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Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 2007 2972-(2) MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Decreto-Lei n.º 170-A/2007 de 4 de Maio A reestruturação integral dos anexos técnicos do Acordo Europeu Relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR), ocorri- da no ano de 2001, e as revisões complementares ocorridas nos anos de 2003 e 2005 tiveram globalmente em vista facilitar a utilização das regras do transporte rodoviário de mercadorias perigosas pelos agentes eco- nómicos e promover o seu alinhamento com as regras aplicáveis aos outros modos de transporte. Os 40 países que são Partes Contratantes do Acor- do devem, subsequentemente, proceder à adequação da sua regulamentação nacional ao ADR reestruturado, objectivo esse que, para os Estados membros da União Europeia, constitui um imperativo fixado pela Directi- va n.º 94/55/CE, do Conselho, de 21 de Novembro. Decorre da Directiva n.º 2004/111/CE da Comissão, de 9 de Dezembro, a obrigação de que tal adequação se faça agora a partir da versão de 2005 dos anexos do acordo. Por outro lado, a Directiva n.º 2004/112/CE, da Co- missão, de 13 de Dezembro, veio introduzir modifica- ções nos instrumentos de controlo rodoviário dos trans- portes de mercadorias perigosas e instituir um critério de classificação da gravidade das infracções em cate- gorias de risco, de acordo com a intensidade relativa dos danos sobre as pessoas ou o ambiente que pos- sam decorrer das violações em questão. Através do presente diploma, procede-se, pois, à transposição dos referidos actos comunitários. Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das Regiões Autónomas. Foi igualmente ouvida a Comissão Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto 1 — O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2004/111/CE, da Comis- são, de 9 de Dezembro, que adapta pela quinta vez ao progresso técnico a Directiva n.º 94/55/CE, do Conse- lho, de 21 de Novembro, relativa ao transporte rodo- viário de mercadorias perigosas, e ainda a Directiva n.º 2004/112/CE, da Comissão, de 13 de Dezembro, que adapta ao progresso técnico a Directiva n.º 95/50/CE, do Conselho, de 6 de Outubro, relativa aos controlos rodoviários em transporte de mercadorias perigosas. 2 — Os transportes rodoviários de mercadorias pe- rigosas com origem e destino em território português devem ser efectuados nas condições estabelecidas no Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada (RPE), que constitui o anexo 1 ao presente diploma e que dele faz parte integrante. 3 — Aos transportes com origem ou destino em ter- ritório estrangeiro aplica-se o Acordo Europeu Relati- vo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigo- sas por Estrada (ADR), concluído em Genebra em 30 de Setembro de 1957 e aprovado, para adesão, pelo Decreto-Lei n.º 45 935, de 19 de Setembro de 1964. Artigo 2.º Âmbito de aplicação Estão sujeitas à disciplina estabelecida pelo presente decreto-lei todas as operações de transporte rodoviário de mercadorias perigosas efectuadas em território por- tuguês, incluindo as actividades de carga e descarga nas vias do domínio público, bem como em quaisquer outras vias, quando abertas ao trânsito público. Artigo 3.º Mercadorias perigosas Consideram-se mercadorias perigosas as matérias, os objectos, as soluções e as misturas de matérias cujo transporte rodoviário é proibido ou objecto de imposi- ção de certas condições pelo RPE ou pelo ADR. Artigo 4.º Derrogações para transporte de pequenas quantidades 1 — Podem ser adoptadas disposições menos restri- tivas que as previstas pelo RPE para operações de transporte limitadas ao território português e que en- volvam apenas pequenas quantidades de determinadas mercadorias perigosas, com excepção de matérias de alta e média radioactividade. 2 — As derrogações referidas no número anterior são autorizadas por despacho do presidente do conselho di- rectivo do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), I. P., e devem ser comunicadas à Comissão Europeia. Artigo 5.º Derrogações para transportes locais 1 — Podem também ser adoptadas disposições dis- tintas das previstas no RPE para operações de trans- porte locais, limitadas ao território português. 2 — As derrogações referidas no número anterior são autorizadas por despacho do presidente do conselho di- rectivo do IMTT, I. P., e devem ser comunicadas à Comissão Europeia. Artigo 6.º Derrogações temporárias para a realização de ensaios 1 — Podem ser autorizadas pelo IMTT, I. P., der- rogações de carácter temporário ao disposto no RPE para a realização, em território português, dos ensaios necessários à adaptação do regime do transporte rodo- viário de mercadorias perigosas ao progresso tecnoló-

2972-(2) Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de ... · da no ano de 2001, e as revisões complementares ocorridas nos anos de 2003 e 2005 tiveram globalmente em vista

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  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(2)

    MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS,TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

    Decreto-Lei n.º 170-A/2007

    de 4 de Maio

    A reestruturação integral dos anexos técnicos doAcordo Europeu Relativo ao Transporte Internacionalde Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR), ocorri-da no ano de 2001, e as revisões complementaresocorridas nos anos de 2003 e 2005 tiveram globalmenteem vista facilitar a utilização das regras do transporterodoviário de mercadorias perigosas pelos agentes eco-nómicos e promover o seu alinhamento com as regrasaplicáveis aos outros modos de transporte.

    Os 40 países que são Partes Contratantes do Acor-do devem, subsequentemente, proceder à adequação dasua regulamentação nacional ao ADR reestruturado,objectivo esse que, para os Estados membros da UniãoEuropeia, constitui um imperativo fixado pela Directi-va n.º 94/55/CE, do Conselho, de 21 de Novembro.

    Decorre da Directiva n.º 2004/111/CE da Comissão,de 9 de Dezembro, a obrigação de que tal adequaçãose faça agora a partir da versão de 2005 dos anexosdo acordo.

    Por outro lado, a Directiva n.º 2004/112/CE, da Co-missão, de 13 de Dezembro, veio introduzir modifica-ções nos instrumentos de controlo rodoviário dos trans-portes de mercadorias perigosas e instituir um critériode classificação da gravidade das infracções em cate-gorias de risco, de acordo com a intensidade relativados danos sobre as pessoas ou o ambiente que pos-sam decorrer das violações em questão.

    Através do presente diploma, procede-se, pois, àtransposição dos referidos actos comunitários.

    Foram ouvidos os órgãos de governo próprios dasRegiões Autónomas.

    Foi igualmente ouvida a Comissão Nacional doTransporte de Mercadorias Perigosas.

    Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da

    Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    CAPÍTULO I

    Disposições gerais

    Artigo 1.º

    Objecto

    1 — O presente decreto-lei transpõe para a ordemjurídica interna a Directiva n.º 2004/111/CE, da Comis-são, de 9 de Dezembro, que adapta pela quinta vez aoprogresso técnico a Directiva n.º 94/55/CE, do Conse-lho, de 21 de Novembro, relativa ao transporte rodo-viário de mercadorias perigosas, e ainda a Directivan.º 2004/112/CE, da Comissão, de 13 de Dezembro, queadapta ao progresso técnico a Directiva n.º 95/50/CE,do Conselho, de 6 de Outubro, relativa aos controlosrodoviários em transporte de mercadorias perigosas.

    2 — Os transportes rodoviários de mercadorias pe-rigosas com origem e destino em território portuguêsdevem ser efectuados nas condições estabelecidas no

    Regulamento Nacional do Transporte de MercadoriasPerigosas por Estrada (RPE), que constitui o anexo 1ao presente diploma e que dele faz parte integrante.

    3 — Aos transportes com origem ou destino em ter-ritório estrangeiro aplica-se o Acordo Europeu Relati-vo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigo-sas por Estrada (ADR), concluído em Genebra em 30de Setembro de 1957 e aprovado, para adesão, peloDecreto-Lei n.º 45 935, de 19 de Setembro de 1964.

    Artigo 2.º

    Âmbito de aplicação

    Estão sujeitas à disciplina estabelecida pelo presentedecreto-lei todas as operações de transporte rodoviáriode mercadorias perigosas efectuadas em território por-tuguês, incluindo as actividades de carga e descarganas vias do domínio público, bem como em quaisqueroutras vias, quando abertas ao trânsito público.

    Artigo 3.º

    Mercadorias perigosas

    Consideram-se mercadorias perigosas as matérias, osobjectos, as soluções e as misturas de matérias cujotransporte rodoviário é proibido ou objecto de imposi-ção de certas condições pelo RPE ou pelo ADR.

    Artigo 4.º

    Derrogações para transporte de pequenas quantidades

    1 — Podem ser adoptadas disposições menos restri-tivas que as previstas pelo RPE para operações detransporte limitadas ao território português e que en-volvam apenas pequenas quantidades de determinadasmercadorias perigosas, com excepção de matérias dealta e média radioactividade.

    2 — As derrogações referidas no número anterior sãoautorizadas por despacho do presidente do conselho di-rectivo do Instituto da Mobilidade e dos TransportesTerrestres (IMTT), I. P., e devem ser comunicadas àComissão Europeia.

    Artigo 5.º

    Derrogações para transportes locais

    1 — Podem também ser adoptadas disposições dis-tintas das previstas no RPE para operações de trans-porte locais, limitadas ao território português.

    2 — As derrogações referidas no número anterior sãoautorizadas por despacho do presidente do conselho di-rectivo do IMTT, I. P., e devem ser comunicadas àComissão Europeia.

    Artigo 6.º

    Derrogações temporárias para a realização de ensaios

    1 — Podem ser autorizadas pelo IMTT, I. P., der-rogações de carácter temporário ao disposto no RPEpara a realização, em território português, dos ensaiosnecessários à adaptação do regime do transporte rodo-viário de mercadorias perigosas ao progresso tecnoló-

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 2007 2972-(3)

    gico e industrial, desde que se mantenham os níveisda segurança da circulação rodoviária.

    2 — As derrogações referidas no número anteriorterão uma duração máxima de cinco anos e não pode-rão ser renovadas.

    3 — As derrogações referidas no n.º 1 são autoriza-das por despacho do presidente do conselho directivodo IMTT, I. P., e devem ser comunicadas à Comis-são Europeia.

    Artigo 7.º

    Transportes excepcionais de mercadorias perigosas

    1 — Podem ser autorizados pelo IMTT, I. P., trans-portes excepcionais de mercadorias perigosas proibidospelo RPE ou em condições diferentes das que ali seencontram previstas, em território português, desde quecorrespondam a operações de transporte claramentedefinidas e limitadas no tempo.

    2 — Nas autorizações para a realização dos transpor-tes excepcionais referidos no número anterior, o IMTT,I. P., decidirá as condições de segurança que devemser preenchidas, em cada caso, pelos expedidores,transportadores, destinatários e demais intervenientes naoperação de transporte.

    Artigo 8.º

    Medidas regulamentares

    Sem prejuízo do disposto no presente decreto-lei, aAutoridade Nacional de Segurança Rodoviária pode es-tabelecer disposições regulamentares respeitantes aos re-quisitos e às condições de circulação e transporte demercadorias perigosas em qualquer via pública ou deacesso público, independentemente da sua classificação.

    Artigo 9.º

    Competência para execução da regulamentação

    1 — Para efeitos de execução do RPE e do ADR,nas situações em que se remete para a autoridade com-petente, são designadas as entidades ou serviços cons-tantes do quadro que constitui o anexo II ao presentediploma e que dele faz parte integrante.

    2 — A execução dos artigos 4.º a 7.º, 9.º, 12.º e 17.ºdo presente decreto-lei, bem como do RPE e do ADR,no território das Regiões Autónomas dos Açores e daMadeira, compete às correspondentes entidades ouserviços das administrações regionais, constituindo oproduto das coimas aplicadas receita própria das Re-giões Autónomas.

