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NÚMERO 65 DATA 20/09 a 01/10/2012 ANO I

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o tempo – on line – 29.09.2012 saÚDe

Após denúncia, mulher ganha cirurgia para operar aneurismaBernadete não tinha dinheiro para pagar o procedimento, de cerca de R$ 100 mil

LUCAS SIMÕESApós mais de 90 dias inter-

nada na Santa Casa de Belo Ho-rizonte à espera de uma cirurgia de urgência, a costureira Berna-dete Marcelino Pinto Silva, 54, enfim, recebeu, ontem, uma boa notícia. Após ser procurada pela reportagem, a Secretaria Muni-cipal de Saúde (SMS) divulgou que a cirurgia, que não é custea-da pelo SUS, foi liberada e será realizada na semana que vem. A secretaria informou que vai pagar pelo tratamento e, poste-riormente, discutirá com repre-sentantes do município de Rio Casca e da Secretaria de Estado da Saúde para pleitear o ressar-cimento.

Sem poder arcar com os custos para operar um aneurisma cerebral, cerca de R$ 100 mil, a costureira, com ajuda da Prefei-tura de Rio Casca, na Zona da Mata, cidade onde mora, entrou com uma ação judicial na sexta-feira passada contra o Sistema Único de Saúde (SUS), para ter a cirurgia assegurada gratuita-mente.

Internada desde o dia 27 de junho, Bernadete chegou a ficar 11 dias sob cuidados no Hospital Odilon Behrens, mas foi trans-ferida por não ter condições de arcar com as despesas. A costu-reira precisa ser operada para a implantação de um stent, uma espécie de controlador de metal na cabeça, que tem a função de normalizar a circulação do san-gue. De acordo com a SMS, a cirurgia custará R$ 113 mil no total, sendo R$ 92 mil do stent e R$ 21 mil do procedimento.

Antes de ser informado da liberação da cirurgia, o marido

da costureira estava inconfor-mado com o caso. “Minha mu-lher veio de ônibus sozinha para a capital para se tratar e agora ela não pode sair do hospital porque os médicos dizem que ela precisa de observação médi-ca e de repouso, sem atividades extravagantes”, disse o comer-ciante Abidala dos Santos Silva, 56, que não viajou com a mu-lher devido às negociações com a Prefeitura de Rio Casca para fazer a cirurgia.

Riscos. Segundo a neuro-cirurgiã Silvia Fraga, o risco de um aneurisma cerebral estourar pode se agravar, de acordo com a atividade e a rotina do paciente. “No geral, se a pessoa tiver uma atividade física maior, a pressão no cérebro também aumenta e crescem os riscos de um rompi-mento”, explicou a médica.

MINIENTREVISTA“Tem dias que acordo e dur-

mo chorando”Desde quando a senhora

aguarda a cirurgia? Desde ju-nho deste ano eu estou interna-da e aguardando para operar. O hospital passou o valor de quase R$ 100 mil para o procedimen-to completo e eu nem acreditei. Não posso pagar, trabalho como costureira e meu marido tem uma loja de bijuterias na nossa cidade, Rio Casca (na Zona da Mata). Não tenho plano de saú-de e o SUS não cobre esse valor para a cirurgia.

Como tem sido os dias da senhora no hospital? Difíceis e muito cansativos. Tem dias que acordo e durmo chorando, é um martírio. Os médicos dizem que preciso de repouso e cuidado porque se não o aneurisma pode estourar. (LS)

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LITZA MATTOS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (An-visa) quer fazer valer uma lei de 1977 que determi-na que medicamentos de tarja vermelha - como os anticoncepcionais - sejam vendidos somente com a apresentação da receita médica. O anúncio gerou um alvoroço entre as usuárias de contraceptivos e dividiu a opinião de especialistas da saúde.

Para se ter uma ideia do impacto da medida, en-tre agosto de 2008 e agosto de 2012, 135,8 milhões de unidades de anticoncepcionais foram vendidas no Brasil, segundo a empresa de auditoria IMS Health - 376 mil unidades por mês. A venda do contracepti-vo tem crescido, em média, 7% por ano, desde 2008 - considerando-se os dados mais recentes, referentes aos 12 meses anteriores a agosto.

