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Publicação do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás L P a i N e EDIÇÃO 5 - GOIÂNIA, AGOSTO DE 2010 Conheça o perfil dos corretores de imóveis Quase pronta Com término previsto para o início de 2011, a construção da futura sede do Creci de Goiás, após a finalização da primeira etapa, segue rumo ao acabamento. Financiamento imobiliário Tudo que você queria saber sobre o processo de liberação de crédito habitacional Para anotar na agenda Programação especial é desenvolvida para comemorar o Dia Nacional do Corretor de Imóveis Parceria Corretores de imóveis poderão anunciar em portal digital com descontos exclusivos

5ª Revista Painel Imobiliário

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5ª edição da Revista do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, 5ª Região/GO

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Page 1: 5ª Revista Painel Imobiliário

Publicação do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás

LPaiNeEDIÇÃO 5 - GOIÂNIA, AGOSTO DE 2010

Conheça o perfil dos corretores de imóveis

Quase prontaCom término previsto para o início de 2011, a construção da futura sede do Creci de Goiás, após a finalização da primeira etapa, segue rumo ao acabamento.

Financiamento imobiliárioTudo que você queria saber sobre o processo de liberação de crédito habitacional

Para anotar na agendaProgramação especial é desenvolvida para comemorar o Dia Nacional do Corretor de Imóveis

ParceriaCorretores de imóveis poderão anunciar em portal digital com descontos exclusivos

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Fernando Leite

Como me vejo“Alma é aquilo que eu acho que estou mostrando e o corpo é aquilo que o outro vê em mim”. (Gaiarsa)

Havia, não muito longe dali, uma fonte clara, de águas como prata. Era linda, cerca-da de uma relva viçosa, e abrigada do sol por rochedos que a cercavam. Ali chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede.

Narciso debruçou sobre a fonte para banhar-se e viu surpreso, uma bela figura que o olhava de dentro da fonte. “Com certeza é algum espírito das águas que habita esta fonte. E como é belo!”, disse, admirando os olhos brilhantes, os cabelos anelados como os de Apolo, o rosto oval e o pescoço de marfim do ser. Apaixonou-se pelo aspecto saudável e pela beleza daquele ser que, de dentro da fonte, retribuía o seu olhar.

Não podia mais se conter. Baixou o rosto para beijar o ser, e enfiou os braços na fonte para abraçá-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte, o ser sumiu para voltar depois de alguns instantes, tão belo quanto antes.

- Porque me despreza, bela criatura? E por que foges ao meu contato? Meu rosto não deve causar-te repulsa, pois as ninfas me amam, e tu mesmo não me olhas com indi-ferença. Quando sorrio, também tu sorris, e responde com acenos aos meus acenos. Mas quando estendo os braços, fazes o mesmo para então sumires ao meu contato, falava

indignado Narciso. Suas lágrimas caíram na água, turvando a imagem. E, ao vê-la partir, Narciso exclamou: - Fica, peço-te, fica! Se não posso tocar-te, deixe-me pelo menos admirar-te. Narciso ficou por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água, e foi se definhando. As cores e o vigor deixaram seu corpo. Assim o jovem morreu.

Lendo a estória de Narciso, podemos trazer para o nosso mundo imobiliário alguns questionamentos

Estou tão apaixonado por mim, que estou esquecendo as pessoas a minha volta?

Como estou agindo em benefício do meu próximo, que é o meu cliente?

Como tenho me comportado com os meus colegas? Sou voltado a servir ou prefiro que os outros me sirvam?

Fico admirando as minhas ações ou as crio para auxiliar os meus clientes, aqueles que me procuram?

Tenho correspondido à confiança em mim depositada? Estou fazendo algo para a coletividade ou estou apro-

veitando as oportunidades para uso próprio? Afinal, até onde o modo como me sinto, me vejo é

igual ao que os outros me vêem?A resposta é sua.

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Entrevista 6Tributo a José Arantes Costa – primeiro presidente eleito do Creci de Goiás

Opinião 9 O Creci-GO, na visão dos empresários

De Olho na Lei 10

Benefício para Corretores de Imóveis 12Creci assina parceria com portal WImóveis

Qualificação 14Pesquisa aponta que a categoria já despertou para a qualificaçãoCreci no Interior chega a São Luís de Montes Belos e ItaberaíSeminário Profissão: Corretor de ImóveisBuscando conhecimento

Dia do Corretor de Imóveis 19Um dia para comemorar

Perfil 20Corretor de Imóveis: quem é este profissional?Você é ou está corretor de imóveis?Com toda pompa e circunstância

Mercado 24Estimule o crédito imobiliário saudávelO agronegócio e o mercado imobiliário

Interior 28São Luis de Montes Belos, um mercado promissor

Nova sede 30Construção a todo vapor

Contando Nossa História 31Alberto Guião, um vendedor da realidade

Social 32

Creci na mídia 33

Para refletir 34

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O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 5ª Região-GO é uma autarquia federal de disciplina e fiscalização da profis-são de corretor de imóveis. Regulamentada pela Lei Federal 6.530/1978Endereço: Av Anhanguera, 5674, Ed. Palácio do Co-mércio, 5º andar, Centro, Goiânia - GO CEP 74043-906 Fone/ fax: 62 3224 2299 Homepage: www.crecigo.org.br E-mail: [email protected]

Diretoria: Oscar Hugo Monteiro Guimarães, Luiz Ro-berto de Carvalho, Rafael Nascimento Aguirre, Maria Aparecida Moreira, Juscemar Antônio de Oliveira, Jair Reis de Melo, Walter São Felipe.

Conselheiros: Adão Luiz de Andrade, Antônio Alves de Carvalho, Antônio Rosa de Mesquita, Antônio Spi-netti Alves, Celso Monteiro Barbugiani, Eduardo Co-elho Seixo de Brito, Elmo Monteiro Clement Aguirre, Geraldo Dias Filho, Geraldo Pereira Braga Jackson Jean Silva, Jair Reis de Melo, João Benicio Gomes, João Pedro Vieira, José Machado Resende, Juscemar Antônio de Oliveira, Leandro Daher da Costa, Luiz Ro-berto de Carvalho, Marcio Antonio Ferreira Belo, Maria Aparecida Moreira, Maria Francisca Alves Carvalho, Omar Ataídes de Castro, Oscar Hugo Monteiro Guima-rães, Rafael Nascimento Aguirre, Ricardo Alves Vieira, Sérgio Teodoro da Cruz, Walter São Felipe e Wildes Marcos Faustino.

Suplentes: Ademir Silva, Ana Mônica Barbosa da Cunha, André Luis Nogueira do Carmo, André Luiz França de Melo, Carlos César Lemos do Prado, César Feliciano de Oliveira, Claudio Gonçalves de Araújo, Domingos Alves de Castro Filho, Evaldo Euler Duarte de Almeida, Francisco Carlos Lobo, Francisco Ludovi-co Martins, Helder José Ferreira Paiva, João Soares da Silva, José Humberto Martins Vieira Carvalho, José Severino de Lima, José Virgílio Ferreira Filho, Luis Cle-mente Barbosa, Marcelo Alves Simon, Marco Antonio de Oliveira, Murilo Sousa de Andrade, Pedro Antônio Cotecheski Bobroff, Rodrigo Paullus Barreto Machado, Ronaldo Odorico Veiga Saul Pereira da Costa, Valg-mar Domingos Tavares, Valoni Adriano Procópio e Veronde Antônio de Oliveira.

A Revista Painel é uma publicação do CRECI-GOJornalista responsável e editora: Raquel Pinho - GO 01752 JP Projeto gráfico: Raquel PinhoDiagramação: Neide AtaídeEquipe de redação: • Raquel Pinho• Thaysa Mazzarelo• Fernando Pereira• Nielton Santos (estagiário de Jornalismo pela PUC-Goiás) Revisão jurídica: Eduardo Felipe Silva - OAB 25566Tiragem: 10.000 exemplares Fotolito e impressão: Grafsafra

Sumário

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Ele ajudou a escrever a história dos corretores de imóveis em Goiás

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NA déCAdA dE 60, FoI um doS NoTórIoS ColABorAdorES do ProCESSo dE orgANIzAção dA ProFISSão No ESTAdo, APóS A rEgulAmENTAção. FoI o PrImEIro PrESIdENTE ElEITo do CoNSElho rEgIoNAl dE CorrETorES dE ImóvEIS dE goIáS (CrECI), Em 1966, FICANdo No CArgo ATé 1988. NESTE PEríodo, TAmBém FoI CoNSElhEIro do CoNSElho FEdErAl dE CorrETorES dE ImóvEIS (CoFECI) E NoS úlTImoS ANoS dE vIdA AINdA SE dEdICAvA Ao CArgo dE dIrETor-CoNSElhEIro do CoNSElho. o CrECI dE goIáS homENAgEIA o CorrETor dE ImóvEIS JoSé ArANTES CoSTA, mAIS CoNhECIdo Como “SEo CoSTINhA”, FAlECIdo Em mAIo dESTE ANo, Com A rEPuBlICAção dE SuA úlTImA ENTrEvISTA, CoNCEdIdA Em ouTuBro dE 2005 à JorNAlISTA rAquEl PINho.

Por raquEl PINho

mal desconfiava ele que seu destino estaria tão entre-laçado com os corretores de imóveis. Sua história pratica-mente se confunde com a da categoria. Em Goiânia, partici-pou do início do desenvolvi-mento do mercado imobiliá-rio. deixou o serviço público para gerenciar as vendas do

primeiro loteamento comer-cializado pela iniciativa pri-vada no início da década de 60, a vila Coimbra, hoje setor Coimbra. Até então, somente o governo loteava a nova ca-pital do Estado.

Quando entrou para a atividade, logo passou a se dedicar ao movimento de

regulamentação da profis-são de corretor de imóveis, processo iniciado no mesmo período. “queria ter profis-sionais comigo e não pesso-as avulsas, sem compromisso algum. Era necessária a regu-lamentação”, conta o que o impulsionou.

Um homem atuante

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que conhecia os bastido-res, os detalhes, as curiosi-dades e os fatos da história do corretor de imóveis, um patrimônio que não pode se perder no tempo. Nesta en-trevista, “Seo Costinha” re-lembra o momento eferves-cente da categoria e avalia os ganhos deste processo. Acompanhe:

Era muito diferente ser corretor naquela época?

Não existia corretor, cada um era inteiramente livre, como o dentista prático. Ele não dava satisfação para ninguém, não tinha obrigação nenhuma. Não era um profissional.

Mas a atividade imobiliá-ria já existia?

Era pequena em Goiás. Goiânia não tinha lotea-mento à venda. As áreas eram do Estado e o pró-prio poder público pro-movia os loteamentos. Não tinha negociantes, imobiliárias, nada disso.

E como começou? o se-nhor gerenciou as vendas do primeiro loteamento particular em Goiânia...

O engenheiro Coimbra Bueno - engenheiro res-ponsável e proprietário da empresa que cons-truiu Goiânia - conseguiu a aprovação de um lotea-mento, que foi o primeiro da cidade de origem par-ticular. Eu trabalhava no Estado como seu secre-tário. Quando ele saiu do serviço público e resolveu vender a Vila Coimbra, me convidou para ser chefe do escritório imobiliário dele,

que se chamava Imobiliária Mercantil Brasil Central. A primeira sede ficava no Edifício Moacir Teles, na Praça dos Bandeirantes. Isso foi mais ou menos em 1961, pouco antes da fun-dação do Conselho.

Por que resolveu aceitar e ficar nesta área?

Não havia muitas opções por aqui, empregos. Mas estava sendo bem remu-nerado e tinha uma boa projeção. Na verdade eu trabalhava com todos os negócios do Coimbra. Ele foi me envolvendo. Era

chefe desse escritório, cuidei da administração financeira de sua campa-nha ao senado federal, da fundação da rádio Brasil Central, gerenciei outros loteamentos.

o senhor começou na área imobiliária e logo se envolveu com o movi-mento de regulamenta-ção da profissão de corre-tor de imóveis e a criação dos conselhos. Por quê?

Porque eu queria ter pro-fissionais comigo para tra-balhar. E não avulsos, pes-soas sem compromisso. Então eu me uni ao pesso-al de São Paulo, que estava engajado neste processo de regulamentação da pro-fissão e dos conselhos.

Foi difícil conseguir a re-gulamentação da profis-são?

