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45 Ano VIII Boletim Paroquial de S. Pedro da Cova outubro 2016 NOVO ANO PASTORAL MÚSICA LITÚRGICA

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NOVO ANO PASTORAL MÚSICA LITÚRGICA

Todos os homens andam à procura das fontes da Alegria. Quem não deseja encontrar o que dê mais beleza à vida, a faça com mais sentido, nos traga a felicidade e a plenitude? Esta procura é uma espécie de motor que faz girar a nossa vida. Para alguns será um desejo irrealizável que serve só para motivar os fracos, para nós, cristãos, é uma realidade: acreditamos que procuramos e que encontramos a Fonte da Alegria, Aquele que nos alimenta, cujo amor jorra para a nossa vida, e nos faz encontrar a plenitude. Mas não podemos possuí-Lo, muito menos podemos fechá-Lo como se fosse algo só para nós. Por isso, à medida que o encontramos, continuamos a procurá-Lo porque assim nos chama a crescer cada vez mais.

Este ano Pastoral está marcado por este convite a renovar-nos nas fontes da alegria. E assim queremos organizar e viver o nosso ano pastoral celebrando e procurando beber dessa alegria que Deus nos dá.

E temos uma excelente companhia: Maria, a Mãe de Jesus, é uma grande companheira para quem quer caminhar para Deus. A propósito do centenário das aparições em Fátima, juntamos Maria ao nosso lema pastoral para assim ficarmos bem guiados na procura de Jesus. Essa é a principal missão de Maria: dar-nos Jesus!Eu sei que muitas vezes Fátima confunde-se com comércio, com fé muito pouco esclarecida, com superstições, com exploração… Mas não podemos esquecer que o mais importante do santuário de Fátima é Deus. E, talvez este centenário seja uma boa oportunidade de conhecermos a mensagem de Fátima.

A mensagem de Fátima é a mensagem do Evangelho. E não podia ser de outra maneira: nada se pode acrescentar ao Evangelho que é a maior revelação de Deus. Mas, os acontecimentos de Fátima veem recuperar, chamar a atenção, colocar em certo contexto histórico, tudo aquilo que é o Evangelho. Por isso, 100 anos passados, seria bom que pudéssemos conhecer e atualizar o que se passou, e se passa, em Fátima. A visita do Papa Francisco servirá, certamente, para confirmar a importância de Fátima e a tornar mais universal. Mas, também, que bom seria que a tornasse mais pessoal, mais de cada um de nós.

Fica o convite e a sugestão: no nosso trabalho quotidiano, nas nossas atividades do costume, nos lembrarmos que há uma fonte para nos refrescar, nos fortalecer… Não podemos nunca esquecer-nos disso. E que todos precisam de a encontrar… a todos precisamos de a indicar, de caminhar em conjunto, com Maria, nossa Mãe e mestra da nossa Fé.

“Com Maria, renovai-vos nas Fontes da Alegria”

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AGENDA

16 Outubro – Jubileu do Anunciar28 Outubro – Reunião do Conselho Pastoral29 Outubro - Procissão N. Senhora 1 Novembro – Todos os santos/Fieis Defuntos 13 Novembro – Encerramento Jubileu Misericórdia27 Novembro – Início do Advento8 Dezembro – Bênção das Grávidas12 Dezembro – Aniversário Agrupamento Escuteiros

TODOS OS SANTOS/FIEIS DEFUNTOS

Agora que foi recolocado o feriado no dia de Todos os Santos, voltamos a ocupar esse dia a recordar os nossos que já partiram. Todos sabemos que há uma confusão entre os dois dias: de Todos os Santos e de Fiéis Defuntos… a confusão nem é de todo despropositada: celebramos a fé com os que já estão em Deus e rezamos pelos que, pela morte, para lá caminham. Claro que sentimentos de saudade e de tristeza nos podem invadir mas, a esses sentimentos temos de acrescentar a fé, a confiança em Deus: acreditamos que todos estão nas mãos de Deus e que ninguém nos trata melhor que o nosso Criador e Salvador.

A celebração da Eucaristia nesses dias será:

Dia de Todos os Santos, 1 de Novembro, terça-feira: de manhã haverá a Eucaristia nos horários habituais de Domingo.

