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Cap. 5 – Construção do método - 145 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO Definição da pesquisa Metodologia (Cap. 4) Contextualização (Cap. 2) Construção do Método (Cap. 5) Validação do método (Cap. 6) Análise e conclusões (Cap. 7) Revisão da Literatura (Cap. 3) 5.1. Definição do modelo proposto 5.2. Procedimentos para utilização do modelo 5.3. Vantagens na utilização do modelo 5.4. Limitações na utilização do modelo 5.5. Pré-teste da planilha de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional

5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

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Page 1: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 145

5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Definição da pesquisa

Metodologia(Cap. 4)

Contextualização(Cap. 2)

Construção do Método(Cap. 5)

Validação do método(Cap. 6)

Análise e conclusões(Cap. 7)

Revisão da Literatura(Cap. 3)

5.1. Definição do modelo proposto5.2. Procedimentos para utilização do modelo5.3. Vantagens na utilização do modelo5.4. Limitações na utilização do modelo 5.5. Pré-teste da planilha de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional

Page 2: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 146

Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007), o conhecimento científico vai além do

empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do

fenômeno, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição,

suas causas e leis.

Para os mesmos autores, a ciência era o resultado da demonstração e da

experimentação, e só aceitava o que fosse provado. Hoje, a concepção de ciência

é outra. A ciência não é considerada algo pronto, acabado e definitivo.

Atualmente, a ciência é entendida como uma busca constante de explicações e de

soluções, de revisão e de reavaliação de seus resultados, apesar de sua

falibilidade e de seus limites. Nessa busca sempre mais rigorosa, a ciência

pretende aproximar-se cada vez mais da verdade por meio de métodos que

proporcionem maior controle, sistematização, revisão e segurança do que outras

formas de saber não científicas. Por ser dinâmica, a ciência busca renovar-se e

reavaliar-se continuamente. Ela é um processo em construção.

Nesse sentido, Eco (1977) lembra que, o bom de um procedimento científico é que

ele nunca faz os outros perderem tempo: até mesmo trabalhar na esteira de uma

hipótese científica para depois descobrir que ela deve ser refutada significa ter

feito algo positivo sob o impulso de uma proposta anterior.

O método sistematizado por esta pesquisa procurou responder duas questões

metodológicas para validação do modelo proposto.

• O que é e por que o modelo proposto é necessário na atual situação

de integração entre o projeto executivo e o planejamento

operacional?

• Como ou qual é o método para se chegar a um processo de

integração que aumente a previsibilidade e o processo de tomada de

decisão no planejamento operacional de empreendimentos

comerciais?

Page 3: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 147

Para atender as estas duas questões metodológicas, o capitulo 5 está dividido

conforme o esquema da figura 56.

Integração atual entre o projeto executivo e o planejamento operacional do

empreendimento comercial

Modelo proposto de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional para

empreendimentos comerciais

O que é e por que o modelo

proposto é necessário na atual situação de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional?

Como ou qual é o método para se

chegar a um processo de

integração que aumente a

previsibilidade e o processo de

tomada de decisão no planejamento de operacional de empreendimentos

comerciais?

Apresentado no capítulo 3

5.1. Definição do modelo proposto

5.2. Procedimentos para utilização do modelo

5.3. Vantagens na utilização do modelo5.4. Limitações na utilização do modelo

5.5. Pré-teste da planilha de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional

Figura 56: Esquema de divisão do capítulo 5 para apresentar o modelo proposto.

Page 4: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 148

5.1. Definição do modelo proposto

No fluxograma do processo atual de integração entre o projeto executivo e o

planejamento operacional em obras de edificações apresentado no capítulo 3,

(figura 39) foram apresentadas sucintamente às dificuldades encontradas pelos

profissionais da área de planejamento de obras.

Para esclarecer o porque do modelo proposto aprofundaremos essas dificuldades,

conforme segue:

1. desenhando na prancheta ou CAD-2D, a quantificação do orçamento é

manual, leitura de desenhos e cálculos, que podem eventualmente serem

executados em planilhas eletrônicas;

2. apesar da tecnologia de modelagem BIM, os elementos construtivos

desenhados e quantificados automaticamente para o orçamento de obras

podem apresentar as seguintes deficiências:

a. o elemento construtivo pode ser um conjunto de serviços do banco

de dados do software de orçamentos, temos portanto, uma

incompatibilidade entre sistemas. Elementos construtivos

desenhados não são serviços nos banco de dados de softwares de

orçamento, por exemplo, uma alvenaria de blocos de concreto com

GROUT (argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e

pedrisco traço 1:0,1:3:2), temos composições de execução de

alvenaria e argamassa dentro do mesmo elemento construtivo;

b. o elemento construtivo desenhado pode oferecer um quantitativo no

software com tecnologia de modelagem BIM, mas o critério de

medição para o orçamento ser outro, por exemplo, a quantificação

de alvenaria de blocos de concreto teve desconto de vãos de portas

e janelas, mas a contratação do serviço solicitado determinar que,

não se devem descontar vãos para o cálculo de orçamentos;

