28
BENTO GONÇALVES sábado 26 DE JULHO DE 2014 ANO 47 N°3048 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Casa das Artes Página 6 Páginas 10 e 11 A cultura te espera Distrito Industrial Expansão inicia pelo São Roque Apesar da variedade de cursos gratuitos, população desconhece e não sabe da existência das atividades oferecidas pela fundação Prefeitura negocia com empresários e proprietários de áreas para a instalação de indústrias na cidade CRISTIANO MIGON

26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Embed Size (px)

DESCRIPTION

26/08/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048 - Bento Gonçalves/RS

Citation preview

Page 1: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

BENTO GONÇALVESsábado26 DE JULHO DE 2014ANO 47 N°3048 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Casa das Artes

Página 6

Páginas 10 e 11

A cultura te espera

Distrito Industrial

Expansão inicia pelo São Roque

Apesar da variedade de cursos gratuitos, população desconhece e não sabe da existência das atividades oferecidas pela fundação

Prefeitura negocia com empresários e proprietários de áreas para a instalação de indústrias na cidade

CRISTIAN

O M

IGO

N

Page 2: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

O técnico da Seleção e o mundo corporativoO assunto desta semana é a escolha de Dunga como técnico que di-

rigirá a outrora gloriosa seleção canarinho. Não obstante os duzentos milhões de técnicos que em pesquisas oficiais ou oficiosas fizeram suas apostas em nomes como Tite, Zico, Pepe Guardiola ou Muricy, o fato é que o bom filho à casa torna. Costumo trazer meus exemplos para o mundo corporativo e desta maneira, vejamos como seria um anúncio para a posição, assim como uma análise sobre sua eleição.

Oportunidade única de emprego: empresa líder em seu mercado de atuação procura gestor para sua principal unidade de negócios, com o objetivo de desenvolver trabalho de longo prazo, visando o ano de 2018. Atrativo pacote de benefícios composto por remuneração fixa e variável atrelada a resultados da equipe. Face à alta visibilidade da posição, terá oportunidade de firmar contratos publicitários, ministrar palestras e prestar eventuais consultorias. Se reportará diretamente ao presidente do conselho.

Perfil desejado: conciliador, deverá agregar os colaboradores assim como harmonizar os interesses de dirigentes, conselheiros e patrocinadores. Bom comunicador, será o porta-voz da instituição com a imprensa por meio de coletivas e entrevistas. É requerido que possua larga experiência no setor, com comprovado sucesso em em-presas de primeiro escalão no Brasil e no exterior, preferencialmen-te no continente europeu. Viagens constantes e longos períodos de concentração completam o perfil do cargo.

Desafio: a unidade de negócios passa por um momento crítico, devido aos resultados pífios apresentados no último trimestre, der-rubando sua posição no ranking internacional do setor. Sua imensa e apaixonada base de clientes solicita mudanças imediatas na em-presa, as quais deverão ocorrer em diversos níveis nos próximos me-ses. O grande desafio está em colocar em prática um projeto moder-nizante, consistente e de longo prazo em uma instituição centenária, burocrática e política.

Uma vez no cargo, os primeiros dias serão cruciais para que o novo gestor possa entender sua estrutura interna e implementar seu novo estilo de gestão. Para ajudá-lo nesta missão, conjecturemos que tenha contratado uma consultoria que o ajude a analisar o ambiente e seus concorrentes, equipe, estrutura organizacional, força da marca e orga-nograma, traçando um panorama corrente da situação. Imagine como seria a reunião de apresentação dos resultados.

Ambiente externo e concorrência: a globalização ocorrida nos últimos tempos fez com que empresas do setor compartilhassem experiências e melhores práticas por meio da transferência de cola-boradores e gestores, reduzindo a vantagem competitiva sustentá-

vel da empresa brasileira. Como consequência, novos concorrentes emergiram no cenário mundial, com resultados importantes. Vale salientar que nas últimas décadas o continente europeu sobressaiu--se como celeiro de inovações e competitividade.

Equipe e clima organizacional: o clima organizacional da equipe não poderia ser pior. O resultado do ultimo trimestre, consi-derado o pior da história, aliado a cortes e reestruturações da cúpula à base, abateram a moral e a motivação dos colaboradores. O novo gestor precisará resgatar a moral de maneira dura e disciplinada, uma vez que o perfil do ultimo ocupante do cargo foi considerado democrático e deveras paternalista, sendo considerado um dos res-ponsáveis pelo fracasso.

Força da marca: um pouco arranhada e desgastada na última temporada, sofreu certa pressão dos patrocinadores oficiais, os quais ansiavam por melhores resultados. Seja pela paixão de seus consumi-dores ou pela pura falta de concorrentes internos, é liquido e certo que a marca continuará forte e sólida, apesar dos críticos de plantão. Con-siderada como um caso único, com penetração em todas as regiões do país, idades, classes sociais, faixa de renda e sexo.

Organograma: conforme o professor Ichak Adizes, as empre-sas, assim como os seres humanos, nascem, crescem, envelhecem e morrem à medida em que se tornam engessadas, rígidas, buro-cráticas, internalizadas e políticas. Será este cenário que o gestor encontrará ao seu redor. Politicagem, toma lá dá cá, mesquinharia, briga de poder e conflito de interesse são as noticias que emanam de sua alta cúpula. Seu poder infelizmente será reduzido neste sen-tido e seu alinhamento, testado a todo momento.

Colocado este cenário, a possível escolha de Dunga está muito mais para organograma e alinhamento com os dirigentes, conside-rando-se as características exigidas para o cargo. Currículo magro, pouca experiência no Brasil e nenhuma no exterior, durão, turrão e avesso a entrevistas. Voltando ao mundo corporativo, sua escolha causaria queda nas ações, as quais tendem a refletir a expectativa dos acionistas com o futuro da corporação. Como já dizia o ditado: “não há nada tão ruim que não possa piorar”.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

MARCOS MORITAmestre em Administração de Empresas

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

FALE COM A GENTE

Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

Rádio - Coordenação: 3455.4535Atendimento ao assinante: 3055.3073

ou 9971.6364

E-mails:[email protected]

[email protected]@radiorainha.fm.br

Sites:www.jornalsemanario.com.br

www.radiorainha.fm.brRepresentante em Porto Alegre

Grupo de DiáriosRua Garibaldi, 659, Conjunto 102

Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595e-mail: [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

Registro Prof. DRT 3321

Somos filiados à ADJORI / RSEste jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve

originais que não foram publicados.

EXPEDIENTE

Siga-nos no Twitter:@jsemanario

Curta a fan-page:on.fb.me/jsemanario

Leia também no nosso site:www.jornalsemanario.com.br

Semanário na Internet

Estagnação econômica: de quem é a culpa?Editorial

Não é novidade que a maioria dos setores econômicos de Bento Gonçalves tem passado por dificuldades. Não atingiram as expectativas propostas no início do ano, por mais baixas que fossem. Não há pedidos, nem recursos suficientes para manter os funcionários, há dificuldade de manter os empregos e há estoques parados. Mas as complicações não terminaram por aí, mais demissões estão previstas e parece que não há com evitá-las. E não é só no município, o país inteiro está enfrentando esta situação com-plicada. E ainda, os gráficos tendem a descer cada vez mais.

Essa pseudocrise já estava prevista antes: seria ano de Copa do Mundo e ano de elei-ções, então era um ano perdido. Mentira. Eleições nunca foram sinônimos de grandes estagnações econômicas, tampouco grandes eventos esportivos. Os jogos Panamericanos foram sediados no Brasil em 2007, em um ano em que a economia era estável e milhares de empregos estavam sendo gerados. A ver-dade é que poucas pessoas têm conhecimen-to sobre o modelo econômico instaurado no Brasil nos últimos anos e que este sim é o verdadeiro causador desta situação.

Neste mesmo período, em 2007, o mundo estava em crise e a promessa de milhares de empregos precisava ser cumprida. A medida para chegar nesse resultado foi a liberação descon-trolada de crédito para inovações e modernizações. Sem con-tar a liberação de créditos para as pessoas físicas e as facilida-

A culpa dessa difi-culdade econômi-ca não foi da Copa

do Mundo e não será das eleições. O problema está

com o modelo eco-nômico do Brasil

des de pagamentos com parcelamentos em mais de dez vezes. O resultado foi um consumidor endividado, as indústrias com os estoques cheios e a inflação subindo.

Os cidadãos não são obrigados a saber que quando o consu-mo é muito alto, a inflação também tende a subir, mas quem teve a genial ideia de liberar créditos durante uma crise mun-dial deveria ter o mínimo de conhecimento econômico e ter

previsto as consequências que viriam mais tarde. Foi um investimento em crescimento mentiroso com políticas de improviso, fazen-do com que as indústrias ficassem reféns do BNDES e do restante do governo. Que plane-jamento econômico é este que facilita o poder de compra em um momento, sabendo que mais tarde, com a renda comprometida não existe a possibilidade de se manter? Agora, a falta de infraestrutura e a alta burocracia são itens que somam ainda mais neste problema.

Está mais do que na hora de as pessoas pararem de tratar o seu país com descaso e desprezo. “Não vou votar porque não in-

fluencia nada em minha vida”. “Não vou me preocupar com as crises exteriores, tampouco com o histórico dos candidatos nos quais irei votar já que isso não influencia na minha vida” Influencia. E muito. Talvez não em curto prazo e nem drasti-camente, contudo, a retenção financeira que as pessoas estão vivendo é resultado de escolhas feitas no passado e o preço a ser pago está sendo mais alto do que o estimado.

Sábado, 26 de julho de 20142 Opinião

Page 3: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Painel

As demandas de haitianos, ganeses e senegaleses que chegam à Serra Gaúcha se-rão ouvidas pela Justiça Fe-deral de Bento Gonçalves no próximo dia 2. A juíza federal Luciana Dias Bauer (foto) vai presidir uma audiência públi-ca marcada para as 10h, na sede do judiciário federal.

Os imigrantes também vão receber orientações sobre serviços referentes à esfera federal. Além disso, serão en-caminhados para buscar au-xílio junto aos órgãos compe-tentes. Um servidor público estará disponível para casos em que houver a necessida-de de tradução para o fran-cês. Hoje, há registro de mil haitianos morando em Bento Gonçalves.

Justiça Federal vai auxiliar imigrantes

Sábado, 26 de julho de 2014 3

Painel

E agora, quem vão ser os vencedores nas urnas?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

LUAN

A M

. PAIM

CRISTIAN

O M

IGO

N

Supermercado Andreazza vai reabrir

Vão começar as obras no Museu

O Supermercado Andreazza está liberado para abrir suas portas novamente. Fechado desde novembro do ano passa-do, através de ordem judicial, o estabelecimento está apto para retomar suas atividades. Se-gundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômi-co, Neri Mazzochin, foi conce-dido o habite-se e também o alvará de funcionamento do local. Mazzocchin revela que as questões relativas ao meio am-biente também estão regulari-zadas pelo supermercado. A di-reção do Andreazza ainda não definiu quando será a reaber-tura do supermercado. Ontem à tarde os diretores estavam reunidos, porém, até o fecha-mento desta edição, a data não tinha sido comunicada.

CNH Social contempla 40 de Bento

As obras de restauro do Mu-seu do Imigrante em Bento Gonçalves iniciaram. A pri-meira etapa corresponde ao restauro das esquadrias. O ser-viço está sendo executado pela Cavalet Esquadrias, empresa com experiência em restauro e vencedora do processo licita-tório. Enquanto as esquadrias encontram-se em processo de restauro, o arquiteto respon-sável pela obra está realizando a readequação do orçamento do projeto, defasado em fun-ção do tempo transcorrido da aprovação via Lei Rouanet. So-mente após o estudo será pos-sível prosseguir com as etapas posteriores.

O trabalho nesta primeira etapa abrange uma interven-ção minuciosa. As esquadrias serão fotografadas, catalo-gadas e retiradas para serem submetidas a um processo mecânico de remoção das su-cessivas camadas de tinta. As peças comprometidas serão substituídas por novas, de mesmas dimensões e tipologia, mantendo suas características originais e posteriormente, as janelas serão recolocadas.

A lista que contém os nomes dos ganhadores da CNH Social foi divulgada na terça-feira, 22. O programa contemplou sete mil gaúchos, dentre eles, 40 bento-gonçalvenses também foram beneficiados.

Os selecionados pelo programa estão isentos do pagamento de todas as taxas para os serviços de habilitação, devendo se apre-sentar entre os dias 22 de julho e 8 de agosto no CFC em que efetuou a inscrição.