À tarde: às 15.30 H. no Cemitério da Mó e às 17.00 H. no Cemitério da Covilhã.

Dia de Fiéis Defuntos, 2 de Novembro, quarta-feira: celebração da Eucaristia na Igreja Matriz às 08.00 H. e às 19.00H.

INÍCIO DE ADVENTO

A Igreja convida-nos a chegar ao Natal com o coração mais atento, com a vida mais preparada e o presépio mais bonito… Para isso, temos o ADVENTO. Depois do Domingo de Cristo Rei a 20 de Novembro, em que encerraremos o Ano da Misericórdia, damos início ao tempo do ADVENTO: pelos profetas, com Maria e José, teremos oportunidade de caminhar para o natal de Jesus. O primeiro passo é dia 27 de Novembro.

CONSELHO PASTORAL PAROQUIAL

É no dia 28 de Outubro que se reunirá o plenário do Conselho Pastoral Paroquial. Como é sabido, é a reunião mais importante da paróquia porque é a reunião onde se encontram os representantes de todos os grupos paroquiais. Nela se tomam as principais decisões sobre a vida da paróquia e nela devem convergir todas as alegrias e dificuldades da nossa vida pastoral. Entre os vários assuntos, teremos o nosso ano pastoral já programado a partilhar e ainda vamos a tempo de pensar o que queremos que este ano seja mais.

Desejamos que todos os grupos preparem esta magna reunião e seja um espaço de partilha, de corresponsabilidade e de crescimento da paróquia.

BÊNÇÃO DAS GRÁVIDAS- 8 DEZEMBRO

Já é uma tradição fazermos a Bênção das Grávidas no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição de Maria. É uma boa oração, aprendermos com aquela que foi concebida sem pecado, para ser a Mãe do Salvador, a vivermos também sem pecado, em consagrarmos os ventres maternos a Deus, e as crianças que em breve irão nascer terem já esta marca da fé e a companhia da Igreja, porque todos nos alegramos e rezamos por elas.

Também nesse dia teremos a presença dos Bombeiros Voluntários de São Pedro da Cova, se tudo decorrer como o costume. A Imaculada Conceição é a sua padroeira e marcam a sua presença nessa Eucaristia. Pois que Maria os conduza para Cristo, os traga muitas vezes à Igreja e sintam o seu manto protetor nas horas difíceis.

GRUPO DE TEATRO

O Grupo de Teatro da Paróquia de São Pedro da Cova existe há seis anos e tem trazido aos nossos palcos muito boa arte, não só nas peças que monta, como na organização do Festival de Teatro amador que costuma realizar cada ano.

Tem em cena a peça “A Grande Máquina” de Roberto Martins. É um texto um pouco mais difícil e que nos fez progredir num teatro que vive mais do ator do que do cenário, mais do texto do que da ação. Além de ter um momento de projeção de imagens muito interessante. É uma bela peça que os nossos atores fazem muito bem e que nos pode fazer pensar no sentido da vida e do amor.

Vamos estar presentes no Festival e Teatro de Fânzeres a 22 de Outubro no Salão Paroquial. Depois, no Festival de Teatro de Penafiel, no salão de Sebolido no dia 29 de Outubro pelas 21.30 H. Finalmente, para fechar a época, vamos voltar à cena na cripta da nossa Igreja Matriz no dia 6 de Novembro. Domingo, pelas 15.00 H. Estão todos convidados a ver ou a rever esta nossa Grande Máquina”. E, se gostarem de fazer teatro, venham ter connosco… temos sempre as portas abertas a mais artistas.

ESCOLA DE MÚSICA

No passado dia 1 de Outubro começamos a nossa Escola de Música. Aproveitamos o Dia Mundial da Música para fazer um workshop com os nossos professores. Alguns interessados apareceram e puderam ouvir os instrumentos, experimentar os sons e as técnicas e falar com os professores.

Neste momento temos aulas de piano, de violino, de guitarra e de formação musical. Fazem parte dos nossos quadros, ainda, professores de canto e de saxofone. E, dada a nossa rede, podemos encontrar professor para qualquer instrumento, desde que os futuros alunos nos peçam.