Page 5: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 149

c. podem existir serviços que devem ser orçados, mas não podem ser

desenhados, por exemplo, itens do orçamento podem conter

despesas com refeições ou EPI (equipamentos de segurança

individual);

3. após a construção da planilha orçamentária os softwares de orçamento,

muitos planejadores exportam-na para o software de planejamento

operacional, apenas para fazer as ligações entre os serviços, e devolvem

para o software de orçamento as datas determinadas pelo software de

planejamento, para juntamente com as estimativas de quantidades de

serviços, determinar as datas em que serão necessárias as horas de mão-

de-obra e o quantitativo de materiais, kg de cimento, m3 de madeira, etc.,

com as seguintes deficiências:

a. o serviço listado na planilha orçamentária não é necessariamente

uma atividade a ser executada por uma equipe de trabalho. Uma

atividade pode ser um subserviço, um serviço ou um conjunto de

serviços executados por uma única equipe, por exemplo, apresentar

que, serão necessários 10.000 m3 de concreto em uma planilha

orçamentária convencional, mas, como será executado este serviço?

Quantas etapas serão necessárias? Neste caso, teremos

dificuldades em montar o cronograma da obra em função de uma

planilha orçamentária convencional;

b. quando exportamos as datas de execução do software de

planejamento para o software de orçamento, determinamos o

cronograma financeiro no software de orçamento, com quantitativos

de mão-de-obra, equipamentos e materiais. Se decidirmos mudar o

cronograma de execução com uma visão geral das interferências, ou

seja, alteramos uma atividade e sentimos a necessidade de

conhecer o reflexo nas datas das outras atividades, teremos que

repetir todo procedimento, exportar para o software de planejamento,

simular e devolver para o software de orçamento;

Page 6: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 150

c. quando exportamos as datas de execução do software de

planejamento para o software de orçamento, determinamos o

cronograma financeiro no software de orçamento, com quantitativos

de mão-de-obra, equipamentos e materiais, onde temos outra

questão, o software de orçamento quantifica insumos com base em

um banco de dados de composições unitárias, onde os índices de

utilização são em unidades de medida não usuais para compra, por

exemplo, o cimento aparece no orçamento em quantidade de quilos,

mas deve ser comprado em sacos de 50 kg, as pessoas aparecem

em quantidades horas necessárias, mas o planejamento precisa do

número de pessoas para analisar a gestão de recursos humanos e a

estrutura deseja no canteiro de obras. Pode-se fazer isto nos

softwares de planejamento, mas teremos que cadastrar os recursos

necessários para geração dos histogramas desejados;

4. simulações de projetos, de custos e prazos são isolados, e o resultado

dessas informações também é isolado, a não ser que mecanicamente

façamos as exportações para os outros sistemas, mas é preciso cuidado

na leitura de dados;

5. atualizações e apontamentos de controle de execução também são

isolados. Ás vezes, os controles são realizados em planilhas de obra,

desvinculados dos projetos, das previsões orçamentárias ou do

cronograma previsto. Em uma gestão mais avançada, os controles são

realizados nos softwares que geraram o projeto e as previsões, mas os

mesmos estão desvinculados, ou seja, uma atualização ou apontamento

do cronograma do planejamento, não atualiza o projeto, nem o orçamento

da obra, e vice-versa, ou seja, o controle é feito várias vezes, em todos os

sistemas, para atender as necessidades específicas, “as built”, orçamento

real e prazo real de execução.

Apesar da existência dessas dificuldades, as quais o modelo proposto pretende

resolver, gostaríamos de salientar que nas visitas realizadas encontramos

Page 7: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 151

algumas soluções para superação dessas dificuldades sem a aplicação do nosso

modelo. Essas outras soluções serão apresentadas no capitulo 6 - validação do

método, onde trataremos dos estudos de casos realizados.

A figura 57 apresenta uma comparação entre o modelo atual e o modelo proposto,

trazendo a ultima linha do quadro da figura 38 (pág. 118) – do Ano 2000 até os

dias de hoje, para permitir comparações.

