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Histórias Cooperação da 5ª Edição - Maio de 2012

5ª Edição da revista Histórias da Cooperação

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Conheça 31 cooperativas que foram destaque no hotsite do Ano 2012

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Histórias

Cooperaçãoda

5ª Edição - Maio de 2012

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SISTEMA OCBDIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Márcio Lopes de Freitas

Superintendente da OCBRenato Nobile

Superintendente do SescoopLuís Tadeu Prudente Santos

HISTórIAS dA COOpErAçãO Publicação eletrônica mensal produzida pelo Sistema OCB em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas.

COORDENAÇÃOInês Rosa

REDAÇÃODaniela LemkeGabriela PradoGisele DaemonAssessorias de comunicação das OCEs e das cooperativas

FOTOSArquivos das cooperativas

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOCláudio NóbregaThiago Araujo

Acesse: www.ano2012.coop.br

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Editorial

Cooperativismo: trabalhando para crescer juntos

Empreender, unir forças, ganhar mercado e mais qualidade de vida. Certamente vocês sabem de qual atividade estamos falando. Esses são diferenciais do cooperativismo, um movimento socialmente responsável, que mobiliza milhões de brasileiros em todo o país. E os reflexos desse esforço conjunto podem ser conferidos no nosso dia-a-dia.

Assim, nossas cooperativas têm contribuído para o crescimento do Brasil, levando desenvolvimento às comunidades onde estão inseridas. Seus benefícios, portanto, não ficam restritos aos cooperados, se estendem para toda a sociedade. E isso o setor tem feito com o investimento constante no profissionalismo da gestão dos negócios, em ideias inovadoras e na sustentabilidade.

Exemplos que mostram como esse processo tem ocorrido estão retratados na quinta edição da revista Histórias de Cooperação, uma publicação eletrônica mensal, comemorativa ao Ano Internacional das Cooperativas – 2012. Essas e outras inicia-tivas promovidas pelo movimento podem ser acompanhados diariamente no hotsite ano2012.coop.br.

Márcio Lopes de FreitasPresidente do Sistema OCB

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Unimed Manaus: 33 anos e buscando referência em governança corporativaÀs vésperas de completar 33

anos, em agosto próximo, a Unimed Manaus está entre as

maiores operadoras de planos de saúde da Região Norte, com mais de 250 mil usuá-rios. Conta com 1.100 médicos associados, 700 técnicos de enfermagem e enfermei-ros, 604 médicos plantonistas e 400 colaboradores na área ad-ministrativa. Recentemente, a cooperativa associou-se ao Ins-tituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). O objeti-vo é implantar boas práticas da Governança Corporativa, forma como as sociedades são geridas, envolvendo os rela-cionamentos entre acionistas, cooperados, conselho de admi-nistração, diretoria, auditoria independente, conselho fiscal, e demais partes interessadas nesse processo.

Sob esse prisma, a Unimed Manaus busca melhorar, a cada dia, seu sistema de gestão, sempre em linha com os direcionamentos da Governança Corporativa, agindo com transparência e respeito para com seus cooperados e levando a efeito a prestação de contas e a responsabilidade cooperativista.

Atualmente, o próprio presidente da Unimed Manaus, Asdrúbal Melo, e um dos membros da sua diretoria, Carlos Di-niz, da Diretoria Administrativa, fazem parte do programa na sede do IBGC, em São Paulo, e vêm aplicando os novos cri-

térios nos processos administrativos que já beneficiam diretamente mais de mil cooperados, mil colaboradores e cerca de 250 mil clientes.

Um dos reflexos da implantação desses novos processos de gestão foi a recente recomendação da Agência Nacional

de Saúde Complementar (ANS) para a aprovação do Programa de Sanea-mento da Unimed Manaus. De acordo com o relatório enviado para a direção da ANS, “diversas ações levadas a efeito produziram impacto positivo na situa-ção econômico-financeira da operadora, com destaque para a integralização de capital e alienação de imóvel”. Em março último, as aplicações da Unimed somavam R$ 53 milhões, parte oriunda dos aportes dos cooperados, parte em decorrência das medidas tomadas pela

atual administração. “Precisamos acompanhar as mudan-

ças em tempo real. Novos processos de gestão com transparência e sustentabi-lidade são essenciais para a boa saúde administrativa e financeira de nossa Co-operativa. É uma prioridade desta gestão

o crescimento e a manuten-ção da nossa liderança no mercado de saúde”, analisa o presidente Asdrúbal Melo, integrante do programa de treinamento do IBGC.

Ainda como parte dos no-vos processos de Governança Corporativa, uma das mu-danças mais significativas foi a transferência da unidade de urgência da Rua Belém, na Cachoeirinha, para o novo Hospital Parque das Laran-jeiras Unimed Manaus, que triplicou a capacidade de atendimento de “urgência

adulto” de mil para três mil usuários/dia em um ambiente amplo, confortável e com maior comodidade para usuá-rios, médicos, técnicos e profissionais, além de um amplo estacionamento com capacidade para 500 vagas. “O novo hospital é uma resposta as necessidade de toda a sociedade amazonense que por mais de 30 anos tem utilizado os nossos serviços, e precisa de um lugar adequado, confortável e qualidade e ex-celência para o atendimento”, explica o presidente Asdrúbal Melo.

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Quarenta e nove anos dedicados ao atendimento do seu quadro social e ao desenvolvimento do

setor cafeeiro capixaba. Assim, a Coo-perativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) atua desde 1963, ano de sua fundação. A iniciativa partiu da comunidade católica, tendo à frente o pa-dre Simão Civalero, pároco municipal da cidade naquele ano. O objetivo era buscar soluções para as dificuldades enfrentadas pelos produtores locais.

A cooperativa foi constituída no dia 13 de setembro, quatro meses depois da emancipação do município de São Ga-briel da Palha (ES), por 38 cafeicultores. Além de mentor da criação, Civalero foi

também o primeiro presidente da orga-nização, respondendo pelo mandato de dois anos.

A Cooabriel iniciou suas ativida-des montando um setor de consumo, com mercearia e supermercado, para atender as necessidades básicas de seus cooperados. Depois, passou a prestar serviços de comercialização e beneficiamento e, ao longo do tem-po, estruturou-se para dar suporte à atividade cafeeira como um todo, be-neficiando seu quadro social, que hoje conta com mais de 3 mil associados.

Com sua estrutura, a cooperativa consegue acompanhar seus sócios des-de a escolha da área para implantação

da lavoura, oferecendo diversos serviços. Seu laboratório, por exemplo, pode fazer a análise de solo e plantas. Além disso, a organização produz e fornece mudas de alto padrão genético, dando orien-tação de manejo, produção, colheita, secagem e melhoramento do café. Isso, sem falar na armazenagem padroniza-da, comercialização, assistência jurídica, entre outras coisas. Tudo é feito para contribuir para maior produtividade e qualidade mais do produto, agregando valor e aumentando a lucratividade.

“O associado, quando adere à coo-perativa, sabe que sua participação, seu vínculo, não se resume a contato pura-mente de compra e venda, ou seja, de comercialização. Ele é sócio, dono do próprio negócio. Esse é o grande dife-rencial”, ressalta o presidente Antônio Joaquim de Souza Neto.

Atualmente, a Cooabriel conta com mais sete unidades, além da matriz lo-calizada em São Gabriel da Palha. Elas estão situadas em cinco municípios do Espírito Santo – Nova Venécia, Vila Valério, Água Branca, Anto Rio Novo e Boa Esperança, e dois na Bahia – Teixei-ra de Freitas e Itabela.

Seus indicadores, referentes a 2011, mostram o resultado de todo esse apa-rato aos cooperados. No último ano, foram recebidas 907,9 mil sacas de café e comercializadas 888,5 mil. Já a movi-mentação econômico-financeira fechou em R$ 255,6 milhões.

Cooabriel: referência na produção de café conilon

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Coodapis NE – é o nome da Co-operativa de Desenvolvimento da Apicultura do Nordeste

Brasileiro, localizada no município de Tabira (PE), que possui como carro--chefe a produção de 70 toneladas de mel por ano. Desse total, 10 toneladas são encaminhadas a mais de 40 escolas públicas como forma de complementar o valor nutritivo da merenda. A coope-rativa oferece até mesmo treinamento específico para otimizar o uso do mel no preparo da comida, que acontece a cada dois meses, quando da distribuição do produto. Recentemente, a Coodapis passou também a investir mais na pureza do mel, conquistando selo oficial e sendo a única organização a fabricar o produto orgânico em Pernambuco, nos moldes definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Coodapis, que con-ta com 191 cooperados, destaca-se também no processo de fabricação. A criatividade e ousadia do presidente Adelmo Cabral acabaram ge-rando uma tecnologia que reduziu os custos da cooperativa, além de melhorar a qualida-de do mel: as lâminas de papel em substi-tuição às tradicionais lâminas de cera.

“A inovação prevê que as lâminas sejam apenas banhadas em cera, o que possibilita a troca periódica destas pre-servando o sabor natural do mel. O alto custo das lâminas de cera inviabiliza essa troca, permanecendo por muito tempo em uso”, explica o presidente.

A ideia virou projeto e acabou con-quistando o apoio da Fundação Banco do Brasil, ao se classificar como tecno-logia inovadora no concurso Talentos do Brasil Rural, promovido pela en-tidade em 2011. A premiação prevê, dentre outros, suporte aos classificados na inserção dos produtos no mercado turístico durante a Copa de 2014. Para desenvolver a logística, o banco entre-gou um caminhão baú à cooperativa quando do lançamento da nova linha de produtos, que aconteceu em maio deste ano. Mas o projeto das lâminas de papel

ganhou ainda o apoio de outros parceiros. Representantes das unidades do Senai de Petrolina e Recife visitaram a cooperati-va, recentemente, e conheceram de perto a tecnologia, estimulando a Coodapis a inscrever um projeto também para o edi-tal nacional de inovações tecnológicas da instituição. O resultado deve sair até 14 de setembro deste ano. Um outro projeto, desta vez voltado ao favo artificial, deverá ser apresentado em 2013.

Sustentabilidade faz parte da rotina de produção da cooperativa também no ves-tuário específico de proteção, quando do contato dos cooperados com as abelhas. “As roupas utilizadas são confeccionadas a partir de tecidos de para-quedas. Os sobre-ninhos produzidos (colmeias arti-ficiais) também são sustentáveis, pois são feitos com madeira reaproveitada. Esses, inclusive, substituem as tradicionais mel-gueiras, com uma tecnologia pouco usada

no Brasil, que evita o enxameamento pelo maior espaço reservado às abelhas”, detalha Cabral. Os produtos da Coodapis podem ser encontrados em supermerca-dos da região metropolitana do Recife e são expostos em diversas feiras agropecu-árias realizadas no estado. A cooperativa atua em Tabira (sede), e nos municípios de: Solidão, Tuparetama, Santa Terezinha, Iguaracy, Afogados da Ingazeira, Manari, Moxotó, Água Branca(PB), Catolé do Ro-cha (PB) e Prata (PB).

