a CDL Jovem Bento propõe um momento importante de reflexão e inspiração para gestores, empresários e estu-dantes, além da comunidade em geral”, afirma o atual pre-sidente da CDL Jovem Bento, Leonardo Carboni.

A Câmara de Vereadores outorgou, durante Sessão Solene na quinta-feira, 23, Portaria de Louvor e Agradecimento à Ação So-cial São Roque, pelos seus 46 anos de atuação no município. A honraria foi proposta pelo vereador Jocelito Tonietto (PDT) e recebida pela presidente da entidade, Vânia Kratz Mendes. Fun-dada em 1º de abril de 1969, a Ação Social São Roque é uma en-tidade beneficente e sem fins lucrativos. Sua atuação se dá nos bairros São Roque, Aparecida, Cembranel, Nossa Senhora da Saúde, Ouro Verde, Zatt, Panorâmico, Bertolini, Km2, Pedra Lisa, São Luis, Linha Ferri e Veríssimo de Mattos. O público-alvo de seus serviços é constituído por pessoas de baixa renda ou em risco social referenciadas pelo CRAS I - São Roque, com uma atenção especial para os idosos, deficientes e suas famílias, além de pesso-as em situações emergenciais.

Os servidores do Câmpus Bento Gonçalves do Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) decidiram, em assembleia convocada pela Seção Bento Gonçalves do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-BG), realizada no dia 22 de julho, permanecer em indicativo de greve. Não haverá aulas na próxima segunda-feira, 27. Durante o perío-do da manhã será realizada uma reunião dos servidores para deliberação sobre o calendário acadêmico e o reinício das aulas. O atendimento para matrículas será realizado conforme previsto nos editais. Mais informa-ções podem ser obtidas pelo telefone (54) 3455.3211.

A greve foi deflagrada no dia 8 de julho. Atualmente alguns setores não estão prestando atendimento e outros estão trabalhando em horário redu-zido, das 8h às 12h, conforme decisão em assembleia realizada no dia 13. Entretanto, a terceira etapa das matrículas será realizada entre as 18h e às 22h. Os servidores lutam por direito à educação de qualidade não terceiri-zada, direitos garantidos à aposentadoria e reajuste salarial conforme a Lei.

Pista de caminhada em GaribaldiJaime Bettega em Bento

Ação Social São Roque

Servidores do IFRS estão em greve

Sábado, 25 de julho de 2015 3

Os milhares de buracos espalhados pelas estradas da região vão virar a mais nova atração para os turistas que visitam a Serra Gaúcha? Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Painel

HUMOR Moacir Arlan

Fotografar é um hobby para a leitora Marinês Petroli, que enviou o registro de um belo pôr-do-sol na Eulália Alta, interior de Bento Gonçalves.

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

Foto do Leitor

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Sábado, 25 de julho de 20154 Geral

Governador no CIC/BG

Governador no CIC/BG II

Governador no CIC/BG III

Audiências públicas

Existem para quê?

A presença do governador Sartori na reunião-almoço de se-gunda-feira última no CIC/BG foi um grande acontecimento, sem dúvidas. Mas, pelas impressões que colhi sobre a palestra, restou a frustração. Nada do que foi dito ali foi novidade. Foi mais do mesmo. Desde janeiro ouvimos comentários sobre “a situação falimentar do Estado”. Como se vê, repetição do mes-mo discurso de vários outros governadores que antecederam Sartori. Que o Estado passa por dificuldades até os pombos que habitam o telhado do Palácio Piratini sabem. O que se queria ouvir era “o que será feito para retomar os investimentos em saúde, segurança pública e educação, principalmente”. E sobre isso todas as condicionais possíveis e imagináveis foram usadas.

A preocupação maior que é o aumento brutal nos impostos abusi-vos que já pagamos ficou também na condicional. “Vamos ver”, disse Sartori, repetindo o que já disse dezenas de vezes. Mas a grande ques-tão é: Se Rigotto aumentou os impostos exatamente como se comenta agora e não resolveu o problema financeiro do Estado, por que, agora, é lícito se esperar que resolva, criando ainda mais imensas dificulda-des para todos, notadamente ao povo? E vender estatais, resolverá? Antonio Brito vendeu (por assim dizer) as principais estatais e no que deu isso tudo, sem ser aumentos brutais nas tarifas, sem que o serviço prestado justificasse e a situação financeira mudasse?

Yeda, por sua vez, vendeu 49% do Banrisul por 3 bilhões de reais e pediu emprestado um bilhão e cem milhões de dólares. Resolveu? Obviamente, não! Então, prezado governador Sartori, está muito claro que massacrar o povo com mais impostos, ven-der estatais e pedir dinheiro emprestado não resolverá a situação. Quem sabe não é o caso de se passar um pente fino, fazer uma auditoria total nas despesas, gastos e investimentos do governo do Estado para detectar onde, realmente, está o problema e tomar as medidas necessárias para resolvê-lo? Quem deve um milhão de reais não pode pensar que se vender o sofá da sala e o carro velho por cinco mil e pedir emprestado ao vizinho outros mil reais resolverá seu problema. No máximo pagará um pouquinho dos juros, ficando sem sofá, sem carro e devendo mais mil reais. Es-perar o que, portanto? Mais estudos ou mais impostos?

A legislação criou essa figura que, para mim, é inútil. Falo das tais de “audiências públicas”. Os poderes públicos as realizam “para ou-vir a população”. Ponto! Deu, né? Sim, senão vejamos. Quando da definição do número de vereadores, obviamente a maioria esmaga-dora da população era contrária pelo básico, elementar, acachapante motivo de que nada mudaria com o aumento no número de verea-dores. A não ser as despesas bem maiores que nós, povo, teríamos que arcar. O próprio presidente da Câmara de Vereadores, Valdecir Rubbo, disse isso na ocasião, o que se comprovou totalmente.

Tomei apenas um exemplo. Mas poderíamos citar vários. Ques-tionar a realização dessas audiências é um dever de todas as pes-soas de mediana inteligência. Agora se realizam mais duas delas. Uma foi nesta quinta-feira e tratou sobre a mobilidade urbana. A outra a ser realizada será a de modificações do Plano Diretor. Mas comecei dizendo que, para mim, são inúteis porque tudo é decidido de acordo com as vontades de quem as promove. Já citei o exemplo da que tratou do número de vereadores. Poderia citar várias que visavam mudanças no Plano Diretor, as quais foram implementadas mesmo com a contrariedade de muitas pessoas. Por isso é que nelas são sempre os mesmos que estão.

ÚLTIMAS

Primeira: Tem coisas que muitos gostariam de enten-der. Por exemplo: por que querem eliminar a leitura de requerimentos, indicações e outras, dos vereadores, votan-do-as em bloco?

Segunda: Se entendi di-reito, isso deixa os vereado-res sem poder prestar contas abertamente aos seus eleito-res, não é mesmo? Será que essa proposta é por falta de tempo nas sessões? Por que há somente uma por semana e eles precisam jantar cedo?

Terceira: Caxias do Sul, Câ-mara de Vereadores com três sessões semanais; salário dos vereadores: R$ 9.522,29. Bento Gonçalves, uma sessão sema-nal; salário dos vereadores: R$ 9.062,94. Como são aumentos trimestrais, logo, logo, empa-tam isso;

Quarta: A população de Ca-xias do Sul é de 440 mil habi-tantes; população de Bento Gonçalves é de 110 mil habitan-tes. Ou os vereadores de Caxias ganham pouco ou os de Bento ganham muito. O que acham os eleitores?

Quinta: Por que será que a Secretaria da Mobilidade Urbana não manda retirar as placas de sinalização inúteis, como, por exemplo, as de proi-bido parar e estacionar, vagas para idosos e deficientes?

Sexta: Como, aparentemen-te, inexiste fiscalização e muitos não estão nem aí para elas, não seria melhor retirá-las, então?

Sétima: Pois é, e aconteceu o que qualquer pessoa, com um mínimo de conhecimento sobre futebol, poderia prever: Inter eliminado pelo Tigres, que foi mais time nos dois jogos;

Oitava: E o Grêmio passou pelo outro tigre, o Criciúma, pela Copa do Brasil, nos pê-naltis. Agora Grêmio e Inter concentram-se no Brasilei-rão. O Inter segue favorito ao título. Aos agricultores e mo-toristas, o reconhecimento da Coluna Opinião.

Antô[email protected]

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.986

IGVariedades

A FRASE

A persistência é um dos maiores princípios do sucesso!(.)

Movelsul Brasil 2016Destacar os preparativos da 20ª Movelsul Brasil em Bento Gonçal-

ves – RS, Parque de Eventos de 14 a 18 de março 2016. Crescimento, organização e credibilidade, a Movelsul Brasil é a mais importante feira do gênero da América Latina. Seu objetivo maior é alcançar ne-gócios e propiciar aos milhares de visitantes, novidades e lançamen-tos da mais alta tecnologia e qualidade.

Evento – alto nívelPromovida pelo Sindmóveis, liderado pelo presidente Henrique

Tecchio, a Movelsul Brasil 2016 vai projetando um evento dos mais expressivos. A presença de centenas de expositores, dezenas de Es-tados brasileiros e contatos com compradores do mercado interno e importadores de dezenas de países impulsionando parcerias e ne-gócios. Para o presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio, e equi-pe diretiva, a feira e o setor moveleiro vão surpreender pela tecno-logia e qualidade dos produtos e design sofisticado. Fique ligado!

Laço Velho em Santa Maria

Casa da Amizade – nova direção

Corpore – linha de ação

O CTG Laço Velho de Bento Gonçalves, integrante da 11ª Região Tra-dicionalista, participou do JuvEnart, o maior concurso Estadual de dan-ças tradicionais gaúchas na categoria Juvenil que aconteceu com muito brilhantismo no último dia 3 de julho de 2015 na acolhedora cidade de Santa Maria - RS. Segundo o patrão Antenor Rizzi que acompanhou o grupo, a apresentação do CTG Laço Velho em Santa Maria foi das mais expressivas valorizando com isso seus integrantes, a cultura e o tradicio-nalismo desta terra. Por outro lado, as invernadas têm ensaios semanais nas dependências do CTG Laço Velho, motivo pelo qual convida a todos para conhecerem e participarem de suas Invernadas artísticas: Escoli-nha - Pré-Mirim - Mirim - Juvenil - Adulta e Xirú. É o CTG Laço Velho valorizando as raízes do tradicionalismo gaúcho! É isso aí!

Foi eleita recentemente a nova diretoria da Casa da Amizade para a gestão social 2015-2016, a qual ficou assim constituída Presidente Li-ria Vanoni Foresti, Vice-Presidente Marilene Rizzi, Secretária Angela Ferretti, Tesoureira Cristina Carvalho e Protocolo Ana Clélia Pizzetti. A presidente Liria Vanoni Foresti assume no lugar de Maria Helena Zortea que dirigiu a entidade com muita propriedade. Juntamente com a nova presidente, assumiram também os membros do Conselho Consultivo, Fiscal e Departamento Social. Através de suas associadas, a Casa da Amizade tem por finalidade promover a integração entre suas associadas, cooperar e auxiliar entidades filantrópicas, obras as-sistenciais e educativas beneficiando a comunidade. E a Casa da Ami-zade tem demonstrado até aqui, através de um trabalho de equipe, inúmeras ações de grande alcance social. Parabéns e sucesso, gente amiga! Parabéns Liria e sucesso, gente amiga!

As atividades essenciais devem merecer a atenção do ser huma-no-durante as quatro estações do ano. O desenvolvimento do corpo e mente devem seguir atividades e acompanhamentos especiais. A Corpore Academia há muitos anos vem oferecendo à comunidade bento-gonçalvense e região, através de profissionais qualificados, práticas capazes de trabalhar corpo e mente como um todo. Ativi-dades atualizadas e novidades em evidência, como poucas no Esta-do. A Corpore tem amplas e modernas instalações, rua Florianópo-lis, 493, fone: 3451.5279 propicia tecnologia de ponta, atendimento personalizado, bem estar e segurança em abrangente área de lazer. É dirigida pelas empresárias Fabiana Geremia Bucco, Viviana Ge-remia e equipe de apoio! Fique ligado e procure conhecer as novi-dades que a Corpore vem oferecendo! Salute!

Unidade tem objetivo de atender os casos de urgência e emergência

Procura pela UPA entre junho e julho aumentou 16% nesse ano

Espaço atende mais de 11 mil pessoas em um mês

UPA 24h

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO

Cristiane Grohe [email protected]

A Unidade de Pronto Atendi-mento 24h (UPA) comple-

tou um mês de funcionamento no dia 18 de julho. Neste perío-do a UPA realizou 11.195 aten-dimentos, que corresponde a uma média de 373 pessoas por dia. O local funciona como uni-dade intermediária de baixa complexidade e se destina aos casos de urgência e emergên-cia. Os pacientes podem per-manecer em observação por um período de 24 horas para elucidação diagnóstica ou es-tabilização do quadro clínico. Para isto, conta com 16 leitos de observação.