HUMOR Moacir Arlan

Page 4: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 20144 Opinião

[email protected]

Propinoduto?Essa matéria foi divulgada no site da

Rádio Guaíba de Porto Alegre, no dia 23 de julho de 2014, às 16h15min. Ei-la: “A Promotoria de Justiça Especializa-da Criminal de Porto Alegre e a Pro-motoria de Justiça de São Luiz Gon-zaga denunciaram hoje cinco pessoas, incluindo um ex-prefeito, pelos delitos de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no município das Missões. O Ministério Público apurou que Vicente Diel, um ex-secretário de Obras e um ex-assessor jurídico, todos filiados ao PSDB, recebiam, com regularidade, vantagens indevidas do responsável pela empresa Engesa, contratada pela Prefeitura para a prestação dos servi-ços de coleta, transporte e destino final do lixo. A empresa ainda mantém con-trato com o município.”

Será?E segue a matéria: “Além disso, para

as propinas pagas pelos empresários não ingressarem, diretamente, nas contas dos ex-servidores, um opera-dor financeiro (laranja) fazia o depó-sito dos valores nas contas pessoais ou das empresas dele para, depois, repassá-los aos denunciados ligados à Prefeitura. De acordo com o promo-tor criminal Flávio Dutra, o contrato era de R$ 135 mil por mês e a propina era de cerca de 15% desse valor. Ele explica que, em duas ocasiões, o ope-rador recebeu o pagamento em che-que e efetuou uma transferência em dinheiro das contas dele e da esposa. A investigação começou em 2012, a partir de irregularidades apuradas na licitação dos serviços de abaste-cimento de água e esgoto sanitário em São Luiz Gonzaga, na chamada Operação Guarani. O MP mantém em sigilo detalhes do processo, que corre em segredo de Justiça”.

AntônioFrizzoOs favoritos

A uma pesquisa breve se constata que esse problema é recorrente. E o mais inacreditável é que, mesmo com tan-tas denúncias, tantas gravações, tantas ações do Ministério Público e da justiça, os ladrões e corruptos não se emendam, continuam roubando e aparecendo no-vos larápios diariamente. Importante salientar-se que, pelo jeito, os dutos fa-voritos dos ladrões do dinheiro público estão nas obras públicas e no transporte do lixo. Claro que não é só nisso, mas principalmente nisso. A grande per-gunta é, portanto: por que essas falca-truas continuam em grande parte dos municípios, estados e União? Simples: porque nossa legislação é pífia, ridícula e raramente se vê esses corruptos con-denados e presos. É urgente, pois, uma total reforma na legislação brasileira, a começar pela CONSTITUIÇÃO ridícula que temos. A impunidade é o que impul-siona essa cambada de ladrões que as-sola os cofres públicos. Culpa de quem? No meu entender, da população que não cobra, que não exige dos políticos em quem vota atitudes concretas no sentido de mudar esse estado de coisas.

Que legislação é essa?Esta semana tivemos vários exemplos

do quanto nossas leis são ridículas. Os bandidos mascarados que provocaram vandalismo, quebrando patrimônio pú-blico e privado, inclusive incendiando com coquetéis molotov, foram presos e colocados em liberdade. Houve até políticos os defendendo com unhas e dentes, alegando “a livre manifestação democrática”, o que, obviamente, ficou anos-luz distante de serem assim en-quadrados os atos de vandalismo deles. Por que isso aconteceu? Porque a legis-lação é um escândalo. Em Caxias do Sul, a BM prendeu um fora-da-lei QUATOR-ZE vezes. Por quê? Elementar: a legisla-ção permite isso.

ÚLTIMASPrimeira: A homenagem

prestada pela Câmara de Verea-dores, por indicação do vereador Clemente, que concedeu o título de “Cidadão Bento-Gonçalvense” ao Senhor José Alcides Munhoz, diretor do Bradesco, foi justíssi-ma. Parabéns da Coluna a todos os que a concederam;

Segunda: Na sexta-feira, dia 18, a ASCON Vinhedos promo-veu o III Meeting da Construção, com dois renomados palestran-tes. Chamou-me a atenção o fato de terem começado falando de “falta de perspectivas para o setor” e finalizado mostrando números de considerável cres-cimento em 2014. Confesso que não entendi;

Terceira: Achei interessante, também, as chamadas de capa do Jornal Semanário desta quar-ta-feira. Uma manchete dizia: “Semestre fecha com queda de 35%”. Referia-se ao faturamento das indústrias do ramo metalme-cânico;

Quarta: A outra manchete dizia: “Empregos: Saldo positi-vo no 1º semestre”. E na matéria mostrava estatística que dava conta do crescimento de 1043 empregos criados, com 1,57% na indústria de transformação. Faturamento cai e empregos so-bem. Prova de que há diferenças significativas entre os diversos setores industriais. Vale a pena ler as matérias;

Quinta: Administração Pasin fazendo intensa “operação tapa--buracos” nas ruas asfaltadas da cidade. Ele me disse que isso era paliativo e que as ruas deverão ser alvo de recapeamento signi-ficativo. Muito bom, Prefeito! A população motorizada agradece;

Sexta: Esportivo, que rever-teu os 9 pontos perdidos para 3; a multa de 30 para 60 mil reais e eliminou a perda de mandos de campo, está de prontidão para acompanhar o “Caso Passo Fun-do” para permanecer na primeira divisão;

Sétima: Hoje é dia de Inter contra o Bahia na Fonte Nova. Mais três pontos para o Inter somar. O Grêmio, amanhã, terá a obrigação de somar também três pontos contra o Coritiba, na Arena. Nem se pode pensar dife-rente, certo?

E têm mais...Nesta terça-feira, o Conselho Gestor do Fun-

do Municipal de Desenvolvimento Integrado (recursos oriundos de Área de Terreno Adicio-nal Referencial – ATAR), reunido, decidiu, por unanimidade, aprovar a liberação de verbas do Fundo: R$ 90.000,00 para compra de equi-pamentos complementares às academias de saúde nas praças públicas; R$ 15.800,00 para serviços de sondagem do terreno do Centro de Iniciação ao Esporte; R$ 250.000,00 para pagamento de desapropriação de terreno para construção do Ginásio Poliesportivo no Tan-credo Neves/Conceição e INACREDITÁVEIS R$ 32.718,06 para a aquisição e instalação de fios e cabos de cobre na subestação de energia elétrica da UPA. Sabem o porquê dessa ver-ba na subestação da UPA? Porque os cabos e fios FORAM ROUBADOS. Dá para acreditar nisso? Afinal, QUEM COMPRA esses cabos e fios? Sim, porque eles só são roubados porque há quem os COMPRE, da mesma forma que DVD’s, carros, peças de veículos, etc. A legisla-ção é ridícula e esses crimes passam impunes. Até quando, senhores deputados e senadores?

Há controvérsias!E muitas, diga-se de passagem. Falo nos ra-

dares móveis, largamente utilizados nos últi-mos dias pela polícia rodoviária. Sabidamente a Rodovia São Vendelino é pródiga em aci-dentes de trânsito, não raro fatais. Entretanto, não há elementos suficientes para se atribuir responsabilidades claras, seja aos motoristas, seja a quem deveria mantê-la em condições de trafegabilidade, seja a quem deveria sinalizá-la adequadamente (com estudos técnicos confi-áveis), inclusive com as placas de velocidade máxima. Na verdade é um somatório disso tudo. Mas, certamente, o atual método – en-viar multas EM CASA para quem ultrapassa as velocidades máximas, mesmo em locais onde elas estão flagrantemente fora da realidade – não é o mais adequado. De que adianta multar cadáveres? Sim, porque se um imbecil transita a 140 km/h e explode o carro contra uma famí-lia, deu né? Se ele tivesse visto o policial com o radar, certamente reduziria a velocidade. O assunto é controverso, sem dúvidas!

Page 5: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 5

Page 6: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 20146 Geral

Poder público negocia alternativas

As indústrias de pequeno e médio porte ganharão um

espaço importante para instala-ção de seus empreendimentos ainda este ano. A prefeitura ne-gocia com empresários da cidade e de fora do município e também com proprietários de terrenos para a instalação de um novo dis-trito industrial em Bento Gonçal-ves. O projeto terá seu início pelo

Distrito Industrial

Abertura de espaços para indústrias começará pelo bairro São Roque e deve se estenter por outras cinco áreas da cidade

Asfalto do PAC começa pelo bairro São Roque

MA

RCELO M

ACIEL

Região norte de Bento será a primeira a receber asfaltamento

Marcelo [email protected]

bairro São Roque e deve abrigar em torno de 15 empresas.

De acordo com o prefeito Guilherme Pasin, o objetivo principal é fomentar o surgi-mento de empreendimentos em novas áreas no município. O poder público está fazendo a intermediação para a aquisição de terrenos para a instalação de indústrias na cidade, bem como a expansão das já exis-tentes no município.

Pasin adianta que, além do

São Roque, o município está estudando cinco áreas em di-ferentes pontos da cidade para a implantação de empreendi-mentos industriais. Na quinta--feira, 24, houve uma reunião no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb) para uma nova rodada de dis-cussões e análises de áreas pró-prias para a exploração indus-trial. “Estamos trabalhando de forma silenciosa para evitar a especulação imobiliária. Um

aumento substancial dos pre-ços afastaria ótimas possibili-dades que já estamos conquis-tando”, destaca o prefeito.

Segundo o secretário mu-nicipal de Desenvolvimento Econômico, Neri Mazzochin, a ideia é diversificar as ativi-dades existentes no município. Uma delas é o setor de alta tecnologia, que vem crescendo constantemente e, de acordo com o secretário, já manifes-taram interesse em se instalar

Para atrair novas indús-trias para Bento Gonçalves, a prefeitura iniciará, de for-ma estratégia, o asfalmento das ruas da cidade, através do PAC 2, pelo bairro São Roque. Inicialmente, serão 10 ruas do bairro, localizadas em pontos estratégicos para a instalação de empresas. A li-citação deve ser encaminhada no início do mês de agosto.

De acordo com prefeito Gui-lherme Pasin, a primeira rua a receber o asfaltamento será o prolongamento da Aveni-da São Roque até o trecho de acesso à RSC-470, no bair-

em Bento Gonçalves. Neste setor estão pequenas e mé-dias empresas que trabalham com tecnologia de vanguarda e não necessitam de áreas muito grandes para realizarem suas atividades. “Atraindo empre-sas de alta tecnologia, pode-mos fazer um trabalho conjun-to com as grandes empresas que atuam em nossa cidade e poderão desenvolver novos projetos, em forma de parce-ria”, afirma o secretário.

ro Nossa Senhora da Saúde, compreendendo 1,8 quilôme-tro de pavimentação asfáltica. Além dela, serão asfaltados outros 3,7 quilômetros nas ruas Arlindo Franklin Barbo-sa, Vereador Loreno Mene-gotto, Angelo Marcon, Avelino Menegotto, Romulado Bas-so, Presidente João Goulart, Loudy Dall’Agnesi, José Ram-panelli e Alcides da Silva.

As áreas ficam próximas à igreja e à Faculdade Cenecis-ta e facilitam o acesso à RSC-470, o que favorece a logís-tica para as novas empresas que se instalarem na região.

Page 7: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 7

Page 8: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 20148 Geral

Estagnação econômica até 2015

O Brasil, de uma maneira geral está vivendo o fenô-

meno da estagflação, que nada mais é que a combinação de inflação alta com crescimen-to baixo. As estimativas gerais da economia das empresas de Bento Gonçalves, no primei-ro semestre deste ano, assim como no resto do país, não são boas. A maioria dos setores de produção teve declínio nos faturamentos e os administra-dores precisaram encontrar meios de evitar prejuízos e não demitir funcionários. A situa-ção difícil ocorre devido à fal-ta de pedidos e afeta também o consumidor final, que está com o poder de compra cada vez menor.

A economista e mestre da Universidade de Caxias do Sul, Monica Mattia, explica por que

Más notícias

Economista explica como Bento Gonçalves é atingida pela retração financeira do Brasil e diz não ter expectativa de melhora

DIVU

LGA

ÇÃO

Vitória [email protected]

Monica ressalta a proporção entre o consumo e a inflação

a economia do município, e de todo o restante do Brasil, che-gou a esse ponto.

Monica retoma a crise de 2008 e 2009 para relatar os fa-tos que se sucederam até hoje. Naquele período, o mundo estava em crise, havia dificul-dades financeiras afetando as exportações e os indicadores econômicos da época. Con-tudo, o governo brasileiro de-cidiu que era momento de o Brasil crescer para não sentir as dificuldades, já que as em-presas que dependiam de ex-portações teriam um grande declínio no faturamento. “O governo federal adotou me-didas econômicas anticíclicas (conjunto de ações governa-mentais voltadas a impedir, sobrepujar, ou minimizar, os efeitos do ciclo econômico), que consistem no aumento de crédito para as empresas. Por exemplo, as indústrias aqui

de Bento ganharam muitas fa-cilidades de crédito por meio do Banco Nacional de Desen-volvimento Social (BNDES), podendo fazer investimentos

e financiá-los em longo prazo”, destaca.

