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Semanário diocesano www.jornalpresente.pt | Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho | Ano LXXXI • nº 4166 • P36 • 30 DE JANEIRO DE 2014 • 0,50€ Na semana dedicada à vida consagra- da o PRESENTE procurou saber o que leva uma pessoa a escolher o caminho da castidade, pobreza e obediência. Aqui fica um resumo do testemunho de religiosos da diocese que tomaram esta opção de vida e garantem sentirem-se felizes e realizados. pág. 4 e 5 Esta é uma das mais antigas festas da Igreja. Em Portugal festeja-se também neste dia a Nossa Senhora da Luz ou Nossa Senhora das Candeias. Na Diocese de Leiria-Fátima o dia é comumente celebrado com a Bênção dos Bebés. Pág. 3 Paróquias de Espite e das Matas | pág 7 a 9 História dita união das comunidades Padre João Pina Pedro, pároco de Espite e Matas Comunidades com prioridades distintas Vida Consagrada A opção pela castidade, pobreza e obediência Festa litúrgica da Apresentação do Senhor Paróquias celebram com bênção dos bebés

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Semanário diocesano www.jornalpresente.pt | Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho | Ano LXXXI • nº 4166 • P36 • 30 de janeiro de 2014 • 0,50€

Na semana dedicada à vida consagra-da o PRESENTE procurou saber o que

leva uma pessoa a escolher o caminho da castidade, pobreza e obediência.

Aqui fica um resumo do testemunho de religiosos da diocese que tomaram esta opção de vida e garantem sentirem-se

felizes e realizados. pág. 4 e 5

Esta é uma das mais antigas festas da Igreja. Em Portugal festeja-se também neste dia a Nossa Senhora da Luz ou Nossa Senhora das Candeias. Na Diocese de Leiria-Fátima o dia é comumente celebrado com a Bênção dos Bebés.

Pág. 3

Paróquias de Espite e das Matas | pág 7 a 9

História dita união das comunidadesPadre João Pina Pedro, pároco de Espite e Matas

Comunidades com prioridades distintas

Vida Consagrada

a opção pela castidade,

pobreza e obediência

Festa litúrgica da Apresentação do Senhor

Paróquias celebram com bênção dos bebés

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PAINEL o que conhece sobre a vocação à vida consagrada?

PRESENTE LEIRIA-FÁTIMA – Semanário Diocesano; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho (TE 945) [[email protected]]; Redação [[email protected]]: Ana Vala (CP 8867), Joaquim Santos (CP 7731), Luís Miguel Ferraz (CP 5023), Sandrina Faustino (TP 1859); Projeto gráfico e paginação: Paulo Adria-no; Publicidade e Assinaturas: 09h00-13h00 e 14h00-18h00; Tel. +351 244 821 100 • Email: [email protected]; Propriedade e editor: Fundação Signis • Diretor: Vitor Coutinho • 100% do Capital: Diocese de Leiria-Fátima; NIF 510504639; Sede da Redação/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n.º 60, Seminário Diocesano, 2414-011 Leiria; Impressão e expedição: Empresa do Diário do Minho, Lda • Braga • Tel. 253303170 • Fax 253303171; Depósito Legal: 1672/83; Periodicidade: Semanário; sai à quin-ta-feira; Tiragem desta edição: 5.000 exemplares.

ficha técnica

Conversão permanenteA conversão permanente é um caminho

em que se procura construir, a todo o custo, essa comunhão de amor a que se é chama-do como casal desde os primeiros anos do Matrimónio: com o entusiasmo e o gozo de se verem feitos um para o outro, mas tam-bém com a descoberta de dificuldades ines-peradas ao verificar que, afinal, cada um tem limites e defeitos que o outro não ima-ginava. Assim, os esposos dão-se conta de que a comunhão não é uma coisa óbvia, mas requer um longo caminho de integra-ção, de aceitação, de ascese, de aprendiza-gem, muita capacidade de perdão e muita paciência e perseverança.

Que duas pessoas vivam unidas muito tempo sem se cansarem uma da outra e reco-nhecendo sempre o dom de Deus, é um mila-gre, é um dom que Deus dá, uma graça. Ca-minhar em harmonia em família, não é algo espontâneo. A graça do Matrimónio é a que dá força para percorrer como casal o cami-nho comum, realizando as ações de cada dia, não com o espírito de capricho de quem faz o que bem lhe apetece, ou que só exi-ge ser respeitado, mas com a sabedoria de quem percebe que tudo se deve fazer como

casal, em diálogo e na reciprocidade .O caminho dos esposos e das famílias é,

por vezes, fatigante, difícil e até dececionan-te. Entre os muitos males que minam e di-luem a alegria conjugal e familiar, o pior é o pecado do egoísmo e do individualismo. O outro – marido ou mulher, filho ou filha, irmão ou irmã – deixa de ser objeto de um amor que se dá e torna-se em objeto de egoís-mo, um objeto que é usado ou dominado.

O egoísmo divide, opõe, separa e con-verte-se na causa da desagregação do casal e da família. Daí surge a dificuldade para a compreensão recíproca dentro das pare-des da própria casa, gera-se a confusão, a incompreensão e a indiferença, nascem os conflitos e a violência.

Esta experiência dos esposos e da família cristã testemunha a necessidade de uma con-versão permanente, de reconciliação e perdão, uma necessidade de maturação progressiva do amor em todos os seus valores. Quem ama deseja um amor maior, mais belo e gozoso!

A família em oração e a oração pela famíliaConscientes da grandeza do dom e da

missão, por um lado, e das resistências do egoísmo, por outro, os esposos sabem que

é necessário alimentar a espiritualidade do amor e da comunhão entre eles e em famí-lia, para serem fiéis à sua vocação em cada dia. A oração presente na vida do casal e da família (por exemplo, no início e no fim do dia, antes das refeições, ou noutros mo-mentos e modos) e a fidelidade à Eucaristia dominical são caminho para manter viva e fazer brilhar na sua vida a intensidade e a beleza do amor que os habita.

Também a própria Igreja se empenha em ajudar os esposos no seu caminho, invocan-do sobre eles a riqueza das bênçãos divinas: “Louvem-Te, Senhor, na alegria; busquem-Te no sofrimento; gozem da tua amizade na fa-diga e do teu conforto na necessidade; rezem na assembleia santa, sejam testemunhas do teu Evangelho” (Ritual do Matrimónio). Um Matrimónio sem espiritualidade é como um corpo sem alma, ou como uma planta sem água e sem sol. O bom vinho não provém duma vinha ao abandono e o amor também se cultiva e trabalha.

Nesta linha, proponho que se faça uma Grande Oração pelas Famílias, à semelhança do que se realizou no ano vocacional.

(continua no próximo número)

(continuação)

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PERGUNTA DA SEMANA Como posso aumentar a minha fé?

Os discípulos pediram-no ao Mes-tre: «Senhor, aumenta a nossa fé» (Lc 17,5). E o mesmo fez o pai do jovem epiléptico: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» (Mc 9,24). A fé é dom re-cebido da gratuidade de Deus. San-to Agostinho abre o seu livro de Con-fissões com esta invocação: «Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti.» A busca de Deus, e a sede que a alimenta, são já um ato de fé.

Sendo dom recebido, a fé é tam-bém dom alimentado. A fé gera fé. Nas palavras de S. Tomás de Aquino: «A fé não sacia o desejo, mas inflama--o.» A sede de Deus, o desejo de uma fé maior, alimenta-se da disponibilida-de do crente para se deixar converter à imagem de Deus. A fé será sempre dom, mas o crente saberá compro-meter-se com a gestação desse dom através de uma atitude de desinstala-ção interior e de compromissos con-cretos no concreto da vida: compro-misso com um crescimento humano que o leve à descoberta do projeto de Deus inscrito na sua identidade; com-

promisso com um aprofundamento espiritual que crie espaço interior para a intimidade com Deus na oração, na escuta da Palavra, na celebração sa-cramental; compromisso com uma formação teológica que o leve a com-preender as razões da sua esperança e o prepare para a vivência e o anún-cio do Evangelho; compromisso com uma identidade de membro do Corpo de Cristo, que é a Igreja, onde a fé se vive, se transmite e se celebra festiva-mente, na esperança e no amor.

Ao crente compete dispor-se a rea-vivar o dom de Deus que nele se en-contra (2 Tim 1,6), deixando que a fé tome a sua vida toda. Porque, como ensinava o profeta Habacuc, «o justo viverá pela sua fé» (Hab 2,4).

Pedro Valinho

Envie a sua questão pararedacao@jornalpresente ou deixe-a em facebook.com/jornalpresente

Ao crente compete dispor-se a reavivar o dom de Deus que nele se encontra (2 Tim 1,6), deixando que a fé tome a sua vida toda

Cláudia FernandesCruz d’Areia

Muitas pessoas ouvem o chamamento de Deus para a vida consagrada. São “convida-das” a deixar tudo e seguir as pisadas de Jesus para ajudar a transmitir a sua palavra. É uma missão ser padre ou religiosa e cada vez mais,

no mundo actual, fazem falta estas pessoas, que se dediquem à vocação como uma missão, de forma a estarem disponíveis para a Igreja.

Isilda JesusCortes

A vocação consagrada é a forma como Deus se manifesta na nossa vida e nos encaminha na nossa vocação. Vocação essa que pode to-mar alguns rumos, pode-se remeter à vida re-ligiosa, à vida familiar ou missionária (volun-tariado).

Compete-nos a nós saber como interpretar esse chamamento.

André RosaGolpilheira

Penso que a existência da vida consagrada veio a partir da altura em que Jesus convi-dou os seus discípulos a deixar tudo e segui--Lo, para, juntos, ajudarem a espalhar a men-sagem de Deus.

Nos nossos dias, a vida consagrada traduz-se nos religiosos e reli-giosas que fazem o mesmo que os discípulos, deixam o aconche-go da sua vida e dedicam-se à Igreja, a Deus.

Cláudia GomesCortes

Cada ser humano tem na sua verdadeira es-sência uma vocação. Para mim, a vocação à vida consagrada é ter em mente o valor da vida. Não somos uma existência lançada ao absurdo, somos criaturas de Deus. A vocação

à vida consagrada é o que podemos dar ao outro, dando a nós mesmos. Sou melhor quando me dou aos outros.

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NA DIOCESE

Festa litúrgica da Apresentação do Senhor

Paróquias celebram com bênção dos bebésSandrina Faustino

Celebra-se no próximo dia 2 de fevereiro a Apresentação de Jesus no Templo.De acordo com a descrição de Lucas, Maria e José levaram Jesus ao Templo de Jerusalém quarenta dias depois do seu nascimento. A intenção seria completar o ritual de purificação de Maria após o parto e realizar a “redenção do primogénito”. Neste episódio bíblico é relevante a referência a Simeão. O evangelho relata que ao trazer Jesus ao Templo, encontraram Simeão que tinha recebido a promessa de que “não morreria antes de ver o Cristo do Senhor”.Após as revisões do Concílio Vaticano II, a festa da Apresentação passou a dar mais importância à profecia de Simeão do que ao ritual da purificação de Maria. No século XX, o Papa João Paulo II ligou a festa com a renovação dos votos religiosos.Esta é uma das mais antigas festas da Igreja. Em Portugal festeja-se também neste dia Nossa Senhora da Luz ou Nossa Senhora das Candeias. Na Diocese de Leiria-Fátima o dia é comumente celebrado com a Bênção dos Bebés.

LeiriaNa paróquia de Leiria, a Equipa de Pastoral Familiar organiza a Bênção dos Bebés no dia 1 de fevereiro. A cerimónia decorre na Sé de Leiria, pelas 15h00. Os participantes deverão fazer uma inscrição prévia. Após a celebração, as famílias presentes são convi-dadas para um pequeno lanche.

FátimaEm Fátima a celebração da festa de Nossa Senhora das Candeias e da Apresentação do Senhor será no dia 2 de fevereiro com uma celebração que envolve toda a comu-nidade e movimentos paroquiais. Para a ocasião está prevista a leitura dos relatórios de contas, a celebração da Eucaristia com entrega simbólica das chaves aos juízes das capelas, a bênção e entrega das velas e de-pois um almoço partilhado entre todos.

PataiasEm Pataias, a Bênção dos Bebés está agen-dada para o próximo dia 2 de fevereiro, às

15h00, na igreja paroquial, celebrando des-te modo a festa litúrgica da Apresentação do Senhor. A iniciativa é do Serviço Pasto-ral Familiar da paróquia e estende-se aos bebés e crianças até aos dois anos das paró-quias de Alpedriz e Pataias ou outros que, independentemente do lugar de residência, também queiram participar.

MaceiraDia 2 de fevereiro, no Salão Paroquial da Maceira, na Missa das 11h00 haverá a Bên-ção dos Bebés e das Grávidas. A iniciativa repete-se pelo 4.º ano consecutivo. Depois da homilia dar-se-á a bênção dos bebés e, de-pois do Cântico de Ação de Graças, dar-se-á a bênção das mulheres grávidas com a ora-ção de consagração a Nossa Senhora da Luz.  

nossa Senhora da Piedade – ourém Realiza-se na igreja do Alqueidão - Ourém,  a festa de Nossa Senhora das Candeias no próximo dia 2 de fevereiro. O momen-to prevê  a concentração dos participantes junto ao nicho de Nossa Senhora, às 19h00. Depois da bênção, segue-se a procissão de velas para a igreja. Segue-se a Missa, com a bênção dos bebés, e a procissão de volta ao nicho de Nossa Senhora, onde terminará a celebração.

