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Educação e Empreendedorismo com Ozires Silva Universo da Literatura Infantil com Christina Hernandes 2ª Edição - Junho/Julho 2014 Foto: Sylvio-Sirangel Entrevista exclusiva com Luis Fernando Verissimo Revista

2ª Edição Revista Literatura & Cia - 2014

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Entrevista exclusiva com Luis Fernando Veríssimo

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Page 1: 2ª Edição Revista Literatura & Cia - 2014

Educação e Empreendedorismo

com Ozires Silva

Universo da Literatura Infantil com Christina Hernandes

2ª Edição - Junho/Julho 20142ª Edição - Junho/Julho 2014

Foto: Sylvio-Sirangel

Entrevista exclusiva com Luis Fernando Verissimo

Revista

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Expediente

Editorial

Realização:

Editora e jornalista responsável:Patricia BorgesMTB: 59.846-SP

Diagramação e editoração:Alexei Augustin Woelz

Assistente editorial:Laís Cristine de Sousa

Colunistas:Ozires Silva

Christina Hernandes

Colaboradores:Publish News

Tiragem:5.000 exemplares

Impressão:Focus Vale

Distribuidor:Omar Lanziloti

Distribuição Gratuita:São José dos Campos, Jacarei, Caçapava, Taubaté, São Luiz do Paraitinga, Lorena, Cruzeiro, Moreira

César, Aparecida, Pindamonhangaba e Roseira

Contato:Tel: (12) 3302-1533 / 9-8115-7506

[email protected]

Não nos responsabilizamos pelas informações contidas nos anúncios publicados ou nas ma-térias assinadas, que não representam neces-sariamente a opinião do veículo.

Olá,

Apresentamos mais uma edição da revista Literatura & Cia.Agradecemos todos que enviaram emails e recados registrados na fanpage da revis-ta através do facebook. É muito gratificante receber elogios pela iniciativa da criação de mais um meio de comunicação para apoiar a literatura na nossa vida. Ficamos contentes pela recepção e inclusão dos exemplares nas escolas, universidades, algumas empresas e nas cidades do Vale do Paraíba.Um presente sem tamanho já na primeira edição a revista ter nos proporcionado mui-tos elogios e prestígio por parte de reitores, coordenadores, professores e empresários. Ficamos imensamente agradecidos pelos colaboradores e anunciantes acreditarem nesse projeto da revista Literatura & Cia, apoiando com suas grandes marcas através desse meio de comunicação que busca en-trelaçar forças com a literatura.Cada edição bimestral estará apresentan-do nossos entrevistados exclusivos, sendo nessa segunda edição o grande autor Luis Fernando Verissimo. Autores independen-tes divulgando seus livros no espaço Livros – Sugestões, nossos colunistas especiais, as-suntos do mercado editorial cedidas pela PublishNews, que nos mantem informa-dos e atualizados em matérias editorias do mundo dos autores e livros.Desejamos que todos não somente leiam, mas se permitam viajar um pouco através da revista Literatura & Cia, como os livros também buscam alcançar esse objetivo.

Patricia Borges

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Mercado editorial dos livrosEditoras dos EUA ganham mais com vendas de livros online e e-booksO Estado de S. Paulo - Bruno Capelas

Comércio de livros pela internet ganha for-ça com crescimento de pedidos e aumento de procura por e-books As livrarias de paredes, prateleiras e ti-jolos parecem cada vez mais em declínio. Pelo menos é o que parece acontecer nos EUA, onde o faturamento das editoras foi maior, pela primeira vez, em lojas online e vendas de e-books do que em varejistas físicas. Em 2013, as vendas “virtuais” cor-responderam a US$ 7,54 bilhões, enquan-to a receita vinda do modo tradicional de se vender livros foi de US$ 7,12 bilhões, de acordo com estatísticas da BookStats. Ain-da que a diferença não seja grande, mostra uma preferência da população americana em comprar ou consumir de maneira di-gital. Outro número interessante é que a venda de e-books, em número de volumes, cresceu cerca de 10%, para 512 milhões de unidades, embora a receita tenha se man-tido estável. Para analistas, o número é re-sultado de políticas de promoção, que au-mentaram a demanda, mas não o interesse pelo digital.

