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1. Semiologia Subjetiva
a sensao relatada pelo paciente referente dor, origem, sede, durao,
frequncia, intensidade, ao tipo de dor e se exacerbada; as suas caractersticas devem
ser minuciosamente descritas pelo paciente e anotadas.
2. Semiologia Objetiva
Consiste na manifestao clnica da patologia podendo ser observada pelo
profissional. Os seguintes exames podem ser utilizados para a coleta clnica dos dados:
1. Estrutura dental: ntegra, cariada, restaurada, fratura, exposio pulpar,
alterao da cor e mobilidade na palpao.
2. Tecidos moles: edema, alterao da cor, fstula e bolsa periodontal.
3. Teste de percusso: Vertical e Horizontal.
4.
Testes de sensibilidade pulpar: frio, calor e eltrico. Verificar a resposta da
polpa a esses testes em estado normal, exacerbada, aliviada e ausente.
5. Teste de cavidade: sensvel e insensvel.
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3. Exame Radiogrfico
um recurso indispensvel para auxiliar no diagnstico. A radiografia deve ser de
boa qualidade para a sua adequada visualizao e interpretao. Durante o exame
radiogrfico deve-se observar:1. Cmara pulpar:normal, presena de clculos, ampla, atresiada, calcificada,
cariada, obturada, perfurada.
2. Canal radicular: normal, amplo, atresiado, calcificado, reabsoro interna ou
externa, obturao total, parcial ou sobre obturao, rizognese incompleta,
fratura da raiz, perfurao, instrumento lima endodntica fraturadono tero
cervical, mdio ou apical.
3.
Regio periapical: Normal, espessamento do ligamento, hipercementose,rarefao ssea, circunscrita ou difusa, condensao ssea.
4. Diagnstico Clnico-Radiogrfico
Trata-se de uma previso da situao clnica do dente, baseada na interpretao de todos os
dados colhidos. Algumas vezes, o diagnstico somente confirmado aps o incio do
tratamento. As seguintes situaes devem ser consideradas e podem levar ao tratamento
endodntico:
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5. Tratamento Indicado
O tratamento endodntico pode ser conservador ou radical. Em geral, o
tratamento conservador caracterizado pela realizao daPulpotomia.
O tratamento endodntico radical classificado com base na presena ou ausncia devitalidade pulpar. H situaes em que o tratamento endodntico necessrio durante a
realizao de um tratamento prottico (colocao de ncleo intra-radicular). Em outros
casos, o tratamento endodntico j existe, porm no satisfatrio. Portanto, o
tratamento indicado pode ser:
1. Tratamento endodntico com vitalidade pulpar
2. Tratamento endodntico sem vitalidade pulpar
3.
Tratamento endodntico com finalidade prottica
Os detalhes do tratamento endodntico devem ser todos descritos na ficha clnica. Os
procedimentos realizados, em cada sesso, devem ser anotados e devidamente
conferidos pelo docente. importante registrar tambm anormalidade eventualmente
verificada no ps-operatrio ou observada na radiografia final.
6. Proservao
Controle clnico e radiogrfico realizado aps o tratamento endodntico para avaliar o
seu sucesso ou insucesso.
Em geral, o perodo mnimo de controle de 6 meses para os casos de tratamento
endodntico com vitalidade pulpar e de 1 a 2 anos para os casos de tratamento
endodntico sem vitalidade, principalmente quando a reabsoro ssea visvel
radiograficamente.
Para facilitar o planejamento do tratamento endodntico, utiliza-se uma ficha clnica
com as informaes necessrias para se obter o diagnstico provvel de cada caso.
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Instrumental e material endodntico
Para a realizao dos tratamentos endodnticos, essencial a utilizao dos
instrumentos de maneira adequada. Eles atuam como os meios mecnicos do preparo
dos canais radiculares.
Para uma melhor compreenso, eles podem ser classificados em:
1. Instrumental e material auxiliar.
2. Instrumental e material endodntico
3. Instrumental e material complementar.
I. Objetivos
Identificar o instrumental endodntico, conhecendo suas caractersticas fsicas e suas
indicaes para o uso.
Reconhecer os princpios de padronizao dos instrumentos.
Organizar o instrumental na caixa endodntica.
II. Instrumental e Material
1. I nstrumental e Materi al Auxi liar
1.1. Clnico
(1) Espelho, (2) Pina clnica, (3) Sonda endodntica, (4) Sonda clnica, (5) Escavador duplo,
(6) Tesoura, (7) Placa de vidro, (8) Esptula.
Figura 1- A: clnico; B: 1 (sonda clnica), 2 (sonda reta)
Endo-UFU
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1.2. Diagnstico
Aparelho Radiogrfico, filme radiogrfico, basto de gelo ou gs refrigerante, basto de
guta-percha.
1.3. Anestesia
Seringa Carpule, agulhas descartveis, anestsico tpico e em tubetes.
1.4. Isolamento do Campo Operatrio
Perfurador de Ainsworth, pina porta-grampos, porta dique de borracha (dobrvel),
lenol de borracha, grampos para isolamento.
Figura 2 - A: 1 (grampos para isolamento), 2 (pina porta grampos)
B: 1 (perfurador), 2 (porta dique de borracha), 3 (lenol de borracha)
Endo-UFU Endo-UFUA B
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Figura 3Grampos: A (dentes anteriores) 1 (210), 2(212); 3(211)B (dentes posteriores) 1(00), 2(1A)C (dentes posteriores) 1(206), 2(208); 3(200); 4(205)D (dentes posteriores) 1(14), 2(14A)
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2. I nstrumental e Mater ial Endodntico
2.1. Abertura Coronria e Desgaste Compensatr io
Motores de Alta e Baixa Rotao, brocas esfricas para alta e baixa rotao, broca de Batt.
Figura 4 - 1(motor de alta rotao com broca esfrica);2(motor de baixa rotao com broca de Batt).
2.2. Preparo dos Canais Radiculares
Broca Gates-Glidden, limas tipo Kerr, limas tipo Hedstren, limas Flexofile.
2.3. I rr igao e Aspirao dos Canais Radiculares
Conjunto suctor de Barash, Seringas 3,0 ml, Agulhas hipodrmicas 25x4.
Figura 5 - A: conjunto suctor de Barash; B: seringa e agulha hipodrmica
1 2
Endo-UFU
Endo-UFU
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3. I nstrumental e Mater ial Complementar
Caixa Endodntica (pgina 20), rgua milimetrada ou rgua calibradora, frascos de vidro para
solues irrigadoras (Soluo de Hipoclorito a 1% e soro fisiolgico), lupa (para melhor
visualizao das radiografias), colgaduras (para revelao das radiografias), Tamborel (paraas limas endodnticas).
Figura 6A (Rguas), B (Colgaduras).
Figura 7A (Tamborel); B (Frascos de vidro); C (Lupa)
Endo-UFU
Endo-UFU
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Padronizao dos instrumentais endodnticos
Os instrumentos endodnticos so confeccionados seguindo medidas padronizadas em relao
cor do cabo, numerao, dimetro e comprimento da parte ativa. As principais caractersticas
dos instrumentos so:1. A parte ativa do instrumento apresenta o dimetro D0 e o dimetro D16, correspondendo
ponta e ao fim da parte ativa, respectivamente.
2. O nmero do instrumento corresponde ao dimetro da ponta da parte ativa (D 0), expressa
em centsimos de milmetro.
3. So construdos em ao inoxidvel.
4. Apresentam cabo plstico colorido.
5. O comprimento da parte ativa sempre 16 mm, independente do comprimento do
instrumento.
6. H um aumento de 0,32 mm no dimetro de D0para o dimetro de D16.
7. So fabricados nos comprimentos: 21, 25 e 31mm.
8. H um aumento no dimetro D0 de 0,5mm at o instrumento nmero 60. Depois, o aumento
do D0 de 0,10mm, at o nmero 140.
9. Os instrumentos so divididos em sries: Especiais, 1 Srie, 2 Srie e 3 Srie.
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Esquema de Cores e Medidas dos Instrumentos
DIMETRO (mm) COR SRIE
D0 D16
06 0,06 0,38 Rosa
08 0,08 0,40 Cinza Especial
10 0,10 0,42 Roxo
15 0,15 0,47 Branco
20 0,20 0,52 Amarela
25 0,25 0,57 Vermelho
30 0,30 0,62 Azul 1 Srie
35 0,35 0,67 Verde
40 0,40 0,72 Preto
45 0,45 0,77 Branco
50 0,50 0,82 Amarelo
55 0,55 0,87 Vermelho60 0,60 0,92 Azul 2 Srie
70 0,70 1,02 Verde
80 0,80 1,12 Preto
90 0,90 1,22 Branco
100 1,00 1,32 Amarelo
110 1,10 1,42 Vermelho
120 1,20 1,52 Azul 3 Srie
130 1,30 1,62 Verde
140 1,72 1,72 Preto
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1. Broca de Batt
Tronco-cnica picotada, com a ponta inativa.
Baixa rotao. Utilizada para o desgastecompensatrio.
2. Broca Gates Glidden
Haste fina com a parte ativa terminando em
forma de chama ou pra. Apresenta-se com
comprimentos de 28 mm ou 32 mm e com
dimetro variando de 1 a 6. Utilizada para o
desgaste compensatrio e preparo dos canais.