FreixiandaA paróquia celebra a festa litúrgica da Apresentação do Senhor e a festa de Nos-sa Senhora da Purificação, também de-signada por Nossa Senhora das Candeias, padroeira da paróquia. No dia 1, haverá lausperene  durante todo o dia, com a parti-cipação de todos os lugares da paróquia, nos horários que lhes são destinados. Ao fim da tarde haverá a Missa seguida da procis-são de velas. No domingo, na Missa da fes-ta, realiza-se o rito de bênção e a consagra-ção  dos bebés até aos três anos. A seguir, haverá procissão com os estandartes e a imagem de Nossa Senhora da Purificação. Ao longo do fim de semana funcionará o bar, restaurante e quermesse. Também ha-

verá animação musical nos serões de sába-do e domingo, e a atuação de um rancho folclórico no domingo.

BajoucaDia 2 de fevereiro a paróquia festeja 42 anos da sua criação. O momento será assi-nalado com a tomada de posse do conselho económico e do conselho pastoral da paró-quia.

CarnideDia 2 de fevereiro a paróquia de Carnide celebra a festa de Nossa Senhora das Can-deias com a celebração da Missa às 10h30. Na véspera, às 19h30, haverá procissão de velas.

Mira de aire, alvados, Serra de Santo antónio e São BentoDia 2 de fevereiro haverá a bênção dos be-bés e das crianças até aos três anos. A ceri-mónia decorre na Serra de Santo António às 10h00, em Alvados às 11h00 e às 11h30 em São Bento e Mira de Aire.Os promotores da iniciativa pedem que os interessados em participar façam a sua ins-crição prévia e, no domingo, levem a vela de batismo da criança, ou outra, caso ainda não tenha sido batizada.

amorA paróquia de Amor vai realizar, dia 2 de fevereiro a cerimónia da Bênção das Grá-vidas e dos Bebés até aos dois anos, no de-correr da Missa, às 11h30. A iniciativa é da equipa da Pastoral Familiar de Amor.

Souto da CarpalhosaA paróquia convida os pais com crianças batizadas no último ano a estarem presen-tes com os seus filhos na celebração da Mis-sa paroquial do próximo dia 2 de fevereiro. O gesto celebra a Apresentação de Jesus no Templo. Na ocasião serão apresentadas as crianças à comunidade e confiadas a Deus. A iniciativa está ainda aberta às crian-ças ainda não batizadas. Os promotores do evento pedem aos pais que levem a vela de

batismo da criança, ou outra, caso ainda não tenha sido batizada.

CaranguejeiraNa Missa das 11h30, do dia 2 de feverei-ro, haverá a bênção das crianças e das mu-lheres grávidas e a consagração dos casais jovens. A iniciativa decorre na igreja pa-roquial e insere-se na celebração da fes-ta litúrgica da Apresentação no Senhor ao Templo.

Boa VistaNo dia 2 de Fevereiro, na celebração da Eucaristia, às 11h00, haverá a bên-ção dos bebés, crianças em idade pré es-colar e mulheres grávidas. Antes da Mis-sa, está prevista a procissão das velas, em honra de Cristo que vem como luz das nações, e ao encontro de quem a Igre-ja caminha guiada já por essa mesma Luz. A iniciativa assinala a festa litúrgica da Apresentação do Senhor no Templo. Inte-grado nas festividades do aniversário da Pa-róquia, o momento termina com um almoço convívio promovido pela Comissão da Festa em honra de Nossa Senhora das Dores 2014. As inscrições para o almoço devem ser fei-tas junto dos elementos da Comissão. O “partir do bolo” está marcado para as 15h00.

BatalhaTambém a paróquia da Batalha vai este ano aproveitar a festa da Apresentação do Senhor para a celebração da bênção dos be-bés. Aproveitando o facto de a data coinci-dir com o domingo e para reforçar o traba-lho pastoral com as famílias, conforme o tema diocesano do ano, os pais são convida-dos a trazer os seus filhos até aos 3 anos de idade à celebração dominical, onde irá inte-grar-se um momento de bênção dos meni-nos presentes e suas famílias. Esta celebração decorrerá no Mosteiro, na Missa das 11h00. Está prevista, em caso de bom tempo, uma procissão de velas an-tes do início da celebração, em honra da Senhora da Luz, ou das Candeias, como é também conhecida esta festa.

Monte redondo Ultreia Diocesana

Vai realizar-se, no dia 9 de fe-vereiro, em Monte Redondo, a Ul-treia Diocesana dos Cursilhos de Cristandade, encontro destinado a todos os fiéis de Leiria-Fátima que integram este movimento eclesial. Com início às 14h00, a ultreia ter-mina às 17h30 com um convívio entre os participantes.

Carvide Festa em honra de Santo António

De 31 de janeiro a 2 de fevereiro reali-zam-se as tradicionais festas de Santo An-tónio, em Carvide. Durante os três dias de festa os visitantes podem contar com o se-guinte programa:

Dia 31: celebração da Eucaristia às 19h30 com exposição do Santíssimo, se-guida de procissão de Velas. Dia 1: aber-tura do arraial às 13h00, seguindo-se os

jogos tradicionais. Ainda haverá uma quermesse dos animais, e para animar a tarde, atuações de grupos: Zumba Fitness, Crazy Red Dancers e à noite o conjunto musical Dual Ban. O último dia de feste-jos conta com a “Caminhada de S. Antó-nio” às 10h00 e pelas 10h30 dar-se-á início à recolha de andores com a Filarmónica da Guia. A missa solene em honra de San-

to António está marcada para as 14h30, seguindo-se a procissão. Ainda haverá a venda de andores, a entrega da bandeira e a atuação da Filarmónica da Guia. O con-certo de Acordeões em Sintonia e o baile com Nelson Marto prometem animar a noite. Durante o fim de semana os visitan-tes podem contar com serviço de restau-rante e quermesse.

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TEMA DE CAPA

Papa dedica ano de 2015 à vida consagrada

“a vida consagrada é profecia”O ano 2015 será dedicado à

vida consagrada. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco, no pas-sado mês de Novembro, no Vatica-no, durante um encontro com 120 superiores gerais de congregações religiosas. “Eles são homens e mu-lheres que despertam o mundo. A vida consagrada é profecia. Deus pede-nos para voar do ninho e

sermos enviados para os confins do mundo. Esta é a maneira mais eficaz de imitar o Senhor”, disse no encontro que assinalou a 82.ª Assembleia-geral, em Roma, da União dos Superiores Gerais, noti-ciada pela agência Ecclesia.

O Papa Francisco explica que a formação dos candidatos à vida consagrada deve ser “espiritual,

intelectual, comunitária e apostó-lica”, porque é necessário evitar a hipocrisia e o clericalismo através de um diálogo franco e aberto so-bre todos os aspetos da vida.

“Todos os cristãos devem ser coerentes com a sua fé”, mas os re-ligiosos “são chamados a seguir o Senhor de uma maneira especial”, conclui o Papa.

Vida Consagradaa opção pela castidade, pobreza e obediência

Na semana dedicada à vida consagrada o PRESENTE procurou saber o que leva uma pessoa a escolher o

caminho da castidade, pobreza e obediência. Aqui fica um resumo do testemunho de religiosos da

Diocese que tomaram esta opção de vida e garantem sentirem-se felizes e realizados.

Sandrina Faustino

Presidente da Comissão episcopal das Vocações e Ministérios

Bispo elogia e agradece a vida dos consagrados em Portugal

Termina no próximo dia 2 de Fevereiro a Semana do Consagra-do. Com o tema “Transformados na alegria do evangelho”, a ini-ciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, que se repetiu pelo quinto ano consecutivo, integra-se na caminhada eclesial propos-ta pelo Papa Francisco.

“A maior riqueza da Igreja está na possibilidade que lhe foi con-fiada de fazer de cada pessoa ou-tro Cristo por meio do Batismo”, escreve D. Virgílio Antunes, Bis-po de Coimbra e presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, na sua mensagem para a Semana do Consagrado em

Portugal.Quanto aos consagrados, diz

serem “na Igreja, aqueles que re-ceberam a vocação de testemu-nhar com a totalidade da sua pessoa esta nova realidade na vi-vência dos conselhos evangélicos da pobreza, da castidade e da obe-diência”.

O bispo de Coimbra termina a sua mensagem agradecendo “em nome da Igreja em Portugal a to-dos os consagrados que, entre nós, têm sido um esplendoroso sinal do Deus que acolhe e ama todos os seus filhos, com especial predi-leção pelos mais pobres”.

Na sua página online, a Confe-

rência dos Institutos Religiosos de Portugal disponibiliza alguns ma-teriais que podem ser usados em momentos de oração, celebração e reflexão.

Vida ConsagradaVida consagrada é vida

para Deus, vida com Deus, altíssima vocação

que brota das águas do nosso batismo e

nos marca com o selo invisível e eterno da

Santíssima Trindade.

Pelo batismo somos verda-deiramente filhos e filhas de Deus, irmãos e irmãs de Jesus Cristo, povo de reis, povo sacer-dotal… povo de Deus. Perten-cemos a Cristo porque temos o Espírito de Cristo, Espírito infini-tamente santo que nos convida e exorta à santidade.

“Anda na minha presença e sê perfeito”, diz Deus a Abraão; “Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”, diz Jesus aos seus discípulos.

Consagrado (batizado) é o que luta e trabalha por se as-semelhar a Cristo, por ser cada vez mais sensível aos apelos do Espírito Santo, a ponto de o Pai poder dizer de cada um de nós: “Este(a) é o meu/minha filho(a) muito amado(a), no(a) qual pus todo o meu enlevo”.

Este é o cerne da vida con-sagrada, este é o ideal da nos-sa vida batismal, vida totalmen-te vivida para Deus, penetrada por Deus, enraizada em Deus. Casados ou solteiros, religio-sos, sacerdotes ou missionários, vida ativa ou contemplativa…, a todos os consagrados pelo ba-tismo é dirigida a exortação do Apóstolo dos Gentios: “Quer comais quer bebais, fazei tudo para glória de Deus”.

A vida consagrada de todo o cristão nasce no Batismo, con-solida-se no Crisma, alimen-ta-se na Eucaristia, purifica-se na Reconciliação e aprofunda-se na oração, na meditação, na contemplação, na vida litúrgica da Igreja, fontes múltiplas que brotam do coração de Cristo.

Entre os consagrados há ho-mens e mulheres chamados ao serviço de Deus pela profissão dos votos de pobreza, castidade e obediência na Vida Religiosa, à imitação de Cristo pobre, cas-to e obediente. Há aqueles que são chamados a envolverem-se no apostolado ativo – sacerdo-

tes, religiosos e missionários – que optam por uma vida humil-de, dedicando-se a todo o tipo de obras de caridade. Mas, en-tre estes, há ainda os que são chamados à vida contemplati-va , cuja missão específica é tes-temunhar ao mundo a presen-ça de Deus entre os homens, é dizer aos homens que há um só Deus, é tornar no tempo pre-sente o mundo que há de vir.

Vida consagrada implica, consequentemente, crescer na intimidade com Deus, no cons-tante esforço de conhecê-Lo, amá-lo e servi-lo, cada dia com novo empenho. A vida consa-grada compreende ainda um sério envolvimento pessoal no serviço à comunidade, estar próximo de quem precisa e lu-tar, com autêntico zelo cristão, pelas grandes causas da huma-nidade: o combate à fome e à pobreza, a luta pela paz mun-dial, o fim do aborto, a destrui-ção das armas químicas e nu-cleares, … construindo, dia após dia o Reino de Cristo sobre toda a terra, continuar Cristo: “Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova”.

Em suma, ser consagrado é ser Igreja Santa e Una, aprender de Maria, modelo perfeitíssimo para toda a pessoa consagra-da. Todos os que se consagram ao serviço e amor exclusivo de Deus têm em Maria a melhor mestra para se tornarem, no dizer de Santa Clara, mães de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ma-ria foi simultaneamente mestra e discípula do seu Filho: trouxe--O em si e levou-O em oferenda ao Pai, no Templo. E Maria vivia aprendendo d’Ele. É esse tam-bém o lugar do consagrado: a casa do Pai, viver na presença do Pai. A casa do Pai é o seio do Pai, é a intimidade das Três Pes-soas Divinas. Vida consagrada é identificar-se com Cristo e com Ele dizer aos homens que o Pai os ama e os espera, é proclamar ao mundo, com a própria vida: “Deus é Amor”.

Irmãs Clarissas, Monte Real

A vida consagrada de todo o cristão nasce no Batismo

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TEMA DE CAPA

Padre joão Carlos rodrigues - Congregação dos Marianos da imaculada Conceição

“a vida consagrada não é uma loucura”O padre João Carlos Rodrigues

é pároco de S. Mamede. A sua his-

tória é semelhante a tantas outras.

Começou no dia da sua primeira

comunhão e realiza-se na Congre-

gação dos Marianos da Imaculada

Conceição. Este é o relato de um ho-

mem que se considera feliz, realiza-

do.

