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Crédito tributário com todas as suas decorrências (ver arts. 139 e seguintes, CTN) I. Introdução Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. II. Constituição - Lançamento tributário 1. Modalidades de lançamento (de acordo com o índice de participação do contribuinte): a. Lançamento de ofício/direto (não há provocação/ o fisco age por conta própria e sem participação do contribuinte); ex. IPTU. Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;

5. Crédito Tributário Com Todas as Suas Decorrências

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Crdito tributrio com todas as suas decorrncias (ver arts. 139 e seguintes, CTN)I. IntroduoArt. 139. O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta.Art. 140. As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem.Art. 141. O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais no podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias.II. Constituio - Lanamento tributrio

1. Modalidades de lanamento (de acordo com o ndice de participao do contribuinte):a. Lanamento de ofcio/direto (no h provocao/ o fisco age por conta prpria e sem participao do contribuinte); ex. IPTU.Art. 149. O lanamento efetuado e revisto de ofcio pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislao tributria;III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislao tributria, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria;V - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exerccio da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao; VIII - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento anterior; IX - quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Pargrafo nico. A reviso do lanamento s pode ser iniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica.

b. Lanamento por declarao/misto (contribuinte e administrao tributria participam, o contribuinte presta informaes e o fiscal com base nessas informaes calcula o montante); ex. ITBI.Art. 147. O lanamento efetuado com base na declarao do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislao tributria, presta autoridade administrativa informaes sobre matria de fato, indispensveis sua efetivao. 1 A retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s admissvel mediante comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o lanamento. 2 Os erros contidos na declarao e apurveis pelo seu exame sero retificados de ofcio pela autoridade administrativa a que competir a reviso daquela.c. Lanamento por homologao/auto lanamento (contribuinte preenche todos os dados sobre o tributo, que ser analisado pela receita); ex. Imposto de renda. O fisco dever no prazo de 5 anos: Homologar a declarao: poder ser de forma expressa ou tcita (se passar 5 anos e o fisco no dizer nada estar homologado); No homologar: far-se- uma cobrana por meio de notificao que possui natureza jurdica de lanamento (lanamento dentro de outro lanamento, possui carter suplementar). Hoje em dia a grande maioria dos tributos est submetida esta modalidade.Art. 150. O lanamento por homologao, que ocorre quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 1 O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crdito, sob condio resolutria da ulterior homologao ao lanamento. 2 No influem sobre a obrigao tributria quaisquer atos anteriores homologao, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando extino total ou parcial do crdito. 3 Os atos a que se refere o pargrafo anterior sero, porm, considerados na apurao do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposio de penalidade, ou sua graduao. 4 Se a lei no fixar prazo a homologao, ser ele de cinco anos, a contar da ocorrncia do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pblica se tenha pronunciado, considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou simulao. ArbitramentoArt. 148. Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tome em considerao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ou no meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao, avaliao contraditria, administrativa ou judicial.H uma discusso se essa seria uma quarta hiptese de lanamento ou lanamento suplementar. Sempre que o valor tributrio tomar por base valor ou preo de bens declarados pelo contribuinte, a Fazenda poder discordar de tal valor. O CTN garante o contraditrio e a ampla defesa. Para definir o valor instaurar-se- um processo administrativo.2. Problemas O lanamento cria ou apenas declara o crdito tributrio? H dois posicionamentos aqui, o primeiro (teoria da linguagem) defende que o lanamento cria o crdito tributrio, pois sem o primeiro no h como estipular o segundo (no tem como materializar/quantificar o valor), sendo que antes apenas existia uma prerrogativa da Fazenda pblica; o segundo posicionamento (teoria do cdigo tributrio) nos traz que o lanamento apenas declara o crdito tributrio, que, na verdade, j existia, mas de maneira abstrata. Se segundo o art. 142, CTN compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, o lanamento por homologao seria realmente uma espcie de lanamento?A primeira teoria prega que o lanamento por homologao, na verdade, no lanamento, apesar de tambm constituir o crdito tributrio. A segunda acredita que uma modalidade de lanamento e o art. 142 deve ser interpretado de outra forma, pois homologar ou no, ainda que de maneira tcita, ato administrativo.Art. 142. Compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicao da penalidade cabvel.Pargrafo nico. A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional.3. Natureza jurdicaO crdito tributrio elemento da obrigao. Art. 139. O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta.4. Autonomia da obrigao em relao ao crdito tributrioArt. 140. As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem.5. Art. 141Art. 141. O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais no podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias.Tal dispositivo intil, uma vez que uma lei posterior que trate da mesma matria revoga a anterior.6. Valor tributrio em moeda estrangeira Art. 143. Salvo disposio de lei em contrrio, quando o valor tributrio esteja expresso em moeda estrangeira, no lanamento far-se- sua converso em moeda nacional ao cmbio do dia da ocorrncia do fato gerador da obrigao.H um problema neste dispositivo, quanto ao aspecto temporal de incidncia, pois a alterao ser feita pelo cambio da moeda na poca do fato gerador.7. Legislao aplicvel Material: quando for de natureza material (ex. criao de nova obrigao, mudana de alquota e etc.) reportar-se- a data do fato gerador e reger-se- pela lei vigente, ainda que posteriormente revogada.Art. 144. O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Formal: 1uando a natureza for formal (lei processual) reportar-se- ao momento do lanamento. 1 Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiros. 2 O disposto neste artigo no se aplica aos impostos lanados por perodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.8. Alterao no lanamentoArt. 145. O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo s pode ser alterado em virtude de: I - impugnao do sujeito passivo; II - recurso de ofcio (necessidade de reexame); III - iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Impugnao do sujeito passivoRealizado o lanamento e notificado o contribuinte, este poder impugnar. A apresentao da impugnao forma o processo administrativo que ser levado a autoridade administrativa competente para julgar. Ou seja:Lanamento > notificao do lanamento > Impugnao > formao do processo adm > julgamento > recurso ordinrio (para o contribuinte) ou recurso de ofcio (para a Fazenda Pblica) > acrdo (irrecorrvel se favorvel ao contribuinte, exceto em caso de vcio de formalidade, mas se desfavorvel ao contribuinte segundo o princpio da inafastabilidade de jurisdio ele poder levar o processo ao poder judicirio MS OU AO ANULATRIA).Mandado de seguranaAo ordinria

