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Câmara Notícias Órgão de Divulgação da Câmara Municipal de Novo Hamburgo Ano III/Edição 27 Jornal Mensal/Maio - Junho de 2012 Distribuição gratuita A democracia está em nossas mãos Editorial N o próximo dia 7 de outubro, iremos escolher os vereadores e prefeitos de nossas cidades. Nas Câmaras de Vereadores são debati- dos projetos de lei que dizem respeito às ruas onde moramos, ao transporte cole- tivo, à educação básica e ao atendimento de saúde, entre outros. Por isso, elas são chamadas de Poder Legislativo – legislar significa fazer leis. Por outro lado, são as prefeituras que administram a limpeza das vias, as escolas e os postos de saú- de: são o chamado Poder Executivo. De acordo com a Constituição Federal, es- ses serviços essenciais são de competên- cia dos municípios. A política, portanto, tem tudo a ver com a qualidade do nosso dia a dia. Daí a importância de se votar com consciência. Mas ser cidadão não signi- fica apenas digitar um número na urna eletrônica a cada dois anos. Significa acompanhar de perto a atuação dos nossos representantes. De acordo com a Constituição Federal, todo o poder Na fase final: Obras que preservam patrimônio e garantem acessibilidade da Câmara ficam prontas em julho Página: 3 Conheça seus direitos: Entenda a lei de acesso à informação que entrou em vigor no mês de maio Página: 6 Saúde em evidência: Saiba como os vereadores contribuíram para tornar o anexo do Hospital uma realidade Página: 8 emana do povo, que o exerce direta- mente ou por meio de representantes eleitos. Isso parece trivial, mas nem sempre foi assim. A democracia nasceu na Gré- cia antiga; mas, naquela época, nem todas as pessoas podiam participar da vida pública. E por centenas de anos o mundo deixou de lado essa ideia. No Brasil, a primeira votação da qual exis- tem registros foi realizada em 1532 para decidir o representante do Conselho da Vila de São Vicente, em São Paulo. De lá para cá, muita coisa mudou: tivemos alguns períodos com mais direitos polí- ticos e outros com mais restrições. Nos- so atual sistema de eleições diretas foi estabelecido apenas com a Constituição de 1988 – antes, vivemos duas décadas sob ditadura militar (1964 – 1985). O voto universal também é um avan- ço recente. As mulheres eram excluídas do processo até o final do século XIX. O primeiro país a garantir o sufrágio fe- minino foi a Nova Zelândia, em 1893. No Brasil, a primeira eleitora foi Celina Guimarães Viana, invocando a lei elei- toral de 1926 do Rio Grande do Norte, na qual estava escrito que todos os cida- dãos poderiam votar e ser votados, sem distinção de sexo. Outras brasileiras também contribuíram para a mudan- ça na cultura, como Mietta Santiago, a primeira a se candidatar a um cargo público. Ela destacou, em 1928, que o veto ao voto feminino contrariava a Constituição de 1891, então em vigor. O texto determinava que “são eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei”. O voto, logo, é uma conquista im- portante. Infelizmente, muitos cida- dãos ainda não o veem dessa maneira: aqui em Novo Hamburgo, por exem- plo, 53,5% dos eleitores não lembram em quem votaram no pleito passado. Como definiu Aristóteles, o homem é um animal político. Somos todos po- líticos. Isso significa que temos voz e poder, basta exercê-los. A política é um jogo no qual as decisões são tomadas coletivamen- te. A escolha dos representantes da população dos 5.565 municípios está nas mãos de cada brasileiro, que pode votar e ser votado. As eleições municipais movi- mentam as cidades. Afinal, os candidatos são pessoas da comu- nidade, que convivem diariamente com seus eleitores. Mesmo assim, muitos não compreendem a im- portância desse pleito. Esquecem que os políticos locais, pela repre- sentação que têm, tomam decisões que influenciam no cotidiano das pessoas. Pesquisa realizada em 2011 pelo Instituto Methodus apontou que, além da maioria dos eleitores não lembrar em quem votou para ve- reador, cerca de 85% admitiram desconhecer ou conhecer pouco as ações do Legislativo. Outro dado relevante: 42,5% não sabe qual a função da Câmara. Fato que, em parte, explica o desinteresse em relação à política. Os vereadores têm como principais atribuições fiscalizar o Executivo, aprovar o Orçamento do Município e votar projetos que envolvam investimen- tos para a cidade nas áreas de ha- bitação, saúde e edução, entre ou- tras. Então, independente do seu partido ou convicções pessoais, é importante que você decida de for- ma consciente, pois o seu candida- to irá representá-lo pelos próximos quatro anos. Nesta edição, o CN traz um es- pecial sobre as eleições, para que o leitor possa entender melhor como funciona o processo. Há uma série de regramentos, que incluem entes e instituições públicas. Entre elas, o Legislativo, cujos membros pode- rão ou não concorrer a reeleição. Por isso, este informativo fará uma pausa durante o período elei- toral. Retornamos após o pleito, com a certeza de que você, cida- dão, irá às urnas e fará a sua parte para a consolidação da democra- cia brasileira. Douglas Cypriano e Maíra Kiefer A eleição é uma forma de exercer a cidadania. O voto é uma conquista do cidadão, que pode escolher seus representantes tanto no Executivo quanto no Legislativo

27 ª edição do Câmara Notícias

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27ª edição do Câmara Notícias - informativo institucional do Legislativo hamburguense

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Page 1: 27 ª edição do Câmara Notícias

Câmara NotíciasÓrgão de Divulgação da Câmara Municipal de Novo Hamburgo

Ano III/Edição 27 Jornal Mensal/Maio - Junho de 2012 Distribuição gratuita

A democracia está em nossas mãos

Editorial

No próximo dia 7 de outubro, iremos escolher os vereadores e prefeitos de nossas cidades.

Nas Câmaras de Vereadores são debati-dos projetos de lei que dizem respeito às ruas onde moramos, ao transporte cole-tivo, à educação básica e ao atendimento de saúde, entre outros. Por isso, elas são chamadas de Poder Legislativo – legislar significa fazer leis. Por outro lado, são as prefeituras que administram a limpeza das vias, as escolas e os postos de saú-de: são o chamado Poder Executivo. De acordo com a Constituição Federal, es-ses serviços essenciais são de competên-cia dos municípios.