Foi no dia da Primeira Co-munhão que sentiu pela primei-ra vez o desejo de ser padre. Mas foi a participação num acampa-mento vocacional da congrega-ção que lhe deu a certeza que que-

ria ser um padre mariano. “O que mais me fascinou na vida consa-grada foi a experiência da comu-nidade”, conta. “Queria ser padre, mas não queria viver sozinho e fi-quei fascinado quando constatei que podia ser padre e viver numa comunidade com mais padres e irmãos”.

Recordou que numa só tar-de leu o Diário Espiritual do Bea-to Jorge Matulaitis, Renovador da Congregação. Nesse momen-to sentiu “um desejo profundo de seguir Cristo e servir a Igreja con-cretamente nessa congregação”.

“A vida consagrada não é uma loucura nem uma parvoíce”, diz. “Envolve todo o nosso ser, a nossa sexualidade, a nossa inteligência e a nossa consciência e isto só se pode entender à luz do amor su-blime de Deus”, explica.

“Sinto-me feliz pelo que sou”“Para o mundo de hoje é mui-

to complicado compreender como é que uma pessoa possa ser feliz sem sexo, sem dinheiro e sem su-cesso”, mas ele sente-se feliz com esta opção. “Digo sinceramente: sinto-me mais feliz pelo que sou

do que pelo que faço”.Mas a consagração também

tem as suas dificuldades. A este propósito, recorda o falecimen-to repentino de um dos padres da sua comunidade, “era para mim um exemplo autêntico de vida re-ligiosa”. Depois, surgiam outros momentos particularmente difí-ceis, nomeadamente “quando os meus superiores acharam bem que eu continuasse a formação religiosa num dos seminários dos Marianos no estrangeiro”.

O núcleo do carisma dos Ma-rianos é o mistério da Imaculada

Conceição. É à luz deste mistério, “que vivemos a nossa vocação re-ligiosa e a nossa missão evange-lizadora”, explica. Impulsionados pelo exemplo simples e humilde de Maria Imaculada, “trabalha-mos com a Igreja, na Igreja e pela Igreja para que todas as pessoas que peregrinam neste mundo e as que se purificam depois des-ta vida, alcancem a plenitude da felicidade em Cristo. Atualmente realizo este carisma e esta missão moderando o serviço pastoral da paróquia de São Mamede, na dio-cese de Leiria-Fátima.”

irmã Maria Manuel - Congregação das irmãsdominicanas de Santa Catarina de Sena

“o Senhor vai realizando em nós e por nós grandes coisas”A irmã Maria Manuel é coorde-

nadora do Colégio de Nossa Senho-

ra de Fátima, em Leiria. Pertence à

Congregação das Irmãs Domini-

canas de Santa Catarina de Sena e

considera-se “uma pessoa alegre,

feliz e realizada” na sua vocação.

Diz ser “maravilhoso viver a beleza da intimidade com Deus”. “É muito gratificante sentir que somos instrumentos de Deus e que o Senhor vai realizando em nós e por nós grandes coisas”, con-clui.

Costuma dizer que não op-tou por uma família maravilhosa como a dos pais, mas por uma fa-mília “com muitos filhos para po-der proporcionar-lhes bem-estar e felicidade, num caminhar para os verdadeiros valores e para Deus”. E é no colégio, onde diz en-contrar a “fonte de felicidade”, que também realiza o seu carisma.

A religiosa explica que a sua con-gregação está radicada na Ordem Dominicana que tem “como gran-des prioridades a contemplação, a verdade, o estudo e a pregação da

Palavra de Deus”. Seguindo a priori-dade de Teresa de Saldanha: “fazer o bem sempre”, dedicou-se “às me-ninas pobres, analfabetas e escra-vizadas”. Fundou escolas e criou um ideal pedagógico.

A religiosa fez a opção pela consagração em total liberdade. Diz ter nascido e crescido “numa família normal com um ambien-te de fé, carregado de amor”. O pai falava “de um Deus amor”, a mãe deu-lhe catequese e as irmãs “tes-temunhavam Jesus pela oração e o amor aos mais pobres”. Quan-

do ouvia episódios do Evange-lho, “o coração pulsava fascinado”. “Gostava muito de me encontrar com Jesus, no oratório do quarto ou na igreja”, recorda ao revelar que “sentia um desejo enorme de ser toda de Deus”. Um desejo que se afirmou ao ouvir o episódio da vocação do jovem. “Vem e segue-me”. Estas palavras “passaram a ecoar continuamente aos meus ouvidos”, conta. Mais tarde, ao co-nhecer o ideal dominicano e o ca-risma de Teresa de Saldanha, não teve dúvidas da sua vocação. Con-

tou sempre com o apoio dos pais.“O consagrado é um enviado

de Deus, a testemunhar o amor experimentado e a confessar a beleza de seguir o Senhor Jesus, continuando a sua missão na ter-ra”. É pois uma opção de vida.

Aos jovens que optem pela consagração aconselha que este-jam “atentos aos sinais de Deus” e “respondam generosamente como Maria”. Pede à comunidade “que nunca impeça os jovens de serem muito livres na sua escolha vocacional”.

irmã Marinilda Lima Santos - Congregação das religiosas da instrução Cristã

“encontrei a minha congregação!”Ter uma vida consagrada é,

para a irmã Marinilda Lima San-tos, da Congregação das Religiosas da Instrução Cristã, “viver na prá-tica os conselhos evangélicos: os vo-tos religiosos de castidade, pobreza e obediência”. Diz ter tido “a graça de escolher tanto a vocação, como a congregação que me realiza como pessoa consagrada e profissional”.

A irmã Marinilda Lima San-tos acredita que “o toque Deus” aconteceu no dia da sua primei-ra comunhão. “Quando recebi Je-

sus pela primeira vez, nunca mais quis deixá-lo”. Recorda-se de gos-tar de participar nas atividades da paróquia como catequista, mem-bro no grupo jovem ou em encon-tros diversos. “Admirava a missão das irmãs da minha comunida-de. Eram dedicadas e tinham dei-xado o seu país para anunciar o Evangelho e nos ajudar a conhe-cer Jesus Cristo”. E isso encantou--a. Hoje sente-se feliz.

A irmã sabe que toda a opção de vida soma recompensas e di-ficuldades. Entre as maiores difi-

culdades que viveu, relata uma doença grave que contraiu du-rante o noviciado e os momen-tos vividos quando assumiu no-vas funções.

Aponta como grande desafio da vida comunitária “conviver sob o mesmo teto com as diferenças de idades, culturas, educação, classes sociais e modelos familiares”.

Consagração à juventude

Escolheu a congregação das Religiosas da Instrução Cristã pelo

seu carisma: sacrificar-nos e con-sagrar-nos inteiramente à juven-tude. Ao contactar com Ele “o meu coração acelerou”. Esta “frase re-veladora” permitiu compreender “de onde vinha o amor aos jovens meus amigos e jovens distantes de Deus. Decidi entregar e consagrar a minha vida à juventude”.

“Encarnar a face do Cristo edu-cador na juventude é nosso maior empenho. A nossa missão reali-za-se nas nossas escolas, faculda-des, centros sociais, ambulatórios, comunidades carentes, jovens em

situações de risco, pessoas isola-das, catequeses, nos grupos de reflexões da Palavra de Deus, grupos de oração, de acompanha-mento de jovens, adultos e casais”.

Aos jovens que queiram se-guir a vida religiosa consagra-da, a irmã Marinilda Lima San-tos aconselharia “que procurem um bom acompanhamento espi-ritual que os conduza a um dis-cernimento vocacional”.

A irmã alerta, citando o padre Zézinho: “A Igreja só será jovem, quando os jovens forem Igreja”.

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DIOCESE

Conselho Pastoral diocesano

Padre Gonçalo diniz é o novo secretário

O padre Gonçalo Teixeira Di-niz é o novo secretário do Conse-lho Pastoral Diocesano.

O anúncio foi feito por D. An-tónio Marto, bispo da Diocese de Leiria-Fátima na reunião deste órgão, que decorreu no passado dia 18 janeiro. Na ocasião foram ainda eleitos os restantes mem-bros do Secretariado Permanen-te do Conselho: Maria de Fátima dos Santos Sismeiro  e Olívia Lo-pes Mendes.

A reunião iniciou com um momento de oração, ao que se seguiu uma breve apresenta-

ção de cada conselheiro e a lei-tura dos Estatutos deste órgão consultivo. Os conselheiros pro-curaram ainda fazer um pon-to de situação sobre os objetivos e atividades previstas para este ano pastoral.

A reunião terminou com a in-vocação da memória do padre Albino Carreira, sacerdote dio-cesano, falecido recentemente, seguida das palavras conclusi-vas de D. António Marto. | SF

encontro de equipas (Mistas) de nossa Senhora

jornada com a família no centro

Cerca de 50 casais partici-param no Encontro de Equi-pas Mistas (vindos de diferentes equipas de base) do Movimento das Equipas de Nossa Senhora

da diocese de Leiria-Fátima, no passado dia 18 de janeiro, sob o tema “O Dom e o Desafio de Vi-ver em Família”.

Segundo um testemunho en-viado pelo casal Arminda e Pau-lo Filipe, foi “uma excelente tar-de de reflexão e partilha, onde o mais importante foi a partici-pação das famílias, muitas de-las acompanhadas pelos filhos”, de acordo com o desafio lança-do por D. António Marto na sua Carta Pastoral para este biénio.

O encontro foi o culminar de um trabalho de preparação feito

durante o mês de dezembro, em casal, em família e em equipa. A partilha dessa reflexão prévia so-bre os dons e desafios da família, em grupos, foi antecedida pela mostra de um pequeno filme da fábula “Os Ouriços”, cuja mensa-gem é que “o melhor relaciona-mento não é aquele que une pes-soas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e a admirar as suas qualidades”. E também as crianças, adolescentes e jovens presentes trabalharam em gru-pos sobre o mesmo tema. | LMF

Formação permanente do clero

Padres refletem sobre a família no “diálogo fé e cultura”

Realizou-se de 20 a 24 de ja-neiro o primeiro turno da for-mação permanente do clero de Leiria-Fátima, em que participa-ram 32 padres e o Bispo diocesa-no, e está a decorrer esta sema-na (dias 27 a 31) o segundo turno,

com outros tantos sacerdotes e também a presença de D. Antó-nio Marto.

A formação acompanha o tema pastoral da Diocese para este ano, contando com a pre-sença em ambos os turnos de

Juan Ambrosio, professor da Fa-culdade de Teologia da Univer-sidade Católica Portuguesa, que desenvolve em seis sessões o tema “Viver e pensar a família. Olhares a partir do diálogo fé e cultura”.

Os padres participantes nes-tas semanas recebem ainda formação sobre “os desafios e oportunidades da pastoral pré--matrimonial”, pelo padre José Augusto Rodrigues, diretor do Departamento de Pastoral Fa-miliar, e sobre os movimentos das Equipas de Nossa Senhora e dos Centros de Preparação para o Matrimónio, por membros das respetivas equipas diocesanas. | LMF

dia 8 de fevereiro

Cáritas promove Feira Solidária

A Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima promove, no próximo dia 8 de fevereiro, a terceira edição da Feira Solidária. A iniciativa de-correrá na sede da instituição, das 14h30 às 18h00 e, à semelhança do que aconteceu em edições an-teriores, reverterá a favor da con-cretização de projetos e prestação de ajuda a pessoas que se encon-tram em situação de carência económica. Além de roupa usada,

em bom estado, a Feira Solidária terá ainda um espaço para a ven-da de bolos. Em nota de impren-sa, a instituição refere que “a ini-ciativa prende-se com o facto de a instituição receber diariamen-te pedidos de ajuda” responden-do em simultâneo ao escoamento das peças de vestuário que dispõe e “angariar alguns fundos para apoiar as famílias mais carencia-das”.| SF

diocese organiza no Santuário de Fátima

Retiros e recoleções para o clero

A diocese de Leiria-Fátima or-ganiza anualmente um programa de retiros e recoleções destinados aos padres diocesanos e religiosos de todo o País, com a anuência dos bispos portugueses.

Para este ano estão programa-das doze recoleções. Sem neces-sidade de inscrição prévia, come-çam pelas 10h30 e terminam com o almoço, na Casa de Nossa Se-

nhora do Carmo. A primeira de-correu no passado dia 6 de janei-ro, orientada pelo padre Miguel Sottomayor, e a próxima será no dia 3 de fevereiro, com orientação de D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fá-tima.

O calendário completo dos re-tiros e recoleções pode ser consul-tado em www.fatima.pt. | LMF

início do segundo semestre

Escola Razões da EsperançaNo dia 4 de fevereiro começa o

2.º semestre de formação na Esco-la Diocesana Razões da Esperan-ça (EDRE), oferecendo na primeira hora (21h00 às 21h50) duas disci-plinas em alternativa: “Perspeti-vas do Novo Testamento”, pelo pa-dre Gonçalo Diniz, indicada para os que ainda não fizeram esta ca-deira do curso cíclico da Escola; ou “Espiritualidade Conjugal”, pelo padre José Augusto Rodrigues, uma formação complementar que

se enquadra no tema pastoral dio-cesano deste biénio. Na segunda hora (22h00 às 23h00), decorrem as formações específicas, por gru-pos de catequese, jovens, leitores, cantores e dos diversos serviços e movimentos que integram este projeto formativo diocesano. Sub-linhamos as formações para cate-quistas, em vários módulos dispo-níveis: “Curso de Iniciação”, “Curso Geral – Psicologia”, “3.º Ano de Ca-tequese” e “7.º Ano da Catequese”.

