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EET 428 Professor Luiz Henrique de Almeida Metalurgia Física das Ligas Não Ferrosas Engenharia Metalúrgica e de Materiais Escola Politécnica COPPE/UFRJ

4 Metalurgia Física Das Ligas Não Ferrosas - Cobre I - 2013.2 (1)

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Metalurgia Física Das Ligas Não Ferrosas - Cobre I - 2013.2 (1)

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  • EET 428

    Professor Luiz Henrique de Almeida

    Metalurgia Fsica das Ligas No

    Ferrosas

    Engenharia Metalrgica e de Materiais

    Escola Politcnica

    COPPE/UFRJ

  • COBRE E SUAS LIGAS

    I

  • Cobre comercialmente puro Ligas de Cobre de Baixo Teor em Liga Cu-Zn Lato Cu-Zn-Pb Lato ao chumbo Cu-Zn-Sn-Pb Lato ao Estanho Cu-Sn Bronze Cu-Sn-P Bronze Fosforoso Cu-Sn-P-Pb Bronze Fosforoso ao chumbo Cu-Pb Cu-Al (Cu-Al-Ni-Fe-Si-Sn) Cu-Ni Cu-Be (endurecidas por precipitao)

    COBRE E SUAS LIGAS

  • COBRE E SUAS LIGAS

    +Be

    Cobre Berlio

    Diagrama de Classificao Simplificado

  • Excelente condutor de eletricidade

    Excelente condutor de calor

    Elevada conformabilidade

    Elevada resistncia corroso

    Elevada usinabilidade

    Resistncia mecnica satisfatria

    Elevado custo

    Caractersticas do metal Cu

    COBRE E SUAS LIGAS

  • Caractersticas do metal Cu

    Metal

    Condutividade Eltrica Relativa

    Cu=100 (padro)

    Condutividade Trmica Relativa

    Cu=100 (padro)

    Ag 106 108

    Cu 100 100

    Au 72 76

    Al 62 56

    Mg 39 41

    Zn 29 29

    Ni 25 15

    Fe 17 17

    Ao 13-17 13-17

    Valores altamente sensveis aos nveis de impurezas.

    Se por um lado precisa-se de elementos de liga para aumentar a resistncia mecnica por outro lado perde-se condutividade eltrica. Compromisso Condutividade X Resistncia

    COBRE E SUAS LIGAS

  • COBRE COMERCIALMENTE PURO

    Cobre eletroltico tenaz (Cu ETP) - Onde se exige alta condutibilidade eltrica e boa resistncia corroso. Ex.: linhas telefnicas.

    Cobre isento de oxignio (Cu OF ou OFHC) - Em equipamentos eletro-eletrnicos, devido alta condutibilidade eltrica e sua maior conformabilidade. [ Tambm pode ser chamado de Cobre eletroltico (ou tough pitch)]

    (Qualquer perturbao na periodicidade da estrutura cristalina do Cu provoca um espalhamento de eltrons e consequentemente reduz a condutibilidade eltrica tomo de soluto causa regies localmente tensionadas e uma segunda fase ainda mais prejudicial como no caso do O que forma Cu2O)

    Cobre desoxidado com fsforo, de baixo teor em fsforo (Cu DLP) - utilizado em tubos para conduo de fluidos.

    APLICAES INDUSTRIAIS

  • Efeito da concentrao de impurezas

    Note que Ag e Pb no reduzem a condutividade. P e Fe so os que mais afetam dentro do grupo Fe, P, Si e Sb.

    COBRE COMERCIALMENTE PURO

  • DIAGRAMA DE

    EQUILBRIO CU-O

    Euttico a 0,39% O.

    Para altos teores de O (0,05%-0,09%) as ligas fundidas vo apresentar uma estrutura dendrtica formada pelo euttico definido no diagrama ( + ).

    Mesmo pequenos graus de impureza de O haver a presena de - Cu2O.