Em Goiás, o que deu muita força para este processo foi a NOVACAP (Com-panhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, empresa pública respon-sável pela construção de Brasília), que só oferecia seus imóveis a vendedores sindicalizados. Pessoas que trabalhavam no ramo por

“Ás vezes, eu passo ali na Vila Coimbra, onde morei, e uma pessoa me pára para dizer ‘Olha,

eu comprei meu lote do senhor, olha minha casa.’ Essa que é a satisfação

que a gente tem”.

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aqui se sindicalizavam com interesse de vender Bra-sília, o primeiro interes-se não era nem Goiânia. Depois, nossa capital co-meçou a ter lançamentos particulares e nós também começamos a contratar vendedores somente por meio dos sindicatos. Assim, a profissão começou a to-mar forma.

qual foi o momento po-lítico que favoreceu essa regulamentação?

Nossa legislação (do país) estava sendo elaborada naquele momento. Isso fazia com que os deputa-dos tivessem mais aber-tura para os projetos de lei, especialmente vindos dos sindicatos, que tinham mais peso naquela época. Principalmente se fosse de São Paulo, rio de Janeiro e rio grande do Sul. A lei 4116/62 - primeira lei dos corretores de imóveis - foi embasada no projeto for-necido pelo Sindicato dos Corretores de Imóveis de São Paulo.

E houve também o lobby?É claro. Cada sindicato recorria aos deputados conhecidos. Porque esta era uma profissão meio aérea, não exigia curso ou formação alguma. Tanto é assim que a primeira lei nasceu defeituosa. Depois, ela foi revogada e ficamos um tempo sem legislação. Todas as outras profissões reconhecidas exigiam uma formação. Você sabe como é que se inscreviam os pri-meiros corretores? Uma das exigências era que o sujeito trabalhasse há dois ou três anos na profissão. ou seja, era uma declara-

ção de que era um contra-ventor (risos).

o senhor foi presidente do Creci de 1966 a 1988. Como a entidade come-çou a funcionar na prá-tica?

O Creci começou a fun-cionar na minha imobi-liária, com funcionários meus. A gente não tinha dinheiro para nada, esse era o defeito grave. Mas nós começamos a fiscali-zar. muito mal: não tinha recurso para pagar fiscal, não tinha carro. Iniciamos pelo centro da cidade. Daí começou a surgir alguns corretores, que começa-ram a denunciar os não-inscritos.

Neste ano (2005), a ca-tegoria está fazendo 43 anos e, junto com ela, o Creci de Goiás. Neste tempo, qual foi a contri-buição do Conselho para a sociedade?

A maior dificuldade foi convencer a sociedade da utilidade do Creci, de que o corretor de imóveis ins-crito estava obedecendo a lei e tinha mais o órgão que estava verificando a transação. hoje, ela acre-dita. Também porque exis-tem conselhos de outras profissões, o que contri-buiu para criar essa cul-

tura. No início, não havia este espírito de que exis-te um órgão zelando pela profissão, não.

E o rótulo de que o corre-tor de imóveis é um pica-reta, mudou?

Este era o conceito que existia do corretor. uma vez, no Cofeci, recebe-mos um ofício do prefeito de Londrina, dizendo que iria homenagear a cate-goria com um monumen-to na praça principal, pois a cidade foi fundada por pessoas que trabalhavam como corretores. E enviou uma foto do monumento: uma pedra e uma pica-reta. Depois disso, é que nós fomos estabelecer um símbolo, o colibri - criado pela resolução do Cofeci nº 126, em 1981.

E essa imagem melho-rou?

hoje isso melhorou bem, muito.

E o senhor atribui esta mudança aos conselhos, que incentivaram a quali-ficação da categoria?

Aí é que aconteceu a gran-de virada. Quando foi revo-gada a lei 4112/62, acabou tudo. Ficamos quase um ano sem regulamentação.Tivemos de enfrentar o problema de novo, fizemos

um projeto - do curso téc-nico em transações imobi-liárias. Depois que o MEC (Ministério da Educação e Cultura) aprovou o curso, o congresso aprovou nova lei - a 6530/78 - exigindo o curso. Em um tempo pe-queno nos movemos. Esse esforço grande, unânime no Brasil inteiro, foi dos conselhos.

hoje os conselhos estão novamente se movendo para regulamentar o cur-so superior. acredita que o Creci tem cumprindo seu papel de resguardar a sociedade ao garantir um profissional qualificado?

É isso mesmo.

Qual é a beleza da profis-são?

É a satisfação da pessoa que compra uma casa que você fez o negócio bem feito, gostoso. O cliente fica feliz e transmite isso para a gente. Não é tanto o dinheiro, não. Eu vendi esses loteamentos muitos anos. às vezes, eu passo ali na Vila Coimbra, onde morei, e uma pessoa me pára para dizer “olha, eu comprei meu lote do senhor, olha minha casa”. Essa que é a satisfação que a gente tem.

qual a mensagem que o senhor deixaria para os corretores de imóveis?

Que trabalhem com toda honestidade para colher bons frutos. E vejam que o seu trabalho não é só o ga-nho do dinheiro, mas a sa-tisfação de ver as pessoas alegres e felizes de terem realizado o sonho de ter sua casa própria.

Entrevista concedida à jornalista Raquel Pinho em outubro de 2005.

“Depois, nossa capital começou a ter lançamentos particulares e nós

também começamos a contratar vendedores somente por meio

dos sindicatos. Assim, a profissão começou a tomar forma”

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o Creci-Go, na visão dos empresários

Em março, 24, o Creci-go recebeu do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) o Troféu de Produtividade Nacional, por ter conquistado o primeiro lugar no ranking da fiscalização, medido entre os regionais de todo o País. o presi-dente da instituição, oscar hugo, compartilhou a conquista com todos os conselheiros e equipe técnica, durante uma reunião Plenária. Confira qual foi a repercussão.

“O Creci de Goiás é um modelo para todo o Brasil em questão de organização, moralidade e ética. O mercado imobiliário que temos hoje é reflexo do trabalho bem feito do órgão.”

Rafael Abdala, Marcelo Baiocchi Imóveis

“O Creci é um apoio para o corretor de imóveis, para que o mesmo possa atuar dentro da lei, ou seja, de acordo com a legislação. É um órgão que orienta e ao mesmo tempo fiscaliza a profissão, para que os corretores de imóveis possam trabalhar dentro da ética, tanto com os colegas quanto com os clientes”.

Brasil Cintra, Ponto com Imóveis

“Trabalhei com o Oscar Hugo há 29 anos e aprendi com ele, naquela época, que

ele era um ser pensante, alguém que enxergava muita

coisa. O resultado está aí.”

Celso Monteiro Barbugiani, Volare Imóveis

“O Creci-GO não atua só para cobrar ou arrecadar anuidade, mas sim para

educar e orientar o mercado. Tenho orgulho e honra de participar deste

Conselho”

Jackson Jean Silva, Mega Imóveis

“A gente aprende a respeitar as pessoas. Quando comecei no mercado, achava que o Creci era bagunçado, era o que eu ouvia falar. Mas, ao participar do Conselho e ver a atuação do Hugo, passei a ter tranquilidade em defender este trabalho”.

Antônio Spinetti Alves, Global Imóveis

“Ontem, estava com um dos maiores juristas do Brasil e ele elogiou o Creci-GO como um dos melhores e mais organizados do País. É um indicativo de como a sociedade nos enxerga”

Luiz Roberto de Carvalho, URBS

Reportagem: Raquel Pinho

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DE olho Na lEI

Em troca da sanção, a qualificação

Um estudo do Creci de Goiás promete dar uma segunda chance aos corretores de imóveis que cometam infração leve. Trata-se do Programa de Capacitação Profissional que visa disci-plina e educar os profissionais do mer-cado imobiliário.

O funcionamento do Programa é semelhante ao do Curso de recicla-gem para Condutores Infratores desen-volvido pelo dETrAN. o profissional que receber um auto de infração po-derá optar por se inscrever em algum curso de capacitação oferecido pelo Conselho, em troca da suspensão do processo. Desta forma, ele se livrará da sanção e terá seu processo arquivado.

“O corretor de imóveis autu-

ado deverá, dentro do prazo de de-fesa da infração, optar pela inscrição no curso”, explica o assessor jurídico do Creci de goiás, Eduardo Felipe. Es-tar em dia com a anuidade e não ser reincidente na infração são quesitos indispensáveis para que o profissio-nal possa gozar dos direitos previs-tos pelo Programa, lembra o assessor jurídico. “é importante ressaltar que a ausência, ou a baixa frequência no curso, resulta no prosseguimento do processo administrativo”, alerta Edu-ardo Felipe.

A resolução 001, que cria o Programa de Capacitação, deverá ser aprovada na próxima plenária, e será aplicada em breve no Creci de Goiás.

outrora exigida no ato de la-vratura da escritura do imóvel, a apre-sentação da certidão do Distribuidor Cível não é mais obrigatória. A deci-são tomada pelo Tribunal de Justiça de goiás, no dia 17 de junho, revogou a determinação aos cartórios da obriga-toriedade da certidão.

Os motivos que levaram à de-liberação foram: a demora na retirada da certidão junto ao distribuidor, que gerava atraso na negociação imobiliá-ria; e os critérios usados para análise da certidão na emissão da escritura. “Qualquer processo que constasse na certidão do vendedor impedia a lavra-tura da escritura, mesmo que não fosse de natureza patrimonial”, expõe o as-sessor jurídico Eduardo Felipe.

Para quem pensa que a decisão é definitiva, é melhor ficar atento. de acordo com o assessor jurídico, os cartórios deverão voltar a cobrar

revogada até segunda ordema certidão em breve. “Será cobrada novamente, assim que os cartórios adotarem procedimentos mais rápi-dos e normas mais claras quanto ao tipo de ação que deve interferir na lavratura da escritura”, comenta Edu-ardo Felipe.

A certidão, emitida pelo Tribu-nal de Justiça, permite saber se o ven-dedor do imóvel tem processos cíveis em determinada Comarca. É uma fer-ramenta a mais de segurança na tran-sação imobiliária. “É uma forma de res-guardar o comprador. Afinal, algumas ações podem ter reflexos no imóvel em questão. Muitas vezes elas implicam até na penhora do mesmo”, analisa o assessor jurídico.

Vale lembrar que o Creci sem-pre orienta os corretores de imóveis a solicitarem todas as certidões referen-tes ao imóvel como forma de preven-ção contra perdas.

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Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negócios; deve, ainda, sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais que possa influir nos resultados da incumbência.

Redação Antiga

Nova RedaçãoArt. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio. (redação dada pela Lei n° 12.236, de 2010)Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência (Incluído pela Lei n°12.236, de 2010)

No dia 19 de maio, entrou em vigor a lei 12.236/2010, que altera o ar-tigo 723 do Código Civil, au-mentando a responsabilidade do corretor de imóveis em prestar informações acerca do negócio a ser realizado.

A mudança pode pa-recer aos olhos de um leitor incauto pequena, um simples ‘ajuste’, porém, em uma lei-tura mais atenta, pode-se observar quão significativa é a supressão de palavras e a criação do parágrafo único na redação da lei.

A alteração trou-xe maior clareza à redação - foram usadas palavras e expressões em seu sentido comum, orações na ordem direta, com uniformidade de tempo verbal – e também maior precisão, uma vez que foram retirados termos com duplo sentido. Como a ex-pressão ‘prestar ao cliente os esclarecimentos que es-tiverem ao seu alcance’ que expunha de forma dúbia as responsabilidades do profis-sional. “Por dar margem a di-ferentes interpretações, fica-va a cargo do juiz interpretar a lei de acordo com o caso específico”, elucida o asses-sor jurídico, Eduardo Felipe.

Enquanto na nova re-dação, o caput do artigo trata dos deveres dos corretores de imóveis de maneira mais específica – ‘executar a me-diação com diligência e pru-dência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o anda-mento do negócio’ – o pa-rágrafo único trata sobre as obrigações do profissional em relação ao cliente, e que po-dem levá-lo a responder por perdas e danos, caso não se-

Alteração significativa

jam cumpridas – ‘prestará ao cliente todos os esclarecimen-tos acerca da segurança ou do risco do negócio, das altera-ções de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência’. Esta divisão tem como objeti-vo manter a ordem lógica do texto, restringindo cada artigo da lei a um assunto específico.