COODAPIS NORDESTE: Uma história de inovações e conquistas

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A semente do cooperativismo agropecuário foi plantada em Patrocínio (MG) por 23

homens idealistas e empreendedores que, no dia 8 de setembro de 1961, fundaram a Cooperativa Agropecuária de Patrocínio (Coopa). Junto ao sonho daqueles visionários, estava o desafio de lutar, de construir uma entidade verda-deiramente do produtor, que o ajudasse a produzir mais e melhor, cumprindo o importante papel de apoio à produção e estímulo à renda.

Ao longo de meio século de existên-cia, a Coopa sempre teve como meta o bem-estar socioeconômico coletivo, e continua trabalhando suas ações a partir de um ideal de lutas, de esforços e, sobretudo, de forte união. Foi assim que o sonho daqueles pioneiros de 1961 tornou-se realidade, fruto da disposição, persistência e determinação por parte de todos os que se dedicaram à missão de fazê-la crescer e progredir.

Após 50 anos, a Coopa é uma coo-perativa respeitada pelo seu trabalho na área do agronegócio, nos âmbitos esta-dual e nacional. Ela promove e apoia o desenvolvimento sustentável dos pro-dutores rurais associados, oferecendo tecnologia e serviços voltados à produ-ção leiteira. “Poucas são as organizações brasileiras que completam 50 anos e se mostram jovens, vigorosas e dinâmicas. A Coopa faz parte deste seleto grupo, em função de dois fatores: o primeiro é a existência de cooperados que acredi-

tam em seu negócio e na cooperativa. O segundo é o material humano: pessoas comprometidas e apaixonadas pelo que fazem”, declara o pre-sidente da cooperativa, Renato Nunes.

Segundo Nunes, “a grande família Coopa” acredita na erradicação do individualismo como forma de construir uma sociedade justa, na qual o investimento prioritário seja no ser humano. “Certamente, esta é uma das razões que transformou a Coo-pa no que é hoje: uma cooperativa sólida, voltada para os anseios socioeconômicos de seu corpo de associados. Estamos falando de uma organização que, ao de-fender a classe de produtores rurais, gera muito mais do que uma centena de em-pregos diretos e indiretos, dando valiosa contribuição social ao município de Pa-trocínio”, afirma o dirigente.

Nunes conta que, em 1998, a coopera-tiva viveu um momento importante em sua história. “Foi a reforma estatutária da Coopa, por meio da qual a diretoria executiva passou a ter um profissional focado no mercado: um diretor superin-tendente”, diz. Segundo ele, a mudança trouxe crescimento para a instituição, que passou a contar com uma direção especializada.

De olho na melhoria de seus produtos

e profissionais, a cooperativa promo-ve alguns eventos que já se tornaram referência na região. Um deles é o Encontro Tencológico do Milho, re-alizado anualmente em parceria com a Fundação Comunitária e Educa-cional de Patrocínio. “O objetivo é apresentar as inovações tecnológicas do segmento por meio de demonstra-ções de novos híbridos e explicações técnicas”, resume Nunes.

A Feira de Negócios e Integração (Fenicoopa) é outra ação que tem a coordenação da Coopa. Seu objeti-vo é gerar oportunidade de negócios com os principais parceiros da co-operativa. “Em setembro de 2012, realizaremos a sexta edição da feira que, em 2011, consagrou-se como um dos mais importantes eventos agrope-cuários de Minas Gerais”, orgulha-se o presidente.

Coopa: empreendedorismo e atitude para crescimento mútuo

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A Cooparaiso nasceu da iniciati-va de 56 produtores rurais em 23 de março de 1960, na cida-

de mineira de São Sebastião do Paraíso. Desde então, mantém-se em contínuo crescimento amparada pela missão de servir ao produtor. Após 50 anos de história, a cooperativa multiplicou seu ta-manho e está presente na vida de quase 6.000 associados, atuando diretamente em mais de 70 municípios da principal região produtora de café de qualidade do País: Sudoeste de Minas, matas de Minas, Mogiana Paulista e Sul do Espírito Santo.

O crescimento da Cooparaiso está alinhado ao compromisso com a sus-tentabilidade, traduzido na busca da criação de valor nas dimensões econômi-ca, social e ambiental, relata o presidente Carlos Melles. Do plantio das mudas até comercialização do produto final, a cooperativa está presente com uma estru-tura profissional e instalações modernas e dimensionadas para o atendimento ao produtor com segurança e agilidade.

O complexo da Cooparaiso é forma-do pela estrutura da matriz, em São Sebastião do Paraíso, e 11 núcleos, nos municípios mineiros de Itamogi, São To-más de Aquino, Passos, Piumhi, Jacuí, Bom Jesus da Penha, em Altinópolis, no Estado de São Paulo, e Espera Feliz e Alegre, no Espírito Santo.

A Cooparaíso possui uma ampla rede de armazéns com as principais certificações, estrategicamente localizados, segurados e com capacidade estática instalada para 1 milhão sacas de café. O complexo de armazenagem, que oferece também o sistema “big bag”, opera com usinas de

rebenefício atendendo às exigências do mercado. O Departamento de Gestão de Agronegócio realiza o acompanhamen-to permanente das lavouras na área da cooperativa, assegurando visitas técni-cas às propriedades durante todo o ciclo

operacional de produção, como forma de garantir a qualidade natural do café em todas as etapas.

Com um corpo de traders e analistas, o Departamento de Café desenvolve es-tratégias de comercialização, atuando em diversos segmentos de mercado, referen-ciando a formação de preços, balizamento, qualidade e tendências de melhor valor para o café dos produtores.

Operando com 12 lojas próprias, a Cooparaiso oferece a linha completa de produtos para o segmento café, além de outras culturas. Essa estrutura faz a diferença para o produtor, combinan-do redução de custos, oportunidade de negócios, logística, além de promover

campanhas comerciais que disponibilizam bens e serviços com condições especiais de venda. As lojas Cooparaiso ainda atuam como reguladoras de mercado.

Como forma de agregar valor ao pro-duto e abrir um futuro de oportunidades, a Cooparaiso forma com a cooperativa francesa Agrial, a Cooparaiso Europe, com a colocação em 200 pontos de venda na França do café torrado e moído Classic Mogiana e Alto Paraíso. Com a base eco-nômica do café e as inúmeras parcerias, a Cooparaiso orienta investimentos de inclu-são social e digital em favor das famílias rurais e das comunidades em que atua.

A Cooparaíso é também uma organi-zação cooperativista com presença ativa na formulação das grandes e históricas políticas públicas para o café, o setor rural e o cooperativismo, tendo como exemplo desta ação conquistas como o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), a securitização das dí-vidas rurais, a criação do Bancoob, do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e do Progra-ma de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária – Recoop.

Para o presidente Carlos Melles, a Co-oparaiso é referência em gestão no setor cooperativista e esse reconhecimento se deve a um sólido modelo de governança, que alia visão integrada e agilidade na to-mada de decisões. “Celebramos o orgulho de uma cooperativa de café que atende o produtor rural e as comunidades onde atua, com organização, eficiência, confian-ça e qualidade”, destaca.

Cooparaiso: 52 anos de compromisso com o café

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Fundada em 29 de outubro de 1967, a Cooperalfa foi criada para atender uma grande ne-

cessidade: remuneração mais justa e valorização do trabalho de pequenos e médios produtores rurais. Naquela épo-ca, o Banco do Brasil era responsável por financiar as operações de aquisição de produtos agrícolas, por meio de AGF (Aquisição do Governo Federal) e tam-bém por armazenar a produção. Mas, com o aumento da produtividade, a estrutura da instituição ficou insuficien-te e foi então que surgiu a necessidade de criar no oeste de Santa Catarina um agente balizador de mercado que organi-

zasse os produtores rurais. As incertezas do mercado de grãos e,

em seguida, o avanço da produção animal em Santa Catarina foram os principais componentes do cenário de criação da Cooperalfa. Com o passar do tempo, e a eminente expansão, a cooperativa passou a diversificar suas atividades e serviu de pilar para o surgimento de outros empreendi-mentos cooperativos. Hoje, a Cooperalfa atua nos segmentos de suinocultura, avi-cultura, citricultura, bovinocultura de leite, recebimento e beneficiamento de trigo, soja e milho, com atividade principal na comercialização e armazenagem da pro-dução agrícola dos associados.

A Alfa, como é popularmente co-nhecida, também atua na produção de sementes certificadas de soja, feijão, trigo e coberturas de solo. Além disso, desenvolve parcerias com indústrias co-irmãs do siste-ma cooperativo para o beneficiamento de citros, suínos, aves e leite. “Os principais objetivos da Alfa sempre estiveram vol-tados para fortalecer e melhorar a renda média das famílias rurais, aperfeiçoar as condições sanitárias em geral, conceder permanente assistência técnica, aumentar a produtividade e a expectativa média de vida”, destaca o presidente, Romeo Bet.

A Cooperalfa fechou o ano de 2011 com 15.423 associados e mais de 2 mil colaboradores. Presente em 52 municí-pios catarinenses e três paranaenses, a Alfa é uma empresa preocupada com a preservação do meio ambiente. Para isso, viabiliza ações que buscam melhorar o desenvolvimento e a produção em acordo com as leis da natureza, respeitando-a e conservando-a. São diversos programas em sustentabilidade ambiental, como o geren-ciamento de dejetos de suínos, manuseio correto de agrotóxicos e reflorestamento. “O investimento em novas tecnologias é contínuo, visando elevar a qualidade de vida das famílias rurais, melhorar o trabalho e a produção”, orgulha-se Bet, que garante: “De forma responsável, va-mos caminhar nos próximos anos para que o associado continue dispondo de uma cooperativa sólida e segura”.

Cooperalfa: respeito às pessoas e ao meio ambiente para o desenvolvimento econômico e social

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Em apenas 15 anos de história, o Colégio CEM, de Concórdia/SC, já é exemplo para o sistema

educacional brasileiro. Incentivador de projetos ousados para a educação, como a Minicidade Cooperativista e o Projeto Semear, o CEM constrói um caminho avançado, trilhado com o apoio de 27 cooperados e de uma comunidade esco-lar inteira, formada por estudantes, pais, colaboradores e amigos cooperativistas.

No Ano Internacional das Cooperati-vas, o Colégio CEM, também conhecido como Cooperativa Educacional Magna, cumpre o dever de auxiliar no fortaleci-mento do setor, por meio da integração de todas as cooperativas da cidade ins-critas no Sistema Ocesc. “É o momento de testarmos todos os compromissos assumidos por nós, cooperativas catari-nenses, quanto aos princípios propostos pelo setor. É hora de cooperarmos entre nós, criando possibilidades de avanços e resultados para cada uma das cooperati-vas participantes”, destaca a presidente do Colégio CEM, Elizeth Pelegrini.

