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5/22/2018 62761547 Apostila Tecnicas de Avaliacao de Impactos Ambiental
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Professor Joo Batista Lcio Corra
EADCURSO TCNICO EM MEIO AMBIENTEAVALIAO DE IMPACTO AMBIENTAL
Aposti la compi lada e ampliada de:TCNICAS DE AVAL IAO DE IMPACTO AMBIENTAL
Prof Elias silva2004
MINAS GERAIS - BRASIL2008
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INDICE
1. INTRODUO................................................................................................................ 3
2. AIA DIFUSO INTERNACIONAL............................................................................ 4
2.01. OS PASES DESENVOLVIDOS .......... ............. ......... ............ ........... ......... ............. 4
2.02. OS PASES EM DESENVOLVIMENTO ............... ............. ......... ............. .......... .... 4
2.03. AIA EM TRATADOS INTERNACIONAIS ............ ............. .......... ........... ........... .... 5
2.04. AIA no BRASIL.............. ......... ......... .......... ............. ......... ............. .......... ......... ........ 7
3. AIA - : VISO LEGAL, ECOLGICA, ECONMICA TICA..................................9
4. DEFINIES PARA AVALIAO DE IMPACTO AMBIENTAL.......................... 10
5- CONCEITOS BSICOS ............................................................................................... 12
5.01. EMPREENDIMENTO IMPACTANTE........... ........... .......... ............. ........... ........ . 12
5.02. ATIVIDADE IMPACTANTE................ .......... ........ ........... ............ ........ .............. .. 125.03. PROCESSO IMPACTANTE.......... ........... ........... ............ ........... ......... .......... ........ 12
5.04. IMPACTO AMBIENTAL........ .......... ............. ......... ............. .......... ......... .......... ..... 12
5.05. REA DIRETAMENTE AFETADA.......... ............. ......... ............. .......... ......... ...... 12
5.06. REA INDIRETAMENTE AFETADA ......... ........... ........... .......... ............. .......... . 12
5.07. COMPARTIMENTO AMBIENTAL .......... ............. ......... ............. .......... ......... ...... 13
5.08. AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ........... .......... ........... ........... ........... 13
5.09. ATRIBUTOS PRINCIPAIS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .............. ............ ... 13
5.09.1. MAGNITUDE.......... .......... ............ .......... ............. ......... .......... ......... .......... 14\5.09.2.IMPORTNCIA ........... .......... ........... ........... ............. ........ ........... .......... .......... 14
5.10. ATORES SOCIAIS.... ........... ............ ......... .............. .......... ........ ........... ............ ...... 14
6. TIPOS DE DOCUMENTOS PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL................... 15
6.01. FORMATO BASICO PARA O EIA .......................................................................15
6.02. FORMATO BASICO PARA O RIMA.................................................................... 28
7. LEGISLAO NACIONAL PERTINENTE A AIA ................................................... 29
8. METODOS DE AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ................................ 36
9. CLASSIFICAO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DE IMPACTOS AMB. .. 4110. PERFIL DA EQUIPE ELABORADA DE UM EIA ................................................... 42
11. ETAPAS DE ELABORAO E APROVAO DE UM EIA......... .............. ......... .. 43
12. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................ 45
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1. INTRODUO
A Continua e crescente presso exercida pelo homem sobre os recursos naturais
contrasta com um mnimo de interferncia que anteriormente mantinha nos ecossistemas.
Deste modo, so relativamente comuns, hoje, a contaminao das colees d gua, a poluio
atmosfrica e a substituio indiscriminada da cobertura vegetal nativa, com a conseqente
reduo dos hbitos silvestres, entre outras formas de agresso ao meio ambiente (SILVA,
1994: FERNANDES, 1997).
Essa situao tem sido observada, exatamente pelo fato de, muitas vezes, o homem
visar apenas os benefcios imediatos de suas aes, privilegiando o crescimento econmico a
qualquer custo e relegando, a um segundo plano, a capacidade de recuperao dos
ecossistemas (GODOI FILHO, 1992). Dentro desse contexto, em praticamente todas as partesdo mundo, notadamente a partir da dcada de 60, surgiu a preocupao de promover a
mudana de comportamento do homem em relao natureza, a fim de harmonizar interesses
econmicos e conservacionistas, com reflexos positivos junto qualidade de vida de todos
(MILANO, 1990; LISKER, 1994).
Como principal marco dessa conscientizao no mundo ocidental, surgiu nos Estados
Unidos da Amrica, por inspirao de movimentao de ambientalistas, uma Lei Federal
denominada National Environmental Policy act of 1969, conhecida pela Sigla NEPA, que
passou a vigorar em janeiro de 1970. Esse instrumento legal dispunha sobre os objetivos eprincpios da poltica ambiental norte-americana, exigindo para todos os empreendimentos
com potencial impactante, a observao dos seguintes pontos: identificao dos impactos
ambientais, efeitos ambientais negativos da proposta, possveis alternativas de ao, relao
entre a utilizao dos recursos ambientais no curto prazo e manuteno ou mesmo melhoria
do seu padro no longo prazo, e por fim a definio clara quanto a possveis
comprometimentos dos recursos ambientais para o caso de implantao da proposta.
Como reflexo da aplicao da NEPA e de outros instrumentos legais, a partir de 1975,
os seguintes organismos internacionais passaram introduzir a Avaliao de Impactos
Ambientais em seu programa de Cooperao: OECD - Organization for Economic
Cooperation and Developement, ONU - Organizao das Naes Unidas, BID-Banco
Internacional de Desenvolvimento e BIRD - Banco Mundial.
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2. AIA DIFUSO INTERNACIONAL
2.1. OS PASES DESENVOLVIDOS
Nos pases do norte, a adoo da AIA deveu-se fundamentalmente similaridade de
seus problemas ambientais, decorrentes, por sua vez, do estilo de desenvolvimento. Canad
(1973), Nova Zelndia (1973) e Austrlia (1974) estiveram entre os primeiros pases que
adotaram polticas determinando que a avaliao dos impactos ambientais deveria preceder
decises governamentais importantes. Da mesma forma que os EUA, esses pases foram
colnias britnicas, herdando um sistema jurdico e poltico muito semelhante. Por outro lado,
a explorao dos recursos naturais teve um papel histrico muito importante em todos eles e,
ao intensificar-se aps a 2 Guerra Mundial, colocou em evidncia o vasto alcance dosimpactos ambientais acumulados (SANCHEZ, 2006).
Na Europa, a Frana foi o primeiro pas a adotar a avaliao de impacto ambiental, em
1976.
Diferentemente dos EUA, a AIA foi adotada na Frana como uma modificao no
sistema de licenciamento, de modo que, os estudos de impacto ambiental deveriam ser feitos
pelo prprio interessado, enquanto, segundo o NEPA, nos EUA a agncia governamental a
encarregada da tomada de deciso. Alm disso, no modelo francs, a exigncia aplicava-se a
qualquer proposta, seja de um proponente pblico ou privado, enquanto a legislao federalamericana aplicava-se, fundamentalmente, a propostas pblicas federais.
Importante ressaltar que tanto na Frana como em inmeros pases houve muita
resistncia de alguns setores governamentais e empresariais nova exigncia de preparao
prvia de um estudo de impacto ambiental (SANCHES, 1993).
2.02. AIA DIFUSO INTERNACIONAL: OS PASES EM DESENVOLVIMENTO
As razes da difuso internacional da AIA so muitas. Talvez a principal delas seja
que tanto os pases ditos desenvolvidos quanto aqueles classificados como em
desenvolvimento tm diversos problemas ambientais em comum. Em outras palavras, o estilo
de desenvolvimento adotado apresenta formas semelhantes de degradao ambiental.
At 1972, na poca da Conferncia de Estocolmo, apenas 11 pases haviam criado
rgos ambientais nacionais. Em 1981, a situao j havia mudado drasticamente, contando-
se 106 pases, a maioria em desenvolvimento, com algum rgo ambiental funcionando. Uma
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dcada se passa, em 1991, praticamente todos os pases j dispunham de algum tipo de
instituio similar (SANCHEZ, 2006).
As instituies multilaterais, como os bancos de desenvolvimento, tiveram importante
influncia na divulgao da AIA, no final dos anos 1980 e inicio dos anos 1990, na medida
em movimentavam bilhes de dlares por ano em projetos de desenvolvimento nos pases do
sul, muitos deles capazes de causar impactos ambientais significativos. Os primeiros estudos
de impacto ambiental realizados no Brasil foram para os projetos financiados em parte pelo
Banco Mundial, como as barragens de Sobradinho, no rio So Francisco, em 1972, e Tucuru,
no rio Tocantins, em 1977, um ano depois que a barragem havia sido iniciada. Na poca, no
havia legislao brasileira exigindo tais estudos, que no foram, portanto submetidos
aprovao governamental, mas utilizados pelo Banco para decidir sobre as condies do
emprstimo (SANCHEZ,2006).Uma das principais razes do envolvimento do Banco Mundial foi a presso exercida
pelas organizaes no-governamentais ambientalistas e suas fortes crticas aos importantes
impactos ecolgicos e socioculturais dos grandes projetos financiados pelo Banco. Um dos
casos sistematicamente citados como um dos piores exemplos de atuao do Banco Mundial
foi o emprstimo concedido ao governo brasileiro para pavimentao da rodovia BR-364, de
Cuiab a Porto Velho, nos anos de 1980. A obra foi apontada como indutora de processo
perverso de ocupao da regio, causando desmatamento indiscriminado e dizimao de
grupos indgenas. As crticas tiveram repercusso no Congresso dos EUA. Como maioresacionistas do Banco, os EUA sempre indicaram seu presidente. Os congressistas convocaram
o secretrio do Tesouro (equivalente a ministro da Fazenda) para depor a cerca das aes do
Banco e o pressionaram para exigir que fosse dada maior importncia aos impactos
ambientais dos projetos financiados pelo Banco, como critrios para a concesso de
emprstimos (LUTZEMBERGER, 1985).
