16
Semanário diocesano www.jornalpresente.pt | Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho | Ano LXXXII • nº 4188 • P58 • 3 DE JULHO DE 2014 • 0,50€ Uma janela para uma “economia com rosto humano” Cáritas apoia ideias de negócio através do programa CRIACTIVIDADE Pag. 3 Pag. 8 e 9 • Onde Sopra o Espírito Entrevista à fundadora, Maria Ángeles de los Rios A proposta de “um compromisso profundo de crescimento humano e espiritual” Movimento Eclesial Mambré / Associação Novahumanitas Cruz da Areia Festa em honra da Rainha Santa Isabel de 4 a 6 de julho Pag. 4 DCA Entrevista a Conceição Lopes, diretora técnica do Lar de Santa Isabel “Nós não podemos substituir a família, não conseguimos” Pag. 7 Porto de Mós Festa em honra de Nossa Senhora no Livramento Pag. 4 Mira de Aire Procissão do Corpo de Deus com um tapete de flores Pag. 4 Pastoral Familiar Encerramento do ano pastoral com Festa da Família Pag. 5 Fátima Presépios do mundo expostos na paróquia Última

4188 P58 2014-07-03

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 4188 P58 2014-07-03

Semanário diocesano www.jornalpresente.pt | Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho | Ano LXXXII • nº 4188 • P58 • 3 de Julho de 2014 • 0,50€

uma janela para uma “economia com rosto humano”

Cáritas apoia ideias de negócio através do programa

CRIACTIVIdAdePag. 3

Pag. 8 e 9 • Onde Sopra o Espírito

Entrevista à fundadora, Maria Ángeles de los Rios

A proposta de “um compromisso profundo de crescimentohumano e espiritual”

Movimento eclesial Mambré/ Associação Novahumanitas

Cruz da AreiaFesta em honra da Rainha Santa Isabel de 4 a 6 de julho Pag. 4

DCA

Entrevista a Conceição Lopes, diretora técnica do Lar de Santa Isabel“Nós não podemos substituir a família, não conseguimos”Pag. 7

Porto de MósFesta em honra de Nossa Senhora no Livramento Pag. 4

Mira de AireProcissão do Corpo de Deus com um tapete de flores Pag. 4

Pastoral FamiliarEncerramento do ano pastoral com Festa da Família Pag. 5

FátimaPresépios do mundo expostos na paróquia Última

Page 2: 4188 P58 2014-07-03

PAINEL

o que acha do papel social da Igreja neste contexto de crise?PERGUNTA DA SEMANA Qual é o sentidoda vida?

Para onde corremos? O que nos faz correr? Matamo-nos a correr. Uns para um lado outros para o

outro, mas, com mais ou menos anos de vida, todos nós vamos parar à mes-ma estação: o cemitério…

Correm uns pela glória e fama: e esta depressa passa e como o fumo se esvai; outros pelo poder: e no fim “ninguém aceita o que ele diz”; outros pelos bens: e tudo cá deixam para ser causa de conflitos, guerras e inimiza-des.

Para que vivemos Será por acaso? Será para o nada? Será para a morte?

“Deus a cada um chama pelo seu nome”. Ele chama cada ser à existên-cia e por isso cada ser tem a sua razão de ser. No pensamento de Deus está a nossa razão de ser, razão de existir.

Cristo é o Alpha e o Ómega, o Prin-cípio e o Fim (cf Ap 2, 8). D’Ele viemos e para Ele voltamos como todos os se-res do universo. N’Ele e para Ele tudo foi criado. “Cristo será tudo em to-dos”(Col 3,11 e cf 1 Cor 15,4). O “Cris-to Cósmico” é o fim último de todo o Universo.

Hoje a razão de ser de cada ser é contribuir segundo o seu próprio ser para apressar esta vinda de Cristo. E com o homem toda a criação conti-nua a gritar: “Vinde, Senhor Jesus”.

Que, quanto antes, através do ho-mem, Cristo se torne de facto Rei e Senhor de todo o Universo: “Tudo é vosso, vós sois de Cristo e Cristo é de Deus”(1 Cor 3,22-23).

“Dominar a Terra” para a colocar tudo sob o domínio de Cristo, eis a nossa razão de ser.

Contribuir com a sua família, o seu trabalho, o seu tempo, as suas capa-cidades e dons para a concretização deste plano de Deus é a verdadeira ra-zão de ser de todo o homem.

Então a estação final (cemitério) não é o fim, mas é uma estação so-mente. A nossa vida prolonga-se na-quele que foi o nosso contributo para deixar o mundo melhor do que o en-contrámos

O Mundo como o encontrámos é fruto de milhões de anos de lutas e canseiras, de evoluções e involuções, de milhões e milhões de seres vivos: homens, plantas e animais. E ama-nhã será também fruto da nossa vida: dos nossos trabalhos, lutas, canseiras e correrias: nada será em vão Amanhã o Mundo terá a marca de todos nós, também ele será fruto do nosso tra-balho, da nossa própria vida.

Tudo vale a pena... nada será em vão.P.. Armindo Castelão Ferreira,

pároco da Marinha GrandePRESENTE LEIRIA-FÁTIMA – Semanário Diocesano; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho (TE 945) [[email protected]]; Redação [[email protected]]: Ana Vala (CP 8867), Diogo Carvalho Alves (TP 1990), Joaquim Santos (CP 7731), Luís Miguel Ferraz (CP 5023); Projeto gráfico: Paulo Adriano; Pagi-nação (nesta edição): Luís Miguel Ferraz; Publicidade e Assinaturas: 09h00-13h00 e 14h00-18h00; Tel. +351 244 821 100 • Email: [email protected]; Propriedade e editor: Fundação Signis • Diretor: Vitor Coutinho • 100% do Capital: Diocese de Leiria-Fátima; NIF 510504639; Sede da Redação/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n.º 60, Seminário Diocesano, 2414-011 Leiria; Impressão e expedição: Empresa do Diário do Minho, Lda • Braga • Tel. 253303170 • Fax 253303171; Depósito Legal: 1672/83; Periodicidade: Semanário; sai à quinta-feira; Tiragem desta edição: 4.500 exemplares; ISSN 2183-0347.

ficha técnica

Envie a sua questão [email protected] deixe-a em facebook.com/jornalpresente

Marlene CarvalhoParóquia de Serra de Santo António

A Igreja do século XXI apresenta duas verten-tes essenciais em tem-pos como estes que te-mos vivido nos últimos

anos. Por um lado, é uma Instituição, a par de outras, que deverá ter como responsabilida-de assegurar um apoio efetivo, em bens e ser-viços, junto das famílias mais carenciadas. Por outro lado, sendo uma Instituição feita de pessoas e não de burocracias, tem o dever de se aproximar daqueles que vivem sem es-perança no futuro, motivando à proativida-de e à integração. A nível local, nem sempre se percebe esta atuação da Igreja no terreno. É, por isso, urgente que a Igreja se aproxime mais das pessoas, procurando sinergias com o poder local que promovam a recuperação dos meios mais pequenos.

Cristina MarquesParóquia Leiria

Estando atenta à rea-lidade nua e crua dos tempos que vivemos e iremos viver, perce-bo o papel social da Igreja como muito ati-

vo e bastante desafiador.A Igreja poderá oferecer o seu contribu-to em diversas áreas sociais. Porém, des-tacaria quatro que, do meu ponto de vis-ta, são cruciais nestes momentos de crise económica.A família, contribuindo com sensibilização à construção de relacionamentos conju-gais fortes, assentes no respeito mútuo, no desenvolvimento de laços que privilegiem a partilha de um projeto de vida e uma pa-rentalidade responsável.Na educação, através da reestruturação dos valores que nestas últimas décadas têm sido desvirtuados. Os desfavorecidos e os dependentes. A autonomia é um privilégio querido pelo ser humano. Os que sofrem. Sofrem por relacionamen-tos quebrados, por não se encontrarem, não se realizarem, não serem tão bem su-cedidas nem tão competitivas... Precisam da Igreja. É também essa a sua vocação. Oferecer um ouvido que ouve em empatia e compreensão e que não julga...

Arménio PedrosaParóquia da Bajouca

Nestes últimos anos em que a palavra “crise” se tornou rea-lidade tão perto de nós a Igreja tem sido uma voz e uma pre-

sença junto daqueles que mais precisam. E não é preciso sair das nossas paróquias ou dos espaços que frequentamos nor-malmente para ver que quando há ne-cessidade de agir são os cristãos que estão na primeira fila. Nos Centros Sociais, nas campanhas de solidariedade sempre que é preciso anunciar e denunciar aí estão os cristãos e a Igreja a marcar presença. Se não fosse a intervenção da Igreja nos úl-timos anos a tragédia seria ainda maior.

*O “Anuário Católico de Portugal 2014”* reúne e apresenta um conjunto de dados sobre a Igreja em Portugal relativos ao período de 2007-2011. Além das estatísticas, o volume oferece informações sobre o Papa, a Santa Sé, a Conferência Episcopal Portuguesa, dioceses, institutos de Vida Consagrada, movimentos e obras.

*Registou-se um aumento do número de católicos *, crescendo no que diz respeito à sua percentagem na população total, de 88,1% por cento para 88,5%.

*houve uma diminuição no número de sacerdotes *: de 2880 padres diocesanos no ano de 2007 para 2661 em finais de 2011, menos 7,6 por cento. Mesmo assim, a queda percentual é inferior à registada entre 2000 e 2006, quando o número de padres diocesanos baixou 8,4%.

*Número de Batismos mostra uma redução *, dado que deve ser lido à luz da variação do número de

nascimentos em cada ano. Em 2000 foram batizadas mais de 92 mil crianças com menos de sete anos e em 2011 esse número ficou-se pelos 61 487; os Batismos depois dos 7 anos representam, atualmente, cerca de 8% do total (5541 em 2011).

*A Igreja Católica administra *, através das dioceses ou de instituições eclesiais, 24 hospitais; 136 ambulatórios e dispensários; 908 casas de idosos, doentes ou deficientes; 102 orfanatos ou centros de infância; 602 creches; 90 consultórios e centros da defesa da vida e da família; 29 centros especiais de educação ou reinserção social, bem como 496 outras instituições.

Gina BorgesParóquia de Leiria

Nos tempos de dificuldades que passamos, na minha freguesia, a Igre-ja tem um papel importante nos mais carenciados dando-lhes apoio monetário que lhe é possível, assim como bens alimentares em cola-boração com a Cáritas e o Banco Alimentar. Desempenha também um papel muito importante, o acompanhamento psicológico. Na nos-sa freguesia temos uma boa equipa que contribui bastante para o bem

estar de todas as pessoas que necessitam.

2 •

Page 3: 4188 P58 2014-07-03

TEMA DE CAPA

Uma janela para uma “economia com rosto humano”

Cáritas apoia ideias de negócio através do programa “Criactividade”Foi apresentado, no dia 27 de junho, no auditório do NERLEI, em Leiria, o programa “Criactividade – Franchising Social potenciado pelo Marketing Social”, da Cáritas Portuguesa, destinado a apoiar projetos de franchising social, micro negócios e atividades por conta própria. Com o apoio técnico-científico da IPI Consulting Network, este projeto é cofinanciado pelo Programa Operacional de Assistência Técnica/Fundo Social Europeu.

diogo Carvalho Alves

Em vigor desde abril passa-do, o programa “ Criactividade – Franchising Social potenciado pelo Marketing Social” foi apre-sentado, em Leiria, perante cerca de uma centena de pessoas, entre as quais, representantes de autar-quias da região.

Júlio Martins, presidente da Cáritas Diocesana de Leiria-Fáti-ma abriu a sessão, que prosseguiu com uma breve introdução ao programa, feita por Eugénio Fon-seca, presidente da Cáritas Portu-guesa. O economista João Ferrei-ra do Amaral fez uma análise do quadro macro-económico e Car-los Medeiros, da IPI Consulting, apresentou, por fim, os traços ge-rais da iniciativa.

No final, o interesse à volta do programa, que visa a inclusão so-cial pela via do empreendedoris-mo, ficou patente nas várias per-guntas lançadas pela plateia. O objetivo, segundo a página da in-ternet da Cáritas Portuguesa, é o de“autonomizar financeiramen-te pessoas em situação de de-semprego, através da promoção e implementação de projetos de franchising social, da dinamiza-ção da atividade por conta pró-pria e da microempresa e no de-senvolvimento do marketing social e de novas formas de finan-ciamento”.

A implementaçãoOs incentivos são três: a cria-

ção de emprego: franchising so-cial, micro negócios e trabalho por conta própria.

No que respeita à implementa-ção do franchising social, a Cári-tas fundamentado-se no binómio

procura-oferta. “Realizou   uma seleção e análise criteriosa de pro-jetos de sucesso em funcionamen-to no estrangeiro que, oferecendo maiores garantias de sustentabili-dade, se adaptem ao contexto por-tuguês”.