É uma pequena escola mas queremos trabalhar com grande seriedade. Por isso procuramos sempre professores com formação em cada instrumento e proporcionamos sempre formação musical. Também, duas vezes por ano, teremos audições abertas a todos os que nos quiserem ouvir.Quem estiver interessado, pode entrar em contacto connosco.

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PRIMEIRO ANO DE CATEQUESE… É TEMPO DE PREPARAR O TERRENO ANTES DE COMEÇAR A SEMEAR…

E o 1º ano? Onde estão os meninos? Não se assustem! É verdade que nunca se sentiu tanto o decréscimo da natalidade nas nossas escolas do 1º Ciclo como este ano, mas ainda vamos tendo algumas inscrições na nossa catequese! O que se passa é que, neste momento, são os pais que estão a ter catequese, para preparam o caminho que os filhos vão começar a trilhar! Assim, ao longo dos meses de setembro e outubro, o nosso Pe. Fernando Rosas, para maior comodidade dos pais, desloca-se aos três centros de catequese, numa série de quatro encontros, para ajudá-los a prepararem esta nova etapa dos filhos pelos caminhos bons da Fé! Há que preparar o terreno, para que a semente que será lançada à terra cresça e dê frutos em abundância!Após esta preparação, no dia 29 de outubro, realizar-se-á a Festa do Acolhimento, em todos os centros da nossa paróquia, com os meninos e pais do 1º ano, nos seguintes horários:Srª das Mercês: 14h30Srª de Fátima: 15h30Igreja Matriz: 16h30

Fernanda Alber(tina)

CATEQUESE: TEMPO DE REGRESSAR…CATEQUESE DA INFÂNCIA

No passado fim de semana, ainda em pleno setembro, retomamos a catequese com as crianças que frequentam o 2º, 3º, 4º, 5º e 6º anos.Começamos devagarinho, com abraços e beijos saudosos, com votos de boas vindas, com muita conversa, sorrisos, olhos brilhantes e cânticos a dançar de boca em boca… Afinal isto de andar na catequese até tem a sua piada! Soube bem regressar! É que há já muito tempo que alguns não se encontravam, porque há quem continue a pensar que a celebração da Eucaristia só existe durante o tempo da catequese e que isto de os Cristãos se encontrarem ao Domingo para rezar é só para as criancinhas que vão fazer a “primeira comunhão” ou para os velhinhos se distraírem… Talvez por isso, assim que as festas da catequese terminaram, os pais decidiram que os meninos e as meninas estavam de férias não só da Catequese, mas também da Eucaristia… Desolador o cenário abrupto dos bancos vazios de um Domingo para o outro… E nem a ideia ingénua de que talvez assistam à Eucaristia com os pais na aldeia, no Algarve ou noutro sítio qualquer nos consegue enganar… Mil desculpas àqueles que graças a Deus são exceção!Estávamos, assim, com muitas saudades de todos e foi bom verificar que eles também tinham saudades dos catequistas, do nosso pároco, da sala de catequese,

da missa, enfim, saudades de Jesus, Aquele que faz com que tudo isto tenha sentido e nos impele a não desistir… Os pais que estiveram nas missas e nas catequeses desse primeiro fim de semana observaram, certamente, os olhos ansiosos dos catequistas a espreitarem a porta… Os sorrisos rasgados sempre que mais um ia chegando… os abraços que se trocaram… E há quem desperdice, meu Deus, este serviço gratuito e voluntário que a Igreja oferece à Comunidade, levado a cabo por jovens, por homens e mulheres que também estudam, trabalham, têm filhos…

CATEQUESE DA INFÂNCIA (Cont.)

Assim, para contrariarmos essa tendência pegajosa de associar a catequese à escola (a catequese não é a escola!), este ano banimos a palavra “FÉRIAS” do nosso plano catequético! Oops! Os catequistas vão propor aos seus grupos uma série de atividades diversificadas de forma a não estarmos tantos meses longe da Igreja. Até às festas de S. Pedro e S. Paulo (29 de junho) continuaremos e encontrar-nos e, depois dessa data, continuaremos a desafiar-vos, a provocar-vos… a incomodar-vos?! Nada que Jesus não tenha feito e não continue a fazer, não é verdade? Um trabalho contínuo e acrescido para os catequistas, é certo, mas na Esperança de que consigamos alcançar bons frutos… Precisamos de todos vós para alcançarmos este objetivo! Boa Catequese!