  • Microestruturas tpicas das ligas Cu-O

    Tough-pitch copper Cobre refinado com baixo teor de oxignio

  • Efeito da Concentrao de O na Tenacidade

    de Cobres Comercialmente Puros

  • Limitao do teor de Pb

    nas ligas de cobre

    comercialmente puras

    Solubilidade do Pb no Cu = 0,007% Formao de um euttico de baixo ponto de fuso (3260C) na regio do contorno de gro. Degradao do contorno, fuso localizada. Limite mximo permitido 0,005% para aplicao objetivando alta condutividade eltrica

  • Ligas de Cobre de Baixo Teor em Liga

    Liga cobre-arsnico desoxidado com fsforo (CuAs) - 0,013 e 0,050% Arsnico, melhorar as propriedades mecnicas a temperaturas elevadas e a resistncia

    corroso

    Liga cobre-prata tenaz (CuAg) - 0,02 a 0,12% de Prata, confere maior resistncia mecnica e resistncia fluncia. Aplicao na indstria eltrica (bobinas) (Ag, Sn e Cr aumentam a resistncia mecnica e elevam a temperatura de recristalizao do Cu. Entre eles a Ag no afeta significativamente a condutividade).

    Liga cobre-cromo (CuCr) - 0,8% de Cromo, utilizada para tratamento de endurecimento por precipitao, o qual provoca elevao de resistncia mecnica.

    Liga cobre-chumbo (CuPb) - 0,8 a 1,2% de Chumbo, com objetivo de melhorar a usinabilidade do cobre, aplicada em componentes eltricos: conectores, componentes de chaves, parafusos.

  • LATES

  • LATES

    Os lates comuns so ligas de cobre-zinco, podendo conter zinco em teores que variam de 5% a 50%, o que significa que existem inmeros tipos de lates. a classe mais utilizada dentre as ligas de Cu.

    Apresentam as caractersticas do Cu de resistncia a corroso e conformabilidade elevadas, entretanto, tm resistncia mecnica significativamente mais elevada.

    Cu CFC e Zn HC. Entretanto, a diferena de tamanho atmico de apenas 4% e por isso apresentam alta solubilidade entre si (ver diagrama de equilbrio). tima relao diferena de raio atmico/solubilidade do Zn no Cu.

  • DIAGRAMA DE EQUILBRIO DA LIGA COBRE-ZINCO

  • MICROESTRUTURAS TPICAS DO LATO 70-30

  • Efeito da concentrao de soluto na tenso cisalhante

    resolvida em solues slidas diludas de Cu

  • Efeito do trabalho a frio na

    resistncia e ductilidade

    das ligas de lato

    comparadas com o Cu

    comercialmente puro.

    As adies de 20 e 30% de Zn aumentam tanto a tenso para fratura quanto a ductilidade (alongamento at a fratura).

  • Encruamento e formao do empescoamento

    em lates e Cu comercialmente puro.

    Importncia do controle de tamanho de gro para a manuteno das boas propriedades de conformao.

    O grfico explica porque os lates tm caractersticas desejveis para estampagem profunda (a seguir).

  • Exemplo das caractersticas

    de conformabilidade do

    Cobre e dos Lates

    Raio do disco maior

    ESTAMPAGEM PROFUNDA

  • PROPRIEDADES MECNICAS DOS PRINCIPAIS

    LATES

  • LATES ESPECIAIS

    Ligas contendo chumbo possuem alta usinabilidade, devido presena de partculas dispersas de chumbo.

    Ligas com alumnio, com pequenos teores de arsnio, possuem melhor resistncia corroso.

    Ligas contendo estanho apresentam boa resistncia corroso em gua doce ou salgada pouco poluda.

  • Propriedades Mecnicas dos Principais

    Lates Especiais

    Foi observado na aula que dava mais que 100% - Zn 20

  • Contribuio do Daniel

    Nmero da Liga (designao comercial)

    Composio Nominal (wt%)

    Formas Comerciais max. (Mpa)

    esc. (Mpa)

    (%) Usinabilidade

    (%)

    C36000 (lato de fcil usinagem) (Exemplo de lato com

    alto teor de Pb)

    61,5 Cu; 3,0 Pb; 35,5 Zn

    Produtos planos, Vergalho e Perfilados

    338 - 469

    124 310

    53 18

    100

    C68700 (bronze com alumnio,

    arsenioso)