“A lei vem apenas reforçar o que o Código de ética já previa. Será mais uma ferramenta que evita possí-veis dúvidas no judiciário”, comenta Eduardo Felipe. o assessor jurídico se refere à resolução 326/92 do Có-digo de ética da profissão que já estabelecia de forma taxativa, assim como a nova versão da lei, as obrigações dos corretores de imóveis perante seus clientes. Confi-ra ao lado a redação do arti-go 723 na íntegra:

Reportagem: Thaysa Mazzarelo

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Creci assina parceria com o portal WimóveisConvênio garante descontos especiais para os corretores de imóveis em classificados digital

Por Fernando Pereira

O Creci de Goiás as-sinou parceria com o portal Wimóveis. A partir de julho, os corretores de imóveis goianos passam também, a ter na Internet o maior e mais acessado classificados multi-imobiliárias on-line de Brasília. uma nova e eficiente ferra-menta para facilitar e, princi-palmente, aumentar as vendas.

Segundo álvaro César, diretor do portal Wimóveis, o maior objetivo dessa parceria é trazer para os profissionais do Estado uma ferramenta de alto nível que não tenha ape-nas a solução de portal, mas todas as soluções que ligam os profissionais do mercado imobiliário ao segmento da Internet. Além disso, trazer um anal de publicação e de aproximação entre todos aqueles que querem comprar, vender ou alugar um imóvel. “reunir, se não todos, mas a grande maioria dos imóveis disponíveis em goiás”, afirma.

o profissional passará a ter maiores facilidades com uso do portal. A maior delas é a agi-lidade no processo de compra e venda. Agora, será possível ao cliente fazer uma visita virtu-al antes de visitar fisicamente

BENEFÍCIo

o imóvel desejado. “Não tem trânsito, nem problemas com o estacionamento. Maior facilida-de na comparação entre outros imóveis. Além disso, o acesso às informações é de 24 horas, sete dias na semana. Com certeza é facilidade e segurança para ad-quirir o seu imóvel”, comenta álvaro César.

Em julho, foram colo-cados no ar todos os dados referentes à Goiânia. Durante esse período, foi feito o cadas-tramento dos profissionais e dos imóveis, com desenvolvi-

mento de aplicativos especiais para imobiliárias com grande cartela de imóveis. Já no dia 17 de julho ocorreu o lançamen-to do portal para a população. “o objetivo é iniciar em goi-ânia, mas expandir em todo o Estado”, afirma álvaro.

A parceria entre o Creci-GO e o portal Wimó-veis traz uma condição su-per facilitada para o corretor. Além dos preços e descontos convidativos, o profissional que cadastrar três imóveis si-multaneamente será contem-

plado com uma mensalidade totalmente grátis que vale até o fim de 2010. Para se cadas-trar na promoção é só acessar www.wimoveis.com/goias.

Na ocasião da assina-tura do convênio, foi sortea-do um netbook para os cor-retores de imóveis presentes. Segundo álvaro, ele vai servir para que o corretor possa imediatamente acessar as fa-cilidades oferecidas pela In-ternet e facilitar o seu traba-lho. A felizarda foi a corretora de imóveis Maura Satiko.

O presidente do Creci-GO, Oscar Hugo, e Álvaro César assinam o termo de parceria

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A Internet tem se mostrado bastante eficiente na realização das mais comuns atividades do dia a dia. Segundo dados da Lexxa, em 2008, o Brasil tinha 50 milhões de usuários. Em 2009, 70 milhões. Um crescimen-to de 40%. A estimativa é de que em 2010 esse número ultrapasse os 100 milhões, valor equivalente a 50% da população do País.

Muitas ações do Governo Fe-deral estão sendo feitas para popula-rizar e massificar a Internet no Brasil. O objetivo é levar Internet grátis para a população em menos de um ano. “66% dos usuários estão concentradas nos grandes centros e esse é o nosso público alvo”, explica Álvaro César da Wimóveis.

O e-commerce, ou comércio eletrônico, é a negociação feita pela Web. Segundo informações da Wikipe-dia, o e-commerce está sendo absorvi-do pelo mercado mundial em grande es-

a força da Internet e do e-commercecala. Não é a toa que muitos ramos da economia hoje estejam ligados a esse tipo de comércio. Dados do site E-bit, sobre o faturamento do comércio vare-jista, mostram que no Brasil, em 2009, o faturamento foi de R$ 10,6 bilhões. Aumento de 29% em comparação com o ano anterior. A estimativa da B2W - Companhia Global do Varejo - é de que o e-commerce tenha crescimento por volta de 15% a 35% em 2010.

Diante desse cenário, é fácil observar que com o mercado de imó-veis não é diferente. Um grande fator é a redução dos custos com o anúncio. Anunciar na Internet é 30% mais bara-to que em qualquer outra mídia. Além disso, o produto ganha melhores condições de visibilidade. O cliente tem acesso a diversas informações como preço, metra-gem, localização, fo-tos, entre outras.

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Pesquisa aponta que a categoria já despertou para a qualificaçãoProfissional já tem a percepção de que conhecimento é seu aliado, mas ele precisa fazer muito mais do que simplesmente reconhecer o fato

raquel Pinho

O mercado imobiliá-rio goianiense começa a dar sinal de amadurecimento na busca pela qualificação pro-fissional: 71% das imobiliárias já investem em treinamentos, palestras e mini-cursos para sua equipe de vendas, as Insti-tuições de Ensino Superior já oferecem cursos de graduação para a categoria e 55% dos corretores de imóveis declara-ram ter algum curso superior.

É o que constatou uma pesquisa feita pela graduanda do curso de Administração de Em-presas da Pontifícia Universidade Católica de goiás (PuC-go), Adriana rodrigues Tavares, rea-lizada com gerentes de vendas de imobiliárias, corretores de imóveis, além de Instituições de Ensino Superior que ministram cursos Técnico em Transações Imobiliárias e de graduação tec-nológica em Gestão Imobiliária. No total, foram 78 questionários aplicados.

Adriana pesquisou o mercado durante um ano e meio para elaborar a Avaliação da Qualificação dos Corretores de Imóveis de Goiânia, tema de seu trabalho, que recebeu nota 10 da banca examinadora e se converteu em artigo científi-co. Ela participou de eventos de qualificação do mercado imobiliário, passou um tem-po dentro de uma imobiliária

qualIFICaÇÃo

para acompanhar a rotina de uma empresa, pesquisou sites e livros para elaborar seu tra-balho. E concluiu: “o corretor de imóveis já despertou para a mudança, para a busca pela qualificação”.

Mas... [tinha de ter um “mas” nessa história] é preciso melhorar. Durante suas andanças pelo mercado, percebeu contrates entre as respostas que eram dadas no questionário e a realida-de. “Estamos no início de um processo”, diz.

As imobiliárias estão investindo em treinamentos, mas precisam escolher me-lhor os instrutores. Adriana chegou a esta conclusão de-pois de ouvir a opinião dos corretores, que sinalizaram que, na maioria das vezes, o palestrante não conhece bem o segmento. “Já existem pro-fissionais do setor imobiliário com bom entendimento e conhecimento do mercado. São estas pessoas que as imo-

biliárias devem convidar para dar treinamentos”, opina.

Outra dualidade é que, apesar da consciência, Adria-na constatou que o empenho para se qualificar ainda é pe-queno. Há cursos voltados para o corretor de imóveis que são fechados por falta de procura. A pesquisadora participou de vários eventos voltados para o corretor de imóveis (alguns do Creci-go) e deu nota ver-melha quando notou a baixa freqüência da categoria, mes-mo em seminários oferecidos gratuitamente. “Infelizmente, muitos ainda acham que so-mente fazer o curso de TTI é o suficiente”, lamenta.

CoMo TuDoCoMEÇou

Desde menina, Adria-na convive com esta história de comprar e vender imó-veis, observando o trabalho do pai, corretor de imóveis. Junto com o irmão, já foram a cartórios, já visitaram imó-

veis, já acompanharam o pai na prefeitura. E não é que co-meçou a gostar disso?

“No final do Ensino Médio, despertei para o ramo. Decidi que seria corretora de imóveis, entretanto, queria pesquisar a fundo o segmen-to”. Por isto, escolheu o curso de Administração de Empresas para aprender as técnicas ad-ministrativas com o foco no setor imobiliário. E, agora, para completar a história, está pres-tes a se casar – adivinhem! – com um corretor de imóveis.

“Minha meta é mon-tar uma imobiliária”, diz, re-soluta, aos 22 anos. durante a graduação, a cada trabalho, ela sempre direcionava seus estudos para a área. A esco-lha de tema para o Trabalho de Conclusão de Curso não poderia ser diferente: “Sen-ti uma grande carência de materiais acadêmicos volta-dos para o segmento. Então, resolvi me preparar para o setor e ao mesmo tempo deixar uma contribuição”, diz.

Para quem deseja alcan-çar o sucesso no setor imobi-liário, tanto quanto ela almeja, Adriana deixa, além do artigo científico, uma dica. “ouvi de um palestrante que o sucesso acontece quando a preparação encontra a oportunidade”, diz. leia o artigo científico de Adria-na no Portal Creci-GO www.crecigo.org.br

Adriana entre o pai, Ozorino Bento, e o noivo Ephraim Ferreira

Thaysa Mazzarelo

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Creci no Interior chega a São luís de Montes Belos e ItaberaíCorretores de imóveis da região Central do Estado tiveram a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos sobre o mercado imobiliário

Nielton Soares e Thaysa Mazzarelo

Depois de percorrer as microregiões do vale do São Patrício e Catalão, o programa Creci no Interior 2010 esteve nos municípios que compõem o centro goiano para realiza-ção de Simpósio Imobiliário.

O primeiro evento foi realizado nos dias 23 e 24 de abril na cidade de São Luis de montes Belos: o Simpósio Imobiliário das microregiões de Anicuns e Iporá. O even-to reuniu os corretores de imóveis dos 23 municípios da região, além dos delegados das cidades e autoridades locais.

Sandoval da Matta, pre-feito de São Luis de Montes Be-los, prestigiou o evento e ressal-tou a importância de iniciativas como esta: “Com qualificação, as transações imobiliárias te-rão maior notoriedade e irá aumentar ainda mais o nível de negócios no município”. Além do prefeito, estiveram presen-tes no Simpósio, o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo, o presidente do Sindimóveis, Antônio rosa de mesquita e o representante do presidente da Câmara de São Luís, que não pôde comparecer ao evento.

Dentre as palestras contidas na programação do Simpósio, as temáticas “O de-senvolvimento econômico de São Luís de Montes Belos e região”, “A nova lei do Inqui-linato” e “A função social da terra”, esta última abordada

pelo promotor de justiça da 8ª Promotoria de goiânia, Maurício José Nardini, foram abordadas pelos palestrantes.

Por ser uma cidade pólo e ter grande influência sobre os demais municípios vizinhos, São Luís foi a cidade escolhida para sediar o even-to. A facilidade de acesso e o mercado imobiliário em fran-ca expansão também foram os fatores que influenciaram na decisão pela cidade.

Já em julho, o progra-ma de capacitação itinerante do Creci de Goiás, esteve em Itaberaí para a realização do Simpósio Imobiliário da Micror-região de Anápolis. Para o presi-dente do Creci de Goiás, Oscar Hugo, o momento não poderia ser mais propício para a realiza-ção do Simpósio. “O mercado imobiliário do interior do Es-tado tem se expandido muito rapidamente, principalmente no segmento de imóveis residen-ciais. É preciso preparar estes profissionais para atenderem a demanda do setor”, salienta.

De acordo com o co-ordenador de fiscalização do

Creci de Goiás, Marcos Au-rélio, o evento aconteceu em Itaberaí, pela estrutura que a cidade possui para receber tu-ristas. O município está locali-zado no centro goiano e sua principal atividade econômica é o cultivo da uva. Para se ter uma ideia, no ano passado, se-gundo dados do IBGE (Insti-tuto Brasileiro de geografia e Estatística), foram produzidas 104 toneladas da fruta.

Na oportunidade da realização do Simpósio Imo-biliário, a cidade estava come-morando a ascensão da pro-dução da uva, com uma festa. “Os participantes do Simpó-sio também puderam conhe-cer a Festa da uva da cidade”, comenta Marcos Aurélio.

A produção agrícola é o que movimenta o mercado imobiliário de Itaberaí, geran-do a expansão de loteamen-tos e o aumento no número de corretores de imóveis. “Antes, eram oito corretores de imóveis, hoje o número saltou para 21”, destaca o de-legado do Creci no município, Divino Matias Pereira.

