38 JUNHO Revista Camara 38 CAMARA Niteroi junho 2014camaraniteroi.rj.gov.br/site/sala-imprensa/revista/... · 2020. 9. 21. · 38_JUNHO_Revista Camara_38 CAMARA Niteroi junho 2014

Ética e decororegulados pornovo códigoDepois de ser a primeira casa le-gislativa a acabar com o voto se-creto, a Câmara de Niterói conta,agora, com um Código de Ética eDecordo Parlamentar. Página 6

Projeto preparajovens para asOlimpíadas 2016O professor Márcio Mesquita apre-sentou seu Projeto Saúde e Sabe-doria, que tira jovens da rua eabre-lhes a porta do esporte e daconquista de medalhas. Página 15

CÂMARA REVISTAem

INFORMATIVO MENSAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE NITERÓI

Ano V - nº 38junho de 2014

Política deproteção àsmulheresAs vereadores Tânia Rodrigues,Priscila Nocetti e Verônica Lima pro-põe a criação de uma política muni-cipal de enfrentamento à violênciacontra as mulheres. Páginas 2 e 3

Para marcar o centenário do consagrado jornalista e escritor, que sua obra e a Academia Brasileira deLetras imortalizaram, a Câmara realizou sessão solene em que vereadores entregaram a medalhaJosé Cândido de Carvalho a personagens da vida intelectual da cidade. O evento foi proposto pelo ve-reador Bruno Lessa. Na foto, o presidente Paulo Bagueira entrega a comenda ao jornalista OlegárioWanguestel Jr, ex-editor geral do jornal O Fluminense e contemporâneo do escritor. Página 7

As comemorações pelos 195 anos de fundação daCâmara de Vereadores de Niterói incluem uma expo-sição de fotografias sobre a vida da cidade nos anos50 a 70. O agito dos salões elegantes, eventos políti-cos, o carnaval, desfile de misses e banhistas na Praiade Icaraí estão entre as 200 fotos do acervo do jorna-lista Carlos Ruas, à mostra de 11 a 29 de agosto noSalão Nobre da Câmara. Página 4

Fotos antigasnos 195 anos

José Cândido festejado

Frente unelegisladorescontra a AidsDiante do maior número de casos deAids no país e de um retrocesso naspolíticas públicas, o vereador Leo-nardo Giordano propôs a criação deuma Frente Parlamentar. Página 5

Moças de maiô no banho de mar na Praia de Icaraí, pela lente de Ruas

38_JUNHO_Revista Camara_38 CAMARA Niteroi junho 2014 7/8/2014 15:04 Page 1

Avenida Ernani do Amaral Peixoto nº 625 Centro, Niterói, RJ - CEP: 24020-073Tel: (21) 3716-8600 - www.camaraniteroi.rj.gov.br

Informativo mensal da Câmara de Vereadores de Niterói Assessoria de Comunicação Social (jornalista responsável: Vinícius Martins)

Criação: Identgraf Design e Impressos LtdaEditor: Gilberto Fontes - Textos: Eduardo Garnier - Fotos: Nathalia Félix, Sérgio Gomes e Arquivo da Câmara

Câmara em revista® é uma publicação que visa aproximar a população das atividades do Legislativo niteroiense. Com circulação mensal, as edições cobrem temas como audiências públicas,

principais projetos de lei em discussão e vistorias das comissões, levando transparência e mais informação para os cidadãos.

Administração, Estatística e ServidoresPúblicosPresidente: José Vicente FilhoVice-presidente: Daniel Marques (licenciado)

e Jayme Suzuki (em exercício)Membros: Tânia Rodrigues

Constituição, Justiça e Redação FinalPresidente: Rodrigo FarahVice-presidente: Renato CarielloMembros: Bruno Lessa, Priscila Nocetti e

Roberto Jales (Beto da Pipa)

Cultura, Comunicação e PatrimônioHistóricoPresidente: Leonardo GiordanoVice-presidente: Waldeck Carneiro Membro: Roberto Jales (Beto Da Pipa)

Defesa do Consumidor e Direitos do ContribuintePresidente: Daniel Marques (licenciado) e

Jayme Suzuki (em exercício)Vice-presidente: Emanuel RochaMembros: José Vicente Filho

Desenvolvimento Econômico e Indústria NavalPresidente: Carlos Macedo (licenciado)

Pastor Ronaldo (em exercício)Vice-presidente: Milton Carlos Lopes (Cal)Membros: Bruno Lessa

Direitos do Idoso, da Mulher e da Pessoacom DeficiênciaPresidente: Tânia RodriguesVice-presidente: Gezivaldo de Freitas

(Renatinho)Membros: Leonardo Giordano

Direitos Humanos, da Criança e doAdolescentePresidente: Gezivaldo Renatinho de FreitasVice-presidente: Priscila NocettiMembros: Henrique Vieira,

Luiz Carlos Gallo e Waldeck Carneiro

Educação, Ciência, Tecnologia e FormaçãoProfissionalPresidente: Paulo HenriqueVice-presidente: Waldeck Carneiro Membros: Bruno Lessa,

Carlos Macedo (licenciado) / Pastor Ronaldo (em exercício) e Henrique Vieira

Esporte, Lazer e TurismoPresidente: Andrigo de CarvalhoVice-presidente: Priscila NocettiMembros: Luiz Carlos Gallo

Fiscalização das Fundações Municipais,Autarquias e Empresas PúblicasPresidente: Bruno LessaVice-presidente: Paulo Eduardo GomesMembros: Andrigo de Carvalho e

Paulo Henrique e Renato Cariello

Fiscalização Financeira, Controle eOrçamentoPresidente: Waldeck Carneiro Vice-presidente: Verônica LimaMembros: Bruno Lessa,

Milton Carlos Lopes (Cal) e Paulo Eduardo Gomes

Habitação e Regularização FundiáriaPresidente: Verônica LimaVice-presidente: Roberto Jales (Beto da Pipa)Membros: Andrigo de Carvalho,

Paulo Eduardo Gomes e Paulo Henrique

Meio Ambiente, Recursos Hídricos e SustentabilidadePresidente: Henrique VieiraVice-presidente: Andrigo de CarvalhoMembros: Carlos Macedo (licenciado),

Pastor Ronaldo (em exercício), Gezivaldo de Freitas (Renatinho) eLeonardo Giordano

Saúde e Bem-Estar SocialPresidente: Paulo Eduardo GomesVice-presidente: Rodrigo FarahMembros: Tânia Rodrigues,

Verônica Lima e Waldeck Carneiro

Segurança Pública e Controle UrbanoPresidente: Renato CarielloVice-presidente: Luiz Carlos GalloMembros: Daniel Marques (licenciado),

Jayme Suzuki (em exercício)

Urbanismo, Obras, Serviços Públicos, Transportes e TrânsitoPresidente: Roberto Jales (Beto Da Pipa)Vice-presidente: Carlos Macedo (licenciado) /

Pastor Ronaldo (em exercício)Membros: Renato Cariello, Rodrigo Farah e

Verônica Lima

Mesa Diretora Biênio 2013/2014

Presidente: Paulo Roberto Mattos Bagueira Leal1º Vice-presidente: Milton Carlos Lopes (Cal)2º Vice-presidente: Priscila Nocetti 1º Secretário: Luiz Carlos Gallo2º Secretário: Emanuel Rocha

CâmaraMunicipalde Niterói

Comissões Permanentes:

As três mulheres que exercem mandato na Câ-mara de Niterói, Priscila Nocetti, Tânia Rodriguese Verônica Lima, uniram-se para a criação de umaPolítica Municipal de Enfrentamento e Atendi-mento à Violência Contra as Mulheres. Pelo pro-jeto de lei 102/2014 pretendem oferecer ao poderpúblico diretrizes para a prevenção e a erradica-ção de atos violentos cometidos pela sociedade.