Projetos de edificações

Orçamentos de obras de edificações

Planejamento de obras de edificações

Controle de obras de edificações

Uso de prancheta (processo de concepção

arquitetônica), além do CAD-2D e 3D, surgimento dos

conceitos BIM, ou CAD-4D

Desenvolvimento dos sistemas de

orçamento de obras (alguns lêem o

quantitativo do CAD)

Desenvolvimento dos sistemas de

planejamento de obras (importam

dados dos softwares de orçamento de

obras)

Desenvolvimento dos sistemas de controle

de obras (utilização do planejamento inicial

do projeto)

Projetos de edificações

MODELO PROPOSTO DE INTEGRAÇÃO

Planejamento OPERACIONAL de

obras de edificações

Controle de obras de edificações

Recebe uma listagem de atividades pronta e

dispostas em uma EAP (estrutura

analítica de projeto), com durações

calculadas, equipes e equipamentos

dimensionados, além uma listagem de

materiais necessários. Construção do

cronograma da obra.

Feito simultaneamente ao

planejamento operacional da obra,

esperando para seu o seu fechamento, das

informações operacionais geradas no modelo proposto e

no planejamento e que devem ser

levadas em consideração no

orçamento

Pode ler o quantitativo do projeto em formato

de planilha ou não

O modelo proposto recebe

automaticamente os quantitativos, fazendo

os acertos necessários, para

viabilizar o cálculo de duração das atividades,

dimensionamento de equipes e listagem de materiais. Exportação

dos dados para o sistema de

planejamento para construção do

cronograma da obra

O sistema de controle de obras é facilitado

pelo dimensionamento da equipes e pela

listagem de materiais, provenientes do planejamento operacional.

Modelo proposto

Orçamentos OPERACIONAL de

obras de edificações

Ano 2000 até os dias de hoje

Gestão simultânea entre projeto, o orçamento e planejamento operacional e controle de obras de edificações

Figura 57: Comparação da evolução da TI, entre o modelo atual e o modelo proposto.

Page 8: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 152

As dificuldades apresentadas anteriormente, sobre quantificação de serviços (item

1) e quantificação automática de serviços (item 2), foram comparadas ao modelo

proposto no quadro da figura 58.

1. Desenhando na prancheta ou CAD-2D, a quantificação doorçamento é manual, leitura de desenhos e cálculos, quepodem eventualmente serem executados em planilhaseletrônicas;

1. O modelo foi desenvolvido em uma planilha eletrônica,sistema aberto para atendimento da empresa, portanto, podecriar rotinas que, quantificam de forma mais rápida e confiáveldesenhos feito em prancheta ou CAD-2D, como por exemplo,cadastro de fórmulas para acerto de quantitativos e critériosde medição de serviços;

2. Apesar da tecnologia de modelagem BIM, os elementosconstrutivos desenhados e quantificados automaticamentepara o orçamento de obras podem apresentar as seguintesdeficiências:

2. Se for utilizada a tecnologia de modelagem BIM, oselementos construtivos desenhados e quantificadosautomaticamente deverão ser visto com atividades deexecução:

a. O elemento construtivo pode ser um conjunto de serviçosdo banco de dados do software de orçamentos, temosportanto, uma incompatibilidade entre sistemas. Elementosconstrutivos desenhados não são serviços no banco de dadosde softwares de orçamento, por exemplo, uma alvenaria deblocos de concreto com GROUT (argamassa de cimento, calhidratada, areia sem peneirar e pedrisco traço 1:0,1:3:2),temos composições de execução de alvenaria e argamassadentro do mesmo elemento construtivo;

a. Se o projetista desenhar um elemento construtivo no BIM,este deve ser interpretado como uma atividade nocronograma de execução da obra, ou seja, necessariamente épreciso entendê-lo como uma atividade, que pode ser parte deum serviço, um serviço inteiro ou um conjunto de váriosserviços. No modelo, o usuário deverá então, busca no bancode dados de composições unitárias de serviços, os índicesnecessários para a execução dos elementos, dessa formaque, a entrada de dados são quantitativos totais necessáriosde horas de mão-de-obra e equipamentos, além dosquantitativos totais de materiais necessários para execuçãodo elemento construtivo. Após o processamento de dados nomodelo, na saída de dados temos a definição da duração deexecução do elemento construtivo atrelado a um número depessoas definidas pelo mesmo cálculo de duração. Comrelação aos materiais, as entradas de dados são quantificadaspor unidade de execução de serviço, mas que, após oprocessamento de dados do modelo, temos as quantidadesem função da gestão de suprimentos, por exemplo, o cimentoserá em sacos de 50 kg;

b. O elemento construtivo desenhado pode oferecer umquantitativo no software com tecnologia de modelagem BIM,mas o critério de medição para o orçamento ser outro, porexemplo, a quantificação de alvenaria de blocos de concretoteve desconto de vãos de portas e janelas, mas a contrataçãodo serviço solicitado determinar que, não de devem descontarvãos para cálculo de orçamentos;

b. O modelo proposto permite ao usuário cadastrar o critériode medição desejado, corrigindo se necessário o quantitativodo BIM;

c. Podem existir serviços que devem ser orçados, mas nãopodem ser desenhados, por exemplo, itens do orçamentopodem conter despesas com refeições ou EPI (equipamentosde segurança individual);

c. Porém da mesma forma que, o modelo proposto permite aousuário cadastrar quantitativos de serviços desenhados naprancheta ou no CAD-2D, se existirem serviços nãodesenhados na modelagem BIM, estes podem sercadastrados na planilha;

Comparação entre o modelo atual e o modelo proposto por esta pesquisa.

