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DECRETO-LEI N.º 220 DE 18 DE JULHO DE 1975

DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso da atribuição que lhe confere o § 1º do artigo 3º da Lei Complementar n.º 20, de 1º de julho de 1974.

Art. 1º – Este Decreto-Lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro.

Cabe, primeiramente, ressaltar que com as devidas adaptações e interpretações, o que estiver disposto no Estatuto e no seu regulamento será aplicado aos servidores do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.As disposições do Decreto-Lei que se mostrarem incompatíveis com o texto constitucional não foram recepcionadas no momento da promulgação da Constituição, não sendo mais aplicadas.

Neste trabalho, estaremos indicando quais os artigos, que com o advento da Constituição Federal de 1988 não têm mais aplicação no atual sistema jurídico.

Por força da Lei 1698/90 foi instituído no Estado do Rio de janeiro o Regime jurídico único, sendo aplicado o Estatuto (DL 220/75) e seu Regulamento (d. 2479/79) a todos os servidores do Estado da Administração Direta de quaisquer dos três Poderes.

Antes da promulgação da constituição de 88 havia um duplo regime, ou seja, o estatutário e o celetista.

Com o advento de nossa Constituição foi estabelecida a adoção do Regime Jurídico Único, ou seja, cada esfera do governo iria

definir qual o regime que iria utilizar, sendo certo que a maioria dos entes da Administração Pública adotaram o regime estatutário. Deste modo todos os antigos servidores celetistas passaram ao regime estatutário, ocorrendo a efetivação, com a transformação de seus empregos em cargos públicos., tanto que os créditos trabalhistas destes servidores celetistas foram satisfeitos quando de sua efetivação, inclusive em relação ao FGTS.

Com a publicação da Emenda Constitucional 19/98 foi abolido o Regime Jurídico Único, e a partir daí, tornou-se possível a adoção do duplo regime, ou seja, do estatutário e do celetista em uma mesma esfera de governo. Contudo ficou assegurado o regime estatutário para todos aqueles que estivessem em exercício na data da publicação da Emenda Constitucional 19/98, sendo regidos pelo estatuto.

Qual a diferença do Decreto-lei x Decreto ?

O Decreto-Lei, figura que foi extinta com a promulgação da CF/88, tem eficácia de lei, ou seja, mesmo depois de extintos, os decretos-leis que foram editados antes da CF/88, e com ela sejam compatíveis, continuam vigendo.

DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA

Art. 2º – A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público.

DECRETO 2479/79TÍTULO II

DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA

Capítulo I - Disposições GeraisArt. 2º - Os cargos públicos são providos por:I-nomeação;

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Única forma de provimento que é originária.II - reintegração; Retorno do servidor/funcionário demitido, quando anulada sua demissão por decisão judicial ou administrativa.III - aproveitamento; Retorno do servidor colocado em disponibilidadeIV – readaptação Reenquadramento de funções, haja vista uma diminuição da capacidade física para o trabalho.;V – outras formas determinadas em lei.

O DECRETO 2479/79 EM SEU ARTIGO 2º DISPÕE QUAIS SÃO AS FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS ESTADUAIS.

Conforme já vimos ATO DE PROVIMENTO ato pelo qual alguém é designado para ocupar um cargo público, convém lembrar que o ato de provimento deverá indicar necessariamente a existência de vaga, com todos os elementos capazes de identifica-la.

§ 1º – O concurso objetivará avaliar:

1. conhecimento e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos;

2. condições de sanidade físico-mental; e

3. desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante estágio experimental, ressalvado o disposto no § 11 deste artigo.

Podemos entender, pois, que temos três etapas nos concursos realizados no Estado do Rio de Janeiro, a última sendo o Estágio Experimental. Porém, os funcionários da área de magistério não terão Estágio Experimental.

§ 2º – O candidato habilitado nas provas e no exame de sanidade físico-mental será submetido a estágio experimental, mediante ato de designação do Secretário de Estado, titular de órgão integrante da

Governadoria do Estado, ou dirigente de autarquia e pelo prazo que for estabelecido, em cada caso, pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado.

O Estágio Experimental no Estado do Rio de Janeiro é uma etapa do concurso, não há que se falar em funcionário nesta etapa, mas sim “candidato”. No Tribunal de Justiça o Corregedor-Geral da Justiça é quem vai designar os candidatos para o estágio experimental.

§ 3º – A designação prevista no parágrafo anterior observará a ordem de classificação nas provas e o limite das vagas a serem preenchidas. percebendo o estagiário, retribuição correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, assegurada a diferença, se nomeado afinal.

Durante o estágio experimental o candidato recebe 80% do vencimento do cargo pretendido a título de retribuição, ao final do estágio quando for nomeado receberá a diferença de 20% acumulada durante os meses.

§ 4º – O prazo de validade das provas será fixado nas instruções reguladoras do concurso, aprovadas pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado e poderá ser prorrogado, uma vez, por período não excedente a 12 (doze) meses.

Evidentemente, esta regra não tem mais aplicação, pois como sabemos, o prazo de validade dos concursos poderá ser de até 2 anos, prorrogável por igual período, nos termos do art. 37, III da CF.

§ 5º – O candidato que, ao ser designado para o estágio experimental, for ocupante, em caráter efetivo, de cargo ou emprego em órgão da Administração Estadual direta ou autárquica ficará dele afastado com a perda do vencimento ou salário e vantagens, observado o disposto no inciso IV do art. 20 e ressalvado o

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salário-família, continuando filiado à mesma instituição de previdência, sem alteração da base de contribuição.

Caso o funcionário efetivo estadual, passe para outro concurso estadual, ele ficará afastado durante o período de estágio experimental, caso não seja aprovado no estágio experimental retornará ao cargo anteriormente ocupado.

Importante observar que basta ser efetivo, não necessita ser estável. Ok?

§ 6º – O candidato não aprovado no estágio experimental será considerado inabilitado no concurso e voltará automaticamente ao cargo ou emprego de que se tenha afastado, na hipótese do parágrafo anterior.

Cuidado, pois no final do Estágio Experimental o candidato não será EXONERADO, mas sim DISPENSADO. Ao fim do estágio experimental, caso seja reprovado, o candidato será considerado inabilitado no concurso, sendo publicada a sua dispensa.

Nos 15 dias anteriores ao término do estágio experimental, o chefe imediato do candidato irá enviar relatório circunstanciado das atividades do estagiário, enviará para a autoridade responsável pela designação, que no TJ é o Corregedor-Geral da Justiça.

§ 7º – O candidato aprovado permanecerá na situação de estagiário até a data da publicação do, ato de nomeação, considerada a mesma data, para, todos os efeitos, início do exercício do cargo ressalvado o disposto no parágrafo terceiro antecedente e no artigo seguinte.

Importante observar que enquanto não for publicada a nomeação do candidato ele permanece como estagiário, portanto, recebendo 80% do vencimento do cargo.Portanto, se no edital do concurso estiver estabelecido que o período de estágio experimental é de 6 meses,

mas a nomeação só sair depois de 9 meses, nestes 3 meses de atraso, o candidato permanece recebendo 80%, até que seja publicada a sua nomeação.

Convém lembrar que a data da nomeação será considerada para todos os efeitos o início do exercício do cargo, e, como sabemos, a investidura em cargo de provimento efetivo ocorre com o exercício, logo, a investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com a nomeação.

No que tange a limitação de idade, só é permitida quando, para o cargo para o qual está se pretendendo abrir vagas, se faz necessário certo vigor físico. Ex: PM, BOMBEIRO, Etc. OK?

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Decreto 2479/79Art.15 – São requisitos para a posse, além

dos enumerados nos itens 1 a 3, do § 3º, do artigo 8º:

I – habilitação em exame de sanidade físico-mental realizado exclusivamente por órgão oficial do Estado;

II – declaração de bens;III – bom procedimento, comprovado por

atestado de antecedentes expedido por órgão de identificação do Estado do domicílio do candidato à investidora ou mediante informação, em processo, ratificada pelo Secretário de Estado de Segurança Pública;

IV – declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, na Administração Direta ou Indireta de qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos de inatividade;

V – inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda (CPF);

VI – atendimento às condições especiais previstas em lei ou regulamento para determinados cargos.

No ato de posse, o funcionário irá apresentar a declaração de bens, inclusive de seu cônjuge, se houver.

COMPETÊNCIAS TJ

ATO AUTORIDADE

NOMEAÇÃO PRESIDENTE DO TJ

DESIGNAÇÃO PARA ESTÁGIO

EXPERIMENTAL

CORREGEDOR

POSSE CORREGEDOR

EXERCÍCIO CHEFE IMEDIATO

§ 10 – Além dos requisitos de que trata o § 8º deste artigo, são exigíveis para inscrição em concurso público:

1. nacionalidade brasileira;

2. pleno gozo dos direitos políticos;

3. quitação das obrigações militares.

Conforme já vimos a Constituição Federal não proíbe o acesso de estrangeiros a cargos e empregos públicos, porém esta matéria não foi regulamentada, resta, pois, em vigor o disposto neste artigo, e, ainda, o disposto no artigo 8º §3º do Decreto 2479/79:“§ 3º - Além dos requisitos de que trata este artigo, são exigíveis para inscrição em concurso público:1) nacionalidade brasileira ou portuguesa , desde que reconhecida, na forma de legislação federal pertinente, a igualdade de direitos e obrigações civis;2) pleno gozo dos direitos políticos;3) quitação das obrigações militares;”

Nestes termos, para a investidura em cargos e empregos públicos estaduais é necessária nacionalidade brasileira ou portuguesa. Ok?