    CAPÍTULO II

    Meios para a realização do transporte

    Artigo 10.º

    Formação profissional

    1 — A formação profissional que, de acordo com oprevisto no RPE e no ADR, deve ser proporcionadaaos conselheiros de segurança e aos condutores deveículos de mercadorias perigosas que carecem decertificado de formação será leccionada e avaliada por

    entidades formadoras reconhecidas pelo IMTT, I. P.,em termos regulamentados por despacho do presiden-te do conselho directivo do IMTT, I. P.

    2 — As entidades formadoras reconhecidas assumemo dever de independência e de igualdade de tratamentode todos os candidatos à formação e formandos, odever de sigilo das provas de exame relativamente aosformadores e aos formandos e ainda o dever de infor-mação prévia ao IMTT, I. P., de todas as acções deformação e respectiva avaliação.

    3 — A violação dos deveres das entidades formado-ras é punível com as seguintes sanções administrati-vas, que o IMTT, I. P., aplicará de acordo com crité-rios de adequabilidade e proporcionalidade:

    a) Advertência escrita;b) Anulação da validade de actos do processo for-

    mativo ou de avaliação;c) Suspensão do reconhecimento até ao período má-

    ximo de um ano;d) Revogação do reconhecimento.

    4 — As decisões que apliquem sanções referidas nonúmero anterior são impugnáveis nos termos gerais.

    Artigo 11.º

    Material de transporte

    1 — A realização das verificações e dos ensaios pre-vistos no RPE e no ADR para o material de transpor-te, designadamente embalagens, veículos-cisternas, cis-ternas desmontáveis, veículos-baterias, contentores paragás de elementos múltiplos (CGEM), cisternas móveisda Organização das Nações Unidas (cisternas móveisONU) contentores-cisternas, caixas móveis cisternas eveículos destinados ao transporte rodoviário de merca-dorias perigosas, é assegurada por organismos de cer-tificação, organismos de inspecção ou laboratórios acre-ditados nos termos do Sistema Português da Qualidade.

    2 — Consideram-se veículos para efeitos do presentediploma qualquer automóvel, reboque ou semi-reboque,na acepção dos artigos 105.º e 110.º do Código daEstrada, com excepção dos tractores agrícolas ou flo-restais e das máquinas industriais, agrícolas ou flores-tais rebocáveis.

    CAPÍTULO III

    Fiscalização e regime sancionatório

    Artigo 12.º

    Fiscalização

    1 — A fiscalização do transporte rodoviário de mer-cadorias perigosas é exercida pelo IMTT, I. P., pelaInspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Co-municações, pela Autoridade Nacional de SegurançaRodoviária, pelas direcções regionais do Ministério daEconomia e Inovação, pela Guarda Nacional Republi-cana, pela Polícia de Segurança Pública e pela Autori-dade de Segurança Alimentar e Económica.

    2 — As autoridades fiscalizadoras têm acesso a to-dos os elementos relevantes para a segurança do trans-porte, nomeadamente no que respeita aos veículos, às

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(4)

    mercadorias e à documentação relacionada com o trans-porte ou com as mercadorias transportadas, podendoainda efectuar acções de fiscalização nas instalações dosintervenientes nas operações de transporte, quer a títu-lo preventivo, quer na sequência de infracções detec-tadas na realização do transporte.

    3 — Na fiscalização realizada no decurso do trans-porte é utilizada a lista de controlo que constitui oanexo III ao presente diploma e que dele faz parte inte-grante, lista essa da qual será entregue um duplicadoao condutor do veículo fiscalizado.

    4 — No preenchimento da lista de controlo a que serefere o número anterior, as autoridades fiscalizadorasclassificam as infracções verificadas nas categorias derisco I, II ou III, consoante as obrigações incumpridas,nos seguintes termos:

    a) Na categoria de risco I, o incumprimento das obri-gações previstas nas alíneas a), b), c), d), f), g) e j)do n.º 1, nas alíneas a) e b) do n.º 2, nas alíneas a),b), c), d), g), j), l) e m) do n.º 4 e nos n.os 6, 7, 8, 9e 10 do artigo 13.º, as quais devem conduzir à adop-ção imediata das medidas correctivas adequadas, desig-nadamente à imobilização do veículo;

    b) Na categoria de risco II, o incumprimento dasobrigações previstas nas alíneas e), h) e i) do n.º 1, nasalíneas c) e d) do n.º 2, no n.º 3, nas alíneas e) e i) don.º 4 e nas alíneas a) e b) do n.º 5 do artigo 13.º, asquais devem conduzir à adopção das medidas correcti-vas apropriadas, tais como, se possível e adequado, aexigência de rectificação no local do controlo ou, omais tardar, aquando da conclusão da operação de trans-porte em curso;

    c) Na categoria de risco III, o incumprimento dasobrigações previstas na alínea l) do n.º 1 e nas alíneas f)e h) do n.º 4 do artigo 13.º, e ainda a não exibição, noacto da fiscalização, dos documentos a que se referemas alíneas b) e h) do n.º 1 e as alíneas b) e g) do n.º 4do artigo 13.º, as quais podem conduzir a medidascorrectivas a ser adoptadas posteriormente nas instala-ções da empresa.

    Artigo 13.º

    Obrigações dos intervenientes no transporte

    1 — Constituem obrigações do expedidor, nos termosdas partes 1, 3, 4, 5 e 6 do RPE ou do ADR:

    a) Expedir apenas mercadorias perigosas cujo trans-porte não esteja expressamente proibido;

    b) Expedir mercadorias perigosas com autorizaçãoespecial de transporte, autorização de derrogação oucópia do acordo de derrogação, quando o RPE ou oADR o exijam;

    c) Emitir o documento de transporte relativo à mer-cadoria perigosa a transportar;

    d) Preencher de forma correcta e completa o docu-mento de transporte, no que se refere ao número ONUe à designação oficial de transporte da mercadoria pe-rigosa transportada, bem como no que se refere àsetiquetas, ao código de classificação e ao grupo deembalagem, quando o RPE ou o ADR o exijam;

    e) Fornecer ao condutor as instruções escritas (fi-chas de segurança) completas e correspondentes àsmatérias transportadas;

    f) Utilizar embalagens aprovadas, adequadas à ma-téria transportada, evidenciando a respectiva marcaçãode aprovação e sem deterioração grave, e respeitar astaxas máximas de enchimento das embalagens e a proi-bição de embalagem em comum num mesmo volume;

    g) Utilizar cisternas desmontáveis, CGEM, cisternasmóveis ONU, contentores cisternas e contentores paragranel admitidos para o transporte em causa;

    h) Utilizar cisternas desmontáveis, CGEM, cisternasmóveis ONU, contentores cisternas e contentores paragranel aprovados, com os equipamentos e acessóriosadequados, sem deterioração grave, bem como garan-tir a existência a bordo do documento de aprovação dosreservatórios das cisternas;

    i) Cumprir as prescrições sobre a marcação e eti-quetagem dos volumes;

    j) Entregar as mercadorias perigosas apenas a trans-portador devidamente identificado, ou, tratando-se deum transporte por conta de outrem, a transportador de-vidamente licenciado para a actividade;

    l) Preencher de forma correcta e completa o docu-mento de transporte, no que se refere a elementos di-ferentes dos previstos em d) do presente número, ouno que se refere à sequência fixada quanto à indicaçãodos diversos elementos.

    2 — Constituem obrigações do carregador, nos ter-mos das partes 7 e 8 do RPE ou do ADR:

    a) Cumprir as normas de segurança da carga e domanuseamento ou movimentação das mercadorias pe-rigosas, no transporte em volumes;

    b) Cumprir as normas de proibição de carregamen-to em comum de volumes num mesmo veículo oucontentor;

    c) Cumprir as normas de segurança relativas à se-paração de géneros alimentares, objectos de consumoe alimentos para animais;

    d) Cumprir as normas de proibição da carga emlocais públicos ou aglomerados urbanos que requeiraautorização.

    3 — Constitui obrigação do enchedor, nos termos daparte 4 do RPE ou do ADR, cumprir as normas de se-gurança da carga no transporte em cisternas ou a granel.

    4 — Constituem obrigações do transportador, nos ter-mos das partes 1, 8 e 9 do RPE ou do ADR:

    a) Utilizar apenas veículos admitidos e que cumpram ascondições técnicas exigidas para o transporte em causa;

    b) Garantir a existência a bordo do certificado deaprovação do veículo, correspondendo às prescriçõesestabelecidas para o transporte em causa;

    c) Realizar o transporte em embalagens, veículos-cis-ternas, cisternas desmontáveis, veículos-baterias,CGEM, cisternas móveis ONU, contentores-cisternasou contentores para granel que não apresentem fugasda matéria transportada, bem como realizar o transporteem veículos-cisternas com os equipamentos e acessó-rios adequados e sem deterioração grave;

    d) Garantir a existência da sinalização adequada nosveículos, contentores ou cisternas, no que se refere aospainéis cor de laranja e às placas-etiquetas;

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 2007 2972-(5)

    e) Garantir a existência dos extintores adequados cor-respondentes ao veículo ou à carga, operacionais, e den-tro da respectiva validade;

    f) Garantir a existência do equipamento do veículoe do condutor, nomeadamente sinais de aviso portáteis,calço para as rodas, lanterna portátil, colete ou fato fluo-rescente ou outro que conste das instruções escritas(fichas de segurança);

    g) Garantir a existência e adequação do certificadode formação do condutor;

    h) Não transportar quaisquer passageiros para alémdo pessoal de bordo;

    i) Não estacionar veículos em locais em que este-jam previstas interdições específicas do transporte demercadorias perigosas;

    j) Garantir a existência a bordo dos veículos de umdocumento de identificação com fotografia de cada umdos membros da tripulação;

    l) Garantir, em caso de transporte de mercadoriasperigosas de alto risco, a existência e operacionalidadede dispositivos, equipamentos ou sistemas de protec-ção que impeçam o roubo do veículo ou da sua carga;

    m) Não utilizar a bordo dos veículos aparelhos deiluminação com chama ou susceptíveis de produzirfaíscas.

    5 — Constituem obrigações do destinatário, nos ter-mos das partes 7 e 8 do RPE ou do ADR:

    a) Cumprir as normas de segurança da descarga edo manuseamento ou movimentação das mercadoriasperigosas, no transporte em volumes, em cisternas oua granel;

    b) Cumprir as normas de proibição da descarga emlocais públicos ou aglomerados urbanos que requeiraautorização.

    6 — Constitui obrigação comum do carregador e dotransportador, nos termos da parte 7 do RPE ou doADR, respeitar o limite máximo de quantidades trans-portadas, no transporte em volumes.

    7 — Constitui obrigação comum do enchedor e dotransportador, nos termos da parte 4 do RPE ou doADR, respeitar as taxas máximas de enchimento, notransporte em cisternas.

    8 — Constitui obrigação do proprietário das instala-ções, cais de acostagem ou gares de triagem, utiliza-dos para permanência temporária de veículos duranteo transporte de mercadorias perigosas, nos termos daparte 1 do RPE ou do ADR, garantir que as zonas depermanência temporária se encontrem adequadamentecontroladas, bem iluminadas e não acessíveis ao público.

    9 — Constitui obrigação do expedidor, do embalador,do carregador, do enchedor, do transportador ou dodestinatário, consoante o caso, nos termos da parte 1do RPE ou do ADR, garantir a adopção e aplicação doplano de protecção física para as mercadorias de altorisco.

    10 — Constitui obrigação de qualquer pessoa, inter-veniente ou não no transporte, nos termos da parte 8do RPE ou do ADR, abster-se de fumar durante acarga, a descarga ou qualquer manuseamento ou mo-vimentação de mercadorias perigosas.

    Artigo 14.º

    Infracções

    1 — Constitui contra-ordenação o incumprimento dasobrigações enunciadas no artigo 13.º, punível com ascoimas previstas nos números seguintes.