Figura 58: Comparação entre as dificuldades atuais de quantificação de serviços e o modelo proposto.

As dificuldades apresentadas anteriormente, importação de dados entre sistemas

(item 3), foram comparadas ao modelo proposto no quadro da figura 59.

Page 9: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 153

3. Após a construção da planilha orçamentária os softwaresde orçamento, muitos planejadores exportam-na para osoftware de planejamento operacional, apenas para fazer asligações entre os serviços, e devolvem para o software deorçamento as datas determinadas pelo software deplanejamento, para juntamente com as estimativas dequantidades de serviços, determinar as datas em que serãonecessárias as horas de mão-de-obra e o quantitativo demateriais, kg de cimento, m3 de madeira, etc., com asseguintes deficiências:

3. Após a construção da planilha para o planejamentooperacional, ela deve ser exportada para o software deplanejamento, para construção do cronograma da obra, parafazer as ligações entre os serviços:

a. O serviço listado na planilha orçamentária não énecessariamente uma atividade a ser executada por umaequipe de trabalho. Uma atividade pode ser um subserviço,um serviço ou um conjunto de serviços executados por umaúnica equipe, por exemplo, apresentar que, serão necessários10.000 m3 de concreto em uma planilha orçamentáriaconvencional, mas, como será executado este serviço?Quantas etapas serão necessárias? Neste caso, teremosdificuldades em montar o cronograma da obra em função deuma planilha orçamentária convencional;

a. Esta dificuldade não existe, porque da modelagem BIMvamos diretamente para o planejamento operacional,passando pelo modelo proposto;

b. Quando exportamos as datas de execução do software deplanejamento para o software de orçamento, determinamos ocronograma financeiro no software de orçamento, comquantitativos de mão-de-obra, equipamentos e materiais. Sedecidirmos mudar o cronograma de execução com uma visãogeral das interferências, ou seja, alteramos uma atividade esentimos a necessidade de conhecer o reflexo nas datas dasoutras atividades, teremos que repetir todo procedimento,exportar para o software de planejamento, simular e devolverpara o software de orçamento;

b. O cronograma financeiro está integrado ao cronogramafísico, porque estamos no mesmo software de planejamentooperacional, com quantitativos de mão-de-obra, equipamentose materiais. Se decidirmos mudar o cronograma de execução,temos uma visão geral das interferências, ou seja, alteramosuma atividade e conhecemos o reflexo das datas nas outrasatividades, como também, os reflexos nos histogramas demão-de-obra, equipamentos e materiais (cabe ressaltar que,para o cronograma financeiro, devemos cadastrar os custosno banco de dados dos insumos, ou seja, o orçamento égerado no software de planejamento operacional, inclusivepodendo aceitar condições de pagamento do departamentode compras);

c. Quando exportamos as datas de execução do softwarede planejamento para o software de orçamento,determinamos o cronograma financeiro no software deorçamento, com quantitativos de mão-de-obra, equipamentose materiais, onde temos outra questão, o software deorçamento quantifica insumos com base em um banco dedados de composições unitárias, onde os índices de utilizaçãosão em unidades de medida não usuais para compra, porexemplo, o cimento aparece no orçamento em quantidade dequilos, mas deve ser comprado em sacos de 50 kg, aspessoas aparecem em quantidades horas necessárias, mas oplanejamento precisa do número de pessoas para analisar agestão de recursos humanos e a estrutura deseja no canteirode obras. Pode-se fazer isto nos softwares de planejamento,mas teremos que cadastrar os recursos necessários parageração dos histogramas desejados;

c. No modelo proposto esta passagem é desnecessária.Todos os dados necessários estão no mesmo sistema. Oplanejamento visualiza atividades, prazos, custos, recursoshumanos, materiais que devem ser adquiridos, etc. Aintegração no gerenciamento de projetos é mais viável, poisestá no mesmo sistema, uma alteração em uma competência,reflete-se nos resultados das outras competências.

Comparação entre o modelo atual e o modelo proposto por esta pesquisa.

Figura 59: Comparação entre as dificuldades atuais de importação de dados entre sistemas e o modelo proposto.

As dificuldades apresentadas anteriormente, simulações em projetos (item 4) e

atualizações e controle (item 5), foram comparadas ao modelo proposto no quadro

da figura 60.