Mais um encontro vicarial a 7 de fevereiro

“Amor conjugal” em debate na Batalha

D. António Marto, Bispo de Lei-ria-Fátima, irá presidir ao encon-tro vicarial da Batalha, no próxi-mo dia 7 de fevereiro, pelas 21h00, no salão paroquial da Batalha.

O encontro insere-se no ciclo que está a decorrer em todas as nove vigararias, com o tema do

corrente ano pastoral, tendo por objetivo “anunciar e testemunhar o sentido cristão da afetividade, do amor e da família, apresentar o matrimónio como dom e voca-ção, incentivar a preparação para o sacramento e a espiritualidade conjugal e familiar”.

6 •

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DESTAQUE: Matas e Espite

Paróquias de Espite e das MatasHistória dita união

das comunidadesCom mais de 800 anos de tradições, a paróquia de Espite vê a história repetir-

se. Passados 50 anos, a crise e as dificuldades financeiras voltam a obrigar as comunidades a abandonarem a terra e procurar novas oportunidades noutros

países europeus. Mas, entretanto a terra foi crescendo e, há três séculos criou a paróquia da Caranguejeira. Mais recentemente, em 1993, deu autonomia às

paróquias do Cercal e das Matas. O padre João Pina Pedro é hoje pároco de Espite e Matas. Procura, por um lado, manter laços com a comunidade emigrada e, por outro

lado, promover valores cristãos nas famílias e nos jovens residentes.

Sandrina Faustino

Cursos de Cristandade

Cursistas “prontos a ajudar com caridade e sigilo”

Presentes nas paróquias de Es-pite e das Matas há mais de 40 anos, os Cursos de Cristandade continuam a marcar presença na vida da paróquia.

Atualmente o movimento con-ta com um grupo de dez pessoas, em ambas as paróquias, que se reúnem quinzenalmente, ora em Espite, ora nas Matas, para rezar, estudar, partilhar e projetar al-guma ação concreta a realizar no âmbito da vida paroquial.

Maria Gaspar é cursista em Es-pite há mais de 20 anos. Recor-da que, na sua paróquia, o movi-mento já passou por momentos difíceis, ficando mesmo inati-vo durante uns anos. Nessa altu-ra “senti muita falta deste envol-vimento, das nossas conversas e partilhas”, conta. Hoje, lamenta o desinteresse dos “mais novos que

têm outras prioridades”.Já Jacinta Oliveira, cursista nas

Matas, revela que o grupo preten-de num futuro próximo, “com o auxílio do Senhor, convidar no-vos irmãos para participarem nos próximos cursilhos e continuar a trabalhar para que o Senhor seja mais conhecido e amado”.

Além dos seus habituais e pe-riódicos encontros, os cursistas de Espite e das Matas integram os vários serviços da paróquia. São eles que, estando atentos e disper-sos pelas várias localidades das

paróquias, vão diagnosticando si-tuações de maiores necessidade ssociais e contribuindo para a sua resolução. Por regra estão “sem-pre prontos a ajudar com carida-de e sigilo”.

Este Natal, como já vem a ser hábito, o grupo promoveu uma recolha de bens de primeira ne-cessidade e material escolar. Ja-cinta Oliveira explica que os do-nativos foram entregues no dia de Reis “a uma instituição que acolhe crianças desfavorecidas em Fátima”.

números2013População

1233População1030Catequizandos

65Catequizandos84

Catequistas15

Catequistas15

Casamentos2

Casamentos6

Crismas5

Crismas4

Batismos16

Batismos5

Funerais20

Funerais18

1as Comunhões4

1as Comunhões10

espiteMatas

Matas Santos e festas

Igreja paroquialPadroeira: Nª Sra do PatrocínioFesta anual: 5 de outubro

Espírito SantoFesta anual: 8 de junho

Santo António e Santa MartaFesta anual: 6 de julho

VespariaPadroeira: Santa AnaFesta anual: 27 de julho

Santo AntónioFesta anual: 9 de fevereiro

EspiteSantos e festas

Igreja paroquialPadroeiro: São João BatistaFesta anual: 29 de junho

Espírito SantoFesta anual: 8 de junho

Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora do RosárioFesta anual: 17 de agosto

FreiriaPadroeiro: São PedroFesta anual: 3 de agosto

Alminhas de Santo AntónioFesta anual: 15 de junho

AreeiroPadroeiro: São BentoFesta anual: 27 de julho

CarvalhalPadroeiro: São TiagoFesta anual: 10 de agosto

CumieiraPadroeira: Imaculado Coração de MariaFesta anual: 15 de agosto

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EM DESTAQUE: Matas e Espite

Matas

O serviço de catequese da paróquia das Matas funciona ao fim de semana, num centro catequético único. Está atualmen-te organizado em grupos do 1.º ao 10.º ano e conta com 84 catequizandos, 11 catequistas, todos com pelo menos o curso de iniciação, e quatro auxiliares voluntários.

Entre as várias atividades extraordiná-rias, o centro realiza anualmente um pas-seio de catequistas, embora aberto a outros colaboradores da paróquia, onde são privi-legiados locais religiosos e culturais.

Para um futuro próximo, o grupo pro-cura “implementar mensalmente uma ca-tequese cinema”, explica Gabrielle Mar-ques, uma das coordenadoras do serviço. A intenção é chegar a um público mais vasto com o visionamento de filmes sobre “a his-tória de vida de Santos, acontecimentos bí-blicos, entre outros”.

Entretanto, neste ano dedicado à famí-lia, as atividades serão focadas na famílias e preveem o envolvimento dos pais. “Todos os domingos, há um ano de catequese en-carregue de assegurar o cortejo de entrada e o ofertório e, em festas específicas, envol-vemos os pais na celebração eucarística”,

diz Gabrielle Marques.O calendário de atividades é elaborado

no início do ano letivo e distribuído pelos pais. Neste documento estão incluídas as festas, reuniões de pais e atividades que se irão realizar ao longo do ano. A este propó-sito, a catequista refere que no Advento e na Quaresma a ideia é trabalhar seguindo as propostas do Serviço Diocesano de Cate-quese e “adaptá-las à realidade da nossa pa-róquia”. Para a Semana Santa está previsto um incentivo especial aos catequizandos “a participarem nas diversas celebrações, des-tacando-se a Via-Sacra na Sexta-Feira San-ta, na qual cada estação fica assegurada por um ano de catequese, pais e filhos, pelos ca-tequistas, pelos coros e pelo conselho eco-nómico”.

Neste ano, o conselho económico paro-quial, sensibilizado pela crise, ofereceu o catecismo a cada catequizando.

Centro Social da Paróquia de Espiteresposta social a idosos e crianças

Fundado em 1995, o Centro Social Pa-roquial de S. João Batista de Espite pres-ta apoio social à população idosa e infantil da freguesia. Hoje, “uma das suas grandes prioridades é dar suporte às famílias mais carenciadas, sendo a sua pertença à fre-guesia um critério de seleção”, refere o pa-dre João Pina Pedro.

O centro desenvolve seis respostas so-ciais. As cantinas sociais apoiam diaria-mente quatro utentes, com almoço e jan-tar. Na valência de lar, a instituição serve 27 idosos procurando oferecer um ambien-te tipo familiar, “com amizade e carinho, incluindo assistência religiosa e espiritual,

serviço de higiene, alimentação, tratamen-to de roupas, serviço médico e enferma-gem”. Na valência de centro de dia, apoia três pessoas com alimentação, tratamen-to de roupa, higiene pessoal e serviço mé-dico e de enfermagem. No apoio domiciliá-rio fornece refeições a 10 famílias e presta pontualmente serviço de higiene pessoal. Com o centro de convívio, a instituição pro-move mensalmente momentos de lazer e de oração com a celebração da Eucaristia e um convívio, que termina com um lanche.

O centro tem ainda a valência de ativi-dades de tempos livres, que acolhe 14 crian-ças do ensino básico nas horas de almoço e

após as aulas. O prolongamento escolar conta com dez crianças. A cantina forne-ce ainda, de segunda a sexta-feira, almoço a 33 crianças da escola do primeiro ciclo d.

Organizadas as várias valências “a ní-vel de regulamentos internos, definição das funções dos funcionários, dos planos anuais de atividades, melhoria das insta-lações em termos de segurança e higiene”, o Centro Social tem nestes momento como grande preocupação a resolução do proble-ma da sobrelotação. Em curso está já um projeto de ampliação do lar, para uma ca-pacidade de 30 idosos, com quartos indivi-duais e duplos.

Catequeseespite

Na paróquia de Espite, a catequese está organizada em grupos do 1.º ao 10.º ano de ensino. Este ano, dado o reduzido número de jovens com idade para frequentar o 10.º ano, a opção passou por integra-las junto ao grupo da paróquia das Matas.

O serviço paroquial de catequese fun-ciona semanalmente, ao sábado, às 18h00. Às sessões segue-se a Missa, às 19h15, “na qual a maioria das crianças participa”, ex-plica Ana Mendes, uma das coordenadoras deste serviço paroquial.

Este ano, o centro catequético envolve 65 crianças e 15 catequistas voluntários. Destes, três têm a responsabilidade acres-cida de “participar em reuniões vicariais e outras que sejam necessárias à dinamiza-ção de atividades inerentes à nossa cate-quese”.

Ana Mendes explica que para este ano está prevista a realização das festas propos-tas para cada ano de ensino. As cerimónias decorrerão durante a Missa de sábado.

O grupo do 7.º ano irá participar no En-contro Diocesano das Bem Aventuranças – ENDIBA, agendado para dia 15 de março.

Além destas, alguns catequistas prepa-

ram atividades extraordinárias. Ana Men-des revela que “organizam saídas com o in-tuito de proporcionar melhores vivências às nossas crianças e jovens”.

A festa de encerramento do ano de cate-quese é também um momento alto na vida deste grupo. Por regra, o dia é partilhado entre crianças, adolescentes e pais. “É um tempo de partilha e convívio onde se con-versa e se brinca”, diz.

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Padre João Pina Pedro, pároco de Espite e Matas

Comunidades com prioridades distintasMarcada por um grande

historial de emigração, Espite exige do padre João Pina Pedro mais apoio aos idosos e às

famílias emigradas. Nas Matas a aposta do pároco

está mais focada na juventude e nas famílias.

Sandrina Faustino

Qual o seu percurso enquanto padre?Fui ordenado em 1999. Fiquei ao serviço das paróquias de Pataias e Alpedriz até 2002, data em que tomei posse na paróquia das Ma-tas. Em 2005 assumi também a paróquia de Espite.

Como foi a sua adaptação?Nas Matas fui muito bem acolhi-do pela população e depressa ve-rifiquei que as minhas propostas pastorais eram bem aceites. Tal-vez tenha ajudado o facto de ter sido o primeiro pároco a residir nas Matas. Enquanto estive nesta paróquia, acumulei o serviço de coordenador da Comissão da Pas-toral da Saúde da diocese, duran-te quatro anos. Assumir Espite, em 1995, não foi fácil. Significou trabalho a dobrar e fui perceben-do que o que dizia na homilia de uma paróquia não era adequado à outra.

Como caracteriza os paroquia-nos?Espite é uma paróquia com, pelo menos, 800 anos de história, da qual se desmembraram a paró-quia da Caranguejeira, há três séculos e, em 1995, as do Cercal e Matas. Espite teve um grande flu-xo emigratório, sobretudo para França, nos anos sessenta, o que diminuiu em muito a sua popu-lação. Nos anos oitenta, alguns voltaram e dedicaram-se às pro-fissões ligadas à construção civil. Com a crise neste setor, muitos emigraram novamente. Nos últi-mos cinco anos perdemos cerca de cinquenta crianças na catequese. Os paroquianos de Espite vivem mais divididos: ora estão em Por-tugal, ora vão a França para junto dos seus filhos ealguns acabaram por esfriar a sua fé e a sua prática

da Missa dominical. São pessoas generosas e prontas a ajudar. São afáveis no trato quotidiano. Nos últimos sete anos, por exemplo, construímos o salão paroquial, a casa paroquial com um cartório anexo e restaurámos a igreja pa-roquial; resta-nos uma pequena dívida. Os paroquianos das Ma-tas não tiveram tanta necessidade de emigrar, dada a proximidade das fábricas da Caranguejeira. São mais empenhados na vida paro-quial e têm maior espírito de tra-balho em grupo.

Como têm as comunidades vi-vido estes tempos mais contur-bados?Em Espite, assim que surgiram di-ficuldades económicas emigra-ram, inclusive os jovens. Nas Ma-tas, têm emigrado sobretudo os jovens dos 20 aos 30 anos. As res-tantes pessoas, embora sintam a diminuição do rendimento dispo-nível, têm conseguido sobreviver com as hortas e os animais do-mésticos que vão criando. Por ou-tro lado, são pessoas prudentes e modestas que não investiram em luxos descabidos.