Casa CheiaFolha de S. Paulo - 02/07/2014 - Monica Bergamo

Bienal de SP tem venda recorde de ingressos antecipados A Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que será realizada em agosto, bateu recorde de venda de ingressos antecipados

Semana do Livro Nacional

O evento contará com atividades diversi-ficadas.Teremos workshop de escrita criati-va, oficina de RPG, palestras e bate-papos, além das atrações para as crianças! No do-mingo também haverá apresentação da Or-questra de Câmara Experimental de SJC. Haverá ainda um espaço reservado para o Café Literário, ponto de encontro entre au-tores e leitores. Todas as atrações serão gratuitas e acon-tecerão de 17 a 20 de julho na livraria Ma-xsigma do Vale Sul Shopping, em São José dos Campos, a partir das 19h durante a se-mana e das 10h30 no fim de semana.

Grupo Literário Vale Fantástico

-mais de 3.000 no primeiro mês de comercia-lização. Na edição anterior, em 2012, foram compradas 1.200 entradas antes da abertu-ra do evento. A culpa é da agenda. Autor do best-seller A culpa é das estrelas (Intrínseca), o americano John Green foi sondado pela or-ganização para participar da feira, mas não tinha datas disponíveis na agenda. Escritores como Harlan Coben, Kiera Cass, Cristovão Tezza, Paulo Cesar de Araújo e Thalita Re-bouças estão confirmados.

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Luis Fernando Verissimo - Entrevista

L&C – O seu trabalho se destacou com a série da Globo a Comédia da Vida Pri-vada. Você leva isso como uma referên-cia ou o “bum” de seu trabalho ou você acredita que outros títulos poderiam ter surpreendido da mesma forma? Você ci-taria algum?Luis Fernando Verissimo – O primeiro livro meu que teve alguma repercussão foi “O analista de Bagé”, lá por 1981. Outros que venderam bem foram “Outras do Analista de Bagé”, “As mentiras que os homens contam”, “Comédias da vida pri-

vada” e “Comédias para se ler na escola”. A adaptação para a TV do “Comédia da vida privada” ajudou bastante, claro.

L&C – Li uma matéria que apontava: “Veríssimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom.” Mas pelo seu currículo, a maior parte de seus livros publicados são de crônicas, poesias, antologias e pou-cos títulos infantis. Por ser uma pessoa com perfil tímido, de onde surgiu as suas criações humorísticas?

Diz o ditado que: “filho de peixe, peixinho é”. Luis Fernando Verissimo é filho do grande escritor Érico Verissimo. Luis Fernando Verissimo é um escritor que-rido pelas suas histórias humorísticas. Ficou conhecido pelo Best seller da Comédia da Vida Privada, título qual se transformou em série da TV Globo. Um autor que mesmo com o perfil recata-do, surpreendentemente diz que seu humor é mais uma questão de técnica do que vocação. Um autor que acredita que: “a linguagem deve ser flexível e dar liberdade ao autor para experimentar, mesmo que o que escreva não seja certo, certo?”, diz Verissimo. Um escritor que mesmo tendo sua técnica de escrever, diz que o importante é as pessoas comunicar, ser claro e ter um estilo pessoal; e que professores devem buscar desenvolver isso com os alunos também.

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Luis Fernando Verissimo – Sempre gos-tei muito de humor e quando comecei a ter uma coluna assinada no jornal (“Zero Hora”, de Porto Alegre) as coisas que eu escrevia num tom mais leve ou humorís-tico eram as que tinham mais aceitação, e assim eu meio que fui levado para esse lado, apensar de não ser um humorista natural, ou espontâneo. No meu caso o humor é mais uma questão de técnica do que de vocação.