A política, portanto, tem tudo a ver com a qualidade do nosso dia a dia. Daí a importância de se votar com consciência. Mas ser cidadão não signi-fica apenas digitar um número na urna eletrônica a cada dois anos. Significa acompanhar de perto a atuação dos nossos representantes. De acordo com a Constituição Federal, todo o poder

Na fase final: Obras que preservam patrimônio e garantem acessibilidade da Câmara ficam prontas em julhoPágina: 3

Conheça seus direitos: Entenda a lei de acesso à informação que entrou em vigor no mês de maioPágina: 6

Saúde em evidência: Saiba como os vereadores contribuíram para tornar o anexo do Hospital uma realidadePágina: 8

emana do povo, que o exerce direta-mente ou por meio de representantes eleitos.

Isso parece trivial, mas nem sempre foi assim. A democracia nasceu na Gré-cia antiga; mas, naquela época, nem todas as pessoas podiam participar da vida pública. E por centenas de anos o mundo deixou de lado essa ideia. No Brasil, a primeira votação da qual exis-tem registros foi realizada em 1532 para decidir o representante do Conselho da Vila de São Vicente, em São Paulo. De lá para cá, muita coisa mudou: tivemos alguns períodos com mais direitos polí-ticos e outros com mais restrições. Nos-so atual sistema de eleições diretas foi estabelecido apenas com a Constituição de 1988 – antes, vivemos duas décadas sob ditadura militar (1964 – 1985).

O voto universal também é um avan-ço recente. As mulheres eram excluídas do processo até o final do século XIX. O primeiro país a garantir o sufrágio fe-minino foi a Nova Zelândia, em 1893.

No Brasil, a primeira eleitora foi Celina Guimarães Viana, invocando a lei elei-toral de 1926 do Rio Grande do Norte, na qual estava escrito que todos os cida-dãos poderiam votar e ser votados, sem distinção de sexo. Outras brasileiras também contribuíram para a mudan-ça na cultura, como Mietta Santiago, a primeira a se candidatar a um cargo público. Ela destacou, em 1928, que o veto ao voto feminino contrariava a Constituição de 1891, então em vigor. O texto determinava que “são eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei”.

O voto, logo, é uma conquista im-portante. Infelizmente, muitos cida-dãos ainda não o veem dessa maneira: aqui em Novo Hamburgo, por exem-plo, 53,5% dos eleitores não lembram em quem votaram no pleito passado. Como definiu Aristóteles, o homem é um animal político. Somos todos po-líticos. Isso significa que temos voz e poder, basta exercê-los.

A política é um jogo no qual as decisões são tomadas coletivamen-te. A escolha dos representantes da população dos 5.565 municípios está nas mãos de cada brasileiro, que pode votar e ser votado.

As eleições municipais movi-mentam as cidades. Afinal, os candidatos são pessoas da comu-nidade, que convivem diariamente com seus eleitores. Mesmo assim, muitos não compreendem a im-portância desse pleito. Esquecem que os políticos locais, pela repre-sentação que têm, tomam decisões que influenciam no cotidiano das pessoas.

Pesquisa realizada em 2011 pelo Instituto Methodus apontou que, além da maioria dos eleitores não lembrar em quem votou para ve-reador, cerca de 85% admitiram desconhecer ou conhecer pouco as ações do Legislativo. Outro dado relevante: 42,5% não sabe qual a função da Câmara. Fato que, em parte, explica o desinteresse em relação à política. Os vereadores têm como principais atribuições fiscalizar o Executivo, aprovar o Orçamento do Município e votar projetos que envolvam investimen-tos para a cidade nas áreas de ha-bitação, saúde e edução, entre ou-tras. Então, independente do seu partido ou convicções pessoais, é importante que você decida de for-ma consciente, pois o seu candida-to irá representá-lo pelos próximos quatro anos.

Nesta edição, o CN traz um es-pecial sobre as eleições, para que o leitor possa entender melhor como funciona o processo. Há uma série de regramentos, que incluem entes e instituições públicas. Entre elas, o Legislativo, cujos membros pode-rão ou não concorrer a reeleição.

Por isso, este informativo fará uma pausa durante o período elei-toral. Retornamos após o pleito, com a certeza de que você, cida-dão, irá às urnas e fará a sua parte para a consolidação da democra-cia brasileira.

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aíra Kiefer

A eleição é uma forma de exercer a cidadania. O voto é uma conquista do cidadão, que pode escolher seus representantes tanto no Executivo quanto no Legislativo

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Jornal da Câmara Municipal de NH/Maio - Junho de 2012

O povo quer saber

Câmara NotíciasJornal da Câmara Municipal de Novo Hamburgo27ª Edição - maio e junho de 2012

Textos e fotografias: jornalistas Daniele Souza (Mtb: 12.797), Maíra Kiefer (Mtb: 11.235), Melissa Barbosa (Mtb: 10.652 ) e Tatiane Lopes de Souza (Mtb:12.272). Estagiários em jornalismo: Douglas Cypriano e Graziela Salles.Projeto Gráfico e Diagramação: Tatiane Lopes de SouzaJornalista Responsável: Tatiane Lopes de SouzaCoordenadora de Comunicação: Daniele SouzaImpressão: Grupo Sinos

Tiragem: 34 mil exemplaresPeriodicidade: mensalDistribuição gratuitaValor da impressão: R$ 5.436,00

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Ligue para a gente. Sua sugestão será bem-vinda

3594.0521/0510

Blog: jornalcamaranoticias.blogspot.com

Ricardo Ritter assume a Presidência por 10 dias

Comissão de Finanças analisa metas fiscais do Município

Como as escolas podem visitar a Câmara?

Mesa Diretora 2012Gilberto Koch: presidenteRicardo Ritter: vice-presidenteVolnei Campagnoni: 1ª secretárioAntonio Lucas: 2ª secretário

Legislativo prestigia Casa de NH em feira calçadista

No dia 30 de maio, o diretor de contabili-dade da Secretaria da Fazenda, Mauro Batis-ta Bittencourt, e a con-tadora Elisângela Carli de Albuquerque, tam-bém servidora do Exe-cutivo, apresentaram à Comissão de Finanças o relatório de cumpri-mento das metas fis-cais do quadrimestre, conforme determina a Lei Responsabilidade Fiscal. Participa-ram da reunião, além de Leonardo Hoff (presidente da comissão) e Sergio Hani-ch (secretário), o presidente da Câmara, Gilberto Koch, o vereador Jesus Maciel, o assessor de comissões, Paulo César Rodrigues, e a coordenadora legislativa, Fernanda Luft.

