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1. TIPOS DE CHUVA
Para que ocorra precipitao necessrio
verificar-se a condensao do vapor de gua
presente na atmosfera, o que acontece se o ponto
de saturao for atingido (defs. pg.. 182)
O ponto de saturao alcanado se a
temperatura diminuir, o que ocorre quando se
verifica uma ascenso do ar
Ar sobe
Temperatura diminui
Aumenta a humidade relativa
Atinge o ponto de saturao
D-se a condensao
Formao de nuvens
Precipitao
1.1. Precipitaes frontais
Resultam da convergncia de duas massas de ar com natureza fsica diferente. Quando duas massas de ar entram em contacto entre si, o ar quente, por ser mais leve que o ar frio, obrigado a subir, o que provoca o seu arrefecimento. Ao arrefecer ganha humidade relativa e pode condensar, dando origem formao de nuvens e precipitao
So frequentes nas altas e mdias latitudes, ocorrendo com alguma frequncia no norte de Portugal
1.2. Precipitaes orogrficas (ou de
relevo)
Formam-se quando os ventos martimos provenientes do
oeste, carregados de humidade, encontram uma
montanha, sendo o ar obrigado a subir. Ao ascender, o ar
arrefece, ganha humidade relativa at atingir o ponto de
saturao, condensa e d origem formao de nuvens e
ocorrncia de precipitao
Ao ultrapassar a vertente, o ar inicia um movimento
descendente, o que provoca o seu aquecimento e a
reduo da humidade relativa, afastando-o do ponto de
saturao, logo no h a consequente condensao,
formao de nuvens e precipitao
Estas chuvas so frequentes no noroeste de Portugal, assim
como nos arquiplagos dos Aores e da Madeira
1.3. Precipitaes convectivas
As elevadas temperaturas do solo, aquecido pela elevada radiao solar, provocam o aquecimento do ar em contacto com a superfcie. Com esta ascenso, o ar arrefece, atinge o ponto de saturao, d-se a condensao e formam-se nuvens que do origem a chuvas sob a forma de aguaceiros e muitas vezes acompanhadas por trovoadas
Estas chuvas so tpicas das regies tropicais e da estao quente das regies temperadas
Em Portugal, fazem-se sentir com mais frequncia no sul do pas, no Vero, devido ao forte aquecimento do solo nessa altura do ano
Em Portugal
As chuvas frontais e as orogrficas so, devido
latitude de Portugal, as que afetam mais
diretamente o territrio nacional, sobretudo no
norte e durante o Inverno. Contudo, as chuvas
convectivas fazem-se tambm sentir, sobretudo no
interior sul e durante o Vero
2. DISTRIBUIO DA
PRECIPITAO
2.1. Irregularidade intra e interanual
da precipitao
a) Variao da precipitao ao longo
do ano
Registam-se:
Mximos no Inverno
Mnimos no Vero
Relacionado com:
- latitude
Mximos no Inverno devido a:
- Influncia das baixas presses subpolares e da
perturbao do frente polar
- Temperaturas mais baixas
facilitam: - saturao
- condensao
- formao de nuvens
Maior
precipitao
Mnimos no Vero devido a:
- Deslocao para norte dos centros baromtricos
- Influncia do anticiclone dos Aores
- Temperaturas elevadas
dificultam: - saturao
- condensao
- formao de nuvens
Precipitao
reduzida
b) Variao interanual da precipitao
Diferenas anuais da precipitao so mais difceis
de explicar, mas podem ser resultado de:
Diferente comportamento dos centros baromtricos
e da perturbao da frente polar dinmica da atmosfera
Aquecimento global alteraes climticas
Intercalam-se anos secos e anos hmidos
2.2. Distribuio espacial da
precipitao
Conceitos:
Isoietas: linhas que unem pontos com o mesmo valor
de precipitao
a) Variao norte/sul
Verificam-se:
Maiores valores no noroeste e nas reas de maior altitude
Menores valores no sul, Alentejo e norte interior
porque:
Maior influncia das baixas presses subpolares no norte
Maior influncia do anticiclone dos Aores no sul
Influncia do relevo (altitude e orientao das vertentes)
b) Variao litoral/interior
Registam-se:
Valores mais elevados nas reas de maior altitude
e mais prximas do litoral
Valores mais baixos nas regies mais afastadas do
litoral e de menor altitude
Relevo fator muito importante na distribuio da precipitao
c) Fatores justificativos
Latitude
Norte mais afetado pelas baixas presses subpolares
e pelos sistemas frontais do que o sul, que
influenciado pelas altas presses subtropicais
Contrastes norte/sul
Relevo
- Locais que apresentam uma maior altitude registam
uma precipitao mais elevada
precipitao do origem orogrfica
- Orientao das cordilheiras montanhosas:
As que se dispem paralelamente costa funcionam
como barreiras de condensao, constituindo
verdadeiros obstculos progresso das massas de
ar hmido, originando valores elevados de
precipitao
Disposio oblqua linha de costa permite a
penetrao das massas de ar hmido at ao interior
Distncia do mar continentalidade
Junto do litoral h uma maior exposio s massas de
ar hmido do que no litoral
Contrastes litoral/interior
Concluso
Nas reas mais elevadas do noroeste e do centro,
sobretudo nas vertentes voltadas para o mar, as
precipitaes orogrficas reforam as frontais
No interior norte a precipitao reduzida deve-se
barreira do sistema montanhoso do noroeste que,
dispondo-se paralelamente linha de costa,
impede a penetrao dos ventos hmidos do
Atlntico
Disposio da Cordilheira Central permite a
penetrao dos ventos hmidos de oeste, pelo que
a o contraste litoral/interior menor
Na Serra Algarvia registam-se os valores de
precipitao mais elevados do sul do pas
Nas Regies Autnomas a precipitao mais
abundante nas reas de maior altitude e nas
vertentes mais expostas aos ventos hmidos
EXERCCIOS
1) Identifica os tipos de precipitao de acordo com os processos de ascenso do ar.
2) Menciona a precipitao mais frequente:
a) No norte de Portugal.
b) Nas regies com altitude mais elevada.
c) No Vero.
3) Justifica a afirmao: O Inverno a estao do ano mais pluviosa.
4) Comenta a distribuio da precipitao no territrio portugus, mencionando as variao norte/sul e litoral/interior.