§ 11 - A norma contida no item 3 do § 1º deste artigo não se aplica ao candidato habilitado nas provas para o preenchimento de cargo de Professor ou de cargos destinados ao Pessoal de Apoio ao Magistério

Funcionários da área de magistério não têm estágio experimental.

Art. 3º – O funcionário nomeado na forma do artigo anterior adquirirá estabilidade após 2 (dois) anos de efetivo exercício computando-se, para esse efeito, o período de estágio experimental em que tenha sido aprovado.

O disposto neste artigo está em desacordo com o dispoto no art. 41 da Constituição Federal, pois, como sabemos, a estabilidade se dará após 3 anos de efetivo exercício.

Vale lembrar que empregado público não terá direito à estabilidade.

Parágrafo único – O funcionário que se desvincular de um cargo público do Estado do Rio de Janeiro ou de suas autarquias

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para investir-se em outro conservará a estabilidade já adquirida.

O funcionário não conservará a estabilidade, por isso quando um funcionário estadual ESTÁVEL é aprovado em outro concurso, terá que cumprir novo estágio probatório.OK?

Art. 5º – Invalidada a demissão do funcionário, será ele reintegrado e ressarcido.

§ 1º – Far-se-á a reintegração no cargo anteriormente ocupado; se alterado, no resultante da alteração; se extinto, noutro de vencimento equivalente, atendida a habilitação profissional.

A reintegração é o retorno do funcionário demitido quando anulada sua demissão, caso o eventual ocupante do cargo seja estável o que acontecerá com ele (eventual ocupante).?EX: FULANO, FUNCIONÁRIO ESTADUAL, FOI DEMITIDO (PUNIÇÃO), INGRESSOU NA JUSTIÇA, CONSEGUINDO SUA REINTEGRAÇÃO, PORÉM, O CARGO DE FULANO ESTAVA SENDO OCUPADO POR CICLANO, CASO CICLANO SEJA ESTÁVEL ELE PODERÁ: SER APROVEITADO EM OUTRO CARGOCOLOCADO EM DISPONIBILIDADE, COM REMUNERAÇÃO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO SER RECONDUZIDO AO CARGO ANTERIORVide art. 41 §2º da Constituição Federal

§ 2º – Não ocorrendo qualquer das hipóteses previstas no parágrafo anterior, restabelecer-se-á o cargo anteriormente exercido, que ficará como excedente, e nele se fará a reintegração.

Caso o cargo onde FULANO será reintegrado não exista mais, o cargo será restabelecido como excedente.

§ 3º – A reintegração ocorrerá, sempre, no sistema de classificação a que pertencia o funcionário.

§ 4º – Reintegrado o funcionário, aquele que não ocuparia cargo de igual classe se

não tivesse ocorrido o ato de demissão objeto da medida será exonerado ou reconduzido ao cargo anterior, sem direito a qualquer ressarcimento, se não estável; caso contrário, será ele provido em vaga existente ou permanecerá como excedente até a ocorrência de vaga.

O Estatuto aqui prevê que caso o eventual ocupante do cargo, no qual houve a reintegração, não seja estável, poderá ser EXONERADO OU RECONDUZIDO AO CARGO ANTERIOR, SE TIVER TIDO EVIDENTEMENTE UM CARGO ANTERIOR.

Art. 6º – O funcionário em disponibilidade poderá ser aproveitado em cargo de natureza e vencimento compatíveis com os do anteriormente ocupado.

Quando extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade o servidor estável que o ocupa será colocado em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento, portanto, aproveitamento é o retorno do servidor colocado em disponibilidade.

A disponibilidade consubstancia-se em uma garantia de inatividade remunerada.

Mas e se tivermos (2) funcionários com o mesmo tempo de disponibilidade, quem será aproveitado primeiro ?

A resposta está prevista no art. 47 do decreto 2479/79:

Art. 47 – Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público estadual.

CUIDADO TERÁ PREFERÊNCIA O DE MAIOR TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL !!!

Art. 7º – O funcionário estável fisicamente incapacitado para o pleno exercício do cargo poderá ser ajustado em outro de

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vencimento equivalente e compatível com suas aptidões e qualificações profissionais.

O disposto neste artigo equivale a READAPTAÇÃO, ou seja, compatibilização entre a situação física ou de saúde do funcionário com a função que ele exerce.

Art. 8º – A investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com o exercício, que, nos casos de nomeação, reintegração, transferência e aproveitamento, se iniciará no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do ato de provimento.

Após o provimento do cargo, teremos a investidura, ou seja, quando efetivamente o funcionário estiver ocupando o cargo. A INVESTIDURA EM CARGO DE PROVIMENTO EFETIVO OCORRECOM O EXERCÍCIO, LOGO, OCORRERÁ COM A NOMEAÇÃO. Ok?

Art. 8 § 4º – Será tornada sem efeito a nomeação se o exercício não se verificar no prazo estabelecido.

Cuidado, pois caso o funcionário não entre em exercício ele não será exonerado, mas sim será tornado sem efeito a nomeação, ou seja, como se não tivesse existido.

Art. 9º – O funcionário que deva entrar em exercício em nova sede terá, para esse efeito, prazo de 5 (cinco) dias, contados da data da publicação do ato que o determinar.

É o chamado período de trânsito, período concedido ao funcionário removido para que ele entre em exercício na nova sede.

Este prazo poderá ser prorrogado, no máximo por igual período, por solicitação do interessado a juízo da autoridade competente para dar-lhe exercício.

Quando em férias, licenciado ou afastado legalmente de seu cargo,

esse prazo será contado a partir do término do impedimento.

Art. 10 – A investidura em cargo em comissão ocorrerá com a posse, da qual se lavrará termo incluindo o compromisso de fiel cumprimento dos deveres da função pública.

Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração, podendo qualquer pessoa ser investida neles, porém a Lei 3893/2002, prevê que no Poder Judiciário Estadual 75% dos cargos em comissão são preenchidos por servidores de cargo efetivo.

EFETIVO EXERCÍCIOArt. 11 – Considerar-se-á em efetivo exercício o funcionário afastado por motivo de:

Nestes afastamentos a seguir, o funcionário não está trabalhando, mas é considerado como se estivesse.

I. férias;

II. casamento e luto, até 8 (oito) dias;

DECRETO 2479TÍTULO VI

DAS CONCESSÕESCAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 225 – Sem prejuízo do vencimento, direitos e vantagens, o funcionário poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos por motivo de:

I – casamento; II – falecimento do cônjuge, companheiro ou

companheira, pais, filhos ou irmãos.

Cuidado, pois aqui difere da licença por doença em pessoa da família, a qual será concedida por doença de parente até o 2º grau . No caso da concessão de oito dias por motivo de luto, o rol dos familiares é taxativo, ou seja, não se admite ampliação. OK.?

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§ 1º - Computar-se-ão, para os efeitos deste artigo, os sábados, domingos e feriados compreendidos no período.

§ 2º - A qualidade de companheiro ou companheira, exclusivamente para esse efeito, será demonstrada pela coabitação por prazo mínimo de 02 (dois) anos, desnecessária em havendo filho comum.

No caso de luto, a concessão de até oito dias não será estendida, no caso de morte de parentes até o 2º grau civil de parentesco, somente no caso de morte das pessoas elencadas acima. OK?.

III. desempenho de cargo ou função de confiança na administração pública federal, estadual ou municipal;

IV. estágio experimental;

Trata da hipótese de funcionário efetivo estadual aprovado em outro concurso estadual, neste caso, durante o cumprimento do estágio experimental no outro cargo, o funcionário ficará afastado do seu cargo, com a perda do vencimento e vantagens do cargo, exceto adicional por tempo de serviço.

V. licença-prêmio, licença à gestante, acidente em serviço ou doença profissional;

VI. licença para tratamento de saúde;

VII. .doença de notificação compulsória;

VIII. .missão oficial;

IX. estudo no exterior ou em qualquer parte do território nacional desde que de interesse para a Administração e não ultrapasse o prazo de 12 (doze) meses;

Cabe ressaltar que se o estudo no exterior não for de interesse da Administração, o afastamento não será considerado de efetivo exercício.

X. prestação de prova ou de exame em curso regular ou em concurso público;

XI. recolhimento à prisão, se absolvido afinal;

Só será considerado efetivo exercício se o funcionário for absolvido afinal, portanto, nem todo período de recolhimento à prisão será obrigatoriamente de efetivo exercício.

XII. .suspensão preventiva, se inocentado afinal;

Durante o período de suspensão preventiva a remuneração do servidor fica proporcional ao tempo de serviço..

XIII. .convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por lei, e

XIV. trânsito para ter exercício em nova sede,

Importante observar que este artigo deve ser estudado conjuntamente com o artigo 79 do Decreto 2479/79, o qual inclui os seguintes afastamentos que também são considerados de efetivo exercício:

IX – licença em pessoa da família, desde que não ultrapasse os prazo de 12 meses ;

Portanto, o funcionário poderá ficar licenciado 24 meses por motivo de doença em pessoa da família, porém somente os 12 meses iniciais serão considerados de efetivo exercício.

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XIV – prestação de prova ou de exame em curso regular ou em concurso público;

XVII – convocação para serviço militar ou encargo da segurança nacional, júri e outros serviços obrigatórios por lei;

XIX – faltas por motivo de doença comprovada, inclusive em pessoa da família, até o máximo de 3 (três) durante o mês, e outros casos de força maior;

Devemos lembrar que a competência para abonar as faltas é do chefe imediato.