A receita corrente líquida entre maio de 2011 e abril de 2012 ficou em R$ 492 milhões. A despesa com pessoal, em R$ 222 milhões – 45,19% da recei-ta corrente líquida. Ou seja, abaixo do máximo fixado pela LRF, que é 54%. A dívida consolidada líquida foi de R$ 47 milhões, 9,67% da receita corrente

Ouvidoria: 0800-643-0555 ou 3594-0571

De acordo com a Resolução nª 5/2003, os alunos das escolas sediadas em NH, tanto da rede pública como da particular, po-dem participar das sessões ple-nárias, que são realizadas sempre às terças e quintas-feiras, a partir das 14h30min. Eles conhecerão as dependências do Palácio 5 de Abril e o funcionamento do Po-der Legislativo. O agendamento deverá ser feito em um prazo mí-nimo de sete dias úteis antes da sessão de interesse. A direção da escola deverá encaminhar um ofício com o nome e a idade de cada aluno; o nome do

Os calçados e acessórios que estamparão as vitrines nas estações primavera/ve-rão 2012 e 2013 puderam ser conferidos, em primeira mão, na 21º edição do Sa-lão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), rea-lizada de 27 a 30 de maio em Gramado. De acordo com Frederico Pletsch, di-retor da Merkator, empresa organizadora do evento, a feira entrou para a história como a maior do RS neste segmento. Ele comemora um crescimento de 25% no número de expositores. Ao todo, foram 350 estandes de todo o Brasil, mais de mil marcas e 38 impor-tadores de 15 países. O presidente da Câmara, Gilberto Koch, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Calçadista, Antonio Lucas, e o vereador Ito Luciano prestigiaram o evento, conversaram com os exposito-res e conferiram as novidades do setor.

A Casa de Novo Hamburgo

Betinho gostou do que viu no SICC, principalmente nos estandes da Casa de Novo Hamburgo. “Isso nos mos-tra que o Executivo acertou no inves-

líquida. O limite definido por resolu-ção do Senado é de 120%.

De acordo com a Constituição Fe-deral, os municípios têm de aplicar 25% das receitas resultantes de im-postos em educação e 15% em saúde. As despesas de Novo Hamburgo com educação de janeiro a abril foram de R$ 18.576.177,48, o que representa 20,30%. Bittencourt disse que esse per-centual será ampliado ao longo do ano, pois ainda não foi considerado o 13ª salário dos professores. E as despesas com saúde foram de R$ 16.302.397,92 – 17,81%, acima do mínimo previsto. Esse valor não considera os gastos da Fundação de Saúde Pública.

timento, e nós, vereadores, acertamos aprovando o projeto que criou o espa-ço. Os resultados são positivos e vão dar retorno ao Município”, disse. Ito complementou: “É um importante re-conhecimento a todas as pequenas e médias empresas da cidade. Hoje, 30 empreendimentos estão expondo aqui. Com o incremento das vendas, aumen-ta a receita do Município.” Antonio Lucas destacou que esse é o terceiro ano que o SICC conta com a Casa de Novo Hamburgo, uma vitória da atual administração, segundo ele. “Partici-pando das feiras também percebemos a evolução das empresas – muitas cres-ceram tanto que abriram espaço para novas gerações”, revelou.

Alunos da Escola de Educação Profissio-nal Braniewo, unidade do Colégio Santa

Catarina, com o presidente da Casa, Gilberto Koch - Betinho

professor responsável pela turma; e o nome do diretor da escola.

Uma denúncia da comunidade, feita em maio, levou os vereadores Jesus Ma-ciel, presidente da Comissão de Saúde, e Sergio Hanich, que atua na Comissão de Orçamento e Planejamento, a vistoriar, no dia 11 de junho, obra no Cemitério Municipal. No local, há uma placa do Executivo indicando que os trabalhos de reparo no telhado e cobertura seriam realizados de 24 de outubro a 24 de de-zembro de 2011. Contudo, conforme ve-rificaram os parlamentares, o material – areia, madeira e brita – estava ao relento. A obra tem previsão de custo de quase R$ 73 mil.

Além disso, na área onde se encon-tram as gavetas, foram verificadas infil-trações: gotas pingam do teto, inclusive perto das instalações elétricas. O secre-tário de Obras, Paulo Schmidt, falou que, por enquanto, não há previsão para a conclusão da obra. Ele declarou que o material existente no local é apenas 5% do total necessário. Segundo Schmidt, um levantamento sobre a quantidade exata para o término dos trabalhos está sendo realizado por um arquiteto da Prefeitura. Após a visita, o material de construção foi retirado do Cemitério pelo Executivo.

Vereadores fiscalizam obra no Cemitério Municipal

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Jornal Câmara Notícias

Ricardo Ritter assume a Presidência por 10 dias

Comissão de Finanças analisa metas fiscais do Município

Alterada estrutura da Ouvidoria Parlamentar

O vice-presidente Ricardo Ritter – Ica liderou o Legislativo hambur-guense do dia 4 a 13 de junho. O titular, Gilberto Koch, estava licen-ciado por motivos de saúde.

Segundo Ica, assumir a presidên-cia da Câmara, status máximo de um dos três Poderes do Município, é motivo de orgulho. “Pude ver de

Aumenta mobilização no Dia do Desafio em NH

Novo Hamburgo par-ticipou da programa-ção do Dia do Desafio 2012, realizado em 30 de maio. Nesta edição, o município perdeu para a cidade fluminense de Campos dos Goytaca-zes. Foram mobilizados 46,88% dos hambur-guenses, contra 68,71% da população da cida-de do estado do Rio de Janeiro. Em Novo Hamburgo, uma bandeira branca saiu às oito da ma-nhã da Prefeitura municipal e percor-reu durante todo dia entidades e em-presas parceiras, dentre elas a Câmara de Novo Hamburgo. O presidente do Legislativo hamburguense, Gilberto Koch, recebeu o estandarte acompa-nhado por 18 servidores. Na sede da Câmara, 108 pessoas participaram de

um torneio de chute a gol. Uma goleira foi disposta em cada um dos andares do prédio da Câmara. Foram 324 chutes e 212 convertidos. Fizeram parte da co-missão organizadora das atividades na Câmara a servidora Daniela Nunes e os assessores parlamentares Nelson Koch e Maigon Emerich. Mesmo perdendo, NH mobilizou 12 mil pessoas a mais do que na edição anterior, em 2011.

Obras da Câmaraficam prontas em julho

perto a magnitude e importância do cargo. Conheci melhor os trâmites le-gais e rotineiros da Casa”, revelou.

O tempo que ficou à frente da Câ-mara foi tranquilo, garantiu o verea-dor. “Para um bom andamento dos trabalhos é preciso harmonia entre todos os servidores, direção e presidên-cia”, disse Ica.

O presidente Gilberto Koch conce-deu entrevista coletiva no dia 19 de junho para falar sobre as obras do Pa-lácio 5 de Abril. O engenheiro Celso Feltes explicou que há muitos detalhes e acabamentos a serem feitos, mas que está otimista quanto ao cumprimento do prazo, estimado em 15 de julho. Ele frisou que essa é uma obra bas-tante complexa, devido à estrutura do prédio.