Sente que os seus paroquianos se envolvem nas iniciativas pa-roquiais?As comunidades são muito empe-nhadas no que diz respeito à orga-nização das festas dos padroeiros e à construção de estruturas de apoio à pastoral. Nas iniciativas que visem aprofundar as razões da fé, através de grupos de refle-xão, retiros e conferências, são mais comedidas. Contudo, esta-mos a percorrer algum caminho. Ao nível das atividades da viga-raria das Colmeias, temos sido dos mais bem sucedidos em toda a nossa diocese.

Quanto aos jovens, uns têm emi-grado e outros vão para a univer-sidade e deixam de aparecer com assiduidade. Nas Matas temos um grupo que anima a liturgia do-minical e constato que partici-pam na Missa vários jovens re-centemente crismados. Estamos a constituir um grupo com a aju-da de um catequista ligado à ju-ventude vicentina. Devo realçar que,nos últimos anos, o Festival Jovem da Comunidade Cristo de Betânea, que se tem realizado nas Matas durante o verão, tem sido um enriquecimento humano e espiritual para alguns jovens de ambas as paróquias.

Mantém um plano pastoral idêntico para ambas?Na catequese e na liturgia o pla-no é o mesmo. Grande parte da população de Espite é gente ido-sa pelo que a maior necessidade é apoiar os idosos, as famílias e ten-tar manter alguma ligação com a população emigrada. Nas Matas ,a população é mais jovem. Aqui ,queremos apostar mais na ju-ventude e nas famílias. Em am-bas queremos continuar a fomen-tar os movimentos e os vários grupos: catequistas, grupos co-rais, acólitos, comissões, zeladoras das igrejas, irmandades e grupos de oração. Queremos continuar a valorizar a adoração ao Santís-simo Sacramento da Eucaristia semanalmente e a oração do Ro-sário, como alimentos da fé, da es-perança e da caridade. Não esque-cemos que a “oração é a alavanca do mundo” e, como diz Jesus no Evangelho, “sem Mim nada po-deis fazer”. Em ambas, e até por-que o Papa Francisco nos apela a irmos “para as periferias do mun-do”, temos um serviço de acolhi-mento e direção espiritual para

ajudar os que sofrem de pertur-bações psíquicas e espirituais.

Quais as principais linhas orientadoras para este ano?Queremos fundar em cada paró-quia uma equipa de Pastoral Fa-miliar, para marcar de forma fes-tiva os dias do ano dedicados à família, concretamente o dia da Sagrada Família, a celebração dos jubileus dos casais, o dia da Mãe e do Pai e a Semana da Vida. Tam-bém gostaríamos de fazer algu-mas iniciativas com namorados, noivos e acompanhar os recém-casados. Outra linha orientado-ra é aproveitar as atividades que o Santuário de Fátima nos propõe no âmbito da preparação do cen-tenário das aparições. Continua-remos a valorizar a catequese de adultos através de encontros, da Escola Vicarial da Fé, de retiros, conferências e usufruindo tam-bém das propostas da Escola Dio-cesana “Razões da Esperança”.

Que prioridades tem tido no de-senvolvimento das paróquias?Nas Matas, verifiquei que a igreja paroquial, apesar de ter sido cons-truída em finais dos anos sessen-ta, tinha uma péssima acústica e precisava de muitos melhora-mentos. Em doze anos fizemos obras de restauração e conserva-ção em todas as igrejas da paró-

quia e em Espite. Foi um grande esforço mas, agora, ambas as pa-róquias estão dotadas de estrutu-ras adequadas para o culto e ca-tequese. Nas Matas, no primeiro ano, levei 17 catequistas ao cur-so de iniciação do Secretariado Diocesano, sendo a paróquia com mais formandos nesse ano. Orga-nizei a liturgia, formando grupos de leitores, acólitos e cantores. Fo-mentei em ambas as paróquias o espírito de oração e piedade. Hou-ve crescimento no amor a Jesus Eucaristia e na devoção mariana.

Que planos tem para o futuro?É necessário continuar a fomen-tar ações que visem dar uma for-mação cristã mais sólida aos pa-roquianos. Os grandes planos para o futuro, em ambas as paró-quias, consistem em trabalhar se-riamente na pastoral familiar.

Quais os seus maiores sonhos para estas paróquias?O meu maior sonho era que exis-tisse um ambiente de maior uni-dade e sentido de paróquia, re-conhecimento da riqueza das diferenças, dons e carismas, tudo ao serviço da construção de uma comunidade viva e missionária, onde a fé seja proclamada, cele-brada com alegria e entusiasmo e testemunhada na prática da cari-dade.

EM DESTAQUE: Matas e Espite

Matas: Grupo de Evangelização Amigos de Jesus e Maria

Criado há dez anos, o Gru-po de Evangelização Amigos de Jesus e Maria mantém “como grandes objetivos anunciar as riquezas inesgotáveis de Deus Nosso Senhor; conduzir as pes-soas aos corações de Jesus e Ma-ria, repletos de ternura e amor; praticar as obras de misericór-dia corporais e espirituais”, re-vela Gabrielle Marques, mem-bro do grupo.

O grupo inclui membros das

paróquias de Espite e das Ma-tas. Mantém reuniões mensais com momentos de reflexão e partilha de testemunhos pro-movendo “a concretização do mandamento do amor ao pró-ximo e mostrar que em Deus e na obediência à Sua perfeitíssi-ma vontade está a salvação in-tegral da pessoa humana”. Or-ganiza periodicamente retiros ou exercícios espirituais, Cená-culos Marianos e adoração Eu-carística. Os seus membros pro-curam intervir, sobretudo, nas comunidades, lares ou pessoas “que não vivem de acordo com as promessas batismais” propa-gando assim a Palavra de Deus.

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Carta ao Diretor

Cartório Notarial de Leiriaa cargo do Notário Pedro Tavares

Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas n° 239-A de folhas cento e quarenta a folhas cento e quarenta e um se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia vinte e sete de Janeiro de 2014, outorgada por:

Ramiro da Silva Santos e mulher Alice André Silva, casados em comunhão de adquiridos, naturais de Boa Vista, Leiria e de Malhada Sorda, Almeida residentes, na Rua da Praça n°. 22-A, Boa Vista, Leiria, nif 187 455 228 e 186 990 677 na qual disseram

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico composto por terra de cultura, com quatrocentos e dez metros quadrados, que confronta a norte com Carlos Manuel Simões Dias Rosa e outra, sul Manuel Iná-cio Silva, nascente Victor Carpalhoso e outra e poente caminho público, sito em Boa Vista, na União de Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista do concelho de Lei-ria, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o arti-go 7337 proveniente do 3245 de Boa Vista, com o valor patrimonial tributário de 420€, igual ao atribuído.

Que o prédio veio à posse deles por doação meramente verbal que lhes foi fei-ta por José Severino dos Santos e Luísa de Jesus Silva por volta de mil novecentos e noventa, sendo os justificantes já casados a essa data.

Que, assim, vêm possuindo o imóvel como seu, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, cultivando-o e colhendo os seus frutos, cumprindo as respectivas obrigações fiscais, posse que vêm exercendo ininterrup-ta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que ad-quiriram por usucapião a propriedade sobre o referido prédio.

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.Que para suprir tal título vem em nome deles pela presente escritura prestar es-

tas declarações de justificação com o fim de obterem no registo predial a primeira inscrição de aquisição do imóvel.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Carla Maria Chau Parreira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de com-petência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 12815 a 23/01/2014, em vinte e sete de Janeiro de dois mil e catorze.

A Funcionária, (Carla Maria Chau Parreira)Presente Leiria-Fátima, nº 4166 • P36, 30 de janeiro de 2014

Cartório Notarial de Manuel Fontoura CarneiroPorto de Mós

Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e dois de janeiro de dois mil e catorze, exara-da a folhas vinte e três do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e No-venta e Seis-A:

José Augusto de Oliveira Manso e cônjuge Idalina Rodrigues Gouveia, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, lá residentes na Rua da Costa, 35, Pinheiria, Nifs: 145 297 586 e 196 591 813, declararam:

Que, com exclusão de outrem, ele marido é dono e legítimo possuidor do pré-dio rústico sito em Pousada, freguesia de União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, concelho de Leiria, composto de terra de cultura e mato, com a área de dois mil metros quadrados, a confrontar do norte com José Vieira, do sul com José Marques, do nascente com António Ferreira Fartaria e do poente com Alí-pio Marques, não descrito na Segunda Conservatória de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 5495 proveniência do artigo rústico 5741 da fregue-sia de Santa Catarina da. Serra (extinta), com o valor patrimonial IMT de € 357,22, a que atribui igual valor.

Que adquiriu o referido prédio por doação verbal de José Ferreira Fartaria e es-posa Inácia Euzébio de Oliveira, residentes em Loureira, Santa Catarina da Serra, Lei-ria, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e noventa, ainda no seu estado de solteiro.

Que, não obstante não ter título formal de aquisição do referido prédio, foi ele que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou de to-das as utilidades por ele proporcionadas, cultivou-o e colheu os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, por-que sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca, como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisi-ção pelos meios extrajudiciais normais.

Porto de Mós, vinte e dois de janeiro de dois mil e catorze, A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sou-

sa Mendes)Presente Leiria-Fátima, nº 4166 • P36, 30 de janeiro de 2014

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Janeiro

31 sexta

� Comunidade Cristo de Betânea – Oração sema-nal de louvor, adoração e intercessão

� Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) – Encontro de oração jovem “Shemá” no Seminário

� Apresentação da exortação apostólica “A Alegria do Evangelho“ no Seminário por D. António Marto

Fevereiro

01 sábado

� Equipas de Nossa Senhora (ENS) – Encontro de equipas novas (1 e 2)

� Pré Seminário - Encontro do Grupo S. Paulo (1 e 2) � Comunidade Cristo de Betânea – Primeiros sába-

dos dedicados à formação e actividades com jovens � Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Retiro

vocacional para casais � Serviço de Pastoral Litúrgica e Música Sacra

(SPLMS) – Recoleção Ministros Extraordinários Comunhão - Fátima (2.º turno)

Fevereiro

02 domingo

� Serviço de Animação Vocacional (SAV) e Servi-ço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) – Encon-tro do grupo vocacional Em Rede

� Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Dia da Vida Consagrada: vigília de oração em Leiria

Fevereiro

03 segunda

� Serviço de Animação Missionária (SAM) - Grupo Diocesano Ondjoyetu – Encontro informal de trabalho, oração e convívio

Fevereiro

04 terça

� Conselho de Coordenação Pastoral - Reunião � Escola Diocesana Razões da Esperança

Fevereiro

05 quarta

� Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Re-união com os padres responsáveis vicariais da animação vocacional

� Serviço Diocesano de Catequese (SDC) – Re-união com os padres responsáveis vicariais da Catequese

Fevereiro

07 sexta

� Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Reu-nião mensal da equipa

Fevereiro

08 sábado

� Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) - Encontro de Noivos em Caxarias (8, 22 e 23)

� Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) - Encontro de Noivos na Marinha Grande (8, 15 e 22/02; 1, 15 e 29/03; 5 e 12/04)

� Pré Seminário - Encontro do Grupo Samuel � Serviço de Animação Vocacional (SAV) – Um dia

com a vida consagrada para adolescentes e jovens � Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) –

Visita a grupo de jovens � Formação para jovens em Ourém: Curtir?!

2+1=1 é melhor! Fevereiro

09 domingo

� Movimento dos Cursilhos de Cristandade (MCC) – Ultreia Diocesana

AGENDA

Liberdade de escol(h)aEstamos em plena Semana da Liberdade de Educação. Com ela

pretende-se alertar a opinião pública e os governantes para o direi-to constitucional que assiste os pais de escolherem a escola para os seus filhos.

Paradoxalmente, quando era expectável o consenso, estamos pe-rante uma questão fraturante nas agendas políticas e sociais do nos-so país. Como é possível isto acontecer a um povo que lutou pela li-berdade e a alcançou (?) há 40 anos?

Quando se fala de liberdade de escolha, imediatamente nos ocor-re o ensino privado. E aqui temos uma primeira confusão. É que esta liberdade é muito mais ampla: ela permite que um pai opte por uma determinada escola, independentemente de ela ser estatal ou não es-tatal. Portanto, para a generalidade dos pais, a questão não se colo-ca na propriedade da escola, mas sim na qualidade da escola. Nesta perspetiva, não se entende por que razão alguns partidos políticos, al-guns sindicatos e alguns nichos da sociedade querem à força, prote-ger a escola dita «pública», em detrimento das escolas privadas. Esta superproteção e este receio até parecem esconder a ideia de que a escola estatal é pior e tem menos potencialidades do que a esco-la não estatal. Como esta ideia é errada, não entendo por que razão, num país tão adepto da liberdade, há tanto medo da liberdade na educação. Será porque o Estado é obrigado a ter escolas? Não, o Es-tado tem sim que “garantir” uma rede suficiente de escolas, acessí-veis, gratuitamente, a todos os cidadãos; mas não é obrigado a “pres-tar” esse serviço (aliás tal como sucede em outros setores essenciais). Será porque as escolas privadas financiadas pelo Estado ficam mais caras ao erário público do que as estatais? Não, pelo contrário, ficam mais baratas, a maioria dos casos, mesmo muito mais baratas (neste particular, quanta distorção da opinião pública não tem sido desenca-deada por parte de setores estratégicos da comunicação social, pro-curando, intencionalmente, denegrir a imagem de todo o ensino pri-vado; esquecem-se estes senhores que muitos deles não estariam em sindicatos ou no Parlamento ou em televisões se não fosse a exten-sa rede de colégios que durante o Estado Novo invadiu as nossas vi-las e cidades). Será porque se quer manter a todo o custo os empre-gos dos professores e funcionários das escolas estatais? Se assim for, à custa do encerramento de escolas privadas, gera-se à mesma o de-semprego (ou os professores e funcionários destas escolas valem me-nos do que os daquelas?).

