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05 FEVEREIRO- 2012 www.jogolimpo.com A sua revista de futebol! Atletas saem direto do interior paulista em busca de sucesso em clubes da Europa [RAFAELLE ZEN] Que gata sô Campeonatos esquecidos [Andre Horta] Entrevista com Supervisor da Seleção Sub-17 + + + MAIS - [Museu] Vestiário - [Rapidinhas] - Primeira Camisa - Estatuto [Responsabilidade] Clubes cuidam do meio ambiente e educação [Hinos] Conheça a história de mais dois hinos do futebol paulista

5ª edição da Revista Jogo Limpo

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A revista Jogo Limpo é uma publicação voltada ao futebol do interior de São Paulo

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Page 1: 5ª edição da Revista Jogo Limpo

05FEVEREIRO- 2012

www.jogolimpo.com

A sua revista de futebol!

Atletas saem direto do interior paulista em busca de sucesso

em clubes da Europa

[RAFAELLE ZEN] Que gata sôCampeonatos esquecidos

[Andre Horta] Entrevista com Supervisor da Seleção Sub-17

+++

MAIS - [Museu] Vestiário - [Rapidinhas] - Primeira Camisa - Estatuto

[Responsabilidade] Clubes cuidam do meio ambiente e educação

[Hinos] Conheça a história de mais dois hinos do futebol paulista

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Rua Serra Azul, 345 - Sala 02Jd. Nova Europa - Campinas SPEmail: [email protected]: (19) 212134-12 (19) 9427-0698

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SUMÁRIO06 CartasAqui o torcedor é o dono da palavra

08 Galeria JLEspecial com as imagensda decisão da Segundona

19 EditorialDemissão em massae falta de planejamento

20 Bate-prontoUm giro de notícias pelo mundo da bola

23 Responsabilidade SocialO Jogo Limpo apóia essa ideia

24 PerdidosFernando Martinez, ‘Namorada ou futebol?Os dois!‘

28 ReportagemPonte Interior/Europa

34 CausosOrlando Lacanna, ‘O boi bravo de Orlândia‘

36 AlternativoSérgio Oliveira‘O moderno ódio ao futebol moderno‘

38 EntrevistaAndré Horta, Supervisor de Futebol da Seleção Sub-17

40 Você se lembra?Campeonatos esquecidos

44 O canto da massa IICuriosidades sobre os hinos de Ponte Preta e Grêmio Barueri

46 SumulasPiada pronta!

48 Museu do FutebolExposição ‘Vestiário‘

50 Meninos eu viBreno PalestraPalavra de torcedor Palestra São Bernardo

64 Súmulas piada pronta

52 HqsCada um com a Copa que tem!

66 ConcentraçãoLivro fala sobre o clássico entre Taubaté x São José

54 Que belezaRafaelle Zen, a musa do Nhô Quim!

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www.jogolimpo.comO seu site de futebol

EXPEDIENTE

REDAÇÃORua Serra Azul, Jardim Nova Europa Campinas/SPCEP. [email protected](19) 2121 3411

Editor Luciano Claudino – [email protected]

Editor AssistenteCamila Delmondes – [email protected]

PROJETO GRÁFICOCaluh Assessoria e Comunicação [email protected](19) 2121 3412

EDITORAÇÃO ELETRÔNICACaluh Assessoria e Comunicação ltda.

COLABORADORESGabriel Oliveira, Sérgio Oliveira, Fernando Martinez, Batata sem Umbigo, Coletivo Miséria, Orlando Lacanna, Breno Palesta e Matheus Trunk.

FOTOSNivaldo PradoLuciano ClaudinoOrlando Lacanna

DEPARTAMENTO [email protected]

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Estou há dois dias com o Blog do Flamengo de Guaru-lhos no Jogo Limpo e já conheci grandes amigos torce-dores dos times do interior. Demaisss @MarcaoNFL

Eu topo hein rs haha RT @jogo_limpo Já são 22 blo-gueiros torcedores no Jogo Limpo, dá até pra fazer um rachão!!! @SCCP_Lell

Trabalhei neste jogo. Muito bom ver a cidade de Limei-ra vivendo mais um dérbi. Importante para as duas equipes. Bom demais @Suidedos

Obrigado ao Jogo Limpo, que confirmou que o goleiro Adnam é aquele mesmo ex-Palmeirinha que tomou o 1 gol de Rogério Ceni. @futbolGuarulhos

Obrigado, esperamos ter vocês juntos conosco nessa Luta. Parabéns pelo trabalho que estão realizando @CASorocaba

Escreva para a Revista Jogo Limpo

A internet evoluiu bastante e hoje já não é necessário enviar cartas para redação, mas você pode enviar uma carta para nossa equipe, se desejar, afinal, este é o nome desta seção:

Revista Jogo LimpoRua Serra Azul, 345Cep: 13040-109Campinas/SP

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Wagner Carmo/VIPCOMM

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Voando...

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caindo

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Assessoria / RBB

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chutando

Luciano Claudino / Jogo Limpo

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pensando!

Luciano Claudino / Jogo Limpo

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Estilo para vestir... ...comodidade para comprar

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www.spaceforman.com.br

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Campeonatos pouco divulgados pela grande midia e times desconhecidos pela maioria fazem parte obrigatória das nossas páginas. Confira uma cobertura futebolística como nos velhos tempos.

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Demissão em massa e falta de planejamento

Editorial

Luciano Claudino - luciano@

jogolimpo.com

Imaginea seguinte situação amigo torcedor, um dia você sai de casa para começar em um novo trabalho, todo animado. Fica uns 30 dias em uma espécie de estágio, apreendendo como a ‘máquina’ funciona, mas quando vai pegar de verdade no batente fica só cinco dias e é demitido.

Pior ainda, você ser contrata-do e dois dias depois substituído. Isso é o que anda acontecendo com os técnicos de futebol no interior de São Paulo. A direto-ria se isenta da culpa, demite o treinador e diz ter agido rápido na substituição, ou melhor, “ain-da dá tempo”, como diria o bom dirigente.

A falta de planejamento é visí-vel, não estamos nem na metade das Séries A2 e A3 e 18 mudan-ças foram feitas. No XV de Jaú foram três treinadores, mas ne-nhum consegue tirar o Galo da zona de rebaixamento.

A culpa não é somente dos di-rigentes, mas também de alguns treinadores, que deixam o clube e partem para outro, deixando o planejamento para trás.

Sobre planejar a Revista Jogo Limpo mostra como alguns joga-dores saíram dos clubes do inte-rior direto para o futebol europeu e traça esse caminho sonhado pela maioria dos atletas profis-sionais.

Já na base falamos com André Luiz Amaral Horta, Supervisor de Futebol da Seleção Brasileira Sub-17, que conta um pouco de como se tornar um atleta de alto nível e chegar a vestir a camisa verde e amarela.

As colunas estão imperdíveis e você se lembra do Torneio da Integração Nacional realizado em 1971? Vale a pena dar uma ‘cli-cada’ nas páginas desta 5ª edi-ção.

Boa leitura!

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Bate-pronto [email protected]

Rapidinhas do mundo da bola

A diretoria do Primeira Ca-misa, clube fundado por Roque Júnior há 5 anos,

comunicou não disputará o Campeo-nato Paulista da Segunda Divisão nes-te ano e seguirá disputando somen-te nas categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Nos últimos quatro anos, o Primeira Camisa disputou a categoria profissional utilizando o estádio Paraí-

Primeira Camisa não disputará a Segundona

ba em São José dos Campos. No ano passado, a Secretaria Municipal de Esportes permitiu a utilização do está-dio Municipal Martins Pereira pelo Pri-meira Camisa na disputa da Série B.

O Primeira Camisa chegou até a fase final, terminando na 6ª posição. Para esta temporada, a Secretaria Municipal vetou a utilização do Mar-tins Pereira e a Federação Paulista de Futebol não liberou o estádio Paraíba, em São José dos Campos com capa-cidade para 5 mil lugares.