O engenheiro afirmou que a popu-lação perceberá que o espaço onde se realizam as sessões será diferenciado, muito mais claro e acessível. Além dis-so, o novo sistema de ar condicionado será mais eficiente, gerando mais eco-nomia à Casa.

De acordo com o engenheiro Gerson Ibañez, que fiscaliza os trabalhos, 60% da obra está concluída, o que inclui o Plenarinho Pedro Thön, a rampa de acesso, a pintura externa, a colocação do piso e o forro do hall de entrada e 50% da impermeabilização do prédio.

No Plenário, já foi feita a instalação da plataforma de acesso, colocação do forro e dos revestimentos de parede.

O projeto de reforma da Câmara visa melhorar a acessibilidade ao prédio e resolver problemas estruturais, como infiltração, direcionamento pluvial e instalações elétricas no andar térreo. Antes, os gabinetes do 5ª andar, a Pre-sidência, a sala da Assessoria de Comu-nicação, o Plenário e o hall de entrada sofriam com infiltrações.

No Plenário haverá acesso para ca-deirantes por meio de plataforma ele-vatória. O espaço será totalmente aces-sível a pessoas com deficiência. Haverá também novas instalações elétricas e de som, melhorando a transmissão das sessões pela TV Câmara. A tribuna da imprensa será ampliada, criando espa-ço específico para setoristas que acom-panham os eventos do Legislativo.

O Palácio 5 de Abril foi inaugura-do em 1983 e desde então nunca havia sido reformado.

Baseada em modelo implantado na Assembleia Legislativa e no Congres-so Nacional, a Câmara Municipal de Novo Hamburgo readequou a estru-tura de sua Ouvidoria Parlamentar. A Resolução nª 04/2012, de 23 de abril, especifica as atribuições e a nova con-figuração do seu quadro. No Art. 3ª°, consta que o cargo ouvidor-geral deve-rá ser ocupado por um parlamentar, assim como o posto de ouvidor substi-tuto, ambos designados pelo Presiden-te da Casa. Essa estrutura é adotada por outros canais de interlocução ofe-recidos pelos Legislativos no País.

Até agora, os vereadores em Novo Hamburgo não desempenhavam essa função. Desde maio de 2011, quando foi implantada a Ouvidoria na Câma-ra, uma servidora de carreira da Casa Legislativa era encarregada de receber, examinar e encaminhar aos órgãos operacionais as reclamações ou repre-sentações de pessoas físicas e jurídicas.

Em 7 de maio, foi assinada a Porta-ria nª 94/2012, que nomeou o verea-dor Ricardo Ritter - Ica ouvidor-geral e a vereadora Anita Lucas de Oliveira

ouvidora substituta. Os dois perma-necerão na função até o final do ano, ao término da presente legislatura. Os próximos a ocupar o cargo terão man-dato de um ano, sendo permitida sua recondução ao posto por mais um pe-ríodo.

A resolução prevê ainda que caberá à Presidência a designação de um assessor da Ouvidoria, responsável pela parte operacional do serviço, que pode ser tanto um servidor de carreira quanto um outro funcionário ou alguém cha-mado para esse posto. Esse cargo precisa ser criado por projeto de lei. A ouvido-ria conta ainda com um encarregado do setor, desempenhado atualmente por servidor concursado da Casa.

Saiba mais

O espaço da Ouvidoria Parlamentar, localizado no saguão do prédio, foi oficialmente lançado no dia 6 de de-zembro de 2011. A Câmara de Novo Hamburgo já contou com esse canal de interlocução em 2004, que foi reati-vado no ano passado.

Canais de acessoE-mail: [email protected]

Fone: 0800-643-0555 ou (51) 3594-0571Correio: rua Almirante Barroso, 261, Centro

CEP: 93510-290

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Qual a diferença entre voto branco e nulo?Há apenas uma: para se votar em branco, aperta-se a tecla “branco” na urna

eletrônica; e para se anular, digita-se um número que não representa nenhum candidato. A diferença termina aí. Com a Lei nª 9.504, de 30 de setembro de 1997, eles se tornaram equivalentes. O artigo 3ª determina que será considerado eleito prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e nulos. E o artigo 5ª, que nas eleições proporcionais contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.

Algumas pessoas acreditam que, se a maioria dos votos for anulada pelos elei-tores, deverá haver uma nova eleição. Mas esse entendimento está incorreto. Um pleito é invalidado apenas quando a Justiça Eleitoral declara que mais de 50% são nulos, devido a fraudes e outros problemas.

As eleições de 2012, para os cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito, estão marcadas para o dia 7 de outubro, das 8h às 17h. O voto é obri-

gatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, maiores de 70 anos e para aqueles com idade entre 16 e 18 anos. Veja aqui nesta página im-portantes informações sobre esse ato de democracia

Eleições 2012

Quem não estiver em seu domicílio eleitoral na data da eleição o que deve fazer?

Deverá justificar sua ausência, entregando o Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE) em locais de votação. Será preciso levar o título e um documen-to com foto. Caso o eleitor não faça isso, deve, em até 60 dias, apresentar um requerimento ao juiz da zona eleitoral onde está inscrito – o que pode ser feito pessoalmente ou pelos Correios. Vale lembrar que o chamado voto em trânsito, ou seja, a possibilidade de se votar fora do domicílio eleitoral, só vale nas elei-ções para presidente e vice-presidente da República.

E quem estiver no exterior?Brasileiros com domicílio eleitoral no exterior podem votar somente nas elei-

ções para presidente e vice-presidente da República. Nesses casos, organizam-se seções eleitorais sempre que, na jurisdição da embaixada ou do consulado-geral,

Fique atentohaja pelo menos 30 pessoas cadastradas. Quem manteve o domicílio eleitoral em município brasileiro, todavia, continua obrigado a votar em todas as eleições – e deve justificar a ausência. Já quem estiver viajando para outro país terá prazo de 30 dias após seu retorno para comparecer em qualquer unidade de atendimento ao eleitor e apresentar comprovação, como passagem, cartão de embarque ou passaporte.

O que acontece com quem não votar?Não existe limite para justificativas, mas será cancelada a inscrição de elei-

tor que não votar e não justificar em três eleições consecutivas. Ao eleitor que deixar de votar e não justificar é aplicada a multa eleitoral, arbitrada pelo juiz eleitoral. E quem que não votar, não justificar e não quitar sua dívida median-te o pagamento da multa eleitoral fica impedido de se inscrever em concurso público, receber pagamento de funções ou emprego público, obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, obter passaporte ou carteira de identidade, e renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.

