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XX 95 31/05/2012 * Código Florestal abre discussões hoje - p.01 * Conselho da ONU recomenda fim da Polícia Militar no Brasil- p.16 * Jusça aperta cerco contra crime de lavagem de dinheiro - p.20

31 Maio 2012

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Page 1: 31 Maio 2012

XX 95 31/05/2012

* Código Florestal abre discussões hoje - p.01

* Conselho da ONU recomenda fim da Polícia Militar no Brasil- p.16

* Justiça aperta cerco contra crime de lavagem de dinheiro - p.20

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O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e a An-gloGold Ashanti (Córrego do Sítio Mineração S.A.) assinaram nessa terça-feira, 29 de maio, Termo de Compromisso (TC) contendo me-didas preventivas, reparadoras e compensatórias voltadas à proteção do meio ambiente nos municípios localizados no entorno da reserva particular do patrimônio natural da Serra do Caraça: Santa Bárbara, Ca-tas Altas e Barão de Cocais.

O TC foi assinado pelo procura-dor-geral de Justiça Alceu José Tor-res Marques, e pelos promotores de Justiça Luciano Badini Martins (co-ordenador do Centro de Apoio Ope-racional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente), Mar-cos Paulo de Souza Miranda (coor-denador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Tu-rístico de Minas Gerais), Carlos Edu-ardo Ferreira Pinto (coordenador re-gional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba), Francisco Chaves Generoso (coordenador re-gional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri) e Domin-gos Ventura de Miranda (promotor de Justiça de Santa Bárbara).

A AngloGold Ashanti este-ve representada pelo presidente da empresa no Brasil, Hélcio Guerra, pelos diretores José Roberto Vago e José Margalith, pelas gerentes Si-mone Azzi Pessoa e Irany Maria de Lourdes Braga, pela assessora de imprensa Liliane Lana, e pelo advo-gado Lauro Amorim.

A subsecretária de Gestão e Re-gularização Ambiental Intergrada, Maria Cláudia Pinto (Secretaria Es-tadual de Meio Ambiente e Desen-

volvimento Sustentável - Semad), o diretor-geral do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Marcos Affonso Ortiz Gomes, a vice-direto-ra Francisca da Silva e o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura tam-bém estiveram presentes.

TERMO DE COMPROMISSO

O Termo de Compromisso parte da premissa de que o Estado e o Mi-nistério Público têm a atribuição de zelar pela preservação do patrimô-nio cultural brasileiro, bem como do meio ambiente, ambos entendidos como direitos fundamentais da so-ciedade. Uma vez que a AngloGold Ashanti realiza atividades minerá-rias naquela região, foi pactuado com o Ministério Público compro-misso para manutenção da preserva-ção dos interesses da sociedade, as-segurando ainda a continuidade das operações da empresa na região

A AngloGold Ashanti assumiu perante o MPMG algumas obriga-ções, entre as quais se destacam: realizar depósito de R$ 10 milhões em conta judicial, a título de medida compensatória - o montante deverá ser aplicado em projetos de cunho ambiental, cultural ou urbanístico, bem como na criação e manutenção de Unidade de Conservação Integral nos Municípios de Santa Bárbara, Barão de Cocais e Catas Altas -; apresentar ao órgão ambiental pla-no de recuperação ambiental da área impactada pelo projeto mineral, de-vendo essa recuperação ocorrer no prazo máximo de cinco anos após o encerramento das atividades mine-rárias - para essa mesma finalidade, a empresa deverá ainda apresentar

proposta de instrumento econômi-co que assegure o cumprimento das obrigações -; não mais requerer, re-novar ou utilizar Autorização Am-biental de Funcionamento (AAF) para as atividades de extração mine-ral na área objeto do TC.

Também fez parte do Termo de Compromisso a adequação de áre-as de reserva legal localizadas em propriedade da empresa na mesma região, que serão parcialmente con-vertidas em áreas de Reserva Parti-cular do Patrimônio Natural (RPPN) em área contígua à RPPN Santuário do Caraça.

Os procedimentos foram con-duzidos pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Pa-trimônio Cultural de Santa Bárba-ra, pela Coordenadoria Regional de Defesa das Bacias dos Rios das Ve-lhas e Paraopeba e pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico. O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Santa Bárbara, Domingos Ventu-ra de Miranda Júnior, ressaltou que “o acordo assegura a sustentabilida-de de áreas prioritárias para a pre-servação em Santa Bárbara e Catas Altas, sendo importante passo para a ampliação da proteção da Serra do Caraça”.

