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“Projeto em rede... para vidas com sentido!”. Aberto o período para inscrições última Irmã Ângela Coelho ofereceu relíquias dos Videntes ao Papa “Os Pastorinhos são para nós modelo de amor ao Santo Padre” página 11 Jornada Mariana Mundo consagrado ao Imaculado Coração de Maria página 12 outubro mês das missões pág. 6 Semanário diocesano www.jornalpresente.pt Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho Ano LXXXI • nº 4151 • P21 17 de outubro de 2013 • 0,50€ Paróquia da semana: Arrabal Generosidade no expoente máximo António Pereira Faria, pároco “É uma paróquia com gente generosa” outubro mês das missões Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões de 2013 “Queria a todos encorajar a tornarem-se anunciadores” | p. 3 Outubro Missionário “Uma Igreja para os pobres” | p. 3 Grupo Ondjoyetu Vigília Missionária em Monte Redondo | p. 3 Jorge Brites, da paróquia do Arrabal Em missão nos rios da Amazónia | p. 4 José Esteves, o missionário do Olival “Uma escola para Moçambique” | p. 4 Grupo Missionário Ondjoyetu Testemunhos de quem esteve na linha da frente | p. 5

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“Projeto em rede... para vidas com sentido!”. Aberto o período para inscriçõesúltima

Irmã Ângela Coelho ofereceu relíquias dos Videntes ao Papa“Os Pastorinhos são para nós modelo de amor ao Santo Padre”página 11

Jornada MarianaMundo consagrado ao Imaculado Coração de Mariapágina 12

outubromês das missões

pág. 6

Semanário diocesano www.jornalpresente.pt

Diretor: Carlos Magalhães de CarvalhoAno LXXXI • nº 4151 • P2117 de outubro de 2013 • 0,50€

Paróquia da semana: ArrabalGenerosidade

no expoente máximo

António Pereira Faria, pároco

“É uma paróquia com gentegenerosa”

outubromês das missões

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões de 2013

“Queria a todos encorajar a tornarem-se anunciadores” | p. 3

Outubro Missionário“Uma Igreja

para os pobres” | p. 3

Grupo Ondjoyetu Vigília Missionária

em Monte Redondo | p. 3

Jorge Brites, da paróquia do ArrabalEm missão nos rios

da Amazónia | p. 4

José Esteves, o missionário do Olival“Uma escola

para Moçambique” | p. 4

Grupo Missionário OndjoyetuTestemunhos de quem esteve

na linha da frente | p. 5

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Margarida Valente Marinha Grande

Cresci numa família católica e muito devota de Nossa Senhora, lem-bro-me desde pequena de rezar à noite a Jesus, a Nossa Senhora e ao Anjinho da Guarda. A minha avó materna contava, com muita emo-ção o milagre do sol a treze de Outubro de 1917. Ela esteve em Fá-tima nesse dia, e contava que se olhava para o sol sem ele fazer im-pressão e que ouviu os pastorinhos a responderem a uma luz intensa, Nossa Senhora. Nasci no dia treze de maio. Sou devota de Nossa Senhora, rezo-lhe re-gularmente e procuro oferecer-lhe as minhas alegrias e agradeço-lhe as graças que me tem concedido. Procuro aceitar as tristezas e fazer que estas me ajudem a crescer e a tornar-me melhor. Nas horas de dor e de desespero recorro sempre a Ela, através da oração e por vezes pe-dindo alguma graça, que procuro sempre agradecer.

Luís Martins Leiria

A relação que tenho com Nossa Senhora de Fátima é de confor-to, é como estar em casa. Sem-pre que vou a Fátima experimen-to uma grande serenidade e paz. Aquele lugar tem algo de mui-to espiritual, que nos faz querer voltar.

Fátima Babau Alcobaça

Uma relação de amor entre mãe e filha.

Que relação tem com Nossa Senhora de Fátima?

Faz sentido ir ajudar pessoas em Africa quando temos tantas necessidades à nossa porta?

Sou adepta que a caridade começa em casa, e que se somos solidários, devemos ajudar em primeiro lugar quem conhecemos, quem amamos, quem sabemos os nomes.

Mas seguindo esta orientação cegamente nunca iriamos para fora dado que à nossa volta haverá sempre quem precise, mesmo fora destes momentos de crise. Portanto temos de saltar essa barreira de com quem mais nos identificamos e partilhar as dádivas.

Pensar o ser humano de forma global deve ser, por outro lado uma obrigação de todos. Se pensássemos só nas nossas insuficiências nunca ajudaríamos os mais fracos, os mais sensíveis, os mais vulneráveis. E é em Africa que se vê a pobreza extrema que não tem qualquer comparação com a nossa pobreza. Aí morre-se de fome e de doenças, aí não se tem acesso à educação, aí uma vida não parece valer nada. E cos diabos o que fizemos nós para nascer na Europa, qual o nosso mérito? Temos de relativizar, de pesar, de medir e sobretudo de dividir. Quem não consegue pensar global não merecer ser cidadão do mundo, não merece ter direito a desfrutar o que o mundo lhe dá na sua diversidade. Não deveria beber café, meter gasolina porque não temos esses produtos no nosso rectângulo. Um ser humano em sofrimento em qualquer parte do mundo será sempre um semelhante que merece o nosso consolo. Só assim poderemos ser grandes. Como em tudo na vida, também na partilha deve imperar o bom senso.

Helena Vasconcelos Médica

Envie a sua questão pararedacao@jornalpresente ou deixe-a em facebook.com/jornalpresente

Pergunta da semana

PRESENTE LEIRIA-FÁTIMA – Semanário Diocesa-no; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Maga-lhães de Carvalho (TE 945) [[email protected]]; Assessoria de direção: Isabel Galamba [[email protected]]; Redação [[email protected]]: Armanda Balinha (CP 9778), Joaquim Santos (CP 7731), Luís Miguel Ferraz (CP 5023), San-drina Faustino (TP 1859); Projeto gráfico e pagi-nação: Paulo Adriano; Publicidade e Assinaturas: Margarida Gaspar (09h30-13h30); Contactos: Tel. +351 244 821 100 • Email: [email protected]; Propriedade e editor: Fundação Signis • Dire-tor: Vitor Coutinho • 100% do Capital: Diocese de Leiria-Fátima; NIF 510504639; Sede da Redação/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n.º 60, Semi-nário Diocesano, 2414-011 Leiria; Impressão e ex-pedição: Empresa do Diário do Minho, Lda • Braga • Tel. 253303170 • Fax 253303171; Depósito Legal: 1672/83; Periodicidade: Semanário; sai à quinta-fei-ra; Tiragem desta edição: 5.000 exemplares.

ficha técnica

Cátia LuzPataias

Sou católica e acho importan-te acreditarmos e termos fé em algo superior a nós. Nossa Se-nhora de Fátima é a imagem que me surge sempre que peço ou agradeço algo, talvez por ter crescido numa família que tem bastante respeito pela Igreja e por Nossa Senhora de Fátima.

Helena BaptistaPataias

Nossa Senhora de Fátima é a mi-nha santa de eleição. Quando posso vou ao Santuário e rezo fervorosamente. Evoco-a tanto nos momentos de afição, para agradecer algo de bom que me aconteça, para pedir perdão por algo que fiz ou por me dar a ale-gria de ver os meus familiares e amigos bem. Sou extremamente devota a Nossa Senhora de Fáti-ma.

Adriana BentoMarinha Grande

Cresci e fui educada como católica, apesar de não ser praticante no dia-a-dia. Por vezes sem motivo aparente, outras porque estou numa aflição, recorro com maior frequência a Nossa Senhora de Fátima que propriamente a Deus em pequenos diálogos interiores. Cresci a ouvir a história dos Pastorinhos e a proximidade desta faz com que haja uma relação mais afetiva, além de ser privilegiada pela pouca distância que me permite visitar com frequência o Santuário de Fátima. Gosto de ir ao Santuário por ser um espaço propício a momentos de reflexão e fa-cilitador do diálogo com a Nossa Senhora de Fátima.

Caros diocesanos, irmãos e irmãs no Senhor,

Como irmão e bispo, dirijo a cada um de

vós a minha cordial saudação, como o após-

tolo Paulo: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o

amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo

estejam com todos vós” (2 Cor 13, 13).

Com este voto tão simples e profundo,

quase uma oração que é fonte de consolação

e coragem, queremos retomar o nosso cami-

nho espiritual e pastoral que nos vai ocupar

no próximo biénio. Por isso vos dirijo esta car-

ta pastoral sobre “a beleza e a alegria de viver

em família”.

1. A Graça da Visita Pastoral: o encontro com uma Igreja viva

No mês de março do ano corrente con-

cluí a Visita Pastoral às paróquias da Diocese,

iniciada em janeiro de 2008. Foi, sem dúvida,

a tarefa a que mais me dediquei desde que as-

sumi a responsabilidade de servir a Igreja de

Leiria-Fátima como seu bispo. Se foi grande o

empenho que me exigiu, maior foi a alegria

que me deu.

Considerei a Visita Pastoral como uma

peregrinação do pastor que, tal como o pe-

regrino, sai de sua casa por devoção, isto é,

por amor e com o amor no coração, para vi-

sitar os “santuários vivos” que são as comuni-

dades cristãs e viver aí uma profunda expe-

riência de fé e de comunhão fraterna. Todos

puderam sentir, de perto e ao vivo, o afeto do

pastor para com os de dentro e os de fora, sem

discriminação de pessoas.

A Visita Pastoral foi, efetivamente, um

acontecimento de graça, algo tão desejado

como o ar puro e fresco que se respira.

Foi consolador, e é um dos aspetos mais

significativos desta visita, ter encontrado nas

diversas comunidades muitos homens e mu-

lheres de uma grande fé, de incansável dedi-

cação à Igreja e à vida da comunidade, de ge-

neroso serviço aos necessitados. São essas

pessoas que, com a sua entrega, dinamizam a

vida das comunidades nos diversos âmbitos.

A sua formação merece um cuidado especial.

É esta realidade que nos permite dizer que a

Igreja está viva na diocese de Leiria-Fátima.

Com toda a sinceridade, confesso que me sen-

tia pequeno perante a fé e a dedicação destas

pessoas e, por vezes, me comovia até às lágri-

mas.

(continua no próximo número)a Igreja está viva na diocese de Leiria-Fátima

17 de outubro de 20132 •

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TEMA DE CAPA

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões de 2013

“Queria a todos encorajar a tornarem-se anunciadores da boa notícia de Cristo”

O Ano da Fé é “uma ocasião

importante para reforçar o nosso

caminho como Igreja, que anuncia

com coragem o Evangelho”, diz o

Papa Francisco na mensagem para o

Dia Mundial das Missões deste ano.

Sandrina Faustino

No documento, tornado pu-

blico a 19 de maio deste ano, o Papa

Francisco explica que “a fé abre a

mente para que possamos conhe-

cer e amar”, no entanto, “exige a

nossa resposta pessoal”. A fé é pois

um dom “que todos deveriam poder

experimentar”, e por isso “deve ser

partilhado”.

Neste sentido, o Papa Francis-

co é claro: “cada comunidade tor-

na-se adulta quando professa a fé,

saindo do seu próprio espaço para

levá-la à periferia”. “A solidez da

nossa fé mede-se também pela ca-

pacidade de a comunicar aos ou-

tros, de a testemunhar a quantos

vivem e partilham connosco o ca-

minho da vida”, diz na sua mensa-

gem para o dia das Missões de 2013.

Para o Sumo Pontífice, o Ano

da Fé é ainda “um estímulo” para

que toda a Igreja tenha “uma reno-

vada consciência da sua presença

no mundo contemporâneo, da sua

missão entre os povos e nações”. A

este propósito, refere que a “mis-

sionariedade não é só “uma ques-

tão de territórios geográficos, mas

de povos, de culturas e de cada pes-

soa, porque ‘os confins’ da fé não

atravessam só lugares e tradições

humanas, mas o coração de cada

homem e de cada mulher”. Neste

sentido, o Papa convida “cada pes-

soa e cada grupo responsável na

Igreja a dar o devido relevo à di-

mensão missionária nos progra-

mas pastorais e formativos”. Isto

porque, “a missionariedade diz res-

peito a todos os aspetos da vida cris-

tã”, conclui.

“Evangelizar é um ato eclesial”

“Muitas vezes, verificamos

que a violência, a mentira, o erro

são propostos e colocados em evi-

dência. É urgente mostrar ao nos-

so tempo a vida do Evangelho, atra-

vés do anúncio e do testemunho e

isto, desde já, no interior da Igre-

ja”, diz. “Não se pode anunciar Cris-

to sem a Igreja”, “evangelizar nunca

é um ato isolado, individual, priva-

do, mas sempre eclesial”, reforça o

Papa Francisco. É isto que “dá força

à missão e faz sentir, a cada missio-

nário e evangelizador, que não está

sozinho”.

Na sua mensagem, o Papa

Francisco aborda ainda o novo con-

texto social. “A mobilidade aumen-

ta e a facilidade de comunicação

misturaram entre si os povos, os

conhecimentos, as experiências”.

Uma realidade que muitas vezes

dificulta à “comunidade paroquial

conhecer de modo seguro e certo

quem está de passagem ou quem

vive de forma efetiva nesse territó-

rio”. Por outro lado, “em regiões tra-

dicionalmente cristãs, cresce o nú-

mero daqueles que são estranhos à

fé, indiferentes à dimensão religio-

sa ou animados por outras crenças”.

“Vivemos, pois, um momen-

to de crise que toca vários sectores

da existência humana, não só o da

economia, das finanças, da segu-

rança alimentar, do ambiente, mas

também o do sentido profundo da

vida e dos valores fundamentais

que a animam”, diz. É pois, “ainda

mais urgente levar com coragem a

cada realidade o Evangelho de Cris-

to, que é anúncio de esperança, de

reconciliação, de comunhão”, de-

fende o Papa Francisco.