Antes do lanamento questiona-se o crdito tributrio impetrando um mandado de segurana preventivo.Antes do lanamento questiona-se o crdito tributrio entrando com uma ao que declare a inexistncia do vinculo jurdico, ou seja, uma ao declaratria.

Aps o lanamento, questiona-se o crdito atravs de mandado de segurana repressivo.Aps o lanamento, questiona-se o crdito atravs de ao anulatria.

Tem prazo de 120 dias a partir do ato que se pretende reprimir.Tem prazo prescricional.

No h honorrios ou custas sucumbnciasH sucumbncia

Possui requisito indispensvel: demonstrao de direito lquido e certo com prova constituda. No cabe prova dilatria.

Art. 156. Extinguem o crdito tributrio: IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria;9. Alterao de critrios da autoridade administrativaArt. 146. A modificao introduzida, de ofcio ou em consequncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo.Obs.:Erro de fato/erro na identificao do fato (ex. erro no clculo do tributo): reviso (de ofcio ou de carter suplementar)Erro de direito/erro na aplicao do direito (ex. mudana de entendimento): no h reviso.III. Suspenso da exigibilidade do crdito tributrio1. Noes geraisNo podemos falar da suspenso do crdito tributrio, mas sim na suspenso de sua exigibilidade. So os atributos do crdito: liquidez, certeza e a exigibilidade.2. Rol de casos que suspendem a exigibilidade da obrigao tributria:(obs. A suspenso da exigibilidade em razo das seguintes causas pode impedir o incio do prazo prescricional ou suspend-lo).a. MoratriaA mora ocorre nos casos em que o poder pblico prorroga o prazo para o contribuinte cumprir com sua obrigao. Segundo o art. 152, a moratria somente pode ser concedida (desde que com autorizao legal): I - em carter geral (ou seja, de forma ampla e irrestrita ex. h uma seca e concedida uma prorrogao no prazo para todos os produtores agrcolas): a) pela pessoa jurdica de direito pblico competente para instituir o tributo a que se refira; b) pela Unio, quanto a tributos de competncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competncia federal e s obrigaes de direito privado (h vozes no sentido de que esta alnea inconstitucional, pois h interferncia dos poderes); II - em carter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condies do inciso anterior.Abrangncia da mora: A lei concessiva de moratria pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade determinada regio do territrio da pessoa jurdica de direito pblico que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. Art. 154. Salvo disposio de lei em contrrio, a moratria somente abrange os crditos definitivamente constitudos data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lanamento j tenha sido iniciado quela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Pargrafo nico. A moratria no aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulao do sujeito passivo ou do terceiro em benefcio daquele.Requisitos da lei instituidora:Art. 153. A lei que conceda moratria em carter geral ou autorize sua concesso em carter individual especificar, sem prejuzo de outros requisitos: I - o prazo de durao do favor; II - as condies da concesso do favor em carter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o nmero de prestaes e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixao de uns e de outros autoridade administrativa, para cada caso de concesso em carter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concesso em carter individual.Revogao da moratria individual:Art. 155. A concesso da moratria em carter individual no gera direito adquirido e ser revogado de ofcio, sempre que se apure que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do favor, cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora: I - com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo ou simulao do beneficiado, ou de terceiro em benefcio daquele; II - sem imposio de penalidade, nos demais casos. Pargrafo nico. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concesso da moratria e sua revogao no se computa para efeito da prescrio do direito cobrana do crdito; no caso do inciso II deste artigo, a revogao s pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

b. Depsito do seu montante integralO depsito deve sempre acompanhar uma outra forma de suspenso (ex. depsito + impugnao), pois se houver apenas depsito ser ento pagamento, forma de extino do crdito tributrio.A finalidade do depsito impedir a fluncia dos juros de mora.Caso o contribuinte ganhe a ao, poder posteriormente levantar o montante integral do depsito. Se o contribuinte perder o valor ser convertido em renda da Fazenda Pblica.STJ Smula n 112: O depsito somente suspende a exigibilidade do crdito tributrio se for integral e em dinheiro.STF Smula Vinculante n 21 - inconstitucional a exigncia de depsito ou arrolamento prvios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

c. Reclamaes e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributrio administrativoTrata-se das impugnaes. Suspender a exigibilidade do crdito tributrio at o julgamento final.

d. Concesso de medida liminar em mandado de seguranaPara suspender a exigibilidade do crdito tributrio no bastar apenas a impetrao do mandado de segurana, mas sim dever ter sido concedida a liminar do mandado.

e. Concesso de medida liminar ou tutela antecipada, em outras espcies de ao judicialPara suspender a exigibilidade do crdito tributrio no bastar apenas que o contribuinte entre com uma ao judicial, mas sim dever ser-lhe concedida medida liminar ou tutela antecipada.Em matria tributria o ajuizamento de demandas implica em renncia na via administrativa, ou seja, medidas judiciais extinguem as medidas administrativas.

