30

Document6

Embed Size (px)

DESCRIPTION

joalheria

Citation preview

  • 2 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    editorial

    Rene Carlos Cruz RodriguesDiretor - Editor Chefe

    Amanda Borges RodriguesDiretora - Editora

    Marcia PompeiColaboradora

    Liviane PiresColaboradora

    Projeto GrficoEquipe Editora Leon

    A Revista Joias & Design no se res-ponsabiliza por eventuais mudanas na programao de pauta, bem como pelas opinies emitidas por colabora-dores, colunistas emitidas em suas edies.O contedo publicado em anncios de total responsabilidade do anun-ciante.

    Se voc tem alguma crtica, suges-to ou elogio, escreva para o email: [email protected]. Sua opinio muito importante para ns.

    Se voc designer e quer ver seu trabalho divulgado na revista escreva para: [email protected]

    AnnciosA Editora Leon est abrindo

    espao para anunciantes. Preos de anncios assim como infor-maes sobre a revista sero di-vulgados no site da Editora Leon. Caso voc queira anunciar na re-vista escreva para o email:[email protected]

    Editora LeonRua Fortaleza n.244/2 - Recanto Elizabeth - Bragana Paulista - SP - CEP 12903-374Telefone (11)2473-3187

    Editora Leon abre espao para novos autoresno mercado de joalheria

    Voc, que acompanha a Revista Joias & Design, sabe que recentemen-te implantamos na Editora Leon a grfica prpria por demanda. Assim, hoje, imprimimos apenas os livros que foram vendidos sem a necessidade de grandes estoques. Essa conquista tem valor inestimvel para ns e para o mercado, pois agora o nmero de ttulos publicados ser maior e totalmente viabilizado.

    Toda editora de livros tcnicos vive o problema da necessidade de impri-mir quantidades incompatveis com as vendas mensais. Por isso, o nmero de livros tcnicos em portugus foi sempre muito reduzido. Esse processo impediu que profissionais publicassem seus conhecimentos por meio de livros. No mercado de joias isso est mudando. A Editora Leon tem agora o recurso de publicar um grande nmero de ttulos de maneira rpida e com grande qualidade sem depender dos grandes estoques.

    Publique seu livroSe voc um profissional que desenvolveu conhecimentos e experin-

    cias e pretende divid-los com outras pessoas, transforme tudo isso em um livro. A Editora Leon est preparada para ajudar voc nesse processo e publicar seu livro.

    Entre em contato conosco atravs do email [email protected], seja qual for a sua ideia. Teremos grande prazer em trocar ideias e, quem sabe, transform-las em livro.

    Fiquem com Deus! At a prxima!

    Rene Carlos Cruz RodriguesEditor chefe

  • 3 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    tendncia

    Joias com franjasfluida como as guas

    A moda das franjas j no novidade, foi auge nos anos 20 e 70. Em 2013 e 2014 voltou com tudo nas passarelas de moda, nas roupas e bolsas. Agora esto fervendo, ou melhor, fluindo como gua nas vitrines de acess-

    rios e no visual das mais queridas celebridades.

    Antes de comear a falar sobre joias com franjas, gostaria de fazer um comentrio: todos os meses, a Revista Joias & Design, traz matrias de moda e estilo ou tendncias. Voc pode achar que no est no contexto de uma revista que se prope a es-crever para quem cria e produz joias, no entanto, achamos que falar sobre tendncias e moda proporciona aos iniciantes e, at mesmo, aos mais experientes no ramo da joalheria, idias, atualizao e principalmente o conhecimento do que o cliente busca e quais so suas tendncias. Claro que no temos a pretenso de dizer que conseguimos identificar tudo que est em alta no momento, mas esta-mos sempre recebendo informaes do mercado, tanto nacional como in-ternacional. E no podemos deixar de compartilhar!

    Essa a nossa filosofia.Ento, vamos l...mergulhar no

    mundo das franjas!!