Fernanda Alber(tina)

CATEQUESE DA ADOLESCÊNCIA – DESBRAVANDO CAMINHO…

Começou este fim de semana a Catequese para os jovens adolescentes do 7º ao 10º ano. Foi na Igreja Matriz que todos se juntaram com os seus catequistas e com o nosso Pastor para o arranque de mais uma caminhada que se quer cada vez mais séria, responsável e comprometida, mas não menos alegre e divertida ou não fosse a alegria do Evangelho a nossa missão!Com a Catequese da Adolescência, pretende-se uma gradual inserção ativa na vida cristã por parte dos jovens, guiando-os pelas sendas direitas dos caminhos de Jesus Cristo. Queremos formar adultos na Fé, o que não é tarefa fácil… Há que desbravar o caminho pedregoso e escorregadio do preconceito, da preguiça, da desresponsabilização e do facilitismo que grassa por aí… Ao longo do percurso de dez anos de catequese, a sociedade vai, infelizmente, “peneirando” os grupos… Uma triagem que não conseguimos controlar… Quem são aqueles que ficam? Por que razão ficam? Que frutos colheram? Que frutos vão dando à comunidade e a Deus? Quantos fazem o Crisma? Quantos se dedicam à Igreja depois do Crisma? O que os fez não desistir? Que diferenças existem entre esses jovens e aqueles que se ficaram pela Festa da Eucaristia? Serão melhores estudantes? Melhores filhos? Melhores pais? O percurso catequético ajudou-os na sua formação enquanto pessoas humanas? A Fé tornou-os pessoas melhores? Dizem os estudiosos que… SIM! Questões para pensar…

Fernanda Alber(tina)

ESCUTEIROS

Os nossos escuteiros encontraram-se na sede pelas nove horas do dia um de outubro, para a abertura oficial do agrupamento neste ano escutista. Por volta das nove horas e trinta minutos os escuteiros saíram da sede, por secções (alcateia, expedição, comunidade e clã), para a atividade de abertura com as respetivas equipas de animação. Esta atividade decorreu entre a Murta e Couce, cada secção teve que efetuar várias tarefas pelo percurso, percurso esse que foi diferente para cada secção.Para esta atividade foram escolhidos dois símbolos a rosa-dos-ventos, que indica a todos os escuteiros o rumo certo e o vira -vento que é sinal de mudança que significa os ventos novos.Os vira-ventos foram utilizados como símbolo da passagem dos escuteiros para outra secção e da mudança nas equipas de animação. Depois de almoço, regressaram á sede, onde em formatura o Chefe André que é o novo chefe de agrupamento explicou o motivo pelo qual cada secção tinha uma parte de uma rosa-dos-ventos, desta forma todos os elementos ficaram a saber que o tema deste ano escutista é “Ventos novos, rumo certo”. Em seguida montaram a rosa-dos-ventos.Na parte da tarde os nossos escuteiros mais novos foram para a catequese, alguns participaram ainda no Workshop de Música. A atividade do nosso agrupamento de escuteiros terminou às vinte horas com o final da Eucaristia.

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MÚSICA LITÚRGICA

Encontro com o Secretariado Diocesano de LiturgiaNo passado dia 10 de setembro, pelas 9h30, realizou-se um encontro, na Casa Diocesana de Vilar, com os responsáveis dos coros litúrgicos da nossa Diocese do Porto, dinamizado pelo Secretariado Diocesano de Liturgia. A nossa paróquia de S. Pedro da Cova esteve representada neste interessante e enriquecedor encontro.

Esta atividade surge no âmbito do Plano Pastoral para 2016-2017 e está intimamente relacionada com o tema deste ano litúrgico: “Com Maria, renovai-vos nas fontes da alegria”, uma vez que a “alegria do Evangelho canta-se”.A equipa que nos recebeu pretende reativar um serviço que já existiu há muitos anos atrás e que foi fundamental na renovação das boas práticas no que concerne à Música Litúrgica e não só, nos anos do pós-Concílio Vaticano II.