Relativamente à criação de mi-cro-negócios e atividades por con-ta própria, a Cáritas Portuguesa pretende acompanhar os futuros empreendedores “desde a ideia de negócio até à sua implementação com vista à respetiva sustenta-bilidade”. Deste modo, “procedeu à identificação das necessidades existentes ou latentes no terri-tório nacional, às quais o merca-do não responde ou responde in-suficientemente, selecionando um conjunto de atividades, sus-cetíveis de remuneração”, lê-se no portal da Cáritas. “Estes negó-cios constituem a atual bolsa de ideias de micro-negócios. Tanto as ações de franchising social como as ideias de negócio serão comple-mentadas pelas ideias avançadas pelos futuros empreendedores e cuja análise económica demons-tre a sua viabilidade”.

O público-alvo e características

O público-alvo do programa de apoio da Cáritas são: as pes-soas com baixas qualificações; jo-vens, nomeadamente licenciados; antigos quadros de empresas ou ex-empresários; micro-empresas em dificuldades e projetos com cariz social.

“Os nossos públicos-alvo têm de ter, eles próprios, algumas ca-racterísticas”, lembra Carlos Me-

deiros, da IPI Consulting. A ca-pacidade de aceitar desafios, ser persistente, ter capacidade de as-sumir riscos, estar aberto à mu-dança à inovação e à mobilidade são algumas das características elencadas por Carlos Medeiros. “Não vale a pena baterem-nos à porta sem essas características”.

O primeiro passoé a inscrição

As candidaturas já estão aber-tas desde abril passado, para de-sempregados de longa duração, jovens e microempresas e prolon-ga-se até ao final deste ano.

“A primeira coisa a fazer-se, é preencher a ficha de adesão, para que depois, tenhamos uma conversa com essa pessoa”, refe-re Eugénio Fonseca. Na ficha de adesão, disponível na página de internet da Cáritas Portuguesa, são solicitados alguns dados pes-soais e informação sobre o ne-gócio a empreender: breve des-crição do projeto, destinatários, âmbito geográfico de comerciali-zação, motivações e se há algum plano inicial de desenvolvimen-to do mesmo.

Depois de devidamente preen-chida, a ficha deverá ser envia-da por e-mail para [email protected]. Quem preenche a ficha tem assegurado um encon-tro para que, em conjunto com a equipa do programa, se avalie a viabilidade do projeto. A primei-ra entrevista serve para discu-tir a ideia de negócio que o candi-dato trás consigo. Numa segunda entrevista é analisado o formulá-rio de negócio que dará, por sua

vez, lugar à criação de um plano de negócio. Todo o processo des-de o inicio e até à sua conclusão é acompanhado por dois técnicos da Cáritas Portuguesa.

Já se inscreveram 82 pessoas

Até agora, 82 pessoas já preen-cheram a ficha de adesão. “Os contactos são muitos mais, já vão na ordem de algumas centenas”, refere o presidente da Cáritas Portuguesa.

“Depois de uma primeira tria-gem, verificámos que algumas destas candidaturas não se apli-cavam ao contexto do programa da Cáritas. Houve contactos feitos por telefone que, depois de uma primeira abordagem, as pessoas percebem o que lhes é exigido e desistem logo, sem sequer preen-cher a ficha”, informa o presiden-te da Cáritas Portuguesa.

Uma economia com rosto humano

“Nós aqui tratamos de econo-mia com rosto humano, uma coi-sa mais difícil e mais sofrível”, re-feriu Carlos Medeiros no início da sua apresentação. Esta huma-nização é, segundo os mentores do programa, um dos traços mais distintos da iniciativa.

O acompanhamento feito por uma equipa de voluntários a quem pretende implementar uma nova ideia de negócio, com-plementa os “recursos financeiros que já estão no mercado”.

“Muitas vezes, nesta economia

sem rosto, desumana e feroz, a ri-queza é produzida, mas nem sem-pre distribuida por aqueles que ajudaram a consegui-la”, diz Eu-génio Fonseca, que se refere ao programa, agora lançado, como “o rosto mais humano de uma eco-nomia”. “Sem dúvida, que estes negócios têm de dar lucro, senão não têm viabilidade, mas que seja um lucro na razoabilidade das próprias potencialidades das pes-soas e que, depois, reverta a fa-vor do bem-estar daqueles que fo-ram os primeiros a gerar riqueza, que redundou no excedente”, con-clui o presidente da Cáritas Portu-guesa.

Trabalho em redeD. António Marto, que assis-

tiu à sessão de apresentação, con-gratulou-se com a iniciativa. “A Cáritas é o rosto social da missão da Igreja no mundo e na socieda-de; não é só uma missão assisten-cial às necessidades básicas das pessoas, mas também numa di-mensão de promoção social, das pessoas, em ordem ao seu desen-volvimento integral”, lembrou o Bispo diocesano, referindo-se em concreto à iniciativa agora apre-sentada em Leiria.

Lembrando o “flagelo social” do desemprego, o Bispo deixou uma palavra de estímulo e apoio aos presentes, apelando ao “rosto humano deste desafio, que nos in-terpela a procurar o outro”. D. An-tónio Marto lembrou o “trabalho em rede” necessário para imple-mentar um programa que, por-que se apoia na sustentabilida-de e na criação de emprego, deve ser “um sinal de esperança”. “Só assim, podemos contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, mais justa e mais solidária”.

No final da sessão, o presidente da Cáritas Portuguesa mostrou-se satisfeito pela adesão das pes-soas, que considerou ser “um sinal de que as pessoas da região que-rem participar nos processos que nos hão de levar à superação das dificuldades que estamos a viver”.

Na Diocese, a Cáritas Diocesa-na de Leiria-Fátima assumirá um papel de intermediário entre os candidatos dos projetos e a equipa coordenadora do programa.

Sessão de apresentação da CáritasDCA

3 de Julho de 2014 • 3

Page 4: 4188 P58 2014-07-03

NA DIOCESE

Paróquia de Mira de AireProcissão do Corpo de deus com magnífico tapete de flores

A cumprir uma tradição de há alguns anos, a comunidade de Mira de Aire celebrou a Solenida-de do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, no domingo 22 de Ju-nho, com uma obra de arte floral digna de registo.

A Eucaristia das 11h00 foi muito participada, também pe-las crianças e adolescentes da ca-tequese, que marcaram o final de mais uma etapa, apresentando, cada grupo, uma mensagem da sua caminhada deste ano.

Seguiu-se a procissão com o Santíssimo Sacramento, que pas-sou por um lindíssimo e invul-gar tapete de flores que se esten-dia por todo o adro da igreja e que captou a atenção dos demais.

Elaborado pelos “quarentões” de 1974, este tapete – que foi já rea-lizado nesta Festa do Corpo de Deus por outras comissões e gru-pos em anos anteriores – foi pos-sível graças a muitas pessoas e instituições que voluntariamen-te doaram pétalas, verdura e flo-res nos dias que antecederam esta data, a quem a comissão agradece a ajuda quer com flores, quer com mão de obra, na construção da obra de arte. “Foi, sem dúvida, um trabalho longo, árduo, mas mui-to gratificante e compensador! Fi-cará para sempre nas nossas me-mórias”, referem os membros da comissão que irá organizar a pró-xima festa em honra de Nossa Se-nhora do Amparo, padroeira da

vila. Durante a noite e madru-gada, preparou-se ao pormenor, com muito carinho e dedicação, algo a que ninguém ficou indife-rente e que verdadeiramente de-monstrou o acolhimento a Cristo que passava na Hóstia consagra-da.

Durante a procissão, o povo rezou e meditou no mistério da Eucaristia, o maior tesouro do cristão. No final, já na igreja, can-tou-se “Bendito, Bendito sejas Cristo, meu Senhor, pela Eucaris-tia” e o pároco, padre Luís Ferrei-ra, deixou palavras de reconheci-mento e gratidão pelo empenho de toda a comunidade nesta cele-bração.

Filipa Querido (colaboração)

Paróquia da Boa Vistaencerramento do ano catequético

A paróquia da Boa Vista con-vidou as crianças e adolescentes da catequese, bem como as respe-tivas famílias, para uma festa de encerramento do ano catequéti-co, no passado dia 15 de Junho.

Cada grupo realizou o seu en-contro final e depois seguiram to-dos para o parque de merendas da freguesia, para a Eucaristia. “Cada grupo teve uma tarefa específica na celebração, salientando-se os grupos dos mais velhos que tive-ram as suas festas, o 9.º ano a Fes-ta do Compromisso e o 10.º a Fes-ta do Envio”, conta o pároco, padre José Henrique.

Ainda durante a Missa, “hou-ve a oportunidade de dar graças pela caminhada de fé feita ao lon-go de mais um ano de atividades,

agradecendo também a disponi-bilidade dos catequistas que fo-ram acompanhando cada grupo neste itinerário, assim como aos pais que caminham na fé com os seus filhos”.

No final, seguiu-se um almoço partilhado, em que toda a comu-nidade paroquial foi convidada a juntar-se ao convívio. \ LMF

Paróquia da Cruz da Areia

Festa da Rainha Santa Isabel A paróquia da Cruz da Areia tem como padroeira a Rainha Santa

Isabel de Portugal, que é também a padroeira principal da cidade de Leiria. Ocorrendo a festa litúrgica no dia 4 de julho, todos os anos or-ganiza a respetiva festa no primeiro fim de semana desse mês, este ano nos dias 4 a 6.

O programa será o seguinte:Dia 4 de Julho, 6ª Feira14h00 – som ambiente20h00 – anúncio oficial da festa21h00 – Missa e procissão de velas com a imagem de N.ª Senhora22h30 – Atuação do conjunto P.A.3Dia 5 de Julho, sábado10h00 – som ambiente12h00 – serviço de almoço15h00 – jogos tradicionais19h00 – serviço de jantar21h30 – animação do arraial com zumba, finalistas do concurso

de karaoke e atuação da Banda ApartirtudoDia 6 de Julho, domingo10h00 – som ambiente e saudação aos moradores com Gaiteiros

de Paleão (Soure)12h00 – serviço de almoço14h30 – apresentação da Filarmónica de Vermoil e recolha de an-

dores e ofertas15h00 – Missa solene e procissão com a imagem da Padroeira17h00 – concerto no arraial com a Filarmónica de Vermoil19h00 – atuação do Grupo de Concertinas de Ourém e serviço

de jantar21h30 – animação do arraial com atuação de BigBandaSegundo informação enviada pelo paroquiano Manuel Batista,

a festa tem três objectivos: “celebrar digna e festivamente a fé em Deus, que nos deu como modelo Santa Isabel, e o caminho percorri-do durante o ano pastoral; promover espaço de encontro, de diálogo e de convívio entre todos os que aqui vivem (cerca de 5.000 habitan-tes) e os que nos visitam nestes dias; angariar fundos para amorti-zação da dívida ainda existente com a construção da igreja e do cen-tro pastoral”. \ LMF

Paróquia de Porto de Mós

Festa no LivramentoA comunidade do Livramento, na paróquia de Porto de Mós, vai

realizar uma festa em honra de Nossa Senhora do Livramento, nos próximos dias 12 a 14 de Julho.

O dia principal será o domingo, com peditório pelas ruas e reco-lha de ofertas, a partir das 10h30, e a Missa às 12h30, seguida de procissão. Também na segunda-feira será celebrada a Eucaristia, em memória dos festeiros já falecidos, às 19h30.

Como habitual, o arraial contará com bar, restaurante, petiscos e muita animação: no sábado atua Paulo Figueiredo, no domingo às 19h00 atua um grupo de concertinas e à noite o grupo Foka Energie, e na segunda-feira o palco será de Sérgio Jorge. \ LMF

Paróquia dos Milagres

“Dia da União” encerra catequeseA paróquia dos Milagres organizou, no passado dia 29 de junho,

uma celebração e convívio de encerramento do ano catequético, sob o mote do “Dia da União”.

Com o convite a pais, famílias, idosos, crianças e jovens a “cele-brar a nossa união e as nossas famílias no coração da nossa terra”, o programa incluiu uma Missa campal e um almoço/piquenique por catequeses e famílias. Além disso, não faltaram os insufláveis para as crianças, um concerto de verão pela Escola de Música, uma aula de “zumba fitness” e o porco no espeto para alimentar o convívio pela tarde fora. \ LMF

DR

DR

4 •

Page 5: 4188 P58 2014-07-03

NA DIOCESE

Encerramento do ano juntou o serviço e os movimentos da Pastoral Familiar

Família em festaluís Miguel Ferraz

Decorreu no passado dia 29 de junho, na igreja paroquial do Souto da Carpalho-sa, o encerramento festivo das atividades da Pastoral Familiar. Foi um dia de celebra-ção e convívio para as famílias da diocese de Leiria-Fátima e para todos os que traba-lham neste setor da pastoral, com o objeti-vo de promover uma coordenação entre as paróquias, os movimentos, as associações e outras comunidades.

