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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 175. Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Encerram o crédito tributário, se estabelece como uma ação estatal em favor do sujeito passivo e não por uma ação do sujeito passivo como ocorre nas modalidades de suspensão. - Conceito/finalidade Modalidades que se estabelecem em favor do sujeito passivo por ação estatal e que encerram a relação jurídico tributária impedindo a promoção do lançamento tributário. O Estado fica impedido de constituir o crédito. Não se confunde com perdão, pois nessa modalidade o Estado por ação própria desiste de constituir seu crédito. Remição diferente de exclusão. Tipos Exclusão e legalidade Somente a lei estrito senso (elementos do art. 59, CF) pode definir as modalidades de exclusão como regra (art. 97, VI, CF). Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Ampliação da legalidade Empréstimo Compulsório, Imposto residual, impostos sobre grandes fortunas e contribuição social previdenciária residual são criados por lei complementar. Por serem criados por lei complementar a exclusão desses tributos também serão criados por lei complementar. Mitigação da legalidade estrita (art. 155, §2º, XII, g da CF) Alguns autores falam que é uma exceção a legalidade, mas na verdade trata-se de mitigação.

2ª Bimestre Direito Tributário Aula 1

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EXCLUSO DO CRDITO TRIBUTRIO Art. 175. Excluem o crdito tributrio:I - a iseno;II - a anistia.

Encerram o crdito tributrio, se estabelece como uma ao estatal em favor do sujeito passivo e no por uma ao do sujeito passivo como ocorre nas modalidades de suspenso. - Conceito/finalidadeModalidades que se estabelecem em favor do sujeito passivo por ao estatal e que encerram a relao jurdico tributria impedindo a promoo do lanamento tributrio.O Estado fica impedido de constituir o crdito. No se confunde com perdo, pois nessa modalidade o Estado por ao prpria desiste de constituir seu crdito. Remio diferente de excluso. Tipos Excluso e legalidadeSomente a lei estrito senso (elementos do art. 59, CF) pode definir as modalidades de excluso como regra (art. 97, VI, CF). Art. 176. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua durao.

Ampliao da legalidadeEmprstimo Compulsrio, Imposto residual, impostos sobre grandes fortunas e contribuio social previdenciria residual so criados por lei complementar. Por serem criados por lei complementar a excluso desses tributos tambm sero criados por lei complementar. Mitigao da legalidade estrita (art. 155, 2, XII, g da CF)Alguns autores falam que uma exceo a legalidade, mas na verdade trata-se de mitigao.Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 2. O imposto previsto no inciso II (ICMS) atender ao seguinte:XII - cabe lei complementar:g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.

ICMS um tributo complexo, sua iseno pode afetar os outros entes, portanto as isenes desse imposto sero feitas por convnio, na qual todos os entes devem concordar. Interpretao das normas sobre exclusoInterpretao literal, no h elasticidade de interpretao de normas relacionadas a iseno.Ex: iseno do IPI para taxista se houvesse a interpretao extensiva o trabalhador em vans alegaria que o trabalho similar ao do taxista com a finalidade de se beneficiar da iseno. Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislao tributria que disponha sobre:I - suspenso ou excluso do crdito tributrio;

Excluso e obrigao acessriasAs obrigao acessrias permanecem, independente da iseno da obrigao principal, para se evitar a fraude. Caso o sujeito passivo no cumpra com a obrigao acessria poder ocorrer penalidades que em sua parte pecuniria surge nova obrigao principal decorrente da mesma relao jurdica. Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente.

1- ISENO (176 a 179 CTN)Conceito Modalidade de excluso que beneficia o sujeito passivo em relao a obrigao principal, para que se conceda iseno deve-se ter razoabilidade.Art. 176. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua durao.

- Iseno e imunidadeSo medidas desonerativas do SJ, sendo que imunidades so princpios limitativos ao poder de tributar e s existe na CF, iseno modalidade de excluso e s se estabelece mediante lei especifica para cada modalidade de iseno. As imunidades impedem a competncia para instituir o tributo, a iseno impede o crdito. - Isenes Heternomas (151, III e 156, 3, II, CF)Quem concede iseno somente a o ente dono do tributoArt. 151. vedado Unio:III - instituir isenes de tributos da competncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios.

Excees:

Sabe-se que o ISS de competncia dos Municpios, entretanto compete a unio por lei complementar criar iseno de ISS sobre servios prestados pro exterior (a unio poder criar iseno heternoma desde que o servio seja para o exterior) nica da CF (156 3, II da CF)Art. 156. Compete aos Municpios instituir impostos sobre: 3 Em relao ao imposto previsto no inciso III docaputdeste artigo, cabe lei complementar:II - excluir da sua incidncia exportaes de servios para o exterior.

A doutrina pacificamente entende sobre outra exceo, caso seja celebrado por tratado ou conveno internacional poder ser concedida iseno, pois quem celebra esses tratados a unio. - Tipos de iseno --- Carter geral (179)Art. 179. A iseno, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concesso. 1 Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da iseno.

Concedida por lei para aqueles que se encontram para receber o benefcioCarter Individual (179, 2) 2 O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155.Concedida por lei mais procedimento administrativoDireito adquirido: s ser direito adquirido, tanto para individual quanto para geral, se concedida por prazo certo e em funo de condies.Art. 178 - A iseno, salvo se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.Sumula 544 STF:Isenes tributrias concedidas, sob condio onerosa, no podem ser livremente suprimidas.- Iseno e territorialidade (176, nico)Art. 176.Pargrafo nico. A iseno pode ser restrita a determinada regio do territrio da entidade tributante, em funo de condies a ela peculiares.

- Iseno no tempo (177,II)Art. 177. Salvo disposio de lei em contrrio, a iseno no extensiva:II - aos tributos institudos posteriormente sua concesso.

- Iseno e tributos bilaterais (177,I)Como regra o Estado no pode conceder isenes para os tributos bilaterais (taxas e contribuies de melhorias) Art. 177. Salvo disposio de lei em contrrio, a iseno no extensiva:I - s taxas e s contribuies de melhoria;

- Revogao da Iseno (178 c/c Sumula 544 STF)Art. 178 - A iseno, salvo se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.Sumula 544 STF:Isenes tributrias concedidas, sob condio onerosa, no podem ser livremente suprimidas.2- ANISTIA (180 a 182)

- Conceito Modalidade de excluso que se beneficia o SP em relao penalidade pecuniria. - Anistia no tempo (180 caput)S pode ser concedida sobre penalidades de antes da lei que instituir a anistia. Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede, no se aplicando:

- Inaplicabilidade da anistia (180, I e II)I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenes e aos que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele;II - salvo disposio em contrrio, s infraes resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurdicas.

- Tipos de anistia ---- Geral (181,I)Concedida por lei para todos indistintamenteArt. 181. A anistia pode ser concedida:I - em carter geral;

Com limitaes (181,II)II - limitadamente:a) s infraes da legislao relativa a determinado tributo;b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza;c) a determinada regio do territrio da entidade tributante, em funo de condies a ela peculiares;d) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade administrativa.

Individual (182)Concedida por lei mais procedimento administrativoArt. 182. A anistia, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso.Pargrafo nico. O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155 (moratria individual).