Outro objetivo das medidas anticíclicas era aumentar o po-der de consumo das pessoas, aquecendo as vendas em todos os setores. Com isso, os crédi-tos foram duplicados e libera-dos sem um grande controle para empresas e pessoas físi-cas. “Liberaram cartões de cré-dito para muitas pessoas, ha-via facilidades de pagamento, lançaram o Minha Casa Minha Vida e a classe média financiou mais do que deveria, compro-metendo a sua renda por muito tempo. Além da alta demanda, que fui suprida com muitas im-portações”, aponta.

Monica ressalta que o proble-ma de quando o consumo cres-ce sem controle, é que há uma alta também na inflação. “Neste período, o Brasil cresceu mais do que a média mundial, princi-palmente com a arrecadação do

Produto Interno Bruto (PIB), mas isso não pode acontecer porque a conta precisaria ser paga mais tarde”, completa. Se-gundo ela, nos anos que segui-ram, a classe média estava com apartamentos, carros outros imóveis financiados, as indús-trias tinham as primeiras par-celas dos financiamentos para pagar e a inflação crescia mais do que o previsto.

Mônica enfatiza que as me-didas que foram tomadas pelo governo fizeram com que as pessoas, de alguma forma, ficassem dependentes dele. “Há dois anos, a economia do Brasil já estava dando sinais de que isso iria acontecer, e os municípios seriam afetados quando as indústrias começas-sem a perder o faturamento. No entanto era um momento bom, de investimentos e cres-cimentos então não foi pensa-do nas consequências”.

Page 9: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Com a alta inflação, depois da crise econômica mundial de 2008 e 2009, medidas eco-nômicas restaurativas foram implantadas no Brasil para que o índice voltasse à norma-lidade. A economista Monica Mattia explica que estas me-didas impostas pelo governo consistem em dificuldade de liberação de crédito para as indústrias, que neste momen-to estavam com uma alta pro-dução e geração de estoque, e o controle do poder de compra da classe média, que já estava endividado. Isso gerou a atual situação financeira do país: a população sem poder de com-pra e as indústrias com o fatu-ramento cada vez mais baixo e o estoque cheio.

A economista ressalta que já era previsto um momen-to de dificuldades devido às consequências estimadas. “O remédio do controle da infla-ção é amargo e atinge, indi-vidualmente, cada pessoa. As indústrias estão vivendo uma situação dramática por não

Medidas restaurativas

“As indústrias estão vivendo uma situação dramática”

CRISTIAN

O M

IGO

N

Até o final do ano, o momento é de economizar e comprar com cautela

Sábado, 26 de julho de 2014 9Geral

conseguir manter sua equipe. A maioria delas está evitando ao máximo, mas as demissões serão inevitáveis”, estima. Tão cautelosos quanto os empre-sários, devem ser os consu-midores, segundo ela, agora é um momento de espera e pla-

nejamento para evitar pioras.

Sem melhora no curto prazo

Mesmo com a expectativa de vendas de final de ano, Moni-ca diz que não se devem espe-

rar grandes vendas de Natal. “No final do ano sempre há um aumento de vendas devido ao período do Natal, mas nem estas estimativas estão altas. Talvez haja sim mais compras e uma pequena recuperação do restante do ano, mas esto-ques não devem ser feitos para esperar uma grande venda”, coloca. Ela diz que os comer-ciantes, normalmente, fazem os pedidos para o final do ano até o mês de setembro e que as indústrias têm outubro e no-vembro para a produção dos pedidos, entretanto se até este período não chegarem novas solicitações de produção nas fábricas, as estimativas cairão ainda mais.

Apesar de uma possível me-lhora no final do ano, a espe-cialista prevê o ano de 2015 como de reversão e retoma-da. “Para o próximo ano vejo uma situação semelhante à de 2014, mas talvez com mais possibilidades de pequenos crescimentos. Será um ano de recuperação e dos primeiros

passos para a volta dos altos índices de todos os setores”, coloca.

Ações depois das eleições

No entanto, ela enfatiza que o resultado das eleições determinará o futuro econô-mico do Brasil. “Precisamos esperar o resultado das elei-ções para ver quais medidas econômicas serão instaura-das pelo partido que tomará a presidência, mas será neces-sária uma atenção especial e a busca por soluções concretas, não a implantação de mais política de improviso”, apon-ta. Porém, apesar de todos os indicativos negativos e estag-nados, a economista diz ter esperança se decisões corre-tas forem tomadas. “O Brasil pode ser um país que vai dar certo, um país do presente, desde que tenha a consciência de que a dependência do seu estado não é saudável para o seu crescimento”.

Page 10: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201410 Geral

Casa das Artes

Oficinas à espera de alunosSegundo dados da Secretaria de Cultura, fundação tem 53 cursos disponíveis, mas apenas 532 pessoas matriculadas

Na quinta-feira, 24, a Secre-taria de Cultura apresen-

tou um balanço das ações que foram realizadas neste primei-ro semestre e do que está sen-do projetado para os próximos meses. Na apresentação, um dado chamou a atenção: são 53 oficinas oferecidas pela Funda-ção Casa das Artes, mas apenas 532 alunos estão matriculados, enquanto a instituição teria capacidade para atender pelo menos o dobro.

Conversando com a popula-ção da cidade, percebe-se que a maioria não sabe da existência dos cursos oferecidos. “Sei que existe a fundação, mas não sei se é gratuito. Acho que deveria ser mais divulgado”, disse o professor de Educação Física Paulinho Tumelero.

O fato também foi destacado

Silvia [email protected]

No local, são oferecidos todos os instrumentos para as aulas de música

pelo prefeito Guilherme Pasin. “Precisamos divulgar nossas ações, pois a capacidade que temos é grande. O investimen-

to e estrutura física nós temos, precisamos é de alunos. Essa casa de forma alguma deve ser elitizada, pois foi construída

com dinheiro de todos, e todos devem utilizá-la. Daí sim nós vamos conseguir fazer com que nossos talentos sejam apresen-tandos para o povo”.

O secretário de Cultura, Jo-vino Nolasco de Souza, tam-bém ressaltou que promover os talentos locais é o príncipio da secretaria. Segundo ele, o maior problema para a bai-xa procura está relacionado à pouca divulgação das infor-mações sobre os cursos ofere-cidos. “É um trabalho árduo e estamos começando a fazer isso agora, ainda não con-seguimos divulgar a fundo. Hoje, temos algumas oficinas que o pessoal nem imagina que oferecemos, desde balé clássico até hip-hop”.

A Casa das Artes oferece cur-sos no prédio da fundação, no bairro Planalto, com horários estendidos para as oficinas das 8h às 22h30min, sem fechar ao

meio-dia. A fundação também funciona nos finais de semana.

Para quem mora em bair-ros mais distantes do Centro e não tem como se locomover até o local, a secretaria tam-bém realiza oficinas itineran-tes em vários locais da cidade, conforme a demanda. “Leva-mos o professor até o local. A distância não é empecilho para não se matricular. Nós temos grupos de teatro, por exemplo, em oito escolas da cidade, mas esse ainda é um número pequeno, poderia ter bem mais”, diz Nolasco.

Jovino também ressalta que para participar das oficinas de música não é preciso comprar o instrumento. “Nós oferece-mos tudo aqui e também não é preciso saber tocar. Se alguém tem interesse, nós queremos incentivar isso. Não é porque não tem dinheiro que não pode aprender”.

CRISTIAN

O M

IGO

N

Page 11: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Algumas das oficinas oferecidas

Ballet Clássico InfantilTeatro de InclusãoXadrezVimeFotografiaMusicalização InfantilFlauta DoceViolão PopularBaixo ElétricoTeatro Inf. / Jovens e AdultosCinema DigitalPercussão-ZiriguidumProd. de Vídeo-Foto CelularBaú MágicoPianoBateria (Básico e Interm.)Violão PopularAcrílico Sob TelaDanças UrbanasDesenho ArtísticoGraffitiTécnica VocalViolinoPonta CabeçaTecladoGuitarraArte & VidaItaliano

Além destas oficinas, é possível se inscrever na Banda Munici-pal e na Banda Marcial.

Nos distritos de Faria Lemos, São Pedro, Vale dos Vinhedos e Tuiuty, são ofertadas aulas de artesanato com vime.

Para quem não tem como se locomover à Casa das Artes, tam-bém são realizadas oficinas itinerantes nos bairros da cidade.

Sábado, 26 de julho de 2014 11Geral

Segundo o secretário Nolas-co, as oficinas realizadas na Casa das Artes também são importantes, pois podem ser realizadas no contraturno es-colar. “Temos cursos para to-das as idades, mas com jovens sempre é mais incisivo, porque assim não ficam nas ruas e ga-nham uma ocupação. Isso aju-da a afastar das drogas”.

O juiz da Infância e da Ju-ventude, Rudolf Carlos Reitz, avalia que as oficinas também podem ser uma ferramenta de reinserção escolar. “Me interes-sei, pois acho que precisamos utilizar esse recurso para os casos de evasão escolar. Com a possibilidade de encaminhar esses alunos para a Casa das Artes, podemos talvez desper-tar o interesse dele em outra atividade e, quem sabe, até isso o incentive a voltar à escola”.

Além de maior divulgação dos cursos, o secretário desta-cou que é preciso mais apoio e incentivo da própria comunida-de. “A cultura é uma coisa mui-to elitizada. Ainda existe a ideia de que é coisa de rico, pois até um tempo atrás realmente era. Mas hoje é tudo gratuito. Se al-

guém, em qualquer comunida-de de Bento, quer mostrar seu talento, nós oferecemos todo o material para isso. Temos mui-to pouco alunos, precisamos do apoio de todos”.

Novidades

para o semestre

Para resgatar o trabalho colonial, estão sendo desen-volvidas oficinas no interior. A ideia é valorizar a cultu-ra e não deixar os costumes desaparecerem.

Por enquanto, são ofertadas aulas de artesanato com vime nos quatro distritos de Ben-to Gonçalves: Faria Lemos, São Pedro, Tuiuty e Vale dos Vinhedos. A oficina já tem 50 pessoas matriculadas e será ministrada por agricultores das comunidades.

“É para pessoas de todas as idades. Queremos promover outra de artesanato com palha, mas estamos com dificuldades para achar professores. Esta-mos indo em cada comunidade conversar com os interessados, é um trabalho bem aprofunda-do”, diz Nolasco.

Aulas acontecem também nos finais de semana e durante o meio-dia

CRISTIAN

O M

IGO

N

Atividades podem ser realizadas no contraturno escolar

Page 12: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201412 Geral

As etapas do trabalho

Entre as ações realizadas, foi feita a individualiza-ção das matrículas (que inclui também ruas, praças e escolas), o auto de demarcação e o parcelamento do solo, sendo necessária a realização de todo o pro-cesso, que consiste na regularização fundiária desde

o início. De acordo com o secretário-ajunto da SE-MHAS, Jober Lima, após o trabalho voltado aos lo-tes, as ações também terão como foco às residên-cias em situação informal. O programa Regulariza Bento está baseado na Lei Federal n° 11.977/2009.

Francine [email protected]

A esperança de conseguir a escritura do lote onde

reside com a família já não fa-zia mais parte do dia a dia de Marta Marini Pereira, de 50 anos. De acordo com a dona de casa, que mora na rua Ar-naldo Frederico Audibert, no Vila Nova II, há cerca de 15 anos, o terreno foi comprado, mas não tinha essa documen-tação. Quando já não espera-va mais, ela recebeu a infor-mação que poderia ficar com os papeis em dia por meio do programa Regulariza Bento. No mesmo bairro de Marta,

em média, 315 terrenos pas-saram a ter um número de matrícula e, os proprietários, a legitimação de posse. A es-critura deve ser entregue em até cinco anos.

Segundo o secretário-adjun-to da Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social (SEMHAS), Jober Lima, o tra-balho, que regularizou todos os lotes no Vila Nova III, está adiantado no Borgo, Zatt II e Nossa Senhora da Saúde. A le-gitimação de posse dá ao mo-rador, conforme Lima, direi-tos como a venda do terreno e a possibilidade de conseguir financiamentos, além da valo-rização do lote pelo fato do ci-

dadão ter um comprovante de que é o proprietário.

A documentação que tem em mãos, para Marta, é con-siderada uma segurança e ela afirma que não se importa em ter que pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que, segundo Lima, terá valor reduzido por se tratar de um loteamento de interesse social. “Agora, nin-guém vai me tirar de dentro de casa”, comemora ela.