Acolho, pois, todas as iniciativas, governamentais e da sociedade civil, que visem promover a liberdade de educação, ou seja, que pro-curem valorizar as escolas estatais e as escolas não estatais, sem estig-mas e preconceitos. O que os pais necessitam é de boas escolas para, em liberdade, escolherem a que mais se adapte ao seu estilo de edu-cação. O que o país precisa para se desenvolver é da inteligência, ca-pacidade de trabalho e criatividade de todos – da gente que labora em escolas estatais e da gente que labora em escolas privadas. O que o país dispensa são discussões estéreis e marginais sobre esta maté-ria que nos é tão querida.

Na esteira dos nossos bispos, «o Estado deve apoiar projetos edu-cativos, confessionais ou outros, e velar para que cumpram o servi-ço à educação, no respeito pela diversidade de opções». E caberá aos pais exercer o direito fundamental de escolher a escola, inscrito na Constituição desde há quase quatro décadas.

Que esta Semana da Liberdade de Educação seja mais um contri-buto válido na busca deste desafio nacional.

Jorge Cotovio (Diretor Pedagógico do Colégio Conciliar de Maria Imaculada, Leiria e Secretário-Geral da APEC)

Teatro José Lúcio da Silva Programação

14 de fevereiro, 22h00Paulo Gonzo “Concerto Íntimos” | Música15 de fevereiro, 15h30“Turbo” | Cinema15 de fevereiro, 21h30Rush – duelo de rivais | Cinema20 de fevereiro, 21h30“Os idiotas” c/ Aldo Lima, José Pedro Gomes, Jorge Mourato e Ricardo Peres | Teatro

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10 •

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Sociedade e CulturaPAÍS

dia da defesa nacional

“Tens 18 anos? Vem aí o teu dia!”

O Instituto Português do Des-porto e Juventude informa que a 10.ª edição do Dia da Defesa Na-cional iniciou durante estes mês de janeiro.

Sendo assim os jovens nasci-dos em 1995 já podem consultar o site da Direção-Geral de Pes-soal e Recrutamento Militar (dn.dgprm.pt/ddn_editaispesq.as-px?ano=2013&ed=10) para preen-cher os dados solicitados.

A comparência ao Dia da De-fesa Nacional é um dever mili-tar para todos os cidadãos por-tugueses, de ambos os sexos, que completam 18 anos de idade, con-forme previsto na Lei do Serviço Militar e respetivo Regulamento.  

Durante o Dia da Defesa Na-cional são desenvolvidos um con-junto de atividades destinadas a sensibilizar os jovens para a im-portância da Defesa Nacional e para o papel e missão das Forças Armadas Portuguesas.

TE-ATO apresenta “O Rei dos Elfos”

“Um espetáculo que os mais novos aconselham os pais a ir as-sistir”. O Grupo-teatro de Leiria (TE-ATO) apresenta “um espetá-culo que os mais novos aconse-lham os pais a ir assistir” com o tí-tulo “O Rei dos Elfos”

Esta nova produção será leva-da à cena até ao dia 28 de feverei-ro, durante todas as sextas-feiras às 22h00 e aos sábados às 16h00 e 22h00.

Esta peça de teatro é dirigida aos maiores de 5 anos e o ingres-so é de 5.00 euros.

LS/Agência ECCLESIA

ecumenismo em Portugal Igrejas Cristãs assinaram documento inédito de reconhecimento do Batismo

Os representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana e Metodista assinaram, pela pri-meira vez, uma declaração de re-conhecimento mútuo do Batis-mo. O ato decorreu no passado

dia 25 de janeiro, durante a cele-bração ecuménica nacional, na catedral Lusitana (Igreja Angli-cana) de São Paulo, em Lisboa.

Na homilia que proferiu na celebração ecuménica, D. Ma-

nuel Clemente, patriarca de Lis-boa e presidente da Conferên-cia Episcopal Portuguesa, referiu que as Igrejas cristãs estão uni-das em torno da “vocação e do chamamento”, também atra-vés da “pertença a Cristo” e no “acolhimento da relação”. “Com a unidade destas três vertentes não temos todas as razões para na prática encontrarmos a uni-dade?”, questionou o Patriarca de Lisboa. “Sejamos consequentes e avancemos”, pediu aos presen-tes na celebração que juntou, ao final da tarde, dezenas de jovens das diferentes Igrejas cristãs e foi concelebrada por vários sacerdo-tes católicos. 

O documento oficializa a “con-cordância” das várias Igrejas “so-bre os pontos fundamentais de doutrina e prática batismal”. Se-

gundo a agência Ecclesia, os oito pontos da declaração destacam a validade do Batismo “instituído” por Jesus Cristo como “vínculo básico da unidade” entre cristãos, para formar uma “comunida-de do Espírito Santo que, em tes-temunho, serviço e comunhão, proclama o seu reino”. A par-tir deste momento, estas comu-nidades excluem a possibilidade do “rebatismo” nos casos de pas-sagem de membros de uma Igre-ja para outra e a aceitar como vá-lidos os certificados de Batismo emitidos pelas respetivas Igrejas.

Este reconhecimento estipula que o Batismo tem de ser admi-nistrado “com água e em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, para a remissão dos peca-dos, de acordo com a intenção e o mandamento de Cristo”. | SF

Cáritas Campanha natalícia angariou 520 mil euros

A campanha “10 milhões de estrelas – Um gesto pela Paz

2013”, promovida pela Cáritas Portuguesa, no passado mês de

dezembro, está a exceder todas as expetativas.

Em nota de imprensa, Eugé-nio Fonseca agradece a forma ge-nerosa como os portugueses têm aderido à iniciativa que já per-mitiu a recolha de 520 mil euros. Para o presidente da Cáritas es-tes resultados “vêm demonstrar que apesar da crise económica e social que se vive atualmente em Portugal, os portugueses estão cada vez mais solidários e com vontade de ajudar o seu próximo”.

Recorde-se que dos valores

angariados nesta campanha se-rão aplicados em duas causas distintas: uma nacional e outra internacional. 65 por cento dos donativos vão reverter a favor de famílias e pessoas em situa-ção de carência socioeconómica que serão ajudadas através das Cáritas Diocesanas e das paró-quias. Os restantes 35 por cento vão ser canalizados para o apoio às vítimas do conflito da Síria, que já causou mais de 120 mil de mortos e cerca de dois milhões de deslocados. | SF

novo bispo das Forças armadas D. Manuel Linda sucede a D. Januário

D. Manuel Linda é o novo bis-po das Forças Armadas e de Se-gurança. A tomada de posse decorreu no passado dia 24 de ja-neiro, em Fátima, durante a reu-nião geral de capelães militares.

Segundo a agência Ecclesia, o sucessor de D. Januário Torgal Ferreira, diz ter como projeto es-tar junto dos “homens e mulheres que servem as Forças Armadas e de Segurança”, com base em qua-tro “pilares”: formação, acompa-nhamento espiritual, evangeliza-ção e atenção à piedade popular.

Na ocasião, o novo Bispo das Forças Armadas admitiu difi-culdades no que diz respeito à definição da sua situação com ocapelão-chefe no Serviço de As-sistência Religiosa das Forças Ar-madas e das Forças de Segurança. “Os militares reclamam a minha entrada, não só os capelães, mas também os militares católicos, al-guns dos quais já conheci há 30 anos, quando também prestei as-sistência religiosa no Exército, e outros que fui conhecendo”.

Recorde-se que o Serviço de

Assistência Religiosa das For-ças Armadas e das Forças de Se-gurança foi regulamentado em 2009, na sequência da Concor-data assinada entre Portugal e a Santa Sé em 2004, sendo consti-tuído pela Capelania Mor e pelos centros de assistência religiosa da Armada, do Exército, da For-ça Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Se-gurança Pública.

D. Manuel Linda, de 57 anos, era bispo auxiliar da Diocese de Braga desde junho de 2009. | SF

D. Manuel Clemente assina declaração de reconhecimento mútuo do Batismo

30 de janeiro de 2014 • 11

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África - República Centro Africana Crianças em campos de refugiados vacinadas contra o sarampo

Num contexto de violência extrema na capital da República Centro-africana, os Médicos Sem Fronteiras (MSF) são a única orga-nização médica presente na área

A agência Fides noticia que a MSF, além de tratar dos feri-dos, iniciou uma campanha de vacinação contra sarampo para 68 mil crianças. A iniciativa pre-tende prevenir a epidemia nos campos de refugiados da capital da República Centro-africana. A

campanha beneficiou mais de 68 mil crianças em quatro cam-pos de refugiados. Os destinatá-rios são crianças dos 6 meses aos 15 anos, que representam 40% da população total dos campos.

O sarampo é altamente conta-gioso, particularmente em am-bientes muito habitados. Os pro-fissionais da MSF monitorizam ainda a desnutrição de crianças menores de cinco anos. | SF

DR

onu.org.br

MUNDO

África - SudãoCardeal sudanês apela à paz

O Cardeal Gabriel Zubeir Wako lançou um apelo aos lí-deres políticos do Sudão do Sul para irem além de seus in-teresses pessoais para resol-ver a crise na qual vive o país. Segundo a agência Fides, o car-deal convidou os sul-sudaneses a se consciencializarem de que

todos são filhos de Deus, e que entre irmãos não se mata. Recor-de-se que os Estados envolvidos no conflito civil, que eclodiu a 15 de dezembro de 2013, são aque-les que concentram os recursos petrolíferos do país. O conflito já assumiu uma dimensão inter-nacional com a intervenção de

tropas ugandenses e o envolvi-mento do Quénia. Teme-se que o Sudão do Sul possa entrar numa ainda mais sangrenta e destruti-va guerra civil, envolvendo no confronto outros grupos arma-dos e étnicos. | SF

Cuba igreja coopera com novos comerciantes

O bispo da diocese estaduni-dense de Chicago, em visita a Cuba para reforçar a cooperação, diz ser “importante que a Igreja nos Es-tados Unidos apoie a Igreja em Cuba, especialmente neste tempo de mudanças”, referindo-se às po-líticas que permitem aos cubanos abrir lojas, desempenhar mais li-vremente atividades religiosas e viajar fora da ilha. A agência Fides recorda que em menos de um ano,

a Igreja em Cuba iniciou um novo projeto para a formação dos agen-tes do comércio, a que se acrescen-tam outros dois projetos da Com-panhia de Jesus e dos Irmãos das Escolas Cristãs, para os novos em-presários e administradores. Des-de 2010, que o presidente Raul Castro começou um processo de abertura económica para a gestão privada de pequenas empresas ou cooperativas. | SF

Ásia - Índia“Movimento de mulheres cristãs” defende dignidade da mulher

Centenas de religiosas e lei-gas de diferentes confissões cris-tãs lançaram, no início de janei-ro, o “Movimento de mulheres cristãs”. Segundo a agência Fi-des, a iniciativa pretende ser um contributo para a promoção da emancipação e dignidade da mu-lher, do seu papel na Igreja e da

sua importância na sociedade indiana, em que sobrevive uma mentalidade fortemente patriar-cal marcada por frequentes epi-sódios de estupros impunes.

Entre os vários fundadores do movimento está a Comissão para as Mulheres na Conferên-cia Episcopal Indiana. A agência

Fides refere ainda que o Movi-mento, que diz estar em sintonia com o Papa Francisco (que por várias vezes reiterou a impor-tância e a dignidade da mulher na Igreja e na sociedade), tem o objetivo de ser uma voz das mu-lheres mais pobres e marginali-zadas. | SF

Ecologia Papa Francisco prepara documento

O Papa Francisco está a ultimar um documento dedicado à eco-logia. A informação foi dada pelo porta-voz do Vaticano, no passa-do dia 24 de janeiro. “A perspeti-va é a de uma encíclica, mas nes-te momento trata-se de um projeto numa fase ainda inicial, pelo que é prematuro fazer previsões sobre uma possível publicação”, disse o padre Federico Lombardi, desta-

cando que o Papa quer dar “parti-cular relevo” à temática da “ecolo-gia humana”. Segundo a agência Ecclesia, o anúncio surgiu depois de François Hollande, presidente francês, ter dito aos jornalistas que as questões do ambiente e do aque-cimento global estiveram em cima da mesa durante a audiência pri-vada que o Papa lhe concedeu no Vaticano, nesse mesmo dia. | SF

Papa divisões entre cristãos são “escândalo”

As divisões na Igreja não po-dem ser consideradas como “fe-nómeno natural ou inevitável” e são um “escândalo” para os cris-tãos, disse o Papa Francisco.