Este encontro teve o intuito de auscultar os diretores dos coros da nossa diocese, de modo a fazer-se o levantamento das principais necessidades e áreas prioritárias de intervenção, para um posterior trabalho de formação, em campo, com os coros paroquiais.Assim, após um momento de canto coral (como não podia deixar de ser), com o ensaio de um belo e alegre cânone do Pe. Ferreira dos Santos (“Cantarei”), seguiu-se um momento de partilha de problemas, necessidades, dificuldades, etc., após o qual se realizou uma parte de caráter mais formativo, onde se abordaram aspetos básicos e fulcrais ligados à especificidade da Música Litúrgica que nem sempre é “tratada” como deveria.

Cânticos e instrumentos musicais adequados à liturgia; boa seleção do reportório musical e com visão crítica por parte dos diretores de coro; respeito pelas antífonas propostas para a Eucaristia de cada Domingo; grau de dificuldade dos cânticos propostos de acordo com a especificidade/capacidade de cada grupo coral; variação dos ritmos dos cânticos ao longo das celebrações… eis alguns dos muitos aspetos abordados. A problemática da falta de crianças e jovens nos coros da diocese foi também um dos assuntos tratados, bem como a sensibilização para a urgência em praticar boa música litúrgica a partir da mais tenra idade.

Para além do saber técnico naturalmente exigido a quem dirige, é urgente formar os coralistas para a consciência do caráter missionário do canto e do coro litúrgico. A música na liturgia não é um ornamento, tem uma função, ou melhor, uma missão: animar a assembleia, ajudá-la a rezar melhor e a viver a celebração de modo mais intenso para que a alegria do Evangelho se faça sentir também através do canto.

Os dirigentes dos coros devem, pois, estar atentos, pois surgirão, brevemente, as propostas de formação da Casa Diocesana, sendo que o meio mais expedito para fazer chegar a informação será não só através dos endereços eletrónicos dos participantes neste encontro, mas também através da Voz Portucalense, em suporte eletrónico.

Fernanda Alber(tina)

MARIA

No tempo de Herodes havia um sacerdote chamado Zacarias cuja esposa era da descendência de Aarão e se chamava Isabel. Ambos eram justos diante de Deus, cumprindo irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e os dois eram de idade avançada.Estando Zacarias no exercício das funções sacerdotais diante de Deus, apareceu-lhe o anjo do Senhor. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado, mas o anjo disse-lhe: “Não temas, Zacarias: a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, vai dar-te um filho e tu vais chamar-lhe João”. Zacarias disse ao anjo: “Como hei de verificar isso, se estou velho e a minha esposa é de idade avançada?” O anjo respondeu: “Eu sou Gabriel, e fui enviado para te falar e anunciar esta Boa-Nova”. Terminados os dias do seu serviço, Zacarias regressou a casa. Sua esposa Isabel concebeu. Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.” Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus”. Maria disse ao anjo: “Como será isso, se eu não conheço homem?” O anjo respondeu-lhe: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.” Maria disse, então: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.”Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.”Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.

A longa introdução deste texto foi composta a partir do relato do evangelho de Lucas e pode ser lida, na totalidade, em Lc 1, 5-56. Normalmente, quando falamos ou lemos o que quer que seja acerca de Maria, tendemos a utilizar uma série de chavões ou títulos honorários que não sabemos muito bem o que significam, mas que têm, frequentemente, o condão de esconder o fundamental de Maria: a sua profunda humanidade. Uma humanidade que não acontece apenas porque Maria é Mãe de Deus, mas que estará, justamente, na origem dessa maternidade.

O que podemos apreciar no texto evangélico que serve de introdução é a concretização dessa humanidade. A começar pela forma como Maria acolhe o seu filho: não entende, não percebe, não consegue ver como é que algo assim lhe aconteceu, mas acolhe esse acontecimento porque sabe, porventura sente no seu seio, que nada é impossível a Deus. Não é que não queira saber, não é que encolha os ombros sem se interrogar como tal será possível, mas decide acolher o plano que Deus tem para si, mesmo depois de se interrogar e não conseguir encontrar uma explicação lógica. Confia no Senhor: “Faça-se em mim segundo a Sua Palavra.”

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MARIA (Cont.)