Page 10: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 154

4. Simulações de projetos, de custos e prazos são isolados, eo resultado dessas informações também é isolado, a não serque mecanicamente façamos as exportações para os outrossistemas, mas é preciso cuidado na leitura de dados;

4. No modelo proposto esta passagem é desnecessária.Todos os dados estão no mesmo sistema. O planejamentovisualiza atividades, prazos, custos, recursos humanos,materiais de devem ser adquiridos, etc. A simulação nogerenciamento de projetos é mais viável, pois uma alteraçãoem uma competência, reflete-se nos resultados das outrascompetências.

5. Atualizações e apontamentos de controle de execuçãotambém são isolados. Ás vezes, os controles são realizadosem planilhas de obra, desvinculados dos projetos, dasprevisões orçamentárias ou do cronograma previsto. Em umagestão mais avançada, os controles são realizados nossoftwares que geraram o projeto e as previsões, mas osmesmos estão desvinculados, ou seja, uma atualização ouapontamento do cronograma do planejamento, não atualiza oprojeto, nem o orçamento da obra, e vice-versa, ou seja, ocontrole é feito várias vezes, em todos os sistemas, paraatender as necessidades específicas, “as built”, orçamentoreal e prazo real de execução.

5. No modelo proposto, esta passagem é desnecessária.Todos os dados estão no mesmo sistema. O planejamentovisualiza atividades, prazos, custos, recursos humanos,materiais de devem ser adquiridos, etc. A atualização e osapontamentos de controle no gerenciamento de projetos émais viável, pois estão no mesmo sistema, uma alteração emuma competência, reflete-se nos resultados das outras.

Comparação entre o modelo atual e o modelo proposto por esta pesquisa.

Figura 60: Comparação entre as dificuldades atuais de simulações, atualizações e controles com o modelo proposto.

As comparações entre o modelo atual e o modelo proposto no sentido de

esclarecer as vantagens supracitadas, e o porque da criação do modelo, também

são percebidas da figura 61.

Diante do exposto, definimos o modelo proposto como:

Um sistema informatizado de integração entre o projeto executivo e o

planejamento operacional que, permite de forma mais efetiva, rápida

e eficiente uma integração de dados entre sistemas, permitindo um

planejamento mais consistente e confiável, com reflexos de

integração no escopo, na qualidade, no custo, nas aquisições, no

controle e na organização do canteiro de obras.

Salientamos que na listagem de dificuldades do modelo atual, o orçamento é

destacado por estar no processo de integração, entre o projeto e o planejamento

operacional. Porém, no modelo proposto, o orçamento é analisado

simultaneamente ao planejamento, em função das informações de organização do

canteiro de obras e logística. Por isso, na revisão bibliográfica não houve um

destaque ao orçamento de obras, ou seja, planejamos a operação em função de

uma concepção de projeto, para somente após, em função das decisões tomadas,

analisar a viabilidade de custo.

Page 11: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 155

Figura 61: Fluxograma do modelo proposto de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional em obras de edificações.

Page 12: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 156

5.2. Procedimentos para utilização do modelo

A aplicação do modelo proposto requer alguns procedimentos:

1. no uso da prancheta ou CAD-2D para o desenvolvimento do projeto, o

modelo deve ser customizado para quantificar os serviços, considerando

fórmulas e critérios de medição;

2. no uso da modelagem BIM, deve-se treinar os projetistas para a construção

do desenho de forma a considerar a seqüência de execução das atividades

e em todas as etapas necessárias para realização do empreendimento;

3. a proposta de integração sugere que o usuário utilize o modelo proposto

customizado para a realidade da empresa, ou seja, com seus bancos de

tecnologias construtivas, logística usual, banco de composições unitárias,

critérios de medição utilizados e serviços que devem ser considerados.

Para atender a esta customização, a planilha do modelo proposto deve

estar estruturada da seguinte maneira:

a. possuir a EAP padrão consolidada da empresa (exemplo no

apêndice H);

b. possuir um banco de dados de composições unitárias de serviços

com seus insumos, recursos humanos, equipamentos, etc., podemos

ou não, conter os valores em reais de seus respectivos custos;

c. possuir, se o usuário assim desejar, os critérios de medição

necessários a quantificação dos serviços;

4. o usuário do modelo proposto deve então:

a. atualizar seu banco de dados para melhoria contínua do processo de

planejamento de obras;

b. simular as durações necessárias e suas equipes, além de alterar os

quantitativos dos materiais para um padrão de compra;

Page 13: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 157

c. exportar dados para o software de planejamento;

d. fazer o cronograma através do seqüenciamento das atividades;

e. fazer as simulações desejadas.