Entre as metas estão o desenvolvimento de açãode atendimento prioritário, especialmente de na-tureza médica, psicológica, jurídica e de assistên-cia social, de modo interdisciplinar e intersetorial,às mulheres; e fomento à conscientização detodos, especialmente dos que fazem o atendi-mento às mulheres em situação de violência, emórgãos públicos ou em instituições privadas, sobrea importância da denúncia como forma de inibiçãodo próprio ato.

A capacitação permanente dos agentes públicosdas áreas da assistência social, saúde, educação,trabalho e, em especial, da Guarda Municipalquanto às questões de gênero, raça, etnia, com fi-nalidade de prestar atendimento humanizado àsmulheres; e realização de campanhas contra aviolência doméstica e familiar com ampla divulga-ção da Lei Maria da Penha, também fazem partedas diretrizes.

Fechando o leque de iniciativas, ainda há a di-vulgação permanente dos endereços e dos tele-fones de órgãos e entidades de atendimento àmulher em situação de violência, em especial o180; e o incentivo de pesquisas acadêmicas nosentido de ampliar a formulação sobre o tema,ampliar os dados quantitativos e qualitativos nosórgãos do poder público e ampliar a pesquisasobre o tema para melhorar as políticas públicas.

— O projeto nasceu de uma necessidade de ins-titucionalizar uma diretriz para as políticas muni-cipais de enfrentamento à violência, umaquestão que envolve toda a sociedade, em es-

Unidasque as mu


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as contra a violênciamulheres ainda sofrem

pecial a forma de agir das mais diversas esfe-ras de poder e da sociedade — explica Verô-nica Lima.

Segundo a proposta, a Guarda Municipal deNiterói, baseada nas suas atribuições elenca-das no artigo 10º da Lei Municipal 2.838/2011,será orientada e treinada a atuar em casos deviolência contra a mulher. Serão destacadosguardas municipais mulheres para atuarem,quando necessário, em casos de violênciacontra a mulher.

— A Câmara de Vereadores vem cumprido seupapel de realizar audiências públicas, fomentar

o debate e orientar a participação, principal-mente das parlamentares mulheres na reali-zação de seu papel de fiscalizadores daspolíticas para as mulheres e na elaboração delegislação pertinente nesse sentido — ressaltaTânia Rodrigues.

Para efeito da lei considera-se mulher em si-tuação de violência toda aquela que sofra açãoou emissão baseada no gênero que lhe causemorte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psi-cológico e dano moral ou patrimonial. Se apro-vada as instituições da sociedade civilorganizada e as entidades públicas das trêsesferas de governo poderão contribuir com in-

formações, sugestões e recursos humanos emateriais para viabilizar a consecução dos ob-jetivos desta lei, por meio de celebração deacordos, convênios e parcerias com o poderpúblico municipal, na forma permitida pela le-gislação em vigor.

— Estão presentes os requisitos de constitu-cionalidade, uma vez que está de acordo como artigo 30 e seus incisos da Constituição Fe-deral, não cria despesas e nem interfere na in-dependência do Poder Executivo. O projetoelabora uma diretriz política que deve orientartodos os poderes e agentes públicos da cidadede Niterói — assegura Priscila Nocetti.

Priscila Nocetti, Tânia Rodrigues e Verônica Lima unidas na elaboração de uma política municipal de enfrentamento à violência contra as mulheres de Niterói


4 — Junho de 2014

Roberto Silveira assinando o livro de posse como governador, fotografado por Carlos Ruas em 1959

Nascido em pleno coração do Rio, na boêmia Rua Evaristo da Veiga,o jornalista Carlos Ruas foi adotado por Niterói como um de seus filhosmais ilustres. Depois da morte de sua mãe, quando ele ainda era me-nino, seu pai levou-o para ser criado em Portugal junto a familiares dealém-mar. Voltou ao Rio em 1946 e, em 1950, pegou uma barca emdireção a Niterói onde vive até os dias de hoje. A cidade o recebeu debraços abertos e logo foi convidado por José Luiz Azeredo da Silva, naépoca diretor do jornal O Fluminense, para fotografar as candidatas àRainha do Verão de lcaraí, concurso promovido pelo jornal.

CARREIRA DE SUCESSOEm 1954 foi contratado pelo jornal O Estado e suas reportagensforam publicadas também na revista Noite Ilustrada. Atuou, ainda, nosjornais Correio Fluminense, Diário Fluminense, Diário do Comércio,Sete Dias e nas revistas Atualidade, Guanabara Fluminense e Lusi-tana, nesta como correspondente em Niterói; e no programa de Aer-ton Perlingeiro, da extinta TV Tupi.

Ruas destacou-se na cobertura de acontecimentos sociais e concur-sos de beleza. Em 1961 retornou a O Fluminense, quando o diário era

dirigido pelo jornalista e deputado Alberto Torres, e lá permaneceu atéa aposentadoria, quando assinou coluna social e consolidou sua for-mação profissional, atuando ainda como repórter especial, publicitário,relações públicas e homem de promoções durante 35 anos.

Foi chefe do cerimonial da Prefeitura de Niterói no Governo Waldenirde Bragança, acumulando com o cargo de relações públicas criadopelo prefeito. Exerceu cargos nas diretorias do Clube Central, Clube deRegatas Icaraí, Elos Clube, Associação de Pais e Mestres do InstitutoAbel, Associação Brasileira de Relações Públicas, assessor da direto-ria do Clube Português e da Associação Comercial de Niterói, asses-sor de imprensa do antigo Funrural no Rio de Janeiro, chefe do Serviçode Documentação e Divulgação da Secretaria de Estado de Saúde einterventor do Sindicato de Jornalistas, entre outros.

Foi agraciado com vários títulos e honrarias, entre eles a Medalha Ti-radentes, concedida pela Assembléia Legislativa; Medalha do Tribunalde Contas; Ordem do Mérito Araribóia, no grau de comendador; e tí-tulos de niteroiense honorário e emérito.

Atualmente, Carlos Ruas é relações públicas da Creche TAK, secre-tário da Associação Fluminense de Reabilitação e membro da Asso-ciação Brasileira de Imprensa.

60 anos de jornalismo

Fotosregistram ahistóriada cidade

O agito dos salões elegantes, os grandeseventos políticos, locais históricos e pito-rescos de uma Niterói que deixa saudadesa muita gente. A moda, as novidades, aspessoas que marcaram as décadas de 50,60 e 70. Tudo isso poderá ser conferidona exposição “Carlos Ruas: fotos &acervo”, que estará aberta à visitação pú-blica de 11 a 29 de agosto, das 11h às 18h,no Salão Nobre da Câmara de Vereadores.A mostra de fotografias do jornalista Car-los Ruas marca as comemorações pelos195 anos do Legislativo niteroiense e os 60anos de jornalismo do autor.

— Era a época do filme de rolo, da película

que tinha que ser revelada no escuro do la-boratório. Sabia de uma festa, de umgrande acontecimento e ia pra lá. Tirava asfotos e depois vendia para jornais ou aospróprios fotografados. Fui o primeiro em Ni-terói a fotografar a cidade e vender os car-tões postais para as Lojas Americanas, queos revendiam ao público. Trabalhavamuito, mas também vivia intensamente —relembra Carlos Ruas.

