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MEDITAÇÃO DA CRIANÇA INTERIOR – DE 6 a 13 ANOS Leia para o paciente, ou repasse para que o mesmo faça a meditação em casa. Ao ler, faça uma pausa silenciosa de mais ou menos 15 segundos entre cada frase. Comece sentado tranquilamente, observando tudo que o rodeia... Localize-se no espaço e no tempo. Sinta que suas costas e suas nádegas estão tocando a cadeira... Sinta sua roupa no seu corpo... alguma parte mais apertada... Ouça todos os sons que puder ouvir... Sinta o ar na sala... Por enquanto, você não tem de ir a lugar nenhum e não tem de fazer nada... Apenas esteja aqui e agora... Agora, pode fechar os olhos... Pode sentir a própria respiração... (3 ou 4 respirações) Sinta o ar entrando e saindo dos seus pulmões... Sinta o ar nas suas narinas quando ele entra e sai... Se tiver pensamentos alheios à meditação, tudo bem. Pode dar atenção a eles como se fossem palavras na tela da televisão anunciando chuva pesada ou uma tempestade. O importante é dar atenção a eles. Deixe que passem por você... Enquanto continua a respirar, pode segurar o consciente tanto quanto quiser... Ou pode largar de um modo que você sabe que é relaxante... Você aprendeu a segurar e largar quando era criança... E sabe exatamente quando deve segurar e quando deve largar. Você aprendeu o equilíbrio perfeito quando aprendeu a respirar, logo que nasceu... Você aprendeu a inspirar... E segurar o ar tempo suficiente para oxigenar os seus glóbulos sanguíneos... E você aprender a largar... E sentir o ar saindo... Quando bebê, você aprendeu a sugar o seio da sua mãe... Você aprendeu a sugar a mamadeira... E a largar para sentir o gosto do leite morno... Você logo aprendeu a segurar sua mamadeira... E a soltar quando acabava... E aprendeu a segurar na grade do berço... E a soltar quando estava pronto para deitar outra vez... Portanto, você sabe exatamente quanto deve segurar e quanto deve largar... E pode confiar em você para saber exatamente o que precisa... Agora, você talvez esteja sentindo um certo peso nas pálpebras... Pode deixar que elas se fechem com força... Pode sentir um peso no queixo... Nos braços e nas mãos... E pode sentir como se tivesse peso nas pernas e nos pés... Como se não pudesse mover as pernas...

4 MEDITAÇÃO da criança interior de 6 a 13 anos

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Meditação, criança, dor, ferida

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MEDITAÇÃO DA CRIANÇA INTERIOR – DE 6 a 13 ANOS

Leia para o paciente, ou repasse para que o mesmo faça a meditação em casa. Ao ler, faça uma pausa silenciosa de mais ou menos 15 segundos entre cada frase.

Comece sentado tranquilamente, observando tudo que o rodeia... Localize-se no espaço e no tempo. Sinta que suas costas e suas nádegas estão tocando a cadeira... Sinta sua roupa no seu corpo... alguma parte mais apertada... Ouça todos os sons que puder ouvir... Sinta o ar na sala... Por enquanto, você não tem de ir a lugar nenhum e não tem de fazer nada... Apenas esteja aqui e agora... Agora, pode fechar os olhos... Pode sentir a própria respiração... (3 ou 4 respirações) Sinta o ar entrando e saindo dos seus pulmões... Sinta o ar nas suas narinas quando ele entra e sai... Se tiver pensamentos alheios à meditação, tudo bem. Pode dar atenção a eles como se fossem palavras na

tela da televisão anunciando chuva pesada ou uma tempestade. O importante é dar atenção a eles. Deixe que passem por você...

Enquanto continua a respirar, pode segurar o consciente tanto quanto quiser... Ou pode largar de um modo que você sabe que é relaxante... Você aprendeu a segurar e largar quando era criança... E sabe exatamente quando deve segurar e quando deve largar. Você aprendeu o equilíbrio perfeito quando

aprendeu a respirar, logo que nasceu... Você aprendeu a inspirar... E segurar o ar tempo suficiente para oxigenar os seus glóbulos sanguíneos... E você aprender a largar... E sentir o ar saindo... Quando bebê, você aprendeu a sugar o seio da sua mãe... Você aprendeu a sugar a mamadeira... E a largar para sentir o gosto do leite morno... Você logo aprendeu a segurar sua mamadeira... E a soltar quando acabava... E aprendeu a segurar na grade do berço... E a soltar quando estava pronto para deitar outra vez... Portanto, você sabe exatamente quanto deve segurar e quanto deve largar... E pode confiar em você para saber exatamente o que precisa...

Agora, você talvez esteja sentindo um certo peso nas pálpebras... Pode deixar que elas se fechem com força... Pode sentir um peso no queixo... Nos braços e nas mãos... E pode sentir como se tivesse peso nas pernas e nos pés... Como se não pudesse mover as pernas... Ou pode sentir exatamente o oposto, como se suas mãos e seus braços fossem feitos de penas... Você sabe exatamente o que está sentindo, peso ou leveza... E seja o que for, é exatamente o que é bom para você...

Agora pode começar a experimentar algumas lembranças de infância... Pode lembrar dos seus primeiros dias na escola... E de seu melhor amigo naqueles dias... Pode lembrar de um professor, uma professora ou de um vizinho bondoso... E pode lembrar da casa em que morava antes de ir para a escola... De que cor era a casa?... Se era um apartamento?... Um trailer?...