XX – candidatura a cargo eletivo, conforme o disposto nos incisos IV e V, do artigo 74;

O servidor estadual ficará afastado do seu cargo, do tempo que mediar entre sua candidatura até o dia seguinte da eleição, nos termos do art. 74, IV do Decreto 2479/79.

XXI – mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

XXII – mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito;

XXIII – mandato de Vereador, nos termos do disposto no inciso III, do artigo 74.

Vale lembrar que a única hipótese que poderemos ter acumulação de cargo efetivo + cargo eletivo, acontece no caso de funcionário eleito para o cargo de vereador, quando neste caso, existindo compatibilidade de horários, poderá acumular as remunerações.

Art. 12 – O afastamento para o exterior, exceto em gozo de férias ou licença, dependerá, salvo delegação de

competência, de prévia autorização do Governador do Estado.

Este artigo não será aplicado ao Poder Judiciário, devendo, pois ser adaptado, portanto, cabendo ao Presidente do TJ, tal autorização.

Art. 13 – O afastamento do funcionário de sua unidade administrativa dar-se-á somente para desempenho de cargo ou função de confiança e com ônus para a unidade requisitante.

Art. 14 - O cargo ou função de confiança poderá ser exercido, eventualmente, em substituição, hipótese em que a investidura independerá da posse.

DECRETO 2479/79SEÇÃO III - DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 35 – Os cargos em comissão ou funções gratificadas poderão ser exercidos eventualmente em substituição, nos casos de impedimento legal e afastamento de seus titulares.

Na verdade, este artigo trata da substituição das funções de confiança e dos cargos em comissão.

A substituição não poderá recair em pessoa estranha ao serviço público, sendo gratuita até 30 dias, após isso o substituto terá direito a diferença de remuneração, se existente.

§ 1º - Ressalvada a hipótese prevista em regulamento, a substituição será gratuita, salvo quando o afastamento exceder de 30 (trinta) dias.

§ 2º - A substituição não poderá recair em possa estranha ao serviço público.

VACÂNCIAArt. 15 - Dar-se-á a vacância do cargo ou função na data do fato ou da publicação do ato que implique desinvestidura.

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DECRETO 2479/79CAPÍTULO IV - DA VACÂNCIA

Art. 52 – Dar-se-á vacância do cargo ou da função na data do fato, ou da publicação do ato que implique desinvestidura.

A vacância é o fato administrativo funcional que indica que determinado cargo público não está provido, ou seja, está sem titular.

Art. 53 – A vacância decorrerá de:I – exoneração;II – demissão;

Estes termos têm um ponto em comum, são atos administrativos que irão acarretar a extinção do vínculo estatutário do servidor público. A DEMISSÃO é ato de caráter punitivo, representando uma penalidade aplicada ao servidor em razão de infração funcional grave, a EXONERAÇÃO é a dispensa do servidor por interesse deste (A PEDIDO) ou da administração (EX OFFICIO), não havendo na exoneração nenhum caráter punitivo.

III – transferência;

Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, haja vista, ademais, a necessidade de aprovação em concurso público para o provimento de cargos e empregos públicos, a transferência e a ascensão não são mais aceitas.TRANSFERÊNCIA é a passagem do servidor de seu cargo efetivo para outro de igual denominação, situado em quadro funcional diverso.

IV – aposentadoria;V – falecimento;VI – perda do cargo;VII – determinação em lei;VIII – dispensa;IX – destituição de função.

Parágrafo único - Na vacância do cargo ou função, e até o seu provimento, poderá ser designado, pela autoridade imediatamente superior, responsável pelo expediente, aplicando-se à hipótese o disposto no art. 14.

Art. 16 – A exoneração ou dispensa, ocorrerá:

1. a pedido;

2. e ex-officio.

Parágrafo único – Aplicar-se-á a exoneração ou dispensa ex-officio:

1. no caso de exercício de cargo ou função de confiança;

2. no caso de abandono de cargo, quando extinta a punibilidade por prescrição e o funcionário não houver requerido a exoneração; e na hipótese prevista no art. 5º, § 4º.

Neste caso, haja vista o decurso do prazo prescricional, como a Administração Pública não poderá mais demiti-lo,o estatuto prevê esta hipótese de exoneração “ex-offcio”.

Art. 17 – Declarar-se-á a perda do cargo:

nas hipóteses previstas na legislação penal; e nos demais casos especificados em lei.

Nos termos da Constituição Federal o funcionário estável somente perderá o cargo:

• Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

• Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

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• Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS

FÉRIASArt. 18 – O funcionário gozará, por ano de exercício, 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que somente poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos, em face de imperiosa necessidade do serviço.

Direito do servidor que consiste em um descanso remunerado, em regra de 30 dias.

§ 1º – É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 2º - Na impossibilidade absoluta de gozo de férias acumuladas ou no caso de sua interrupção, no interesse do serviço, os funcionários contarão em dobro para efeito de aposentadoria ou disponibilidade, o período não gozado.

Cuidado, não temos mais a contagem em dobro para a aposentadoria do período de férias não gozados, haja vista que a Constituição proíbe qualquer tipo de contagem de tempo de contribuição fictício.

Como regra geral o período de férias é de 30 dias consecutivos por ano, porém, os funcionários que operem com Raios-X ou substâncias radioativas gozarão 2 períodos de 20 dias, por semestre, neste caso eles não poderão acumular, nem parcelar este período. OK ? Vide art. 94 decreto 2479/79.

Nos termos do art. 90 do Decreto 2479/79, o funcionário gozará, obrigatoriamente, de 30 dias

consecutivos por ano civil, de acordo com a escala respectiva.

O funcionário só adquirirá direito as férias após o primeiro ano de exercício. Mas cuidado, este período de 12 meses só é necessário para o primeiro período de férias., tendo em vista que as férias serão concedidas por ano civil, nada impede, pois, que o funcionário goze férias em julho/2004 e outra em Janeiro/2005, são exercícios diferentes. Ok?

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As escalas de férias serão elaboradas pelas chefias imediatas, e terão por base os trimestres:

Fev / mar / abrMaio / Jun / JulAgo / Set / OutNov / Dez / JanMACETE: CASO TENHA ACHADO

DIFÍCIL GRAVAR ESSES TRIMESTRES, É SÓ LEMBRAR QUE O ANO SÓ COMEÇA DEPOIS DO CARNAVAL, E QUE O CARNAVAL É EM FEVEREIRO !!

Importante: A escala de férias deverá ser

entregue ao órgão de pessoal com antecedência mínima de (60) dias com a relação aos trimestres acima.

É proibida a concessão de férias coletivas no funcionalismo estadual, exceto aos funcionários da área de magistério. (art. 90 §8º D. 2479)

As férias poderão ser gozadas me períodos de (10) ou (15) dias. (art. 92 D.2479), no absoluto interesse do serviço.

Somente por absoluta necessidade de serviço o funcionário deixará de gozar as férias do período, importante observar que esta necessidade deverá ser informada por MEMORANDO ao departamento de pessoal do funcionário, pelo chefe imediato. (91 §1º)

Ex:Diogo cumpriu estágio experimental de

12 meses, mas até agora não foi publicada sua nomeação, neste caso, como já citamos, ele permanece na situação de estagiário, dito isso, Diogo tem direito a gozar férias ?

Resposta: Sim, haja vista disposição do art. 96 do Decreto 2479/79 que dispõe que o direito de férias é extensivo aos estagiários.

LICENÇAS

Inicialmente, cabe dizer que alguns afastamentos dos funcionários não são tidos como licenças.

Ex: No caso de casamento, é concedido ao funcionário até 8 dias de afastamento, mas não é licença.

Art. 98 – Salvo os casos previsto nos incisos IV, V e VII, do artigo anterior, o funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte quatro) meses.

§ 1º - Excetua-se do prazo estabelecido neste artigo a licença para tratamento de saúde, quando o funcionário for considerado recuperável , a juiz da junta médica.

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PRAZO MÁXIMO DAS LICENÇASComo regra geral, nenhum

funcionário poderá ficar licenciado por mais de 24 meses, porém, temos 4 exceções a esta regra, vejamos:

Licença para acompanhar cônjugeLicença para Mandato EletivoLicença para Serviço MilitarNo caso da licença para tratamento

de saúde, o funcionário poderá permanecer por mais de 24 meses, desde que seja considerado recuperável por uma junta médica. (98 §1º)

DECRETO 2479/79CAPÍTULO III - DAS LICENÇAS

Seção I - Disposições Gerais Art. 97 – Conceder-se-á licença: I – para tratamento de saúde;

Esta licença será considerada para todos efeitos de efetivo de exercício, com remuneração integral por todo o período, o funcionário licenciado para tratamento de saúde só poderá ficar mais de 24 meses, desde que seja considerado recuperável por inspeção médica.

Decreto 2479/79II – por motivo de doença em pessoa da

família;

LICENÇA POR DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA (Art. 19 II DL 220/75 C/C Art. 117 d. 2479/79)

Licença com vencimentos e vantagens integrais durante os 12

meses iniciais e durante os 12 meses finais com 2/3 da remuneração. Porém, não é possível o gozo desta licença, sendo qualquer pessoa da família, o grau de parentesco tem que ser até o 2º grau civil, consangüíneo o afim.