3. Broca 4083 e Endo Z
Tronco-cnicas, diamantadas e pontas inativas.
Utilizadas para o desgaste compensatrio.
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Endo-UFU
Endo-UFUEndo-UFU
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4. Broca Esfrica de Alta Rotao
Broca esfrica, com a ponta ativa. Utilizada
para a trepanao, e no desgaste compensatrio
da abertura coronria. Apresenta-se com
comprimento de 19 mm e 25 mm e com
dimetro variando de 1/4 a 8.
5. Broca Esfrica de Baixa Rotao
Broca esfrica, com a ponta ativa. Utilizada para
a trepanao, e no desgaste compensatrio da
abertura coronria. Apresenta-se com
comprimento de 22,5 mm e 28 mm e com
dimetro variando de 0 a 17.
6. Espaadores Digitais
So hastes lisas de forma cilndrica cnica,
utilizadas para a condensao lateral, durante a
fase da obturao dos canais radiculares
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Endo-UFU
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7. Limas Tipo Kerr
Parte ativa em forma de espiral de passos curtos.
Cinemtica de movimento: Introduo (A),
rotao de a volta (B) e trao com
presso lateral (C).
Funo:Explorao, alargamento e limagem
das paredes dos canais radiculares
8. Limas Tipo Hedstren
Parte ativa em forma de cones superpostos.
Cinemtica de movimento: Introduo e
trao com presso lateral.
Funo:Regularizao das paredes dos canais
e remoo de resduos.
Obs.:Muito til em retratamento endodntico.
9. Limas Flexofile
Apresentam as mesmas caractersticas das
limas tipo Kerr.
Cinemtica de movimento: Introduo (A),
rotao de a volta (B) e trao com
presso lateral (C).Obs.: So ultraflexveis. Muito utilizadas em
canais curvos
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Organizao da caixa endodntica
(Limas endodnticas)
Figura 8. Caixa endodntica1. Limas tipo Kerr ......................................... 15-40 ... 25mm
2. Limas tipo Kerr ......................................... 45-80 ... 25mm
3. Limas tipo Hedstren ................................ 15-40 ... 25mm
4. Limas tipo Hedstren ................................ 45-80 ... 25mm
5. Limas tipo Kerr......................................... 08 ... 21 e 25 mm
6. Limas tipo Kerr ......................................... 10 ... 21 e 25 mm
7. Limas tipo Kerr ......................................... 15-40 ... 31mm
8.
Limas tipo Kerr ......................................... 45-80 ... 31mm9. Limas Flexofile ......................................... 15-40 ... 25mm
10.Limas Flexofile ......................................... 15-40 ... 21mm
11.Espaadores Digitais Cnicos ................... A-D
12.Limas rotatrias Protaper Universal .......... SX, S1, S2, F1, F2 e F3
Outros materiais que devem estar na Caixa Endodntica:
Sonda clnica, sonda endodntica, pina, espelho clnico, seringas, rgua milimetrada, conjunto suctorendodntico.
Grampos, agulhas hipodrmicas.
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Morfologia das Cavidades Pulpares
o estudo morfolgico da cavidade pulpar. Por sua vez pode-se definir cavidade pulpar
como sendo:
O espao no interior dos dentes, onde se aloja a polpa dental. Esse espao limitado em
toda a sua extenso por dentina, menos na regio de forame apical onde esse espao
limitado pelo cemento.
De uma maneira grosseira, a cavidade pulpar copia os aspectos externos do dente.
A cavidade pulpar pode ser dividida em: poro coronria e poro radicular.
A poro coronria a parte da cavidade pulpar restrita na coroa dos dentes.
denominada cmara pulpar.
A poro radicular a parte da cavidade pulpar restrita nas razes dos dentes,
denominado canal radicular.
Didaticamente, o canal radicular pode ser dividido em tero apical, mdio e cervical.
A cmara pulpar limitada pelas paredes: mesial, distal, vestibular, lingual, oclusal
(teto) e cervical (assoalho).
No teto da cmara pulpar, encontram-se reentrncias e salincias denominadas de
cornos pulpares, que so as projees das cspides, internamente.
Assoalho
Teto
Corno Pulpar
Endo-UFU
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O assoalho apresenta-se convexo e liso na parte mdia, oferecendo, no nvel de seus
ngulos, depresses que correspondem s entradas dos canais radiculares.
Nos dentes unirradiculares, no existe um limite preciso entre a cmara pulpar e o canal
radicular, pois estas duas pores, nesses dentes, continuam sem limites.
O canal radicular apresenta-se com duas conformaes cnicas unidas entre elas pelo
seu menor dimetro. Podem-se dividir essas duas conformaes cnicas em canal
dentinrio (a) e canal cementrio (b).
O canal dentinrio o maior deles e limitado em toda a extenso pela dentina. O canal
cementrio menor, e limitado em toda a extenso pelo cemento. O comprimento do
canal cementrio determinado pela espessura do cemento, podendo variar de 0,5 a
0,75 mm.
O ponto de unio entre as duas configuraes cnicas se d numa regio denominada
unio cemento dentina canal (Unio CDC) (c).
OBS: O campo de ao do profissional, num tratamento endodntico, deve se restringir
ao canal dentinrio.
O canal dentinrio ocupado pela polpa dental e o cementrio por tecido periodontal.
a
a
bb
c
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Os estudos, porm tm demonstrado que o canal radicular no nico e uniforme como
muitas vezes podemos visualizar, a olho nu, em um dente seccionado
longitudinalmente. Na verdade ele se apresenta com vrias ramificaes. Devido a isso
atualmente, considera-se o canal radicular como um sistema de canais e no como um
canal nico.
Dependendo da posio em que se encontram essas ramificaes, elas recebem
denominaes especficas, como:
1. Principal: apresenta-se como a raiz de configurao cnica, iniciando-se no assoalho
da cmara pulpar e terminando ao nvel do forame apical.
2. Colateral: um canal mais ou menos paralelo ao principal, podendo alcanar a
regio periapical de maneira independente.
3. Intercanal: um canalculo, ligando um canal a outro.
4.
Reticulares: um emaranhado de canalculos, interligando um canal a outro.
5. Lateral: uma ramificao que vai do canal principal ao periodonto, geralmente
acima do tero apical.
6. Recorrente: parte do canal principal apresentando um trajeto dentinrio mais ou
menos longo, desembocando no canal principal, geralmente acima do tero apical.
7. Secundrio: o canal que se derivando do principal, ao nvel do tero apical, alcana
diretamente a regio periapical.8. Acessrio: o canal que se deriva do secundrio em direo ao periodonto.
2
1
3
45
6
7
89
10
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9. Delta apical: so as mltiplas terminaes do canal radicular principal, determinando
o aparecimento das foraminas, em substituio ao forame nico.
10.Inter-radicular: a ramificao observada ao nvel do assoalho da cmara pulpar.
A cavidade pulpar no estvel, pois se modifica com o tempo. Ela pode se modificarde maneira uniforme pela deposio de dentina secundriadurante toda a vida do dente.
Portanto, em um indivduo jovem ela ampla e num indivduo idoso ela atrsica.
Ela pode tambm se modificar sem uniformidade, pela deposio de dentina terciria ou
reacional, decorrente de crie, abraso ou outras injrias.
Essas modificaes devem ser levadas em considerao durante o planejamento do
tratamento endodntico.
Outro aspecto importante o conhecimento do comprimento mdio de cada dente,
como tambm o nmero de razes, de canais e a sua disposio anatmica em cada
dente. Para facilitar a memorizao dessas medidas, elas constam na tabela abaixo com
os dados tabulados.
JCGBIFFI Endo-UFU
Dentina terciria
A B
C D
1
2
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Incisivo Central Superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
22,6mm 1 100% 1 100%V.P 15 PALATINO
M.V 3 DISTAL
Incisivo Lateral Superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
22,1 mm 1 100% 12
97%3%
V.P 20 PALATINO M.V 5 distal
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Canino Superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
27,2 mm 1 100% 1 100%V.P 17 PALATINO
M.V 6 DISTAL
Primeiro Pr- molar superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21,4 mm 123
35,5%61%3,5%
123
8,3%84,2%7,5%
V.P 11 PALATINO
M.V 7 DISTAL
Apostilas Ideal
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Segundo Pr-molar Superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21,8 mm 12 94,6%5,4% 12 53,7%46,3%
V.P 11 PALATINO
M.V 7 DISTAL
Primeiro Molar Superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21,4 mm 3 100%34
30%70%
V.P 15 PALATINO
M.V 0
Apostilas Ideal
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Segundo Molar Superior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21 mm 3 100%34
50%50%
V.P 11 PALATINO
M.V 6 Mesial
Incisivo Central Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21 mm 1 100% 12
73,4%26,6%
V.P 15 PALATINOM.V 0
Apostilas Ideal
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Incisivo Lateral Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
22,3 mm 1 100%12
84,6%15,4%
V.P 10 (Lingual)
M.V0
Canino Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
25 mm 1 100% 12
88,2%11,8%
V.P 2 (Vestibular)M.V 3 (Distal)
Apostilas Ideal
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Primeiro Pr-molar Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21,6 mm1
2
82%
18%
12
3
66,6%31,3%
2,1%
V.P 3 (Vestibular)
M.V 5 (Distal)
Segundo Pr-Molar Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
22,1mm12
92%8%
12
89,3%10,7%
V.P 9 (Vestibular)
M.V 5 (Distal)
Apostilas Ideal
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Primeiro Molar Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21 mm2
3
97,3%
2,7%
23
4
8%56%
36%
V.P 13 (Vestibular)
M.V 10 (Distal)
Segundo Molar Inferior
ComprimentoMdio
Nmero deRaiz
Nmero deCanais
Situao no arco
21,7 mm 23 98,5%1,5%
2
34
16,2%
72,5%11,3%
V.P 12 (Vestibular)
M.V 15 (Distal)
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Irrigao do canal radicular
Porque irr igar o canal?