São 15 anos formando vencedores, educando para conquistas pessoais e pro-fissionais da vida. O Colégio CEM se sente honrado por comemorar essa data história em pleno Ano Internacional das Coopera-tivas. “É uma grande satisfação ver o nosso seleto grupo de professores e colaborado-res comemorando uma década e meia de história, e nada mais apropriado do que comemorar ao lado das cooperativas par-ceiras, que vivenciam o CEM desde o seu surgimento”, acrescenta Elizeth.

projeto Semear: Há pouco me-nos de dois meses, a Cooperativa Educacional Magna lançou o Projeto Se-mear, em que cada uma das turmas da escola firmou compromissos com foco em sustentabilidade. Desde então, os estudantes passaram a desenvolver tarefas propostas pelos subprojetos. Do maternal ao terceirão, o Projeto Semear iniciou um cronograma que contempla ações envolvendo diferen-tes disciplinas ministradas em sala de aula e também incentiva a prática de uma rea-lidade sutentável. Todas as propostas estão em pleno desenvolvimento e serão apresen-tadas durante o Seminário Semear, previsto para a última semana de Outubro.

“Entre as ações do Projeto Semear, destaco a confecção de papa-pilhas para o recolhimento de pilhas e baterias em pontos estratégicos. Ainda, o subprojeto CEM Ambiental, que visa os ensinamen-

tos sobre comunicação aos alunos, em que eles são repórteres e fazem cobertura de ações sustentáveis dentro e fora da escola”, cita Elizeth. A proposta é uma comemora-ção ao Ano Internacional das Cooperativas e integra todas as cooperativas de Concór-dia.

Minicidade Cooperativista: O so-nho tornou-se realidade há cinco anos. Uma cidade com o tamanho e caracte-rísticas ideais para pequenos cidadãos. A Minicidade Cooperativista é toda deles e foi criada para incentivar a cooperação, a união e o conhecimento. A Cooperativa Educacional Magna fez surgir um projeto pioneiro no Brasil, que é considerado refe-rência pelo setor cooperativista.

“Ensinar é ainda mais desafiador quando há exemplos parecidos com a realidade”, diz Elizeth. A Minicidade Cooperativis-ta surgiu da necessidade de formar jovens preparados para lidar com as situações adversas da sociedade. “Aqui, eles estão empenhados em manter a Minicidade em perfeita ordem, seja social, econômica ou ambiental; é preciso que todos estejam en-volvidos e sejam cidadãos de bem”, reforça a dirigente.

Em cinco anos, muitos alunos também foram autoridades na Minicidade. O pro-jeto permite que as crianças aprendam a importância da democracia, da gestão pública, da fiscalização de recursos e da formação de leis. A prefeitura e a câma-ra de vereadores da Minicidade são as principais responsáveis pela ordem. O comércio também participa. A Livrote-ca, a Copérdia, o Sicoob Crediauc são organizações que ajudam a movimentar a economia da Minicidade.

Colégio CEM: “educação é o nosso forte

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CooperSaud: compromisso com o bom atendimento em saúde

Organizar o trabalho de pro-fissionais de saúde de acordo com suas competências e in-

teresses coletivos, valorizando o talento e a capacidade de cada associado e garan-tindo a qualidade dos serviços prestados. Essa foi uma das premissas que norteou a criação da CooperSaud, de São Paulo, capital, em 22 de março de 2000. Um grupo de profissionais tecnicamente qualificados se uniram para atender à demanda de prestação de serviços em saúde, em especial a assistência domici-liar, conhecida como home care.

No início, a CooperSaud contava com 20 cooperados, número que aumentou gradativamente com o passar dos anos, abrangendo enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos, médicos, nutri-cionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros. São todos profissionais altamente capacitados e comprometi-dos com o crescimento da cooperativa. Para garantir constante desenvolvimen-to profissional, a cooperativa dispõe de um Centro de Treinamento na própria sede, onde são oferecidos diversos cursos gratuitos.

Hoje a cooperativa conta com in-fraestrutura que compreende, além da sala de treinamento, também labora-tório de enfermagem para a execução de aulas práticas, tanto adultas quanto pediátricas, com manequins, materiais e equipamentos, além de recursos mul-timídia e de apoio. Os cursos oferecidos são preparados com a excelência e os cuidados exigidos pelo mercado e mi-

nistrados por profissionais altamente competentes, para proporcionar aos co-operados a possibilidade de se atualizar constantemente e prestar serviços com segurança e qualidade.

Selo de Conformidade: A gran-de conquista da CooperSaud em 2010 foi o recebimento do Selo de Conformidade da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). A certificação é uma espécie de certi-ficado de qualidade e representa o reconhecimento da organização pelo esforço da cooperativa em cumprir com todas as etapas do Programa Na-cional de Conformidade. A conquista do selo significa que a cooperativa está atuando em acordo com os princípios, valores e legislação cooperativista.

Para a presidente Esther Moreno, o selo do PNC é a principal conquista desses 12 anos. “Sempre lutamos para nos diferenciar no mercado e mostrar a nossa idoneidade e legitimidade. O re-conhecimento da OCB atesta o trabalho sério que desenvolvemos e o nosso com-promisso com os princípios e valores do cooperativismo”, comemora.

Para 2012, a CooperSaud está inves-tindo ainda mais no aprimoramento dos programas de Educação Continuada e de desenvolvimento dos associados. Está implementando o Projeto Quali-dade de Vida do Cooperado e, ainda, apoiando a criação de um grupo, com a participação efetiva de associados, para implantação da rodada de discussões sobre assuntos de enfermagem.

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Uma empresa projetada para o futuro. Assim, a Cooperativa dos Transportadores do Vale

(Cootravale) tem sido administrada há 17 anos, desde sua fundação, em 1995. Sua constituição foi fruto do sonho de 25 transportadores do município de Vi-deira (SC), que viram no cooperativismo uma forma de trabalho mais justa.

Cientes das responsabilidades de uma sociedade cooperativa, os sócios-funda-dores estabeleceram um compromisso que é mantido até hoje – atuar de forma responsável, prezando pela qualidade

dos serviços, para que todos cresçam de forma unificada. Com união, seriedade e profissionalismo, em pouco tempo, a Cootravale conquistou mercado e cres-ceu significativamente.

Hoje, a instituição conta com 23 filiais e pontos de apoio estrategica-mente localizados pelo Brasil. Uma equipe altamente qualificada permite o desempenho efetivo da frota, dando mais agilidade às operações. Com 370 veículos do tipo sider, baú, granel, frigo-rífico e container, a cooperativa atende os segmentos de alimentos, bebidas, ele-

trônicos, eletrodomésticos, materiais de construção, peças, máquinas, higiene, limpeza, entre outros.

A Cootravale também investe na ca-pacitação dos profissionais por meio de dois grandes projetos. O Plano de Desenvolvimento do Motorista (PDM) é realizado semanalmente e busca orientá-los sobre direção econômica, procedimentos logísticos, de carga e descarga, apresentação pessoal e sinis-tros. Já o Plano de Desenvolvimento do Cooperado (PDC) é promovido a cada quatro meses, em parceria com a Fun-dação Adolpho Bósio de Educação no Transporte (Fabet).

Outras medidas contribuem para o sucesso da cooperativa, como a im-plantação da governança corporativa, o projeto Nível de Serviço e a regula-mentação para transporte de cargas, de acordo com normas da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para Vilmar José Rui, presidente da instituição, esse crescimento sustentável reflete o trabalho de qualidade desem-penhado pela cooperativa, e o resultado está na satisfação e credibilidade de seus clientes, cooperados e colaboradores.

responsabilidade social – Ações de responsabilidade social, baseadas nos pilares de valorização do funcionário, meio ambiente e sociedade, também são prioridade para a Cootravale. Em 2012 a organização foi certificada com o Selo Social, por praticar seis dos oito objetivos do milênio proposto pela Or-ganização das Nações Unidas (ONU).

Cootravale: foco na qualidade do transporte de carga

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“Soprar um cristal é uma arte que leva anos para ser aprendida”. A frase é de Wilamon Batista, coope-

rado da Cooperativa dos Trabalhadores em Arte em Vidros e Cristais (Cotravic), de São Paulo capital. Com experiência de quem atua há 27 anos como vidreiro, ele explica que é necessário saber a quan-tidade exata de vidro, como girar, soprar, entender e respeitar sua natureza male-ável, quase líquida, quase sólida. “Isso leva tempo, dedicação e sensibilidade”, explica Batista, que aos 47 anos está se preparando para se aposentar.

Wilamon é personagem de uma história de determinação e garra. Ele e mais um grupo de colegas, mais ou menos 200 pessoas, funcionários de uma fábrica artesanal de vi-dro soprado, lá no final dos anos 90, resolveram comprar os equipamentos da empresa falida e fundaram a Cotravic. Essa foi a solução encontrada por eles para dar continuidade ao trabalho artesanal até então comandado por uma fábrica que não sobreviveu ao mer-cado altamente competitivo. Adelson Fagundes, atual dire-tor de produção, lembra muito bem daquela época. “Decidi-mos trocar a verba da rescisão trabalhista pelas ferramentas e fundamos a Cotravic. Foi a melhor decisão, pois garantimos o trabalho dos funcionários, hoje grande parte cooperados, que precisavam do sa-

lário para sustentar suas famílias”, relata. “Foi um trabalho lento, pois tivemos

que mudar a cultura dos nossos colabora-dores, que deixaram de ser empregados e passaram a ser donos do seu próprio negócio”, conta Fagundes. Segundo ele, foi preciso primar por uma gestão demo-crática e, ao mesmo tempo, eficaz para continuar competindo no mercado.

O negócio deu tão certo que hoje, os cooperados recebem remuneração equivalente ao 13º salário, e se pre-param para transferir suas atividades para um novo prédio num parque fabril

da capital paulista. “Nossa expectativa é que com a nova estrutura, possamos aumentar a produtividade, tendo visto que a nova planta da fábrica é mais moderna, o que proporcionará uma

produção mais eficiente”, diz. A Cotravic é hoje uma referência na

produção de vidros artesanais. Suas peças ganharam mercado justamente por apresentarem características mui-to próprias da arte de moldar vidros. A cooperativa produz peças na linha de decoração, iluminação de interiores e utensílios domésticos. Atua no ramo de usinagem e desenvolve ferramen-tais específicos para indústria vidreira. E, ainda, desenvolve peças exclusivas para designer. No mercado, a Cotravic tem como principal parceira a empresa

Cristais Cambé.Como trabalha num

segmento cuja relação com o meio ambien-te e sua preservação é muito estreita, o grande diferencial da cooperativa tem sido produzir vidros 100% recicláveis, sem a pre-sença de chumbo na matéria prima. Além disso, para a coope-rativa o vidro é um material sustentável, pois é totalmente re-aproveitável durante os ciclos produtivos,

e ainda, a produção de peças a partir do próprio vidro também consome menor quantidade de energia e emite resíduos com menos partículas de CO2.

Cotravic: a cooperação para o artesanato em vidros

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O Sicoob Credifor nasceu do sonho coletivo de seus 20 fundadores, pioneiros do co-

operativismo de crédito na cidade de Formiga (MG), no ano de 1992.