MaIS SoBrE o CrECI No INTErIor 2010

Iniciado em fevereiro, o Programa Creci no Interior 2010, tem como objetivo levar o conhecimento aos corretores de imóveis que atuam nos municípios do interior de Goiás. Segundo o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo, inicia-tivas como esta permitem que o nível profissional em todo o Estado se torne ho-mogêneo. “Melhorar a ca-tegoria significa melhorar o mercado, as relações entre os profissionais e consumi-dores”, justifica.

Os simpósios ainda propiciam o encontro entre o Conselho e os delegados dos municípios em que são realizados os eventos. “Sempre aproveitamos a realização dos Simpósios para proporcionar estes Encontros de Delegados. É uma forma de aproveitar a reunião dos profissionais da região e incentivar a participação dos delega-dos nos eventos promo-vidos pelo Creci”, relata o coordenador de fiscaliza-ção, Marcos Aurélio.

As próximas paradas do Programa Creci no Interior serão em Caldas Novas, nos dias 17 e 18 de setembro, e em Rio Verde, nos dias 19 e 20 de novembro.

Auditório cheio em simpósio realizado em Itaberaí

Nielton Soares

Auditório cheio em simpósio realizado em Itaberaí

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Seminário profissão: Corretor de Imóveismuito mais do que sua carteira profissional, os novos corretores de imóveis que participaram do Seminário realizado em maio, levaram para casa o conhecimento

Thaysa Mazzarelo

Financiamentos, con-tratos imobiliários e alternati-vas na resolução de conflitos do setor foram as temáticas abordadas pelo Seminário Profissão: Corretor de Imó-veis, realizado nos dias 11 e 12 de maio, no Teatro João Al-ves de Queiroz. O Seminário veio complementar a soleni-dade de entrega de carteiras ocorrida no primeiro dia da programação. A iniciativa do Creci de Goiás reuniu corre-tores de imóveis e os novos profissionais que receberam suas credenciais.

“o objetivo do Seminá-rio é oferecer atualização aos que já são corretores de imó-veis e permitir que os novos profissionais saiam daqui prepa-rados para o mercado: com sua carteira profissional e com o conhecimento necessário”, co-mentou o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo.

Logo no início da noite os corretores de imóveis pude-ram apreciar a boa música do violinista rudi Berger e banda. Acompanhado pelos acordes da guitarra e do teclado, o vio-linista austríaco tocou sucessos do Jazz nacional e MPB.

Após a atração musi-cal, foi a vez do coordenador regional de negócios imobili-ários do Banco Santander no distrito Federal, raul Costa, subir ao placo para falar sobre os financiamentos imobiliá-rios. raul Costa apresentou as opções de crédito imobiliário de sua instituição bancária e comentou sobre as facilidades

e os entraves do processo de financiamento do imóvel. o coordenador regional tam-bém descreveu as etapas do processo realizado no banco: “Logo após a análise do cré-dito e a avaliação do imóvel, o contrato de financiamento já pode ser assinado”. o mo-mento ainda foi propício para tirar as dúvidas dos profissio-nais que contaram suas expe-riências com a venda e com-pra de imóveis financiados.

O segundo dia do Seminário foi aberto pelo diretor da Oitava Corte de Goiânia, Manoel Dias, que apresentou aos corretores de imóveis uma alternativa na re-solução de conflitos do setor imobiliário: a 8ª CCA. “é uma instituição especializada em solucionar controvérsias de-correntes da interpretação ou execução de obrigações esta-belecidas em contratos imobi-liários”, expôs manoel dias.

o diretor da 8ª CCA ainda explicou como funcio-nam a mediação, a conciliação

e arbitragem, e como proce-der para eleger a corte como a instância jurídica de um con-trato. “No contrato imobiliá-rio a ser firmado é necessário colocar a cláusula compro-missória, que garante que os possíveis conflitos sejam re-solvidos na 8ª CCA”, finalizou.

Já o assessor jurídico do Creci de Goiás, Eduardo Felipe, ministrou palestra sobre o que deve ser observado em contratos de compra e venda de imóveis, de locação e de opção de venda. “o objetivo é passar dicas práticas aos corre-tores de imóveis do que deve constar nos contratos para dar uma maior segurança nos ne-gócios imobiliários”, comenta Eduardo Felipe.

Para facilitar a com-preensão dos profissionais em relação ao que está sendo ex-posto, o assessor jurídico uti-liza em sua palestra de exem-plos práticos de negócios na área imobiliária. Ele ressalta a importância de se atentar à algumas cláusulas dos contra-

tos, como a compromissória, a rescissória e a de multa: “São elas que garantem o cumpri-mento do contrato”.

ENTrEGa DE CarTEIraS

Além das palestras do Seminário, o evento contou com a cerimônia de entrega de carteiras aos novos profissio-nais. Com o auditório cheio, os novos corretores de imóveis puderam receber suas cre-dencias e escutar atentamente as palavras do presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo, e das autoridades presentes na solenidade. Compunham a mesa diretiva: o presidente Oscar Hugo, o presidente do Sindimóveis, Antônio Mes-quita, o diretor regional do Santander, raul Costa, o vice-presidente do Sinduscon de goiás, Eduardo Bilemjian Filho, e o ex-secretário municipal de planejamento, o mestre em de-senvolvimento territorial, Jeo-vá Alcântara.

O padrinho da turma, o diretor da TV Serra Dourada, Cirillo Marcos Alves, que não pôde comparecer ao evento, foi representado pela jornalista Juliane Souto. Após o juramen-to da profissão e as palavras do orador da turma, Juliane congratulou os corretores de imóveis por seguirem a carrei-ra no setor imobiliário . Bem informada, a jornalista mencio-nou alguns números referentes a entrega: “hoje estão sendo credenciados mais de 250 novos profissionais, o que de-monstra que a profissão está em pleno crescimento”.O seminário contou com a apresentação do violinista Herdi Berger

Fernando Pereira

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Buscando conhecimentoUniversitários do curso de Negócios Imobiliários vão a Brasília para estudar os preços de mercado da capital federal

Fernando Pereira

Os alunos do cur-so Negócios Imobiliários da Universidade Salgado de oliveira (universo) tiveram a oportunidade de conhecer outro mercado após realiza-rem visita técnica a Brasília em maio,15. A visita foi or-ganizada pelos formandos e contou com a coordenação dos professores das discipli-nas de Avaliação de Imóveis III e organização e Execução de Eventos Imobiliários.

o objetivo do passeio foi perceber as diferenças existentes em cada local e permitir que os alunos pu-dessem vivenciar e aplicar em outro mercado os conheci-mentos adquiridos em sala de aula. Brasília foi escolhida porque é um mercado que, apesar de as construções não terem a mesma qualidade que as de Goiás, têm um valor agregado muito maior. “Que os alunos consigam perce-ber o quanto o local e a re-gião influenciam no valor das construções, muito mais que a qualidade em determinados locais”, explica o professor de Avaliação de Imóveis, Al-berto Lima.

De acordo com o pro-fessor, essa viagem a Brasília foi apenas uma primeira eta-pa. Isso porque existem visitas programadas para outras ci-dades no decorrer do curso. “Cada uma tem característi-cas singulares. Por exemplo, Caldas Novas é uma cidade turística com águas termais; Goiás, tem apelo turístico

por causa dos prédios históri-cos; e Brasília, uma cidade com mercado imobiliário comple-tamente diferente”, explica. Segundo ele, no próximo se-mestre, a proposta é visitar um município que melhor repre-sente o interior de Goiás.

O professor Alberto lima explica que a propos-ta do trabalho acadêmico foi preparar o profissional para que ele faça avaliação imobiliá-ria com mais autonomia e se-gurança. Muitas vezes, ressalta o professor, o corretor de imóveis fica refém de informa-ções vindas de pessoas desco-nhecidas. “Nossa proposta é que o aluno conheça o merca-do como um todo e entenda as variáveis que influenciam em toda a valorização do imó-vel, independente se somos daquele lugar ou não. Ao per-ceber as diferenças do merca-do, as particularidades de cada cidade, não é preciso estar no local para saber o valor espe-cífico”, explica.

O aluno Moisés Vala-dão, do 4º período, sabe bem a importância disso. “Se não te-

nho esse conhecimento, posso colocar em jogo minha vida profissional. Posso valorizar de mais o imóvel e não concluir a venda, ou valorizar de menos e perder dinheiro”, comenta.

A percepção dos alu-nos após a visita foi muito boa. regina Prata, também aluna do 4º período do curso, acredita que a visita foi óti-ma. Segundo ela, se ouve falar muito sobre o mercado imo-biliário de Brasília, mas não tinham nenhuma informação concreta para fazer um para-lelo com o mercado imobiliá-rio de Goiânia.

Moisés notou que os imóveis são bem mais valori-zados em Brasília se compa-rados a Goiânia. Segundo ele, já era algo esperado, mas não sabia que era tanto. A avalia-ção foi feita apenas da parte externa, pois não tiveram acesso ao empreendimento. De qualquer forma, foi pos-sível notar essa diferença. “Observamos como estava a estrutura física e o estado de conservação do imóvel para dar um valor”, afirma.

a importância da organização e execução de eventos imobiliários

A organização da ida do grupo a Brasília fi-cou a cargo dos próprios alunos, cuja tarefa fez parte das atividades da disciplina de Organização e Execução de Eventos Imobiliários. O curso de Negócios Imobiliários da Universo é um dos poucos do Brasil que possui esta disciplina na grade.

Segundo a pro-fessora Graça Torres, ela se tornou importante por causa da demanda que surgiu em Goiânia após a grande quantidade de lan-çamentos que vêm sendo feitos. “São muitos eventos realizados para divulgar esses empreendimentos como ferramenta de ma-rketing. Nós sentimos que os gestores imobiliários não estavam preparados nesse sentido. Muitos con-tratavam cerimoniais e às vezes se perdiam nas in-formações criando coisas megalomaníacas e desne-cessárias”, comenta.

Para a viagem a Brasília, que envolveu 54 pessoas, ficou sob respon-sabilidade dos alunos a organização do café da ma-nhã, conseguir patrocínio para cobrir os custos, provi-denciar squeezes, convites, canetas e outros objetos necessários à viagem. To-dos os recursos para a visi-ta foram obtidos através do patrocínio do Creci-GO e do Sindimóveis.

Alunos da Universo conhecem o mercado imobiliário de Brasília

Fernando Pereira

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DIa Do CorrETor DE IMÓVEIS

um dia para comemorarHomenagens à categoria e festividades marcarão o Dia Nacional dos Corretores de Imóveis

Nielton Santos

No dia 27 de agosto de 1962, há 48 anos, a profis-são de corretor de imóveis foi regulamentada. A data tornou-se um marco para a categoria e foi oficializada como o dia Nacional dos Corretores de Imóveis. Segundo o presiden-te do Creci de Goiás, Oscar Hugo, a partir da regulamenta-ção, a sociedade pôde contar com profissionais mais prepa-rados. “O mercado passou a exigir profissionais qualifica-dos e comprometidos com o trabalho de realizar o sonho dos seus clientes: o da casa própria ”, analisa.

Neste ano, as come-morações do dia do Corretor de Imóveis começam cedo. logo pela manhã, no dia 27, às 7h30m, ocorre a primeira ho-menagem à categoria. Como de costume, o vereador Ansel-mo Pereira recebe os profis-sionais do mercado imobiliário para tomar o café da manhã na Câmara Municipal de Goiânia. Na ocasião, os presentes as-sistem a apresentação musical, estiagem de bandeira e pres-tam homenagens aos profis-sionais que contribuíram com a valorização da categoria.

A sessão solene co-memorativa, realizada ao ar livre na Câmara, faz parte do calendário cívico-cultu-ral da Casa de Leis, por de-creto lei promulgado em 27 de dezembro de 2001. o au-

tor do decreto, o vereador Anselmo Pereira, revela a importância da iniciativa: “A data é um reconhecimento ao segmento de profissio-nais qualificados que enalte-ce a nossa cidade”.

Para os apaixonados por futebol, neste mesmo dia, a partir das 19h, no clube An-tônio Ferreira Pacheco, ocor-re a final do XII Campeonato de Futebol Society. A com-

petição conta com dezesseis equipes inscritas, formadas por imobiliárias e corretores de imóveis. A equipe campeã receberá o troféu Corretor de Imóveis Euclides Marcante. O presidente do Sindimóveis, Antônio Mesquita, equipara o evento a uma copa do mun-do, limitado aos profissionais do mercado imobiliário. “O torteio será um espetáculo”, diz Antônio Mesquita.