f. ParcelamentoPode ser considerado uma modalidade de moratria, porm implica o cumprimento da obrigao em cotas. A maioria das vezes reduz multas e juros, com o objetivo de que o contribuinte pague sua obrigao. Devemos lembrar que no cabe parcelamento na denncia espontnea.Qualquer lei que trata de parcelamento tributrio dever ter como requisito a confisso do sujeito passivo e a expressa renncia em discutir o crdito que est sendo parcelado. Judicialmente ser possvel anulao desta confisso, pois h entendimento no sentido de que tal prtica uma forma de coao.Art. 155-A. O parcelamento ser concedido na forma e condio estabelecidas em lei especfica. 1o Salvo disposio de lei em contrrio, o parcelamento do crdito tributrio no exclui a incidncia de juros e multas. 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposies desta Lei, relativas moratria. 3o Lei especfica dispor sobre as condies de parcelamento dos crditos tributrios do devedor em recuperao judicial. 4o A inexistncia da lei especfica a que se refere o 3o deste artigo importa na aplicao das leis gerais de parcelamento do ente da Federao ao devedor em recuperao judicial, no podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal especfica.

IV. Extino do crdito tributrioNa extino o crdito fulminado com um todo extinguindo a relao tributria.1. Formas de extinoa. Pagamento;Tributo + penalidade:A aplicao e o pagamento de multa no faz com que a dvida do tributo seja afastada, uma vez que so dividas cumulativas.Presunes civilistas que no se aplicam no direito tributrio:Art. 158. O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento: I - quando parcial, das prestaes em que se decomponha; II - quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.Locais do pagamento: Art. 159. Quando a legislao tributria no dispuser a respeito, o pagamento efetuado na repartio competente do domiclio do sujeito passivo.Trata-se, no entanto, de regra que caiu no desuso devido ao pagamento eletrnico.Prazo para pagamento:Art. 160. Quando a legislao tributria no fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crdito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento.Pargrafo nico. A legislao tributria pode conceder desconto pela antecipao do pagamento, nas condies que estabelea.Tal artigo no aplicado no lanamento por homologao, pois nesta modalidade o contribuinte antecipa o pagamento.Mora:Art. 161. O crdito no integralmente pago no vencimento acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuzo da imposio das penalidades cabveis e da aplicao de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributria. 1 Se a lei no dispuser de modo diverso, os juros de mora so calculados taxa de um por cento ao ms. (Hoje em dia no regra, pois os clculos de mora so baseados na taxa SELIC). 2 O disposto neste artigo no se aplica na pendncia de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crdito.Formas de pagamento:Art. 162. O pagamento efetuado: I - em moeda corrente, cheque (s extingue quando for compensado) vale postal (espcie de cheque adquirido nos correios que possui valor pecunirio e pode ser trocado em dinheiro); II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecnico. 1 A legislao tributria pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que no o torne impossvel ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 2 O crdito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. 3 O crdito pagvel em estampilha considera-se extinto com a inutilizao regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150. 4 A perda ou destruio da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, no do direito a restituio, salvo nos casos expressamente previstos na legislao tributria, ou naquelas em que o erro seja imputvel autoridade administrativa. 5 O pagamento em papel selado ou por processo mecnico equipara-se ao pagamento em estampilha.Imputao do pagamento (exceo: processo de falncia):Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais dbitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurdica de direito pblico, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniria ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinar a respectiva imputao, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos dbitos por obrigao prpria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributria; II - primeiramente, s contribuies de melhoria, depois s taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrio; IV - na ordem decrescente dos montantes.

b. CompensaoArt. 170. A lei pode, nas condies e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulao em cada caso atribuir autoridade administrativa, autorizar a compensao de crditos tributrios com crditos lquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pblica. Pargrafo nico. Sendo vincendo o crdito do sujeito passivo, a lei determinar, para os efeitos deste artigo, a apurao do seu montante, no podendo, porm, cominar reduo maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao ms pelo tempo a decorrer entre a data da compensao e a do vencimento.Art. 170-A. vedada a compensao mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestao judicial pelo sujeito passivo, antes do trnsito em julgado da respectiva deciso judicial.

c. Transao;Art. 171. A lei pode facultar, nas condies que estabelea, aos sujeitos ativo e passivo da obrigao tributria celebrar transao que, mediante concesses mtuas, importe em determinao de litgio e consequente extino de crdito tributrio.Pargrafo nico. A lei indicar a autoridade competente para autorizar a transao em cada caso.