Cabe destacar que só será efetivo exercício os 12 meses iniciais, nos termos do art. 79, IX do decreto 2479/79.

III – para repouso à gestante;

LICENÇA À GESTANTE (ART. 19 III DL 220/75)

De acordo com a Constituição o prazo da licença á gestante será de 120 dias, nos termos do Estatuto o prazo desta licença será de 4 meses. De toda sorte, em que pese as discussões acerca dos prazos acima referidos, prevalece o disposto na Constituição Federal.

A licença á gestante poderá ser prorrogada em caso de aleitamento, pelo prazo de 30 – 90 dias.

No que tange a partir de quando será concedida, cabe dizer que a Consolidação Normativa dispõe que será a partir do nascimento, por outro lado pelo o que está inserto no Estatuto a licença à gestante será concedida a partir do 8º mês. Dependerá, pois, a qual norma a questão se referir. Ok?.

O Art. 121 do Decreto 2479/79 trata da questão da readaptação provisória da gestante que se dará a partir do 5º mês até a concessão da licença gestante.

IV – para serviço militar, na forma da legislação específica;

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LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR (Art. 19 IV DL 220/75 C/C 123 D. 2479/79)

Licença concedida pelo prazo que durar a incorporação. Porém do vencimento do funcionário será descontada a importância que recebe na qualidade de incorporado, exceto se optar pelas vantagens do serviço militar.

Ao fim do serviço militar o funcionário terá o prazo de 30 dias para reassumir o exercício.

V – para acompanhar o cônjuge;

LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE (Art. 19 V DL 220/75 C/C 125 D. 2479/79)

Evidentemente, esta licença é concedida sem vencimento, é concedida ao funcionário para acompanhar cônjuge que for para outro ponto do território estadual, nacional e até internacional.

Com efeito, cabe ressaltar que muito embora esta licença possa ultrapassar o prazo máximo de 24 meses, conforme já vimos, nos termos do art. 126 do Decreto 2479/79 esta licença deverá ser renovada no prazo de 2 em 2 anos.Caso exista na localidade para onde está indo o funcionário, unidade administrativa onde haja claro na lotação ou vaga, processar-se-á a movimentação cabível.

VI – a título de prêmio;

LICENÇA PRÊMIO (Art. 19 VI DL 220/75 C/C 129 D. 2479/79)

Após (5) anos de exercício ininterrupto, o funcionário terá direito à 3 meses a título de licença-prêmio. A licença-prêmio poderá ser gozada parceladamente em períodos de 01 a 02 meses, porém deverá ser

observado o período mínimo de (1) ano entre os períodos.

Cabe ressaltar que não existe prazo para o gozo desta licença, ou seja, o funcionário poderá acumular os períodos de licença-prêmio. Porém, também não temos mais a contagem em dobro para a aposentadoria, pois como sabemos, a aposentadoria está ligada ao tempo de contribuição, e, ademais, nossa Constituição Federal proíbe a contagem fictícia de tempo de serviço.

Importante observar que será considerado de efetivo o exercício o período de licença prêmio, e, ainda, que não existe mais contagem em dobro do período de licença prêmio não gozado para a aposentadoria.

Nos termos do art. 129 §1º do Decreto 2479/79, não será concedida licença-prêmio, se no qüinqüênio correspondente o funcionário:

1. Pena de suspensão ou multa2. Faltado ao serviço, salvo se

abonada a falta3. Ter gozado, por mais de 90

dias:

• Licença para Tratamento de Saúde

• Licença por Doença em pessoa da Família

• Licença para Acompanhar Cônjuge

Ex:Caio ingressou no serviço público estadual em 1999, portanto, em 2004 terá direito a licença Prêmio, porém, em 2002, Caio gozou 95 dias de licença para Tratamento de Saúde, neste caso não será concedida licença-prêmio a Caio. Tendo que reiniciar a contagem de 5 anos de exercício.

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Nos casos de licença para tratamento de saúde, motivo por doença em pessoa da família e por motivo de afastamento cônjuge, por até 90 dias, a contagem do prazo para aquisição do direito a licença-prêmio fica suspenso, ou seja, quando a causa da suspensão for extinta continua a contar de onde parou.

No caso de acumulação de cargos, a licença-prêmio será concedida a cada um deles, simultânea ou separadamente.

A licença-prêmio poderá ser gozada em períodos de (1) ou (2) meses, devendo ser observado o intervalo de (1) ano entre o término de um período até o início do outro.

VII – para desempenho de mandato legislativo ou executivo.

LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO ELETIVO (Art. 19 VII DL 220/75 C/C 138 D. 2479/79)

Estes artigos devem ser estudados, conjuntamente, com o disposto no Art. 38 da Constituição Federal.

O funcionário só poderá acumular o cargo efetivo com cargo eletivo, se for o cargo de vereador, e houver compatibilidade de horário.

A licença será concedida a partir da diplomação.O período que o funcionário ficar licenciado por motivo de mandato eletivo será considerado de efetivo exercício.

LICENÇA PARA TRATO DE ASSUNTOS PARTICULARES (Art. 19 VIII DL 220/75)

Esta licença só está prevista no Estatuto (DL 220/75) o Regulamento (Decreto 2479/79) foi silente no diz

respeito a esta licença. Não pode ultrapassar 24 meses. Evidentemente, também não será considerada de efetivo exercício.

DECRETO 2479/79Art. 98 § 1º - Estando o funcionário, ou

pessoa de sua família absolutamente impossibilitada de locomover-se e não havendo na localidade qualquer dos órgãos referidos neste artigo, poderá ser admitido laudo expedido por órgão médico de outra entidade pública e, na falta, atestado passado por médico particular, com firma reconhecida.

§ 2º - Nas hipóteses referidas no parágrafo anterior, o laudo ou atestado deverá ser encaminhado ao órgão médico competente, no prazo máximo de 3 (três) dias contados da primeira falta ao serviço; a licença respectiva somente será considerada concedida com a homologação do laudo ou atestado, a qual será sempre publicada.

Se na localidade onde estiver o funcionário não existir órgão médico oficial estadual, e na falta de órgão médico público de outra esfera, poderá ser aceito laudo ou atestado expedido por médico particular, devendo este laudo ser enviado para o órgão médico oficial competente dentre de (3) dias no máximo. Ok?

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§ 3º - Será facultado ao órgão competente, em caso de dúvida razoável, exigir nova inspeção por outro médico ou junta oficial.

§ 4º - No caso do laudo ou atestado não ser homologado, o funcionário será obrigado a reassumir o exercício do cargo dentro de 3 (três) dias contados da publicação do despacho denegatório, sendo considerado como de efetivo exercício os dias que deixou de comparecer ao serviço, por esse motivo.

Na hipótese deste último parágrafo, o laudo foi enviado para o órgão médico oficial competente, porém não foi homologado, ou seja, não foi aceito, devendo o funcionário neste caso, reassumir o exercício no prazo de (3) dias.

§ 5º - Se, na hipótese do parágrafo anterior, a não homologação decorrer de falsa afirmativa por parte do médico atestante, os dias de ausência do funcionário serão tidos como falta ao serviço, sujeitos, um e outro, a processo administrativo disciplinar, que apurará e definirá responsabilidades; caso o atestante não esteja vinculado ao Estado para fins disciplinares, este comunicará o fato ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina, em que seja inscrito.

OBSERVAÇÕES

A licença poderá ser prorrogada ex-oficio ou a pedido, porém a licença concedida dentro de (60) dias

contados do término da anterior será, a critério médico, considerada como sua prorrogação .

Os funcionários providos, exclusivamente, em cargos de provimento em comissão terão direito as seguintes licenças:

• Licença para Tratamento de Saúde

• Licença por Doença em pessoa da família

• Licença à Gestante

A licença para tratamento de saúde e por doença em pessoa da família, quando superior a noventa dias, dependerá de inspeção por junta médica (art. 105)

A concessão de licença ao funcionário, não impede sua exoneração, exceto no caso de licença para tratamento de saúde decorrente de acidente em serviço.

Há que se destacar também que a comprovação deste acidente em serviço deverá ser feita no prazo de 8 DIAS.

O candidato durante o estágio experimental não terá direito a nenhuma das licenças previstas no estatuto do funcionalismo, a ocorrência de qualquer fato ou circunstância tipificadora daquelas licenças importará no seu imediato afastamento do estágio e eliminação do respectivo concurso.

Art. 20 – O funcionário deixará de receber vencimentos e vantagens, exceto gratificação, adicional por tempo de

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serviço, quando se afastar do exercício do cargo:

I. para prestar serviço à União, a outro Estado, a Município, à Sociedade de Economia Mista, à Empresa Pública, à Fundação ou à Organização Internacional, salvo quando a juízo do Governador, reconhecido o afastamento como de interesse do Estado;

II. em decorrência de prisão administrativa, salvo se inocentado afinal;

A prisão administrativa não existe mais em nosso ordenamento jurídico, só teremos prisão em caso de flagrante delito ou por ordem judicial. Ok?

III. para exercer cargo ou função de confiança, ressalvado o direito de opção legal; e

IV. para estágio experimental.

Conforme já vimos o funcionário que ao ser aprovado em outro concurso estadual, seja funcionário efetivo estadual deixará de receber os vencimentos e vantagens do cargo, exceto adicional por tempo de serviço e o salário que porventura receba.

Art. 21 – O funcionário deixará de receber:

I - um terço do vencimento e vantagens, durante o recolhimento à prisão por ordem judicial não decorrente de condenação definitiva ressalvado o direito à diferença se absolvido afinal;

Cuidado, pois na prova o examinador poder perguntar quanto o funcionário receber. OK?