2.03. AIA EM TRATADOS INTERNACIONAIS
Um grande impulso para a difuso internacional da AIA veio com a Conferncia das
Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), a Rio-92. Alm de
toda a discusso publica, com grande repercusso na imprensa, suscitada durante o perodo
preparatrio da conferncia, um dos documentos resultantes desse encontro, a Declarao do
Rio, estabelece, em seu principio 17: A avaliao do impacto ambiental, como um
instrumento nacional, deve ser empreendida para atividades propostas que tenham
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probabilidade de causar um impacto adverso significativo no ambiente e sujeitas a uma
deciso da autoridade nacional competente.
Em outro importante documento resultante da CNUMAD, a Agenda 21, os Estados
signatrios reconhecem a AIA como instrumento que deve ser fortalecido para estimular o
desenvolvimento sustentvel. Vrias vezes a Agenda 21 menciona a necessidade de avaliar
impactos de novos projetos de desenvolvimento. Menes ao papel da AIA aparecem, entre
outros, nos seguintes itens da Agenda 21:
- Captulo 7: certificar-se de que as decises relevantes sejam precedidas poravaliaes de impacto ambiental e que, alm disso, elas levem em conta os custos
das eventuais conseqncias ecolgicas;
- Captulo 9: promover o desenvolvimento, no mbito nacional, de metodologiasadequadas adoo de decises integradas de poltica energtica, ambiental eeconmica com vistas ao desenvolvimento sustentvel, por meio de avaliaes de
impacto ambiental;
- Captulo 11: Realizar analises de investimento e estudos de viabilidades queincluam uma avaliao do impacto ambiental, para criao de empresas de
processamento florestal;
- Captulo 15: Introduzir procedimentos adequados de estudo de impacto ambientalpara a aprovao de projetos com provveis conseqncias importantes sobre a
diversidade biolgica e tomar medidas para que informaes pertinentes fiquemamplamente disponveis, com a participao do publico em geral, quando
apropriado, e estimular a avaliao dos impactos polticos e programas pertinentes
sobre a diversidade biolgica;
- Capitulo 18: Avaliao obrigatria do impacto ambiental de todos os grandesprojetos de desenvolvimento de recursos hdricos que possam prejudicar a
qualidade da gua e dos ecossistemas aquticos, combinada com a formulao de
medidas reparadoras e um controle intensificado de instalaes industriais novas,
aterros sanitrios e projetos de desenvolvimento de infraestrutura;
- Os captulos 20 e 38 tambm mencionam a necessidade de avaliao de impactoambiental.
A Declarao do Rio e a Agenda 21 so documentos cuja preparao exigiu intensas
negociaes internacionais, inclusive com a participao de ONGs e outros grupos de
interesse. A preparao da Conferencia do Rio foi um processo muito rico, cujos resultados
ultrapassam em muito os documentos firmados durante os dias do evento. Muitos paises
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aprovaram novas leis, prepararam relatrios de qualidade ambiental, e as ONGs estimularam
os cidados buscar maior envolvimento nos processos decisrios. O surgimento de novas leis
que requerem a avaliao previa de impacto ambiental foi uma conseqncia da Conferncia
(SANCHEZ, 2006).
2.04. AIA no BRASIL
Os primeiros estudos ambientais preparados no Brasil para alguns grandes projetos
hidreltricos durante os anos de 1970 so, em grande parte, um reflexo da influncia de
demandas originadas no exterior, de modo similar ao ocorrido em outros pases. No entanto,
surgiram muitas presses internas para prevenir a ocorrncia de danos ambientais causados
pelos grandes projetos de desenvolvimento.A dcada de 1970 foi marcada pelo significativo crescimento da atividade econmica
e pela expanso das fronteiras econmicas internas, com progressiva incorporao economia
de mercado de vastas reas do domnio dos cerrados e da Amaznia. A expanso econmica e
territorial foi impulsionada por investimentos governamentais de grande monta em projetos de
infraestrutura, dos quais a rodovia Transamaznica e a barragem de Itaipu so cones. A
estratgia de desenvolvimento econmico da qual esses projetos faziam parte era criticada por
alguns setores da intelectualidade, mas seus impactos ambientais eram mencionados apenas
de passagem. No entanto, nessa mesma poca, comea e se cristalizar no Pas um pensamentoecolgico bastante crtico desse mesmo modelo de desenvolvimento (LAGO e PDUA,
1984).
O estudo de impacto da usina hidroeltrica de Tucuru certamente no influenciou a
deciso de realizar o projeto, tendo sido feito em 1977, embora as obras j tivessem sido
iniciadas no ano anterior. Esse estudo foi realizado por um nico profissional, que
basicamente compilou a informao disponvel e identificou os principais impactos
potenciais. Em seguida, um Plano de Trabalho Integrado para Controle Ambiental, de junho
de 1978, orientou o subseqente aprofundamento dos estudos, com vrios levantamentos de
campo realizados por instituies de pesquisa e a adoo de algumas medidas mitigadoras de
impactos negativos (SANCHEZ, 2006).
No meio acadmico, por outro lado, j se iniciavam pesquisas sobre os impactos
ambientais de grandes projetos, como as barragens no baixo curso do rio Tiet, So Paulo. Em
1978 foi realizado um seminrio sobre os Efeitos das Grandes Represas no Meio Ambiente e
no desenvolvimento regional.
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Foi uma conjuno de fatores, internos e externos, que propiciou um avano da
poltica ambiental no Brasil. Assim, em nvel federal, o primeiro dispositivo legal que
explicitou o tema Avaliao de Impactos Ambientais foi a Lei N.6.938, de 31 de Agosto de
1981, que estabeleceu a Poltica Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e criou, para a sua
execuo, o SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente. Vale esclarecer que,
antecedendo a esfera federal, os Estados de So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais
estabeleceram o seu sistema de licenciamento de atividades poluidoras. Desse modo, hoje o
SISNAMA est assim constitudo:
_ rgo Superior (Conselho de Governo);
_ rgo Consultivo de Deliberativo (CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente);
_ rgo Central (Ministrio do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricos e da Amaznia Legal);
_ rgo Executor (IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais);_ rgos Seccionais (rgos ou entidades da Administrao pblica Federal direta e indireta
as Fundaes institudas pelo Poder Pblico cujas atividades estejam associadas s de
proteo da qualidade ambiental, bem assim os rgos estaduais responsveis pela execuo
de programas e projetos e pelo controle e fiscalizao de atividades capazes de provocar a
degradao ambiental);
_ rgos Locais (rgos municipais responsveis pelo controle e fiscalizao das atividades
impactantes)
A regulamentao da Lei N.6.938 s ocorreu 2 (dois) anos aps, por meio doDecreto Federal N. 88.351, de 01 de junho de 1983, alterado posteriormente pelo Decreto
Federal N. 99.274 de 06 de junho de 1990. Com isso, percebe-se que houve um vcuo
ambiental, uma vez que qualquer dispositivo legal necessita ser regulamentado para que
possa ser efetivamente cumprido. O principal aspecto ligado a esse decreto foi instituio
dos trs tios de licenciamento ambiental, ou seja, do Licenciamento Prvio (L.P),
Licenciamento de Instalao (L.I) e Licenciamento de Operao (L.O).
O Licenciamento Prvio concedido na fase preliminar do planejamento da atividade,
contendo requisitos bsicos a serem atendidos nas fases de localizao, instalao e operao,
observando os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo.
O Licenciamento de Instalao concedido para autorizar o incio da implantao do
empreendimento impactante, de acordo com as especificaes constantes do Projeto
Executivo aprovado.
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O Licenciamento de Operao concedido para autorizar, aps verificaes
necessrias, o incio da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de
controle de poluio, de acordo com o previsto nas Licenas Prvias e de Instalao.
De todo modo apesar de referida regulamentao, foi somente com a edio da
Resoluo do CONAMA N. 01, de 23 de janeiro de 1986, e outras resolues
complementares, que ficaram estabelecidas as definies, as responsabilidades, os critrios
bsicos e as diretrizes gerais para uso e implementao da Avaliao de Impactos Ambientais
como um dos instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente.
A incorporao da AIA legislao brasileira ocorrida ento atravs da Lei 6.938/81
(Poltica nacional de meio Ambiente) foi fortalecida com o art. 225 da Constituio Federal
de 1988:
-
Art. 225 Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bemde uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
pblico e coletividade o dever de defende-lo e preserva-lo para as presentes e
futuras geraes.
1 Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:
(...)
IV exigir, na forma da lei, para instalao da obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradao ambiental, estudo prvio de impacto
ambiental, a que se dar publicidade;
A partir de ento, diversas constituies estaduais e leis orgnicas municipais tambm
adotaram o princpio.
3. NECESSIDADE DA ELABORAO DE ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL:
VISO LEGAL, ECOLGICA, ECONMICA e TICA.
Como pode ser observado, a necessidade da elaborao de estudo de impacto
ambiental est atrelada a uma imposio legal, tendo em vista a promulgao da Resoluo
CONAMA N. 01, de 23 de janeiro de 1986. Vale esclarecer, todavia, que os Estados e os
Municpios podem traar dispositivos legais complementando o que prescreve a legislao do
plano federal.
Ainda que a imposio legal seja evidentemente, a mais perceptvel quanto
necessidade de se elaborar estudos de impacto ambiental, possvel vislumbrar ainda, pelo
menos mais trs formas: ecolgica, econmica e tica.
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A forma ecolgica evidencia-se, medida que se compreende que a Avaliao de
Impactos Ambientais tem capacidade de selecionar a melhor alternativa de uma determinada
ao impactante sob o ponto de vista ambiental. Quando uma ao proposta, por exemplo,
um empreendimento rodovirio, podem ser definidas alternativas tecnolgicas e de
localizao do mesmo, incluindo-se a denominada alternativa testemunha, ou seja, no
executar o empreendimento. Considerando que essas alternativas apresentam perfis
impactantes diferentes entre si, por meio de cotejamento das alternativas, torna-se possvel
optar pela melhor sob o aspecto ambiental.