De seu acervo de mais de duas mil fotos,Ruas reservou algumas inéditas dentre as200 que apresenta na exposição, onde hápainéis sobre a vida de políticos, como oex-governador Roberto Silveira, o almi-

rante Amaral Peixoto e deputados esta-duais já falecidos. Os bailes de gala do BalMasqué no Clube Central; o trampolim daPraia de Icaraí; as mulheres com os famo-sos maiôs Catalina; os desfiles da Fábricade Tecidos Bangu, imortalizada nos versosde Noel Rosa, e muito mais.

— Entre as raridades estou mostrando ocomício de Carlos Lacerda realizado emfrente à Assembleia Legislativa do Estado,onde hoje está instalada a Câmara de Ve-readores. Registrei a preparação do ato,no Clube Central; a caminhada pelas ruas;e os discursos inflamados dos políticos emfrente à Assembleia — revela Ruas.


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A criação da Frente Parlamentar de Com-bate à Aids pela Câmara de Vereadorespode significar um grande passo no combatea doença. A Frente, que também englobadoenças como tuberculose e hepatites virais,vai propor novas legislações, fiscalizar eacompanhar as demandas de pacientes nacidade. Números mais recentes mostraramum avanço no número de casos no Brasil eum retrocesso na formulação de políticas pú-blicas. Há no país 752 mil pessoas infecta-das com o HIV, representando quase ametade dos casos da América Latina.

— Enquanto o número de doentes diminuiuno mundo inteiro, no Brasil ocorre o contrá-rio. A Frente Parlamentar vai receber e re-passar as demandas aos orgãos de saúdepública. Frente semelhante já existe em nívelestadual e no município de Petrópolis, somosa segunda cidade a aderir — disse Leo-nardo Giordano, autor da proposta.

Para Inácio Queiróz, presidente do GrupoPela Vidda Niterói, o momento não poderiaser mais oportuno.

— A Aids volta a preocupar a América Latina

e o mundo. O engajamento da Câmarra nasquestões de saúde é fundamental — diz ele.

Para Francisco D’Ângelo, médico, ex-secre-tário de Saúde de Niterói e responsávelquando exercia mandato de deputado fede-ral pela reativação da Frente no CongressoNacional, em 2007, o salto é qualitativo.

— Avançamos no combate ao preconceito,na formulação de novas políticas de combatee no chamamento da sociedade com essaFrente municipal. Ela é um espaço para a so-ciedade cobrar e propor; intermediar e pro-mover avanços. Essa Frente ajuda política eadministrativamente ao Governo, aos pa-cientes e aos equipamentos públicos desaúde — ressaltou Chico.

O vereador Paulo Eduardo Gomes, presi-dente da Comissão de Saúde da Câmara,afirma que é preciso cobrar a inclusão deaportes financeiros na Lei OrçamentáriaAnual especificamente para o combate àAids.

Também participaram da sessão de instala-ção da Frente a secretária municipal de

Saúde, Solange Oliveira; epidemiologistaAnna Eppinghaus, chefe da Coordenadoriade Vigilância em Saúde de Niterói; repre-sentantes das secretarias-executivas dosFóruns estaduais de ONGs que combatem aAids e a Tuberculose, Renato da Matta e Ro-berto Pereira; e Carlos Basília, do Observa-tório Tuberculose Brasil e da Escola Nacionalde Saúde Pública; entre outros.

A iniciativa da criação da Frente Parlamentarconta com o apoio dos Fóruns de Organiza-ções Não Governamentais (Ongs) ligadas aocombate à Aids e à tuberculose no Estado, li-deranças da sociedade civil organizada e au-toridades do Legislativo e Executivo domunicípio e do estado.

O vereador Giordano entregou moções deaplausos aos fundadores do Grupo PelaVidda Niterói; à assistente social e peda-goga, Martha Rique Reis; ao psicólogo An-tônio Charles Weinsteis; ao professor daUniversidade Federal Fluminense quecedeu, em 1991, um espaço físico para oPela Vidda, Francisco de Assis Palharini; aopsiquiatra Raldo Bonifácio, e ao médico e ex-secretário de Saúde Gilson Cantarino.

Criada a Frente deCombateà Aids Carlos Basilia, Francisco D’Ângelo e Leonardo Giordano na sessão de criação da Frente contra a Aids

A Câmara de Vereadores de Niterói cedeu suas instalações du-rante todo um dia para o processo eleitoral que elegeu as novasdiretorias dos conselhos Fiscal e Administrativo da Niterói Previ-dência (NitPrev). Os eleitos serão empossados, em reunião con-junta dos conselhos, marcada para o dia 18 de agosto. Seismembros integram o Conselho de Administração e três o Fiscal.

NitPrev elegenovos conselheiros


6 — Junho de 2014

Em reconhecimento aos serviços prestados à cidade em suas res-pectivas áreas de atuação, autoridades dos meios policiais e militaresforam homenageadas pelo vereador Beto da Pipa. Moções de Aplausoe medalhas foram concedidas, ainda, em função do Dia do Serviço deSaúde do Exército Brasileiro, comemorado em 27 de maio. Entre elasestavam o major de Artilharia, Carlos de Souza Neto; o tenente-coro-nel-farmacêutico, Júlio Lopes Queiroz Filho; o coronel Theóphilo Joséda Costa, diretor da Policlínica Militar de Niterói; o general Alberto dosSantos Lima Fajardo, ex-comandante de Operações Terrestres doExército Brasileiro; João Batista Bezerra Leonel Filho, comandante deArtilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército; e o delegado de Polí-

cia, Hércules Pires do Nascimento. Também foram homenageados odiretor do Hospital Central do Exército, general de Brigada, Vitor CesarFurley dos Santos; o diretor de Saúde do Exército, general JosemarCâmara Feitosa; o chefe da Divisão Odontológica da Policlínica Mili-tar, tenente-coronel Ledimar Rezende; o sub-diretor da Policlínica, co-ronel Carlos Roberto de Oliveira; e o chefe de Divisão de Enfermagem,tenente Josefá Reis Toledo.

Moções e medalhas

Uma das primeiras casas legislativas munici-pais a acabar com o voto secreto para qual-quer tipo de votação, a Câmara deVereadores de Niterói conta, agora, com umCódigo de Ética. Após a promulgação do Pro-jeto de Resolução 08/2013, fica criado o Có-digo de Ética e Decoro Parlamentar etambém a Comissão Permanente de Ética eDecoro Parlamentar.

Em seu artigo 1º define como deveres fun-damentais do vereador no exercício do man-dato “atender às prescrições constitucionais eregimentais e àquelas contidas neste Código,sujeitando-se aos procedimentos disciplina-res nele previstos”.

Também são deveres fundamentais promo-ver a defesa dos interesses populares; zelarpelo aprimoramento da ordem constitucionale legal do município, particularmente das ins-tituições democráticas e representativas, epelas prerrogativas do Poder Legislativo. Eainda exercer o mandato com dignidade e

respeito à coisa pública e à vontade popular;e apresentar-se à Casa durante as sessõeslegislativas ordinárias e extraordinárias e par-ticipar das sessões do plenário e das reu-niões de Comissão de que seja membro.

Visando maior transparência o capítulo dasvedações proíbe firmar ou manter contratoem seu nome ou na qualidade de sócio ad-ministrador de pessoa jurídica com pessoajurídica de direito público, autarquia, empresapública, sociedade de economia mista ou em-presa concessionária de serviço público,salvo quando o contrato obedecer a cláusu-las uniformes. Não é permitido aceitar ouexercer cargo, função ou emprego remune-rado, inclusive os de que sejam passíveis dedemissão. O vereador também não pode no-mear parentes seus ou de outros vereadoreseleitos ou reeleitos, para cargos em comis-são na Câmara.