“Cristo não pode estar dividi-do! Esta certeza deve incentivar-nos e suster-nos a continuar, com humildade e confiança, o cami-nho para o restabelecimento da plena unidade visível entre todos os crentes em Cristo”, disse o Papa na Basílica de São Paulo Fora de Muros, em Roma, no passado dia 25 de janeiro, na celebração de en-cerramento do Oitavário de Ora-ção pela Unidade dos Cristãos,

Segundo a agência Ecclesia, o Para Francisco considera que “a unidade não vai cair do céu como

um milagre”, “se não caminhar-mos juntos, uns para os outros, e não trabalharmos juntos, a unida-de não virá. É o Espírito Santo que a faz, ao ver a nossa boa vontade”.

O Papa valorizou o trabalho ecuménico realizado pelos seus predecessores, os Beatos João XXIII e João Paulo II e Paulo VI.

Antes de iniciar a celebra-ção, o Papa desceu ao túmulo do Apóstolo Paulo para rezar com o arcebispo metropolita ortodo-xo e representante do Patriarca-do Ecuménico de Constantinopla, Gennadios Zervos, e o represen-tante do arcebispo de Cantuária e chefe da Comunhão Anglica-na em Roma, o pastor David Mo-xon. | SF

Ásia - VietnameonG cristã lança campanha para abolição da tortura

A “Christian Solidarity Worl-dwide” (CSW), ONG cristã com sede em Londres, lançou este mês uma nova campanha para abolir a tortura no Vietname, em particular a detidos por ra-zões morais, políticas ou religio-sas. Na campanha pede “o tra-

tamento humano dos detidos e prisioneiros no Vietname e a eli-minação da prática da tortura e de outros abusos nos cárceres, delegacias policiais, centros de reeducação e em outros locais de detenção”.

Segundo a agência Fides, a

campanha exige a imediata ra-tificação da Convenção contra a tortura, a ratificação da con-venção internacional contra o trabalho forçado e a adoção de procedimentos legislativos es-pecíficos para abolir esta práti-ca. | SF

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OPINIÃO

Maria Fernanda BarrocaProfessora

Paulo aidoFundação "Ajuda à Igreja que Sofre"

61º dia Mundial do Leproso

A lepra é uma doença infecciosa cróni-ca, originada pela “Mycobacterium Leprae”. Esta doença manifesta-se através de man-chas na pele e afecta a membrana que co-bre o corpo dos seres humanos, bem como o sistema nervoso periférico, causando úl-ceras, mutilações dos nervos, cegueira e, no limite, a morte. Os sintomas podem só apa-recer vários anos após a infecção, visto que o período de incubação da doença é muito grande — entre dois a sete anos.

Ao contrário do que se pensou durante muitos séculos, a lepra não é hereditária, embora seja contagiosa e continua a atin-gir os países mais pobres, designadamen-te em África, na América Latina e na Ásia. Nestas regiões estima-se que afecte mais de um em cada dez mil habitantes, o que faz com que seja considerada um grave problema de saúde pública.

A cura para a lepra só foi possível a partir de 1980, graças à poliquimioterapia (PCT). Foi possível tratar e curar milhões de leprosos, reduzindo em aproximada-mente em 70 % o total de 25 milhões de infectados em todo o Mundo. Refira-se que, nos dias que correm, o tratamento de um leproso na fase inicial custa ape-nas 25 euros.

Há anos atrás, muita gente que passa-va na antiga estrada nacional Porto-Lis-boa, quase tinha medo de respirar ao pas-sar perto do Hospital Rovisco Pais (Tocha), Isto porque tinham na sua mente aquelas

cenas de ostracismo a que eram votados os leprosos nos tempos antigos. As mes-mas ideias erradas deram-se nos tempos actuais relativamente ao vírus da Sida.

Felizmente que um maior conhecimen-to, não faz com que a doença deixe de ser contagiosa, mas os medos de contágio di-minuíram. O contágio só se dá em deter-minadas circunstâncias.

Vou contar uma história verdadeira. Um homem começou a notar na pele uns sinais anormais; como tinha a mulher in-ternada numa leprosaria logo viu do que se tratava.

Como confirmação foi ao médico que confirmou – o senhor está leproso.

Com grande espanto do médico o doente disse-lhe: as suas palavras, fazem de mim o homem mais feliz. Perante o es-panto crescente, disse: a minha mulher com quem casei há 40 anos está leprosa e eu não podia viver com ela. Agora, fi-nalmente já podemos reatar a nossa vida matrimonial!

“rezem por mim”

“Não sei se aguento muito mais”. Asia Bibi diz tudo nesta simples frase na carta que enviou, no Natal, ao Papa Francisco e que, agora, foi tornada pública. A carta é o grito de alguém que está a perder as suas forças mas que não desiste. Asia Bibi é uma mulher católica, paquistanesa, que trabalhava no campo juntamente com ou-tras mulheres muçulmanas. Um dia, ape-nas porque bebeu um copo de água de um poço, foi acusada de ter tornado a água impura. Condenada à morte por blasfémia, Asia Bibi continua a aguardar o dia da execução, apesar da enorme cam-panha internacional em favor da sua liber-tação. É neste contexto que deve ser lida a pequena carta que endereçou ao Papa. É um texto em que revela a força das suas convicções religiosas, a sua fé inquebran-tável, mas, ao mesmo tempo, é um gri-to de angústia. Bibi confessa como é as-sustador o dia-a-dia na prisão. “Não sei se aguento muito mais. Se ainda estou viva, é graças à força que as suas orações me dão. Já conheci muitas pessoas que lutam por mim, mas, infelizmente, isso não foi suficiente. Neste momento, quero entre-gar-me somente à misericórdia de Deus, que tudo pode. Somente Ele pode liber-tar-me”. Na carta, Bibi explica com algum detalhe o medo que sente todos os dias na prisão de Multan onde se encontra, o frio que se faz sentir, a falta de cuidados bási-cos de higiene, a distância da família. “A

minha cela não tem calafetação nem por-ta adequada para me proteger do frio pe-netrante; as medidas de segurança tam-bém não são adequadas; não tenho os itens básicos para as minhas necessidades quotidianas e estou muito longe de Laho-re, onde se encontra a minha família, que assim não me pode ajudar ", desabafa. Pedindo as orações do Santo Padre, Asia Bibi diz-se “confiante no projecto” de Deus para a sua vida, agradecendo a “to-das as Igrejas que estão a rezar por mim e que lutam pwela minha liberdade”, as-sim como agradece ao Papa: “sei que reza por mim de todo o coração e isso dá-me a confiança de que um dia a minha liber-tação será possível”. Em Portugal, a Fun-dação AIS tem vindo a chamar a atenção para a história desta mulher paquistane-sa e, através dela, para todos os homens e mulheres vítimas da intolerância religio-sa no mundo. Os amigos e benfeitores da Fundação AIS são convidados a participa-rem numa corrente de oração, acendendo uma vela pela libertação de Asia Bibi e de todos os Cristãos no Paquistão.

“Asia Bibi diz-se

“confiante no projecto” de Deus

para a sua vida“ O tratamento de

um leproso na fase inicial custa apenas

25 euros

instituto Secular Caritas Christi

Testemunho - 2ª parte

(Quem foi Juliette Molland?)Juliette Molland,nasceu a 27

de junho de 1902. Terminado o seu percurso académico, na área de contabilidade, vai exercer a sua atividade profissional numa fábrica de produtos químicos. Apesar das responsabilidades profissionais manteve sempre uma disponibilidade total para o serviço da sociedade e da Igre-ja. Queria ser leiga e viver a con-sagração do seu batismo até ao fim, dando-se total e definitiva-mente ao Senhor, amando-O e fazendo-O amar.

Juliette foi uma mulher que cativou a infância de várias gera-ções na sua terra natal pela or-ganização de festas e peças de teatro. Durante a segunda guer-ra mundial foi conselheira muni-cipal, delegada das ações sociais e, apesar dos meios precários de que dispunha, procurou ainda dar resposta a situações dramá-ticas em consequência da ocu-pação nazi, aquado da 2ª guerra

mundial. E como ela gostava de mencionar: “Não há sacrifícios, quando se ama; só há atos de amor."Como referido por D. João Alves (1998) “os Institutos Secu-lares apareceram para garantir um caminho seguro de santifica-ção aos leigos que o queiram se-guir e são um modo privilegiado para a renovação da missão da Igreja na evangelização da socie-dade e das culturas”. É esta per-ceção que Juliette tem desde o primeiro momento “Deus preci-sa de santos no meio do mundo”.

É esta a missão dos consagra-dos: tornar presente o rosto de Cristo. A experiência do amor de Deus, levar-nos-á a retribuir, a ir-radiar Cristo, a ter um coração disponível para os irmãos. É esse o apelo que Ele nos faz cons-tantemente. Estarmos atentas e abertas no nosso meio, nas mais variadas situações, ou como Ju-liette gostava de dizer: florescer onde Deus nos colocou.

E como o Pe. Perrin refere na

Lei de Vida: “a vossa vocação e a vossa razão de ser consistem em consagrar, no meio do mundo, toda a vossa vida de leigas, em busca deste ideal: crer no amor e a ele corresponder, ser, em tudo coerente com a fé que está toda na caridade de Deus para con-nosco. Isto implica não só ser fi-lhos de Deus e viver dele, mas também ter para com o próxi-mo o coração, as palavras e os gestos de Cristo, perder-se na Sua Igreja e pelo Seu Reino. Tal é a vossa razão de ser e o teste-munho que deveis dar no meio do mundo”. (J. M. Perrin 1944), e ainda no 1º art. da Lei de Vida: “toda nossa razão de viver é pois permanecer no amor de Deus para o amar e fazer amar no lu-gar onde ele nos colocou, sob o olhar do Pai que vê no segre-do”(1979).

A nossa consagração é cheia de riscos e de exigências mas portadora de um carisma rico e original. A nossa presença no

mundo, a nossa secularidade é um meio excelente para chegar-mos aos mais variados pontos da sociedade a fim de aí tornar presente o rosto misericordio-so de Deus. Somos mulheres que não deixam o mundo e as suas realidades, mas chamadas a transparecer pela nossa vida o amor de Deus.

Em suma, falar de vocação significa falar de busca e de pro-cura, de tentar seguir e encon-trar-se nos caminhos que levam a uma vida maior. No ser huma-no, a vida plena coincide, por pa-radoxal que pareça, com a vida plena das outras pessoas à nossa volta. “O segredo da felicidade”, dizia a fada num famoso conto infantil, “é fazeres felizes as pes-soas à tua volta!”. Esta é no fun-do a experiência que todos te-mos, do quanto mais te dás, mais rico ficas, ou como refere D. Anacleto Oliveira (2013) na sua Nota Pastoral “Há mais felicida-de em dar (se)”.

Frei rui Lopes, oPAssistente nacional

30 de janeiro de 2014 • 13

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Os Mandamentos3º “Santificar os domingos e festas de guarda”.

Nós cristãos guardamos o domingo para Deus, dedicando-nos à Missa, às orações, à reflexão e ao descanso, assim como o Senhor, que fez o céu e a terra e descansou no 7º dia.

O domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e de meditação, que favorecem o crescimento da vida interior cristã.

A Missa do domingo, Dia do Senhor, está no coração da Igreja, além de outras datas muito importantes como a Semana do Natal, por exemplo.

Esta obediência faz-nos pertencer a Deus e a Cristo Jesus, bem como à sua Igreja.