A forma econmica pode ser mais bem percebida, quando se considera que a
Avaliao de Impactos Ambientais preconiza a adoo de medidas ambientais preventivas
(sistema antipoluente, desenvolvimento de equipamentos menos impactantes etc.), que
apresentam custos significativamente inferiores s medidas de cunho corretivo, ou seja, queso adotadas aps o surgimento do problema. Desse modo, so privilegiadas aquelas
alternativas que contemplem uma maior possibilidade de adoo de medidas ambientais
preventivas.
Por fim, a forma tica esta relacionada ao grau de conscientizao do agente
responsvel pelo empreendimento impactante sobre o seu papel na sociedade. Sob o aspecto
tico, deve ser assumido que pessoas com maior massa critica e grau de cidadania cumprem
mais rigorosamente suas obrigaes, no caso relacionadas as interferncia no meio ambiente.
4. DEFINIES PARA AVALIAO DE IMPACTO AMBIENTAL
O termo avaliao de impacto ambiental entrou na terminologia e na literatura
ambiental a partir da legislao pioneira que criou esse instrumento de planejamento
ambiental, National Environmental Policy Act NEPA, a lei de poltica nacional de meio
ambiente dos EUA.
As principais definies de avaliao de impacto ambiental so encontradas nos livros
texto sobre o assunto. Algumas delas so descritas a seguir:
- Atividade que visa identificar, prever, interpretar e comunicar informaes sobreas conseqncias de uma determinada ao sobre a sade e o bem estar humanos
(MUN, 1975).
- Instrumento de poltica ambiental, formado por um conjunto de procedimentos,capaz de assegurar, desde o inicio do processo, que se faa um exame sistemtico
dos impactos ambientais de uma proposta e de suas alternativas, e que os
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resultados sejam apresentados de forma adequada ao pblico e aos responsveis
pela tomada de deciso, e por eles sejam considerados (MOREIRA, 1992).
- a apreciao oficial dos provveis efeitos ambientais de uma poltica, programaou projeto; alternativas proposta; e medidas a serem adotadas para proteger o
ambiente (GILPIN, 1995).
- O processo de identificar, prever, avaliar e mitigar os efeitos relevantes de ordembiofsica, social ou outros projetos ou atividades antes que decises importantes
sejam tomadas (IAIA, 1999).
Uma definio sinttica tambm adotada pela International Association for Impacto
Assesssment (IAIA) diz que avaliao de impacto, simplesmente definida, o processo de
identificar as conseqncias futuras de uma ao presente ou proposta.
Embora com diferentes formulaes, esses conceitos diferem pouco em sua essncia.A avaliao de impacto apresentada, seja como instrumento, seja, como procedimento,
visando antever as possveis conseqncias de uma deciso. Em todos esses contextos, a
avaliao de impacto ambiental guarda determinadas caractersticas comuns: carter prvio e
vinculo com o processo decisrio so atributos essenciais da AIA, aos quais se junta a
necessidade de envolvimento pblico nesses processos.
O carter prvio e preventivo da AIA predomina na literatura, mas tambm se pode
encontrar referncias avaliao de impactos de aes ou eventos passados, por exemplo,
depois de um acidente envolvendo a liberao de alguma substncia qumica. Embora a noode impacto ambiental envolvida em tais avaliaes seja fundamentalmente a mesma da AIA
preventiva, o objetivo do estudo no o mesmo, nem o foco das investigaes. Neste caso, a
preocupao com os danos causados. Desse modo, os procedimentos de investigao so
diferentes, pois no se trata de antecipar uma situao futura, mas de tentar medir o dano
ambiental e, ocasionalmente, de valorar economicamente as perdas. Neste curso, a AIA ser
sempre referida como esse exerccio prospectivo, antecipatrio, prvio e preventivo. No caso
de um evento passado, como por exemplo, um acidente envolvendo um vazamento em um
navio petroleiro, o significado ser entendido como avaliao de dano ambiental. Desse
modo, percebe-se que uma AIA se preocupa com o futuro, enquanto que, avaliao de dano
ambiental se preocupa com o passado e o presente (avaliao de dano ambiental)
(SANCHEZ, 2006).
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5- CONCEITOS BSICOS
A seguir so explicados alguns conceitos bsicos na rea de avaliao de impactos
ambientais:
5.1. Empreendimento Impactante: pode ser entendido como o projeto que possui
capacidade de alterao do meio ambiente, positiva e negativamente, caso seja implantado.
So exemplos: bovinocultura, hidreltrica, minerao, ferrovia, agricultura, etc.
5.2.Atividade Impactante: so as aes necessrias para se implantar e conduzir os
empreendimentos impactantes, ou seja, para a sua consecuo. Exemplos: agricultura (preparo
do terreno, semeio mecanizado, capina manual, colheita mecanizada).
5.3. Processo Impactante: Pode ser entendido como desdobramento natural ou
induzido pelo homem de uma serie de eventos de ordem fsica, bitica ou antrpica que
acabam por originar os impactos ambientais. Em outras palavras, com o desenrolar dosprocessos impactantes que ocorrem as alteraes das propriedades fsicas, qumicas e
biolgicas do meio ambiente, ou seja, o impacto ambiental propriamente dito. So exemplos
de processos impactantes a eroso, sanilizao, compactao, etc.
5.4.Impacto Ambiental: existem muitas definies sobre impacto ambiental. Para os
nossos propsitos ser adotada a definio dada no artigo 1 da Resoluo do CONAMA
01/86: - Art. 1_ Para efeito desta resoluo, considera-se impacto ambiental qualquer
alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ouindiretamente, afetam:
I- a sade, a segurana e o bem-estar da populao;II- as atividades sociais e econmicas;III- a biota;IV- as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; e a qualidade dos
recursos ambientais.
5.5. rea Diretamente Afetada: tambm conhecida como rea de influncia direta,
sendo o espao efetivamente ocupado pelo empreendimento impactante. Em certos casos,
refere-se rea de inundao, de emprstimos de terras para construo do canteiro de obras e
edificaes em geral, entre outros tipos.
5.06. rea Indiretamente Afetada: tambm conhecida como rea de influncia
indireta, o espao circunvizinho rea diretamente afetada, usualmente definido por limites
da bacia-hidrogrfica que contem esta ltima. No sentindo de atender caractersticas
peculiares de variveis socioeconmicas ou culturais, pode ser definida segundo limites de
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unidades geopolticas, tais como propriedades rurais, bairros, municpios, estados, paises,
blocos regionais (MERCOSUL, NAFTA etc.) entre outras.
5.7. Compartimento Ambiental: o meio ambiente pode ser entendido como o
conjunto de condies e influncias que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo.
Didaticamente, o meio ambiente pode ser subdivido em meio fsico (a sua parte abitica),
meio bitico (constitudo pelos organismos), ou seja, pela vida vegetal-animal exetuando-se o
homem, e meio antrpico (representa, na verdade, uma parte do meio bitico, mas se justifica
pelo fato do homem ser o organismo com maior capacidade transformadora do meio
ambiente, seja sob o aspecto positivo ou negativo). Entendido isto, fica fcil compreender que
existem compartimentos ambientais constituindo os trs diferentes meios: So eles: meio
fsico (solo, gua e ar); meio bitico (flora , fauna e microorganismos), e meio antrpico
(homem). Portanto, so 7 compartimentos ambientais.5.8. Avaliao de Impactos Ambientais: em tese, segundo MOREIRA (1985), a
avaliao de impactos ambientais um instrumento de poltica ambiental formado por um
conjunto de procedimento capaz de assegurar, desde o inicio do processo, que se faa um
exame sistemtico dos impactos ambientais de uma ao proposta (projeto, programa, plano
ou poltica) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de forma adequada
ao pblico e aos responsveis pela tomada de deciso, e por eles devidamente considerados.
Desse modo, a avaliao de impactos ambientais no deve ser considerada apenas como uma
tcnica, mas como uma dimenso poltica de gerenciamentos de educao da sociedade ecoordenao de aes impactantes (CLUDIO, 1987). Pois, permite a incorporao de
opinies de diversos grupos sociais (QUEIROZ, 1990). Essa definio extremamente
educativa, na medida em que evidencia que a avaliao de impactos ambientais subsidia o
processo de tomada de deciso, j que se atm s aes propostas. Portanto, vale destacar que
a utilizao da tcnica de avaliao de impactos ambientais aps ter sido tomada a deciso, ou
depois de executada a ao impactante, perde completamente as suas finalidades. J que se
limita a fornecer alternativas para correo dos impactos mais pronunciados (CANTER,
1977).
5.9. Atributos Principais dos Impactos Ambientais:segundo MOREIRA (1985), a
magnitude e a importnciaconstituem os atributos principais dos impactos ambientais, uma
vez que informam sobre a significncia dos mesmos. A definio fornecida pelo citado autor,
para ambos os termos, est explicitada a seguir:
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5.9.1. MagnitudeA magnitude a grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo
ser definida como medida de alterao no valor de um fator ou parmetro ambiental, em
termos quantitativos ou qualitativos. Para o clculo da magnitude deve ser considerado o
grau de intensidade, a periodicidade e amplitude temporal do impacto, conforme o caso.
Exemplo: a magnitude de um impacto ambiental foi de 3 ppm, numa situao em que a
concentrao inicial de uma determinada substncia era de 2 ppm e passou para 5 ppm aps
sofrer a interferncia de uma determinada atividade impactante. Em outras palavras, foram
adicionadas 3 ppm desta substncia na concentrao original, por influncia da atividade
impactante.
5.9.2.Importncia: A importncia a ponderao do grau de significncia de um impacto
em relao ao fator ambiental afetado e a outros impactos. Pode ocorrer que certo impacto,
embora de magnitude elevada, no seja importante quando comparado com outros, nocontexto de uma dada avaliao de impactos ambientais Exemplo: simplificadamente, em
linguagem de avaliao de impactos ambientais, ter magnitude de 1 ppm de mercrio (Hg)
mais importante que uma magnitude de 10 ppm de slica, pois o primeiro um metal pesado e
tem capacidade de entrar na cadeia alimentar, enquanto o outro praticamente inerte.