A Comissão de Ética e Decoro Parlamentarserá constituída por três membros titulares e

igual número de suplentes, eleitos para man-dato de dois anos, observado, quando possí-vel, o princípio da proporcionalidade partidáriae o rodízio entre os partidos políticos ou blo-cos parlamentares não representados. Asmedidas disciplinares cabíveis ao vereadoresserão advertência; perda temporária do exer-cício do mandato por até seis meses; e perdadefinitiva do mandato.

A perda do mandato será decidida pelo ple-nário, em votação aberta e por maioria abso-luta de votos, mediante iniciativa da Mesa, daComissão de Ética e Decoro Parlamentar ede Partido Político representado na Câmara.

— O intuito do projeto é o de criar paradig-mas éticos para a atuação parlamentar quesirvam de norte para a atuação dos vereado-res e sua relação com a sociedade civil e oseleitores — diz Paulo Eduardo Gomes, autorda proposta, que tem a coautoria dos verea-dores Henrique Vieira e Renatinho e foi apro-vado por todos os 21 legisladores.

Câmaraaprova seuCódigo de Ética Depois de acabar com as votações secretas, Câmara agora tem Código de Ética


A intelectualidade niteroiense compareceu empeso à sessão solene que marcou o centená-rio de José Cândido de Carvalho promovidapela Câmara de Vereadores. Escritores, poe-tas, professores e imortais prestigiaram oevento proposto pelo vereador Bruno Lessa eque teve adesão de vários outros colegas. Aotodo, 11 personalidades foram agraciadas coma medalha que leva o nome do consagrado es-critor campista, mas com título de cidadão ni-teroiense.

À mesa principal, presidida por Bruno Lessa,sentaram-se o presidente da Imprensa Oficial,Haroldo Zager; o presidente da Ordem dos Ad-vogados de Niterói, Antônio José Barbosa; oex-deputado Célio Erthal Rocha, represen-tando a Defensoria Pública; e o livreiro e presi-dente do Grupo Mônaco de Cultura, CarlosMônaco. Os vereadores, Paulo Bagueira, pre-sidente do Legislativo; Leonardo Giordano eRenatinho, também participaram.

Coube a Carlos Mônaco, que dividiu com o ga-

binete de Bruno Lessa a organização doevento, apresentar o currículo de José Cândidode Carvalho.

— Era assíduo dos encontros da Livraria Ideal,época em que convivemos intensamente. Saíado Jornal O Fluminense e marcava ponto na li-vraria. Adorava criar expressões populares, erabrilhante — disse Mônaco.

Além dos já citados também participaram dasessão o jornalista Luiz Antônio Pimentel, quecompletou 102 anos; os vereadores WaldeckCarneiro e Paulo Eduardo Gomes; jornalistas;acadêmicos e personalidades da vida culturalda cidade.

Para marcar o ano do centenário de José Câ-naido de Carvalho, vereadores propuseram e aCâmara aprovou a outorga da medalha queleva o nome do imoral a escritores, poetas, jor-nalistas e outras personalidades.

Por indicação de Bruno Lessa foram agracia-

dos Belvedere Bruno e Claudia Cataldi. Hen-rique Vieira entregou a comenda a Alba He-lena Corrêa e Bruno Marcus Rangel; LeonardoGiordano a Dionilce Silva de Faria e JorgeGandra Mendes; Paulo Eduardo Gomes a Al-berto Araújo e Luiz Calheiros; Tânia Rodriguesa Eneida Fortuna de Barros, Gracinda Rosa daCosta e Paulo Roberto Sad da Silva; e PauloBagueira ao jornalista Olegário Wanguestel Jú-nior, ex-ediitor geral de O Fluminense.

A MEDALHAO então vereador Elmo Jasbick criou, em 1990,a Medalha Escritor José Cândido de Carvalho,através do projeto legislativo 209, de 1989. In-troduzida oficialmente pela Lei 1.909/90, temcomo dia oficial para entrega 1° de agosto.Cada vereador pode oferecer até duas meda-lhas a cidadãos brasileiros ou estrangeiros, re-sidentes ou não em Niterói. No caso da JoséCândido de Carvalho é oferecida aos que con-tribuem no engrandecimento sociocultural, naerudição literária e na promoção da cultura emsuas diversas frentes.

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Campista nascido a 5 de agosto de 1914.Jornalista, contista e romancista foi eleito em1973 para a cadeira número 31 da Acade-mia Brasileira de Letras, sucedendo a Cas-siano Ricardo, sendo recebido peloacadêmico Herberto Sales. Segundo regis-tros do Arquivo da Câmara Historiador Di-valdo Aguiar Lopes, aos oito anos, pordoença do pai, Bonifácio de Carvalho, JoséCândido de Carvalho foi morar por algumtempo no Rio de Janeiro, quando trabalhou,

como estafeta, na Exposição Internacionalde 1922.

Com a eclosão da Revolução de 30, JoséCândido inicia sua vida como jornalista, em“O Liberal”. Entre 1930 e 1939, exerceu fun-ções de redator e colaborador em diversosperiódicos de Campos, como a “Folha doComércio” e “O Dia”, onde passou a co-mentar a política internacional, e ainda a“Gazeta do Povo” e o “Monitor Campista”.

No ano de 1942, Amaral Peixoto, então inter-ventor do antigo Estado do Rio de Janeiro,convidou-o para trabalhar em Niterói, onde di-

rigiu o jornal “O Estado”, um dos grandes diá-rios fluminenses, e ele passou a morar na ci-dade. Com o fechamento do jornal “A Noite”,em 1957, passou a chefiar o copidesque da re-vista “O Cruzeiro” e a dirigir, substituindo OdyloCosta, filho, a edição internacional da publica-ção semanal dos Diários Associados.

Somente 25 anos depois de ter publicado o pri-meiro romance, José Cândido publica, em1964, pela Empresa Editora de “O Cruzeiro”, oromance O coronel e o lobisomem, uma dasobras-primas da ficção brasileira, que teve ime-diatamente grande sucesso. A segunda ediçãosaiu também pela empresa de “O Cruzeiro”.

Culturafestejada no

centenário de imortal

Jornalistae escritor

Mundo da cultura presente à sessão em homenagem a José Cândido de Carvalho


8 — Junho de 2014

NO PLENÁRIO

Paulo Roberto de Mattos Bagueira Leal,através do projeto de lei 50.049/13 o brigao Poder Executivo Municipal a realizar vis-torias periódicas nas redes de drenagempluvial, bueiros, galerias, córregos e riosde Niterói.

As vistorias serão realizadas pelo menosduas vezes por ano, por equipe compostapor três membros. A equipe de vistoriadeve ser nomeada através de ato própriodo Executivo e será composta por ummembro da Defesa Civil; um técnico daSecretaria Municipal de Conservação eServiços Públicos; e um outro da Secreta-ria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos eSustentabilidade.

A equipe de vistoria deve encaminhar, noprazo de 30 dias, a partir de sua nomea-ção, relatório técnico conjunto escrito e fo-tográfico aos chefes da Câmara deVereadores e da Prefeitura indicando o es-tado de conservação das redes de drena-gem pluvial, bueiros e galerias;capacidade máxima de vazão; necessi-dade de reparos quando estes forem obser-vados; e de ampliação ou com plementação.O Executivo fica autorizado a regulamen-tar através de decreto as normas de exe-cução da vistoria.