O presidente da AngloGold Ashanti no Brasil, Helcio Guer-ra, ressaltou sua convicção de que o diálogo tem-se firmado como o melhor caminho para a busca de so-luções comuns. “Nossa sociedade vem amadurecendo seus mecanis-mos de participação e controle. Às empresas que querem adotar uma postura socialmente responsável e participativa tem cabido um repen-sar constante no mais puro conceito das organizações aprendizes”

O TEMPO – MG – CONAMP – 31.05.2012Serra do Caraça

MPMG e AngloGold assinam termo com medidas voltadas à proteção do meio ambiente

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O TEMPO - P. 28 - 31.05.2012 Revitalização

Suspenso há um ano, projeto do Anel, enfim, sairá do papel

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JHONNY CAZETTA

Quem passa pela alça viária que liga a avenida Antônio Car-los ao Anel Rodoviário - sentido Vitória -, na Vila Cachoeira, na região Noroeste de Belo Horizonte, vem enfrentando o constran-gimento de ter que pagar pedágio para seguir caminho. Aproxima-damente 15 adolescentes têm coagido os motoristas a desembol-sarem entre R$ 0,50 e R$ 5. Com o dinheiro, os jovens compram refrigerantes, café e até bebidas alcoólicas. Segundo moradores do local, isso ocorre há mais de um mês.

Liberada ontem, a alça viária estava interditada desde 19 de dezembro de 2011, quando o viaduto São Francisco apresentou rachaduras na pista e o trecho passou a acomodar caminhões que trabalhavam na obra.

“No começo, o trecho estava fechado e nada passava. Mas como os caminhões foram sendo retirados, um espaço foi aber-to. Desde então, alguns meninos daqui arrebentaram o cadeado do cordão de isolamento e passaram a cobrar dinheiro de quem queria circular pelo local”, afirmou um morador, que não quis ter o nome revelado. “Eles também usam os cones da Polícia Militar para dificultar a passagem”, acrescentou.Uma outra moradora, que também não quis ser identificada, afirmou que o lucro dos adoles-centes é alto, chegando a até R$ 100 por dia. “Na semana passada, um menino arrecadou R$ 40 e comprou refrigerantes para todo mundo da rua. Eles usam o dinheiro para comprar até cachaça. Com medo, as pessoas acabam pagando”. Segundo ela, o pedágio

é cobrado entre as 18h e as 20h.De acordo com o tenente Geraldo Donizete, da Polícia Mili-

tar Rodoviária (PMRv), a situação passaria a ser fiscalizada. “Até agora, nós não conseguimos flagrar a cobrança de pedágio”, afir-mou.

São Francisco

Obra em viaduto ainda não acabou Apesar da liberação da alça de acesso ao Anel Rodoviário

pelo viaduto São Francisco, realizada pela Polícia Militar Rodovi-ária (PMRv) ontem, o viaduto continua parcialmente interditado.

Primeiramente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas Gerais afirmou que entregaria a obra em abril. Em promessa mais recente, o órgão adiou o prazo para o fim deste mês. No entanto, uma das três faixas da pista ain-da está interditada.

A assessoria de imprensa do Dnit informou que as obras na rodovia já terminaram, porém uma das três faixas do viaduto se-guirá interditada para a execução de trabalhos, como o aterro do viaduto e a calçada de pedestre.

Sem explicar o motivo do atraso na conclusão das obras, o órgão afirmou que o trecho estará totalmente liberado até a terceira semana de junho.

Nos cinco meses de interdição, duas das três faixas da ro-dovia no sentido Vitória ficaram intransitáveis, o que provocou congestionamentos diários na região.

O TEMPO – ON LINE – 31.05.2012Capital.Motoristas têm que pagar para usar alça viária entre avenida Antônio Carlos e Anel Rodoviário

Cobrança irregular de pedágio

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ESTADO DE MINAS - P. 23 - 31.05.2012

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O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pú-blica contra a Caixa Econômica Federal por suposta prática de venda casada em financiamentos imobiliários e ações de mútuo. A procuradoria questiona 30 combinações de produtos ofertados pelo banco, contestando, entre outros, a obrigatoriedade de abrir contas e de adquirir seguros para conseguir linha de crédito para a compra de imóvel e também para obter taxas de juros menores. A ação sustenta que o banco atua de forma abusiva em desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) e faz a cobrança sem prévia autorização dos clientes.