Com uma equipe de 150 co-laboradores, a UPA conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, higienizado-res e recepcionistas. Localiza-da na rua Senador Alberto Pas-qualini, no Bairro Botafogo, a unidade atende os pacientes que antes eram atendidos no PAM 24 horas.

Conforme uma das coorde-nadoras de Enfermagem da UPA Taciane Duarte, os aten-dimentos realizados no novo ambiente, no período de 18 de junho a 18 de julho, aumen-taram 16% se comparado ao mesmo período do ano passa-do. “Vários fatores colaboram para o número ser maior: a população está crescendo, in-cluindo os haitianos que estão no município, e nessa época do ano é comum aumentar o número de doenças respirató-rias”, destaca. Ela lembra que pacientes de outros municípios também são recebidos no local.

A também coordenadora de Enfermagem Lourdes Zenki, revela que os motivos que mais levam os pacientes a procura-rem a unidade são sintomas de

doenças respiratórias e dores em geral. “Muitos casos pode-riam ser resolvidos nas Unida-des Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros de origem das pessoas”, afirma. No entanto, muitos pacientes procuram o lugar por motivos diversos. “A UPA foi criada com o intuito de atender emergências e ur-gências”, esclarece. Nos casos de febre leve e moderada há vários dias, infecções de pele, tosse frequente, gripe e resfria-dos comuns, verminoses, diar-reia, alergias leves, suspeitas de gravidez, controle de pres-são e diabetes, análise e solici-tação de exames, os pacientes devem procurar as UBSs.

Lourdes explica que o local segue as diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde, com Acolhimento e Classificação de Risco, que utiliza cores para definir a gravidade e a priori-dade de atendimento médico de cada paciente. “Esse proces-so é realizado por enfermeiros que avaliam o quadro clínico e os sinais vitais de cada pacien-te e definem, baseados em pro-tocolos, a prioridade de cada caso. Os pacientes são encami-nhados aos médicos em tempo

adequado”, garante Lourdes.O proprietário de uma em-

presa de pintura, Vilmar An-tônio Rodrigues, de 29 anos, morador do bairro Cohab, procurou a UPA na manhã da quinta-feira, 23. Ele esta-va com febre, dor de cabeça e sintomas de gripe. Rodrigues foi atendido e devidamente medicado. “O atendimento foi muito bom e rápido”, ale-ga Rodrigues.

A funcionária da área de pro-dução de uma indústria de ali-mentos, Manasta Michel, 27, é haitiana e está grávida de cin-co meses. Ela procurou a UPA porque na quarta-feira caiu e ficou com dores nas costas e na parte inferir da barriga. A paciente foi atendida e recebeu medicação na própria Unida-de. “Gostei do atendimento e da rapidez com que fui atendi-da”, ressalta.

A assistente administrativa Ediane Machado Rios, 34, es-tava com sintomas de sinusite e forte dor de cabeça. Ela relata que o atendimento foi rápido e eficaz. “O espaço é mais mo-derno, tudo é mais organizado e o atendimento é mais rápi-do”, opina Ediane.

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DenisedaRé

Beijo de Língua

Com o surgimento da “internetês”, cuja escrita é livre de convenções gramaticais, a Língua Portuguesa passou a ficar à deriva. Mas, como disse o poeta carioca Marcos Vinícius, “quem navega à deriva sabe que há vida além dos mapas, além das bússolas, astrolábios, diários de bordo, além das lendas de monstros marinhos, dos mitos...”. Se aplicarmos ao caso, diria que nossa Língua, embora cheia de fraturas, cicatrizes e hematomas, nos reserva muitas surpresas, o que significa que “naun” corre o risco de morrer, “entaum” bola pra frente...

Na verdade, eu também poderia ser condenada à prisão por alguns belos anos, computando-se as infrações que já cometi contra a linguagem formal mesmo antes da Internet. Eu e mais alguns milhões de brasileiros. Mas quando sou inocente – e desta vez sou – bato o pé. Vamos ao “crime”...

Na crônica de sábado passado, eu dizia que continuava encantada com a viagem ao Velho Continente (já comen-tada em outras crônicas) e que, portanto, não se tratava de um “entusiasmo passageiro”. Aí, uma pequena interferên-cia do pessoal da revisão mudou drasticamente o sentido da frase. A maioria dos leitores nem se ligou, mas professores de Português – grupo no qual me incluo – sofrem de uma coceirinha típica no cérebro e não aguentam deixar impune qualquer pecadilho, particularmente este, que segue:

Foi sacada a última letra da palavra “entusiasmo”, que era substantivo, e acrescentado o sufixo “ado”, virando o adjeti-vo “entusiasmado”. E o termo “passageiro”, que era adjeti-vo, em função disso também mudou de classe, ganhando o título benemérito de substantivo.

Ao fim e ao cabo, essa inocente correção deixou o sentido esdrúxulo.

Meninos, vocês viram a encrenca em que me meteram? Tudo bem! Não se aflijam! Eu estava com uma baita sau-dade de dar uma aulinha de Português. Além do mais, te-nho que me penitenciar por um pecado em especial, entre tantos outros que devo ter cometido durante o exercício do magistério...

Era uma turma de adultos, todos trabalhadores que estu-davam à noite, tentando recuperar o tempo perdido. Ao cor-rigir uma redação, assinalei em vermelho os erros do texto de uma aluna, deixando-o igual a uma toalha de Natal – de-corada com “poinsettias” ou “bicos de papagaio”. As frases, embora sem concordância, coerência ou coesão e com assas-sinatos gramaticais, exalavam sentimento. Que não levei em conta. Matei as expectativas dela com um “canetaço”. Pena que a gente aprende certas coisas tarde demais...

E o beijo de Língua? Resposta em internetês: he, he, he! Foi só um truque para o leitor chegar até o fim da crônica.

Testes rápidos serão realizados na Via Del VinoSecretaria de Saúde faz avaliação gratuita para sensibilizar comunidade

Hepatite

Cristiane Grohe [email protected]

O Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais é lem-

brado na próxima terça-feira, 28. Com o objetivo de alertar a comunidade sobre as hepatites B e C, encorajando prevenção, diagnóstico e tratamento, a Se-cretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece testes rápidos neste sábado, 25. Eles estarão disponíveis gratuitamente no ônibus amarelo da Unidade Móvel da SMS, das 8h às 12h, na praça Via Del Vino. É neces-sária a apresentação de identi-dade e cartão do SUS. Menores de idade devem estar acompa-nhados dos pais.

De acordo com a coordena-dora do setor de Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconse-lhamento (SAE/CTA), Adriana

Maria Cirolini a hepatite atinge o fígado, podendo levar a cirro-se hepática, complicações, até mesmo câncer. A transmissão é a mesma para B e C e ocorre, principalmente, por meio de relações sexuais sem preserva-tivo com o parceiro infectado, ou é passada da mãe para o bebê durante a gravidez. Com-partilhar de objetos de higiene pessoal que contenham sangue (como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente e ali-cates de unha) também pode transmitir, assim como tatu-agem e piercings, transfusão de sangue contaminado e ins-trumentos para uso de drogas inaláveis e injetáveis. “No tipo B a predominância é da trans-missão vertical, onde 70 a 90% de mães infectadas apresen-tam e replicam o vírus. Na C, a predominância do grupo é de usuários de droga”, esclarece.

Dados do Setor de Epide-miologia da SMS mostram que em 2014, foram registrados 72 casos de hepatite B e C em Bento Gonçalves, sendo 29 do primeiro tipo (15 homens e 14 mulheres), 43 do segundo (27 homens e 16 mulheres). Des-tes 43, 17 eram usuários de drogas inaláveis ou injetáveis. Dos 72 infectados, dois vieram a óbito, sendo um com vírus B e um com o C. Quanto à faixa etária, os casos de hepatite B têm entre 30 e 59 anos. Na he-patite C, entre 40 e 49 anos. Entretanto, as idades não re-presentam o período em que a doença foi contraída e sim quando o paciente descobre ser portador, já que nos dois tipos a doença pode não apre-sentar sintomas. A descoberta ocorre por meio de exames es-pecíficos, chamados de soro-logias para hepatites.

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AssuntaDeParis

A agricultura como vocação do imigrante (140 anos)

No lote rural, do colono italiano, a própria família executava to-das as tarefas, muito raramente utilizando o serviço de emprega-dos, especialmente domésticos.

A autoridade do pai como verdadeiro patriarca, acatava sem res-trições, mesmo pelos filhos homens que, após o casamento, per-maneciam com as respectivas famílias na casa paterna. Segundo a ótica da sociedade da imigração italiana, pais, filhos e netos forma-vam apenas uma família. As filhas, após o casamento, passavam a fazer parte da família do marido.

A organização dos espaços diverge no Brasil, daquela adotada na Europa. Nas instalações residenciais rurais, lá geralmente agluti-nadas numa única edificação e aqui demonstradas segundo as dife-rentes funções. No velho continente, havia também a necessidade de reduzir a ocupação da terra com a edificação para economizar solo arável para o plantio. Os imigrantes, ao chegarem ao seu lote, dedicavam-se à abertura de clareiras nas matas e construíram abri-gos provisórios de pau-a-pique, cobertos de galhos de árvores. Era um momento difícil. O pinhão, a caça e a pesca ajudaram os co-lonos nos primeiros tempos. Algumas vezes, a venda de madeiras e, eventualmente o trabalho na abertura de estradas e caminhos (trilhas), financiaram os imigrantes até a primeira colheita.

As colônias eram divididas em léguas, travessões e lotes. A légua era um quadrilátero cortado no sentido longitudinal, por caminhos estreitos e irregulares, de 6 a 13 km, abertos no meio da mata por travessões ou linhas. A medição e demarcação das colônias e dos lotes rurais eram feitas por engenheiros agrimensores. Em geral, as léguas possuíam 132 lotes.

Interessando ao governo, o início da atividade agrícola, e tam-bém para evitar a possibilidade de vazios e especulação, o imigran-te, ao receber o lote, devia instalar-se imediatamente. Estabelecia a Lei, dois anos depois da posse do lote, o colono que não houvesse estabelecido sua morada habitual, nem trabalhado a terra, perderia o direito do mesmo lote e este, após os anúncios de costume, de-veria ser vendido em Hasta Pública, deduzindo-se os pagamentos feitos e os débitos provados. “Cada três meses vinha fiscal para ver se a terra estava habitada e trabalhada...”. Para os primeiros dias, até poucos meses, suas casas eram: copas de árvores, saliência e es-cavações em barrancos, troncos ocos, lençóis armados com tendas.

Os imigrantes construíram suas próprias casas provisórias. Ve-rificamos a preocupação fundamental em preparar um abrigo sem nenhuma espécie de norma ou pré-requisito, conforme a disponibi-lidade de materiais do próprio ambiente e as características do local. Todo benefício deveria ser reembolsado ao governo (isto é, pago).

Assim o agricultor estava sempre em dívida e só podia trabalhar para a sobrevivência...

Parabenizo todos os agricultores pelo seu dia, mas, principal-mente, pela arte de saber plantar, ter a alegria e a esperança de ver as plantações crescerem e poder colher...

É uma vocação que precisa de muita dedicação e esperança. As-sim também parabenizo os motoristas, os heróis de nossas estra-das, que lutam com os transportes.

Trabalhos intensificados

Secretaria de Obras realiza reparo nas ruas de BentoDiversas vias do município recebem melhorias após semana chuvosa

Devido à chuva, alguns lo-cais em Bento Gonçalves,

principalmente ruas, foram afetados. Depois deste longo período chuvoso, a Secretaria de Viação e Obras Públicas (SMOV) disponibilizou equi-pes nas ruas com o objetivo de recuperar e corrigir o asfalto nas principais vias da cidade.

Durante a semana os tra-balhos foram intensificados, principalmente na Rua Olavo Bilac, nos cruzamentos com a Rua Dr. Casagrande e Silva Paes, no Bairro Cidade Alta. Além destas, a rua 3 de Outu-bro também recebeu reparos. Na sexta-feira, 24, foram re-cuperadas as vias com basalto Santo Bolzoni, no bairro Apa-recida, e Lídia Castagnetti no bairro Conceição.

A Operação Tapa-Buracos é um trabalho contínuo realiza-do pela SMOV, mas por impos-sibilidade técnica não pode ser feita em dias de chuva. De acor-do com o secretário de Obras e Viação, Sérgio Gabrielli, os reparos não foram realizados antes devido ao mau tempo. “As chuvas constantes fizeram buracos em nossas vias, porém

não adiantava a execução des-tes serviços durante o período de chuvas. Estaríamos desper-diçando o dinheiro público, uma vez que o asfalto seria la-vado pelas enxurradas,” expli-ca o secretário titular da pasta.

Para fazer a manutenção do asfalto, é realizada a aplica-ção de brita nos buracos mais profundos e, em seguida, o re-mendo com a massa asfáltica. Entretanto, em alguns pontos, será preciso cortar e remover uma camada mais extensa, não apenas no local do buraco, para que o capeamento fique uniforme. “Sabemos que a po-pulação anseia por ruas com

melhores condições de tra-fegabilidade e, por determi-nação do prefeito Pasin, não estamos medindo esforços”, conclui Gabrielli.