Em Bento Gonçalves, de acordo com dados da SE-MHAS, são cerca de três mil famílias que residem em locais irregulares em loteamentos de interesse social. Marta, que mora no Vila Nova II, agora, tem documentação em mãos

CRISTIAN

O M

IGO

N

Regulariza Bento

Sonho da casa própria mais próximoBeneficiados pelo programa recebem legitimação de posse de terreno e, em um prazo de cinco anos, terão a escritura

Page 13: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 13Geral

Uma das estruturas indicativas pode serencontrada pelos turistas no Barracão

Sinalização turística

Definições partem de reuniãoDatas e detalhes sobre a instalação de placas em Bento devem ser decididos em encontro na próxima semana

Francine [email protected]

Os prazos e detalhes do trabalho de instalação das 133 placas de

sinalização turística de Bento Gon-çalves devem ser definidos em uma reunião que será realizada na quinta, 31, ou na sexta-feira, 1º de agosto, na próxima semana.

O encontro reunirá representantes da Secretaria de Turismo do municí-pio e da empresa que venceu a lici-tação. As estruturas devem ser ins-taladas tanto no perímetro urbano, quanto na zona rural.

De acordo com o secretário de Tu-rismo de Bento, Gilberto Durante, das 133 placas, 126 são oriundas de um projeto do Ministério do Turismo, com contrapartida do município. Des-tas, 42 serão instaladas em rodovias e 84 na cidade. As outras 7 são oriun-das de outro projeto com recursos da Secretaria de Turismo do Estado, contando também com recursos mu-nicipais.

Projetos em andamento

Na rota rural Encantos de Eulália, de acordo com Durante, foram instaladas 14 placas de sinalização turística. Todas com recursos do município. O trabalho foi concluído no início da semana que pas-sou e os resultados começam a aparecer. Conforme Aldiane Bianchi Megiolaro, presidente da Associação Turística Linha Eulália, foi registrado um aumento no movimento de visitantes no roteiro du-rante o final de semana em que as estru-turas já tinham sido instaladas. A expec-tativa é que o fluxo de turistas aumente ainda mais. “ Ajuda muito na visibildade de nosso roteiro”, afirma Aldiane.

Para ela, a colocação de placas pro-porciona uma impressão de organização e planejamento, além do fato do turista não perder tempo precisando procurar as localizações dos passeios.

Outro projeto que contempla o mu-nicípio também com 14 placas é resul-tado de um convênio assinado entre a Associação de Turismo Serra Nordeste (Atuassera) e o Governo do Estado do

Rio Grande do Sul. O projeto, que conta com investimen-

tos adquiridos por meio da Consulta Po-pular de 2010, engloba a instalação de placas em rodovias com indicações de ro-teiros, como por exemplo, do Caminhos de Pedra. Para a turismóloga do destino turístico, Josirene Crestani, essa ação é uma forma de atrair a atenção dos turis-tas para que aproveitem os destinos.

De acordo com ela, esse trabalho é importante para quem visita o municí-pio, para o Caminhos de Pedra e tam-bém para a mobilidade urbana, fazen-do com que as pessoas não precisem entrar na cidade para chegar até seus destinos na zona rural.

Para orientar os visitantes, segun-do Durante, é realizado um trabalho variado de divulgação dos pontos tu-rísticos. “A informação para o visitan-te e para a comunidade é de extrema importância. Através de materiais, da sinalização turística e dos Centros de Atendimento ao Turista (Cats) procu-ramos atender essa demanda do públi-co de diversas formas”, ressalta.

CRISTIAN

O M

IGO

N

Page 14: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201414 Geral

Indústria moveleira não atinge faturamento esperado no semestre

A indústria moveleira de Ben-to Gonçalves encerrou o pri-

meiro semestre com números abaixo do previsto. O endivida-mento das famílias, a recessão do mercado no país e as linhas de créditos – que não atingem a todos – são alguns fatores in-fluenciadores na queda de 2,7% nas exportações do polo.

De acordo com o presidente do Sindmóveis, Henrique Tec-chio, este é um dos problemas que a entidade está enfrentan-do. De janeiro a maio, apesar de ainda estar positivo, o fatu-ramento nominal caiu 3,9% em relação ao mesmo período de 2013 e a fabricação de móveis teve um dos piores desempe-nhos entre todas as indústrias pesquisadas pelo IBGE.

Apesar do momento delicado, Tecchio afirma que o Sindmó-veis deve se concentrar em to-das as questões que envolvem o setor moveleiro. “Os projetos na área internacional continuam, bem como os planejamentos com a Orchestra Brasil e com as duas feiras que são nossos principais produtos, a Movelsul e a Casa Brasil”. O presidente ainda acrescenta que a pauta mais quente dentro da entida-de, atualmente, é a fiscalização que será feita pelo Sitracom no polo moveleiro da região, para conferir se as indústrias estão cumprindo as Normas Regula-mentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o

Polo em queda

A situação econômica do país e a retração do mercado afetaram as fábricas de móveis de Bento Gonçalves. Mesmo sendo positivo, o crescimento no setor foi menor que o previsto e as importações e exportações tiveram queda significativaJEFERSO

N SO

LDI/SIN

DM

OVEIS, D

IVULG

AÇÃ

O

Luana [email protected]

“A fabricação de móveis teve um dos piores desempenhos entre as indústrias”, afirma Henrique Tecchio

ambiente de trabalho.Para Tecchio, o polo movelei-

ro de Bento Gonçalves é um dos principais do Brasil, e o Sindmó-veis representa esse setor. “Nossa missão é integrar o polo, unificá--lo. Vamos retomar a verdadeira grandeza da indústria moveleira da região”. De acordo com o pre-

sidente, o setor moveleiro repre-senta 50% do PIB do município. A economia de Bento Gonçalves gira em torno deste segmento, que emprega aproximadamente 11 mil pessoas diretamente. Os outros 50%, segundo Tecchio, estão bem distribuídos entre as demais áreas produtivas da ci-

dade, como, por exemplo, metal mecânico, plástico, vinícolas, tu-rismo, entre outros.

A indústria moveleira nunca deixou de crescer e o empresário nunca deixou de investir, prin-cipalmente no polo moveleiro, que é altamente tecnológico, po-rém, este investimento está em

níveis menores, se for compa-rado com antigamente, de acor-do com o presidente. “Devido à atual situação econômica no país, que não é propícia, a con-fiança do empresário em relação às políticas públicas está abala-da. Isso influencia em tudo. É uma cadeia. Se a indústria aqui não investe em tecnologia, o for-necedor de máquinas também não vai conseguir vender seus equipamentos e assim por dian-te. Tudo é afetado”, explica.

Ao ser questionado sobre a mão de obra na rede movelei-ra, Tecchio afirma que há muita concorrência por trabalho quali-ficado, em função da diversida-de de setores em Bento. O Senai é uma peça fundamental nisso tudo, segundo o presidente. “Uma lacuna muito importan-te é preenchida pelo Senai, que muitas empresas não conse-guem atender. Que é um treina-mento técnico, bem específico, qualificando os jovens que estão iniciando uma carreira dentro do setor econômico”.

Um dos objetivos de Henrique Tec-chio, em sua gestão à frente do Sindmó-veis é finalizar o projeto da nova sede. O local já foi definido: terreno do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC), situado ao lado da Fundaparque. “Este terreno é estrategicamente muito bem localizado, tanto o CIC quanto o Sind-móveis possuem feiras no parque, o que

facilitaria nossos planejamentos”.O projeto está sendo desenvolvido junta-

mente com o CIC. De acordo com Tecchio, reuniões são feitas semanalmente com as duas diretorias. “Estamos ainda no come-ço, tratando das questões burocráticas que envolvem a documentação necessária. Já temos orçamento do projeto e tudo está andando num bom cronograma”.

Quando questionado sobre prazos para a construção, o presidente nega a existência de uma meta. “O que temos é um sonho de ver a sede pronta até o final de 2015, porém, neste ano, já queremos iniciar alguma atividade no terreno, pois o CIC está completando 100 anos e seria um grande passo para as duas entida-des”, afirma.

Projetos com o CIC

Page 15: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Indústria moveleira não atinge faturamento esperado no semestre A situação econômica do país e a retração do mercado afetaram as fábricas de móveis de Bento Gonçalves. Mesmo sendo positivo, o crescimento no setor foi menor que o previsto e as importações e exportações tiveram queda significativa

A Fundaparque foi criada para resolver um problema de infraestrutura do parque público. De acordo com Tec-chio, da forma como o lugar estava sendo administrado não havia como atender o mí-nimo necessário para que as feiras pudessem ser realiza-das lá. Então, essa fundação foi criada, juntamente com diversos setores da economia.

Segundo o presidente do Sindmóveis, é de conheci-mento geral que a Funda-parque está passando por problemas financeiros, após perder a ação do acidente que ocorreu dentro do par-que, no qual uma pessoa ficou tetraplégica. “Sem di-nheiro é difícil manter o par-que, mas o setor moveleiro sempre avalizou e sempre esteve ao lado da Fundapar-que, inclusive com grandes investimentos”, afirma.

Apesar da infraestrutura fragilizada, o parque não está impossibilitado de re-ceber feiras, de acordo com Tecchio, mas, sempre que um grande evento é realiza-do, é necessário fazer repa-

Os problemas da Fundaparque

ros. “Para falar a verdade, o parque não está de acordo com o que gostaríamos, po-rém, sabemos que está muito melhor hoje, do que quando era com gestão pública”.

O Sindmóveis faz parte do conselho superior do Fun-daparque, porém, de acordo com o presidente, o conselho consultivo é formado por ou-tras pessoas. “Embora eu con-corde com a questão da fun-dação, penso que o modelo de gestão deva ser melhorado. Mas não para gestão públi-ca. Qualquer compra exigiria a abertura de licitação, o que tornaria tudo um grande pro-cesso burocrático”.

Para Tecchio, uma solução para esse problema seria fazer uma união de esforços entre diversos setores da economia para encontrar uma forma de auxiliar a Fundaparque. “Não só o Sindmóveis, Simmme, ou CIC, mas sim, todos jun-tos, inclusive a prefeitura, que é detentora do parque, e a diretoria da Fundaparque. Penso que seja impossível não achar uma solução. É só buscar por algo maior”.

Sábado, 26 de julho de 2014 15Geral

Recentemente, Tecchio as-sumiu uma nova diretoria na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). De acordo com o novo dire-tor, dentro da Fiergs o leque aumenta muito, a abrangên-cia dos temas é muito gran-de. “Já tive a oportunidade de participar de uma reunião de diretoria. O que preciso fazer

Tecchio assume diretoria da Fiergsagora, antes de qualquer coisa, é me inteirar do que está em pauta na entidade, para saber onde podemos atuar e quando atuar”. Tecchio ainda afirma que pretende levar os inte-resses do Sindmóveis para o Fiergs, a fim de reforçar o setor moveleiro de Bento Gonçalves.

De acordo com Tecchio, a Fiergs tem uma linha muito

aberta de diálogo com a Con-federação Nacional da Indús-tria (CNI), inclusive possui uma cadeira na confederação. “Trataremos de assuntos mais abrangentes, como simplifica-ção tributária, questões traba-lhistas, tecnologia, inovação e qualquer outro assunto que ve-nha a onerar ainda mais o nos-so setor moveleiro”, finaliza.

Henrique Tecchio afirma que Bento Gonçalves não para de crescer

O presidente mais jovem da história do Sindmóveis, Henri-que Tecchio, 36, é graduado em Administração de Empresas e tem MBA em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O executivo da Bentec atua em entidades empresariais de Bento Gonçalves desde 2008, quando foi nomeado diretor internacio-nal do CIC e presidente da mes-ma entidade em 2010 e 2011.

Para Tecchio, Bento Gonçal-ves é uma cidade em constan-te crescimento e que já teve a oportunidade de testar todos os grandes partidos políticos em sua gestão. “Sabemos que faz um ano e meio que o atual prefeito está à frente da cidade, também temos conhecimento das dificuldades que ele en-

Dificuldades na mobilidade urbana

frentou nesse período. Estamos solicitando algumas questões, principalmente na mobilidade urbana e na falta de áreas para construir indústrias”. Tecchio

afirma a necessidade de uma política que dê mais impor-tância para essas questões de áreas, de benefícios e de isen-ções na área industrial.

LUAN

A PA

IM

Page 16: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201416 Geral

CARVI realiza visitas orientadas a alunos Mais de 700 alunos

do 3º ano do Ensino Médio das escolas de Bento Gonçalves e re-gião participaram de visitas orientadas no Campus Universitário da Região dos Vinhe-dos, em Bento Gonçal-ves. Durante a visita, os alunos tiveram con-tato com professores, acadêmicos e funcio-nários, conheceram a estrutura da unidade universitária, como os laboratórios, a biblio-teca, a Rádio UCS, as oficinas e as salas de apoio. Além disso, re-ceberam informações sobre os cursos de gra-duação que são minis-trados no Campus e conheceram um pouco mais sobre as profis-sões que envolvem os cursos da UCS.