    77,5 Cu; 20,5 Zn; 2,0 Al; 0,1 As

    Tubos 414 186 55 20

  • Propriedades Mecnicas dos Principais

    Lates para Fundio

  • Lates com alto teor de Zn - + (Cu-40Zn)

    Variedade de microestruturas envolvendo as fases (CFC) + (CCC)

    Mantm excelentes propriedades de conformao a quente e usinabilidade

    A liga de Lato mais comum + a Cu-40%Zn Metal Muntz

    A fase um composto intermetlico de estequiometria definida para cada temperatura de equilbrio. Cbica de corpo centrado (CCC). A concentrao de Zn nessa fase varia de 45% a 49% de 500oC a temperatura ambiente. Abaixo de 470oC (temperatura crtica para esse composio) os tomos de Cu e Zn assumem posies preferenciais na rede formando uma fase ordenada (arranjo de longo alcance ou super rede).

  • Reao euttica a 250C na prtica no ocorre (linhas pontilhadas equilbrio atingido para tempos muito longos e isso indica que reao muito lenta para ocorrer em tempos comercialmente razoveis.)

    Fase ordenada

    estvel a 8000C entre 39 e 55%. A 5000C esse intervalo cai para 45 a 49%

    Temperatura crtica de transformao 4790C

    Diagrama ao lado pode ser usado na prtica para a temperatura ambiente (observar temperatura de 200 no grfico).

  • Formao de domnios

    ordenados (fase ) abaixo

    da temperatura crtica

    plano (110)

    Domnios ordenados

    Mesmo resfriado rapidamente do campo para no se consegue suprimir a

    ordenao e pequenos domnios de so formados. Ao mesmo tempo esses domnios tem menor grau de ordenao

    Grau de ordenao S varia de 1 (perfeitamente ordenada que o caso da figura d) a 0 (randmica), o que obviamente dependente do tratamento trmico e velocidade de resfriamento.

  • Propriedades Mecnicas da Fase

    Funo do Domnio de Fase

    Condio inicial: resfriada lentamente a partir de 5000C. Reaquecida por 15 minutos e resfriada rapidamente nas diferentes temperaturas.

    Domnio da fase

    neste caso grosseiro

    O resfriamento rpido no

    consegue suprimir e esta se apresenta em

    finos domnios.

    O tratamento de reaquecimento age como um envelhecimento, aumentando o grau de ordenao de .

    As ligas no so usadas na prtica comercial devido a baixa ductilidade. Entretanto combinada com a fase

    formam ligas com boas propriedades.

  • PROPRIEDADES MECNICAS DOS LATES

    Dureza diminui

    Baixa ductilidade (relativa para a classe dos lates) em baixas temperaturas e excelente em altas temperaturas (fase desordenada mais dctil).

  • Microestrutura Lates + (com as fases + )

  • Propriedades Mecnicas Lates +

    Mais , o que gera mais no

    resfriamento rpido

    Dependentes tambm da quantidade de

  • Microestrutura dos Lates + em funo

    da velocidade de resfriamento

    CarolSticky Notecontorno com alfa.formaao de alfa pq nao consegue resfriar rapido sem passar pelo campo alfa.
  • Microestrutura do Lato + em Funo

    dos Tratamentos Trmicos

    CarolSticky NoteResfriado rapidamenteCarolSticky Noteaumentou temperatura pra 400 graus depois de resfriar , vai aumentar o teor de alfa. O alfa que tava no contorno ta mais marcado na figura, e vai ter alfa espalhado em beta (o alfa consegue crescer e nuclear no meio de beta). Liga com beta linha eh uma liga fragil. em geral, vai dar alta tenacidade ao material.CarolSticky NoteReaquecimento a 600.cria uma frao de alfa grosseira.
  • Microestrutura do Lato + em Funo

    dos Tratamentos Trmicos

    CarolSticky NoteAqueceu a 700graus e resfriou no forno.CarolSticky NoteAquecimento a 700 graus e resfriou ao ar. distribuio fina.
  • Frao volumtrica de em funo da taxa

    de resfriamento

    No d tempo de formar

  • BIBLIOGRAFIA

    Charlie R. Brooks Heat Treatment, Structure and Properties of Nonferrous Alloys .