Fonte: www.tre-rs.jus.br e www.tse.jus.br

Douglas Cypriano

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O artigo 84 do Código Eleitoral (Lei nª 4.737/1996) estabelece que a eleição para as Câmaras Municipais obedecerá ao princípio da representação proporcional – através do qual a proporção de cadeiras ocupada por cada partido ou coligação é diretamente determinada pela proporção de votos obtida. Ou seja, um partido ou uma coligação que teve 30% dos votos deverá ter 30% das cadeiras.

Nesse sistema, é preciso fazer algumas contas para se chegar ao resultado da eleição. Primeiramente, divide-se o nú-mero de votos válidos (nominais e nas legendas, sem contar os brancos e nulos) pelo número de vagas. Esse é um núme-ro muito importante, pois representa a quantidade mínima de votos que um partido ou coligação deve ter conseguido para ter direito a uma vaga. É o chamado quociente eleitoral. Por exemplo, no caso de haver 151 mil votos válidos em uma cidade com 14 vagas na Câmara, como é

A primeira eleição municipal aconte-ceu no dia 29 de maio de 1927. Com-pareceram às urnas 574 eleitores. Em 5 de junho tomou posse o intendente Leo-poldo Petry e o vice Guilherme Ludwig. Na oportunidade também foi escolhido o Conselho Municipal, composto por Alberto Adams, Alberto Steigleder, Albi-no Schröer, Arduíno Brodbeck, Balduí-no Michel, Bertholdo Rech e Guilherme Vielitz. Na época, os sete conselheiros de-sempenhavam papel equivalente ao dos vereadores da atualidade.

A quantidade de representantes foi de-terminada pelo Decreto nª° 3818, que em seu art. 2° também estipulava a primeira tarefa do grupo: decretar a Lei Orgânica e votar o Orçamento.

Além disso, outra preocupação foi a construção de uma instituição de saúde que atendesse a população carente. Assim nasceu o Hospital Operário Darci Var-gas, inaugurado em 1ª de novembro de 1947. Chamado atualmente de Hospital Municipal, foi ampliado agora em maio de 2012. Essa conquista contou com a atuação ativa dos vereadores.

30/06/2012: Fim do prazo para a realização de convenções para esco-lher candidatos a prefeito, a vice-pre-feito e a vereador.

01/07/2012: Data a partir da qual não será veiculada a propaganda par-tidária gratuita, nem será permitido nenhum tipo de propaganda política paga no rádio e na TV.

06/07/2012: Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral. Partidos ou coligações podem fazer funcionar, das 8 às 22h, alto-falantes ou amplificadores de som, nas suas sedes ou em veículos, e realizar comícios. Será permitida a propaganda eleitoral na in-ternet, vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda paga.

08/07/2012: Data a partir da qual o juiz eleitoral deve convocar os partidos e a representação das emissoras de TV e de rádio para a elaboração de plano de mídia para uso do horário eleitoral.

10/07/2012: Último dia para os can-didatos requererem seus registros peran-te o juiz eleitoral.

13/07/2012: Último dia para qual-quer candidato, partido político, coli-gação ou o Ministério Público Eleitoral impugnar os pedidos de registro de can-didatos apresentados pelos partidos ou coligações.

12/08/2012: Último dia para o juiz eleitoral realizar sorteio para a escolha da ordem de veiculação da propaganda de cada partido ou coligação no primei-

A primeira legislatura da Câmara Municipal

Embora já existissem o Conselho Mu-nicipal desde o primeiro ano da cida-de, somente em 1947 as legislaturas começaram a ser contadas, sucedendo--se de forma contínua e sem inter-rupções até a atualidade. Em 1937, as atividades nas casas legislativas foram suspensas após o golpe que instalou o Estado Novo. Elas só seriam retoma-das dez anos depois.

Curiosidade

A mais antiga legislatura no País ocorreu de 1826 a 1829 e, de acordo com o Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados, serviu como marco inicial para a designação das legislatu-ras pelo respectivo número de ordem a fim de que seja mantida a continuida-de histórica da instituição parlamen-tar do Brasil. Atualmente, a Câmara dos Deputados encontra-se na 54º Le-gislatura.

E a vaga para prefeito e vice?O cálculo, nesse caso, é bem mais simples. Considera-se eleito o candidato

que receber a maioria dos votos válidos. Novo Hamburgo não tem o número de eleitores mínimo para a realização do segundo turno.

Como são definidas as vagas na Câmara de Vereadores

o caso de Novo Hambur-go, o quociente eleitoral será 10.786. Então, só tem representatividade na Câ-mara o partido ou a coli-gação que tiver alcançado 10.786 votos ou mais.

O passo seguinte é calcu-lar o quociente partidário, que definirá o número de cadeiras ao qual cada par-tido ou coligação terá di-

reito. Nesse caso, são feitas várias contas, uma para cada partido ou coligação com direito a cadeiras. Divide-se o número de votos recebidos pela sigla ou pelo grupo de siglas pelo quociente eleitoral. Por exemplo, ainda considerando-se o quo-ciente eleitoral de 10.786, o partido ou a coligação que recebeu 45.000 votos terá direito a quatro vagas. O preenchimento dessas vagas será feito segundo a ordem de votação recebida pelos seus candida-tos. Ou seja, os quatro mais votados des-se partido ou dessa coligação assumirão como vereadores.

Caso nem todas as vagas sejam preen-chidas dessa maneira, será feito o chama-do cálculo de média. Divide-se o número de votos válidos (nominais e de legenda) dados a um partido ou a uma coligação pelo número de candidatos a que tem di-reito + 1. Quem tiver a maior média, fica com a cadeira.

A propaganda eleitoral foi instituída pela Lei nª 4.737, de 15 de julho de 1965, que criou o Código Eleitoral Brasileiro. Ela somente será permitida, inclusive pela in-ternet, a partir do dia 06 de julho e será proi-bida desde 48 horas antes e até 24 horas depois do dia do pleito.

Para prefeito e vice, os programas serão transmitidos às segundas, quartas e sextas--feiras, em dois blocos de meia hora cada. No rádio, das 7h às 7h30min e das 12h às 12h30min; e na televisão, das 13h às 13h30min e das 20h30min às 21h. Nas elei-ções para vereador, às terças e quintas-feiras e aos sábados, nos mesmos horários.

Os candidatos a prefeito também têm 30

Como ficam o CN e a TV CâmaraDevido à Legislação Eleitoral, o informativo Câmara Notícias deixará de circular en-

tre os meses de julho e setembro. A TV Câmara – canal 16 da NET seguirá transmitindo as sessões plenárias ao vivo. A programação, porém, será alterada devido ao impedi-mento legal de se fazer reportagens sobre as ações parlamentares. A partir do dia 21 de agosto, o canal Legislativo irá exibir a propaganda eleitoral gratuita dos candidatos hamburguenses.