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Você morava na cidade?... No campo?... Agora você pode ver alguns cômodos da casa... Onde você passava o tempo nessa casa?... Tinha um quarto especial?... Onde ficava a mesa de jantar?... Veja quem está à mesa de jantar... Qual era a sensação de estar sentado àquela mesa?... Qual era a sensação de morar naquela casa?...

Como eram as coisas na sua casa quando você foi para a escola pela primeira vez?... Lembra-se do seu primeiro dia na escola?... Lembra-se do primeiro dia em cada série?... Você tinha uma lancheira?... Uma mochila para os livros?... Como ia para a escola?... Tinha medo de ir para a escola?... Os valentões o assustavam?... Quem era seu professor favorito?... Era professor ou professora?... Imagine o playground da escola... Veja seu eu na idade escolar, no playground... O que ele está fazendo?... Como está vestido?... Aproxime-se e imagine que pode ser ele... Agora, você é uma criança em idade escolar olhando para seu eu-adulto... Você se vê como um mago sábio e gentil... Ouça sua voz de adulto dizendo palavras carinhosas para você...

Ouça as afirmações seguintes e as repita para esta criança: Pequeno .................................., você pode ser você nas escola. Pode defender quem você quiser que

apoiarei. É certo fazer as coisas ao seu modo. É certo pensar sobre as coisas e experimentar antes de adotá-las. Pode confiar nos seus julgamentos. Basta assumir as conseqüências das suas escolhas. Pode fazer as coisas ao seu jeito e é certo discordar. Eu o amo do jeito que você é. Pode confiar nos seus sentimentos. Se tiver medo, diga-me. É certo ter medo. Podemos conversar a respeito. Pode escolher seus amigos. Pode se vestir como os outros garotos, ou pode se vestir como quiser. Você merece ter as coisas que deseja. Estou disposto a ficar com você, aconteça o que acontecer. Eu o amo.

Sinta tudo que pode sentir. Despeça-se do seu mago gentil e o abrace, se quiser... Volte a ser adulto, lentamente... Diga à sua criança interior que de agora em diante estará sempre ali para ela... Diga que pode contar com você...

Comece a caminhar para a frente no tempo... Veja seu ginásio... De que cor é o prédio?... Veja seu melhor amigo dessa época... Ouça uma música favorita dos adolescentes... Caminhe no tempo para os primeiros anos da sua vida de adulto... Veja a casa onde mora...

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Veja a sala em que está... Sinta onde está neste momento... Mexa os dedos dos pés... Sinta a energia subindo por suas pernas... Respire fundo... Solte o ar ruidosamente... Mexa os dedos das mãos... Sinta-se completamente presente, restaurado em seu corpo e mente... Agora abra os olhos lentamente.

Fique sentado por algum tempo e procure sentir sobre a experiência que acaba de ter. Perceba o que está sentindo. Se não sentir nada, tudo bem. Preste atenção nas afirmações que o tocaram mais de perto. Reflita sobre estas palavras, sentindo todo o poder nutriente delas. Onde as emoções vieram à tona para você? Como se sente agora? Do que está consciente?

No fim da reflexão, escreva seus pensamentos e impressões se quiser. Conscientize-se de que o adulto que você é pode tomar conta desse bebê – o bebê que é você.

Às vezes as pessoas não podem ver, ouvir ou sentir sua criança interior. Isso acontece porque durante o exercício elas são a criança.

Às vezes as pessoas ficam zangadas ou revoltadas quando vêem a criança que elas foram. Isso indica um nível muito grave de vergonha tóxica. Se sentir raiva, desprezo ou repulsa quando fez este exercício, precisa tomar uma decisão sobre sua disposição para aceitar a parte fraca e vulnerável do seu eu.

Enquanto você não estiver disposto a aceitar a parte mais fraca e mais desamparada do seu eu, não poderá ser realmente poderoso e forte. Uma parte da sua energia e da sua força estará ocupada em rejeitar a outra parte da sua personalidade. Essa luta interna desperdiça uma grande porção do seu tempo, da sua energia e da sua força. Por mais paradoxal que pareça, sua força só vai aparecer se aceitar sua fraqueza!

Agora que você recuperou o seu bebê interior, repita as afirmações durante vários dias. Imagine que está embalando o bebê nos braços e dizendo em voz alta: “Este é o seu lugar! Nunca houve ninguém como você! Você é único, inimitável!” Acrescente as afirmações que detonaram as emoções mais fortes – são as que você mais precisa ouvir.

Você pertence a esta terra, seja muito bem vindo!Muitas crianças aprenderam a ser importantes transformando-se em responsáveis por outras

pessoas. Desse modo são viciados em “consertar as coisas” e em ajudar. Geralmente, distraem a outra pessoa da concentração em suas emoções, dizendo, por exemplo: “Veja o lado bom”, ou “Agora vamos examinar suas alternativas”.

Para acessar os sentimentos congelados, faça algumas das perguntas a seguir: “Por que você acha que seu pai bebia?”, “Como está se sentindo agora?” ou, “Qual foi sua sensação?” ou, “Se sua tristeza pudesse falar, o que diria?”. Todas são palavras que encorajam a pessoa a expressar suas emoções.