II - dois terços do vencimento e vantagens, durante o cumprimento, sem perda do cargo, de pena privativa de liberdade; e

III - o vencimento e vantagens do dia em que não comparecer ao serviço, salvo por motivo de força maior devidamente comprovado.

TIPO DE PRISÃO

PERDE RECEBE

PRISÃO NÃO DECORRENTE DE DECISÃO DEFINITIVA

1/3 DO VENCIMENTO E VANTAGENS

2/3 DO VENCIMENTO E VANTAGENS

PRISÃO DECORRENTE DE DECISÃO DEFINITIVA

2/3 DO VENCIMENTO E VANTAGENS

1/3 DO VENCIMENTO E VANTAGENS

Parágrafo Único - Na hipótese do artigo 59 o recebimento do vencimento e vantagens será proporcional ao tempo de serviço, ressalvado o direito à diferença em caso de arquivamento do inquérito.

IMPORTANTE ! NA SUSPENSÃO PREVENTIVA A REMUNERAÇÃO FICA PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO. OK.?

Art. 22 – As reposições e indenizações à Fazenda Pública far-se-ão em parcelas mensais não excedentes à décima parte do vencimento, exceto na ocorrência de má fé, hipótese em que não se admitirá parcelamento.

Tenho que repor R$ 1000,00 à fazenda pública, ganho R$ 500,00 por mês, o máximo que poderá ser descontado todo mês do meu salário é R$ 50,00. OK?

Art. 23 – O vencimento e as vantagens pecuniárias do funcionário não serão objeto de penhora, salvo quando se tratar:

Mas o que é Remuneração ?É o montante percebido pelo servidor público a título de vencimentos e vantagens pecuniárias. É, portanto, o somatório das várias parcelas pecuniárias a que faz jus, em decorrência da situação funcional.

I - de prestação de alimentos; e

II - de dívida para com a Fazenda Pública.

Vale lembrar que as reposições à fazenda pública deverão ser feitas

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tendo por base 10% da remuneração do servidor.

TEMPO DE SERVIÇO

O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual do funcionário.

Ao entrar em exercício o funcionário apresentará ao órgão competente os elementos necessário à abertura de seu assentamento individual.

O início do exercício e as alterações que nele ocorrerem serão comunicados ao órgão setorial de pessoal, pelo titular da unidade administrativa em que estiver servindo o funcionário.

Decreto 2479/79 Art. 68 – O funcionário entrará em

exercício no prazo de 30 (trinta) dias contados da data:

I – da publicação do ato de nomeação em cargo efetivo;

II – da publicação do ato de reintegração, de transferência ou de aproveitamento;

III – da publicação do ato de provimento em função gratificada.CAPITULO II - DA APURAÇÃO

Art. 76 – A apuração do tempo de serviço será feita em dias, não considerado, para qualquer efeito, o exercício de função gratuita.

§ 1º - O número de dias será convertido em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

§ 2º - Feita a conversão, os dias restantes até 182 (cento e oitenta e dois) não serão computados, arredondando-se para um ano quando exceder esse número, nos casos, de cálculo para aposentadoria.

VANTAGENS

VANTAGENS E CONCESSÕESCAPÍTULO V - DAS VANTAGENSSEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 149 – Além do vencimento, poderá o funcionário perceber as seguintes vantagens pecuniárias:

I – adicional por tempo de serviço;

ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Trata-se do chamado triênio, ou seja, após o decorridos três anos de exercício, o funcionário recebe um aumento a título de triênio. No TJ o primeiro triênio é de 10% e os seguintes de 5%.Há que se destacar que conforme já salientamos, o funcionário que ao ser designado para o estágio experimental for ocupante de cargo efetivo estadual, durante o cumprimento de tal etapa, ficará afastado do cargo, perdendo o vencimento e as vantagens do seu cargo, mas não perde o adicional por tempo de serviço e o salário família que porventura receba. (Vide art. 2§5º DL 220/75 c/c 10 §1º d. 2479/79)

II – gratificações;

GRATIFICAÇÕES – ART. 151 D. 2479/79

1. de função funções de confiança exercidas, exclusivamente, por servidores ocupantes de cargo efetivo. Vide art. 37 , V da Constituição.

2. pelo exercício de cargo em comissão tem cabimento quando o funcionário de cargo efetivo, for provido em um cargo em comissão, neste caso o funcionário pode escolher recebe sua remuneração + 70% do cargo em comissão. Vide art. 23 D. 2479/79.

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3. pela prestação de serviço extraordinário esta gratificação consiste em remunerar as atividades que forem exercidas fora do período normal de trabalho.

O importante a saber no que tange a esta gratificação é que o funcionário trabalhará no máximo, 2 horas diárias excedentes, e que não se admite recusa por parte do funcionário. O Valor da hora extraordinária será 50% maior que a hora normal, cabe dizer ainda que o funcionário não poderá receber mais que 50% do seu vencimento a título de “hora extra”. O desempenho de atividades em horas extraordinárias não será computado como tempo de serviço público para qualquer efeito.

Ex: Caio, funcionário do Estado, recebe R$ 2000,00, não poderá receber mais do que R$ 1000,00, por mês, a título de serviço extraordinário. Ok ?

4. gratificação de representação de gabinete compensação de despesas de apresentação inerentes ao local de trabalho. Vide art. 168 d. 2479/79.

5. gratificação pela participação em órgão de deliberação coletiva Tem cabimento quando o funcionário participa de algum órgão de deliberação coletiva, p. ex., conselho fiscal, conselho penitenciário etc.

Importante: Não serão remuneradas as sessões que excederem ao número de 12 por mês. Importante destacar também que é vedada, ou seja, proibida a participação do funcionário em mais de um órgão de deliberação coletiva, salvo quando for membro nato.

Esta gratificação é acumulável com quaisquer outras vantagens recebidas pelo funcionário

6. gratificação pela participação banca examinadora de concurso ou em curso oficialmente instituído .

III – ajuda de custo e transporte ao

funcionário mandando servir em nova sede;

A ajuda de custo está intimamente ligada ao caráter de permanência do exercício em nova sede, diferentemente da diária, na qual o caráter da transitoriedade é prevalece.

Nos termos do art. 180 do D. 2479/79, a ajuda de custo não será inferior a uma nem superior a três vezes a importância correspondente ao vencimento do funcionário.

Importante observar que o funcionário que ficar fora da sede de sua unidade administrativa, em objeto de serviço, por mais de 30 dias, perceberá ajuda de custo correspondente a um mês de vencimento, sem prejuízo das diárias que lhe couberem, ou seja, recebe as diárias + a ajuda custo. Ok ?

Quando a designação para nova sede for a pedido não se concederá ajuda de custo ao funcionário.

O funcionário terá que restituir a ajuda de custo:

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Quando não se transportar para a nova sede ou local da missão, nos prazos determinados. Como sabemos o funcionário tem (5) dias, para entra em exercício na nova sede, é o chamado período de trânsito.Também vai devolver quando antes de decorridos 3 meses do deslocamento:• Regressar• Pedir exoneração• Abandonar o cargo

! Esta restituição não poderá ser feita parceladamente. (183 §1º)!! Após o recebimento da ajuda de custo, somente após decorridos noventas dias de exercícios na nova sede o funcionário poderá gozar a licença prêmio que porventura tenha direito.Vide art. 182 §3º

O funcionário não será obrigado a restituir quando o regresso for determinado a juízo da Administração Pública, ou ainda, quando decorrer de doença comprovada ou de motivo de força maior.

Também não será obrigado a restituir quando pedir exoneração após 90 dias de exercício na nova sede.

Não podemos confundir ajuda de custo com auxílio moradia. ( Vide art.251)

INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Também é assegurado transporte para a nova sede, inclusive para os dependentes do funcionário, vale lembrar que além da indenização de transporte o funcionário recebe a ajuda de custo.Porém, ao se deslocar para a nova sede, o funcionário poderá

utilizar, se quiser, veículo próprio, neste caso:

Recebe como indenização:A importância de (1) tarifa integral + 50% por dependente que o acompanhe, até o máximo de 3.Ex: Sabendo-se que a tarifa rodoviária é R$ 10,00, indique quanto Rodrigo, que é casado, tem 5 filhos, ao ser designado para trabalhar em uma nova sede, receberá:

(a) R$ 40,00(b) R$ 35,00(c) R$ 30,00

(d) R$ 25,00(e) R$ 20,00

Resposta: (D) 1 integral = R$ 10,00 + 3 x R$ 5,00 = 25,00. Ok ?

No exemplo acima, caso algum dependente não fosse no carro com o Rodrigo, a Administração, obrigatoriamente, forneceria as passagens. (Vide art. 184 §2º Decreto 2479/79).

São considerados dependentes, para efeito de indenização de transporte: 1. Cônjuge / companheiro (a)2. Filho ou enteado / menor que viva

sob a guarda e o sustento do funcionário

3. Os pais sem economia própria (que recebem menos que um salário mínimo. Vide art. 186 §2º).

4. (1) empregado doméstico – portanto, para efeito de indenização de transporte, empregada doméstica é dependente.

5. Importante: Maioridade – filhos perdem condição de dependente, exceto: (V. 186 §1º)

6. filha solteira e sem economia própria

7. o filho inválido8. filho estudante, que não exerça

qualquer atividade lucrativa (até 24 anos)

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IV – diárias, àquele que, em objeto de serviço, se deslocar eventualmente da sede.