L&C – Estava lendo na coluna PENSA-DOR do UOL – onde apresenta uma de suas frases que me chamou a atenção: “A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo?”Luis Fernando Verissimo – Eu estava co-mentando a importância da comunicação com o leitor, mesmo com o sacrifício de algumas regras. Não prego a desobediên-cia gramatical mas acho que a linguagem deve ser flexível e dar liberdade ao autor para experimentar, mesmo que o que escreva não seja certo, certo?

L&C – Qual sua análise sobre professo-res e alunos que se desentendem quando o quesito é obrigação de escrever corre-tamente sem erros, de tipo formal (que é a frase que requer uma forma mais culta e requintada da língua). Você acredita que essa forma de aprendizagem só inibe o aluno a fazer uma redação e a impedir de ser um bom leitor? Luis Fernando Verissimo – Pode-se escrever corretamente, com uma ou outra

invenção, e ao mesmo tempo ser infor-mal. A rigidez acaba tolhendo a criativi-dade. O importante é comunicar, ser claro e ter um estilo pessoal, e para que o aluno desenvolva isso é importante a compreen-são e a tolerância dos professores.

L&C – Sua ascensão profissional como escritor, foi com as suas histórias de hu-mor, mas, para um público adulto. O livro Comédias para se ler na escola foi um pedido da editora para atender o mercado editorial ou você se entusias-mou em colaborar com o incentivo e gos-to pela leitura aos pequenos (alunos), já que suas obras são consideradas de fácil leitura pela forma como conduz suas es-critas e histórias?Luis Fernando Verissimo – O livro “Co-médias para se ler na escola” foi iniciativa da editora, que selecionou textos mais acessíveis à garotada, mesmo que não

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tenham sido escritos com essa intenção.

L&C – Você se sente realizado por estar despertar interesse em pessoas que nun-ca leram um livro e iniciaram o gosto pela leitura através de seus livros? Luis Fernando Verissimo – Gosto muito quando um adolescente me diz que começou a ler, ou a gostar de ler, com um livro meu. Sin-to que colaborei no bom combate que é o de criar o hábito da leitura entre jovens, principalmente. Sempre na esperança que eles continuem a ler, e procurem livros mais literariamen-te importantes do que os meus.

L&C - “O que nos leva a escolher uma vida morna? A resposta está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos bom dia, quase que sussurrados.” Luis Fernando Veríssimo.Acredito que a criação dessa frase acon-teceu da experiência e da observação da vida. Você acredita que as pessoas estão

mais felizes depen-dendo da “ilusória alegria” das redes so-ciais, como facebook; e que o olho no olho, e a vida lá fora, está cada dia mais individua-lista, vazia? Qual seu ponto de vista por esse “marasmo, desnutri-ção mental”, como sua frase pontua.Luis Fernando Ve-rissimo – A frase que você cita não é minha. Há muitos textos com minha assinatura ro-lando na Internet que não são meus. Mas

você está certa em pensar que ela nasceu da observação da vida atual, seja quem for o seu autor escondido. L&C – Como surge o seu “start” criativo para escrever? As ideias surgem ou você sempre tem um ponto de referência para iniciar uma ideia?Luis Fernando Verissimo – O fato de a crônica ser um gênero indefinido da ao autor uma certa liberdade: tudo pode ser crônica, portanto qualquer assunto pode dar crônica, com a abordagem que você quiser. Assim o “start”, como você chama, pode ser tudo, de uma tragédia a uma

“Não prego a desobedi-

ência gramatical, mas

acho que a linguagem

deve ser flexível e dar

liberdade ao autor para

experimentar, mesmo

que o que escreva não

seja certo, certo?”

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frase ouvida na rua. E também pode ser nada, pura invenção. L&C - Você, Zuenir Ventura e Ziraldo estão há anos criando e escrevendo um musical sobre velhice, onde vocês con-tam com a colaboração de familiares, como filhas e noras harmonizando suas escritas também nos textos, como diver-sas falas ao som do rap e outras graças humorísticas. Você sempre está buscan-do novas ideias, projetos e aceitando propostas como essas para continuar seu trabalho como escritor? Ou você deixa acontecer? Pergunto pelo fato de ser uma pessoa quieta, reservada.Luis Fernando Verissimo – A iniciativa da peça não foi nossa, a produtora é que teve a ideia de nos propor fazer um musical sobre a velhice. Propôs primeiro ao Zuenir, que nos convocou, a mim e ao Ziraldo. Acha-mos que seria divertido. O tema é justa-mente este: a velhice pode ser divertida.