    Na antiguidade as franjas eram smbolo de status e luxo, geralmen-te associadas com seda e outros te-cidos finos. J no final dos anos 70, as franjas comearam a ser usadas a partir da influncia que os artistas exerciam, era a Dcada da disco-teca, tinha o ritmo, empurrado pelo filme Os Embalos de Sbado a Noi-te, foi o auge e surgimento da dance music e musicas eletrnicas, o rock ganhou destaque. No Brasil, os ar-tistas de musica romntica e MPB exibiam suas melhores inspiraes ao ritmo de Dancing Days. Essa in-fluncia no era s na msica, todos os jovens, queriam usar a roupa e os acessrios dos artistas do momento. Virou febre. Tanto os looks masculi-nos quanto femininos tinham franjas nas roupas e acessrios.

    Corazzo

    Eureka Crystal Beads

    Moda Operandi

    Adia Kibur

    Berry Jewelry

    Amanda Rodrigues

  • 4 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Agora, em 2014, as franjas apare-cem com ar mais clean e cheio de balano, com detalhes sutis, em cas-cata, parecendo gua. Neste mesmo design podem ser utilizados diversos tipos de materiais, pedras, miangas, prolas e, ainda, correntes finas e delicadas.

    Esse ar leve e sutil , provavel-mente o design mais inovador da franja, sem per-der a sofistica-o e o toque de extravagncia. A unio das fran-jas com formas geomtricas apa-recem em des-taque e comple-mentam o design arrojado.

    Os coloridos do um ar despojado s produes, enquanto os de cores mais s-brias, como o preto, do um toque de luxo e glamour.

    Esses acessrios prometem estar em alta tambm no Outo-no-Inverno 2015.

    Outros tipos de materiais tambm so usados como couro e tecido. No podemos deixar de falar que, dentro dessa tendncia, os brincos e co-lares tassel (aqueles penduricalhos usados em cortinas e almofadas) so a grande sensao do momento. O estilo que parece decorao da vov, ganhou espao nas joias e bijuterias. Sua funo de elevar ao nvel mais arrumadinho. Longo ou curto, pare-cido com uma franja ou com um pom-pom, o tassel aquele tipo de detalhe que pode fazer toda a diferena.

    D leveza e movimento qualquer tipo de look e ocasio. Uma dica para as clientes: como sempre, em aces-srios maxi, no vale exagerar! Tem que usar moderadamente.

    Eureka Crystal Beads

    Pinterest

    Donna Karan

    tumblr.com

    Isabel Marant

    www.thestyleoficial.com

    Denise Furlan

    Corazzo

  • Escola de joalheriaO Atelier Mrcia Pompei

    desde 1997 conta com professoresaltamente qualificados e uma sriede cursos para atender quem buscaconhecimentos no ramo de joalheria

    www.joia-e-arte.com.br Tel: 11 5181-7968

    So [email protected]

    Atelier Mrcia Pompei

    Cursos ministradosJoalheria - Curso bsicoJoalheria - Curso intemedirioJoalheria Clssica (Tradicional)Joalheria ContemporneaCriao em bancadaLapidao de GemasForjaCasamento de metaisDesign de Joias - Curso bsicoDesign de Joias - Curso avanadoDesign de Joias - 3D RhinocerosModelagem em ceraFundio por cera perdidaMolde de borracha e Injeo de cera para fundioEsmaltao em Joalheria - Bsico e AvanadoInlay de pedrasTitnio na joalheriaCravao - Curso bsicoCravao - Curso avanadoTear em joalheriaAlumnio Anodizado na joalheriaAcrlico na joalheriaLaca JaponesaGemologiaMontagem de Colar de ProlasColar articulado com fio metlicoColees de joias - A criaoFormao de preos em joalheriaInformaes para o vendedor de joias

    Um dia na semana reservado para o Atelier Livre, perodo em que o aluno utiliza as ferramen-tas, instalaes e equi-pamentos do Atelier para adiantar seus exerccios ou produzir novas peas, por conta prpria, sem a presena de professor. Uma pequena taxa co-brada, por hora de Atelier Livre.

  • 6 Revista Joias&Design - Outubro 2014

    capa

    Seja qual for o nome adotado pelo profissional de joalheria, o processo de revestimento de uma pea metlica com outro metal - o banho de ouro sobre lato, por exemplo, conhecido como GALVANOPLASTIA.

    O processo de galvanoplastia aplicado ao mercado de joias tem duas finalidades:a primeira proteger o metal bsico da pea usando um metal mais nobre e mais resistente corroso.

    A segunda conseguir mais beleza na pea.