Entre os alunos, es-tavam Julia e Luisa Fer-reira Guedes, 16 anos, do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Esta-dual Visconde de Bom Retiro, em Bento Gon-çalves. O diferencial da dupla é que são irmãs

FOTOS CLAUDIA VELHO / PAULA LARENTIS ZWIRTES

Alunos acompanham visitas orientadas no Campus Universitário da Região dos Vinhedos

gêmeas e querem cursar Ciências Contábeis. O in-teresse pela área surgiu na vontade de seguir o negó-cio do pai – que é proprie-tário de uma loja – e pela facilidade com os núme-ros. “Queremos dar conti-nuidade à loja da família. No futuro, ainda queremos ser as melhores da área”, contam.

As gêmeas integraram a turma que visitou o Cam-pus Universitário da Região dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, no dia 15 de julho. Acompanhados da professora de Química, Kelly Karine Cardoso Vivan, os alunos fizeram um tour para conhecer a estrutura dos laboratórios do Cam-pus. Segundo a professora,

alguns alunos ainda estão indecisos e, para muitos, as visitas orientadas auxiliam bastante. “Muitos alunos se interessam ao ver a prática que não temos na escola. Essa vivência é importante. Eles saem com uma visão acadêmica”, acredita.

Rafael Lando, 16 anos, quer seguir os passos da professora. Seu sonho é

Os cursos no CARVI

O Campus Univer-sitário da Região dos Vinhedos mantém os cursos de Administra-ção, Arquitetura e Ur-banismo, Ciências Bio-lógicas – Bacharelado e Licenciatura, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Comér-cio Internacional, De-sign, Design Gráfico e de Produto, Direito, Educação Física – Li-cenciatura, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Letras – Li-cenciatura, Geografia – Bacharelado e Licen-ciatura, Pedagogia – Li-cenciatura, Sistemas de Informação e Turismo.

cursar Licenciatura em Química e depois En-genharia Química. De família de professores, escolheu uma área de seu interesse para que o estudo seja mais que apenas uma obriga-ção. “Pouca gente se-gue carreira como pro-fessor. A escolha pela Engenharia é para ter mais opções de traba-lho no futuro”, explica.

Bem diferente de Ra-fael, Karoline Santos Rodrigues, 16 anos, quer estudar Design. Desde pequena, a ga-rota gosta de desenhar e mudar seu quarto. No Design, ela pensa em seguir carreira na área de interiores ou joias. O curso de Direi-to é o que Paula Gon-zatti Zan, 16 anos, mais gostou. “Quero ajudar as pessoas e vê-las feli-zes”, acredita.

As escolas que tive-rem interesse em parti-cipar podem entrar em contato pelo telefone 54. 3449.5200 ou pelo endereço de e-mail [email protected].

Page 17: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 17Geral

Coleta de lixo atende mais uma rua

Os moradores da rua Desidé-rio Rasia, no bairro Vinosul,

contam com a coleta domiciliar do lixo orgânico e reciclável. O serviço foi implantado no início do mês de julho, após ser firmada uma parceria entre a subprefei-tura do Vale dos Vinhedos, a Se-cretaria Municipal do Meio Am-biente e a empresa RN Freitas.

A coleta dos resíduos atende cerca de 25 famílias. Segundo o subprefeito do Vale dos Vinhe-dos, Volnei Christofoli, o ser-viço era uma demanda antiga da população. Anteriormente, o material era depositado às

A Feira de Compras da Asso-ciação do Comércio, Indústria e Serviços de Carlos Barbosa, a ACI, ainda não fechou suas portas, mas o próximo even-to promovido pela entidade já vem tomando forma. A Expo Carlos Barbosa, que acontece de 12 a 21 de setembro no mu-nicípio, está com seus espaços à venda em uma área que inclui este ano, além da Rua Coberta e dos Pavilhões da Tramonti-na, o Salão Paroquial.

A preferência de comercia-lização dos espaços é para ex-positores que já participaram anteriormente do evento, que chega em 2014 à sua 4ª edi-ção. Este ano, serão cerca de 100 expositores de segmen-tos multissetoriais, fazendo da Expo Carlos Barbosa uma das maiores vitrines da Serra Gaúcha nas áreas de indústria, comércio e serviços, tornando--se um ambiente mais do que apropriado para a geração de negócios e networking.

A ampliação na área de acordo o presidente da entidade, Fabia-no Ferrari, deve-se ao sucesso do evento. “É um reflexo da marca em eventos da ACI, que promove constantemente feiras de qualidade na cidade”, pontua, referindo-se à Feira de Compras e à Feira de Oportunidades e

Empreendedorismo

Via Desidério Rasia, desde o início do mês de julho, passou a receber o serviço de recolhimento de resíduos sólidos

Iniciam preparativos para a Expo Carlos Barbosa

SABRIN

A BATISTELO, D

IVULG

AÇÃ

O

CARO

LINE PA

ND

OLFO

Lixo orgânico e reciclável é recolhido na frente das residências

Presidente da ACI, Fabiano Ferrari destaca as novidades

Estefania V. [email protected]

Resíduos orgânicos: Ter-ças-feiras, quintas-feiras e sábado; Resíduos reciclá-veis: Segundas-feiras, quar-tas-feiras e sextas-feiras.

Vale dos Vinhedos

Negócios. Ainda segundo Ferra-ri, o maior espaço de circulação, que atingirá uma área total de 2164 m² (aumento de cerca de 200m² em relação aos 1958m² da edição passada), proporcio-nará um ambiente mais agra-dável, com infraestrutura pen-sada para que o visitante possa desfrutar de áreas para refeições e negociação igualmente agra-dáveis. Além desses aspectos, a presença de empresários e enti-dades italianas estão confirma-das no evento, dará um caráter multinacional à Expo 2014.

Os interessados em partici-par do evento podem entrar em contato com a ACI pelo te-lefone (54) 3461.7600 ou pelo e-mail [email protected], com Tais Dalla Vecchia.

margens da rodovia ERS-444 para que fosse dada a destina-ção correta. “Além de atender os moradores locais, o lixo não é mais deixado na estrada. As-sim, a localidade fica agradável para as pessoas que residem no bairro e para os turistas que transitam na estrada”, afirma.

Para que a rua fosse contem-plada com esta ação, foi cons-truído um local em que os moto-ristas dos caminhões pudessem realizar a manobra de retorno ao final da via que é estreita. No sábado, 19, o subprefeito do Dis-trito do Vale dos Vinhedos este-ve conversando com os morado-res beneficiados recentemente pelo serviço. Durante, a vistoria,

“eles relataram que a coleta está transcorrendo conforme o cro-nograma estabelecido”, ponde-ra. Conforme Christofoli, a rua Desidério Rasia era uma das poucas vias que ainda não eram contempladas com a coleta de lixo. Recentemente, o serviço foi ampliado para toda a rua Maria Oselame Longhi, no 6 da Linha Leopoldina, pois antes acontecia apenas de forma parcial.

Page 18: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201418 Geral

Projetos que entram em votação

Nesta segunda-feira, 28, três projetos serão vo-

tados na sessão ordinária da Câmara de Vereadores. A pauta da Ordem do Dia foi definida após reunião de líderes de bancada.

Uma das propostas autori-za o município a abrir crédito especial no valor de R$ 829,5 mil para a Secretaria de Saú-de. Conforme o projeto, este recurso está dividido em três rubricas: R$ 479,5 mil serão investidos em modernização e adequação de Unidades Bá-sicas de Saúde (UBS); R$ 300 mil para aquisição de equipa-mentos para o Complexo de Saúde do Trabalhador; e R$ 50 mil para a compra de veí-culo para o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (Nasf). O projeto é de origem do Po-der Executivo, em regime de urgência.

De origem do Poder Legis-lativo, em primeira votação de autoria do vereador Pau-lo Roberto Cavalli, o Paco (PT), o projeto de lei ordiná-ria 27/2014 cria o programa “Adote um Trevo (Acesso) ou Área Verde”. A adoção poderá ser feita por pessoas físicas, associações de mora-dores, ONGs e também por empresas estabelecidas na cidade de Bento Gonçalves. Como incentivo à adesão do programa, o município con-cederá aos adotantes, de-vidamente cadastrados pe-rante a administração, um espaço para fixarem uma pla-ca publicitária com o nome dos colaboradores.

De autoria da vereadora Neilene Lunelli (PT), em pri-meira votação, está o projeto de lei ordinária 31/2014, que dispõe sobre a aplicação de penalidades à prática de assé-dio moral nas dependências da administração pública mu-nicipal, por servidores públi-cos municipais efetivos.

O objetivo é instituir limites legais que preservem a inte-gridade física e mental dos indivíduos. As penalidades são advertência escrita, se-guida de suspensão e demis-são (para cargos de confian-ça) ou destituição de cargo ou função de confiança (para concursados).

Câmara de Vereadores

Silvia [email protected]

Page 19: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 19Geral

Colonos e motoristas são homenageados

A data dedicada para home-nagear e agraciar os respon-

sáveis pela produção agrícola e pelo transporte de alimentos e produtos consumidos pela po-pulação foi lembrada e celebra-da nesta sexta-feira, 25.

A homenagem aos motoristas vem pela motivação do dia de São Cristóvão, que pela Igreja Católica é o padroeiro universal dos motoristas. Já o dia do Co-lono, instituído pela lei nº 5.496, de 5 de setembro de 1968, foi es-tabelecido em meio às comemo-rações do centenário de vinda dos primeiros imigrantes ale-mães para o Rio Grande do Sul.

As duas profissões são es-senciais e se completam. Os agricultores têm o desafio de exercer com competência o tra-balho no campo e, sem medir esforços, superar as dificulda-des executando as tarefas com o compromisso de não deixar essa função aos poucos ir su-mindo. Já o motorista é aquele que com eficiência transporta o alimento que irá para a mesa dos brasileiros.

Os produtores rurais e os motoristas são duas classes que movimentam bastante a economia regional e nacional, sem as quais não haveria de-senvolvimento. A agricultura é um setor econômico que in-fluencia de forma muito signi-ficativa no desenvolvimento do Brasil, considerando que auxi-lia no crescimento e progresso de diversas outras áreas.

Festejos

As duas classes são responsáveis também por movimentar a economia

FOTO

S DIVU

LGA

ÇÃO

O dia 25 de julho é dedicado ao reconhecimento das categorias

Vanessa [email protected]

Page 20: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201420 Geral

Quais são as mudanças na leiEntre as modificações estão: O fim de cobrança de taxas apenas para inserir novo letreiro

(a taxa para anúncios permanece); A ampliação de 1m para 1,20m a altura máxima do painel, sen-

do que os letreiros podem ocupar até dois terços desse espaço;A ampliação de quatro para cinco metros quadrados a exigên-

cia de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e Registro de Responsabilidade Técnica (RRT).

Observações sobre a lei:Em caso de acidentes e irregularidades, serão notificados a em-

presa que produziu o material, o cliente que solicitou, o dono do imóvel e a imobiliária.

No caso de empreendimentos em áreas de patrimônio cul-tural e histórico, há regras específicas e o projeto precisa pas-sar pela aprovação do Conselho Municipal do Patrimônio Cul-tural (Compac).

Lei das Placas

Modificações são aprovadas Mudanças foram apresentadas na reunião entre comerciantes e administração pública, realizada na CDL no dia 21

Depois de quatro anos, fi-nalmente a administra-

ção pública e os comercian-tes chegaram a um consenso sobre a lei 5.118, conhecida como Lei das Placas. Na se-gunda-feira, 21, foi realizada a última reunião sobre o as-sunto na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL). O projeto com as modificações será en-caminhado à procuradoria na próxima semana.

A norma foi criada em ou-tubro de 2010, com o intuito de diminuir a poluição visual no perímetro urbano de Bento Gonçalves. Os estabelecimen-tos tiveram dois anos para se adequar às modificações, mas alguns ainda estão irregulares.

Depois de várias reuniões com empresários, foram fei-tas alterações na norma, e as principais estão relacionadas

Silvia [email protected]

Objetivo da norma, que foi criada ainda em 2010, é evitar a poluição visual nas ruas de Bento Gonçalves

CRISTIAN

O M

IGO

N

aos tamanhos dos letreiros, às taxas e às responsabilidades. Entre as modificações estão o fim de cobrança de taxas ape-nas para inserir novo letreiro (a taxa para anúncios perma-nece), a ampliação de 1m para 1,20m a altura máxima do painel, sendo que os letreiros podem ocupar até dois terços desse espaço e a ampliação de quatro para cinco metros qua-drados a exigência de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e Registro de Responsa-bilidade Técnica (RRT).

