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Encontros Shemá Momentos que dão sentido ao dia de cada um Semanário diocesano www.jornalpresente.pt Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho Ano LXXXI • nº 4153 • P23 31 de outubro de 2013 • 0,50€ Albergaria dos Doze e S. Simão de Litém Comunidades unidas pelos valores cristãos Padre José Frazão em entrevista “Aqui sinto-me edificado” p. 7 a 9 O dia do bolinho Uma tradição que se mantém? Pag. 2 e última Encontros Shemá Momentos que dão sentido ao dia de cada um É sexta-feira à noite e a cripta do Seminário Diocesano de Leiria começa a ter um movimento diferente. São jovens que vêm de diferentes paróquias. Em grupo ou individualmente, chegam com um entusiasmo especial para um serão espe- cial. Recomeçaram os encontros Shemá. | Pág. 3 Serviço de Animação Vocacional organiza retiro para casais em Leiria | Pág 6 Conselho Presbiteral debate a programação pastoral: acolhimento é chave para trabalho com famílias | Pág 6 Dois esquemas para a adoração eucarística neste ano pastoral | Pág 5 25.º aniversário da ordenação sacerdotal do padre Adelino Guarda | Pág 5

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Encontros Shemá

Momentos que dão sentido

ao dia de cada um

Semanário diocesano www.jornalpresente.pt

Diretor: Carlos Magalhães de CarvalhoAno LXXXI • nº 4153 • P2331 de outubro de 2013 • 0,50€

Albergaria dos Doze e S. Simão de LitémComunidades unidas pelos valores cristãos

Padre José Frazãoem entrevista

“Aqui sinto-me edificado”p. 7 a 9

O dia do bolinhoUma tradição que se mantém?Pag. 2 e última

Encontros Shemá

Momentos que dão sentido

ao dia de cada umÉ sexta-feira à noite e a cripta do Seminário Diocesano de

Leiria começa a ter um movimento diferente. São jovens que vêm de diferentes paróquias. Em grupo ou individualmente, chegam com um entusiasmo especial para um serão espe-

cial. Recomeçaram os encontros Shemá. | Pág. 3

Serviço de Animação Vocacional organiza retiro

para casais em Leiria | Pág 6

Conselho Presbiteral debate a programação pastoral:

acolhimento é chave para trabalho com famílias | Pág 6

Dois esquemas para a adoração eucarística neste

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25.º aniversário da ordenação sacerdotal do

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Maria Rosmaninho São Pedro de Moel

Só soube desta tradição do pão por Deus quando comecei a vir para S. Pedro. Acho que se deve manter mesmo sem o feriado, haverá sempre o sábado seguinte para se trocarem broas, doces, e romãs com os vi-zinhos e amigos.

Idalina Francisco Parceiros

Devemos manter a tradição, mesmo não havendo feriado. Sou da opinião que são os costumes e os hábitos que preservamos dos nossos antepassados que fortalecem a nossa identidade. Devemos manter esta tradição, em particular, não só por nós, mas principalmente pelas nossas crianças.

Isabel Mendes Leiria

Acho que devemos manter a tradição. Um país que não alimenta a sua cultura é um país que se suicida lentamente. Aquilo que forma a identidade de um povo é único, ‘pessoal e intransmissível’. Questionar e permitir que as tradições evoluam, faz sen-tido. Anulá-las não.

Ana Cristina GasparSoutocico – Arrabal

Desde sempre que me lembro de ir de casa em casa pedir o bolinho, íamos em grupo e era sempre muito animada essa manhã. O dinheiro ganho era para comprar uma prenda ou para guardar no banco. Nos úl-timos anos tenho revivido o Bolinho com o meu filho, sobrinhos e amigos a irem de casa em casa onde lhes dão bolos, doces ou moedas. Mas, o mais importante é o convívio e a amizade que se promove en-tre crianças, como no meu tempo! É uma tradição a manter, pelas crianças e pelo convívio e a amizade entre os adultos.

Acha que se deve manter a tradição do dia do bolinho?

Afinal este ano há ou não dia do bolinho (pão por Deus), ou teremos o “halloween” a instalar-se definitivamente?

No dia 1 de novembro, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. Esta solenidade mantém-se neste mesmo dia, contudo deixa de ter aquele acento celebrativo que um dia de feriado lhe concedia. Jamais desaparecerá a dimensão celebrativa da comunhão eclesial entre a Igreja Peregrina e a Igreja Triunfante. A honra, o louvor, a veneração, o amor e a gratidão à “multidão” que “está diante do Cordeiro” e que para aí nos atrai, tendo-nos deixado as marcas e o testemunho do esforço por lavar as suas túnicas e as branquear no sangue do Cordeiro, sempre se manterá. Quem não recorda a alegria de neste dia, logo pela manhãzinha, de sacola de pano ir de casa em casa a pedir o “pão por Deus” ou o “bolinho em louvor de todos os santinhos”? De facto, ligada à festa deste dia, todo um conjunto de tradições foram surgindo e agora correm o risco de rapidamente serem aniquiladas. Na verdade, já há algum tempo que esta solenidade e a sua tradição tem sido ameaçada pela paganização, sendo americanizada com a “doçura ou travessura” do halloween. Compete-nos a nós impedir esta “travessura”. Porque não nas escolas, catequeses e em outros espaços dar continuidade ao “pão por Deus”? Por outro lado, nada há que impeça de, na manhã do domingo seguinte ao dia 1, se continuar a ouvir: “Ó tia, dá bolinho em louvor de todos os santinhos?” Espero que a tradição continue a ser o que era! Acredito que só lá chegamos através da oração, que é o “pulmão” da vida de um cristão.

P. Sérgio Henriques Diretor do Departamento de Liturgia

Pergunta da semana

PRESENTE LEIRIA-FÁTIMA – Semanário Diocesa-no; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Maga-lhães de Carvalho (TE 945) [[email protected]]; Assessoria de direção: Isabel Galamba [[email protected]]; Redação [[email protected]]: Armanda Balinha (CP 9778), Joaquim Santos (CP 7731), Luís Miguel Ferraz (CP 5023), San-drina Faustino (TP 1859); Projeto gráfico e pagi-nação: Paulo Adriano; Publicidade e Assinaturas: Margarida Gaspar (09h30-13h30); Contactos: Tel. +351 244 821 100 • Email: [email protected]; Propriedade e editor: Fundação Signis • Dire-tor: Vitor Coutinho • 100% do Capital: Diocese de Leiria-Fátima; NIF 510504639; Sede da Redação/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n.º 60, Semi-nário Diocesano, 2414-011 Leiria; Impressão e ex-pedição: Empresa do Diário do Minho, Lda • Braga • Tel. 253303170 • Fax 253303171; Depósito Legal: 1672/83; Periodicidade: Semanário; sai à quinta-fei-ra; Tiragem desta edição: 5.000 exemplares.

ficha técnica

2. Um novo percurso pastoral diocesano

O fim da Visita Pastoral coincidiu com a conclusão do projeto pastoral saído do Sí-nodo Diocesano (2005-2012). O Ano da Fé (2012-2013) proclamado pelo Papa Bento XVI foi ocasião providencial para consoli-dar e avaliar o trajeto percorrido e projetar o futuro percurso pastoral.

A avaliação apresentada nos encon-tros vicariais e nos conselhos diocesanos foi, regra geral, positiva. O ano que mais entusiasmou e mais dinamismo suscitou pareceu-me ter sido o dedicado à carida-de. Aquele em que se notou mais dificulda-de em assumir as iniciativas talvez tenha sido o do testemunho cristão no mundo. É a grande dificuldade da Igreja em sair de si mesma e ir às periferias, entrando em diá-logo com o vasto mundo, abrindo portas e construindo pontes.

Em ordem a projetar o futuro, proce-demos a uma ampla consulta, tendo tam-bém presente o resultado da que foi feita em todas as dioceses sobre a renovação da Igreja em Portugal. Concluímos que, depois de nos termos debruçado sobre os temas fundamentais da renovação da existência e da comunidade cristãs, era oportuno ago-

ra voltarmo-nos para temas concretos a pe-dir uma atenção mais urgente, tais como a família e a juventude. Não podíamos dei-xar de ter em conta acontecimentos parti-culares da nossa diocese, como são o cente-nário das Aparições de Nossa Senhora em 2017 e o centenário da restauração da Dio-cese em 2018.

Assim, delineámos o novo percurso pas-toral para o espaço temporal de 2013 a 2020, dedicando, em princípio, um biénio a cada tema: 2013–2015, a família e a pastoral fa-miliar; 2015–2017, a devoção a Maria, íco-ne do Mistério da Graça e da fé, associando-nos à celebração do centenário das Aparições; 2018, Ano Jubilar do centenário da restaura-ção da Diocese; 2018 -2020, a juventude e a pastoral juvenil.

O ano que mais entusiasmou e mais dinamismo suscitou pareceu-me ter sido o dedicado à caridade. Aquele em que se notou mais dificuldade em as-sumir as iniciativas talvez tenha sido o do testemunho cristão no mundo. (continua no próximo número)

(continuação)

Alexandra Varela Marinha Grande

A tradição do dia do bolinho ou dia do Pão-por-Deus, remete para a nossa cultura e tradição da celebração do dia de Todos os Santos sendo, na minha opinião, um ri-tual que se deve manter. Em casa, na escola ou com os amigos as crianças reconhecem o valor da tradição cultural que os une, sa-bem que é uma tradição que se perpetua ao longo de gerações, estabelecendo laços e continuidade com os bisavós, avós, pais, família e comunidade. A nossa cultura e as nossas tradições de-vem ser preservadas.

Pedro Crespo Marinha Grande

É já uma tradição antiga, diz-se que de-pois do terramoto de 1755, foi dos acon-tecimentos de maior bondade de que se tem memória e que tem prevalecido gra-ças às crianças.Lembro-me de histórias que vivi e revejo neste dia, das aventuras que passei de casa em casa, sempre expectando quem seria a próxima pessoa a abrir a porta, e dos do-ces que nos esperavam. Por isso torna-se fácil responder à questão, sim, é pena que se acabe com a tradição do bolinho, princi-palmente, nos difíceis dias de hoje.

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31 de outubro de 20132 •

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TEMA DE CAPA

Encontros Shemá

Momentos que dão sentido ao dia de cada umÉ sexta-feira à noite e a cripta do Seminário

Diocesano de Leiria começa a ter um movimento diferente. São jovens que vêm de diferentes

paróquias. Em grupo ou individualmente, chegam com um entusiasmo especial para um serão especial.

Recomeçaram os encontros Shemá.

Sandrina Faustino

Depois de uma interrupção de dois meses, os encontros She-má recomeçaram no Seminário Diocesano de Leiria. São momen-tos de encontro, oração e reflexão em grupo promovidos pelo Ser-viço Diocesano da Pastoral Juve-nil. Com uma periodicidade men-sal, na última sexta-feira de cada mês, estes encontros reúnem jo-vens, de várias idades e de toda a Diocese, para rezarem e refle-tirem juntos em torno de uma te-mática marcante da atualidade.

Maria João, da Marinha Grande, e Joana Ruivo, da Bata-lha, pertencem à equipa diocesa-na da pastoral juvenil. Ambas re-cordam os Shemá “dos tempos da nossa adolescência”. A verdade é que a atividade teve um perío-

do de interrupção e, “há uns anos voltou a fazer parte do nosso ca-lendário”. Hoje, é uma atividade com bastante adesão “e está nos nosso planos continuar”, explica Maria João.