    Banho/Folheaodourao, niquelao, prateao, rodinagem...

    A folheao

    Aliana banhada a ouro

    Aliana em prata

    Banho de ouro

    Nossa! Parece que preciso co-nhecer qumica para fazer folheao de metais?

    Qualquer um se assusta com esse palavreado fisico/qumico. Mas, na re-alidade, no necessrio ser qumico para fazer a folheao das joias. Exis-tem equipamentos e recursos dispo-nveis no mercado que permitem que qualquer pessoa ou profissional faa a folheao sem ser qumico ou mes-mo sem grandes estudos sobre o as-sunto. No entanto, importante saber como o processo funciona para fazer os procedimentos de maneira correta e obter bons resultados.

    Neste artigo pretendo mostrar a voc como funciona o processo de galvanoplastica para folheao de joias, principalmente apresentando o que h disponvel no mercado para a produo do processo em peque-na escala, de maneira rpida, fcil e que, mesmo sendo leigo no assunto, possvel folhear com qualidade.

    Rene Rodrigues

    www.tinydeal.com

    Para se realizar o banho galvnico na joia, isto , banho de ouro, prata, etc, necessrio colocar o objeto (joia) no lugar do ctodo de um cir-cuito de eletrlise e o nodo deve ser uma placa do metal da qual a pea ser revestida e a soluo aquosa eletroltica deve ser ser feita de um sal desse metal. Fcil, no ?

    O aspecto e efeito do ouro sempre encantou as pessoas. Mesmo saben-do que quase impossvel carregar adornos pessoais de ouro, pelos mo-tivos bvios, o aspecto dourado ainda continua encantando. Isso fez com que as joias folheadas fizessem cada

    vez mais sucesso, pois sabemos que a fina camada dourada depositada sobre uma joia de prata por meio de banho, ouro verdadeiro.

    No podemos negar que muitos outros materiais esto sendo usados na joalheria e fazendo grande suces-so, no entanto, o tradicional aspecto dourado sempre far sucesso.

    Muitas vezes voc entra numa joa-lheria ou loja de bijus e jura que aque-la pea de ouro e no folheada. Isso se deve aos aspectos de qualidade da folheao, pois reflete a qualidade profissional de quem fez o banho.

    evidente que esse aspecto de qualidade sempre valorizar uma joia ou biju independente do material de base de que ela feita. Se voc pretende aplicar folheao em suas joias, aconselho a se aprofundar um pouco mais no assunto para buscar essa qualidade na durabilidade e acabamento do banho.

    GalvanoplastiaO processo de

    galvanoplastia per-mite aplicar uma fina camada de um metal sobre outro.

    www.vika.com.br

    Anel combanho de Rdio negro

  • 7 Revista Joias&Design - Outubro 2014

    Como funciona

    Tipos de banho

    Galvanoplastia

    Apesar de voc no precisar de conhecimentos mais aprofundados sobre galvanoplastia, acho importante saber como o processo funciona para evitar problemas, avaliar materiais e fornecedores, por isso estruturei este tpico Como funciona.

    CtodoTanqueRetificador

    Fonte de energia

    Placa de Ouro

    Sal de ouro

    Partculasmicroscpicas de ouro

    Anel de prata

    Polo negativo

    (+)(-)

    Polo positivo

    nodo

    SoluoBarra condutora

    A galvanoplastia um processo que trata superfcies. Esse tratamen-to consiste em depositar uma fina pe-lcula de metal sobre outro atravs de um processo qumico chamado ele-trlise. De maneira bem simplificada, a eletrlise um processo no es-pontneo que converte energia el-trica em energia qumica. Ele no espontneo porque s ocorre quando a energia eltrica ligada.

    A fonte de energia puxa as part-culas do plo negativo (nodo) barra de ouro da figura abaixo, da cuba ele-troltica e as transfere para o plo po-sitivo (ctodo) anel de prata da figura abaixo.

    A galvanoplastia usada na joalhe-ria por meio dos banhos para proteger a superfcie do metal, para melhorar o brilho ou ainda para melhoria esttica.