Conforme já citamos a diária tem um caráter de transitoriedade, a diária irá cobrir as despesas de alimentação e pousada ou somente alimentação. Vejamos:

Diária de alimentaçã

o e pousada

Deslocamento superior a

100 KM, desde que o pernoite seja

por exigência do

serviço

Quando o deslocament

o da sede exceder 18

horas.

Diária de alimentaçã

o

Deslocamento inferiores a

100 KM e superiores a

50 KM

Quando o afastamento for inferior a

18 hs e superior a 8

hs.

O funcionário recebe as diárias adiantadamente, aquelas que não utilizar deverá restituir, dentro do prazo de 48 horas contadas do regresso à sede.

CONCESSÕES

TÍTULO VI

DAS CONCESSÕES

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 225 – Sem prejuízo do vencimento, direitos e vantagens, o funcionário poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos por motivo de:

I – casamento;

II – falecimento do cônjuge, companheiro ou companheira, pais, filhos ou irmãos.

Importante observar que este afastamento não será concedido

por morte de qualquer pessoa da família. OK?

§ 1º - Computar-se-ão, para os efeitos deste artigo, os sábados, domingos e feriados compreendidos no período.

§ 2º - A qualidade de companheiro ou companheira, exclusivamente para esse efeito, será demonstrada pela coabitação por prazo mínimo de 02 (dois) anos, desnecessária em havendo filho comum.

Não confundir este dispositivo com o previsto no art. 128 do decreto 2479/79, o qual dispõe que para concessão de licença para acompanhar cônjuge, caso haja um impedimento legal ao casamento, será aplicada esta licença aos funcionários que vivam maritalmente e convivência por mais de cinco anos.

Art. 226 – Ao licenciado para tratamento de saúde em virtude de acidente em serviço ou doença profissional, que deva ser deslocado de sua sede para qualquer ponto do território nacional, por exigência do laudo médico, será concedido transporte à conta dos cofres estaduais, inclusive para um acompanhante.

Pelo previsto neste artigo o Estado deverá custear as despesas de transporte, do funcionário licença para tratamento de saúde decorrente de acidente em serviço.

Licenciado para tratamento de saúde em virtude de acidente de serviço ou doença profissional transporte à conta dos cofres estaduais para qualquer ponto do território nacional.

§ 1º - Será, ainda, concedido transporte à família do funcionário falecido no desempenho de serviço, fora de sede de seus trabalho, inclusive quando no exterior.

§ 2º - Correrão, também, por conta do Estado, as despesas com a remoção e

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com o sepultamento do funcionário falecido no desempenho do serviço.

O funcionário estudante poderá faltar nos dias de provas em estabelecimentos de ensino de qualquer grau, basta para isso que comprove, mediante declaração.

Sendo que este afastamento é de efetivo exercício.

Ao funcionário que mudar o domicílio, para o exercício de cargo público estadual, será assegurada a vaga, mesmo que não exista, se o estabelecimento seja integrante do sistema estadual de ensino.

Os atos que deslocarem ex-oficio os funcionários estudantes de uma para outra cidade ficarão suspensos, se, na nova sede ou em localidade próxima, não existir estabelecimento congênere, oficial, reconhecido ou equiparado àquele em que o interessado esteja matriculado.

O funcionário estudante matriculado em estabelecimento de ensino que não possua curso noturno, poderá, sempre que possível, ser aproveitado em serviços cujo horário não colida com o relativo ao período das aulas.

SALÁRIO-FAMÍLIA – ART. 233Ajuda concedida ao funcionário para o custeio das despesas de sua família, a cada dependente arrolado no art. 234 corresponderá uma cota de salário-família.

1. I – por filho menor de 21 (vinte um) anos, que não exerça atividade remunerada;

2. II – por filho inválido; III – por filha solteira, separada judicialmente ou divorciada sem economia própria;

IV – por filho estudante que freqüenta curso médio ou superior e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de 24 (vinte quatro) anos; V – pelo ascendente, sem rendimento próprio, que viva a expensas do funcionário; VI – pela esposa que não exerça atividade remunerada por motivo de invalidez permanente; VII – pelo esposo que não exerça atividade remunerada, por motivo de invalidez permanente; VIII – pela companheira, assim conceituada na lei civil.

Parágrafo único – Compreendem-se neste artigo o filho de qualquer condição o enteado, o adotivo, e o menor que comprovadamente viva sob a guarda e o sustento do funcionário.

Caso o pai e a mãe sejam funcionários de qualquer órgão público federal, estadual ou municipal, e viverem em comum, o salário-família será concedido, exclusivamente ao pai.(235). Importante observar também que a cota de salário-família por dependente inválido corresponderá ao triplo da cota normal. Nos termos do art. 240, no casos de acumulação legal, o salário-família será pago somente em relação a um deles.

AUXÍLIO DOENÇA – ART. 245 DECRETO 2479/79

Após cada período de 12 meses consecutivos de licença para tratamento de saúde o funcionário terá direito a 1 mês de vencimento a título de auxílio doença. No caso de acumulação legal, este auxilio só será pago em relação a um deles, se ambos forem estaduais, calculado sobre o de maior vencimento.

AUXÍLIO FUNERAL – ART. 249

Valor de 15 UFERJs (aproximadamente R$ 50,00 cada), na verdade este auxílio será pago a quem pagou as despesas do

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funeral, vide art. 250 §1º. O pagamento do auxílio funeral deverá estar concluído no prazo de 48 horas da apresentação da certidão de óbito.Cabe destacar que este benefício também será concedido ao estagiário, ou seja, caso o candidato faleça durante o estágio experimental, à família dele será concedido auxílio funeral.

AUXÍLIO MORADIA – ART. 251

Só terá cabimento quando da designação ex officio, ou seja, pela própria administração, para servir em outra sede e o funcionário não venha residir em imóvel público. O auxílio moradia corresponderá a 20% do vencimento do funcionário. Porém ao completar 1 ano de serviço na nova sede o funcionário deixará de receber auxílio moradia.

O auxílio-moradia, pago mensalmente junto com o vencimento do funcionário, será suspenso nas hipóteses previstas nos incisos II, IV, V, XVIII e XX do artigo 79. Neste sentido, Quando o funcionário se afastar do seu cargo, para cumprir estágio experimental em outro também perderá o auxílio moradia. Vide art. 254.

DIREITO DE PETIÇÃOArt. 31 – É assegurado aos funcionários o direito de requerer ou representar.

Um direito constitucionalmente protegido, o direito de representar tem como finalidade dar-se noticia de fato ilegal ou abusivo ao poder público, para que providencie as medidas adequadas.

O exercício do direito de petição não exige seu endereçamento ao órgão competente para tomada de providências., devendo, pois quem a receber, encaminha-la á autoridade competente.

Parágrafo único – O recurso não tem efeito suspensivo; seu provimento retroagirá à data do ato impugnado.

Art. 32 – O direito de requerer prescreverá:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão, de cassação, de aposentadoria ou de disponibilidade e quanto às questões que envolvam direitos patrimoniais;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, ressalvados os previstos em leis especiais.

PRESCRIÇÃO PARA O FUNCIONÁRIO PLEITEAR ALGO NA ADMINISTRAÇÃO

5 ANOS

DEMISSÃO

CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA

CASSAÇÃO DE DISPONIBILIDADE

QUESTÕE QUE ENVOLVAM $$$

120 DIAS DEMAIS CASOS

Não podemos confundir este prazo prescrional, que na verdade é para o funcionário pleitear contra algum ato da administração, com o prazo prescricional que tem a Administração Pública para punir o funcionário. OK?

§ 1º – O prazo de prescrição contar-se-á da data da ciência do interessado, a qual se presumirá da publicação do ato.

§ 2º – Não correrá a prescrição enquanto o processo estiver em estudo.

§ 3º – O recurso interrompe a prescrição até duas vezes.

DO REGIME DISCIPLINAR

INFRAÇÃO DISCIPLINAR

Art. 38 – Constitui infração disciplinar toda ação ou omissão do funcionário capaz de comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à Administração Pública.

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CAPÍTULO II

DOS DEVERES

O art. 39 do Decreto-Lei 220/75 enumera os deveres dos funcionários públicos civis do Estado do Rio de Janeiro, por outro lado o art. 40 dispõe acerca das proibições a que estão sujeitos os funcionários, dito isso, no instante que houver a violação de uma dessas imposições é que surge para o estado o dever de punir os agentes públicos, haja vista a responsabilidade administrativa de tais agentes, neste sentido, o Estado tem o dever de instaurar um processo administrativo disciplinar para se apurar tal conduta.

Art. 39 – São deveres do funcionário:

Entre os deveres do funcionário podemos destacar:

• Art. 39, VIII - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

Cuidado, pois o funcionário não é obrigado a obedecer à ordem ilegal, ainda que de um superior hierárquico.

• Art. 39, IV - discriçao;

Não é descrição, que tem significado diferente de discrição. OK?

• Art. 39 XIII - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função;

• Art. 39 XIV - submeter-se à inspeção médica determinada por autoridade competente, salvo justa causa.

CAPÍTULO III

DAS PROIBIÇÕES

PRINCIPAIS PROIBIÇÕES

• Art. 40, III - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função pública;

É a conhecida “carteirada”, então já saiba que é proibido utilizar a carteira funcional para lograr proveito pessoal. OK?.