Na passada sexta-feira, dia 25 de outubro, a partir das 21h30, o encontro reuniu mais de uma centena de participantes. “É co-mum haver esta participação”, diz Maria João que ainda assim não esperava tanta gente. “Foi o ar-ranque deste ano e não esperáva-mos tanta adesão”, até porque está “mau tempo e a semana académi-ca mexe com a cidade”.

Também satisfeita com este arranque, Joana Ruivo expli-ca que “temos vários grupos, que vêm de realidades diferentes,

acredito que não haja momentos destes em todas as paróquias” e os jovens “aqui são bem acolhidos e sentem-se bem”.

Entre os presentes reconhe-ceram-se muitas caras “que fazem desta atividade uma constante e são regulares ao longo do ano”, diz Maria João, “mas apareceram al-gumas caras novas, o que no fun-do acontece com o arranque da catequese e de novas turmas”.

Encontros apelam à participação

“Este ano queremos focar a questão da partilha”, mais do que encontros de oração e reflexão, “queremos criar espaço da parti-lha, onde as pessoas possam rezar,

refletir mas também partilhar, ter uma voz ativa e uma partici-pação mais presente”, diz Maria João. “Aqui ninguém critica nin-guém, aceitamo-nos todos e fala-mos todos a mesma linguagem, por isso não devemos ter medo de partilhar os nossos sentimentos e as nossas experiências”.

E foi o que aconteceu nessa sexta-feira. No encontro orienta-do pelo padre Manuel Henrique em torno da temática das mis-sões, todos foram convidados a refletir sobre formas concretas de se ser missionário no quotidiano de cada um. É que, “hoje, para ser missionário não é preciso ir para longe, para ser missionário temos de ir ao encontro do coração de cada homem e mulher”, diz o pa-

dre Manuel Henrique. E isto faz-se “mostrando com a nossa vida O que nos faz feliz”.

“Ter capacidade de dar amor, alegria e significado a todos os momentos da nossa vida”, assim como “salgar a vida dos que nos rodeiam”, é o desafio lançado ao missionário contemporâneo que não precisa de ir para terras lon-gínquas anunciar Cristo. Foi este o desafio lançado na passada sex-ta-feira aos mais de uma cente-na de participantes neste que foi o primeiro encontro Shemá des-te ano e que terminou com um momento de convívio em torno de um reconfortante chá quente com biscoitos.

Maria João (à esquerda) e Joana Ruivo (à direita), são dois dos rostos da equipa do Serviço Dio-cesano da Pastoral Juvenil que organiza o Shemá

Uma experiência a repetir

Estreantes nestes encontros, Margarida Ferreira, de 15 anos, e Mélanie Lopes, de 17 anos, ambas da Barreira, não escondem a sua satisfação. Radiantes e com uma inegável expressão de alegria, expli-cam que tomaram conhecimento destes momentos de ora-ção e reflexão pelo grupo de jovens da paróquia e foi a curiosidade que as trouxe até ao primeiro encontro Shemá deste ano.Mélanie Ferreira pensa regressar já no próximo mês. “Gos-tei do ambiente”, conta, “e percebi que aqui dá para refle-tirmos um pouco sobre vários temas” e assuntos em que nunca pensaria em casa. Para Margarida Ferreira, este en-contro traduziu-se “num ambiente em que podemos espai-recer e pensar de forma mais profunda em coisas que di-zem respeito ao nosso dia a dia”.Um serão de sexta-feira diferente para estas jovens que ga-rantem ter valido a pena a deslocação e as duas horas in-vestidas na oração em grupo.

A possibilidade de parar para refletir

Célia Silva, de 32 anos, e Júlia Batista, de 28 anos, vieram de Ourém. Procuram não faltar a estes encontros “porque aqui sentimo-nos bem, é quase como que uma necessidade”, expli-ca Célia Silva. Nestes momentos “encontramos um espaço de oração e uma oportunidade de parar para rever o nosso dia a dia e o sentido da nossa vida”, diz. Na sua opinião, “em casa as reflexões são diferentes, temos sempre motivos de distração e não conseguimos estes momentos de paragem”.Júlia Batista não tem dúvidas, “vale a pena participar, afinal aqui temos um encontro connosco, com Deus e com outros como nós”. “Aqui conseguimos um momento de paragem para refletir com maior profundidade sobre o sentido do que vamos fazendo”, explica.Ser jovem “é uma questão de idade, mas também é essencial-mente uma questão de mentalidade”, diz Júlia Batista que acre-dita que estes encontros “fazem bem a qualquer pessoa que em casa, com os filhos e a lida doméstica, não consegue a disponi-bilidade para parar e refletir que aqui encontra”.

Aqui é fácil ser-se cristão

Micael Capitão, de 15 anos, e Lino Pedrosa, de 24 anos, vieram da Bajouca. Lino Pedrosa frequenta estes encontros há mais de cinco anos e garante que irá “continuar porque sente falta destes momen-tos”. “Aqui sinto-me feliz e consigo perceber as coisas de forma diferente”. “Aqui consigo ser autêntico, lá fora preciso de fazer um esforço maior para dar o meu testemunho de cristão”, diz Lino Pedrosa que reconhece “haver muito preconceito lá fora”. Nestes encontros “é fácil ser-se cristão, estamos todos em sin-tonia e a remar para o mesmo lado”.Micael Pedrosa vê nestes encontros um “refúgio para parar e pensar sobre tudo o que se passa na nossa vida”. Frequenta es-tes encontros há mais de um ano e ainda hoje “é aqui que con-sigo estar à vontade e perceber o meu coração, que por vezes me atrapalha muito”. Aqui, com a partilha de testemunhos e de experiências, Micael Pedrosa percebe com maior clareza que as suas dúvidas afinal são comuns às dos seus colegas e “é bom falar com quem nos entende”.

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NA DIOCESE

Santuário leva proposta aos 37 mosteiros e conventos nacionais

Imagem Peregrina de Fátima visita clausuraLuís Miguel Ferraz

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima irá ser acolhida, durante uma semana, por cada um dos 37 mosteiros ou conventos contemplativos femi-ninos e masculinos existentes em Portugal. A proposta partiu do próprio Santuário de Fátima, in-tegrada no programa de prepa-ração para o Centenário das Apa-rições, e deverá ser concretizada entre 2014 e 2015.

A iniciativa está a ser comu-nicada a todas as comunidades de clausura e “gerou uma genuína e espontânea alegria”, refere o pa-dre Emanuel Silva, vice-reitor do Santuário. Uma reação que pôde ser comprovada pessoalmente pelo reitor de Fátima, padre Car-los Cabecinhas, na visita que de-cidiu fazer aos mosteiros e con-ventos contemplativos da diocese de Leiria-Fátima, a saber, Mostei-ro de Santa Clara (Monte Real), Mosteiro da Visitação (Batalha), Mosteiro Pio XII (Dominicanas de Fátima), Carmelitas de Fátima e

Clarissas de Fátima.Motivo de “grande e delica-

díssima alegria” foi também a en-trega pelo reitor, em nome da Pos-tulação para a Canonização dos Beatos Francisco e Jacinta Mar-to, das relíquias dos Pastorinhos, o mesmo presente que foi ofereci-do ao Papa Francisco, aquando da visita da Imagem da Capelinha das Aparições ao Vaticano, a 12 e 13 de outubro deste ano.

Este anúncio presencial foi feito apenas a estas comunidades mais próximas, mas todas as ou-tras receberão a mesma informa-ção, não apenas sobre a visita da Imagem Peregrina de Nossa Se-nhora de Fátima, mas sobre todo o itinerário celebrativo do Cente-nário das Aparições. Isto porque uma das razões para esta propos-ta é, precisamente, “pedir a estas comunidades que, com a sua ora-ção, no encontro com a Mãe do Céu, fortaleçam o alicerce de to-dos os eventos relacionados com a celebração do centenário”, adian-ta o padre Emanuel Silva.

Sendo espaços “muito dis-

cretos, mas também sempre ha-bitados por uma vida profunda de oração e de serviço a Deus”, os mosteiros e conventos de clausu-ra têm como vocação e missão es-pecíficas “falar da vida e das ne-cessidades dos homens a Deus”, rezando pelas intenções de toda a humanidade. A visita da Imagem Peregrina visa também levar esta intenção à intimidade das comu-nidades contemplativas e “aco-lher delas a força que brota da oração, pois é na oração que este

itinerário comemorativo deve-rá começar e terminar e será ela o grande suporte de tudo o que se fizer”, considera o vice-reitor.

Recordamos que o período de preparação do Centenário das Aparições decorre desde 2010 e pretende ser já um percurso ce-lebrativo, tendo como grande ob-jetivo “promover e possibilitar o maior conhecimento da Mensa-gem de Fátima, a maior vivên-cia da sua dimensão teologal, a maior consciencialização da sua

dimensão profética atual, a maior perceção da sua dimensão espe-cificamente eclesial, um maior acolhimento dos seus desafios e caminhos de conversão”.

Na mesma linha de envolvi-mento de toda a Igreja nesta ca-minhada, adianta o Santuário, será promovida posteriormente, entre 2015 e 2017, a visita da Ima-gem Peregrina de Nossa Senhora a todas as dioceses portuguesas.

Semana dos Seminários de 10 a 17 de novembro

“Para que Cristo se forme em nós”A Igreja celebra a Semana

dos Seminários nos próximos dias 10 a 17 de novembro, este ano su-bordinada ao tema “Para que Cristo se forme em nós”.

Sendo um tempo em que os cristãos são convidados, de forma mais intensa, a rezar pelas voca-ções sacerdotais e a refletir sobre o lugar que elas ocupam no seio da Igreja a que pertencemos, a diocese de Leiria-Fátima vai pro-mover algumas iniciativas nesse sentido.

Destacamos a vigília de ora-ção a que o Bispo de Leiria-Fátima irá presidir, na igreja do Seminá-rio Diocesano, na quinta-feira 14 de novembro, às 21h00.

Embora já depois desta se-mana, será vivida com especial alegria a ordenação de diácono do seminarista Fábio Bernardi-no. Será no dia 24 de novembro, às 16h00, na Sé de Leiria.

Também o Serviço de Ani-mação Vocacional (SAV) da Dio-

cese enviou aos párocos e respon-sáveis de outras comunidades um conjunto de propostas para esta semana, “visando envolver a ca-tequese, as famílias e as comuni-dades cristãs de modo integrado e relacionado, em ordem ao des-pertar de novas vocações sacer-dotais e ao apoio às mesmas”, re-fere o diretor deste serviço, padre Jorge Guarda.

Estes materiais, que incluem um guião para momentos de ora-ção e formação, uma folha para a oração em família e um esquema de adoração eucarística, poderão ser também encontrados na pá-gina do SAV, em savleiriafatima.wix.com/animacao.

Na próxima edição do jornal PRESENTE destacaremos este as-sunto da Semana dos Seminários, desenvolvendo as notícias aqui adiantadas e apresentando ou-tras propostas à reflexão dos lei-tores sobre este importante tema das vocações sacerdotais. | LMF

DR

31 de outubro de 20134 •

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NA DIOCESE

PUB

25.º aniversário da ordenação sacerdotal e Missa Nova Paróquia da Boa Vista festeja

vocação do padre Adelino Guarda O padre Adelino Guarda, natural da

Boa Vista, comemorou os 25 anos da sua ordenação presbiteral no dia 30 de outubro, tendo celebrado a Missa Nova na sua paró-quia no dia 1 de novembro de 1988.