As atividades serão retoma-das na segunda-feira, 27, se firmar o tempo, com sequên-cia do trabalho nas avenidas Planalto e São Roque, ruas 10 de Novembro, Xingu, Her-ny Hugo Dreher, 13 de Maio, Barão do Rio Branco, São Ro-que, Guilherme Fasolo e Ar-lindo Franklin Barbosa (Linha Pradel). Não há previsão de término, já que o trabalho é constante e depende da esta-bilidade do tempo.

Trabalho de manutenção das vias foi realizado durante a semana

Cleunice [email protected]

CARLO

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Buraco expande devido à chuvaZatt

No bairro Zatt, no início do mês um buraco abriu próximo à quadra de areia da localidade. Nas últimas semanas, com o grande volume de água devido às constantes chuvas, o proble-ma que já estava crítico, piorou.

De acordo com o presiden-te do bairro, Antônio Dalla-sen, o buraco expandiu com a água. “Desmoronou mais ter-ra e a preocupação é grande, pois pode desmoronar mais a qualquer momento. Espero que quando o tempo melhorar algumas providências sejam tomadas”, salienta. Ele ainda comenta que é perigoso para as crianças, que muitas vezes brincam no local. “Sabe como são as crianças, tudo é novida-

de para elas. Elas querem brin-car no local, mas muitas vezes não sabemos o que pode acon-tecer. Elas podem se machucar ou até mesmo serem soterra-das pela terra”, comenta.

O secretário de Obras, Sérgio Gabrielli, projeta o conserto assim que o tempo permitir. “Temos um problema grave lá e vamos arrumar assim que possível”, esclarece.

Cratera que abriu próxima à quadra de areia preocupa moradores

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para apenas R$ 2.5 mil por mês, praticamente a metade do que era pago. Todas as re-cicladoras estão com dívidas em atraso e quando questio-namos o Governo Municipal sobre a situação, recebemos a resposta de que nosso ser-

viço não era mais necessário, visto que já existiam alterna-tivas para o destino do lixo. É revoltante”, esbraveja Antônio Marlon Minozzo, presidente da Associação de Reciclado-res São Roque. Segundo ele, a verba encaminhada para as

empresas foi reduzida de R$ 54 mil para R$ 25 mil por ano.

Sobre os atrasos, o secretário de Meio Ambiente, Luiz Au-gusto Signor, isenta de culpa a Prefeitura, revelando que o entrave começou em janeiro de 2015, com o início da vigência

Entoando palavras de or-dem e justiça, cerca de 30

pessoas se mobilizaram na manhã de quinta-feira, 23, contra os atrasos nos repas-ses públicos e a redução da verba destinada às cooperati-vas recicladoras da cidade. A manifestação, que ocorreu em frente ao prédio da Prefeitura, no centro da cidade, tinha o objetivo de chamar a atenção dos gestores para as condições precárias de trabalho que os recicladores enfrentam com a falta dos pagamentos.

De acordo com os manifes-tantes, o estopim do protesto foi a aprovação de R$ 250 mil em repasses para as coopera-tivas pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comde-ma), na quarta-feira, 22. O valor caracterizaria apenas 50% da verba necessária para atender as 10 associações do município. “Além de estar-mos sem receber há mais de seis meses, a Prefeitura quer diminuir o valor do repasse

de uma mudança na legislação federal. “O Governo Munici-pal foi impedido pela União de repassar o valor diretamente para as recicladoras pela Lei 13.019. A regra exige que o di-nheiro seja pago para uma co-operativa que posteriormente repassará para as associações. A criação deste grupo foi ide-alizada e concluída durante esses seis meses, e inclusive contou com a assinatura de to-dos os envolvidos”, explica. De acordo com o secretário, a cria-ção de outras três cooperativas no primeiro semestre desse ano tem o intuito de suprir a demanda diária da cidade, contestando à queixa diferida pelos manifestantes de que a medida objetivava a redução dos repasses individuais.

A verba aprovada pelo Con-dema vai para votação na Câ-mara Municipal de Vereado-res nesta segunda, 27. Signor ainda esclarece que, caso o pagamento seja aprovado, as associações poderão fazer o saque do montante referente ao período em atraso na mes-ma semana.

Trabalhadores se manifestam após Comdema aprovar diminuição da verba direcionada às associações de reciclagem

Cerca de 30 manifestantes se reuniram em frente à prefeitura reivindicando um posicionamento do Governo

Protesto contra redução de pagamentosRepasses públicos

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zer esse remanejo do orçamen-to e revelar a disponibilidade real de repasse desse comple-mento”, esclarece.

Sobre as manifestações ocor-ridas na manhã anterior, o pre-feito afirmou convictamente que muitos dos manifestantes foram utilizados como mas-sa de manobra por influência política. “A gente sente que são pessoas puras de coração, trabalhadores na essência do

termo, que estavam sendo le-vados a outros caminhos por interesses exclusos que, em ano pré-eleitoral, começamos a ver cada dia mais. Essa era uma prática notória em gran-des centros que começa a ser uma constante também em Bento Gonçalves”, avalia.

Ponderando sobre o assunto, o secretário de Meio Ambiente ressalta que quando se trata do emprego de verbas públicas é

preciso ter prudência. “É neces-sárioum estudo mais profundo sobre onde buscaremos a verba para repassar sem causar en-traves no futuro. Entretanto, vale ressaltar que a reunião foi produtiva, de alto nível, o que demonstra civilidade dos envol-vidos”, comenta.

Pavilhão Único em segundo plano

Outro assunto polêmico en-volvendo as recicladoras é o pro-jeto de criação do Pavilhão Úni-co. O tema, classificado como sensível pelo secretário, foi destacado em cartazes durante as manifestações. O impasse se dá em virtude das associações não concordarem com alguns tópicos da proposta, como a ins-tauração de um supervisor de trabalho. Outro ponto ressalva-do pelos associados é a falta de divisórias na estrutura, o que acabaria gerando desavenças entre os trabalhadores. “Este é um assunto que será tratado com exclusividade em outra reunião. Precisamos ouvir os interessados para chegarmos a um consenso que agrade todas as partes”, finaliza.

Uma das reivindicação dos manifestantes era de tratarem da redução na verba destinada as associações de reciclagem di-retamente com o prefeito, sem mediadores. O pedido foi aten-dido pelo Governo Municipal e, na manhã de sexta-feira, 24, uma reunião, a portas fecha-das, foi realizada no gabinete do gestor.

Com o resultado do encontro ficou acordado que, dentro do prazo máximo de trinta dias, uma nova reunião será convo-cada para discutir os termos do pagamento de cerca de R$ 150 mil a mais do acordado pelo Comdema, postulado pelos ma-nifestantes. Para o prefeito Gui-lherme Pasin, toda a situação iniciada na quinta-feira pelos protestantes poderia ser sana-da de outra forma. “Acredito no diálogo e transparência para a resolução de entraves. Existem algumas partes políticas que ficam atribulando o processo, incitando pessoas ao tumulto, o que considero uma covardia. A propósito de elucidar os in-teressados sobre a situação do município e o quanto podemos alcançar, solicitamos o prazo de um mês para que possamos fa-

Em meio a atual polêmica envolvendo os associados, um novo protesto se instaurou na manhã de sexta-feira, 24. Os vereadores Moacir Cameri-ni (PT) e Neilene Luneli (PT), foram proibidos de entrar no gabinete do prefeito para par-ticipar do encontro.

A discussão entre os repre-sentantes do Legislativo e Exe-cutivo tomou proporções pre-ocupantes e a Brigada Militar foi requisitada para apaziguar a situação. Segundo Neilene, a solicitação da presença dos vereadores partiu dos mani-festantes, sem cunho político. “Foi um pedido dos reciclado-res para que alguém os acom-panhasse no processo. Inclu-sive foi feita uma audiência pública na Câmara para discu-tir o assunto”, revela.

A situação só foi acalmada com a intervenção do procu-rador Sidgrei Spassini, que explanou os motivos da proi-bição. Os parlamentares regis-traram um Boletim de Ocor-rencia junto à Polícia Civil para protocolar o ocorrido.

Sigilo gera desagrado em vereadores

Desfecho da situação prorrogado por 30 dias

Prefeitura solicitou nova reunião para apresentar propostas à categoria

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Bênção aos veículos será realizada em frente à igreja no Vila Nova I

Motorista

Fé e devoção nas estradas do BrasilNo dia de São Cristóvão, caminhoneiros relatam as dificuldades enfrentadas durante viagens e a importância da oração

Cleunice [email protected]

Estradas mal conservadas, falta de segurança, dias

longe da família. Nem mesmo essa pequena lista com algu-mas das principais dificulda-des que envolvem a profissão, faz com que dois motoristas de Bento Gonçalves desistam da ocupação. Hoje, 25, dia de São Cristóvão, protetor do moto-rista, as dificuldades dão lugar à oração e à fé.

Nadir Balbinot, 52 anos, é motorista com mais de 30 anos de profissão no caminhão. Natural de Erechim, norte do Rio Grande do Sul, mora há 16 anos em Bento Gonçalves e é casado com Cleonir Rocha Oliveira com quem tem dois fi-lhos e um enteado. As marcas da rotina perigosa das estradas estão no corpo do profissional. O braço esquerdo, por exem-plo, revela as cicatrizes de um acidente sofrido há 23 anos. “Essa foi uma das piores fases da minha vida. Fiquei mais de um ano encostado e aproxima-damente seis meses com o bra-ço infeccionado”, lembra.

Além do risco de acidentes, o medo de assaltos também prevalece. Balbinot lembra que em 2010 passou por essa expe-riência. “Passei apuros quando roubaram meu caminhão no

Festividade tem programação especial na 31ª edição

dia 27 de outubro de 2010. Es-tava indo de São Paulo a Soro-caba quando me assaltaram e levaram o cavalinho. Amarra-ram-me no mato e fiquei a ma-drugada lá. No início da manhã consegui contato com a trans-portadora e um colega de tra-balho veio me buscar”, relata.

O colega de trabalho Eleu-tério Antônio Torezan, mais conhecido por Batoré, sem-pre auxiliou Balbinot. Ele foi o responsável por buscá-lo no dia do assalto. Completando 41 anos hoje, dia do padroeiro dos motoristas, Batoré tem 23 anos de profissão, sendo 15 na

mesma empresa do amigo. Natural de Veranópolis,

mora há 25 em Bento Gonçal-ves. Para ele, ser motorista é gostar do que faz. “Eu gosto de ser motorista. Quando peque-no, sempre vivi na roça e não tinha estudo, então aprendi a fazer isso. Às vezes a gente é mal visto, maltratado. Pode ser que um dia melhore essa situação, mas o importante é que gosto da minha profis-são”, esclarece.

Mas gostar do que faz não o livra dos perigos. Ele comenta que acidentes já ocorreram e várias situações de perigo fo-

ram vivenciadas. “Já sofri aci-dentes, mas por sorte somen-te danos materiais. Um caso que jamais esquecerei acon-teceu em São Paulo quando atropelaram uma moça. O motorista que a atingiu parou um km após o ocorrido e os populares que chegaram pró-ximos ao local acharam que tinha sido eu. Colocaram fogo na frente do meu caminhão e trancaram a rodovia como forma de protesto. Depois chegou a polícia e esclareceu a situação. Esse foi o maior medo que passei”, revela.

Por vezes, os colegas ficam dois dias em casa e o restante do tempo na estrada. Além do medo, eles enfrentam outras situações, como as paradas para abastecimento, descanso, higiene e alimentação. “Muitas vezes onde paramos para abas-tecer, tomamos banho de gra-ça. Tem lugares que cobram de R$ 5 até R$ 15. Alguns postos nem deixam a gente parar para descansar se você não abaste-ce. Outros, se você parar, não nos deixam fazer comida, de-vemos comer nos restaurantes. Tudo isso é complicado para a gente, mas sobrevivemos”, co-menta Torezan.

Outra situação é a saudade da família. “Minha mãe sem-pre fala que estou longe, que não passamos os finais de

Neste domingo, 26, acontece a tradicional festa em honra a São Cristóvão. A 31ª edição da festividade conta com uma programação especial e volta-da aos motoristas.

De acordo com Jandiro Pa-risotto, a expectativa é receber centenas de pessoas na come-moração. “Esperamos mais veículos neste ano, bem como

uma quantidade maior de pes-soas”, comenta.

Ele afirma que esta é a for-ma encontrada para valorizar a classe. “Sabemos dos perigos que os motoristas passam na estrada e, querendo ou não é importante receber essa ben-ção para a proteção”, lembra.

A procissão motorizada, ponto alto da comemora-

ção, está programada para as 8h30min, e saída em frente à Paróquia São Roque até a igreja São Cristóvão no bairro Vila Nova I. “Queremos que as famílias participem e se en-volvam com a procissão. Não precisa acompanhar desde o início, mas pode ir entrando na fila conforme ela ir passando pelos locais”, ressalta.

semana juntos. É ruim, mas aprendi a fazer isso e essa é a minha vida”, ressalta.