5.10. Atores sociais: tendo em vista em que o processo de avaliao de impactos ambientais
envolve uma srie de elementos interessados nos seus resultados e desdobramentos, em
conformidades com MOREIRA (1985), possvel identificar os seguintes atores sociais
envolvidos com a dinmica do processo de avaliao de impactos ambientais: Parte interessada, ou seja, os idealizadores da proposta, que podem serempresrios e, ou, governos dos trs nveis hierrquicos (nacional, estadual e
municipal);
Parte elaboradora, constituda pelos elementos tcnicos administrativos dasempresas pblicas ou privadas (consultoras) responsveis pelos documentos ambientais
produzido:
Parte avaliadora, ou seja, o corpo tcnico-administrativo dos rgos pblicoslicenciadores de atividades impactantes;
Setores governamentais, direta ou indiretamente envolvidos com a proposta deanlise;
Comunidade diretamente afetada (positiva ou negativamente) pela eventualexecuo da proposta sob anlise;
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Associaes civis interessadas na anlise da proposta, como grupos ecolgicos(organizados formalmente ou no), sociedade acadmico-cientifica e associaes
municipais;
Imprensa de modo geral, notadamente nos casos de maior repercusso;comunidade e autoridade internacionais, quando tratar de propostas de grande
repercusso caso por exemplos, de usinas nucleares.
6. TIPOS DE DOCUMENTOS PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL/ FORMATO
BASICO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RESPECTIVO
RELATORIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)
So os seguintes os principais documentos que se prestam ao licenciamento ambientalno Brasil: EIA/RIMA (o denominado Estudo de Impacto Ambiental - EIA e seu respectivo
Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA) e RCA/PCA (Relatrio de Controle Ambiental
RCA e seu respectivo Plano de Controle Ambiental PCA).
O EIA/RIMA exigido para os empreendimentos impactantes que apresentam grande
capacidade transformadora do meio ambiente, enquanto o RCA/PCA exigido para os de
menor capacidade. Como o tipo de documento para licenciamento ambiental mais rigoroso
e, via de regra, exigido pelos rgos competentes, apresentado a seguir um modelo de
formato bsico (seqncia de itens definida pelo rgo licenciador) do EIA/RIMA. Definidoem FEAM/MG.
6.01. FORMATO BASICO PARA O EIA.
INFORMAES GERAIS
- Nome do empreendimento;
- Identificao da empresa responsvel (nome razo social; endereo para correspondncia;
inscrio estadual e CGC; e nome do responsvel pelo empreendimento);
- Histrico do empreendimento;
- Nacionalidade de origem das tecnologias a serem empregadas;
- Tipo de atividade e o porte de empreendimento;
- Sntese dos objetivos do empreendimento, sua justificativa e analise de custo-beneficio.
- Compatibilidade do projeto com os planos e programa de ao federal, estadual e municipal,
propostos ou implementao, na rea de influncia do empreendimento;
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- Levantamento da legislao federal, estadual e municipal incidente sobre o empreendimento
em qualquer de suas fases, com indicao das limitaes administrativas impostas pelo poder
publico;
- Indicao, mapas, de Unidades de Conservao e Preservao Ecolgica existente na rea de
influncia do empreendimento;
- Empreendimento (s) associado (s) e decorrente (s);
- Empreendimento (s) similar (es) em outra (s) localidades (s);
- Declarao da utilidade publica ou de interesse social da atividade do empreendimento,
quando existente.
- Nome endereo para contatos relativos ao EIA/RIMA.
DESCRIO DO EMPREENDIMENTO
Apresentar a descrio do empreendimento nas fases de planejamento, de implantao,
de operao e, se for o caso, de desativao. Quando a implantao for em etapas, ou quando
forem previstas expanses, as informaes devero ser detalhadas para cada uma delas.
Apresentar a previso das etapas em cronogramas detalhando da implantao do
empreendimento.
Apresentar a localizao geogrfica proposta para o empreendimento, demonstrada em
mapas ou croquis, incluindo as vias de acesso, existentes e projetadas, e a bacia hidrogrfica;alm do seu posicionamento frente diviso poltico-administrativa, a marcos geogrficos e a
outros pontos de referencias relevantes.
Apresentar tambm esclarecimentos sobre possveis alternativas tecnolgicas e /ou
locacionais, inclusive aquela de no se proceder sua implantao.
REA DE INFLUNCIA
Apresentar os limites da rea geogrfica a ser afetada direta ou indiretamente pelos
impactos, denominada rea de influencia do projeto. A rea de influencia devera conter as
reas de incidncia dos impactos, abragendo os distintos contornos para as diversas variveis
enfocadas. necessrio apresentar igualmente a justificativa da definio das reas de
influencias e incidncias dos impactos, acompanhada de mapa, em escala adequada.
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DIAGNOSTICO AMBIENTAL DA AREA DE INFLUENCIA
Devero ser apresentadas a descrio e anlise dos fatores ambientais e suas
interaes, caracterizando a situao ambiental da rea de influencia antes da implementao
do empreendimento. Esses fatores englobam: as variveis susceptveis de sofrer, direta ou
indiretamente, efeitos significativos das aes nas fases de planejamento, bem como as
informaes cartogrficas atualizadas, com reas de influencia devidamente caracterizada em
escalas compatveis com o nvel de detalhamento dos fatores ambientais estudados.
FATORES AMBIENTAIS
MEIO FISICO
Os itens a serem abordados sero aqueles necessrios para a caracterizao do meio
fsico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as caractersticas da
regio. Entre os aspectos cuja considerao ou detalhamento podem ser necessrios, incluem-
se a caracterizao do clima e condies meteorolgicas da rea potencialmente atingida pelo
empreendimento; a qualidade do ar na regio; dos nveis de rudo na regio; geolgica da rea
potencialmente atingida pelo empreendimento; dos solos da regio na rea em que os mesmos
sero potencialmente atingidos pelo empreendimento; dos recursos hdricos, podendo-seabordar a hidrologia superficial, a hidrogeologia e a qualidade de gua.
MEIO BIOTICO
Os itens a serem abordados sero aquelas que caracterizam o meio bitico, de acordo
com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as caractersticas da regio. Dever ser
apresentada a caracterizao dos ecossistemas da rea que pode ser atingida direta ou
indiretamente pelo empreendimento. Entre os aspectos cuja considerao ou detalhamento
podem ser necessrios, incluem-se caracterizao e anlise dos ecossistemas terrestres na rea
de influencia do empreendimento; e caracterizao e analise dos ecossistemas aquticos na
rea de influencia do empreendimento.
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MEIO SOCIOECONOMICO (MEIO ANTROPICO)
Sero abordados aqueles itens necessrios para caracterizar o meio scio-economico,
de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as caractersticas da regio.
Dever ser apresentada a caracterizao do meio scio econmico a ser potencialmente
atingidos pelo empreendimento, atravs das informaes listadas a seguir, e considerando-se
basicamente duas linhas de abordagem descritiva, referentes rea de influencia. Uma que
considera aquelas populaes existentes na rea atingida diretamente pelo empreendimento,
outra que apresenta as inter-relaes prprias do meio scio-economico regional e passiveis
de alteraes significativas por efeitos indiretos do empreendimento. Quando procedentes, as
variveis enfocadas no meio scio econmico devero ser executadas em sries histricas
significativas e representativas, visando avaliao de sua evoluo temporal.Entre os aspectos cuja considerao e detalhamento podem ser necessrios, incluem-
se; caracterizao da dinmica populacional na rea de influencia do empreendimento;
caracterizao do uso do solo, com informaes em mapa, na rea de influencia do
empreendimento; quadro referencial do nvel de vida na rea de influencia do
empreendimento; dados sobre a estrutura produtiva e de servios; e caracterizao da
organizao social na rea de influencia.
QUALIDADE AMBIENTAL
Em um quadro sinttico, expor as alteraes dos fatores ambientais fsicos, biticos e
scio-econmicos, indicando os mtodos adotados para anlise dessas interaes, com
objetivo de descrever as inter-relaes entre os componentes biticos, abiticos e antropicos
do sistema a ser afetado pelo empreendimento. Alm do quadro citado, devero ser
identificadas as tendncias evolutivas daqueles fatores que forem importantes para
caracterizar a interferncia do empreendimento.
ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
Este item destina-se apresentao da analise (identificao, valorao e
interpretao) dos provveis impactos ambientais nas fases de planejamento, de implantao,
de operao e, se for o caso, de desativao do empreendimento, sobre os meios fsico,
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bitico, scio econmico, devendo ser determinados e justificados os horizontes de tempo
considerados.
Os impactos sero avaliados nas reas de estudo definidas para cada um dos fatores
estudados, caracterizados no item Diagnostico ambiental da rea de influencia, podendo,
para efeito de analise, serem considerados como: impactos diretos e indiretos; benficos e
adversos; temporrios, permanentes e cclicos, imediatos e a mdio e longo prazo; reversveis
e irreversveis; e locais, regionais e estratgicos.
Anlise dos impactos ambientais inclui, necessariamente, identificao, previso da
magnitude e interpretao da importncia de cada um deles, permitindo uma apreciao
abragente das repercusses do empreendimento sobre o meio ambiente, entendido na sua
forma mais ampla. O resultado desta analise constituir um prognstico da qualidade
ambiental da rea de influncia do empreendimento, nos casos de adoo do projeto e suasalternativas, mesmo nas hipteses de sua no-implementao. Este item dever ser
apresentado em duas formas;
- Uma descrio detalhada dos impactos sobre cada fator ambiental relevante
considerado no diagnostico ambiental, a saber: impacto sobre o meio fsico, impacto sobre o
meio bitico e impacto sobre o meio scio-econmico;
- Uma sntese conclusiva dos impactos relevantes de cada fase prevista para o
empreendimento (planejamento, implantao, operao, e desativao) e, para o caso de
acidentes, acompanhada da analise (identificao, previso da magnitude e interpretao) desuas interaes.