A propaganda eleitoralminutos diários em forma de inserções de 15, 30 ou 60 segundos para divulgar a suas propagandas. Os vídeos deverão utilizar a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) ou o recurso de legenda, que constará obrigato-riamente do material entregue às emissoras.

Os juízes eleitorais distribuirão os ho-rários reservados à propaganda de cada eleição entre os partidos políticos e as co-ligações que tenham candidato: um terço, igualitariamente; dois terços, proporcio-nalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados, considerado, no caso de coligação, o resultado da soma do número de representantes de todos os par-tidos políticos que a integrarem.

Primeira eleição de NH

ro dia do horário eleitoral gratuito.21/08/2012: Início do período da pro-

paganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.27/09/2012: Último dia para o eleitor

requerer a segunda via do título eleitoral dentro do seu domicílio eleitoral.

04/10/2012: Último dia para a divul-gação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV .

05/10/2012: Último dia para a divulga-ção paga, na imprensa escrita, e a repro-dução na internet do jornal impresso, de propaganda eleitoral.

06/10/2012: Último dia para a propa-ganda eleitoral mediante amplificadores de som ou distribuição de material gráfico.

07/10/2012: Dia das Eleições – 1ª tur-no.

28/10/2012: Dia das Eleições - 2ª turno (Novo Hamburgo não possui 2ª turno).

19/12/2012: Término do prazo para a diplomação dos eleitos.

1ª/01/2013: Data da posse do prefeito, vice e vereadores eleitos. A solenidade é re-alizada na Câmara de Vereadores.

Douglas C

yprian

o

Calendário Eleitoral

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Jornal da Câmara Municipal de NH/Maio - Junho de 2012

Trensurb: como estão funcionando as novas estações

Como funciona a Lei de Acesso à Informação?

Inauguradas no dia 22 de maio, as novas estações, Rio dos Sinos e Santo Afonso, seguem funcionando em horário alternativo – das 10h às 23h20min e com embarque gratuito. De acordo com a

Trensurb, a média de usuários que acessam o serviço nesses dois pontos é de 3,2 mil nos dias úteis

População reduz consumo de água e evita racionamento

Cooperativismo e patrimônio na pauta de votação

A Lei nª 12.527/2011, que entrou em vigor em maio, determina que os órgãos e entidades do Poder Público devem assegurar a gestão transparen-te da informação. Todos os cidadãos têm o direito de acesso, entre outras, a informações sobre atividades exerci-das pelos órgãos e entidades, sobre a administração do patrimônio público, sobre a implementação e os resultados de programas, projetos e ações, e ao re-sultado de inspeções, auditorias, pres-tações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e ex-terno. Também temos o direito de obter orientação sobre como encontrar todas as informações que procuramos.

A maioria dos dados, aliás, deve es-tar à nossa disposição mesmo antes de pedirmos por eles. É dever dos órgãos e entidades públicas divulgar, indepen-dentemente de requerimentos, seu ende-reço, telefone e horário de atendimento; as despesas e os procedimentos licita-tórios; dados para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras; e respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. Tudo isso deve estar, no mí-nimo, reunido em um site na internet.

Quando não for possível encontrar o que se procura online ou em outros meios de divulgação, basta fazer um re-querimento. A resposta deve ser dada imediatamente, se estiver disponível, ou em até 20 dias, prorrogáveis por mais 10 dias. O pedido não precisa ser justificado.

A lei se aplica aos poderes Executivo e Legislativo nos âmbitos federal, estadual e municipal, às Cortes de Contas, ao Ju-diciário e ao Ministério Público; e às au-tarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, estados, Dis-trito Federal e municípios. Também às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos.

Há algumas exceções. O direito de acesso não compreende informações re-ferentes a projetos de pesquisa e desen-volvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segu-rança da sociedade. Também são con-sideradas passíveis de classificação, por exemplo, aquelas cuja divulgação possa pôr em risco a segurança da população e a soberania nacional, prejudicar negocia-ções ou relações internacionais ou com-prometer investigações ou fiscalizações em andamento. Além disso, o trata-mento das informações pessoais deve ser feito com respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem.

Em cada sessão plenária, são debati-dos e votados projetos de lei. Alguns são de autoria dos parlamentares; ou-tros, do Executivo. Conheça aqui as propostas encaminhadas pelos vere-adores na última quinzena de maio. Acompanhe a análise de todas no site www.camaranh.rs.gov.br.

Dia Municipal do Cooperativismo

Novo Hamburgo poderá celebrar o cooperativismo todos os anos na terça--feira após o primeiro sábado de julho, quando é comemorado o dia interna-cional desse modelo de negócio. Proje-to de Raul Cassel foi aprovado em dois turnos por unanimidade. Nessa data, poderão ocorrer atividades envolvendo entes públicos e privados para divulgar e incentivar o cooperativismo. O vere-ador salientou que debateu a propos-ta com representantes de cooperativas hamburguenses, que se compromete-

A Comissão de Direitos Huma-nos, integrada por Anita Lucas de Oliveira (presidente), Volnei Cam-pagnoni (secretário) e Carmen Ries (relatora), apresentou no dia 31 de maio uma moção de repúdio a qualquer termo com eventual con-teúdo racista em Novo Hamburgo. Os vereadores buscam, com esse ato, chamar a atenção para o tema.

O texto traz um relato feito pelo suplente Daniel Schokal. Segundo ele, o árbitro do jogo entre Esporte Clube Novo Hamburgo e Socieda-de Esportiva e Recreativa Caxias do Sul, Jean Pierre Gonçalves de Lima, narrou em súmula que a torcida do time anfitrião teria chamado um jogador adversário de macaco. A suposta vítima, Vanderlei Fran-cisco, não fez nenhuma reclama-ção. Schokal, que se encontrava no jogo, também nada presenciou.

Mesmo assim, com o documen-to, assinado por todos os vereado-res, a comissão buscou unir-se a todos aqueles que de uma forma ou de outra repudiam atos racistas. A moção foi enviada ao presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), à direção do Esporte Clu-be Novo Hamburgo e à direção da SER Caxias.