d. Remisso - perdo; Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remisso total ou parcial do crdito tributrio, atendendo: I - situao econmica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorncia excusveis do sujeito passivo, quanto a matria de fato; III - diminuta importncia do crdito tributrio; IV - a consideraes de equidade, em relao com as caractersticas pessoais ou materiais do caso; V - a condies peculiares a determinada regio do territrio da entidade tributante. Pargrafo nico. O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155.No confundir com anistia, esta exclui a multa e a remisso o perdo do tributo.

e. Prescrio;A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em cinco anos, contados da data da constituio definitiva do crdito tributrio.

Constituio definitiva do crdito tributrio: ocorre aps o prazo que o contribuinte tem para pagar ou impugnar (em de regra o prazo de 30 dias, mas pode ser outro de acordo com o que a pessoa jurdica pblica estipular).Se houve impugnao s haver a constituio definitiva aps a sentena.Se houver inrcia do contribuinte (no paga e no impugna) tambm dar-se- a constituio definitiva.

Podemos falar em duas prescries: para comear e para terminar a ao.A prescrio se interrompe:I pelo despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;Embora seja incomum, possvel a adoo de medidas judiciais para interromper a prescrio.IV - por qualquer ato inequvoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor.Se o contribuinte adere ao programa de parcelamento, por exemplo, ele est reconhecendo seu dbito.

Art. 40 - O Juiz suspender o curso da execuo, enquanto no for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, no correr o prazo de prescrio. 1 - Suspenso o curso da execuo, ser aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pblica. 2 - Decorrido o prazo mximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhorveis, o Juiz ordenar o arquivamento dos autos. 3 - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, sero desarquivados os autos para prosseguimento da execuo. 4oSe da deciso que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pblica, poder, de ofcio, reconhecer a prescrio intercorrente e decret-la de imediato. 5o A manifestao prvia da Fazenda Pblica prevista no 4odeste artigo ser dispensada no caso de cobranas judiciais cujo valor seja inferior ao mnimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.

Se o processo de execuo estiver em andamento no haver contagem da prescrio INTERCORRENTE. Para que haja essa contagem o devedor no deve ter sido localizado ou bens penhorveis.Ao fim do um ano de suspenso se no localizado ainda o juiz mandar arquivar os autos.5 anos arquivado > prescrio intercorrente > juiz extingue pela falta de eficcia aps mais um ano (total 6 anos).

f. Decadncia;A decadncia atinge o direito material, o prazo de 5 anos e comea a contar a partir do fato gerador, da seguinte forma:Art. 173. O direito de a Fazenda Pblica constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos, contados:I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado;II - da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento anteriormente efetuado.Notificao da medida preparatria:Pargrafo nico. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio pela notificao, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento.O prazo contar a partir da notificao!Lanamento por homologao:Se a lei no fixar prazo a homologao, ser ele de cinco anos, a contar da ocorrncia do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pblica se tenha pronunciado, considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou simulao.O contribuinte dever analisar e pagar antecipadamente.Na prtica os contribuintes apuram o tributo, declaram, mas no pagam.A data do fato gerador a regra para se iniciar a contagem do prazo.O prazo de decadncia aqui para o fisco rever e cobrar alguma diferena, j que a rigor o crdito j foi constitudo.Com pagamento antecipado:Se o contribuinte no lanamento por homologao fez o pagamento antecipado o prazo ser de 5 anos a contar do fato gerador.Sem pagamento antecipado:Caso ele no tenha pago o prazo ser contado a partir do primeiro dia do exerccio seguinte.

g. Converso de depsito em renda;Como j dito, caso o contribuinte saia perdedor o depsito se transformar em renda da Fazenda Pblica, que nada mais que uma forma de pagamento.

h. Pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 1 e 4;No lanamento por homologao aps o contribuinte pagar antecipadamente o fisco ter 5 anos para homologar. O crdito se extingue com o pagamento e no com a homologao. Trata-se de subespcie de pagamento.

