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11/04/23 Unidade Acadêmica de Graduação 1
XIV Fórum de Docentes e Discentes XIV Fórum de Docentes e Discentes do CREA-PRdo CREA-PR
DESENVOLVIMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NA FORMAÇÃO COMPETÊNCIAS NA FORMAÇÃO
DO ENGENHEIRODO ENGENHEIRO
A CONSTRUÇÃO DOS A CONSTRUÇÃO DOS CURRÍCULOSCURRÍCULOS
Silvia Costa DutraSilvia Costa Dutra
MARINGÁ – PRMARINGÁ – PR
Setembro 2007Setembro 2007
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CREA - Paraná
ApresentaçãoApresentação
Contexto – competências na educaçãoLegislação e o desenvolvimento dos
currículosCompetências – os diferentes sentidosO entendimento na UNISINOSA construção dos currículos
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CREA - Paraná
Competências na EducaçãoCompetências na Educação Origem : capacitação para o mundo do
trabalho
USA Anos 1920 – USA - capacitação e educação
baseada em competências
Anos 1940 – USA - relatórios com diretrizes para o ensino de engenharia (ASEE com outras associações de engenheiros americanos)
Anos 60 – inicio de 70 – novo movimento, busca uma nova proposta para formação dos engenheiros -competências
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CREA - Paraná
Competências na EducaçãoCompetências na Educação EUROPA
Meados dos anos 80 – reformulação dos sistemas nacionais de formação profissional e formação geral, tendo como base o enfoque das competências
Educadores começam a se interessar pelo tema
Declaração de Bologna(1999) – re-organização do ensino superior. Os currículos passam a ser discutidos tendo como base o enfoque nas competências.
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CREA - Paraná
Competências na Educação - Competências na Educação - BRASILBRASIL Educação para o Trabalho ( Técnica e
Tecnológica) Discussão se expande, oficialmente, para
outros níveis a partir da LDB – Lei 9.396/96
• maior flexibilidade na organização de cursos e carreiras, atendendo a crescente heterogeneidade tanto da formação prévia como dos interesses dos alunos.
• Graduação como etapa inicial(superior) da educação continuada.
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CREA - Paraná
Os Currículos de Engenharia no BrasilOs Currículos de Engenharia no Brasil
1973 – Criação da ABENGE Aproxima as IES de Engenharia outras entidades
1976 – Regulamentação dos Currículos – Resolução 48/76 Marco na Educação em Engenharia Reformas periódicas dos currículos Acúmulo de conteúdos Currículos longos, na busca da formação de um
bom profissional.
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CREA - Paraná
1995 – PRODENGE-REENGE – discussões 1995 – PRODENGE-REENGE – discussões sobre os sobre os currículos de Engenhariacurrículos de Engenharia
Nova concepção de currículo – currículo deixa de ser entendido como grade de disciplinas
Foco no aprendizado do alunoPrograma privilegia propostas
inovadoras de currículos e novas metodologias de ensino e aprendizagem, como forma de qualificação do profissional a ser formado.
Coalizões regionais de IES de Engenharia – amplo processo de discussão
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CREA - Paraná
Edital 04/97:Edital 04/97: premissas para elaboração de premissas para elaboração de propostas para Diretrizes Curricularespropostas para Diretrizes Curriculares
Liberdade para as IES na composição de carga-horária
Indicar tópicos e campos de estudo, evitando a fixação de conteúdos e carga-horária pré-determinada
Evitar prolongamentos desnecessários Sólida formação geral Estimular prática de exercícios independentes
(autonomia) Reconhecimento de competências,
habilidades e conhecimentos adquiridos fora do ambiente escolar
Articulação da teoria com a prática Orientações para a condução de avaliações
periódicas, com instrumentos variados que sirvam para orientar docentes e discentes....
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CREA - Paraná
1997/1998 - Propostas das Diretrizes Curriculares para os cursos de Engenharia -ABENGE
Discussões sobre o desenvolvimento dos currículos por competências se intensificam
Entendimento das competências - Pilares da UNESCO (1996)
saber conhecer saber fazer saber ser saber conviver
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Proposta da ABENGE Proposta da ABENGE
conceito bem mais amplo de Currículo - conceito de programa de estudos coerentemente integrado
base filosófica com enfoque nas competências vai além das atividades em sala de aula
(atividades complementares, estágios, etc.) formação sociocultural mais abrangente
(atividades culturais, políticas e sociais) estudante desempenha papel ativo de construir
seu próprio conhecimento abre novas formas de organização dos cursos,
possibilidade de experiências inovadoras não define conteúdos e tópicos de estudos
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CREA - Paraná
1998/2001 - Comissão de Especialistas 1998/2001 - Comissão de Especialistas do MEC do MEC
Sistematização das propostas encaminhadas por diferentes instituições
Proposta da ABENGE é aceita, quase na íntegra
Acrescenta os tópicos de estudos (Art 6º )
Núcleo de conteúdos básicos – 30%Núcleo de conteúdos profissionalizantes – 15%Núcleo de conteúdos específicos – propostos
pelas IES (caracterizam as modalidades)
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2001/2002– Parecer CNE/CES 1362/2001 e 2001/2002– Parecer CNE/CES 1362/2001 e Resol. CNE/CES 11/2002 - Resol. CNE/CES 11/2002 - Diretrizes Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Curriculares Nacionais para os Cursos de EngenhariaEngenharia
Grande avanço em relação ao que vinha sendo praticado
Projeto pedagógico deve demonstrar claramente como as atividades garantirão o perfil desejado.