Estiveram presentes cerca de 200 pes-soas, representando o Departamento de Pastoral Familiar (DPF) da Diocese, as Equi-pas de Nossa Senhora (ENS), os Centros de Preparação para o Matrimónio (CPM) e o Movimento das Famílias Novas (MFN), criando um ambiente de acolhimento e de fraternidade entre todos.

À imagem de Pedro e Paulo

Numa tarde em que se realizou também a assembleia de eleição dos novos represen-

tantes dos CPM da diocese, o momento cen-tral foi a Eucaristia, em que se celebrava a solenidade de S. Pedro e S. Paulo.

Na homilia, o padre José Augusto Rodri-gues, director do DPF, partiu do exemplos destes dois apóstolos para apontar a “essên-cia” da vocação e da missão das famílias.

Tal como Pedro foi o “símbolo da unida-de da fé”, assim a família deve “lutar dia a dia por se manter forte e coesa”, buscan-do sempre a unidade de vida e de fé. Con-cretizando no trabalho desenvolvido pelas equipas pastorais ali presentes, lembrou: “as ENS têm na partilha de vida um dos seus pontos fortes, em que cada equipa é uma pequena Igreja que se reúne nas ca-sas para rezar, se ajudar e caminhar unida; os CPM são uma voz da Igreja no meio dos noivos, levando a Boa Nova sobre o matri-mónio e a família através do testemunho de vida dos casais cristãos; o DPF procura anunciar Jesus Cristo às famílias e torná--las protagonistas nessa missão evangeli-zadora”.

Tal como Paulo, “o evangelizador por ex-

celência, capaz de romper barreiras físicas, religiosas e culturais para que a Boa Nova da salvação chegasse a todos os povos”, a fa-mília não pode fechar-se em si mesma nem “ignorar a realidade que a circunda”, de-vendo crescer e alargar-se, primeiro aos fi-lhos e depois à comunidade. Olhando mais uma vez ao trabalho das equipas presentes, referiu que “as ENS são um movimento que busca sempre a expansão, deseja chegar mais longe e abranger mais casais”, que o CPM “é convidado hoje a ir às periferias de um amor sem Deus (…), de projetos de vida que não são dialogados, de gente que dese-

ja receber um sacramento mas está longe de Deus”, e que toda a pastoral familiar pre-cisa de promover “valores que estão fora de moda, mas que são os alicerces de famílias felizes”, olhando como campo de evangeli-zação “as famílias desfeitas, monoparentais e as refeitas com ou sem vínculos jurídicos”.

Em conclusão, “que esta festa dos após-tolos Pedro e Paulo nos leve a dar graças pe-los dons que temos recebido, por tudo o que conseguimos realizar ao longo deste ano pastoral e nos impulsione a ir mais longe, em prol das famílias da nossa diocese”, pe-diu o padre José Augusto.

Tarde de convívio e partilha de experiênciasApós a Missa, até ao anoitecer, a tarde foi de convívio num lanche partilhado, com animação pelo grupo de jovens “Luz Sem Tempo”, que se dedica a levar a mensagem e os valores cristãos através da música e da boa disposição. Na ocasião, a pedido do jornal PRESENTE, o colaborador Vasco Fernandes recolheu um testemunho junto de representantes de cada um dos serviços e movimentos presentes, para os conhecermos um pouco melhor.

Centros de Preparação para o matrimónio

Armando e Cândida dias (casal presidente)

O CPM é um movimento da Igreja que tem como objetivo dedicar-se à preparação dos noivos para o Matrimónio. Para tal, pro-move sessões com pedagogia e metodologia próprias, baseadas na revisão de vida e teste-munho vivencial, apoiados na reflexão e no diálogo conjugais. Pretende ajudar os noivos a preparar o seu Matrimónio, refletir sobre o seu noivado e dialogar sobre a validade das suas ideias e dos seus comportamentos.

Temos como objetivos intensificar o diálo-go e a troca de experiências entre os elemen-tos dos CPM e participar em retiros, a nível

diocesano e nacional. Julgamos ser extremamente importante

criar momentos de formação para que pos-samos dar resposta aos novos desafios, aco-lhendo as novas realidades, como os noivos em união de facto. Também nos preocupa o facto de existirem menos noivos a frequentar os CPM. Devemos todos refletir para que esta possa ser uma resposta às dificuldades e an-seios dos atuais casais.

equipas de Nossa Senhora

Pedro e elsa Catarino, Maceira

As ENS são um movimento de espirituali-dade conjugal cujo objetivo é ajudar os casais a viver plenamente o seu sacramento do Ma-trimónio, anunciando ao mundo os valores do casamento cristão pela palavra e pelo tes-temunho de vida. Como movimento de espi-ritualidade coletiva, pretende ajudar ao apro-fundamento da espiritualidade no casal, ser uma rede de apoio e suporte ao longo do seu percurso de vida, e abri-lo à colaboração nas atividades da paróquia.

Atualmente estão formadas 40 equipas, com um mínimo de seis casais cada uma. Te-mos como objetivo aumentar o número de equipas, fortalecendo a rede de informação e divulgação das ENS. Neste contexto, perspe-tiva-se a criação de Equipas Jovens de Nossa Senhora.

Pastoral Familiar

hugo Menino e Natália Manso, Santa Eufémia

O tema do ano pastoral foi a rampa de lan-çamento para um programa de ação, em seis palavras: a “afetividade” como pilar que sus-tenta a família; Deus que nos oferece o “dom” maravilhoso do Matrimónio; cada mem-bro do casal tem a responsabilidade de “cui-dar” do outro; a família como “berço” de vida; é fundamental “valorizar” a família como lu-gar de vivência e transmissão de fé; e, por úl-timo, a “presença” da família como célula fun-damental da comunidade cristã.

Deste modo, os desafios das famílias, a es-piritualidade em casal e o seu quotidiano (fi-lhos, trabalho, saúde, etc.), bem como as novas realidades (uniões de facto, famílias monopa-rentais, divorciados…) foram debatidas e pro-curámos encontrar respostas em Igreja.

Este ano, acompanhámos as visitas vica-riais com o Bispo sobre este tema, que tive-ram uma boa adesão e permitiram que vários casais colocassem em comum testemunhos concretos relacionados com a educação dos filhos e as dificuldades no casamento.

Para o próximo ano, o desafio maior passa por preparar o encerramento do biénio que deverá envolver toda a comunidade cristã.

Movimento Famílias Novas

Vasco Fernandes e helena Ginja,Souto da Carpalhosa (Moita da Roda)

O MFN é uma ramificação do Movimento dos Focolares para a pastoral familiar. É com-posto por famílias que se propõem viver a es-piritualidade da unidade e irradiar no mundo da família os valor que promovem a fraterni-dade universal. Assim, procuramos renovar a família, como núcleo central da sociedade, valorizando e fazendo frutificar na humani-dade o grande sacramento do Matrimónio.

O que liga estas famílias é a intensa comu-nhão de experiências vividas, ajudando a re-solver os problemas e partilhando as alegrias. No nosso estilo de vida, pretendemos enrai-zar o Evangelho na vida do casal e no cres-cimento dos filhos, criar um diálogo constru-tivo com outras famílias e com as diversas realidades culturais, civis e eclesiais.

Este ano, a equipa de Leiria do MFN pre-tende intensificar a formação, acompanhan-do um grupo de uma dúzia de casais em en-contros regulares, criando momentos de diálogo e partilha e colaborando nas diversas atividades das paróquias.

Foto

s: N

uno

Vent

ura

3 de Julho de 2014 • 5

Page 6: 4188 P58 2014-07-03

NA DIOCESE

Passeio Legionário

legião de Maria da Amadora visitou leiriaEm dia da Santíssima Trinda-

de, 15 de Junho, a Legião de Ma-ria, Cúria da Amadora, realizou o seu passeio anual à cidade do Lis.

Iniciando com a Eucaristia, das 10,30 horas na Igreja dos Francis-canos, no Convento da Portela, foi-lhes dado um belo acolhimen-to de boas vindas e afectuosas pa-lavras de amor familiar, em Igre-ja, da qual todos fazemos parte.

O celebrante, padre Adriano Brites relacionou este movimen-to Mariano de oração e serviço de apostolado fraterno que, em uni-dade com os membros do mesmo existente em Leiria e aqui presen-te em grande número,” todos esta-mos reunidos e unidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”

“Esta Família Trinitária, que hoje, de forma especial a Igre-ja festeja, na graça de Deus Nos-so Senhor Jesus Cristo, no amor do Pai e na comunhão do Espírito Santo, estejam convosco.”

Assim, introduzidos neste am-

biente familiar, ninguém se sen-tiu estranho e participou acti-vamente em todos os ritos da Eucaristia. Teve o cuidado de, até na homilia, enquadrar esta famí-lia legionária ao serviço da Igre-ja e na Oração Universal (Oração

dos fiéis) uma súplica especial de grande clareza espiritual.

Também no rito final, fez mais uma vez menção à Legião de Ma-ria, agradeceu a visita , desejando uma feliz peregrinação, onde es-tão incluídas as visitas ao Santuá-

rio de Nossa Senhora da Encarna-ção, à Igreja dos Pastorinhos em Fátima e ao Santuário de Nossa Senhora da Ortiga.

A expansiva alegria não se fez esperar e terminou com um belo hino de louvor aclamado pelas

palmas ao Senhor.Bem haja a toda a comunidade

Franciscana, representada pelo padre Adriano Brites e Frei José Quintal.

No Santuário de Nossa Senho-ra da Encarnação, foi o almoço, em jeito de pique-nique e parti-lha à sombra das frondosas árvo-res que o circundam. Iniciaram a visita interior ao Santuário com cânticos e orações à Mãe, e ado-ração a Jesus.

Foi dado um breve esclareci-mento da história do santuário e a sua importância de vida espiri-tual para a cidade de Leiria, que tem como Padroeira nossa Se-nhora da Encarnação.

Agradecemos à responsável presente, Dª. Anunciação, o apoio e carinho revelado e a oferta de pagelas e desdobrável do Santuá-rio, com um resumo histórico do mesmo.

um legionário de Maria (colaboração)

Grupo do Apostolado de Oração do Sagrado Coração de Jesus

Peregrinação de leiria a BragaNo passado sábado, dia 28 de

Junho, teve lugar a já habitual peregrinação anual do grupo do Apostolado de Oração do Sagrado Coração de Jesus, a nível da dioce-se de Leiria. Este ano, o grupo des-locou-se ao Santuário do Sameiro situado em Braga, cidade também conhecida como “Cidade dos Ar-cebispos”, pelo facto dos mesmos terem administrado esta região durante quase sete séculos.

Esta peregrinação envolveu um grande número de paróquias desta diocese, estando presentes várias paróquias da nossa Dioce-se, e cujo número de participan-tes excedeu as expetativas, visto terem estado presentes cerca de 600 associados.

À chegada, os grupos das vá-rias paróquias tiveram oportuni-dade de visitar não só o santuário, mas também os jardins envolven-tes, cujo ambiente nos proporcio-na um total bem estar espiritual e emocional.

O momento alto desta pere-grinação foi, sem dúvida, a cele-bração Eucarística presidida pelo senhor Padre Miguel , atual pre-sidente do Apostolado de Oração da diocese de Leiria. As sua pala-

vras apelativas foram interiori-zadas por cada um de nós de uma forma carinhosa, responsável e comprometedora, pois compreen-demos ainda melhor, a necessida-de da oração diária e o papel que o nosso coração desempenha na ca-pacidade de amarmos a Deus, de modo a fortalecermos cada vez mais a nossa fé.

A participação dos associados nesta Celebração Eucarística fez-se de uma forma bem organiza-da, pois houve grupos que se vo-luntariaram para atuarem nos diversos momentos litúrgicos, in-clusivamente no ensaio dos cân-ticos para animação da missa. Foi de louvar também a participação do organista, a quem a natureza

não contemplou com a riqueza do sentido da visão, mas que conse-guiu iluminar o coração de todos os presentes, através das notas musicais que os seus hábeis dedos buscavam em cada tecla, tal como o senhor padre Miguel referiu “...não vê com os olhos, mas vê com o coração”.

Após o almoço partilhado por

muitos, pudemos visitar ainda o Santuário do Bom Jesus do Mon-te, também chamado Santuário do Bom Jesus de Braga, que é considerado um verdadeiro ex-li-bris da cidade, devido à conjuga-ção entre a arquitetura (referên-cia do estilo Barroco europeu) e a própria natureza.