A missionariedade da Igreja

é pois, no entender do Papa, “teste-

munho de vida que ilumina o cami-

nho, que traz esperança e amor”. E

apela: “levemos a este mundo, com

o nosso testemunho, com amor, a

esperança dada pela fé”.

Nota final para as vítimas de intolerância

Numa nota de gratidão a to-

dos os “que deixam o próprio país

para espalhar o Evangelho em

terras e culturas diversas”, o Papa

Francisco refere-se ainda ao modo

como “as igrejas jovens se estão a

empenhar generosamente no en-

vio de missionários às igrejas que

estão em dificuldade, levando as-

sim a frescura e o entusiasmo com

as quais elas vivem a fé, que renova

a vida e dá esperança”.

“É importante que as Igre-

jas mais ricas de vocações ajudem

com generosidade aquelas que so-

frem com a sua escassez”, diz. “En-

viar missionários e missionárias

não é mais visto como uma perda,

mas, antes, um ganho”, diz o Papa

apelando a “todos quantos sentem

tal chamamento a corresponderem

generosamente”.

“Queria a todos encorajar a

tornarem-se anunciadores da boa

notícia de Cristo”, revela o Papa ao

mesmo tempo que convida “os mis-

sionários e as missionárias, a vi-

verem com alegria o seu precioso

serviço nas Igrejas às quais são en-

viados”. A este propósito o Bispo de

Roma reconhece “uma importan-

te atuação no empenho das Obras

Missionárias Pontifícias”.

Em nota final, o Papa dirige-

se “aos cristãos que se encontram

em dificuldade para professar li-

vremente a própria fé e em verem

reconhecido o direito de a viverem

dignamente”. Para eles, “testemu-

nhas corajosas, ainda mais nume-

rosos que os mártires dos primeiros

séculos”, assegura estar “próximo,

com a oração, junto de todas as pes-

soas, de todas as famílias e comuni-

dades que sofrem violência e into-

lerância”.

Outubro Missionário

“Uma Igreja para os pobres”

Dedicado à atividade missionária, neste mês

de outubro recolhemos testemunhos de alguns

diocesanos com experiência missionária.

“Seria muito bom para a nos-

sa Igreja agregar o testemunho de

todos os missionários diocesanos

espalhados pelo mundo”, mas a ta-

refa é difícil e muitas vezes inviá-

vel. O sonho é do padre Vítor Mira,

hoje líder da linha da frente do Gru-

po Missionário Ondjoyetu, e é hoje

partilhado pelo padre David No-

gueira, diretor do Serviço diocesa-

no de Animação Missionária.

“Eles são o verdadeiro motor

da nossa atividade missionaria”, diz,

mas como estão ligados a diversos

institutos ou congregações e, por

regra se encontram em locais de di-

fícil acesso e com fracos recursos de

comunicação, “acabamos por nem

os conseguir identificar”. A contra-

riar esta corrente, o Grupo Missio-

nário Ondjoyetu consegue manter

a sua atividade articulada com o

serviço diocesano. “Acabam por ser

a nossa maior projeção”, diz reco-

nhecendo que “são o rosto mais fá-

cil de apresentar: são homens e mu-

lheres como todos nós”.

A este serviço cabe ainda a

promoção e difusão diocesana das

Obras Missionárias Pontífices. Des-

tas, a que maior relevo acaba por

ter na Diocese é a da “Infância Mis-

sionária”. “Somos chamados a dar o

nosso testemunho em escolas e ca-

tequeses locais”. Aqui, o papel do

serviço é “mostrar como cada um

de nós, mesmo os mais novos, pode

ajudar o outro, por mais longe que

pareça estar, tanto pela oração

como pela oferta de pequenas re-

núncias”, explica David Nogueira.

A intenção é “passar a ideia de soli-

dariedade”, e é o que tem acontecido

com diversas campanhas.

Pelo Grupo Ondjoyetu

Vigília Missionária em Monte Redondo

O grupo Ondjoyetu organi-

za uma vigília missionária dioce-

sana na igreja paroquial de Mon-

te Redondo, no próximo dia 18, às

21h00. A ação pretende promover

a oração por todos os missionários,

bem como “reforçar a coragem mis-

sionária dos participantes e aumen-

tar a consciência de que toda a Igre-

ja é missionária e deve participar

da missão de Cristo”, adianta a or-

ganização.

DR

17 de outubro de 2013 • 3

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Jorge Brites, da paróquia do Arrabal, está em missão nos rios da Amazónia. Ao comemorar o Dia Mun-dial das Missões, deixa o seu testemunho de 10 anos como padre missionário Comboniano.

Obrigado senhor!

Hoje, estou completando 5

anos em que cheguei no Brasil,

vindo de Portugal, após outros 5

anos passados em Vila Nova de

Famalicão, trabalhando na pro-

moção vocacional. Quero mui-

to agradecer a Deus por estes 10

anos de padre Missionário Com-

boniano nestas duas realida-

des bem diferentes. Nós, Missio-

nários Combonianos, estamos

também celebrando no dia 5 de

outubro 10 anos em que o nos-

so fundador, São Daniel Com-

boni, foi oficialmente reconhe-

cido como santo perante toda a

Igreja.

Quantas graças devo dar

também a Deus pelo dom da vo-

cação ao ser chamado a ser mis-

sionário no meio dos povos ri-

beirinhos, no sul da Amazônia,

onde me encontro, nestes últi-

mos cinco anos.

As comunidades que

acompanho, mais de cinquenta,

têm crescido e aumentado, pois

à medida que vão sabendo que

anda por aí um padre missio-

nário visitando e acompanhan-

do regularmente essas comuni-

dades, vão pedindo ao Bispo que

o padre também possa ir nessas

suas comunidades.

O Bispo, se por um lado me

pede para não correr (nadar!)

tanto, pois são muitíssimos ki-

lómetros de rios para um só pa-

dre viajar, por outro lado me diz

se posso ir ainda nessas comuni-

dades que estão surgindo!

Na última comunida-

de a surgir, chamada de Itakuã,

já existente há muitos anos (o

último missionário que pas-

sou por lá já foi há umas deze-

nas de anos) ao saberem que vi-

nha o missionário vieram todas

as mães com uma multidão de

crianças para batizar! O proble-

ma é que nem as mães, e nem

algumas avós eram batizadas.

Então, vamos começar tudo de

novo, como já fiz nas outras 50

comunidades, iniciando pela

catequese aos adultos e jovens

e tentando preparar na cidade

uma liderança que ajude a for-

mar e animar a comunidade.

Escutando as necessidades

e os pedidos das pessoas houve

um casal já idoso que se desta-

cou e que me deixou emociona-

do, pois sonhou toda a sua vida

poder receber a bênção especial

(sacramento do matrimónio), e

nunca conseguiu que os mis-

sionários viessem até a sua co-

munidade. Já viviam juntos há

quase 50 anos e agora o ‘marido’

estava muito doente.

Preparei o casal e na se-

gunda visita já realizamos o so-

nho do casal. O noivo nunca

conseguiu se por de pé, como po-

demos ver na foto, mas isso não

impediu de receber o sacramen-

to. Foi um dia de festa para Ita-

kuã, a comunidade número 51!

Mas não vai ficar por aqui, pois

já o Bispo me escreveu, de novo,

pedindo para ir a uma outra que

se chama Sossego e outra ainda

denominada São Miguel! Dou

graças a Deus por não sofrer do

perigo de desemprego!

A minha agonia, é que este

ano começo o sexto ano aqui

com estes povos, e está difícil en-

contrar outro missionário para

continuar esta missão tão mara-

vilhosa de ser presença do amor

de Deus junto a estes povos ri-

beirinhos.

Peçamos ao Senhor da

messe que chame e envie para

estas terras ainda tão necessita-

das, missionários jovens que se

sintam apaixonados por Jesus

Cristo dando as suas vidas ao

serviço da Evangelização. Dei-

xar que Jesus se sirva de nós

para anunciar o Amor do Pai é

algo maravilhoso.

P. Jorge Brites, MCCJ

José Esteves, o missionário do Olival

“Uma escola para Moçambique” vai construir segunda escola

Sargento reformado do Exército, José Esteves agarrou-

se à segunda oportunidade que Deus lhe deu. Atualmente

com 54 anos, há 20 que o paroquiano do Olival deixou o álcool que quase lhe tirava

a vida.”Hoje dou graças a Deus por poder ajudar,

seja na paróquia, seja junto daqueles que nos mostram

um sorriso mais lindo que o nosso, mesmo não tendo

nada”, afirma o mentor do projeto “Uma escola para

Moçambique”.

Armanda Balinha

Depois de José Esteves ter apa-

drinhado uma criança em Moçam-

bique, um voluntário português

enviava-lhe várias fotos da realida-

de daquele país. “Um dia mandou-

me a foto de uma escola muito de-

gradada que me comoveu”, recorda

José Esteves que, de imediato, co-

meçou a planear uma campanha

de recolha de fundos para recons-

truir a escola de Muximúa. Com a

ajuda do padre Bertolino e de uma

sobrinha, definiram uma estratégia

para angariação de fundos: dez mil

lápis pretos foram mandados fazer

com o objetivo de serem distribuí-

dos pelos agrupamentos de esco-

las do concelho de Ourém. Depois

de oficializada a autorização dos

respetivos diretores de cada agru-

pamento, os lápis foram entregues

com a finalidade de serem vendidos

pelos alunos. E assim foi. A adesão

foi superior à esperada e foi neces-

sário requisitar mais cinco mil lápis.

“Conseguimos arranjar quin-

ze mil euros, donativos do Santuá-

rio de Fátima, dos Missionários da

Consolata, particulares e fizemos

um jantar com o embaixador de

Moçambique, no Salão Paroquial

do Olival, que juntou mais de 250

pessoas”, recorda o missionário,

lembrando que, “nesse dia, alguns

empresários ofereceram materiais

para a escola, o que nos obrigou a

levar um contentor para levar todo

o material que foi adquirido e ofere-

cido na totalidade em Portugal”.

Na bagagem levou ainda li-

vros que foram recolhidos por si

nas escolas das paróquias do Oli-

val, Caxarias e Urqueira, algumas

roupas, brinquedos e diverso mate-

rial escolar que foi recolhido pelos

Escuteiros do Olival e várias bolas

oferecidas pelo Grupo Desportivo

do Olival. No contentor seguiam,

portas e janelas em alumínio, uten-

sílios (100 baldes, talochas e algui-

dares oferecidos por uma empresa

de Caxarias) e ferramentas.

“Fui com a minha esposa para

Muximúa durante três meses. Ficá-

mos instalados no Lar Arco Iris na

cidade do Gurué, um lar de crian-

ças órfãs com cerca de 50 meninas

e alguns rapazes, ao cuidado de três

Irmãs da Congregação Mãe do Re-

dentor”, recorda José Esteves. De-

pois de lá chegados, o missonário

reuniu com o diretor da escola de

Muximúa e com o régulo (equiva-

lente ao presidente da câmara). No

seguimento da reunião, foi criado

um grupo de trabalho (assalaria-

do) que lançou mãos à obra, de ime-

diato e durante mais de um mês.

“Como é um país pobre, onde a po-

pulação se alimenta mal, compra-

va farinha e peixe seco e, com 3550

meticais (pouco mais de 100 euros),

confecionamos mais de 800 refei-

ções. Assim, tinha a certeza que ti-

nham uma alimentação condigna,

além do ordenado combinado”, fri-

sa José Esteves.

Em Muximúa já existiam três

salas de aulas, que eram insuficien-

tes para os mais de 700 alunos. “As-

sim fizemos mais duas salas na es-

cola, uma secretaria e mandámos

fazer 40 carteiras”, adianta o mis-

sionário, informando que “o dinhei-

ro não chegou para rebocar a esco-

la, mas já ficaram com uma escola

onde não chove e que é talvez única

escola com portas e janelas em alu-

mínio em todo o país”.

Não dar peixe, mas ensinar a pescar

Decorreu até ao final de 2012,

a campanha “Não dar peixe, mas

ensinar a pescar” liderada por José

Esteves, com a ajuda de várias ma-

drinhas de vários pontos de Portu-

gal e do estrangeiro. O objetivo era

oferecer, ao Lar Arco-íris, na cida-

de do Gurué, uma pequena pada-

ria com dois fornos com capacidade

para 400 pãezinhos por hora, uma

amassadeira e um gerador, uma

bomba para furo com três painéis

fotovoltaicos. Com este equipamen-

to, pretendia-se que as 50 meninas

órfãs pudessem cozer o seu pão e

bolos e também venderem na cida-

de tendo assim uma fonte de ren-

dimento. O valor angariado com a

venda de rifas (em Portugal, Fran-

ça, Suiça e Holanda) e com a realiza-

ção de dois almoços de angariação

de fundos, ultrapassou os onze mil

euros, tendo o equipamento desti-

nado à criação da padaria sido ad-

quirido, estando apenas a aguardar

que José Esteves marque a viagem

até Moçambique, prevista para no-

vembro.

Mas antes, o missionário já se

encontra a desenvolver contatos

para mais uma campanha que visa

a reconstrução da escola de Inpha-

nama. De novo, José Esteves vai co-

locar os pés ao caminho e percorrer

as estradas que ligam os agrupa-

mentos de escolas do concelho de

Ourém. E talvez alguns de Lisboa.

E outros de Genebra e Bren (Sui-

ça). Porquê? Porque, segundo ele, há

que agarrar as segundas oportuni-

dades que Deus nos concede.

TEMA DE CAPA

DR

DR

17 de outubro de 20134 •

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Grupo Missionário Ondjoyetu,

Testemunhos de quem esteve este ano na linha da frente, no Sumbe

Elsa Sofia Marques Neves, 32 anos, é professora de língua portuguesa. Esteve em missão por 10 meses, de 27 de setembro de 2012 a 20 de julho de 2013. Colaborou de modo particular com os projetos da pastoral da criança e de formação dos jovens.

A par da ação preventiva e curativa na

área da saúde, está implementada a Pastoral

da Criança, um projeto que iniciou em 1983,

no Brasil, e hoje está presente em 21 países.