O processo teve início a partir de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. Nesses casos, os clientes alegam que o re-lacionamento com o banco era uma das condições para se obter a linha de crédito. Segundo o procurador da República autor da ação, Álvaro Ricardo de Souza Cruz, na prática a Caixa deve ser impedida de condicionar a concessão de financiamento à abertura

de conta-corrente, aquisição de cartão de crédito, talão de cheques, títulos de capitalização e outros serviços. “A Caixa não pode dar descontos em parcelas do financiamento a determinado cliente que abra uma conta no banco e não dar o mesmo desconto a outro cliente que não tenha conta. Essa diferenciação é ilegal”, afirma.

Apesar da afirmação, a prática é hábito comum dos bancos. Desde o início da redução da taxa de juros, clientes que mantêm “relacionamento” com as instituições financeiras têm melhores condições de financiamento. A variação pode ser de até um ponto percentual e meio ao ano. Outra ilegalidade citada na ação é a cobrança de tarifas dos clientes que abriram contas para debitar parcelas do financiamento. Segundo o Banco Central, essas con-tas se inserem no padrão de serviços essenciais e, por isso, são gratuitas. O Estado de Minas entrou em contato com a assessoria de imprensa da Caixa, mas o banco não se manifesta sobre ações judiciais, apenas cumprindo as determinações. (PRF)

Flávia Ayer - A Câmara de Belo Horizonte quer acabar com a cobrança das sacolas biodegradáveis ou compostáveis pelo comér-cio, um ano depois da entrada em vigor da Lei 9.529, de 2008, que determinou a substituição do plástico convencional pelo ecológico. Há pelo menos três propostas restabelecendo a gratuidade das em-balagens vendidas por R$ 0,19, em média. A tentativa dos parla-mentares, entre eles o líder do governo, vereador Tarcísio Caixeta (PT), é evitar que o consumidor seja o único a arcar com a conta na hora de embalar as compras. Por outro lado, levanta dúvidas se, com o fim da venda das sacolinhas, haverá retrocesso e se a sacolas de pano ou retornáveis serão deixadas de lado.

Especialistas apontam ainda que os fabricantes não teriam ca-pacidade de abastecer o mercado com sacolas biodegradáveis caso houvesse aumento do uso das gratuitos, e alertam sobre a circulação de embalagens biodegradáveis falsificadas, que hoje já representam a maioria no mercado. Ontem, o assunto esteve em pauta duran-te audiência pública que reuniu a associação dos supermercados, órgãos de defesa do consumidor, além da indústria do plástico. “Achamos a lei muito positiva, mas a cobrança acaba sacrificando o consumidor. Vamos pedir também que a prefeitura faça testes para comprovar que as sacolas distribuídas são compostáveis”, afirmou Caixeta, à frente da audiência.

Pela proposta de Caixeta, o consumidor teria direito à sacola caso o preço da compra fosse pelo menos 20 vezes mais caro do que a embalagem, o que giraria em torno de R$ 3,80. O professor de química do Centro Universitário Newton Paiva Luciano Faria, que analisou 105 amostras de sacolas biodegradáveis no mercado, con-sidera a medida eleitoreira e teme o uso excessivo das sacolinhas pelos consumidores. “O grande impactado será o meio ambiente. O pagamento evita consumo exagerado da sacola. Além disso, sabe-mos que as sacolas biodegradáveis são mais raras e mais caras e há risco de a derivada do petróleo voltar com força ao mercado”, aler-ta.Análise feita em laboratório pelo professor demostra que 80% das embalagens encontradas no comércio em geral já são fora do padrão e o fim da cobrança poderia agravar a situação. Não é essa a opinião do vereador Iran Barbosa (PMDB), que também propõe a volta da gratuidade. “A cobrança era para inibir o consumo, isso ocorreu e nem assim o preço dos produtos baixaram. Agora, temos de controlar a destinação dessas sacolas e impedir a falsificação das