Durante todas as etapas do tratamento temos que irrigar o canal com uma soluo quetem por finalidade:
Promover rpido contato ntimo com a superfcie a ser limpa;
Remover a contaminao das paredes dentinrias e mant-la em suspenso ou
dissolv-la;
Impedir o depsito apical da contaminao e raspas dentinrias produzidas pela
instrumentao;
Combater microrganismos;
Diminuir o atrito entre o instrumento e a parede dentinria;
Aumentar a permeabilidade dentinria.
Para que a limpeza e modelagem do canal possam acontecer de forma adequada torna-
se necessrio utilizar a ao mecnicados instrumentos nas paredes dentinrias. A ao
qumica da soluo irrigante atuando na dissoluo de tecidos orgnicos vivos ou
necrosados, na anti-sepsia do canal radicular e no enxge (ao fsica) promovendo
movimentao hidrulica (irrigao e aspirao) removendo detritos dissolvidos ou em
suspenso.
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Como ir r igar o canal?
A soluo deve ser aplicada no local apropriado com uma seringa de vidro Luer
Lock de 5cc e agulha hipodrmica 25x4. Desde o preparo coronrio at o final da
instrumentao do canal, se deve manter o canal inundado com a soluo irrigante.
Durante a instrumentao do canal radicular, o canal deve estar semprepreenchido
com soluo irrigante. Quando o lquido ficar saturado de raspas de dentina (colorao
leitosa) a soluo deve ser renovada com nova irrigao, at que o canal j tenha sido
dilatado e limpo o suficiente para receber a obturao. Nesse momento uma irrigao
final em abundncia se faz necessria como enxgue final.
A agulha hipodrmica deve ser introduzida no canal radicular, de tal maneira que amesma alcance a poro mais apical. Isso se torna necessrio para que o lquido penetre
de forma adequada na regio apical do canal. Nos canais atresiados, aps o preparo
radicular (etapa II do preparo radicular) cria-se condio para que a agulha atinja o
limite desejado.
A agulha, durante a irrigao do canal, deve ficar livre no interior do canal para que
o refluxo da soluo possa fluir em direo abertura coronria e ser devidamente
removido juntamente com os resduos em suspenso. Caso a agulha fique presa na luzdo canal, a soluo irrigante pode ser injetada via forame apical. Nesse caso, h risco de
Figura 1. Frascos de vidro para solues irrigantes (A), seringas e agulhas para irrigao
(B), Suctores de Barash (C).
Endo-UFUA
B
C
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graves problemas para o paciente, dentre eles reaes alrgicas como tambm necroses
localizadas decorrentes de solues irrigantes com alto potencial irritativo.
Figura 2. Agulha de irrigao no interior docanal observar o espao deixado
para o refluxo da soluo
Aspirao da soluo irrigante
Aspirao a ao de atrair, por meio de formao de vcuo (suco), fludos e
partculas slidas de uma cavidade ou superfcie. Alceu Berbert, 1980.
Momentos em que deve ser feita a aspirao da soluo irrigante:
Durante a instrumentaocomo coadjuvante da irrigao;Aps a instrumentao para eliminar grosseiramente a umidade, facilitando a
secagem do canal;
Nos casos de inflamao exsudativa, para remover os exsudatos acumulados e
diminuir a presso que ocasionam.
Endo-UFU
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Figura 3. Observar o posicionamento da
agulha de irrigao no interior do
canal radicular e a cnula de
aspirao na abertura coronria.
Qual soluo ir r igante uti l izar?
Antes da escolha de um determinado tipo de soluo irrigante, interessante procurar
saber quais as propriedades desejadas para que elas realmente atinjam objetivo.
Uma soluo irrigante deve:
Promover rpido contato com a superfcie a ser limpa;
Remover contaminao das paredes dentinrias e mant-la em suspenso oudissolv-la;
Impedir o depsito apical da contaminao e raspas dentinrias produzidas pela
instrumentao;
Combater microrganismos;
Diminuir o atrito entre o instrumento e a parede dentinria;
Ser totalmente solvel;
Ser tolerada pelos tecidos periapicais;
Aumentar a permeabilidade dentinria;
Ser de fcil utilizao, aquisio e conservao.
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Figura 4. Solues Irrigantes
No mercado existe uma quantidade muito grande de solues irrigantes disponveis.
Observa-se que muitos autores defendem uma ou outra soluo. Porm, independente da
soluo irrigante que se utilizam nas diferentes escolas, todas tm sucesso no tratamento
endodntico. Da conclui-se que o importante na instrumentao a ao mecnica das
limas, a soluo irrigante atuaria como coadjuvante indispensvel durante o tratamento.
As diferentes solues irrigantes podem ser categorizadas e classificadas em:
1. Compostos halogenados
2. Detergentes sintticos
3. Quelantes
4. Associaes
5. Outras solues irrigantes
1. Compostos HalogenadosSo representados pelos hipocloritos de sdio (NaOCl) em diferentes concentraes de
cloro ativo:
NaOCl a 5% (soda clorada)
NaOCl a 2,5% (soluo de Labaraque)
NaOCl a 2 a 2,5% (gua sanitria)
NaOCl a 1% com 16% de cloreto de sdio (Soluo de Milton)
NaOCl a 0,5% com cido brico para reduzir o pH (Soluo de Dakin)
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As propriedades bactericidas e solventes do hipoclorito de sdio diminuem medida
que a soluo diluda. Para evitar danos na regio periapical, deve-se usar a soluo
em concentraes mais baixas. Com o tempo e a maneira de estocagem, o hipoclorito de
sdio perde sua concentrao. Questiona-se, na literatura, qual seria a concentrao
ideal para se utilizar.
Algumas vantagens e desvantagens do hipoclorito de sdio so:
Vantagens
Lubrificao;
Eliminao de detritos;
Dissoluo de tecido orgnico;
Dissoluo de detritos inorgnicos quando ativado por ultra-som.
Desvantagens
Custico;
Desbota roupas (deve-se tomar cuidado para no deixar cair na roupa do paciente);
Quando extravasado atravs do peripice, em alta concentrao ou volume, causa
sria reao alrgica e irritao por contato.
2.
Detergentes Sintticos
O que caracteriza os detergentes a sua biocompatibilidade, baixa tenso superficial
e alto poder umectante. Porm no apresentam ao germicida. No mercado podem-se
encontrar marcas variadas:
Lauril sulfato de sdio (Texapon)
Lauril dietileno glicol ter sulfato de sdio 0, 125% (Tergentol)
Cetavlon (brometo de cetiltrimetilamnio)
Dehyquart-A (cloreto de cetiltrimetilamnio)
Biosept (cloreto de piridino)
Zefirol (cloreto de Aquildimetil benzilamnio)
Tween 80
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3.
Quelantes
O uso desses agentes tornou-se popular com a tendncia de remover a camada de
magma dentinrio (smear layer). Esse produto atua quelando ou roubando ons de clcio
da dentina, amolecendo-a. A quelao auto limitante, o processo se repete at esgotar
a sua ao.
Vantagens
Remove o magma dentinrio (smear layer),
So bons lubrificantes.
Desvantagem
No possui propriedades antimicrobianas.
Figura 5. EDTA.
4.
Associaes
Seria a combinao de duas ou mais solues irrigantes na tentativa de se obter umresultado considerado ideal.
Alguns produtos utilizados para irrigao dos canais ainda se encontram
disponveis para uso, e outros que j caram em desuso.
Exemplos de associaes:
Detergentes aninicos + Hipoclorito de sdio
Detergente aninico + Nitrofurazona (Tergentol / Furacin)
Detergente aninico + Hidrxido de clcio (Irrigocal e Tergidrox)
Detergente aninico (Tergentol) + EDTA (EDTA-T)
Detergente aninico + EDTA + gua destilada (HCT20)
Hipoclorito de sdio alternado com perxido de hidrognio (Reao de Grossman,
1943)
Detergente catinico (Cetavlon 0,08%) + EDTA (EDTAC)
Perxido de uria + EDTA + Carbowax (RC-PREP) neutralizado com Hipoclorito de
sdio a 5 % (Stewart et al., 1969)
ENDO-PTC (Perxido de uria + Tween 80 + Carbowax neutralizado com Hipoclorito
de sdio - Soluo de Dakin) (Paiva; Antoniazzi, 1973).
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5.
Outras solues
Figura 7. Em A o hidrxido de clcio ser misturado ao soro fisiolgico e em
seguida, deve-se aguardar sua decantao (B), estando pronto para o
uso (C).
Outras solues se caracterizam por no se adequarem nas categorizaes anteriores.