Estas datas são motivo de festa para a comunidade paroquial da Boa Vista, que irá assinalar a efeméride no próximo dia 1de novembro, solenidade de Todos os San-tos, às 20h30, com a Missa presidida pelo padre aniversariante.

A paróquia informa ainda que na ce-lebração será distribuído o tradicional bo-

linho às crianças presentes e, no final, ha-verá um momento de convívio no salão, com oferta de chá e café, sendo a popula-ção convidada a trazer os bolinhos típicos desta quadra.

Na véspera, dia 31 de outubro, às 21h00, haverá uma vigília de oração pelas vocações sacerdotais e em ação de graças pela vocação deste conterrâneo da Boa Vis-ta. Será presidida pelo padre Jorge Guarda, vigário geral e diretor do Serviço de Ani-mação Vocacional da diocese de Leiria-Fá-tima.

Ensina a poupar e a

investirA Cáritas Diocesana de Leiria conti-

nua a promover ações de formação em lite-racia financeira. Recorde-se que estas ações resultam da parceria da Cáritas Portugue-sa com o Banco Espírito Santo e, nestes ca-sos, com a Conferência de São Vicente de Paulo da Marinha Grande e de Santa Ca-tarina da Serra. Com estas ações, a Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima pretende capa-citar as pessoas dos novos conceitos finan-ceiros e da importância da gestão do orça-mento familiar.

Santa Catarina da SerraA ação “Poupar e empreender” decorre

já no próximo dia 5 de novembro no centro paroquial de Santa Catarina da Serra. A ini-ciativa é limitada a 30 inscrições e decorre-rá das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h00.

Marinha GrandeO sucesso da anterior ação de forma-

ção da Cáritas na Marinha Grande levou a que se repetisse a ação de formação em li-teracia financeira. O evento está agenda-do para o próximo dia 7 de Novembro, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h00, no salão paroquial da Marinha Grande e tem uma lotação de 30 participantes. | SF

Divulgação

Dois esquemas para este ano pastoralPropostas para a adoração eucarística

“O desígnio de Deus: a vocação ao amor” e “O amor de Cristo: o sacramento do Matrimónio” são duas propostas de esque-mas para a adoração eucarística, partindo da temática da Carta Pastoral de D. Antó-nio Marto para este ano.

Elaboradas pelo padre José Henrique Pedrosa, são partilhadas e colocadas à dis-posição de todos no portal da Diocese, no separador “Materiais”, no topo da coluna di-

reita da página www.leiria-fatimaT.pt.No mesmo local, poderão ser vistos e

descarregados outros subsídios para o tra-balho nas comunidades e grupos, tais como a própria Carta Pastoral, os diversos apoios gráficos produzidos (cartaz, folhetos, pagela de oração...), os conteúdos noticiosos (texto, fotografia, vídeo…) e outros que forem es-tando disponíveis. | LMF

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DIOCESE

Conselho Presbiteral debate a programação pastoral

Acolhimento é chave para trabalho com famíliasLuís Miguel Ferraz

O Conselho Presbiteral de Leiria-Fátima esteve reunido com o Bispo diocesano, no passado dia 29 de outubro, tendo como princi-pal ponto de agenda a partilha de propostas para a concretização do programa pastoral deste ano.

Na linha da temática “Amor conjugal, dom e vocação”, os pa-dres refletiram sobre o conteúdo da Carta Pastoral de D. António Marto e as indicações nela cons-tantes, partilhando ideias e suges-tões de iniciativas para o trabalho nas paróquias e outras comunida-des, visando “anunciar, testemu-nhar e fortalecer a vocação ma-trimonial”.

Uma das questões que me-receu maior atenção e debate foi a dificuldade de relação entre as pessoas e a Igreja, procurando vias para melhorar o acolhimen-

to pastoral em ocasiões como os batismos, casamentos, catequese, funerais, festas, etc. Nesse âmbito, foram especialmente analisados os casos considerados mais “difí-cieis” ou “irregulares”, como sejam as famílias monoparentais, os di-vorciados recasados, as uniões de facto ou as uniões entre casais ho-mossexuais. Já referidas na car-ta pastoral “A beleza e a alegria de viver em família”, essas são rea-lidades com que os padres se de-batem cada vez mais frequente-mente e que merecem especial atenção por parte da ação pasto-ral da Igreja.

Nessa linha, o Conselho Presbiteral defendeu uma cul-tura de “acolhimento e diálogo” como chave para o trabalho com as pessoas que vivem essas situa-ções. “Precisamos de ouvir, com-preender, contextualizar e expli-car claramente a posição da Igreja

sobre cada caso em concreto, aco-lhendo as pessoas com disponibi-lidade para o diálogo e com pro-postas de solução para os seus problemas”, afirmou o padre Fer-nando Varela, que secretariou a reunião. Em declarações ao PRE-SENTE, à margem do encontro, este sacerdote revelou que “há uma maior consciência por par-

te dos padres para a importân-cia deste acolhimento às pessoas em situação 'irregular' e, mesmo quando a resposta tiver de ser ne-gativa, que seja dada com a devi-da solicitude pastoral e caridade cristã, chamando a atenção para o que é essencial e apontando vias para uma caminhada de fé”.

Em análise neste encontro

esteve, também, uma proposta de documento para regular o ser-viço pastoral na ausência do pá-roco. Houve ainda espaço para a eleição do padre José Augusto Ro-drigues como secretário do Con-selho Presbiteral e do padre Filipe Lopes como representante des-te conselho no Conselho Pastoral Diocesano.

LMFerraz

Colégio Nossa Senhora de Fátima

Família em festa

O Colégio de Nossa Senhora de Fátima promoveu no passado sábado, dia 26 de outubro, a “Festa da Família”. O evento reuniu cer-ca de 300 elementos, pais e fami-liares de alunos, numa tarde que iniciou com a celebração da Euca-

ristia, às 17h00, presidida pelo pa-dre Manuel Henrique. Seguiu-se a inauguração do pavilhão exte-rior e espaços de recreio e um lan-che de convívio. A iniciativa as-sinalou o início das atividades da Associação de Pais do Colégio.

DR

Serviço de Animação Vocacional organiza

Retiro para casais em Leiria

“A vocação ao amor” é o tema de um retiro para casais até aos 50 anos, a realizar no próximo dia 17 de novembro, das 10h00 às 18h00, no Seminário de Leiria.

Organizado pelo Serviço de Animação Vocacional (SAV) da diocese de Leiria-Fátima, este re-tiro pretende ser “uma oportuni-dade para os casais redescobri-rem a vocação e a graça divina que está na origem da sua união e desenvolverem a espiritualida-de pessoal e conjugal como aju-da e suporte divino para viverem com maior satisfação e alegria a sua vida familiar”, refere o diretor do SAV, padre Jorge Guarda.

A proposta baseia-se no de-safio de D. António Marto na sua carta pastoral “A beleza e a ale-gria de viver em família”, onde re-fere que “é importante compreen-der que a vocação [matrimonial] é um chamamento que contém um dom, um projeto e uma mis-

são para o homem. Dom, porque é Deus que põe no coração o desejo forte de amar e de ser amado; pro-jeto – e não simples experiência casual –, em ordem a constituir a comunhão de amor e a unidade estável do casal e da família que deve ser construída dia após dia”.

O programa inclui o almoço e a celebração da Eucaristia domi-nical, sendo ainda oferecida aos

pais a possibilidade de levarem crianças pequenas, pois haverá quem cuide delas durante todo o dia.

O custo total será de 20 eu-ros por casal, devendo os interes-sados inscrever-se até ao dia 12 de novembro, através de Patrícia Ascenso ([email protected] ) ou Gonçalo Silva (917 375 841). | LMF

“O Matrimónio contém uma voca-ção. Quando se fala de vocação, quer dizer que não é um facto meramente humano, sociológico, casual. É impor-tante compreender que a vocação é um chamamento de Deus que contém um dom, um projeto e uma missão para o homem.” (D. António Marto)

CONVITE PARA RETIRO DE CASAISO Serviço de Animação Vocacional convida os casais com idades até aos 50 anos para um retiro espiritual sob o tema “A vocação ao amor”.

Terá lugar na casa de retirosdo Seminário de Leiria, no domingo, 17 de novembro, das 10 às 18 horas.

Inclui almoço e a celebração da eucaristia.

Podem levar as crianças pequenas, pois há uma pessoa para cuidar delas.

Custos: 20 € por casal.

Inscrições até 12 de novembro para Patrícia Ascenso ([email protected] )e Gonçalo Silva (917 375 841).

RETIRO DE CASAIS

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Albergaria dos Doze

Filiado na Junta Regional de Leiria há precisamente 30 anos, o agrupamento 922 de Albergaria dos Doze tem hoje vá-rios projetos em mãos. A recuperação da escola primária, cedida pela autarquia de Pombal, para a nova sede é provavelmen-te o mais ambicioso. As obras já arranca-ram e já se vislumbram instalações sani-tárias, cozinha, capela e um espaço para a casa de apoio.

Fundado pelo chefe Albertino Gua-po e o assistente padre António da Pieda-de Bento, o movimento escutista de Alber-garia dos Doze tem ainda hoje “a função de ajudar na educação integral das crianças e

jovens que nele estão inseridos”, explica o chefe Francisco Leitão.

Das atividades em que se envolve, destacam-se as ações de limpeza e de reflo-restação, assim como as de limpeza da praia do Osso da Baleia, do concelho de Pombal. O agrupamento participou de forma espe-cial na ação nacional “limpar Portugal” e teve um relevante desempenho na limpe-za e conservação do lago e da rotunda Ba-den-Powell, construída com a ajuda de al-guns pais em parceria com as autarquias locais e inaugurada em 2004.

O agrupamento conta atualmente com 33 efetivos e sete voluntários adultos.

São Simão de Litém

O agrupamento 923 de São Simão de Litém deu os primeiros passos em Novem-bro de 1984, resultado de um ano de forma-ção de dois jovens que se disponibilizaram a fazer o curso para dirigentes de escu-teiros. Longe vão já os tempos dos “acam-pamentos em tendas improvisadas com panos da azeitona” e, com o evoluir do escu-tismo, o agrupamento de São Simão de Li-tém tem procurado ajudar os seus associa-dos a crescer, segundo o método escutista. “Procuramos desenvolver nos escuteiros o respeito pela natureza e pelos valores hu-manos, a serem ativos e intervirem na so-ciedade em que estão inseridos”, refere a

chefe Jacinta Ferreira.Como fonte de rendimento, o agrupa-

mento conta com a venda de bolos de fer-radura, que as crianças aprenderam a fazer para manter a tradição gastronómica local, e a dinamização de um bar nas festas e tas-quinhas da terra, com café e pão com chou-riço.

Neste momento, o agrupamento con-ta com 23 associados escuteiros e seis di-rigentes que, em regime de voluntariado, acompanham e orientam as crianças e jo-vens que lhes estão confiados.

DESTAQUE: Albergaria dos Doze e São Simão de Litém

Com escutismo há 30 anos

Paróquias em números2012

Albergaria dos DozeBatismos: 10Matrimónios: 4Crismas: 43Funerais: 31Primeira Comunhão: 7Profissão de fé: 12

S. Simão de LitémBatismos: 13Matrimónios: 7Crismas: 18Funerais: 33Primeira Comunhão: 12Profissão de fé: 13

Albergaria dos Doze e S. Simão de LitémComunidades unidas pelos valores cristãos

Armanda BalinhaSandrina Faustino

Historicamente unidas, as paróquias de Albergaria dos Doze e de São Simão de Litém mantêm muito em comum entre si. Ambas do concelho de Pombal, as comuni-dades destacam-se pelo bairrismo das suas gentes e pelo brio com que promovem o bem comum.