Palavras CruzadasQuarenta dias após o Natal, a Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor, relembrando o dia em que Maria levou o Menino ao templo, a fim de ser oferecido ao Senhor. Este gesto de Maria, que “oferece”, significa, quando celebramos a Eucaristia, oferecer “os frutos da terra e do trabalho do homem”, símbolo da nossa vida.Preenche os espaços com as palavras que te indicamos sobre o sacramento da Eucaristia:

Comunhão • Sangue • Padre • Corpo • Jesus • Consagração • Missa • Catequese • Transubstanciação • Sacramento

Solução:

LITURGIA 2/fev Comentário

Apresentado no Templo para ser Luz das nações

De acordo com a narração do evangelista São Lucas, 40 dias após o nascimento de Jesus, os seus pais levaram-n’O ao Tem-plo de Jerusalém, para O apre-sentar a Deus. Por isso, no dia 2 de fevereiro, se celebra a Fes-ta da Apresentação do Senhor, que este ano coincide com o do-mingo.O texto evangélico centra-se na Sagrada Família, Maria, José e Jesus, que se dirigem ao Tem-plo, centro da vida religiosa de Israel e sinal da presença de Deus no meio do seu povo.Se a celebração do Natal, já nos tinha convidado a meditar no modo como Deus, em Jesus, en-tra no Mundo e na história dos Homens, este acontecimen-to sublinha que isso se dá com todas as consequências. Jesus, acompanhado por Maria e José, assume a sua condição huma-na, de pertença a um povo con-creto, sujeito às suas tradições sociais e religiosas. Apesar da Sua condição de Filho de Deus, não deixa de cumprir todos os preceitos da Lei, mesmo que, mais tarde, venha a superar essa mesma Lei, sem a anular.Ao entrar no Templo, é Deus que entra no Seu Templo! No entanto, exceptuando Simeão e Ana, mais ninguém se aperce-be. Entra no Templo no mesmo modo em que entrou no Mun-do: no silêncio, na discrição, no anonimato; sem grandes soleni-dades e aclamações populares ou divinas! Sem grandes alari-dos, dava assim cumprimento à profecia de Malaquias como consta na primeira leitura da li-turgia deste dia. Enquanto os três, Maria, José e Jesus, atra-vessavam a esplanada do Tem-plo até chegarem à parte cen-tral deste, ninguém se terá apercebido que o Senhor da-quele Templo estava a passar! Assim é a salvação que Ele traz:

sem grandes alaridos nem pro-pagandas, entra no verdadei-ro Templo de Deus que é o co-ração de cada homem e de cada mulher.Maria e José trazem-n’O para O apresentar a Deus. D’Ele O ti-nham recebido, a Ele O entre-gavam. Este ato de consagração revela a consciência que o Me-nino não lhes pertencia. Mas, mais ainda, revela o desape-go e a liberdade como que assu-miram a sua missão de cuidar d’Ele. De facto, Simeão, nas suas palavras, faz já referencia ao sofrimento que Maria terá de enfrentar, quando, num modo particular, Aquele seu Filho for condenado e crucificado por le-var a cabo a Sua missão. Ao apresentá-l’O a Deus, Maria e José expressam também a sua disponibilidade para colaborar para que esse Menino chegue a cumprir aquilo para o qual o Pai o enviou. Eles nem sem-pre compreenderão tudo, como acontecerá, 12 anos mais tar-de, naquele mesmo lugar, mas confiam.Simeão proclama-O como Luz para se revelar às nações e gló-ria de Israel. Naquele lugar, o Templo, coração da fé e da reli-gião judaica, Jesus é proclama-do como a luz para todos, sem excepção. A salvação que teve os seus inícios na história dum povo concreto, o povo de Israel, deve chegar aos confins da Ter-ra, aos corações de todos. A his-tória de Deus com os Homens tem as suas origens na fé des-te povo, cujo Templo é expres-são visível. Inserido nesse povo e na sua fé, Jesus será a luz que deve chegar a toda a humani-dade. Por isso, esta Festa da Apresen-tação no Templo convida-nos a que também nós, como Je-sus, nos ‘apresentemos’ a Deus, nos consagremos a Ele, sejamos Seus, em ordem a colaborarmos para que os olhos de muitos ve-jam a salvação que Deus pôs ao alcance de todos os povos!

OraçãoAqui estou eu:Neste mundo imenso, há tanto por explorarDeus fez de mim criança para sempre o amar.

No caminho certo quero caminharpercorrendo este mundo até encontraras portas do Céu.

Sophie Piper, As Minhas OraçõesNascente – o curso da sua vida

a Festa da apresentação convida-nos a que também nós, como jesus, nos ‘apresentemos’ a deus

Gonçalo dinizSacerdote diocesano

EUCARISTIA

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Sugestão de cânticos

9 fevereiro | 5º domingo do Tempo ComumEntradaVinde prostremo-nos em terra A. Cartageno, 867 Irmãos adoremos M. Faria, 440

SalmoPara o Homem recto C. Silva, 644

Apresentação dos DonsDia e noite Espiritual negro, 290Vós sois o sal da terra C. Silva, 886

ComunhãoDêmos graças ao Senhor A. Cartageno, 270O Senhor encheu de bens F. Silva, 593

Pós-comunhãoAclamai a Deus J. Gomes, 133Cantai ao Senhor B. Sousa, 199

FinalSois a semente C. Gabarain, 793

notas

�Correções, sugestões e observações à lista devem ser enviadas para [email protected]

�Os números a seguir ao autor do cântico remetem para a coletânea Laudate

�As sugestões de cânticos são para o domingo a seguir ao das leituras, a fim de permitir a preparação dos grupos corais.

LITURGIA 2/fev

Ano A • Tempo Comum • Apresentação do Senhor

Leitura I

Leitura da Profecia de MalaquiasAssim fala o Senhor Deus: «Vou enviar o meu mensageiro, para preparar o camin-ho diante de Mim. Imediatamente entrará no seu templo o Senhor a quem buscais, o Anjo da Aliança por quem suspirais. Ele aí vem – diz o Senhor do Universo –. Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda, quem resistirá quando Ele aparecer? Ele é como o fogo do fundidor e como a lixívia dos lavandeiros. Sentar-Se-á para fundir e purificar: purificará os filhos de Levi, como se purifica o ouro e a prata, e eles serão para o Senhor os que apresentam a oblação segundo a justiça. Então a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora. Palavra do Senhor.

Mal 3, 1-4

Salmo

O Senhor do Universo é o Rei da glória.

Levantai, ó portas, os vossos umbrais,alteai-vos, pórticos antigos,e entrará o Rei da glória.

Quem é esse Rei da glória?O Senhor forte e poderoso,o Senhor poderoso nas batalhas.

Levantai, ó portas, os vossos umbrais,alteai-vos, pórticos antigos,e entrará o Rei da glória.

Quem é esse Rei da glória?O Senhor dos Exércitos,é Ele o Rei da glória.

Salmo 23 (24), 7.8.9.10 (R. 10b)

Leitura II

Leitura da Epístola aos HebreusUma vez que os filhos dos homens têm o mesmo sangue e a mesma carne, tam-bém Jesus participou igualmente da mes-ma natureza, para destruir, pela sua mor-te, aquele que tinha poder sobre a morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que esta-vam a vida inteira sujeitos à servidão, pelo temor da morte. Porque Ele não veio em auxílio dos Anjos, mas dos descendentes de Abraão. Por isso devia tornar-Se seme-lhante em tudo aos seus irmãos, para ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus, e assim expiar os peca-dos do povo. De facto, porque Ele próprio foi provado pelo sofrimento, pode socorrer aqueles que sofrem provação. Palavra do Senhor.

Hebr 2, 14-18

Aleluia

Refrão: Aleluia. Repete-se.Luz para se revelar às naçõese glória de Israel, vosso povo.

Lc 2, 32

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São LucasAo chegarem os dias da purificação, se-gundo a Lei de Moisés, Maria e José leva-ram Jesus a Jerusalém, para O apresen-tarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito va-rão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedo-so, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito San-to revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumpri-rem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus bra-ços e bendisse a Deus, exclamando: «Ago-ra, Senhor, segundo a vossa palavra, dei-xareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». Palavra da salvação. Lc 2, 22-32 (forma breve)

Oração dos Fiéis

Convocados pelo Espírito Santo para celebrar a Apresentação do Senhor, unamo-nos a Ma-ria e a José, a fim de sermos nós também apre-sentados a Deus Pai, dizendo (ou: cantando), com alegria:

R. Iluminai-nos, Senhor, com a luz de Cristo. Ou: Iluminai, Senhor, o vosso povo.

1. Para que a Igreja, templo santo do Se-nhor e sinal do encontro entre Deus e

o homem, leve às nações o Evangelho e a luz de Cristo, oremos, irmãos.

2. Por todos os religiosos religiosas, e pe-los leigos consagrados em institutos

seculares: para que sejam testemunhas de que só Deus é o Absoluto e a Ele se ofere-çam de coração indiviso, oremos irmãos.

3. Pelos pais cristãos: para que, à seme-lhança de Maria e José, saibam ofe-

recer os seus Filhos, educando-os segun-do a lei de Cristo e da sua Igreja, oremos, irmãos.

4. Pelos padrinhos que assumiram o compromisso de velar pela fé dos pe-

queninos, e pelos anciãos e avós, que os acompanham na fé: para que o seu teste-munho irradie sempre a Luz de Cristo, que a todos ilumina, oremos, irmãos.

5. Para que os idosos das nossas comuni-dades (paroquiais) vejam em Cristo a

salvação que Deus nos deu e recebam o ca-rinho dos seus filhos, oremos, irmãos.

6.Por todos nós aqui presentes, para que levemos e elevemos corajosa-

mente, a Luz de Cristo, a arder como fogo, em nossos corações, oremos ao Senhor.

Senhor, nosso Deus, que em vosso Filho, apre-sentado no templo, manifestastes ao mundo a luz das nações, fazei que a vossa Igreja, ilumi-nada pelo Espírito Santo, cresça em santidade e se encha de sabedoria. Por Cristo, nosso Senhor.

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Souto da Carpalhosa:Tlm 967 033 542 / 963 261 485 / Tlm 963 022 997

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Tel/Fax 244 825 847Resid em S. Romão: Tlm 962 900 546

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30 de janeiro de 2014 • 15

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Santuário de Fátima apresenta programa do Simpósio Teológico-Pastoral 2014

O próximo Simpósio Teológico-Pasto-ral organizado pelo Santuário de Fátima vai decorrer nos dias 30 de maio a 1 de ju-nho. Com o sub-título “Experiência de Deus e responsabilidade humana”, estará no cen-tro das atenções o tema pastoral do Santuá-rio para este ano: “Envolvidos no amor de Deus pelo mundo”.

A iniciativa integra-se no contexto da preparação do centenário das Aparições, em 2017 e contará com a coordenação cien-tífica da Faculdade de Teologia da Universi-dade Católica Portuguesa.

Segundo José Eduardo Borges de Pi-nho, presidente da Comissão Organizado-ra, “o Simpósio vai refletir sobre alguns nú-cleos temáticos relacionados com a aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos no mês de julho de 1917, tais como: o mistério de Deus na sua misericórdia e na sua jus-tiça; a questão de Deus no mundo contem-porâneo; a esperança cristã no encontro de-finitivo com Deus; o amor como núcleo da experiência de Deus e da existência cristã; desafios atuais à pastoral da reconciliação; Maria, ícone da misericórdia de Deus”.

A conferência inaugural, a cargo de

Franco Manzi, de Milão, vai abordar “O mistério do amor de Deus pelo mundo na mensagem de Fátima”. A encerrar, o Pa-

triarca de Lisboa e presidente da Confe-rência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, fará uma reflexão sobre “O San-tuário de Fátima e a renovação da Igreja em Portugal – uma leitura histórico-pastoral”.

A jornada terá diversas conferências e painéis temáticos, contando com espe-cialistas vindos de todo o mundo, como Monsenhor Claude Dagens, bispo de An-goulême, Klaus Vetchel, jesuíta de Frank-furt, Cetina Milittello, teóloga italiana, Rey García Paredes, conhecido mariólogo es-panhol. Participarão também alguns dos mais reputados especialistas em teologia e pastoral do nosso país, como é o caso de João Manuel Duque, Alfredo Teixeira, José Henrique Pedrosa, Luís Miguel Figueire-do, Jorge Cunha, Carlos Cabecinhas, Carlos Paes, Guilherme d’Oliveira Martins, Acá-cio Catarino e Miguel Panão.

O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, presidirá às sessões de abertura e de encerramento, bem como à celebração eu-carística final, no dia 1 de junho.

O programa completo pode ser consul-tado no portal www.fatima.pt.

LMF

Gabriel Bouys/AFP

30 de janeiro de 2014

“Eis-me aqui, Senhor!”

A vida religiosa consagrada é uma forma de pertença a Deus, uma ade-são incondicional a Cristo Ressuscita-do que nasce do acolhimento no co-ração da iniciativa de Deus e que aí se renova quotidianamente. O ano de 2015 será o ano dedicado à vida consagrada conforme anúncio feito pelo Papa Francisco o ano passado. Na altura, o Santo Padre referiu que os religiosos são chamados a seguir o Senhor de forma especial, subli-nhando que “ Eles são homens e mu-lheres que podem despertar o mun-do”. Numa sociedade cada vez mais adormecida para a espiritualidade, esta forma de resposta ao amor de Deus que se implica em toda a vida do consagrado(a) é como o fermento que contribui para a santificação do mundo, desde logo, pelo testemu-nho de vida, e pelo brilho da sua fé, esperança e caridade.

Porém, estes homens e mulheres, porque são humanos, necessitam da nossa oração para que a adesão as-sumida não tropece e caia perante as dificuldades da vida, tal como nós precisamos de nos deixar despertar por eles e por elas para que a nossa vida seja cada vez mais cristocêntrica nas nossas tarefas quotidianas.

Os religiosos consagrados ao que-rerem seguir Cristo não se afastam da vida em sociedade, antes pelo contrário, a sua consagração leva-os a empenhar-se na vida apostólica, na prática da misericórdia e,“sem dar nas vistas”, a serem como o sal na comi-da. Acredito que o “Eis-me aqui, Se-nhor” nestes homens e mulheres corresponde a um desejo profundo de serem testemunhas de Cristo Res-suscitado, algo que nos deve interpe-lar enquanto Igreja e que deve pro-vocar também, em cada um de nós, uma vontade de colaborar nesta mis-são comum de anunciar Cristo e de crescer para Ele, cada vez mais, em cada dia da nossa vida.

Optar pelo caminho de Jesus

supõe o abandono nas mãos do Pai e predisposição para se ser abandonado por Ele. Papa Francisco

Carlos Magalhães de [email protected]

editorial

O Papa reuniu-se com o presidente francês, François Hollande e falou sobre a defesa da pessoa e da família.

Envolvidos no amor de Deus pelo mundo

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Junta de Freguesia de Espite

Rua professor Mário Albuquerque, 1542435-152 Espite

Tel.: 244739494E-mail: [email protected]

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