L&C – Você sempre desejou aprender a tocar trompete, mas a vida lhe presen-teou com o saxofone, e hoje sua carrei-ra como músico segue com sua banda de jazz em Porto Alegre. Qual o resumo você faz da sua vida com as suas obras li-terárias, as quais se tornaram Best-seller, e a música que te levou pelo mundo, che-gando a residir em alguns países. Você se sente realizado como músico ou escritor?Luis Fernando Verissimo – Na verdade, a música não me levou pelo mundo. Espero que leve, um dia. Mas é um passatempo sem maiores pretensões. A banda em que eu toco sax alto é formada por profis-sionais excelentes, o único amador sou eu, e é uma alegria poder ouvi-los de um lugar privilegiado, ao lado dele. Quanto a me sentir realizado, não sei bem o que é isso. Se sentir feito? Essa fala é da mor-te, quando vier me buscar: “Está feito”. Como um pastelão no forno.

“O importante é comu-nicar, ser claro e ter um

estilo pessoal, e para que o aluno desenvolva

isso é importante a com-preensão e a tolerância

dos professores.”

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A escritora e poeta Mirian Menezes de Oliveira, de São José dos Campos foi convidada para expor sua obra Trilha de Olhares. Um trabalho realizado em conjunto com a artista plástica Tita e com o Gilmar, apresentando fotografias, poemas e esculturas em vidro. A obra será apreciada no Carrousel do Louvre, entre os dias 24 e 26 de outubro, em Paris.

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Ozires Silva - Educação e Empreendedorismo

H á 15 anos, em 1998, comemoran-do os 30 anos do primeiro voo do protó-tipo do avião Bandeirante, pude escrever um livro com o título acima, represen-tando sonhos que nutríamos, com grande confiança, imaginando que, um dia, po-deríamos tornar vivos os sonhos do nosso grande pioneiro, Alberto Santos Dumont. Mesmo com recursos produtivos e finan-ceiros bem limitados, desejávamos dar parti-da para começar a fabri-car aviões de transporte aéreo, algo considerado muito presunçoso na época, aviões que fos-sem capazes de cobrir todo o território deste Brasil imenso, que cla-mava por integração nacional. E, se isso não fosse suficiente, que de-veriam ser exportados para o mundo. Sempre encon-trávamos bons brasileiros que acreditavam na possibilidade de se chegar a um país melhor, mais desenvolvido e mais presente no mercado mundial. Brasileiros pionei-ros, ainda vivos e que olham agora e dizem com surpresa que a realidade superou os sonhos.

Começamos com alguns primeiros passos. Nosso argumento para justificar a iniciativa lembrava que as cidades meno-res estavam progressivamente perdendo seus voos regulares, pois os novos jatos, então entrando no mercado mundial, re-queriam infraestruturas melhores do que as disponíveis. Colocamos enormes cren-ças naquele projeto e imaginávamos que

estávamos criando uma prova de um concei-to novo, procurando materializar e mostrar que era possível haver empresas de Transpor-te Aéreo Regional, não somente no Brasil, mas também em todo o mundo. Desde então, mui-to foi mudado. Demos aqueles passos iniciais e não deixa de ser surpre-endente constatar que as operações do Trans-

porte Aéreo Regional estejam agora vivas em todo o mundo, nas cores de centenas empresas de variadas nacionalidades. Um passo pequeno naqueles tempos, mas sem dúvida vital, foi a criação da Embraer, uma empresa entre as melhores do mundo no campo do transporte aéreo.