O estádio Paraíba quando foi libe-

rado há 4 anos passou por uma re-forma custeada pelo próprio Primeira Camisa. Foram construídas cinco ca-bines de imprensa que não existia no local, foi trocado o alambrado por um maior e mais resistente, colocados corrimãos nas arquibancadas e por-tões de segurança que separaram os setores da arquibancada.

Para a utilização em 2012, a Fede-ração Paulista exige novas reformas. Como não há tempo hábil para o cum-primento das novas exigências, o Pri-meira Camisa não disputará a compe-tição profissional em 2012.

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CLUBEdo mês

Com o fim do Cafelândia Fu-tebol Clube e o Glória afastado do profissiona-lismo, cresce a ideia de se criar uma nova equipe, surgin-do assim a ACE que durante anos represen-tou o futebol de Cafelândia, sendo a equipe de futebol mais importante da cidade.

Associação Cafelandense de Esportes

Fundação: 17/03/1968

17 participações

em competições oficiais

Você sabia?Tigre de ATenAs

Por ser uma cidade com muitas universidade,s por volta da década de 1920, no interior pau-lista. A cidade de Jaboticabal era tida como a “Atenas Paulis-ta”. Vem daí o nome do mas-cote do clube, O TIGRE DE ATENAS.

Após chegar praticamente na metade das competi-ções, as Séries A2 e A3 do

Campeonato Paulista já tiveram 18 mudanças de treinadores. A Série A2 é o campeonato onde houve mais mu-danças.

Até a 9ª rodada dos 10 clubes que alteraram seus treinadores, apenas o Penapolense aparece entre os oito melhores. Porém o clube não dispen-sou o ex-técnico Ito Roque, mas sim perdeu o treinador pra a Ferroviária.

Na zona de rebaixamento é dife-rente. Dos quatro clubes que estão na degola, apenas o América susten-ta o mesmo treinador. Mesmo com a pressão da torcida Paulo Roberto é mantido no cargo pela diretoria do

18 treinadores já foram substituídos na A2 e A3

Diabo.Na Série A3 a situação não é dife-

rente. Até a 7ª rodada já caíram sete treinadores, sendo dois deles somen-te no XV de Jaú.

O Galo da Comarca começou a competição com Toninho Cobra, mas depois dos resultados ruins trocou de treinador e contratou Nem. Este últi-mo durou apenas dois dias em Jaú e logo foi substituído por André Oliveira.

Entre os oito melhores da Série A3, apenas o Rio Branco trocou de treinador. O Tigre trocou o experien-te Cilinho pelo promissor Luisinho. Já na zona de rebaixamento onde apare-cem Osvaldo Cruz, Taubaté, XV de Jaú e Taboão da Serra, todos já fizeram mudanças no comando da equipe.

Nem me viu - Treinador Nem (à esquerda) ficou só uma partida no comando do XV de Jaú

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O Supremo Tribunal Fede-ral declarou hoje, por unanimidade, a consti-

tucionalidade do Estatuto do Tor-cedor, lei de 2003 que disciplina clubes, dirigentes e torcedores de competições esportivas.

O PP (Partido Progressista) havia ajuizado uma ação pedindo a declaração de inconstituciona-lidade de alguns dos dispositivos da lei, afirmando que violariam o direito de livre associação, o princípio da vedação de interfe-rência estatal no funcionamento das associações e, sobretudo, a autonomia desportiva.

Os pontos questionados re-gulam, principalmente, questões como prazos e procedimentos para organização de eventos es-portivos, além de estabelecer que as entidades responsáveis pela organização, junto com os clubes participantes e seus dirigentes, responderão pelos prejuízos cau-sados ao torcedor por falhas na segurança dos estádios.

A Advocacia-Geral da União defendeu a constitucionalidade da lei. "Grande parte disso [da necessidade da lei] vem da au-sência ou falta de transparência das regras do futebol profissional no Brasil. A lei não quer violar a livre associação, ela regula a prá-tica desportiva e cria responsabi-

STF declara que Estatuto do Torcedor é constitucional

lidades para os dirigentes, que os tornem passiveis de responsabi-lização por danos ao torcedor", afirmou Luís Inácio Adams.

O ministro Cezar Peluso, rela-tor do processo, elogiou o Esta-tuto durante o seu voto. "Se com todas as medidas postas em prá-tica durante todos estes anos os problemas não foram extintos, de certo mais caótica e preocupan-te seria a situação se o diploma não estivesse em vigor."

Peluso defendeu especialmen-

te a responsabilização dos diri-gentes nos casos de violação aos direitos do torcedor. "Os eventu-ais maus dirigentes, únicos que não se aproveitam da aplicação da lei, terão de sofrer as penali-dades devidas, uma vez apuradas as infrações e as responsabilida-des", afirmou.

Para a ministra Rosa Weber, o estatuto visa garantir ao tor-cedor "o exercício da sua paixão com segurança."

Bate-Pronto

Infográfico: Thiago Melo

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Responsabilidade SocialO Jogo Limpo apóia esta ideia

Meio AmbienteUma partida de futebol pode

ser a chance de conquistar a vaga na próxima rodada, o tão sonha-do acesso e o troféu de campeão. Mas um jogo pode também, ser a oportunidade de fazer o bem e con-tribuir com o meio ambiente e a sociedade em que vivemos. Seguin-do esta ideia, o novo patrocinador da Francana lançou uma campa-nha diferente no mês de fevereiro, comprometendo-se a plantar cin-quenta mudas a cada gol efetuado ou defendido de pênalti pela equipe no Campeonato Paulista de Futebol da Série A3. Coincidência ou não, a motivação para ajudar a natureza surtiu efeitos e a Veterena venceu três das quatro partidas que reali-zou desde o início da parceria. Pela somatória dos gols, a equipe já tem pela frente o compromisso de plan-tar 300 árvores. Classificada em sétimo lugar na tabela, a Francana tem chances de seguir para a pró-xima fase da competição e ampliar ainda mais a plantação.

Educação Especial

Outra equipe da Série A3 do Paulistão a realizar outra ação so-cial de destaque foi a equipe do São Bento. Depois do Carnaval, a equipe comandada por Claudinho Anacleto esteve na Fundação Melanie Klein, em Sorocaba, destinada à educa-ção especial de crianças e adultos. “Estava bastante emocionado no começo, pois a gente vê o grande valor que a nossa vida tem, mas não damos importância”, disse o meia Juninho. Para o treinador do Azulão, a visita serviu como uma motivação a mais para o grupo. “É bom para pensar na importância da vida. Ver esses sorrisos since-ros traz vontade para alcançar nos-sos objetivos”, disse Anacleto.

Sustentada por meio de doa-ções da iniciativa privada e pública, a Fundação Melanie Klei também realiza eventos como bazares e festas para arrecadar fundos. Para conhecer mais o trabalho da enti-dade, visite o site: www.fundacaomelanieklein.org.br

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Namorada ou futebol?Os dois!

Há exatamente 10 anos atrás tive o prazer de viver uma tarde simplesmente

histórica na eterna busca por times novos e jogos perdidos. No dia 14 de fevereiro de 2002 pude acom-panhar o último jogo do atacante Careca com a camisa do Guarani, num genial amistoso contra o New England Revolution, do Estados Uni-dos. Mas o mais legal é que acordei naquela manhã de quinta-feira sem nem imaginar que a tarde seria tão corrida.

Como fazia todos os dias, acor-dei cedo e logo tomei o caminho do meu serviço, pois na época tra-balhava das 8 às 13 horas. Che-

A viagem entre Campinas e São Paulo foi feita em impressionantes 55 minutos

mais interessante para se fazer.Com a decisão tomada, saí cor-

rendo do trabalho exatamente às 13 horas e parti para essa que se-ria uma das minhas maiores epo-péias até então. Demorei cerca de meia hora para chegar na Rodoviá-ria do Tietê, e peguei o ônibus das 14 horas. Cheguei em Campinas uma hora e meia depois, e logo pe-guei um táxi que me levou ao Brinco de Ouro da Princesa. Para deixar a história ainda mais pitoresca, vi que a entrada não seria cobrada, e eu teria que arranjar um quilo de ali-mento não perecível. Foram mais alguns minutos para encontrar um mercado para comprar o meu “in-gresso”.