Nestes limites da diocese de Leiria-Fá-tima, ainda se sente o forte impacto do flu-

xo de emigração das décadas de 50 e 60. A realidade é mais visível no verão mas está presente todo o ano. “O Simonense”, men-sário da Fábrica da Igreja de São Simão de Litém, é um dos órgãos de comunicação que vai mantendo a comunidade emigran-te a par da atualidade de ambas as paró-quias. Elaborado por uma equipa voluntá-ria, o jornal é distribuído gratuitamente e garante uma ligação afetiva destas comu-nidades com as suas terras de origem.

Ainda que bairristas, estas gentes são

capazes de feitos grandiosos e relevantes para a vida comunitária. Grupos de escu-teiros, jovens, associações de caráter so-ciocaritativo, ou mesmo populares unidos pelo amor ao próximo, garantem uma soli-dariedade social ímpar e preciosa nos dias que correm.

É esta boa vontade e este saber fazer o bem coletivo que marcam estas popula-ções, que tanto sabem cuidar dos mais ve-lhos, como motivar os mais jovens a man-ter vivos estes valores cristãos.

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EM DESTAQUE: Albergaria dos Doze e São Simão de Litém

Sol Nascente

Jovens cristãos unidos para ajudar

O grupo de jovens “Sol Nas-cente” nasce em São Simão de Li-tém, em 2006, para dar resposta às ambições de um grupo de cateque-se que então terminava o 10.º ano.

Hoje o grupo é composto por 12 jovens atentos às necessidades da terra e suas gentes. “Tentamos dar algumas respostas, sociais, ca-ritativas, de animação, participa-ção em festas da freguesia, cria-ção de eventos que proporcionem o encontro”, conta Paulo Rodri-gues, animador do grupo. Com a

campanha anual de Natal, “Mão Amiga”, o grupo pretende fa-zer a diferença na vida de quem mais necessita. A ideia é desen-volver atividades de forma a an-gariar fundos que permitam aju-dar “quem mais precise”. A este propósito, Paulo Rodrigues dá como exemplo a venda de presé-pios de barro, feitos pelos mem-bros do grupo “Sol Nascente”, em 2010, para a aquisição de duas ca-deiras de rodas para a Paróquia. No Natal de 2011, o grupo apre-

sentou várias vezes uma peça de teatro encenada pelos seus mem-bros. Com a receita “das entra-das ajudámos uma casa de aco-lhimento a crianças necessitadas do nosso concelho”. No ano pas-sado, as receitas da venda de bo-lachinhas e compotas reverteram para a aquisição de uma cadeira de banhos para um jovem com deficiência.

Ao explicar a ação do grupo, Paulo Rodrigues destaca ainda a pintura de uma sala do lar de ido-

sos e a reparação de alguns equi-pamentos para prática desporti-va. O grupo já participou várias vezes no festival da canção jo-vem da diocese de Leiria-Fátima e é presença assídua na oração She-má que se realiza mensalmente no seminário diocesano de Leiria.

Entre diversas iniciativas para angariação de fundos, o gru-po promoveu vários bailes de Carnaval, noites de karaoke e res-ponsabiliza-se, habitualmente, pela animação de uma das noites da festa anual de verão.

Para o futuro esperam “continuar a ser um grupo uni-do, onde se cresça interiormen-te, onde se partilhe os valores, o olhar atento pelos que precisam de nós, onde a alegria não falte e a possamos transmitir aos ou-tros”. Entretanto “vem aí o Natal… quem vamos ajudar, como vamos ajudar? Vamos decidir em breve e colocar mãos ao trabalho”, conclui Paulo Rodrigues.

São Simão de Litém

Berço de vocações

Com um número invulgar de paroquianos que, ao longo das últimas décadas, se têm dedica-do à vida religiosa, São Simão de Litém é hoje o berço de uma “im-portante e significativa realidade vocacional”, diz o pároco José Fra-zão. Na verdade, a paróquia regis-ta “um número considerável de irmãs religiosas, pertencentes a várias congregações” assim como “de vários sacerdotes do clero dio-cesano e do clero religioso”. Alber-garia dos Doze regista apenas um padre do clero religioso, irmãs re-ligiosas e um irmão leigo. Esta realidade despertou o interesse do pároco em fazer um levanta-mento destas vocações e localizá--las de forma a, breve prazo, pro-mover um encontro entre todos.

São Simão de Litém

Catequese quer formar pais

A funcionar em dois centros, em São Simão de Litém e no Arnal, a paróquia conta atualmente com um total de 103 crianças e adoles-centes. A baixa taxa de natalida-de registada em vários anos da úl-tima década explica a inexistência de alguns anos de catequese.

“De há 8 anos a esta par-te faz-se na paróquia uma nova experiência com os meninos do 1.º ano”, conta a catequista Maria José. Trata-se de “uma cateque-se familiar, em que se reúnem os pais com dois catequistas, uma vez por mês, para serem ajuda-dos a fazerem eles próprios a ca-

tequese aos seus filhos e, uma vez por mês, há um outro catequista que reúne com as crianças para criar um ambiente de grupo e ve-rificar se as crianças apreende-ram os conteúdos”. A iniciativa tem sido do agrado dos pais que, na sua maioria, “já estão sensibi-lizados e cumprem o seu dever de primeiros catequistas”, explica a catequista que recorda que “es-tes encontros são também marca-dos por momentos de partilha de experiências e de preocupações, muitas vezes relacionadas com a própria catequese”.

Este ano, o serviço conta

com 19 catequistas, a maioria com o Curso de Iniciação, e os restan-tes com o curso “Mensageiros da Boa Nova”, Curso Geral e Estágio. Há ainda os que terminaram o curso “Síntese Catequética avan-çada” ministrado pela Universi-dade Católica.

Por regra, os catequistas pre-param a catequese em equipa re-unindo mensalmente para coor-denação de atividades. A próxima reunião está agendada para hoje, dia 31 de outubro. O encontro conta com a presença de Agosti-nho Matias que abordará o tema: “Família - Problemática atual”.

Nos momentos celebrati-vos procura-se envolver os pais e é desejo dos catequistas congre-gar toda a comunidade neste ser-viço de catequese. A este propósi-to, Maria José destaca “a resposta generosa ao apelo que foi feito no início de outubro para um con-tributo na aquisição de cadeiras para uma renovação das salas da catequese”. Como projeto futuro, “gostaríamos de implementar en-contros de formação para pais”. Um projeto que terá como base de reflexão a Carta Pastoral de D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima.

Festividades

Albergaria dos Doze

Igreja ParoquialPadroeira: Nossa Senhora da ApresentaçãoFesta anual: 15 de agosto. A 2 de fevereiro, dia litúrgico da padroeira, é celebrada uma Missa solene seguida de pro-cissão das velas e um pequeno convívio entre os participantes.

Rouge-ÁguaPadroeira: Santa MartaFesta anual: Primeiro domin-go de agosto

GracieiraPadroeira: N.a S.ra da PiedadeFesta anual: Segundo domin-go de agosto

São Simão de Litém

Igreja ParoquialPadroeiro: São SimãoFesta anual: Em honra do Sa-grado Coração de Jesus e Nos-sa Senhora do Rosário de Fáti-ma no 3º domingo de agosto

ArnalPadroeiro: Santo AmaroFesta anual: Domingo seguin-te ao dia 15 de Janeiro, em honra de Santo Amaro e, na primeira quinzena de agosto, em honra de N.a S.ra do Rosá-rio de Fátima

Festa dos tabuleirosPrimeiro domingo de julho com exibição de “produtos da terra”

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EM DESTAQUE: Albergaria dos Doze e São Simão de Litém

Padre José Frazão, pároco de Albergaria dos Doze e de São Simão de Litém

“Aqui sinto-me edificado, confiante e muito entusiasmado”

Há dois anos nas paróquias de Albergaria dos Doze e de São Simão de Litém, o padre José

Frazão diz-se muito entusiasmado em liderar duas comunidades com tão forte sentido de

Igreja e dedicação ao serviço pastoral. Com um importante papel pastoral junto dos mais velhos,

vê nos mais jovens um desafio aliciante e uma grande oportunidade de veicular os valores

cristãos.

Sandrina FaustinoArmanda Balinha

Conte-nos um pouco o seu per-curso enquanto sacerdote.Sou pároco destas duas paróquias há dois anos, feitos no passado dia 16 de outubro. Até chegar aqui, e referindo-me apenas ao tem-po decorrido desde a minha or-denação sacerdotal (1974), estive nos Marrazes, como vigário paro-quial e como pároco do Alqueidão da Serra. Na maioria destes anos, lecionei a disciplina de EMRC. Fui assistente/moderador da equipa do SDEIE e ainda vigário da viga-raria de Porto de Mós.

Que diferenças mais relevan-tes encontrou nestas duas paró-quias?Mais do que diferenças ou desi-gualdades, vejo rivalidade de cada uma delas em querer suplantar a outra. Isto ao nível da entrega e do envolvimento das comunida-des, pelo que me sinto edificado, confiante e muito entusiasmado. Em ambas sinto uma forte cons-ciência de Igreja. Sente-se pela de-dicação, entrega e preocupação de tantos na forma de estarem e agirem. Alegro-me e regozijo-me com esta nova experiência pas-toral, com o cuidado pastoral des-tas duas paróquias, que me foram confiadas pelo nosso bispo.Sinto-me pároco de cada uma de-las, sem preferência de qualquer uma sobre a outra. Em ambas, para além da visita aos doentes em diversos momentos do ano, temos nos lares uma ação regu-

lar de acompanhamento e assis-tência pastoral, que presto com a colaboração do padre Manuel Ferreira, meu grande colabora-dor e amigo, com Confissões e a Eucaristia nos momentos litúrgi-cos mais fortes do Advento e Na-tal, Quaresma e Páscoa, e ainda a celebração do Dia Paroquial do Doente e do Idoso.Apesar da existência de um Lar Paroquial em São Simão de Litém, não há desigualdade de procedi-mentos relativamente aos outros dois lares não paroquiais, exis-tentes em Albergaria dos Doze. Todos são realidades inseridas na ação da paróquia e, por isso, são igualmente contempladas na ação pastoral.Registo com agrado e apreço a óti-ma relação de entendimento e co-laboração em todos os lares, por parte da direção e de quantos ne-les trabalham. Saliento a notá-vel colaboração de voluntariado como complemento da ação pas-toral, quer pela visita frequente aos mesmos, quer pela generosi-dade de levarem aos utentes a co-munhão eucarística semanal.

Como tem sentido o envolvi-mento dos seus paroquianos nos eventos da Igreja?Sem dúvida que me orgulha e en-vaidece, anima e edifica a dedi-cação generosa e ativa, com o en-volvimento exemplar de tantos que, pela sua entrega, com o tem-po e coração, são para mim uma

referência estimulante e enco-rajadora para uma generosida-de, que também da minha parte não pode faltar. Por isso, sinto-me alegre, feliz e confiante num tra-balho de envolvimento mútuo, notando a interação e o contribu-to generoso dos paroquianos na ação da Igreja.