Na última quinta-feira, audiência pública na An-visa reuniu diversos profissionais do país para dis-cutir o assunto. A maioria defendeu a exigência da receita, mas não houve consenso sobre o método a ser adotado - receita eletrônica, retenção da receita ou receita válida por até um ano. O próximo passo é a publicação de um edital, até 15 de outubro, convo-cando entidades para um grupo de trabalho que deve-rá definir as normas para estimular o uso racional dos remédios de tarja vermelha - que representam 65% do mercado.

A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) defende a exigência. “Algu-mas substâncias (do anticoncepcional) podem provo-car trombose, hipertensão”, explica o médico Frede-rico Peret, secretário da Sogimig.

Problema. A grande questão é garantir o aces-so das pacientes à pílula em um país com grandes diferenças regionais - e onde, para muitas, ainda é difícil conseguir a consulta com o ginecologista com rapidez, seja na rede pública ou no plano de saúde. É isso que preocupa a fisioterapeuta Mariana Roque, 25. “Minha médica do plano de saúde só atende uma vez por semana. Sempre que preciso, só consigo a consulta, no mínimo, depois de duas semanas”, re-lata. Mariana pode ter problema em dobro, porque um dos remédios que toma para amenizar a cólica menstrual também é de tarja vermelha.

“Nenhuma farmácia nunca me pediu receita”, diz a fisioterapeuta. E a maioria não pede mesmo. A reportagem procurou três grandes redes de farmácias

em Belo Horizonte. Apenas uma delas exigiu a recei-ta, que, segundo o farmacêutico, não fica retida. Mas, segundo ele, uma cópia do documento é arquivada em formato digital. As outras duas farmácias infor-maram que não existe orientação quanto à exigên-cia.

Fiscalização. Teoricamente, as farmácias e as drogarias que venderem remédios de tarja vermelha sem receita estão sujeitas a advertências e ao cance-lamento da licença. Mas, segundo a fiscal Rita Elaine Souza, da Vigilância Sanitária municipal, na capital mineira, existem apenas 150 profissionais para atua-rem em todos os setores - de bares a hospitais. “Hoje, a fiscalização só acontece em casos de flagrante”, ex-plica.

A Secretaria de Estado da Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai se pro-nunciar antes da normatização das novas regras. A assessoria de imprensa da Anvisa informou que só daria entrevistas sobre o assunto pessoalmente. A sede do órgão fica em Brasília.

alternatiVa

Validade de um ano pode ser mais viávelO vice-presidente do Conselho Regional de Far-

mácia de Minas Gerais, Claudiney Luis Ferreira, de-fende que a receita dos medicamentos de tarja verme-lha seja retida no ato da venda, como já ocorre com os antibióticos desde 2010.

Para o secretário da Associação de Ginecologis-tas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Frederico Peret, as receitas com validade de seis meses a um ano, de acordo com a medicação, são mais viáveis. A medida já é adotada na distribuição de anticoncep-cionais pelo Sistema Único de Saúde (centros de saú-de e farmácias populares).

Há um mês, a estudante Danielle Conceição Tei-xeira, 28, começou a usar a receita com validade de um ano, após trocar a pílula anticoncepcional pela in-jeção, no SUS, por recomendação do ginecologista. “No posto, eles anotaram a data da primeira injeção, para controle”, conta.

Com relação ao acesso ao anticoncepcional oral de emergência (“pílula do dia seguinte”), Peret admite que seria necessário criar um sistema de sustentação no Sistema Único de Saúde (SUS) para proporcionar uma logística e garantir o atendimento às pacientes que buscam o método emergencial.

o tempo – on line – 30.09.2012Automedicação.Órgão do Ministério da Saúde se mobiliza para cobrar cumprimento de lei que data de 1977

Anvisa querque pílula seja vendida somente com receita

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hoJe em Dia - mg - on line - 29.09.2012