    Ela pode ser definida como a tec-nologia que transfere partculas me-tlicas de uma dada superfcie slida, como o caso da figura abaixo onde a placa de ouro transfere as partcu-la para a superfcie do anel de prata. Ela tambm transfere partculas da soluo chamada eletrlito. Neste caso, a placa de ouro substituda por uma placa de platina e as partcu-las da soluo (sal de ouro) que so transferidas para a superfcie do anel de prata. Isso eletrlise.

    Na joalheria esse processo conhe-cido tambm como banho eletroltico.

    Qual a caracterstica de cada banho?

    Rdio:O banho de rdio a deposio de

    uma camada do metal Rdio sobre a joia, esta camada possui alta dureza e brilho e sua utilizao mais conhe-cida como etapa final em peas de ouro branco. O Rdio um me-tal de transio da famlia da platina que possui a tonalidade semelhante a da prata, entretanto, exibe uma alta resistncia corroso e oxidao, tornando-o um vantajoso tratamento para finalizao de peas.

    Ouro 18K: O banho de ouro 18K a depo-

    sio de uma liga de ouro 22K-23K com a tonalidade do Ouro 18K, to brilhante quanto a base do substrato, e contm componentes endurecedo-res que tornam os depsitos de ouro mais duros garantindo melhor resis-tncia ao desgaste.

    Ouro 24K: O banho de ouro 24K a deposio de ouro puro, forman-do uma camada dura com espessura de aproximadamente 0,1 micron, que ser to brilhante quanto a base do substrato.

    Prata: O banho de prata a deposio

    de prata pura, mais resistente oxi-dao que as pratas ligadas, esta ca-mada fornecer um alto brilho, com dureza de at 110 HV.

    Cobre:Os banhos de cobre so trata-

    mentos que fornecem a deposio de uma camada de cobre, normalmente utilizado como tratamento intermedi-rio, podendo ser utilizado como tra-tamento final.

    Bronze Branco:O banho de bronze branco forne-

    cer a deposio de uma liga de es-tanho e cobre sobre a pea. Pode ser utilizado como banho final ou como intermedirio.

    Os professores Victor Mello e Ma-riana Mantovani do curso de recu-perao de metais do Atelier Mr-cia Pompei apresentam em seu site

    www.8metais.com.br informaes sobre os tipos de banhos. Reprodu-zimos o texto a seguir.

  • 8 Revista Joias&Design - Outubro 2014

    O banho de verniz catafortico formulado com um copolmero de uretano, como este possui excelente disperso em gua sua aplicao de modo eletroltico sobre qualquer superfcie metlica. Este banho ofe-rece alta dureza na camada eletrode-positada (superior a 4H) com um aca-bamento incolor que possui excelente transparncia.

    Qual a finalidades dos pr-banhos?

    Antes dos banhos finais (Rdio, Ouro, Bronze) so aplicados banhos de cobre alcalino e cobre cido nor-malmente sobre bijuterias. O banho de cobre alcalino um banho que produz camadas semibrilhantes que possuem baixa tenso interna e boa ductibilidade, possibilita a aplicao de altas camadas. O banho de cobre cido um banho que produz cama-das de baixa tenso interna com boa ductibilidade e altamente brilhante,

    utilizado principalmente por seu po-der de nivelamento microscpico e brilho.

    Aps a aplicao dos banhos de Cobre, o banho de Bronze Branco substitui o banho de nquel (nickel free), o qual tem a funo de fornecer uma camada dura, niveladora e bri-lhante, no permitindo o desapareci-mento da cor do banho de Ouro 18K.

    Para joias que recebero um ba-nho final de rdio, o banho de prata pode ser utilizado como intermedirio para nivelamento de cor. Para joias que recebero um banho de ouro 18K, o banho de ouro 24K pode ser utilizado como intermedirio tambm para nivelamento de cor.

    Como enviar as peas para banho?

    Todas as peas que forem re-ceber banho precisam estar com o polimento final, os banhos no con-seguem remover riscos, nem texturas da superfcie. Os banhos que fazem o nivelamento microscpico no con-

    seguem atingir o macroscpico (ris-cos, texturas, etc..).

    Tambm necessrio ressaltar que toda pea sofre um desgaste com o uso, o banho fornece uma camada de aproximadamente 0,2 microns de espessura (1 micron = 0,000001 me-tros ou 0,0001 centmetros), por isso esperado que um banho, em uma pea usada diariamente, dure aproxi-madamente 2 anos.