Considera que o pároco tem um papel importante na forma como os paroquianos vivem e sentem a paróquia? Quais as "ferramentas" que utiliza para envolver os paroquianos e tor-nar mais dinâmicas as suas pa-róquias?Sem dúvida. É pela sua ação e es-pírito de iniciativa, que muitas das coisas devem acontecer e ser levadas por diante. À semelhança de Jesus, Bom Pastor, que conhe-ce a ovelhas e elas o conhecem, também o pároco deve conhecer os paroquianos e estes o seu pas-tor, enquanto pároco. Torna-se, pois, importante e fundamental a presença e a ação do pároco junto dos seus paroquianos. Disto todos estamos convencidos.Para uma ação pastoral unitária, com o envolvimento da comu-nidade, temos em cada paróquia agentes pastorais que integram o Conselho Pastoral Paroquial, o Conselho Económico Paroquial, o grupo de Catequistas, o Grupo Coral, os Escuteiros, a Ação Sócio-caritativa, os Ministros Extraor-dinários da Comunhão, Acólitos,

entre outros… Cada uma destas realidades manifesta e constrói a realidade da Igreja, inserida no meio que a envolve.

Como é elaborado o Plano Pas-toral das suas paróquias? Quais os seus objectivos?No início do Ano Pastoral, atra-vés do Conselho Permanente convocam-se todos os elemen-tos do Conselho Pastoral Paro-quial (CPP), presidido pelo páro-co, levando por diante a respetiva agenda previamente elaborada, onde são postos em comum e dia-logados os planos de ação e inten-ção apresentados por cada um na área que lhe está atribuída como representante no Conselho Pas-toral, sendo eventualmente tra-tados outros assuntos que se jul-guem oportunos e pertinentes, propostos e aceites pela mesa no decorrer da própria reunião.O objetivo de cada Conselho Pas-toral Paroquial (CPP) é unificar, pela consciência e pela ação, a realidade da Igreja local que so-mos, integrando-a na realidade mais vasta, quer da Igreja Univer-sal, quer da Igreja Particular, de-nominada Diocese, conduzida e animada pelo nosso Bispo.

Como sente o pulsar dos mais jovens nas questões das suas paróquias?A pastoral juvenil é o grande de-safio em qualquer comunidade. Em muitas paróquias e comuni-

dades a grande necessidade é a existência de líderes. De momen-to, temos apenas um grupo de jo-vens ativo numa das paróquias (São Simão de Litém), havendo ne-cessidade de recriar e reformular um grupo juvenil em Albergaria dos Doze.Nas duas paróquias temos, com vida e garra, um grupo de escu-teiros com bons líderes, ações programadas e iniciativas várias. Ambos mostram uma disponi-bilidade constante para um bom serviço à comunidade. Por aqui são veiculados valores humanos e cristãos, importantes e necessá-rios para toda a vida.

Como caracteriza as suas paró-quias ao nível de património re-ligioso?Em cada uma das paróquias não há um espaço exclusivamente criado para efeitos de acolhimen-to ao património religioso exis-tente, sendo já sentido por alguns membros da comunidade a von-tade da sua criação por forma a preservar o que possa ser consi-derado como valor religioso/his-tórico reconhecido, atestando a realidade da fé e da religião de cada comunidade no seu passa-do. Entretanto, mais do que as re-líquias físicas, como sinais dessas vivências, importará sempre ter em conta como mais valia a rea-lidade vivencial cristã, fraterniza-da por todos os que são possuídos pela mesma graça batismal.

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AGENDA

1sexta

Novembro Legião de Maria (LM) – Missa para familiares Solenidade de Todos os Santos Comunidade Cristo de Betânea – Oração se-

manal de louvor, adoração e intercessão

2sábado

Novembro Equipas de Nossa Senhora (ENS) – Encontro Nacional das ENS (2 e 3)

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos Comunidade Cristo de Betânea – Primeiros

sábados dedicados à formação e atividades com jovens

Legião de Maria (LM) – Missa para legionários Serviço Diocesano de Catequese (SDC) – For-

mação para os catequistas da Profissão de Fé (Catequeses da Fé)

Fundação Maria Mãe da Esperança (FMME) – “Adoração Diurna”

Serviço de Animação Missionária (SAM) - Gru-po Diocesano Ondjoyetu – Reunião mensal

Fundação Maria Mãe da Esperança (FMME) – “Adoração Noturna”

3domingo

Novembro Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) - Encontro de Noivos em Leiria

Departamento de Pastoral Familiar – Reunião de equipa

4segunda

Novembro Vida Ascendente - Movimento Cristão de Re-formados (VA) – Reunião do Grupo do Soutocico

Silenciosos Operários da Cruz (SOC) – Exercí-cios Espirituais segundo o método de S. Inácio (4-12)

Serviço de Animação Missionária (SAM) - Gru-po Diocesano Ondjoyetu – Encontro informal de trabalho, oração e convívio

5terça

Novembro Vida Ascendente - Movimento Cristão de Re-formados (VA) – Reunião do Grupo de Leiria

Escola Diocesana «Razões da Esperança»

6quarta

Novembro Centro Voluntários do Sofrimento (CVS) – En-contro mensal de chefes de grupo

Serviço Diocesano da Pastoral da Saúde - Reu-nião de equipa

Reunião dos padres da vigararia de Fátima Centro de Formação e Cultura (CFC) – 1.º

semestre 2013/14 – Introdução ao Direito Canó-nico, por Dr. Fernando Varela (Formação Comple-mentar)

Departamento do Património Cultural (DPC) – Reunião de equipa

7quinta

Novembro Aniversário da ordenação presbiteral de D. António Marto (1971)

Legião de Maria (LM) – Missa de aniversário da morte do fundador, Frank Duff

Vida Ascendente - Movimento Cristão de Re-formados (VA) – Reunião do Grupo do Freixial

Centro de Formação e Cultura (CFC) – 1.º se-mestre 2013/14 – Antropologia Teológica, por Dr. José Henrique Pedrosa (Curso Geral de Teologia)

Centro de Formação e Cultura (CFC) – 1.º semestre 2013/14 – Eclesiologia, por Dr. Adelino Guarda (Curso Geral de Teologia)

8sexta

Novembro Comunidade Cristo de Betânea – Seminários de Sentido da Vida e Cura Interior - 2.ª fase (8 a 10)

Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Reu-nião mensal da equipa

Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) – Formação de animadores

Reunião dos padres da vigararia de Ourém Comunidade Cristo de Betânea – Oração se-

manal de louvor, adoração e intercessão

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CARTÓRIO NOTARIALDE MANUEL FONTOURA CARNEIRO

PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada nes-

te Cartório Notarial, no dia vinte e três de outubro de dois mil e treze, exarada a fo-lhas cento e vinte e oito do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e No-venta e Um - A:

LUÍS MANUEL ROMEIRO, solteiro, maior, natural da freguesia de Arrabal, con-celho de Leiria, lá residente na Rua da Aldeia, 10, Parracheira, Nif: 117 863 807, de-clarou:

Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor, do prédio urbano sito na Rua da Aldeia n° 10, freguesia de Arrabal, concelho de Leiria, composto de casa de rés do chão para habitação e logradouro, com a área coberta de noventa e três metros quadrados e descoberta de oitocentos e trinta e oito metros quadrados, não descrito na Primeira Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na ma-triz sob o artigo 710, com o valor patrimonial € 16.560,00, a que atribui igual valor.

Que adquiriu o referido prédio por doação verbal de Maria Guilhermina da Na-tividade Romeiro e marido Alexandre de Jesus Romeiro, residentes em Parracheira, Arrabal, Leiria, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e oito.

Que, não obstante não ter título formal de aquisição do referido prédio, foi ele que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, de-fendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, habitou-o, aí tomou as suas refeições e recebeu os seus amigos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífi-ca, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o primeiro outorgante, invoca, corno causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Porto de Mós, vinte e três de outubro de dois mil e treze.A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sou-

sa Mendes)Presente Leiria-Fátima, nº 4153 • P23, 31 de outubro de 2013

ASSEMBLEIA GERALCONVOCATÓRIA

Nos termos do artº 34º dos Estatutos, con-voco os sócios da ADESBA – Associação de Desenvolvimento e Bem-estar Social da Freguesia da Barreira, para se reunirem em Assembleia-geral Ordinária, a realizar nas

novas instalações (Residencial de Idosos), rua Santíssimo Sal-vador, nº1130, no próximo dia 14 de novembro de 2013, pelas 19.00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto um – Apresentação, apreciação e votação do Progra-ma de Ação e Orçamento para o ano de 2014.

Ponto dois – Assuntos diversos de interesse geral.

Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a Assembleia-geral funcio-nará às 20.00 horas com qualquer número de sócios.A sua presença é fundamental para a consolidação da nossa Instituição.

Barreira, 21 de outubro de 2013

A Presidente da Mesa da Assembleia GeralMaria Elisa Carreira da Silva

Presente Leiria-Fátima, nº 4153 • P23, 31 de outubro de 2013

O Santuário edita

“Avé Maria”, cânticos do Santuário“Avé Maria” é o mais recente trabalho discográfico edi-

tado pelo Santuário de Fátima. O álbum inclui 17 cânticos do Santuário interpretados pela Schol Cantorum Pastori-nhos de Fátima, dirigida pelo maestro Paulo Lameiro.

“A Mensagem de Fátima”“A Mensagem de Fátima – A misericórdia de Deus: o

triunfo do amor nos dramas da história” é o mais recente livro da coleção Fátima Mensagem. Editado pelo Santuário de Fátima, o livro, da autoria de Eloy Bueno de la Fuente, reflete a atenção que este teólogo tem por Fátima.

Sobre o autor, o cónego Emanuel Silva, vice-reitor do Santuário de Fátima, diz ser “um estudioso atento e pro-fundo conhecedor da mensagem de Fátima”. Uma opinião partilhada por D. António Marto, Bispo da diocese de Lei-ria-Fátima que o considera “profundo, aberto e capaz de explorar a Mensagem de Fátima e enquadra-la na atuali-dade”. Em relação à obra, o Bispo destaca a sua “pertinên-cia atual e facilidade de leitura”.

Sinopse do livro: Um fenómeno tão complexo como o acontecimento-Fátima impõe-se como um desafio e como uma exigência para a reflexão teológica.

O núcleo da Mensagem de Fátima reflete, de diferentes pontos de vista, o próprio coração da revelação. Desenvol-ve com harmonia uma experiência autêntica do mistério cristão nas suas componentes mais genuínas e autênticas.

A forma da linguagem e o revestimento simbólico er-guem-se como um protesto e como uma proposta em cir-cunstâncias determinadas do mundo e da Igreja.

Fátima permite-nos aprofundar a lógica mais radical da revelação de Deus Trindade: o amor de Deus manifesta-se como misericórdia para superar, a partir de dentro, os dra-mas da história humana.

31 de outubro de 201310 • Cupão de assinaturaInstruções: Recortar e preencher o cupão com letra legível e dados correctos e completos. Enviar para: PRESENTE Leiria-Fátima, Seminário Diocesano de Leiria, 2414-011 LEIRIA

x Desejo ser assinante do jornal . Para o efeito envio os meus dados correctos e completos.Nome

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Morada (Rua, nº da porta, lugar)

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(anexar comprovativo) Débito bancário (preencher autorização de pagamento que se segue):

Ex.mos Sr.s, solicito que, por débito na minha conta de depó-sito a seguir descrita possam ser feitos os pagamentos das subscrições que forem ordenadas por Fundação Signis Esta transferência manter-se-á até indicação em contrário.Banco Balcão

NIB

Titular da conta

Data Assinatura- -

Contatos: 244 821 100 | [email protected]

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Sociedade e Cultura

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AconteceNa Marinha Grande. “O lado fe-minino do vidro” é o título da ex-posição patente no Museu do Vi-dro da Marinha Grande, até 19 de novembro. A exposição mos-tra dezasseis mulheres artistas de várias nacionalidades que utili-zam o vidro nas suas obras como material de expressão plástica. 