Figura 6. A. gua destilada
B. soro fisiolgico
C. clorexidina
A B C Endo-UFU
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O digluconato de clorexidina, que um antissptico
bactericida, considerado mais biocompatvel que o
hipoclorito de sdio, porm suas propriedades
antimicrobianas no so melhores que as das solues dehipoclorito de sdio e no apresenta capacidade de
dissoluo tecidual e ao clareadora, to desejvel durante o
preparo do canal. Apresenta efetividade nas necroses
pulpares pela ao antimicrobiana contra bactrias
anaerbias.
No caso de hipersensibilidade ao hipoclorito de sdio, a
clorexidina seria a segunda opo de uso.
Figura 8. Clorexidina
Com relao escolha da soluo irrigante, observa-se que quanto mais irritante a
soluo mais bactericida ela . Contrariamente, quanto mais biocompatvel menos
bactericida.
De acordo com Spangberg (1975) a soluo irrigante
aconselhvel deve ter o mximo efeito antimicrobiano e o
mnimo efeito txico. Em teste de Citotoxidade in vitro, em
cultura de clulas, o autor considerou o lquido de Dakin
(hipoclorito a 0,5%) a soluo irrigante ideal. Sabendo-se de
antemo que o hipoclorito de sdio, com o passar do tempo,
perde a sua concentrao de cloro, recomendamos o hipoclorito
de sdio a 1% (tambm chamada de Soluo de Milton) como
soluo irrigante a ser utilizada nos procedimentos clnicos
endodnticos na Universidade Federal de Uberlndia.
Figura 9. Soluo
de Milton
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Considerando que o volume da soluo irrigante, pela sua ao fsica no auxlio da
remoo de debris, em suspenso na luz do canal radicular, importante no processo de
limpeza do canal, adotamos o soro fisiolgicocomo irrigao final do canal radicular.
Entendemos que a soluo irrigante atua como coadjuvante auxiliando na limpeza do
canal, efetivada pela ao mecnica das limas nas paredes do canal radicular,
conscientes de que, em algumas situaes em que a contaminao do canal ficou
evidente, principalmente em processos crnicos, a utilizao da medicao intracanal setorna necessria.
Portanto, durante a instrumentao do canal irriga-se o canal, com hipoclorito de sdio a1%, renovando a soluo com nova irrigao e aspirao sempre que o lquido ficar turvo
pelo acmulo de raspas de dentina. E no final da instrumentao, promover irrigao
abundante com soro fisiolgico, provocando um enxgue final do canal.
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Neutralizao Progressiva
O preparo do canal radicularpode ser dividido em trs grandes etapas:
a.
Abertura coronria:
Representa a abertura coronria do dente permitindo a comunicao da cavidade pulpar
com o meio externo, favorecendo o acesso das limas no interior do canal radicular.
b. Preparo do canal radicular (tero cervical e mdio):
Essa etapa consta do preparo dos teros cervical e mdio radicular. Esse procedimento
permite o acesso direto das limas ao nvel apical do canal, pois remove a constrio
cervical do canal radicular, que existe ao nvel do colo dental.
c. Preparo do canal radicular (tero apical):
Com o preparo dos teros cervical e mdio do canal radicular realizados, temos
condio de realizar a instrumentao e modelagem da regio apical, promovendo a
limpeza e obturao o mais hermtica possvel.
A neutralizao progressiva, que tem por finalidade evitar a contaminao onde ela no
esteja presente e neutralizar produtos txicos, deve ser realizada em todas as etapas do
tratamento endodntico.
Desde a abertura coronria, torna-se necessrio iniciar a neutralizao progressiva. A
profilaxia, a remoo do tecido cariado, como tambm restauraes antigas infiltradas
so itens importantes de serem realizados de maneira sistemtica. Nessa etapa do
tratamento endodntico, realiza-se a fase I da neutralizao progressiva. Portanto a
remoo mecnica do tecido cariado, esmalte sem apoio eliminando nichos decontaminao deve ser seguida de irrigao com hipoclorito de sdio.
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Realizada a abertura coronria, inicia-se a fase II da neutralizao progressiva,
preenchendo toda a cmara pulpar com hipoclorito de sdio penetrando gradativamente
a lima no canal radicular, sempre tendo em mente a estimativa de odontometria*. Nessa
fase o prprio preparo dos teros cervical e mdio do canal radicular efetivar aneutralizao progressiva.
Em canais atresiados, para que a agulha de irrigao esteja numa posio adequada,
torna-se necessrio o prvio preparo da embocadura do canal radicular, favorecendo a
ao germicida do lquido no tero apical do canal radicular. Portanto, para que a fase
III da neutralizao progressivapossa ser realizada, a agulha da soluo irrigante deve
ser posicionada ao nvel mdio ou comeo do tero apical
*Verificar no captulo de odontometria
Figura 1. Em (A) dente pr-molar com crie proximal em (B) radiografia de (A).
C. colorao de HE, evidenciando a cavidade no dente aps a remoo
clnica do tecido cariado. D. evidncia de dentina contaminada
profundamente e em (E) maior aumento de (D) demonstrando a presena
de fragmento de dentina contaminada adentrando no canal radicular. F, G
e H.a presena de microorganismos no interior dos tbulos dentinrios,
colorao de Gram.
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G
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I
II
III
Figura 2. Neutralizao progressiva. Observar a renovao da soluo irrigante na
medida em que se aprofunda a lima no interior do canal radicular.
Iniciando a nvel coronrio e terminando a nvel apical, caracterizando as
fases I, II e III.
OBS: A neutralizao progressiva deve ser realizada em qualquer situao, pois a
possibilidade de contaminao a distncia uma realidade, nos casos de necrose pulpar
ou mesmo nos dentes com vitalidade. As alteraes pulpares decorrentes da crie
ocorrem de maneira paulatina e no se sabe clinicamente o estgio em que a polpa se
encontra. Pode existir contaminao somente a nvel coronrio, ou de forma parcial
atingindo apenas algum segmento da polpa. Portanto uma boa conduta realizar de
forma sistemtica em qualquer situao a neutralizao progressiva.
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Figura 3. Observar em (A) a presena de um delta apical e raspas de dentina
acumulada em uma das ramificaes (seta), em (B) e (C) na luz
polarizada verificar a presena de material birrefringente,
caracterizando a presena de raspas de dentina e em (D) com maior
aumento em (E) (seta), fragmento de dentina deslocada da poro
coronria para a poro apical.
E
D
C
BA
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Abertura CoronriaEntende-se por abertura coronria o ato de se estabelecer uma comunicao da cavidade
pulpar com o meio externo, para possibilitar o tratamento endodntico. O acesso
cavidade pulpar deve ser realizado na face lingual ou palatina nos dentes anteriores,caninos e incisivos e na face oclusal nos pr-molares e molares.
Para que se tenha sucesso nesta fase do tratamento indispensvel o conhecimento da
anatomia da cavidade pulpar, do nmero e disposio das razes e canais e da inclinao
dos dentes nos arcos.
A abertura coronria deve ser iniciada aps a remoo do biofilme, trtaro e tecido
cariado, da regularizao e/ou remoo de restauraes imperfeitas e remoo de tecido
gengival invaginado.
Alguns aspectos devem ser levados em considerao no planejamento da abertura
coronria, como a tcnica a ser executada, os conhecimentos anatmicos, clnicos e
radiogrficos, considerando os fatores extrnsecos e intrnsecos relacionados ao
paciente.
Abertura Coronria
Planeamento
Tcnica
Remoo do tecido cariado ou restauraes
Acesso coronrio propriamente dito
Ponto de eleioDireo de trepanaoForma de contorno
Forma de convenincia
Fatores intrnsecosIdade do pacientePosicionamento
Direo radicular
Arco e alvolo
Fatores extrnsecosCrieErosoAbrasoRestaurao
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Princpios da abertura coronria
Remover o teto da cmara pulpar;
Obter acesso em linha reta;
Evitar danos ao assoalho da cmara pulpar;
Conservar ao mximo a estrutura dentria.
I nstrumental clnico necessrios para a aber tura coronria:
Figura 1. 1 Pina clnica
2 Sonda clnica
3 Sonda reta
4 Escavador duplo
5Espelho
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I nstrumentos rotatri os para alta rotao
I nstrumentos rotatri os para baixa rotao
Figura 2. (A)Recipiente usado para recolhimento da gua da
turbina de alta rotao, (B) broca esfrica; (C) broca
4083; (D) broca Endo Z.
Figura 3. (A)broca esfrica, (B)broca de Batt.
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Etapas da abertura coronria
Abordagem inicial ou ponto de eleio;
Direo de trepanao;
Forma de contorno;
Forma de convenincia.
Ponto de eleio
Local onde se inicia a abertura, visando alcanar de forma mais direta possvel a
cmara pulpar e o canal radicular, utilizando pontas ou brocas indicadas.
Ponto de Eleio
Figura 4. O ponto de eleio para os dentes anteriores, incisivos e caninos, deve ter
como referncia a face palatina/lingual e linha mediana longitudinal a 2,0
mm do cngulo em direo borda incisal. Nos pr-molares, na interseco
resultante do sulco central com a linha imaginria traada sobre o topo das
cspides vestibular e palatina. Nos molares na fssula central.
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Direo de trepanao
A direo de trepanao para os dentes unirradiculares deve ser posicionando a broca no
sentido do longo eixo do dente. Para os dentes multirradiculares, em direo ao canal
mais amplo.