embalagens”, afirma o parlamentar, que teve o projeto arquivado por causa da semelhança com a proposta de outro vereador, Divino Pereira (PMN).O superintendente da Associação Mineira de Super-mercados (Amis), Adilson Rodrigues, é contra o fim da cobrança e afirma que estabelecimentos seriam obrigados a repassar o custo para o consumidor. “Se acabar a venda da sacola, ninguém mais vai levar a retornável. O risco é a situação ficar pior do que já estava. Antes, os supermercados repassavam o custo da sacola comum, de R$ 0,02, e agora vão embutir R$,019, o que vai pesar para o bol-so”, ressalta. Em reportagem publicada em 12 de abril, o Estado de Minas mostrou que BH deixou de usar 165,6 milhões dessas em-balagens por ano. Somente nos 1 mil supermercados da capital, o volume caiu 97% desde abril do ano passado, quando a lei começou a valer. O montante diário caiu de 450 mil para 12 mil. Também mostrou que, com a cobrança, esses estabelecimentos deixaram de gastar, em média, R$ 5,8 milhões ao ano com as sacolinhas.

CONVÊNIO Para garantir a circulação de sacolas biodegradáveis ou com-

postáveis, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos vai encami-nhar à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) um ofício solicitando apoio para testes, a fim de comprovar se as embalagens atendem o previsto na legislação municipal. Entre abril de 2011 e março de 2012 foram feitas 3.455 vistorias em Belo Horizonte. Desse total, foram emitidas 576 notificações aos estabelecimentos que não fizeram a substituição pela embalagem ecológica.

O POVO FALA: O consumidor tem de pagar pela sacola?Thaísa Cristina Gomes, de 55 anos, médica“Não, pois só beneficia empresários do ramo. Bem antes da lei

proibindo a sacola plástica, eu já fazia campanha contra. Sempre usei bolsas ecológicas de lona”

Ana Paula de Castro, de 25 anos, analista de planejamento“As sacolas não devem ser cobradas, já tem muito dinheiro

embutido nos produtos, uma sacolinha ou outra, não vai fazer dife-rença para o comerciante”

Régis Ferreira Lúcio, de 34 anos, administrador“É um absurdo a cobrança das sacolas, que deveriam ser de

graça para os clientes. É muito difícil pegar o hábito de sempre an-dar com a bolsa ecológica, pois já comprei umas 15 e sempre esque-ço em casa e acabo pagando R$ 0,19”

LEGISLATIVO

Sacola cheia de dúvidas Projetos em tramitação na Câmara extinguem cobrança de embalagens no comércio, mas levantam discussão sobre aumento da falsificação e repasse de custo para outros produtos

VENDA CASADA

MPF na cola da Caixa

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Depois de viver quase uma se-mana de angústia, acorrentar o filho novamente ao pé da cama foi a alter-nativa mais imediata que a auxiliar de cozinha Silvana de Jesus Lopes, 31, encontrou para tentar afastar o jovem, de apenas 10 anos, das dro-gas. Viciado em tíner e maconha há três anos, o menor reapareceu em casa na última segunda-feira, de-pois de fugir de mais um abrigo e passar seis dias vagando pelas ruas da capital. O jovem já havia sido acorrentado pela mãe no início do mês, quando começou a cometer furtos no bairro Lindeia, na região do Barreiro, para sustentar o vício.

Mesmo correndo o risco de ser presa sob a acusação de cárce-re privado, Silvana preferiu usar as correntes outra vez. Segundo ela, o filho foi expulso de quatro escolas publicas por mau comportamento e fugiu de 13 abrigos. “Eu sou re-criminada por fazer isso, mas ele não aceita o abrigo. Quando saio de casa, preciso acorrentá-lo, senão ele foge e compra drogas”, disse.

No último dia 6, o Conselho Tutelar recolheu as correntes da casa da auxiliar de cozinha e levou a criança para o abrigo Lar Antônio Tereza, na região da Pampulha. Ele foi devolvido pela direção do local quatro dias depois por mau com-portamento. O jovem ainda chegou a passar pelo abrigo Ação Social Obreiras Mirins, no bairro Salga-do Filho, mas fugiu no dia 22. Ele só reapareceu em casa por volta de 0h40 de segunda-feira, dia 28, vi-sivelmente mais magro, com o ca-belo tingido de loiro e aparentando fraqueza. Segundo Silvana, o filho disse que dormia na rua.

Para a conselheira Maria da Conceição de Sousa, que acompa-nha a família, o menor não aparenta ser viciado em drogas. Apesar dis-so, o Conselho Tutelar está dispos-to a encaminhá-lo para uma clínica de recuperação de dependentes quí-micos, se for este o caso. “Acredito que os abrigos que ele passou te-nham tido falhas para ele não ter fi-cado. Mas a mãe não procura outra

alternativa. Acorrentar é crime. Não vamos permitir isso”, informou.