Sociedade Ginástica

A Sociedade Ginástica poderá ser de-clarada Patrimônio Histórico e Cultu-ral Imaterial da Cidade de Novo Ham-burgo. O vice-presidente Ricardo Ritter – Ica é o autor de projeto que autoriza o Poder Executivo a adotar as medidas administrativas visando ao seu tomba-mento. O objetivo, apontou o vereador, é perpetuar e resguardar a história e o acervo cultural da entidade.

ram a realizar diversas ações.Mário Konzen, vice-presidente da Si-

credi Pioneira RS, participou da sessão no dia 22 de maio para falar sobre o tema. “É um meio de retenção de valor, diferentemente do capitalismo, que tira os valores da comunidade onde o bem é produzido”, destacou. Cassel lembrou que na 64º Assembleia Geral das Nações Unidas, ocorrida em 2009, foi aprovada a resolução que estabeleceu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas.

Comissão repudia racismo

Quem desembarca na estação Santo Afonso pode utilizar a linha de ônibus chamada transversal 1, que passa pelo Centro Administrativo Leopoldo Petry e segue para Canudos. O tempo de espera é de 20 mi-nutos nos horários de pico (das 6h às 8h e das 11h às 13h) e de 40 minutos nas demais horas do dia. As demais linhas, denominadas Vila Marte, Canudos – Vila Marte, Liberato – Vila Marte, Primeiro de Mar-ço, Canudos – Santo Afonso, Canudos BR-116 – até Móveis Líder, Canudos BR-116 – Centro e Kraemer – Vila Marte, cumprirão seus itinerários normalmen-te, passando pela estação Santo Afonso. De acordo com a secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, neste primeiro momento, a integração ocorrerá ape-nas de forma física, ou seja, o passageiro pagará as tarifas de ônibus e trem separadamente.

O prefeito de São Sebastião do Caí, Darci José Lauermann, agradeceu a doação de 250 luminárias ao seu município. A ação foi possibilitada por meio de projeto do Executivo, aprovado por todos os vereadores

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Jornal Câmara Notícias

População reduz consumo de água e evita racionamento

A g e n d a Câmara- 21 de junhoO secretário de Infraestrutura e Lo-

gística do Estado, Beto Albuquerque, fala sobre a avenida dos Municípios e a ERS-010, Rodovia do Progresso. Autor: Ricardo Ritter

- 4 de julhoÀs 19h, ocorre Sessão Comunitária

na E. M. E. F. Presidente Floriano Pei-xoto, localizada na rua Américo Ves-púcio, 640, bairro São Jorge.

- 24 de julhoSessão Solene, às 19h30min, para

homenagear a Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL, pela passagem do seu Jubileu de Ouro. Autor: Raul Cassel. - 7 de agosto:

Sessão Solene, às 19h30min, para entrega da medalha do Mérito Es-portivo de Novo Hamburgo. Autor: Raul Cassel.

- 16 de agostoParte do Expediente vai ser destina-

da a homenagear a Escola Municipal Caldas Júnior pela comemoração dos 60 anos. Autor: Gilberto Koch.

Acompanhe a agenda com-pleta e possíveis alterações

no site do Legislativo:www.camaranh.rs.gov.br

Marcha dosmunicípiosVolnei Campagnoni representou

a Câmara na XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, reali-zada de 15 a 17 de maio. Segundo o vereador, o debate girou em tor-no das temáticas: o poder local na construção de uma nova realidade; os municípios como protagonistas no enfrentamento ao crack; e pro-postas em tramitação que visam re-distribuir os royalties de petróleo e gás natural.

Volnei destacou a presença da pre-sidente Dilma Rousseff no evento. “Ela anunciou investimentos em creches, tanto na construção de espaços físicos quanto no custeio das crianças. Além disso, explicou a sistemática do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e a regulamentação da PEC 29, que tramita desde 2007 no Congres-so, e fixa um piso de inves-timento que a União, estados e municípios destinarão à saúde.”

Saúde e segurança foram as princi-pais reivindicações apresentadas na sessão comunitária de Lomba Grande, no dia 6 de maio. O encontro ocorreu no salão da comunidade católica São José.

Estiveram presentes Ricardo Ritter – Ica, presidente da Câmara em exer-cício, Volnei Campagnoni, Gerson

Comunitária em Lomba Grande

Peteffi, Jesus Maciel, Sergio Hanich, Anita Lucas de Oliveira, Luiz Carlos Schenlrte, Carmen Ries, Vitor Gatelli e Matias Martins. Betinho enviou ofí-cio destacando a relevância do debate e justificando sua ausência. Os parla-mentares falaram sobre a importância do bairro e da mobilização da comuni-dade na busca por melhorias. Alguns

vereadores lembraram que o traçado da ERS-010 deve passar por Lomba Grande, o que impulsionará o desen-volvimento da região.

André Fernando de Mello, presi-dente da Associação dos Moradores de Lomba Grande, entregou aos par-lamentares um ofício com a pauta de reivindicações. Mariza Scherer lamen-tou que a comunidade tenha perdido o atendimento básico de saúde. Ela elogiou o trabalho das equipes da saúde da família, mas, conforme a moradora, quando há necessidade de atendimento urgente, é preciso buscar a UPA de Canudos ou ir até o Centro.

Outro morador, Carlos Roese, citou o problema da segurança pública. Ele mencionou que a região é usada como rota de fuga de assaltantes. Roese infor-mou que a Amolomba planeja entre-gar uma abaixo-assinado ao secretário estadual de Segurança, Airton Michels, para pleitear uma delegacia de polícia para o bairro.

Vereadores ouvem reivindicações da comunidade

As chuvas têm sido escassas desde novembro. O nível do Rio dos Sinos tem preocupado a Comissão de Meio Ambiente, composta pelos vereadores Matias Martins, Luiz Carlos Schenlrte e Ito Luciano, e o presidente da Casa, Gilberto Koch, que até 2011 fazia parte da direção do Comitê Intermunicipal Legislativo de Acompanhamento das Ações do Consórcio Pró-Sinos. Os in-tegrantes da comissão do Legislativo participaram, de 10 a 15 de junho, da 42º Assembleia Nacional da Assemae, em Maringá (PR). O tema deste ano foi Saneamento básico - Desafios e ce-nários para a universalização.

Desde dezembro, 381 municípios decretaram situação de emergência por estiagem. Nesse período, 75 fize-ram racionamento de água. Em Novo Hamburgo, além das consequências na agricultura, o abastecimento de água pode ser afetado. Segundo o diretor-ge-

ral da Comusa, Mozar Dietrich, a população está cooperando. O consumo caiu 30% na compa-ração com anos anteriores. Se-gundo ele, essa atitude afastou, até o momento, a necessidade de uma anúncio de racionamento.

De acordo com o tenente-

-coronel Oscar Luis Moiano, subchefe da Defesa Civil, há sete meses os níveis pluviométricos estão abaixo da média nas cidades gaúchas. “Todos os manan-ciais estão em níveis baixos.” Ele lem-brou que, em 2004, a estiagem foi muito severa, mas em 2012 atingiu mais muni-cípios e durante mais tempo. Conforme Dietrich, Novo Hamburgo não precisa-rá fazer racionamento caso o nível do rio não baixe de 40/45cm. “Hoje, 13/6, estamos com 61cm. Semana passada esti-vemos com 57cm. Ainda dá para operar neste nível.”