Com poucos recursos, a cooperativa instalou-se em um simples cômodo, cari-nhosamente chamado de “banquinho”. No início, o produtor rural era o único beneficiado. Mais à frente, com a livre ad-missão, toda a população passou a receber igualmente a atenção e os bons serviços do Sicoob Credifor. Com uma equipe peque-na, mas competente, a cooperativa cresceu. “Isso se deve aos diretores, conselheiros e colaboradores, que sempre trabalharam motivados e preparados para fazer da Credifor uma cooperativa de crédito res-peitada por sua eficiência”, orgulha-se o diretor-presidente da cooperativa, Sílvio Francisco de Menezes.

Os esforços desses 20 pioneiros estão sendo recompensados. Hoje, a coopera-tiva conta com seis agências distribuídas nas cidades mineiras de Formiga, Piumhi, Camacho e Córrego Fundo. A responsa-bilidade social sempre esteve inserida no contexto administrativo da instituição e, pensando no bem estar de seus associados e familiares, o Sicoob Credifor conta com dois consultórios odontológicos nas cidades de Formiga e Piumhi, com atendimento gratuito aos cooperados.

Atualmente, o patrimônio líquido da cooperativa é de R$83 milhões de re-ais, sendo R$35 milhões em depósitos e

uma carteira de crédito de R$48 milhões. Números tão expressivos são motivo de orgulho, frutos do reconhecimento dos serviços prestados com seriedade, compro-misso e competência.

Neste ano de 2012, o Sicoob Credifor completa duas décadas de funcionamento. “Ao mesmo tempo em que comemoramos 20 anos de evolução, os nossos olhos estão

voltados para o futuro, buscando o novo, contribuindo para que as futuras gerações possam desfrutar de um mundo melhor, incentivando e fazendo da superação de desafios nossa grande motivação”, desta-ca o diretor-presidente. Menezes acredita que, um dia, o cooperativismo será a base de todo o desenvolvimento social e econô-mico do país.

Sicoob Credifor: Há duas décadas oferecendo soluções de crédito aos seus associados

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Sicoob Crediuna: investindo no futuro para crescer ainda mais

Em 1989, concretizava-se o sonho de um grupo de pecuaristas da bacia leiteira da região de Itaúna

(MG): constituir uma cooperativa de cré-dito para facilitar o custeio da produção. Foi, então, criada a Crediuna (Cooperati-va de Crédito Rural de Itaúna).

Sua primeira sede foi cedida por uma cooperativa de eletrificação rural. Após três anos, a Crediuna já registrava um crescimento acelerado, com aumento de associados e, consequentemente, de recursos financeiros.

Trabalhando de uma forma planeja-da e estratégica, a cooperativa fez uma projeção em 2009 de todos os dados econômico-financeiros para o período de 2011 a 2014. Nesse plano, estava previs-ta uma solicitação ao Banco Central do Brasil para tornar-se uma cooperativa de livre admissão. O objetivo da Crediuna era ampliar sua atuação, oferecendo seus produtos e serviços a um número maior de pessoas, ponto fundamental para garantir seu crescimento no mercado. A autoriza-ção foi concedida no final de 2011.

O último ano também foi marcado por uma expansão expressiva. Todas as metas estabelecidas, como o aumento do total de empréstimos e depósitos, foram cumpridas. Com esse desenvolvimento, a Cooperativa de Crédito Rural de Itaúna lidera muitos desses indicadores nas cida-des onde atua - Rio Manso, Crucilândia, Mateus Leme, Itatiaiuçu e Bonfim.

O Sicoob Crediuna é formado atu-almente por 5 mil cooperados e 60 colaboradores, além dos conselheiros ad-

ministrativos, fiscais, diretoria executiva e funcionários terceirizados. Seu objeti-vo é crescer cada vez mais e aumentar o seu quadro social. “Estamos mais sólidos e mais maduros. Sabemos que é preciso

investir no futuro com ousadia, porém de forma responsável, para que a cooperati-va possa estar entre as maiores”, declarou Luciano Olímpio Guimarães, presidente do Sicoob Crediuna.

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A proposta de criação da Uni-med Erechim nasceu a partir da leitura de uma notícia em

um jornal de grande circulação pelo mé-dico Sérgio Benito Maccagnini. O artigo discorria sobre o pioneirismo de Ed-mundo Castilho, fundador da Unimed de Santos (SP), a primeira cooperativa médica do país.

No ano de 1971, o médico Maccgni-ni, com o respaldo de mais 25 lideranças médicas, resolve então fundar a primei-ra cooperativa médica do Rio Grande do Sul, a Unimed Erechim. A coope-rativa sela parceria entre médicos com o objetivo de oportunizar trabalho aos profissionais e desenvolver atividades de promoção à saúde, em sintonia com as

Unimed Erechim: primeira cooperativa médica do Rio Grande

necessidades sociais.No ano seguinte, 1972, a cooperativa

participou da fundação da Federação das Cooperativas de Serviços Médicos e Hospitalares do Rio Grande do Sul (RS). Desde então, a Unimed Erechim tem servido de exemplo para outras ini-ciativas imbuídas do mesmo espírito em todo o estado.

Hoje, a Unimed Erechim está entre as dez maiores cooperativas singulares do estado. A estrutura de atendimento é formada por mais de 220 médicos cooperados, 152 funcio-nários, 19 hospitais, 45 clínicas e 22 laboratórios credenciados, um banco de sangue e 88 prestadores de serviços. Seu faturamento é de, aproximada-mente, R$ 40 milhões(ano base 2011).

Nesses mais de 40 anos de história, a Unimed Erechim conquistou prêmios de reconhecimento estadual e nacional pelo seu desempenho, baseados nas diretrizes organizacionais, princípios cooperativis-tas e no planejamento estratégico que balizam o trabalho da cooperativa. Todas essas conquistas mostram que o caminho para a excelência está sendo percorrido com determinação e comprometimento dos cooperados, colaboradores e equipe diretiva. “A Unimed Erechim é o resul-tado de uma boa semente plantada por uma boa mão, numa terra boa e culti-vada por bons homens”, comemora o presidente, Alcides Mandelli Stumpf.

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No dia 29 de julho, o Sicredi Região da Produção comple-ta 29 anos de uma história

dedicada ao desenvolvimento das co-munidades onde atua e ao crescimento das atividades de seus sócios. No início da década de 90, a cooperativa gaúcha surgiu com o nome de Crédito Rural Sa-randi – Credisal.

Fundada em 1983, por 26 agriculto-res, que buscavam criar uma alternativa às instituições financeiras convencionais, com atenção especial às necessidades dos associados e da comunidade, a coopera-tiva atua hoje em 26 municípios gaúchos e catarinenses e tem mais de 33 mil as-sociados.

Esse crescimento foi possível especial-mente pela abertura para o mercado. Isso

ocorreu em 2003, quando a coope-rativa se tornou de livre admissão, o que marcou o início de um novo momento, passando a se cha-mar Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Asso-ciados da Região da Produção - Sicredi Região da Produção. Desde então, a coo-perativa passou a se associar e atuar jun-to aos mais diversos segmentos da socie-

dade, oferecendo produtos e serviços a pessoas físicas e jurídicas do campo e da cidade.

Seu mais novo avanço foi a inau-guração de uma nova unidade de atendimento, em Chapecó (SC). Com isso, o sistema contabiliza sete postos de atendimento do Sicredi, no oeste de Santa Catarina. A cooperativa tem hoje pontos de atendimento instalados nos municípios de Chapecó (duas unidades de atendimento e um ponto avançado), Xanxerê, Xaxim e Coronel Freitas.

A nova unidade tem cinco colabora-dores para atender aos associados em instalações amplas e modernas, ofere-cendo os mais de 100 produtos e serviços financeiros do sistema Sicredi, como conta corrente, poupança, crédito, se-

guros, consórcios, previdência, câmbio, investimentos, cartões de crédito e dé-bito, caixas eletrônicos, serviços pela internet e débito em conta.

O presidente Saul João Rovadoscki antecipou que as metas trazem como desafio a continuidade da expansão da cooperativa, com a abertura de novos pontos de atendimento em Santa Cata-rina e no Rio Grande do Sul.

Em 2012, a Sicredi Região da Pro-dução busca crescimento em todos os índices de desempenho: os depósitos totais aumentarão 19% (para 192,8 mi-lhões de reais), as operações de crédito 16% (para 194,8 milhões de reais), os re-cursos totais 20,5% (para 235,2 milhões de reais) e o patrimônio líquido 30% (para 42,3 milhões de reais).

A cooperativa tem sido referência no setor. Em 2011, o sistema Sicredi con-quistou pela terceira vez consecutiva uma posição entre as 150 melhores empresas para se trabalhar no ranking elaborado pelas revistas Exame e Você S/A e re-cebeu o prêmio Reputação Corporativa 2011, como uma das 15 empresas da Região Sul com melhor credibilidade. “A consolidação desses conceitos no mundo corporativo e junto ao grande público fortalecem nossa cooperativa de crédi-to”, ressalta o presidente.

Sicredi Região da Produção: presença consolidada no oeste catarinense

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Em 28 de outubro de 1997, 30 servidores municipais de Vitória da Conquista (BA) reu-

niram-se em assembléia e deram inicio a um sonho: constituir uma cooperativa de crédito. No começo, houve resistência de adesão à proposta, mas os fundadores não desistiram e seguiram apresentando a instituição durante assembléias.

Com persistência e a propaganda “boca a boca”, dois anos depois, a Cooperativa de Crédito de Servido-res Municipais no Estado da Bahia (Sicoob Credcoop) já somava 2.039 associados e registrava 39% de cresci-mento do capital. Já nos empréstimos, a evolução foi de 824%. Outro desta-que foi a queda nas taxas de juros. A cooperativa iniciou seus empréstimos com um percentual mensal de 4,5%. Atualmente, no consignado em folha de pagamento, a taxa aplicada varia de 1,5% a 2,8%.

Ao longo dos seus quinze anos de funcionamento, o Sicoob Credcoop se consolidou como uma excelente opção para quem quer fugir das altas taxas de juros praticadas pelos bancos e ins-tituições financeiras convencionais. Hoje, a maior fonte de receitas ainda é a carteira de crédito, financiamentos e empréstimos.

A instituição presta serviços de qualidade aos seus associados e contri-buintes. E os resultados são vistos na prática. “A cooperativa foi um projeto que deu certo. Fechamos todos os anos

com resultado positivo e conseguimos oferecer uma grande quantidade de produtos e serviços aos cooperados e à população de modo geral. Prio-rizamos, sempre, a comodidade e o atendimento humanizado”, declarou a

presidente Rejane Almeida. De olho na gestão profissionalizada, a

instituição oferece cursos modulares, de reciclagem e treinamentos. Eles capaci-tam diretores, gerentes, operadores de crédito e de caixa, contadores, agentes de negócios e profissionais responsáveis pelo controle interno. E essas ações têm o apoio do Sicoob Central Bahia, do Sin-dicato e Organização das Cooperativas

no Estado da Bahia e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado da Bahia (Sistema OCEB), da Organização das Cooperativas Brasilei-ras (OCB) e da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV), que desenvolve um projeto de educação e formação das cooperativas de crédito brasileiras em parceria com o Sistema OCB.