MINIENTREVISTA“Acorrentado, eu sei que ele

não vai se drogar”Silvana LopesMãe da criançaComo foi para a senhora saber

que seu filho estava desaparecido? Foi horrível, fiquei maluca.

Ele apareceu aqui sujo, fraco. Aí, eu pensei: que proteção é essa do Conselho Tutelar que deixa meu fi-lho fugir se

A senhora acha que acorrentar seu filho é a melhor solução?

Hoje em dia é, porque ele foge de todos os abrigos. Meu método é melhor do que o do Conselho Tute-lar. Acorrentado, eu sei que ele não vai se drogar.

A senhora tem medo de ser presa ou sofrer punições da Justiça por acorrentar seu filho?

Medo eu tenho, mas eu traba-lho das 17h às 6h, e ninguém pode olhar meu filho pra mim nesse ho-rário. Eu vou fazer o que? (LS)

O TEMPO – P. 32 – 31.05.2012Cárcere.Viciado em tíner e maconha, criança de 10 anos fugiu de abrigo

Mãe volta a acorrentar o filho para livrá-lo da droga

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Brasília.O Conselho de Direitos Humanos da Organiza-

ção das Nações Unidas (ONU) pediu ontem, ao Brasil, maiores esforços para combater a atividade dos “esqua-drões da morte” e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de numerosas execuções extrajudiciais.Essa é uma de 170 recomendações que os membros do Conselho de Direitos Humanos aprovaram como parte do relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, uma ava-liação à qual se submetem todos os países.

A recomendação a favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pede a abolição do “sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais eficazes (...) para reduzir a incidência de execuções ex-trajudiciais”.

A Coreia do Sul falou diretamente de “esquadrões da morte”, e a Austrália sugeriu a Brasília que outros governos estaduais “considerem aplicar programas si-milares aos da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), criada no Rio de Janeiro”.

Já a Espanha solicitou a “revisão dos programas de formação em direitos humanos para as forças de segu-rança, insistindo no uso da força de acordo com os cri-térios de necessidade e de proporcionalidade e pondo fim às execuções extrajudiciais”.

O relatório destaca a importância de que o Brasil garanta que todos os crimes cometidos por agentes da ordem sejam investigados de maneira independente e que se combata a impunidade dos crimes cometidos contra juízes e ativistas de direitos humanos.

Comissão da Verdade. O Paraguai recomendou ao país “seguir trabalhando no fortalecimento do processo de busca da verdade”, e a Argentina quer novos “esfor-

ços para garantir o direito à verdade às vítimas de gra-ves violações dos direitos humanos e a suas famílias”.

A França, por sua parte, quer garantias para que “a Comissão da Verdade, criada em novembro de 2011, seja provida dos recursos necessários para reconhecer o direito das vítimas à justiça”.

Muitas das delegações que participaram do exame ao Brasil concordaram também nas recomendações a favor de uma melhoria das condições penitenciárias, sobretudo no caso das mulheres, que são vítimas de no-vos abusos quando estão presas.

Nesse sentido, recomendaram “reformar o sistema penitenciário, para reduzir o nível de superlotação e melhorar as condições de vida das pessoas privadas de liberdade”.

Após PM matar seis, noite teve toque de recolher

SÃO PAULO. Moradores da Cidade Tiradentes, na zona Leste de São Paulo, viveram uma noite de ten-são, com comércios e escolas fechadas e ruas vazias na noite de anteontem. O toque de recolher teria sido imposto em represália à morte de seis suspeitos durante uma troca de tiros com policiais da Rota na noite de segunda-feira.

“Como vingança, os bandidos impuseram o toque de recolher no bairro, informando que atacariam o Ba-talhão de Polícia e que quem ficasse na rua sofreria as consequências. O clima é de muita apreensão”, diz um morador que preferiu não se identificar.

Por causa dos boatos, as escolas estaduais Salim Farah Maluf e Pedro Taques e municipal de Ensino Fundamental Mailson Delane suspenderam as aulas ontem.

O TEMPO – ON LINE – 31.05.2012Críticas.Relatório lista 170 recomendações do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

Conselho da ONU recomenda fim da Polícia Militar no Brasil

BRASÍLIA.

Com cerca de 500 mil presos, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo e um sistema pri-sional superlotado. O déficit de vagas (quase 200 mil) é um dos principais focos das críticas da ONU sobre des-respeito a direitos humanos, segundo a BBC Brasil.