_ preciso mencionar os mtodos de identificao dos impactos, as tcnicas de
previso da magnitude e os critrios adotados para a interpretao e analise de suas interaes.
PROPOSIO DAS MEDIDAS MITIGADORAS
Neste item devero ser explicadas as medidas que visam minimizar os impactos
adversos identificados e quantificados no item anterior. Essas medidas devero ser
apresentadas e classificadas quanto.
- sua natureza: preventiva ou corretiva (inclusive os equipamentos de controle de
poluio, avaliao sua eficincia em relao aos critrios de qualidade ambiental e aos
padres de disposio de efluentes lquidos, emisses atmosfricas e resduos slidos);
- fase do empreendimento em que devero ser adotadas: planejamento, implantao,
operao e desativao, e para o caso de acidentes;
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- ao fator ambiental a que destinam: fsico, bitico ou scioeconmico;
- ao prazo de permanncia de sua aplicao: curto, mdio ou longo;
- responsabilidade por sua implementao: empreendedor, poder publico ou outros;
- avaliao de custos das medidas mitigadoras.
Devero ser mencionados os impactos adversos que no possam ser evitados ou
mitigados. Nos casos de empreendimentos que exijam reabilitao das reas degradadas,
devero ser considerados os seguintes aspectos:
- identificao e mapeamento das diferentes reas a serem reabilitadas;
- definio do uso futuro da rea, justiando a escolha (reabilitao social da rea);
- definio das etapas e mtodos da reabilitao (levando em considerao o uso
futuro da rea e os seguintes itens: estabilidade de aterros e escavaes; solo; hidrologia;
recomposio topogrfica e paisagstica; vegetao; e definio do cronograma).Para as atividades de minerao, os trabalhos de reabilitao/recomposio devem
abranger as reas de lavra, de deposio de estril, de rejeitos, de emprstimos, de tratamento
de minrio e de apoio.
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAGEM DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS.
Neste item devero ser apresentados os programas de acompanhamento da evoluodos impactos ambientais positivos e negativos causados pelo empreendimento, considerando-
se as fases de planejamento, de implementao, de operao e de desativao, quando for o
caso, e de acidente. Conforme o caso podero ser includas:
- indicao e justificativa dos parmetros selecionados para a avaliao dos impactos sobre
cada um dos fatores ambientais considerados.
- indicao e justificativa de rede de amostragem, incluindo seu dimensionamento e
distribuio espacial.
- indicao e justificativa da periodicidade de amostragem para cada parmetro, segundo os
diversos fatores ambientais;
- indicao e justificativa dos mtodos a serem empregados no processamento das
informaes levantadas, visando retratar o quadro de evoluo dos impactos ambientais
causados pelo empreendimento.
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DETALHAMENTO DOS FATORES AMBIENTAIS
Os Fatores ambientais a seguir detalhados constituem itens considerados no Roteiro
Bsico para elaborao do EIA. O grau de detalhamento desses itens em cada EIA depender
da natureza do empreendimento, da revelncia dos fatores em face de sua localizao e dos
critrios adotadas pela equipe responsvel pela elaborao do Estudo.
MEIO FSICO
CLIMA E CONDIES METEREOLGICAS
A caracterizao do clima e das condies meteorolgicas da rea potencialemente
atingida pelo empreendimento pode incluir;
- perfil do vento, temperatura e umidade do ar na camada-limite planetria;
- componentes de balano de radiao superfcie do solo;
- componentes de balano hdrico do solo;
- nebulosidade;
- caracterizao das condies meteorolgicas, de larga escala e meso-escala, favorveis
formao de concentraes extremas de poluentes, danosas sade humana, fauna, a flora, e
a qualidade da gua e do solo;
- avaliao de freqncia de ocorrncia de condies meteorolgicas de larga escala,
favorveis formao de fortes concentraes de poluentes, incluindo a freqncia de
ocorrncia e intensidade de anticiclones subtropicais semi-permanentes e transientes.
- parmetros meteorolgicos necessrios para a caracterizao do regime de chuvas, incluindo
precipitao total mdia: mensal, semanal, e anual; freqncia de ocorrncia de valores
mensais e semanais mximos e mnimos; coeficiente de variao anual da precipitao;
nmero mdio, mximo e mnimo de dias com chuva no ms; delimitao do perodo seco e
chuvoso; relao intensidade de durao e freqncia da precipitao para perodos de horasdias; parmetros meteorolgicos necessrios para avaliao de razo de transferncia mdia
mensal e semanal de gua para atmosfera (evaporao e evatranspirao) e dos demais
componentes do balano hdrico do solo (escoamento superficial e infiltrao).
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QUALIDADE DO AR
Caracterizao da qualidade do ar na regio pode incluir:
- concentraes de referncia de poluentes atmosfricos;
- caracterizao fsico-qumica das guas pluviais.
Caso seja necessria a implantao de rede de medio de poluentes atmosfricos em
complementao s existentes, devero ser justificados os parmetros analisados e os critrios
utilizados na definio da rede. Em qualquer caso, devero ser indicados os mtodos de
medio utilizados.
Rudo
Caracterizao dos nveis de rudo na regio pode incluir:
- ndices de rudos;
- mapeamento dos pontos de medio.
Geologia
Caracterizao geolgica da rea potencialmente atingida pelo empreendimento pode
incluir:- estratigrafia e caracterizao litolgica com indicao da mineralogia e composio qumica
das rochas;
- esboo estrutural e tratamento de dados em estereograma;
- avaliao das condies geotcnicas dos macios de solo e da rocha.
Geomorfologia
Caracterizao geomorfolgica geral pode incluir:
- descrio das formas e compartimento geomorfolgica das reas de estudo;
- caracterizao e classificao das formas de relevo quanto sua gnese (formas crsticas,
formas fluviais, formas de aplainamento etc.)
- dinmica dos processos geomorfolgicos (ocorrncia e /ou propenso de processos erosivos,
movimentos de massas, inundaes, assoreamento etc.).
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Solos
A caracterizao dos solos da regio na rea em que os mesmos sero potencialmente
atingidos pelo empreendimento pode incluir:
_ definio de classes de solos ao nvel taxonmico mais detalhado e caracterizao
morfolgica e analtica.
Recursos Hdricos
A caracterizao dos recursos hdricos, considerando as bacias ou sub-bacias
hidrogrficas, que contm rea potencialmente atingida pelo empreendimento, pode incluir:
- hidrologia superficial: caracterizao hidrogrfica, com parmetros hidrolgicos calculadosatravs de sries histricas de dados; caso estes no existam, podero ser apresentadas
observaes fluviomtricas e sedimentomtricas relativas a um perodo mnimo de um ciclo
hidrolgico completo. As informaes a serem apresentadas podero incluir:
rede hidrogrfica, identificando a localizao do empreendimento,caractersticas fsicas da bacia hidrogrfica e estrutura hidrulica existentes;
balano hdrico das reas de estudo;parmetros hidrolgicos pertinentes;produo de sedimentos na bacia e transporte de sedimentos nas calhas
fluviais.
Hidrogeologia
- rea de ocorrncia, do tipo, geometria, litologia, estruturas geolgicas, propriedade fsica e
hidrodinmicas e outros aspectos do (s) aqfero (s).
- inventrio dos pontos de gua;
- potenciometria e direo dos fluxos das guas subterrneas;
- profundidade da gua subterrnea nos aqferos livres;
- caracterizao das reas e dos processos de recarga, circulao e descarga do(s) aquiferos;
- relao das guas subterrneas com as superficiais e com as de outros aqferos;
- caracterizao fsica, qumica e biolgica das guas subterrneas;
- avaliao da permeabilidade da zona no - saturada.
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Qualidade das guas
Caracterizao da qualidade das guas, bem como mtodos utilizados para a sua
determinao, incluindo caracterizao fsico-qumica e bacteriolgica de referncia dos
recursos hdricos superficiais e subterrneos.
Meio Bitico
Para a caracterizao de cada ecossistema considerado devero ser utiliazados a
metodologia e periodicidade compatveis a esse ecossistema.
Ecossistemas Terrestres
A caracterizao e a anlise dos ecossistemas terrestres podem incluir;
- flora ;
descrio e mapeamento atualizado das formaes vegetais da rea deinfluencia.
Levantamento fitossociologico das diversas formaes vegetais da rea deinfluncia;
Inventrio da biomassa lenhosa (estimativa de volume/ espcies);- fauna;
Inventrio das espcies, ressaltando aquelas que so raras, ameaadas deextino, de valor econmico e cientifico, indicadora de qualidade ambiental, assim
como as de interesse epidemiolgico. Outros grupos taxonmicos devero ser
considerados quando houver relao de importncia entre esses grupos e as futuras
modificaes ambientais advindas do empreendimento;
Descrio das inter-relaes fauna-flora e fauna-fauna na rea considerada.
Esses estudos podero conter:
_ inventrio dos txons;
_ relao das espcies comuns, raras, endmicas, ameaadas de extino e as de interesse
econmico e epidemiolgico;
_ identificao das espcies animais e vegetais que possam servir como indicadores
biolgicos de alteraes ambientais;
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_ caracterizao do estudo trfico dos corpos dgua estudados.
A caracterizao limnolgica dever atender, tecnicamente, a necessidade de se
conhecer as condies fsicas, qumicas e biolgicas dos cursos dagua a serem aproveitados
nos projetos propostos.
Meio socioeconmico
Dinmica Populacional
A caracterizao da dinmica populacional das reas de influencia do empreendimento
pode incluir:
_ distribuio da populao: anlise e mapeamento da localizao das aglomeraesurbanas e rurais, caracterizando-as de acordo com o nmero de habitantes e indicando nos
mapas as redes hidrogrficas e virias;
_ distribuio espacial da populao: anlise e mapeamento da densidade demogrfica
e grau de urbanizao em perodo significativo;
_ evoluo da populao: taxa de crescimento demogrfico e vegetativo da populao
total urbana e rural nas duas ultimas dcadas, com projees populacionais.