    2 — É punível com coima de € 1000 a € 3000, oude € 2000 a € 6000, consoante se trate de pessoa sin-gular ou colectiva, o incumprimento das obrigaçõesprevistas nas alíneas a) e j) do n.º 1, nas alíneas b) ej) do n.º 4 e nos n.os 8 e 9 do artigo 13.º

    3 — É punível com coima de € 750 a € 2250 oude € 1500 a € 4500, consoante se trate de pessoa sin-gular ou colectiva, o incumprimento das obrigaçõesprevistas nas alíneas b), c), d), f) e g) do n.º 1, nasalíneas a) e b) do n.º 2, nas alíneas a), c), d), g), l) em) do n.º 4 e nos n.os 6, 7 e 10 do artigo 13.º

    4 — É punível com coima de € 500 a € 1500 oude € 1000 a € 3000, consoante se trate de pessoa sin-gular ou colectiva, o incumprimento das obrigações pre-vistas nas alíneas e) e h) do n.º 1, na alínea d) do n.º 2e na alínea b) do n.º 5 do artigo 13.º

    5 — É punível com coima de € 250 a € 750, oude € 500 a € 1500, consoante se trate de pessoa sin-gular ou colectiva, o incumprimento das obrigações pre-vistas na alínea i) do n.º 1, na alínea c) do n.º 2, non.º 3, nas alíneas e) e i) do n.º 4 e na alínea a) do n.º 5do artigo 13.º

    6 — É punível com coima de € 200 a € 600, oude ou de € 400 a € 1200, consoante se trate de pes-soa singular ou colectiva, o incumprimento das obri-gações previstas na alínea l) do n.º 1 e na alínea f) don.º 4 do artigo 13.º

    7 — É punível com coima de € 100 a € 300, oude € 200 a € 600, consoante se trate de pessoa sin-gular ou colectiva, o incumprimento da obrigação pre-vista na alínea h) do n.º 4 do artigo 13.º

    8 — É punível com coima de € 50 a € 150, ou de€ 100 a € 300, consoante se trate de pessoa singularou colectiva, a não exibição, no acto da fiscalização,dos documentos a que se referem as alíneas b) e h)do n.º 1 e as alíneas b) e g) do n.º 4 do artigo 13.º,sendo apenas aplicável esta coima se, até ao termo doprazo fixado para a contestação no processo contra-ordenacional, for comprovada a existência do documen-to não exibido no acto da fiscalização.

    9 — Na falta da comprovação a que se refere onúmero anterior, a conduta aí referida é punível comas coimas previstas para a inexistência dos documen-tos em causa.

    10 — A tentativa e a negligência são puníveis.

    Artigo 15.º

    Infractores não domiciliados em Portugal

    1 — Se o responsável pela infracção não for esta-belecido ou domiciliado em Portugal e não efectuar deimediato o pagamento voluntário da coima, procederáao depósito de quantia igual ao valor máximo da coi-ma prevista para a contra-ordenação praticada.

    2 — O pagamento voluntário será efectuado pelovalor mínimo da coima, em numerário ou por outrosmeios de pagamento de curso legal em Portugal.

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(6)

    3 — O depósito referido no n.º 1 deverá ser efec-tuado no acto da verificação da contra-ordenação, des-tinando-se a garantir o pagamento da coima em que oinfractor possa vir a ser condenado, bem como dasdespesas legais a que houver lugar.

    4 — Se o infractor declarar que pretende pagar acoima ou efectuar o depósito e não puder fazê-lo noacto da verificação da contra-ordenação, serão apre-endidos, até efectivação do pagamento ou do depósi-to, a carta de condução, o documento de identifica-ção do veículo, o título de registo de propriedade, aficha de inspecção periódica e a licença do veículoou equivalentes, e, se existirem, o certificado de for-mação do condutor e o certificado de aprovação doveículo.

    5 — No caso previsto no número anterior, deve serelaborado auto de apreensão provisório e emitidas guiasde substituição dos documentos apreendidos, com va-lidade até ao termo do 1.º dia útil posterior ao da in-fracção, tornando-se, na mesma data, efectivo o autode apreensão provisório.

    6 — Se, por qualquer motivo ou por qualquer for-ma, se constatar que o infractor iludiu as obrigaçõessubjacentes à responsabilidade contra-ordenacional ehaja documentos apreendidos, a entidade fiscalizadoraremeterá, para os efeitos legais:

    a) À Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária,a carta de condução, o documento de identificação doveículo, o título de registo de propriedade e a ficha deinspecção periódica ou documentos equivalentes;

    b) Ao IMTT, I. P., os restantes títulos.

    7 — A falta de pagamento voluntário ou do depósi-to, nos termos dos números anteriores, implica aapreensão, a imobilização e a remoção do veículo, quese manterão até à efectivação do pagamento ou depó-sito ou até à decisão absolutória.

    Artigo 16.º

    Imobilização e remoção de veículos

    1 — Independentemente da aplicação das sançõesprevistas no artigo 14.º, sempre que ocorra risco paraa segurança do transporte, da circulação ou das popu-lações, os veículos são imobilizados pela autoridadefiscalizadora no próprio local ou num outro designadopor essa autoridade, não podendo voltar a circularenquanto não estiverem conformes com a regulamen-tação.

    2 — A imobilização a que se refere o presente di-ploma pode ser efectuada por bloqueamento do roda-do ou dos órgãos de direcção do veículo, através dedispositivo adequado, ou pela selagem do veículo oude órgãos essenciais do mesmo.

    3 — Aquando da imobilização será preenchida umaficha, cujo original será apenso ao auto e o duplicadoentregue ao infractor, a qual conterá a notificação docondutor, os elementos de identificação do veículo, aidentificação da situação que deu origem à imobiliza-ção, a data e o local da imobilização e o regime ao qualo veículo fica sujeito.

    4 — O levantamento da imobilização depende do pa-gamento da coima, do depósito da caução ou de deci-são nesse sentido, proferida no respectivo processo.

    5 — Os agentes de autoridade que procedam à imo-bilização e o Estado não respondem pelos danos surgi-dos no veículo ou na carga transportada, enquantoaquele se encontrar imobilizado, salvo se os mesmosforem causados por quaisquer acções imputáveis aosagentes e não necessárias à operação de imobilização.

    6 — À apreensão, ao bloqueamento e à remoção deveículos aplica-se o regime estabelecido no Código daEstrada e legislação complementar.

    Artigo 17.º

    Instrução e decisão de processos de contra-ordenação

    1 — A instrução dos processos por contra-ordena-ções previstas no presente diploma compete ao IMTT,I. P., excepto no respeitante às infracções previstas nasalíneas a), b), e), f) e i) do n.º 4 do artigo 13.º, emque compete à Autoridade Nacional de Segurança Ro-doviária.

    2 — A aplicação das coimas compete aos dirigentesmáximos dos serviços indicados no número anterior.

    Artigo 18.º

    Produto das coimas

    A afectação do produto das coimas faz-se da formaseguinte:

    a) 20 % para a entidade competente para a instru-ção dos processos por contra-ordenação, constituindoreceita própria;

    b) 20 % para a entidade fiscalizadora, excepto quan-do esta não disponha da faculdade de arrecadar recei-tas próprias, revertendo, nesse caso, para os cofres doEstado;

    c) 60 % para o Estado.

    CAPÍTULO IV

    Disposições finais e transitórias

    Artigo 19.º

    Comité para o Transporte de Mercadorias Perigosas

    A representação no Comité para o Transporte deMercadorias Perigosas a que se refere o artigo 9.º daDirectiva n.º 94/55/CE, do Conselho, de 21 de Novem-bro, é assegurada pelo IMTT, I. P.

    Artigo 20.º

    Taxas

    As aprovações, autorizações e demais actos adminis-trativos previstos no presente diploma, no RPE e noADR estão sujeitas ao pagamento de taxas, definidaspor despacho conjunto do membro do Governo res-ponsável pela área das finanças e do membro do Go-verno de que dependa a respectiva autoridade compe-tente referida no artigo 9.º

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 2007 2972-(7)

    Artigo 21.º

    Norma revogatória

    É revogado o Decreto-Lei n.º 267-A/2003, de 27 deOutubro.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24de Agosto de 2006. — José Sócrates Carvalho Pintode Sousa — António Luís Santos Costa — António Fer-nandes da Silva Braga — Emanuel Augusto dos San-tos — João António da Costa Mira Gomes — AlbertoBernardes Costa — Humberto Delgado Ubach ChavesRosa — António José de Castro Guerra — Mário LinoSoares Correia — António Fernando Correia deCampos.

    Promulgado em 7 de Março de 2007.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Março de 2007.

    O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pintode Sousa.

    ————

    ANEXO 1

    Regulamento Nacional do Transporte de MercadoriasPerigosas por Estrada (RPE)

    Nota geral: As presentes disposições do RPE têm amesma redacção que as correspondentes disposiçõesdos anexos técnicos do Acordo Europeu relativo aoTransporte Internacional de Mercadorias Perigosas porEstrada (ADR). Exceptuam-se os casos assinalados emdeterminados parágrafos do RPE em que é feita remis-são para «NOTAS de fim de capítulo». Em todo otexto, a sigla «RPE» é utilizada em vez da sigla «ADR»,sempre que são visadas as disposições técnicas e nãoo Acordo ADR propriamente dito. Contudo, optou-sepor conservar no RPE a sigla «ADR» quando são vi-sadas as marcações e as tipologias dos equipamentossusceptíveis de utilização em operações de transporteinternacional.

    Quadro das matérias

    Parte 1

    Disposições gerais.

    Capítulo 1.1 — Campo de aplicação e aplicabilidade.1.1.1 Estrutura.1.1.2 Campo de aplicação.1.1.3 Isenções.1.1.4 Aplicabilidade de outros regulamentos.

    Capítulo 1.2 — Definições e unidades de medida.1.2.1 Definições.1.2.2 Unidades de medida.

    Capítulo 1.3 — Formação das pessoas intervenientes no transpor-te de mercadorias perigosas.

    1.3.1 Campo de aplicação.1.3.2 Natureza da formação.1.3.3 Documentação.

    Capítulo 1.4 — Obrigações de segurança dos intervenientes.1.4.1 Medidas gerais de segurança.1.4.2 Obrigações dos principais intervenientes.1.4.3 Obrigações dos outros intervenientes.

    Capítulo 1.5 — Derrogações.1.5.1 Derrogações temporárias.1.5.2 (Reservado).

    Capítulo 1.6 — Medidas transitórias.1.6.1 Generalidades.1.6.2 Recipientes para a classe 2.1.6.3 Cisternas fixas (veículos-cisternas), cisternas desmontáveis e

    veículos-baterias.1.6.4 Contentores-cisternas e CGEM.1.6.5 Veículos.1.6.6 Classe 7.

    Capítulo 1.7 — Prescrições gerais relativas à classe 7.1.7.1 Generalidades.1.7.2 Programa de protecção radiológica.1.7.3 Garantia da qualidade.1.7.4 Arranjo especial.1.7.5 Matéria radioactiva com outras propriedades perigosas.1.7.6 Não-conformidade.

    Capítulo 1.8 — Medidas de controle e de apoio ao cumprimentodas prescrições de segurança.

    1.8.1 Controles administrativos das mercadorias perigosas.1.8.2 Entreajuda administrativa.1.8.3 Conselheiro de segurança.1.8.4 (Reservado).1.8.5 Notificação das ocorrências envolvendo mercadorias perigo-

    sas.

    Capítulo 1.9 — Restrições ao transporte estabelecidas pelas auto-ridades competentes.

    Capítulo 1.10 — Prescrições relativas à segurança pública.1.10.1 Disposições gerais.1.10.2 Formação em matéria de segurança pública.1.10.3 Disposições relativas ao transporte de mercadorias perigo-

    sas de alto risco.

    Parte 2

    Classificação.