Promovi reuniões, encontros e formações

para líderes. Trabalhei com voluntários nati-

vos disponíveis para acompanhar gestantes

e crianças até aos seis anos, dando conselhos

básicos de saúde, nutrição, educação e cidada-

nia. Diagnosticam dificuldades e procuram

soluções. Um dos seus principais trabalhos é o

acompanhamento nutricional. Todos os me-

ses procedem à pesagem das crianças e ava-

liam o seu crescimento. Aconselham à mu-

dança de costumes alimentares (o funge é o

alimento quase exclusivo), ao cultivo de uma

horta ou ao máximo aproveitamento de re-

cursos locais, como frutos e folhas.

A Pastoral da Criança é ainda funda-

mental na erradicação de tradições que com-

prometem a saúde das crianças, causando

mortes prematuras. Um exemplo é a aplica-

ção de pó de tijolo no umbigo do recém-nas-

cido, para uma cicatrização mais rápida, que

traz doenças graves como o tétano. Esta pas-

toral orienta ainda sobre todos os benefícios

do aleitamento materno, da vacinação, da

boa higiene e da paz na família.

Quem passa pelo Gungo, não regres-

sa o mesmo. Também nós crescemos na Fé

com aquele povo. De coração aberto, acei-

tei alargar o espaço da minha tenda e dese-

jo continuar a fazê-lo. Um dia, se Deus qui-

ser, regressarei àquela terra recôndita, onde

pela partilha da Fé descobrimos quem somos,

onde o som dos batuques, as vozes e as dan-

ças eleva-nos a alma, onde os dias abundam

de sorrisos, onde Deus está.

Continuarei a dar testemunho do que

vivi, a dar a conhecer o Grupo e todo o seu

trabalho, a participar nas iniciativas que or-

ganiza, a contribuir para o surgimento de no-

vas vocações missionárias e a rezar pelo Gun-

go... de onde parti, mas onde “ainda estou”.

Emília Gonçalves Figueiredo Miroto, 66 anos, é enfermeira parteira aposentada. Esteve em missão três meses, de 23 de maio a 20 de agosto. Colaborou principalmente na área da saúde.

Foi uma missão curta, desenvolvida nas

comunidades das montanhas do Sumbe: em

Ondjila, Calipe, Cambinda, Uquende e Don-

ga. Estive com povos muito isolados. Encon-

trei carências aos mais diversos níveis. Os

acessos às aldeias para usufruir de cuidados

de saúde que o governo disponibiliza são mui-

to difíceis.

Na área da saúde constatei realida-

des que não pen-

sava ainda existir.

Foi uma experiên-

cia única e cheia

de emoções fortes,

sobretudo pela in-

capacidade de im-

provisar ou inventar   mais com os recursos

existentes para dar resposta às necessidades

e solicitações em termos de saúde.

Um bem-haja do tamanho do mundo

a todos os que colaboram com a Missão! Só

ela se atreve a percorrer as difíceis picadas

para levar alguns cuidados de saúde e outros,

aqueles povos que transbordam de alegria

com a chegada dos elementos da missão, en-

chem a Igreja com os seus cânticos e a sua fé.

De   momento não penso repetir a ex-

periência, mas continuarei a apoiar o traba-

lho missionário diocesano sempre que me for

possível.

Joana Cristina Ferreira Matias, 23 anos, esteve em Angola por quatro meses, de 7 de fevereiro a 13 de junho de 2013. É enfermeira recém licenciada. Colaborou em várias áreas, e de modo particular na área da saúde.

Foi uma experiência muito enriquece-

dora, não apenas como profissional de Saúde,

mas como pessoa. Fui para um local desco-

nhecido e uma cultura diferente e vivi situa-

ções fantásticas.  

Um aspeto que me marcou foi a for-

ma calorosa e desinteressada como as pes-

soas nos acolheram. É inacreditável as lições

de  humildade, simplicidade, generosidade e

de fé que nos transmitiram. Foi incrível ob-

servar centenas de pessoas a deslocarem-se

a pé, sob condições adversas, por muitos qui-

lómetros, sem terem onde ficar (muitos dor-

mem na igreja ou nas escolas) para celebra-

rem o domingo connosco. E ao chegarem não

se queixarem e transbordarem de alegria.

O Gungo (diocese do Sumbe) é uma zona

montanhosa que não possui nada do que cha-

mamos de indispensável. No local de missão

não há eletricidade, água potável ou rede de

telemóvel. As casas são construções em ado-

bo e as camas são esteiras em paus ou no

chão. A alimentação é preparada ao lume e

a água para cozinhar, beber e tomar banho

provém dos rios.

Relativamente à saúde, observei uma

grande carência de estruturas e de profissio-

nais. Há poucos locais com posto de saúde e,

mesmo esses, são deficitários quer de  mate-

riais, quer de profissionais.

Ao deficitário sistema de saúde somam-

se muitas más-práticas e crenças em feitiça-

ria. Neste momento penso repetir a experiên-

cia. No entanto, não fica excluída a hipótese

de um dia voltar. Todo o cristão é missionário

onde habita e no seu quotidiano. Posso sem-

pre continuar a ser missionária cá.

Adelino Conceição Serra, ‘tio Serra’, 69 anos, foi missionário em Angola por 3 meses, de 23 de maio a 20 de agosto de 2013. Colaborou principalmente no projeto de agricultura na ‘Lavra da missão’.

A minha Missão teve início em 1984,

com o curso de iniciação catequética. Rece-

bi o diploma na abertura do ano catequético

84/85 pelas mãos do Bispo D. Alberto C. Ama-

ral que me convidou a participar na escola de

catequistas. Aceitei o convite e até agora te-

nho sido um frequentador de cursos da esco-

la, hoje Razões da Esperança. Fui catequista

e agora anuncio Jesus Cristo no lar da tercei-

ra idade na Matoeira, animo celebrações da

Palavra e distribuo a Sagrada Comunhão. No

centro de dia de Regueira de Pontes fazemos

uma reflexão semanal das Leituras Domini-

cais. Visito os doentes da zona de Chãs e par-

tilho com eles a Sagrada Comunhão.

Em 2005 reformei-me por motivos de

saúde. Inscrevi-me então no Grupo Missioná-

rio Ondjoyetu, com quem já colaborava em

campanhas de angariação de fundos. Passei

a ser um voluntário disponível para os traba-

lhos da Missão na retaguarda. Participei em

cursos de Missiologia e fiz preparação de mis-

são, sempre com os olhos postos na Missão da

linha da frente, pela qual estou apaixonado.

Estava desejoso de conhecer aquele povo de

quem ouvia dizer maravilhas. Desejoso de

ver aqueles sorrisos de quem nada tem e é fe-

liz. O projeto de agricultura para a subsistên-

cia da missão surge como um raio de luz. Em

meados do ano passado comecei os preparati-

vos para enviar um sistema de rega e acessó-

rios para um terreno onde seria implantada

uma horta. Enviamos tabuleiros, substratos

para viveiros de plantas, entre outros. Em

maio, mês de Maria, feliz, fui despedir-me da

Mãe, e pedir-lhe que iluminasse os caminhos

de todos os missionários.

TEMA DE CAPA

continuarei a apoiar o trabalho

missionário

17 de outubro de 2013 • 5

Page 6: 4151 P21 2013-10-17

DIOCESE

Vamos continuar com as novidades trazidas das Jornadas Nacio-nais da Pastoral Juvenil que decorreram em Fátima, no Centro Pastoral Paulo VI, de 20 a 22 de Setembro. Desafiámos alguns dos participantes da nossa diocese a responder a duas questões:

1. O que trouxeste das jornadas? A que conclusões chegas-te? (Um tema ou uma ideia que tenha sido abordada e que te ficou presente)

2. As próximas Jornadas Missionárias e da Pastoral Juve-nil serão em Setembro de 2014. O que dirias num convite a um amigo para participar?

Júlia Baptista, Urqueira

1. Estas jornadas centraram-se na vi-vência da fé e no testemunho missioná-rio na Igreja e na Vida, por parte dos jo-vens. Das diversas conferências, destaco duas ideias que me ficaram presentes: o dom da fé motiva-nos a querer viver bem, de acordo com o Evangelho e o exemplo de Jesus Cristo, sem deixarmos de ser pessoas do nosso tempo. O melhor e mais válido testemunho que cada um de nós pode dar aos jovens que nos rodeiam é comprometer a nossa existência com o Evangelho, mostrando no dia-a-dia a alegria e o compro-misso de assim viver. Este caminho poderá levar os jovens a des-cobrir e a viver a sua missão na Igreja e na Vida, comprometidos com o Evangelho e com Jesus Cristo. A importância de uma Pas-toral juvenil atualizada e próxima dos jovens, que integre as es-pecificidades de cada um, educando-os nas diversas dimensões e contextos do quotidiano (religioso, económico, político, cultural, ético, etc.), com atividades bem estruturadas e planificadas.

2. Eu diria o que são, ainda que de forma muito incompleta as Jor-nadas Missionárias e da Pastoral Juvenil: uma boa oportunidade para um encontro de formação, reflexão e convívio entre jovens e animadores de jovens, com espaço para conhecermos o trabalho que se desenvolve com jovens noutros sítios e contextos e para pensarmos em como melhorar ou modificar o nosso, sem descu-rar o encontro com Deus na Eucaristia e na Oração. Para que haja encontro é necessário a mesma linguagem cabe a nós que quere-mos passar a ‘boa notícia’ encontrar os modos/ linguagem, seguir o exemplo de Deus que assumiu um corpo onde usou linguagem, relacionou-se... a questão é ‘até onde me empenho? Ponho-me como penhor? A quem destino o melhor de mim mesmo?

Com a presença do Fagundes...

Pastoral Juvenil deu pontapé de saída

No último sábado, dia 12 de outubro, o Servi-ço Diocesano de Pastoral Juvenil assinalou o iní-cio das atividades deste ano pastoral 2013-2014. Neste encontro estive-ram presentes os grupos da Barreira, São Mame-de e Marinha Grande que tiveram a oportunidade de co-

nhecer mais de perto o programa de ativi-dades previsto para este ano.

O grande momento da tarde, foi a entrevista ao Fagundes. E quem é o Fagundes?, perguntam vocês. É caso para dizer: era bem melhor terem es-tado presentes... De qualquer forma, podem ver o vídeo de um excerto da en-trevista que lhe fizémos...

youtu.be/vx6qnlBOH14 (Leia este código com a aplicação do se

u tele

móv

el!)

Colégio de São Miguel celebra padroeiroO colégio de São Miguel celebrou,

neste ano, o dia do seu padroeiro,

com a visita do Sr. Bispo, D. António

Marto. Os alunos do 5º ano recebe-

ram o Bispo diocesano com a inter-

pretação de uma música cuja letra,

entre outras coisas, apelava para o

facto de as crianças serem o futuro,

a esperança, a alegria, no fundo, “o

melhor que há no mundo”.

A Eucaristia, onde participaram

os mais de 1200 alunos e professo-

res, foi o momento alto do dia onde

o Bispo destacou a importância de

cada jovem na construção do ama-

nhã.

Os professores tiveram, também, o

privilégio de estarem com o Sr. Bis-

po que lhes apresentou, em linhas

gerais, o conteúdo da carta pastoral,

“A beleza e a alegria de viver em fa-

mília”, dirigida a toda a diocese.

D. António Marto congratula-se pela atribuição do Nobel da pazD. António Marto, Bispo de Leiria-

Fátima, exprimiu a sua “congratu-

lação” pela recente atribuição do

Nobel da Paz à Organização para a

Proibição das Armas Químicas va-

lorizando quem trabalha de forma

“escondida”.

Para o Bispo diocesano, esta atri-

buição distingue uma Organiza-

ção que “não estava na ribalta nem

na comunicação social” mas que re-

presenta “milhares de pessoas que

trabalham de forma escondida na

causa da paz”. “Congratulo-me es-

pecialmente porque a comissão que

atribui o Nobel da paz, o faz olhan-

do para a base e não apenas para

figuras cimeiras”, afirmou D. An-

tónio Marto. A este propósito, o Bis-

po diocesano lamentou que “a fal-

ta de empenho e de solidariedade

por parte desta Europa que se quer

como ponto de referencia mas se

mostra impotente e indolente”.

Referindo-se em concreto à União

Europeia, o Bispo denunciou ainda

os políticos que “enchem a boca de

solidariedade mas depois na prática

ela não existe”.

“Que a União Europeia assuma as

suas responsabilidades”, apelou D.

António Marto, na conferência de

imprensa de apresentação da Pe-

regrinação Internacional Aniver-

sária de outubro, marcada pela

ausência da Imagem de Nossa Se-

nhora habitualmente venerada na

Capelinha das Aparições. | SF

Ação de formação no MASE

“A relação escola e museu através da educação artística”O Museu de Arte Sacra e Etnologia

(MASE), dos Missionários da Con-

solata, em Fátima, e o centro de for-

mação “Os Templários” vão reali-

zar na sede do museu, entre os dias

31 de outubro de 2013 e 1 de feve-

reiro de 2014, uma ação de forma-

ção acreditada, intitulada “A relação

escola e museu através da educa-

ção artística”. Destinada a docen-

tes, estudantes, investigadores, mu-

seólogos, artistas e conservadores,

esta proposta pretende responder

a questões como “para que serve a

arte, qual é o seu poder, de que for-

ma pode o museu auxiliar-nos na

nossa formação, porque vão os pú-

blicos aos museus ou que desafios

colocam os museus nos nossos dias”.

A formação será orientada pela

curadora de arte Genoveva Oliveira

e consistirá na visualização de obje-

tos da coleção do museu, seguindo-

se a reflexão sobre “como a arte pa-

rece provir de um espaço entre o

artista e o mundo”. As inscrições de-

verão ser efetuadas online, através

do sítio cftemplarios.com, onde po-

derão também ser procuradas ou-

tras informações. | LMF

Assembleia vicarial dos MilagresEm Santa Eufémia. Com o mote

“A beleza e a alegria de viver em fa-

mília – Desafios e propostas”, a vi-

gararia dos Milagres vai organizar

uma assembleia no próximo dia 25

de outubro, sexta-feira, a partir das

21h00, em Santa Eufémia.A sessão

de reflexão sobre o tema para este

novo ano pastoral é dirigida aos pa-

roquianos em geral, sendo especial-

mente convidadas as famílias desta

vigararia, composta pelas paróquias

de Amor, Arrabal, Bidoeira, Boavis-

ta, Caranguejeira, Milagres, Reguei-

ra de Pontes e Santa Eufémia.