Para fomentar a aproximação com a comunidade, o Sicoob Credcoop promove palestras aos associados, cuja participação fica condicionada a um quilo de alimento não perecível, com a doação do material arrecadado a uma instituição filantrópica da cida-de. A instituição também realiza uma campanha de Natal para arrecadar brinquedos que são repassados à cre-che Criança Esperança, localizada na periferia de Vitória da Conquista.

Sicoob Credcoop: mudando a história de Vitória da Conquista

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Em Rondônia, o Sistema de Co-operativa de Crédito do Brasil - Sicoob Credisul, com sede em

Vilhena (RO) e presente em outros qua-tro municípios do estado, desenvolveu um modelo inovador para distribuição de sobras entre seus 6 mil associados. A ins-tituição, hoje com 12 anos, usa os resultados positivos de cada exer-cício para rentabilizar as aplicações dos co-operados e também restituir parte dos ju-ros pagos por eles em eventuais contratações de empréstimos. “Dis-tribuímos as sobras em três etapas: primeiro, incrementando o ren-dimento das aplicações de nossos associados; depois, remunerando o saldo médio do depósito à vista mantido por ele em sua conta; e ainda devolvendo parte dos juros que ele pagou em razão de créditos tomados”, explica Vilmar Saugo, vice-presidente do Sicoob Credisul.

Com relação às aplicações, Saugo detalha que, além da cota capital, le-galmente remunerada pela taxa Selic, os associados sempre são incentivados a fazer uma aplicação paralela de lon-go prazo, o RDC 721 dias. Por ocasião da distribuição de sobras, essa segunda aplicação recebe, além da Selic, ren-

tabilidade extra baseada no resultado obtido pela cooperativa. “Somados, a remuneração do capital social pela Selic e o incremento na rentabilidade do RDC 721, nosso cooperado obtém ganhos significativos sobre os recursos

que ele aplica na cooperativa”, conta o dirigente. Vilmar Saugo esclarece as vantagens desse modelo para a Sicoob Credisul. “Conseguimos manter um capital social alto e também aplicações expressivas de longo prazo, que nos permitem cooperar de forma planeja-da com nossos cooperados.

”Quanto à remuneração dos depósi-tos à vista, ela é feita com base no saldo médio mantido em conta-corrente pelo cooperado. Historicamente, essa corre-ção tem sido por volta de 5% superior

à das cadernetas de poupança. Nova-mente, uma sistemática que contribui para atrair recursos para a cooperativa. Na terceira modalidade de distribuição de sobras, a Sicoob Credisul restitui, ao final do exercício, uma parcela dos juros

pagos pelos cooperados sobre empréstimos que tenha feito. Essa devolução tem sido em torno de 8% do que foi gasto em termos de juros. “Assim, to-dos os negócios que o associado faz com a cooperativa têm ren-tabilidade. Se ele tiver um perfil poupador ele ganha; e se tiver um perfil tomador, também ganha. Isso sempre a partir das sobras”, conta Vilmar Saugo. Cabe ressaltar que, antes de efetuar a distribuição dessas sobras aos seus cooperados, a Sicoob Credisul reserva 10% dos resultados para a reserva legal e 5% para o Fates. Em determinados anos, de acordo

com as necessidades da cooperativa, é sugerida em assembleia a reintegraliza-ção de 20% a 30% das sobras.

Para Vilmar Saugo, o modelo de distribuição de sobras adotado pela coo-perativa tem contribuído para fortalecer os vínculos entre a instituição e seus asso-ciados. “Isso é importante para mostrar efetivamente ao cooperado que a sobra do negócio vai para ele. É ele quem decide o que será feito com o lucro da cooperativa”, diz Saugo.

Sicoob Credisul: resultados coletivos

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Em 1966, um grupo de 22 pro-dutores de leite se reuniu na cidade de São Thiago (MG)

para criar a Cooperativa Agropecuária São Thiago (Castil) tornando-se, mais à frente, um importante núcleo de forma-ção de lideranças no setor cooperativista.

Mais tarde, inconformados com a falta de investimentos no setor agropecuário na região de Campos das Vertentes, alguns desses líderes decidiram preencher essa la-cuna com a abertura de uma cooperativa de crédito, ou melhor, um “caixa rural”, como muitos denominavam tal modalida-de de instituição creditícia na época.

Constituído em 1986, o Sicoob Cre-divertentes enfrentou uma longa luta burocrática: reuniões, documentações, viagens, protocolos junto aos órgãos res-ponsáveis, algumas resistências oficiais e, ainda, insegurança jurídica. A coopera-tiva, no entanto, só entrou em operação no ano de 1987. Seus principais objetivos eram proporcionar, através da mutualida-de, assistência financeira aos associados, fomentar a produção e a produtividade rural, promovendo a comercialização e industrialização, e ainda investir na for-mação educacional dos associados para o cooperativismo de crédito.

Hoje, com aproximadamente nove mil cooperados e postos de atendimento em 15 comunidades, o Sicoob Credivertentes está ligado ao maior sistema coopera-tivista de crédito do Brasil, o Sicoob. O

Sistema é composto pela Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Si-coob Brasil), pelo Banco Cooperativo do Brasil S/A (Bancoob), por 14 Centrais de âmbito estadual e por 648 cooperativas singulares, destinadas a prestar serviços diretamente aos associados.

A instituição disponibiliza aos seus associados produtos diferenciados e man-tém uma estrutura moderna, garantindo serviços que, interligados por sistemas on line, facilitam as operações de seus parti-cipantes em qualquer região do país. A cooperativa beneficia centenas de peque-nos e médios produtores e contribui, de forma significativa, com a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. Além de atuar em um clima democrático e de união para atingir objetivos comuns, o Sicoob Credivertentes pauta-se pela transparência em suas atividades, com a regular prestação de suas contas ad-ministrativas e financeiras, bem como pela discussão aberta de projetos em perspectiva ou em andamento.

Para o presidente, João Pinto de Oliveira, o ano de 2012 é um gran-de marco para o sistema e, ao mesmo tempo, a cooperativa orgulha-se em comemorar seus 25 anos de trabalho no momento em que o mundo está voltado para o movimento coope-rativista. Focado nos princípios de sustentabilidade, o Sicoob Credi-vertentes buscou se articular com os

interesses maiores, individuais e coletivos, primando não só pela concessão de crédi-to, mas principalmente se legitimando e se fazendo representativa perante os inte-resses maiores do seu quadro associativo e comunitário. Dedica atenção especial à capacitação profissional e técnica, ge-ração e promoção de renda, segurança alimentar, boas práticas de produção, apoio ao empreendedorismo, preserva-ção de recursos naturais, defesa do meio ambiente e da cultura popular.

Sicoob Credivertentes: assistência financeira ao pequeno e médio produtor

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Em julho de 1996, um grupo de 20 empresários do setor de ves-tuário resolveu unir forças para

fortalecer o segmento em Divinópolis, Minas Gerais. Foi alugado um modesto imóvel na região central para, em maio de 1997, ser inaugurada a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Região Central e Oeste Mineiro Ltda, o Sicoob DiviCred. Em 2001, a organização já possuía sede própria, uma estrutura mo-derna e de fácil acesso.

A cooperativa, que foi instituída por um pequeno gru-po e ativos de R$ 10 mil, possui hoje mais de 5,1 mil associados, com volume de negócios que chega a R$ 75 milhões por mês, sendo 70% dos recursos dire-

cionados às micro e pequenas empresas. “Queremos chegar até o final deste ano com uma carteira que ultrapasse R$ 100 milhões em financiamentos”, diz o pre-sidente e fundador do Sicoob DiviCred, Urias Geraldo de Souza.

Utilizando uma estrutura moder-na e ágil, apresenta-se como excelente alternativa ao sistema financeiro tradi-cional. As taxas praticadas, os serviços e o acolhimento proporcionam condições excepcionais aos cooperados, que são os

verdadeiros donos do empreendimento. As sobras financeiras da cooperativa, ou lucro, como chamado nos bancos con-vencionais, são distribuídas anualmente aos associados. “No início, os juros eram em torno de 8%. Hoje, a taxa chega a

1,30% e o financiamento é disponibiliza-do entre dois e três dias”, explica Souza.

O Sicoob Divicred foi a primeira co-operativa de crédito em Divinópolis a aderir ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) como cor-respondente bancário. Este ano, a organização deve receber do BDMG cerca de R$ 3,8 milhões em recursos direcionados às linhas de crédito para os pequenos negócios. “A DiviCred está entre os maiores parceiros na plataforma de correspondente bancário, juntamente com o Sicoob AC Credi, de Governador Valadares”, afirma o gerente do Depar-tamento de Micro e Pequenas Empresas do BDMG, Rodrigo Teixeira Neves.

Todo esse crescimento está aliado à preocupação com o bem-estar da comu-nidade onde está inserida. Anualmente, participa do “Dia C – Dia de Cooperar”, iniciativa promovida pelo Sistema Oce-mg/Sescoop-MG. Além disso, colabora diariamente com doações para casas de apoio à melhor idade em Divinópolis.

Em maio de 2012, a instituição come-morou 15 anos, um momento especial para refletir sobre todas essas conquistas e encarar os próximos desafios, no mais puro e verdadeiro espírito cooperativista. O Sicoob DiviCred está preparado para crescer ainda mais, buscando sempre a cooperação e ajuda mútua na concessão de créditos em condições vantajosas para os seus associados.

Sicoob DiviCred: há 15 anos buscando soluções vantajosas para os associados

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Sicoob Norte do Paraná: uma história de sucesso marcada pela confiança

A história da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Norte do Paraná, Sicoob

Norte do Paraná, contagia as novas ge-rações e deixa um legado imensurável, não só pelos resultados numéricos ex-pressivos, mas também pelo espírito do

cooperativismo disseminado na região. A constituição da cooperativa data de 2002, porém, as discussões começaram em meados de 1999, quando o segmento de crédito despontava como alternativa à disponibilização de crédito diferencia-do do sistema de convencional.

Num cenário de insatisfação com as altas taxas de juros, com as dificuldades de crédito e a forma de atendimento dos bancos, o cooperativismo se mostrou como uma grande oportunidade. “Tive-mos muito trabalho para reunir pessoas que se dispusessem a investir na coope-

rativa sem ter nenhuma garantia de que o capital não seria perdido”, relembra o atual presidente, Yukio Agita, que emen-da: “o único bem que empenhávamos era nossa palavra”.

No dia da inauguração, o Sicoob Norte do Paraná contava com 146 cooperados

e R$ 615 mil de capital. Metas e ob-jetivos sempre estiveram presentes na história da organização. Logo no pri-meiro ano, a instituição traçou como meta atingir a marca de R$ 6 milhões em recursos administrados, e conse-guiu. “Depois, definimos atingir R$ 100 milhões em cinco anos e chega-mos lá. E, com planejamento, fomos conquistando outras marcas: abrir um posto de atendimento ao cooperado (PAC) em cada cidade de nossa área de atuação”, conta o dirigente.