Há risco de desabastecimento?Mozar Dietrich: Nos últimos dois meses, estamos trabalhando em uma situação de limite. As poucas chu-vas têm mantido o rio em um nível de equilíbrio muito baixo, o que tem trazido muitas dificuldades para a Co-musa. No entanto, a gente tem perce-

bido que a população tem atendido aos vários apelos que estão sendo fei-tos e economizado água.

Como está sendo feito o abasteci-mento?MD: O Rio dos Sinos não tem nenhum histórico de ficar sem água. Já chegou a estar com 40/50 centímetros, e tivemos que diminuir o bombeamento. Nós estamos passando por uma situação semelhante. Isso diminui a pressão hi-dráulica sobre as nossas bombas. Esta-mos bombeando 650 litros/s, contra os habituais 740 litros/s.

Como fica a qualidade da água?MD: Com menos água, aumenta a con-centração dos poluentes. O Rio dos Si-nos tem classificação 4. A numeração vai de 1 a 4, sendo a última a pior. A legislação restringe a utilização de cor-pos d’água com essa classificação para a população, a não ser com tratamentos bastante difíceis. A baixa do rio exige aplicação de um tratamento mais com-plexo e caro para manter a limpeza.

Moradores pedem delegacia de polícia e atendimento básico de saúde

Ao lado do Hospital Regina, aconteceu um vazamento em um reservatório de água da Comusa. O vereador Jesus Maciel, membro da Comissão de Saúde, fez um vídeo para mostrar o problema e apresen-tou na sessão do dia 24 de maio. A Comusa resolveu a questão no fe-riado de 7 de junho, porque a rede teve de ser desligada.

Alerta Verde

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Jornal da Câmara Municipal de NH/Março-Abril de 2012

Saúde ganha reforço: anexo do Hospital é inaugurado

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Após três anos, o anexo I do Hospital Municipal foi entregue à população ham-

burguense no dia 30 de maio. São 62 novos leitos para internação e outros 20 para atendimento ambulatorial. O prédio tem ainda ala de emergência e estabilização, blocos cirúrgicos, UTI para adultos e outros serviços da área

A Associação dos Legislativos dos Vales do Sinos e Paranhana – Alsipa recebeu o apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos – AMVRS na luta por um hospital re-gional federal, uma de suas principais bandeiras. O vereador Leonardo Hoff, secretário da entidade, representou a Câmara hamburguense em encontro realizado na Universidade Feevale. O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Criação de um Hospital Re-gional, Gerson Peteffi, explicou que a instituição será custeada pelo Estado e pelas União. Segundo ele, a diferença é que, por ser regional, deverá ter aporte de recursos para contratação de especia-listas e para exames e cirurgias de maior complexidade. Inicialmente, o objeti-

da saúde. A inauguração contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni, do prefeito Tar-císio Zimmermann, do presidente do Legislativo, Gilberto Koch, e dos vere-adores Raul Cassel, Sergio Hanich, Je-sus Maciel, Carlinhos Schenlrte, Anita Lucas de Oliveira, Carmen Ries, Ma-tias Martins, Antonio Lucas, Leonardo

Hoff, Volnei Campagnoni, a secretária municipal de Saúde, Clarita de Souza, entre outras autoridades.

Os parlamentares tiverem participação ativa no retorno das obras do anexo, paralisadas de fe-vereiro de 2009 a março de 2011. Através da Comissão de Saúde, da Comissão de Obras e da Fren-te Parlamentar de Acompanha-mento das Obras do Hospital, os

vereadores realizaram diversas vistorias durante a execução do anexo. A presidente da frente parlamentar, vereadora Carmen Ries, inclusive, parti-cipou do mutirão de limpeza, que ocorreu no final de sema-na antes da inauguração. Ela ressaltou que o lugar é lindo, amplo e tem ótimas condi-ções para atender bem a co-munidade. Jesus Maciel, que preside a comissão de Saúde, afirmou que a estrutura irá qualificar o atendi-mento de emergência em Novo Hambur-go. A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Diones Ayres, destacou que, após essa grande luta, o grupo pretende lançar uma campanha para reformar o prédio antigo do hospital. Emocionado, o chefe de enfermagem, Luís Besson, clamou aos colegas que reforcem o jura-mento da profissão – de respeitar a vida desde a concepção até a morte. Já a médi-ca Suzana Pereira, responsável técnica do hospital, ressaltou que a nova estrutura é parte da concretização de um sonho e marca o início de grandes reformas na casa de saúde.

A diretora da instituição, Simone Zu-colotto lembrou que, antes, era preciso

muita força, coragem e união para supe-rar as dificuldades impostas pela estrutu-ra precária.

“Esperamos que a população não pre-cise, mas se precisar, estaremos aqui para atendê-la com toda a dedicação”.

O secretário Simoni considerou o novo anexo fundamental para toda a região. Ele afirmou que Estado e Mu-nicípio já estão trabalhando para am-pliação da UTI em dez novos leitos. O prefeito Tarcísio lembrou que a saúde é uma das áreas que mais demanda esfor-ços da administração, e que essa obra foi compartilhada com o governo que o antecedeu. Zimmermann agradeceu as parcerias com Estado e União e res-saltou, porém, que ainda existem mui-tas necessidades.

Parlamentares acompanharam o andamento das obras Câmaras unidas por um hospital regional

vo é que seja feito um projeto técnico qualificado para que haja engajamento financeiro do Governo Federal na cons-trução do hospital. Segundo Hoff, que já foi diretor-financeiro do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, é ne-cessário apresentar dados concretos de-monstrando a urgência desta obra, que irá atender os 24 municípios da região. “Será uma melhoria significativa da saú-de pública não só de uma, mas de várias cidades.”

Após sugestão de Peteffi, para que o Executivo negociasse com um hipermer-cado da cidade doações para o Hospi-tal Municipal, a Prefeitura lançou uma campanha “Corrente da Solidariedade”, que visa a arrecadação de recursos para reformar as alas antigas da instituição.

Anexo tem 62 leitos para internação

Autoridades no ato oficial de inauguração

Câmara hamburguense sediou encontro de legislativos para debater a construção do Hospital Regional em novembro de 2011. Participaram os ve-readores Sergio Hanich, Leonardo Hoff, Raul Cassel, Luiz Carlos Schenlrte,

Volnei Campagnoni, Jesus Maciel e Gerson Peteffi.