Para finalizar com chave de ouro as comemo-rações do dia do Corretor de Imóveis, os profissionais e familiares poderão se diver-tir com a banda Marcantes, na tradicional Festa do Cor-retor de Imóveis que acon-tecerá no dia 28, no Clube Ferreira Pacheco. Este ano, além do jantar coquetel, ha-verá sorteio de brindes aos presentes.

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PErFIl

Corretor de imóveis:quem é este profissional?Somente na última década, mais de 60 mil ingressaram no mercado imobiliário em o todo o Brasil. Nos último doze meses, foram mais de 20 mil. mas afinal, quem é este profissional responsável pela realização do sonho da casa própria de tanta gente? qual o seu perfil?

Thaysa Mazzarelo e raquel Pinho

O presidente do Cre-ci de Goiás, Oscar Hugo, se aventura a definir quem é hoje o profissional que lida com o mercado imobiliário: “O corretor de imóveis não é mais um mero aproximador das partes. É um consultor, aquele que consegue articu-lar dados econômicos, urba-nísticos e de comportamento social para identificar qual é o melhor negócio para seu cliente, seja para moradia ou investimento”.

O melhor nível de ins-trução dos profissionais está entre os motivos que permi-tiram este upgrade na car-reira imobiliária. De acordo com dados do Censo lança-do em 2005, pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e do levan-tamento realizado pela ins-tituição junto aos Crecis de todo o país no último ano, mais da metade dos profis-sionais tem formação de ní-vel superior, principalmente nas áreas de Humanas, como Direito e Administração; e de Exatas, como Engenha-ria e Contabilidade. E mais, alguns profissionais, cerca de 6% possuem até mesmo

pós-graduação, mestrado ou doutorado.

Além da formação superior em outros cursos, os profissionais têm apre-sentado números elevados quanto à formação acadêmi-ca na área imobiliária. Dados do censo demonstram que 50,97% têm curso Técnico em Transações Imobiliárias e que mais de seis mil correto-res de imóveis são formados em Ciências Imobiliárias.

Para João Teodoro, presidente do Cofeci, estes panorama é reflexo do inten-so trabalho de capacitação promovido pelo Sistema Co-feci-Creci :“o Sistema é vol-tado para esse objetivo, e luta para o aprimoramento dos corretores. É dedicado muito empenho e nós esperamos que esse número permaneça crescente, para que existam mais profissionais com nível superior”.

Segundo o presidente do Cofeci, as instituições de ensino vêm desempenhando de forma adequada seu papel na preparação do profissional. “As universidades também es-tão correspondendo e acre-dito, com isso, que os núme-ros aumentem nos próximos anos”, prevê João Teodoro.

Diretamente relaciona-

da aos conhecimentos técnicos e à prática do profissional, a re-muneração da profissão ainda é o grande chamariz de pessoas para a atividade. O levantamen-to apresentou que um quarto dos corretores de imóveis atuantes tem o rendimento mensal de r$ 3.000 podendo a chegar, em alguns casos, a uma renda mensal superior a

r$ 10.000. A possibilidade de altos ganhos vem modificando o perfil dos profissionais do mercado imobiliário.

Há certo tempo, era comum encontrar no mer-cado pessoas de outras pro-

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Mulheres representam 20,24% dos profissionais. Na foto, Meiryelly Paiva

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fissões que abandonavam suas antigas atuações para se tornar corretores de imóveis. Casos como o do corretor de imóveis, Andremar Chaves do Vale, que há três anos dei-xou a carreira de veterinário para trabalhar com imóveis. “Com o crescimento da in-dústria da construção e do mercado imobiliário, achei o momento interessante para a mudança de profissão”, co-menta ele.

A escolha da ativida-de na área imobiliária pelo

ex-veterinário tem motivo: Andremar percebeu a renta-bilidade da profissão ao ob-servar o retorno financeiro que sua esposa, também cor-retora de imóveis, obtinha ao final do mês. “A possibilidade de altos ganhos é o principal fator atrativo desta área de atuação”, analisa. Trabalhando como autônomo, o corretor de imóveis diz não ter o me-

nor interesse de voltar para a antiga profissão: “principal-mente agora que estamos vivenciando o maior cresci-mento do setor”.

Cada vez mais, relatos como o de Andremar, têm sido substituídos pelo o de pessoas que consideram a profissão de corretor de imóveis como a primeira opção de carreira. A atratividade econômica da ati-vidade vem reduzido sensivel-mente a faixa etária dos pro-fissionais da área, hoje entre os 44 e 55 anos.

O corretor de imó-veis Gustavo Henrique Silva Carvalho é um destes jovens profissionais que entraram cedo na profissão. Ainda com 20 anos, gustavo henrique tirou sua carteira profissional para trabalhar no mercado imobiliário de goianésia. hoje com 22 anos, ele revela que o exemplo do pai – o corretor de imóveis, João Alves de Car-valho - foi o motivo para tra-balhar no ramo e que mesmo terminando o curso de Edu-cação Física pretende continu-ar atuando como corretor de imóveis. “Pretendo trabalhar até me aposentar na profis-são”, espera.

Gustavo Henrique atribui o seu interesse pela profissão à prosperidade do setor imobiliário. “É um mer-cado que nunca vai acabar. O pessoal vai estar sempre vendendo e comprando imó-veis”, comenta. O corretor de imóveis conta que fez o curso técnico para trabalhar na área, mas que em seus pla-nos está o curso de gradua-ção: “Ainda vou fazer o curso de Ciências Imobiliárias”.

As mulheres também têm sido atraídas pela pro-fissão. os dados do Cofeci mostram que 20,24% dos profissionais do mercado são do sexo feminino, um

número que vem crescen-do nestes últimos dez anos, uma expansão de 144%. Esta maior participação feminina no mercado, para o presiden-te do Creci de goiás, reflete os novos papéis que a mulher vem desempenhando na atu-alidade. “Em muitas famílias, a mulher passou a ser a única ou a maior fonte de renda”, analisa Oscar Hugo.

Profissionais como a corretora de imóveis meirielly Paiva que além do papel de mãe de três filhos, desempe-nha a função de provedora da casa: “Se eu não correr atrás, não tem pague as contas por mim”. Empreendedora, Mei-rielly abriu um escritório imo-biliário em Trindade após tra-balhar em algumas imobiliárias da capital. “Sou também cor-respondente bancária, realizo todas as partes do processo de venda” diz a corretora de imóveis, atenta às oportunida-des do mercado.

meirielly Paiva faz par-te da pequena parcela de pro-fissionais que possuem seu próprio escritório; segundo informações do Cofeci, ape-nas um terço dos corretores de imóveis. Outro terço é dos profissionais que pres-tam serviços para imobiliá-rias e o restante, atuam como autônomos. A pesquisa ainda aponta que 70% dos correto-res de imóveis têm casa pró-pria e que 78,73% possuem automóvel.

o CrESCIMENTo Da ProFISSÃo EM NÚMEroS

O levantamento do Cofeci ainda apresentou o ranking nacional dos estados com maior crescimento no número de corretores de imóveis no ano de 2009. de acordo com os dados, em ter-mos percentuais, o primeiro

lugar ficou para Sergipe, com 29,1% de crescimento. os se-gundo e terceiro lugar foram para maranhão, com 22,4% e distrito Federal, 21,7%. Já os que apresentaram em núme-ros absolutos o maior núme-ro de profissionais foram: São Paulo (com 7.190 corretores de imóveis), rio de Janeiro (com 2.457), rio grande do Sul (com 1.576), distrito Fe-deral (com 1.401) e minas gerais (com 1.131).

mesmo sem figurar o topo do ranking, Goiás tam-bém apresenta números con-sideráveis quanto à inserção de novos profissionais. “Nos últimos 12 meses, 1.239 cor-retores de imóveis recebe-ram suas identidades profis-sionais, um número 11,42% superior ao do ano anterior”, revela o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo.

Apesar da grande pro-cura pela profissão, o mer-cado ainda oferece vagas de sobra devido à alta demanda do mercado que está repleto de lançamentos e precisa de profissionais de vendas. Imobi-liárias e corretores de imóveis autônomos em busca de par-cerias existem em profusão.

Para o presidente do Cofeci, no mercado imobili-ário sempre existiram mais vagas que profissionais, e a tendência é que este panora-ma continue assim ao longo dos anos. “A minha expectati-va, que acredito ser unânime dentro das lideranças do se-tor, é que essa situação favo-rável ao mercado permaneça por pelo menos 10 ou 15 anos. Independentemente do governo em que estivermos, acredito que o crescimen-to seja maior ao longo dos anos, trazendo, dessa manei-ra, novos profissionais para o mercado imobiliário”, conclui João Teodoro.

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Com toda pompa e circunstânciaCorretores de imóveis receberam suas carteiras profissionais em grande estilo, em solenidade de entrega de carteiras reformulada

No dia 05 de julho, o Creci de Goiás deu mais um passo rumo à valorização do corretor de imóveis. Com o objetivo de atender as ex-pectativas e aos pedidos da categoria, a solenidade de entrega de carteiras foi refor-mulada. Um novo modelo de cerimônia de credenciamen-to foi adotado, com direito a atração cultural e a presença de convidados – amigos ou familiares.

A mudança veio em resposta a um levantamen-to feito pelo Conselho com

Na profissão de cor-retor de imóveis é freqüente que pessoas com outras for-mações deixem suas ativida-des de origem para se dedicar à corretagem em busca de novas oportunidades. Dian-te disso, foi colocada à self coache e advanced trainer Christiani Dias, as questões: o profissional é ou está corretor de imóveis? A profissão de corretor de imóveis pode ser encarada como carreira e ser levada para o resto da vida?

De acordo com Chris-tiani, as pessoas entram na profissão para aproveitar as oportunidades. Muitas estão desempregadas ou passam por dificuldades financeiras e aproveitam de suas habilida-des com vendas para atuar como corretor de imóveis. “Elas pensam: sou vendedor, posso vender qualquer coi-

Você é ou está corretor de imóveis?sa”, comenta a self coach. Para ela, grande parte dos que ingres-sam na profissão tem interesse de permanecer na área somente enquanto a maré está boa, mas com o tempo acabam ficando. “O profissional começa a ganhar dinheiro, o tempo vai passando, e só muito tempo depois ele se percebe como corretor de imó-veis”, acredita Christiani.

Porém, nem sempre a história acaba assim. Segundo a self coach, apenas 80% dos que se tornam corretores de imó-veis com a mentalidade de ficar na carreira enquanto ela estiver dando lucros, obtêm sucesso e passam a adotar a carreira. Os outros 20% logo estão disponí-veis novamente no mercado de trabalho. Christiani relaciona o fracasso na profissão com a fal-ta de dedicação e de tino para o negócio imobiliário: “A pessoa não tem o perfil de corretor de

imóveis. Não dá conta de ficar na profissão”.

Denise Toccafondo, 50 anos, corretora de imóveis há sete anos, é um exemplo de que é possível seguir carreira no mer-cado de imóveis. Se depender de Denise, ela não irá mudar tão cedo de profissão. Vender foi algo que sempre gostou de fazer, des-de roupas até automóveis. “Entrei na profissão por causa do retorno financeiro e pelo dinamismo que ela oferece. Além disso, sempre fui muito curiosa. Gosto de entrar nas casas para conhecê-las. Ser corretora me dá, de certa forma, essa autorização”, comenta.

Para quem chegou para ficar na profissão Christiani Dias dá dicas valiosas. Segundo a self coach, o planejamento é essen-cial para quem busca o sucesso na área imobiliária, em que as co-missões não têm data certa para aparecer. “O planejamento tanto

do trabalho quanto do finan-ceiro, sem este último não se consegue alcançar a estabili-dade”, ressalta Christiani. Ou-tra dica é traçar metas e ob-jetivos: “se você souber onde quer chegar, consegue visu-alizar o caminho a seguir”. E como última, mas não menos importante fica o conselho: “Estude constantemente, se aperfeiçoe sempre. É funda-mental buscar o conhecimen-to. Participe de seminários e cursos independentemente do tema, através deles você também pode aumentar o seu círculo social”.