Esse sucesso, segundo ele, se deve desde o início ao comprometimento e

à presença física dos conselheiros no dia a dia da cooperativa. “O sistema con-ta conosco o tempo todo e por isso não podemos nos eximir de nossas responsa-bilidades. Definimos programas e metas juntos e isso fortalece o grupo de dirigen-tes. Participamos de cursos, treinamentos e encontros. Procuramos nos qualificar para saber onde estamos pisando. A de-dicação se reverte em segurança e bons serviços aos cooperados”, diz.

Hoje, a cooperativa está presente em 28 municípios e se mantêm atu-ante nas ações de responsabilidade

social, contribuindo para o desenvolvi-mento das comunidades e o bem-estar coletivo. Para atender melhor a essa demanda, a cooperativa criou uma área específica e definiu uma política de ética e transparência com todos os públicos com os quais se relaciona.

Na área ambiental, realiza o “Descarte Consciente”, disponibilizando coletores para o recolhimento de lâmpadas, pilhas e lixo eletrônico que, posteriormente, terão uma destinação correta. A cooperativa implantou também a coleta seletiva do lixo. Outra ação da instituição é o plantio de árvores, visando recuperar corredores ecológicos, neutralizando a emissão de gás carbônico.

Com o apoio de parceiros, implantou a Biblioteca Digital equipada com com-putadores, que oferece acesso à internet e, ainda, abriga uma grade de cursos e treinamentos. A organização também é um dos mantenedores do Programa “Bom Aluno”, que proporciona a jovens carentes com bom rendimento escolar a oportunidade de realizarem seus estudos e se tornarem profissionais bem sucedi-dos.

Todas essas conquistas não acontece-ram por acaso. “O Sicoob tem aplicações financeiras extremamente rentáveis, com-paradas ao mercado. Isso graças às baixas taxas de administração e às sobras, que beneficiam tanto correntistas como quem toma dinheiro a juros”, finaliza o diretor executivo, Emerson Ferrari.

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Buscar recursos para fomentar a prática da suinocultura e o cul-tivo de cereais, apresentando

uma alternativa aos empréstimos ofere-cidos pelos bancos. Com esse objetivo, 34 produtores rurais de São Miguel do Oeste (SC) se mobilizaram em julho de 1989 para fundar a cooperativa de crédito Credi São Miguel.

Oficialmente, a organização iniciou suas atividades no ano se-guinte, mais especificamente no dia 20 de fevereiro. Naquela épo-ca, os serviços eram direcionados exclusivamente ao segmento rural, e, para atender aos coope-rados, a instituição contava com apenas quatro funcionários.

O surgimento da cooperativa levou crédito ao campo para o fi-nanciamento da produção. Antes disso, o montante disponibilizado era in-suficiente para suprir a demanda e difícil de ser acessado em função de processos extremamente burocráticos. A barreira do crescimento havia sido quebrada, e, com o funcionamento da Credi São Mi-guel, a região despontou como grande potência no setor.

O crescimento foi tanto que a neces-sidade de expansão de negócios ficou evidente. Ampliando o seu quadro so-cial, a instituição conquistou em 2007 a aprovação do projeto de Livre Admissão de Associados, passando a atender todos os segmentos econômicos, e não mais só

o agropecuário, conforme regras do Es-tatuto Social e legislação pertinente.

Atualmente, o Sicoob São Miguel, conta com mais de 30 mil associados em seus 17 municípios de atuação e tem um quadro de funcionários composto por

185 profissionais. Há 22 anos a cooperativa colabora com o desenvolvimento da região onde está in-serida, prestando serviços de qualidade com transparência e responsabilidade.

Uma de suas atuações com grande re-percussão é a campanha de capitalização SicoobCap, anteriormente conhecida como CrediCap. Para se ter uma ideia, em sua oitava edição, alcançou-se pra-ticamente R$ 21,6 milhões de cota capital, o qual está voltado para garantir a segurança dos negócios.

Responsabilidade socioambiental – Além disso, a cooperativa desenvolve projetos de responsabilidade social e

ambiental, disseminando os princípios do cooperativismo para a sociedade. O gibi educativo Sicoobito é um exemplo. Em seu segundo ano, possibilitou a 21 mil alunos, em 160 escolas da área de

atuação do Sicoob São Miguel, terem acesso à história em qua-drinhos com temas que abordam o cooperativismo, a educação e o comportamento social.

Já o Cooperjovem, um pro-grama do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativis-mo (Sescoop) está implantado em nove escolas, ofertando a 1.450 alunos, em cinco municípios, uma formação baseada nos prin-cípios e valores cooperativistas. E, falando em meio ambiente, a instituição também investe na

preservação das águas. “A iniciativa nos rendeu o Prêmio Cooperativa do Ano em 2010. Esses investimentos perenizam a cooperativa e estreitam suas relações com a comunidade, promovendo o re-conhecimento e o fortalecimento da marca Sicoob”, comenta o presidente, Edemar Fronchetti.

Sicoob São Miguel: viabilizando a produção e o desenvolvimento local

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Localizada na região de tríplice fronteira, com uma população formada por mais de 80 etnias,

Foz do Iguaçu (PR) possui característi-cas únicas, fortemente influenciadas por importações e exportações. Mas, apesar da riqueza cultural proporcionada pela diversidade étnica, a criação de coope-rativas sempre foi um desafio.

No ano de 2000, os membros da Associação Comercial toparam esse de-safio e resolveram colocar em prática

a ideia de fundar uma cooperativa de crédito. O objetivo era ter uma institui-ção financeira que conhecesse a praça

local e atendesse as necessidades dos empresários, contribuindo com o desen-volvimento da cidade.

Em uma época onde o acesso ao crédito era difícil, poucos acreditaram e apoiaram. No entanto, alguns moradores confiaram na força da cooperação e investiram nes-ta ideia. Em 2001, nascia a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Co-merciantes de Confecção do Vestuário da Costa Oeste do Estado do Paraná, o Sicoob Credioeste. Dez anos depois, a cooperativa

conquistou a livre admissão de as-sociados e passou a se chamar Cooperativa de Crédito de Livre Admissão Três Frontei-ras (Sicoob Três Fronteiras).

As dificuldades iniciais fizeram com que alguns dos pioneiros cogitassem a possibilidade de fechar a sociedade. E, em 2006, a organização passou por um divisor de águas: fechou o ano com re-sultado negativo e teve que arcar com a saída de cooperados, conselheiros e diretores. Entretanto, os que permane-ceram decidiram lutar até o fim para reerguer a instituição. Assim, a diretoria foi recomposta e a equipe se uniu para visitar cooperados, buscando recon-quistar a credibilidade. Desde então, os negócios só prosperaram.

O Sicoob Três Fronteiras trabalha para a expansão. Além de oferecer facilidades em produtos e serviços finan-ceiros, propulsiona o desenvolvimento sustentável dos municípios onde está instalado, por meio de projetos de res-ponsabilidade social e ambiental. “Com dez anos de funcionamento temos am-pliado nossos laços com a sociedade. Hoje, contamos com milhares de coope-rados, o que demonstra a confiança da comunidade na cooperativa.”, ressalta a presidente Manuele Fritzen.

A dirigente destaca ainda que 2012, o Ano Internacional das Cooperativas, é um momento de muitas expectativas. E, por isso, a singular estipulou metas arro-jadas e está preparada para alcançá-las. A principal é chegar a 50 milhões em recursos administrados. Para isso, está reafirmando antigas parcerias e inves-tiu no quadro de funcionários, com novas contratações.

Sicoob Três Fronteiras: sonho que virou realidade

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O Sicoob Vale do Aço ori-ginou-se da fusão de duas cooperativas de crédito,

Coopeco e Açocredi. A primeira delas atuou durante 42 anos e somou mais de 9,5 mil cooperados, todos emprega-dos do Sistema Usiminas. Já a segunda permaneceu por dez anos no mercado e reunia cerca de 2 mil associados vindos da classe empresarial. Após a união, o quadro foi ampliado. E, a cada dia que passa, novos sócios aderem às vantagens do setor, somando hoje mais de 18 mil.

Esse aglutinamento de duas or-ganizações tão diferentes, formadas por empregados e empresários, proporcionou ainda a abertura para a co-munidade, transformando o Sicoob Vale

do Aço numa co-operativa de livre admissão. E os resultados foram positivos. Além do aumento no número de asso-ciados, elevou-se a receita, ga-nhou-se robustez f i n a n c e i r a , maior capacida-de de negociação e competitivida-de, com a oferta de novos serviços e produtos. Isso tudo sem descui-dar da filosofia cooperativista.

“Temos o sonho de levar o cooperativis-mo de crédito para toda a região do Vale do Aço”, destaca o presidente da organi-zação, Luiz Gonzaga Viana Lage.

É com todos esses benefícios que o Sicoob Vale do Aço segue sua história sem nunca perder a condição de ser uma cooperativa, repartindo todos os resultados e ganhos com o seu quadro social. “E quanto mais sócios tivermos, quanto mais investirmos nossos recur-sos na própria comunidade, maiores serão os benefícios para todos”, garante Luiz Gonzaga.

A ampliação das ações em municípios próximos é outro ponto que merece des-taque. A cooperativa está presente em Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana

Sicoob Vale do Aço: 45 anos de cooperativismo de crédito

do Paraíso, Timóteo e Marliéria. Nes-ta, especificamente, que se trata de uma comunidade rural histórica, a democra-tização do crédito ocorreu em junho de 2010, com a instalação de um Posto de Atendimento Cooperativo (PAC) do Si-coob Vale do Aço. Além dos tradicionais serviços oferecidos, o PAC conta ainda com uma área onde entidades sociais e culturais promovem diversas atividades para a comunidade local.

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As origens do cooperativismo em Panambi (RS) confundem--se com a construção desta

comunidade. A história do movimento se mistura com a trajetória de dificuldades e necessidades dos processos de imigração. Tendo em vista a conjuntura econômica da época e o desenvolvimento de uma cultura associativa, fundada em múltiplos horizontes da construção e da afirma-ção das condições de vida dos colonos, o modelo econômico cooperativista foi indispensável para aquela comunidade.

Diante desse cenário, no ano de 1931 foi constituída, por 41 sócios fundado-res, a Sociedade Cooperativa de Crédito Rural de Neu Wuerttenberg, conhecida

como Caixa Rural de Wuerttenberg. A cooperativa foi criada para atender as necessidades de crédito da comunidade e, durante muito tempo, foi a única insti-tuição financeira na localidade.

Hoje, o Sicredi Panambi (Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Asso-ciados Panambi), conta com mais de oito mil associados, 44 colaboradores e possui duas unidades de atendimento, uma em Panambi (RS) e a outra em Condor (RS).