Figura 5. Observar que, para os dentes unirradiculares, a direo de trepanao
deve ser com a broca paralela ao longo eixo do dente. No caso dos
dentes multirradiculares, deve ser com a broca paralela ao longo eixo do
dente com direcionamento para o canal mais amplo.
Forma de contorno
Com brocas esfricas
Movimentos de introduo e trao em direo s reentrncias dos tetos pulpares.
Com brocas tipos Batt e Endo Z.
Forando de encontro s paredes circundantes apoiando ou no no assoalho pulpar.
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Figura 6. Forma de contorno: nos incisivos, forma triangular com base voltada para a
borda incisal. Caninos losangulares. Pr- molares superiores
elpticos com eixo
vestibulo palatino maior. Pr- molares inferiores elpticos. Molares superiores
forma triangular com base para vestibular.Molares inferiores triangular, com
base para mesial.
Forma de convenincia
Remoo adicional das projees de dentina que possam dificultar o acesso aos canais
radiculares. Para essa fase da abertura coronria, utilizam-se brocas com pontas
especiais (Batt, 4083 ou Endo Z).
Figura 7. Forma de convenincia segue os mesmos padres da forma de contorno, porm alguns
desgastes nas paredes laterais da camra pulpar deixam todos os canais visveis.
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Para facilitar a escolha dos instrumentos rotatrios para cada etapa da abertura
coronria, idealizou-se a tabela abaixo.
Etapa Pontode
eleio
Direode
trepanao
Formade
contorno
Formade
conveninciaMotor
Alta rotao Carbiteesfrica 1,2,3
ou 4
Carbiteesfrica 1,2,3
ou 4
4083ou
Endo Z
4083ou
Endo Z
Baixa rotao Ao esfrica Batt Batt
A seqncia tcnica da abertura coronria segue o mesmo principio para qualquer dente.
A seguir, como exemplo, segue o passo a passo para um dente unirradicular,
birradicular e trirradicular.
Incisivo Central Superior
Forma de contorno
Broca Endo Z
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Forma de contorno Forma de convenincia
Broca Endo Z
Pr- molar superior
Ponto de eleio Direo de trepanao
Carbite esfrica Carbite esfrica
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Forma de contorno
Broca Endo Z
Forma de convenincia
Broca Endo Z
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Molar superior
Ponto de eleio Direo de trepanao
Carbite esfrica
Carbite esfrica
Forma de contorno Forma de convenincia
Broca Endo Z Broca Endo Z
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Broca esfrica prxima aocngulo perpendicular facepalatina
Broca esfricaparalela ao longo eixodo dente
Broca 4083paralela ao longoeixo do dente
Broca 4083 forandode encontro com asparedes circundantes
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Preparo do tero cervical e mdio
O preparo do tero cervical e mdio tem por finalidade o alargamento prvio da poro
inicial do canal radicular, permitindo um acesso franco e direto regio apical do canal.
Nesse tipo de preparo, utilizam-se, de preferncia, as limas tipo Hedstren (H),
posteriormente brocas Gates-Glidden de n 2 (G2) e n3 (G3), finalizando com a broca
de Batt.
Inicia-se com a lima 15 H com aproximadamente 14 a 15 mm (dependendo do
comprimento do dente) de tal maneira que esta lima se limite poro reta do canal, ao
nvel do tero cervical e incio do tero mdio da raiz. A lima dever trabalhar folgadano canal, evitando sempre for-la no sentido apical para prevenir a formao de
degraus. A seguir, realiza-se o recuo progressivo com as limas 20 H (de 13 a 14 mm) e
25 H (de 12 a 13 mm).
As brocas de Gates devero ser usadas com o cursor de silicone limitando a sua
penetrao na poro do canal previamente preparada pelas limas. A broca Batt dever
ser utilizada com folga na embocadura do canal e pressionada com movimento de
lateralidade no sentido anticurvatura, ou seja, no sentido contrrio curvatura da raiz.
Figura 1- Desgaste em canais atresiados.
G2 G3 Batt
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importante ressaltar para o que se denomina zona de risco e zona de segurana
nas razes dos molares. As zonas de riscos correspondem s paredes dos canais voltadas
para as reas inter-radiculares, enquanto as zonas de segurana configuram pelas
paredes dentinrias opostas da regio inter-radicular. O desgaste em direo zona de
segurana, alm de no oferecer riscos, propicia uma reduo acentuada do grau de
curvatura, da a razo de ser chamado de desgaste anticurvatura.
Quando o canal for muito atresiado em toda a sua extenso, prejudicando a utilizao
inicial com a lima n 15 Hedstren, segue-se a seguinte orientao:
Realiza-se a introduo progressiva, com limas compatveis com o canal em questo(limas Kerr 06, 08 e/ou 10). Essas limas devero penetrar aproximadamente ao nvel
da estimativa de odontometria e, logo em seguida, recuar na medida, instrumentando
sem manter um limite nico de penetrao. importante nesse momento movimentar a
lima com cuidado a fim de promover um desgaste para permitir a utilizao da lima 15
Hedstren.
Aps esse preparo inicial, pode-se ento passar s orientaes iniciais do desgaste
anticurvatura com as limas Hedstren ou Kerr, brocas Gates e Batt.
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Figura 2- Desgaste em canais muito atresiados.
Em canais amplos, onde a lima 25 H tem acesso fcil, a utilizao das limas se torna
desnecessrio podendo proceder ao alargamento diretamente com as brocas.
Figura-3 Desgaste em canais amplos.
Todo o procedimento deve ser acompanhado da irrigao dos canais e j caracteriza afase II da neutralizao progressiva.
G2 G3 Batt
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OBS: O preparo dos teros cervical e mdio se torna necessrio em todos os dentes
devido a existncia de uma constrio na regio cervical dos canais radiculares. Essa
constrio nada mais do que a projeo da superfcie externa do dente, correspondente
a regio de colo na juno da coroa com a raiz (cintura do dentes).
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Odontometria
Realizado o preparo radicular, obteve-se um acesso direto ao canal radicular, permitindo
um posicionamento adequado das limas, possibilitando atingir a regio apical do canalde forma direta e sem interferncias.
Com o alargamento prvio de entrada do canal, torna-se possvel introduzir e posicionar
a agulha para propiciar uma irrigao do canal de forma efetiva. Esse posicionamento
da agulha de irrigao vai permitir que se realize, de forma efetiva, a fase III da
neutralizao progressiva e logo em seguida a odontometria.
Entende-se por odontometria como sendo o procedimento que visa determinar o
comprimento do dente para se estabelecer a extenso da instrumentao.
I. Odontometria em dentes unirradiculares
1)Na radiografia de diagnstico, mea o comprimento do dente (com rgua
milimetrada) desde a borda incisal ou ponta de cspide at o pice radicular (fig. 1
A).
2) Dessa medida, diminua dois milmetros.
3) Demarque essa medida numa lima tipo Kerr n 08, 10 ou 15. Para isso, coloque o
limitador de penetrao, deslizando-o pelo instrumento, at obter a medida desejada.
Cuide para que o limitador fique perpendicular lmina do instrumento (fig. 1B)
4) Introduza o instrumento 08, 10 ou 15 no canal at que o limitador encoste
suavemente na borda incisal ou ponta da cspide (fig. 1C). Fixe o instrumento
nessa posio, se necessrio, colocando algodo na cmara pulpar e radiografe.5) De posse da radiografia, estime o comprimento do dente. Para tanto, observe a
distncia entre a ponta do instrumento e o pice radicular. No caso de o instrumento
no ter alcanado o pice, a medida do dente ser a do instrumento mais a distncia
que falta para ele ficar a 1,0mm do pice (fig. 1D), no caso de ele aparecer a
1,0mm do pice, a medida da odontometria ser a mesma do instrumento (fig. 1E),
e no caso de ultrapassar o pice, a medida do dente ser a do instrumento, menos o
que ultrapassou.
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Voc dever repetir a radiografia do odontometria se:
a) No apareceu o pice;
b) No estiver visvel a ponta do instrumento;
c) A radiografia estiver muito alongada;
d) A distncia entre a ponta do instrumento e o pice for igual ou maior do que 4
mm.
II.
Odontometria em dentes multirradiculares
Para medir o comprimento na radiografia inicial dos prmolares, tome como ponto de
referncia a cspide mais saliente que a vestibular e a raiz mais curta que a palatina. No
caso de molares superiores, tome como base a raiz msio-vestibular, pois a palatina se
apresenta com distoro. No molar inferior tome como base a raiz mesial.
Se o dente apresentar raiz curva, considerar uma linha reta que vai da cspide de
referncia at a ponta da raiz em questo.
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Utilize, preferencialmente, como ponto de referncia, a cspide V para os prmolares e
a MV para os molares superiores ou inferiores.
Proceda como foi descrito nos itens 1 a 4 e coloque o instrumento, de preferncia o
nmero 15, no canal MV (molares) ou V (prmolares).Escolha mais dois instrumentos de nmero 15 com mesmo comprimento, do cabo
extremidade ativa daquele anteriormente colocado no canal.
Introduza esses instrumentos nos demais canais, fazendo com que seus cabos
fiquem no mesmo nvel.
Radiografe, cuidando para que os raios X incidam com um ngulo horizontal para
mesial nos prmolares superiores, para distal nos molares inferiores e
ortorradialmente nos molares superiores (fig. 2).