Christiani e Kattynay Dias são responsáveis pelo seminário “Você é ou está corretor de imóveis?”, que foi realizado no dia 16 no au-ditório do Creci de Goiás. A próxima edição do curso está agendada para 18 de agosto.

os profissionais do mercado imobiliário goiano. Segundo informações obtidas na pes-quisa informal, os corretores de imóveis consideram o in-gresso à profissão como uma conquista que deve ser come-morada de forma especial.

“A intenção é ofere-cer aos novos corretores de imóveis um evento único, à altura de suas expectativas”, comenta o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo. Ele acrescenta que o novo conceito da solenidade tam-bém repercutirá na socieda-

de, transmitindo maior credi-bilidade à categoria.

Para a corretora de imóveis Samara Carneiro Acciardo, que participou do cerimonial da solenidade proferindo uma homenagem a Deus, o melhor do evento foi a palestra do deputado fe-deral ronaldo Caiado sobre agronegócio. “Gostei muito. Ele é muito bom pra falar”, comentou Samara.

A inclusão de pales-tras sobre temáticas imobiliá-rias na solenidade de entrega de carteiras é uma das novi-

dades advindas da reformu-lação. o objetivo é oferecer aos profissionais os conheci-mentos que permitirão uma melhor atuação. “É enrique-cedor para o novo corretor de imóveis entrar em contato com a experiência de profis-sionais com anos de merca-do. Ele pode entender mais a prática do mercado, bem como obter dicas importan-tes”, salienta Oscar Hugo.

Após as palavras de ronaldo Caiado e do jura-mento da profissão, o cor-retor de imóveis Luiz Carlos

Reportagem: Fernando Pereira

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Freitas, orador da turma, falou aos presentes sobre os desafios e as tare-fas do ofício. “Nossas informações são referência para quem busca a seguran-ça financeira no mercado imobiliário”, pontuou. Luiz Carlos mencionou ain-da os fatores que levam tantos pro-fissionais de outras áreas a seguirem como ele – ex professor de matemá-tica - a carreira imobiliária: “vivemos uma explosão imobiliária, um tempo de fartura de crédito imobiliário. So-mos necessários e imprescindíveis”.

Apesar das bonitas palavras do orador, o que levou a platéia do evento a ficar com os olhos enchar-cados de emoção foi a homenagem da corretora de imóveis Ana lúcia zaidel aos familiares. visivelmente emocionada, Ana lúcia subiu ao palco para enfrentar o que ela considerou como um desafio: falar para mais de 370 pessoas. “Nunca gostei de falar em público. Nunca falei na frente de tantas pessoas”, relata.

O motivo de tanto nervosismo estava na platéia; as presenças da mãe e do filho da corretora de imóveis. “Eles são essenciais em minha vida”, comenta Ana lúcia. Talvez tenha sido a gratidão da profissional aos familiares e a emoção de ter se tornado corre-tora de imóveis que contagiaram os presentes. “Esta foi mais uma conquis-ta na minha vida, das muitas que ainda virão”, finaliza Ana lúcia.

Os corretores de imóveis que receberam suas credenciais na noite do dia 05 podem se considerar com sorte. Iniciaram suas carreiras com o pé direito, sob a tutela de gente de peso, como o padrinho da turma e presidente do Cofeci, João Teodo-ro. Juntamente com a diretoria do Cofeci; do presidente da Câmara municipal, Francisco vale Júnior; do vereador Anselmo Pereira e do pre-sidente do Sindimóveis, Antônio rosa de Mesquita; o presidente do Cofeci compôs a mesa diretiva do evento. O ponto alto da noite ficou por conta da homenagem prestada pelos presi-dentes das entidades goianas ao pre-sidente João Teodoro, que recebeu um troféu pelo seu empenho em prol da valorização da categoria.

Confira alguns cliques do evento:

Os corretores de inóveis proferiram o juramento da profissão

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Com mais de 250 novos profissionais, o auditório ficou repleto

A banda musical deu a tônica de solenidade ao evento O profissional cumprimenta a mesa diretora

Emocionada, Ana Lúcia, recebe os cumprimentos de Anselmo Pereira

O presidente do Cofeci, João Teodoro, recebe o troféu

Em nome de todos os profissionais, o corretor recebe saudações

João Teodoro foi o padrinho da turma

Os corretores de imóveis exibem suas carteiras profissionais. Agora, inseridos no mercado imobiliário

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Estimule o crédito imobiliário saudávelO processo de aprovação não é ágil, mas vale muito a pena para o cliente, desde que ele seja bem orientado e assessorado. Este é o papel do corretor de imóveis

Fernando Pereira e raquel Pinho

Pega documentos com o cliente. Leva para análise no banco. Espera um parecer. O gerente do banco pede mais documento. O corretor de imóveis vai atrás. Entre liga-ções, deslocamento, trânsito e a espera para o cliente en-tregar a nova remessa de do-cumentos, passam-se dias. E mais dias passam para que o banco dê uma nova resposta. Mais documentos. Mais tem-po. haja paciência. Será que o cliente ainda vai querer com-prar o imóvel?

O Banco Santander real impõe algumas regras para financiamentos imobili-ários. De acordo com coor-denador regional de negócios imobiliários do Banco San-tander no distrito Federal, raul Costa, o banco necessita de 25 a 30 dias para fazer o processamento das informa-ções – as etapas de análise de crédito, avaliação do imóvel e emissão do contrato – sendo que a liberação do financia-mento sai somente após 60 dias. Isto se o cliente entregar toda a documentação dentro do prazo exigido, de cinco dias, pois segundo o coorde-nador regional, caso o cliente exceda este prazo, o processo de financiamento se estende-rá de forma proporcional ao atraso. “Se o cliente atrasa com algum documento, atrasa a fila”, comenta raul Costa.

Assim é um processo de financiamento, que está se tornando a maneira mais fácil para adquirir um imóvel hoje no Brasil. Epa... Fácil? Sim. é que apesar do processo de aprovação ser burocrático, os financiamentos imobiliários são a alternativa mais viável para o cliente que não pos-sui o capital necessário para a compra à vista. Escolher em qual banco fechar o negócio é uma tarefa nada simples já que é uma dívida a ser paga em longo prazo.

Por causa da comple-xidade do processo, muitos corretores de imóveis ainda têm uma certa resistência em lidar com financiamentos. Com quase 20 anos na car-reira imobiliária, Walter São Felipe assume que prefere não lidar com financiamentos: “Quando a pessoa fala que é

financiamento faço até corpo mole”. A demora no desenro-lar dos processos é a justifica-tiva para a postura negativa do corretor de imóveis em rela-ção a financiamentos. Walter cita o caso de dois clientes, de instituições bancárias di-ferentes, que estão na espera pela a liberação de crédito há mais de quatro meses. “A de-mora é tanta que as certidões de um dos processos já estão vencidas. Terei que tira-las no-vamente”, relata.

A mesma percepção tem raul Costa, que minis-trou palestra sobre financia-mentos imobiliários aos cor-retores de imóveis durante seminário Profissão: Corre-tor de Imóveis, realizado em maio. raul concorda que seja um processo bastante com-plexo, mas acredita que pode ser amenizado, especialmen-

te se o corretor de imóveis tiver habilidade emocional para ajudar o cliente a ter pa-ciência e lidar com a situação.

“Corretor de imó-veis tem que ser consultor e psicólogo ao mesmo tempo. Quando o cliente o procura, ele busca segurança. Afinal, ele só opta pelo financiamen-to porque precisa”, explicou.

Para o economista Éber Vaz, a burocracia natural é esperada. “Todo financia-mento já é burocrático por natureza. Aliás, nem pode ser simples, pois se trata de uma operação de longo prazo que envolve recursos públicos do governo federal. Nesse tipo de operação, todas as institui-ções são auditadas pelo Tribu-nal de Contas”, explica.

Por isto, ele acentua que o corretor de imóveis deve se concentrar em ou-tros aspectos do financia-mento. Em primeiro lugar, o corretor de imóveis deve verificar se o cliente possui renda suficiente e todas as condições cadastrais para fa-zer aquele negócio. Do con-trário, muito tempo pode ser dedicado para nada.

Além disso, é impor-tante fazer contas com o cliente e checar se o valor a ser financiado cabe no orça-mento dele, mesmo correndo o risco de perder a venda. “É uma dívida de longo prazo e é importante ter cuidado para não ter problemas adiante”, recomenda Éber.

Eber Vaz, economista, aponta as possibilidades de crédito imobiliário oferecidas pelas instituições financeiras

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O corretor de imó-veis, Walter São Felipe, acre-dita que jogar limpo com o cliente é o caminho para uma relação benéfica para ambos e acima de tudo duradoura. “Pergunto sempre ao cliente: você pode comprar tudo o que está me dizendo?”, conta. Para Walter, ter uma posição firme na hora de orientar o cliente a não realizar a com-pra do imóvel quando as parcelas do financiamento comprometam outras áreas de sua vida, é imprescindível para gerar a confiança entre as partes. “Não é por menos que o cliente procura um corretor de imóveis amigo, ou amigo de alguém que ele conhece”, analisa.

DETalhES IMPorTaNTES

Éber dá ainda outras dicas. Quem compra e quem vende deve procurar saber qual instituição oferece o me-lhor tipo de financiamento de acordo com a necessidade de cada cliente. Tendo isso em vista, alguns detalhes devem ser observados. O primeiro deles é o Custo Efetivo Total (CET), também conhecido por Taxa Anual Efetiva glo-bal de Encargos (TAEg). Ele representa a soma de todos os custos que o cliente vai ter até o final da dívida. Estão incluídas as taxas de juros, se-guros, tarifas, tributos (IoF), serviços adicionais, entre ou-tros. Como essas despesas variam de acordo com o ban-co, o cliente tem possibilidade de checar antes onde é mais vantajoso contratar o finan-ciamento. Isso, se ele for levar em conta apenas os custos. “É uma variável muito importan-te para a decisão do compra-dor e também para a infor-mação do próprio vendedor. Ele pode fazer uma avaliação

qualitativa de custos entre os bancos e repassar essa infor-mação para o cliente”, afirma o economista Éber Vaz.

Entretanto, não é ape-nas o CET que deve influen-ciar na escolha. Outro fator a ser observado são os prazos. Os menores prazos sempre são os mais recomendados, pois o custo final também é menor. Entretanto, muitos possuem limitações financei-ras e podem necessitar de

mais tempo para pagar. Sen-do assim, o custo total num determinado banco pode ser maior, mas talvez ele ofereça flexibilidades referentes ao prazo. Com isso, surgem op-ções de parcelas com valores mais reduzidos que se encai-xam melhor no orçamento. “Pode ser mais caro no final, mas é o que você dá conta de pagar”, comenta Éber.

De acordo com o economista, outra variável é

o bom relacionamento com o banco. “Pode ser que você tenha conta em um banco há muitos anos e seu ge-rente sempre está disposto a resolver seus problemas quando precisa. Assim, co-brar mais caro não pode ser algo impeditivo. Melhor que optar por um banco mais barato onde não se conhece ninguém”, explica.

É muita coisa a ser ve-rificada e informação é o que há de mais relevante para o corretor de imóveis. É preciso ter em mente que a burocracia existe e deve ser encarada de qualquer forma. O mais indica-do é aprofundar ao máximo o conhecimento acerca de todo o processo para eliminar todas as dúvidas que o cliente venha a ter. “Estando preparado para tudo isso, o corretor de imó-veis consegue criar uma re-lação de confiança”, comenta Éber Vaz.

No final das contas, o corretor de imóveis quer vender o imóvel. E para isto, se o financiamento imobili-ário é imprescindível, o pro-fissional terá de ir além de sua tarefa de encontrar o produto ideal para seu clien-te, e agregar mais serviços: o de retirar do cliente a preo-cupação de aprovar o crédito imobiliário. Vai que ele desiste de comprar o imóvel quando o processo de financiamento começar a se complicar?