O desenvolvimento constante do Si-credi, enquanto um sistema integrado, otimizou ganhos de escala em custos operacionais, possibilitando, ainda, oferecer mais qualidade e agilidade ao quadro social. A cooperativa também

ampliou o acesso ao atendimento via canais de relacionamento, como cai-xas eletrônicos e internet. “Temos 81 anos de história e sempre buscamos acompanhar o desenvolvimento das tecnologias. Queremos oferecer aos nossos associados ainda mais facilidades no seu atendimento, disponibilizando, também, uma excelente equipe de cola-boradores que primam pelos princípios e ideais cooperativistas”, ressalta Elmo Pedro Von Mühlen, presidente do Sicredi Panambi RS.

Cultura da cooperação: A cooperati-va implantou, em 2011, os programas Crescer e Pertencer. O objetivo do pro-grama Pertencer é possibilitar que os associados estudem o cooperativismo e a sua cooperativa de crédito, tornando o processo de gestão ainda mais trans-parente e estimulando uma participação ativa do quadro social. No programa Crescer, a Sicredi Panambi RS elegeu 84 delegados de núcleo que são o elo da cooperativa com seus associados.

Em suas ações diárias a Sicredi Pa-nambi RS procura sempre atender os interesses e necessidades dos seus associados de forma que todos sejam agentes da propagação dos princípios cooperativistas na região.

Sicredi Panambi RS: há 81 anos trabalhando com foco no associado

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Em 2012, a Sicredi Paranapane-ma PR/SP completou 27 anos de atuação, contribuindo com

o desenvolvimento das regiôes norte do Paraná e sul de São Paulo, por meio do cooperativismo de crédito.

Para o presidente da cooperativa, Claudinei Angelin, comemorar 27 anos é motivo de muito orgulho, por todas as superações e conquistas ocorridas em toda essa trajetória. Isso, de acordo com Angelin, demonstra a solidez do coope-rativismo como modelo de organização econômica da sociedade – premissa esta oficializada pela ONU, que chancelou 2012 o Ano Internacional das Coopera-tivas.

“O Sicredi não seria o que é hoje se as

cooperativas de crédito não tivessem su-perado com êxito os períodos em que os cenários eram desfavoráveis, e os obstácu-los surgiram como provações, testando a determinação e a coragem das lideran-ças”, destaca o presidente, enaltecendo a perseverança e ousadia dos líderes que iniciaram este movimento e impulsiona-ram seu desenvolvimento.

Dois fatos marcantes na história da coo-perativa são a conquista da livre admissão de associados em 2007 e a incorporação da Sicredi Norte do Paraná em 2009, o que proporcionou fortalecimento, ganhos de escala e maior capacidade operacional para a instituição.

Cooperativa em números – Atualmen-te, com uma base de aproximadamente

26 mil associados e 200 colaboradores, a Sicredi Paranapanema PR/SP adminis-tra cerca de R$ 180 milhões em recursos. Seu patrimônio chega à casa dos R$ 30 milhões, com capital social de R$ 20 mi-lhões e uma carteira de crédito de R$ 178 milhões e é uma das 115 cooperati-vas de crédito singulares que fazem parte do Sistema Sicredi.

A Sicredi Paranapanema PR/SP atua em uma região com 40 municípios, sen-do que 20 deles já possuem Unidades de Atendimento: Andirá, Bandeirantes, San-ta Amélia, Itambaracá, Barra do Jacaré, Abatiá, Ribeirão do Pinhal, Jundiaí do Sul, Cambará, Cornélio Procópio, Nova América da Colina, Nova Fátima, Nova Santa Bárbara, Rancho Alegre, Santa Mariana, São Sebastião da Amoreira, Sertaneja, Uraí e Congonhinhas no norte do Paraná e Palmital, no sul de São Paulo.

Ano Internacional das Cooperativas - De acordo com Angelin, em 2012, a mobilização realizada por cooperativas em todo o mundo proporcionará maior visibilidade do movimento cooperativo e também conscientização das pessoas sobre a importância do cooperativismo na busca da construção de um mundo melhor. “As cooperativas exercem papéis fundamentais em praticamente todos os setores da economia, gerando empre-gos, promovendo a concorrência sadia, atuando em prol dos cooperados e das comunidades, gerando riqueza e, desta forma, no desenvolvimento sustentável das áreas onde estão inseridas”, finaliza.

No Ano Internacional das Cooperativas, Sicredi Paranapanema PR/SP completa 27 anos

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O alicerce da Sicredi Vale do Piquiri está na cooperação entre pessoas que se uniram

por um objetivo comum: captar recur-sos para financiar as atividades dos seus associados. O marco ocorreu em 1988, quando produtores rurais ligados à Co-opervale decidiram fundar a cooperativa de crédito para realizar seus negócios. Com o tempo, e a partir de parcerias estratégicas, foi escrita uma história de sucesso, gerando desenvolvimento para toda a região.

O sexto princípio do movimento coo-perativista, a intercooperação, marcou a trajetória da instituição e de todo o Siste-ma Sicredi. Isso trouxe competitividade e visibilidade à Sicredi Vale do Piquiri. “A cooperativa sozinha não poderia ir muito longe, mas, ligada ao Sistema, ficou mais forte e o crescimento foi inten-so”, comenta o presidente Jaime Basso.

Em 2003, outro passo decisivo foi dado, a fusão entre Sicredi Vale (Paloti-na), Sicredi Goioerê e Sicredi Ubiratã. A organização triplicou de tamanho e pas-sou a ocupar uma área de atuação com 43 municípios dentro do estado. Desde então, outras conquistas importantes fo-ram alcançadas. Destacam-se o aumento da base de associados, o avanço tecno-lógico, alianças internacionais, formação e educação do quadro social sobre o empreendimento cooperativista, e parti-cipação na sociedade local.

Com características específicas do mo-vimento cooperativista, a Sicredi Vale do Piquiri está sempre próxima das comu-

nidades. A presença se dá em diversos níveis, como parcerias com entidades lo-cais, participação em eventos, realização de reuniões de prospecção, divulgação de produtos e serviços, e transparência na gestão. “Com a estratégia de atua-ção implantada, conseguimos estar no mundo e, ao mesmo tempo, junto com a sociedade onde atuamos. Isso é parti-cipar da vida da comunidade”, ressalta orgulhoso o dirigente.

São 24 anos de trabalho que merecem ser comemorados. A solidez traz para a cooperativa a possibilidade de acesso a mais recursos no mercado financeiro. Assim, cresce também a oferta de crédito aos associados. Para a próxima safra, por exemplo, a instituição conseguirá aten-

der 100% da demanda de crédito rural levantada pelos cooperados.

Para a continuidade do empreendi-mento, a organização aposta novamente na prática da cooperação. “Os desafios que o futuro impõe são grandes e será necessária uma dose de ousadia para enfrentá-los. Com base no passado, fica a certeza de que a cooperativa pode confiar na força do associado, que é a causa primeira da existência da Sicre-di Vale do Piquiri. Por isso, registro meu agradecimento aos pioneiros por acreditarem em um sonho e aos que auxiliaram no desenvolvimento nesses 24 anos. Aos que chegam, convido à participação efetiva para continuarmos crescendo”, finaliza o presidente.

Sicredi Vale do Piquiri: 24 anos dedicados à cooperação

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Na década de 50, a principal atividade agrícola do Vale Pa-ranapanema, região de Assis

(SP) era a produção de café. Os serviços de beneficiamento, armazenamento e comercialização do produto eram feitos por empresas particulares que determi-navam as condições comerciais para os produtores. Sentindo-se vulneráveis, um grupo de pequenos produtores se juntou e decidiu se unir na forma de uma co-operativa para que juntos pudessem ter mais forças. Foi então que no ano 1959, nascia Cooperativa dos Cafeicultores da Média Sorocabana de

Cândido Mota (Coopermota). As duas décadas seguintes à criação

da cooperativa foram de muitas mudan-ças, especialmente quanto ao modelo de produção. A agricultura deixou de ser de subsistência e passou para uma atividade mais intensiva com os olhos para as cul-turas de exportação. Para acompanhar

essa mudança, a Coopermota precisou se estruturar e o primeiro armazém graneleiro para recebimento de soja foi construído em Cândido Mota, no inicio da década de 70.

Em 1975, a região sofreu com for-tes geadas, que dizimaram as lavouras de café. As áreas então cultivadas com a lavoura cafeeira foram substituídas pelas culturas da soja e trigo, sendo ne-cessário à cooperativa construir mais silos graneleiros para atender as neces-sidades dos produtores e investir em assistência técnica para acompanhar

as mudanças no perfil econô-mico dos seus cooperados. De lá para cá, a Coopermota ga-nhou força e se tornou umas das maiores cooperativas em recebimento de grãos do es-tado de São Paulo.

Atualmente, conta com 1762 cooperados, sendo mais de 70% mini e peque-nos produtores, gerando cerca de 270 empregos diretos. A matriz está ins-talada em Cândido Mota, mas sua área de atuação estende-se por todo Vale

do Paranapanema, compreendendo aproximadamente 160 mil hectares de grãos. Servida por rodovias e ferrovias, a cooperativa está ligada aos princi-pais corredores de exportação, como os portos de Santos e Paranaguá. Na sua área de atuação, a Coopermota é a maior empresa de recebimento de

grãos e distribuição de insumos.Difusão de Tecnologia: Para realiza-

ção de eventos de divulgação (palestras, encontros, dias de campo) e a validação de ensaios e experimentos, a Cooper-mota criou em 1992, o seu Campo de Difusão de Tecnologia, localizado em Cândido Mota. Numa área de 14,5 hectares, no campo de experimentos, os associados podem conhecer o que há de mais avançado em tecnologia para o cul-tivo de soja, trigo, milho, café, banana, cana e mandioca, dentre outras culturas.

Participam deste projeto importantes órgãos de pesquisa como Embrapa, Fun-dação Meridional, Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), além de empresas parceiras que utili-zam o campo de difusão para realização de experimentos técnicos e comerciais. Para o presidente Edson Valmir Fadel, a introdução de novas tecnologias é funda-mental para o aumento de produtividade e da rentabilidade dos cooperados.

Para consolidar a difusão de tecnologia na região, há seis anos foi criado o Coo-perShow, feira de agronegócios que tem por objetivo difundir e transferir tecnolo-gia para os produtores. De acordo com Fadel, o evento já é tradicional e cumpre o papel de disseminar conhecimentos e dar acesso à tecnologia. “Na nossa re-gião, só mesmo a Coopermota pode proporcionar isso, o que confirma que es-tamos no caminho certo e podemos sim garantir melhores condições de produção para nossos cooperados”, destaca.

Coopermota: da agricultura de subsistência à exportação de grãos

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Seriedade, profissionalismo e dedicação marcam a pequena trajetória da Unimev RJ. Fun-

dada em 04 de outubro de 2000, dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, a cooperativa atua na cadeia de produção de alimentos do campo à mesa, fazendo segurança alimentar e certificação bovina e bubalina.