Gerou insegurança em relação à qualidade dos cursos e às atribuições profissionais
Permaneceram algumas incoerências em relação a lógica competências, no que estabelece o Art 6º ?
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CREA - Paraná
Cenário AtualCenário Atual
Maioria dos países aderiram uma nova concepção de currículo, não mais centrados em conteúdos, mas tendo como foco o desenvolvimento de competências.
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A discussão A discussão
diversidade de interpretações conceituais ou acadêmicas em relação ao tema
dificuldade sobre os possíveis desdobramentos didáticos-pedagógicos e avaliação
resistências, de alguns educadores, que consideram: Modelo tecnicista de educação Excessiva ênfase ao fazer e aos saberes
práticos, em detrimento do conhecimento Temor que a formação profissional passe a ter
um caráter eminentemente prático e utilitarista, voltado para o mercado
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Competências: os diferentes Competências: os diferentes sentidossentidos
ConhecimentoConhecimento habilidadehabilidade atitudeatitude
capacidacapacidadede
esquemas e esquemas e operações mentaisoperações mentais
Saber Saber fazerfazer
Resolução de problemas
Resolução de problemas
Mobilização, Mobilização, aplicação e aplicação e
contextualizaçcontextualizaçãodos ãodos
conhecimentoconhecimentoss
FormaçãoFormaçãoProfissionalProfissional
ESTÁ ASSOCIADA:ESTÁ ASSOCIADA:
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UNISINOSUNISINOS
O nosso entendimento
A construção dos currículos
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CREA - Paraná
Competências: a busca do Competências: a busca do entendimento na Unisinosentendimento na Unisinos
1998-2001 – primeiros currículos 2002 - Inicia com a busca de um novo modelo de
curso ( Graduações de Referência) que se diferenciasse:
pela organização - a partir da noção de competência
pela excelência acadêmica pela proposta inovadora
2003-2005 – Produção de novos documentos buscando uma definição alinhada com a identidade institucional e ampliando a aplicabilidade ao âmbito acadêmico e de gestão.
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Competência: a definição para a Competência: a definição para a UnisinosUnisinos
Ter competência é mais do que ter
conhecimentos-, envolve também as habilidades e atitudes para identificar e articular recursos na busca de soluções e/ou inovações. Pressupõe destreza técnica; respeito aos princípios éticos; atuação articulada com os demais; consciência de uma identidade política na instituição; e busca permanente pela excelência. A competência, portanto, não é um estado de formação profissional, nem tampouco um conjunto de conhecimentos adquiridos ou de capacidades aprendidas, mas, sim, a mobilização e aplicação de conhecimentos, habilidades e atitudes numa situação específica, na qual se apresentam recursos e restrições próprias a tal situação. (UNISINOS, 2005, p.8)
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CREA - Paraná
Competências: o entendimento Competências: o entendimento para a Unisinospara a Unisinos
Na manifestação de uma competência os conhecimentos, habilidades e atitudes, encontram-se imbricados, é uma tríade indissociável.
A competência, assim como os conteúdos, são desenvolvidos em níveis de complexidade e profundidade crescentes.
A competência não pode ser transmitida, deve ser construída de forma ativa.
Tem que ser portadora de sentido para o aluno, sem ter o caráter eminentemente prático e utilitarista.
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Currículos na UNISINOSCurrículos na UNISINOSElaborar um currículo por competência
implica: ficar atento ao contexto social e cultural entender as exigências e necessidades do
mundo do trabalho revisar as práticas pedagógicas
(metodologia de ensino e aprendizagem e processo de avaliação)
buscar comprometimento dos docentes e discentes
ter comprometimento institucional pensar um novo desenho curricular
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A construção dos currículosA construção dos currículos
1. Onde estamos (contexto)?
2. Por que mudar (justificativa)?
3. Com que objetivo (objetivo do curso)?
4. Quem queremos formar(perfil do egresso?
5. Como chegar lá (projeto pedagógico)?
6. O que precisamos( professores e infra-estrutura)?
7. Acertamos( avaliação continuada)?
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1.1. Compreender o Compreender o contextocontexto sociocultural sociocultural
contexto da profissão e o papel do engenheiro, no mundo, no País e na região
princípios da Instituição;PDIlegislação educacional e regulamentação
profissionalhistória do curso e quais os pontos fortes e
fracosquem são os nossos alunos e os nossos
professores
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2.2. Justificativa Justificativa a partir do contexto, precisamos
estar convencidos da necessidade da mudança
3. Objetivo do curso pode ser desdobrado em objetivo
geral e objetivos específicos
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4.4. Perfil Perfil do egresso do egresso um profissional identificado com os
princípios da Instituição um profissional que atenda as
necessidades do País (Diretrizes Curriculares,regulamentação profissional, necessidades do mercado)
Descrição das competências As competências gerais são desdobradas
em outras competências (capacidades) que serão trabalhadas ao longo do curso.