B
C
Figura 2- Variao do ngulo horizontal na obteno de radiografia; A normal ou
ortorradial; B = distalizada ou distorradial; C = mesializada ou mesiorradial.
RAIO X
A
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Somente remova os instrumentos depois de verificar se a radiografia est correta.
Remova o instrumento que tem o limitador de penetrao com cuidado para no
deslocar os demais. Confira a medida, inclusive as referncias dos limitadores.
A remoo dever ser feita puxandoo pelo cabo. Anote as medidas na f icha.
Interpretao da radiografia
Quando os raios-X incidem pelo lado mesial, o canal ou instrumento que est no lado
palatino ou lingual, dirigese para mesial. Quando os raios-X incidem do lado distal, o
canal ou instrumento que est no lado palatino ou lingual dirigese para a distal (fig. 3)
Figura 3- Se mesializar a tomada radiogrfica, a raiz palatina se desloca para
mesial, se distalizar a tomada radiogrfica, a raiz palatina se desloca
para distal.
Para saber se a radiografia foi mesializada ou distalizada, podemos verificar alguns
itens, como por exemplo:
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Tome como ponto de orientao a asa do grampo. Aquela que est mais prxima do
pice a asa colocada no lado palatino e a que est mais prxima da coroa a asa
vestibular.
Verifique para que lado se dirigiu a asa palatina. Se ela dirigiu para distal, significa quea radiografia foi distalizada e, se ela est para mesial, significa que a radiografia foi
mesializada.
Figura 4- A radiografia foi distalizada porque a asa do grampo, voltada para a
face palatina do dente, est deslocada para o lado distal.
Outra referncia importante a considerar est relacionada com a nitidez da imagem. Se a
radiografia obtida com ngulo normal, o osso medular e os contornos radiculares so
ntidos em ambos os lados do dente interessado; se a radiografia mesializada, o osso
medular e contornos radiculares so ntidos no lado mesial, porm distorcidos e com
pouca nitidez no lado distal; se a radiografia distalizada, o osso medular e os
contornos radiculares sero ntidos no lado distal, mas distorcidos e com pouca nitidez
no lado mesial.
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Considerando o que foi descrito acima, qual o canal apontado (seta) na radiografia
abaixo (figura 5)?
Figura 5- Radiografia do primeiro molar inferior com tratamento endodnticorealizado.
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Preparo do tero apical
Aps o estabelecimento da odontometria, inicia-se o preparo do tero apical.
Para um melhor entendimento desta fase do tratamento, alguns termos devem serassimilados:
Dimetro Anatmico do Canal
Dimetro Cirrgico do Canal
Lima Inicial
Lima Final
Lima memria
Batente Apical
Tcnica clssica de instrumentao
Tcnica escalonada de instrumentao
Figura 1. Em (A) observar a anatomia original do canal, antes da instrumentao,
considerada como dimetro anatmicodo canal. Em (B) observar o canal
aps a instrumentao evidenciando, um canal j dilatado. Nessa situao
considera-se como dimetro cirrgico do canal
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Lima Final: a ltima lima utilizada no preparo do canal, quando a tcnica de
instrumentao a tcnica clssica ou convencional de instrumentao. Esta lima
tambm considerada como lima memriana tcnica escalonada. Para a determinao
da lima final, realiza-se a progresso da instrumentao de maneira gradativa e ser
finalizada aps a utilizao de pelo menos trs instrumentos alm do inicial.
Batente Apical:A progresso na instrumentao entre a lima inicial e a lima memria
resulta na formao do batente apical, que representa um degrau apical, limitando a
poro instrumentada do canal e o seu extremo apical.
Tcnica clssica de instrumentao: Na tcnica clssica, todas as limas utilizadas, ou
seja, da inicial at a final devero trabalhar na extenso toda do canal, obedecendo ao
comprimento de trabalho determinado na odontometria. Atualmente ela no deve ser
utilizada na sua plenitude. Essa tcnica, na verdade, representa o segmento inicial da
tcnica escalonada que vai da lima inicial at a lima memria.
Tcnica escalonada de instrumentao:
Aps a neutralizao progressiva, fase III e determinao da odontometria, escolher
o instrumento inicial, que dever ser aquele que se adaptar melhor ao dimetro
anatmico do canal, no limite apical de instrumentao.
Figura 2. Batente apical (seta).
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Progredir na instrumentao at determinar o batente apical. A progresso em canais
curvos deve se restringir s limas de menor calibre (25 ou 30, sendo esta lima
considerada o instrumento memria).
O ideal que a limagem ocorra somente at que seja possvel acomodar a lima detamanho imediatamente superior ou no caso de ser a ltima lima, at que esta possa
ser retirada com folga.
O preparo feito recuando-se 1,0 mm do comprimento de trabalho ao substituir a
lima por outra de calibre imediatamente superior. Se a lima chega ao seu correto
comprimento sem se prender dentina, o momento de substitu-la. Dessa maneira
a partir da lima memria se inicia o escalonamento das limas com recuo progressivo
programado.
Aps o uso de cada lima de suma importncia a recapitulao com o instrumento
memria em toda a extenso do comprimento de trabalho, juntamente com uma
irrigao abundante, para assegurar e manter o canal desimpedido.
As numeraes das limas inicial e memria dependero da anatomia do dente,
podendo variar entre diferentes dentes ou para um mesmo dente, dependendo da raiz.
Durante a instrumentao, importante manter a irrigao do canal. No preparo do
tero apical, bom lembrar que a agulha de irrigao dever estar posicionada no
interior do canal, prxima do tero apical. Durante a irrigao a agulha dever ficar
solta na luz do canal para propiciar o refluxo da soluo irrigante que ser aspirada.
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TRATAMENTO ENDODNTICO EM DENTE UNIRRADICULARROTEIRO PARA ATIVIDADE PR-CLINICA
Radiografia de diagnstico
Estimativa de odontometriaComprimento da imagem radiogrfica do dente mm -2 mm = mm
Abertura coronriaRemoo de tecido cariado e/ou restauraes
Neutralizao progressiva Fase IPonto de eleioDireo de trepanaoForma de contornoForma de convenincia
Preparo do canal radicular:
Preparo do tero cervical e mdio
Canal amploCanal atresiadoCanal muito atresiado
Limas Brocas08k 10k 15h 20h 25h G 2 G 3 B
Neutralizao progressiva Fase II
Neutralizao progressiva fase III
Lima
Radiografia de odontometria
Odontometria= mm
Preparo do tero apical (L.I.= lima inicial, L.M.= lima memria)
L.I. L.M. L.M. L.M. L.M. L.M.
Odontometria = Od-1 Od-2 Od-3 Od-4Instrumentao clssica Escalonamento com recuo progressivo programado
Medicao intracanal:
Aluno:_______________________________________________________________________
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TRATAMENTO ENDODNTICO EM DENTE BIRRADICULARROTEIRO PARA ATIVIDADE PR-CLINICA
Radiografia de diagnstico (orto radialfrontal)Estimativa de odontometriaComprimento da imagem radiogrfica do dente mm -2 mm = mmAbertura coronriaRemoo de tecido cariado e/ou restauraesNeutralizao progressiva Fase I
Ponto de eleioDireo de trepanaoForma de contornoForma de conveninciaPreparo do canal radicular:Canal vestibularPreparo do tero cervical e mdio
Canal amploCanal atresiadoCanal muito atresiado
Limas Brocas08k 10k 15h 20h 25h G2 G3 G4 B
Neutralizao progressiva Fase II
Canal palatino
Canal amploCanal atresiadoCanal muito atresiado
Limas Brocas08k 10k 15h 20h 25h G2 G3 G4 B
Neutralizao progressiva Fase II
Canal vestibularNeutralizao progressiva fase IIILima
Radiografia de odontometria:Odontometria= mm
Preparo do tero apical
L.I. L.M. L.M. L.M. L.M. L.M.
Odontometria = Od-1 Od-2 Od-3 Od-4Instrumentao clssica Escalonamento com recuo progressivo programado
Canal palatinoNeutralizao progressiva fase IIILima
Radiografia de odontometriaOdontometria= mm
Preparo do tero apicalL.I. L.M. L.M. L.M. L.M. L.M.
Odontometria = Od-1 Od-2 Od-3 Od-4Instrumentao clssica Escalonamento com recuo progressivo programado
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Medicao Intracanal
A infeco do sistema de canais radiculares s controlada de forma eficaz aps o
completo preparo qumico-mecnico, a aplicao de uma medicao intracanaladequada e a realizao da obturao tridimensional.
O uso da medicao intracanal no substitui a fase de limpeza qumica (solues
irrigantes) e mecnica (limas) do canal radicular, mas serve como um auxlio no
tratamento endodntico, potencializando o processo de limpeza e favorecendo a
reparao tecidual.
Uma das principais propriedades que um medicamento endodntico deve possuir ao
antimicrobiana, tendo potencial de destruir microrganismos. Por permanecer por tempo
mais prolongado no interior do canal radicular, o medicamento tem maiores chances de
atingir reas no afetadas pela instrumentao. Alm disso, por preencher totalmente o
canal, o medicamento impede o suprimento de substratos, na forma de fluidos teciduais,
para as bactrias que sobreviveram aps a instrumentao.