Depois desta visita, iniciámos a viagem de regresso que decorreu sem incidentes e, a qual, tal como havia acontecido na ida, foi tam-bém um momento de oração con-junta.

Em jeito de conclusão podemos referir que todos nós, que partici-pámos nesta peregrinação, re-gressámos a casa mais enrique-cidos quer no domínio espiritual quer no domínio cultural e social, visto que este encontro nos pro-porcionou momentos de oração, de meditação, possibilidade de ob-servação e de estudo “ in loco” dos aspetos geográficos e arquitetóni-cos locais e, ainda momentos de convívio, confraternização e par-tilha.

Palmira Gaio (colaboração)

DR

DR

6 •

Page 7: 4188 P58 2014-07-03

Entrevista

Entrevista a Conceição Lopes, diretora técnica do Lar de Santa Isabel

“Nós não podemos substituir a família, não conseguimos”Conceição Lopes é diretora técnica do Lar de Santa Isabel, em Leiria, uma resposta social do Centro Social Paroquial Paulo VI (CSPP VI), para a infância e juventude do sexo feminino. Foi no atendimento direto ao público que iniciou a sua vida profissional. No CSPP VI começou a trabalhar em janeiro de 1981. Esteve 10 anos na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, em representação do CSPP VI. Os mais de 30 anos dedicados ao trabalho na área social, dão-lhe uma visão muito concreta desta realidade. Em entrevista ao PRESENTE, Conceição Lopes fala da sua experiência na coordenação do Lar de Santa Isabel, da realidade daquela resposta social do CSPP VI e da envolvência da comunidade no projeto.

Entrevista dediogo Carvalho Alves

Já conhecia a realidade do lar de Santa Isabel antes de ter tomado posse?

Em julho de 2002, quando to-mei posse como diretora do Lar de Santa Isabel, já dava apoio técnico a esta resposta social do CSPP VI, sobretudo por integrar o Núcleo de Menores em Risco da Seguran-ça Social, que inclui toda esta área da infância e juventude: acom-panhamento familiar, acompa-nhamento institucional e adoção. Pelo facto de ser uma técnica do CSPP VI, de ter dado apoio técnico a esta resposta social e ter tratado das admissões, através do Núcleo de Menores em Risco, onde traba-lhava, quando vim para aqui, já conhecia bem esta realidade.

de que apoios vive o lar?O Estado comparticipa com

um subsídio mensal por crian-ça. Neste momento as coisas es-tão mais equilibradas mas, até há um ano atrás, as coisas eram mui-to difíceis. Supostamente, a comu-nidade civil também tem alguma responsabilidade neste tipo de instituições, visto que o lar é uma resposta de uma instituição parti-cular de solidariedade social, sem fins lucrativos, contudo o Estado tem a quota maior de responsabi-lidade. Nós já chegámos a uma al-tura em que a comparticipação do Estado dava para cobrir, mais ou menos, 50% dos custos. Foram al-turas difíceis, mas neste momen-to as coisas estão mais equilibra-das.

Quantas crianças e jovens acolhe, atualmente, o lar de Santa Isabel? de que idades estamos a falar?

Neste momento, acolhemos 38 crianças e jovens. Temos capaci-dade para receber 40, mas nes-te momento há apenas uma vaga por preencher, visto que esta-

mos à espera de uma jovem, pro-veniente de um centro de acolhi-mento temporário, uma vez que o nosso é de cariz prolongado.

A idade média, neste momen-to, está no 14 anos. De algum tem-po a esta parte, a realidade tem vindo a alterar-se completamen-te, dado que o acolhimento está a ser feito numa idade já mui-to avançada. Abaixo dos 12 anos, existem apenas 4 ou 5 crianças. Isto significa que a idade média das utentes do lar está muito mais alta.

Que leitura faz dessa realidade?Das medidas aplicadas a uma

criança em perigo previstas na lei de promoção e proteção, que é de 1999, o acolhimento institu-cional está no “fim de linha”. Há toda uma panóplia de medidas anteriores que são tentadas pelos técnicos e os serviços, que têm o processo daquela criança. O aco-lhimento institucional está sem-pre no “fim de linha”, o que signifi-ca que, só depois das medidas que estão previstas anteriormente fa-lharem, é que se recorre à institui-

ção. Esta realidade complica mui-to todo o processo, não só a quem aqui trabalha, mas sobretudo às crianças e jovens que são acolhi-das, pois já vêm de uma série de frustrações e abandonos. Tudo fa-lhou e é pedido à instituição que consiga fazer o que que ninguém conseguiu antes.

Quais são os contextos familiares subjacentes à admissão das crianças e jovens no lar?

Regra geral, são famílias dis-funcionais. Os pressupostos que estão na base do acolhimento são a negligência e os abusos: psicoló-gicos, físicos e sexuais.

Como temos uma gestão cen-tralizada de vagas, todas as ad-missões passam, obrigatoriamen-te, pela Segurança Social, que é quem gere as nossas vagas. Todas as crianças e jovens que aqui resi-dem têm uma medida de acolhi-mento institucional aplicada pela Comissão de Proteção de Crian-ças e Jovens, prevista nas situa-ções em que os pais dão o seu con-sentimento, ou pelos Tribunais, caso não se verifique esse consen-timento. Existe uma articulação muito próxima com a Segurança Social.

depois da institucionalização, qual é o perfil das jovens ao sair do lar?

Antigamente, o primeiro obje-tivo era a reintegração familiar, mas tendo em conta a realidade que temos, a desinstitucionaliza-ção acaba por acontecer na maio-ridade. Por essa razão, a maior parte dos projetos de vida que te-mos delineados são de autonomi-zação, ou seja, procuramos dotar as jovens que acolhemos de ca-pacidades e de ferramentas, para poderem seguir a própria vida de uma forma autónoma.

Sente-se um bocadinho mãe destas 38 crianças e jovens?

Sim. Às vezes demasiado. De-via desligar um pouco mais, mas se não consegui até aqui, já não consigo. Passo aqui quase 12 ho-

ras diárias. Posso, eventualmen-te, ter prejudicado o tempo com a minha família. O meu grande re-ceio quando vim para cá era o de conseguir gerir tudo isto. Eu sabia que, a partir do momento em que aceitasse este desafio, passaria a não ter vida própria e foi o que, de alguma forma, aconteceu. Não consigo fazer as coisas de outra forma. Isto é muito envolvente.

e a comunidade onde o lar está inserido, também se envolve neste projeto?

Eu considero que estamos bem reconhecidos na comunidade lei-riense e a provar esse facto, estão as ajudas que nos dão. A comu-nidade leiriense é muito solidá-ria para connosco. Temos acesso gratuito a consultas de especiali-dade, oftalmologia por exemplo e a tratamentos dentários numa clínica. Temos ainda uma farmá-cia que assegura a comparticipa-ção que nos é devida, um cabelei-reiro que nos garante o serviço a “custo zero”, hipermercados e su-permercados que nos dão os exce-dentes. Tudo isto, não esquecendo todos os particulares que nos vêm entregar bens à porta. Temos, de facto, uma comunidade muito so-lidária.

Vive-se aqui como uma grande família?

Quando se diz que uma insti-tuição se deve aproximar, tanto quanto possível, a uma estrutu-ra familiar, isso é conversa. Como é que isso se consegue numa casa com 40 crianças e jovens, com pessoas tão diferentes a traba-lhar? Por muita coordenação e comunicação que possa haver, a realidade acaba por ser bem di-ferente da de uma família. Se na nossa casa, perante a necessidade de conjugar diferentes pontos de vista, os pais têm de andar num esforço de sintonia, imagine-se num contexto destes, em que so-mos 20 pessoas. Fazemos um es-forço para que a instituição se aproxime da realidade familiar, mas não podemos substituir a fa-mília, não conseguimos.

O acolhimento institucional

está no fim de linha

Os pressupos-tos que estão na

base do acolhi-mento são a

negligência e os abusos: psicoló-

gicos, físicos e sexuais.

A comunidade leiriense é muito

solidária

DCA

3 de Julho de 2014 • 7

Page 8: 4188 P58 2014-07-03

Onde Sopra o Espírito Movimento eclesial Mambré / Associação Novahumanitas

Em junho de 2013, o Bispo de Leiria-Fátima assinou o decreto de reconhecimento do Movimento Eclesial Mambré na diocese de Leiria-Fátima, especificando que “a associação empenhar-se-á em manter viva a comunhão e colaboração com esta Igreja Particular, na diversidade e complementaridade dos seus serviços, movimentos e instituições; por isso, além das normas canónicas e dos próprios Estatutos, observará as orientações pastorais do Bispo diocesano e desenvolverá as suas ações apostólicas e formativas com o seu conhecimento e aprovação”. Esta é a associação que vamos conhecer melhor esta semana.

Texto e entrevista de luís Miguel Ferraz

Movimento Eclesial Mambré

O Movimento Eclesial Mam-bré, iniciado em 1983 por Maria Ángeles de los Rios Mora, é uma associação privada de fiéis, com estatutos aprovados e dotada de personalidade jurídica canóni-ca por decreto do Arcebispo de Madrid, com data de 27 de outu-bro de 1997, e confirmados por novo decreto de 14 de abril de 2009. Em Portugal, a mesma as-sociação está reconhecida, apro-vada e dotada de personalidade jurídica canónica por decreto do Patriarca de Lisboa, datado de 1 de março de 2006, e tem a sua sede em São João da Talha. Tem cerca de 70 membros em Por-tugal, 30 em Espanha e 13 em Cabo Verde.

Nos Estatutos, refere-se como

finalidade “conseguir que os seus membros cheguem a ser mulheres e homens de Deus” e “pedras vivas da Igreja”, atra-vés da “formação integral dos seus membros” na escola de for-mação humano-espiritual No-vahumanitas, associação que é parte integrante do mesmo Mo-vimento e lhe está subordinada.

Apresenta-se como “uma pe-quena célula do Corpo Místi-co de Cristo, uma pequena es-cola de formação de homens e mulheres de Deus, uma pe-quena comunidade de após-tolos formados e formadores”. Como principais característi-cas de “vocação Mambré” indi-cam-se: “estado de desinstala-ção e de busca, profundidade de vida, abertura e liberdade inte-rior, docilidade humilde, verda-deira sede de Deus, pobreza de

coração, amor profundo à Igreja, paixão pela humanidade, capa-cidade de transparência frater-na e de comunhão”.

Na diocese de Leiria-Fátima são cerca de 25 os fiéis que lhe estão associados, tendo já uma casa em Fátima, na rua Moi-nhos da Fazarga, há bastante tempo, como seu centro forma-tivo. Tendo em conta essa pre-sença efetiva, a sua fundadora pediu a D. António Marto, Bis-po de Leiria-Fátima, que tornas-se “oficial” o movimento na Dio-cese, o que foi reconhecido em decreto de 28 de junho de 2013.

Associação Novahumanitas

Novahumanitas é uma as-sociação sem fins lucrativos si-tuada na área das ciências hu-manas, uma escola de psicologia aplicada, uma psicopedagogia do crescimento da pessoa. Com um método de base científica, conjugando antropologia, psico-logia e pedagogia, congrega as investigações de vários autores modernos em cursos de forma-ção e acompanhamento indivi-dual e em grupo.

A sua metodologia é simples, ativa e indutiva, partindo da vida para conduzir à vida, atra-vés da “maiêutica”, descoberta

de si mesmo, desenvolvimento pessoal e melhoria das relações humanas, tendo em vista uma vida mais realizada e feliz.

Destina-se a qualquer pessoa adulta que deseje conhecer-se, crescer e melhorar a sua quali-dade de vida pessoal e social. Sem distinção de estatuto, cul-tura ou religião, é útil sobretudo a quem exerce atividades que exigem bom equilíbrio pessoal e uma relação humana de qua-lidade, como sejam os pais, edu-cadores, professores, sacerdotes, profissionais de saúde, assisten-tes sociais, relações públicas, gestores de recursos humanos ou diretores de empresas.

um testemunho em leiria-FátimaNa diocese de Leiria-Fátima,

a responsável da Associação Mambré é Maria José Santos Pereira da Silva, sendo o padre Mário de Almeida Verdasca o assistente eclesiástico nomea-do pelo Bispo.

Maria José acompanhou a fundadora durante a entrevis-ta ao jornal PRESENTE e con-tou-nos também um pouco da sua história de ligação a esta comunidade. Há 29 anos, fez uma formação psicopedagógi-ca Novahumanitas. “A partir daí, foi uma reviravolta total na minha vida”, refere.

Continuou a sua formação

em Novahumanitas e mais tarde fez os exercícios espiri-tuais de S. Inácio e assumiu ali a base para apostar a vida: ser mais pedra viva da Igreja, pro-curando para isso mais forma-ção espiritual e teológica. Na mesma linha, fez o curso na Escola Teológica de Leigos da Diocese de Leiria-Fátima.