Em caso de acidentes e irre-gularidades, serão notificados a empresa que produziu o ma-terial, o cliente que solicitou, o dono do imóvel e a imobiliária.

A fiscalização será feita pela Secretaria de Desenvolvimen-to Econômico. A empresa será notificada e terá prazo de oito dias para apresentar a defesa ou para se adequar, podendo ser multada e a publicidade removida.

Projeto deve ir à Câmara em 60 dias Segundo Neri Mazzochin,

secretário de Desenvolvimento Econômico, o projeto com as alterações será encaminhado para a procuradoria na próxi-ma semana. Em seguida, ha-verá uma Audiência Pública e, depois, será encaminhado ao Legislativo. “Acredito que em 60 dias ele será aprovado”, es-tima Mazzochin.

Sobre a poluição visual em Bento, ele explica que a princi-pal intenção é evitar exageros e tornar a cidade mais organi-zada. “Ela ainda não é forte no município, mas pode ser me-lhorada para ‘limpar’ a cidade. Até o turista vai conseguir se situar melhor”, afirma.

Sobre a reunião na CDL, ele avaliou como esclarecedora. “Foram mudanças necessárias e os lojistas entenderam, agora ficou tudo bem claro”, afirma.

Cristiano Buffon, represen-tante das empresas de comu-nicação visual, também apro-va as alterações. “Mudanças sempre são válidas, temos que seguir acompanhando os exemplos usados nas grandes metrópoles. A comunicação vi-sual faz parte desta realidade”. Ele explica que a venda não se faz por uma grande fachada, e sim por um conjunto todo. “Desde a simpatia, o bom aten-dimento, os preços e produtos interessantes. Obviamente que

a fachada é a porta de entra-da, todavia, ao invés de fazê--la grande, trabalhamos em dimensões menores, mas com produtos diferentes, moder-nos, mais apresentáveis”.

Marcos Carbone, presiden-te da CDL, afirma que os co-merciantes ficaram satisfeitos. “Foram mudanças propostas por nós, então ficamos muito felizes por termos sido atendi-dos. Inclusive muitos lojistas já têm novos projetos de facha-das e estão apenas aguardando a aprovação da lei. Acho que tudo que venha para melhorar o visual da cidade é válido, já que o turismo é muito forte no município”.

Page 21: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

As crianças que precisarem ser atendidas na Unidade

de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Tacchini terão uma melhor infraestrutura a partir de agora. Nesta quarta-feira, 23, foi apresentada a separa-ção da UTI Infantil, que agora passa a ser UTI Neonatal e UTI Pediátrica, dividindo os leitos pela idade das crianças. As mu-danças no Tacchini consistiram também em ampliação do nú-mero de leitos, que agora são 19, e na aquisição de novos equipa-mentos.

Na solenidade de apresenta-ção do novo local, o superinten-dente do hospital, Armando Pi-letti, disse que esta era uma das prioridades de mudança e que

As Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal e Pediátrica ganharam reformas e um investimento de R$790 mil

Vitória [email protected]

Medida busca reduzir a mortalidade de crianças e melhorar o atendimento

Sábado, 26 de julho de 2014 21Geral

Hospital Tacchini

UTIs infantis são inauguradasmuitas outras reformas estão por vir. “Não vamos parar por aí”, adiantou. A medida é uma solicitação do Ministério da Saú-de, que determina a adequação de todos os hospitais para terem as UTIs separadas, com o objeti-vo de diminuir a mortalidade in-fantil e de mães durante o parto, além da melhoria na qualidade dos atendimentos.

Piletti ressaltou a parceria com a Secretaria Estadual da Saúde, já que a secretária San-dra Fagundes estava presente no evento. Ela ressaltou os be-nefícios da ação, afirmando que o funcionamento de ambas é melhor quando estão separadas. “A mudança exige atenção dos hospitais que a fazem e o inves-timento de recursos, contudo o resultado é muito maior do que isso”, enfatiza. As UTIs atendem

22 municípios da Serra, atingin-do mais de 300 mil pessoas.

Sandra destaca também a ousadia do Tacchini em man-ter um alto número de leitos na UTI Pediátrica visto que o

maior número de atendimento é na Neonatal. “A UTI infantil lota durante o inverno devido às doenças respiratórias que vem com o frio, no entanto durante o restante do ano, muitos leitos fi-

cam vazios exigindo, da mesma forma, equipamentos e equipes disponíveis caso seja necessá-rio”, ressalta. Para as mudanças, o investimento foi de R$ 200 mil na readequação da estrutu-ra, alem de R$ 790 na aquisição de novos equipamentos. Deste total, R$ 263 mil partiram to Tacchini e R$ 527 do governo do estado.

A diferença entre a UTI Neo-natal e a UTI Pediátrica consiste na idade do pequeno paciente. A Neonatal atende crianças re-cém-nascidas até que comple-tem 28 dias de vida, a partir daí ela deve ser atendida pela UTI pediátrica, liberando leitos para novos recém-nascidos. A idade máxima de permanência na UTI pediátrica pode ser até 14 ou 18 anos, de acordo com as normas de cada hospital.

CRISTIAN

O M

IGO

N

Page 22: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201422 ObituárioFaleceram em Bento

VALDEMIR ORTIZ, no dia 17 de Julho de 2014. Natural de Lagoão, RS, era filho de João Manoel Ortiz e Nilva Tariga Ortiz e tinha 32 anos.

JORGE NELCY SOARES RIBEIRO DA SILVA, no dia 16 de Julho de 2014. Natural de Protásio Alves, RS, era filho de Irineu Ribeiro sa Silva e Analia Soares Ribeiro da Silva e tinha 69 anos.

ZUREMA FRANCISCA VALIATI PANIZZI, no dia 17 de Julho de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Modesto Valiati e Maria Festa Valiati e tinha 71 anos.

JOSEFINA VALENTINI WEBER, no dia 18 de Julho de 2014. Natural de Caxias do Sul, RS, era filha de Jose Valentini e Aurelia Antonelli e tinha 93 anos.

ZENAIDE MORAIS DOS REIS, no dia 19 de Julho de 2014. Natural de David Canabarro, RS, era filha de Ramilio Lemes de Morais e Isolina José Bonennberger e tinha 58 anos.

MÁRCIO JOSÉ GOMES DOS SANTOS, no dia 20 de Julho de 2014. Natural de Soledade, RS, era filho de Maria de Lurdes Gomes dos Santos e tinha 35 anos.

GESSI GONÇALVES PAIM, no dia 21 de Julho de 2014. Natural de Francisco Beltrão, PR, era filha de Graciliano Gonçalves e Florentina Rodrigues da Rosa e tinha 69 anos.

OLIVIA MARIA RACHELE ZORZI, no dia 21 de julho de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Angelo Rachele e Pierina Signor Rachele e tinha 86 anos.

ERNESTO PASA, no dia 22 de Julho de 2014. Natural de Antônio Prado, RS, era filho de Giacomo Pasa e Luiza Bet Pasa e tinha 86 anos.

ANITA MARIA FRANCHINI GHIDOLIN, no dia 17 de Julho de 2014. Natural de Fagundes Varela, RS, era filha de Luiz Franchini e Silene Puerari Franchini e tinha 64 anos.

LUIZA MARIA BERTOLINI PASIN, no dia 22 de Julho de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Redovino Bertolini e Maria Valduga Bertolini e tinha 82 anos.

SEBASTIANA DA SILVA NUNES, no dia 22 de Julho de 2014. Natural de Progresso, RS, era filha de Antoninha Claro Gonçalves e tinha 74 anos.

JOSE RICARDO MEAZZI, no dia 23 de Julho de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Santo Meazzi e Rosa Bongiorno e tinha 80 anos.

CECILA CONCLI CLOSS, no dia 23 de Julho de 2014. Natural de Progresso, RS, era filha de Giacomo Jose Concli e Maria Concli e tinha 71 anos.

Page 23: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 23Geral/Obituário

Colheita de citros entra na reta final

O Museu Municipal, junta-mente com o Arquivo Histó-rico, promove a exposição “28 Anos de História”. A abertu-ra acontece na quarta-feira, 30, às 18h, nas dependências do Museu.

Segundo o diretor do Mu-seu, Jones De Paoli, está é uma oportunidade de prestigiar e conferir a mostra e os even-tos realizados nos 28 anos de existência do Museu Munici-pal. “São exposições sobre fa-tos históricos da nossa cidade, fotografias antigas e atuais,

Os últimos frutos de berga-mota da safra deste ano

foram colhidos dos pomares da família Belistzki nesta semana. As fruteiras estão localizadas na 5ª Seção do Rio das Antas.

Os irmãos Nelson Belistzki e Vilma Antônia Belistzki se dedi-caram a colheita aproveitando o dia de sol, após o longo período de chuva. A triagem das unida-des com qualidade foi realiza-da na tarde de terça-feira, 22. Uma determinada quantia da produção tem como destino o município de Caxias do Sul e a outra parte é comercializada às margens da RSC-470. Segundo a fruticultora, não vale apena trabalhar e comercializar o pro-duto para terceiros, conhecidos popularmente por atravessado-res, pois a margem de lucro fica ainda mais baixa para o produ-tor e o consumidor paga mais caro pelos frutos.

Os agricultores argumentam que está difícil trabalhar atual-mente e fica ainda mais compli-cado ao contar com o intermédio de um terceiro. Os irmãos rela-tam que a maioria dos fruticul-tores entrega a produção para uma empresa de sucos, mas a família tem conseguido colocar toda a produção no mercado sem este tipo de negociação.

Nesta safra, foi registrada a

Garibaldi

Família Belistzki colheu os últimos frutos aptos para a comercialização

Museu celebra 28 anos de fundação

Nelson Belistzki é o responsável pela triagem das bergamotas

Estefania V. [email protected]

Rio das Antas

ocorrência de diversos dias de chuva e, em alguns pontos dos pomares, se constatou um pou-co de quebra, mas nada signi-ficativo em relação à produção total. “É possível observar que muitas frutas acabaram caindo no chão”, aponta Vilma.

A fruticultora esclarece que o cultivo de citros não é caro e até possui certa vantagem, pois não são utilizados tantos agrotóxicos nos pomares, o que elevaria o custo. Ainda, neste ano a família não enfrentou grandes proble-mas em relação ao registro de doenças. “O consumidor poderia adquirir com menor preço desde que o valor destinado ao atraves-sador fique menor”, ressalta. Ela destaca que o governo federal, há algumas gestões, busca alternati-vas para reduzir a margem de lu-cro dos atravessadores, pois este

tem influenciado diretamente no consumidor final.

Para a produtora, alguns fatores estão atrapalhando a agricultura, entre eles, o preço final pago. “Se for analisar é difícil, pois toda a alimentação é proveniente da agricultora, e dependemos dela para a sube-xistência”, afirma.

A retirada das bergamotas dos pés é de responsabilidade de Nelson Belistzki que sobe nas árvores e faz a colheita, enquanto a irmã organiza as unidades em um balde e de-pois transfere para as caixas, onde ficam armazenadas. “Faz anos que trabalho assim. Com isso já tenho certa habilidade e nunca levei um tombo”, relata. O pomar da família Belistzki é formado por 830 pés de berga-motas da variedade Pokan.

como mostras de fotografias antigas de crianças e casamen-tos”, explica De Paoli.

Os visitantes poderão con-ferir objetos antigos de comu-nicação e da antiga casa do imigrante italiano, diversas mostras de artes plásticas de artistas locais e de outras cida-des. Ainda, estarão em desta-que as exposições itinerantes, que divulgaram escolas, viní-colas e outros estabelecimen-tos, além de outras atividades desenvolvidas com o Concurso de Objetos Históricos, realiza-

do no ano de 1987.A secretária de Turismo e

Cultura, Ivane Fávero, afir-ma que a exposição também é uma forma de homenagear os 28 anos de atuação do di-retor, Jones De Paoli, que está se aposentando. “Que-remos contar com a presen-ça de todos os que acreditam na importância deste Museu para Garibaldi e que querem homenagear a dedicação do Jones”, pondera. A mostra comemorativa segue até o dia 28 de setembro.

ESTEFAN

IA V. LIN

HA

RES

Page 24: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Homem preso furtando bebidas Pedestre assaltado na 13 de MaioNa madrugada de quinta-feira, 24, a Brigada Mi-

litar foi acionada pois alguém estaria arrombando a parede do depósito de um bar na rua Duque de Ca-xias, no Cidade Alta. O delinquente foi surpreendido no interior do estabelecimento e afirmou que estava tentado furtar bebidas. Ele foi preso em flagrante e conduzido para a delegacia.