Oração faz parte da rotina

Imagens de santos nas car-teiras e na cabine do cami-nhão. Terços, fitas e chaveiros pendurados no espelho. Rezar para agradecer e pedir bênçãos é tarefa diária dos dois amigos. “Sempre fui católico, minha fa-mília sempre foi, rezo todos os dias. Sabemos que se atualmen-te a questão da segurança está difícil. Mas orar é a única coisa que temos e a gente se agarra a isso, a essa proteção. Sempre que posso abençoo meu cami-nhão, assim fico mais protegi-do”, salienta.

Balbinot acredita no poder da oração. “Acredito na pro-teção dos santos, e é nisso que tenho que me agarrar. Acredito em Nossa Senhora Aparecida e São Cristóvão que é o protetor dos moto-ristas. Geralmente nas festas do santo, se estou em Bento Gonçalves, participo da pro-cissão e abençoo o caminhão. Quando posso, também vou até o Santuário de Caravaggio para pedir proteção. Nestes momentos rezamos e nos sen-timos protegidos dos perigos da estrada”, finaliza.

Eleutério e Nadir são motoristas e dividem as rodovias e a amizade

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Várias décadas dedicadas aos parreirais. É assim

boa parte dos anos de vida de Santos Titton, de 86 anos. O viticultor do Vale Aurora, onde sempre residiu, rela-ta que, assim como o pai e o nono, imigrante italiano, ele se dedicou ao cultivo da uva na localidade.

Viúvo, a esposa de Totton, Teresina, faleceu há sete anos. Da união nasceram seis filhos, Genor, Leodino, Adelino, Ade-mar, Marisa, Cid (in memo-riam), e 11 netos.

Com o apoio da esposa, o vi-ticultor trabalhou na roça e a área cultivada cresceu. “Cada um dos filhos seguiu o seu destino”, conta. Alguns con-tinuaram trabalhando na co-lônia, como Genor. Ele revela que o pai pede para que eles trabalhem e sigam cuidando dos parreirais.

Distante do trabalho de poda há 5 anos, Titton co-menta que só vai para baixo dos parreirais na época de co-

Hoje é dia de celebrar aqueles que residem na colônia e cultivam os alimentos consumidos nas mesas todos os dias

Morador do Vale Aurora, Santos Titton, 86 anos, sempre se dedicou à viticultura, assim como o pai e o nono

Comemorações na região

Festa do Agricultor em Garibaldi

Local: Capela Nossa Senhora da Misericórdia, Linha Jansen 32;

Data: 25 de julho;

Programação: 9h45min: Capela São Pedro – Linha 28, Iní-cio da procissão de caminhões, carros, motos, tratores e outros maquinários; 10h15min Capela Nossa Senhora da Misericórdia – Linha 32 – chegada da procissão com bênçãos das máquinas e outros veículos; 10h missa; 12h almoço com o seguinte car-dápio: sopa de capeletti, salada verde, maionese, galeto, leitão, churrasco, pão, vinho e refrigerante;

Equipe administrativa: Reni e Maria P. Bettoni; Natalino e Maria Elvira M. Balestrin; Itacir e Eliane F. Zorzetto; Otávio e Sandra B. Lorenzatti; Everaldo Seller e Rosilene Machado; Elói e Crislei B. Fachin.

Local: comunidade de Marcorama;

Programação: às 10h30min, celebração eucarística; almoço, e à tarde haverá a cerimônia de premiação e sorteio de brindes;

Os ingressos para o almoço serão comercializados no valor de R$ 28 (adulto) e R$ 15 (infantil até 10 anos). No cardápio terá fran-go, gado, porco, maionese, salada, pão e vinho

Mãos que se dedicam à produçãoDia do Colono

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Estefania V. [email protected]

lheita. “Agora é só para comer uva”, relata sorridente. Devi-do à idade, a dedicação é para a horta doméstica. No local, é possível colher cenouras, ra-dicci, alface, beterraba, entre outros vegetais e legumes. O idoso destaca que adorava exercer a atividade de viticul-

tor. “Nos primeiros anos de casados, eu e a minha esposa trabalhamos muito. Era em casa e na roça”, recorda.

Segundo o colono, naque-le tempo, assim como hoje, o resultado da safra em alguns períodos era melhor do que em outros. “É praticamen-

te a mesma coisa que agora. Naquele tempo tivemos anos bons. Há 60 anos comecei a trabalhar duro na roça”, lem-bra. Para ele, antigamente os anos pareciam ser mais lon-gos. “Não tínhamos as opções de diversão que se tem hoje”, compara. Como não trabalha

nos cuidados com as parrei-ras, o colono joga quatrilho com os amigos nas horas de lazer e garante que é melhor que os companheiros.

Em relação às variedades da fruta, Titton pondera que de 30 anos para cá se dedicou à produ-ção vinífera. “Se vendia uva a R$ 2 o quilo, e hoje está R$ 0,60. E vai fazer o que? Ir embora e largar tudo que foi construído? Tem que ficar aqui”, analisa.

O viticultor adora morar na colônia e não se imagina vi-vendo em outro local. A casa em que reside hoje foi cons-truída por ele com o auxílio de um pedreiro. Porém, relembra como era a moradia no passa-do. “As casas eram feitas de tijolo maciço de terra”, conta.

Devoto de São Pedro, o viti-cultor comenta que a igreja da comunidade foi fechada e que agora frequenta a capela de Monte Bérico, na Linha Eulá-lia. Para o futuro, Titton acre-dita que não se pode prever nada para o colono. “Pode ser que melhore ou pode ser que piore. Aquele que tem a sua terra consegue viver”, ressalta.

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Sábado, 25 de julho de 201516 Geral

Com 25 anos recém com-pletados na terça-feira, 21,

o Lar do Ancião carrega uma história repleta de atenção e cuidados. São 63 vovôs e vovós de Bento Gonçalves e região que encontraram no local uma segunda casa, novos amigos e uma equipe completa que au-xilia no dia a dia da instituição.

Presidida pela advogada Lourdes de Souza, a entidade oferece conforto e pessoal pre-parado para cuidar dos idosos. “Aqui nós queremos que eles se sintam bem, então temos pessoas especializadas que aju-dam a cuidar deles. Enfermei-ras, psicóloga, fisioterapeuta, nutricionista, motoristas, além de lavanderia, cozinha e refei-tório, salas de lazer e dormitó-rios. Tudo o que eles precisam tem aqui”, explica.

Para completar o bem-estar dos moradores, são realizados diversos trabalhos que contri-buem para uma rotina mais saudável e divertida. Aulas de educação física, contação de histórias, bingo, momentos religiosos e passeios tornam a estadia mais agradável e leve. “Sempre que tem algum even-to na cidade que seja interes-sante para eles participarem, a gente leva”, conta Lourdes. Para animar mais as sessões de fisioterapia em grupo, a professora leva a filha de ape-nas 10 anos de idade. Com um sorriso no rosto, a pequena Vitória Camerini canta e se diverte com o grupo. “Eu gos-to muito de vir aqui. Eles são muito especiais. Sempre que eu posso, eu venho”, declara.

As histórias dos moradores são diversas. Gemma Ânge-la Marini, por exemplo, tem 89 anos e foi para a casa de acolhimento com a ajuda da irmã. Como nunca casou

Aulas de educação física, contação de histórias, bingos e momentos religiosos fazem parte da rotina dos 63 idosos

Aos 10 anos, Vitória Camerini anima os velhinhos ao som de “Como é Grande o Meu Amor por Você”

Amor, atenção e carinho há 25 anosLar do Ancião

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BRIELA BO

ESEL

Gabriela [email protected]

Como tudo começou

A história da entidade teve início na década de 1980, quando Anna Variane, as-sistente social já falecida, percebeu a necessidade de o município ter uma casa que acolhesse idosos e aqueles que viviam nas ruas. Foram seis anos de negociações en-tre instituições e Prefeitura e, após a doação de um terreno

por parte da administração do município, as construções tiveram início.

Financiada por doações da comunidade e de entidades, a obra foi concluída em 1990, quando o Lar do Ancião abriu as portas. No começo, eram apenas cinco idosos interna-dos. Hoje a instituição con-ta com 63 internos de Bento

Gonçalves e região.Dormitórios amplos e acon-

chegantes, salas de lazer, aparelhos de ginástica, horta, pomar, capela, biblioteca e refeitório fazem parte da es-trutura que abriga os anciãos. No total, trinta funcionários compõem o efetivo, entre en-fermeiros, cozinheiros, setor administrativo e de limpeza.

e não tem filhos, o Lar foi a melhor opção. Mas ela asse-gura que recebe visitas com frequência. “Eu fico sentida quando eles vão embora, mas o que eu vou fazer? Essa é mi-nha casa agora”, relata.

Com José Fioretto, de 71 anos, a história se repete. Sem cônjuge e filhos, os irmãos re-solveram que essa seria a solu-ção. “Eu morava com a minha mãe, mas ela morreu e eu fi-

quei sozinho, pois meus irmãos não moram aqui. Quando eu perdi a visão, a saída foi achar um local onde eu fosse bem assessorado”, revela o interno. Para ele, viver no Lar é como estar em casa: “Como eu não enxergo, eu adoro conversar, brincar. E aqui tem bastante gente pra conversar comigo”, se diverte.

Diferentemente dos colegas, Anastácio Dietrich Orlikoski,

de 91 anos, foi internado com a ajuda de amigos. Com as pernas fracas, ele utiliza uma scooter para se locomover, que, carinhosamente, rece-beu um apelido. “Meus filhos já faleceram e meus irmãos vivem em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas graças a Deus tenho amigos muito especiais, que inclusive me presentearam com a Cotinha”, recorda.

Assim como Orlikoski, mais

20 internos são cadeirantes. Além disso, do total de mora-dores, 15 são dependentes e precisam de cuidados especiais diariamente. “Eles precisam de auxílio para comer, para tomar banho, para se vestir. Eles de-pendem de nós para o básico”, aponta Lourdes.

Solidariedademarca o dia a dia

A presidente Lourdes de Souza garante que o compa-nheirismo e a amizade estão sempre presentes na rotina do Lar do Ancião. “Aqui os pró-prios vovôs auxiliam nas ativi-dades da casa. Alguns ajudam na horta, outros põem a mesa para as refeições, e outros ain-da colaboram com os mais de-pendentes. Eles cuidam deles-mesmos”, diz.

Além da solidariedade que existe dentro do próprio am-biente, Lourdes destaca que as doações são frequentes. “Nós sempre recebemos do-nativos da comunidade. Rou-pas, alimentos e produtos de limpeza são muito usa-dos aqui. Alguns itens vêm mais que outros e às vezes falta alguma coisa”, observa. Fraldas, produtos de higiene pessoal e alguns alimentos específicos são artigos usa-dos com frequência, e acabam rapidamente. “Fralda a gente usa sempre, mas eles também precisam bastante de óleo de amêndoas, talco, pomadas para assadura. Na cozinha o que mais falta é massa para incrementar a sopa, além de azeite, creme de leite e mar-garina. Até o sal é bem-vin-do”, finaliza.

Para doações, pode-se en-trar em contato diretamente com a administração do Lar do Ancião por meio dos tele-fones (54) 3451.3444 ou (54) 3453.8233.

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Sábado, 25 de julho de 2015 17Geral

A última audiência pública de elaboração do docu-

mento que irá nortear as polí-ticas públicas de transporte e locomoção urbana na cidade pelos próximos 20 anos, foi realizada na quinta-feira, 23. A apresentação do relatório da fase de Diretrizes e Propo-sições do Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob), revelou ao público oito propostas de alte-rações de curto, médio e longo prazo visando o reestabeleci-mento da trafegabilidade no município.

O relatório final foi apre-sentado pelos arquitetos e ur-banistas da empresa Plural Consultoria em Planejamento Territorial, Izabelle Colusso, Geisa Roratto e Marcelo Heck. O estudo apresentou várias modificações e intervenções no sistema de mobilidade. Dentre elas, tem destaque a implan-tação de transportes modais (Sistema Park & Ride, bicicle-tários, paradas de transporte coletivo e pistas de caminha-das), e a implementação de pe-rimetrais, vias que circulam a cidade objetivando a agilidade no deslocamento e descentrali-zando o trânsito.

De acordo com o secretário de Gestão Integrada e Mobili-

dade Urbana, Mauro Moro, a ideia é executar uma perime-tral que não afete as regiões turísticas de Bento. “Com a malha viária existente e aque-la prevista, é possível realizar isso fazendo apenas interven-ções em cruzamentos a médio prazo. Queremos fazer com que as pessoas utilizem aquela via como preferencial pela fa-cilidade de tráfego e boas con-dições”, revela. Moro ressalta que o plano traz medidas a lon-go prazo, que serão realizadas em mais de uma administração municipal. No atual governo, será possível implantar apenas algumas das propostas. “Será um Plano de Governo e não de uma administração para ser seguido pelos gestores que su-cederem na administração pú-blica municipal, atendendo a comunidade de forma coletiva e não individual”, reitera.