Em 1999 fez a sua “obla-ção”, a celebração que a vincu-lou como Comprometida com a associação Mambré. De en-tão para cá, tem dinamizado a ação pastoral na comunidade local e colabora nas iniciativas da Novahumanitas.

Grupo de Mambré em retiro no Seminário de Leiria, no verão passado

Maria Ángeles dirige uma formaçãoDR

DR

8 •

Page 9: 4188 P58 2014-07-03

Onde Sopra o Espírito Movimento eclesial Mambré / Associação Novahumanitas

Movimentos, associações e comunidades da diocese de Leiria-Fátima

Entrevista à fundadora

A proposta de “um compromisso profundo de crescimento humano e espiritual”Maria Ángeles de los Rios Mora, natural de Toledo, Espanha, e atualmente residente a maior parte do tempo em Portugal, foi a fundadora desta comunidade. Formada em Teologia na Universidade Católica de Paris, aprofundou a sua investigação na área das ciências sociais e humanas, seguindo um apelo interior a “falar de Deus aos homens de hoje”. Numa entrevista exclusiva ao jornal PRESENTE, falou-nos desta comunidade e do seu projeto formativo.

Como nasceu Mambré?A partir da minha experiên-

cia como docente em Espanha e Paris, percebi que só fazia sen-tido uma formação que tocas-se simultaneamente os campos humano, espiritual e teológico. Na minha formação cristã, ab-sorvi muito o Concílio Vaticano II e os seus desafios à participa-ção dos leigos em Igreja. Então, quis ajudar outros a fazer esse percurso e foi assim que desen-volvi a formação psicopedagó-gica Novahumanitas. A asso-ciação Mambré surge, portanto, como acolhedora desse proje-to, destinada a todos os cristãos que, permanecendo nos seus ambientes familiares e sociais, querem viver um compromisso constante e profundo de cresci-mento humano e espiritual, em ordem a um maior envolvimen-to pastoral.

Quando chegou a Portugal?Cheguei a Portugal antes de

fundar Mambré. Quando es-tudava teologia e formação em psicopedagogia do crescimen-to humano, em Paris, nos anos 70, trabalhei com emigrantes portugueses. Um casal e um sa-cerdote portugueses convida-ram-me a vir para cá desenvol-ver este trabalho. Foi em 1980 que vim e foi a partir daqui que se desenvolveu toda a dinâmi-ca do movimento e deste projeto formativo. E por cá fiquei e con-tinuo até agora…

Qual o carisma e modo de vida dos membros de Mambré?

Temos um carisma trinitário

e eclesial. Não somos um gru-po fechado ou uma “capelinha”, mas vivemos nas dioceses e nas paróquias, como fraternidade evangélica que comunga dos mesmos valores e na partilha profunda da vida e da fé, procu-rando ser pedras vivas da Igreja, “adultos à estatura de Cristo Je-sus”, como diz S. Paulo.

O caminho escolhido é a for-mação humana e espiritual, tendo como referência a Pala-vra de Deus, que é o centro das nossas formações, retiros e en-contros. E fazemo-lo com inten-sidade e seriedade, num proces-so contínuo de transformação pessoal, que acaba por ser mais difícil do que trabalhar para os outros. Conhecermo-nos a nós próprios, vivermos bem con-nosco próprios é sempre um processo difícil.

A vossa principal atividade é, portanto, a formação…

Sim, podemos dizer que Mam-bré é a associação “mãe” reconhe-cida oficialmente pela Igreja e No-vahumanitas é a sua atividade apostólica, também constituída como associação, que tem estatu-to de utilidade pública concedida pelo Estado português. Situando-se no campo da psicologia huma-nista, é uma escola de formação para quem aspira a uma vida in-terior mais plena e mais profun-da em todas as dimensões da sua existência.

Na prática, qual a diferença en-tre Mambré e Novahumanitas?

A proposta de Mambré ofere-ce diversos meios de concretizar essa aspiração, sejam encontros, cursos, retiros, acompanhamen-to pessoal, etc. Não são formações teóricas, mas sessões de trabalho prático que conduzem à intros-peção e autoanálise. Começa por uma sólida formação humana, que ajuda a descobrir e desenvol-ver os talentos que Deus confia a cada um, aprofunda-se numa for-mação espiritual orante, que con-duz à íntima e contemplativa ex-periência de Deus Trindade, e complementa-se com a formação teológica, não só na comunidade, mas também nos institutos e uni-versidades.

O objetivo final é que sejam verdadeiros homens e mulhe-

res, em primeiro lugar, e depois verdadeiros cristãos, de profun-da vida de fé e testemunhas des-sa fé na sociedade em que vivem. Cristãos que possam ser elemen-tos dinâmicos e ativos nas comu-nidades.

A formação Novahumanitas, no entanto, é universal e pode ser frequentada por qualquer pessoa, independentemente do seu esta-tuto social, nível cultural, ideolo-gia política ou credo religioso. São, basicamente, sessões de formação humana sobre a essência da pes-soa, das suas relações e do seu de-senvolvimento.

O que oferecemos, depois, aos crentes, é o complemento da for-mação espiritual e mesmo teoló-gica.

Quem quiser pertencer à comu-nidade, como poderá fazer a sua integração?

Como disse, são convidados to-dos os que se identificam com esta espiritualidade e queiram fazer este caminho. No fundo, aqueles que sentem necessidade de mais formação.

Noto que hoje há muita falta de alicerces, de solidez humana, mesmo nos cristãos. Então, é por aí que começamos: ajudar cada pessoa a descobrir a riqueza que tem dentro de si e que, tantas ve-zes, está escondida ou deturpada por uma educação negativa ou repressiva, com medos, insatisfa-ções, complexos e compensações diversas.

Quem quiser aderir, basta que nos contacte e comece a frequen-tar as nossas formações em No-vahumanitas.

Porque quis vir para a diocese de leiria-Fátima?

Já tínhamos uma casa em São João da Talha - Lisboa, que é a nossa sede, mas sentíamos que seria bom vir para Fátima, dado que é um importante centro espi-ritual do País. Comunicámos esse desejo ao Bispo diocesano, que nos acolheu e é aí que estamos a centralizar a nossa ação.

A vossa presença será também uma mais-valia para a diocese?

Com certeza. Ao estarmos mais próximos e com maior visi-bilidade, podemos despertar nos diocesanos de Leiria-Fátima essa vontade de aprofundarem a sua formação humana e espiritual. É isso que temos para lhes oferecer, dotando, depois, a Diocese com pessoas mais conscientes e prepa-radas para a missão, para serem pedras vivas desta Igreja parti-cular nas suas famílias e comuni-dades. Deixamos desde já o con-vite às paróquias a que enviem pessoas para serem formadas em Novahumanitas, e futuramente, mais comprometidas na vida cris-tã pessoal e comunitária dessas mesmas paróquias.

Que mensagem deixaria, então, aos diocesanos?

Não é possível ser cristão sóli-do sem ser pessoa sólida, sem se conhecer a si mesmo e aos outros como pessoas. Tudo cai pela base, porque é construído sobre a areia. Por isso, procurem primeiro for-mar-se humanamente, para de-pois construírem a casa da sua fé sobre alicerces sólidos.

Todos queremos ser felizes, mas isso é consequência do modo como nos preparamos para viver em felicidade. É como ter saúde, um desejo bom que só se concreti-za se conhecermos a forma como funciona o nosso corpo e tiver-mos hábitos que respeitem esse funcionamento.

Então, é essa a mensagem: pro-curem meios para o autoconheci-mento e a autorrealização, para conhecerem os verdadeiros va-lores humanos que são o suporte dos valores cristãos e conduzem à felicidade. É essa a nossa “re-gra”: que cada um descubra, aco-lha e realize a vontade de Deus a seu respeito.

Noto que hoje há muita falta de alicerces, de solidez humana, mesmo nos cristãos.

DCA

DCA

3 de Julho de 2014 • 9

Page 10: 4188 P58 2014-07-03

4 de julho de 2009P. João Carlos Roma Leite Rodrigues5 de julho de 1992P. José Martins Alves

Ordenações AniversáriosAgenda

Cupão de assinatura Recortar e preencher o cupão com letra legível e dados correctos e

completos. Enviar para: PRESENTE Leiria-Fátima, Seminário Dioce-

sano de Leiria, 2414-011 LEIRIA

Contatos: 244 821 100 | [email protected]

x Desejo ser assinante do jornal . Para o efeito envio os

meus dados correctos e completos.

Nome

Data de Nascimento Nº Contribuinte

- -

Morada (Rua, nº da porta, lugar)

Código Postal

-

Telefone Telemóvel

Email

Paróquia

Preço assinaturaNacional: 20€ • Europa: 35€ • Resto do Mundo: 50€

Pagamento (selecionar opção) Cheque ou vale postal (à ordem de "Fundação Signis") Transfer. bancária para o NIB 001000004949385000119 (anexar comprova-

tivo) Débito bancário

(preencher autorização de pagamento que se segue):

Ex.mos Sr.s, solicito que, por débito na minha conta de depósito a seguir descrita possam ser feitos os pagamentos das subscrições que forem ordenadas por Funda-ção Signis. Esta transferência manter-se-á até indicação em contrário.

Banco Balcão

NIB

Titular da conta

Data Assinatura

- -

PUB

Anuncie aqui244 821 100

[email protected]

PUB

Souto da Carpalhosa:Tlm 967 033 542 / 963 261 485 / Tlm 963 022 997

Fax 244 613 315Leiria: Loja nas Galerias Jardins do Lis

Tel/Fax 244 825 847Resid em S. Romão: Tlm 962 900 546

PUB

Julho

4sexta

� Encontro de Noivos em LeiriaCentro de Preparação para o Matrimónio (4, 5 e 6)

Julho

5sábado

� Formação e atividades com jovensComunidade Cristo Betânia

Julho

10quinta

� Retiro espiritualCentro Voluntários do Sofrimento (10 a 13)

Julho

13domingo

� Peregrinação Internacional Aniversária a FátimaSantuário de Fátima (12 e 13)

� Missa de Aniversário da Dedicação da Catedral Celebração presidida pela Bispo Diocesano (19h00)

Julho

19sábado

� Retiro “Faz-te ao largo – novos tempos, grandes desafios”Fundação Maria Mãe da Esperança (19 e 20)

5 de julho de 1992P. Luís Manuel Morouço de Almeida Ferreira5 de julho de 1992P. Pedro Manuel Jorge Ferreira5 de julho de 1992P. Rui Acácio Amado Ribeiro5 de julho de 1992P. Vítor José Mira de Jesus

9 de julho de 2000P. Leonel Vieira Baptista

10 de julho de 1955P. Martinho Manuel Vieira

10 de julho de 1949P. Júlio Domingues Vieira

5 de julho, 21h30 Tributo ao Michael Jackson Espetáculo de Danças urbanas e Aéreas – Nellys Dance | Dança

5 de julho, 16h00 A Rota de um Crime Adaptação do Romance O Crime do Padre Amaro de Eça de Queirós | Teatro

6 de junho, 15h30 As aventuras de Tadeu Animação | Cinema

6 de julho, 16h00 A Rota de um Crime Adaptação do Romance O Crime do Padre Amaro de Eça de Queirós | Teatro

6 de julho, 21h30 Cadências obstinadas c/ Nuno Lopes | Franco Nero

Teatro José Lúcio da Silva

Programação

Santa Casa da Misericórdia de LeiriaConvocatória

Nos termos do n.º 2 do art.º 30,º do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericór-dia de Leiria, a pedido do senhor Provedor, convocam-se os Irmãos para reunirem em Assem-bleia Geral Extraordinária, no dia 12 de Julho de 2014, pelas 14h30, no Lar Nossa Senhora da En-carnação, em Leiria, coma seguinte

Ordem de Trabalhos: Ponto Único: Deliberar sobre a constituição de direito de superfície so-bre o imóvel “Igreja da Misericórdia de Leiria”. A favor do Município de Leiria, temporariamente.

Se à hora marcada não estiver presente a maioria dos Irmãos, a reunião terá lugar 30 minu-tos depois, em segunda convocação, desde que estejam presentes, pelo menos, 15 Irmãos, de acordo com o n.º 2 do art.º 28.º do Compromisso.