Jorge Andrigo Dias de Carvalho apresen-tou o projeto de decreto legislativo 01/2014para conceder o Título de Cidadão Nite-roiense ao jogador de futebol e atual de-putado federal Romário de Souza Faria.Nasceu no dia 29 de janeiro de 1966 nacomunidade do Jacarezinho, subúrbio doRio de Janeiro. De origem humilde, com oapoio dos pais, seu Edevair e dona Ma-nuela, conhecida como dona Lita, e dos ir-mãos, Ronaldo e Zoraidi, e um incríveltalento com a bola nos pés, o popular “Bai-xinho” venceu os “marcadores da vidaatravés do futebol”.

Em 1994, Romário foi protagonista no te-tracampeonato do Brasil na Copa dos Es-tados Unidos, tornando-se o melhorjogador do mundo. Em 2000, foi escolhidopela FIFA como um dos cinco maiores jo-gadores da história. No mesmo ano, foieleito melhor jogador das Américas pelarevista uruguaia El País e ganhou a Bolade Ouro da revista Placar, como melhor jo-gador do Campeonato Brasileiro.

O “gênio da grande área”, como ficou co-nhecido, atingiu a marca de 1.002 gols em2007. Na Câmara dos Deputados, Romá-rio é o 1º vice-presidente da Comissão deTurismo e Desporto.

Roberto Fernandes Jales, o Beto da Pipa,é o autor do projeto de lei 41/2005 queisenta da cobrança do Imposto Predial eTerritorial Urbano (IPTU), em cada exercí-cio, o contribuinte que comprovar a ado-ção de criança ou adolescente portador denecessidades especiais, inter-raciais ougrupo de irmãos.

A isenção atingirá somente o imóvel ondemora o menor. Caso aprovado os contri-buintes que se encontrarem nas condi-ções desta Lei deverão requerer obenefício até o dia 30 de abril de cadaexercício, apresentando o termo judicial deadoção atualizado, sob a pena de cassa-ção do benefício fiscal.

Caberá à administração municipal realizarsindicância, caso seja oportuno, sobre ascondições apresentadas no pedido deisenção.

“O projeto de lei objetiva estimular as fa-mílias do município a adotarem menores— órfãos ou abandonados — portadoresde necessidades especiais, inter-raciaisou grupo de irmãos, proporcionando a elesum lar, carinho, educação, alimentação emoradia, fundamental para a formação detodo ser humano”, revela Beto da Pipa.

Andrigo (SDD) Bagueira (SDD) Beto da Pipa (PMDB)

2613-5126Gabinete 47

2613-6765 Gabinete 82



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Milton Carlos da Silva Lopes, o Cal, é umdos autores, ao lado de Verônica Lima, doprojeto de lei 47/2014 sobre a notificaçãocompulsória da violência contra a mulher,criança e idoso nos serviços de urgência eemergência.

Constitui objeto de notificação compulsóriaa violência contra crianças, adolescentes,mulheres e idosos, atendidos em serviçosde urgência e emergência, públicos e pri-vados, bem como na rede de atenção bá-sica de Niterói.

Os serviços de saúde deverão notificar,em formulário oficial, todos os casos aten-didos e diagnosticados de violência. Aficha de notificação compulsória obede-cerá ao modelo estabelecido pelo Ministé-rio da Saúde. O preenchimento será feitopelo profissional de saúde que realizou oatendimento.

“É preciso inserir cada vez mais a socie-dade no debate em torno desses temas,ampliando a cidadania e a procura de seviver melhor, respeitando o próximo. Indoalém, garantindo em especial o direito dascrianças e adolescentes, combater e in-centivar o fim da violência doméstica econtra as mulheres”, dizem os autores.

Bruno Bastos Lessa aguarda o trâmite doprojeto 151/2014. Apresentado em parce-ria com a bancada do PSOL, dispõe sobrea gratuidade para idosos no transporte pú-blico municipal. Pela proposta os idososcom idade a partir de 65 anos, para teracesso à gratuidade nos ônibus, devemapresentar qualquer documento pessoalque faça prova de sua idade. Em pará-grafo único proíbe, para o acesso à gra-tuidade, qualquer outra exigência.

O acesso dos idosos deve se dar atravésda porta definida como sendo de entrada.O direito é válido para todos os veículosutilizados no transporte público. Caso oidoso apresente dificuldade para passarpela catraca, a entrada poderá ser feitaatravés da porta de saída.

Os arquivos mantidos pelas concessionáriascom os dados cadastrados pelos idosos de-verão ser destruídos no prazo máximo de 30dias após o início de vigência da lei.

Segundo os autores o projeto tem por ob-jetivo fazer cumprir o Estatuto do Idoso,onde diz que “para ter acesso à gratui-dade, basta que o idoso apresente qual-quer documento pessoal que faça provade sua idade”.

Bruno Lessa (PSDB) Cal (PP)



Emanuel Jorge Mendes da Rocha pre-tende, através do projeto de lei130/2014, obrigar farmácias e drogariaslocalizadas em Niterói a disponibilizaremurnas receptoras de medicamentos e si-milares vencidos, insumos farmacêuticos,cosméticos deteriorados ou com prazo devalidade expirado.

Os estabelecimentos deverão afixar placaou cartaz em local visível com os seguin-tes dizeres: “Deposite aqui seu medica-mento vencido ou não utilizado”. Osestabelecimentos deverão acondicionar oconteúdo da urna receptora juntamentecom o material a ser recolhido pelo serviçode limpeza pública.

O descumprimento das obrigações sujei-tará o infrator à penalidade de multa na pri-meira autuação, sendo o dobro em casode reincidência cumulada a cassação doalvará de funcionamento, após a instaura-ção de processo administrativo.

“Vale a pena salientar que o presente pro-jeto não transfere às farmácias e drogariasas obrigações da Administração Pública noque tange a coleta do material, mas tão so-mente facilitar o descarte dos produtos atra-vés de outro meio”, explica Emanuel.

Emanuel Rocha (SDD)



10 — Junho de 2014

Jayme Suzuki (PSC)

Luiz Carlos Gallo de Freitas apresentou oprojeto de lei 15/2014, que dispõe sobreas regras para a venda de alimentos emvias e áreas públicas. A norma atinge achamada comida de rua, exceto as vendi-das em feiras-livres.

O projeto considera comércio ou doaçãode alimentos em vias e áreas públicas asatividades que compreendam a venda di-reta ou a distribuição gratuita ao consumi-dor, de caráter permanente ou eventual ede modo estacionário.

O comércio será dividido em categorias.A primeira delas se refere a alimentos co-mercializados em veículos automotores,assim considerados os montados sobreveículos a motor ou rebocados, desdeque recolhidos ao final do expediente,que tennham o comprimento máximo deseis metros.

Na categoria B, ficam os alimentos vendi-dos em carrinhos, assim considerados osmontados em estrutura tracionada pelaforça humana. Na C os comercializadosem barracas desmontáveis. Os grupos dealimentos autorizados a serem comercia-lizados por cada categoria serão definidosem decreto regulamentador.

Henrique dos Santos Vieira Lima, aguardao trâmite do projeto de lei 143/2014que cria o Fundo Para Apoio e Desenvol-vimento da Comunicação Pública, Educa-tiva e Comunitária de Niterói. Esse fundovisa o fomento e a sustentabilidade de ini-ciativas de comunicação, empreendidaspor organizações da sociedade civil nãocomercial, bem como escolas públicas.

Deverá ser será gerido pelo Conselho Mu-nicipal de Comunicação e seus gestoresterão atribuições de administrar o orça-mento a ele destinado; promover iniciati-vas e empreendimentos; estimular acapacitação de pessoas, grupos e organi-zações para a produção de conteúdos eelaboração de programações voltados aassuntos de interesse da sociedade; e in-centivar a integração de segmentos diver-sos da sociedade.