“Missa do Estudante” regressa

Na igreja do Espírito Santo, em Leiria. O Centro de Apoio ao

Ensino Superior (CAES) da dioce-

se de Leiria-Fátima vai continuar

a propor aos estudantes leirienses,

durante o ano letivo, um espaço ce-

lebrativo dominical especialmen-

te pensado para a sua sensibilidade

juvenil. Assim, começou no passa-

do dia 13 de outubro e irá continuar

todos os domingos, às 19h30, na

igreja do Espírito Santo, junto à fon-

te luminosa, a “Missa do Estudante”.

Apesar do convite ser, sobretudo,

para os estudantes do ensino supe-

rior, a celebração é de participação

livre para outros jovens ou fiéis de

qualquer idade. O CAES convida,

ainda, os interessados em colaborar

na animação litúrgica desta cele-

bração a manifestarem essa dispo-

nibilidade. | LMF

17 de outubro de 20136 •

Page 7: 4151 P21 2013-10-17

DESTAQUE: Arrabal

Conferência de São Vicente de Paulo

‘Vicentinos’ ajudam quase em segredo A “Lojinha” é o mais recente

projecto da Conferência de São Vi-

cente de Paulo, na paróquia do Ar-

rabal. Depois de ter estado encer-

rada durante o mês de Setembro, a

“Lojinha” reabre este mês, todas as

terças-feiras, quintas-feiras e sába-

dos, a partir das 14h30.

Especialmente dirigida à po-

pulação mais carenciada da paró-

quia, na Lojinha é tudo oferecido.

Os utentes são convidados a fazer

as suas trocas, donativos ou doa-

ções de forma voluntária e espon-

tânea. As doações podem ser feitas

a qualquer hora, no exterior, num

“depósito” lá colocado para esse efei-

to. Aqui os voluntários podem colo-

car roupa, mobílias ou utilidades

domésticas para oferecer a quem

delas poderá necessitar.

Mas, a obra da Conferência de

São Vicente de Paulo na paróquia

não se limita à Lojinha. Com cerca

de 20 ‘vicentinas’ distribuídas pelos

diversos lugares, a conferência aju-

da os mais necessitados de diversas

formas, sempre sob a maior discri-

ção possível.

Rosalina Carvalho, do Sou-

tocico, é ‘vicentina’ há mais de 20

anos. “Gosto muito de ajudar e que-

ro continuar a fazê-lo até poder”,

diz. “Ajudamos conforme vamos

podendo”, conta. Ao longo dos anos,

“já ajudamos a construir casas de

habitação, a pagar contas na farmá-

cia, algumas rendas em atraso, ma-

terial escolar para algumas crian-

ças”, explica.

Mas o que ocupa mais es-

tes voluntários é a distribuição de

bens alimentares pelos paroquia-

nos identificados (os bens chegam

na sua maior parte pelo Banco Ali-

mentar ou pela Cáritas, duas enti-

dades com quem mantêm uma co-

laboração directa) e o diagnóstico

de situações mais gritantes. “Por ve-

zes as pessoas têm vergonha de vir

ter connosco, por isso temos de es-

tar sempre atentos e muito discre-

tos”, conclui Rosalina Carvalho. | SF

Paróquia em números

Padroeira Santa Margarida

Lugares – 10ArrabalSoutocicoFreixialMartinelaLagoaVale de Santa MargaridaParraxeiraCardososVárzeaCasal dos Ferreiras

Lugares de culto – 4ArrabalSoutocicoFreixial Martinela

Números do ano 2012Batismos – 17Matrimónios – 9Óbitos – 26Crismas – 30

Principais festas religiosas - 7S. Sebastião ( janeiro)Espírito Santo (maio)Santa Margarida (20 de julho)Sagrado Coração de Jesus(setembro)N.S.da Conceição (2.º domingo de agosto)Santa Luzia (1.º domingo de janeiro)Senhor dos Aflitos (1.º domingo de agosto)

Retrato da paróquia do Arrabal

Generosidade no expoente máximo

No ano de 1592 foi criada a fre-

guesia de Santa Margarida do Ar-

rabal em honra daquela santa, num

local onde existia uma ermida con-

sagrada à mesma. Ficou com seis

confrarias que davam ao cura um

tostão cada uma com a oferta vo-

luntária de meio alqueire de trigo.

Assim se escreve a História

do Arrabal: com uma generosida-

de que se tem mantido ao longo dos

anos. António Pereira Faria, páro-

co no Arrabal há 12 anos, assume

que o Arrabal é uma paróquia com

gente generosa e voluntária, factor

que tem minimizado os efeitos da

crise económica em várias famí-

lias. Exemplo dessa generosidade

no expoente máximo é o trabalho

desenvolvido pela Conferência de

São Vicente de Paulo, que é respon-

sável pela loja social do Arrabal. O

grupo catequético também assume

um papel relevante na Evangeliza-

ção dos mais novos da paróquia, tal

como o Agrupamento de Escutei-

ros. O grupo de Apostolado da Ora-

ção é outro dos movimentos de des-

taque do Arrabal, que conta ainda

com a dinâmica da Fundação Lar

Santa Margarida.

Ao nível de património, o Ar-

rabal também cuida do que é seu. A

igreja matriz foi construída no sé-

culo XVI, tendo sofrido as últimas

obras de reconstrução em 1937. Foi

restaurada alguns anos depois, em

1946. Os últimos trabalhos foram

realizados em 1978 sendo pároco o

padre António Marques Simão. A

Igreja Matriz de Santa Margarida

apresenta azulejos do século XVII,

que lhe conferem uma riqueza pa-

tromonial inestimável.

Na igreja matriz sobressai a

imagem de Santa Margarida com

os seus atributos: palma do martí-

rio, espada e dragão - símbolos da

vitória sobre o pecado; do lado da

epístola vê-se a Santíssima Trinda-

de - figuração antiga. Na igreja ve-

neram-se os Beatos Nuno e São Se-

bastião. De um lado e do outro da

capela-mor, no altar do Evangelho,

está São José e o Sagrado Coração

de Jesus e no da Epístola, encon-

tram-se Santo António, Nossa Se-

nhora de Fátima, o Menino Jesus

e a Sagrada Família. No corpo da

igreja podem ver-se as imagens do

Arcanjo São Miguel, Santa Teresi-

nha, Nossa Senhora da Conceição

e ainda um altar com Nossa Senho-

ra das Dores e o Senhor Morto, em

vitrina.

17 de outubro de 2013 • 7

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EM DESTAQUE: Arrabal

Catequese Paroquial do Arrabal

Criação de catequese familiar no horizonte

Na paróquia do Arrabal a catequese

está divida por três centros, nomeadamen-

te o Arrabal, Freixial e Martinela e é   orga-

nizada pelo secretariado da catequese, que é

composto pelo padre António Faria e por ca-

tequistas representativos dos três centros. O

secretariado reúne duas a três vezes por tri-

mestre e sempre que se julgue necessário. “Há

reuniões mensais com todos os catequistas,

com dois objetivos distintos: de informação e

formação”, explica Luís Bernardino, um dos

responsáveis pelo grupo catequético da pa-

róquia. O secretarido propõe e organiza o ca-

lendário de atividades, em conjugação com os

outros movimentos paroquiais. Além das fes-

tas propostas pelos catecismos, organiza tam-

bém a festa do Pai, festa da Mãe e a abertura

e encerramento da catequese. Os catequis-

tas dos 3.º, 6.º e 10.º anos preparam as celebra-

ções da primeira comunhão, profissão de fé e

o crisma, em conjunto com o pároco. “O secre-

tariado organiza anualmente um encontro

de catequistas, fora da comunidade local, que

tem como objetivo dinamizar um maior con-

vívio e união dos catequistas dos três centros,

sendo que este encontro tem sempre uma

parte de formação/oração e uma segunda

parte cultural”, escalrece ainda o catequista.

No Arrabal existem os 10 níveis de ca-

tequese propostos pelo Secretariado Nacio-

nal da Educação Cristã. No centro do Arrabal

são cerca de 70 crianças e jovens que percor-

reram os caminhos da Educação Cristã, di-

vididos por sete anos e apoiados por 14 ca-

tequistas. No centro do Freixial, existem 70

crianças e jovens inscritos, distribuídos por

oito anos e apoiados por 11 catequistas. Já no

centro da Martinela, cerca de 60 crianças e jo-

vens frequentam os seis anos ativos, orienta-

dos por 12 catequistas. “Nenhum centro tem

os 10 anos de catequese, porque nalguns anos

não existem crianças em número suficiente,

para fazer um grupo por cada centro”, frisa

Luís Bernardino.

A inscrição paga anualmente pelos ca-

tequizandos e as receitas dos oratórios da Sa-

grada Família são destinadas a fazer face às

despesas relacionadas com a catequese. Ao

nível de projectos futuros, Luís Bernardino

aponta a criação do formato da catequese fa-

miliar do 1.º ao 3.º ano.

Agrupamento de Escuteiros 1167

Cativar mais jovens é objetivo futuro

Fundado em 1996, o Agrupamento de

Escuteiros 1167, do Arrabal, visa continuar

a desenvolver-se e cativar jovens para inte-

grarem aquele movimento. Parecendo tare-

fa fácil, não o é contudo. “É difícil motivar os

jovens do Arrabal, tendo em conta que exis-

te muito associativismo na freguesia e, con-

sequentemente, muita oferta na área ocu-

pacional”, explica Madalena Francisco, uma

das responsáveis pelo agrupamento. Desen-

volver o plano de atividades de cada seção

do 1167 e envolver-se, cada vez mais, com as

atividades da paróquia e da comunidade, são

outros dos objetivos futuros dos escuteiros do

Arrabal.

Com sede oficial numas instalações jun-

to ao Pavilhão Gimnodesportivo do Arrabal,

cedidas a título gratuito pela Junta de Fregue-

sia, o Agrupamento sobrevive “com algumas

limitações financeiras”. Além da quota anual

que os pais dos escuteiros pagam, os cofres do

Agrupamento apenas acolhem o resultado

de algumas atividades que vão promovendo

para angariar fundos. A realização de almo-

ços e a venda de vários artigos, nomeada-

mente pão, amêndoas e chocolates, vão for-

talecendo a capacidade financeira do 1167.

Há ainda a possibilidade do Agrupamento

se candidatar a um apoio atribuído pela Jun-

ta Regional de Escuteiros. No entanto, “nunca

o fizemos pelo facto de não termos um proje-

to que nos tenha levado a isso”, explica Mada-

lena Francisco.

Atualmente, o 1167 mantem três seções

em funcionamento. Os Lobitos, com 15 mem-

bros, os Exploradores, com 18, e os Pioneiros,

com 11, constituem as seções em atividade no

Arrabal, além de dois caminheiros ligados a

outro agrupamento (um dos quais já fez a par-

tida e apoia atualmente os dirigentes). Ao ní-

vel de chefias, o 1167 conta com quatro diri-

gentes investidos, quatro que se preparam

para fazer a promessa brevemente e dois vo-

luntários que apoiam em algumas atividades.

Fundação Lar Santa Margarida

Há mais de 50 anos na área socialO dia 30 de maio de 1960, data em que

foi fundada a Fundação Lar Santa Margari-

da, ficará para sempre gravado na memória

dos paroquianos do Arrabal. Criada a par-

tir do testamento de um casal benemérito da

freguesia do Arrabal, que doou à Conferên-

cia de São Vicente de Paulo alguns terrenos

e no qual sugeriu que se criasse uma institui-

ção que apoiasse diversas áreas socialmente

vulneráveis, a Fundação Lar Santa Margari-

da que começou inicialmente por ministrar

conhecimentos de culinária e costura, espe-

cialmente às raparigas com mais dificuldades

económicas daquela freguesia. Esta atividade

era ministrada num edifício que, entretanto,

tinha sido adquirido no Freixial.

No final dos anos 70 do século passado

foi criado o infantário com acordo da Segu-

rança Social para 55 crianças. Em 1995 inau-

guraram-se as novas instalações para funcio-

namento das valências creche e educação pré

escolar. E foi ainda nessa época que o ATL co-

meçou a funcionar, em instalações cedidas

pela paróquia. Em 2002, mais um edifício foi

inaugurado, no Arrabal, para funcionamento

da valência ATL e sede da instituição.

Atualmente, a Fundação Lar San-

ta Margarida conta 54 crianças inscritas na

creche, tendo acordo de cooperação para 46

crianças e capacidade para 56. Na valência

da educação pré escolar, encontram-se inscri-

tas 64 crianças, havendo um acordo de coo-

peração para 70 crianças e capacidade para

75 crianças. Já o ATL é frequentado por 80

crianças, havendo acordo de cooperação para

77 crianças.

Através de um protocolo firmado com a

Câmara Municipal de Leiria, a Fundação Lar

Santa Margarida fornece cerca de uma cente-

na de refeições às escolas do 1.º ciclo do Arra-

bal. Para além dos acordos de cooperação as-

sinados com o Instituto de Segurança Social

para as três valencias e das mensalidades co-

bradas aos pais, não existem outros apoios fi-

nanceiros que ajudem a custear o funciona-

mento da instituição.

Contando com a prestação profissio-

nal de 36 funcionários, a Fundação Lar San-

ta Margarida apenas absorve trabalho de vo-

luntariado “pontualmente e quando fazemos

alguma atividade que saia do âmbito da roti-

na diária”, explica Lúcio Crespo, um dos mem-

bros da direção da instituição.