_ composio da populao: distribuio e anlise da populao total, urbana e rural
por faixa etria, por sexo, ndices de desemprego;_ movimento migratrio: identificao e anlise de intensidade dos fluxos, de origem
regional, tempo de permanncia no municpio, possveis causas da migrao, especificando
ofertas de localizao trabalho e acesso.
Uso e Ocupao do Solo
A caracterizao do uso e ocupao do espao na rea de influncia do
empreendimento, atravs de mapeamento e de anlise, pode incluir:
_ identificao das reas rurais, urbanas e de expanso urbana e do processo de
ocupao e urbanizao;
_identificao das reas de valor histrico e outras de possvel interesse para pesquisa
cientifica ou preservao;
_ identificao dos usos urbanos considerando os usos residncias comerciais de
servios industriais, institucionais e pblicos, inclusive as disposies legais de zoneamento;
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_ identificao da infra-estrutura regional incluindo o sistema virio principal, portos,
aeroportos, terminais de passageiros e cargas, rede de abastecimento de gua e de esgoto
sanitrio e escoamento de guas pluviais, sistema de telecomunicao, etc;
_ identificao dos principais usos rurais indicando as culturas permanentes e
temporrias, as pastagens naturais ou plantadas, as vegetaes nativas e exticas, etc;
_ identificao da estrutura fundiria local e regional segundo o modulo rural mnimo,
as reas de colonizao ou ocupadas sem titulao.
Uso da gua
Caracterizao dos principais usos das guas superficiais e subterrenas, na rea
potencialmente atingida pelo empreendimento, apresentando a listagem das utilizaeslevantadas, suas demandas atuais e projetadas em termos qualitativos, bem como anlise das
disponibilidades frente s utilizaes atuais e projetadas, considerando importaes, quando
ocorrerem.
Devero ser identificados;
_ abastecimento domstico e industrial;
_ gerao de energia;
_ irrigao;
_ pesca;_ recreao;
_ preservao da fauna e flora;
_ navegao.
Patrimnio Nacional e Cultural
A identificao e descrio dos elementos do Patrimnio Natural e Cultural podem incluir:
_ reas e monumentos naturais e culturais; cavernas, picos, cachoeiras, entre outros;
_ stios paleontolgicos e/ou arqueolgicos (depsitos fossiliferos, sinalizaes de arte
rupestre, cemitrios indgenas, cermicos e outros de possvel interesse para pesquisa
cientifica ou preservaes);
_ reas de edificaes de valor histrico e arquitetnico.
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Nvel de Vida
A apresentao do quadro referencial do nvel de vida da populao na rea de
influencia do empreendimento pode incluir:
_ assentamento humano: as condies habitacionais nas cidades, nos povoados e na
zona rural, observando as variaes culturais e tecnologias na configurao das habitaes e
assentamentos, relacionando-os com a vulnerabilidade a vetores e doenas de modo geral;
moradias servidas por redes de abastecimento de gua, esgoto sanitrio, energia eltrica e
servio de coleta de lixo; servio de transporte, valor de aluguel e de venda dos imveis e sua
evoluo;
_ educao: caracterizao da rede de ensino atravs dos seus recursos fsicos e
humanos, cursos oferecidos, inclusive os profissionalizantes, supletivos e os de educao
informal, demanda e oferta de vagas na zona urbana e rural, ndice de alfabetizao por faixa
etria;
_ sade: caracterizao da estrutura institucional e infra-estrutura correspondente,
alm dos recursos humanos; taxas de mortalidade geral e infantil, suas causas mais freqentes
e a proporo de bitos registrados com a devida atestao mdica e os nodiagnosticados;
quadro nosolgico provavelmente incluindo doenas das vias areas superiores, endmicas e
venreas; susceptibilidade do meio fsico, bitico e scio-econmico instalao e/ou
expanso de doenas como a esquistossomose, chagas, malria, febre amarela, leishmanone e
parasitose em geral:
_ alimentao; estudo nutricional da populao e hbitos alimentares; sistemas de
abastecimento gneros alimentcios; produo local; natural e cultivada; produo de outras
localidades ou estados.
_ lazer, turismo e cultura: manifestaes culturais relacionadas ao meio ambiente
natural e scio-religioso (danas, msicas, festas, tradies e calendrios); principais
atividades lazer da populao; reas de lazer mais usadas; equipamentos de lazer urbano-
rurais;_ jornais locais, regionais e nacionais de circulao diria, semanal, quinzenal e
mensal; rdio e televiso locais e regionais;
_ segurana social: quadro de criminalidade e sua evoluo; infra-estrutura policial e
judiciria; corpo de bombeiros; estrutura de proteo ao menor e ao idoso; sistema de defesa
civil.
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Estrutura Produtiva e de Servios
A caracterizao da estrutura produtiva e de servios pode incluir:
_ fatores de produo;
_ modificao em relao composio da produo local;
_ emprego e nvel tecnolgico por setor;
_ relaes de troca entre a economia local e a micro-regional, regional e a nacional, incluindo
a destinao da produo local e importncia relativa.
Organizao Social
A caracterizao da organizao social da rea de influencia pode incluir:
_ foras e tenses sociais;_ grupos e movimentos comunitrios;
_ lideranas comunitrias;
_ foras polticas e sindicais atuantes;
_ associaes.
6.2. FORMATO BASICO PARA O RIMA
O Relatrio de Impacto Ambiental RIMA- refletir as concluses do Estudo deImpacto Ambiental - EIA. As informaes tcnicas devem ser nele expressa em linguagem
acessvel ao publico geral, ilustradas por mapas em escalas adequadas, quadros, grficos ou
tcnicas de comunicao visual de modo que se possam entender claramente as possveis
conseqncias ambientais de projeto e de suas alternativas, comparando as vantagens e
desvantagens de cada uma delas.
O RIMA dever conter, basicamente:
_ os objetivos e justificativas do projeto, sua relao e compatibilidade com as polticas
setoriais, planos e programas governamentais, em desenvolvimento e/ ou implementao;
_ a descrio do projeto e de suas alternativas tecnolgicas e locacionais, especificando para
cada uma delas, nas fases de construo e operao, a rea de influencia, as matrias primas e
a mo de obra, as fontes de energia, os processos e tcnicas operacionais, os efluentes, as
emisses e resduos, as perdas de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados, a
relao custo-beneficio dos nus e benefcios sociais/ambientais do projeto em sua rea de
influencia;
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_ a sntese dos resultados dos estudos sobre o diagnstico ambiental da rea de
influencia do projeto;
_ a descrio dos impactos ambientais analisados, considerando o projeto, a suas
alternativas, os horizontes de tempo de incidncia dos impactos e indicando os mtodos,
tcnicas e critrios adotados para a sua identificao, quantificao e interpretao;
_ a caracterizao da qualidade ambiental futura da rea de influencia, comparando as
diferentes situaes de adoo do projeto e de suas alternativas, bem com as hipteses de sua
no realizao;
_ a descrio do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relao aos
impactos negativos, mencionando aqueles que no puderem ser evitados e o grau de alterao
esperado;
_ o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;_ recomendao quanto alternativa mais favorvel (concluso e comentrios de
ordem geral).
O RIMA dever indicar a composio da equipe tcnica autora dos trabalhos, devendo
conter, alm do nome de cada profissional, seu titulo, nmero de registro na respectiva
entidade de classe e indicao dos itens de sua responsabilidade tcnica.
7. LEGISLAO NACIONAL PERTINENTE A AVALIAO DE IMPACTOS
AMBIENTAIS.
A seguir ser transcrito e comentado quando julgado necessrio, o contedo da
Resoluo CONAMA N.01, de 23 de janeiro de 1986, que institui a Avaliao de Impactos
Ambientais no Brasil.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA, no uso das atribuies que lhe
confere o artigo 48 do Decreto N. 88.351, de 01 de junho de 1983, para efetivo exerccio das
responsabilidades que lhe so atribudas pelo artigo 18 do mesmo decreto, e considerado a
necessidade de se estabelecerem as definies, as responsabilidades, os critrios bsicos e as
diretrizes gerais para o uso e implementao da Avaliao de Impacto Ambiental como um
dos instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente, resolve:
_ Artigo 1_ Para efeito desta resoluo, considera-se impacto ambiental qualquer alterao
das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
V- a sade, a segurana e o bem - estar da populao;
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VI- as atividades sociais e econmicas;VII- a biota;VIII- as condies estticas e sanitrias do meio ambiente;IX- e a qualidade dos recursos ambientais.
Comentrio:
importante compreender que o conceito de impacto ambiental abrange apenas
desdobramentos resultantes da ao humana sobre o meio ambiente, ou seja, no considera as
repercusses advindas de fennemos naturais que se processam lentamente, ou na forma de
catstrofes naturais, caso de tornados, erupes vulcnicas, terremotos etc. Esta a diferena
entre impacto ambiental e efeito ambiental. O efeito ambiental resulta dos fennemos naturais
agindo sobre o meio ambiente. De outra parte, a observao dos itens I a V demonstra que o
impacto tambm deve repercutir no homem e em suas atividades, o que sugere a forteconotao antropocntrica dessa definio.