No sufoco, consegui meu lugar nas arquibancadas do Brinco de Ouro no momento em que o árbitro apitava o começo da partida. Um pú-blico de cerca de 2 mil pessoas es-

gando no prédio aonde a empresa era sediada comprei o jornal, pois ainda tinha esse hábito. O trabalho estava correndo da mesma forma monótona de sempre, e por volta das 11 da manhã abri o periódico para finalmente saber das notícias do dia. Quando cheguei na página que anunciava esse amistoso, logo coloquei na cabeça que precisava ir para Campinas de qualquer jeito.

Até aí tudo bem, já que fazer o trajeto São Paulo-Campinas de ôni-bus nunca foi uma tarefa complica-da. O problema mesmo era que o dia 14 de fevereiro marcava o meu aniversário de namoro, e que por volta das 8 da noite tinha marcado

de me encontrar com minha namo-rada numa estação de metrô no centro da cidade e dali partir para alguma comemoração.

Muitos desistiriam da jornada só por esse motivo, já que suportar uma namorada irritada é algo não tão agradável assim. Fiz então o que todo homem sensato deve fazer, analisar as opções. Ou iria para casa e ficaria morgando a tarde toda, só para chegar na hora programada do encontro ou iria no jogo e corre-ria o risco de chegar muito atrasa-do, enfrentando depois uma grande briga que poderia durar alguns dias. Sem demorar muito, cheguei à con-clusão que a segunda opção era a

Foto: Fernando Martinez

Lance do pênalti perdido pelo New England no segundo tempo

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Perdidos

Fernando Martinez

teve presente para ver o último jogo de um dos maiores atacantes do Brasil com a camisa alvi-verde. Mes-mo sem marcar, e ainda perdendo um pênalti logo no começo do jogo, o camisa 9 Careca arrancou longos aplausos da torcida bugrina.

Após os 90 minutos, o placar eletrônico do Brinco mostrava o resultado final de Guarani 3-1 New England Revolution. Mas enquanto 99,9% do público presente saía cal-mamente e sem pressa alguma, eu tinha uma verdadeira corrida contra o tempo para fazer. O relógio marca-va 18 horas, e faltava apenas duas para que eu me encontrasse com minha namorada, que nem imagina-va o que estava acontecendo.

Peguei o primeiro táxi que encon-trei na saída do estádio, e ele pisou fundo para que chegasse o quanto antes da rodoviária campineira. Em plena hora do rush, ele ultrapassou sinais vermelhos e correu acima da velocidade permitida para que eu pudesse pegar o ônibus para São Paulo o quanto antes. Já na rodovi-

ária, consegui o último lugar no ôni-bus das 6 e meia.

Pelo cronograma da viagem, o coletivo chegaria na capital paulista por volta das 8 horas, horário em que eu já deveria estar encontrando a namorada. Mas acho que minha reza funcionou, pois a viagem foi fei-ta em impressionantes 55 minutos. Poucas vezes vi um motorista cor-rer tanto dirigindo um ônibus. Imagi-no que alguns recordes de velocida-de foram batidos no caminho até a cidade de São Paulo.

Resumo da ópera: desci na Rodo-viária do Tietê às 7 e meia, e faltan-do 10 minutos estava na catraca da estação República do metrô paulis-tando esperando tranquilamente a minha namorada. Quando ela che-gou, a primeira pergunta que ela fez para mim foi: “Você teve uma tarde tranquila?”. Com um leve sorriso respondi: “Não, foi uma tarde longe de ser tranquila, mas foi simples-mente fantástica”.

Até a próxima!

Lance do segundo tempo. Ataque do New England Revolution e arquibancadas de fundo

Foto: Fernando Martinez

New England Revolution Soccer Club

Estádio: Gillette StadiumCapacidade: 68.756 pessoas

O clube disputa a Liga Americana de Futebol (MLS)

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Tenha um blog no Jogo Limpo. Saiba como!Basta enviar um email para [email protected] escrevendo sobre a paixão pela sua equipe. Os autores dos melhores textos serão escolhidos para representar sua equipe no blog. Podem participar os torcedores de todas as quatro divisões do futebol de São Paulo. Séries A1, A2, A3 e Segunda Divisão.

Blog do TorcedorNossos blogueiros foram chegando de mansinho, com timidez, mas em pouco tempo torna-ram-se líderes de audiência pelo interior do estado de São Paulo, vestindo a camisa, dando opinião e ajudando a fortalecer a paixão de cada torcedor pelo time de cada cidade.

Quer fazer parte desta equipe e trazer o blog do seu time para o Jogo Limpo? Envie um email para [email protected] escrevendo sobre sua paixão pela equipe da cida-de. Os autores dos melhores textos são escolhidos para representar a equipe com um blog. Podem participar os torcedores de todas as quatro divisões do futebol de São Paulo. Séries A1, A2, A3 e Segunda Divisão.

Recém chegados!União São João - Araras, meu orgulho. União, minha paixão!“Desde pequeno meu pai me levava no está-dio. Comecei a sentir amor por essa equipe, hoje, em todos os jogos, estou lá no estádio apoiando”Felipe Polesel/blogdouniaosaojoao

Velo Clube – Galo de vitórias mil!“Quando entrei pela primeira vez no estádio Benitão e vi aquela torcida gritar com todas as suas forças pelo Rubro-verde, foi paixão instantânea”Pablo Bastiani/blogdovelo

Atibaia – Raça, humildade e união!“Óh meu Falcão, voa alto pra ser o novo cam-peão!”Kaue Silva/blogdoatibaia

Grêmio Prudente – Eu sou Grêmio!Acompanho o time em jogos em casa e fora. Aproveitei o máximo o momento histórico que o Presidente Prudente viveu como time da primeira divisão nacional e estadual. Sou um amante do futebol, principalmente se o time for da minha cidade.Murilo Mello/blogdogremioprudente

Osvaldo Cruz - Azul e Branco carregado cora-ção!“Nos resta torcer, e muito, para que o Azulão seja forte durante a competição. A torcida, mesmo preocupada, está junto com o time”Pedro Afonso/blogdoosvaldocruz

*A responsabilidade sobre os conteúdos dos blogs são dos autores.

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Tenha um blog no Jogo Limpo. Saiba como!Basta enviar um email para [email protected] escrevendo sobre a paixão pela sua equipe. Os autores dos melhores textos serão escolhidos para representar sua equipe no blog. Podem participar os torcedores de todas as quatro divisões do futebol de São Paulo. Séries A1, A2, A3 e Segunda Divisão.

Blog do Torcedor

*A responsabilidade sobre os conteúdos dos blogs são dos autores.

XV de Jaú – Salve o XV de Jaú, orgulho da cida-de! “Tudo o que podemos fazer agora é esperar a bola rolar e veremos o que vai acontecer. Acre-dito em uma vitória do XV, mas para isso o time tem que acertar seus passes e finalizações”Gabriel Ferracini/blogdoxvdejau

Flamengo – Sou Flamengo, sou Flamengo meu amor!“Deixo registrado que não estarei sozinho nessa caminhada. Conto com a participação dos rubro--negros para debatermos e informarmos o coti-diano do nosso querido clube”Marcos Ribeiro/blogdoflamengo

BLOG DA INTER DE BEBEDOUROO sangue da Loba!Por: Camila Delmondes

BLOG DO UNIÃO MOGIExplosão vermelha!Por: Rafael Lima

BLOG DO GUAÇUANOPrô meu Mandi em qualquer canto eu vou tocer!Por: Eder Rafael

BLOG DO PENAPOLENSESou Capeano, sou Tricolor!Por: Leonardo Ferreira

BLOG DA FRANCANAVai, Veterana!Por: Kaique Pedaes

BLOG DO RIO BRANCOA garra do Tigre, na força de uma raça!Por: Gabriel Oliveira

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BLOG DO TABOÃO DA SERRAValente, Cão Pastor!Por: Gerson Gonçalves

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BLOG DO PAULISTAMais de 100 anos de orgulho!Por: Ivan Gottardo

BLOG DO PAULÍNIACom o Dinão nos melhores e piores momentosPor: Richard Melo

BLOG DO CAPIVARIANOCapivariano, clube amado!Por: Wagner Rodrigues

BLOG DO AMÉRICAO Caldeirão do DiaboPor: Fábio Vilella

BLOG DO NIVALDORepórter fotográfico com as melhores imagens do futebol no interiorPor: Nivaldo Prado

BLOG DO TORCEDORA procura da partida perfeita!Por: Luciano Claudino

Pratas da Casa!