“Devido às dificuldades financeiras, não

temos qualquer projeto futuro digno desse

nome, para além de tentar manter condigna-

mente em funcionamento as diversas valên-

cias”, explica o diretor, adiantando que “pode-

ríamos desenvolver qualquer tipo de projeto

uma vez que, dadas as características da insti-

tuição, é nos permitido desenvolver qualquer

tipo de atividade na área social”.

DR

DRDR

17 de outubro de 20138 •

Page 9: 4151 P21 2013-10-17

EM DESTAQUE: Arrabal

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“É uma paróquia com gente generosa”Acredita que o trabalho

de um pároco é um trabalho de paciência,

de persistência e de perseverança. Por esse

motivo, o padre António Pereira Faria tem dado

o seu contributo para manter a paróquia do

Arrabal unida. Para tal, o pároco mantem uma filosofia que considera

importante: é um conciliador de conflitos.

Armanda Balinha

Está há 12 anos na paróquia do Ar-rabal. O que mudou nos últimos 12 anos com a sua gestão?Devo ressalvar que o trabalho

numa paróquia é um trabalho mui-

to lento. Nos últimos 12 anos, fez-se

um esforço para valorizar o que ha-

via na comunidade cristã. No cam-

po da liturgia, tentou-se constituir

a formação de acólitos. O Ministé-

ro da Comunhão também foi muito

valorizado. No campo da catequese,

fez-se um esforço para valorizar os

catequistas. Temos três centros de

catequese. Na Martinela, durante

muitos anos, o capelão era o pároco.

Fizemos um esforço de aproxima-

ção das pessoas à catequese. Esta

paróquia tem quatro centros de

culto e os centros de culto marcam

muito a vida da comunidade. Em

três destes centros há a catequese.

Tem-se feito um esforço para unir.

Procurei também constituir o Con-

selho Económico, com representan-

tes de toda a paróquia. Temos tido a

preocupação de ter representantes

não só dos grupos paroquiais, mas

tanto quanto possível, geografica-

mente ter essa presença. Quando

cheguei, não havia Conselho Pas-

toral. Há uns anos, passámos a ter.

Não tenho feito nada de novo, mas

dou o meu contributo para manter.

Procurei ver as zonas da freguesia

mais desprotegidas para trazer os

seus representantes.

Um padre é também diplomata...É verdade! Tenho que ser concilia-

dor de conflitos. O sentido de Igreja

não se cria numa geração ou duas. E

o sentido de paróquia e de comuni-

dade é um esforço de todos os dias.

O trabalho de um pároco é um tra-

balho de paciência, de persistência

e de perseverança.

Como tem sido a resposta da co-munidade do Arrabal para o cha-mamento à unidade da Paró-quia?Ainda há dificuldades. Ainda di-

zem muito o “nós” e o “eles”, a “nossa

festa” e a “festa deles”. Sinto dificul-

dade em muitas coisas. Antes a ca-

tequese fazia-se por lugares. Hoje,

os pais podem inscrever as crianças

no lugar que lhes for mais conve-

niente. É uma forma de distribuir

as crianças para que os grupos fi-

quem mais equilibrados em termos

de número de crianças em cada

grupo. Há dias em que cada lugar

tem a catequese, mas depois há dias

específicos em que todas as crian-

ças vêm à paróquia.

Têm loja social. Existe há quanto tempo?Foi inaugurada pelo senhor Bispo

há quatro anos. Está em obras de

melhoramento. A Conferência de

São Vicente de Paulo é que é res-

ponsável pela loja. O espaço já está

ampliado. Era importante para res-

ponder às necessidades. O que se re-

colhia não tinha lugar. Hoje já tem.

E ao nível das igrejas, está tudo conservado?Graças a Deus. Os edifícios têm de

ser conservados, por isso têm sido

feitas obras, sobretudo ao nível da

pintura. Quando cá cheguei ha-

via um projeto de um centro pasto-

ral e paroquial. Um grande projeto,

até megalómano, que nunca foi em

frente. Há dois ou três anos, como a

Igreja estava muito degradada a vá-

rios níveis, fez-se uma grande inter-

venção. Nos outros centros, a cape-

linha do Soutocico tem sido alvo de

projeto de conservação. A do Frei-

xial recebeu obras por dentro e por

fora antes de eu chegar. A que está

mais necessitada de obras é a cape-

la da Martinela. É muito pequena e

está muito degradada.

Esta é uma paróquia maioritaria-mente rural. A crise nota-se mui-to no Arrabal?Sim. Sinto que a crise obrigou já

muita gente a emigrar. Muitas fá-

bricas, onde trabalhavam centenas

de pessoas, já fecharam.

O que sente um pároco ao verifi-car estas situações dramáticas?Muita angústia. Mas o meio ru-

ral tem algumas defesas. Temos al-

guns problemas de carenciados e

estamos atentos a essas necessida-

des. Se são da freguesia, devem ir

à Conferência de São Vicente de

Paulo, apesar de a Conferência não

ter grandes meios. Tem os bens ali-

mentares que vêm do Banco Ali-

mentar, da Cáritas e que as pessoas

dão generosamente. Temos a Loja

Social e temos a loja ambulante,

que ao terceiro domingo, à saída da

missa, é montada uma tenda para

vender coisas, como bolos, pão ca-

seiro e bordados para angariar ver-

bas. Nesse dia, recebem-se ofertas

das pessoas que as queiram dar. Há

gente generosa. Tem sido um tra-

balho difícil, mas tem-se consegui-

do. O Arrabal é uma paróquia com

gente generosa e voluntária.

17 de outubro de 2013 • 9

Page 10: 4151 P21 2013-10-17

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AGENDA

18sexta

Setembro Curso sobre a Mensagem de Fátima - (18-20) Departamento de Pastoral Familiar - Jornadas

Nacionais (18 a 20) Comunidade Cristo de Betânea – Oração se-

manal de louvor, adoração e intercessão

19sábado

Setembro Serviço Diocesano de Catequese (SDC) – Peregri-nação Diocesana de Catequistas à Itália (19 a 25)

Centro de Apoio ao Ensino Superior - Encontro Nacional de Docentes e InvestigadoresCentro de Preparação para o Matrimónio (CPM) - Encontro de Noivos em Leiria (19, 20 e 27/10 e 3/11)

Equipas de Nossa Senhora (ENS) – Reunião de informação e divulgação

Fundação Maria Mãe da Esperança (FMME) – “Jornada de Espiritualidade”

Grupo da Imaculada (Fundação Apostolado do Imaculado Coração de Maria) - Encontro internacional das comissões locais de Portugal e estrangeiro

Serviço de Animação Vocacional (SAV) – En-contro diocesano de animadores vocacionais

Fundação Maria Mãe da Esperança (FMME) – “Adoração Noturna”

20domingo

Setembro Convívios Fraternos – Pós convívio CF 1215 Serviço de Animação Missionária (SAM) –

Grupo Diocesano Ondjoyetu – Dia Mundial das Missões

Legião de Maria (LM) – Reunião da Cúria de Nossa Senhora Mãe da Igreja (Monte Redondo)

21segunda

Setembro Centro de Formação e Cultura (CFC) – 1.º se-mestre 2013/14 – Introdução ao Direito Canóni-co, por Dr. Fernando Varela

Serviço de Animação Missionária (SAM) - Gru-po Diocesano Ondjoyetu – Encontro informal de trabalho, oração e convívio

22terça

Setembro Vigários da Vara – Reunião Vida Ascendente - Movimento Cristão de Re-

formados (VA) – Reunião do Grupo de Leiria Escola Diocesana «Razões da Esperança»

23quarta

Setembro Junta Regional de Leiria-Fátima do Corpo Nacional de Escutas – Encontro dos Assistentes de Agrupamento

Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Reu-nião de padres responsáveis vicariais animação vocacional

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Souto da CarpalhosaTlm 967 033 542 Tlm 963 261 485 Tlm 963 022 997Fax 244 613 315

LeiriaLoja nas Galerias Jardins do Lis

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CARTÓRIO NOTARIALDE MANUEL FONTOURA CARNEIRO

PORTO DE MÓS Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada nes-

te Cartório Notarial, no dia onze de outubro de dois mil e treze, exarada a folhas trin-ta e três do Livro de Notas para "Escrituras Diversas" Duzentos e Noventa e Um - A:

ANTÓNIO PEREIRA MARQUES e cônjuge INÁCIA DE JESUS RODRIGUES, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, lá residentes na Rua Nova da Lagoa, 1, Pedrome, Nifs: 186 240 830 e 186 240 848, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rús-tico sito em Pedrome - Covões, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, composto de terreno florestal com mato, com a área de três mil trezentos e sessenta e sete metros quadrados, a confrontar do norte e poente com caminho pú-blico, do sul com Abel Ferreira Manso e do nascente com Manuel Jesus Pereira, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 10675 da freguesia de União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, por proveniência do artigo rústico 11235, da freguesia de Santa Catarina da Serra, com o valor patrimonial IMT de € 2.560,00.

Que adquiriram este prédio por doação verbal de Teresa de Jesus, viúva, residen-te em Ulmeiro, Santa Catarina da Serra, Leiria, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta, já no seu estado de casados.

Que, não obstante não terem titulo formal de aquisição do referido prédio, fo-ram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivaram-no e colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconheci-dos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar di-reito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Conferida está conforme o original, Cartório Notarial de Manuel Fontoura Car-neiro, onze de outubro de dois mil e treze.

O Notário, (Manuel Fontoura Carneiro)Presente Leiria-Fátima, nº 4151, 17 de outubro de 2013

CARTÓRIO NOTARIALDE MANUEL FONTOURA CARNEIRO

Porto de MósCertifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada nes-

te Cartório Notarial, no dia catorze de outubro de dois mil e treze, exarada a fo-lhas quarenta e três do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Noven-ta e Um-A:

JOSÉ CARREIRA DAS NEVES, divorciado, natural da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, lá residente na Rua dos Santos, 16, Loureira, na quali-dade de procurador de:

- SERAFIM CARREIRA DAS NEVES e cônjuge MARIA TERESA SIMÃO DAS NEVES ou MARIA TERESA SIMÃO, casados sob o regime da comunhão geral de bens, natu-rais ele da freguesia de Santa Catarina da Serra, ela da freguesia de Arrabal, ambas do concelho de Leiria, residentes na Rua dos Santos, 12, Loureira, Santa Catarina da Serra, Leiria, Nifs: 113 648 707 e 113 648 685, declararam:

Que, com exclusão de outrem, os seus representados são donos e legítimos possuidores, de metade indivisa do prédio rústico sito em Lagoa do Boi, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, composto de eucaliptal, atravessa-do por um caminho, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confron-tar do norte com António Guilhermino, do sul com Joaquim dos Santos Guilhermi-no, do nascente com Herdeiros de Manuel Vieira e do poente com caminho, descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria na ficha três mil cento e vin-te e sete, direitos sem qualquer relação com os lá registados pela inscrição corres-pondente à apresentação trinta e uma de vinte e dois de abril de mil novecentos e noventa e seis, inscrito na matriz sob o artigo 3195, da freguesia de União das Fre-guesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, por proveniência do artigo 3350, da freguesia de Santa Catarina da Serra, com o valor patrimonial IMT correspondente de € 218,40, a que atribui igual valor.

Que os seus representados adquiriram os referidos direitos no indicado prédio por compra verbal a Maria Alice Santos e marido Manuel Orlando Costa Santos e a José dos Santos e esposa Felismina Antónia Mendes, residentes no mesmo lugar de Loureiro, compra essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e dois, já no seu estado de casados.

Que, não obstante os seus representados não terem título formal de aquisição dos referidos direitos no indicado prédio, foram eles que sempre o possuíram, em compropriedade, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no, colheram os seus frutos, sem-pre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pa-cífica, porque sem violência, continua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o primeiro outorgante, em nome dos seus representados, invoca, como causa de aquisição dos referidos di-reitos no indicado prédio, por esses não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Porto de Mós, catorze de outubro de dois mil e treze. A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sou-

sa Mendes)Presente Leiria-Fátima, nº 4151, 17 de outubro de 2013

Cartório Notarial de Leiriaa cargo do Notário Pedro Tavares

Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas n° 236 — A, de folhas quarenta e quatro a folhas quarenta e seis se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia sete de Ou-tubro de 2013.

Outorgada por Carminda de Jesus Costa Cordeiro e marido António Cordeiro, casados sob o regime de comunhão geral, naturais de Milagres, Leiria, residentes na Rua Santo Ildefonso n° 310, Mata da Bidoeira, Bidoeira de Cima, Leiria, nif 165 714 921 e 121 910 482, na qual disseram.

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguin-tes imóveis:

um: Um terço indiviso do prédio rústico, composto por terra de semeadura, sito em Mata da Bidoeira, na freguesia de Bidoeira de Cima do concelho de Leiria, descri-to na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número três mil e trinta e cinco, sem inscrição desta quota-parte, inscrito na matriz sob o artigo 3342 de Milagres, com o valor patrimonial tributário de 167,56€, igual ao atribuído (PP-0834-41816- 100926-003035);

dois: Metade indivisa do prédio rústico, composto por terra de semeadura, sito em Vale das Colmeias, na freguesia de Milagres do concelho de Leiria, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número cinco mil trezentos e noventa, sem inscrição desta quota-parte, inscrito na matriz sob o artigo 3644, com o valor patrimonial tributário de 502,89€, igual ao atribuído, onerado com a servidão registada (PP-0834-41824-100915-005390);

três: Prédio rústico, composto por terreno de cultura com oliveiras, com a área de oitocentos e dez metros quadrados, que confronta a norte com Manuel de Jesus Francisco, sul e nascente António Cordeiro da Costa e poente Rua da Cavada, sito em Mata da Bidoeira, na freguesia de Bidoeira de Cima do concelho de Leiria, não des-crito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na res-pectiva matriz sob o artigo 3441 de Milagres, com o valor patrimonial tributário de 233,87€, igual ao atribuído;

quatro: Prédio rústico, composto por pinhal, com quinhentos e setenta metros quadrados, que confronta a norte com caminho, sul Luís Carreira, nascente Manuel da Costa Ferreira e poente Luís Carreira, sito em Seiceiras, na freguesia de Bidoeira de Cima do concelho de Leiria, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3478 de Milagres, com o valor patrimonial tributário de 92,40€, igual ao atribuído;

cinco: Um terço indiviso do prédio rústico, composto por pinhal, com três mil e seiscentos metros quadrados, que confronta a norte com Silvino Ferreira Cordei-ro, sul Maria Fernanda do Oiteiro Caetano Crespo Ferreira, nascente Amílcar Pereira Domingues e Carminda de Jesus Costa Cordeiro e poente Silvino Ferreira Cordeiro, sito em Tenda, na freguesia de Bidoeira de Cima do concelho de Leiria, não des-crito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na res-pectiva matriz sob o artigo 3333 de Milagres, com o valor patrimonial tributário de 370,48€, igual ao atribuído;

seis: Prédio rústico, composto por pinhal, com novecentos e noventa metros quadrados, que confronta a norte com Amílcar Pereira Domingues, sul Maria Fer-nanda Oiteiro Caetano Crespo Ferreira, nascente ribeiro e poente Manuel de Jesus Francisco, sito em Tenda, na freguesia de Bidoeira de Cima do concelho de Leiria, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscri-to na respectiva matriz sob o artigo 18, com o valor patrimonial tributário de 440€, igual ao atribuído.

