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Ano I Número 91 Data 26 a 28.11.2011

26 a 28 de novembro de 2011

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Paula TakahashiCom claras dificuldades res-

piratórias, mostradas em um vídeo que circulou pela internet, o ca-chorro da raça pug chamado San-tiago não resistiu a uma viagem de avião entre Vitória e São Paulo e morreu logo depois do desembar-que. Foram 10 horas de atraso, tempo durante o qual Santiago ficou dentro do porão do avião. Passado o episódio, que ocorreu em setembro, a companhia aérea Gol, responsável pelo transporte do animal, resolveu restringir ra-ças de focinho curto como a de Santiago em voos que opera.

Com a chegada do período de férias, vários brasileiros que pre-tendem viajar não vão dispensar a companhia do “melhor amigo”. Mas, antes do embarque, é preciso ficar atento a uma série de exigên-cias e cuidados a serem tomados para evitar que a diversão se trans-forme em dor de cabeça e vá parar nos tribunais.

Segundo o presidente da As-sociação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de Minas Gerais (Anclivepa-MG), veterinário Bruno Divino Rocha, a restrição de raças adotada pela Gol é procedente. “Esses cães têm muitos problemas respiratórios e não podem ficar muito tempo em ambientes fechados e quentes, já que eles podem morrer de calor”, afirma. Como a companhia aérea não autoriza o transporte de qual-quer animal na cabine de passagei-

ros, mas apenas no compartimento de carga, os riscos de complica-ções aumentam, principalmente nos recorrentes casos de atrasos.

O veterinário ainda alerta sobre a importância de, antes da viagem, o animal passar pelo cri-vo de um profissional da área. “Se ele estiver gripado ou com algum problema de saúde, o caso pode agravar e evoluir para uma pneu-monia, por exemplo, durante o voo”, observa. Para Rocha, o ide-al é que os voos escolhidos sejam curtos, de até três horas. “Os ani-mais não conseguem ficar muito tempo nesses compartimentos, por isso, é aconselhável evitar voos com muitas escalas e conexões”, orienta.

É exatamente a política ado-tada pela triatleta e estudante Lie-ge Carolina de Souza que, sempre que vai passar um tempo mais lon-go com a família em Santa Cata-rina, leva na bagagem Aleka, uma cachorrinha de seis meses da raça shih tzu – entre as proibidas pela Gol. Aleka se prepara para a ter-ceira viagem em dezembro e todas as providências já foram tomadas. “Agora, só pego voo direto para Florianópolis pela Webjet. Tenho receio quando há escalas e só faço quando são rápidas”, afirma.

Apesar de nunca ter tido qual-quer problema durante o trajeto, Liege não arrisca e segue todo o protocolo. “Dou um sedativo pró-prio para cães e ela dorme durante toda a viagem. Dessa forma não

fica agitada. Depois que desem-barcamos, ela ainda fica um bom tempo sonolenta”, reconhece. Se-gundo Rocha, é normal que os ani-mais fiquem cansados depois de concluída a viagem, mas é preciso distinguir entre o cansaço e qual-quer alteração na saúde.

INDENIZAÇÕES O Instituto Brasileiro de Defesa do Consu-midor (Idec) orienta que na sala de desembarque o dono verifique o comportamento do animal. “O procedimento é o mesmo para o caso de bagagens danificadas. É preciso formalizar uma reclama-ção no guichê da companhia aérea relatando o estado como cão ou gato de estimação se encontrava”, explica Flávio Siqueira Júnior, ad-vogado do Idec. Ele ainda acres-centa que, se a empresa se dispõe a prestar o serviço, é responsável por providenciar espaço adequado para transporte do animal.

Caso sejam verificadas com-plicações na saúde do bichinho que culminem com sua morte, cabe danos morais. “Se ocorrer qualquer dano ou o animal vier a falecer, configura-se uma má pres-tação do serviço. Os tribunais têm decidido que cabe o dano moral”, acrescenta Siqueira Júnior. Caso o consumidor não tenha condições de provar a responsabilidade da companhia aérea, poderá inverter o ônus da prova. “Caberá à empre-sa conseguir dados que compro-vem que o fato não foi provocado por ela”, afirma o advogado.

CONSUMIDOR »

Viagem boa pra cachorro Para embarcar com cães e gatos em aviões é necessário cumprir série de exigências, a fim de evitar

transtornos e fazer com que seu %u2018melhor amigo%u2019 seja transportado com segurança

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SÃO PAULO. Usar o metrô em São Paulo, no Rio, em Brasília ou em Belo Horizonte pesa muito mais no bolso do consumidor do que em Londres, Paris ou Buenos Aires. É o que concluiu um estu-do do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que pesquisou qual o impacto das tarifas de metrô em 19 grandes cidades do mundo em relação ao salário mínimo local.

As quatro primeiras cidades do ranking são brasileiras, e a medalha de ouro ficou com Brasília. Na capital fe-deral, uma tarifa de adulto sai por R$ 3. Quem usa o metrô para ir e voltar do tra-balho ao longo de 20 dias úteis no mês desembolsa 22% do salário mínimo. O valor recai sobre o trabalho e onera ainda os empregadores que pagam vale-trans-porte.

O mesmo acontece em São Paulo, que ficou em terceiro no ranking. A tarifa é de R$ 2,90, e o gasto mensal na cidade para andar todos os dias úteis de metrô é de 19,02% do salário mínimo.

A avaliação é ainda pior se conside-rado o tamanho da malha. A capital pau-lista tem 74,3 km de metrô, muito menos

do que Paris, que tem 213 km e onde o gasto em relação ao salário mínimo é de 4,82%. Também ficaram colocadas entre as cidades mais caras o Rio, onde o metrô consome 22,02% do mínimo, Belo Hori-zonte (13,21%) e Recife (11,01%).