No entanto, em mais uma prova da sua humanidade, Maria sabe que o menino que traz em si não é nem poderá ser motivo para se refugiar em si mesma. O anjo dissera-lhe que a sua prima, Isabel, estava já no seu sexto mês de gravidez, e isso impediu-a de sossegar. Isabel precisaria de ajuda, certamente, até porque se refugiara com Zacarias num lugar escondido aos olhos do povo. E Maria, mesmo grávida, mesmo sabendo que carregava no seu ventre o Filho de Deus, não hesita em partir apressadamente e percorrer um longo e perigoso caminho para poder ir ao encontro de Isabel. Para a poder ajudar, para colocarem a conversa em dia, colaborar nas várias e exigentes tarefas que um lar exige, para viverem, juntas, alegrias e experiências da gravidez. Uma alegria que é mútua e profundamente partilhada naquele encontro de duas mulheres que trazem em si as promessas de Deus.

Não custa imaginar as conversas de Maria e Isabel. As preocupações maternais, os cuidados que deveriam ter, os sonhos de futuro imaginados para os seus filhos, a esperança que habitaria no coração de ambas, desejosas de ter os seus meninos nos braços para os poderem acariciar, e educar, e cuidar deles, com toda a ternura e cuidado com que uma mãe dedica aos seus filhos, até estarem prontos a seguir o seu próprio caminho. Relata o evangelho que Maria, ao fim de três meses, regressou a casa. Porventura, João já teria nascido e ela já não seria tão necessária na casa de Isabel e Zacarias. E tinha que regressar a sua casa, ao seu lar, ao seu marido, José, para que ambos pudessem dedicar a sua atenção, agora, ao seu próprio filho, Jesus. Eis a humanidade profunda de Maria, que se repete depois inúmeras vezes ao longo da sua vida, nas bodas de Canaã, na forma dolorosa como testemunha o percurso do seu filho, na maneira determinada como respeita a sua vontade, no cuidado com que o recolhe da cruz, na pressa com que corre ao túmulo quando lhe contam que este se encontrava vazio. Uma humanidade expressa num cuidado maternal que nunca esmorece, nunca diminui, nunca se tem como acabado.

Seria bom que imitássemos Maria na sua humanidade. Seria bom que acolhêssemos o que Deus tem para nós, porventura questionando-nos, porventura interrogando-nos o sentido do que nos vai acontecendo, mas aceitando como dom de Deus o que não podemos mudar. Seria bom que tivéssemos o impulso de levar o Menino que temos em nós para que a vida dos outros possa, de alguma forma, ser suavizada. E fazermos como Maria, irmos junto de quem precisa, e cuidarmos, conversarmos, ajudarmos, estarmos disponíveis para o que for necessário e sabermos voltar depois para nossa casa, sem nos vangloriarmos, sem tocarmos campainhas e sinetas para que todos saibam como somos bons. Seria bom que o Menino que trazemos dentro não servisse de desculpa, ou justificação, ou escusa para nos refugiarmos no nosso próprio mundinho, mas nos ajudasse a dar a volta a este mundo tornando-nos mais próximos, mais presentes, desenvolvendo uma cultura do encontro, tão urgente quanto necessária nas nossas cidades, nas nossas paróquias, nas nossas famílias. Seria bom que fizéssemos nossa a humanidade de Maria, aquela humanidade que não desarma perante as dificuldades, que não tem medo perante os desafios, que não termina nunca, mesmo perante a dor mais insuportável e o acontecimento mais incompreensível.

Então, quando formos capazes de o fazer, entenderemos finalmente o Magnificat: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações.”