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Reportagem - Ponte interior-Europa Ponte

Interior-Europa

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Ponte

Interior-Europa

Atletas se destacam nos clubes do interior e rumam para o futebol europeu.

Outros ainda sonham em chegar lá. Quem está tenta matar a saudade e um dia quer retornar ao Brasil.

Foto: Felipe Fontoura

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Reportagem - O que será? O que será?

niciar a carreira em um time do interior, ser con-tratado por algum clube grande e depois chegar ao futebol europeu. Essa é a trajetória mais comum na cabeça dos jogadores brasileiros, porém com o futebol globalizado de hoje em dia, os atletas saltam direto do interior de São Paulo e buscam seu espa-ço no velho continente.

O meia-atacante Leandro Silva revelado na Copa São Paulo de 2001, foi descoberto em uma partida disputada contra o Pal-meiras B e levado por um agen-te italiano até o Napoli, onde ele atuou por um ano no time B da Azzurri.

O frio italiano foi um dos princi-pais problemas para Leandro Sil-

va. “A adaptação foi ruim, cheguei à Itália em uma época de frio na cidade de Napoli. Mas pela vonta-de de jogar futebol e pela oportu-nidade que tive de estar lá fora, com frio ou sem frio a minha de-terminação venceu qualquer coi-sa com a ajuda de Deus”, disse Leandro.

Para Vinicius Estevam, meia

Icom passagens pelo União Suza-no, EC São Bernardo e Portugue-sa Santista, o idioma é a parte mais complicada para a adapta-ção. “Adaptação foi e está sendo difícil por causa do idioma, estilo de jogo, alguns costumes e cul-tura. Mas nada que não de para superar”, disse Vinicius.

O atleta estava sem atuar no

Leandro Silva em mais um partida pelo futebol grego

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futebol brasileiro e com a ajuda de um agente foi apresentado ao presidente do clube espanhol Efac Almacelles.

Vinicius Estevam atua pelo Polideportivo Berja e chegou a ser sondado por um clube da se-gunda divisão espanhol, porém o atleta não possui a dupla cidada-nia e não pode jogar a divisão.

Enquanto alguns tentam se adaptar ao futebol europeu, ou-tros com uma carreira sólida e conquistas no Brasil tentam che-gar lá.

Artilheiro do Paulista da Sé-rie A2 com o Rio Preto e um dos responsáveis pelo acesso da Ponte Preta à elite do futebol na-cional, o atacante Bruno Nunes sabe que não é necessário jogar por um clube da capital para con-seguir um espaço na Europa.

“Atualmente os grandes clu-bes do interior são bem conheci-dos lá fora, o futebol está evoluído nesse quesito”, disse o atacante.

Sobre o sonho de jogar lá fora, Bruno Nunes espera realizar. “Espero um dia realizar este so-nho, principalmente pelo apren-dizado que o atleta adquiri com cultura e os costumes de outros países. Isso é muito benéfico pro-

fissionalmente e pessoalmente”, completou o atleta.

Uma hora de bicleta pedalan-do pela cidade de Santos, sem dinheiro da passagem, mas acre-ditando em um futuro no futebol. Esse foi o início da carreira do za-gueiro Maurício Ribeiro, promes-sa do Paulista de Jundiaí, que disputa a Série A3 do Paulista emprestado ao Itapirense.

Inspirado em dois zagueiros brasileiros que jogam na Euro-pa, Thiago Silva (Milan) e Juan (Roma), Mauricio almeja jogar em outro país e acredita que pode sair direto do interior para lá. “Acredito . porque alguns ti-mes do interior fazem bons cam-peonatos e revelam grandes jo-gadores a nível de Seleção. Um exemplo é zagueiro Rever que jogo na Alemanha e voltou para o Brasil.

“Adaptação foi e está sendo difícil por causa do idioma, estilo de jogo, alguns costumes e cultura” Vinicius Estevam

Artilheiro da A2 e após conquistar o acesso para a elite nacional, Bruno Nunes sonha com a Europa

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Fatos curiosos são o que não faltam nas empreitadas euro-péias. Leandro Silva chegou a ser menosprezado ao ser apre-sentando no clube búlgaro Bela-sitsa Petrich. “O presidente da equipe falou que eu não tinha tamanho de jogador, mas o em-presário conhecia meu futebol e me ajudou a dar a volta por cima. Assim consegui mostrar em solo búlgaro e fui reconheci-do”, lembrou Leandro Silva.

Embaralhar as palavras em

meio ao novo idioma é comum para Vinicius Estevam, mas a convivência com grandes joga-dores é bem interessante. “Ape-sar do pessoal ficar zoando pelo meu jeito de falar e sotaque é legal atuar ao lado de jogadores que atuaram em grandes clubes como Barcelona, Betis, Racing Santander. E ter amigos como Sanchez Jara que chegou a atu-ar pelo Barça”, disse Vinicius.

Mas a vontade de ficar perto da família e atuar no futebol na-

“O presidente da equi-pe falou que eu não ti-nha tamanho de joga-dor, mas o empresário conhecia meu futebol e me ajudou a dar a volta por cima” Leandro Silva

Mauricio Ribeiro com a camisa 4 do Paulista de Jundiaí

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cional são muito grandes, prin-cipalmente pela saudade. “Meu sonho e poder voltar a jogar no Brasil, porque sei que tenho mui-to a dar dentro de campo para o futebol Brasileiro. Estou fora há nove anos e sinto muitas sauda-des mesmo conseguindo me co-municar em vários idiomas, sei que e difícil alguém dar oportuni-dade por esta muito tempo fora do Brasil e também porque no Brasil acontece muitas coisas ruins dentro do Futebol. Acredi-

to que existem treinadores sé-rios e com a mente voltada ao futebol e ao clube. Por enquanto aguardo a oportunidade de vol-

tar a Jogar no Brasil o mais rá-pido, as portas estão se abrindo e pode ser algo rápido.” comple-tou Leandro Silva.

Vinicius Estevam treinando com a camisa da Briosa

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O boi bravo de Orlândia

Anteriormente nesse mes-mo espaço, já escrevi que um dos meus programas

preferidos nos fins de semana, era encontrar com o velho amigo Milton Haddad e, à bordo do seu possante Voyage, sair pelas estradas rumo a alguma cidade do interior, com o objetivo de assistir alguma partida válida pelas competições de acesso promovidas pela FPF.

Nesse esquema, no ano de 1.994, numa bela manhã de domin-go, pegamos a Via Anhanguera e rumamos com destino à cidade Or-lândia, distante 373 Km da Capital e localizada na região de Ribeirão Preto.

O nosso destino final era o Es-tádio Virgílio Ferreira Jorge, palco do encontro entre a A.A. Orlândia contra o Igarapava E.C., válido pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão - Série B2, que representava o quinto escalão na hierarquia do fu-tebol paulista.

Como de costume, foi uma via-gem das mais divertidas, pois as brincadeiras e piadas corriam solta, minimizando o cansaço de quase 6 horas de viagem (só de ida). Além das gozações, o rádio ficava fixo na sintonia da Rádio Lazer FM de Cam-pinas, que não parava de tocar mú-sica sertaneja.

Chegando à cidade, achamos o estádio com muita rapidez, uma vez que, além de ser bem localizado, no-tamos uma aglomeração de pesso-as que nos chamou a atenção. Ao

nos aproximarmos, percebemos que a muvuca era em frente ao por-tão principal do estádio. Deixamos o carro estacionado numa travessa próxima e fomos até as bilheterias e, para nosso espanto, a razão da aglomeração era simplesmente a presença de um boi, amarrado pelas quatro patas em cima da correceria de uma caminhão parado em frente ao estádio. O coitado do boi estava nervoso e, com isso, babava, mugia

cujo sorteio seria feito no intervalo da partida.