Que os imóveis vieram à sua posse por partilha meramente verbal que fizeram por volta do ano de mil novecentos e sessenta por óbito de Luís da Costa Júnior, pai dela. Que, assim, vêm possuindo esses prédios como seus, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, cultivando-os e colhendo os seus fru-tos, cortando mato, plantando e vendendo árvores, cumprindo as obrigações fiscais a eles relativas, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com co-nhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a pro-priedade sobre os mesmos.

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a com-provem.

Que para suprir tal título vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obterem no registo predial a primeira inscrição de aqui-sição dos referidos imóveis.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/3 a 31/01/2011, em Leiria, sete de Outubro de dois mil e treze.

A Funcionária, (Leonor Pereira)Presente Leiria-Fátima, nº 4151, 17 de outubro de 2013

17 de outubro de 201310 •

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Cerca de duzentos mil peregrinaram à Cova da Iria

Cardeal encoraja à confiança em Deus

Em Fátima, o Cardeal Tarci-

sio Bertone encorajou os cristãos a

confiar em Deus, mesmo que a vida

esteja difícil e confiou a Maria o tes-

temunho de fé.

“No ‘hoje’ da nossa vida, amea-

çada por fragilidades e riscos vá-

rios, atravessada pela experiência

básica de não podermos dominar

o futuro, receosos de que a injusti-

ça e a morte tenham a última pala-

vra sobre a existência humana, só é

possível esperar verdadeiramente

na vitória sobre o mal e a morte, en-

frentar a vida com coragem e deter-

minação, se o rosto de Deus se dei-

xar mostrar e nós o soubermos ver

nesses sinais deixados por outros

crentes, sinais que testemunham

como vale a pena confiar no Deus

de ontem, de hoje e de sempre”, dis-

se na homilia do passado dia 13 de

outrubro, na Cova da Iria.

Referindo-se à Jornada Ma-

riana, que se realizou na Praça de

S. Pedro, perante a Imagem de Nos-

sa Senhora de Fátima venerada na

Capelinha das Aparições, D. Tarci-

sio Bertone recorda que “no âma-

go da Mensagem de Fátima, temos

a conversão, que implica amor de

Deus acima de todas as coisas, hor-

ror ao pecado mais que o amor à

vida, fidelidade à Lei de Deus, que

se resume e traduz na caridade”.

“Contra o fatalismo do mundo, Ma-

ria veio aqui lembrar que, na or-

denação e governo de tudo o que

acontece, há um Coração infinito”,

referiu.

A Maria, o Cardeal confiou

então o testemunho de fé da Igre-

ja, para que esta consiga chegar ao

coração das pessoas, nomeadamen-

te dos jovens. “Confio-Vos o que pa-

rece ser hoje a coisa mais importan-

te no serviço da Igreja: o seu forte

testemunho de fé diante da hodier-

na geração de homens e mulhe-

res, tentada pela crescente secula-

rização e indiferença religiosa que

grassam por aí”. “Que este testemu-

nho fale sempre a linguagem cla-

ra do Evangelho e assim encontre

acesso aos corações, sobretudo da

geração jovem!”, concluiu o Cardeal

perante cerca de duzentos mil pere-

grinos que vieram de todo o mun-

do participar na última Peregrina-

ção Aniversária deste ano dedicado

à Fé. | SF

Cardeal Tarcisio Bertone, na Capelinha das Aparições

“Fátima é um apelo ao amor”

Na saudação aos peregrinos

da Cova da Iria, o Cardeal Tarcisio

Bertone, no passado sábado, dia 12,

agradeceu “o convite e o acolhimen-

to recebidos”. Disse ter vindo para,

com os peregrinos de Fátima, “pro-

fessar a nossa fé comum, levantar

os braços em prece pelo futuro de

toda a humanidade e, enfim, na e

pela nossa consagração, renovar, a

consagração do mundo ao Coração

Imaculado de Maria, em união com

o Papa Francisco”.

Na sua primeira interven-

ção, o Cardeal, que presidiu à Pere-

grinação Aniversária de outubro,

disse que o “Segredo” revelado em

1917 continua a ser atual e a reve-

lar-se no “mal da incredulidade”. “É

impressionante ver como o coração

dos três Pastorinhos bate em unís-

sono com o coração da Igreja, como

amam o Papa, cujos sofrimentos ti-

nham pressentido naquele miste-

rioso cortejo do chamado Segredo

de Fátima”, disse. E acrescentou que

“apesar do seu cabal cumprimento

no século XX, aquele cortejo é uma

profecia para todos os tempos”, no-

meadamente os mais atuais onde,

“não terminou o mal da increduli-

dade, não deixou de correr o san-

gue dos mártires”. Para D. Tarcisio

Bertone, aquilo que move o cora-

ção dos mártires “não é a dor, mas

o amor” e, “Fátima é um apelo ao

amor”, disse referindo “o exemplo

e confiando na intercessão dos bea-

tos Francisco e Jacinta e da serva de

Deus irmã Lúcia”.

Do Vaticano, o Cardeal trouxe

“a benção” do Papa Francisco e um

pedido “de orações por ele”.

Recorde-se que o cardeal Tar-

cisio Bertone é considerado um es-

pecialista na Mensagem de Fátima,

tendo sido enviado por João Paulo

II para conversar com a irmã Lúcia

acerca da interpretação da terceira

parte do segredo. | SF

Luís de Oliveira

D. António Marto foi o anfitrião do cardeal Tarcisio Bertone

Irmã Ângela Coelho ofereceu relíquias dos Videntes ao Papa

“Os Pastorinhos são para nós modelo de amor ao Santo Padre”

A irmã Ângela Coelho, postu-

ladora da causa para a canonização

de Francisco e Jacinta Marto, inte-

grou a comitiva que acompanhou a

imagem de Nossa Senhora de Fáti-

ma até Roma.

Em declarações ao jornal PRE-

SENTE, também ela refere a enor-

me emoção que viveu neste “mo-

mento histórico para a Igreja e para

o mundo”. O que mais a impressio-

nou foi “o amor que as pessoas sen-

tem e manifestam por esta ima-

gem”.

Participaram nestas jornadas

do Ano da Fé mais de 800 grupos

ligados a diferentes sensibilidades

de devoção mariana. “Parece-me

que nenhuma outra imagem con-

gregaria tanta gente”, refere a re-

ligiosa, recordando o modo fervo-

roso como “as pessoas mostravam

carinho, cantavam, acenavam, re-

zavam, suplicavam e agradeciam, à

medida que a imagem passava por

elas”. A multiplicidade de raças, na-

cionalidades, estratos sociais e ida-

des oferecia “um quadro bem re-

presentativo de toda a Igreja e de

toda a humanidade a olhar para

esta imagem com esperança e ca-

rinho”. E alguns pormenores eram

“especialmente belos”, como o caso

de “três pequeninas crianças, que

pela língua e aspeto físico seriam

oriundas de algum país do Norte da

Europa, vestidas com os trajes típi-

cos dos Pastorinhos de Fátima”.

A título pessoal, “não vou es-

quecer o mistério que me foi dado

viver de cumprimentar dois pa-

pas num dia”, refere a irmã Ângela

Coelho. Mas o momento verdadei-

ramente marcante foi o da apre-

sentação de cumprimentos ao Papa

Francisco, na tarde de sábado, após

a catequese mariana. Ela conta:

“O primeiro a cumprimentar

o Papa foi o reitor do Santuário de

Fátima, padre Carlos Cabecinhas,

seguindo-se outros reitores de san-

tuários marianos, como Pompeia

ou La Salete. Ao chegar a minha

vez, disse a Sua Santidade que em

Portugal os pastorinhos Francisco

e Jacinta são modelo de amor pelo

Papa e inspiradores da nossa ora-

ção e da oferta dos nossos sacrifí-

cios e da nossa vida pelo Santo Pa-

dre. Depois, apresentei-lhe a oferta

de um estojo com relíquias dos Pas-

torinhos e um fragmento da azi-

nheira onde Nossa Senhora apa-

receu em agosto de 1917. O Papa

Francisco beijou carinhosamente

as relíquias e disse: «Sim, rezem por

mim»! Recordo deste momento, so-

bretudo, o ar de alegria do Santo Pa-

dre e o modo atencioso como ouviu

e falou com cada um de nós, fazem-

nos sentir como se só existíssemos

nós com ele naquele instante”.

Mas esse foi apenas um breve

episódio, entre muitos outros que

viveu nestes dois dias de emoções

intensas e que, garante, “não há pa-

lavras para descrever”. LMF

DIOCESE

17 de outubro de 2013 • 11

Page 12: 4151 P21 2013-10-17

MUNDO

Virgem Maria é exemplo de fé humilde e solidária

Papa dá Catequese Mariana

O Papa Francisco disse no Va-

ticano que Maria é um exemplo de

fé para todos os cristãos, numa ca-

tequese proferida junto da imagem

de Nossa Senhora de Fátima, vinda

da Capelinha das Aparições.

A notícia foi dada pela Agên-

cia Ecclesia que cita o Sumo Pontífi-

ce: “Toda a sua vida foi seguir o seu

Filho: Ele é a estrada, Ele é o cami-

nho! Progredir na fé, avançar nes-

ta peregrinação espiritual que é a fé,

não é senão seguir a Jesus; ouvi-lo e

deixar-se guiar pelas suas palavras”.

Francisco destacou a “humil-

dade, misericórdia, solidariedade”

que derivam desta fé, a qual leva

também à “firme repulsa da hipo-

crisia, do fingimento, da idolatria”.

Perante milhares de pessoas

reunidas na Praça de São Pedro

para a Jornada Mariana do Ano da

Fé, o Papa Francisco declarou ainda

que a imagem vinda de Fátima aju-

da os presentes a “sentir a sua pre-

sença” como “uma mulher de fé,

uma verdadeira crente”.

“A fé de Maria enfrentou a in-

compreensão e o desprezo; quando

chegou a ‘hora’ de Jesus, a hora da

paixão, então a fé de Maria foi a pe-

quena chama na noite”, recordou.

Ao som do 'Avé de Fátima' e

saudada por lenços brancos, a ima-

gem de Nossa Senhora de Fátima

seguiu para o Santuário do Divino

Amor, para a oração ‘Com Maria

para além da noite’, organizado pelo

Vicariato de Roma e patrocinado

pelo Conselho Pontifício para a Pro-

moção da Nova Evangelização. | SF

Jornada Mariana

Mundo consagrado ao Imaculado Coração de Maria

Nas celebrações da Peregri-

nação Internacional Aniversária

de outubro, a imagem de Nossa Se-

nhora, da Capelinha das Aparições,

foi substituída pela primeira Ima-

gem Peregrina, entronizada na Ba-

sílica de Nossa Senhora do Rosário

desde 8 de dezembro de 2003.

A imagem de Nossa Senhora,

da Capelinha, foi levada a Roma a

pedido de Sua Santidade para es-

tar presente na Jornada Mariana

com o título “Feliz és Tu que acre-

ditaste!”, integrada no calendário

da celebração do Ano da Fé, que de-

correu este fim de semana no Vati-

cano.

Ícone desta jornada, a imagem

de Nossa Senhora foi selecionada

por ser “um dos ícones marianos

entre os mais significativos para os

cristãos em todo o mundo”.

Ao chegar ao Vaticano, a ima-

gem foi conduzida à residência de

Bento XVI, Papa emérito, antes

de ser recebida pelo seu sucessor,

Francisco, na Casa de Santa Marta.

Em Roma, a receção à Imagem

aconteceu às 17h00 do dia 12, na

Praça de São Pedro, na presença do

Papa ao som do ‘Avé de Fátima’ ao

que se seguiu uma “catequese ma-

riana”. Às 19h00, teve lugar uma vi-

gília de oração intitulada “Com Ma-

ria durante a noite”, no Santuário

do Divino Amor, que se prolongou

por toda a noite.

A imagem regressou à Praça

de São Pedro na manhã do dia 13,

às 10:00, para a recitação do terço,

à qual se seguiu a Missa celebrada

pelo Papa Francisco.

A jornada incluiu a consagra-

ção do mundo ao Imaculado Cora-

ção de Maria, em que o Papa Fran-

cisco repetiu o gesto de João Paulo

II, diante da mesma imagem, a 25

de março de 1984, na Praça de São

Pedro.

A Santa Sé estima que parti-

ciparam na Jornada Mariana mais

de 300 mil pessoas, estando inscri-

tas representações de associações e

santuários de 48 países.

A imagem venerada na Ca-

pelinha das Aparições percorreu a

Praça de São Pedro e passou pelo lo-

cal onde João Paulo II foi atingido

por uma bala a 13 de maio de 1981.