A Unimev RJ é uma cooperativa de trabalho uniprofissional com 45 cooperados, cujos sócios apresentam afinidade societária, desenvolvendo ações no sentido de integrar os trabalhos dentro da visão empresarial própria do negócio e sem prejuízo da função social. Em

2011, a cooperativa faturou seu primeiro milhão de reais.

Diante desse cenário, diz a presidente Josie Montebello, “podemos dizer que iniciamos 2012 conquistando o respeito próprio e que doravante será mais fácil avançar com as ações no meio profissional. Esperamos iniciar a organização do trabalho junto aos autônomos que atuam na área da clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. A maioria deles está na informalidade e precisa de apoio para organização e formalização da atividade”, destaca.

A Unimev está integrada ao programa de monitoramento das cooperativas de trabalho do Sistema OCB/ RJ, com viés no Programa Nacional de Conformidade - PNC. Pelo projeto, que trata de alimento seguro com ações em vigilância sanitária, já foram atendidas três grandes redes de supermercado do Rio de Janeiro, sendo treinados 12 mil manipuladores de alimentos. “Os profissionais capacitados por nós são responsáveis pelo controle higiênico sanitário de 70 lojas de varejo onde são processadas toneladas de alimentos diariamente”, comemora a presidente.

E uma nova geração de animais de qualidade para a produção leiteira está surgindo no Rio de Janeiro também com a participação da Unimev.

A parceria da Secretaria Estadual de Agricultura, por meio do Programa Rio Genética, com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio de Janeiro (Sescoop/RJ), já apresenta resultado. O programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) visa melhorar o plantel, aumentar a produção e valorização dos animais da propriedade. Atualmente, o projeto conta mais de 310 prenhezes confirmadas, com nascimentos para os próximos meses.

A parceria entre Secretaria de Agricultura e Sescoop/RJ prevê a realização de 2,4 mil IATFs. Ao estado cabe o fornecimento do sêmen, protocolo hormonal e botijão criogênico. Já o Sescoop se responsabiliza pelo pagamento dos médicos veterinários participantes do projeto. Inicialmente, foram atendidos os produtores cooperados que adquiriram animais por meio das feiras do programa. Agora, a biotecnologia está sendo disponibilizada a todos os associados de cooperativas agropecuárias.

“Buscamos, dia após dia, fortalecer os princípios cooperativistas por nós abraçados, afim de efetivamente criar uma nova realidade para o mercado médico veterinário, garantindo à classe oportunidade de exercer suas habilidades profissionais com dignidade, ética e em alto nível técnico. Aos produtores, estamos garantindo assistência técnica profissionalizada, com foco no negócio e na qualidade”, ressalta Josie Montebello.

Unimev Rio: foco na visão empresarial e na função social do negócio

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Fundada em 21 de setembro de 1957, a Cotripal Agropecuá-ria Cooperativa iniciou pelas

mãos de 29 agricultores no município de Panambi (RS). Atualmente são 3.430 produtores associados e 1.823 colabo-radores. A Cooperativa possui unidades de negócios nos municípios gaúchos de Panambi, Condor, Pejuçara, Santa Bár-bara do Sul e Ajuricaba, cobrindo uma área agricultável de 85 mil hectares. Sua capacidade de armazenagem está-tica é de 350 mil toneladas. Com foco no desenvolvimento do associado e das comunidades onde está inserida, a Cotri-pal prima pela qualidade dos produtos e serviços oferecidos e se destaca por sua responsabilidade socioambiental.

Entre as conquistas destacadas pelo presidente Germano Döwich, que marcaram a trajetória da Cotripal em sua história, está a implantação do plantio direto e, mais recentemente, da agricultura de precisão. A responsabilidade socioambiental é outro aspecto que a cooperativa leva muito a sério. “A razão da existência da Cotripal é o seu associado e a meta é que ambos cresçam juntos”, diz o presidente.

Por meio do programa “Juntos Somos Mais”, a Cotripal desenvolve diversos projetos para exercer sua responsabilidade socioambiental. As ações têm como objetivo melhorar a qualidade de vida de associados, colaboradores, sociedade em geral e ecossistema planetário. Baseada no ideal cooperativista, a Cotripal

acredita que um futuro melhor é possível se todos unirem esforços em ações éticas e fraternas.

Atualmente a cooperativa mantém uma área com mais de 300 hectares de reflorestamento, sistemas de purificação e captação de água da chuva, estação para tratamento de efluentes. Ela estimula também o recolhimento das embalagens vazias de produtos fitossanitários e o processo de tratamento e destinação de resíduos. No segmento agropecuário, é pioneira em técnicas sustentáveis como o plantio direto na palha e a agricultura de precisão, além de investir em pesquisas constantes nessa área em seu Campo Experimental.

A Cotripal investe ainda, há 33 anos, em um projeto educacional com objetivo

de difundir o ideal cooperativista. Em 2009, houve uma reformulação no projeto com o propósito de modernizá-lo, tornando-o mais adequado às necessidades atuais. A nova abordagem criou um livro didático cuidadosamente elaborado, numa edição primorosa, com atividades previstas tanto para sala de aula quanto para casa. Todos os alunos matriculados na 4ª série das escolas participantes – cerca de 1.200 crianças – recebem um exemplar do livro e têm, ao longo do ano, tarefas práticas e teóricas que os conduzem no aprendizado sobre como cooperar para que o mundo seja um lugar melhor.

Cotripal: investimento em tecnologia e ações socioambientais

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Melhorar a qualidade dos ser-viços médicos prestados no município de Três Corações

(MG) e, ao mesmo tempo, buscar me-lhores condições de trabalho. Com esse objetivo, um grupo de 48 profissionais da área constituiu, em junho de 1992, a co-operativa médica Unimed Três Corações.

Para seu funcionamento, foi importante e decisivo o apoio proporcionado pela Federação das Unimeds de Minas Gerais, não somente no aspecto jurídico-institucional, como nas questões de logística, disposição de móveis, equipamentos de escritório, material de expediente, entre outros.

Igualmente importante foi o papel da Associação Médica de Três Corações, que abrigou a cooperativa em uma de suas salas, nos primeiros meses, e transferiu alguns de seus contratos para administração da Unimed. Hoje, após 20 anos de atuação, a organização conta com 83 cooperados, cerca de 20 mil clientes e 50 prestadores de serviços.

Preocupada com a comunidade, a Unimed Três Corações pratica sua política de sustentabilidade e obtém, consecutivamente, há quatro anos, o Selo de Responsabilidade Social e de Meio Ambiente. Para o presidente da instituição, Luiz Humberto de Magalhães, o prêmio qualifica todas as atividades dessa natureza desenvolvidas

pela cooperativa. “Essas conquistas revelam que entendemos a importância da gestão socialmente responsável e promovemos a qualidade de vida, saúde e bom relacionamento com todos os nossos públicos”.

Para o dirigente, esse reconhecimento é fruto do empenho em adotar políticas consistentes e da contribuição dos cooperados e colaboradores. “Essa trajetória de sucesso serve de motivação, estímulo e inspiração para

um permanente e contínuo esforço, visando alcançar todas as metas e objetivos propostos pela cooperativa”, completa Magalhães.

Outro projeto de responsabilidade social que merece destaque é a Campanha Papa Pilha e Bateria, que tem como objetivo o recolhimento e fim adequados a esses materiais.

Unimed Três Corações: promovendo a qualidade de vida e a saúde

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Valorizar o trabalho médico e promover a boa medicina. Com essa missão, foi criada a Cooperativa de Trabalho Médico de Ribeirão Preto (Comerp), em 1999. A iniciativa partiu de 56 profissionais, que tinham como objetivos administrar a própria carreira e o retorno econômico do trabalho que realizavam. A Comerp tem sua sede em Ribeirão Preto (SP), cidade conhecida nacionalmente como um centro de excelência na área da saúde. O município está entre os primeiros do Brasil no ranking que traz a proporção de médicos por habitantes, com três mil profissionais – um para cada 160 pessoas. Os cooperados, por serem ao mesmo tempo sócios e usuários, podem oferecer vantagens significativas, como maior comprometimento na execução das atividades, estimulando, com isso, o ganho real e o aumento da produtividade. A Comerp tem outros diferenciais, entre estes o sistema de parceria que procura estabelecer com seus contratantes, distinguindo-se das usuais terceirizações. Sua relação com o Poder Público, por exemplo, comprova que é possível uma aliança “público-privada” na área da saúde, que contribua diretamente para o desenvolvimento e a sustentação do Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da cooperativa, Reginaldo Vianna, ressalta que a preocupação

com o bem-estar das pessoas é um dos valores fundamentais do cooperativismo e prioridade para a instituição. “A Comerp tem muito orgulho de cumprir com seus principais objetivos, de valorizar o profissional médico e praticar a boa medicina”, destaca o dirigente. A promoção social é outro foco de ação da cooperativa. Com esse olhar, a Comerp firmou uma parceria com o Sesi Ribeirão Preto, em 2011, contando com o apoio da Organização

das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e da unidade estadual do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP). “A intenção é oferecer mais opções de cultura e lazer para os cooperados, funcionários e familiares, melhorando a qualidade de vida de todos”, resume Vianna.

Comerp: zelando pela saúde e promovendo a medicina cooperativista

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Disponibilizar crédito para fi-nanciar a produção dos seus associados. Para atingir esse

objetivo inicial, 35 pioneiros de Porto Velho (RO) se uniram e fundaram, em 2001, a primeira cooperativa de crédito rural do estado. A Sicoob Portocredi nasceu no dia 28 de abril daquele ano, em assembléia realizada por seus pri-meiros cooperados, que, após essa data, passaram a sócios fundadores.

Com um capital integralizado de R$175 mil, a Sicoob Portocredi iniciou suas atividades cinco meses depois, e, hoje, conta com sede própria, além de ser constituída por aproximadamente

1,1 mil associados e um capital social de mais de R$ 8,3 milhões. A ideia de expandir os negócios sempre esteve entre as metas da organização.

O processo teve início em 2011, com a inauguração de um posto de atendimento cooperativo (PAC), na Avenida Jatuarana, para atender os empresários e produtores da região sul de Porto Velho. Para 2012, o Ano Internacional das Cooperativas, a ideia era abrir uma nova unidade, desta vez, no distrito de União Bandeirantes. O PAC passa a funcionar efetivamente em junho. Primeira instituição financeira da localidade, o

Sicoob Portocredi inicia suas atividades com mais de 170 associados. Distante 160 km da capital, com 15 mil habitantes, União Bandeirantes tem um grande potencial agrícola, já que está situado em uma das regiões mais férteis de Rondônia.

Para o diretor presidente da Cooperativa, Leme Bento Lemos, os indicadores mostram que a instituição está no caminho certo. “Temos trabalhado para atender às necessidades do nosso quadro social, oferecendo produtos e serviços interessantes, com taxas diferenciadas. Justamente por isso, temos crescido. Nosso capital já passou os R$ 8,3 milhões e o total de empréstimos, segundo o último levantamento, está em R$ 5,9 milhões”, ressalta.

Sicoob Portocredi: cooperativismo impulsionando o crescimento de Rondônia

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