Leiria, 23 de Junho de 2014O Presidente da Assembleia Geral,António Carlos Carvalho

10 •

Page 11: 4188 P58 2014-07-03

MUNDO PAÍS

Papa solidário com populações da Síria e do Iraque

Papa Francisco recebeu responsáveis pelo apoio às comunidades cristãs orientais

O Papa Francisco manifestou no pas-sado dia 26 de junho a sua solidarieda-de às populações da Síria e do Iraque, du-rante um encontro com a assembleia da Reunião das Obras de Auxílio às Igrejas Orientais (ROACO), no Vaticano. “Expri-mo juntamente convosco a proximidade da Igreja Católica aos irmãos e irmãs da Sí-ria e do Iraque”, disse, durante a audiên-

cia que decorreu no Palácio Apostólico. O Papa saudou, ainda, a Ucrânia que vive uma “situação muito grave”, e a Roménia. O Papa formulou votos de que os cristãos orientais possam contar sempre com “o apoio da Igreja universal” para, com o seu testemunho de fé, ajudarem a “travar o fogo das armas, do ódio e da vingança”.

Ásia

Programa do Papa na Coreia do SulDe acordo com a sala de imprensa da

Santa Sé, o Papa vai seguir viagem do Ae-roporto de Fiumicino, em Roma, a partir das 16 horas (menos uma em Lisboa) de 13 de agosto com destino a Seul.

A chegada à capital sul-coreana está prevista para o dia seguinte às 10h30 (hora local, menos oito em Lisboa) e ao meio-dia Francisco celebrará “uma Missa privada na Nunciatura Apostólica”.

Para a tarde do dia 14 de agosto, às 15h45, está marcada uma “cerimónia de boas-vindas” ao Papa, nos jardins da “Blue House” em Seul, que será seguida de uma “visita de cortesia” à presidente sul-corea-na, Park Geun-hye.

A partir das 16h30, Francisco vai en-contrar-se com as autoridades políticas e sociais daquele país asiático, ocasião que será marcada por um discurso do Papa.

Mais ao fim da tarde, pelas 17h30, será a vez de Francisco passar pela sede da Conferência Episcopal da Coreia do Sul, para uma visita aos bispos sul-coreanos.

Para o dia 15 de agosto, solenidade li-túrgica da Assunção, está previsto um dos principais momentos da viagem do Papa ar-gentino à Coreia do Sul: a celebração de uma Eucaristia, a partir das 08h45, no estádio de Daejeon, onde nasceu Santo André Kim Taegon, primeiro padre e santo coreano.

No sábado, de volta a Seul, Francisco vai estar no Santuário dos Mártires de Seo So Mun para presidir a outro momento marcante da sua viagem: a Missa de bea-tificação de Paulo Yun Ji-chung e dos seus 123 companheiros, mortos durante uma

perseguição contra os cristãos em finais do século XVIII.

A cerimónia está prevista para as 10h00 – depois, às 16h30, o Papa argen-tino seguirá de novo de helicóptero para Centro de Recuperação de Deficientes, na “House of Hope” (Casa da Esperança) em Kkottongnae.

Quarenta e cinco minutos depois, parti-cipará num “encontro com a comunidade religiosa da Coreia no Centro de Formação “School of Love”, onde fará outro discurso.

Ainda na cidade de Kkottongnae, às 18h30, o Papa vai estar com “líderes do apostolado laical”, no Centro de Espiritua-lidade, antes de regressar a Seul.

No domingo, dia 17 de agosto, o Papa Francisco vai visitar a cidade e o Santuá-rio de Haemi, para um encontro com os bispos da Ásia. Pelas 16h30, Francisco ce-lebrará a Missa final da sexta Jornada da Juventude Asiática no Castelo de Haemi.

O último dia do Papa na Coreia do Sul, segunda-feira, 18 de agosto, será marcado por uma Eucaristia “pela Paz e pela Recon-ciliação” na Catedral de Myeong-dong, ar-redores de Seul.

Vaticano

Papa recebeu delegação ecuménicado Patriarcado de Constantinopla

O Papa Francisco recebeu no passado dia 28 de junho a delegação ecuménica do Patriarcado de Constantinopla, recordou a viagem à Terra Santa e reforçou o dom da unidade.

“Se aprendermos, guiados pelo Espíri-to Santo, a olharmo-nos sempre uns aos outros em Deus, será ainda mais expedi-to o nosso caminho e mais ágil a colabora-ção em tantos campos da vida quotidiana que já agora felizmente nos unem”, disse o Papa. Francisco aproveitou a oportunida-de para recordar a recente viagem e en-contro na Terra Santa com o Patriarca de

Constantinopla que “foram um dom espe-cial ter venerado, juntamente com Barto-lomeu I, aqueles lugares santos, nomea-damente o Sepulcro de Cristo.” O Papa aproveitou, ainda, para recordar a jorna-da vivida no dia 8 de junho no Vaticano, com a invocação pela paz na Terra Santa, acompanhados pelos presidentes israelita e palestiniano.

No encontro o Papa agradeceu ao Pa-triarca Bartolomeu o envio desta delega-ção e referiu a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo que se celebrou no domin-go, dia 29 de junho.

Angra

Jovem do caminho neocatecumenalparte em missão para a Mongólia

Sara Ferreira, natural de Ponta Del-gada, é a única jovem açoriana do cami-nho neocatecumenal a partir para uma missão ad gentes, que foi abençoada pelo Papa em fevereiro. Sara Ferreira vai em missão para a Mongólia no mês de julho, juntamente com uma “família” portugue-sa para “instalar os alicerces da palavra de Deus”, num total de 30 elementos. “Sin-to que estou a fazer- Lhe a vontade e que estou ao serviço Dele. Por isso sinto uma grande paz interior” disse Sara, adminis-

trativa na empresa familiar, que reco-nhece que esta experiência “vai ser uma evangelização”. Aos 24 anos, já com algum caminho percorrido na primeira comuni-dade neocatecumenal da paróquia de São José, Sara Ferreira, parte com uma única certeza: “Ele não me vai abandonar”. Disse, ainda que se colocava nas mãos de Deus e que “Só tinha bilhete de ida…logo se vê como corre…não costumo criar muitas ex-pectativas”.

Porto: Bispo quer «viver perto e estar perto das pessoas»

D. António Francisco passou a noite de São João nos bairros mais pobres

D. António Francisco, bispo do Por-to, passou a noite de São João nos bairros mais pobres da diocese e quer “viver perto e estar perto das pessoas”.

“A proximidade é a minha maneira de ser e de viver e essa é a missão que enten-do para os bispos e para os padres e para todos os grupos e cristãos. Quis, na noi-te de São João, visitar os bairros mais po-bres, num momento de alegria, nesta terra de liberdade e de festa e que sabe saborear a alegria mas que há zonas muito pobres que há necessidade de dar voz e de ouvir para saber como ajudar”, disse em declara-ções à Agência ECCLESIA..

Olhando para a realidade social da dio-cese D. António Francisco sente a marca das famílias “fragilizadas pelo desempre-go” e por “muitos desaires que foram en-

contrando na vida”.“Sentimos que a realidade social tem

dores e sofrimentos muito profundas nas famílias desempregadas, nos pobres que ao longo de muito tempo não encontram solução, não só por sermos muitos mas também porque há franjas da sociedade que estão carecidas. Os idosos, margina-lizados e as famílias desestruturadas, e os casos de desemprego que assolou o norte e em concreto a diocese do Porto, essa rea-lidade exige uma atenção e uma resposta mais eficaz”, afirmou, ainda, o Bispo.

Após três meses à frente da diocese do Porto D. António sente-se já um portuen-se “de alma e coração” e quer aprender a ser mais portuense porque isso é também ser “cada vez melhor servidor da Igreja”.

Conferência episcopal regista aumento de católicos

Nova edição do «Anuário» mostra ainda quebra no número de padres

A Conferência Episcopal Portuguesa na 23ª edição do Anuário da Igreja que pu-blicou recentemente revela um aumen-to de 1,28% no número de católicos desde 2006.

O Anuário de 2014 sucede à edição de 2009 e apresenta dados relativos ao perío-do de 2007-2011, retomando o trabalho da Secretaria de Estado do Vaticano, através do seu Departamento Central de Estatísti-

ca. Os católicos passaram, neste período de 9,33 para 9,45 milhões, crescendo também no que diz respeito à sua percentagem na população total (de 88,1 por cento para 88,5), actualmente com 10,68 milhões de habitantes. O Anuário refere igualmente uma quebra no número de sacerdotes: de 2880 padres diocesanos no ano de 2007 para 2661 em finais de 2011, menos 7,6 por cento.

DR

DR

3 de Julho de 2014 • 11

Page 12: 4188 P58 2014-07-03

Sociedade e Cultura

“Podem não voltar… mas vão sempre”

Bombeiros do Sul de Leiria celebram aniversário

No próximo dia 6 de julho celebram-se os 16 anos sobre a criação da Associação dos Amigos de Bombeiros do Sul do Concelho de Lei-ria. À data, foi denominada de Secção de Bombeiros de Santa Cata-rina da Serra, e ficou instalada naquela freguesia, dando primazia ao socorro e emergência pré-hospitalar. Em 15 de Fevereiro de 2008 adotou a atual denominação.

Deste modo as comemorações deste aniversário celebraram-se no dias a 5 e 6 de julho nos Cardosos em Santa Catarina da Serra.

No sábado, dia 5, serão apresentados eventos de caráter despor-tivos, lúdicos e musicais, com um jantar servido nas instalações da Associação, em Cardosos.

No dia seguinte, domingo, o programa inicia com a Missa solene, presidida pelo Bispo D. Serafim Ferreira e Silva, às 15h30 e durante a tarde haverá animação musical.

Integrado no programa das comemorações do aniversário da As-sociação realiza-se, no dia 5, o jantar de angariação de fundos que decorrerá no quartel, nos Cardosos, às 20h00.

Jornais e jornalistas partilham ideiasImprensa regional de leiriadebate presente e futuro

O sector está em crise, há cada vez menos jornalistas nas redac-ções e, por outro lado, cada vez mais pessoas a fazer-lhes concor-rência nas redes sociais online. E ainda continua a discutir-se, cer-ca de 20 anos depois, qual é “o” modelo de negócio para o digi-tal, isto é, como fazer dinheiro. Uma questão que muitos levan-tam, mas poucos ousam respon-der. Esta foi uma parte da conver-sa “Imprensa regional: Que papel para o papel?”, que reuniu, dia 27 de junho, no Fórum Fnac Leiria, profissionais dos quatro jornais com sede em Leiria – o PRESEN-TE foi um deles.

As dificuldades pelas quais passa o sector é determinada – como foi referido – pelas adminis-trações, que parecem ligar pouco a estas questões, tal como os de-partamentos comerciais. Chega-mos ao público, que é por quem tudo isto realmente interessa. No caso do jornal diocesano de Lei-ria-Fátima, é constituído sobretu-do pelos “fiéis”, que procuram in-

formação do que se passa na sua paróquia e na Diocese. Mas isso não implica circunscrever os con-teúdos exclusivamente à temáti-ca eclesial. “Centrar no jornalis-mo religioso não implica que não se olhe para o social e o cultural, pois também aí a Igreja tem uma palavra a dizer”, mas esse aspec-to está ainda em fase embrioná-ria, por “exigir recursos que não é fácil garantir”, referiu o jornalista Luís Miguel Ferraz. Também nes-te jornal se partilham os mesmos problemas dos outros. “Para um jornalismo pensado e bem elabo-

rado, é preciso pessoas e tempo, mas quase todas as redacções es-tão a funcionar com os mínimos”, apontou.

Numa conversa que envolveu o público, ainda assim em núme-ro reduzido, concluiu-se que o pa-pel da imprensa regional “é re-levante” para as comunidades e territórios. Quanto ao futuro e em que suportes, a maioria defende que irá manter-se o papel e o onli-ne, considerando a diversidade de interesses e públicos.

Pedro Jerónimo(colaboração)

*Pinhal da Artes em S. Pedro. * São 38 espaços performativos, mais de 200 artistas e 180 voluntários, para mais de 500 espetáculos e atividades pedagógicas. É o Pinhal das Artes, festival de artes para a primeira infância (0 a 6 anos), que está de regresso ao Lugar das Árvores, no Pinhal do Rei – Mata de S. Pedro de Moel, nos dias 1 a 3 de julho para creches e jardins de infância e nos dias 4 a 6 para famílias.Info: pinhaldasartes.blogspot.pt.

*Concertos de Verão 2014 em leiria. * Entre 4 de julho e 22 de agosto, o Município de Leiria e a Associação das Filarmónicas do Concelho levam, às sextas-feiras, ao Jardim Luís de Camões, a música ligeira e a música sinfónica. A ideia é promover a animação de verão na cidade. No final, o público é convidado a dançar.

*Passeio Tira Ferrugem nas Fontainhas da Serra. * A Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Fontainhas da Serra, Atouguia, está a promover o XI passeio em motos antigas “Tira Rerrugem” no próximo dia 6 de julho. O

passeio tem inicio às 08h30 e termina com almoço convívio às 13h00 no parque de lazer das Fontes, Fontainhas da Serra. Info: 910418839.