i. Consignao em pagamento, nos termos do disposto no 2 do artigo 164; Art. 164. A importncia de crdito tributrio pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinao deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria; II - de subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias administrativas sem fundamento legal; III - de exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito pblico, de tributo idntico sobre um mesmo fato gerador. 1 A consignao s pode versar sobre o crdito que o consignante se prope pagar.. 2 Julgada procedente a consignao, o pagamento se reputa efetuado e a importncia consignada convertida em renda; julgada improcedente a consignao no todo ou em parte, cobra-se o crdito acrescido de juros de mora, sem prejuzo das penalidades cabveis.

j. Deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria;k. Deciso judicial passada em julgado.g. Dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei. Trata-se de extino a regra de que o pagamento deve se dar em dinheiro.

V. Pagamento indevido e restituio vedado o enriquecimento sem causa, por isso quem paga um tributo indevido (indbito) tem o direito devoluo/restituio/repetio.Caso o fisco restitua o valor pago pelo contribuinte indevidamente de modo espontneo ser pago em dinheiro, mas se houver litgio o pagamento se dar por meio de precatrio.1. HiptesesArt. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prvio protesto, restituio total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no 4 do artigo 162, nos seguintes casos:I - cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;II - erro naidentificaodo sujeito passivo, na determinao da alquota aplicvel, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento;III - reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria.2. Restituio de juros e multaArt. 167. A restituio total ou parcial do tributo d lugar restituio, na mesma proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias, salvo as referentes a infraes de carter formal no prejudicadas pela causa da restituio.Pargrafo nico: a restituio vence juros no capitalizveis, a partir do transito em julgado da deciso definitiva que a determina.Antigamente o termo inicial dos juros era no estarem capitalizveis e o da correo monetria era desde o pagamento indevido. J em 1995 foi criado o Sistema Especial de Liquidao e Custdia (Lei 9250/95 - SELIC), que passou a ser aplicada tambm aos juros e correo monetria, o STJ definiu que a SLIC aplica-se para restituio de tributos pagos indevidamente desde a data do pagamento indevido. Devemos lembrar que tal lei federal, aplicando-se to e somente a dbitos federais.3. Tributos diretos e indiretos Contribuinte de fato e de direitoOs tributos diretos so aqueles que no permitem a transferncia ou recuperao do encargo financeiro (ex. IPTU, IR, IPVA), j os indiretos permitem o repasse do encargo a terceiro (ex. ICMS, IPI ), quando o tributo indireto podemos separar as figuras de contribuinte de fato e de direito.O contribuinte de fato quem realmente suporta o encargo econmico, ou seja, o consumidor final, j o contribuinte de direito aquele colocado no lugar do sujeito passivo pela lei, ou seja, o fornecedor.4. Restituio dos tributos indiretosArt. 166. A restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro somente ser feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de t-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-la.5. Prazo para pleitear a restituioArt. 168. O direito de pleitear a restituio extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:I - nas hiptese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extino do crdito tributrio (I - cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificao do sujeito passivo, na determinao da alquota aplicvel, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento;) II - na hiptese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a deciso administrativa ou passar em julgado a deciso judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a deciso condenatria. (III - reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria).6. Prazo no lanamento por homologaoAntigamente o contribuinte tinha 5 anos para aguardar a homologao + 5 anos para pedir restituio, trata-se da tese dos 5+5.A lei 118/2005 nos trouxe que a extino do crdito tributrio ocorre a partir do pagamento antecipado, ou seja, o prazo passou a ser apenas 5 anos. Uma minoria acredita que tal lei interpretativa e, como sabemos, leis meramente interpretativas podem retroagir. Porm os tribunais concordam que no se trata de lei interpretativa, pois traz inovao na ordem jurdica, sendo assim, quem pagou antes de 09.06.2005 ter direito de ver aplicada a tese dos 5+5, desde que a ao tenha sido ajuizada antes dessa data. Porm se a ao foi ajuizada aps 09.06.2005 aplicar-se- a lei 118 (apenas 5 anos, ou seja, no precisa esperar o fisco homologar ou no).7. Denegao do pedido administrativo de restituioArt. 169. Prescreve em dois anos a ao anulatria da deciso administrativa que denegar a restituio.Pargrafo nico. O prazo de prescrio interrompido pelo incio da ao judicial, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da intimao validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pblica interessada.