Fomos à bilheteria e compramos os nossos ingressos. De posse dos canhotos, um olhou para o outro e falamos quase ao mesmo tempo: “já pensou se um nós for o sortea-do”? “o que vamos fazer com esse bicho”? “ele não cabe no Voyage” e por aí foi o festival de indagações so-

alto e fazia for-ça para se livrar das cordas. A cada movimento mais brusco do pobre animal, o caminhão cha-coalhava e as pessoas que es-tavam próximas saíam correndo, mas logo volta-vam.

Diante daque-la cena curiosa, olhei pra cara do meu amigo e perguntei: “O que esse boi está fazendo aqui”?. Fomos em bus-ca da resposta e descobrimos que bendito boi seria sorteado entre os torce-dores que paga-ram ingresso,

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Causos

Orlando Lacanna

to menos público, pois parte dos “torcedores” estavam interessados era no boi e não time. Por isso, aca-bando sorteio, foram embora.

A partida foi ótima, típica de Se-gundona, com muita correria e pe-gada, cujo resultado final foi a vitória do Orlândia por 1 x 0. Vale ressaltar que o Orlândia conquistou o título de Campeão, garantindo acesso à Sé-rie B1 (quarto escalão), porém, para nossa tristeza, o time voltou a aban-donar o profissionalismo, abrindo mão do acesso. Isso tudo aconteceu porque a parceria com o Botafogo não foi mantida. Até os dias atuais, nunca mais soube do interesse do Orlândia em voltar ao futebol profis-sional. Essa constatação também vale para o Igarapava.

Assim que o jogo terminou, volta-mos para a estrada e tome mais 6 horas de viagem, mais uma vez com muita brincadeira, apesar do cansa-ço, cujo tema principal foi o coitado do boi bravo. Foi isso.

Associação Atlética Orlândia

Fundação: 03/05/1920 Títulos: Campeã da 5 Divisão no ano de 1994.27 participações em campeonatos organizados pela Federação Paulista de Futebol

bre a inusitada situação.Entramos no estádio e nos aco-

modamos na arquibancada coberta para ver de perto um dos clássicos da região, protagonizado por duas equipes que não disputavam compe-tição profissional desde 1.986.

Vale lembrar que o Orlândia só voltou ao profissionalismo, graças a uma parceria firmada com o Bo-tafogo de Ribeirão Preto, sendo que o time de Orlândia, que sempre foi alvinegro, adotou também a cor vermelha, transformando-se em tri-

color, acompanhando as cores do Botafogo.

Voltando ao boi, no intervalo foi realizado o sorteio com o apresen-tador fazendo um suspense incrível, mexendo com a maioria da plateia que estava muito afim de ganhar o boi. Finalmente saiu o número sorte-ado e um cidadão de bermuda com uma barriga exuberante, foi o feli-zardo. O cara fez uma festa enorme, deixando o jogo pra lá e indo buscar o prêmio.

O segundo tempo rolou com mui-

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O moderno ódio ao futebol moderno

Olá a todos os amigos leito-res da Revista Jogo Limpo. Depois de um começo de

ano movimentado, com aposentado-ria de “São” Marcos e título avassala-dor do Corinthians na Copinha, aqui estamos nós com os campeonatos estaduais e divisões de acesso rolan-do.

É sobre isso que quero compar-tilhar aqui com vocês nesse texto. Uma reflexão sobre estaduais.

Embora o título da coluna possa induzir o leitor a outro tema como a revolta das torcidas de times mais tradicionais contra os clubes oriun-dos de empresa, quero é falar sobre os estaduais. Embora esse outro as-sunto renda uma ótima coluna tam-bém.

Acessando internet afora e em conversa com amigos de imprensa e fora dela, tenho notado que muitos estão se dividindo quando o assunto é Campeonato Estadual no início de cada temporada. Alguns (poucos) defendendo a manutenção de uma competição tradicional e “românti-ca” outros querendo o fim do cam-peonato com argumentos, na minha opinião, piores do que líder do BBB que vai indicar adversário para o Pa-redão. Alguns dizem do nível técnico, da falta de público, outro argumento usado é que os times não-alternati-vos merecem melhor tratamento e preparação, comentam sobre calen-dário, alguns tentando se passar por

entendidos de futebol do interior di-zem que os alternativos ficam o ano todo sem jogar e os mais absurdos apelam para falta de história e impor-tância dos clubes no cenário nacio-nal.

Vou tentar rebater todos os argu-mentos e mostrar que sim, os esta-duais são válidos e podem continuar normalmente.

Para quem diz que os times alter-nativos não tem história e não são importantes, sou só lamentos. Pois é uma pessoa sem memória. Aliás, abrindo um parêntese, o Brasil por si só é um país sem memória, seja

política, musical, televisiva etc... Polí-ticos corruptos continuam sendo re-eleitos normalmente. Outro dia vi na TV um argumento de um jornalista esportivo que era o seguinte: “Qual a importância do Bonsucesso para o campeonato Carioca?”“ Que falta fará o Botafogo de Ribeirão se o clu-be sumir do mapa? ”“ Clube Pequeno só serve pra levar goleada”. Pois bem o Bonsucesso só revelou Leônidas da Silva para o futebol nacional, atle-ta que é citado no hino oficial do time escrito por Lamartine Babo, que o tal jornalista nem deve saber quem é. O Botafogo nos deu o recém-falecido

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Altenartivo

Sérgio O

liveira

nete fraca e desconforto. Afinal o es-tádio Sílvio Salles em Catanduva tem mesma estrutura que o Camp Nou?

Sem apelar par o romantismo de comer um canole na javari, ou de fi-car com a cara no Alambrando. Aca-bar com estaduais não é só decretar o fim de clubes alternativos que só conseguiriam continuar numa impro-vável organização e honestidade dos nossos dirigentes. É acabar com par-te da memória nacional, a memória do garoto que ia com o pai ver o time da cidade, acabar com boas histórias é matar o valor da tradição.

Por isso sempre defendo tanto no programa de TV que faço sobre fute-bol alternativo ou no blog que escre-vo, a força está dentro do torcedor. Apoie o time da sua cidade, vá ao es-tádio, tente adquirir produtos oficiais, dê seu apoio, pesquise, corra atrás de futebol. Procure sobre o clube da sua cidade.

A história do futebol nacional vai agradecer!

Doutor Sócrates e é um dos maiores celeiros de craques do estado, além do Doutor cito Cicinho, Tim, Zé Mário etc... Sem falar da rivalidade com o Comercial que independente de divi-são é uma das maiores do país.

Muitos jogadores famosos come-çaram em times alternativos. Sem o são Cristóvão não teríamos Ronaldo Fenômeno, sem o Bauru AC não te-ríamos Pelé, sem o Bangu não tería-mos Domingos e Ademir Da Guia e muitos outros que posso ficar escre-vendo aqui eternamente.

Rebatendo os que falam de pre-juízo dos não-alternativos ao dispu-

tarem o estadual, é só dizer que o Corinthians em 2012 ganha mais só por disputar o Paulistão do que se for campeão da libertadores. Ao entrar na competição a federação Paulista dá ao clube do Parque São Jorge 10 milhões de reais, o campeão da com-petição continental embolsa Seis mi-lhões. Isso sem contar os gastos de viagem e hospedagem que são muito mais caros. Quanto ao nível técnico, falta pesquisa aos meus colegas de imprensa. O Campeonato catarinen-se, por exemplo, teve na sexta roda-da média de 5,4 gols por partida. Ou será que os críticos preferem 0x0 com dois times retrancados?

Aos que falam de calendário, des-conhecem a realidade do futebol al-ternativo. Um time não fica mais do que um mês e meio parado, já que logo após o fim do estadual tem a copa regional para cobrir o espaço.