“Pretendemos com este projeto, ampliar efortalecer a pluralidade de ideias, de con-teúdos de comunicação e de meios de dis-tribuição de programações e visõesdiversas, aperfeiçoando a política munici-pal de comunicação com base em princí-pios democráticos, de defesa dos direitoshumanos, sociais e do protagonismo po-pular”, afirma Vieira.

Jayme Bittencourt Suzuki é autor da indi-cação legislativa 1.091/2013 que pedemaior segurança na Praça Vital Brasil, nobairro de mesmo nome, com a presençada Guarda Municipal dividida em rondasde três turnos.

Em sua justificativa o vereador alega que“a tradicional Praça Vital Brasil, espaço delazer da comunidade local, frequentadapor mães que levam seus filhos, jovenspraticantes de skate e idosos, passou hámuito tempo a ser uma área perigosa, ocu-pada por jovens usuários de drogas”.

Lembrou que “as famílias já pouco fre-quentam o local e os jovens praticantes desurf, moradores no entorno, além do cons-trangimento com a presença de drogados,correm risco de sofrer assaltos, o que já éuma rotina na área”.

Tal manifestação resultou no início da re-vitalização da área com limpeza geral, pin-tura, ação dos agentes da SecretariaMunicipal de Assistência Social e pre-sença constante de equipes da Secretariade Ordem Pública. “O prefeito RodrigoNeves foi sensível aos nossos apelos eesperamos que as ações sejam duradou-ras e em caráter permanente”, disse.

Henrique Vieira (PSOL)Gallo (PROS)

NO PLENÁRIO





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José Vicente Filho (PROS) Leonardo Giordano (PT)

José Vicente Filho é autor do pedido àPrefeitura de Niterói para que sejam rea-lizados os reparos necessários para a re-vitalização da Praça da Paz, localizadano bairro da Engenhoca (Zona Norte). Oapelo aos órgãos competentes foi reali-zado através da Indicação Legislativa nú-mero 1.940/13.

“Trata-se da principal área de lazer daEngenhoca. Ela é utilizada especial-mente por crianças e idosos, sendo queas correntes dos balanços necessitamser trocadas, pois as mesmas estão en-ferrujadas. Já as mesas e cadeiras re-querem pintura e as ferragens que assustentam encontram-se sem emboço oucaindo. Os usuários, em sua maioriacrianças, estão expostos a graves aci-dentes”.

O vereador solicita urgência ao atendi-mento da reivindicação de moradores da-quele bairro. “A demanda nos foiencaminhada pela comunidade do refe-rido logradouro, para que possam ratifi-car os votos de credibilidade no poderpúblico municipal”, justifica o pedido o ve-reador José Vicente Filho. Ele preside aComissão de Administração, Estatísticae Servidores Públicos.

Leonardo Soares Giordano, através daindicação legislativa 477/2014, sugere àPrefeitura de Niterói que decrete a obri-gatoriedade de que todo veículo de trans-porte coletivo seja equipado comaparelho de ar condicionado, com dispo-sitivo regulador de temperatura.

“Os profissionais, motoristas e trocado-res, passam horas de trabalho dentro doônibus, sofrendo de estafa diária. Preci-samos garantir o bem estar do trabalha-dor. Uma das principais reclamações dospassageiros de ônibus é o intenso calorno interior dos veículos. Espaço limitadoe dividido por muitas pessoas — o quediminui a circulação do ar. Há dias emque, especialmente no verão, a sensaçãotérmica chega a 50 graus”, destaca Leo-nardo.

A Comissão Municipal de Verdade, presi-dida por Giordano, fechou seu primeirorelatório com o número de 356 presos nacidade. “A frieza destes números vaimuito além de depoimentos e matériasde jornais que relatavam, no período daditadura militar de 1964 a 1985, a dor debrasileiros que, aqui em Niterói, sentiramna pele os anos de chumbo”, ressalta overeador.

2613-6718 Gabinete 85


Pastor Ronaldo (PROS)

Ronaldo Oliveira da Silva, o Pastor Ro-naldo, pelo projeto de decreto legislativo04/2014, concede Título de Cidadão Nite-roiense ao pastor Silas Lima Malafaia. Se-gundo o resumo biográfico queacompanha a proposta, o homenageadoSilas Malafaia nasceu em 20 de agosto de1958, na cidade do Rio de Janeiro. É olíder da Igreja Assembleia de Deus Vitóriaem Cristo.

Bacharel em Teologia, graduado pelo IBP(Instituto Bíblico Pentecostal), Malafaiatambém é graduado em psicologia. Con-ferencista convidado por várias igrejas doBrasil e de outros países, organiza even-tos como o Congresso Pentecostal FogoPara o Brasil e as Cruzadas Evangelísti-cas. O pastor Silas também é o vice-pre-sidente do Conselho Interdenominacionalde Ministros Evangélicos do Brasil(Cimeb), entidade que abriga pastores dediversas denominações evangélicas e foimembro da mesa diretora da ConvençãoGeral das Assembleias de Deus e presi-dente dos Conselho de Ministros Evangé-licos do Estado do Rio de Janeiro.

Coordena e apresenta o Programa “Vitóriaem Cristo”, que anteriormente era cha-mado “Impacto”.



12 — Junho de 2014

NO PLENÁRIO

Priscila Nocetti (PSD)

Paulo Eduardo Gomes, em parceria comos colegas do PSOL, aguarda o trâmitedo projeto 131/2014, que proíbe o uso dosistema biométrico no transporte públicomunicipal. São considerados biométricosos seguintes métodos de identificação depassageiros: reconhecimentos de im-pressão digital, de voz, retina e da face;identificação pela íris; geometria da mão;reconhecimento da assinatura e da digi-tação; e tecnologias futuras, tais comoodores e salinidade do corpo humano,padrões das veias por imagem térmica eanálise de DNA.

Os arquivos mantidos pelas concessio-nárias com os dados biométricos cadas-trados pelos passageiros deverão serdestruídos no prazo máximo de 30 diasapós o início de vigência da lei.

“O sistema biométrico começou a ser uti-lizado no transporte público de Niterói,com fins de identificação dos passagei-ros portadores de gratuidade, no dia 5 demaio de 2014. Desde então, tudo o quese vê são crianças, pessoas com defi-ciência ou doenças crônicas e idosossubmetidos a métodos que, não raro, bei-ram a humilhação pública”, destaca o ve-reador.

Priscila Souza Nocetti Costa, através doprojeto de lei 74/2014 determina que fi-quem abonadas as faltas ao trabalho dospais que compareçam nas atividades es-colares de seus filhos previstas no calen-dário escolar. Os pais que tenham seusfilhos matriculados em escolas públicas ouprivadas deverão comunicar aos empre-gadores, no prazo mínimo de sete dias,sobre o não comparecimento ao trabalho.

Entende-se por atividades previstas no ca-lendário escolar as reuniões de pais e pro-fessores, atividades culturais, datascomemorativas e reuniões extraordináriasde relevância para o processo educacio-nal dos filhos.

O abono é de meio expediente, não sendonecessária a reposição em bancos dehoras. Os profissionais que receberemabono pelo comparecimento nas ativida-des deverão comprovar sua participaçãomediante declaração da instituição de en-sino. “O projeto tem como objetivo estreitaras relações familiares e edu cacionais. Opapel da família no processo educativo dosfilhos é de extrema importância, sendo ne-cessária a participação dos pais em datasespecíficas do calendário educacional dosfilhos”, revela Priscila.

Paulo Eduardo (PSOL)



Paulo Henrique da Silva Oliveira encami-nhou à Secretaria da Mesa Diretora da Câ-mara o projeto de lei 150/2014,instituindo a obrigatoriedade de realizaçãodo Teste da Linguinha nas crianças recém-nascidas em Niterói. Os responsáveispelos nascimentos deverão encaminhar ascrianças recém-nascidas ao posto desaúde municipal determinado pela Secre-taria Municipal de Saúde para os procedi-mentos.