5.3. Vantagens na utilização do modelo

Para consolidar a resposta de que o modelo proposto pode aumentar a

previsibilidade e o processo de tomada de decisão no planejamento operacional

de empreendimentos comerciais, seguem as principais vantagens de sua

utilização, a saber:

1. rapidez na estruturação do cronograma da obra, pois lançadas as

informações no modelo temos como saída, informações preparadas

para o planejamento, como por exemplo, a EAP do projeto, as

atividades de execução, a estimativa de duração das atividades,

recursos necessários, quantitativo de materiais em unidades de

medidas utilizadas em suprimentos e custos;

2. o modelo proposto é aberto para customização da empresa

permitindo que o usuário cadastre critérios de medição e atividades

não projetadas, aumentando a confiabilidade dos dados para

geração do planejamento operacional;

3. o orçamento é definido após o planejamento operacional, o que

permite maior confiabilidade no mesmo, pois condições de operação

afetam o orçamento, como por exemplo, o planejamento do canteiro

de obras e suas condições influenciam no custo do empreendimento,

como também a definição das atividades permite uma melhor

análise, como por exemplo, a atividade de execução de estrutura de

Page 14: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 158

concreto de um prédio de 10 andares, pode ter um custo em um

orçamento tradicional, porém em um orçamento estimado a partir do

planejamento, pode definir que a execução de estrutura de concreto

pode ter um custo diferenciado para cada andar, a execução do

concreto dividida no cronograma por andar, permite uma melhor

distribuição de custos ao longo do tempo;

4. integração no processo de atualização e simulação do

empreendimento em um único sistema de informações, o software de

planejamento, permitindo um compartilhamento do mesmo banco de

dados;

5. o modelo pode ser utilizado em qualquer sistema CAD, mas se deve

customizar o modelo para isso. Se trabalhar com modelagem BIM,

pode-se ganhar tempo na quantificação de elementos construtivos e;

6. o modelo proposto é um sistema aberto desenvolvido através de

aplicativos de uso corrente do meio técnico (planilha eletrônica), de

forma que o sistema possa ser desenvolvido e adaptado à cultura da

empresa e não o inverso.

Cabe concluir que, apesar das razões para criação do modelo proposto, e suas

vantagens de utilização, também percebemos que existem limitações na utilização

do mesmo, conforme listadas no próximo item.

5.4. Limitações na utilização do modelo

Entre as limitações na utilização do modelo, as mais significativas são:

1. a empresa deve cadastrar seus parâmetros para o planejamento

operacional. Em empresas que executam determinados tipos de

Page 15: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 159

obra, esse cadastro é mais rápido e mais simples. Entretanto, para

aquelas empresas que executam vários tipos de obras diferentes, o

cadastramento de informações é um trabalho muito complicado, mas

não impossível. Apesar, desta limitação cabe lembra o crescimento

da terceirização na execução de obras, onde a construtora pode

executar vários tipos de obra, mas terceirizar a maioria dos serviços,

são subempreiteiros executando partes da obra. O modelo torna-se

então viável, não para a construtora que executa todos tipos de

obras, mas para os subempreiteiros, que com seu banco de dados

podem informar a construtora seus dados de gestão. A construtora

por sua vez, planeja e controla com as informações terceirizadas, e

olha para o seu processo de planejamento como se fossem vários

processos integrados. A subempreiteira, por sua vez, pode planejar

melhor seus recursos em diversas obras, por exemplo, um

subempreiteiro de execução de pintura pode olhar para um

planejamento de várias obras e conhecer as suas necessidades de

recursos, quando uma empresa utiliza um cronograma com todas as

obras apresentadas, denominamos de planejamento consolidado;

2. se for usada a modelagem BIM, os projetistas devem ser treinados

em gerenciamento de projetos para projetar considerando a

execução;

3. como sendo uma nova forma de planejar, a empresa na fase de

implantação e teste do modelo proposto, ainda deve utilizar o modelo

atual, portanto dois planejamentos para a mesma obra, dispondo de

mais horas técnicas para o estudo do planejamento.

As dificuldades percebidas na aplicação do modelo proposto nos estudos

realizados nas empresas, serão apresentadas no capitulo 7, nas análises

consolidadas, após a apresentação dos casos no capitulo 6.

Page 16: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 160

5.5. Pré-teste da planilha de integração entre o projeto executivo e o planejamento operacional

Um pré-teste de aplicação do modelo proposto foi desenvolvido para

esclarecimentos sobre sua utilização sendo, portanto, demonstrado nas 8

empresas para coleta de dados, opiniões e validação do mesmo.