Ao ser submetido na semana passada pela Revisão Periódica Universal - instrumento de fiscalização do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU -, o Brasil recebeu como recomendação “melhorar as condições das

prisões e enfrentar o problema da superlotação”.Segundo a organização não-governamental Centro

Internacional para Estudos Prisionais (ICPS, na sigla em inglês), o Brasil só fica atrás em número de presos para os EUA (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).

“Pela lei brasileira, cada preso deve ter, no mínimo, 6 m² de espaço (na unidade prisional). Encontramos situa-ções em que cada um tinha só 70 cm quadrados”, disse o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), que foi rela-tor da CPI do Sistema Carcerário, em 2008.

O TEMPO - ON LINE - 30.05.2012 Déficit

País tem a 4ª maior população carcerária

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MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

Encontro visa divulgar a metodologia e fomentar o surgimento de voluntários

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Menor será indenizada por estupro

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Sistema Themis é implantado na 4ª Câmara Criminal

Seminário em Campo Belo discute método ApacN

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PRESENÇAS - -

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Método se baseia na convicção de que os indivíduos que cometem crimes podem ser recuperados

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

Encontro visa divulgar a metodologia e fomentar o surgimento de voluntários

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SENTENÇA E RECURSO - -

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Menor será indenizada por estupro

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Sistema Themis é implantado na 4ª Câmara Criminal

Seminário em Campo Belo discute método ApacN

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Método se baseia na convicção de que os indivíduos que cometem crimes podem ser recuperados

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PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

Encontro visa divulgar a metodologia e fomentar o surgimento de voluntários

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Menor será indenizada por estupro

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Sistema Themis é implantado na 4ª Câmara Criminal

MINAS GERAIS - P. 07 - 31.05.2012

MINAS GERAIS - P. 07 - 31.05.2012

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Landercy Hemerson

João Francisco Pi-nheiro dos Santos, de 61 anos, foi detido ontem à tarde no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, acu-sado de se passar por juiz de direito e corregedor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para aplicar golpes. Ele disse à polícia ser assessor jurídico tam-bém, mas foi reconhecido por duas mulheres que afirmam que lhe pagaram para que seus processos andassem mais depressa, diante da morosidade da Justiça. ]O acusado, que já responde a pelo menos quatro processos crimi-nais e tem várias passa-

gens pela polícia, preferiu o silêncio, citando seus di-reitos constitucionais.

Somente a pensionista I.M.S., de 59 anos, disse que entregou mais de R$ 5 mil ao falso juiz. “Há 22 anos aguardo decisão da Justiça para as ações que entrei contra a Petrobras, já que meu marido mor-reu sem receber valores a que tinha direito. Conheci esse homem em outubro do ano passado no Centro da cidade.

Ao comentar sobre minha situação, ele dis-se que estava deixando a advocacia para iniciar a carreira de juiz, me pediu dinheiro e lhe dei mais de R$ 5 mil em três parce-

las. Hoje estava no fórum quando fiquei sabendo que ele havia sido detido.”

A servente N.S.C., de 50, foi quem reconheceu João Francisco quando tentava obter mais infor-mações sobre a ação de cobrança contra ela. “Eu não queria nenhum mal para ele, pedi apenas que me devolvesse os R$ 1 mil que lhe dei em abril para resolver minha situação.

Ele chegou a ligar para alguém dizendo para trazer o dinheiro, mas es-tava apenas tentando es-capar.

” N. contou que está sendo cobrada judicial-mente por dívida de R$ 10 mil pelo fornecimento de

energia elétrica da creche que mantinha no Bairro Taquaril. “O débito seria de R$ 1,2 mil, mas estão querendo muito mais. No desespero pensei que esse moço, que se apresentou como juiz, poderia me ajudar.”

A delegada Adriana de Barros Monteiro, do 3º Distrito do Centro, abriu inquérito contra o acu-sado, cuja ficha policial apresenta crimes de este-lionato, falsidade ideológi-ca, adulteração de chassis, entre outros, desde 1976. “Não houve flagrante, já que os dois casos são an-teriores. Ele será liberado, mas responderá a inquéri-to”, explicou.

