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3 aula - história da igreja

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história da igreja

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Reforma na Sua Zunglio e Calvino

Reforma na SuaZunglio e CalvinoHistria Eclesistica IIPr. Andr dos Santos Falco NascimentoBlog: http://prfalcao.blogspot.comEmail: [email protected] Teolgico ShalomDiferenas entre Sua e AlemanhaPeculiaridades suasUlrich Zunglio (1484-1531)Pai fazendeiro e juiz de Wildhaus, dando condies financeiras.Estuda na Universidade de Viena.Em 1502, vai pra Univ. Basileia, se formando em 1504 em Bacharel em Artes e em 1506 em Mestre em Artes.Demonstra maior interesse pelas cincias humanas (Erasmo era seu dolo) do que pela teologia.

Perodo do servioEntre 1506 a 1516, serve ao papado como sacerdote de parquia e capelo.Inclinaes humansticas o fazem interpretar Paulo luz de Plato e do Sermo do Monte, enfatizando mais a questo moral do evangelho.

Estudo de Erasmo o afasta da Escolstica e o leva Bblia.Seu patriotismo o leva a se opor ao servio mercenrio, exceto quando a servio do Papado (viu abusos e a derrota de perto entre 1512 e 1515, quando serviu como capelo de alguns grupos).Incio da criseEntre 1506 a 1516, serve ao papado como sacerdote de parquia e capelo.Demonstra enorme patriotismo suo.Inclinaes humansticas o fazem comear a interpretar Paulo luz de Plato e do Sermo do Monte, enfatizando mais a questo moral do evangelho.Estudo de Erasmo o afasta da Escolstica e o leva Bblia.Seu patriotismo o leva a se opor ao servio mercenrio, exceto quando prestado ao Papa.

A ruptura1516-1518: Serve em Einsiedeln, centro de peregrinos, onde comea a se opor venda de indulgncias e a adorao a uma imagem negra de Maria.Copia as cartas de Paulo do NT grego de Erasmo em 1516, tornando-se um humanista bblico.Comea a pastorear em Zurique em 1519, onde se converte. H divergncias se foi por contato com ideias luteranas ou se foi por iniciativa prpria e independente.Preocupa-se com mensagens de mudanas prticas.

As controvrsias1519: Prega que o dzimo no obrigatrio, mas sim voluntrio, abalando as bases financeiras de Roma.1522: Casa-se em segredo com a viva Anna Reinhard, s legitimando o caso em 1524, aps o Conselho da cidade permitir que o clero contrasse matrimnio.1522: Mensagem contra prticas quaresmais leva o impressor Froschauer a reunir algumas pessoas para uma linguiada em sua casa durante o perodo. Zunglio no come, mas participa da reunio. Em Basileia, ocorre outra quebra do jejum, desta vez com a degustao de um leito.O debateMotivadas pelo incidente da quaresma, as autoridades catlicas solicitam ao Conselho da Cidade a convocao de um debate pblico. Zunglio renuncia a seu posto eclesistico, mas recebe outro civil, o de Ministro da Pregao do Evangelho, ficando a servio da administrao pblica.O debate ocorre em 29/01/1523, entre Zunglio e Johann Faber. Mais de 600 pessoas comparecem (Zurique tinha 9 mil habitantes) e Faber se recusa a questionar Zunglio, que usa argumentao bblica para defender suas ideias.

Resultados do debatePor conta da negativa de Faber de debater, sugerindo a convocao de um Conclio Universal, Zunglio declarado vencedor do debate e suas ideias so tornadas legais pelo Conselho da cidade.Para argumentar com Faber, Zunglio preparara um documento, denominado 67 Concluses, sobre suas crenas.Com a deciso do Conselho, comunidade crist e civil se unem em Zurique. Uma Polcia de costumes controla a frequncia dos cidados ao culto e ceia.

Os efeitos da Reforma de ZuriqueA partir de 1522, vrias decises so tomadas para mudar a religiosidade da cidade pelo Conselho:Taxas de batismo e sepultamento abolidas.Permisso para que o clero possa contrair matrimnio.Proibio do uso de imagens e relquias.Eliminao de elementos externos que pudessem dar a sensao de salvao (msica de rgo, canto coral, ornamentao, altar transformado em simples mesa de ceia).Objetos de metais preciosos transformados em moedas.Simplificao de vestes litrgicasEliminao da missa (1525)

O trmino da carreira1522-1525: Confrontos com grupos anabatistas causam a expulso deste grupo da cidade.1529: Debate com Lutero no Colquio de Marburg gera ciso entre os dois devido a divergncia sobre a natureza da Ceia.1529: Unio de Cantes Catlicos, formada pelo papa, entra em guerra contra os cantes protestantes. Uma trgua permite que a maioria dos cidados escolha a religio do canto, permitindo tolerncia aos protestantes que vivam em cantes catlicos.