Por época da vacinação ou campanhaspara esse fim, os responsáveis deverãoser orientados para a realização do teste,caso se constate que não tenha sido feito.

“Especialistas contam que o procedimentoé importante para corrigir, logo cedo, pro-blemas que limitam a sucção da criançadurante a amamentação. O Teste da Lin-guinha também evita que o bebê cresçacom dificuldades na fala. A fonoaudiólogaRoberta Martinelli, criadora do Teste,afirma que a técnica não causa dor al-guma ao bebê. Primeiro, a profissionalexamina com os dedos o movimento dalíngua e a posição do frênulo, pele que ficasob o órgão. Em seguida, observa e gravaa amamentação da criança, para depoisanalisar os detalhes”, revela o autor.

Paulo Henrique (PPS)



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Renatinho (PSOL) Rodrigo Farah (PMDB)

Gezivaldo Renatinho Ribeiro de Frei-tas, pelo projeto de lei 127/2014, desejaque fique instituída a campanha perma-nente de formação e promoção de direi-tos humanos e acesso à justiça gratuitanas comunidades de Niterói.

A campanha contará com a ampla divul-gação através de quadros e cartazes in-formativos que deverão conter: a listagemdos direitos fundamentais, com instruçõessobre como proceder em caso de viola-ção; a listagem das entidades de direitopúblico e privado que prestam assistên-cia jurídica gratuita, com seus respectivosendereços, telefones e horários de aten-dimento; e a dos documentos necessáriosà gratuidade.

As informações contidas nos quadros ecartazes devem ser atualizadas a cada tri-mestre e eles deverão ser fixados nassedes das associações de moradores dascomunidades e em órgãos públicos queestejam presentes nas mesmas.

“O presente projeto de lei pretende dar vidaaos princípios constitucionais da dignidadehumana e da cidadania, fundamentos ne-cessários das relações co munitárias e so-ciais”, revela Renatinho.

Renato Ferreira de Oliveira Cariello é umdos autores do projeto de lei 242/2011,que obriga os estabelecimentos comer-ciais e de prestação de serviços a manterafixado, em local visível, o endereço e otelefone da Secretaria Municipal de De-fesa do Consumidor.

O descumprimento da Lei constitui infra-ção administrativa, a ser apurada peloórgão competente, com o devido procedi-mento legal, garantida a ampla defesa.

O infrator será responsabilizado com asseguintes sanções: Advertência, por es-crito, da autoridade competente, conce-dendo-lhe o prazo de dez dias para ocumprimento da Lei; multa conforme oCódigo Tributário Municipal; e interdiçãodo estabelecimento, em caso de reinci-dência.

“Existe uma clara necessidade de divul-gar aos consumidores niteroienses o en-dereço e o telefone da SecretariaMunicipal competente para a defesa deseus direitos. A defesa do consumidorconstitui um dever do Estado, previsto naConstituição Federal, que o Estado pro-moverá, na forma da lei, a defesa do con-sumidor”, explica o vereador.

Rodrigo Flach Farah é o autor do projetode lei 337/2006, que autoriza o PoderExecutivo de Niterói a adotar medidas deproteção para os servidores municipaisque trabalhem expostos à radiação solardireta.

Para os efeitos deste projeto de lei, casoseja aprovado, compreende-se por expo-sição à radiação solar direta o exercíciode atividades pelo trabalhador debaixo dosol, com ou sem uso de equipamentos deproteção individual, no horário com-preendido entre 7h e 18 horas, indepen-dente do tempo de jornada trabalhada.

Os órgãos responsáveis ficam autoriza-dos a disponibilizar, gratuitamente, pro-dutos farmacêuticos que tenham porfinalidade o bloqueio e proteção contraraios solares aos servidores que exercemsuas atividades laborais expostos à ra-diação solar direta.

O Executivo fica autorizado a realizar cam-panhas informativas, em seus respectivosórgãos, a fim de promover a conscientiza-ção de todos os seus servidores para osriscos da exposição solar continuada, for-necendo-lhes orientações sobre a preven-ção e detecção precoce do câncer de pele.

Renato Cariello (PDT)





14 — Junho de 2014

NO PLENÁRIO

Waldeck Carneiro (PT)

Waldeck Carneiro da Silva é autor do pro-jeto 65/2012 instituindo a Semana Muni-cipal de Promoção do Esporte e doLazer no calendário oficial de datas eeventos de Niterói, a ser comemorada,anualmente, na semana do dia 23 dejunho.

Nesta data é consagrado o Dia do Des-porto. A programação da Semana poderáenvolver a comunidade escolar, clubes,sociedades esportivas e recreativas, em-presas, universidades e a população, pormeio da realização de palestras, ativida-des desportivas, torneios, jogos, bemcomo da organização de feiras ou expo-sições relacionadas ao esporte e ao lazer.

“O presente projeto tem por intuito esti-mular a prática do desporto e das ativi-dades recreativas, afirmadas como meiosde socialização, de estímulo à vida sau-dável e de ocupação edificante do tempolivre. É importante que Niterói se insiranesse processo, que tem potencial paraabranger toda a Região Metropolitana doRio de Janeiro, de modo que os nite-roienses possam se beneficiar, não ape-nas dos eventos em si mesmos, mastambém dos legados social e urbano queeles deixarão”, conta Waldeck Carneiro.


Tânia Rodrigues (PDT)

Tânia Regina Pereira Rodrigues é autorado projeto 153/2014 que estabelece nor-mas gerais e critérios básicos para a pro-moção da acessibilidade das pessoas comdeficiência ou com mobilidade reduzida emNiterói.

Segundo o projeto, acessibilidade é a pos-sibilidade e condição de alcance para utili-zação, com segurança e autonomia, dosespaços, mobiliários e equipamentos ur-banos, das edificações, dos transportes edos sistemas e meios de comunicação, porpessoa com deficiência.

Já barreira é qualquer entrave ou obstáculoque limite ou impeça o acesso, a liberdadede movimento e a circulação com segu-rança das pessoas, sendo classificadascomo barreiras arquitetônicas urbanísticas;e as existentes nos meios de transportes.

“Na arquitetura e no urbanismo, a acessi-bilidade tem sido uma preocupação cons-tante nas últimas décadas. Atualmenteestão em andamento obras e serviços deadequação do espaço urbano e dos edifí-cios às necessidades de inclusão, visandoeliminar os obstáculos existentes aoacesso, modernizando e incorporandoessas pessoas ao convívio social”, diz.

Verônica dos Santos Lima é autora do pro-jeto de lei 147/2014, que estipula um pesomáximo das mochilas carregadas por alu-nos nas escolas e colégios públicos e par-ticulares de Niterói. Se aprovado emplenário fica definido que os alunos so-mente poderão carregar o material escolarque não ultrapasse 15% do seu peso cor-poral.

As exigências impostas serão regulamen-tadas pelo Executivo Municipal no prazode 180 dias após a aprovação da lei. Po-derá a Secretaria Municipal de Educaçãoser responsável pela divulgação e fiscali-zação do disposto no presente projeto delei. A Prefeitura fica autorizada a firmarparceria com a Sociedade Brasileira deOrtopedia e Traumatologia (SBOT), paraas orientações necessárias.

“O tema é de grande relevância, uma vezque a Associação Brasileira de Reabilita-ção da Coluna (ABRC) acredita que, entre60% e 70% dos problemas de coluna nafase adulta, são causados por sobrecargade peso e esforço repetitivo na infância ena adolescência. Essa é a motivação paraestabelecer uma legislação suplementarespecífica para a cidade de Niterói”, ex-plica Verônica.