A expectativa da Prefeitu-ra é de que a primeira altera-ção realizada na cidade seja a adequação de cruzamentos e ligações. “Assim que o proje-to estiver pronto, iniciaremos os trabalhos de aumento de raio de giro para o transporte coletivo, a retirada de esta-cionamentos e a formação de binários, ruas de mão única – uma para cada sentido - con-forme determinar a proposta. São modificações de realização

simples que não demandam grandes intervenções”, explica o secretário.

Gasto questionável

Embora o plano tenha agra-dado a maioria dos presentes, o ex-secretário de Mobilidade Urbana, Oscar Biasin, faz uma avaliação negativa das suges-tões apresentadas. Segundo ele, as propostas da empresa não agregam inovação alguma se comparadas aos antigos estu-dos de trânsito realizados por outras administrações. “Acre-dito que esse é mais um projeto que só tem um destino: a gave-ta. São alterações complicadas, que necessitam de angariação significativa de recursos e trans-formação de terreno. Bento Gonçalves precisa de um proje-to mais simples, como a criação de túneis, por exemplo, e não a instalação de escadas rolantes”, critica. De acordo com Biasin, grande parte do programa é idêntico ao apresentado por ele em 2009 e, posteriormente, pela empresa Via 11.

Para Biasin, a única inter-venção apresentada pela em-presa que deveria ser levada adiante, pela praticidade e cus-to-benefício, é a criação de um “mergulhão” de acesso entre o bairro Fenavinho e a área cen-tral da cidade.

Relatório final que antecede a criação do documento expôs oito sugestões de curto, médio e longo prazo de implementação

Projeto foi apresentado aos presentes pelos arquitetos e urbanistas da empresa Plural na quinta-feira, 23.

Principais propostas

A transformação de vias arteriais de legação entre os bairros em perimetrais é a principal aposta do plano para descentralizar o trânsito no município. A alteração facilitará o deslocamento en-tre os bairros e também evitará que o transporte de cargas utilize o sistema viário urbano.

O incentivo ao uso de meios alternativos de transporte é outra das principais questões apresentadas. O plano visa à criação de cinco terminais intermodais (bicicletários, paradas de transporte coletivo e ferroviário e sistema park & ride) entre os bairros São Roque, Cidade Alta, Botafogo e o distrito de Tuyuti.

A proposta que deverá ser instaurada a curto prazo e que ser-ve de base para todas as outras é a alteração de cruzamentos em pontos estratégicos da cidade. Serão realizadas modificações em áreas de estacionamento, aumento de raio de giro para veículos de transporte urbano e readequação da sinalização viária.

Propostas apresentadas à populaçãoPlanMob

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Cristiano [email protected]

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Sábado, 25 de julho de 201518 Geral

O faturamento total da in-dústria moveleira de Bento Gonçalves no primeiro semes-tre deste ano está em torno de 3% mais baixo do que os pri-meiros seis meses de 2014. No entanto, Tecchio lembra que o início do ano passado já mar-cava a baixa de 3,8% se com-parado com 2013. “É queda em cima de percentual de queda. Tentamos manter o fatura-mento em zero até o momento, mas não foi possível”, lamenta.

A alta queda na venda ex-terna não interferiu tanto no polo bento-gonçalvense por-que as vendas externas têm pouca representatividade no faturamento geral, mesmo que

Incertezas econômicas, falta de infraestrutura e aumento

do custo de produção dificultam as negociações do setor move-leiro desde o início de 2014. O polo bento-gonçalvense luta contra os índices negativos, po-rém, em 2015, está ainda mais complicado de manter o nível de produção e faturamento. O primeiro semestre deste ano foi marcado pela baixa nas expor-tações, com os números 22,6% mais baixos do que o primeiro semestre do ano anterior, as in-dústrias venderam o equivalen-te a 18,7 milhões de dólares.

O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmó-veis), Henrique Tecchio, avalia o desempenho como reflexo da perda de competitividade da in-dústria nacional diante dos de-mais países que exportam mó-veis e acessórios. “Está cada vez mais difícil de produzir aqui. Nós não conseguimos compe-tir em preços porque o nosso custo está cada vez mais alto. Há complexidade tributária, infraestrutura precária e buro-cracia elevada que somadas às incertezas econômicas, inflação e custos em alta nos deixa em desvantagem”, explica. Segundo ele, o produto do polo do muni-cípio chega enfraquecido, nem sempre garantindo a venda.

Apesar de contabilizar U$ 18,7 milhões em vendas no exterior, primeiro semestre foi negativo para o polo do município

Produtos do município têm altos encargos e perdem a competitividade diante de outros exportadores

Henrique Tecchio diz que o objetivo é empatar valores até o fim do ano

Exportações registram queda de 22%Setor moveleiro

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Mesmo com baixas externas, faturamento só caiu 3%

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as empresas daqui sejam con-sideradas as maiores expor-tadoras em móveis do Brasil. “Observe que a nossa expor-tação é apenas uma pequena parcela das nossas vendas to-tais, então, mesmo se tivermos grandes baixas, seremos pouco afetados”, assegura. Em 2014, o total faturado no polo do mu-nicípio foi de R$2,4 bilhões, e as exportações representaram uma média de R$ 54 milhões.

Expectativa de melhora até dezembro

O segundo semestre sempre foi muito melhor do que o pri-meiro, devido ao recebimento

de benefícios como o 13 º sa-lário para a população que au-menta o poder de compra e a busca por produtos nas lojas. Por isso, Tecchio espera, pelo menos, empatar o faturamen-to, para que ninguém fique com dados negativos e, com algum esforço, aumentar as vendas no exterior. “As expec-tativas são boas, mas não po-demos ser tão otimistas porque o mercado não está esboçando reação por enquanto. Estamos preocupados com a situação e isso está refletindo não só no faturamento, mas também nos empregos. Se conseguirmos deixar tudo no zero a zero já seria maravilhoso”, reconhece.

A queda de 22,6% é preocu-pante para as exportadoras. No primeiro semestre de 2014, o total de vendas externas beirava os U$ 21 milhões. As principais perdas ocorreram na América do Sul, em países como Colôm-bia, Chile e Uruguai. Já na Áfri-ca ocorreram quedas severas em Angola, Namíbia e Zâmbia. Tecchio não justifica as perdas apenas devido à economia local, mas também às dificuldades pelas quais os países importa-dores estão enfrentando. “Estas nações também estão sofrendo

perdas e o número de compras diminuiu significativamente. Não é só falta nossa”, analisa.

Apesar da baixa, o presiden-te do Sindmóveis descarta a possibilidade de romper nego-ciações com estes países, já que todos são clientes fidelizados há muitos anos. “Estes países estão no radar das empresas há muito tempo. Já passamos por outras situações ruins e, mais tarde, as vendas se estabiliza-ram. Continuaremos realizan-do ações para que os números melhorem”, comenta.

Exploração de novos mercados

Do lado positivo, com o Peru, os exportadores obtiveram um crescimento de 68% neste se-mestre. O país é o principal mercado para os moveleiros do polo e auxiliou os índices a não caírem mais. Emirados Árabes Unidos, Argentina, Cuba e Pa-raguai são outras nações onde houve bom desempenho de ja-neiro até agora. Tecchio destaca a importância de se investir em países do Mercosul, já que além

da abertura de mercados ser mais fácil, a logística não sofre tanto quanto uma venda para a Oceania ou Ásia, por exemplo. “Vamos seguir apostando em compradores que estão próxi-mos de nós, assim o custo fica mais barato e as negociações são facilitadas”, ressalta.

Outros países com potencial de compra são México e Esta-dos Unidos. Tecchio diz que a promessa para os novos meses é investir no México que, apesar de não fazer parte do Mercosul, está mais próximo do que os EUA. “Nós gostaríamos muito de ter mais potencial nos Esta-dos Unidos, mas dificilmente conseguiríamos competir com os preços chineses, principais vendedores do país. Os produ-tos que os americanos compram são específicos e a China atende melhor a demanda deles do que nós, infelizmente”, completa.

Situação no Estado

Não foi Bento que teve perda de venda externa. O índice das exportações gaúchas apontam que as negociações do Rio Gran-de do Sul com o exterior soma-ram U$ 8 bilhões no primeiro semestre, redução de 10% com relação ao mesmo período de 2014. Este foi considerado o pior semestre desde 2010 em valores. Apesar disso, o desempenho do estado foi melhor que o do Brasil, que registrou redução de 14,7%.

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Sábado, 25 de julho de 2015 19Geral

Mobilização foi organizada pela Defesa Civil de Bento Gonçalves para ajudar vítimas das enchentes na cidade de Esteio

População fez centenas de doações para os desabrigados

Arrecadadas 18 toneladas de donativosSolidariedade

A solidariedade mobilizou a comunidade bento-

-gonçalvense que, atendendo a um pedido do poder públi-co, demonstrou sensibilidade com a situação das mais de 50 mil pessoas atingidas pelas chuvas dos últimos dias. Em uma campanha que durou nove dias, foram coletadas 18 toneladas de donativos. As arrecadações serão entregues pela Defesa Civil no domin-go, 26, beneficiando as víti-mas da enchente na cidade de Esteio. O prefeito Guilherme Pasin acompanhará a ação.

Promovida pela Prefeitura, por meio do Gabinete da Pri-meira Dama e da Defesa Civil, com apoio do LEO Clube de Bento Gonçalves, a campanha arrecadou roupas, alimentos, água potável, produtos de hi-giene pessoal, colchões, co-bertores, móveis e materiais de limpeza.

Só no Ginásio Municipal de Esportes, um dos quatro pontos de coleta, foi registra-da a doação de mais de 250 pessoas, além de outras 15 empresas e entidades. Para o prefeito Guilherme Pasin, os números evidenciam os valo-res dos moradores do municí-pio. “É um povo que sempre se mostrou disposto a ajudar os que mais precisam, capaz de esquecer os limites territo-riais e exercer a cidadania de forma solidária”, destaca.

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Sábado, 25 de julho de 201520 Geral

Marciano Guerra, natural de São Marcos, escolheu Bento Gonçalves para ser ordenado devido ao trabalho já realizado

São Roque

Cleunice [email protected]

No dia 1º de agosto a Paró-quia São Roque sedia uma

ordenação diaconal. O semina-rista Marciano Guerra recebe esse ministério da Igreja em missa que será presidida pelo bispo Diocesano de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffino-ni. Antes do dia especial, uma programação foi realizada para celebrar o momento.

Guerra, 26 anos, é o filho mais novo do casal Arlindo e Maria do Carmo Guerra. Na-tural de São Marcos, conta que sentiu o chamado ao sacerdó-cio com 15 anos. Até então, participava de um grupo de jo-vens da Paróquia, o Encontro de Jovens Amigos com Cristo (EJA). Assim iniciou sua for-mação em 2005, concluindo o Ensino Médio no Seminá-rio Nossa Senhora Aparecida, em Caxias do Sul. Após este processo, estudou filosofia e teologia e, em 2015, realiza o seu Ano Pastoral (estágio) na cidade natal.

Ele afirma que está muito fe-

liz com a conclusão desta parte importante de sua vida. “Fo-ram quase 10 anos de prepa-ração desde que entrei no Se-minário e decidi ser padre. Por isso, esse momento é esperado e saboreado com muita alegria e serenidade. Minha família também está contente e me acompanhando sempre. Ago-ra teremos esta ordenação de diácono e depois em novem-bro de padre. Trata-se de uma entrega, oferecimento da vida,

de tudo que sou, para Deus e também às comunidades onde irei trabalhar. Peço a Ele a se-renidade para esse momento e a força para perseverar nesse ‘sim’ que agora darei no dia 1º de agosto”, afirma.

A escolha por Bento Gon-çalves para o momento se deve ao fato de o seminarista ter realizado trabalhos pasto-rais na Paróquia São Roque e Nossa Senhora do Rosário, em Faria Lemos, nos anos de

Programação:

Tríduo Vocacional PreparatórioQuarta-feira, 29: 18h30min – Igreja Matriz São Roque (com che-gada à Diocese da Réplica de N. Sra. Aparecida vinda do Santu-ário Nacional);Quinta-feira, 30: 18h – Igreja Matriz Cristo Rei;Sexta-feira, 31: 18h – Santuário Santo Antônio;Sábado, 1º de agosto10h – Missa Solene de Ordenação Diaconal, Igreja São Roque;12h – Almoço de Confraternização;Domingo, 2 de agosto 9h – Missa de Ação de Graças pela ordenação, em São Marcos.

Paróquia sedia ordenação diaconal

2010 e 2011. “Trabalhei um muitos lugares em experiên-cias de estágio de férias ou durante os finais de semana. As mais longas e marcantes foram no Bairro Reolon, em Caxias do Sul; em Viamão, onde morava por estudar te-ologia; em Nova Prata, onde trabalhei no ano passado e, naturalmente, os dois anos em que estive aos finais de se-mana na Paróquia São Roque e em Faria Lemos”, lembra. O

lema escolhido para inspirar seu trabalho como diácono é uma frase de Jesus no contex-to da última ceia: “Também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,14).

O que é o diaconato?