Em Porto de Mós. “Estado Social - Um Novo Olhar” é uma confe-rência que está integrada na co-memoração do 10º aniversário da constituição do CASSAC - Centro Apoio Social das Serras de Aire e Candeeiros - e tem como princi-pais objetivos debater a reforma do Estado Social em consequên-cia das profundas mudanças so-

cioeconómicas que Portugal está a enfrentar; analisar a relação atual entre serviços sociais e saú-de; propor novas dimensões de atuação das instituições. A confe-rência terá lugar no próximo dia 15 de novembro, pelas 09h30, no Cineteatro de Porto de Mós e con-tará, entre outros, com a presen-ça do Secretário de Estado da So-lidariedade e da Segurança Social.

Em Leiria. “O papel esse des(co-nhecido)” é a exposição de Jor-ge Valente patente no Moinho do Papel, em Leiria. A exposição pode ser vista até 30 de novem-bro, de segunda a sexta das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e ao sábado das 14h00 às 17h30.

Misericórdia de Fátima/Ourém

Prémio BPI SénioresA Misericórdia de Fátima vai

instalar 20 equipamentos de loca-lização GPS em relógios de outros tantos doentes com Alzheimer. A iniciativa surge na sequência da distinção que a instituição obteve com o projeto “Prevenir e estimu-

lar melhores cuidados na doen-ça de Alzheimer”. Um projeto de-senvolvido no âmbito do prémio BPI Séniores, no qual a Misericór-dia de Fátima obteve uma men-ção honrosa. As verbas recebidas, serão canalizadas para estes apli-

cativos, que permitem ao cuida-dor através do acesso à internet localizar o doente, e na aquisição de software específico que ajuda-rá na avaliação e treino cogniti-vo dos doentes bem como em ses-sões de musicoterapia.

Peditório Nacional

Contra o cancro todos contam

“Contra o cancro todos con-tam” é o mote da campanha que promove o peditório nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que decorre até domingo.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro é uma instituição de uti-lidade pública, com mais de 70 anos de história no apoio ao doen-te oncológico e seus familiares, prevenção  primária e secundária

da doença e apoio à investigação e formação em oncologia. Este or-ganismo lança novamente um repto aos portugueses para que se juntem à sua causa, tornando-a maior e mais abrangente, no obje-tivo de fazer da luta contra o can-cro um exemplo nacional de en-treajuda e de solidariedade.

“Os donativos representam a principal e quase única fonte de receita da Liga para a  prosse-cução  das suas finalidades e dos programas e atividades que de-senvolve em prol do doente on-cológico e dos seus familiares, dos programas de educação e de dete-ção precoce do cancro e do apoio à formação e investigação em on-cologia”, refere este organismo na sua página online. | SF

NA iniciam reuniõesOs Narcóticos Anónimos,

NA é associação, sem fins lucra-tivos, de homens e mulheres para quem as drogas se tornaram num problema muito grave

A Associação Portuguesa de Narcóticos Anónimos, foi consti-tuída no dia 31 de janeiro de 1991 sendo reconhecido o seu estatuto de pessoa coletiva de utilidade pú-blica em 1997.

A mensagem que preten-dem passar é a de que são mais um recurso na comunidade para quem quer viver a vida sem dro-

gas e que qualquer interessado pode-se-lhes juntar facilmente e de forma gratuita. A experiên-cia que possuem tem mostrado que aqueles que assistem regu-larmente às reuniões mantêm-se limpos e sem drogas.

Existem na Área do Oeste 12 reuniões de NA distribuídas pelas localidades de Coimbra, Figueira da Foz, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Pataias, Alcobaça, Lei-ria e Torres Novas.

Linha de Ajuda Grátis 800 20 20 13

Páginas de MúsicaO concerto solidário promo-

vido pela Associação Páginas de Música, não podia ter sido mais surpreendente; o Maestro José Ferreira Lobo escolheu um reper-tório muito abrangente que ini-ciou com Verdi, tendo a Orquestra do Norte dialogado com a sopra-no Cristiana Oliveira, e terminou com outro belíssimo diálogo entre a orquestra e a Tuna Universitá-ria do Instituto Superior Técnico, que se apresentou demonstrando

a sua inegável qualidade musical e artística. Foram tocados temas populares de vários compositores com destaque para os nacionais, o que levou a assistência ao rubro. Durante o espetáculo a Associa-ção apresentou às duas entidades apoiadas: Bombeiros Voluntá-rios de Leiria, Liga dos Amigos do Hospital de Leiria e Bolsas de Es-tudo Páginas de Música um che-que no valor de 29.135€, que será distribuído de acordo com os cri-

térios estatutários, e lançou o de-safio a todos para se fazerem só-cios desta instituição.

PAÍSFormação nacional e assembleia geral de outono

CPM Portugal debate a paz em casalA Federação Portuguesa dos

Centros de Preparação para o Ma-trimónio (CPM Portugal) vai pro-mover a sua habitual formação nacional, no próximo dia 9 de no-vembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima.

Dirigida aos casais perten-centes às equipas deste movimen-to, a ação terá como tema central “Fazer a Paz – o conflito como oca-sião de crescimento”, sendo convi-dadas as oradoras Teresa Ribei-ro, da área da psicologia e terapia conjugal e familiar, e Filomena Carvalho, da área do direito e me-diação de conflitos.

O dia começará às 09h00 e terminará com a celebração eu-carística, às 18h00, seguindo-se-lhe, de imediato, a assembleia geral de outono do CPM, no ho-tel Avenida, também em Fátima. Da agenda desta assembleia cons-ta a partilha da atividade do CPM em cada Diocese, a apresentação do relatório de atividades do ano pastoral 2012-2013 e a tomada de posse dos novos órgãos sociais do movimento.

Recordamos que o CPM é “uma associação de fiéis que tem por objetivo a preparação de noi-vos para o Matrimónio, sempre

na fidelidade à doutrina da Igreja, através de uma pedagogia e me-todologia próprias, assentes na re-visão de vida e no testemunho de vida de casais católicos, assistidos por sacerdotes e apoiados na re-flexão e diálogo conjugais”.

Existem encontros de noi-vos em todas as dioceses de Por-tugal, cerca de 250 por ano, com a presença de aproximadamen-te 4.000 pares de noivos por ano. Nesse serviço trabalham 200 equipas, constituídas por cerca de 1.100 casais e 200 padres assisten-tes. | LMF

31 de outubro de 2013 • 11

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MUNDO

Ecos da Mensagem de Fátima

Brasil tem mural dedicado a Maria Porto de Santos, no Brasil, exi-

be uma nova obra de arte: o Mural de Nossa Senhora de Fátima.

A notícia é dada pelo San-tuário de Fátima que explica que a obra é do artista plástico san-tista Ademyr Costa e que “pres-ta homenagem à mãe de Jesus e à sua imagem instalada na re-gião de Outeirinhos”. O mural foi instalado “no encontro da Aveni-da Perimetral da Margem Direi-ta com a Avenida Senador Dan-tas, a algumas dezenas de metros da Praça Nossa Senhora de Fáti-ma, praça que também tem como

elemento central um monumen-to dedicado de Nossa Senhora de Fátima, ali colocado em 1951”, re-fere ainda a nota de imprensa do Santuário de Fátima.

Produzido em 2011 por Ademyr Costa, o mural tem 60 metros quadrados e é compos-to por 980 azulejos, que, juntos, formam uma grande imagem di-vidida em duas. A primeira re-presenta a aparição de Nossa Se-nhora em Portugal, em 1917. A outra procura retratar a fé dos seus devotos no Brasil. | SF

Testemunho missionário no Japão

Maria Paula GomesComunidade Servidores do Evangelho da Misericórdia, Tóquio, Japão

A Igreja Católica Japonesa é uma comunidade minoritária, que vive como fermento no meio da massa entre os 127 milhões que constituem a população ja-ponesa. Os católicos constituem 0,3% da população total do país, sendo o número total de crentes das varias confissões cristãs um

pouco maior; calcula-se que haja cerca de 1 milhão de cristãos, o que equivale a uma percentagem de cerca de 0,7%.

As missionárias da Comuni-dade Missionária Servidores do Evangelho da Misericórdia en-contram-se a trabalhar na dio-cese de Tóquio. Neste momento constituímos uma comunidade de quatro missionárias consagra-das de três nacionalidades: uma polaca, duas espanholas e uma

portuguesa. Existe também um grupo de leigos comprometidos (casados e solteiros) que partici-pa do espírito da comunidade. Se-manalmente reunimo-nos para rezar, partilhar a nossa fé e aju-dar-nos a vivê-la no meio da so-ciedade japonesa e das dificul-dades da vida familiar, laboral e missionária.

Atualmente a nossa princi-pal contribuição com a Diocese de Tóquio é no campo da Pastoral Ju-venil e Universitária. Prestamos a nossa colaboração em atividades de formação e acompanhamen-to que se realizam num centro pastoral juvenil que é frequenta-do por estudantes e outros jovens de várias universidades e paró-quias da cidade. A nível nacional colaboramos em fins de semanas de convívio e partilha de fé orga-nizados alternadamente por uma diocese de acolhimento, e onde se reúnem jovens de todo o Japão. Esta é uma iniciativa que surgiu depois da Jornada Mundial da Ju-ventude em Roma no ano 2000 e que facilita que os jovens cató-

licos de todo o país se conheçam e criem laços entre eles, sentindo-se parte de uma família mais ex-tensa. Por outro lado, procuramos sair ao encontro de jovens não crentes, através de atividades de voluntariado, seja nas zonas afe-tadas pelo terremoto e tsunami de 11 de Março de 2011 no norte do Japão, seja em zonas carentes da América Latina.

A nível asiático, colabora-mos anualmente nos encontros de intercâmbio entre jovens cató-licos do Japão e da Coreia do Sul, que visam a reconciliação entre estes dois países, tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes devido às feridas ainda recen-tes deixadas pelas guerras e in-vasões do século passado. De três em três anos realiza-se também a Jornada Asiática da Juventude (AYD=Asia Youth Day) num de-terminado país da Ásia, na qual também procuramos participar com jovens japoneses no intuito de desenvolver uma consciência de família alargada, onde convi-vem povos diferentes com Histó-

rias e culturas diferentes. O pró-ximo AYD terá lugar na Diocese de Daejon, na Coreia do Sul, em Agosto de 2014, onde também estão presentes os Servidores do Evangelho. Lá estaremos, se Deus quiser, com um grupo significati-vo de jovens. Até lá e depois da re-cente e inesquecível experiência na Jornada Mundial da Juventu-de no Rio de Janeiro, esperamos poder continuar com os jovens a caminhada de aprofundamento da chamada à vocação missioná-ria que recebemos do Papa Fran-cisco, tornando-nos cada vez mais conscientes da urgência de viver e transmitir os valores do Evan-gelho, numa sociedade como a japonesa que valoriza as pes-soas mais pelo que produzem do que pelo que são. Uma socieda-de que nos últimos tempos se tor-nou muito materialista, mas que ao mesmo tempo tem uma sede espiritual muito grande e procu-ra ansiosamente respostas ao va-zio deixado pelo individualismo e a prevalência do valor da eficácia sobre o valor da pessoa.

Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2014

Tema reforça cultura do encontro“Comunicação ao serviço

de uma autêntica cultura do en-contro” é o tema para o Dia Mun-dial das Comunicações Sociais de 2014. Em torno da “cultura do en-contro”, o tema surge como um assunto recorrente no magistério do Papa Francisco que, em várias

ocasiões insistiu neste tema, no reforço da “cultura da vizinhan-ça”. “O isolamento, não; proximi-dade, sim. Cultura do conflito, não; cultura do encontro, sim”, dis-se. O Dia Mundial das Comunica-ções Sociais é a única celebração mundial estabelecida pelo Concí-

lio Vaticano II e está marcada na maioria dos países, por indicação do episcopado mundial, para o do-mingo precedente ao Pentecostes. Em 2014, a jornada está agendada para dia 1 de junho.

Por regra, o anúncio do tema é feito a 29 de setembro, por oca-

sião da festa dos Arcanjos S. Mi-guel, S. Rafael e S. Gabriel, desig-nado Padroeiro dos radialistas. A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunica-ções Sociais é publicada tradicio-nalmente em coincidência com a memória de S. Francisco de Sales,

Padroeiro dos jornalistas (a 24 de janeiro), de modo a permitir que os organismos episcopais e dioce-sanos que se ocupam da comuni-cação social tenham tempo para preparar os respetivos materiais. | SF

31 de outubro de 201312 •

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Terra à vistaIr almoçar a casa dos meus avós era

uma emoção. Punham uma almofada so-bre a minha cadeira e, à medida que eu crescia, diminuía a altura da dita, e as his-tórias tornavam-se mais interessantes.

Um dos temas recorrentes era a dis-ciplina e a frugalidade. O meu avô fora comandante de barcos à vela, naufragou duas vezes e viveu as duas primeiras guer-ras mundiais. Só me lembro da minha avó narrar os naufrágios por-que o tema era demasia-damente doloroso para o meu avô. Num des-ses naufrágios, no golfo da Biscaia, sobreviveram apenas dois homens, e o avô assistiu à morte do seu imediato, e me-lhor amigo, que subira ao mastro grande e caíra por as mãos lhe terem fi-cado enregeladas e inca-pazes de o segurar.

A disciplina e a hie-rarquia eram rígidas e necessárias. Delas de-pendia a vida dos seus homens. Isso ficou patente em certa via-gem, durante ao conflito de 1914-1918, em que transportavam um carregamen-to de ferro, algo precioso em tempo de guerra. Durante uma tempestade, partiu-se o mastro grande e perdeu-se a capaci-dade de velejar. Um navio de outra com-panhia ofereceu-lhes reboque, mas o avô recusou porque metade da carga passa-

ria a pertencer a essa empresa de nave-gação. Pediu-lhes apenas que avisassem os seus escritórios, em Lisboa, da localiza-ção do navio para lhes enviarem reboque. O tempo passava e os alimentos e a água escasseavam. O meu avô mandou reduzir as rações e disse que daria uma garrafa de rum a quem avistasse terra. Quando um vigia o avisou e o meu avô ordenou que lhe dessem a garrafa prometida, o mari-

nheiro implorou: “Não me dê a garrafa, se-nhor comandante, mas deixe-me beber toda a água que eu quiser”.

Não admira, pois, que os nossos avós nos ensinassem a ta-par o lavatório antes de lavar as mãos para não desperdiçar água. E ensinaram-nos a ser-vir-nos, apenas à me-dida do nosso apetite, porque “havia pessoas a passar fome”. Tam-bém os avós de agora têm um passado cheio

de aventuras! Quantos netos estarão dis-postos a ouvi-los? Isso dependerá da ge-nerosidade dos nossos filhos, ao oferece-rem irmãos ao filho mais velho em vez de computadores. Depois, proporcionarem almoços à volta de uma mesa com toalha, boas maneiras, alguma disciplina e histó-rias para contar, mas isso é connosco, com os avós de agora.

OPINIÃO

Isabel Vasco CostaProfessora

Pedro AfonsoMédico psiquiatra

Também os avós de agora têm um passado cheio de

aventuras! Quantos netos estarão

dispostos a ouvi-los?

A sociedade é feita de pessoas

e não de estatísticas Recentemente, ficámos a saber, atra-

vés do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalên-cia de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma des-tas perturbações duran-te a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com im-potência a uma socieda-de perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescen-tes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projeto de vida, escravos dos seus in-saciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, ex-piando uma culpa muitas vezes imaginá-ria. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhe-cimentos, ainda que estes não o desejem.

É natural que assim seja, dado que a atual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saú-de mental dos portu-gueses porque, nos úl-timos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divór-cios por cada 100 ca-samentos (dados de 2008). As crises conju-gais são também um reflexo das crises so-ciais. Se não houver vín-culos estáveis entre se-

res humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fo-mentar a prosperidade. Enquanto o legis-lador se entretém maquinalmente a pro-duzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres com-pungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o paga-mento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos por-tugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.

* Parte do artigo publicado no Público

Abaixo a tirania

do 36

Não sei quem convencio-nou que o número adequado para uma mulher elegante é o 36, tudo o que for além desta mar-gem, está fora de moda, é um cri-me e implica recorrer a todos os meios e mais algum para caber dentro daquele mágico tamanho.

Já se ouviu dizer que gor-dura é formosura, mas agora o que está na moda é a “posta de osso”, o mais artificial possível, quero crer que é por uma ques-tão económica - os tecidos estão caros e assim gasta-se menos.

A prova de que esta tese faz sentido é que, com muita fre-quência, as senhoras recorrem aos tamanhos mais pequenos, ainda que com prejuízo da sua estética, pois um número maior adelgaça e um menor dá realce ao adiposo e às preguinhas que

se foram acumulando, resultado de coisas boas que se saborea-ram ao longo da vida.

Nunca como agora a mulher teve ao seu dispor tanta varieda-de de tons, feitios e enfeites. O mundo feminino é uma perfeita loucura, faz magia e sempre se encontra algo que favoreça mais, não precisa de ser caro, nem de marca, basta só que a elegância, o bom gosto e o saber vestir ta-pando ou disfarçando, pautem a exigência da escolha.

Contribuamos todos (ho-mens incluídos) para que as mu-lheres sejam mais elegantes, realçando, através do arranjo pessoal, a beleza de cada uma, o seu carácter e, sobretudo, o seu valor enquanto pessoa.

Fomentemos uma esco-lha inteligente do guarda-rou-

pa, dos acessórios, da maquilha-gem, em função do biótipo, das circunstâncias de lugar e de tem-po de cada uma, do orçamento adequado, dos valores que de-fende e da imagem que preten-

de transmitir de si mesma.Não nos enganemos, nem

soframos com a nossa aparência fora de moda, procuremos revis-tas para pessoas normais, felizes e iguais a si próprias, não imite-mos ninguém, cada um cuide a sua educação do bom gosto na sobriedade e na simplicidade, e não esqueçamos aquele ditado tão popular: “ Diz-me como ves-tes, dir-te-ei como pensas”. Cara leitora, (ao leitor limito-me a aconselhar compreensão e a ser generoso com o cartão de cré-dito!) aproveite este tempo que nos espera, renove o seu guar-da-roupa, sinta-se elegantemen-te bela e confortável dentro dos tamanhos adequados e mesmo que o seu sejam XL, o que inte-ressa é que se sinta bem, alegre e bem-disposta.

Não nos enganemos, nem soframos com a nossa aparência

fora de moda, procuremos revistas

para pessoas normais, felizes e

iguais a si própriasMaria Susana MexiaProfessora

Se não houver vínculos estáveis

entre seres humanos não existe uma sociedade forte

31 de outubro de 2013 • 13

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LITURGIA: 3 de novembroComentário

“Para me encontrares me deste / A pequenez”

ZaqueuA árvore foi a forma de te ver

E desci para abrir a casa.

De me teres visitado e avistado

Entre os ramos

Fizeste-me passagem

Da folha ao voo do pássaro

Do sol à doçura do fruto.

Para me encontrares me deste

A pequenez.

É de Daniel Faria o poema. As suas palavras chegam-nos como se fossem ditas por Zaqueu. Se en-tender, o leitor poderá lê-las em voz alta e, depois, por uns momentos, guardar silêncio, imaginando a graça do encontro com Jesus, narra-do por Lucas.Como sempre, Jesus vem. Atento, atravessa a cidade e as vidas. Za-queu, um entre tantos, quer ver, possivelmente, só por curiosidade. Porém, há obstáculos. E grandes. A pequenez da sua estatura, física e moral, e a dimensão da multidão, exuberante, como sempre, mas de-satenta e descentrada. É possível que se alimente mais das próprias aclamações do que da palavra que ouve a Jesus e que se alegre mais com o impacto da sua presença numerosa do que com os gestos do Mestre. (Como comunidades eclesiais, não poderemos deixar de nos examinar: será mesmo para Jesus que apontamos?; será que deixa-mos ver Jesus?). O primeiro obstáculo não permite ver o que se de-seja. O segundo, muito grave, não deixa ver aquele que deve ser vis-to. Mas Zaqueu quer mesmo ver Jesus e, por isso, sem preconceitos, sobe à árvore. E Jesus quer mesmo ver Zaqueu e, por isso, sem recear a acusação de atender a um pecador, separa-se da multidão. Por fim, como que inesperadamente, a curiosidade de um e o querer do ou-tro encontram-se: «“Zaqueu, desce depressa, que eu devo ficar em tua casa”». Zaqueu «desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria».Em Zaqueu, o homem pequeno, poderemos reconhecer a nossa pe-quena estatura. E haverá tanto nas nossas vidas que nos faz ser tão pequenos. Mas, nele, reconhecemos, também, a sinceridade de um desejo de chegar a ver o Senhor. Sim, poderá ser simples curiosidade, muito exterior, muito superficial, mas será suficiente para gerar o en-contro no qual chegaremos a ser vistos por Deus, em verdade. E, as-sim, salvos. Aí, com surpresa nossa, reconheceremos que, ainda an-tes de O querer ver, já éramos vistos. Antes de O desejarmos, já nos amava. Por isso, por ser lugar do encontro, Daniel Faria pode dizer que até a pequenez é graça. «Para me encontrares me deste/A peque-nez». O que não quereríamos reconhecer – habitualmente, a peque-nez nega-se ou esconde-se – passa a ser lugar que se agradece. O Se-nhor encontra-nos naquilo que somos, no lugar em que habitamos, e, aí, realiza a passagem, «Da folha ao voo do pássaro/Do sol à doçura do fruto». É a passagem extraordinária da liberdade. A verdade do encontro gera a graça da conversão. Quem encontra o Senhor – quem é por Ele encontrado – saberá o que fazer. O afe-to gera generosidade. Sem que ninguém lhe peça nada, quererá di-zer «vou dar a metade dos meus bens» e, se for o caso, «restituir qua-tro vezes mais». O excesso do dom faz nascer a grandeza da resposta. Assim como o dom é sempre mais do que necessário, assim a respos-ta superará a medida do que seria suposto. A graça viverá sempre de uma medida transbordante. Afinal, a pequenez, quando reparada pelo amor do Senhor, é grandeza.