Alm da ao antibacteriana eficaz, o medicamento dever ter ao prolongada, sem ser
citotxico e agir pelo contato, permitindo um controle adequado da profundidade de
atuao.
Razes para o emprego da medicao intracanal:
1. Promover a eliminao de bactrias que sobreviveram ao preparo qumico-
mecnico;
2. Impedir a proliferao de bactrias que sobreviveram ao preparo qumico-mecnico;
3. Atuar com barreira fsico-qumica contra reinfeco entre as sesses do tratamento;
4. Reduzir a inflamao nos tecidos ao redor da raiz (reduzindo com isso a dor, um dos
sinais da inflamao);
5. Neutralizar produtos txicos;
6. Controlar a exsudao persistente (o que pode ser feito pela medicao de trs
maneiras: inibindo a resposta inflamatria, absorvendo o exsudato pela ao
higroscpica ou eliminando a causa, as bactrias).
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Vrias substncias tm sido recomendadas para utilizao no interior do sistema de
canais radiculares entre sesses de tratamento, dentre elas podemos citar:
Paramonoclorofenol canforado (PMCC);
Formocresol ou Tricresol Formalina;
Antibiticos e suas combinaes;
Hidrxido de clcio;
Clorexidina
Os dois primeiros medicamentos, PMCCe
o Formocresol, so volteis e agem por
liberao de vapores. O grande
inconveniente disso o difcil controle da
rea de atuao da droga, podendo ocorrer
resposta inflamatria nos tecidos ao redor
da raiz, devido sua citotoxicidade. Por
causa da liberao desses vapores, pode
haver distribuio sistmica dessas drogas,
cujos efeitos so ainda desconhecidos.
Alm disso, podem ter efeitos cumulativos
sobre o profissional, devido inalao. No
parece ser uma conduta admissvel, nos
dias de atuais, utilizar medicamentos de
elevada citotoxicidade, que no permitem
um controle eficaz da concentrao liberada
e da profundidade de ao.
PMCC
Formocresol
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O uso de antibiticos, mesmo em
associaes, tem sido abandonado como
medicao intracanal, pois sua ao limita-
se presena de certo grupo especfico de
micro-organismos, podendo ser ineficiente
contra muitos outros. Alm disso, podem
sensibilizar o paciente, produzir reaes
em pacientes j sensibilizados penicilina
ou a outros antibiticos e ainda selecionar
e produzir bactrias resistentes.
O hidrxido de clcio a medicao mais
empregada atualmente, devido sua ao
antimicrobiana e mineralizadora. A pasta
de hidrxido de clcio tem sido preparada
com vrios veculos, a saber: gua
destilada, soro fisiolgico (soluo salina),
soluo anestsica, polietileno glicol,propilenolgicol, PMCC, glicerina e muitos
outros. Outras vantagens do hidrxido de
clcio, alm das aes citadas acima, so
que as pastas desse medicamento:
Funcionam como uma obturao
provisria do canal, limitando o espao
fsico para a multiplicao bacteriana;
Retardam significativamente a
recontaminao do canal, pois
funcionam como barreira fsico-
qumica;
Controlam a exsudao persistente, por
ao higroscpica e por inibio do
crescimento bacteriano.
hidrxido de Clcio
antibitico
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Material necessrio para colocao e remoo da medicao intracanal:
Medicao intracanal (hidrxido de clcio PA);
Soro fisiolgico;
Placa de vidro;
Esptula n 24;
Lima Kerr;
Algodo;
Cimento provisrio;
Seringa de irrigao;
Cone de papel absorvente.
A clorexidina tambm tem sido proposta
como medicao intracanal, com base em
sua atividade antibacteriana de amplo
espectro. Alm disso, tem substantividade,
ou seja, atua por muito tempo, pois adere
s estruturas do dente. Contudo, de uma
forma geral, ela no mais eficaz do que o
hidrxido de clcio e no possui outras
propriedades que ele apresenta como
estimulao de reparo clcico,
neutralizao de endotoxinas e solvente de
matria orgnica.clorexidina em gel
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Como preencher o canal radicular com hidrxido de clcio associado ao soro
fisiolgico:
1. Misture na placa de vidro, com auxlio da esptula n 24, o hidrxido de clcio (p) e
o soro fisiolgico, at conseguir uma pasta cremosa, com consistncia de um creme
dental.
2. Utilize uma lima do tipo Kerr para pegar um pouco da pasta previamente misturada e
com movimentos de penetrao e remoo (movimento de vai-e-vem) preencha o canal
radicular at o comprimento real de trabalho (Odontometria). Retire a lima, girando no
sentido anti-horrio. Condense a pasta dentro do canal com cone de papel absorvente ou
com o calcador de Paiva.Repita esse processo de preenchimento at perceber que apasta est obliterando toda a entrada do canal radicular.
3. Remova o excesso da medicao da cmara coronria com auxlio de um algodo.
4. Coloque, na entrada do canal radicular, uma bolinha de algodo e em seguida sele a
abertura coronria com cimento provisrio.
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Como remover a pasta de hidrxido de clcio associado ao soro fisiolgico:
1. Irrigue, abundantemente, o canal radicular com soro fisiolgico at que o lquido que
sair pela abertura coronria esteja lmpido (transparente).
2. Utilize a lima memria no comprimento real de trabalho (Odontometria), fazendo
movimentos de vai-e-vem (penetrao e remoo dentro do canal) para remover a pasta
das paredes do canal radicular. Faz-se a irrigao com soro fisiolgico cada vez que a
lima for utilizada.
3. O canal, aps a remoo completa da medicao, deve ser seco com cone de papel
absorvente do mesmo dimetro e comprimento da lima memria. Por exemplo, se alima memria a 35K e a odontometria 21,0 mm, o cone de papel absorvente deve ser
o de n 35 e deve penetrar at 21,0 mm.
Observao: Durante o atendimento do paciente na clnica, para remoo da medicao
intracanal, juntamente com a irrigao, feita a aspirao do soro fisiolgico, com
cnula de aspirao acoplada bomba sugadora da cadeira odontolgica.
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Obturao do canal radicular
A finalidade da obturao do canal radicular preencher o canal aps o seu preparo, da
maneira mais hermtica possvel, utilizando-se de materiais fisicamente estveis ebiocompatveis. O limite da obturao deve seguir o planejamento do preparo do canal,
onde o batente apical deve estar situado ao nvel do limite CDC (verificar captulos:
Preparo apical do canal radicular e Odontometria).
A obturao do canal deve ser realizada quando o canal estiver livre de exsudato, sem
sintomatologia dolorosa, edema ou mobilidade. Para isso o canal deve estar preparado
biomecanicamente com dilatao adequada para receber o material obturador.
Material necessrio para obturao do canal radicular:
Pina;
Cones de guta-percha principal e acessrios;
Cimento endodntico;
Placa de vidro;
Esptula n24;
Espaadores digitais;
Calcadores de Paiva;
Lamparina a lcool.
Figura 1. A. Cones de guta percha-principal e acessrios; B. n 1 (lamparina), 2 (calcadores de
Paiva), 3 (esptula n24), 4 (placa de vidro), 5 (pina), 6 (espaadores digitais).
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Figura 2. A-AH Plus (resinoso), B- Endofill ( base de xido de zinco e eugenol),
C- Sealer 26 (resinoso base de hidrxido de clcio).
Figura 3. 1 passo- Em uma placa de vidro, coloca-se uma poro, aproximadamente 2 a 3
partes de p para 1 parte de resina. 2 passo- Com uma esptula apropriada,
incorpora-se o p resina, at obter uma mistura lisa e homognea. 3 passo- Aconsistncia obtida quando a mistura se parte ao ser levantada com a esptula.
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Passo a passo da obturao do canal
1. Isolamento e assepsia do campo operatrio, que deve ser mantido em todas as etapas
clnicas do tratamento endodntico.2. Remoo do cimento restaurador provisrio com broca esfrica, de preferncia com
o motor de alta rotao.
3. Irrigar, abundantemente, o canal com soro fisiolgico e, com a lima memria,
executando movimento de limagem, remover a medicao intracanal, no caso, o
hidrxido de clcio. Irrigar novamente at que o refluxo do lquido saia incolor do
interior do canal.
4.
Com a cnula do suctor (compatvel com o dimetro do canal) aspire o lquido e emseguida seque o canal com pontas de papel absorvente esterilizadas.
5. Selecione o cone de guta-percha principal com a mesma numerao do instrumento
memria e introduza no canal de tal maneira que ele se ajuste no batente apical, na
medida determinada pela odontometria.
6. Nesse momento, com o cone principal posicionado no interior do canal realizar a
radiografia da prova do cone.
7.
Remova o cone do interior do canal radicular, prepare o cimento obturador indicado,manipulando-o bem, at obter uma consistncia cremosa no muita fluida.
9. Com a esptula, impregne o cone com o cimento em toda a sua extenso, de tal
maneira que o cimento penetre em toda a extenso do canal.
10.Use um espaador adequado, de acordo com a amplitude do canal, para obter espao de
tal maneira que o primeiro cone secundrio fique posicionado a poucos milmetros (2,0
ou 3,0) do comprimento de trabalho (odontometria). D preferncia para o espaador de
maior dimetro. Em seguida, com os cones secundrios envoltos em cimento,
condensar, at que o canal fique completamente preenchido, realizando ligeira presso
apical e lateral.