_ Artigo 2- Depender de elaborao de estudo do impacto ambiental e respectivo relatrio
de impacto ambiental RIMA, a serem submetidos aprovao do rgo estadual
competente, e do IBAMA em carter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras
do meio ambiente, tais como;
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
II - Ferrovias;
III - Portos e terminais de minrio, petrleo e produtos qumicos;IV - Aeroportos, conforme definido pelo inciso i, artigo 48, do Decreto Lei n. 32, de
18 de novembro de 1966;
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissrio de esgotos
sanitrios;
VI - Linhas de transmisso de energia eltrica, acima de 230 KW;
VII - Obras hidrulicas para explorao de recursos hdricos, tais como: barragens para
fins hidreltricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigao, abertura de canais
de navegao, drenagem e irrigao, retificao de cursos dgua, abertura de barras e
embocaduras, transposio de bacias e diques;
VIII - Extrao de combustvel fssil (petrleo, xisto, carvo);
IX - Extrao de minrio, inclusive os da classe II, definidos no Cdigo de Minerao;
X - Aterros sanitrios, processamento e destino final de resduos txicos perigosos;
XI - Usinas de gerao de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primria,
acima de 10 MW;
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XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroqumicos, siderrgicos,
cloroquimicos, destilarias de lcool, hulha, extrao e cultivo de recursos hdricos);
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais;
XIV - Explorao econmica de madeira. Lenha, em reas acima de 100 hectares ou
menores quando atingir reas significativas em termos percentuais ou de importncia do
ponto de vista ambiental;
XV - Projetos urbansticos, acima de 100 hectares ou em reas consideradas de
relevante interesse ambiental, a critrio do IBAMA e dos rgos municipais e estaduais
competentes;
XVI - Qualquer atividade que utilizar carvo vegetal, derivados ou produtos similares,
em quantidade superior a 10 toneladas por dia;
XVII - Projetos agropecurios que contemplem reas acima de 1000 hectares oumenores, nesse caso, quando se tratar de reas significativas em termos percentuais ou de
importncia do ponto de vista ambiental, inclusive e nas reas de proteo ambiental.
COMENTRIO
O ponto que merece ser observado nesse artigo a explicao do temo tais como, ao
final do enunciado. A colocao do referido termo implica, obviamente, que o legislador teve
preocupao de apenas exemplificar empreendimentos dos quais se exigem a elaborao de
estudo de impacto ambiental. Assim, outros tipos de empreendimentos podem serenquadrados no artigo 2, a critrio da autoridade competente, no caso rgos municipais,
estaduais e federais que tratam do tema.
_ Artigo 3- Depender de elaborao de estudo de impacto ambiental e respectivo RIMA, a
serem submetidos aprovao do IBAMA, o licenciamento de atividades que, por lei seja de
competncia federal.
_ Artigo 4- Os rgos ambientais competentes e os rgos setoriais do SISNAMA devero
compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento e implantao
das atividades modificadoras do meio ambiente, respeitados os critrios e diretrizes
estabelecidas por esta Resoluo e tendo por base a natureza, o porte e as peculiaridades de
cada atividade.
_ Artigo 5- O Estudo de impacto ambiental, alm de atender a legislao, em especial os
princpios e Objetivos expressos na Lei de Poltica Nacional do Meio Ambiente, obdecer s
seguintes diretrizes gerais;
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I - Contemplar todas as alternativas tecnolgicas e de localizao do projeto,
confrontando-as com a hiptese de no execuo do projeto;
II- Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fasesde implantao operao da atividade.
III- Definir os limites da rea geogrfica a ser direta ou indiretamente afetada pelosimpactos, denominada rea de influencia do projeto, considerando, em todos os
casos, a bacia hidrogrfica na qual se localiza;
IV- Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantaona rea de influencia do projeto, e sua compatibilidade.
Pargrafo nico - Ao determinar a execuo do estudo de impacto ambiental, o rgo
estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Municpio, fixar diretrizesadicionais que, pelas peculiaridades do projeto e caractersticas ambientais da rea, forem
julgadas necessrias, inclusive os prazos para concluso e analise dos estudos.
- Artigo 6- O estudo de impacto ambiental desenvolvera, no mnimo as seguintes atividades
tcnicas:
I - Diagnostico ambiental da rea de influencia do projeto com completa descrio e anlise
dos recursos ambientais e suas interaes, tal como existem, de modo caracterizar a situao
ambiental da rea, antes da implantao do projeto, considerando:
- O meio fsico: o subsolo, s guas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais atopografia os tipos de aptides do solo, os corpos dgua, o regime hidrolgico, as
concorrentes marinhas correntes atmosfricas;
- O meio biolgico e os ecossistemas naturais: a fauna e a flora, destacando as espcies
indicadoras de qualidade ambiental de valor cientifico e econmico, raras e ameaadas de
extino e as reas de preservao permanente;
- O meio scio-economico: o uso e ocupao do solo, o usos da gua e a scia-economia
destacando os stios e monumentos arqueolgicos, histricos e culturais da comunidade, as
relaes de dependncia entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial
utilizao futura desses recursos.
II - Anlise dos impactos ambientais do projeto e suas alternativas atravs da identificao
previso de magnitude e interpretao da importncia dos provveis impactos positivos e
negativos (benficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a mdio e a longo prazos,
temporrios e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e
cinergticas; a distribuio do nus e benefcios sociais.
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III - Definio das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre eles os equipamentos
de controle e sistema de tratamento de despejos, avaliando a eficincia de cada umas delas;
IV - Elaborao do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e
negativos, indicando os fatores e parmetros a serem considerados.
PRAGRAFO NICO Ao terminar a execuo do estudo de impacto ambiental, o rgo
estadual, ou o IBAMA ou, quando couber, o Municpio fornecer as instrues adicionais que
se fizerem necessrias pelas peculariedades dos projetos e caractersticas ambientais da rea.
- Artigo 7- REVOGADO
A resoluo n 01/86 do CONAMA, em seu art. 7, estabelecia que a equipe
multidisciplinar habilitada deveria ser independente direta e indiretamente do proponente do
projeto, e ressalvando a sua responsabilidade tcnica pelos resultados apresentados.
Atualmente, este artigo encontra-se revogado pelo art. 11 da Resoluo CONAMA n237/97 que no mais passou a impor a independncia entre a equipe multidisciplinar e o
proponente do projeto e passando a responsabilizar ambos pelas informaes apresentadas.
Vale destacar que a excluso da obrigatoriedade da independncia entre o proponente do
projeto e a equipe multidisciplinar, de forma alguma implica na parcialidade do estudo. O
rgo ou a entidade ambiental responsvel pelo licenciamento ambiental dever exercer com
extrema vigilncia o controle do contedo do EIA.
COMENTRIOA equipe multidisciplinar deve ser composta por um quadro de profissionais
habilitados nas mais diversas reas, tais como, gelogos, fsicos, bilogos, economistas,
socilogos e outros.
O aspecto multidisciplinar se faz necessrio, tendo em vista em que os estudos de
impacto ambiental abrangem os mais variados temas dos meios fsicos, biticos e antropicos.
O nmero de temas e seu nvel de detalhamento esto em funo do tipo e porte do
empreendimento proposto.
- Artigo 8- Correo por conta de proponente do projeto de todas as despesas e custos
referentes realizao do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta e aquisio dos
dados, informaes trabalhos e inspees de campo, anlise de laboratrio, estudos tcnicos e
cientficos e acompanhamentos e monitoramento dos impactos, elaborao do RIMA e
fornecimento de pelos menos cinco copias.
- Artigo 9 - O relatrio de impacto ambiental RIMA refletira as concluses do estudo de
impacto ambiental e conter no mnimo:
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I- Os objetivos e justificativas do projeto, sua relao e compatibilidade com aspolticas setoriais planos e programas governamentais;
II- A descrio do projeto e de suas alternativas tecnolgicas e locacionais,especificando para cada um deles, nas fases de construo e operao, a rea de
influencia, as matrias-primas e mo-de-obra, as fontes de energia, os
processos e tcnicas operacionais, os provveis efluentes, emisses, resduos
de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados.
III- A sntese dos resultados dos estudos de diagnostico ambiental da rea deinfluencia do projeto;
IV- A descrio dos provveis impactos ambientais da implantao e operao daatividade, considerando o projeto, os horizontes de tempo de incidncia dos
impactos e indicando os mtodos, tcnicas e critrios adotados para suaidentificao, quantificao e interpretao;
V- A caracterizao da qualidade ambiental futura da rea de influncia,comparando as diferentes situaes de adoo do projeto e suas alternativas
bem como hipteses de sua no realizao;
VI- A descrio do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relaoaos impactos negativos, mencionando aqueles que no puderam ser evitados, e
o grau de alterao esperado;
VII- O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.VIII- Recomendao quanto alternativa mais favorvel (concluses e critrios de
ordem geral).
PARGRAFO NICO - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada sua
compreenso. As informaes devem ser traduzidas em linguagem acessvel, ilustrada por
mapas, cartas, quadros, grficos e demais tcnicas de comunicao visual de modo que se
possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, todas as conseqncias ambientais
de sua implementao.
COMENTARIO
Esse artigo explicita que um estudo de impacto ambiental composto de dois
documentos bsicos para o processo de licenciamento aos rgos competentes. O que se
convencionou, na pratica, a se chamar EIA Estudo de Impacto Ambiental composto de
diversos volumes referentes ao temas dos meios fsicos, biticos e antrpico. o documento
analisado pelos tcnicos do rgo licenciador, o que implica na utilizao de farta
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terminologia tcnica. O RIMA, por seu turno, deve to somente refletir as concluses do EIA,
sendo apresentado para o publico leigo, o que implica na utilizao de termos populares,
evitando-se sempre que possvel, o emprego de terminologia tcnica.
- Artigo 10 - O rgo estadual competente, ou o IBAMA, ou quando couber, o Municpio
ter um prazo para se manifestar de forma conclusiva sobre o RIMA apresentado.
PARAGRAFO NICO - O prazo a que se refere o caput deste artigo ter o seu termo inicial
na data do recebimento pelo rgo competente, ou pelo IBAMA, do estudo de impacto
ambiental e seu respectivo RIMA.
- Artigo 11- Respeitando o sigilo industrial, assim solicitado e demonstrado pelo interessado,
O RIMA ser acessvel ao publico. Suas cpias permanecero disposio dos interessado,
nos centros de documentaes ou biblioteca do IBAMA ou do rgo estadual de controle
ambiental correspondente, inclusive no perodo de analise tcnica.PARGRAFO 1- os rgos pblicos que manifestarem interesse, ou tiverem relao direta
com o projeto, recebero copia do RIMA, para conhecimento e manifestao.