Zé Armando

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Contas – 2º Trimestre 2016

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JunhoAntónio Dias Sampaio – 78 anosManuel Neves Ferreira – 59 anosAntónio de Paiva Lima – 64 anosJesuína Moreira Antunes - 65 anosEster Dulcina da Silva Vicente Rocha – 44 anosMargarida Moreira da Cunha – 61 anosLaurinda Martins Pereira – 83 anosLaurinda Maria dos Santos Vieira de Castro Sousa – 45 anosLaurinda de Silva Oliveira Cabral Marques – 68 anosBenvinda Pereira de Castro – 93 anosMaria Cecília Vieira Berenguer – 83 anosRosa de Castro Ferreira da Silva – 93 anosJulhoMaria Celeste Martins Ferreira – 55 anosAugusto Ferreira Alves – 73 anosAntero Fernandes Sousa – 85 anosAntónio Cardoso Ferreira - 48 anosRufino Fernandes Vieira – 62 anosAlbino Martins de Carvalho – 72 anosLaurindo Oliveira da Cruz – 65 anosMaria Rosa da Rocha – 78 anosMaria de Fátima de Jesus Vieira Teixeira dos Santos – 69 anosAgostoEmília Moreira Ribeiro – 67 anosAntónio Gonçalves da Costa – 79 anosFernando Martins dos Santos – 70 anosAmélia de Jesus Pereira – 87 anosJoaquina Alice da Rocha – 90 anosManuel João Braga Barbosa – 81 anosMaria Rosa de Jesus Sousa – 80 anosMaria Helena da Silva Santos – 80 anosAntónio Augusto de Almeida – 85 anosJosé Manuel Lopes – 71 anosFilomena Moreira da Silva – 90 anosIdalina Baptista de Carvalho Teixeira – 90 anosSerafim Martins Fonseca – 54 anos

BatizadosJunhoRita Maria dos Santos OliveiraAfonso Matias dos Santos FerreiraGuilherme Monteiro da Silva FerreiraMatilde Duarte Lascasas DiasKyara Alexandra Sousa FerreiraMargarida Gonçalves Oliveira VieiraGabriel Paiva VieiraVasco Paiva VieiraAndré de Sousa OliveiraMaria Leonor da Sousa PintoDiego Filipe Oliveira MaltezLetícia Sousa MatiasFrancisca Bunga BarbosaJulhoRodrigo Mateus Sousa GomesLeonor Teixeira da SilvaGabriel França QueirósDiogo Rafael Gonçalves NunesRafaela da Silva TeixeiraMartim Meireles da Silva AlvesAnamar Gomes NunesGabriel da Costa OliveiraDiego Renato Dias MendesTomás Filipe Pinto Pereira

Batizados (cont.)Aléxia Filipa Nunes CardosoLeonor Pereira ReisAgostoFilipa Marlene Santos Resse LascasasRita Teixeira dos SantosMaria Benedita Leite Penetro dos Santos TaioGabriela Ávila Martins do RioYara Carolina Santos LimõesCarlota Maria Rocha RibeiroEnzo Manuel Neves da SilvaGabriela Lopes DiasGisela Lopes DiasLeonor Pinto de Jesus SofiaLeonor Silva LemosMiguel Rocha MarquesSantiago Pereira AmaroMartim Ferreira SoaresMiriam Raquel Ferreira BarbosaMariana Campelo CordeiroDiego José Ribeiro LerenoCíntia Beatriz Rocha dos SantosDiogo Filipe Carneiro NovaisTomás de Sousa GouveiaBernardo Martins Rocha

CasamentosJunhoJoão Paulo da Silva Quelhas/Ana Cristina Sousa SilvaCláudio Morais Moreira Marques/Célia Margarida Marques da SilvaJulhoPedro Daniel Carvalho do Carmo/Sara Sofia Moreira FerreiraPedro Miguel Vaz Máximo/Lisete Barbosa LousadaJoel Guimarães Moura/Ana Sofia Ferreira da CunhaAgostoVítor Hugo da Silva Limões e Diana Gracinda Dos Santos Sousa LimõesBruno Gama Barbosa e Sara Cristina Cruz FerreiraTiago Filipe dos Santos Cordoeiro e Sara Raquel Santos CampeloAdão Joaquim Oliveira Pereira e Marina Martins de JesusRúben Alexandre de Jesus Rocha e Eduarda Susana Martins Soares