    Capítulo 2.1 — Disposições gerais.2.1.1 Introdução.2.1.2 Princípios da classificação.2.1.3 Classificação das matérias, incluindo soluções e misturas (tais

    como preparações e resíduos), que não sejam expressamentemencionadas.

    2.1.4 Classificação de amostras.

    Capítulo 2.2 — Disposições específicas de cada classe.2.2.1 Classe 1 Matérias e objectos explosivos.2.2.2 Classe 2 Gases.2.2.3 Classe 3 Líquidos inflamáveis.2.2.41 Classe 4.1 Matérias sólidas inflamáveis, matérias auto-

    -reactivas e matérias sólidas explosivas dessensibilizadas.2.2.42 Classe 4.2 Matérias sujeitas a inflamação espontânea. 2.2.43 Classe 4.3 Matérias que, em contacto com a água, liber-

    tam gases inflamáveis.2.2.51 Classe 5.1 Matérias comburentes.2.2.52 Classe 5.2 Peróxidos orgânicos.2.2.61 Classe 6.1 Matérias tóxicas.2.2.62 Classe 6.2 Matérias infecciosas.2.2.7 Classe 7 Matérias radioactivas.2.2.8 Classe 8 Matérias corrosivas.2.2.9 Classe 9 Matérias e objectos perigosos diversos.

    Capítulo 2.3 — Métodos de ensaio.2.3.0 Generalidades.2.3.1 Ensaio de exsudação dos explosivos de mina (de desmonte)

    de tipo A.

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(8)

    2.3.2 Ensaios relativos às misturas nitradas de celulose da clas-se 4.1.

    2.3.3 Ensaios relativos aos líquidos inflamáveis das classes 3, 6.1e 8.

    2.3.4 Ensaio para determinar a fluidez.2.3.5 Ensaios para determinar a ecotoxicidade, a persistência e a

    bioacumulação de matérias no ambiente aquático com vista àsua afectação à classe 9.

    2.3.6 Classificação das matérias organometálicas nas classes 4.2 e4.3.

    Parte 3

    Lista das mercadorias perigosas, disposições especiais e isençõesrelativas ao transporte de mercadorias perigosas embaladas emquantidades limitadas.

    Capítulo 3.1 — Generalidades.3.1.1 Introdução.3.1.2 Designação oficial de transporte.

    Capítulo 3.2 — Lista das mercadorias perigosas.3.2.1 Quadro A: Lista das mercadorias perigosas.3.2.2 Quadro B: Índice alfabético das matérias e objectos.

    Capítulo 3.3 — Disposições especiais aplicáveis a certas matériasou objectos.

    Capítulo 3.4 — Isenções relativas ao transporte de mercadorias pe-rigosas embaladas em quantidades limitadas.

    Parte 4

    Disposições relativas à utilização das embalagens e das cisternas.

    Capítulo 4.1 — Utilização das embalagens, dos grandes recipientespara granel (GRG) e das grandes embalagens.

    4.1.1 Disposições gerais de embalagem das mercadorias perigosasem embalagens, incluindo os GRG e as grandes embalagens.

    4.1.2 Disposições gerais suplementares relativas à utilização dosGRG.

    4.1.3 Disposições gerais relativas às instruções de embalagem.4.1.4 Lista das instruções de embalagem.4.1.5 Disposições particulares relativas à embalagem das mercado-

    rias da classe 1.4.1.6 Disposições particulares relativas à embalagem das mercado-

    rias da classe 2 e das mercadorias das outras classes afectas àinstrução de embalagem P200.

    4.1.7 Disposições particulares relativas à embalagem dos peróxi-dos orgânicos (classe 5.2) e das matérias autoreactivas da clas-se 4.1.

    4.1.8 Disposições particulares relativas à embalagem das matériasinfecciosas (classe 6.2).

    4.1.9 Disposições particulares relativas à embalagem das matériasda classe 7.

    4.1.10 Disposições particulares relativas à embalagem em comum.

    Capítulo 4.2 — Utilização das cisternas móveis e dos contentorespara gás de elementos múltiplos (CGEM) «UN».

    4.2.1 Disposições gerais relativas à utilização de cisternas móveispara o transporte de matérias das classes 3 a 9.

    4.2.2 Disposições gerais relativas à utilização de cisternas móveispara o transporte de gases liquefeitos não refrigerados.

    4.2.3 Disposições gerais relativas à utilização de cisternas móveispara o transporte de gases liquefeitos refrigerados.

    4.2.4 Disposições gerais relativas à utilização de contentores paragás de elementos múltiplos (CGEM) «UN».

    4.2.5 Instruções e disposições especiais de transporte em cisternasmóveis.

    Capítulo 4.3 — Utilização de cisternas fixas (veículos-cisternas), cis-ternas desmontáveis, contentores-cisternas e caixas móveis cis-ternas cujos reservatórios são construídos de materiais metáli-cos, bem como de veículos-baterias e contentores para gás deelementos múltiplos (CGEM).

    4.3.1 Campo de aplicação.4.3.2 Disposições aplicáveis a todas as classes.4.3.3 Disposições aplicáveis à classe 2.

    4.3.4 Disposições aplicáveis às classes 3 a 9.4.3.5 Disposições especiais.

    Capítulo 4.4 — Utilização de cisternas fixas (veículos-cisternas), cis-ternas desmontáveis, contentores-cisternas e caixas móveis cis-ternas de matéria plástica reforçada com fibras.

    4.4.1 Generalidades.4.4.2 Serviço.

    Capítulo 4.5 — Utilização de cisternas para resíduos operadas sobvácuo.

    4.5.1 Utilização.4.5.2 Serviço.

    Parte 5

    Procedimentos de expedição.

    Capítulo 5.1 — Disposições gerais.5.1.1 Aplicação e disposições gerais.5.1.2 Utilização de sobrembalagens.5.1.3 Embalagens (incluindo os GRG e as grandes embalagens),

    cisternas, veículos para granel e contentores para granel, vazios,por limpar.

    5.1.4 Embalagem em comum.5.1.5 Disposições gerais relativas à classe 7.

    Capítulo 5.2 — Marcação e etiquetagem.5.2.1 Marcação de volumes.5.2.2 Etiquetagem dos volumes.

    Capítulo 5.3 — Sinalização e painéis laranja de contentores, CGEM,contentores-cisternas, cisternas móveis e veículos.

    5.3.1 Sinalização.5.3.2 Painéis laranja.5.3.3 Marca para as matérias transportadas a quente.

    Capítulo 5.4 — Documentação.5.4.1 Documento de transporte para as mercadorias perigosas e

    informações que lhe dizem respeito.5.4.2 Certificado de carregamento do contentor.5.4.3 Instruções escritas (fichas de segurança).5.4.4 Exemplo de impresso-tipo para o transporte multimodal de

    mercadorias perigosas.

    Capítulo 5.5 — Disposições especiais.5.5.1 Disposições especiais relativas à expedição de matérias in-

    fecciosas.5.5.2 Disposições especiais relativas aos veículos, contentores e

    cisternas que sofreram um tratamento de fumigação.

    Parte 6

    Prescrições relativas à construção das embalagens, dos grandesrecipientes para granel (GRG), das grandes embalagens e dascisternas e aos ensaios a que devem ser submetidos.

    Capítulo 6.1 — Prescrições relativas à construção das embalagense aos ensaios a que devem ser submetidas.

    6.1.1 Generalidades.6.1.2 Código designando o tipo de embalagem.6.1.3 Marcação.6.1.4 Prescrições relativas às embalagens.6.1.5 Prescrições relativas aos ensaios sobre as embalagens.6.1.6 Líquidos de referência para comprovar a compatibilidade

    química das embalagens, incluindo os GRG, de polietileno de altaou média massa molecular em conformidade com o 6.1.5.2.6 ecom o 6.5.4.3.5, respectivamente.

    Capítulo 6.2 — Prescrições relativas à construção e aos ensaios so-bre os recipientes de gás, geradores de aerossóis e recipientes debaixa capacidade contendo gás (cartuchos de gás).

    6.2.1 Prescrições gerais.6.2.2 Recipientes concebidos, construídos e ensaiados em confor-

    midade com normas.6.2.3 Prescrições relativas aos recipientes que não são concebi-

    dos, construídos e ensaiados em conformidade com normas.

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    6.2.4 Prescrições gerais aplicáveis aos geradores de aerossóis erecipientes de baixa capacidade contendo gás (cartuchos de gás).

    6.2.5 Prescrições aplicáveis aos recipientes sob pressão «UN».

    Capítulo 6.3 — Prescrições relativas à construção das embalagenspara as matérias da classe 6.2 e aos ensaios a que devem sersubmetidas.

    6.3.1 Generalidades.6.3.2 Prescrições relativas aos ensaios para as embalagens.6.3.3 Relatório de ensaio.

    Capítulo 6.4 — Prescrições relativas à construção dos pacotes paraas matérias da classe 7, aos ensaios a que devem ser submeti-dos, à sua aprovação e à aprovação destas matérias.

    6.4.1 (Reservado).6.4.2 Prescrições gerais.6.4.3 (Reservado).6.4.4 Prescrições relativas aos pacotes isentos.6.4.5 Prescrições relativas aos pacotes industriais.6.4.6 Prescrições relativas aos pacotes contendo hexafluoreto de

    urânio.6.4.7 Prescrições relativas aos pacotes do tipo A.6.4.8 Prescrições relativas aos pacotes do tipo B(U).6.4.9 Prescrições relativas aos pacotes do tipo B(M).6.4.10 Prescrições relativas aos pacotes do tipo C.6.4.11 Prescrições relativas aos pacotes contendo matérias cindí-

    veis.6.4.12 Métodos de ensaio e prova de conformidade.6.4.13 Verificação da integridade do invólucro de segurança e da

    protecção radiológica e avaliação da segurança-criticalidade.6.4.14 Alvo para os ensaios de queda.6.4.15 Ensaios para provar a capacidade de resistir às condições

    normais de transporte.6.4.16 Ensaios adicionais para os pacotes do tipo A concebidos

    para líquidos e gases.6.4.17 Ensaios para comprovar a capacidade de resistir às condi-

    ções acidentais de transporte.6.4.18 Ensaio forçado de imersão na água para os pacotes do

    tipo B(U) e do tipo B(M) contendo mais de 105 A2

    e para ospacotes do tipo C.

    6.4.19 Ensaio de estanquidade à água para os pacotes contendomatérias cindíveis.

    6.4.20 Ensaios para os pacotes do tipo C.6.4.21 Ensaio para as embalagens concebidas para conter 0,1 kg

    ou mais de hexafluoreto de urânio.6.4.22 Aprovação dos modelos de pacotes e das matérias.6.4.23 Pedidos de aprovação e aprovações relativas ao transporte

    de matérias radioactivas.

    Capítulo 6.5 — Prescrições relativas à construção dos grandes re-cipientes para granel (GRG) e aos ensaios a que devem ser sub-metidos.

    6.5.1 Prescrições gerais aplicáveis a todos os tipos de GRG.6.5.2 Marcação.6.5.3 Prescrições particulares aplicáveis a cada categoria de GRG.6.5.4 Prescrições relativas aos ensaios.

    Capítulo 6.6 — Prescrições relativas à construção das grandes em-balagens e aos ensaios a que devem ser submetidas.

    6.6.1 Generalidades.6.6.2 Código designando os tipos de grandes embalagens.6.6.3 Marcação.6.6.4 Prescrições particulares aplicáveis a cada categoria de gran-

    de embalagem.6.6.5 Prescrições relativas aos ensaios.

    Capítulo 6.7 — Prescrições relativas à concepção e construção dascisternas móveis e dos contentores para gás de elementos múl-tiplos (CGEM) «UN» e às inspecções e ensaios a que devemser submetidos.