Portanto, apesar de trabalhoso, ele precisará in-vestir seu tempo e esforços para preparar a documen-tação do cliente, resolver os problemas com o banco, fazendo o percurso de ida e volta várias vezes. “A única preocupação que o clien-te deve ter é em assinar os papéis e com o pagamento”, orienta Éber Vaz. (com Thaysa Mazzarelo)

oriente o seu clienteComo fazer um crédito imobiliário da melhor forma:• Comece a tratar do financiamento imobiliário com antecedên-

cia. A pressa é a inimiga da perfeição e, nesse caso, você deve procurar pelo melhor financiamento, comparar os dife-rentes bancos e ter o crédito aprovado;

• Compare o CET dos bancos para ver qual é o mais vantajoso;• Existem limites nos valores das prestações que podem ir até

35% dos seus ganhos líquidos ou 30% dos ganhos brutos. Tais valores se tratam de uma determinação legal, porém o recomendado é dedicar menos que isso;

• Deve-se sempre escolher o prazo mais curto para pagar o empréstimo imobiliário, pois menos prazo significa menos juros a pagar;

• Dar a maior entrada possível para diminuir o valor do financia-mento (lembre-se do FGTS);

• Faça a escolha acertada do sistema de amortização da dívida (o SAC é mais comum e mais vantajoso);

• Se vier a ganhar dinheiro extra, faça a liquidação antecipada do empréstimo. Assim, você arca com apenas uma pequena taxa de pagamento antecipado, mas acaba poupando muito nos juros;

Fonte: Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste)

Em sua palestra, Raul Costa, falou sobre as etapas do financiamento bancário

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MErCaDo

o agronegócio e o mercado imobiliárioEm palestra, ronaldo Caiado defende que a produtividade agrícola é um dos principais impulsionadores do desenvolvimento imobiliário

Se as cidades forem des-truídas os campos as recons-troem, mas se os campos forem destruídos as cidades também serão destruídas. Com essa frase do ex-presidente norte-americano Franklin roosevelt, o deputado federal ronaldo Caiado defende a importância do agronegócio para as cidades. Ele falou sobre o assunto aos corretores de imóveis duran-te a cerimônia de entrega das identidades profissionais, reali-zada em 5 de julho.

“Nossa economia é 100% sustentada pelo agro-negócio”, disse o deputado. “Costumo atravessar a fala do Presidente da república quando ele diz que pagou a dívida externa. o setor rural é o único da economia que acumulou um superávit de r$ 20 milhões”, completou.

E se tudo vai bem no campo, tudo vai bem na cida-de, frisou o deputado, espe-cialmente para o setor imo-biliário. “O homem do campo é aquele que trabalha, que honra a palavra, que acredita no patrimônio da terra, que ele pode ver e palpar; e não naquilo vulnerável aos jogos de mercado”, definiu a prefe-rência do produtor rural.

Atualmente, a produ-ção agrícola brasileira repre-senta cerca de um terço do PIB e tem dado grande con-

tribuição às exportações de commodities e produtos agro-industriais. Segundo o deputa-do federal ronaldo Caiado, o setor rural nos últimos 5 anos bateu recordes em exporta-ções algo em torno de mais de 120 milhões de dólares. “So-mos os maiores exportadores de commodities do mundo e os campeões em produtividade. Nosso país, nosso clima mos-trou que o setor rural é forte, embora mereça moderniza-ção”, argumenta.

Apesar disto, há gar-galos a serem resolvidos e

Caiado fez questão de enumerá-los aos corretores de imóveis, a quem ele considera como for-madores de opinião. Para o de-putado, o ganho dos produtores rurais está corroído por causa dos monopólios. Além disso, ele considera que o produtor rural é utilizado pelo governo como um bode expiatório, sempre que há um problema. “Se a reforma rural não dá certo, a culpa é do produtor, se a preservação am-biental não dá certo, também. Se o preço cai, a responsabilidade é dele também. Não é justo satani-zar o produtor rural”, disse.

Caiado falou ao corretor de imóveis em entrega de carteiras

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INTErIor

São luís de Montes Belos, um mercado promissorO grande crescimento do mercado imobiliário na cidade contribui fortemente para a economia local

Fernando Pereira

o ano de 2009 ofe-receu bons motivos para os empresários do mercado de imóveis em São Luís de Mon-tes Belos sorrirem. Calcula-se que foram investidos mais de r$ 20 milhões no setor. Foram vendas de casas, fazen-das e loteamentos urbanos. Grande parte desse mon-tante é resultado da expec-tativa de maiores retornos financeiros. Por esse motivo, o mercado tem se revelado uma ótima opção de investi-mento. Adão Silva, corretor de imóveis e proprietário de imobiliária na cidade, acredi-ta que as pessoas fazem esse tipo de aplicação em busca de algo que ofereça um retorno mais seguro. “Trata-se de um investimento conservador, pois rende um pouco mais que a poupança, mas de qual-quer forma é um bem de raiz, mais seguro”, explica.

Segundo Adão, que também é vereador no muni-cípio, São Luís é um mercado em franca expansão e ofere-ce grandes oportunidades. A carência ainda é de imóveis comerciais que, segundo ele, se estiverem bem localizados,

podem oferecer maiores ren-dimentos que os residenciais. “Aluguéis comerciais são mais caros que os residenciais e os inquilinos fazem muitas mo-dificações por conta própria para chamar atenção para os seus pontos. Estes benefícios

são incorporados ao imóvel”, ressalta.

De acordo com Bene-dito laureano, gestor públi-co do Governo Estadual nas Secretarias de Agricultura e de Planejamento, embora a região oeste tenha crescido, já há vários anos, relativa-mente menos que o restante do Estado, São Luís constitui uma exceção à regra: chegan-do a desenvolver mais que a média estadual. Segundo ele, nos últimos quatro anos, a ci-dade tinha 27 mil habitantes e cerca de nove mil imóveis urbanos. Dos mais de dois mil lotes lançados, todos foram vendidos. “Alguns empreen-dimentos serão lançados nos próximos meses. São 500 lo-tes e a expectativa de venda é muito boa. Para o tamanho da cidade é algo muito repre-

Mercado em potencial: São Luiz de Montes Belos mostra desenvolvimento imobiliário

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sentativo, o que mostra que o setor imobiliário tem certa pujança aqui”, comenta.

Ser uma cidade uni-versitária é um dos fatores que mais impulsionam o setor de imóveis. Segundo Benedito Miranda, há uma tendência de migração dos moradores de outros municí-pios para a cidade, pois mui-tas dessas pessoas têm filhos estudando na Universidade Estadual de goiás (uEg) ou na Faculdade montes Belos (FmB). “A mudança para São luís talvez seja por causa da dificuldade de deslocamento. Outra coisa é que, depois de formados, esses estudantes percebem maiores oportuni-dades de trabalho aqui e aca-bam ficando”, explica.

Outro motivo é a presença de vários montebe-leses morando no exterior, principalmente Estados Uni-dos e Europa, que investiram em imóveis. A participação no mercado, que hoje é de cerca de 10%, já chegou a 30% nos últimos dois anos. o investi-mento é feito principalmen-te na construção de imóveis residenciais e rurais. “Tem sido uma participação muito importante. Algo que tem re-fletido muito no empreende-dorismo local”, comenta.

Desde a aprovação do Plano Diretor em dezembro de 2006, não é mais permi-tido que sejam lançados lo-teamentos sem toda a infra-estrutura necessária como água, energia, galeria pluvial e pavimentação. “Essas exigên-cias favorecem bastante as vendas. Os loteamentos mais antigos têm essa carência e o poder público municipal tem tido muitas dificuldades para supri-las”, explica Benedito.

Apenas 50% da cida-de conta com redes de es-goto, que ainda não é uma

São luís de Montes Belos é um município localizado no centro-oeste goiano. Foi originado de uma fazenda de mesmo nome. a partir de 1953, os pioneiros da cidade conseguiram sua emancipação. Fato que contribuiu bastante para um rápido crescimento e a chegada de vários imigrantes.

A principal ativida-de econômica do municí-pio é o setor de serviços e o comércio. Juntos con-tribuem com 50% do PIB municipal. Em seguida, vem a indústria, com 43% da participação e, por úl-timo, a agropecuária com apenas 7% na formação das riquezas. De acordo com Benedito Laureano, se planta pouco na cida-de. “Basicamente, o que temos hoje em termos de agricultura, são lavouras comunitárias”, explica. Além do milho, com planta-ções destinadas à fabrica-ção de silagem usada na alimentação dos bovinos, o que se planta é o sor-go e o arroz. Algo muito pouco representativo na economia. “Uma cultura de certa forma importante é a da banana. Não que tenha grande peso na economia local, mas se levarmos em conta o que se produz pro-porcionalmente em todo o Estado, a daqui é razoa-velmente boa”, lembra. O único destaque que pode ser dado é na pecuária de corte e leiteira, com maior peso nesta última.

exigência do Plano diretor. Isso porque em algumas regi-ões não há viabilidade técnica para implantá-lo e a Saneago não emite a Análise de Viabi-lidade Técnico-operacional (AvTo). é o caso da região oeste da cidade, que faz par-te da microbacia do Córrego Pau Furado. Apesar disso, é um número que representa um valor maior que a média estadual. Outro problema é a falta de pavimentação as-fáltica, que antes do Plano Diretor não era obrigatória. “Muitos bons setores não desenvolvem da forma como deveriam por causa da ausên-cia do asfalto. A dificuldade de acesso, as erosões, o matagal inibem a construção nesses lotes”, comenta.

Apesar de algumas di-ficuldades, o mercado imobi-liário em São Luís de Montes Belos tem apresentado um crescimento significativo, se-gundo prefeito do município, Sandoval da Matta. “São Luís mudou nos últimos anos, principalmente em relação aos negócios imobiliários realizados em nossa cidade depois da profissionalização do corretor de imóveis”. De acordo com Sandoval, a

maior seriedade nos negó-cios trouxe maior credibili-dade aos profissionais e per-mitiu o progresso do setor. Para exemplificar, o prefeito comentou sobre os últimos loteamentos vendidos em tempo recorde e com valores significantes, e ainda contou como consegue mensurar o desenvolvimento imobiliário da região. “Como empresá-rio, tenho visto como São Luís valorizou em termo de imóveis. Como prefeito, te-nho sentido isto com o cres-cimento da arrecadação dos IPTUS”.

Se depender da força de vontade e da dedicação dos corretores de imóveis de São Luís de Montes Belos, a cidade vai continuar a ter um mercado imobiliário bastante promissor. é o que confirma o delegado do Creci na ci-dade, Élvio Miranda de Car-valho, mais conhecido como Cafifa. Segundo o corretor de imóveis, São Luís é uma cida-de privilegiada com esse mer-cado. “Considero que seja uma cidade com um futuro bastante promissor. O mer-cado imobiliário está aqueci-do e a tendência é melhorar ainda mais“, afirma.

Para o prefeito Sandoval Matta, São Luís é uma cidade em pleno desenvolvimento, principalmente no setor imobiliário Fe

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Em breve os correto-res de imóveis poderão co-nhecer e usufruir da estrutu-ra da nova sede do Creci de goiás. Em julho, como espe-rado pela diretoria do Con-selho, foi finalizada a primeira etapa da obra, em construção no Setor Jardim Goiás. Na ocasião, membros e funcioná-rios do Conselho, bem como a diretoria do Conselho Fe-deral de Corretores de Imó-veis (Cofeci) desfrutaram de café da manhã em comemo-ração a conquista.

“Este não é um tra-balho individual e sim de uma equipe motivada para o crescimento da categoria. Cada um teve sua participa-ção”, ressaltou Oscar Hugo, presidente do Creci-GO na abertura do café da manhã. O presidente ainda fez questão

citar nominalmente os nomes de todos os envolvidos com a obra, desde os corretores de imóveis responsáveis pela avaliação do terreno, passan-do pelos conselheiros que se dedicam à comissão de licita-ção, até os trabalhadores das obra, que ganharam uma salva de palmas de todos.

“Enquanto nós sonha-mos, vocês estão suando. Mes-mo debaixo de sol e de chuva, estão trabalhando com dedi-cação e afinco para construir a casa do corretor de imó-veis”, salientou Oscar Hugo.

Para João Teodoro, presidente do Cofeci, os cor-retores de imóveis, que são realizadores de sonhos em sua essência, estavam reali-zando o seu sonho próprio, que é de conquistar a casa da categoria. “Para nós, que

representamos a classe, este é um momento de sentimen-tos, muito mais do que de pa-lavras”, disse.

O presidente do Co-feci destacou que a futura sede proporcionará melho-res condições de atendimen-to ao corretor de imóveis e à sociedade, e lembrou que a função dos Crecis não é o corporativismo. “Fiscalizamos o corretor de imóveis em be-nefício do consumidor, uma vez que a fiscalização estimu-la as práticas éticas e o aten-dimento de qualidade”, disse.