A imagem da Capelinha re-

gressou a Fátima no dia 13, pelas

23h30. | SF

O rosário que o Papa Francisco ofereceu a Nossa Senhora.De Fátima, o Papa Francisco recebeu do reitor do Santuário o rosário oficial do santuário e, da postuladora para a canonização de Francisco e Jacinta Marto, relíquias dos videntes e um fragmento da azinheira onde Maria apareceu em agosto de 1917.

O reitor do Santuário de Fátima em conversa com o Papa Francisco.

DR

Marinha Grande festeja “missão dos leigos”

A paróquia da Marinha Gran-

de vai assinalar de forma especial o

início de mais um ano pastoral, no

próximo domingo, dia 20 de outu-

bro. De acordo com o pároco, pa-

dre Armindo Castelão, será feita a

apresentação à comunidade dos no-

vos membros do Conselho Pastoral,

Conselho Económico e comissões

de todas as igrejas, bem como dos

novos ministros extraordinários

da Comunhão. Para tal, “as novas

comissões deverão tomar parte na

Missa nas igrejas onde irão exercer

a missão para que foram eleitos ou

escolhidos e os ministros da Comu-

nhão deverão participar na Missa

da igreja paroquial, às 11h00”.

Na tarde desse domingo, às

15h30, na igreja paroquial, o vigá-

rio geral da diocese de Leiria-Fáti-

ma, padre Jorge Guarda, fará uma

palestra sobre a missão dos leigos

na Igreja, seguindo-se o canto de

Vésperas e a tomada de posse dos

elementos dos conselhos pastoral e

económico.

Para este ato são convidados

todos os paroquianos, em especial

os mais diretamente envolvidos

na ação pastoral da comunidade.

No final, “celebraremos este acon-

tecimento tão importante com um

porto de honra”, convida o pároco,

adiantando que “será sangue novo

na nossa paróquia, para continuar

com novo ânimo, novo espírito e

generosidade a obra já iniciada e

desenvolvida há tantos anos”.

Escola vicarial da fé

O padre Armindo informa

ainda que irá iniciar-se no sábado

19 de outubro a “Escola Vicarial da

Fé”, uma proposta de catequese de

adultos a nível vicarial (paróquias

de Maceira, Marinha Grande e Pa-

taiais), para “todos os que queiram

aprofundar a sua fé e conhecimen-

tos, ou que queiram receber algum

dos sacramentos da iniciação cris-

tã: batismo, crisma ou eucaristia”.

Ao todo, serão 19 encontros a de-

correr até final de maio de 2014, aos

sábados, das 21h00 às 22h30, no sa-

lão paroquial de Pataias. Os interes-

sados deverão inscrever-se nos res-

petivos cartórios paroquiais. | LMF

DIOCESE

17 de outubro de 201312 •

Page 13: 4151 P21 2013-10-17

OPINIÃO

Paulo CostaAssistente de psicologia clínica

Acácio LopesEmpresário

Dia Nacional da Luta Contra a Dor a 19 de outubro

Dor crónica na criança: valorize as suas queixas

As experiências repetidas de dor na infância e na adolescên-cia repercutem-se, de forma físi-ca e psicológica para toda a vida. Quando as queixas de dor são fre-quentes, pode tratar-se de dor crónica, pelo que é importan-te investigar as suas causas, ava-liar corretamente a dor e iniciar precocemente o tratamento mais adequado. Também na dor aguda, é dever dos profissionais de saú-de intervir atempadamente preve-nindo o sofrimento desnecessário das crianças, e evitando que aque-

la se transforme em dor crónica. O controlo da dor é um indicador da qualidade dos serviços de saúde.

Nas crianças e adolescentes, as principais causas de dor aguda são os acidentes, os procedimen-tos invasivos e as intervenções ci-rúrgicas. Também pode haver dor persistente ou prolongada decor-rente da doença ou de tratamen-tos médicos. Mas a dor crónica nas crianças e adolescentes é mais fre-quente do que se pensa, seja as-sociada a doenças crónicas que causam inflamação e dor, seja sem

causa aparente como as dores de costas, as dores nos membros ou as dores de barriga.

A dor nas crianças a partir dos 3 ou 4 anos pode ser avaliada atra-vés do que as crianças dizem (au-torrelato), pois já conseguem dia-logar e expressar-se verbalmente. Antes dessa idade, ou nas crianças com dificuldades de comunicação, a avaliação da dor é feita por ob-servação do seu comportamen-to (heterorrelato). Em qualquer dos casos, existem escalas de dor apropriadas para diferentes idades

e situações que permitem conhe-cer a intensidade da dor, bem como a sua lo-calização e características.

A prevenção e o tratamento da dor, na maioria das situações, po-dem ser feitos com recurso a me-dicamentos pouco dispendiosos, associados a técnicas não farma-cológicas que ajudam a controlar o medo e a ansiedade, e a melho-rar a condição física.

Para as crianças e adolescen-tes, não existem ainda em Portu-

gal, ao contrário do que aconte-

ce noutros países, unidades de dor crónica

multidisciplinares que sejam cen-tros de referência para o trata-mento da dor crónica.

Os pais devem partilhar com os profissionais de saúde o seu conhecimento das experiências anteriores traumatizantes e me-dos do seu filho, assim como os efeitos da dor na vida diária e o comportamento da criança em ambiente familiar.

Deus foi excluído do desenvolvimento, porque entendido

como um Ser do passado

Quando a Música dá voz à Poesia,

uma organização melódica timbra nas formas arquitetadas

pelas palavras, tornando possíveis múltiplos acordes e

harpejos

A dimensão poética na música

A Poesia e a Música oferecem-nos um diálogo insistente. É na grandiloquência da música feita poema que surge uma matriz ou contágio. Uma polifonia de palavras e sons, enredados num único grito. A Poesia, tal como a musicalidade que dela emerge, geram um comprometimento, uma parti-lha superior de raízes inalteráveis no pensa-mento, como uma propagação que inebria e acalenta. Hoje, mais do que sempre, preci-samos dessa mutualidade de padrões estéticos, des-se sôfrego descontenta-mento, rumo à insubmis-são das vozes do Homem face às incertezas. De cer-to modo, essa partilha é a expressão de um fôle-go, uma chama que am-plia a existência, tornan-do melodiosos os dias e as horas em que sofrega-mente vagueamos. E é de simplicidade e união que assomam os tempos. De momentos telúricos, in-timistas e breves, quase inoportunos ou espontâ-neos, que se tornam ime-moriais alentos de vida, (re)construindo na combinação do silên-cio e dos seus cristais, os sons ritmados de dois mundos: um interior e o outro, exterior. Quando a Música dá voz à Poesia, uma or-ganização melódica timbra nas formas ar-quitetadas pelas palavras, tornando possí-

veis múltiplos acordes e harpejos, enlevando à harmonia emocional o agrupamento des-tas duas estruturas orgânicas, mas tão bre-ves, da razão humana. Combinar sentidos é, talvez, a função da Poesia musicada. Porque congrega na mesma estrutura um corpo ci-nestésico, propagando pela voz, tatean-do com o olhar, e até percecionando com um olor audível, todos os elementos sono-ros experimentados pela imaginação. A mú-

sica inclui variações me-lódicas que nos enredam nas arritmias sincréticas do pensamento, trans-portando-nos nas suas notas harmónicas para uma espécie de consen-so inconsciente de so-nhos. Em contrapartida, a Poesia na Música con-fere-lhe uma desconstru-ção aleatória. Um rumo intrínseco, traçado para a capacidade autónoma de percecionar o senti-do particular das pala-vras. Talvez por isso, se-jam universais e eternas a Música e a Poesia. Creio até existir um certo senti-

do litúrgico na sua função e linguagem. Evo-quemos, por isso, o sentido intemporal e humano da sua manifestação emotiva, ex-pressos nas palavras de Ezra Pound: “A Poe-sia estará tanto mais perto da sua essência quanto mais próximo estiver da Música”.

Deus e os Homens

Vivemos tempos unicos. Sim. O tem-po que nos calhou em sorte é e será dos mais brilhantes que a humanidade cons-truiu; Nasceu a era espacial, contactamos e visionamos pessoas e eventos a milhares de quilómetros de distancia,o mundo tornou-se numa aldeia, construímos equipamentos para os mais diversos fins, ..quase tudo é possível.

Criámos uma sociedade de bem estar social, com preocupações para com o mais carenciados, desenvolve-mos politicas democrá-ticas para a governação dos povos, criámos insti-tutos e instrumentos que consagraram a liberda-de de expressão, de cons-ciência, e igualdade de oportunidades.

Desenvolvemos a saude , a educação, a habitação, os transportes . Percorreram-se caminhos cientificos, antes impensáveis.

Estamos pois, num mundo ideal, em que a ciência e a técnica resolvem quase tudo.

Dramaticamente, esta evolução da hu-manidade, embora uma conquista boa e rica para o Homem está a deixar em crise e de-sespero a mesma humanidade.

Porquê?Em primeiro lugar, porque nem todo o

desenvolvimento é bom. Por outro lado, a evolução aparentemente gloriosa, criou in-justiças impensáveis, um caos ético e moral e um materialismo absurdo, resvalando para uma desumanização quase legitimada.

São os tempos de hoje. Novamente Deus foi excluído do desenvolvimento, por-que entendido como um Ser do passado, re-trógrado, reacionário e criador de obstácu-los ao mesmo desenvolvimento.

Aqui nasce o incompreensível que se co-meça a compreender … O que é feito ex-clusivamente em nome do homem, cida-dão, não tem o mesmo efeito se fosse feito em nome do Bem Comum, da dignidade da Pessoa Humana.

O Papa Francisco tem ensinado e partilhado isto mesmo!E que dizer de Francisco de Assis?

Não se trata,assim, de uma crise, aquilo que estamos a viver nos dias de hoje. È mais profundo e por isso , muito mais

prolongado no tempo. Estamos perante um novo paradigma que terá que nascer. Um novo paradigma de sociedade, de relacio-namentos , de uma nova economia, de uma nova cultura, mais justa, mais livre, mais hu-mana.

Utilizando uma metáfora, aliás bem real, estamos a viver o sábado santo. Jesus mor-reu. Temos que esperar pelo domingo ( Pás-coa), para que Ele ressuscite dos mortos, com nova vida, trazendo ao mundo um novo paradigma.

Abandonemos pois, do léxico, a pala-vra crise, que lembra retroatividade, e vamos construir um mundo novo, aquele que Jesus nos convidou a construir.

Duarte CorreiaPresidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor

17 de outubro de 2013 • 13

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LITURGIA: 20 de outubroComentário

Rezar, um diálogo de confiançaE se tudo o que nós pedimos e

queremos nos fosse automática e

imediatamente concedido?! E se

tudo o que nós chamamos “ora-

ção” fizesse surgir, mecânica e

automaticamente, solução ime-

diata para tantos desafios a que

temos de fazer face diariamente?!

E as soluções prontas e imedia-

tas aumentariam ou destruiriam

o dinamismo da fé como semen-

te a cuidar e coração a exercitar a

confiança?!

Nos momentos em que andásse-

mos mais expostos ao gosto, ao

sabor e à condição da novidade

das sensações correríamos o ris-

co de estar sempre a mudar mas

sem rumo, sem finalidade. Mudar porque sim, por mudar! Na voraci-

dade da mudança atropelar-nos-íamos a nós mesmos sem nunca che-

garmos nem sairmos de lado nenhum. Iludidos de dinamismo mas

completamente estagnados. Mais, perigosamente passaríamos por nós

mesmos em paisagens de constante repetição e sem darmos conta da

paradoxal pasmaceira em torno de nós próprios. Sempre somando, jus-

tapondo.

Assim, pedir uma e outra vez, sem encontrar imediatamente respos-

ta e solução para o que se pede, e continuar a sempre a pedir, sem es-

morecer, com confiança e dialogando, é pedagogia do discernimento e

da verdade que sempre liberta. Há coisas que ninguém nos pode con-

ceder. Há coisas que nem Deus nos pode conceder. E há momentos em

que nem sabemos o que pedir ou o que estamos a pedir. É por isso que

há vitórias que apenas se alcançam quando não se desiste de pedir, de

confiar e de dialogar. É necessário manter os braços erguidos. Se peço a

Deus para crescer, Deus faz caminho comigo. Se peço a Deus que des-

trua o meu irmão, encontro-me com o meu próprio inferno.

Jesus, diz-nos o Evangelho deste domingo, conta uma parábola sobre

a necessidade de rezar sempre, sem se deixar desencorajar. E fala de

uma viúva a quem um juiz, que não respeitava Deus nem os homens,

se negava a ouvir. Um dia, no entanto, diz Jesus, o juiz ouviu-a. E Jesus

acrescenta que a ouviu porque ela nunca desistiu de ser ouvida. É as-

sim também a nossa oração. À medida que pedimos e dialogamos va-

mos dando conta das impossibilidades dos pedidos, vamos purifican-

do o nosso desejo e vamos apurando a transparência da nossa vontade.

Há muitas “condições” para rezar e rezar bem. Entre elas, há duas im-

portantíssimas que são a confiança filial e a humildade. Significa que

não se consegue rezar uma mentira. E o tempo de pedir e de dialogar

é o tempo de discernir. É o tempo de escolher. É o tempo de confiar. É

o tempo de aceitar. Quem confia não manipula. Quem é humilde não

domina. Confiança e humildade dão sempre espaço e relevo à verdade.

Se compararmos a demora do juiz em ouvir a viúva ao aparente silên-

cio de Deus, dar-nos-emos conta de que ao tal “silêncio de Deus” será

melhor chamar “paciência de Deus”. E a paciência de Deus revela-se

plenamente em Jesus Cristo. Tinha razão então o poeta quando dizia

que, no meio do deserto, o silêncio é a Palavra de Deus porque, de fac-

to, a Palavra de Deus ensina, clarifica, denuncia o mal, educa na justi-

ça, forma na verdade.