ESTADO DE MINAS - ON LINE - 31.05.2012 E AINDA... GERAIS

Falso juiz preso no fórum Estelionato Com várias passagens pela polícia, suspeito abordava vítimas em BH e prometia agilizar processos

DE SÃO PAULO

O MPD (Movimento do Ministé-rio Público Democrático), associação que reúne promotores e procuradores de 22 Estados brasileiros, lançará hoje uma campanha nacional para promo-ver a discussão sobre os efeitos da corrupção no Brasil. A campanha, in-titulada “Não Aceito Corrupção”, terá mensagens veiculadas por meio de anúncios em jornal, filmes para TV e cinema, spots de rádio e internet e pe-ças para mídia aeroportuária, a partir de amanhã.

Segundo promotor de Justiça Ro-berto Livianu, vice-presidente da enti-dade, as ações na mídia vão procurar questionar a passividade da sociedade em relação aos atos de corrupção no

país.“A campanha do MPD quer cha-

mar cada brasileiro à sua responsabi-lidade em relação à devastação social que a corrupção produz, e que se, nada fizermos, continuará a produzir para as próximas gerações”, afirmou.

Livianu disse que o objetivo tam-bém é alertar para a nocividade da corrupção na esfera privada. Para ele, “os corruptores e corruptos não agem só na administração pública. O proble-ma ocorre também, por exemplo, em comissões de síndicos de condomínios ou em situações corriqueiras, como naquelas em que pessoas furam filas”.A entidade colocará no ar um site para receber denúncias. O lançamento da campanha ocorrerá hoje em São Paulo para convidados.

FOLHA DE S. PAuLO – SP – CONAMP – 31.05.2012

Promotores e procuradores lançam campanha de combate à corrupção

Ação terá anúncios em veículos de comunicação a partir de amanhã

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SÃO PAULO Transmitir conscientemente o HIV, vírus causador da

Aids, configura lesão corporal grave. A decisão foi tomada no último dia 15 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e publicada anteontem no “Diário da Justiça”.

A Quinta Turma do STJ julgava um pedido de habeas corpus em que o réu era acusado de ter transmitido conscien-temente o vírus à parceira. Segundo o Tribunal, o homem manteve relações sexuais com a vítima entre abril de 2005 e

outubro de 2006, inicialmente com o uso de preservativos e, mais tarde, sem proteção.

A vítima afirma que não havia sido informada que seu parceiro era portador do HIV, o que ele nega. Para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que condenou o réu a dois anos de prisão, o crime existiria mesmo que a vítima sou-besse do fato, já que a integridade física é considerada um bem indisponível.

O TEMPO - ON LINE - 30.05.2012 STJ

Transmitir o HIV é lesão corporal grave

VALOR ECONôMICO - SP - P. 07 - 31.05.2012

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O ESTADO DE SP - P. A9 - 31.05.2012

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Setenta e oito países que formam o Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU divulgaram, ontem, sua mais recente avaliação sobre o Brasil. Trata-se de um amplo rela-tório que é feito de quatro em quatro anos para cada um dos 193 países-membros da organização.

O Brasil procurou apresentar os programas de erradica-ção da miséria como “colchões de amortecimento” do des-respeito aos direitos humanos, mas o conselho os considerou insuficientes, centrando suas críticas principalmente sobre o sistema prisional.

Isoladamente, houve países que recomendaram ao Bra-sil combater os “esquadrões da morte” e o fim das polícias militares, o que demonstra uma defasagem na informação que têm da nossa realidade social. Mas, no geral, as reco-mendações são pertinentes.

O documento acusa agentes da ordem de execuções ex-trajudiciais, reclamando sua punição. A recomendação foi corroborada, nesta semana, pela ocorrência, em São Paulo, de uma troca de tiros em que morreram cinco bandidos e outro foi executado depois de ferido.

Os trabalhos das UPPs e da Comissão da Verdade têm apoio, mas adverte para os riscos advindos de grandes obras, como a usina de Belo Monte e os equipamentos da Copa do Mundo.

E reclama mais proteção para juízes, jornalistas e ativis-tas de direitos humanos.

É nas condições penitenciárias que o conselho verifi-ca as maiores agressões. De fato, o Brasil não tem como se escusar. Com 500 mil pessoas aprisionadas, tem a quarta maior população carcerária do mundo. Por si só, a superlo-tação é uma violência à dignidade humana.

O número de presos é 66% superior à capacidade do país de abrigá-los. Os maus-tratos, as agressões e a tortura fazem parte da rotina. Por falta de defensores públicos, os internos ficam encarcerados mais do que o devido e não têm acesso à progressão de penas.

