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adrianojose1983
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Papa explica a escolha do nome FranciscoSeg, 18 de Março de 2013 12:57 | | Imprimir |
Fonte: Rádio Vaticana
"Como quereria uma Igreja pobre, para os pobres" - exclamou
na manhã de sábado (16) Papa Francisco, quase no final das
palavras que dirigiu aos jornalistas, explicando a escolha do seu
nome. Inspirado pelo pedido que lhe dirigiu o cardeal Hummes
logo que tinha sido eleito: "Não esqueças os pobres!". Com
palavras e num tom de grande cordialidade, Papa Francisco,
referindo a dificuldade de fazer a cobertura mediática de factos
que dizem respeito à Igreja – uma realidade que só à luz da fé
se pode captar, observou:
“A Igreja, embora sendo uma instituição humana, histórica, com tudo o que isso comporta, não tem uma
natureza política, mas essencialmente espiritual – o santo Povo de Deus, que caminha ao encontro de Jesus
Cristo”.
“Só colocando-se nesta perspetiva é que se pode referir plenamente aquilo que a Igreja Católica realiza” –
prosseguiu o Papa. “É Cristo o Pastor da Igreja.”. “É Cristo o centro, não o sucessor de Pedro.
Cristo é a referência fundamental, o coração da Igreja”
Papa Francisco exprimiu todo o reconhecimento da Igreja pela atividade dos homens da comunicação que –
disse – têm “a capacidade de recolher e exprimir as expectativas e as exigências do nosso tempo, de oferecer
os elementos para uma leitura da realidade”.
A concluir, Papa Francisco – em palavras improvisadas, explicou a razão da escolha do nome, contando que –
no conclave, estava ao seu lado o cardeal Hummes, arcebispo emérito de São Paulo – “um grande amigo, um
grande amigo!” – que o ia confortando “quando a coisa se tornava um pouco perigosa” (e se entrevia o risco
próximo de ser eleito). Quando se superaram os dois terços (contou o Papa), houve um aplauso, o cardeal
Hummes abraçou-me e disse-me: “Não te esqueças dos pobres. E aquela palavra entrou aqui: os pobres, os
pobres. E logo pensei em Francisco”…
“Francisco é o homem da paz. E assim veio o nome, no meu coração: Francisco de Assis. O homem da
pobreza, o homem da paz, o homem que ama e defende a Criação…
É o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre… Ah, como quereria uma Igreja pobre e para
os pobres!”
Comovente também o momento dos cumprimentos, em que Papa Francisco não hesitou em abraçar e deixar-
se abraçar pelos jornalistas, homens e mulheres, seus conhecidos e amigos. Ou quando, por exemplo,
acariciou o cão que acompanhava um invisual, também ele jornalista que o cumprimentava…
No final, quando tudo estava praticamente concluído, foi-lhe recordado que faltava ainda a bênção de rito.
Com grande espontaneidade, exprimindo-se em espanhol, Papa Francisco observou que muitos dos
presentes não pertencem à Igreja Católica e que outros nem crentes são. Por isso…
“De coração dou esta bênção, no silêncio, a cada um de vós, respeitando a consciência de cada um, mas
sabendo que cada um de vós é filho de Deus”. Que Deus vos abençoe!” (aplausos)
O encontro decorreu na ampla sala das Audiências, começando mesmo um pouco antes das 11h. O costume
de conceder no início do pontificado uma audiência aos profissionais da informação remonta a João Paulo II.
Também Bento XVI concedeu uma audiência semelhante, a 23 de abril de 2005, cinco dias após a sua
eleição.
A Santa Sé revelou ter recebido mais de 5500 pedidos de acreditação para o acompanhamento do Conclave,
a que se somam cerca de 600 profissionais com acreditações permanentes.
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