Na descrição de uma competência deve ser considerado: o conteúdo, a habilidade e a atitude.
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Desdobramento das CompetênciasDesdobramento das Competências
Competência Competência parapara (desenvolver e/ou) (desenvolver e/ou)
utilizar novas utilizar novas ferramentas e ferramentas e
técnicastécnicas (Diretrizes curriculares, Art. 4º,VI)(Diretrizes curriculares, Art. 4º,VI)
Capacidade para identificar e seleccionar as ferramentas
técnicas disponíveis
Capacidade Capacidade para para utilizar as utilizar as ferramentas e as técnicasferramentas e as técnicas
Ser Ser capaz decapaz de buscar as fontes de
informação e compreender
as especificações
das ferramentas e
técnicas
Ser capaz decapaz de reconhecer as
potencialidades e limitações dessas
ferramentas e técnicas e seus
campos de aplicação
Ser capaz decapaz de identificar e selecionar as ferramentas e
técnicas mais adequadas para um campo de aplicação,
considerando a relação custo/benefício, tempo,
precisão, disponibilidade e segurança
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CREA - Paraná
Desdobramento das CompetênciasDesdobramento das Competências
Competência Competência parapara comunicar-se comunicar-se
eficientementeeficientemente nas formas escrita, oral e nas formas escrita, oral e
gráficagráfica(Diretrizes curriculares, Art. 4º,VIII)(Diretrizes curriculares, Art. 4º,VIII)
Capacidade para selecionar as estratégias
de comunicação adequadas a um determinado objetivo
Capacidade Capacidade para para produzir ,produzir ,Interpretar e apresentar Interpretar e apresentar
textostextosTécnicos (memoriais Técnicos (memoriais descritivos, gráficos, descritivos, gráficos,
relatórios)relatórios)
Ser Ser capaz decapaz de produzir textos produzir textos
técnicostécnicosde maneira de maneira
claraclara e precisae precisa
Ser capaz decapaz de identificar e selecionar
os pontos que precisam
ser apresentados
Ser Ser capaz capaz dede
Identificar eIdentificar earticular articular
os recursosos recursos utilizadosutilizados
Ser Ser capaz capaz dede
utilizar utilizar ferramentasferramentas
de de informática informática
para a para a comunicaçãocomunicação
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5.5. Proposta pedagógica (PPI)Proposta pedagógica (PPI)
Pensar uma forma diferente de organizaçãoProgramas de Aprendizagem MódulosProjetos de Aprendizagem Garantir a integração das atividadesO desenvolvimento da competências
precisa ser trabalhado ao longo do curso O desenvolvimento das competências é
responsabilidade de todos
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Continuação.Continuação.
Questão metodológica é fundamental – criar desafios para colocar o conhecimento em prática (considerar conhecimento, habilidade e atitude)
As metodologias de ensino e aprendizagem devem ser coerentes com as competências previstas para a atividade
A avaliação de uma competência é processual, portanto exige um acompanhamento e retornos sistemáticos para o aluno. Não deve ser uma simples aferição de um saber.
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Integralização CurricularIntegralização Curricular
Atividades obrigatóriasAtividades optativasAtividades de livre escolhaAtividades complementaresEstágiosTrabalho de Conclusão de Curso
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Construção do Construção do CurrículoCurrículo
Definir o PERFIL Definir o PERFIL do egresso: do egresso:
competênciascompetências
Conjunto de Conjunto de competênciacompetências é colocado s é colocado ao longo do ao longo do
cursocursoDefinir a Definir a organização organização
e a e a articulação articulação do currículodo currículo
Definir Definir metodologias metodologias de ensino e de ensino e aprendizageaprendizage
m e de m e de avaliaçãoavaliação
Definir o Definir o plano plano
curricularcurricular
Definir Definir recursos recursos físicos físicos
necessáriosnecessários
Definir Forma de Definir Forma de avaliação e avaliação e
acompanhamentacompanhamento do currículoo do currículo
Definir o Definir o perfil do perfil do professorprofessor
Definir itinerários de carreira?Definir itinerários de carreira?
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CREA - Paraná
Fatores críticos de sucessoFatores críticos de sucessoPensar diferenteEnvolver todos os professores desde o
início de processo (inclusive de outras áreas)
Envolver os alunosEstabelecer um programa de capacitação
e acompanhamento docente Estabelecer um processode
acompanhamento sistemático da implantação