• Art. 39, IV - discriçao;

Não é descrição, que tem significado diferente de discrição. OK?

• Art. 40, IV - coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza partidária;

• Art. 40 V – participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo de empresa ou sociedade:

contratante, permissionária ou concessionária de serviço público;

fornecedora de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie, a qualquer órgão estadual;

de consultoria técnica que execute projetos e estudos, inclusive de viabilidade, para órgãos públicos.

• Art. 40 VI – praticar usura, em qualquer de suas formas, no âmbito do serviço público;

Usura – empréstimo a juros

• Art. 40 VI – praticar usura, em qualquer de suas formas, no âmbito do serviço público;

Usura – empréstimo a juros

• 40, VII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos estaduais, salvo quando se tratar de percepção de vencimento, remuneração, provento ou vantagem de parente, consangüíneo ou afim, até o segundo grau civil;

• Art. 40, VIII - exigir, solicitar ou receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie em razão do

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cargo ou função, ou aceitar promessa de tais vantagens;

• Art. 40, IX - revelar fato ou informação de natureza sigilosa, de que tenha ciência em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;

• Art. 40, X - cometer a pessoa estranha ao serviço do Estado, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;

• Art. 40, XI - dedicar-se, nos locais e horas de trabalho, a palestras, leituras ou quaisquer outras atividades estranhas ao serviço, inclusive ao trato de interesses de natureza particular;

• Art. 40, XII - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;

• Art. 40, XIII - empregar material ou quaisquer bens do Estado em serviço particular;

• Art. 40, XIV - retirar objetos de órgãos estaduais, salvo quando autorizado por escrito pela autoridade competente;

• Art. 40, XV - fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na legislação fiscal e financeira;

• Art. 40, XVI - deixar de prestar declaração em inquérito administrativo, quando regularmente intimado;

• Art. 40, XVII - exercer cargo ou função pública antes de atendido os requisitos legais, ou continuar a exercê-los sabendo-o indevidamente.

CAPÍTULO IV

DA RESPONSABILIDADE

Art. 41 – Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.

Cada responsabilidade é, em princípio, independente da outra. Por exemplo, pode haver responsabilidade civil sem que haja

responsabilidade penal ou administrativa. Pode também haver responsabilidade administrativa sem que se siga conjuntamente a responsabilidade penal ou civil.

Responsabilidade Civil A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuízo da Fazenda Estadual ou de terceiros.

No caso de dano causado a terceiros, responderá o funcionário perante a Fazenda Estadual em ação regressiva.

Responsabilidade Penal Abrange os crimes e contravenções imputadas ao funcionário nessa qualidade.

Responsabilidade Administrativa Resulta de atos praticados ou omissões ocorridas no desempenho do cargo ou função, ou fora dele, quando comprometedores da dignidade e do decoro da função pública.

Art. 45 – As combinações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.

Em alguns casos a conduta pode acarretar responsabilidade civil, penal e administrativa, ora se as responsabilidades se acumulam, a conseqüência natural será a acumulação das sanções.OK?

CAPÍTULO V

DAS PENALIDADES

Para que o funcionário seja punido é imprescindível que seja instaurado

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um processo administrativo disciplinar, no qual sejam assegurados a ampla defesa e o contraditório.

Convém lembrar que o rol das penalidades é taxativo, desta feita, não poderemos ter a aplicação de outra espécie de punição que não esteja prevista no Estatuto.

O servidor no atuar no administrativo estará sujeito as seguintes penalidades:

I) Advertência

A penalidade de advertência será aplicada verbalmente em casos de negligência e comunicada ao órgão de pessoal

II) Repreensão

Aplicada por escrito em casos de desobediência ou falta de cumprimento de deveres, bem como reincidência específica em transgressão punível com pena de advertência

III) Suspensão

A pena de suspensão será aplicada em casos de falta grave, desrespeito a proibições que, pela sua natureza, não ensejarem pena de demissão e nos casos de reincidência em falta já punida com repreensão.A pena de suspensão não poderá exceder 180 dias, o funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo, diferentemente da SUSPENSÃO PREVENTIVA que conforme já citamos, neste caso a remuneração ficará proporcional ao tempo de serviço.

IV) Multa

Consiste na conversão da punição de suspensão em pena pecuniária, deste modo, o funcionário ficará obrigado a comparecer ao serviço, porém só

receberá 50% do vencimento do cargo. O importante é observar que na suspensão ele não trabalharia, e, logicamente, também não receberia, já no caso da conversão para multa ele só irá receber 50% do vencimento.

V) Destituição de Função

Ocorrerá quando verificada falta de exação no cumprimento do dever, ou seja, falta de exatidão.

VI) Demissão

A punição mais grave a que está sujeito um funcionário público, porém, é comumente confundida com a EXONERAÇÃO, esta última que não é punição, apenas um ato que gera vacância.

O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade, podendo inclusive, conforme a gravidade da falta, podendo ser aplicada com a nota a BEM DO SERVIÇO PÚBLICO, neste caso o funcionário não poderá fazer mais concurso público.

IMPORTANTE, EXONERAÇÃO NÃO É PUNIÇÃO !

• A PENA DE DEMISSÃO SERÁ APLICADA NOS SEGUINTES CASOS:

1) Falta relacionada no art. 40, quando de sua natureza grave, a juízo da autoridade competente, e se comprovada má-fé

2) Incontinência pública e escandalosa; prática de jogos proibidos

3) Embriaguez habitual ou em serviço;

4) Ofensa física em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa;

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5) Abandono de cargo;

Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, por 10 DIAS CONSECUTIVOS.

6) Ausência ao serviço, sem causa justificada, por 20 DIAS, interpoladamente, durante o período de 12 meses;

7) Insubordinação grave em serviço;

8) Ineficiência comprovada, com caráter de habitualidade, no desempenho dos encargos de sua competência;

9) Desídia no cumprimento dos deveres.

VII) Cassação de Aposentadoria / Cassação de Disponibilidade

Tem cabimento quando ficar provado, em inquérito administrativo, que o aposentado ou o disponível praticou, quando ainda no exercício do cargo, falta suscetível de determinar demissão ou ainda, aceitou, na atividade, ilegalmente, cargo ou função pública, provada a má-fé;

No momento da aposentadoria teremos a vacância do cargo, deste modo o funcionário não poderá ser demitido, há que se ter em mente que na cassação da aposentadoria o momento da apuração da irregularidade se dá na inatividade, por isso a cassação de aposentadoria, que equivale a demissão.

Será cassada a disponibilidade ao funcionário que não assumir no prazo legal (30 dias) o exercício do cargo ou função em que for aproveitado.

COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

PENALIDADE

TITULAR

SERVENTIA

JUIZ

CORREGEDOR

PRESIDENTE DO TJ

ADVERT. X X X XREPREENS. X X X XSUSPENSA

O

ATÉ 30 DIAS

X X X

SUSPENSÃO MAIS DE

30 DIAS

X X

MULTA X XDESTITUIÇ

ÃO

FUNÇÃO

X X

DEMISSÃO XCASSAÇÃO

APÓS / DISP

X

A APLICAÇÃO DA PENA DE DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO CABERÁ À AUTORIDADE QUE HOUVER FEITO A DESIGNAÇÃO DO FUNCIONÁRIO.

PRESCRIÇÃO DA CONDUTA ILÍCITA

A Administração Pública terá, dependendo do tipo de penalidade a que estiver sujeito o funcionário, prazo específico para puni-lo, pois caso fique inerte, não poderá mais faze-lo.

PRESCRIÇÃO DA CONDUTA ILÍCTA, OU SEJA, APÓS QUANTO TEMPO O ESTADO

NÃO PODERÁ MAIS PUNIR O FUNCIONÁRIO

ART. 57 DECRETO 2479/79

5 ANOS

DEMISSÃO

DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO

CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA

CASSAÇÃO DE DISPONIBILIDADE

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2 ANOS ADVERTÊNCIA

REPREENSÃO

MULTA

SUSPENSÃO

• A falta também prevista como crime na lei penal prescreverá juntamente com este.

• O curso da prescrição começa a fluir da data do evento punível disciplinarmente e interrompe-se pela abertura de inquérito administrativo.

• As penalidades aplicadas aos servidores serão registradas no seu assentamento funcional.

DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Trata-se medida administrativa acautelatória que não tem a natureza de punição, haja vista que seu objetivo é permitir a verificação/apuração do ilícito administrativo sem interferência do funcionário nas investigações.

A suspensão preventiva poderá ser ordenada, a qualquer tempo, no curso do inquérito administrativo, e terá prazo de até 30 dias, os quais poderão ser estendidos até 90 dias.

O funcionário que responder por malversação ou alcance de dinheiro público ou infração de que possa resultar a pena de demissão, poderá permanecer suspenso preventivamente, a critério da autoridade que determinar a abertura do respectivo inquérito, até decisão final do processo administrativo.

Durante a suspensão preventiva o servidor recebe de forma proporcional ao tempo de serviço. E o período de suspensão preventiva só será considerado de efetivo exercício se o funcionário for inocentado ao final do processo administrativo disciplinar.

Os policiais civis, suspensos previamente, terão a arma, o distintivo, a carteira funcional ou qualquer outro bem patrimonial, que mantenham mediante cautela, devidamente recolhidos, caso tal providência ainda não tenha sido tomada.