A Decolagem de um Sonho

“Sempre encontrávamos bons brasileiros que acre-ditavam na possibilidade

de se chegar a um país me-lhor, mais desenvolvido e mais presente no mercado

mundial.”

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Poucos acreditaram naquele avião, naqueles sonhos e naquela decolagem da manhã de 22 de outubro de 1968, em São José. Não se tinha em alta a conta do que se iniciava naquele trabalho emocionante, que nos contagiava, numa verdadeira tor-cida para que o nosso avião pudesse ser ponto de partida para o que temos hoje. Aviões brasileiros, aqui criados, projetados e fabricados voando em quase 90 países, ven-didos diretamente ou não, levando as asas do nosso país, da nossa São José, transportando passageiros das mais di-ferentes nacionalidades de países dos cinco con-tinentes. Na atualidade, vive-mos o período de maior velocidade de transfor-mações das sociedades e das nações que a humanidade já enfrentou. Podemos dizer que estamos desafiados a viver sob reali-zações permanentemente novas, sob con-dições que preenchem nossas vidas, am-pliando nossa capacidade para sermos mais eficientes e mais presentes, com realizações jamais esperadas até o passado recente. Tudo vindo da competência, do conhecimento, da capacidade de pessoas e organizações, cres-centemente capazes e criativas.

Vivemos num novo mundo que não mais nos satisfaz com o que se vê, ao contrário, que pensa avante, acima de horizontes, ou seja, em ideias visionárias que buscam caminhos desconhecidos e, os encontrando, trabalham com a crença do sucesso. Infelizmente, as contribuições do

nosso Brasil para abrir espaços para novas tec-nologias indígenas têm sido pequenas, mas po-dem ser ampliadas, por força de ousadia, cren-ças como aquelas que animou aqueles peque-nos grupos do final da década dos 1960, que trabalhando com afin-co, abriu uma imensa rota para o progresso futuro. Sim, o Brasil agora fabrica aviões, e a

cidade de São José dos Campos tornou-se a grande protagonista do que aconteceu. Olhando para tudo o que aconte-ceu, podemos desejar, de formas amplas e seguras que todas as cidades, por força da criatividade do seu povo e de seus gover-nantes, possam seguir o mesmo exemplo, trabalhando intensamente, e que, empre-endendo para o futuro, possam encontrar os caminhos do progresso e do desenvolvi-mento!

“Vivemos num novo

mundo que não mais

nos satisfaz com o que

se vê, ao contrário, que

pensa avante”

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Christina Hernandes - Universo Infantil

Brasilidade e Futebol

Estamos vivendo momento de muita emoção nestes dias que acontecem os jogos da Copa do Mundo. É lindo as-sistir pela TV, ler nos jornais e nas revistas e ver nas ruas das cidades do nosso país o maior e mais belo símbolo de nacionali-dade, a Bandeira Nacio-nal; exposta com orgu-lho e esperança de que com a vitória do time do Brasil possamos en-contrar motivo para ba-ter no peito e dizer: “é, sou brasileiro com mui-to orgulho, com muito amor”. Ao mesmo tem-po em que estas ma-nifestações de suposto civismo abrilhantam muito a festa, a alegria, a torcida e o prazer das vitórias em campo, é um momento super-ficial, de aparências; terminando tão logo o campeão surja, se o Brasil ganhar a festa ainda perdurará por alguns meses, e depois

cai no esquecimento, porque não irá trazer grandes benefícios para a população, a não ser o momento; e depois a rotina volta a assombrar nossas vidas. Não vejo após os jogos, Bandeiras balançando ao vento nem mesmo nos pré-

dios públicos, que no passado as mantinham como nosso represen-tante maior, de que ela é o nosso rumo, a nos-sa identidade enquanto brasileiros e cidadãos políticos, quem dirá nas residências, enroladas nos corpos das pessoas que andam pelas ruas em busca de algo que nunca irão encontrar. Assisto com admi-ração, em filmes, onde em outros países as re-

sidências mantêm a bandeira do seu País tremulando ao vento apresentando todos seus lados como dizendo: “posso vê-los em todos os lugares”. Ao mesmo tempo sinto