Por volta das 16h50min de quinta-feira, 24, um pe-destre passava pela rua 13 de Maio, no bairro São Bento, quando foi abordado por um indivíduo de cor branca e usando um casaco marrom com capuz. O sujeito simulava ter uma arma e anunciou o assalto. O assaltante roubou dois aparelhos celulares da víti-ma e fugiu em direção a rua General Osório.

Jovem aceitou cooperar com a ação policial e dinheiro foi recuperado

Sábado, 26 de julho de 201424 Segurança

Um adolescente de 14 anos foi apreendido no Santa Helena na manhã de sexta-feira, 25. O me-nor havia furtado pouco mais de R$ 17 mil de um mercado da rua Pedro Batista Menegotto.

O crime foi do tipo furto des-cuido. O malote, com R$ 6.832 em dinheiro e R$ 10.332 em cheques, estaria embaixo do caixa do mercado. O proprie-tário estaria distraído com ou-tros afazeres. O adolescente foi reconhecido pela vítima por ser o único cliente presente no momento do furto.

O policiamento comunitário da Brigada Militar atendeu a ocorrência e convenceu o acu-sado a devolver o dinheiro. A sacola estava escondida embai-xo da cama do jovem.

Adolescente furta R$ 17 mil de mercadoDescuido no Santa Helena

Tentativa de homicídio

Acusado de assassinato é presoJeferson Reginaldo da Silva, o Kike Jé, foi recolhido ao presídio, preventivamente, por tentar matar Adão Lopes

Leonardo [email protected]

Acusado de um homicídio consumado e outro tenta-

do, Jeferson Reginaldo da Sil-va, conhecido como Kike, de 24 anos, foi preso na manhã de sexta-feira, 25, no Lotea-mento Bertolini. A operação da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), comandada pela delegada Maria Isabel Zerman, cumpriu um mandado de prisão e três de busca e apreensão. A arma utilizada nos crimes ainda não foi encontrada.

Um Golf azul-marinho foi apreendido na ação policial. O veículo teria sido utilizado pelo acusado na tentativa de homi-cídio de Adão Lopes, 44, no dia 9 de julho. Na ocasião, após uma suposta perseguição pelas ruas do bairro Ouro Verde, um Polo foi alvejado por disparos de arma de fogo vindos de um

do Golf na rua João Busnello. Ao descer do veículo em ten-

tativa de fuga, Adão Lopes, motorista do Polo, foi atingido por um tiro na coxa esquer-

da. Tiago Lopes, filho da víti-ma, e Daniel Lopes, sobrinho, também estavam no veículo e saíram ilesos do ataque. “Este pedido de prisão preventiva foi

FOTO

S AN

TÔN

IO SÉRG

IO D

E OLIVEIRA

/DIFU

SORA

, DIVU

LGA

ÇÃO

Corpo de Bombeiros

Incêndio consome porão de edificação no Fátima

Suspeita é que a má conservação da fiação elétrica iniciou as chamas

O Corpo de Bombeiros com-bateu um princípio de incêndio na rua Elias Tadeu Dallonder, no bairro Fátima, por volta das 21h de quarta-feira, 23. As cha-mas atingiram o porão de uma edificação de dois pavimentos. O local servia de moradia para duas pessoas.

A suspeita do morador de 28 anos é que o incêndio tenha se iniciado devido a má conserva-ção da fiação elétrica. Foram utilizados pelo menos dois mil litros de água para extinguir as

chamas. Estiveram presentes cinco bombeiros e duas viatu-ras na ocorrência.

O fogo consumiu um colchão, uma cama, uma estufa elétrica, um aparelho de som, um rou-peiro e a pintura das paredes. Uma janela e uma porta preci-saram ser arrombadas durante a ação dos bombeiros.

A Brigada Militar também atendeu a ocorrência e enca-minhou a vítima para os devi-dos registros na delegacia de polícia.

Com participação em quatro ocorrências de homicídio, Kike foi preso

motivado em virtude de uma ameaça contra testemunhas e vítima da tentativa de homi-cídio. E pela reincidência do acusado neste tipo de delito”, explica a delegada.

Além das duas acusações, Kike também foi vítima de duas tentativas de homicídio neste ano, em 26 de março e outra em 19 de maio. “Desde o homicídio no Planalto, o Jefer-son vem sendo vítima de tenta-tivas de homicídio. Neste últi-mo episódio, que desencadeou a prisão preventiva, ele tam-bém configura como vítima. Ele apenas se defendeu de um ataque”, alega o advogado de defesa, Luis Roberto Tavares.

Relembre ohomicídio do Planalto

Kike está sendo indiciado pelo assassinato de Diego Rosa de Oliveira, 23, ocorrido na

madrugada do dia 9 de março deste ano. O inquérito do caso, feito pela 2ª Delegacia de Polí-cia, foi enviado ao Forum como homicídio simples.

Na ocasião, durante um de-sentendimento entre dois gru-pos de jovens em frente ao Gi-násio Municipal de Esportes, no bairro Planalto, Kike teria sacado um arma e efetuado um disparo contra o peito de Die-go. A vítima chegou a ser so-corrida, porém não resistiu aos ferimentos.

O acusado se apresentou na delegacia quatro dias após o cri-me e, desde então, aguarda em liberdade o indiciamento. Nas redes sociais, a morte de Diego gerou muita revolta e ameaças contra a vida do acusado.

Até esta prisão, Kike sofreu duas tentativas de homicídio, porém escapou sem grandes fe-rimentos. Ambos os casos foram elucidados pela Polícia Civil.

POLÍCIA

CIVIL, DIVU

LGA

ÇÃO

Page 25: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 25Segurança

Roubo à residência Roubo de veiculo

Roubo à estabelecimento comercial Prisão de foragido

Roubo à pedestre Recuperação de veiculo

Furto arrombamento em residência Prisões realizadas

Furto arrombamento em estabelecimento comercial

Armas apreendidas Prisões por posse/tráfico deentorpecentes

1º semestre violento

BM registra aumento dos crimesRoubos à pedestre crescem 43% em relação ao ano passado. Prisões por posse de entorpecentes têm queda de 27%

Leonardo [email protected]

O balanço de ocorrências da Brigada Militar no pri-

meiro semestre confirma o aumento da criminalidade em Bento Gonçalves. Além do au-mento de 75% nos casos de ho-micídio, a estatística de maior destaque foi o crime de roubos à pedestre, com um aumento de 43% em relação ao mesmo período no ano passado.

Foram 105 assaltos deste tipo contra 60 em 2013. De acordo com o capitão Evandro José Flores, comandante da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turís-ticas (3º BPAT), este tipo de crime está muito ligado com o tráfico de entorpecentes. “O que alimenta esta situação de roubos são os usuários de drogas que precisam saciar o vício. Eles visam pequenos objetos de valor, como celu-lares, dinheiro e relógios, que facilmente são trocados pela droga. São crimes que infeliz-mente só com o policiamento ostensivo preventivo não esta-mos conseguindo combater”, relata.

Para o comando do 3º BPAT, a prioridade é combate ao trá-fico de drogas e a apreensão de armas de fogo. Tirar de circulação traficantes e armas de fogo sera a única forma de prevenção para esta série de homícidios e pequenos roubos que aflingem a população.

O número de prisões não apresentou uma variação

considerável, porém chama a atenção pelo volume. Foram 563 no ano passado contra 547 em 2014. “A criminali-dade aumenta diante de uma lei branda e esta sensação de impunidade. Vemos diversas casos em que a legislação não mantém o delinquente en-carcerado e a Brigada Militar acaba prendendo o mesmo indivíduo dezenas de vezes”, argumenta o capitão Evandro.

Crimes contra comércio diminuem

Os crimes contra estabeleci-mentos comerciais apresenta-ram queda nas estatísticas. Os casos de roubos tiveram uma re-dução de 25%, enquanto os fur-tos com arrombamentos apre-sentaram uma queda de 31%.

Já os furtos com arromba-mento em residência aumen-taram, foram 83 neste ano contra 65 em 2013. A estatís-tica foi impulsionada pelo ele-vado número de ocorrências nos meses de janeiro e feverei-ro, período de férias em que os moradores costumam viajar.

Outro dado que aumentou consideralvemente foi o núme-ro de veículos recuperados pela Brigada Militar. Foram 182 veí-culos recolhidos em situação de roubo ou furto em 2014, contra 106 do ano passado.

Porém, a estatística que mais preocupa é o aumento de 75% no número de homi-cídios. Com 14 casos registra-dos, faltam apenas dois crimes para superar o ano de 2013.

FONTE CONSULTAS INTEGRADAS E MCOP DADOS ATUALIZADOS ATÉ 30/06/2014

2013: 8 2013: 50

2013: 61

2013: 44

2013: 60 2013: 106

2013: 652013: 563

2013: 65

2013: 10

2013: 66

2014: 9 2014: 59

2014: 462014: 57

2014: 1052014: 182

2014: 832014: 547

2014: 45 2014: 10 2014: 48

Page 26: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 201426

[email protected]@flavioluisferrarini.com.br

DenisedaRéFlávioFerrarini

Que noooooite!Noite dessas, recebemos a visita de uma

“senhorita” toda prosa, que veio acompanha-da pelo mais novo membro da família, o Le-opoldo Rodolfo. Ela tratou logo de mostrar para que serve a casa dos avós, abrindo e fe-chando armários e gavetas, à procura de “coi-sas”, que acabaram espalhadas por aqui, ali e acolá. Ele também foi entrando sem a menor cerimônia e logo passou a fuçar em todos os cômodos, guiado pelo instinto de macho.

Leopoldo – Léo para os íntimos – estava certo: uma fêmea peluda havia se escondido embaixo da cama, numa atitude explícita de que “papo” estava fora de questão. O gordu-cho não se intimidou. Foi enfiando a cara e a coragem no território alheio, como é típico dos valentões. Deve ser algum resquício do passado, quando o objetivo da raça buldogue era atacar e enfurecer o touro, agarrando o animal pelo nariz.

Não demorou para que a magrela surtasse. Latidos histéricos indicavam que o encontro poderia acabar em tragédia. Fui obrigada a in-tervir e tive que acomodá-la no andar de baixo, deixando a área vip para o visitante.

Leopoldo Rodolfo tomou conta do pedaço, aproveitando para raspar o pote da outra até o último petisco e bebendo a água até a última gota. Depois procurou o sofá para descansar. Pelo caminho, um rastro de baba.

Perto da meia-noite, a “senhorita” de quase seis anos, que escolhera pernoitar na casa onde rotina e regras existem para serem quebradas, foi persuadida a ir para a cama. Mas com uma condição:

-O Budo (o buldogue) vai comigo.“Ok! Você venceu!”. Para desligar a menina

da tomada, a gente topa qualquer negócio.Vinte minutos depois, a baixinha botou bronca:-Pai, não consigo dormir! O Budo ronca muito...Não foi difícil fazer a baldeação do “cão mo-

to-serra” para a sala. Embora prefira a com-panhia humana, especialmente a da dona, Léo curte qualquer superfície acolchoada onde possa relaxar seus doze quilos de pura preguiça.

A noite se aquietou. Tudo em paz... aparente-mente. Vinte minutos depois, uma figurinha arras-tando seu cobertor de plush bateu à minha porta:

-Vó, posso dormir contigo?É claro que podia! Troca de carinhos e de his-

torinhas até o sono chegar. Lá pelas duas e trin-ta, acordei sobressaltada:

-Vó, tu tá roncando...Roncando eu? Impossível! Por via das dúvidas,

sugeri à baixinha que voltasse ao quarto de origem. Antes de se acomodar, ela confidenciou ao pai:

-A vó ronca mais que o Budo.Ainda havia quatro horas pela frente. A noite

não estava comple-tamente perdida. Era só fechar os olhos, afrouxar os músculos e... zzzzzzzzzzzzz

Então, às qua-tro da matina:

-Pai, eu quero comer bergamota.

Quando penso na minha avóPois nesse dia 26 de julho comemora-se o dia dos

avós em homenagem à Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus. Você bem sabe que os avós são grandes mágicos que trazem de volta os sabores da nossa infância.

Quando penso na minha avó Pierina com seu exér-cito de cabelos brancos e pele enrugada como estra-das por onde as formigas da idade passavam, também penso na avó do Jorge que não frequentava academia de ginástica nem nada, mas exercitava seus braços dando palmadas nos traseiros de seus doze filhos para que formassem juízo.

Penso na avó do Valter que teve uma penca de filhos e quando deu a luz ao caçula, sua filha mais velha já tinha parido há mais de quatro anos.

Penso na avó da Isaura que chamava as galinhas, piri-piri-piri, com as mãos cheias de milho. As gali-nhas saíam de toda parte. Saíam de dentro do bueiro, detrás das rodas da carroça e debaixo da casa do feno. Penso na avó da Henriqueta que perdeu a vida para dar a vida à filha. Morreu antes de poder ensiná-la a usar as incômodas toalhinhas de pano que precede-ram os práticos absorventes.