VI. Excluso do crdito tributrioSegundo a teoria moderna, as causas de excluso impedem a constituio do crdito, ou seja, impedem a realizao do lanamento. Porm a teoria da no incidncia nos traz que a excluso ocorre, na verdade, depois do lanamento, pois se contrrio fosse no haveria incidncia.A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes do principal cujo crdito seja excludo, ou dela consequente.So as causas de excluso do crdito tributrio:1. Iseno: impede a constituio do crdito tributrio em face de determinadas pessoas, bens ou servios que, como regra, deveriam ser tributadas. A iseno depende, como regra, de lei do ente competente (Lei Federal para sentar um tributo federal; lei estadual para isentar um tributo estadual, lei municipal para isentar um tributo municipal). A iseno poder ser condicionada (exige do sujeito passivo uma contrapartida de investimento para gozar do benefcio legal; ex. iseno de dez anos de IPTU para os empresrios que montarem estabelecimento na cidade de So Paulo e, cumulativamente, contratarem, ao menos, 50% de mo de obra local) ou incondicionada (exige apenas a verificao dos requisitos legais, sem qualquer contraprestao; ex. iseno de IPTU aos proprietrios de imveis at 50 mil).Art. 176. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua durao. Pargrafo nico. A iseno pode ser restrita a determinada regio do territrio da entidade tributante, em funo de condies a ela peculiares. Art. 177. Salvo disposio de lei em contrrio, a iseno no extensiva: I - s taxas e s contribuies de melhoria; II - aos tributos institudos posteriormente sua concesso.Art. 178 - A iseno, salvo se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. Art. 179. A iseno, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concesso. 1 Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da iseno. 2 O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155.Apesar da textualidade do CTN, o STF firmou entendimento no sentido de que a revogao de benefcios, entre eles a iseno, no equivalente instituio de tributos, o que implica na inaplicabilidade do princpio da anterioridade, ou seja, ela gera efeitos imediatos.Iseno x imunidade: a imunidade uma regra constitucional que retira a competncia do entre tributante. Iseno uma causa legal que determina que uma determinada pessoa, atividade ou bem no seja tributado. A imunidade somente se d se for alterada ou retirada pela prpria CF (ou emendas), enquanto a iseno dada, alterada e extinta por lei do ente.

2. Anistia: trata-se do perdo da sano tributria, de penalidade. Por medida de poltica tributria (incentivar a regularizao fiscal, aumentar arrecadao etc.) o fisco pode estabelecer o perdo de determinadas penalidades.Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede, no se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenes e aos que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele; II - salvo disposio em contrrio, s infraes resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurdicas.Art. 181. A anistia pode ser concedida: I - em carter geral; II - limitadamente: a) s infraes da legislao relativa a determinado tributo; b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza; c) a determinada regio do territrio da entidade tributante, em funo de condies a ela peculiares; d) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade administrativa. Art. 182. A anistia, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso. Pargrafo nico. O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155.Anistia x remisso do crdito: ambos os institutos significam perdo, contudo, a remisso o perdo do crdito tributrio constitudo, alm de poder atingir crditos sancionatrios e no sancionatrios. a anistia somente pode referir-se a atos ilcitos ocorridos antes de sua edio. A anistia meio de excluso do crdito tributrio e a remisso meio de extino.

Causa de extino: depois da constituio; Causa de suspeno: depois da hiptese de incidncia; Causa de excluso: depois da constituio;