    Como funcionam os banhos para peas com pedras?

    Todos os banhos, inclusive o de verniz, necessitam de ateno para peas que contenham pedras. Pe-dras que so consideradas porosas, orgnicas, metlicas ou tingidas po-dero ser danificadas ao receber estes banhos, alguns exemplos so: lpis lazuli, malaquita, gold stone, p-rola, pirita, hematita.

    Peas com pedras como rubi, safira, esmeralda e vrios tipos de quartzo podem receber os banhos normalmente.

    Verniz catafortico:

    Quem pode fazer

    Galvanoplastia profissional

    www.realezajoias.com.br

    O processo de folheao usando banhos por meio da galvanoplastia pode ser feito por qualquer pessoa sem a necessidade de equipamen-tos sofisticados. At mesmo usando vinagre, sal de cozinha, uma moeda de 5 centavos como nodo, um clips como ctodo, uma bateria de 9 volts e garras tipo jacar voc banhar o clips com cobre.

    A medida que se usa produtos mais adequados e, principalmen-

    Voc pode montar um sistema de galvanoplastia profissional para apli-car diferentes tipos de banhos em suas joias. Todavia, como eu disse antes, necessrio conhecimento e experincia para isso. Por outro lado, acredito que seja mais prtico e barato comprar equipamentos prontos e pro-fissionais para esse tipo de trabalho.

    Existem vrias empresas que co-mercializam equipamentos especfi-cos para joalheria. Essas empresas

    te, conhecimento tcnico possvel montar seu prprio sistema de ba-nhos. Tem muita gente que faz isso principalmente porque as solues (banhos) so vendidas nas principais fornituras. No entanto, necessrio conhecimentos mais apurados para montar seu sistema de banhos.

    Existem cursos especializados de galvanoplastia aplicada em joias que ensinam cada um dos detalhes ne-cessrios para esse tipo de trabalho.

    fornecem kits apropriados para cada tipo de trabalho. Muitas delas tambm fornecem os insumos e produtos.

    Esses equipamentos so projeta-dos para cada tipo de trabalho e tem performance adequada na qualidade e produo. As opes so muitas: des-de sistemas simples para baixa produ-o at sistemas industrializados.

    Nas prximas pginas descreve-mos como funcionam esses proces-sos profissionais para banhos.

  • 9 Revista Joias&Design - Outubro 2014

    Folheao por imerso

    Antes de falarmos sobre os proces-sos profissionais para galvanoplastia, importante saber que pode-se usar dois mtodos para folheo: folheao por imerso e folheao por contato.

    No caso de produo de quantidades maiores de peas usa-se a folhea-o por imerso, bem mais adequa-da para um procedimento industrial. J no caso de pequenas quantidades

    pode-se usar a folheao por contato. Pode-se obter bons resultados com a folheao por contato. Todavia, o pro-cesso por imerso mais adequado para produo.

    No caso de produo de maior n-mero de peas ou sequncia maior de banhos usa-se o esquema que vemos ao lado. Observe que neste caso usa--se duas placas de platina como no-dos que aumentaro o fluxo de part-culas para o ctodo (anel).

    Nesse tipo de banho faz-se com-psio com vrios tanques como ve-remos mais adiante.

    CtodoTanque

    RetificadorFonte de energia

    2 Placas de Platina

    Sal de ouro

    Anel de prata

    Polo negativoPolo positivo

    nodo

    Soluo3 Barras condutoras

    Na composio abaixo, veremos uma estrutura para banho de ouro em seis etapas. Essas composies podem variar de acordo com o trabalho que ser feito e o tipo de banho. sempre importante seguir as instrues do fabricante do equipamento que voc adquiriu. Tambm importante conversar com o fabricante ou fornecedor dos insumos (lquidos dos banhos), pois existe variaes nas quantidade de metais e produtos dispersos no lquido do banho.

    Aconselho que antes de partir para um sistema mais sofisticado voc procure estudar os aspectos prticos da galvanoplastia. Quando ela feita para pequenas quantidades, pode--se comprar sistemas bem simples e fceis de operar. No entanto, quando se trata de processos para maiores quantidades de peas muitos aspec-

    tos interferem nos resultados finais. Aspectos como concentrao de me-tais e produtos qumicos nos banhos, potencia do retificador. Circuito eltri-co para maior quantidade de tanques. Tempo de durao de cada etapa do banho, temperatura dos banhos, so determinantes para os resultados de qualidade do banho.