Em Jesus Cristo, Deus “habituou-se” à humanidade. Mas, às vezes, o

homem leva muito tempo a “habituar-se” a Deus. Parece que se está

sempre ainda no início da história. Essa demora é o tempo da oração,

a experiência de estar muitas vezes “a sós com Deus” que sabemos que

nos ama. E se é em Jesus que Deus vem à humanidade, é em Jesus que

a humanidade vai até Deus. Precisamos, de facto, de rezar muito. Se

desistirmos … vai demorar ainda mais!

Emanuel Matos SilvaVice-reitor do Santuário de Fátima

TERÇO Foram tão grandes as contas que no meu terço rezeipedindo perdão das afrontasque recebi ou que dei...

Pedi paz pr'a todo o mundoe pr'o meu mundo supliqueipedi um amor profundoque superasse a justiçatornando inútil a lei.

Pedi ao Pai desse o pãoque mata a fome do homemna boca e no coração.Numa Glória agradecicom temor de adoraçãoa vida que recebie aquelas que concebi.

Ciente de meus pecadosesquecidos ou lembradosimplorei uma boa morte;fosse ela de tal sorteque embora em agoniaeu confiasse em Maria.

Isabel Vasco Costa

Meios de transporteUm dos seguintes meios de transporte não tem as mesmas características dos outros. Diz qual é.

A minha estanteAs minhas orações

Com orações bonitas, simples e em rima que as crianças vão apre-ciar, este livro ensina os principais valores da mensagem de Deus: a família, a amizade, o amor, a paz e o respeito pelo próximo. Perfeitas

para pais e filhos rezarem juntos todos os dias!Escrita por Christina Goodings e ilustrada por Emily Bolam, «As minhas orações» é uma edição da «Nascente».

Se peço a Deus para crescer, Deus faz caminho

comigo

17 de outubro de 201314 •

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LITURGIA: 20 de outubro

Ano C • Tempo Comum • Domingo XXIX

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27 de outubro | Domingo XXXEntradaAlegre-se o coração M. Simões, 142

É preciso renascer J. P. Martins, 309

SalmoO pobre clamou M. Luís, 573

Apresentação dos DonsDeixo-vos a paz J. P. Martins, 269

Escuta Israel C. Silva, 342

ComunhãoComo o veado anseia M. Luís, 228

Cristo amou a Igreja C. Silva, 245

Pós-comunhãoFelizes os puros de coração

A. Cartageno, 398

Jesus Cristo amou-nos M. Luís, 1050

FinalIde por todo o mundo M. Luís, 433

Deixo-vos a paz J. P. Martins, 269

notas

Correções, sugestões e observações à lista devem ser enviadas para [email protected]

Os números a seguir ao autor do cântico remetem para a coletânea Laudate

As sugestões de cânticos são para o domingo a seguir ao das leituras, a fim de permitir a preparação dos grupos corais.

Como o jornal Presente sai à quinta-feira, as leituras referem-se ao domingo imediatamente a seguir, para oferecer aos leitores a possibilidade de refletirem e se prepararem para a celebração que se aproxima, na atualidade do tema litúrgico da semana que se seguirá.

Sugestão de cânticos

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Leitura I

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, Amalec veio a Refidim ata-

car Israel. Moisés disse a Josué: «Escolhe al-

guns homens e amanhã sai a combater Ama-

lec. Eu irei colocar-me no cimo da colina, com

a vara de Deus na mão». Josué fez o que Moi-

sés lhe ordenara e atacou Amalec, enquan-

to Moisés, Aarão e Hur subiram ao cimo da

colina. Quando Moisés tinha as mãos levan-

tadas, Israel ganhava vantagem; mas quan-

do as deixava cair, tinha vantagem Amalec.

Como as mãos de Moisés se iam tornando pe-

sadas, trouxeram uma pedra e colocaram-na

por debaixo para que ele se sentasse, enquan-

to Aarão e Hur, um de cada lado, lhe segura-

vam as mãos. Assim se mantiveram firmes as

suas mãos até ao pôr do sol e Josué desbara-

tou Amalec e o seu povo ao fio da espada.

Palavra do Senhor.

Ex 17, 8-13

Salmo

O nosso auxílio vem do Senhor,

que fez o céu e a terra.

Levanto os meus olhos para os montes:

donde me virá o auxílio?

O meu auxílio vem do Senhor,

que fez o céu e a terra.

Não permitirá que vacilem os teus passos,

não dormirá Aquele que te guarda.

Não há-de dormir nem adormecer

Aquele que guarda Israel.

O Senhor é quem te guarda,

o Senhor está a teu lado, Ele é o teu abrigo.

O sol não te fará mal durante o dia,

nem a lua durante a noite.

O Senhor te defende de todo o mal,

o Senhor vela pela tua vida.

Ele te protege quando vais e quando vens,

agora e para sempre.

Salmo 120 (121), 1-8 (R. cf. 2)

Leitura II

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São

Paulo a Timóteo

Caríssimo: Permanece firme no que apren-

deste e aceitaste como certo, sabendo de

quem o aprendeste. Desde a infância conhe-

ces as Sagradas Escrituras; elas podem dar-

te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em

Cristo Jesus. Toda a Escritura, inspirada por

Deus, é útil para ensinar, persuadir, corrigir e

formar segundo a justiça. Assim o homem de

Deus será perfeito, bem preparado para to-

das as boas obras. Conjuro-te diante de Deus

e de Jesus Cristo, que há-de julgar os vivos e

os mortos, pela sua manifestação e pelo seu

reino: Proclama a palavra, insiste a propósi-

to e fora de propósito, argumenta, ameaça e

exorta, com toda a paciência e doutrina.

Palavra do Senhor.

Tim 3, 14 – 4, 2

Aleluia

Refrão: Aleluia. Repete-se

A palavra de Deus é viva e eficaz,

pode discernir os pensamentos

e intenções do coração.

Hebr 4, 12

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo se-

gundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discí-

pulos uma parábola sobre a necessidade de

orar sempre sem desanimar: «Em certa cida-

de vivia um juiz que não temia a Deus nem

respeitava os homens. Havia naquela cida-

de uma viúva que vinha ter com ele e lhe di-

zia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’.

Durante muito tempo ele não quis atendê-la.

Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não

temo a Deus nem respeito os homens; mas,

porque esta viúva me importuna, vou fa-

zer-lhe justiça, para que não venha incomo-

dar-me indefinidamente’». E o Senhor acres-

centou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!... E

Deus não havia de fazer justiça aos seus elei-

tos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fa-

zê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que

lhes fará justiça bem depressa. Mas quando

voltar o Filho do homem, encontrará fé so-

bre a terra?».

Palavra da salvação.

Lc 18, 1-8

Oração dos Fiéis

Irmãs e irmãos:, confiados na Palavra escutada,

oremos ao Pai do céu certos de que a oração in-

sistente é atendida e supliquemos, dizendo (ou:

cantando):

R. Ouvi, Senhor, a oração do vosso povo.

Ou: Senhor, venha a nós o vosso reino.

Ou: Escutai, Senhor, a nossa oração.

1. Pela Igreja, pela nossa diocese, pelos que

estão ao serviço da Palavra e por todos os vo-

luntários, oremos ao Senhor.

2. Pelos missionários, pelos países de missão,

pelo grupo missionário diocesano “Ondjoye-

tu” e pelos que são perseguidos por causa do

anúncio da palavra, oremos ao Senhor.

3. Pelos monges que se dedicam à oração, pe-

las famílias que rezam em suas casas, e pe-

los que duvidam da eficácia da oração, ore-

mos ao Senhor.

4. Pelos governantes do país, pelos que se de-

dicam ao estudo das leis, pelos que traba-

lham nos tribunais e pelos que servem a jus-

tiça, oremos ao Senhor.

5. Por todos nós, pelo bom acolhimento da

palavra escutada, pelo bom fruto da nossa

oração e pelo nosso compromisso missioná-

rio, oremos ao Senhor.

Tornai-nos ativos, Senhor, no campo da missão

e, para que todos os homens Vos conheçam, fa-

zei-nos orar em Espírito e verdade,

permanecer firmes no que aprendemos e acei-

támos e dar testemunho da nossa fé em Jesus

Cristo. Ele que é Deus convosco na unidade do

Espírito Santo.

17 de outubro de 2013 • 15

Page 16: 4151 P21 2013-10-17

EPA, C

lAudio P

Eri

Missão implica envioNo sentido mais tradicional as missões são iniciativas religiosas destinadas a propagar os princípios do Cristianismo entre povos não cristãos, imitando e cumprindo o que Jesus Cristo pediu aos seus apóstolos. Com o tempo, aquilo que começou por ser um simples ministério da palavra, transformou-se em estruturas inseridas em comunidades, procurando integrar os princípios cristãos na realidade de vida dos povos em que se implantam. Passaram a assumir uma dimensão social, económica, educativa, assistencial e cultural, que ultrapassa em muito a esfera religiosa que as motivou. As missões são hoje janelas de luz e esperança na melhoria das condições de

vida e da capacitação dos povos que as acolhem. Mas missão significa também toda a atividade que emerge da própria natureza de Deus, porque missão implica envio: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio a vós" (João 20:21). Neste contexto, todo o cristão é chamado à missão onde quer que se encontre, porque é chamado a servir como Jesus Cristo, indo ao encontro do outro que é seu irmão. As missões não podem ser apenas realidades que existem em algumas partes do globo, porque a evangelização começa à nossa porta, na família de cada um, no chamamento de seguir Cristo. Aí começa a nossa missão, porque todos pelo baptismo, somos evangelizadores e missionários. A este propósito julgo ser importante ter presente a intenção missionária do Santo Padre para este tempo “Para que a Jornada Missionária Mundial nos anime a ser destinatários e anunciadores da Palavra de Deus.”.

Carlos Magalhães de [email protected]

editorial

17 de outubro de 2013

todo o cristão é chamado à missão onde quer que

se encontre

“Projeto em rede... para vidas com sentido!”.

Aberto o período para inscriçõesEstá aberto, até dia 17 de

novembro, o prazo de inscrições

para o “Projeto em rede... para vi-

das com sentido!”.

O projeto destina-se a jo-

vens dos 20 aos 35 anos, crisma-

dos e abertos ao chamamento de

Deus. Pretende ser um convite a

percorrer um itinerário em bus-

ca da própria vocação.

O projeto apoia o discerni-

mento espiritual sobre o projeto

de vida no âmbito das várias vo-

cações (laical, matrimonial, sa-

cerdotal e religiosa) e serviços

(voluntariado, evangelização, ta-

refas na comunidade cristã...). No

final, o percurso apontará para

um passo no compromisso com a

comunidade ou uma decisão vo-

cacional, ainda que somente ini-

cial.

O programa terá a duração

de seis meses ao longo dos quais

os jovens serão acompanhados

por uma equipa de apoio consti-

tuída por membros dos Serviços

Diocesanos de Pastoral Juvenil e

de Animação Vocacional. Inclui

ainda um retiro de dois dias, dias

22 e 23 de março.

O programa desenvolve-

se em torno de encontros men-

sais, de dezembro de 2013 a maio

de 2014, com momentos de escu-

ta da Palavra de Deus em chave

vocacional, oração, música, re-

flexão, partilha de experiências

e lanche. Os encontros realizam-

se no primeiro domingo de cada

mês, das 15h00 às 18h30, na Casa

das Irmãs da Aliança de Santa

Maria, em Fátima.

Cada jovem poderá esco-

lher para seu acompanhante ou

guia espiritual um padre, um re-

ligioso ou religiosa ou outro cris-

tão adulto capaz.

A propósito desta iniciati-

va, D. António Marto, Bispo da

diocese de Leiria-Fátima, diz que

“não se trata de mais catequese

nem de aprender a rezar; nem

sequer pretender dar soluções

para todas as dúvidas”. É antes

“uma experiência de fé, em gru-

po”, que pretende “ajudar a bus-

car a vontade de Deus na própria

vida, orientar a liberdade e a es-

colha do projeto de vida para ser-

vir o projeto de Deus no mundo

na parte que a cada um diz res-

peito”, explica. O bispo acredita

ainda que esta “poderá ser uma

experiência importante neste

tempo em que se vive tão apres-

sada e superficialmente”.

Os interessados poderão re-

ceber mais informações no Ser-

viço de Animação Vocacional,

sediado no Seminário Diocesa-

no. | SF

Queria a todos encorajar a tornarem-se anunciadores da boa notícia de Cristo e estou grato, de modo particular, aos missionários

e às missionárias, aos sacerdotes, aos religiosos e às religiosas, aos leigos que deixam o próprio país, para espalhar o Evangelho em terras e culturas diversas.

Papa Francisco

Comitiva alemã em Portugal

Cristãos conhecem realidade portuguesa para melhor acolher novos emigrantes

Chegou ontem, dia 16 de outubro, a Lis-

boa um grupo de responsáveis pastorais de

várias paróquias da zona de Neuss, na região

de Dusseldorf, Alemanha.

A intenção é, de forma lúdica, conhece-

rem a realidade nacional e melhor entender

as ambições das novas gerações de emigran-

tes portugueses que, todos os dias chegam à

Alemanha.

De entre as atividades planeadas, o gru-

po visitará o Parlamento e estará com o depu-

tado das comunidades, reunirá com diversos

movimentos católicos (Liga Operária Católica

e Ordem de Malta, entre outros).

O grupo visitará diversas cidades por-

tuguesas passando sábado, dia 19 de outubro,

pela diocese de Leiria-Fátima. Aqui, o grupo

prevê uma jornada em Fátima (Cova da Iria,

Aljustrel e Valinhos). Pernoitará em Carvi-

de, onde se juntará à comunidade de ex-emi-

grantes acolhidos na zona de Neuss. O grupo

deverá regressar à Alemanha na sexta-feira,

dia 25 de outubro.

Desde a década de 1960 que Neuss é um

dos destinos alemães preferidos dos portu-

gueses, acolhendo atualmente uma grande

comunidade de emigrantes. Um número que

volta a crescer com esta mais recente vaga de

emigração, fruto das dificuldades económicas

nacionais. | SF

17 de outubro de 201316 •