*Torneio de Setas em Porto de Mós. * Nos próximos dias 5 e 6 de julho realiza-se um Torneio de Setas, no Largo de S. João, em Porto de Mós. Os interessados deverão realizar a sua inscrição até ao dia 4 de julho através do contacto 915875291 e ainda poderão encontrar mais informações na página do facebook: TorneioLucky7/timeline.

*Cartão Municipal da Juventude apresentado em ourém. * No passado mês de junho foi apresentado, em Ourém, o Cartão Municipal da Juventude. Este cartão tem como objetivo contribuir para a formação e o desenvolvimento da juventude deste município, através do acesso a iniciativas e bens que promovam a qualidade de vida e realização pessoal e pretende, ainda, incentivar o acesso a equipamentos culturais, desportivos, comerciais e outros, que se revistam de interesse para a comunidade jovem.

*First Festival Praia do Pedrógão. * É já nos próximos dias 4 e 5 de julho que a região centro recebe o seu primeiro festival de Verão “First Festival Praia do Pedrógão”. Nesta iniciativa, que decorre entre as 23h00 e as 06h00, estarão presentes dezasseis Dj’s,s. As pulseiras encontram-se à venda no Teatro José Lúcio da Silva e nas associações de estudantes das escolas secundáias Afonso Lopes Vieira e Domingues Sequeira. Na Praia do Pedrógão, estão à venda no Rotunda Bar, Bar Holandês e Parque de Campismo.

*Festival de Folclore “Vila da Caranguejeira 2014”. * O Rancho Folclórico dos Soutos, Caranguejeira, apresenta o Festival de Folclore “Vila da Caranguejeira 2014”, no próximo dia 12 de julho no Parque Natural da Barroca da Gafaria. Este festival “considerado uma manifestação de referência no domínio da Cultura Tradicional Popular da nossa região” apresentará, às 21h30, uma representação etnográfica sobre “A Escola de Ontem” e ainda atuações dos grupos participantes.

Colégio de São Mamede

Festa de finalistas engalanadaNo passado dia 27 de junho, reuniram-se alunos, pais e colabora-

dores do Colégio de São Mamede num baile de Gala para comemo-rar o final de mais uma etapa para os alunos do 9.º ano de escolarida-de. A festa começou com a receção aos convidados, vestidos a rigor, no jardim do restaurante “Casalinho Farto”, de seguida deu-se iní-cio ao animado jantar. No final do jantar, a prof. Manuela Santos, em nome da Direção do Colégio, tomou a palavra e felicitou os alunos pelo final de mais uma etapa das suas vidas e desejou-lhes um futu-ro risonho e brilhante. As Diretoras de Turma chamaram os alunos e distribuíram os diplomas a cada um. No final, cantaram-se os pa-rabéns aos finalistas. A festa continuou e ainda houve oportunida-de de dar um pezinho de dança.

Teresa Vieira (colaboração)

Breves

PJ

DR

12 •

Page 13: 4188 P58 2014-07-03

OPINIÃO

Ana Paula SantosSenior Partner da aps Consultores - Núcleo de Leiria da ACEGE

MacauVermelho e ouroOferendaTesouroOpulência e exotismoFaustoVícioBallet de côre de perfumede flores sem azedumeOdorPiares além e aquémTamboresTradiçõesEmoçõesClamores.

Assim…Ilha perdidaIlha encontradaDe brilhos mascaradaPor luzes ofuscadaPor gentes e gentes Vista visitadaPerdidaInaugurada.

liderança: missão e serviçoTive o privilégio de, no passa-

do dia 2 de junho, ouvir o Padre Geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, numa conferên-cia que deu em Coimbra sobre Liderança Inaciana. Na sua inter-venção, começou por apresentar três características da Liderança Inaciana: ser Espiritual (partir do coração, partir de um caminho interior), ser Sábia (capacidade de discernir) e ser Prática (estar ao serviço de uma missão con-creta; se não é prática, não serve).

Temos humildade para refletir se, nas nossas organizações, te-mos boas lideranças que permi-tam ter os melhores resultados ou se temos más lideranças que levam a perdas de negócios, de clientes, ou seja, que levam a re-sultados aquém do possível e do desejável? Na edição de maio da

Harvard Business Review é publi-cado um estudo, o Gallup’s 2013 State of the American Workplace Report, que evidencia que ape-nas 30% dos colaboradores es-tão ativamente comprometidos e realizam um bom trabalho nas suas empresas; 50% vão cumprir o horário de trabalho e 20% ma-nifestam o seu descontentamen-to influenciando negativamente o trabalho dos colegas, perden-do dias de trabalho e levando à perda de clientes devido ao seu mau desempenho. Apenas es-tes 20% de colaboradores cus-tam, por ano, à Economia Ameri-cana meio trilião de dólares! Qual a explicação para estes números? De acordo com este estudo da Gallup a principal razão é a má li-derança.

O Padre Nicolás falou nas qua-

lidades de um líder: ser FOCA-DO (saber o que quer), ser FLE-XÍVEL (não impõe as suas ideias), ter RAPIDEZ DE DECISÃO (sem-pre baseado em factos), ser AMI-GÁVEL, ter SENTIDO DE HUMOR e ser FUNCIONAL (ser capaz de traduzir a visão em ações con-cretas). Sendo todas estas carac-terísticas importantes, destaco duas: ser flexível e ter sentido de humor. Sobre ser flexível, o Pa-dre Nicolás deu como exemplo a obediência inaciana: “se um su-perior dá uma ordem que pare-ce tonta, o subordinado deve co-municar isto ao superior. E, se for necessário, deve fazê-lo por es-crito.” Sobre o sentido de humor disse o Padre Nicolás: “Não há nada pior do que um chefe sem sentido de humor. Uma pessoa com sentido de humor sabe rir-

se de si mesma. Um líder deve rir-se às gargalhadas. O sentido de humor humaniza a nossa vida. Os árabes dizem que quem não tem sentido de humor não tem alma.”

Sábias palavras estas do Padre Nicolás que afirmou ainda que “A liderança só faz sentido se estiver ao serviço de uma missão con-creta. É necessário rever os esti-los para corresponder aos reptos e aos desafios com que somos confrontados.”

Penso que vale a pena refletir e passar à ação aplicando os en-sinamentos do Padre Adolfo Ni-colás que, já no final da confe-rência, referiu: “O bem comum, o bem de todos é o que deve re-ger quem lidera. O líder reage à realidade com todo o seu ser. E o amor entra na liderança.”

No silêncioda oração

Irmãs Clarissasde Monte Real

Celebrámos no dia 15 de Ju-nho a grande Solenidade da San-tíssima Trindade, dia propício para nos centrarmos neste gran-de Mistério que fascina e atrai. Somos convidados a mergulhar em profunda e íntima união com este Deus de Amor, Uno e Tri-no, mesmo sem O compreender porque é Mistério. Celebramos também o Dia Mundial de Ora-ção pelos Consagrados de Vida Contemplativa – Dia Pró-Oranti-bus. Esta forma de vida tem a sua origem na Família Divina de Deus Pai, de Deus Filho e de Deus Espí-rito Santo. Embora a vocação es-pecífica dos contemplativos seja a íntima união com Deus, através de uma vida de intensa oração, também eles precisam da ora-ção de toda a Igreja, desta Igre-ja Mãe, que cuida com maternal solicitude de todos os seus filhos.

A vida destes homens e mu-lheres que escolheram a Vida em clausura está envolvida no mis-tério de Deus. Embora huma-

namente não se compreenda, o mistério seduz, atrai. Temos ain-da diante dos olhos o impressio-nante e luminoso filme “O gran-de Silêncio” do realizador Philip Gröning. Encheu salas de cinema, atraiu multidões, deslumbrou olhares, tocou milhares de vidas. Estranho silêncio que disse mais do que milhares de palavras. Na sua Mensagem para o Dia Mun-dial das Comunicações deste ano de 2012, Bento XVI afirma: “Quando as mensagens e a infor-mação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório”.

O silêncio dos Mosteiros, onde tantos homens e mulheres vivem a sua história de amor com Aquele que os escolheu e cha-mou, é para o mundo a tenda do encontro onde Cristo estabelece uma aliança de amor com a pró-pria humanidade. Estes espaços onde o silêncio grita mais alto do que a palavra são os “pulmões verdes da cidade dos homens” como afirmou recentemente o mesmo Papa. Aí, o homem fati-gado da caminhada, pode en-

contrar um oásis de paz, de ora-ção e de silêncio que lhe permite continuar o regresso à casa do Pai. Assim o mundo está semea-do de inumeráveis vidas feitas si-lêncio; silêncio contemplativo, si-lêncio sentido e vivido, silêncio livremente escolhido. Uma op-ção de vida feita livre e cons-cientemente mas que a maioria das pessoas não compreende. Há quem os defina por “pessoas inúteis”, “fora do mundo”, “vidas desperdiçadas”. Quando se come o pão, quem se lembra do fer-mento? Quando contemplamos uma catedral, quem faz memória dos seus alicerces? Qual é o agri-cultor que ao recolher o fruto da árvore recorda a seiva que cor-re no tronco? Tudo isto são es-tes homens e mulheres no corpo místico de Cristo. Deste número fazem parte a grande Família das Irmãs Clarissas desde há 8 sécu-los. Com vida de silêncio, traba-lho e intensa oração, os contem-plativos/as reforçam o apelo à sociedade de hoje feito pelos in-dígenas brasileiros e que o escri-tor alemão Michael Ende nos re-corda: “Nestes últimos tempos,

andamos para a frente tão rapi-damente com o progresso, que temos de parar um pouco para permitir que as nossas almas nos acompanhem”.

Apesar de, aparentemente, o homem parecer ter chegado ao topo, de tão facilmente prescin-dir de Deus, de se considerar o senhor da história, de pretender ter o destino nas próprias mãos, por vezes bem frágeis, não dei-xa de se afundar na sua ínfima condição de simplesmente cria-tura. Mas Deus não desiste de procurar o filho pródigo, que se esconde no mais ruidoso e des-truidor barulho material, moral e psicológico. Por isso o Pai mise-ricordioso sai cada manhã, cada anoitecer ao seu encontro por estradas e atalhos, pela palavra e pelo silêncio a fim de o trazer de regresso à casa paterna. Quan-tas vidas reencontradas e renas-cidas através destes espaços si-lenciosos dos Mosteiros. Com frequência se ouvem expressões como esta: Logo que transponho o portão do jardim do mosteiro, sinto uma paz e serenidades es-peciais, que não se encontram lá

fora; somos envolvidos por um sagrado silêncio, tocamos o pró-prio Deus. É a presença e o silên-cio de Deus e somente de Deus que atrai e seduz. Toda esta paz e serenidade são somente fruto da Palavra eterna do Pai, presen-te no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Essa é a Fonte, a origem de todo o bem que continuamente se derrama sobre aqueles que de coração simples e humilde dela se aproximam. Alguém que vive junto de um Mosteiro confessa que, nas frequentes noites de in-sónia, levanta-se e através da ja-nela do quarto fixa o olhar nos vitrais da igreja, tenuemente ilu-minados pelas lamparinas do sa-crário e, após alguns momentos de oração se sente envolver por uma atmosfera de paz, serenida-de e confiança.

Na sociedade marcada pela técnica e o progresso, mas tam-bém por uma terrível confusão de valores e contra-valores, a vida dos Consagrados de clau-sura continua a ser actualíssima e essencial para um sadio equi-líbrio social.

Margarida hadererProfessora

3 de Julho de 2014 • 13

Page 14: 4188 P58 2014-07-03

Comentário LITURGIA 6/jul

Os SacramentosOrdemÉ muito importante haver bispos e padres. Estes recebem o poder de Jesus e a missão de servir na festa da Ordena-ção. Nesta festa os bispos, através de Jesus, ordenam os sacerdotes, e como eles são um dom de Jesus. Este é mais um dos sacramentos a acrescentar àqueles que já conheces. Devemos rezar muito pelos sacerdotes. Não só por serem um grande dom de Jesus, mas também para que eles cum-pram bem tudo aquilo que pode e deve fazer um sacerdote.

O

s desenhos da Ia Agora escolhe...

A fé não vai de férias...As férias são ótimas, podes descan-sar, brincar, ir muitas vezes à praia e o mais importante, fazer isto tudo na companhia da tua família. No en-tanto importa não esquecer que a fé não vai de férias. Não há catequese mas podes sempre ir à Missa e, se for o caso, até podes ir visitar a igreja onde estás de férias e partici-par na celebração.Para que possas sentir que Jesus está sempre contigo, o Presentinho deixa-te algumas atividades, ao lon-go das próximas semanas.Esta semana propomos-te uma Caça ao Tesouro. Segue as pistas e desco-bre o que devemos guardar sempre no nosso coração!