    Muitos sistemas permitem que voc coloque mais de uma pea na gancheira. Esse procedimento tam-bm requer ajustes de todo o equi-pamento. Existem ainda processos rotativos nos quais a pea (joia) mo-vimentada no banho. Esse processos so mais utilizados para o caso de ba-nho em correntes.

    Gancheira

  • 10 Revista Joias&Design - Outubro 2014

    A quarta etapa consiste na depo-sio de uma camada mais espessa de cobre. Para esse procedimento usado cobre cido cuja composio de sulfato de cobre com 11 a 75 g/L e de cido sulfrico com 195 a 248 g/L. Esse banho tem um excelente nivela-mento. Ele preenche os poros da pea aumentanto o brilho do metal.

    A quinta etapa tem a funo de nivelar as imperfeies da pea me-lhorando muito a deposio do ouro ou outro metal. Sua composio mais popular o sulfato de nquel com 249 a 310 g/L, cloreto de nquel com 30 a 50 g/L e cido brico com 30 a 50 g/L. Devido as caractersticas alergnicas desse metal, camadas de bronze po-dem substituir o nquel para evitar a migrao do cobre para a camada de ouro tornando-a avermelhada.

    Os banhos de ouro alcalino so ba-seados em sais complexos de cianeto, ouro e potssio. Sua composio b-sica de cianeto de ouro e potssio por volta de 8 a 20 g/L e cianeto de potssio de 15 a 100 g/L.

    Existem ainda banhos de ouro onde alterada a espessura da cama-da de ouro depositada. Esses banhos dependem muito da especificao de cada fabricante. O banho de ouro pode ser feito em vrias camadas.

    A primeira etapa do processo fei-ta atravs do banho de desengraxe. Nesse banho so usados produtos qumicos adequados para a limpeza qumica da pea para que ela esteja preparada para receber outras etapas do banho. Essa limpeza qumica inter-fere na aderncia e uniformidade da sequncia de banhos.

    A segunda etapa do processo tem como objetivo eliminar camadas de xidos formadas pela passagem do tempo na superfcie do metal. Essa oxidao forma uma barreira para a deposio dos outros metais. Para assegurar a aderncia do metal que ser depositado so usadas solues cidas de baixa concentrao.

    Na terceira etapa faz-se a depo-sio metlica de uma fina camada de cobre alcalino (cobre base). Neste caso so, em geral, usados sais de cobre cianeto. Esse banho contm em mdia 30g/L de cobre cianeto de sdio. Essa etapa funciona como pre-parao para receber a camada se-guinte.

    Aps cada etapa necessrio lavar a pea para que o produto qumico de cada tanque no contamine o outro. Tambm importante cuidar para que os produtos no respinguem em outros tanques conforme a pea movimentada sobre os tanques.

  • 11 Revista Joias&Design - Outubro 2014

    Folheao por contatoO passo-a-passo a seguir foi extraido do vdeo da empresa Gold Touch System BR, fornecedora de equipamentos

    e insumos para galvanoplastia. A demonstrao da folheao por contato onde no retificador digital so acoplados o nodo e o ctodo em forma de cabo espiralado com aplicador (caneta). Nesse processo so usadas ponteiras com os produtos qumicos correspondentes a sequncia de banhos. www.goldtouchsystembr.com.br

    Viso geral do equipamento - Fo-lheao por contato GT 2000.

    A garra jacar colocada em con-tato com a pea a ser banhada.

    Na primeira etapa, imagem ao lado, feita a remoo do cromo caso a pea seja cromada. Para essa etapa o operador inseriu a ponteira apropria-da no aplicador. Durante a remoo do cromo sair um lquido amarelo - cromo sendo removido.

    Aps cada etapa a pea lavada para eliminar resduos do produto usa-do.

    A garra jacar retirada da pea que seca com papel toalha.

    A ponteira que foi usada retirada do aplicador e colocada no pote que contm o produto dessa etapa.

    Uma nova ponteira, com o produto da prxima fase rosqueada no apli-cador. Fase de ativao.

    A garra jacar novamente aco-plada na pea e, com o aplicador, feita a aplicao na rea especfica.