Obviamente temos muito que me-lhorar ainda, competição nenhuma é 100% perfeita. Falta de público existe em todo campeonato, brasileiro gos-ta do próprio time e não do futebol, não do espetáculo. Se sua equipe do coração estiver mal das pernas terá um público pífio em qualquer lugar. Há muito tempo não existe aquilo de no amor e na doença, até que a mor-te os separe, se o elenco do time for ruim torcedor brasileiro não vai ao estádio. Lógico que os clubes alterna-tivos têm sua parcela de culpa, é um absurdo a diretoria do Catanduvense colocar ingressos para a partida con-tra o Palmeiras no valor de 80 reais por pura ganância, afasta o Palmei-rense, mas afasta principalmente o morador da cidade que quer acom-panhar o time e não tem condições de pagar esse valor. Quando paga encontra banheiro quebrado, lancho-

Estádio do Bonsucesso que leva o nome de Leônidas da Silva

“Qual a importância do Bonsucesso para o campeonato Carioca?”

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Jogo Limpo - Futebol pra você é uma questão de talento ou trei-namento técnico?

André Luiz Amaral Horta - As duas coisas são importantes. Todo talento tem que ser traba-lhado desde o pré-mirim, tem que ser lapidado e o treino técnico faz parte do dia a dia do atleta. Tem que se dar valor ao jogador técnico, mesmo que seja baixo. Força é muito subjetivo, qualquer um tem que ter, ou como faria um passe ou daria um chute? Fu-tebol tem que ter trabalho de for-ça sim, mas tem que olhar mais para o lado técnico.

Jogo Limpo - Como você analisa o preparo das categorias de base pelo interior do Brasil? Quais as-pectos podem ser valorizados e quais podem ser encarados de forma negativa?

André - Olha, tem clubes que fa-zem bons trabalhos, como o Gua-rani, de Campinas, o Juventude--RS, entre outros. O bom trabalho de algumas equipes na Copa São Paulo de Futebol Jr mostrou isso. Existem bons profissionais nas

Todo mundo tem um sonho. O de muitos garotos brasileiros é jogar na Seleção Brasileira de Fu-tebol. Em entrevista a Revista Jogo Limpo, o Supervisor de Futebol da Seleção Brasileira Sub-17, André Luiz Amaral Horta, fala sobre talento, trabalho técnico e formação de base. Saiba que o

trabalho técnico é um dos principais aliados para deslanchar profissionalmente.

Entrevista - André Luiz Amaral Horta

A ‘base’ de tudo

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comissões dessas equipes. Acho que o aspecto negativo é que alguns clubes não começam o trabalho no mirim e muitos nem têm equipe Infantil. Começar no Juvenil não acho correto, retarda a evolução do atleta.

Jogo Limpo - Podemos falar em um biótipo desejado para os joga-dores de futebol na faixa dos 15 aos 18 anos?

André - Alguns atletas maturam antes, principalmente os nasci-dos no primeiro semestre. Hoje se olha muito o tamanho do joga-dor, mas como disse antes, acho isso errado. Tem que dar valor ao talento. Se você possui no elenco jogadores altos, e quer escalar o time assim de acordo com o ad-versário é uma coisa. Selecionar

atletas para jogarem no clube só por causa disso é um equívoco, por isso não temos mais meias de qualidade no Brasil. Temos que contratar Concas e Montillos para termos o meia de qualida-de, ou seja, trazer estrangeiros e não fazer esses atletas aqui.

Jogo Limpo - Você foi convocado para integrar a Seleção Sub 17, agora em fevereiro. Pode descre-ver qual o seu papel na seleção e os objetivos do grupo para a tem-porada de 2012?

André - Meu papel na Seleção Brasileira como Supervisor Téc-nico, é dar todo suporte possível ao treinador e os demais mem-bros, ajudá-lo com questões técnicas, agendar jogos-treinos, cuidar da parte disciplinar dos

atletas (que sempre foram óti-mas). O objetivo é formar o time, pensando no Sulamericano e no Mundial de 2013.

Jogo Limpo - O que é preciso fazer para chegar até a Seleção Brasi-leira Sub-17? Existe um caminho a ser trilhado ou depende de sor-te, de um bom empresário...

André - Existe um caminho a ser trilhado e ele começa no pré-mi-rim e no mirim. Futebol é momen-to, qualidade e sorte. Quando chegar a Seleção, nunca esque-cer o clube que o formou, pois é por causa dele também que se chega a Seleção Brasileira. Como também nunca achar que por estar na Seleção, já conquistou tudo na vida. Muitos nem che-gam ao profissional.

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Taças, torneios caça níquel, troféus honorífi-cos. Durante muito tempo, o Brasil organizou pequenas competições com diversas equipes.

Servindo de pré-temporada, certames alternativos eram realizados antes dos estaduais e do campeona-to nacional. Esqueça competições de Primeira Mundo como Teresa Herrera e Ramon de Carranza. Jogos Limpo relembra sete campeonatos disputados no Bra-sil que tiveram poucas edições.

Relembre sete certames nacionais que duraram pouco tempo

Nas décadas de 40 e 50, o Vasco da Gama formou um elenco ines-quecível que conquistou diversos títulos. Conhecido como Expresso da Vitória, a equipe era liderada por craques como o goleiro Barbosa, o meia Ipojucan e o artilheiro Ademir de Menezes. Em 1953, o time da Colina conquistou um torneio internacional disputado no Maracanã. Além da agremiação de São Januário, participaram da competição Flamengo, Ra-cing (ARG) e Boca Juniors (ARG). Na decisão, os vascaínos venceram os rivais rubro-negros com folga: 5 a 2.

Em 1971, a Federação Goiana de Futebol decidiu organizar um torneio com equipes que não en-traram no Campeonato Brasilei-ro. Foram convidados dezesseis clubes de onze estados. O título acabou ficando com o Atlético Goianiense que despachou a Pon-te Preta na final numa decisão de três jogos.

Campeonatosesquecidos

TORNEIO INTERNACIONAL DO RIO (1953)

Vasco da Gama, campeão carioca de 1952. Em pá, da esquerda para a direita: Bar-bosa, Augusto, Haroldo, Jorge, Ely e Danilo; agachados: Mário Américo (massagista), Sabará, Alfredinho, Ademir Menezes, Ipojucan e Chico.

Torneio da Integração Nacional (1971)

Anápolis (Anápolis-GO)Ponte Preta (Campinas-SP)Desportiva Ferroviária (Vitória-ES)Atlético Goianiense (Goiânia-GO)Botafogo (João Pessoa-PB)Campinas (Goiânia-GO)Campo Grande (Rio de Janeiro-RJ)Náutico (Recife-PE)Fluminense (Feira de Santana-BA)Fortaleza (Fortaleza-CE)Goiânia (Goiânia-GO)Goiás (Goiânia-GO)Moto Clube (São Luís-MA)Fast Club (Manaus-AM)União Bandeirante (Bandeirantes-PR)Vila Nova (Goiânia-GO)

Participantes:

Por: Matheus Trunk

Você se lembra? - Campeonatos esquecidos

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A Loteria Esportiva virou mania nacional nos anos 70. Algumas competições foram criadas para mais jogos serem incluídos nos talões. Dessa maneira, a Federação Carioca organi-zou o Torneio Romeu Dias Pinto com equipes locais. Bangu, Portuguesa Carioca, Bonsuces-so, São Cristóvão, Campo Grande e Madureira participaram. O clube de Moça Bonita levantou a taça. O artilheiro da equipe na competição foi o atacante Jorge Mendonça, que depois faria sucesso no Náutico e Palmeiras.

O Internacional faturou este tor-neio disputada pelos times que não passaram para a segunda fase do Brasileiro de 84. Além do clube gaú-cho, Sport, Cruzeiro, Guarani, Atlético Mineiro, São Paulo, Botafogo, Palmei-ras, Bahia e Santa Cruz participaram do certame. O regulamento foi todos contra todos com pontos corridos.