O diaconato existe em duas formas. Uma “permanente”, que inclusive homens casados podem ser ordenados, e outra provisória, sendo realizado meses antes da ordenação de padre. Essa segunda forma será assumida por Guerra. Por isso, a ordenação sacerdotal já está marcada e será no dia 29 de novembro, às 16h, em São Marcos. Até lá, como diáco-no, Marciano continuará re-alizando atividades, às quais estão ligadas três realidades: a pregação da Palavra de Deus, o serviço na liturgia e o cuida-do com a caridade. Ele pode realizar batizados, casamen-tos, enterros e, especialmen-te, acompanhar as pastorais sociais da Igreja. Nas missas, pode proclamar a Palavra de Deus e fazer a homilia.

Ordenação será realizada dia 1º

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Réplica de Nossa Senhora Aparecida chega em Bento

Religião

De 29 de julho a 6 de agos-to, a Paróquia São Roque re-cebe uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, vinda do Santuário Nacional. A atividade é realizada em todo o país, pois em 2017 a aparição da imagem de Nossa Senhora completa 300 anos. Para celebrar este momento, o Santuário Nacional tem o projeto ‘300 anos de bênção’, que consiste na visita da san-ta a todas as dioceses do país. Na diocese de Caxias do Sul, da qual Bento faz parte, ela chega no dia 29 de julho e fica até janeiro de 2017, pas-sando em todas as paróquias da Diocese.

De acordo com o padre Cel-so Ciconetto, São Roque será a primeira igreja a receber a réplica. “Na diocese ela che-ga no dia 29, e neste mesmo

dia vamos receber ela aqui na paróquia. Ela permanece na igreja por ocasião da prepa-ração do diaconato e da festa do padroeiro São Roque. As imagens dos dois santos vão visitar as comunidades em preparação à festa do dia 16 de agosto”, comenta.

Nesse sentido, para forta-lecer a fé dos moradores, ele afirma que a comunidade está preparando momentos de ora-ção, tanto em virtude da pre-sença da réplica de Aparecida, quanto pela Festa de São Ro-que e São Gotardo. “De 3 a 6 de agosto estamos preparando momentos de orações. Nestes três dias a igreja ficará aberta pela parte da tarde para quem quiser pedir bênçãos, apresen-tar algum pedido ou agradecer alguma graça alcançada”, res-salta Ciconetto.

Escola Liette reativa horta escolarFátima

Os alunos da Escola Muni-cipal de Ensino Fundamental Professora Liette Tesser Pozza, no bairro Fátima, trabalham na reativação da horta escolar. A atividade é desenvolvida pe-los estudantes do 2º ano e a ex-pectativa é de que até o final de 2015 sejam cultivadas e colhi-das verduras e legumes, para enriquecer a merenda escolar.

De acordo com a vice-direto-ra da instituição, Katiane Ro-man, tudo é realizado através de parcerias. “Temos o apoio da professora Adriana Razia, da Secretaria de Educação, e do professor Miguel Angelo Sandri, do Instituto Federal, na reativação da horta. Já foi realizada a análise, a corre-ção e adubação do solo para o plantio. O próximo passo é estabelecer, junto aos alunos e sob orientação do professor Sandri, as melhores opções de cultivo”, explica.

O objetivo, segundo Katiane, é salientar a importância da alimentação para um desen-volvimento físico e mental sau-dável. “Desta forma, os alunos-percebem como é agradável e prazeroso ter e manter hábitos saudáveis”, relata.

A implantação da horta inte-

gra o Projeto Olhar Atento: Ci-ências para Vida - Alimentação Saudável, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educa-ção (SMED), em parceria com a Secretaria Municipal de De-senvolvimento da Agricultura (SMED) e Emater, e conta com o apoio do IFRS e do Sindilojas.

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Alunos aprendem sobre os cuidados com o solo para o bom cultivo

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Sábado, 25 de julho de 2015 21Geral

No segundo semestre de 2015 o projeto Sementes da Ci-dadania, que iniciou em 2014, terá continuidade. A iniciativa visa que estudantes do municí-pio passem nas casas dos seus bairros falando sobre a im-portância de atitudes básicas como a separação e destinação correta do lixo.

A medida é uma iniciativa do Conselho do Meio Ambiente e Secretaria do Meio Ambiente que envolve rotaries e lions, além de escolas da cidade. Os

Incentivo à preservação é feito de porta em porta

Sementes da Cidadania

alunos passam por uma capa-citação e a diretoria de cada escola escolhe os que mais se identificam com a causa.

O projeto é uma resposta à necessidade de conduzir as pessoas a uma mudança de comportamentos que as levem a participar ativamente na re-solução dos problemas ambien-tais, como a destinação dos resí-duos sólidos na cidade. A partir de agosto abrangerá os bairros Centro, Progresso, Universitá-rio, São Roque e Aparecida.

O passeio de Maria Fumaça, que vai de Bento Gonçalves a Garibaldi e Carlos Barbosa, está mais sustentável. A partir de agora, 95% do material uti-lizado para mover a máquina a vapor serão lenhas ecológicas da Tramontina.

Além de cooperar com o meio ambiente, a parceria da em-presa com a Giordani Turismo, responsável pelo passeio, trou-xe benefícios que vão além da redução do impacto ambiental. Menor esforço físico dos fun-cionários no abastecimento da

Maria Fumaça passa a usar lenhas ecológicas

A mudança traz benefícios além da redução do impacto ambiental

Sustentabilidade

caldeira, o poder calorífero su-perior ao da lenha reflorestada e a diminuição no consumo de água utilizada para a geração de vapor são benefícios que tornam o funcionamento geral mais eficiente.

Feitos a partir da serragem de madeira reflorestada, os briquetes são gerados em um processo de usinagem de cabos de ferramentas. Por mês, são fabricados cerca de 400 mil quilos de lenhas ecológicas, o que representa a permanência de 8,5 mil árvores na natureza. Aprender a viver em co-

letividade, respeitar a natureza e aproveitá-la da melhor maneira possível sem depredá-la ou abusar se seus recursos. O Grupo Escoteiro Videira, em atuação há qua-se dois anos em Bento Gon-çalves, trabalha os valores da sobrevivência e ensina aos pequenos lobinhos as pos-sibilidades que podem ser encontradas quando se vive em conjunto em um bosque. Mais do que ensinar a fazer nós, ou técnicas escoteiras, o grupo proporciona aos jovens a oportunidade de desenvol-ver o seu caráter, as suas po-tencialidades e práticas sau-dáveis. Melhor ainda quando tudo isso ocorre em contato com a natureza e com a parti-cipação da família.

O diretor-presidente, Mi-guel Angelo Ehlert, explica que o escotismo utiliza a edu-

Grupo aposta na aprendizagem pela prática e transforma rotina de jovens

Participantes do grupo apostam também em ações de recolhimento de resíduos para motivar as crianças

Respeito ao meio ambiente e à vida no Escoteiro Videira

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Vitória [email protected]

cação pela ação, valorizando a aprendizagem pela prática e, principalmente, propon-do que os jovens façam tra-balhos, incentivando o trei-namento para a autonomia, baseado na autoconfiança e iniciativa. “Algumas crianças chegam aqui sem perspectiva nenhuma e, aos poucos, eles aprendem sobre tudo, respei-to ao outro, respeito à vida, seja qual ela for, respeito ao meio ambiente e as técnicas escoteiras em locais como bosques e selvas”, explica.

Como preservação ao meio ambiente, muitas práticas mudaram ao longo do tempo. Ehlert explica que algumas tarefas que eram invasivas demais ao ecossistema ga-nharam técnicas aprimora-das. “Por exemplo, há alguns anos, escoteiros utilizavam facões e cortavam árvores quando necessário. Hoje não se faz mais isso, usamos, no máximo, um canivete para cortar cordas. Pregar ma-

deiras para fazer escadas em árvores também não se faz mais. Utilizamos nós para amarrar os degraus”, explica.

O bosque utilizado pelo grupo fica atrás do Colégio Padre Landell de Moura, mas, nos dias de chuva, os chefes evitam sair com as crianças. Nesses dias, as atividades se restringem à sede, mas nem por isso deixam de ser cria-tivas. No local, duas hortas foram planejadas para que os pequenos plantem hortali-ças, temperos e legumes. Eles aprendem formas de plantio para que, quando as sementes germinarem, possam colher, lavar e comer o que cultiva-ram. “Assim eles sabem de onde vem o nosso alimento, a necessidade que temos da na-tureza. Na hora das refeições, não existem regalias e opções de trazer lanches individuais de casa. Com isso, as regras alimentares mudam e o espí-rito de coletividade também”, completa.

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Sábado, 25 de julho de 201522 Regional

A Associação dos Viniculto-res de Garibaldi (Aviga), res-ponsável pela realização da 13ª edição da Seleção dos Melhores Vinhos, Espumantes e Sucos, concluiu a análise de 127 amos-tras, divididas em 16 categorias, que participaram da seleção deste ano. A avaliação encerrou no sábado, 18.

Do total das amostras ins-critas, 30% serão premiadas por categoria conforme norma internacional da Organização Internacional do Vinho (OIV). Durante uma semana, trinta enólogos, com experiência na-cional e internacional, fizeram

O Município de Pinto Ban-deira e a Companhia Rio-

grandense de Saneamento (Corsan) firmaram um con-vênio de cooperação técnica. O Poder Executivo aguardava a efetivação desse contrato de regularização e concessão desde o final de 2013, quando foi concluído o Plano Muni-cipal de Saneamento Básico. No entanto, a estatal não deu prosseguimento na constitui-ção da parceria.

Com a documentação regula-rizada, a Corsan terá liberdade de ação e irá seguir o programa que prevê a execução de obras, além de ampliar, melhorar, ex-plorar e administrar os serviços de abastecimento de água po-tável e esgoto sanitário na área urbana e contínuas. Durante o ato de assinatura, o diretor--presidente da Companhia, Flávio Presser, esclareceu que, com o convênio firmado, será possível investir no município. “Agora é possível realizar os in-vestimentos necessários para a expansão das redes, tanto de tratamento de água quanto do sistema de esgotamento sani-tário”, ressalta. Segundo ele, Pinto Bandeira é um exemplo para muitas localidades mais antigas, por ter se antecipado na contratação.

As ações que serão desen-

Serviços de abastecimento de água e esgoto foram regulamentados

Avaliação de vinhos é concluída

Amostras foram analisadas por uma equipe de 30 enólogos

Flávio Presser e João Pizzio assinaram o termo durante encontro

Município e Corsan firmam convênio de cooperação

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volvidas foram destacadas pelo diretor de operações da Companhia, o engenheiro Eduardo Barbosa Carvalho. “A nossa ideia é procurar aten-der, com qualidade e eficiên-cia, os serviços para os quais estão sendo contratados, que é o caso de esgotamento sani-tário e água”, explicou.

Ao firmar o contrato, o prefeito João Pizzio lembrou que mais um compromisso com a comunidade foi con-cretizado. “Com a oficializa-ção deste convênio, hoje nos aproximamos cada vez mais de atingirmos a integralida-de da estabilidade do nosso município, ficando pendente

algumas, ainda que poucas, leis que já tramitam na Câ-mara Municipal de Vereado-res”, ressaltou. Para o líder do Executivo, a prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário vai gerar transformações que irão influenciar diretamente na qualidade de vida. A assi-natura do contrato e a regula-ção do município, com a Se-cretaria de Estado de Obras, Saneamento e Habitação e com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públi-cos Delegados do Rio Grande Sul (Agergs), foram estabele-cidas no decorrer da primeira quinzena de julho.

A 19ª Feira de Compras da Associação do Comércio, In-dústria e Serviços de Carlos Barbosa, a ACI, já pode contar com um saldo positivo. A co-missão organizadora estima já ter batido a marca dos 35 mil visitantes, registrada no ano passado.

A organização do evento atribui o sucesso desta edição ao conjunto de inovações pen-sadas para este ano. “O horá-rio de funcionamento diferen-ciado e as atrações fazem com

A Unidade Móvel do Se-brae/RS está em Monte Belo do Sul no dia 27 de julho. A ação ocorre na Praça Padre José Ferlin.

O horário de atendimen-to, pela manhã, será das 9h às 12h, e, pela tarde, das 13h às 17h. Durante a atividade

Feira de Compras da ACI encerra neste domingo

Unidade Móvel do Sebrae irá prestar atendimento

Evento ocorre no sábado das 9h às 22h, e domingo das 9h às 19h

Microeempreendedores poderão esclarecer dúvidas durante todo o dia

Carlos Barbosa

Monte Belo do Sul

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serão esclarecidas dúvidas sobre abertura de empresas, gestão empresarial, como ter acesso ao crédito, cursos e consultoria. Os microempre-endedores podem solicitar orientações aos profissionais que estarão prestando aten-dimento no local.

que os expositores alavan-quem as vendas. Com os ha-ppy hours, o movimento está até mais tarde, o que favorece o comércio dentro da Feira”, explica a presidente da co-missão organizadora, Silvania Cislaghi. Com grande número de visitantes de Carlos Barbo-sa, Garibaldi, Bento Gonçal-ves e de outros estados, como São Paulo, a Feira de Compras da ACI tem seu encerramento marcado para amanhã, 26, a partir das 18h.

análises meticulosas. O presidente da Aviga, Diego

Vaccaro, enalteceu as 17 em-presas que estão participando com os produtos. “O concurso serve de balizador para as em-presas acompanharem a evolu-ção do que elaboram”, ressalta.