José Frazão Correia, sjsacerdote jesuíta

Que dizer no "Pão por Deus"também chamado “bolinho”

Ao pedir o "Pão por Deus", cantam-se as seguintes cantilenas enquanto se anda de porta em porta:

"Pão por Deus,Fiel de Deus,Bolinho no saco,Andai com Deus."

Ou então:

"Bolinhos e bolinhósPara mim e para vósPara dar aos finadosQu'estão mortos, enterradosÀ porta daquela cruz

Truz! Truz! Truz!A senhora que está lá dentroAssentada num banquinhoFaz favor de s'alevantarP´ra vir dar um tostãozinho."

Quando os donos da casa dão alguma coisa:

"Esta casa cheira a broaAqui mora gente boa.Esta casa cheira a vinhoAqui mora algum santinho."

Quando os donos da casa não dão nada:

"Esta casa cheira a alhoAqui mora um espantalhoEsta casa cheira a untoAqui mora algum defunto."

Descobre 7 coisas sobre bruxas1-mágica 2-pontiagudo 3-casa grande4-mamifero voador 5-ave noturna6-inseto que faz teia 7- animal que ronrona

123

45

67

Letras em fugaDescobre a palavra que podes formar com as letras que faltam neste alfabeto.

É um nome de uma cidade de Portugal e também de um objeto

J B D OF G K PM Q N XU L T IZ R W Y

31 de outubro de 201314 •

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LITURGIA: 3 de novembro

Ano C • Tempo Comum • Domingo XXXI

Como o jornal Presente sai à quinta-feira, as leituras referem-se ao domingo imediatamente a seguir, para oferecer aos leitores a possibilidade de refletirem e se prepararem para a celebração que se aproxima, na atualidade do tema litúrgico da semana que se seguirá.

nota

10 de novembroDomingo XXXIIEntradaEu estou à porta F. Silva, 361 Sabedoria infinita M. Luís, 724

SalmoA minha alma tem sede de VósM. Luís, 105

Apresentação dos donsNós te apresentamos A. Espinosa, 535Subam até Vós M. Luís, 802

ComunhãoEu estou à porta F. Silva, 361O Senhor é meu pastor B. Sousa,586

Pós-comunhãoCantai comigo H. Faria, 205Porque és Senhor o caminho M. T. Kolling, 670

FinalSenhor tu amas o mundo J. P. Martins, 778Povos da terra louvai M. Simões, 1116

Os números remetem para o Laudate

Sugestão de cânticos

Leitura I

Leitura do Livro da SabedoriaDiante de Vós, Senhor, o mundo inteiro é como um grão de areia na balança, como a gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra. De todos Vos compadeceis, porque sois omnipotente, e não olhais para os seus pe-cados, para que se arrependam. Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fi-zestes; porque, se odiásseis alguma coisa, não a teríeis criado. E como poderia subsistir, se Vós não a quisésseis? Como poderia durar, se não a tivésseis chamado à existência? Mas a todos perdoais, porque tudo é vosso, Senhor, que amais a vida. O vosso espírito incorrup-tível está em todas as coisas. Por isso castigais brandamente aqueles que caem e advertis os que pecam, recordando-lhes os seus pecados, para que se afastem do mal e acreditem em Vós, Senhor. Palavra do Senhor.

Sab 11, 22-12, 2

Salmo

Louvarei para sempre o vosso nome,Senhor, meu Deus e meu Rei.

Quero exaltar-Vos, meu Deus e meu Rei,e bendizer o vosso nome para sempre.Quero bendizer-Vos, dia após dia,e louvar o vosso nome para sempre.

O Senhor é clemente e compassivo,paciente e cheio de bondade.O Senhor é bom para com todose a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturase bendigam-Vos os vossos fiéis.Proclamem a glória do vosso reinoe anunciem os vossos feitos gloriosos.

O Senhor é fiel à sua palavrae perfeito em todas as suas obras.O Senhor ampara os que vacilame levanta todos os oprimidos.Salmo 144 (145), 1-2,8-9,10-11,13cd-14 (R. cf.1)

)

Leitura II

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos TessalonicensesIrmãos: Oramos continuamente por vós, para que Deus vos considere dignos do seu chamamento e, pelo seu poder, se realizem todos os vossos bons propósitos e se confir-me o trabalho da vossa fé. Assim o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo será glori-ficado em vós, e vós n’Ele, segundo a gra-ça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cris-to. Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele: Não vos deixeis abalar facilmente nem alarmar por qual-quer manifestação profética, por palavras ou por cartas, que se digam vir de nós, pre-tendendo que o dia do Senhor está imi-nente.Palavra do Senhor.

Tes 1, 11-2, 2

Aleluia

Refrão: Aleluia. Repete-seDeus amou tanto o mundoque lhe deu o seu Filho unigénito;quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

Jo 3, 16

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São LucasNaquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não po-dia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um si-cómoro, para ver Jesus, que havia de pas-sar por ali. Quando Jesus chegou ao lo-cal, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e rece-beu Jesus com alegria. Ao verem isto, to-dos murmuravam, dizendo: «Foi hospe-dar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizen-do: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuí-zo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é fi-lho de Abraão. Com efeito, o Filho do ho-mem veio procurar e salvar o que estava perdido».Palavra da salvação.

Lc 19, 1-10

Oração dos Fiéis

Sabendo que o Pai tudo conhece, mesmo o que ainda não saiu dos nossos lábios, ore-mos-Lhe dizendo (ou: cantando), humilde-mente:

R. Atendei, Senhor, a nossa prece.Ou: Escutai, Senhor, a nossa oração.Ou: Ouvi-nos, Senhor.

1. Pela Igreja rosto da misericórdia divina.2. Pelos ministros que dedicam parte do seu tempo ao ministério da reconciliação.3. Pelos que se reconhecem pecadores e se arrependem.

Oremos também pelo mundoe pelas situações de maior necessidade: 4. Por todos os rejeitados e malvistos da so-ciedade. 5. Pelos que os acolhem como irmãos e os ajudam a refazer as suas vidas. 6. Pelos que vivem a obsessão do fim do mundo ou da morte.

Oremos ainda pelos defuntos e seus familiares:7. Pelos que partiram deste mundo na afli-ção do pecado.8. Pelos que se encontram no estado de pu-rificação para alcançarem a vida eterna.9. Pelos que choram a partida de alguém a quem amaram e com quem conviveram.

Deus Pai, que em vosso Filho procurastes hospedagem em casa de um grande pecador, fazei-Vos convidado de cada homem, dai a todos a paz do coração e a graça de Vos aco-lherem com alegria. Por Cristo, nosso Senhor.

31 de outubro de 2013 • 15

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AlessAn

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fe / epA

Procurar Deus é encontrar Deus.

Rezar é encontrarmo-nos diante de Deus, estarmos unidos a Ele e entregarmos a nossa vida nas suas mãos na certeza de que Ele nunca nos faltará. Antes, porém, devemos tomar consciência da verdadeira presença do Senhor junto a nós e entregar-Lhe todas as nossas preocupações. E com humildade, porque nada depende do nosso mérito, entregar as nossas vidas ao Pai, para que Ele nos ilumine nos caminhos da nossa vida. Tudo isto exige também uma atitude de escuta. E é por tudo o que a oração implica, que é sempre admirável saber que alguns jovens da nossa diocese se reúnem uma vez por mês em oração “Shemá” para escutarem o que o Senhor lhes quer dizer e levarem para a vida a inquietação que Ele inevitavelmente lhes deixa. Estes jovens colocam a sua vida quotidiana frente a frente com a eternidade de

Deus, com a Sua santidade, para voltarem renovados à vida diária e cumprirem o melhor que podem a sua vocação baptismal. Torna-se, pois, vital, que estes jovens se sintam Seus intermediários e “cheios de Graça”. A oração mensal “Shemá” acontece uma vez por mês no seminário de Leiria e é um espaço importante para que os jovens que aí se reúnem se sintam como filhos de Deus, que o são e para que a sua vida, só por si, seja oração. Na verdade, como escreve Joan Chittister “ Procurar Deus é encontrar a Deus. Aquilo que temos já nós temos….Tornarmo-nos mais vida de Deus dentro de nós, ao tornarmo-nos menos daquilo que nos rodeia e que não tem Deus.”.

Carlos Magalhães de [email protected]

editorial

31 de outubro de 2013

para que Ele nos ilumine nos caminhos da nossa

vida

Queridas famílias, também vós fazeis parte do povo de

Deus. Caminhai felizes, juntamente com este povo (…) Com a graça de Cristo, vivei a alegria da fé! O Senhor vos abençoe e Maria, nossa Mãe, vos acompanhe! .

Papa Francisco

No dia 10 de novembro

Caminhada pela Família em Porto de MósO Centro Paroquial de As-

sistência do Juncal, em parce-ria com várias entidades locais, promove, no próximo dia 10 de novembro, a 1.ª Caminhada pela Família.

Com esta iniciativa, a or-ganização pretende “valorizar a importância das famílias na co-munidade, alertando para que,

apesar da atual crise económi-ca, devem ser feitos todos os es-forços de modo a que se criem condições, tanto ao nível estatal como familiar, para o aumento da natalidade em Portugal”.

O evento inicia-se no cam-po de futebol de Bezerra pelas 10h00 e continua na ecopista de Porto de Mós.

As inscrições têm o simbólico custo de 1,50 euros (inclui camisola e lanche) e de-correm até dia 6 de novembro. Os interes-sados poderão inscrever-se via e-mail: [email protected] ou pelos telefones 244 470 321 e 922 291 762.

Ao participar nesta iniciativa estará a “valorizar e reconhecer o importante papel das famílias como pilar da sociedade”, refe-re a organização. | SF

Dia de Todos os Santos

Dia do Bolinho A celebração do dia de Todos os San-

tos continua a ser liturgicamente celebra-da a 1 de Novembro. Este ano grande parte das comunidades transferiram os tradicio-nais festejos para o próximo domingo, dia 3. Esta alteração prende-se com a decisão de extinguir quatro feriados nacionais em resposta à atual crise socioeconómica que atravessa o país. Assim, em 2012, foram ex-tintos dois feriados civis e dois feriados re-ligiosos, por um período de cinco anos, até 2018, ano em que o Governo reavaliará as condições do acordo com a Santa Sé, no caso dos feriados religiosos, e com a concer-tação social, no caso dos feriados civis.

Recorde-se que os feriados civis elimi-nados são o 5 de outubro, comemorativo da Implantação da República, e o 1 de dezem-bro, comemorativo da Restauração da In-dependência.

O feriado comemorativo do dia do Cor-po de Deus, que ocorre na quinta-feira em que passam 60 dias após a Páscoa, começou a ser celebrado no século XII. Em Itália e em França, também foi extinto. Esta solenidade passou a ser festejada no domingo seguinte àquela data.

O dia de Todos os Santos, tradicional-mente comemorado a 1 de novembro, era aproveitado por muita gente para romagem

aos cemitérios, tendo em conta que no dia seguinte se assinala o dia dos Fiéis Defuntos.

Por ocasião desta tomada de decisão, o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão alertou, para a ideia de que “suprimir um feriado é um sinal de que há que colaborar com trabalho, com criatividade e evitar os

excessos, o desleixo, a desmotivação e o es-perar que os outros resolvam”.  Nessa oca-sião, o padre Manuel Morujão manifestou ainda que esta decisão “é mais uma ques-tão de respeito pela cultura popular que se tem nas festas religiosas, do que uma ques-tão de dogma ou de fé”. | SF

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