    6.7.1 Domínio de aplicação e prescrições gerais.6.7.2 Prescrições relativas à concepção e à construção das cister-

    nas móveis destinadas ao transporte de matérias da classe 1 edas classes 3 a 9, bem como às inspecções e ensaios a que de-vem ser submetidas.

    6.7.3 Prescrições relativas à concepção e à construção das cister-nas móveis destinadas ao transporte dos gases liquefeitos não

    refrigerados, bem como às inspecções e ensaios a que devemser submetidas.

    6.7.4 Prescrições relativas à concepção e à construção das cister-nas móveis destinadas ao transporte dos gases liquefeitos refri-gerados, bem como às inspecções e ensaios a que devem sersubmetidas.

    6.7.5 Prescrições relativas à concepção e à construção dos con-tentores para gás de elementos múltiplos (CGEM) «UN» desti-nados ao transporte de gases não refrigerados, bem como às ins-pecções e ensaios a que devem ser submetidos.

    Capítulo 6.8 — Prescrições relativas à construção, aos equipamen-tos, à aprovação de tipo, às inspecções e en-saios e à marcaçãodas cisternas fixas (veículos-cisternas), cisternas desmontáveis,contentores-cisternas e caixas móveis cisternas cujos reservató-rios são construídos de materiais metálicos, bem como de veí-culos-baterias e contentores para gás de elementos múltiplos(CGEM).

    6.8.1 Campo de aplicação.6.8.2 Prescrições aplicáveis a todas as classes.6.8.3 Prescrições particulares aplicáveis à classe 2.6.8.4 Disposições especiais.6.8.5 Prescrições relativas aos materiais e à construção das cister-

    nas fixas soldadas, das cisternas desmontáveis soldadas e dosreservatórios soldados dos contentores-cisternas, para os quais éprescrita uma pressão de ensaio de pelo menos 1 MPa (10 bar),bem como das cisternas fixas soldadas, das cisternas desmontá-veis soldadas e dos reservatórios soldados dos contentores-cis-ternas, destinados ao transporte de gases liquefeitos refrigeradosda classe 2.

    Capítulo 6.9 — Prescrições relativas à concepção, à construção,aos equipamentos, à aprovação de tipo, aos ensaios e à marca-ção das cisternas fixas (veículos-cisternas), cisternas desmontá-veis, contentores-cisternas e caixas móveis cisternas de matériaplástica reforçada com fibras.

    6.9.1 Generalidades.6.9.2 Construção.6.9.3 Equipamentos.6.9.4 Ensaios e aprovação de tipo.6.9.5 Inspecções.6.9.6 Marcação.

    Capítulo 6.10 — Prescrições relativas à construção, ao equipamento,à aprovação de tipo, às inspecções e à marcação das cisternaspara resíduos operadas sob vácuo.

    6.10.1 Generalidades.6.10.2 Construção.6.10.3 Equipamentos.6.10.4 Inspecções.

    Capítulo 6.11 — Prescrições relativas à concepção e construçãodos contentores para granel e às inspecções e ensaios a que de-vem ser submetidos.

    6.11.1 Definições.6.11.2 Campo de aplicação e prescrições gerais.6.11.3 Prescrições relativas à concepção e construção dos con-

    tentores de acordo com a CSC utilizados como contentores paragranel e às inspecções e ensaios a que devem ser submetidos.

    6.11.4 Prescrições relativas à concepção, construção e aprovaçãodos contentores para granel que não sejam contentores em con-formidade com a CSC.

    Parte 7

    Disposições relativas às condições de transporte, carga, descarga emanuseamento.

    Capítulo 7.1 — Disposições gerais.

    Capítulo 7.2 — Disposições relativas ao transporte em volumes.

    Capítulo 7.3 — Disposições relativas ao transporte a granel.7.3.1 Disposições gerais.7.3.2 Disposições suplementares para o transporte a granel de

    mercadorias das classes 4.2, 4.3, 5.1, 6.2, 7 e 8, sempre que seapliquem as disposições do 7.3.1.1 a).

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    7.3.3 Disposições especiais para o transporte a granel sempre quese apliquem as disposições do 7.3.1.1 b).

    Capítulo 7.4 — Disposições relativas ao transporte em cisternas.

    Capítulo 7.5 — Disposições relativas à carga, à descarga e ao ma-nuseamento.

    7.5.1 Disposições gerais relativas à carga, à descarga e ao manu-seamento.

    7.5.2 Interdição de carregamento em comum.7.5.3 (Reservado).7.5.4 Precauções relativas aos géneros alimentares, outros objec-

    tos de consumo e alimentos para animais.7.5.5 Limitação das quantidades transportadas.7.5.6 (Reservado).7.5.7 Manuseamento e estiva.7.5.8 Limpeza depois da descarga.7.5.9 Interdição de fumar.7.5.10 Medidas a tomar para evitar a acumulação de cargas elec-

    trostáticas.7.5.11 Disposições adicionais relativas a certas classes ou merca-

    dorias.

    Parte 8

    Prescrições relativas à tripulação, ao equipamento, à operação e àdocumentação dos veículos.

    Capítulo 8.1 — Prescrições gerais relativas às unidades de trans-porte e ao equipamento de bordo.

    8.1.1 Unidades de transporte.8.1.2 Documentos de bordo.8.1.3 Sinalização e painéis laranja.8.1.4 Meios de extinção de incêndio.8.1.5 Equipamentos diversos.

    Capítulo 8.2 — Prescrições relativas à formação da tripulação dosveículos.

    8.2.1 Prescrições gerais relativas à formação dos condutores.8.2.2 Prescrições especiais relativas à formação dos condutores.8.2.3 Formação das pessoas, que não os condutores visados no

    8.2.1, intervenientes no transporte de mercadorias perigosas porestrada.

    Capítulo 8.3 — Prescrições diversas a cumprir pela tripulação dosveículos.

    8.3.1 Passageiros.8.3.2 Utilização de meios de extinção de incêndios.8.3.3 Proibição de abrir os volumes.8.3.4 Aparelhos portáteis de iluminação.8.3.5 Proibição de fumar.8.3.6 Funcionamento do motor durante a carga ou a descarga.8.3.7 Utilização do travão de estacionamento.

    Capítulo 8.4 — Prescrições relativas à vigilância dos veículos.

    Capítulo 8.5 — Prescrições adicionais relativas a certas classes oumercadorias.

    Parte 9

    Prescrições relativas à construção e aprovação dos veículos.

    Capítulo 9.1 — Prescrições gerais relativas à construção e aprova-ção dos veículos.

    9.1.1 Campo de aplicação e definições.9.1.2 Aprovação dos veículos EX/II, EX/III, FL, OX e AT.9.1.3 Certificado de aprovação.

    Capítulo 9.2 — Prescrições relativas à construção do veículo debase.

    9.2.19.2.2 Equipamento eléctrico.9.2.3 Equipamento de travagem.9.2.4 Prevenção dos riscos de incêndio.9.2.5 Dispositivo limitador de velocidade.9.2.6 Dispositivo de atrelagem do reboque.

    Capítulo 9.3 — Prescrições adicionais relativas a veículos EX/II eEX/III completos ou completados.

    9.3.1 Materiais a utilizar na construção da caixa dos veículos.9.3.2 Aparelhos de aquecimento a combustão.9.3.3 Veículos EX/II.9.3.4 Veículos EX/III.9.3.5 Motor e compartimento de carga.9.3.6 Fontes externas de calor e compartimento de carga.9.3.7 Equipamento eléctrico.

    Capítulo 9.4 — Prescrições adicionais relativas à construção da cai-xa dos veículos completos ou completados (que não veículosEX/II e EX/III) destinados ao transporte de mercadorias peri-gosas em volumes.

    Capítulo 9.5 — Prescrições adicionais relativas à construção da cai-xa dos veículos completos ou completados destinados ao trans-porte de mercadorias perigosas sólidas a granel.

    Capítulo 9.6 — Prescrições adicionais relativas a veículos comple-tos ou completados destinados ao transporte de matérias sobregulação de temperatura.

    Capítulo 9.7 — Prescrições adicionais relativas a veículos-cisternas(cisternas fixas), veículos-baterias e veículos completos ou com-pletados utilizados no transporte de mercadorias perigosas emcisternas desmontáveis com capacidade superior a 1 m3 ou emcontentores-cisternas, cisternas móveis ou CGEM com capaci-dade superior a 3 m3 (veículos FL, OX e AT).

    9.7.1 Disposições gerais.9.7.2 Prescrições relativas às cisternas.9.7.3 Meios de fixação.9.7.4 Ligação à terra dos veículos FL.9.7.5 Estabilidade dos veículos-cisternas.9.7.6 Protecção à retaguarda dos veículos.9.7.7 Aparelhos de aquecimento a combustão.9.7.8 Equipamento eléctrico.

    PARTE 1

    Disposições gerais

    CAPITULO 1.1

    Campo de aplicação e aplicabilidade

    1.1.1 EstruturaO RPE compreende 9 partes. Cada parte subdivide-

    se em capítulos e cada capítulo em secções e subsec-ções (ver quadro das matérias). No interior de cadaparte, o número da parte está incorporado nos núme-ros dos capítulos, secções e subsecções; por exemplo,a secção 1 do capítulo 2 da Parte 4 é numerada«4.2.1».

    NOTA: Em transporte internacional, ver NOTA defim de capítulo.

    1.1.2 Campo de aplicação1.1.2.1 As Partes 1 a 7 do RPE contêm as prescri-

    ções relativas às mercadorias, ao seu acondicionamen-to e à sua etiquetagem:

    a) as mercadorias perigosas cujo transporte nacio-nal é excluído;

    b) as mercadorias perigosas cujo transporte nacional éautorizado e as condições impostas a essas mercadorias(incluindo as isenções), em especial no que se refere:

    - à classificação das mercadorias, incluindo os cri-térios de classificação e os métodos de ensaio que lhesdigam respeito;

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 2007 2972-(11)

    - à utilização das embalagens (incluindo a embala-gem em comum);

    - à utilização das cisternas (incluindo o seu enchi-mento);

    - aos procedimentos de expedição (incluindo a mar-cação e a etiquetagem dos volumes, a sinalização dosmeios de transporte, bem como a documentação e asinformações prescritas);

    - às disposições relativas à construção, ao ensaio eà aprovação das embalagens e das cisternas;

    - à utilização dos meios de transporte (incluindo acarga, o carregamento em comum e a descarga).

    NOTA: Em transporte internacional, ver NOTA defim de capítulo.

    1.1.2.2 As Partes 1 e 3 do RPE contêm igualmentecertas prescrições que se referem também às condi-ções impostas à construção, ao equipamento e à ope-ração dos veículos:

    1.1.1 Estrutura1.1.2.3 (Campo de aplicação das Partes 8 e 9)1.1.2.41.1.3.1 Isenções ligadas à natureza da operação de

    transporte1.1.3.6 Isenções ligadas às quantidades transporta-

    das por unidade de transporte1.1.4 Aplicabilidade de outros regulamentos1.1.4.5 Transporte encaminhado de forma diferente

    da tracção por estrada1.2 Definições e unidades de medida1.3 Formação das pessoas intervenientes no trans-

    porte das mercadorias perigosas1.4 Obrigações de segurança dos intervenientes1.5 Derrogações1.6 Medidas transitórias1.8 Medidas de controle e outras medidas de apoio

    visando a observância das prescrições de segurança1.9 Restrições de transporte estabelecidas pelas au-

    toridades competentes1.10 Prescrições relativas à segurança públicaCapítulo 3.1Capítulo 3.2 Colunas (1), (2), (14), (15) e (19) (apli-

    cação das disposições das Partes 8 e 9 a matérias ouobjectos em particular).

    NOTA: Em transporte internacional, ver NOTA defim de capítulo.