A apresentação dos premia-dos e as empresas agraciadas será em um jantar, no dia 21 de agosto, na sede social da Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG). Os ingressos já estão disponíveis, apenas de forma antecipada, por meio do e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 3462.7228.

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Sábado, 25 de julho de 2015 23Regional

A Câmara de Indústria e Co-mércio Garibaldi (CIC) está trabalhando na organização da segunda edição da Feira de Negócios. O evento está con-firmado para 15 de novembro, entre 10h e 20h. Interessados em participar devem entrar em contato com a entidade através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 3462.8500.

A primeira edição foi realiza-da em 2014, com o objetivo de fomentar negócios entre asso-ciados e comunidade, através da comercialização de automóveis, motos e imóveis, além de opções de lazer e shows. Podem partici-par das feiras revendas de veícu-los e motocicletas, imobiliárias e construtoras associadas à CIC. Também estão confirmados os espaços de recreação infantil, mateada e gastronomia.

Começou o recadastramento vitícola para todos os viticulto-res gaúchos. Os produtores de uva podem realizar o recadas-tro pela internet ou junto a seu sindicato. Quem optar por fa-zer a declaração pelo computa-dor deve solicitar senha pelo e--mail [email protected], informando o(s) número(s) do cadastro, nome do proprietário, CPF e endere-ço. Para o registro, tanto pre-sencial como via internet, são necessários os seguintes da-dos: CPF, inscrição estadual de todos os vendedores de uva da propriedade e o formulário dos parreirais que foi repassado ao produtor em 2014 para ser preenchido durante a colheita, com as informações de produ-ção de uva de cada vinhedo.

A grande inovação deste ano é o uso do Google PRO, para atualização das áreas georre-ferenciadas. “Essa nova ferra-menta objetiva a identificação

Após o período de chuvas durante cerca de 10 dias,

os fruticultores voltaram aos pomares para realizar a poda. Na Linha Rio Branco, em Pinto Bandeira, José Antônio Nichet-ti, trabalhava na quinta-feira, 23, na poda de limpeza na área em que cultiva nectarinas.

O excesso de chuvas não prejudicou o andamento da produção. No entanto, Ni-chetti relata que, como os pés já estão floridos, não pode haver geada intensa e muito menos chuva de granizo, pois afeta a produção. “A tendên-cia é que se tenha uma boa safra para as variedades mais precoces. Porém, para os ti-pos mais tardios, não tem que como prever o resultado”, projeta.

Segundo o produtor, talvez ocorra problemas nas varieda-des que são colhidas mais tar-de no período da florada. Para obter um melhor resultado, ele irá realizar uma pulveriza-

Trabalho é desenvolvido em fruteiras de nectarinas para deixar os galhos produtivos e retirar as frutas temporonas

CIC começa a planejar Feira de Negócios

Viticultores devem informar os dados referente à área cultivada

José Antônio Nichetti explica que a chuva não atrapalhou e que o corte ocorre no período adequado

Poda nos pomares não está atrasada

Garibaldi Cadastro vitícola

Linha Rio Branco

Produtores gaúchos realizam atualização

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V. LINH

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Estefania V. [email protected]

ção para quebrar a dormência neste tipo. “Assim unifico a florada e não devo ter proble-mas nas frutas”, esclarece.

Nos pomares surgiram al-gumas frutas conhecidas

como temporonas. Elas se desenvolveram, pois não foi registrado frio na época ade-quada. Estas unidades são retiradas na poda de limpeza com o objetivo de evitar do-

enças. “Também estamos cor-tando os galhos que não são produtivos”, explica.

De acordo com Nichetti, o fruto de caroço está com uma boa expectativa para a próxi-

ma safra, e ainda possui mer-cado para a comercialização. “Tem bons galhos produtivos e na poda podemos escolher. Em alguns anos isso não acontece”, destaca. As previ-sões apontam que não vai ha-ver o ciclo da geada, que pre-judica a plantação. “O frio é necessário para o pomar, pois a fruta é deste clima. É preci-so para que ocorra a dormên-cia, a floração, a brotação, mas sem intensidade”, justi-fica. Ele lembra que quando acontecem períodos intensos de chuvas, dificilmente ocor-re a formação de geada. Se a previsão for mantida até o dia 20 de agosto, o resultado da produção será positivo.

As árvores do pomar estão com a época certa da florada. “Não está adiantada e nem atrasada”, afirma. As últimas duas safras têm dado um re-sultado bom na fruta de caro-ço. Após 90 dias, a previsão é que inicie a colheita da fruta. O fruticultor também traba-lha com o cultivo de caqui, ameixa e uva.

de novas áreas e a medição para o registro de qualquer modificação na área dos vi-nhedos. As inclusões de novos parreirais devem ser informa-das pelo produtor”, informa a coordenadora do Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul, pesquisadora da Embrapa

Uva e Vinho, Loiva Maria Ri-beiro de Mello.

Após prestar as informa-ções, o produtor receberá o comprovante do recadastra-mento e o novo formulário, com detalhamento dos parrei-rais, para preenchimento da produção na próxima safra.

Todos os viticultores gaúchos devem fazer o novo registro e somente o proprietário ou o produtor de uvas da proprie-dade, que possui inscrição es-tadual, poderá ser o declaran-te, responsabilizando-se pelas informações prestadas.

O presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Bra-sileiro do Vinho (Ibravin), Mo-acir Mazzarollo, enfatiza que o recadastramento é fundamen-tal para garantir a qualidade dos produtos, inibir fraudes e possibilitar o acesso a políticas públicas pelos viticultores. “É uma ferramenta que tem ga-rantido esse controle sobre a produção. O pleito do setor é que seja estendido para todo o país”, informa. Feito anual-mente, o recadastramento vití-cola envolve mais diretamente o Ibravin, entidades de classe dos produtores de uva e Ema-ter, sob a coordenação da Em-brapa Uva e Vinho.

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Sábado, 25 de julho de 201524 ObituárioFalecimentos

MARIA PUTRICK MIEZCINIKOWSKI, no dia 15 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Victório Putrick e Amália Misturini Putrick e tinha 68 anos.

MARIA DE MEZ DE PAULA, no dia 17 de julho de 2015. Natural de Bagé/RS, era filha de Inocência de Paula e tinha 79 anos.

VALMOR GERALDO DE ABREU CARDONETTI, no dia 17 de julho de 2015. Natural de Cachoeira do Sul/RS, era filho de João Batista Cardonetti e Luiza Abreu Cardonetti e tinha 82 anos.

ROBERTO MANFROI, no dia 17 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de Tranquilo Manfroi e Antonia Idalina Rachele Manfroi e tinha 57 anos.

ORNILDA BRUM, no dia 18 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Marcos Brun e Maria Cesca e tinha 83 anos.

CLAUDIR DIAS RODRIGUES, no dia 18 de julho de 2015. Natural de Salgado Filho/PR, era filho de Ondina Dias Rodrigues e tinha 29 anos.

EVA SABINO, no dia 19 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Francisco Sabino e Maria Genny Corrêa Sabino e tinha 63 anos.

REGINA CORDAZZO POLETTO, no dia 18 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Angelo Cordazzo e Brígida Peruffo Cordazzo e tinha 94 anos.

DANILO JOSE COBALCHINI, no dia 20 de julho de 2015. Natural de Anta Gorda/RS, era filho de Valentin Alfonso Cobalchini e Clementina Frozza e tinha 71 anos.

ALEX TEIXEIRA, no dia 19 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de José Carlos Teixeira e Analice Mirandolli Teixeira e tinha 30 anos.

ESTER OGLIARI GUINDANI, no dia 16 de julho de 2015. Natural de Coronel Pilar, Garibaldi/RS, era filha de Felix Ogliari e Angela Caldar e tinha 78 anos.

SEVERIO TREVISAN, no dia 21 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filho de Benjamim Trevisan e Maria Lopez e tinha 88 anos.

MARIA TRINDADE SOUZA DE SOUZA, no dia 21 de julho de 2015. Natural de São Francisco de Paula/RS, era filha de Virgiliana Garcia de Souza e tinha 82 anos.

LOURDES ROSINA OCHI PEDRON, no dia 14 de julho de 2015. Natural de Protásio Alves/RS, era filha de Carolina Ochi e tinha 81 anos.

DELOSI PERES, no dia 19 de julho de 2015. Natural de Soledade/RS, era filha de Clelia Flores de Lima e tinha 59 anos.

ROSA JULIA PALUDO, no dia 22 de julho de 2015. Natural de Guaporé/RS, era filha de Ricieri João Racheli e Angelina Casaroto e tinha 80 anos.

MARIA DOMINGAS MOSCHINI, no dia 22 de julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves/RS, era filha de Luiz Moschini e Catarina Tonet e tinha 65 anos.

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Sábado, 25 de julho de 2015 25Segurança

Um grave acidente na ERS-431 mobilizou as forças de

resgate e salvamento na manhã de sexta-feira, 24. Um cami-nhão da empresa Jobel capotou e deixou quatro pessoas feridas no quilômetro 10, na Linha Al-cântara, em Faria Lemos.

De acordo com o Grupo Ro-doviário de Bento Gonçalves, o acidente ocorreu por volta das 7h30min, quando o veí-culo com placas de Caxias do Sul seguia em direção a Dois Lajeados. O caminhão teria perdido os freios em uma cur-va, tombou e parou no pátio de uma residência. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia (Samu) foram acionados e resgataram as vítimas.

Conforme as informações do Hospital Tacchini, o condutor do caminhão Alexandre Lima

Susto no Interior

Caminhão perde os freios e capota em Faria LemosAcidente deixou quatro feridos que foram encaminhados para o Tacchini

Leonardo [email protected]

Um grave acidente na ERS-135, em Estação, vitimou três moradores da Serra no início da tarde de quinta-feira, 23. Eles estavam em um automó-vel Celta, de cor prata e placas IUJ-6704, que colidiu frontal-mente contra um caminhão.

O motorista do carro, Ru-dimar Kuyawa, de 35 anos, e as passageiras Nadiele Santos Deola, 14, e Iracema Santos Wolski, 47, faleceram no local. Uma quarta tripulante do Cel-ta, identificada como Saionara Santos Deola, 22, foi encami-nhada ao atendimento médico em Passo Fundo.

De acordo com as informações da Polícia Rodoviária Estadual, a colisão ocorreu por volta das 13h30min no quilômetro 49 da ERS-431, entre Passo Fundo e Erechim. O automóvel Celta seguia no sentido Passo Fundo--Erechim quando o motorista invadiu a pista contrária e coli-diu de frente com um caminhão leiteiro, com placas de Campinas

O motorista de Garibaldi, e mãe e filha de Veranópolis, morreram

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Acidente na ERS-135

Colisão vitima moradores da Serra

Duas vítimas seguem internadas na UTI do hospital em estado grave

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Ramos, de 28 anos, deu en-trada com graves ferimentos e precisou passar por cirurgia com um provável trauma ab-dominal. Segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.

Quem também estava seria-mente ferido era Jonas Batis-ta, 33. Ele respirava por apa-

relhos e seguia internado no Pronto Socorro, aguardando por leito na UTI.

As outras duas vítimas do acidente foram identificadas como André Santos Reis, 36, e Elissandro Monteiro, 27. Eles receberam alta médica ainda no início da tarde desta sexta-feira, 24.

do Sul. O motorista do caminhão não se feriu. As circunstâncias do acidente serão investigadas pela Polícia Civil de Getúlio Vargas.

Os corpos de Iracema e Nadiele, mãe e filha, foram sepultados na tarde de sexta--feira, 24, no Cemitério Públi-co Municipal de Veranópolis. A menina estudava na Escola Felipe dos Santos.

Kuyawa era morador da

rua Café Filho, no bairro São Francisco, em Garibaldi. Ele será enterrado no cemitério do mesmo bairro na manhã deste sábado, 10h. A vítima deixa os pais, uma irmã e um filho.

Até o fechamento desta edi-ção, a companheira de Kuya-wa, Saionara, seguia internada em estado grave no CTI Cen-tral do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.

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Sábado, 25 de julho de 201526 Segurança

Uma empresa de estruturas metálicas do bairro Salga-

do foi flagrada despejando po-luentes em um afluente do Bu-ratti na tarde de terça-feira, 21. Conforme as informações da Polícia Ambiental da Brigada Militar (Patram) e da fiscali-zação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMAM), os produtos eram provenien-tes da tubulação da estação de tratamento da empresa. O vazamento foi cessado duran-te a repreensão e foi coletado material para análises labora-toriais dos danos ao ambiente.