A linguagemdo Coração É o mesmo Espírito que ressuscitou Jesus que nos jun-ta, especialmente ao Domingo – dia da Ressurreição –, para glorificarmos o Pai. E, assim, alimentados pelo Verbo de Deus, vamos conhecendo cada vez mais es-ses insondáveis mistérios da nossa salvação. Também nós hoje, integrados numa comunidade cristã, faze-mos parte dessa imensa cadeia de crentes que se apro-xima de Deus através das limitações de cada tempo, mas com a vantagem, verdadeiramente um privilé-gio, de sermos já nascidos das águas do novo batismo e, por conseguinte, perpassados pelo Espírito de Deus que habita em nós. Continuamos, contudo, a construir essa aproxima-ção a Deus que queremos cada vez mais estreita, mas conscientes de que «ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». As palavras de Isaías são por nós, hoje, lidas com mui-ta clareza, pois o Messias em que acreditamos reve-lou-se de facto como fora anunciado: o nosso rei, justo e salvador, veio ao nosso encontro, não montado num corcel, mas antes «humildemente montado num ju-mentinho». Esta passagem traz-nos à ideia – até pela formulação literária – não apenas a entrada de Jesus na cidade santa, antes da Páscoa, mas toda a ação de Cristo, Verbo que montou tenda entre nós, desde logo no cenário da Encarnação (um presépio), mas sobre-tudo no seu trono glorioso, o âmago do mistério pas-cal, que é a Cruz. Esta chave de leitura é a que abre a interpretação para o entendimento do domínio de Cristo, o destruidor dos carros de combates, dos cavalos de guerras e dos arcos de todos os conflitos. E assim anunciará a paz a todas as nações, de um modo especial como o fixa-ram os evangelistas: como Aquele que nos revela o Pai, assim nos tornemos como crianças; como Aque-le que tudo quer atrair a si, sobremodo os que andam cansados e oprimidos; como Aquele que quer ser o alí-vio das dores humanas e descanso das nossas almas. O seu coração – verdadeira imagem do amor de Deus pelo mundo – é manso e humilde, de tal forma que foi trespassado e agora mostra o lado aberto de onde saiu a Igreja, o lado aberto que se mostra descanso para a humanidade. Do seu coração trespassado na cruz saí-mos, como afirmavam os antigos escritores do Cristia-nismo; a ele haveremos de voltar, para alívio e descan-so das nossas almas. E assim viveremos segundo o Espírito, continuando a construir o corpo do Ressuscitado, proclamando a gló-ria do Seu reino e anunciando os Seus feitos gloriosos. E assim viveremos segundo o Espírito, configurando o nosso coração com o de Cristo até que o nosso coração seja manso e humilde como o de Cristo e até que Cris-to nos revele o Pai. É esta a razão pela qual o povo de Deus se habituou a dizer: “Jesus manso e humilde de Coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso!”. A linguagem do Cora-ção leva-nos a aproximar cada vez mais de Deus, mer-gulhando no mistério inefável do seu Amor que que-remos conhecer, experimentar e viver.

Marco daniel duarteDiretor do Museu do Santuário

14 •

Page 15: 4188 P58 2014-07-03

Ano A • Tempo Comum • XIV DomingoLeitura I

Leitura da Profecia de ZacariasEis o que diz o Senhor: «Exulta de alegria, filha de Sião, solta brados de júbilo, filha de Jerusalém. Eis o teu Rei, justo e salvador, que vem ao teu encontro, humildemen-te montado num jumentinho, filho duma jumenta. Destruirá os carros de comba-te de Efraim e os cavalos de guerra de Je-rusalém; e será quebrado o arco de guerra. Anunciará a paz às nações: o seu domínio irá de um mar ao outro mar e do Rio até aos confins da terra».Palavra do Senhor. Zac 9, 9-10

Salmo

R. Louvarei para sempre o vosso nome,Senhor, meu Deus e meu Rei.Ou: Aleluia.

Quero exaltar-Vos, meu Deus e meu Rei,e bendizer o vosso nome para sempre.Quero bendizer-Vos, dia após dia,e louvar o vosso nome para sempre.

O Senhor é clemente e compassivo,paciente e cheio de bondade.O Senhor é bom para com todose a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturase bendigam-Vos os vossos fiéis.Proclamem a glória do vosso reinoe anunciem os vossos feitos gloriosos.

O Senhor é fiel à sua palavrae perfeito em todas as suas obras.O Senhor ampara os que vacilame levanta todos os oprimidos. Salmo 144 (145), 1-2.8-9.10-11.13cd-14

(R. 1 ou Aleluia)

Leitura II

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos RomanosIrmãos: Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, não Lhe pertence. Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Je-sus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos cor-pos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós. Assim, irmãos, não somos devedo-res à carne, para vivermos segundo a car-ne. Se viverdes segundo a carne, morre-reis; mas, se pelo Espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis.Palavra do Senhor.

Rom 8, 9.11-13

Aleluia

Refrão: Aleluia. Repete-seBendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,porque revelastes aos pequeninosos mistérios do reino. Mt 11, 25

Evangelho

Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sá-bios e inteligentes e as revelaste aos peque-ninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque as-sim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho se-não o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser re-velar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de cora-ção, e encontrareis descanso para as vos-sas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».Palavra da salvação. Mt 11, 25-30

Oração dos Fiéis

Carissimos irmaos e irmas:Oremos ao Senhor, que nos deu a forca do Es-pirito para fazermos morrer as obras da carne, e, em nome de toda a humanidade, invoquemo--l’O, dizendo (ou: cantando):R. Ouvi-nos, Senhor.Ou: Ouvi, Senhor, a nossa oracão.Ou: Senhor, venha a nós o vosso reino.

1Para que o Papa Francisco, os bispos e os presbíteros e todos os chamados ao

serviço pastoral sejam firmes no amor e na generosidade e dêem testemunho, por pa-lavras e por obras. Oremos.

2Pela Igreja, para que se apresente ao mundo como portadora de justiça e de

paz, desejosa unicamente de pôr-se ao ser-viço da humanidade. Oremos.

3Para que os governantes e todos os que exercem cargos públicos sejam firmes

no serviço ao bem comum, e os povos pos-sam viver tranquilos e progredir no bem--estar, na justiça e na liberdade. Oremos.

4Pelos homens e mulheres do nosso tempo, sobrecarregados pelas dificulda-

des da vida para que descubram em Cris-to o verdadeiro descanso, alívio e a luz das nações. Oremos.

5Pelas famílias e por todos os que so-frem ameaças e violência na socieda-

de para que o espírito fraterno da nossa comunidade seja alívio, conforto e segu-rança. Oremos

6Para que esta assembleia e a nossa Pa-róquia perseverem na fé e na oração, e

os seus membros cresçam no respeito mú-tuo. Oremos.

Senhor, que na palavra proclamada neste dia nos revelais a mansidao do vosso Filho, o Sal-vador que veio ao nosso encontro, ensinai-nos a louvar o vosso nome e a exaltar-Vos como nos-so Deus e nosso Rei. Por Cristo, nosso Senhor.

Sugestão de cânticos

13 de julho | Tempo Comum | XV Domingo

EntradaEu venho Senhor - A. Cartageno, 377Senhor ficarei saciado - M. Luís, 763

SalmoA semente caiu em boa terra - M. Luís, 115Proclamarei a Vossa Palavra - M. Luís, 685

Apresentação dos DonsRecebei Senhor o pão - Espiritual negro, 714 Ditosos os que Te louvam - F. Santos, 297

ComunhãoUma sementinha de trigo - F. Fabretti, 836 Então Deus vive já no meio - K. Grahl, 333

Pós-comunhãoTua Palavra me dá vida - A. Espinosa, 828 A semente é a palavra - C. Silva, 116

FinalDá-nos um coração, A. Espinosa, 259Sois a semente - C. Gabarain, 793

notas

�Correções, sugestões e observações à lista devem ser enviadas para [email protected]

�Os números a seguir ao autor do cântico remetem para a coletânea Laudate

�As sugestões de cânticos são para o domingo a seguir ao das leituras, a fim de permitir a preparação dos grupos corais.

�Como o jornal Presente sai à quinta-feira, as leituras referem-se ao domingo imediatamente a seguir, para oferecer aos leitores a possibilidade de refletirem e se prepararem para a celebração que se aproxima, na atualidade do tema litúrgico da semana que se seguirá.

PUB

ECOGRAFIA / DOPPLER /ECOCARDIOGRAFIA

TAC / MAMOGRAFIA / RX / OSTEODENSITOMETRIA

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ARTICULAR

Telefone 244 850 690 / Fax 244 850 698Largo Cândido Reis, Nº 11 / 12 • 2400-112 LEIRIA

Comentário LITURGIA 6/jul

PUBPUBPUB

3 de Julho de 2014 • 15

Page 16: 4188 P58 2014-07-03

Estar atenta a estas

situações é algo inerente à própria essência da Igreja porque é inerente ao amor e o amor é a razão de ser da Igreja.

3 de Julho de 2014

Promover a inclusão socialNum momento tão difícil como o

que atravessamos é inegável o pa-pel que a Igreja tem tido no apoio so-cial a quem mais sofre os efeitos da crise económica. Por isso, damos des-taque esta semana ao projecto Franchi-sing Social potenciado pelo Marketing Social, que está a ser desenvolvido pela Cáritas Portuguesa, com o apoio técni-co-científico da IPI Consulting Network, co-financiado pelo Programa Opera-cional de Assistência Técnica/Fundo So-cial Europeu apresentado ao públi-co em Leiria, na passada sexta-feira, dia 27 de junho, pela Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima. Projetos destes são, sem dúvida alguma, importantes, porque combatem a pobreza, promovem a in-clusão social das pessoas, pela via do empreendedorismo, apostando na mu-dança, o que garante o futuro. Estar atenta a estas situações é algo ineren-te à própria essência da Igreja porque é inerente ao amor e o amor é a razão de ser da Igreja.

Por vezes, podemos ter a sensação de que a Igreja sente ainda pouco esses problemas, o que se fosse verdade, se-ria inquietante. Como Igreja temos de estar atentos a estas realidades e fazer alguma coisa. E tem-se feito. Claro, que há muito caminho por percorrer. Preci-samos cada vez mais de audácia e cria-tividade para concretizarmos na vida o que Jesus nos pede. Há que confiar nas gerações mais novas e esperar delas uma atitude mais ativa no trabalho so-cial. Iniciativas destas ajudam, conforme referiu Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, a dar um rosto mais humano a uma economia que só pen-sa no lucro.

Um cristão não se anuncia a si mesmo, anuncia outro,

prepara o caminho para outro, o Senhor. Papa Francisco

Carlos Magalhães de [email protected]

editorial

O Papa Francisco recebeu, na passada segunda-feira, no Vaticano, os novos reis de Espanha, Felipe VI e Leticia, na sua primeira viagem oficial como monarcas.

EFE

Uma viagem ao mundo através de uma mensagem universal

Presépios do mundo expostos em FátimaEstão expostos, desde o início de maio

até final de outubro, no salão paroquial de Fátima, 300 presépios originários de vá-rios países do mundo. A iniciativa, da paró-quia de Fátima, insere-se no biénio pasto-ral diocesano dedicado à família. “Sendo a família de Nazaré o paradigma e exemplo para todas as famílias, pensámos em fazer uma exposição com presépios, onde se des-tacam Jesus, Maria e José”, refere o padre Rui Marto, pároco de Fátima.

Os presépios expostos são feitos dos mais variados materiais: barro, porcela-na, vidro, madeira, ferro, cobre, chumbo e até miolo de figueira e fazem parte da co-leção de Fernando Canha da Silva, major

general do Exército reformado. Demons-trando a universalidade do nascimento de Jesus, as representações provêm dos cinco continentes, de países como: Rússia, Iraque, Perú, Congo e Timor. “Com estes presépios, nós encontramos uma arte do mundo in-teiro e expressões de fé e de profundidade cristã”, refere o pároco.

Desde a inauguração, cerca de mil vi-sitantes já apreciaram as obras expostas. “Caso nos seja pedido um outro acompa-nhamento à exposição, sobretudo a grupos, há essa possibilidade”, garante. A exposição pode ser vista, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h00. \ DCA

Algumas das matériasprimas utilizadas:Portugal: linho, barroInglaterra: porcelanaHolanda: resinaBósnia: folha de bronzeJerusalém/Palestina: oliveira, madrepérolaVietname: esferovite, papel de revistaJapão: madeira pintadaBrasil: cabaças, látex (árvore da borracha)Chile: crina de cavaloPeru: pintura a óleoAustrália: madeira de sassafraz

DR

16 •