O trmino da carreira1531: Nova guerra irrompe entre os dois lados, quando Zunglio tenta conquistar Genebra para o lado protestante. Zunglio junta-se aos combatentes como capelo e morto em combate. O resultado da batalha foi que cada canto teria o controle total de seus negcios internos. Zurique deixa a Liga de Cantes Reformados.Heinrich Bullinger (1504-1575) torna-se sucessor de Zunglio.Zuinglianos e calvinistas conjugam seus esforos nas Igrejas Reformadas da Sua, atravs do Consenso de Zurique -1549Colaborao Teolgica de ZunglioZunglio tinha ideias bem semelhantes s de Lutero em diversos pontos. No Colquio de Marburg, ambos diferiram apenas em relao Ceia. Para Zunglio, a Ceia era um memorial, uma comemorao da morte e ressurreio de Cristo, contrariando o ensino da Consubstanciao de Lutero.Zunglio tambm trabalhou o conceito de Predestinao, afirmando que s os que ouviram o evangelho e o recusaram estariam predestinados condenao.Quanto ao pecado original, Zunglio cria que era uma doena moral, e no culpa. Por isso, entendia que as crianas podiam ser salvas sem a necessidade do batismo.

Joo Calvino (1509 1564)Nascido em Noyon, capital da Picardia, Frana.Filho de um severo tabelio/administrador eclesistico, que recebeu verbas para educar seus filhos. Estudou at os 14 anos em Paris, com a inteno de fazer Teologia futuramente, mas como seu pai teve problemas com a igreja por questes financeiras no esclarecidas e foi excomungado, migra para Orlens para estudar Direito.

O incio da caminhadaComo no estudou Teologia nos moldes tradicionais, usa seus fundamentos de lgica, dialtica e metafsica para estudar diretamente a Bblia, com auxlio da Patrstica e dos textos reformados de sua poca. Forma-se como Mestre de Artes (1529) e Direito (1532).Em seus estudos, trava contato com diversos humanistas e com Melchior Wolmar, aluno de Lutero, que o introduz ao grego, permitindo-o acesso ao NT no original.Escreve em 1532 um comentrio De Clementia, de Sneca

A conversoEntre 1533 e 1535, Calvino se converte, adotando a f reformada e dispensando as rendas eclesisticas. Em 1534, forado a deixar Paris por colaborar com o reitor da Universidade, Nicolas Cop, na elaborao de um documento que exigia uma reforma bblica.Exilado na Basileia, elabora em 1536 sua maior obra, as Institutas da Religio Crist. O livro era dirigido a Francisco I, rei da Frana, para defender os protestantes de seu pas.

As InstitutasAs Institutas originais era um livro de cerca de 500 pginas e seis captulos, falando sobre a Lei, a F, a Orao, os Sacramentos, os Falsos Sacramentos e a Liberdade Crist.Seu formato era de bolso, para que as pessoas pudessem facilmente ocult-las em seus casacos.Aps 1539, devido a seus vrios debates teolgicos com outros intelectuais, grupos e religiosos, Calvino lana novas edies das Institutas, em latim e francs, at as verses finais de 1559 e 1560, que possua quatro livros e oitenta captulos.

Calvino e GenebraA reforma se iniciou em Genebra em 1532, pelas mos de Guillaume Farel, de origem francesa de classe mdia, tendo adotado a viso de Lutero sobre a justificao pela f desde 1521. Propaga suas ideias protegido por Berna e, aps vencer uma polmica com os inimigos da reforma, consegue que Genebra adote oficialmente a Reforma aps Assembleia geral dos cidados em 1536.

Calvino e GenebraAo descobrir que Calvino pernoitava na cidade em 1536, Farel vai a seu encontro e pede ajuda. Calvino se recusa, pois gostava da vida de estudioso e escritor. Ento, tomado de fria, Farel vociferou:

Deus amaldioe teu descanso e a tranquilidade que buscas para estudar, se diante de uma necessidade to grande te retiras e te negas a prestar socorro e ajuda.Apavorado com a cena, Calvino fica e comea a trabalhar com Farel em um Catecismo e um credo, alm de um esboo de ordem eclesistica.

O exlioO esboo de ordem previa que cada cristo de Genebra deveria comungar uma vez por ms e seguir uma disciplina tica e didtica severas, com o Conselho devendo banir da cidade todo aquele que no descumprisse o que havia sido proposto.