A fiscalização foi feita após denúncia anônima de crime ambiental. O arroio estava com grande quantidade de espuma e alguns resíduos sólidos (lodo) provenientes dos poluentes. A Polícia Ambiental efetuou o flagrante e conduziu as par-tes à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Porém, o delegado responsável incluiu os supostos acusados

como testemunhas do caso. "É um entendimento que discor-do. De qualquer forma faremos um relatório de todos os fatos e encaminharemos para o Minis-tério Público. Acreditamos que, pelas evidências, temos indícios de que há um crime ambiental",

afirma o sargento Paulo César, comandante da Patram.

Como a empresa é licenciada pela Fepam, os órgãos munici-pais estão em contato para defi-nir os próximos passos. A empre-sa está sujeita a multa e medidas para recuperação da área.

Material foi coletado para análise laboratorial dos danos ao ambiente

Crime ambiental

Flagrante foi efetuado na tarde de terça-feira, 21, no bairro Salgado

Leonardo [email protected]

Um indíviduo preso em fla-grante com um veículo furtado foi solto pela Justiça em 13 horas. De acordo com as informações da Brigada Militar, a abordagem ocorreu no bairro Conceição por volta das 7h40min de terça-feira, 21, quando policiais identifica-ram um veículo Gol que havia sido furtado durante a madruga-da no bairro Botafogo.

O motorista era Rudinei Ferrei-ra Azzolin, de 32 anos, que foi de-tido e apresentado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento

(DPPA) acusado de receptação. Após a lavratura do flagrante, o indiciado foi encaminhado para o presídio, por volta das 13h20min.

Azzolin possui uma extensa ficha criminal, principalmente por furto e receptação, mas que também inclui posse de drogas, desacato e um roubo. Mesmo com este histórico, o indiciado não completou oito horas reco-lhido no Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Por volta das 20h50min, ele foi solto por deci-são da Justiça.

Ordem judicial

Preso com veículo furtado é solto 13 horas depois

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Empresa despeja poluentes em afluente do Buratti

A noite de quinta-feira, 23, foi marcada por duas respostas da Brigada Militar contra os roubos que assolam a comunidade. Na Vila do Sapo, diversos produtos roubados foram recuperados após assalto no Cidade Alta. Mais tarde, dois jovens foram flagra-dos com uma motocicleta com placa adulterada e uma faca.

A primeira ação teve início às 18h04min, quando dois assal-tantes renderam o proprietário de um estabelecimento comer-cial da rua Gomes Carneiro, no Centro. Policiais militares ini-ciaram buscas e localizaram dois suspeitos na rua Aldo Bernardi-ni, local conhecido como Vila dos Sapos, no bairro Maria Goretti.

Foram recuperados os produ-tos roubados e apreendido um si-mulacro de pistola. Os acusados, de 18 e 32 anos, foram conduzi-dos para a delegacia de plantão. Eles são suspeitos de diversos

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A Brigada Militar (BM) recu-perou diversos objetos de furtos em Garibaldi na noite de quar-ta-feira, 22. Houve perseguição pela BR-470 até que o motoris-ta suspeito perdeu o controle e saiu da pista na RSC-453. Os acusados fugiram correndo pela mata. Foram recuperados rodas de veículos, objetos eletrônicos e várias ferramentas.

De acordo com a ocorrência policial, às 20h50min, uma de-núncia via 190 informou que um veículo Corolla estacionado na esquina das ruas Dante Grossi e Borges de Medeiros, em Garibal-di, foi arrombado por dois indiví-duos que fugiram em um veículo Fiesta de cor branca e placas de Cricíuma (SC). A BM iniciou buscas e localizou o veículo sus-peito na BR-470, seguindo em

direção a Bento Gonçalves.Foi tentada a abordagem, po-

rém o Fiesta aumentou a veloci-dade e empreendeu fuga. Houve perseguição pela rodovia federal e pela RSC-453, rumo a Farrou-pilha, até que o motorista do Fiesta perdeu o controle e saiu da pista no quilômetro 111, próximo ao motel Monza. Os suspeitos abandonaram o veículo e fugi-ram pela mata.

No interior do Fiesta foram apreendidas oito rodas (pneu e aro) de veículos, mochilas com objetos eletrônicos (maquina fotográfica, notebook, GPS, etc) e outra mochila contendo várias ferramentas, como ali-cate de corte, chaves de fenda e chaves de roda. Os objetos foram apresentados na Dele-gacia de Polícia de Garibaldi.

Furtos em veículo

Perseguição pela BR-470 termina com apreensões

roubos a farmácias e, extraofi-cialmente, já teriam sido reco-nhecidos por algumas vítimas.

Durante o cerco policial na Vila do Sapo, a população, des-contente com a presença poli-cial, proferiu diversos insultos. Um indivíduo, de 39 anos, aca-bou detido por desacato.

Prisão na praça Vico

Mais tarde, por volta das 21h30min, dois jovens foram detidos próximo à praça Vico

Barbieri. Eles tripulavam uma motocicleta que estava com a placa adulterada com fita adesi-va, transformando o numeral 9 em 8.

Durante a revista, uma faca foi apreendida com o caronei-ro. Os acusados, de 19 e 22 anos, receberam voz de prisão em flagrante e foram conduzi-dos à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). A suspeita é que os acusados pretendiam cometer algum roubo à farmácia ou veículo.

Respostas aos roubos no CentroPoliciamento ostensivo

Policiais militares foram desacatados durante cerco na Vila do Sapo

Uma família foi rendida du-rante um roubo a residência no bairro Brasília, em Garibaldi, na noite de quinta-feira, 23. O crime ocorreu na rua Siqueira Campos por volta das 21h30min.

De acordo com a Brigada Mi-litar, dois indivíduos vestindo touca ninja e moletom, teriam batido na porta da cozinha e exigido dinheiro do morador. Diante da negativa, os ladrões arrombaram a porta e invadi-ram a casa empunhando facas.

Foram rendidos o proprietá-rio, sua esposa e seus dois filhos. Os ladrões reviraram o quarto do casal e encontraram um ce-lular e uma pequena quantia em dinheiro, além de um cheque preenchido no valor de R$ 1 mil. Na saída dos ladrões, o morador reagiu e entrou em luta corporal com um dos bandidos, porém não impediu a fuga. A Brigada Militar foi acionada e realizou buscas na região, porém ne-nhum suspeito foi localizado.

Roubo a residência

Família é rendida em casa por ladrões em Garibaldi

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Sábado, 25 de julho de 2015 27Segurança

Geraldo Antônio Leite, o Lalo

A falta de efetivo policial é um problema histórico

no Rio Grande do Sul, porém está chegando a índices alar-mantes. De acordo com as li-deranças regionais da Brigada Militar (BM) e Polícia Civil, a defasagem de servidores em Bento Gonçalves é de qua-se 50%. Na contramão deste descaso dos governantes, as delegacias do município e o 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT) conseguem manter a confian-ça da comunidade por meio de estratégias criativas e do com-prometimento de seu efetivo. Entretanto, como seria a Ca-pital do Vinho com o dobro de policiais nas ruas?

Em suas manifestações, o go-vernador José Ivo Sartori desta-ca a necessidade de contenção de gastos para equilibrar as fi-nanças estaduais. Porém, suas medidas aumentaram as incer-tezas sobre o presente e o futuro da segurança pública gaúcha. Os cortes de horas extras, as dúvi-das sobre pagamento dos ser-vidores e a não convocação dos aprovados em concursos para as polícias intensificam essa crise que não é novidade.

Leonardo [email protected]

E se tivéssemos o dobro de policiais?Problema que se agrava

Ação policial é elogiada, porém Brigada Militar e Polícia Civil estão trabalhando com apenas 50% do efetivo idealizado

Geraldo Antônio Leite, mais conhecido como Lalo, é um destes abnegados que lutam contra a maré. Como presidente da Fundação Con-sepro de Apoio a Segurança Pública (Consepro), há mais de duas décadas busca an-gariar recursos para manter equipados a BM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e o pre-sídio estadual.

Porém, até mesmo Lalo está preocupado com o futuro da violência em Bento Gonçalves. Como ele já havia previsto em uma reportagem que tem guar-dada desde 1987, “a segurança pública está complicada e vai ficar ainda pior”. Confira:

AposentadoriasÉ só analisar o noticiário.

Cerca de 77% do efetivo da

Análise de estatísticas e o comprometimento dos policiais são o que mantém a sensação de segurança

Estrategicamente, o coman-do da Brigada Militar não di-vulga números específicos para não criar um sentimento des-necessário na população. Mas não há como negar o proble-ma. “Não falo de Bento Gon-çalves, mas em todo o 3º BPAT há uma defasagem de 43% no efetivo policial. Esta estatística é a mesma da média da nossa região e de todo o estado”, afir-

ma o tenente-coronel Ronaldo Buss, que responde interina-mente pelo Comando Regional de Polícia Ostensiva da Serra (CRPO/Serra).

Uma estatística parecida é enfrentada pela 8ª Delega-cia Regional de Polícia Civil, com sede em Caxias do Sul. “Bento Gonçalves foi nossa prioridade no último concur-so e recebeu 10 novos policiais

civis no final do ano passado. Mesmo assim, ainda precisa-ria aumentar em pelo menos 50% o efetivo das delegacias. Também reivindicamos a vin-da de mais três delegados para a delegacia de plantão”, relata o delegado regional Paulo Ro-berto Rosa da Silva.

Para o comandante interino do CRPO/Serra, esta defasa-gem crescente é decorrente

da política de Estado, onde cada novo governador estu-da o problema da segurança pública e procura a sua forma de solucionar. “Não há uma inclusão regular de policiais militares e, assim, as apo-sentadorias também ficaram irregulares. Precisamos de um planejamento de Estado, com concursos e contratações regulares para evitar estas defasagens. O problema é que são políticas de Governo, e cada mandato trata com uma visão diferente”, argumenta o tenente-coronel Buss.

As dificuldades óbvias da fal-ta de efetivo não são utilizadas como desculpas. O comprome-timento dos policiais com a se-gurança pública resulta na boa avaliação que a BM e a Polícia Civil possuem na região. “Eu preciso que trabalhar com o que tenho e isso tem que funcionar. Mas falta gente. Atualmente, precisamos priorizar os casos mais graves, principalmente crimes contra a vida e tráfico. Mas claro que, com 50% a mais de policiais, seria outra quali-dade e ainda mais resoluções poderíamos investigar de for-ma mais específica e não nesta análise do geral (pelo volume de ocorrências) ”, garante o de-legado Paulo Rosa.

“Se não fosse a nossa comunidade, estaria bem pior”

Brigada Militar tem entre 20 e 30 anos de serviço. O que se visualiza mais para frente é uma defasagem bem maior. Em no máximo 10 anos, 77% da Brigada vai sair. Vão ser recomposto? Nao vão. As desculpas já sabemos: o Es-tado não tem dinheiro, está quebrado.

Um ponto crítico?O que me preocupa é que, em

curto prazo, as comunidades e o Estado estão fazendo remen-dos e tocando em frente. Mas e daqui a cinco ou dez anos? Nin-guém vai conseguir resolver o problema do Estado em quatro anos. É preciso um trabalho de 10 a 15 anos para recuperar.

Problemas de GovernoO Estado de Direito é uma pi-

râmide de três pontas. As prin-cipais prioridades deveriam ser saúde, segurança e educação. Só que todos os governantes, por um motivo ou outro, inver-teram essa pirâmide. As três pontas estão sucateadas.

Força da comunidadeSe não fosse a nossa comu-

nidade, estaria bem pior. Com-

parado com outras cidades e regiões, ainda não temos um problema de segurança públi-ca acentuado. Mesmo assim, temos que nos cuidar cada dia mais, colocar alarmes, grades e correntes. Se as autoridades não cuidarem, vamos cair em uma vala comum. É preocupante.

Trabalho das políciasA ação policial é boa. Isso que

estamos só com 50%. Imagina como seria com 100%? Claro que é uma utopia imaginar que todos terão um brigadiano na frente de casa. Mas melhoraria sensivelmente nossa seguran-ça. As ações tomadas (pelas au-toridades policiais) são boas, e a comunidade se vira e oferece os recursos materiais. O que precisa realmente é um núme-ro maior de efetivo.

Legislação e presídioTemos que trocar a legisla-

ção. Está muito branda, muito ‘passar a mão’. Temos que re-ver algumas classificações de Direitos Humanos, o Código Penal e o Código Civil. Devía-mos sentar e procurar um me-lhor caminho. Sem modificar a legislação não adianta colocar muito brigadiano e viatura nas ruas porque não vai resolver. Não tem aonde colocar preso. O Ministério Público e o Poder Judiciário ficam de mãos amar-radas. E eu não vejo solução em curto prazo para o problema do presídio de Bento. Estas nego-ciações não são tão fáceis. E as coisas são lentas quando parte para o Poder Público. Acredito que, mesmo com bons olhos, precisa de mais de cinco anos para se resolver.

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Comemoração

Stimmme realiza sua décima Festa Julina

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Izabel Trevisan: “É preciso ter coragem...”

Caderno S25 anos de história Página 16

A Edição www.jornalsemanario.com.br56 páginas

Primeiro Caderno ......................28 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................8 páginasEmpresas & Empresários ...........4 páginasEsportes....................................4 páginas

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