    1.1.2.3 As Partes 8 e 9 do RPE contêm as prescri-ções respeitantes à construção, ao equipamento e àexploração dos veículos aprovados para o transporte dasmercadorias perigosas:

    - prescrições relativas à tripulação, ao equipamentoe à exploração dos veículos e à documentação;

    - prescrições relativas à construção e à aprovaçãodos veículos.

    NOTA: Em transporte internacional, ver NOTA defim de capítulo.

    1.1.2.4 No n.º 2 do artigo 10.º do decreto-lei queaprova o RPE, o termo «veículos» não designa neces-sariamente um só e mesmo veículo. Uma operação detransporte nacional pode ser efectuada por vários veí-culos diferentes, na condição de que tenha lugar noterritório português, entre o expedidor e o destinatárioindicados no documento de transporte.

    NOTA: Em transporte internacional, ver NOTA defim de capítulo.

    1.1.3 Isenções

    1.1.3.1 Isenções ligadas à natureza da operação detransporte

    As prescrições do RPE não se aplicam:

    a) ao transporte de mercadorias perigosas efec-tuado por pessoas singulares quando as mercado-rias em questão estão acondicionadas para a vendaa retalho e se destinam ao seu uso pessoal ou do-méstico ou para actividades de lazer ou desporti-vas, na condição de serem tomadas medidas paraimpedir qualquer fuga de conteúdo em condiçõesnormais de transporte. As mercadorias perigosasem GRG, grandes embalagens ou cisternas não sãoconsideradas como estando embaladas para a ven-da a retalho;

    b) ao transporte de máquinas ou de equipamen-tos não especificados no RPE que comportem aces-soriamente mercadorias perigosas na sua estruturaou nos seus circuitos de funcionamento, na condi-ção de serem tomadas medidas para impedir qual-quer fuga de conteúdo em condições normais detransporte;

    c) ao transporte efectuado por empresas masacessoriamente à sua actividade principal, tal comopara aprovisionamento de estaleiros de construçãoou de engenharia civil ou para os trajectos de re-torno a partir desses estaleiros, ou para trabalhosde medição, de reparação ou de manutenção, emquantidades que não ultrapassem 450 litros porembalagem nem as quantidades máximas totais es-pecificadas em 1.1.3.6. Devem ser tomadas medi-das para impedir qualquer fuga de conteúdo emcondições normais de transporte. A presente isen-ção não se aplica à classe 7.

    Os transportes efectuados por essas empresas parao seu próprio aprovisionamento ou para a sua distri-buição externa ou interna não são contudo abrangidospela presente isenção;

    d) ao transporte efectuado por serviços de interven-ção ou sob o seu controle, em particular por veículospronto-socorro que reboquem veículos avariados ousinistrados contendo mercadorias perigosas;

    e) aos transportes de emergência destinados a sal-var vidas humanas ou a proteger o ambiente, na con-dição de terem sido tomadas todas as medidas paragarantir que esses transportes se efectuem em com-pleta segurança.

    NOTA: Para as matérias radioactivas, ver 2.2.7.1.2.

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(12)

    1.1.3.2 Isenções ligadas ao transporte de gasesAs prescrições do RPE não se aplicam ao trans-

    porte:

    a) dos gases contidos nos reservatórios dos veículosque efectuem uma operação de transporte e que sedestinem à sua propulsão ou ao funcionamento dequalquer dos seus equipamentos (frigoríficos, porexemplo);

    b) dos gases contidos nos reservatórios de carbu-rante dos veículos transportados. A torneira de alimen-tação situada entre o reservatório de carburante e omotor deve estar fechada e o contacto eléctrico deveestar cortado;

    c) dos gases dos grupos A e O (de acordo com2.2.2.1) se a sua pressão no recipiente ou na cisterna,a uma temperatura de 15°C, não ultrapassar 200 kPa(2 bar) e se os gases estiverem completamente em fasegasosa durante o transporte. Isto é válido para todosos tipos de recipientes ou de cisternas, por exemplo,também para as diferentes partes das máquinas ou daaparelhagem;

    d) dos gases contidos no equipamento utilizado parao funcionamento dos veículos (por exemplo os extin-tores e os pneus cheios, mesmo enquanto peças so-bressalentes ou enquanto carga);

    e) dos gases contidos no equipamento especial dosveículos e necessários ao funcionamento desse equi-pamento especial durante o transporte (sistema dearrefecimento, aquários, aparelhos de aquecimento,etc.) bem como os recipientes sobressalentes paraesses equipamentos e os recipientes a substituir,vazios por limpar, transportados na mesma unidadede transporte;

    f) dos reservatórios sob pressão fixos vazios, porlimpar, que sejam transportados, sob condição de quetodas as aberturas, com excepção dos dispositivos dedescompressão (quando estiverem instalados), sejamhermeticamente fechadas;

    g) dos gases contidos nos produtos alimentares ounas bebidas.

    1.1.3.3 Isenções ligadas ao transporte de carburan-tes líquidos

    As prescrições do RPE não se aplicam ao transporte:

    a) do carburante contido nos reservatórios de umveículo que efectue uma operação de transporte e quese destine à sua propulsão ou ao funcionamento dequalquer dos seus equipamentos.

    O carburante pode ser transportado em reservató-rios de carburante fixos, directamente ligados ao mo-tor ou ao equipamento auxiliar do veículo, que este-jam de acordo com as disposições regulamentaresapropriadas, ou pode ser transportado em recipientespara carburante portáteis (como, por exemplo, jerri-canes).

    A capacidade total dos reservatórios fixos não deveexceder 1 500 litros por unidade de transporte e a ca-pacidade de um reservatório fixado a um reboque nãodeve exceder 500 litros. Pode ser transportado em re-cipientes para carburantes portáteis um máximo de

    60 litros por unidade de transporte. Estas restrições nãose aplicam aos veículos dos serviços de intervenção deurgência;

    b) do carburante contido nos reservatórios dos veí-culos ou de outros meios de transporte (como, parexemplo, barcos) que sejam transportados como car-ga, sempre que se destine à sua propulsão ou ao fun-cionamento de qualquer dos seus equipamentos. A tor-neira de alimentação situada entre o motor ou osequipamentos e o reservatório de carburante deve es-tar fechada durante o transporte, salvo se for indispen-sável ao equipamento para continuar operacional. Se foro caso, os veículos ou os outros meios de transportedevem ser carregados de pé e ser fixados para evitarquedas.

    1.1.3.4 Isenções ligadas a disposições especiais ouàs mercadorias perigosas embaladas em quantidadeslimitadas

    NOTA: Para as matérias radioactivas, ver 2.2.7.1.2.

    1.1.3.4.1 Certas disposições especiais do Capítulo 3.3isentam parcial ou totalmente o transporte de merca-dorias perigosas específicas das prescrições do RPE.A isenção aplica-se quando a disposição especial é in-dicada na coluna (6) do quadro A do Capítulo 3.2 re-lativamente às mercadorias perigosas da respectiva ru-brica.

    1.1.3.4.2 Certas mercadorias perigosas embaladas emquantidades limitadas podem ser objecto de isençõessob reserva de que sejam satisfeitas as condições doCapítulo 3.4.

    1.1.3.5 Isenções ligadas às embalagens vazias porlimpar

    As embalagens vazias (incluindo os GRG e as gran-des embalagens), por limpar, que tenham contido ma-térias das classes 2, 3, 4.1, 5.1, 6.1, 8 e 9 não estãosubmetidas às prescrições do RPE se tiverem sido to-madas medidas apropriadas para compensar os even-tuais riscos. Os riscos consideram-se compensados setiverem sido tomadas medidas para eliminar todos osriscos das classes 1 a 9.

    1.1.3.6 Isenções ligadas às quantidades transporta-das por unidade de transporte

    1.1.3.6.1 Para os fins da presente subsecção, asmercadorias perigosas são afectadas às categorias detransporte 0, 1, 2, 3 ou 4, conforme indicado na co-luna (15) do quadro A do Capítulo 3.2. As embala-gens vazias por limpar que tenham contido matériasafectadas à categoria de transporte «0» são igualmen-te afectadas à categoria de transporte «0». As em-balagens vazias por limpar que tenham contido ma-térias afectadas a uma categoria de transportediferente da «0» são afectadas à categoria de trans-porte «4».

    1.1.3.6.2 No caso em que a quantidade de merca-dorias perigosas a bordo de uma única unidade detransporte não ultrapasse os valores indicados na co-

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 2007 2972-(13)

    luna (3) do quadro do 1.1.3.6.3 para uma dada cate-goria de transporte (quando as mercadorias perigosasa bordo da unidade de transporte são da mesma cate-goria) ou o valor calculado segundo o 1.1.3.6.4 (quan-do as mercadorias perigosas a bordo da unidade detransporte são de várias categorias), elas podem sertransportadas em volumes numa mesma unidade detransporte sem que sejam aplicáveis as seguintes pres-crições:

    - Capítulo 1.10;- Capítulo 5.3;- Secção 5.4.3;- Capítulo 7.2 excepto 7.2.3, V5, V7 e V8 em 7.2.4;- CV1 em 7.5.11;- Parte 8 excepto 8.1.2.1 a) e c)

    8.1.4.2 a 8.1.4.5 8.2.3

    8.3.3 8.3.4 8.3.5 Capítulo 8.4 S1(3) e (6) S2(1) S4 S14 a S21 do Capítulo 8.5;

    - Parte 9

    NOTA: No que se refere às menções a incluir nodocumento de transporte, ver 5.4.1.1.10.

    1.1.3.6.3 Quando as mercadorias perigosas transpor-tadas na unidade de transporte pertençam à mesmacategoria, a quantidade máxima total é indicada nacoluna (3) do seguinte quadro:

    Categoria de transporte

    (1)

    Matérias ou objectos grupo de embalagem ou código/grupo de classificação ou

    Nº ONU

    (2)

    Quantidade máxima total por

    unidade de transporte

    (3)

    0 Classe 1: 1.1A/1.1 L/1.2 L/1.3 L/1.4 L e Nº ONU 0190 Classe 3: Nº ONU 3343 Classe 4.2: matérias pertencentes ao grupo de embalagem I Classe 4.3: Nºs ONU 1183, 1242, 1295, 1340, 1390, 1403, 1928, 2813, 2965, 2968, 2988, 3129, 3130, 3131, 3134, 3148, 3396, 3398, 3399 Classe 6.1: Nºs ONU 1051, 1613, 1614, 3294 Classe 6.2: Nºs ONU 2814, 2900 Classe 7: Nºs ONU 2912 a 2919, 2977, 2978, 3321 a 3333 Classe 9: Nºs ONU 2315, 3151, 3152, 3432, bem como os aparelhos que contenham essas matérias ou misturas

    bem como as embalagens vazias por limpar que tenham contido matérias que figuram nesta categoria de transporte, com excepção das classificadas no nº ONU 2908.