“Não vejo após os jogos,

Bandeiras balançando ao

vento nem mesmo nos pré-

dios públicos, que no pas-

sado as mantinham como

nosso representante maior”

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frustração, pois em nosso País este civis-mo há tempo acabou. Passamos somente a exibi-la quando do nosso bel prazer em situações pontuais, como os esportivos importantes, quando recebemos Chefe de Estado, dando a nítida impressão de que estamos somente mantendo as aparências. Ser brasileiro, nacionalista, exercitar o civismo, amar a Pátria, respeitar seus Sím-bolos Pátrios, a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, conhecer o momento histórico político atual do país durante eventos es-portivos, como a copa do mundo é fácil se é levado no embalo, na farra, na boa, às vezes pela companhia dos amigos, todo comporta-mento é justificado pela euforia coletiva.

Neste momento a bola, um artefato de lona colorido feito especialmente para a ocasião, nem percebemos seu verdadeiro significado incrustado em sua circunfe-rência; a representação do mundo lançado de lado a lado, na expectativa das respos-tas trazidas dos países irmãos. Ser crítico para compreender após a euforia coletiva, o que está sendo arti-culado além dos campos de futebol, além desta aparente nacionalidade, fruto da nossa ingênua visão obscurecida que bus-camos um País real, justo, livre, cívico para todos os brasileiros.

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Livros - Sugestões

É um livro gostoso de se apreciar e ler, devido a fácil leitura através de suas histórias e causos, em que todos podemos nos identificar. Cada leitura avançada é um capítulo novo com histórias leve-mente divertidas, algumas até surpreendentes.Você acredita? É um título sugestivo que surgiu pelas histórias contadas e escritas pelo próprio autor , o qual se inspirou em atividades de lazer e curtição com amigos, festas, confraternizações de trabalho e outras situ-ações cabendo o autor Nilson Amorin formar diversos contos.

Poesia

Contos

RomanceNa transição entre os séculos III e IV, Roma foi dominada por uma nova visão religiosa que mudaria para sempre a História da humanidade. Essa época viu surgir, no reino da Capadócia, o príncipe Jorge, guerreiro valoroso e querido por seus súditos, que teria participação decisiva no destino do mundo.Na capital de São Paulo, o soldado Mateus e a cabo Ângela vivem, com seus companheiros, a rotina agitada de um destacamento do Corpo de Bombeiros. Entre salvamentos e missões em que a própria segurança precisa ficar em segundo plano, eles vivem suas vidas, suas dúvidas, suas amizades e seus amores.O que une essas duas gerações de combatentes?O quê, afinal é capaz de transformar homens em heróis, heróis em santos e santos em lendas?

Daniella Magalhães Itacarambi Peneluppi - Poetisa, teatróloga, atriz, arte-educadora e conselheira tutelar. Busca na sua essência, mente e alma os poemas com profundo sentimento e vida.A obra prefaciada pela escritora Rita Elisa Seda, expressa: “... porque a poesia nascida dela não é parasita/ Tem vida própria e cria raízes em quem a lê”.

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É uma linda historia que conta de forma leve a importância da preservação das praias e mares. O personagem Gabriel nos emociona no livro por demonstrar grande sentimento para o que precisamos cuidar com muito amor: a natureza.

A obra tem como objetivo apresentar aos pequenos leitores o processo de criação da letra e da música do Hino à In-dependência do Brasil. O livro ensina de maneira lúdica e divertida seu significado, amor à pátria e respeito aos símbolos nacionais.

Infantil Educativo

Infantil Educativo

Infantil EducativoA obra infantil Chupeta Xereta faz com que recordemos a primeira chupeta e todas as delícias que xeretaram nossas vidas, obrigando-nos a fazer escolhas constantes. Um livro que faz refletir sobre o desapego, ânsias e medos não somente em crianças, mas também em adultos e educadores. A autora deseja que todos possam com-preender e conduzir o desapego das coisas da vida de forma leve.

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