Quadrangular disputado para a comemoração dos 50 anos do estádio do Pacaembu. Além do favorito Corinthians, participaram Portuguesa, Palmeiras e Fluminense. Comandada pelo técnico Émerson Leão, a equipe rubro-verde ganhou o título dos corintianos nos pênaltis. “Assisti somente a primeira rodada. Foi o único clássico entre Palmeiras e Corinthians no profis-sional que vi na vida”, recorda o pesquisador Fernando Martinez do site Jogos Perdidos.

Competição que reuniu todos os clubes brasileiros campeões mundiais até então. Flamengo, Grêmio, Santos e São Paulo joga-ram todos contra todos em um turno único. O estádio Mané Gar-rincha, em Brasília, foi palco dos jogos. A única edição do torneio foi vencida pelo São Paulo.

Heroína da independência brasileira, Maria Quitéria ganhou um certa-me em sua homenagem. O torneio foi organizado pela Federação Baiana de Futebol, sendo todos os jogos realizados no estádio da Fonta Nova, em Salvador. Na primeira edição, o Vitória foi campeão ao eliminar o Coriti-ba nos pênaltis. Em 97, o Palmeiras do técnico Luiz Felipe Scolari tinha pinta de favorito. A imprensa destacou a contratação do zagueiro Júnior Tuchê pela equipe paulista para o torneio. O mitológico defensor só jogou na primeira partida do alviverde na competição. Mesmo assim, o time de Parque Antártica sagrou-se campeão. Na última edição, o Bahia do arti-lheiro Uéslei surpreendeu o poderoso Corinthians e acabou levantando o caneco. Na época, o Torneio Maria Quitéria era transmitido pelo SBT que tinha Sílvio Luiz como locutor principal.

Torneio Romeu Dias Pinto (1972)

Torneio Heleno Nunes (1984)

Taça Vicente Matheus (1990)

Ex-presidente corintiano, Vicente Matheus, deu nome a competição vencida pela Lusa

Copa dos Campeões Mundiais (1996)

Torneio Maria Quitéria (1996, 97 e 98)

*Matheus Trunk é jornalista e apresenta aos domingos com Sérgio Oliveira o programa FATV na allTV (www.alltv.com.br)

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Que beleza - Rafaelle Zen

Foto: Divulgação/FPF

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Rafaelle Zen

Idade: 21 anos

Altura: 1,67

Peso: 59

Busto: 86

Cintura: 65

Quadris: 99

Para você futebol lembra:? Infância e alegria.

Qual jogador não pode falta na sua escalação?Neymar

Recado para os meninos:? Estou muito orgulhosa de estar representando o XV de Novembro, conto com o apoio e a torcida de vocês.

Recado para as meninas? É fundamental a participação das mulheres na torcida, com certeza dão um estimulo a mais para o time, conto com a torcida de todas, estou muito feliz pois estarei representando cada uma de vocês.

Se você jogasse futebol, qual seria a sua posição:?Defesa (zagueira)

Que gata sô!Rafaelle Zen, a musa do XV de Piracicaba

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Renato Silva é considerado o "Lamartine Babo" do in-terior paulista, já falecido o

jornalista esportivo, fez quase vários hinos dos clubes do interior como Ponte Preta, Olímpia, Bragantino e a Ferroviária.

O atual hino da Ponte Preta, que se tornou oficial a partir de 1980, quando chegou a ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube, na verdade não surgiu com este objeti-vo. "Eu fiz um Hino em 1977, para a Torcida Jovem da Ponte Preta, mas

em pouco tempo todos estavam can-tando", lembra o autor, Renato Silva, radialista de 65 anos em entrevista ao jornal Correio Popular de Campi-nas.

Curiosamente, naquele concurso promovido pela diretoria do clube, em 1971, o próprio Renato Silva participou com o samba Ponte Preta, Alegria do Povo, que chegou inclusi-ve entre os finalistas, sem a mesma força do hino que hoje marca os mo-mentos de glória da Ponte Preta.

Mesmo gravado há 20 anos, o

O canto da massa II

próprio autor reconhece que somen-te hoje a procura pelo Hino tem su-perado as expectativas. Desde que foi lançado em CD, no dia 6 deste mês, foram vendidas 800 das 1.000 cópias. Outro lote igual já está enco-mendado.

Na faixas do atual CD, o Hino pode ser ouvido nos aranjos da Orquestra da RGE e Banda do Brejo. Há ainda uma versão com a participação da Orquestra Sinfônica de Campinas, do Coral da USP (Universidade de São Paulo) e do coral da PUC-Campinas.

Ponte Preta e Grêmio Barueri

O canto da massa - ponte Preta e grêmio barueri

Por: Marcelo Senna

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O canto da massa - ponte Preta e grêmio barueri

Outro hino, este mais recente é do Grêmio Baruer, estive presente no 17 de julho de 1997, quando fui convidado pelo Tom Moisés que na época era o Secretário de Esportes de Barueri para a

Cerimônia do Hino Oficial que aconteceu no Teatro Municípal de Barueri.

Conselheiro aponta falta

de divulgaçãoO conselheiro nato e historia-

dor da Ponte Preta, Sérgio Ros-si, entende que o hino vencedor do concurso oficial, em 1971, da professora Maria Aparecida Mot-ta Aguiar, esbarrou na falta de divulgação. "Foi um evento bem organizado, que realmente mexeu com a cidade, mas o produto final do concurso acabou esquecido", disse.

Sérgio Rossi já lançou três vo-lumes da edição História da As-sociação Atlética Ponte Preta. No primeiro, de 1989, está enfocado o período de 1900 a 1935. Já no segundo volume, lançado em 94, estão mais 20 anos de história do clube, de 36 a 55. A mais recente edição, de agosto deste ano, vai dos anos 56 a 70.

A história dos hinos da Ponte Preta já faz parte do quarto vo-lume - 1971 a 1990 - que deve ser lançado em agosto de 98. Na parte relativa ao hino vencedor do concurso, Rossi antecipa sua ver-são: "por falta de maior e melhor divulgação, principalmente entre a torcida alvinegra e as rádios, locais e paulistanas, o hino não pegou, prevalecendo outro não concursado".

O historiador reconhece que o hino do radialista Renato Silva "se identifica muito com o espírito da torcida pontepretana", mas que ele ganhou força pela facilidade de acesso do autor, junto aos meios de comunicação.

Foi realizado um concurso públi-co na cidade, onde os moradores de Barueri puderam compor o hino e ainda concorrerem a um prêmio de 5 mil reais.

O estudante Tiago Farias de Aze-vedo fez a letra e o João Benedito Moni fez a música que embala o clube de Barueri.

“União,suor e raçaPara sempre campeãoÉ o Barueri que arrasa

Com a mente e o corpo são

BarueriCom seus atletas nossos heróis

Somos todos vencedoresCantando a uma só voz (Bis)”

“”

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Campeonato Paulista Série A3Rodada: 1Jogo: Independente x São Bento“Não houve execução do hino nacional brasileiro de-vido a problemas técnicos com o aparelho de som. Informo ainda que não haviam placas informativas de substituições”, anotou o árbitro Rodrigo Gomes Paes Domingues

NOTA: pelo menos tinha caneta

Súmulas - Piada pronta

Diz aí, juiz! O que tá pegando?

Rodada 1Batatais x Taubaté“As redes do gol apresentavam costuras maiores que o diâmetro da bola de jogo”, registrou o árbitro Vinicius Furlan

Rodada 1Francana x JuventusAos 85 minutos de partida fui informado pelo 4ºárbitro ,Sr Felipe Alexandre Amaro Felicio que o preparador físico da equipe do C.A.JUVENTUS , Sr. Vair Campos se dirigiu à ele com o dedo em riste,inclusive o "peitando", dizendo as seguintes pa-lavras: Você tem que escrever aí a substituição,você é obrigado a preencher o cartão de substituição seu merda". Imediatamente foi expulso , sendo retirado de campo acompanhado pelos policias”, observou o árbitro Philippe Lombard.