Metodologia. O Idec afirma que to-mou alguns cuidados na pesquisa. É co-mum em cidades europeias, por exemplo, que o preço do metrô varie conforme a distância percorrida e o horário. Foi con-siderada sempre a tarifa mais baixa possí-vel para um adulto.

O balanço que o órgão faz é que os preços de metrô pagos no Brasil são mui-to elevados, considerando o poder aqui-sitivo e a baixa extensão das linhas. “É caro e ineficiente se comparado a outras cidades. Ainda há incoerência nos gastos, com muitos investimentos que favorecem o transporte individual”, analisa a pesqui-sadora Adriana Charoux, coordenadora do estudo.

Saiba mais Benefício. Em Paris os passageiros

têm à disposição o Hebdomadaire, que é um bilhete para sete dias, com custo bem mais baixo.

transporte.Levantamento do Idec compara preço da passagem em relação ao valor do salário mínimo local

Metrôs brasileiros lideram ranking dos mais caros, segundo pesquisa

Estudo inclui Belo Horizonte, onde se consome 13,21% do salário com o metrô

SÃO PAULO. Especialistas em transpor-tes divergem sobre os resultados obtidos pelo Idec. Para o professor da área de transportes na Unicamp, Carlos Alberto Bandeira Gui-marães, os porcentuais alcançados mostram sim um valor caro para os padrões de quem ganha salário mínimo. “Gastar um quinto do que ganha apenas com transporte é muito”.

Ele chama a atenção, porém, para o fato de que o salário mínimo não é o padrão eco-nômico de boa parte da população em São Paulo.

Também professor da Unicamp, Creso de Franco Peixoto argumenta que o problema está na falta de integração tarifária, que torna todo o sistema de transportes mais caro.

Divergências

Especialistas questionam resultados

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Consumidor

Planos de saúde com validade estendidaAposentados e demitidos sem justa causa poderão manter convênio da empreda até dois anos, mas terão de

arcar com o custo antes pago pelo patrão. Mesmo assim preço é mais baixo

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CONt.. eStaDO De MINaS - p.13 - 26.11.11

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SÃO PAULO. O interesse do brasileiro pelas ofertas pré-Natal - uma tradição que o comércio local tomou emprestada de uma tradição norte-americana - se multiplicou neste ano. O site Busca Descontos, o principal “capitão” da ideia no Bra-sil, viu seu movimento se multiplicar exponencial-mente em relação ao ano passado ao reunir, em seu endereço, ofertas de sites de diversos varejistas tradicionais, incluindo Americanas.com, Walmart e Compra Fácil.

O problema é que os descontos prometidos po-dem não ter sido tão bons assim. A Fundação Pro-con-SP afirmou ontem que vai investigar lojas bra-sileiras que “inflaram” preços de produtos para dar ao consumidor a impressão de um desconto maior durante a Black Friday.

“É importante que os consumidores façam denúncias para ajudar a subsidiar a documentação sobre as lojas que adotaram esse procedimento”, afirmou a fundação, por meio da assessoria de im-prensa. As investigações definirão se serão tomadas providências contra as lojas. Segundo a assessoria, pode haver uma autuação que gerará multa.

Acessos. Estatísticas divulgadas pelo site Bus-

ca Descontos no fim da tarde de ontem - e que com-putavam resultados das vendas até as 18h (a pro-moção seguiu até a meia-noite) - mostraram que o número de cadastros no site chegou a 6 milhões. No ano passado, o número de consumidores inscritos foi de 61 mil.

De acordo com os dados divulgados no fim da tarde de ontem, o Busca Descontos chegou a regis-trar 210 mil acessos simultâneos ontem, contra o pico de 10 mil registrado em 2010.

O Extra transcendeu a promoção online e le-vou a Black Friday para suas lojas físicas, ofere-cendo descontos de até 70% para alguns produtos. O diretor de operações do Extra, Jorge Faiçal Filho, admitiu que a empresa decidiu fazer a promoção por conta das notícias de desaceleração do comér-cio neste fim de ano.

Na loja do Extra no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte, o crescimento nas vendas foi de 100% em comparação ao mesmo dia do ano pas-sado e o fluxo de clientes aumentou entre 80% e 85%. Calcinhas por R$ 1,15 foram um dos maiores sucessos, e levaram consumidoras a encherem car-rinhos e disputarem as peças.

Liquidação

Descontos da Black Friday podem ter sido “inflados”

Empresas teriam elevado os preços para que promoção parecesse maior

NOVA YORK, EUA. Com violência, come-çou ontem a temporada de promoções natalinas nos Estados Unidos, a chamada “Black Friday”, data tradicional no comércio norte-americano. Em Los Angeles, na Califórnia, uma mulher usou gás pimenta para “neutralizar” outros consumido-res que queriam comprar consoles de videogame Xbox em uma loja Walmart.

Consumidores lotaram as lojas nos Estados Unidos na noite de quinta-feira e na madrugada de

ontem buscando promoções de televisores, video-games e brinquedos, apesar da confiança quanto à economia norte-americana permanecer instável.

A Federação Nacional de Varejo prevê que 152 milhões de pessoas irão às lojas neste fim de semana, alta de 10,1% sobre o ano passado. Na prática, a temporada de compras já vinha aconte-cendo havia algum tempo, visto que redes como Walmart e Toys R Us começaram a oferecer des-contos mais cedo.

Briga

Temporada começa com violência nos EUA

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