PARGRAFO 2- Ao determinar a execuo do estudo de impacto ambiental e apresentao
do RIMA, o rgo estadual competente, ou o IBAMA, ou quando couber o Municpio,
determinar o prazo para recebimento dos comentrios a serem feitos pelos rgos pblicos e
demais interessados e, sempre que julgar necessrio, promover a realizao de audincia
publica para informao sobre o projeto e seus impactos ambientais e discusso do RIMA.
COMENTRIOS
A importncia desse artigo reside em dois aspectos. O primeiro, na parte que trata da
possibilidade do empreendedor alegar sigilo industrial, limitando, desse modo, o acesso do
pblico s certas informaes. O outro aspecto diz respeito realizao de audincia publica
que, como visto, era de prerrogativa exclusiva do rgo estadual licenciador. Em relao a
esse ultimo, a Resoluo CONAMA N. 09, de 03 de dezembro de 1987, alterou esta
prerrogativa, na medida em que possui a seguinte redao;
- Artigo 1- A audincia Pblica referida na Resoluo CONAMA N.01/86, tem por
finalidade expor aos interessados o contedo do produto em anlise e do seu referido RIMA,
dirimindo dvidas e recolhendo dos presentes as criticas e sugestes a respeito.
- Artigo 2- Sempre que julgar necessrio, ou quando for solicitado por entidade civil,
pelo Ministrio Pblico, ou por 50 (cinqenta) ou mais cidados, o rgo do Meio ambiente
promover realizao da audincia pblica.
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Pargrafo 1- O rgo de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento do RIMA,
fixar em edital e anunciar pela imprensa local e abertura do prazo que ser no mnimo de 45
dias para solicitao pblica.
Pargrafo 2- No caso de haver solicitao de audincia publica e na hiptese do rgo
Estadual no realiz-la, a licena concedida no ter validade.
Pargrafo 3- Aps este prazo, a convocao ser feita pelo rgo Licenciador, atravs
de correspondncia registrada aos solicitantes e da divulgao em rgos da imprensa local.
Pargrafo 4- A audincia publica dever ocorrer em local acessvel aos interessados.
Pargrafo 5- Em funo da localizao geogrfica dos solicitantes, e da complexidade
do tema, poder haver mais de uma audincia pblica sobre o mesmo projeto de respectivo
Relatrio de Impacto Ambiental RIMA.
- Artigo 3- A audincia pblica ser dirigida pelo representante do rgo Licenciadorque, aps a exposio objetiva do projeto e do seu respectivo RIMA, abrir as discusses com
os interessados presentes.
- Artigo 4- Ao final de cada audincia pblica ser lavrada uma ata sucinta.
PARGRAFO NICO - Sero anexadas ata, todos os documentos escritos e
assinados que forem entregues ao presidente dos trabalhos durante a seo.
- Artigo 5- A ata da(s) audincia pblica e de seus anexos, serviro de base,
juntamente com o RIMA, para anlise e parecer final do licenciador quanto aprovao ou
no do projeto.- Artigo 12- Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.
8. METODOS DE AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
De acordo com a literatura especializada, os mtodos de avaliao de impactos
ambientais so instrumentos utilizados para coletar, analisar, avaliar, comparar, organizar
informaes qualitativas e quantitativas sobre os impactos ambientais originados de uma
determinada atividade modificadora do meio ambiente, em que so considerados, tambm, as
tcnicas que definiro a forma e o contedo das informaes a serem repassadas aos setores
envolvidos (SILVA, 1994).
Apesar de existir um numero relativamente grande de mtodos de avaliao de
impactos ambientais a experincias tem demonstrado que todos apresentam potencialidade e
limitaes, sendo a escolha dependente da disponibilidade de dados, das caractersticas
intrnsecas do tipo de empreendimento e dos produtos finais pretendidos.
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Com base em MOREIRA (1985) e SILVA (1994) so discutidas, a seguir, as principais
caractersticas dos diferentes mtodos de avaliao de impactos ambientais.
Mtodo AD Hoc - um mtodo que utiliza a pratica de reunies entre especialistasde diversas reas para se obter dados e informaes, em tempo reduzido, imprescindveis
concluso dos estudos. Estes especialistas so escolhidos de acordo com as caractersticas da
proposta de anlise, devendo possuir conhecimento cientifico e experincia profissional
suficientes para o dar o maior respaldo possvel ao estudo. O mtodo recebe muitas criticas,
pois ainda no se compreendeu em que situaes deve ser empregado. No entanto, usa-se esse
mtodo, por exemplo, quando no se dispe de tempo suficiente para a realizao de um
estudo convencional e se conta com apoio de especialistas.
Mtodo da Listagem de Controle (check-list)- as listagens de controle foram osprimeiros mtodos de avaliao de impactos ambientais, em virtude, principalmente, de sua
facilidade de aplicao. Ajustam-se bem ao mtodo ad hoc, pois num esforo
multidisciplinar pode-se efetuar uma listagem dos impactos mais revelantes, mesmo com
limitao de dados. Existem quatro tipos de listagem: descritiva, comparativa, em
questionrios e pondervel.
Mtodo da Sobreposio de Cartas (overlay mapping) - mtodo associado tcnica de sistemas de Informaes Geogrficas (SIG), uma vez que deve ser assistido por
computador, permitindo a aquisio, o armazenamento, a anlise e a representao de dados
ambientais. A essncia deste mtodo a elaborao e a posterior sobreposio de cartas
temticas (solo, categoria de declividade, vegetao etc.) de uma determinada rea. Exige,
portanto para uma melhor eficincia, a apresentao dos mapas em uma mesma escala e com
um mesmo padro de detalhamento. A partir da sobreposio dos temas, que representa o
diagnstico ambiental, so estabelecidas as cartas de aptido e restrio de uso do solo, de
acordo com a ao prevista para ocorrer. Atualmente, a tcnica de SIG j dispe de
softwares avanados na obteno de mapas temticos, tomando mais gil a utilizao do
mtodo em questo. A seguir, exposto um exemplo relativo a este mtodo:
Admitida existncia dos seguintes mapas temticos (todos na mesma escala e com o
mesmo padro de detalhamento) de uma rea em que se pretende implantar um aeroporto:
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Mapa da Vegetao Mapa da Declividade Mapas dos Solos do terrenoSendo:
M= Mata;
C= Cerrado;
Li= Litossolo (solos rasos);
La= Latossolo (solos profundos).
A transformao dos mapas temticos em informao numrica pode ser feita da seguinte
forma: 1= Mata; 2= Cerrado; 3= maior ou igual a 20 % de declividade de terreno; 4 = menor
que 20 % de declividade de terreno; 5= latossolo; e 6 = Litossolo.
Assim temos:
Tendo em vista o objetivo de se minimizar o custo de implantao do aeroporto e os impactos
ambientais negativos advindos dessa atividade, foram definidas as seguintes alternativas de
localizao do mesmo:
1 alternativa: Cerrado + menor que 20 + Latossolo
2 alternativa: Cerrado + maior ou igual que 20 + Latossolo
3 alternativa: Mata + menor que 20 + Latossolo
Assim so os seguintes os respectivos mapas de aptido/restrio da rea, segundo essas trs
alternativas:
(1 ALTERNATIVA) (2 ALTERNATIVA) (3ALTERNATIVA)
Sendo:
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC
MAIOR QUE 20%
MENOR QUE 20%
Li Li LiLi Li Li
La La LaLa La La
La La LaLa La La
La La LaLa La La
1 1 1 1 11 1 1 1 11 1 1 1 11 1 1 1 11 1 1 1 1
2 2 2 2 2 22 2 2 2 2 22 2 2 2 2 22 2 2 2 2 22 2 2 2 2 2
3 3 3 3 33 3 3 3 3
3 3 3 3 3 33 3 3 3 3 3
4 4 4 4 44 4 4 4 4
4 4 4 4 4 44 4 4 4 4 4
6 6 6 6 66 6 6 6 6
5 5 5 5 5 55 5 5 5 5 5
5 5 5 5 55 5 55 5
5 5 5 5 555 5 5 5 5 5
N N N NN N N N N N N NN N N N
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N N N NN N N N A A A AA A A A
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N N N NN N N N
A A A AA A A A
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N= no apto, pois pelo menos uma restrio no foi atendida;
A= apto, pois todas as restries foram atendidas.
Dessa forma, pode vislumbrar-se, em mapas, reas aptas, ou seja, que atendem as
especificaes de diferentes alternativas. Estas alternativas, conforme evidenciado
anteriormente, indicam minimizao de impactos ambientais negativos e do custo da obra.
Mtodo dos Modelos Matemticos - representa o que h de mais moderno em termosde mtodos de avaliao de impactos ambientais, apesar de ter sido desenvolvido no final da
dcada de 70. Funciona como modelos matemticos (simulao, regresso, probabilidade,
multivariado etc.), desde os mais simples aos mais complexos, que permitem simular a
estrutura e o funcionamento dos sistemas ambientais, pela considerao de todas as relaesbiofsicas e antrpicas possveis de serem compreendidas no fennemos estudado. Podem ser
processadas variveis qualitativas e quantitativas e simular, por exemplo, a magnitude de uma
determinada ao (atividade) ambiental sobre um dado fator ambiental. Talvez, a principal
critica ao mtodo seja a simplificao de uma realidade ambiental pela considerao de uma
relao matemtica. A seguir, exposto um exemplo relativo a este mtodo.
Admita que a seguinte relao matemtica tenha capacidade de estimar a populao
residual (que sobreviver) de um dado animal, quando se desmata uma rea para implantar
um aeroporto com 10 hectares, num determinado municpio brasileiro;
P= 2x + 5 y; sendo
P= Populao residual (que sobreviver) do animal;
X= nmero de hectares de mata que restar aps o desmatamento necessrio
implantao do aero