Rodada 2São Bento x Barretos“Foi realizado um minuto de silêncio, em virtude da tragédia ocorrida no Egito”, solidarizou-se o árbitro Roberto Pinelli

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Rodada 2Rio Branco x Batatais“O que você fez não se faz. O time deles fez cera e você só deu quatro minutos de acréscimo. Vou falar com o coronel Marinho e vou te escalar para apitar outro jogo do Rio Branco”, relatou o árbitro Emiliano Alves Costa, sobre o que teria sido dito por um se-nhor que se auto-intitulou prefeito da cidade de Ame-ricana.

Rodada 3Itapirense x Taubaté“Expulsei apos termino da partida o sr João Donosor Martins técnico da equipe do Esporte Clube Taubate por partir em minha direção dizendo:seu safado,fraco, você esta de brincadeira você queria prejudicar meu time”, explicou o árbitro Alex Junior de Jesus.

Rodada 3Rio Branco x Juventus“Pode dar um beijo nele, Capitão! Sacanagem o que você fez, você inventou aquele pênalti. Brincadeira, não foi porra nenhuma”, contou o árbitro, sobre o que teria dito o treinador do Moleque Travesso, Luiz Santos, ao término da partida.

Cléberson foi não só falou como beijou o juizão na final da Taça Rio de 2007

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Museu do Futebol - Exposição vestiário

“Vestiário propõe uma fusão en-tre visão e alucinação, arrancando o visitante da monotonia do cotidia-no, chacoalhando e aturdindo suas percepções”, diz o curador Leonel Kaz que, ao lado da equipe de con-teúdo do Museu do Futebol – insti-tuição da Secretaria de Estado da Cultura – organizou a nova mostra da instituição. Uma feliz coincidên-cia: o antigo local do vestiário do Pacaembu é, hoje, utilizado como sala de exposições temporárias do Museu.

“Uma das sacadas desta expo-sição é a articulação de três artes distintas – fotografia, mapping e artes plásticas – que, num jogo de sobreposições, trazem alguns dos imaginários que flutuam em torno desse espaço íntimo que é o ves-tiário”, diz Clara Azevedo, diretora de conteúdo do Museu.

O fotógrafo gaúcho Gilberto Perin acompanhou os atletas do Grêmio Esportivo Brasil, de Pelotas, na dis-puta pelo título da segunda divisão do Campeonato Gaúcho de 2010. As imagens mostram os dramas e as alegrias vividas no interior de

vestiários e dá ao torcedor a sen-sação de adentrar um dos espaços mais secretos do esporte. “Decidi acompanhar este time porque, me-ses antes, um grave acidente no ônibus que transportava a equipe mobilizou emocionalmente os atle-tas. Assim, pude captar momentos--limites de tensão, alegria, disputa. E, também buscar um mundo des-conhecido (e proibido) para torce-dores e mídia”, diz Perin.

Em “Vestiário”, estas imagens são interpretadas pelo artista plástico Felipe Barbosa, com suas inusitadas bolas de futebol descos-turadas e outras peças refeitas a partir de materiais recolhidos, transformados e reorganizados geometricamente. Ele transfor-mou o vestiário do Pacaembu num ateliê de artista em que chuteiras, caneleiras e luvas são expostas repetidamente em armários ce-nográficos que reproduzem o am-biente de vestiário.

Sobre estas camadas da foto-grafia e da “instalação” artística entram os jogos de luz e sombra propostos pelo VJ Spetto, por meio

de uma intervenção eletrônica que é o vídeo-mapping (isto mesmo, a capacidade de modificar a percep-ção de objetos por meio da luz!).

Com esta exposição, o Museu do Futebol trabalha para que a ação educativa se torne um instru-mento de transformação. Para que

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SERVIÇO: Exposição VestiárioLocal: Museu do FutebolOnde: Sala Osmar SantosData de inauguração: 14 de fevereiro, às 19h30

Foto: Gilberto Perin

as exposições suscitem interro-gações, modifiquem o olhar. Para que o visitante entre com pergun-tas e saia com mais perguntas do que entrou. E principalmente, des-cubra porções lúdicas que, muitas vezes estão adormecidas em cada um de nós.

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Palavra de torcedorPalestra de São Bernardo

Men

inos

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reno

T. P

erei

ra J

r (B

reno

Pal

estr

a)

Futebol, sem dúvida nenhuma é o esporte mais apaixonante, e por isso o preferido da po-

pulação brasileira. Entre milhares de times destaco um em especial, que dedico meu carinho por ele, o Pales-tra de São Bernardo.

Clube fundado por descendentes de italianos, que ostenta as cores verde e branco, e representa uma das cidades mais importantes do nos-

colocações no futebol paulista.Tam-bém a falta de apoio da própria cidade que o clube representa proporciona um obstáculo a mais em sua jornada, visto que a população local prefere torcer para os time da capital, igno-rando e muitas vezes nem sabendo da existência da agremiação.

Mas quem realmente torce, não tem vergonha de expressar o seu amor pelo seu time de coração, in-dependentemente da situação vivida pelo clube. Tive o privilégio de estar presente em jogos de ótimo nível téc-nico, que não deixam a desejar em re-lação as partidas até mesmo de serie A1.

O Palestra de São Bernardo foi protagonista de duelos emocionan-tes, cito alguns acontecidos no ano de 1997 e 1998, que considero a épo-ca em que o alvi-verde montou um de seus melhores elencos até hoje.

Em 1994 a maior conquista deste amado clube. O titulo de vice-Campeão da extinto Campeonato Paulista da Série B1-B

sar das rodadas,os comandados do saudoso técnico Chico Formiga ao final da competição atingiram o aces-so para a serie B1-A de 1998, com o vice campeonato, sendo superado pelo Oeste de Itápolis que sagrou-se como campeão daquele ano.

Já em 1998 na serie B1-A o Pa-lestra faria campanha memorável, em jogos disputados em turno e returno, a equipe garantiu a primeira coloca-ção e classificação para o quadrangu-lar final.

Infelizmente por detalhes do fute-bol o Palestra não conseguiria atingir a Série A3, a equipe não demonstrou o futebol brilhante da primeira fase e acabou frustrando o que seria seu se-gundo acesso.

Desta ótima equipe, deixo logo abaixo para aqueles que não conhe-cem os nomes dos jogadores que fize-ram parte deste grande time:

* Goleiros: Vítor ( ex-EC Santo André), Rodrigo* Laterais: Lico, Renato, Celinho, Tibé ou Tidé (não me recordo qual era o apelido correto)* Zagueiros: Amaral, Marcelo Bran-co, Zanata, Marcelo Jacareí* Meio-Campistas: Bê, Maurício, Pau-lo Leme, Sandrinho, Paulo Roberto* Atacantes: Josimar, Noronha, Care-ca, Essinho, Coquinho

#Uma parte deste elenco de 1997 atuou na equipo de 1998.

Até a próxima!!!

so país “ São Bernardo do Campo”. Como a maioria dos clubes conside-rados pequenos (para mim sempre será grande) o Palestra com sua tra-dição e história marcadas por muitas lutas, empenho e dedicação, passa infelizmente por dificuldades em anga-riar recursos para alcançar melhores

No ano de 1997 o time palestrino voltava de um longo tempo de inativi-dade, estreando na antiga serie B1-B contra a equipe do Guapira (do Bairro do Jaçanã, zona norte de São Paulo) sendo goleado por 7 a 1.O resultado é claro não foi satisfatório,mas algo muito melhor aconteceria com o pas-

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São José e Taubaté: Livro conta a história da rivalidade

Escrito pelos jornalistas Alber-to Simões (São José dos Campos) e Moacir dos Santos (Taubaté), a obra, com 360 paginas, contém rico material com registro dos 64 jogos já realizados pelas equipes, incluindo detalhes de alguns jogos realizados na época em que o futebol ainda não era profissional.

Com uma diagramação leve, as informações são facilmente localiza-das. O conteúdo registra apresenta-ção das duas equipes, história dos dois clubes; Jogos inesquecíveis; fi-chas técnicas de todos os clássicos; personagens e depoimentos; títulos conquistados; relação dos atletas que fizeram parte dessa história com detalhamento de números de jogos, de gols marcados etc; Presi-dentes dos clubes; imagens de vá-rias épocas, incluindo fotos inéditas nunca publicadas.

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