Foi criado um projeto fictício de um prédio comercial composto por três unidades,

sendo que, em cada unidade temos duas lojas térreas e dois escritórios no 1º.

andar, totalizando um conjunto de 6 lojas e 6 escritórios, com a utilização da

modelagem BIM, conforme o apêndice I, contendo:

- planta do nível 1 (1/14) - térreo;

- planta do nível 2 (2/14) – 1º. andar;

- planta de cobertura (3/14);

- planta de fundação (4/14);

- elevação frontal (5/14);

- elevação posterior (6/14);

- elevação lateral esquerda (7/14);

- corte AA (8/14);

- corte BB (9/14);

- detalhe de banheiro – materiais (10/14);

- quantitativo de revestimento de parede (11/14);

- quantitativo de revestimento de piso (12/14);

- quantitativo de janelas e portas (13/14);

- quantitativo de cobertura, forro, colunas e fundação (14/14);

- perspectiva para 1 unidade;

Page 17: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 161

- quantitativo de revestimento de parede para 3 unidades;

- quantitativo de revestimento de piso para 3 unidades;

- quantitativo de janelas e portas para 3 unidades;

- quantitativo de cobertura, forro, colunas e fundação para 3 unidades;

- perspectiva para 3 unidades.

Os dados quantificados foram exportados para o modelo proposto, e

selecionamos 1 elemento construtivo para demonstração de cálculo de correção.

O elemento construtivo é Paredes de bloco de concreto, quantificado com

desconto de vãos em 322 m2, entretanto o modelo corrigiu o quantitativo para o

serviço de alvenaria estrutural com blocos de concreto de 14 cm em 331,60 m2,

não descontando os vãos, conforme o critério de medição; e quantificou o serviço

de GROUT (argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco

traço 1:0,1:3:2) supondo que ele não foi desenhado no BIM, em 8,10 m3,

conforme a figura 62.

A planilha de correção interna do modelo para consideração de correção do

quantitativo de alvenaria de bloco de concreto e GROUT (argamassa de cimento,

cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco traço 1:0,1:3:2) está na figura 63.

Na seqüência de utilização do modelo, foram buscadas as composições unitárias

para o levantamento dos insumos necessários para os dois serviços, conforme a

figura 64, para alvenaria estrutural com blocos de concreto de 14 cm, e figura 65

para GROUT (argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco

traço 1:0,1:3:2).

Nas respectivas figuras, estão em destaque as quantidades necessárias de

recursos e o quantitativo de materiais, os dois exemplos não tem equipamentos.

Page 18: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 162

Figura 62: Modelo proposto, em destaque o elemento construtivo é Paredes de bloco de concreto, quantificado com desconto de vãos em 322 m2, o serviço de alvenaria estrutural com blocos de concreto de 14 cm em 331,60 m2 e o serviço de GROUT (argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco traço 1:0,1:3:2) supondo que ele não foi desenhado no

BIM, em 8,10 m3.

Figura 63: A planilha de correção do quantitativo de alvenaria de bloco de concreto e a planilha de quantificação do GROUT (argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco

traço 1:0,1:3:2).

Page 19: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 163

Figura 64: Composição unitária de Alvenaria estrutural com blocos de concreto de 14 cm.

Figura 65: Composição unitária de GROUT (argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco traço 1:0,1:3:2).

Page 20: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 164

Na figura 66, apresentamos no modelo proposto os quantitativos totais de insumos

necessários para os serviços contidos no elemento construtivo Paredes de bloco de concreto.

3ª. coluna: verificamos, por exemplo, a quantidade Hh necessária de pedreiro,

305,78 Hh, esse número veio da somatória das necessidades de Hh para o

serviço de alvenaria estrutural com blocos de concreto de 14 cm, com o GROUT

(argamassa de cimento, cal hidratada, areia sem peneirar e pedrisco traço

1:0,1:3:2), ou seja, 265,28 Hh mais 40,50 Hh.

4ª. coluna: número de pessoas indicadas e índice de conversão para compra de

materiais, permitindo simulações.

6ª. coluna: duração calculada levando-se em consideração as Hh necessárias, o

número de pessoas a disposição e o tempo de trabalho diário.

7ª. coluna: duração aproximada levando em consideração todos cálculos de

duração da atividade.

8ª. coluna: equipe dimensionada e quantitativo de materiais corrigido.

col. 1 col. 2 col. 3 col. 4 col. 5 col. 6 col. 7 col. 8FASE II: PAREDES E PAÍNEIS

Paredes de bloco de concreto Hh n.pessoas RI ativ Duração Duração final EquipePedreiro 305,78 4 32 9,555625 10 4Servente 460,82 6 48 9,600417 6

conversor

Areia 11,38 12 12

Cal 413,31 saco 20kg 20,67 21 21

Cimento 4.743,48 saco 50kg 94,87 95 95Bloco de concreto 4343,96 4500 4500Pedrisco 3,70 4 4

Figura 66: Modelo proposto com os quantitativos totais de insumos necessários para os serviços contidos no elemento construtivo Paredes de bloco de concreto, com duração e equipe

dimensionada.