Verônica Lima (PT)




1515

Preparar atletas para as Olimpíadas de2016 e utilizar o esporte como barreira aoingresso de crianças e jovens carentes nacriminalidade é o objetivo do ProjetoSaúde e Sabedoria, idealizado em feve-reiro de 2013 pelo professor de lutas mar-ciais Marcio Irineu Mesquita. Às segundase sextas-feiras, das 18h às 20h30m, 76alunos a partir dos seis anos de idade pra-ticam aulas de taekwondo, jiu-jitsu edança do ventre (meninas) no Ginásio doCaio Martins.

— Retirar os meninos da rua, evitar o con-tato com as drogas e fazer do esporteuma porta para conquistas e vitórias. Ocu-par o tempo com saúde e disciplina. Nopassado eu precisei de um projeto comoesse, para não sair do caminho certo —conta o professor Marcio.

Tanto trabalho e dedicação já começam arender frutos. Recentemente nove atletasparticiparam do Open Nordeste de Taek-wondo, em Alagoas. Na primeira viagempara fora do estado conquistaram dez me-

dalhas: três de ouro e sete de prata. Umdos alunos, Caio Mesquita, de apenasnove anos, recebeu duas medalhas (ouroe prata) no taekwondo.

— Conseguimos com a Secretaria Esta-dual de Esportes as passagens de avião elevamos também uma enfermeira paraatender alguma emergência. O campeo-nato faz parte do ranking nacional e esta-mos confiantes de que, pelo menos, umde nossos meninos estará nas Olimpíadasdo Rio em 2016 — acredita Marcio.

No início do ano os integrantes do projetocompetiram no Open Niterói, conquis-tando cinco medalhas, sendo três de ouro,uma de prata e uma de bronze, todas tam-bém no taekwondo. O Projeto Saúde eSabedoria tem apoio de empresas quedoam lanches e dez atletas recebem ces-

tas básicas doadas pela Viação Santo An-tônio.

— Em setembro vamos abrir o nosso pri-meiro núcleo fora do Caio Martins. Vai serinstalado na sede campestre do Sindicatodos Rodoviários de Niterói, no Sapê, paraatender mais 50 crianças gratuitamente— adianta Marcio.

Os jovens interessados podem acessar osite www.saudesabedoria.com.br ou ligarpara os telefones 7811-3376 e 99306-5149. Para participar é preciso estar estu-dando regularmente e gozar de boasaúde. O projeto também conta com aten-dimento psicológico para os alunos e as-sistência jurídica para as famílias.Empresas que queiram contribuir com ma-terial esportivo e lanche também são ben-vindas.

Projetosocial preparajovensparaas Olimpíadas

O presidente da Câmara, Paulo Bagueira, cumprimenta Marcio e sua equipe pelas medalhas conquistadas

Quem vê o garçom da Câmara de Vereadores Lucas Monteiro deAzevedo, um jovem de 20 anos e de baixa estatura, não imaginaque está diante de um campeão. Medalha de prata no Open Nor-deste ele trabalha no Gabinete da Presidência.

— Como trabalho aqui em meio expediente aproveito a manhã livrepara estudar, fazer diversos cursos e me dedicar ao esporte às se-gundas e sextas, dias em que não há sessão na Câmara — conta.

O pai era cozinheiro e a mãe trabalha com festas, mas diz ele tra-balhar como garçom é apenas coincidência. Lucas começou a fazer

Engenharia de Produção, mas abandonou o curso. O que pretendemesmo é seguir firme no esporte. Começou aos 16 anos treinandomuay thai como forma de trabalhar o corpo, a mente e ter noçõesde defesa pessoal. Há sete meses é faixa amarela no taekwondo.Em agosto vai participar da competição entre os municípios de Ni-terói e Itaboraí.

— O esporte é caro, mas existem projetos como o Saúde e Sabe-doria que atendem de graça. Estou muito satisfeito em fazer partedesse grupo. Força de vontade e determinação não me faltam paratrilhar o caminho do esporte — afirma Lucas.

Medalhas na bandeja


NA HISTÓRIANA HISTORIA

16 — Junho de 2014

Médica, pediatra e sanitarista; fundadora ecoordenadora internacional das pastorais daCriança e da Pessoa Idosa, organismos deação social da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB), Zilda Arns também foi representante ti-tular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde emembro do Conselho Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social(CDES).

Em fevereiro de 2010, atravésdo projeto de resolução01/2010, de autoria do ve-reador Waldeck Carneiro,foi criada a Medalha Legis-lativa Municipal do MéritoZilda Arns. A distin ção deveser conferida, em vida oupostumamente, durantesessão solene da Câmarade Vereadores, a cidadãose entidades que se destaca-rem na defesa das causas hu-manitárias, na promoção da paze na defesa dos direitos da criança.

Nascida em Forquilhinha (SC), residia em Curitiba(PR). Era mãe de cinco filhos e avó de dez netos. Es-colheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pú-blica. Sua prática diária como médica pediatra do Hospital de CriançasCezar Pernetta, na capital paranaense, e posteriormente como diretora deSaúde Materno-Infantil da Secretaria de Saúde do Estado. Teve como su-porte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela Univer-sidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas de SaúdeMaterno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS/OMS). Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada acoordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epi-demia de poliomielite, que começou em União da Vitória, criando um mé-todo próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

No início de 2010, boa parte do Haiti e sua capital, Porto Príncipe, foi

destroçado por um terremoto de gran-des proporções, com impacto estimadode 30 bombas atômicas. A catástrofe vi-

timou incontáveis vidas, inclusive de bra-sileiros, civis e militares, que lá viviam e trabalhavam pela paz

e pela segurança daquele país. Entre eles, encontrava-se umaimportante brasileira, a médica Zilda Arns, que notoria-

mente dedicou sua vida à causa da minoração dosofrimento dos necessitados e da redução da

mortalidade infantil.

Lembra o professor Waldeck Carneiroque a jovem Zilda formou-se em medi-cina, contra o desejo paterno, cursoàquela época só frequentado por ho-mens.

_ Esta corajosa opção acabou por dar aomundo uma das maiores contribuiçõesàqueles que a miséria e a ignorância ha-viam fadado a ter curta duração _ des-

taca o professor.

Ainda segundo a justificativa do projeto, a cri-ação da pastoral na pequena cidade de Florestópo-

lis, era um projeto simples na sua concepção e execução.Criada em 1983, a Pastoral da Criança iniciou, como um mila-

gre, a redução significativa da mortalidade infantil, com o preparo e a dis-tribuição de uma multimistura, através de voluntários, para o combate àdesnutrição.

Zilda Arns interrompeu suas férias para proferir uma palestra em PortoPríncipe, para um grupo de religiosos haitianos. Quando encerrava apalestra, eclodiu o terremoto que vitimou esta grandiosa brasileira ecidadã do mundo.

A criação da Medalha Zilda Arns visa a homenagear cidadãos e entidadesque também se destacaram na defesa das causas humanitárias, dos di-reitos da criança e na promoção da paz. Ademais, a criação da Medalha“poderá estimular o surgimento de novos sujeitos que se espelhem no ex-emplo da médica e humanista brasileira”.

Zilda Arns,defensora dos direitos humanos


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38 JUNHO Revista Camara 38 CAMARA Niteroi junho 2014camaraniteroi.rj.gov.br/site/sala-imprensa/revista/... · 2020. 9. 21. · 38_JUNHO_Revista Camara_38 CAMARA Niteroi junho 2014