A finalização da pri-meira etapa contou com as presenças do presidente do Creci de São Paulo, José Augus-to Vianna Neto, do presidente do Creci de mato grosso, ruy Pinheiro Araújo, do vice presi-dente do Cofeci, Newton Mar-ques, do presidente do Creci de Sergipe, Sérgio Sobral, e do

presidente do Creci do rio de Janeiro, Edécio Nogueira Cor-deiro. O vereador Anselmo Pereira, vice-prefeito de Goi-ânia, o presidente do Sindimó-veis, Antônio rosa mesquita, e o ex-secretário municipal de Planejamento, Jeová Alcânta-ra, também participaram do evento.

A próxima fase da construção da nova sede é a de acabamento, considerada a etapa final da obra. Segun-do o cronograma, o prédio estará pronto pra ser inaugu-rado em meados de abril. De acordo com o presidente do Creci de goiás, atividades ex-clusivas serão desenvolvidas para a semana de abertura da sede ao público. “A constru-ção da nova sede é uma gran-de conquista para a categoria. Precisa ter uma inauguração a altura de sua importância”, comenta Oscar Hugo.

NoVa SEDE

Construção a todo vapordiretoria do Creci de goiás e do Cofeci comemoram a finalização da primeira etapa da construção da nova sede do Conselho. o término da obra está previsto para início de 2001

Diretoria do Cofeci e Creci se reuniram em café da manhã na obra

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Futura sede em perspectiva

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CoNTaNDo NoSSa hISTÓrIa

alberto Guião, um vendedor da realidadeFernando Pereira e raquel Pinho

Tudo tem um começo e, na atuação dos corretores de imóveis em Goiás, Alber-to Guião sabe bem como foi este início. Paulistano, do mu-nicípio de Jardinápolis, chegou a Goiânia com sua família aos 16 anos, em 1941, atraída pe-las promessas da nova capital. Acabou sendo uma testemu-nha ocular da construção da cidade e o do desenvolvimen-to do setor imobiliário.

Aos 23 anos, Alber-to se tornou um corretor de imóveis porque desejava aproveitar-se das oportuni-dades que surgiam. O Estado começou procurar vende-dores para comercializar os lotes e terras da nova capital.

Foi a pedido do então governador do Estado, Ho-zannah de Campos Monteiro Guimarães, que a Associação de Profissionais de Corre-tores de Imóveis do Estado de goiás, criada em 1947, se transformou, em fevereiro de 1948, no Sindicato dos Cor-retores de Imóveis de Goiás (Sindimóveis), visando maior segurança e controle dos ne-gócios a serem realizados.

Alberto não foi so-mente um expectador deste processo, mas um ativo pro-tagonista, até para viabilizar seu trabalho como corretor de imóveis. Ele foi um dos membros da entidade, de aproximadamente 25 pesso-

as, que receberam uma lista de lotes a serem vendidos. Cada um ficou responsável pela venda de 27. havia terre-nos vagos no setor Sul, Oeste e Aeroporto. Na época, eram o que chamaríamos hoje de “lançamentos”, cuja constru-ção iniciou em 1954.

“Considero que fui bem encaminhado. Aproveitei a oportunidade de venda dos

Alberto Guião, um participante ativo da regulamentação da profissão

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lotes que o Estado distribuiu e, por causa do preço baixo e da facilidade de pagamen-to, até comprei alguns para mim”, comenta.

Esta foi a conjuntura fundamental para a criação e regulamentação da atividade de corretor de imóveis em Goiás, uma vez que o sindi-cato goiano somou forças aos demais sindicatos da categoria para pleitear pela regulamentação da profissão por lei federal, o que aconte-

ceria em 1962.Apesar de ter desem-

penhado tão importante pa-pel, Alberto Guião não per-maneceu na profissão por muito tempo. “Não me lem-bro bem por quanto tempo fui corretor, creio que foram uns cinco anos. Fui procurar algo que me desse maior se-gurança e estabilidade”, diz ele, que foi trabalhar como diretor comercial numa grande empresa de engenha-ria de Goiás.

E hoje, aos 85 anos, quando anda pelas ruas da ci-dade hoje, Seu Alberto fica sur-preso com o desenvolvimento que a capital obteve. Segundo ele, nem as pessoas que projeta-ram Goiânia imaginaram que ela se desenvolveria de tal forma. A grande surpresa, segundo ele, foi o Setor Oeste, que cresceu de forma assustadora. “O bairro foi o setor que mais valorizou en-tre todos. Mas não imaginei que seria dessa forma”, explica.

Ele só lamenta o fato de que, junto a esse desenvol-

Desenvolvimento imobiliário em Goiâniavimento, muitos outros problemas surgiram. O trânsito é o principal deles. “Hoje há necessidade de serem criados elevados, de in-vestimentos no transporte coleti-vo, por exemplo”, comenta.

Aos novos corretores de imóveis, seu Alberto ressalta a importância da capacitação, mas, acima de tudo, prega o uso da honestidade. “Corretor não vende sonhos como todos acham. Vende uma realidade. Por isso, não use artifícios”, aconselha. Ele compara sua época com a atualidade: no passado, não se fazia tanta apo-

logia ao sonho para se concreti-zar um negócio. “A gente vendia o que de fato existia”, explica.

Para ele, o corretor de imóveis precisa saber se co-municar, utilizar-se de critérios técnicos para conhecer como o imóvel foi construído. “Isso é importante para não vender gato por lebre. Quem compra está se arriscando e ninguém quer sair perdendo. O corretor quer ganhar a sua gratificação e o consumidor está ali sacri-ficando o seu dinheirinho sua-do”, explica.

A pedido do governador Hozannah de Campos foi criado o Sindimóveis

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Soci

al Nova sede

O clima foi de celebração no café da manhã realizado em comemoração

a finalização da primeira etapa da construção da nova sede do Conselho, localizada no Jardim

Goiás. Além do presidente Oscar Hugo e dos conselheiros do Creci

de Goiás, estavam presentes a diretoria do Cofeci. Em discurso, o presidente João Teodoro ressaltou a importância da conquista para a

categoria. A capa desta edição traz a imagem da futura sede em detalhes.

De portas abertas

Todos os anos o Creci de Goiás recebe visitas das regionais de todo o Brasil. Em 2010 foi a vez dos Crecis de Pernambuco, rondônia e Ceará conhecerem mais de perto o Conselho goiano. diretamente de Fortaleza, os membros do Creci da 15ª região/CE; o primeiro secretário, Erinaldo Alencar rodrigues, e a segunda secretária Edal Costa, acompanhados da ex-primeira secretária gladys Brito de melo, posaram para foto ao lado do presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo.A visita do quarteto do Creci de Pernambuco; o presidente João Borba Carvalho, o diretor de fiscalização, Josias rocha, o conselheiro federal, Petrus mendonça, e o diretor jurídico, Alexandre Bezerra também foi registrada na sala do presidente. Na outra foto, Fernando Augusto rodrigues, conselheiro do Creci de rondônia, 24ª região, que percorreu mais de 2.300 quilômetros para conhecer o Conselho.

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Em julho, mais de 200 novos corretores de imó-veis receberam suas credenciais em solenidade de entrega de carteiras. O evento reuniu nomes do cenário imobiliário nacional como o presidente do Cofeci, João Teodoro; do mercado goiano, o presi-dente do Creci de Goiás, Oscar Hugo; o presiden-te do Sindimóveis, Antônio Mesquita, e autorida-des como o deputado federal ronaldo Caiado, o presidente da Câmara municipal de goiânia, Fran-cisco Vale Junior e o vereador Anselmo Pereira, entre outros. A cobertura da solenidade foi feita pela TV Brasil Central e veiculada no dia 6.

O café da manhã realizado na construção da futura sede do Creci de Goiás foi veicu-lado pela TV Casa. O presidentes do Cofe-ci, João Teodoro, e do Creci de Goiás, Oscar Hugo, puderam falar sobre a importância da obra para a categoria. Na ocasião, a conclu-são da primeira fase da construção da nova sede estava sendo comemorada. O evento ainda contou com as presenças da diretoria do Cofeci, do vereador Anselmo Pereira e do ex-secretário municipal do planejamente, o mestre em desenvolvimento territorial, Jeová Alcântara.

Cre

ci n

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ídia

As apostas no placar dos jogos da Copa do Mundo da equipe de colaboradores do Creci de goiás foram tema de reportagem de jornal. du-rante a Copa do mundo, a secretária financeira Carla Adriane de oliveira organizou os bolões entre os colegas. Ela própria acertou o placar três vezes. Ao lado, confira mais detalhes na ma-téria do Diário da Manhã, publicado em junho de 2010.

Durante o segundo se-mestre de 2010, o Conse-lho regional de Correto-res de Imóveis de Goiás foi notícia nos veículos de comunicação de todo o Estado. No total, fo-ram 27 espaços de mídia espontânea, sendo três exibições em Tv, quatro em emissoras de rádio, 18 em jornais impresso, incluindo duas em sites de notícias. O cresci-mento no número de corretores de imóveis; os seminários de capaci-tação profissional, como o Simpósio Imobiliário da Microregião de Cata-lão; a nova cerimônia de entrega de carteiras e o café da manhã em come-moração ao término da primeira fase da obra da futura sede do Creci de Goiás, receberam a co-bertura da mídia.

A profissão de corretor de imóveis está em ascensão, no entanto faltam profissio-nais para atender a demanda do mercado. A oferta de vagas é alta em todo o Estado, principalmente na capital e nas cidades de Caldas Novas, Itumbiara, Catalão e Anápolis. mesmo com aumento de 11,42% de novos profissionais este ano, em comparação com os números de 2009, ainda sobram vagas de trabalho no setor. Confira estas e outras in-formações na edição do Jornal o Popular do dia 12 de julho.

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Para

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etir

Viva Melhor!Faça como os passarinhos:comece o dia cantando.A música é alimento para o espírito.Cante qualquer coisa,cante desafinado, mas cante!Cantar dilata os pulmões eabre a alma para tudo de bomque a vida tem a oferecer.Se insistir em não cantar,ao menos ouça muita músicae deixe-se absorver por ela.ria da vida,ria dos problemas,ria de você mesmo.A gente começa a ser felizquando é capaz de rir da gente mesmo.ria das coisas boas que lhe acontecem,ria das besteiras que você já fez.ria abertamente para que todospossam se contagiar com a sua alegria. Não se deixe abater pelos problemas.Se você procurar se convencerde que está bem, vai acabar acreditandoque realmente está e quando menos percebervai se sentir realmente bem.O bom humor, assim como o mau humor,é contagiante. Qual deles você escolhe?Se você estiver bem-humorado,as pessoas ao seu redor também ficarãoe isso lhe dará mais força.Leia coisas positivas.Leia bons livros, leia poesia,porque a poesia é a arte de azeitar a alma.Leia romance, leia a Bíblia,estórias de amor, ou qualquer coisa que façareavivar seus sentimentos mais íntimos, mais puros.Pratique algum esporte.O peso da cabeça é muito grandee tem que ser contrabalançado com alguma coisa!

Viva melhorBenjamin Franklin

Você certamente vai se sentir bem disposto,mais animado, mais jovem.Encare suas obrigações com satisfação.É maravilhoso quando se gosta do que se faz,ponha amor em tudo que está ao seu alcance.Desde que você se proponha a fazer alguma coisa,mergulhe de cabeça!Não vivas emoções mornas,próprias de pessoas mornas.Você pode até sair arranhado,mas verá que valeu muito mais a pena.Não deixe escapar as oportunidadesque a vida lhe oferece, elas não voltam!Não é você quem está passando,São as oportunidades que você deixa de usufruir.Nenhuma barreira é intransponívelse você estiver disposto a lutar contra ela;se seus propósitos forem positivos,nada poderá detê-los. Não deixe que seus problemas se acumulem,resolva-os logo.Fale, converse, explique, discuta, brigue:o que mata é o silêncio, o rancor.Exteriorize tudo, deixe que as pessoas saibamque você as estima, as ama, precisa delas,principalmente em família.Volte-se para as coisas puras,dedique-se à natureza.Cultive o seu interior eele extravasará beleza por todos os poros.Agradeça a Deus o que você teme você sempre terá mais do que precisa.Tenha fé em algo mais poderosodo que você mesmo, em Deus.Você terá estímulo para viver,do contrário nada fará sentido.Não tente, faça.Você pode!Perca tempo escolhendo um amigo,mas perca ainda mais quando tiver que trocá-lo.

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Ter concluído o Ensino Médio ou estar em fase de conclusão.

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