    0

    1 Matérias e objectos pertencentes ao grupo de embalagem I e que não figuram na categoria de transporte 0, bem como as matérias e objectos das classes:

    Classe 1: 1.1B a 1.1Ja /1.2B a 1.2J/1.3C/1.3G/1.3H/1.3J/1.5DaClasse 2: grupos T, TCa, TO, TF, TOC e TFC aerossóis: grupos C, CO, FC, T, TF, TC, TO, TFC e TOC Classe 4.1: Nºs ONU 3221 a 3224 e 3231 a 3240 Classe 5.2: Nºs ONU 3101 a 3104 e 3111 a 3120

    20

    2 Matérias e objectos pertencentes ao grupo de embalagem II e que não figuram nas categorias de transporte 0, 1 ou 4, bem como as matérias e objectos das classes:

    Classe 1: 1.4B a 1.4G/1.6N Classe 2: grupo F aerossóis: grupo F Classe 4.1: Nºs ONU 3225 a 3230 Classe 5.2: Nºs ONU 3105 a 3110 Classe 6.1: Matérias e objectos pertencentes ao grupo de embalagem III Classe 9: Nº ONU 3245

    333

    3 Matérias e objectos pertencentes ao grupo de embalagem III e que não figuram nas categorias de transporte 0, 2 ou 4, bem como as matérias e objectos das classes:

    Classe 2: grupos A e O aerossóis: grupos A e O Classe 8: Nºs ONU 2794, 2795, 2800, 3028 Classe 9: Nºs ONU 2990, 3072

    1 000

    4 Classe 1: 1.4S Classe 4.1: Nºs ONU 1331, 1345, 1944, 1945, 2254, 2623 Classe 4.2: Nºs ONU 1361, 1362 grupo de embalagem III

    Ilimitada

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(14)

    No quadro acima, por «quantidade máxima total porunidade de transporte», entende-se:

    - para os objectos, a massa bruta em quilogramas(para os objectos da classe 1, a massa líquida emquilogramas de matéria explosiva);

    - para as matérias sólidas, os gases liquefeitos, osgases liquefeitos refrigerados e os gases dissolvidos, amassa líquida em quilogramas;

    - para as matérias líquidas e os gases comprimidos,a capacidade nominal do recipiente (ver definição em1.2.1) em litros.

    1.1.3.6.4 Quando são transportadas na mesma uni-dade de transporte mercadorias perigosas pertencentesa categorias de transporte diferentes, a soma de:

    - a quantidade de matérias e de objectos da catego-ria de transporte 1 multiplicada por «50»,

    - a quantidade de matérias e de objectos da catego-ria de transporte 1 mencionados na nota a de rodapédo quadro do 1.1.3.6.3, multiplicada por «20»,

    - a quantidade de matérias e de objectos da catego-ria de transporte 2 multiplicada por «3», e

    - a quantidade de matérias e de objectos da catego-ria de transporte 3,

    não deve ultrapassar «1 000».

    1.1.3.6.5 Para os fins da presente subsecção, nãodevem ser tomadas em conta as mercadorias perigo-sas que são isentas em conformidade com os 1.1.3.2a 1.1.3.5.

    1.1.4 Aplicabilidade de outros regulamentos

    1.1.4.1 (Reservado).1.1.4.2 Transporte numa cadeia de transporte que

    comporte um percurso marítimo ou aéreo1.1.4.2.1 Os volumes, os contentores, as cisternas

    móveis e os contentores-cisternas que não satisfaçamcompletamente as prescrições de embalagem, de em-balagem em comum, de marcação e de etiquetagemdos volumes ou de sinalização e de marcação de con-tentores e cisternas do RPE, mas que estejam con-formes com as prescrições do Código IMDG ou dasInstruções Técnicas da OACI, são admitidos para ostransportes numa cadeia de transporte que comporteum percurso marítimo ou aéreo, nas seguintes con-dições:

    a) Os volumes devem ter marcação e etiquetas deperigo em conformidade com as disposições do Códi-

    go IMDG ou das Instruções Técnicas da OACI se amarcação e as etiquetas não forem conformes com oRPE;

    b) As disposições do Código IMDG ou das Instru-ções Técnicas da OACI são aplicáveis à embalagem emcomum no mesmo volume;

    c) Para os transportes numa cadeia de transporteque comporte um percurso marítimo, os contento-res, as cisternas móveis e os contentores-cisternas,se não tiverem sinalização e painéis laranja confor-mes com o Capítulo 5.3 do RPE, devem ter placas-etiquetas e painéis conformes com o Capítulo 5.3 doCódigo IMDG. Nesse caso, apenas o parágrafo5.3.2.1.1 do RPE se aplica à sinalização do veículo.Para as cisternas móveis e os contentores-cisternasvazios, por limpar, esta disposição aplica-se até àtransferência subsequente para uma estação de lim-peza, inclusive.

    Esta derrogação não é válida para as mercadoriasclassificadas como mercadorias perigosas nas classes 1a 8 do RPE, e consideradas como não perigosas emconformidade com as disposições aplicáveis do Códi-go IMDG ou das Instruções Técnicas da OACI.

    1.1.4.2.2 No transporte numa cadeia de transporteque comporte um percurso marítimo ou aéreo, as in-formações exigidas nos 5.4.1 e 5.4.2 e por certas dis-posições especiais do capítulo 3.3 podem ser substi-tuídas pelo documento de transporte e pelasinformações exigidas, respectivamente, pelo CódigoIMDG ou pelas Instruções Técnicas da OACI, salvose, quando o RPE exigir informações suplementares,estas forem acrescentadas ou indicadas no local apro-priado.

    NOTA: Para o transporte em conformidade com o1.1.4.2.1, ver também 5.4.1.1.7. Para o transporte emcontentores, ver também 5.4.2.

    1.1.4.3 Utilização de cisternas móveis aprovadaspara os transportes marítimos

    As cisternas móveis que não satisfaçam as pres-crições dos Capítulos 6.7 ou 6.8, mas que tenhamsido construídas e aprovadas antes de 1 de Janeirode 2003 em conformidade com as disposições doCódigo IMDG (incluindo as medidas transitórias)(Emenda 29-98), podem ser utilizadas até 31 deDezembro de 2009 na condição de que satisfaçam asprescrições em matéria de ensaios e de controlesaplicáveis do Código IMDG (Emenda 29-98) e que

    Categoria de transporte

    (1)

    Matérias ou objectos grupo de embalagem ou código/grupo de classificação ou

    Nº ONU

    (2)

    Quantidade máxima total por

    unidade de transporte

    (3)

    Classe 7: Nºs ONU 2908 a 2911 Classe 9: Nº ONU 3268

    bem como as embalagens vazias por limpar que tenham contido matérias perigosas, excepto as que figuram na categoria de transporte 0

    (a) Para os Nºs ONU 0081, 0082, 0084, 0241, 0331, 0332, 0482, 1005 e 1017, a quantidade máxima total por unidade de transporte será de 50 kg.

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    as instruções indicadas nas colunas (12) e (14) doCapítulo 3.2 do Código IMDG (Emenda 30-00) se-jam completamente satisfeitas. Podem continuar a serutilizadas depois de 31 de Dezembro de 2009 sesatisfizerem as prescrições em matéria de ensaios ede controles aplicáveis do Código IMDG, mas nacondição de que as instruções das colunas (10) e (11)do Capítulo 3.2 e do Capítulo 4.2 do RPE sejamrespeitadas.

    1.1.4.4 (Reservado).1.1.4.5 Transporte encaminhado por outro modo

    diferente da tracção rodoviária1.1.4.5.1 Se o veículo que efectua um transporte

    submetido às prescrições do RPE é encaminhado numaparte do trajecto por outro modo diferente da tracçãorodoviária, os regulamentos nacionais ou internacionaisque regulam eventualmente, nessa parte do trajecto, otransporte de mercadorias perigosas pelo modo de trans-porte utilizado para o encaminhamento do veículo ro-doviário são apenas aplicáveis à referida parte do tra-jecto.

    1.1.4.5.2 Nos casos visados no 1.1.4.5.1 acima, aautoridade competente pode fazer aplicar as disposi-ções do RPE na parte do trajecto em que o veículo éencaminhado por outro modo diferente da tracção ro-doviária, complementadas, se entender necessário, porprescrições adicionais, salvo se essas disposições en-trarem em contradição com as cláusulas de conven-ções internacionais que regulem o transporte de mer-cadorias perigosas pelo modo de transporte utilizadopara o encaminhamento do veículo rodoviário na re-ferida parte do trajecto, por exemplo a ConvençãoInternacional para a Salvaguarda da Vida Humana noMar (SOLAS).

    NOTA: Em transporte internacional, ver NOTA defim de capítulo.

    1.1.4.5.3 Nos casos em que um transporte subme-tido às prescrições do RPE é igualmente submetido,em todo ou em parte do seu percurso rodoviário, àsdisposições de uma convenção internacional que re-gule o transporte de mercadorias perigosas por ummodo de transporte diferente do rodoviário em virtu-de das cláusulas dessa convenção que alarguem orespectivo âmbito a certos serviços automóveis, asdisposições dessa convenção internacional aplicam-seao percurso em causa, em concorrência com as dis-posições do RPE que não sejam incompatíveis comelas; as outras cláusulas do RPE não se aplicam nopercurso em causa.

    NOTA de fim de capítuloOs parágrafos 1.1.1, 1.1.2.1, 1.1.2.2, 1.1.2.3, 1.1.2.4 e

    1.1.4.5.2 do ADR têm a seguinte redacção:1.1.1 Os anexos A e B do ADR compreendem 9 partes. O

    anexo A é constituído pelas Partes 1 a 7 e o anexo B pelas Par-tes 8 e 9. Cada parte subdivide-se em capítulos e cada capítulo emsecções e subsecções (ver quadro das matérias). No interior de cadaparte, o número da parte está incorporado nos números dos capí-tulos, secções e subsecções; por exemplo, a secção 1 do capítulo2 da Parte 4 é numerada «4.2.1».

    1.1.2.1 Para os fins do artigo 2 do ADR, o anexo A precisa:

    a) as mercadorias perigosas cujo transporte internacional éexcluído;

    b) as mercadorias perigosas cujo transporte internacional éautorizado e as condições impostas a essas mercadorias (incluindoas isenções), em especial no que se refere:

    - à classificação das mercadorias, incluindo os critérios declassificação e os métodos de ensaio que lhes digam respeito;

    - à utilização das embalagens (incluindo a embalagem emcomum);

    - à utilização das cisternas (incluindo o seu enchimento);- aos procedimentos de expedição (incluindo a marcação e a

    etiquetagem dos volumes, a sinalização dos meios de transporte,bem como a documentação e as informações prescritas);

    - às disposições relativas à construção, ao ensaio e à aprova-ção das embalagens e das cisternas;

    - à utilização dos meios de transporte (incluindo o carga, ocarregamento em comum e a descarga).

    1.1.2.2 O anexo A do ADR contem igualmente certas prescri-ções que, segundo o artigo 2 do ADR, dizem respeito ao anexo Bou simultaneamente aos anexos A e B, nos seguintes termos:

    1.1.1 Estrutura1.1.2.3 (Campo de aplicação do anexo B)1.1.2.41.1.3.1 Isenções ligadas à natureza da operação de transporte1.1.3.6 Isenções ligadas às quantidades transportadas por unida-

    de de transporte1.1.4 Aplicabilidade de outros regulamentos1.1.4.5 Transporte encaminhado de forma diferente da tracção

    por estrada1.2 Definições e unidades de medida1.3 Formação das pessoas intervenientes no transporte das

    mercadorias perigosas1.4 Obrigações de segurança dos intervenientes1.5 Derrogações1.6 Medidas transitórias1.8 Medidas de controle e outras medidas de apoio visando a

    observância das prescrições de segurança1.9 Restrições de transporte estabelecidas pelas autoridades

    competentes1.10 Prescrições relativas à segurança públicaCapítulo 3.1Capítulo 3.2 Colunas (1), (2), (14), (15) e (19) (aplicação das

    disposições das Partes 8 e 9 a matérias ou objectos em particular).

    1.1.2.3 Para os fins do artigo 2 do ADR, o anexo B precisa asprescrições respeitantes à construção, ao equipamento e à exploraçãodos veículos aprovados para o transporte das mercadorias perigosas:

    - prescrições relativas à tripulação, ao equipamento e à ex-ploração dos veículos e à documentação;

    - prescrições relativas à construção e à aprovação dos veículos.

    1.1.2.4 Na alínea c) do artigo 1 do ADR, o termo «veículos»não designa necessariamente um só e mesmo veículo. Uma opera-ção de transporte internacional pode ser efectuada por váriosveículos diferentes, na condição de que tenha lugar no territóriode pelo menos duas Partes do ADR, entre o expedidor e o desti-natário indicados no documento de transporte.