UMA SEMENTE QUE DÁ MUITOS FRUTOSNO CENTENÁRIO DA MORTE DE CHARLES DE FOUCAULD

Ao final da tarde do dia 1 de Dezembro de 1916, pelas mãos de um adolescente assustado, a mandado de saqueadores que se aproveitavam do caos gerado pela primeira guerra mundial, caiu baleado Charles de Foucauld no seu ermitério de , perto do deserto de Hoggar, em pleno Sahara. Em pleno deserto, onde o que não morre, dá fruto com dificuldade, encontrava-se o Pe. Foucauld no seu ermitério para estudar a língua e a cultura tuaregue. Desde o seu périplo por Marrocos que ficou interessado na cultura dos povos do deserto, especialmente dessa parte do Sahara em volta do Hoggar que hoje abarca Marrocos, a Líbia e a Argélia. Apesar do sucesso científico na Sociedade Geográfica Francesa, deixa-se inquietar e nasce um profundo desejo de conhecer a sua língua e a sua cultura.Precisa urgentemente de conhecer Jesus e acha que nada melhor do que visitar os lugares santos de Israel, o Calvário de Jerusalém, as colinas da Galileia e, especialmente, Nazaré. Nazaré, segundo muitos, é o lugar mais importante para a espiritualidade Foucauld. Charles procura uma identidade com Cristo não só espiritual mas física: por isso, instala-se em Nazaré, num convento de Irmãs Clarissas onde, vivia com grande pobreza, numa espécie de ermitério ao fundo do jardim, realizando os trabalhos mais humildes e passando longas horas em silêncio e contemplação. Como o Filho de Deus se fez homem e tomou o lugar último de todos, escondido num lugar desconhecido, nascido numa família sem distinção, trabalhando num ofício de pobre, distinguindo-se pela pobreza, pelo aniquilamento… Assim Charles de Foucauld quer fazer: “Senhor Jesus, como rapidamente se tornará pobre aquele que, amando-Vos de todo o coração, não poderá suportar ser mais rico que o seu Bem-amado” (Escritos de

Nazaré). A imitação de Jesus de Nazaré, pobre e escondido vai marcar toda a sua vida e espiritualidade. Volta a Marrocos, ao Hogar e começa a construção de uma pequena casa em Béni-Abbès com capacidade para acolher quem passe e precise de auxílio, resgatar alguns escravos em fuga, dar um lar a algumas crianças. Charles pretende ser um sinal da presença de Jesus, do amor de Jesus que abre as portas a todos os que procuram o que quer que seja mas, no fundo de toda a busca, está Aquele que tudo preenche e tudo dá. Charles de Foucauld é o Irmão Universal pois no seu coração, como na sua casa, não há distinções de quem O procura, lhe pede ajuda, ou vem rezar com ele. A casa de Béni-Abbès, na fronteira com Marrocos, transforma-se numa Fraternidade (Khaloua, em tuaregue) onde todos os dias há alguém novo: escravos, doentes, mendigos, beduínos, soldados… Deu vida a uma espiritualidade que faz o seu percurso na Igreja. Se pudéssemos resumir os eixos mais fortes dessa espiritualidade: - imitação de Cristo no Seu apagamento de Nazaré: isto é, viver a encarnação como a presença de Deus em todos os aspetos da vida humana, especialmente no quotidiano, do trabalho diário, na proximidade dos mais pobres, como Jesus pobre em Nazaré; por isso, evangelizar é fazer-se “um igual”, é conhecer e viver como aquele(s) onde queremos levar Cristo e o Seu Amor; para esta imitação tem lugar fundamental a Eucaristia, onde Jesus nos ensina o aniquilamento que nos salva.- o acolhimento: a experiência da Fraternidade é ter uma porta aberta antes de tudo, antes das diferenças, antes das questões, há um irmão que é preciso escutar, amar e servir; é o apostolado da bondade.- levar o Evangelho é semear onde a amizade, o amor, a vida em comum, já desbravou, já abriu caminho para que Jesus dê o Seu fruto, e o Seu fruto é ser amado. Amar Jesus é a verdadeira religião.Nasceu a 15 de Setembro de 1858 em Strasbourg; foi Ordenado Presbítero a 9 de Junho de 1901 e foi Beatificado a 13 de Novembro de 2007 em Roma. Talvez a oração mais conhecida seja a oração do Abandono:

Meu Pai,Eu me abandono a Ti,Faz de mim o que quiseres.O que fizeres de mim, eu To agradeço.Estou pronto para tudo, aceito tudo.Desde que a Tua vontade se faça em mimE em tudo o que Tu criastes,Nada mais quero, meu Deus.Nas Tuas mãos entrego a minha vida.Eu Te a dou, meu Deus,Com todo o amor do meu coração, porque Te amoE é para mim uma necessidade de amor dar-me,Entregar-me nas Tuas mãos sem medidaCom uma confiança infinita porque Tu és... meu Pai!

Última foto conhecida:Tamanrasset (1914)