A proposta de Calvino no aceita pela burguesia e o conflito faz com que Farel e Calvino tenham que deixar a cidade, se refugiando na Basileia, onde se casa em 1540 com Idelette de Bure.Refgio, retorno e fim1538 a 1541: Calvino pastoreia refugiados franceses em Estrasburgo, onde Martin Bucer (1491 1551) havia dirigido a Reforma e ensinado teologia. 1541: convocado pelo Conselho de Genebra aps as foras reformadoras retomarem o controle da cidade. Publica a seguir as Ordenanas Eclesisticas, que regula que as decises eclesisticas seriam resolvidas por um consistrio formado por cinco pastores e doze leigos. 1549: Idelette, me de seu filho morto na infncia, falece.

Refgio, retorno e fim1553: Miguel Servetto, mdico espanhol autor de diversos livros de teologia, contesta a doutrina da trindade e levado a um processo pelo Consistrio, sendo condenado morte contra a vontade do governo da cidade. O governo tenta pedir a opinio de outras cidades protestantes, mas todas apoiam Calvino. Servetto condenado fogueira, mas acaba tendo sua pena comutada para morte por decapitao, por ser menos cruel.

Fim da carreiraAt 1546, 58 pessoas haviam sido executadas e 76 exiladas por conta da poltica de controle eclesistico do Consistrio sobre os cidados de Genebra.Aps o julgamento de Servetto, a autoridade de Calvino na cidade no tem rival, pois os telogos de todas as demais regies da Sua protestante lhe tinham dado apoio e seus opositores se calaram, no querendo tomar lados na questo.1559: Calvino funda a Academia Genevensis, tornando-se o principal centro de reflexo da teologia calvinista. 1564: Calvino falece, sendo sucedido por Teodoro de Beza.

Colaborao Teolgica de CalvinoA Bblia a Palavra de Deus e um meio para encontrar Cristo, a Palavra viva de Deus. O NT no elimina o AT, mas o aperfeioa. A relao do fiel com a Bblia se d pela interveno momentnea do Esprito Santo, porm se d apenas na igreja, pois do contrrio a sua interpretao cai no subjetivismo.H 4 ministrios na igreja: Pastores, mestres, presbteros (ancios) e diconos. Pastores e presbteros formam o Consistrio, que decide os rumos da igreja. Eucaristia uma transformao espiritual dos elementos, por meio do Esprito Santo e da f que cada um possui.

Soteriologia calvinista (TULIP)Depravao Total (Total Depravity)Eleio Incondicional (Unconditional Election)Expiao Limitada (Limited Atonement)Graa Irresistvel (Irresistible Grace)Perseverana dos Santos (Perseverance of the Saints)Soteriologia calvinista (TULIP)Depravao Total (Total Depravity)O homem herdou a culpa do pecado de Ado e nada pode fazer por sua salvao, pois sua vontade est totalmente corrompida (Morto no tem escolha).Eleio Incondicional (Unconditional Election)Expiao Limitada (Limited Atonement)Graa Irresistvel (Irresistible Grace)Perseverana dos Santos (Perseverance of the Saints)Soteriologia calvinista (TULIP)Depravao Total (Total Depravity)Eleio Incondicional (Unconditional Election)Deus escolhe quem deseja salvar independente de mrito humano ou prescincia divina (Se Deus sabe, porque decidiu).Expiao Limitada (Limited Atonement)Graa Irresistvel (Irresistible Grace)Perseverana dos Santos (Perseverance of the Saints)Soteriologia calvinista (TULIP)Depravao Total (Total Depravity)Eleio Incondicional (Unconditional Election)Expiao Limitada (Limited Atonement)A obra de Cristo na cruz restringida aos eleitos para a salvao.Graa Irresistvel (Irresistible Grace)Perseverana dos Santos (Perseverance of the Saints)Soteriologia calvinista (TULIP)Depravao Total (Total Depravity)Eleio Incondicional (Unconditional Election)Expiao Limitada (Limited Atonement)Graa Irresistvel (Irresistible Grace)O eleito salvo independente de sua vontade.Perseverana dos Santos (Perseverance of the Saints)Soteriologia calvinista (TULIP)Depravao Total (Total Depravity)Eleio Incondicional (Unconditional Election)Expiao Limitada (Limited Atonement)Graa Irresistvel (Irresistible Grace)Perseverana dos Santos (Perseverance of the Saints)Os eleitos irresistivelmente salvos pela obra do Esprito Santo, jamais se perdero (Uma vez salvos, sempre salvos).

FontesTexto base: CAIRNS, Earle E. O Cristianismo atravs dos sculos: uma histria da igreja crist. 3 ed. Trad. Israel Belo de Azevedo e Valdemar Kroker. So Paulo: Vida Nova, 2008. Textos auxiliares:DREHER, Martin N. Coleo Histria da Igreja, 4 vols. 4 ed. So Leopoldo: Sinodal, 1996.GONZALEZ, Justo L. Histria ilustrada do cristianismo. 10 vols. So Paulo: Vida Nova, 1983