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SUPER LARGURA E SUPER ELEVAÇÃO 1) CLASSES DE RODOVIAS - Classe especial – grande volume de transito, regiões altamente industrializadas e periferias de grandes cidade - VMD > 5.000 - Classe I 5.000 > VMD > 1.000 - Classe II 1.000 > VMD > 500 - Classe III – VMD até 500 A diferença entre cada uma das classes é melhor visualizada através das características abaixo NORMAS ADMISSÍVEIS EM PROJETOS RODOVIÁRIOS PARÂMETRO REGIÃO CLASSE DE RODOVIA E I II III Velocidade de projeto (km/h) Plana 120 100 80 60 Ondulada 100 80 60 40 Montanhosa 80 60 40 30 Raio horizontal mínimo (m) Plana 570 380 230 130 Ondulada 380 230 130 50 Montanhosa 230 130 50 30 Greide máximo (%) Plana 3 3 3 3 Ondulada 4 4,5 5 6 Montanhosa 5 6 7 8 Distância de visibilidade para ultrapassagem (m) Plana 730 650 500 350 Ondulada 650 500 350 175 Montanhosa 500 350 175 - Largura do pavimento (m) Plana 7,50 7,20 7,00 7,00 Ondulada 7,50 7,20 Montanhosa 7,50 7,20 6,50 6,00 Largura do acostamento (m) Plana 3,50 3,00 2,50 2,00 Ondulada 3,00 Montanhosa 2,50 2,50 2,00 1,20 Muito montanhosa 1,00 1,00 1,00 0,80 Faixa de domínio (m) Plana - 60 30 30 Ondulada - 70 40 40 Montanhosa - 80 50 50 Obs.: Elaborado pelo Prof. Marcelo L. Macêdo 1

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Super Elevação e Super Largura

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SUPER LARGURA ESUPER ELEVAÇÃO

1) CLASSES DE RODOVIAS- Classe especial – grande volume de transito, regiões altamente industrializadas e

periferias de grandes cidade - VMD > 5.000

- Classe I – 5.000 > VMD > 1.000

- Classe II – 1.000 > VMD > 500

- Classe III – VMD até 500

A diferença entre cada uma das classes é melhor visualizada através das características

abaixo

NORMAS ADMISSÍVEIS EM PROJETOS RODOVIÁRIOS

PARÂMETRO REGIÃO CLASSE DE RODOVIAE I II III

Velocidade de projeto (km/h)

Plana 120 100 80 60Ondulada 100 80 60 40Montanhosa 80 60 40 30

Raio horizontal mínimo (m)Plana 570 380 230 130Ondulada 380 230 130 50Montanhosa 230 130 50 30

Greide máximo (%)Plana 3 3 3 3Ondulada 4 4,5 5 6Montanhosa 5 6 7 8

Distância de visibilidade para ultrapassagem (m)

Plana 730 650 500 350Ondulada 650 500 350 175Montanhosa 500 350 175 -

Largura do pavimento (m)Plana 7,50 7,20 7,00 7,00Ondulada 7,50 7,20Montanhosa 7,50 7,20 6,50 6,00

Largura do acostamento (m)

Plana 3,50 3,00 2,50 2,00Ondulada 3,00Montanhosa 2,50 2,50 2,00 1,20Muito montanhosa 1,00 1,00 1,00 0,80

Faixa de domínio (m)Plana - 60 30 30Ondulada - 70 40 40Montanhosa - 80 50 50

Obs.:

1. Nas estradas das classes especial e I, deverão ser usadas curvas de transição

para R 600m, enquanto nas classes II e III, as mesmas são obrigatórias para

R 440 m.

2. Acrescer 1% em regiões planas (d 900 m), em regiões onduladas (d 300

m ) e em regiões onduladas ( d 150 m). Nos trechos em corte ou seção mista,

a declividade mínima deve ser de 1%.

3. As larguras acima são as mínimas para trechos rurais, podendo ser

aumentadas, para se ter uma largura mínima de 10 m, a partir da crista do corte

ou do pé do aterro. Nos trechos urbanos, a faixa de domínio pode ter sua largura

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reduzida, no entanto, ser suficiente para comportar as pistas laterais do tráfego

local.

2) SUPER LARGURAA Super Largura permite que o móvel, sob ação da força centrífuga, afaste-se um

pouco da curvatura, sem invadir a faixa de tráfego adjacente.

I. CÁLCULO

A super largura nos trechos curvos será determinada pela fórmula

Onde:

s super largura em metros

n número de faixas de tráfego da pista

R raio da curva, em metros, medido a partir do eixo da pista.

l distância, em metros, entre os eixos da parte rígida do veículo,

normalmente igual a 6.

v velocidade diretriz da curva

II. DISTRIBUIÇÃO

a) Na curva circular

A super largura vai aumentando do PC até 40 m depois, de acordo com a

seguinte gradação:

Extremidade da 1a corda

Extremidade da 2a corda

Extremidade da na corda

Onde:

, sendo c a corda de locação, podendo ser de 5m, se R 100 m, e

de 10 m, se R 100 m.