CAPÍTULO VII

DA APURAÇÃO SUMÁRIA DA IRREGULARIDADE

De acordo com o disposto a Administração Pública dispõe dos seguintes instrumentos para apurar os ilícitos administrativos:

• SINDICÂNCIA (Apuração Sumária)

• PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (Inquérito Administrativo)

Art. 61 – A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço público é obrigada a promover-lhe, imediatamente, a apuração sumária, por meio de sindicância.

Como regra geral a sindicância consubstancia-se em uma apuração mais superficial das irregularidades, em tese a sindicância deve anteceder a instauração de um processo administrativo disciplinar.

Parágrafo Único - A autoridade promoverá a apuração da irregularidade diretamente por meio de inquérito administrativo, sem a necessidade de sindicância sumária, quando:

Este parágrafo nos demonstra três hipóteses em que não será necessária a instauração de uma sindicância, para que esta desse ensejo a um processo administrativo disciplinar. Portanto, nos casos previstos neste parágrafo a autoridade competente já poderá

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instaurar direto o processo administrativo disciplinar, sem a obrigatoriedade de instauração de sindicância.

1- já existir denúncia no Ministério Público;

Aqui o ilícito administrativo também se configura como um ilícito penal, ora, se o Ministério Público já propôs a competente denúncia é porque o Ministério Público já reúne condições de apontar a AUTORIA E A MATERIALIDADE DO ILÍCITO.

2- tiver ocorrido prisão em flagrante; e

3- for apurado abandono de cargo ou função.

No que tange ao abandono de cargo há que se convir que não existe a necessidade de se apurar este ilícito, haja vista a clareza de tal infração, basta verificar a folha de freqüência e verificar que o servidor faltou, sem causa justificada, 10 dias consecutivos.

Art. 62 – A apuração sumária, por meio de sindicância não ficará adstrita ao rito determinado para o inquérito administrativo, constituindo simples averiguação, que poderá ser realizada por um único funcionário.

Haja vista tratar-se a sindicância de uma simples averiguação, poderá ser processada por um único servidor ou uma comissão de três servidores. (Vide art. 311 §único)

A sindicância não obedece a maiores formalidades já que sua finalidade básica é a reunião de elementos para que o Estado possa a vir a processar administrativamente o servidor.

As declarações do servidor suspeito serão recebidas também como defesa, tendo em vista o caráter sumário da sindicância, porém o servidor poderá juntar em 5 DIAS

quaisquer documentos que considere úteis.

Art. 63 – Se no curso da apuração sumária ficar evidenciada falta punível com pena superior à advertência, repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias ou multa correspondente, o responsável pela apuração comunicará o fato ao superior imediato, que solicitará, pelos canais competentes, a instauração do inquérito administrativo.

Conforme já falamos a sindicância pode servir para lastrear um processo administrativo disciplinar, para isso basta que no curso das investigações sumárias fique evidenciada a pratica de conduta que dê ensejo a uma das punições previstas neste artigo:• SUSPENSÃO POR MAIS DE 30 DIAS• DEMISSÃO• CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA• CASSAÇÃO DE DISPONIBILIDADE• DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO

A sindicância terá prazo de 30 dias, que poderão ser prorrogados por mais 8 dias, em caso de força maior.

Ao fim da sindicância será apresentado relatório de caráter expositivo, contendo, exclusivamente, de modo claro e ordenado, os elementos fáticos colhidos ao curso da sindicância.

Recebido o relatório de sindicância a autoridade competente proporá imediatamente:

• O ARQUIVAMENTO DA SINDICÂNCIA, NO CASO DE VERIFICAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADES OU DE IDENTIFCAÇÃO DE AUTORIA;

• APLICAÇÃO DAS PENAS DE ADVERTÊNCIA, REPREENSÃO E

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SUSPENSÃO DE ATÉ 30 DIAS E MULTA CORRESPONDENTE;

• ENCAMINHAMENTO À AUTORIDADE COMPETENTE NO CASOD EVIDÊNCIA DE FALTA PUNÍVEL COM PENA SUPERIOR A 30 DIAS; DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO; DEMISSÃO; CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE

CAPÍTULO VIII

DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 64 – O inquérito administrativo precederá sempre à aplicação das penas de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Art. 68 – O inquérito deverá estar concluído no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir do dia em que os autos chegarem à Comissão, prorrogáveis, sucessivamente, por períodos de 30 (trinta) dias, em caso de força maior a juízo do Secretário de Estado de Administração, até o máximo de 180 (cento e oitenta) dias.

O inquérito administrativo (Processo Administrativo Disciplinar) será conduzido por uma comissão de inquérito, sendo que tal processo deverá estar concluído no prazo de 90 dias, podendo vir a ser prorrogado, em caso de força maior, por mais 03 períodos de 30 dias, no máximo.

§ 1º – A não observância desses prazos não acarretará nulidade do processo, importando, porém, quando não se tratar de sobrestamento, em responsabilidade administrativa dos membros da Comissão.

Há que se destacar que se por um acaso o processo administrativo disciplinar não se encerrar no prazo estabelecido acima, isto

não irá acarretar nulidade do processo administrativo, na verdade os membros da comissão deverão responder administrativamente por tal fato.

§ 2º – O sobrestamento de inquérito administrativo só ocorrerá em caso de absoluta impossibilidade de prosseguimento, a juízo do Secretário de Estado de Administração.

Sobrestar significa paralisar o andamento do processo. .

§ 3º - Em se tratando de abandono de cargo o inquérito deverá estar concluído no prazo de 60 dias, contados a partir da chegada dos autos à Comissão, prorrogáveis por 2 (dois) períodos de 30 (trinta) dias cada um, a juízo do Secretário de Estado de Administração.

IMPORTANTE --> O INÍCIO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR OCORRE POR DETERMINAÇÃO DA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO ASSIM QUE A MESMA VENHA A TER CIÊNCIA DA OCORRÊNCIA DE ALGUM ILÍCITO ADMINISTRATIVO PRATICADO PELO SERVIDOR.

No caso de abandono de cargo o inquérito

deverá estar concluído no prazo de 60 dias + (30) + (30). Ok?

Art. 70 - Ultimada a instrução será feita no prazo de 3 (três) dias a citação do indiciado para apresentação de defesa no prazo de 10 (dez) dias, que será comum sendo mais de um indiciado, com vista dos autos na sede da Comissão.

Podemos identificar no Processo Administrativo disciplinar (5) fases distintas:

1. INSTAURAÇÃO Através de Portaria

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2. INSTRUÇÃO Momento da colheita de provas, fase na qual são ouvidas as testemunhas, realizadas as perícias, etc

O servidor será intimado de todos os atos que vierem a ser produzidos na fase instrutória.

As solicitações das Comissões de Inquérito serão atendidas no prazo

máximo de (7) dias, porém os órgãos estaduais deverão comunicar

no prazo de 48 horas a impossibilidade do atendimento no prazo estabelecido. OK?.3. DEFESA ultimada, ou seja,

terminada a instrução, será feita a citação a citação do

indiciado em 3 dias, para

que apresente defesa em 10 DIAS.

Caso haja dois ou mais indiciados, o

prazo será comum e de 20 DIAS.

§ 1º - Estando o indiciado em lugar incerto, será citado por edital, no órgão oficial de divulgação do Estado

por 3 (três) dias consecutivos, sendo que o prazo de defesa neste caso será contado da última publicação.

As diligências e oitivas de testemunhas requeridas pela defesa ficarão a cargo do interessado e deverão ser concluídas no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de perda de prova

Ocorrendo revelia, ou seja, não havendo apresentação de defesa pelo servidor acusado deverá ser designado algum servidor, bacharel em direito, para defender o indiciado.

4. RELATÓRIO Após a fase da defesa a Comissão de inquérito

terá o prazo de 60 dias para apresentação de um relatório. Este relatório deverá não somente apontar o que foi apurado no processo como também deverá concluir objetivamente acerca da inocência ou da responsabilidade do servidor.

5. RELATÓRIO O relatório da Comissão de Inquérito será encaminhado a autoridade

competente, a qual terá 20 dias contados do recebimento, para adotar uma das seguintes medidas:

• Concorda com a conclusão do relatório, aplicando a penalidade cabível.

• Entende que os fatos não foram devidamente apurados, neste caso, os autos do processo retornarão á Comissão de Inquérito que terá que cumprir as diligências no prazo

máximo de 30 dias. Após remeterá novamente os autos do processo para

autoridade que terá 20 dias para decidir. OK?

PROCESSO ADMINISTRATIVOABANDONO DE CARGO

O prazo do Processo Administrativo

Disciplinar será de 60 dias podendo ser prorrogado por mais 2 x (30)

O acusado será citado por edital, que será publicado por (3) vezes no âmbito de 20 dias,

A comissão só poderá propor:

• Arquivamento do Processo• Expedição do ato de demissão

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O prazo do Processo Administrativo

Disciplinar será de 60 dias podendo ser prorrogado por mais 2 x (30)

O funcionário só poderá ser exonerado a pedido após a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar a que responder e do qual mão resultar pena de demissão

REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Terá cabimento quando forem aduzidos fatos ainda não conhecidos, comprobatórios da inocência do funcionário punido. A revisão poderá ser solicitada por qualquer pessoa, tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou incapacitado de requerer. A revisão será processada em apenso ao processo originário e será instituída por uma Comissão Revisora. Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.

PRAZO DO PROCESSO DE REVISÃO

• 90 dias + (30) prorrogação

Após este prazo a autoridade terá

30 dias para decidir se acolhe ou não o pedido de revisão formulado pelo servidor.

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