11.Realizar a radiografia da condensao lateral para verificar a qualidade da
obturao. Se forem observados espaos vazios caracterizando uma condensao
deficiente, procure, com os espaadores mais finos, criar espaos e ampli-los com
os espaadores mais calibrosos, at que seja possvel preencher o espao com mais
cones secundrios.
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12.Cortar os cones com calcador endodntico aquecido, forando-os na entrada do
canal at que o excesso do material seja cortado e retirado, ficando o restante do
material restrito ao canal
13.Fazer a condensao vertical com calcador frio e em seguida realizar a limpeza da
cmara pulpar com algodo embebido em lcool.
14.Proceder restaurao provisria da coroa com material apropriado.
15.Remova o isolamento absoluto e realize a radiografia final.
Posio ideal do cone para se obturar o canal.
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Figura 5. Cimento base de xido de zinco e eugenol (IRM-Dentsply)
1 passo- dispense uma gota de lquido para cada medida de p.
2 passo- A espatulao deve ser feita usando uma tcnica que misture
rpido e completamente 50% do p com o lquido. Leve o p remanescente
mistura em 2 ou 3 acrscimos e espatule completamente. A mistura ser
bastante consistente e dever ser esfregada vigorosamente por 5 a 10
segundos. Procedendo assim, a mistura ter uma tima consistncia detrabalho, sendo macia e adaptvel.
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Observao importante: As radiografias de odontometria, prova do cone e condensao
lateral esto com o dente virado de lado (sentido msio-distal), para melhor visualizao
do aluno do 3 perodo. No tratamento endodntico realizado em paciente o dente ser
visto como est nas radiografias inicial e final.
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Retratamento do Canal
De uma maneira geral pode-se considerar na remoo do material obturador trs
momentos:
1. Utilizando brocas;
2. Utilizando limas e solvente de guta-percha;
3. Utilizando apenas limas j com a soluo irrigante.
Figura 1. A remoo da guta-percha no tero cervical e mdio pode ser realizada com a
utilizao de brocas. No tero mdio e comeo e parte do tero apical,
recomenda-se a utilizao de limas e solvente e, no final da obturao, apenas
a lima com a soluo irrigante.
um procedimento realizado sobre um dente que recebeu uma tentativa anterior de tratamentodefinitivo que resultou em uma condio que requer um novo tratamento endodntico adicional
para a obteno de um resultado bem sucedido.
Associao Americana de Endodontistas.
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Inicialmente, pretende-se com o retratamento obter o acesso entrada do canal e
visualizao direta da guta-percha. Aps a visualizao da guta-percha, procede-se ao
desgaste inicial combrocas tipo Gates ou Largo, com a finalidade de remoo da guta-
percha e alargamento da poro cervical e mdia do canal.
Depois de obtido o espao pelas brocas, colocar solvente eucaliptol na entrada do canal,
e com limas tipo Kerr n 15 ou 20, penetrar na massa da guta-percha, com movimentos
oscilatrios. Neste momento, deve-se ter em mente a estimativa da odontometria, pois
nessa fase no se deve tentar remover todo material com solvente.
Quando a lima j estiver no do tero apical ou final do material obturador, passam a
utilizar as limas Hedstrenno espao produzido pelas limas Kerr, procurando remover o
material obturador aderido s paredes do canal. Quando o material obturador no estiver
mais aderido s limas, lava-se abundantemente o canal.
Neste momento, passa-se a usar como irrigante o hipoclorito de sdio, em com limas dotipo Kerrde pequena numerao (15 ou 20) tenta-se a penetrao ao lado da guta-
Figura 4. A. Solvente Eucaliptol; B. Colocao do solvente no pote Dappen; C.
Pegando o solvente com a pina clnica; D. Introduo do solvente no
interior do canal radicular.
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percha, com movimento de de volta, aumentado a numerao e com movimento de
limagem remover o resto do material obturador.
Com a lima introduzida no canal, tendo como referncia a estimativa de odontometria,
procede-se a radiografia de odontometria.
Neste momento o primeiro questionamento que devemos fazer antes do planejamento
do novo tratamento : Qual o dimetro cirrgico do canal?
Durante o planejamento do retratamento endodntico, necessrio avaliar a
possibilidade de ter ocorrido iatrogenias (erros) que venham a prejudicar o novotratamento. Esses obstculos a serem vencidos no retratamento podem estar
relacionados com os seguintes erros feitos no tratamento anterior:
Formao de degrau;
Desvio do canal com formao de canal cirrgico;
Sub ou sobre obturao;
Travamento inadequado do cone principal, Zipper;
Instrumento fraturado; Perfurao radicular.
Figura 2. Observar a utilizao de broca no tero cervical, lima e solvente no tero
mdio do canal e na regio apical a lima na interface material obturador parede do
canal, na tentativa de retirar o resto do material obturador.
Broca de Gattes
Limas Kerr e Hedstren
Limas Kerr
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OBS:O retratamento endodntico em canais que precisam de reti f icaes, em vi rtude
de condutas inadequadas, deve ser realizado por especialistas ou profissionais
experientes.
Figura 3. Em (A) presena de degrau;B. desviodo canal; C. Sobre obturao;
D. Sub Obturaoe E. Presena deZipper.
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Instrumentao Rotatria
Sistema rotatrio
O sistema de instrumentao rotatria composto pelo motor, contra-ngulo e limas de
nquel titnio (NiTi).
Caractersticas das limas de NiTi:
1. Flexibilidade: As limas de Ni-Ti no permitem a pr-curvatura utilizadas na tcnica
manual com limas de ao inox.
Figura 1. Observar que, aps se realizar o esforo para
o seu pr-curvamento, ela se deforma,
retornando forma original logo em seguida.
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2. Conicidade:As limas convencionais de ao inox apresentam sempre a conicidade 0,2
mm de D0para D16. Nas limas de Nit-Ti, a estandardizao no a mesma variando de
uma lima para outra ou numa mesma lima, dependendo do segmento observado.
No mercado, existem, em disponibilidade, vrios tipos de aparelhos para se utilizar na
instrumentao rotatria. Alguns apenas representados por contra ngulos com redutores de
velocidade, outros mais sofisticados com dispositivos que auxiliam na instrumentao,
favorecendo a segurana na utilizao dessa tcnica.
Figura 3. A. Vista do aparelho X-smart, B. Ponta com a lima posicionada, C.
Painel de controle evidenciando os controles de velocidade e torque. O
autoreverso que provoca na lima uma giro verso quando o esforo
aplicado na lima ultrapassa o torque programado.
Figura 2. A. Lima 30 de ao inox de conicidade 0.2; B. Lima de NiTi SX com
conicidade progressiva.
Velocidade
Torque
Autoreverso
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As limas atualmente recomendadas para a utilizao na instrumentao rotatria na FOUFU a
ProTaper (Dentsply/Maillefer).
O sistema ProTaper possui 3 limas para preparo e 3 limas para acabamento:
A lima SX empregada para otimizar o preparo de canais em razes curtas e produzir umamaior amplitude nas pores coronrias de canais em razes mais longas. Essa lima faz,
portanto, o papel das brocas Gates-Glidden.
A lima S1 foi desenhada para preparar o tero coronrio do canal, enquanto a lima S2
usada no preparo do tero mdio, alargando progressivamente o tero apical.
As limas F1, F2 e F3 foram desenhadas para o acabamento do tero apical e para o
progressivo alargamento do tero mdio. Geralmente, apenas uma lima de acabamento
necessria para o preparo do tero apical e esta lima deve ser selecionada de acordo com a
curvatura e o dimetro do canal.
A sua utilizao est ilustrada a seguir, em dentes radiografados na seqncia recomendada pelo
fabricante.
Preparo Cervical/Mdio do canal
S1
SX
S1
S2
Cervical Cervical Cervical/Mdio Mdio
Preparo Apical
F1 F2
F3
21 mm 20 mm 19 mm
Figura 4- A. Limas para o preparo B. Lima para acabamento.
A B
Apostilas Ideal
7/26/2019 31. Endodontia
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Alguns cuidados so necessrios na utilizao da tcnica de instrumentao rotatria:
Nunca force os instrumentos. Nem sempre todos os canais podem ser preparados at o
comprimento de trabalho;
No utilize os instrumentos alm do recomendado (5 a 10 vezes);
Siga as sequncias, use uma lima do tipo Kerr fina (n 10 ou 15) entre os instrumentos
rotatrios;
Presso apical leve e constante (como escrever com um lpis);
Refaa o procedimento se no atingir a profundidade desejada;
Irrigar em abundncia para melhor retirada de resduos;
Limpe as limas antes da reutilizao, durante um mesmo procedimento;
Tempo de trabalho mximo de 10 segundos por instrumento;
Quando encontrar resistncia, retire o instrumento. No pare em um ponto por mais de
alguns segundos, pois pode ocorrer fratura da lima;
Nos milmetros finais, use, de preferncia, limas de conicidade 0,02;
No se deve ter pressa em dominar a tcnica rotatria.A experincia adquirida com
treino.
Odontometria = 21 mm 21 mm 20 mm 19 mm
S1 SX S1 S2
Lima K n15
F1 F2 F3
Apostilas Ideal
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A seguir est ilustrada a sequncia utilizada pela FOUFU.