Obs.

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1. Os valores calculados são adicionados às distâncias do eixo aos pés de aterros

ou cristas dos cortes, para direita e para a esquerda com vistas à locação dos

off-sets.

2. Idêntico procedimento é feito a partir do PT.

b) Na curva de transição

A super largura vai aumentando do Ts para o Sc, progressivamente, de

acordo com a seguinte gradação:

- extremidade da 1a corda

- extremidade da 2a corda

- extremidade da na corda

Onde: , sendo c a corda de locação, podendo ser de 5m, para 40m lc

60m , e de 10 m para os demais valores de lc.

Obs.:

1. Os valores calculados são adicionados da mesma forma indicada para a curva

circular.

2. Idêntico procedimento é feito a partir do PT.

3) SUPER ELEVAÇÃO

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A Super Elevação tem por finalidade combater a força centrífuga, que age sobre o

móvel, tendendo a expulsa-lo da curva pela tangente.

I. CÁLCULO

A inclinação transversal, nos trechos curvos, será feita em torno do bordo interno da pista,

e variará de 10% a 2% nas estradas de características técnicas da Classe Especial, e de 8% a 2%

nas estradas de características das Classes I, II e III adotando-se os seguintes valores:

CLASSE

(1)

Com inclinação transversal constanteCom inclinação

transversal variável

Raio (m)

(2)

Incl. (%)

(3)

Raio (m)

(4)

Incl. (%)

(5)

Raio (m)

(6)

Variação

(7)

Especial 480 10 800 2 800 a 480 0,5% para

cada 20 m

de

variação

do raio de

curvatura

I 360 8 600 2 600 a 360

II 200 8 440 2 440 a 200

III 200 8 440 2 440 a 200

Para Super Elevação variável deve-se:

- calcular a diferença entre raios(R)

R = R – R (coluna 2) ou

R = R(coluna 4) – R

Arredondar o resultado para o múltiplo de 20 mais próximo

- calcular a diferença de elevação (h)

h = f . 0.5% , onde f é o fator de variação da diferença de raio por 20 m.

- calcular a super elevação (h)

h = h(coluna 3) - h ou

h = h(coluna 5) - h

II. DISTRIBUIÇÃO

a) Na curva circular

– Para raio ≥ 600 m.

A super elevação vai aumentando do PC até 40 m depois, de acordo com a

seguinte gradação:

extremidade da 1a corda →

extremidade da 2a corda →

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extremidade da 3a corda →

extremidade da 4a corda →

O mesmo acontecendo a partir do PT.

– Para raio < 600 m.

A Super Elevação é distribuída em uma distância l, estando a primeira metade de

l localizada no trecho reto antes do PC, e a outra metade localizada no trecho curvo

depois do PC, o mesmo acontecendo com relação ao PT.

O cálculo do valor de l pode ser efetuado utilizando-se a fórmula seguinte:

, onde:

l → extensão na qual será progressivamente distribuída a Super Elevação.

v → velocidade diretriz na curva.

R → raio da curva.

O valor calculado de l deve ser arredondado para o múltiplo de 10 m mais

próximo, caso l seja maior que 60 m, ou para o múltiplo de 5 m mais próximo, caso l

assuma um valor entre 40m e 60m

Obs. O menor valor admissível para l é 40 m.

Finalmente termos a distribuição de acordo com o esquema abaixo:

→ 0

. .

. .

. .

. .

. .

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SUPER LARGURA ESUPER ELEVAÇÃO

. .

Onde: , sendo c a corda de locação, podendo ser de 5m, para 40m l 60

m, e de 10 m para os demais valores de l.

b) Na curva de transição

A Super Elevação vai aumentando do ts para o sc, progressivamente, de acordo

com a seguinte gradação:

- extremidade da 1a corda →

- extremidade da 2a corda →

.

.

- extremidade da na corda →

Sendo: , onde c é a corda de locação, podendo ser de 5m, para 40m

lc 60m , e de 10 m para os demais valores de lc.

Obs.:

1. Os valores calculados são aplicados sobre a largura da plataforma, obtendo-

se assim as alturas a sem utilizadas na planilha de locação de “grade”.

2. O mesmo procedimento ‘utilizado do st para o cs.

4) AnexosDeterminação da super elevação (e)

Sendo: e superelevação

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f compensação pela força de atrito

g aceleração da gravidade, podendo ser adotado 10 m/s2

Rc Raio da curva circular

v velocidade diretriz em m/s

V velocidade diretriz em km/h

Tabela para seleção dos valores de f.

V (km/h) ≤ 80 90 100 110 120 130 ≥140

f(%) 0,16 0,15 0,14 0,13 0,12 0,11 0,10

Determinação do comprimento da espira (lc)

O cálculo do comprimento lc é baseado no tempo gasto para ir de e = 0 até emáx.

, onde b é a aceleração centrípeta recomendada.

- A recomendação da A.A.S.H.O. para rodovias é que b esteja situado entre

0,5 e 0,61.

- A recomendação da A.R.E.A. para ferrovias é b = 0,3

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