Pior: a falta de trabalho e estudo dentro das prisões le-vou ao surgimento de facções criminosas que constituem Estados dentro do Estado.

Direitos humanosO TEMPO - ON LINE - 31.05.2012

Até a divulgação do que teria sido a conversa entre o ex-pre-sidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intermediada pelo seu ex-colega Nelson Jobim, ha-via só uma - e crucial - razão para desejar que finalmente começas-se o julgamento dos envolvidos no escândalo do mensalão. Nada menos que cinco anos se passaram desde que a Corte acolheu a denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fer-nando de Souza, contra os cabeças, os operadores e beneficiários da compra do apoio de deputados ao governo Lula - e o risco de prescrição das penas a que viessem a ser condenados os 36 réus do processo evidentemente aumenta na razão direta da passagem do tempo. Sem falar que este ano se aposentam dois membros do Supremo e a escolha de seus substitutos pela presidente Dilma Rousseff se daria à sombra das especulações sobre os seus votos na hora do veredicto sobre os mensaleiros.

No entanto, desde o último fim de semana, quando Mendes apareceu na revista Veja acusando Lula de pressioná-lo no citado encontro para adiar o julgamento e de indicar que, em troca, im-pediria que a CPI do Cachoeira respingasse nele, pelo que seriam as suas relações com o senador Demóstenes Torres, parceiro do contraventor, dois outros motivos vieram a se agregar ao impera-tivo inicial de se levar o processo ao seu desfecho, com a presteza possível. O primeiro é óbvio: se o STF deixar de incluir o mensa-lão na sua agenda para os próximos meses, ainda que seja por al-guma razão absolutamente legítima em matéria de procedimentos, será impossível remover da opinião pública a impressão desabo-nadora de que a Corte se curvou aos desejos do ex-presidente, tão cruamente manifestados, de acordo com o que saiu na revista. O segundo motivo para o Supremo Tribunal apressar os trâmites do caso - sem prejuízo do devido processo legal - também se relacio-na com a preservação de sua integridade.

Com efeito, o STF não ficou imune à (tardia) iniciativa de Mendes de trazer a público o que teriam sido “as insinuações des-propositadas” de Lula, nem ao torvelinho político levantado por

suas afirmações, nem, principalmente, à destemperada entrevista convocada pelo magistrado, anteontem, numa dependência do tri-bunal. Tanto faz se as instituições fazem os homens ou se estes fazem as instituições, como os pensadores do poder discutem há uma eternidade.

O fato é que, já não bastasse um ex-titular da Corte (e ex-colaborador de Lula) produzir relatos desencontrados sobre o que se passou no seu escritório e sobre por que se dispôs a abri-lo aos seus especiais convidados naqueles idos de abril; não bastasse o ministro do STF ter permanecido ali depois de ouvir as enor-midades que diz ter ouvido; não bastasse Lula sugerir agora que ele mentiu, eis que, envergando a toga, Mendes o acusou de ser o irradiador de boatos construídos por “gângsteres, chantagistas, bandidos” para “melar” o julgamento do mensalão.

Uma nota austera e cabal teria sido - para o ministro e para o tribunal que integra - a melhor resposta aos rumores de que as suas relações com o senador à beira da cassação seriam impróprias, além de tangenciar o bicheiro unha e carne do político goiano. Anexados ao texto os comprovantes divulgados na entrevista de que ele não foi nem voltou de Berlim nas asas de Cachoeira, quan-do ali esteve em companhia de Demóstenes - a questão que Lula teria sacado para acuá-lo -, e o assunto morreria. Em vez disso, excedendo-se, fez um comentário que muitos podem considerar constrangedor para a mais alta instância do Judiciário. Falando dos dois voos que fez no País com um colega e uma juíza do Superior Tribunal de Justiça, em aviões fretados pelo senador, perguntou, retoricamente: “Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião que ele tivesse. Teria algo de anormal?”.

Certa vez, ao apoiar a divulgação individualizada dos salários do funcionalismo, o atual titular do STF, Carlos Ayres Britto, ob-servou: “É o preço que se paga pela opção por uma carreira públi-ca no seio de um Estado republicano”. No caso da magistratura, a conta inclui a recusa a convites que outros cidadãos podem aceitar com naturalidade.

O ESTADO DE SP - ON LINE - 31.05.2012

Para o bem do Supremo

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HOJE EM DIA - P. 13 - 31.05.2012

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HOJE EM DIA - P. 12 - 31.05.2012

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