Quando penso na minha avó Pierina, também pen-so na avó do Vilson que foi avó e mãe ao mesmo tem-po, ficando mais velha a cada minuto para criar e edu-car sozinha quatorze filhos e cinco netos.

Penso na avó do Josemar que num dia de triste lem-brança simplesmente enlouqueceu e saiu à rua com um espeto para furar ventos. Penso na avó da Arle-te com seus cabelos ruivos e suas varizes parecidas com as raízes das pitangueiras que afloravam o solo do seu quintal, sem conseguir evitar que a ignorância escapasse na cara do filho Celestino. Penso na avó do Lourenço, à beira do tanque de lavar roupa, corpo do-brado em arco, batendo a roupa com raiva, dando a impressão de que iria arrebentar o mundo de submis-são a que estava confinada. Penso na avó da Rosália e seus cinco filhos, comedores de polenta e batata-doce, malcriados e que trotavam no repetir de ano na escola. Os meninos cresceram, tornaram-se perversos e tudo o que a avó fez foi ligar o botão do “foda-se”.

Quando penso na minha avó Pierina, também pen-so na avó da Justina, com seu corpo miudinho e cur-vado como um grão de feijão, puxando a reza do ter-ço, após um dia de quatorze horas de trabalho duro. Penso na avó da Nineta que ganhou destaque por ter a perna esquerda mais curta do que a direita e que num belo dia decidiu fazer ao contrário de Nossa Senhora e dizer “Não, Senhor” e descartou o marido bebum e mulherengo da sua vida. Penso na avó da Rosane que era a cara da mãe e esta era uma cópia bem feita da mãe dela. Os traços ovalados do rosto, emoldurado por cabelos cacheados castanho-escuro, ambas cari-nhosas e amorosas com seus filhos. Penso na avó da Assunta que valia por uma boa enfermeira, um bom padre, um bom político, uma boa advogada, uma boa psicóloga e por cem professoras.

Quando penso na minha avó Pierina, também pen-so nas avós dos assassinos mais brutais da história da humanidade. Penso na avó de Calígula, Hitler, Pinochet, Saddan Hussein e em todos os assassinos sanguinários. Penso nas avós desses monstros desa-piedados, como avós zelosas e afetuosas, verdadeiras fontes de ternura e das melhores carícias. Não consigo pensar nelas como fontes de amor tirano e dotadas de uma crueldade que não conheceu limites. Penso nelas como avós devotadas e não tão somente como gera-doras de animais literalmente irracionais indomáveis, aptos a cometer as maiores atrocidades.

Quando penso na minha avó Pierina, também pen-so em todas as avós do mundo que carregam a chave dos segredos dos netos em seus corações.

A agricultura como vocação do imigrante

No lote rural do colono italiano, a própria família executava rodas as tarefas, muito raramente utili-zando o serviço de empregados, especialmente do-mésticos.

A autoridade do pai como verdadeiro patriarca, acatava sem restrições, mesmo pelos filhos homens, que após o casamento permaneciam com as respec-tivas famílias na casa paterna.. Segundo a ótica da sociedade da imigração italiana, pais, filhos e ne-tos formavam apenas uma família. As filhas, após o casamento, passavam a fazer parte da família do marido. A organização dos espaços diverge no Bra-sil daquela adotada na Europa, nas instalações re-sidenciais rurais, lá geralmente aglutinadas numa única edificação e aqui demonstradas segundo as diferentes funções. No velho continente havia tam-bém a necessidade de reduzir a ocupação da terra com a edificação para economizar solo arável para o plantio. Os imigrantes, ao chegarem ao seu lote, dedicavam-se à abertura de clareiras nas matas e construíram abrigos provisórios de pau-a-pique, cobertos de galhos de árvores. Era um momento di-fícil. O pinhão, a caça e a pesca ajudaram os colonos nos primeiros tempos. Algumas vezes, a venda de madeiras e, eventualmente o trabalho na abertura de estradas e caminhos (trilhas), financiaram os co-lonos até a primeira colheita.

As colônias eram divididas em léguas, travessões e lotes. A légua era uma quadrilátero, cortado no sentido longitudinal, por caminhos estreitos e ir-regulares, de 6 a 13 km abertos no meio da mata – travessões ou linhas. A medição e demarcação das colônias e dos lotes coloniais eram feitas por enge-nheiros agrimensores. Em geral as léguas possuíam 132 lotes.

Interessando ao governo o início da atividade agrícola e também para evitar a possibilidade de va-zios e especulação , o colono, ao receber o lote, devia instalar-se imediatamente. Estabelecida a lei, dois anos depois da posse do lote , o colono que não hou-vesse estabelecido sua morada habital ,nem cultura afetivada (trabalhada), perderia o direito do mes-mo lote e este, após os anúncios de costume, devia a ser vendido em Hasta Pública, deduzindo-se os pagamentos feitos e os débitos provados. “ Cada três meses vinha o fiscal para ver se a terra estava habi-tada”.... Para os primeiros dias , até poucos meses , suas casas eram: copas de árvores, saliências e esca-vações em barrancos, troncos ocos, lençóis armados como tendas.

Os imigrantes construíram suas próprias casas provisórias. Verificamos a preocupação fundamen-tal em preparar um abrigo sem nenhuma espécie de norma ou pré-requisito, conforme a disponibilidade de materiais do próprio ambiente e as característi-cas do local. Todo benefício devia ser reembolsado ao governo. Da conta-corrente de um colono da Co-lônia Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves) extraímos os seguintes débitos: Transporte para o casal e baga-gem. 20$000- 1 (uma) enxada 2$800; 1 (um) facão 3$000; feijão 2$700; batata 1$299; desmatamento para construir a casa, 105$000. –

Assim o agricultor estava sempre em divida e só podia trabalhar para sobrevivência.

- Parabenizo todos os agricultores pelo seu dia, mas principalmente pela arte de saber plantar, ter a alegria e a esperança de ver as plantações crescer e colher. É uma vocação que precisa de muita de-dicação e ESPERANÇA. Assim também parabenizo os MOTORISTAS, os heróis de nossas estradas que lutam com os transportes.

AssuntaDeParis

Page 27: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

Sábado, 26 de julho de 2014 27

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.934

Rotary - Novos dirigentes

NA noite de 09 de julho, Vinicola Lo-vara tomaram posse os novos dirigentes dos Clubes de Rotary de Bento Gonçal-ves, gestão 2014-2015 respectivamente: Rotary Club Bento Gonçalves Centro- Presidente-Orides Riggo que assumiu no lugar de Ildoino Pauletto, Rotary Club Mulheres da Serra-Presidente – Renita Boscardin Portaluppi que as-sumiu no lugar de Valeria Camerini Beluzzo e Rotary Club São Francisco--Presidente – Cedamir Poletto no lugar de Antonio Mauro Prestes Jr. Um even-to social onde cada Rotary Club – dentro de sua linha de trabalho- relatou suas atividades e ações beneficentes junto a comunidade. Obedecendo protocolo fo-ram admitidos novos rotarianos:Denise Zandonai Geremia, Caroline Todeschini e Mauro Celso Zanus. Concedidas pre-miações aos companheiros destaque, frequência 100% e homenagens.

Ações e campanhasNOS pronunciamentos dos rotaria-

nos Ildoino Pauletto e Cedamir Poletto o incentivo e conscientização da comu-nidade sobre o trânsito. Preocupações sobre o recolhimento do lixo e meio ambiente e a continuidade da campa-nha rotária sobre a erradicação da Pa-ralisia Infantil entre outras iniciativas de cunho social. O prefeito Guilherme Pasin congratulou-se com o evento e campanhas encetadas pelos clubes de serviço. Do Distrito 4.700 a presença

de autoridades ,convidados, e impren-sa a governadora assistente Iraci Dalla Vale, Ex-Governadores Claudio Pegora-ro, Gilmar Brum. Homenagem especial a Carmem Vasseur pela sua colaboração assistencial, presidente do RC Planalto, Vicente Miranda, que assumiu no lugar de Ivanir Foresti, e da Presidente da Casa da Amizade, Maria Helena Zortea. O espirito fraterno, do servir e do altru-ísmo são princípios que regem os inte-grantes de Rotary Club. Por isso faça o Rotary brilhar! Fazer o bem é algo gra-tificante! Encontro fraternal da família rotariana! Valeu!

Príncipe Di UdineMUITO proveitosa a confraternização

que reuniu os integrantes da Confraria In Vino Veritas na noite de 14 de julho liderada pelo presidente Marcos Valdu-ga no Restaurante Príncipe Di Udine e recepcionada pelo casal proprietário Al-cir e Juliana Ziero que agradeceu a con-vivência entre amigos. O encontro teve como palestrante o confrade e empre-sário Carlos Alberto Sanches diretor da SAVA—Equipamentos Industriais.com apresentação de audiovisual versando sobre o tema: Tecnologias aplicadas ao Setor Vinicola. A palestra pelo seu con-teúdo e novidades apresentadas agra-dou aos presentes. Dentro do clássico ritual foram degustados os vinhos da Vinicola Angheben: Toriga Nacional sa-fra 2008 e Barbera safra 2012. Convida-do para opinar o Confrade Juarez Jose Piva manifestou sua preocupação sobre o baixo desempenho do setor industrial com retração na economia. É isso aI!

Escola do plástico - Parceria

UM dos investimentos – entre outros - que vem alcançando os objetivos propos-tos-depois de muito trabalho e pesquisas- é a ESCOLA DO PLASTICO- uma parceria SENAI CETEMO e o SIMPLAVI-Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos - Bento Gonçalves RS e ain-da com área de abrangência nos municí-pios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza aonde as atividades vem sendo uma cons-tante com apoio e participação hoje, de 22 empresas associadas. Para o presidente do SIMPLÁVI empresário Ivanio Angelo Arioli-Akeo- e Cesar Modena Diretor do SENAI-CETEMO de Bento Gonçalves a ESCOLA DO PLASTICO além de ser uma realidade encontra-se em atividade desde 27 de fevereiro de 2012 aonde o Núcleo vem proporcionando cursos de qualifi-cação profissional e aprendizado para 38 alunos diurnos, 16 noturnos, totalizando 54 participantes. É a ESCOLA DO PLÁS-TICO em constante crescimento!

Futuro promissorSEGUNDO o presidente do SIMPLA-

VI Ivanio Angelo Arioli a ESCOLA DO PLÁSTICO além de formar futuros pro-fissionais trazendo na bagagem noções de tecnologia dos polímeros, composi-ção química, técnicas especiais buscan-do operação, programação de injetoras e extrusoras a entidade oferece aos alunos condições de um caminho seguro. Na ver-dade são alunos e depois profissionais a caminho de um mercado cada vez mais

exigente. A ESCOLA DO PLÁSTICO uma parceria SENAI-CETEMO representa para os alunos e empresas do setor plás-tico entre outras o caminho de um futuro promissor. Principalmente nos dias atu-ais quando a procura de mão de obra es-pecializada vem se tornando necessária!

Expobento 2015 – novo presidente

A EXPOBENTO – Uma Feira Sem Li-mites- – tem novo presidente para o maior evento multisetorial do Brasil que acontece-rá de 04 a 14 de junho de 2015, em sua 25ª edição. A EXPOBENTO 2015 será condu-zida pelo empresário Laudir Piccoli que já atuou em feiras anteriores Na qualidade de vice-presidente do Comércio do CIC-BG en-tidade promotora o presidente Laudir Picco-li que assume em lugar de Rafael De Toni-de uma feira exitosa- tem o desafio de repetir o sucesso da EXPOBENTO deste ano am-pliando metas e a interlocução da entidade com a feira. Uma forma de valorizar talentos e continuar projetando novas lideranças diz o presidente do CIC-BG Leonardo Giordani destacando ainda que Laudir Piccoli cuja posse será em agosto juntamente com sua diretoria tem condições de alcançar os obje-tivos traçados, Parabéns Laudir, sucesso!

IGVariedades

A FRASENA caminhada desta vida agita-

da e conturbada, nada melhor do que separar o joio do trigo! (.)

Page 28: 26/07/2014 - Jornal Semanário - Edição 3048

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado26 DE JULHO DE 2014ANO 47 N°3048R$ 3,00

64 páginas

Primeiro caderno .................. 28 páginasEsportes ................................. 8 páginasEmpresas & Empresários ......... 8 páginasSaúde & Beleza ....................... 8 páginasCaderno S ............................ 12 páginas

Super 10

Farrapos encara o Bandeirantes hoje

CRISTIAN

O M

IGO

N

Economia

O que vai acontecer até 2015?Especialista explica a situação econômica do país atualmente e o que esperar daqui para frente

Páginas 8 e 9