    1.1.4.5.2 Nos casos visados no 1.1.4.5.1 acima, as Partes con-tratantes do ADR envolvidas podem acordar fazer aplicar as dis-posições do ADR na parte do trajecto em que o veículo é enca-minhado por outro modo diferente da tracção rodoviária,complementadas, se entenderem necessário, por prescrições adicio-nais, salvo se esses acordos entre as Partes contratantes do ADRenvolvidas entrarem em contradição com as cláusulas de conven-ções internacionais que regulem o transporte de mercadorias peri-gosas pelo modo de transporte utilizado para o encaminhamentodo veículo rodoviário na referida parte do trajecto, por exemploa Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humanano Mar (SOLAS), de que essas Partes contratantes do ADR sejamigualmente Partes contratantes.

    Esses acordos devem ser comunicados pela Parte contratanteque tomou a iniciativa ao Secretariado da Comissão Económicadas Nações Unidas para a Europa, que os levará ao conhecimentode todas as Partes contratantes.

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    CAPÍTULO 1.2

    Definições e unidades de medida

    1.2.1 Definições

    NOTA: Nesta secção figuram todas as definições deordem geral ou específica.

    No RPE, entende-se por:A«Aço de referência», um aço com uma resistência

    à tracção de 370 N/mm2 e um alongamento à rupturade 27 %;

    «Aço macio», um aço cujo limite mínimo da resis-tência à ruptura por tracção está compreendido entre360 N/mm2 e 440 N/mm2;

    NOTA: Para as cisternas móveis, ver Capítulo 6.7.

    «Aerossol», um recipiente não recarregável que sa-tisfaça as prescrições do 6.2.4, de metal, vidro oumatéria plástica, contendo um gás comprimido, lique-feito ou dissolvido, com ou sem um líquido, pasta oupó, e equipado com um dispositivo de escape que per-mita expulsar o conteúdo sob a forma de partículassólidas ou líquidas em suspensão num gás, sob a for-ma de espuma, de pasta ou de pó, ou no estado líqui-do ou gasoso;

    «AIEA», a Agência Internacional de Energia Atómi-ca (AIEA) (AIEA, P.O. Box 100, A-1400 VIENA);

    «Aparelho de aquecimento a combustão», um dis-positivo que utiliza directamente um combustível líqui-do ou gasoso sem efectuar a recuperação do calor domotor de propulsão do veículo;

    «Autoridade competente», a(s) autoridade(s) ouqualquer(quaisquer) outro(s) organismo(s) designado(s)como tal(tais) em cada Estado e em cada caso parti-cular segundo o direito nacional.

    B«Barrica de madeira», uma embalagem de madeira

    natural, de secção circular, com paredes arqueadas,provida de aduelas, fundos e aros;

    «Bobine» (classe 1), um dispositivo de matéria plás-tica, de madeira, de cartão, de metal ou de qualqueroutro material adequado, formado por um eixo centrale, se for o caso, por paredes laterais em cada extre-midade do eixo. Os objectos e as matérias devem po-der ser enrolados no eixo e podem ser retidos pelasparedes laterais;

    C«Caixa», uma embalagem de faces completas, rec-

    tangulares ou poligonais, de metal, madeira, contrapla-cado, aglomerado de madeira, cartão, matéria plásticaou outro material apropriado. Podem ser feitos peque-nos orifícios para facilitar o manuseamento ou a aber-tura, ou para satisfazer os critérios de classificação, nacondição de que tal não comprometa a integridade daembalagem durante o transporte;

    «Caixa móvel», ver «Contentor»;«Caixa móvel cisterna», um equipamento que deve

    ser considerado como contentor-cisterna;

    «Capacidade máxima», o volume interior máximodos recipientes ou das embalagens, incluindo as gran-des embalagens e os grandes recipientes para granel(GRG), expresso em metros cúbicos ou litros;

    «Capacidade nominal do recipiente», o volume nomi-nal, expresso em litros, de matéria perigosa contida norecipiente. Para as garrafas de gases comprimidos, oconteúdo nominal será a capacidade em água da garrafa;

    «Carga máxima admissível» (para os GRG flexíveis),a massa líquida máxima para o transporte da qual oGRG é concebido e que é autorizado a transportar;

    «Carregador», a empresa que carrega as mercado-rias perigosas num veículo ou num grande contentor;

    «Carregamento completo», qualquer carregamentoproveniente de um só expedidor ao qual é reservado ouso exclusivo de um veículo ou de um grande con-tentor e no qual todas as operações de carga e de des-carga são efectuadas em conformidade com as instru-ções do expedidor ou do destinatário;

    NOTA: O termo correspondente para a classe 7 é«uso exclusivo», ver 2.2.7.2.

    «Cartucho de gás», um recipiente não recarregávelcontendo, sob pressão, um gás ou uma mistura degases. Pode estar ou não equipado com uma válvula;

    «CEN», ver «EN»;«CGEM», ver «Contentor para gás de elementos

    múltiplos»;«Cisterna», um reservatório, munido dos seus equi-

    pamentos de serviço e de estrutura. Quando o termo éutilizado isoladamente, compreende os contentores-cis-ternas, as cisternas móveis, as cisternas desmontáveise as cisternas fixas, tal como são definidos na presen-te secção, bem como as cisternas que constituem ele-mentos de veículos-baterias ou de CGEM;

    NOTA: Para as cisternas móveis, ver 6.7.4.1.

    «Cisterna desmontável», uma cisterna com capaci-dade superior a 450 litros que não seja uma cisternafixa, uma cisterna móvel, um contentor-cisterna ou umelemento de um veículo-bateria, que não seja concebi-da para o transporte das mercadorias sem ruptura decarga e que normalmente só possa ser manuseada seestiver vazia;

    «Cisterna fechada hermeticamente», uma cisternadestinada ao transporte de líquidos com uma pressãode cálculo de pelo menos 4 bar, ou destinada ao trans-porte de matérias sólidas (pulverulentas ou granuladas)qualquer que seja a pressão de cálculo, cujas abertu-ras se fecham hermeticamente, e que:

    - não possui válvulas de segurança, discos de rup-tura ou outros dispositivos análogos de segurança nemválvulas de depressão; ou

    - não possui de válvulas de segurança, discos deruptura ou outros dispositivos análogos de segurança,mas possui válvulas de depressão nos termos autori-zados pela disposição especial TE15 do 6.8.4; ou

    - possui válvulas de segurança precedidas de umdisco de ruptura em conformidade com o 6.8.2.2.10,mas não possui válvulas de depressão; ou

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    - possui válvulas de segurança precedidas de umdisco de ruptura em conformidade com o 6.8.2.2.10,e válvulas de depressão nos termos autorizados peladisposição especial TE15 do 6.8.4;

    «Cisterna fixa», uma cisterna com capacidade su-perior a 1 000 litros fixada permanentemente num veí-culo (que passa então a ser um veículo-cisterna) ouque é parte integrante do châssis desse veículo;

    «Cisterna móvel», uma cisterna multimodal que es-teja conforme com as definições do Capítulo 6.7 oudo Código IMDG, indicada por uma instrução de trans-porte como cisterna móvel (código T) na coluna (10)do quadro A do Capítulo 3.2 e, quando utilizada notransporte de matérias da classe 2, com capacidadesuperior a 450 litros;

    «Cisterna para resíduos operada sob vácuo», umacisterna fixa, uma cisterna desmontável, um contentor-cisterna ou uma caixa móvel cisterna utilizada princi-palmente para o transporte de resíduos perigosos, cons-truída ou equipada de modo especial para facilitar acarga e a descarga de resíduos segundo as prescriçõesdo Capítulo 6.10. Uma cisterna que satisfaça integral-mente as prescrições dos Capítulos 6.7 ou 6.8 não éconsiderada como cisterna para resíduos operada sobvácuo;

    «Código IMDG», o Código Marítimo Internacionaldas Mercadorias Perigosas, regulamento de aplicação doCapítulo VII, Parte A da Convenção Internacional de1974 para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (Con-venção SOLAS), publicado pela Organização MarítimaInternacional (OMI) em Londres;

    NOTA: Para as matérias radioactivas, ver 2.2.7.2.

    «Componente inflamável» (para os aerossóis e oscartuchos de gás), um gás que é inflamável no ar, àpressão normal, ou uma matéria ou preparação sobforma líquida com ponto de inflamação inferior ou iguala 100ºC;

    «Contentor», um equipamento de transporte (estru-tura ou outro equipamento análogo)

    - que tenha carácter permanente e seja por conse-guinte suficientemente resistente para poder ser utiliza-do repetidamente;

    - especialmente concebido para facilitar o transpor-te de mercadorias, sem ruptura de carga, por um ouvários modos de transporte;

    - munido de dispositivos que facilitam a estiva e omanuseamento, designadamente aquando da sua trans-ferência de um meio de transporte para outro;

    - concebido de modo a ser fácil de encher e esva-ziar (ver também «Grande contentor» e «Pequeno con-tentor»).

    Uma caixa móvel é um contentor que, segundo anorma EN 283:1991, apresenta as seguintes caracterís-ticas:

    - tem uma resistência mecânica concebida apenaspara o transporte num vagão ou num veículo em cir-culação terrestre ou para navegação interior;

    - não pode ser empilhado;

    - pode ser transferido do veículo rodoviário sobrepatolas e recarregado pelos seus próprios meios a bor-do do veículo;

    NOTA: O termo «contentor» não compreende asembalagens usuais, nem os grandes recipientes paragranel (GRG), nem os contentores-cisternas, nem osveículos.

    «Contentor-cisterna», um equipamento de transpor-te que satisfaz a definição de contentor e compreendeum reservatório e equipamentos, incluindo os equipa-mentos que permitem as movimentações do contentor-cisterna sem modificação importante da posição deequilíbrio, utilizado para o transporte de matérias ga-sosas, líquidas, pulverulentas ou granulares e com ca-pacidade superior a 0,45 m3 (450 litros), quando des-tinado ao transporte de matérias da classe 2;

    NOTA: Os grandes recipientes para granel (GRG)que satisfazem as disposições do Capítulo 6.5 não sãoconsiderados como contentores-cisternas.

    «Contentor com toldo», um contentor descobertomunido de um toldo para proteger a mercadoria carre-gada;

    «Contentor para gás de elementos múltiplos»(CGEM), um equipamento de transporte que compre-ende elementos ligados entre si por um tubo colectore montados num quadro. Os elementos seguintes sãoconsiderados como elementos de um contentor de gásde elementos múltiplos: as garrafas, os tubos, os tam-bores sob pressão e os quadros de garrafas, bem comoas cisternas com capacidade superior a 450 litros paraos gases da classe 2;

    NOTA: Para os CGEM destinados ao transportemultimodal, ver Capítulo 6.7.

    «Contentor para granel», um invólucro de retenção(incluindo um forro ou revestimento) destinado aotransporte de matérias sólidas que estejam directamen-te em contacto com o invólucro de retenção. O termonão compreende nem as embalagens, nem os grandesrecipientes para granel (GRG), nem as grandes emba-lagens nem as cisternas.

    Os contentores para granel são:

    - de carácter permanente e por conseguinte sufi-cientemente resistentes para poderem ser utilizados re-petidamente;

    - especialmente concebidos para facilitar o transportede mercadorias, sem ruptura de carga, por um ouvários modos de transporte;

    - munidos de dispositivos que facilitam o manusea-mento;

    - com capacidade de pelo menos 1 m3.

    Os contentores para granel podem ser, por exem-plo, contentores, contentores para granel offshore, va-gonetas, cubas para granel, caixas móveis, contento-res tremonha, contentores com rodas, compartimentosde carga de veículos;

  • Diário da República, 1.ª série — N.º 86 — 4 de Maio de 20072972-(18)

    «Contentor para granel offshore», um contentor paragranel especialmente concebido para servir de man