Finalmente, o modelo proposto lista os elementos construtivos em uma planilha

resumo com as durações, equipes e quantitativos de materiais, conforme a figura

67, pronta para exportação no software de planejamento de obras.

Page 21: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 165

PROJETO: Nome Dur. Nome dos recursosFASE I: FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES

Colocação dos batentes de madeira 1 pedreiro[1];servente[1]

Esquadrias de madeira 1 carpinteiro[2];aj. Carpinteiro[2]FASE IV: REVESTIMENTOS INTERNOS

Revestimento de paredes 3 pedreiro[4];servente[5]FASE V: PINTURA

Pintura de paredes int e esquadrias 4 pintor[3];aj. Pintor[2]

Sapata corrida de concreto 1 carpinteiro[1];aj. carpinteiro[1];armador[2];aj. armador[2];servente[1]FASE II: PAREDES E PAÍNEIS

Paredes de bloco de concreto 10 pedreiro[4];servente[6];areia[12];cal hidratada[21];cimento[95];bloco de concreto[4500];pedrisco[4]

Cinta de amarração no respaldo alv. 1 carpinteiro[2];aj. carpinteiro[2];armador[1];aj. Armador[1];servente[1]FASE III: ESQUADRIAS E FERRAGENS

Figura 67: Planilha para exportação no software de planejamento de obras.

A figura 68 apresenta para a planilha com cronograma pronto, onde foi feito o

seqüenciamento entre as atividades, com um exemplo de utilização do sistema

para redimensionar a equipe. Em destaque, temos a atividade Paredes de bloco

de concreto, com uma outra simulação de mudança de duração para 7 dias,

equipe redimensionada e quantidade de material mantido.

Figura 68: Simulação de calculo de duração no planejamento operacional.

Page 22: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 166

No mesmo sistema, podemos cadastrar os custos para um orçamento integrado

ao dimensionamento e datas de execução, conforme a figura 69.

Figura 69: Simulação de calculo de orçamento para o planejamento operacional.

No mesmo sistema, podemos cadastrar as condições de pagamento dos insumos

do projeto, conforme a figura 70.

Figura 70: Simulação das condições de pagamento dos insumos.

Page 23: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 167

No mesmo sistema, podemos cadastrar ou importar de editores de texto,

anotações importantes sobre as considerações do projeto executivo e do projeto

para produção. Na fase de controle, podemos informar as ocorrências das

atividades, por exemplo, na execução da atividade “Paredes de bloco de concreto”

apresentamos que houve uma parada, causada por fatores de contexto do

trabalho, ou fatores de conteúdo ou anormalidades na execução, conforme a

figura 71.

Figura 71: Simulações de informações sobre o planejado e sobre o controle na execução das atividades.

Sistemas integrados também permitem conhecer a quantidade que deve ser

colocada à disposição para realização do projeto, como por exemplo, na figura 72,

o recurso servente deve estar disponível em número superior de 8, ou seja, em

determinada data e em função das atividades de execução, deve-se colocar a

disposição mais do que 8 serventes. Utiliza-se o sistema para se conhecer o

número necessário ou simular condições de nivelamento de recursos.

Page 24: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 168

Figura 72: Quantidade que deve ser colocada à disposição para realização do projeto.

A figura 73 apresenta uma simulação de alteração do escopo do projeto, a

Instalação do ar condicionado não estava prevista do planejamento e aparece

no controle para análise de impactos.

Figura 73: Alteração no escopo do projeto e possíveis impactos sobre o planejado.

Page 25: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 169

Sistemas integrados permitem a abertura de várias janelas de dados como

apresentado na figura 74, onde visualizamos em que tarefas o projetista trabalha,

em que datas e quantas horas são necessárias do projetista nessas atividades.

Figura 74: Visualização integrada de dados.

Na figura 75, apresentamos que podemos fazer ou importar de um editor de texto

as condições do Plano de qualidade do projeto.

Figura 75: Plano de Qualidade integrado a uma atividade do cronograma.

Page 26: 5. CONSTRUÇÃO DO MÉTODO

Cap. 5 – Construção do método - 170

Sistemas integrados também permitem a apresentação da listagem de materiais

necessários e que, neste caso com a aplicação do modelo proposto aparecem

como devem ser adquiridos pelo departamento de compras para o 1º. trimestre,

conforme a figura 76.

Figura 76: Plano de Aquisições integrado ao cronograma de execução para o 1º. trimestre da obra.

Cabe concluir este capítulo lembrando que, as simulações apresentadas no

sistema integrado só foram possíveis através da utilização do modelo proposto

que, preparou os dados para o planejamento.

Através das simulações do pré-teste, sentimos condições de apresentar o modelo

proposto a algumas empresas no sentido de validação da proposta. Nesse

sentido, apresentaremos os resultados obtidos no capítulo 6 que se segue.