    Na terceira etapa feita a aplica-o de ouro gel, a folheao de ouro propriamente dita. Nesta etapa o pro-cedimento o mesmo da troca de ponteira e colocao da ponteira an-terior no seu reservatrio.

    Assim que o ouro gel comea a ser aplicado possvel verificar a folhea-o da pea. Novamente a pea re-tirada da garra jacar. lavada e seca e estar folheada.

    A folheao por contato permite folhear reas isoladas de uma pea. Os resultados de qualidade so bons.

    sempre importante seguir a ins-trues e informaes do seu fabrican-te para obter os melhores resultados.

    A soluo espalhada rapidamen-te na rea que se pretende folhear.

    Observe que todo o trabalho feito sobre uma bandeja de plstico.

    O processo simples e apresenta bons resultados.

    A cada etapa necessrio que a pea seja lavada e seca. Durante a lavagem e secagem a pea deve ser retirada da garra jacar.

  • 13 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    gemas

    Coralum animal marinho primitivo

    Sua cor e raridade deram ao coral, durante muito tempo, um status de pedra preciosa. Todavia, recentemente, o uso gemolgico do coral comeou a ser questionado por questes de agresso ao

    meio ambiente e por ele ser um animal marinho. Segundo algumas opinies h desinformao sobre esse aspecto.

    Ondas, peixes, ourios do mar, es-ponjas e outros organismos que-bram os esqueletos de corais em fragmentos que assentam em es-paos na estrutura do recife. Muitos outros organismos que vivem na comunidade do recife contribuem para o esqueleto de carbonato de clcio do recife do mesmo modo.

    No preciso matar o co-ral para us-lo como gema

    algarve-saibamais.blogspot.com.br

    Literalmente em forma de rvores, os corais se formam em recifes, atis e bancos de corais de gua pouco pro-fundas. Suas inmeras ramificaes o que lhes do o aspecto de rvore.

    Ele formado por pequenos ani-mais chamados plipos. Crescem

    sobre os restos de esqueletos calci-ficados de seus companheiros mor-tos em guas tropicais quentes. Os corais em rvore so encontrados em cores distintas dependendo do lugar de sua origem e profundidade da gua.

    Segundo Judith Crowe, em seu livro The Jewellers Directory of Ge-mstones, existe um alto grau de de-sinformao quanto ao fato do dano ao meio ambiente causado pela co-leta de corais para uso gemolgico. Dos 2.000 tipos de corais conhecidos, somente certas variedades esto em risco de extino e, as mais ameaa-das, no so usadas na indstria de joalheria.

    A altura dos corais vo de 20 a 40 cm e a espessura de seus ramos che-ga a 6cm.

    Seria imposs-vel falar de coral sem mencionar Torre del Greco, que fica no sop do vulco Vesvio, na provncia de Npolis, na regio italiana da Campa-nia, o maior centro de comrcio de corais.

    Hoje, Vittorio Fiorentino continua a saga de uma dinastia de artesos de co-ral com sua apaixonada busca pelos pro-jetos com corais, quase como quando ele comeou ainda menino ao lado de seu fa-moso pai, Vincenzo em Torre del Greco.

    O maior recife de coral vivo en-contra-se na grande barreira de coral na costa de Queensland na Austr-lia. Ela formada por 2.900 recifes e 300 atis (recfes circulares). L vi-vem cerca de 360 espcies de corais e uma rica biodiversidade completa-da por peixes, moluscos, crustceos, estrelas do mar, etc.

    www.art-jewelry-shop.com

    www.maxgioie.com

    www.algarve-saibamais.blogspot.com.br

  • 14 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Coral sintticoe imitaes

    Coral esponja

    Por ser uma gema escassa o co-ral muito imitado usando diferentes produtos e substncias.

    importante diferenciar os as-pectos da imitao e da sintetizao de uma gema.

    No caso das gemas sintticas, os cientistas e tcnicos buscam a repro-duo fiel da estutura do material a ser sintetizado. Assim, a gema sint-tica tem todas as caractersticas da gema natural, no entanto, feita em laboratrio.

    J no caso das imitaes no exis-te a preocupao com a estrutura do material e, sim, apenas com o aspec-to visual. As imitaes so feitas com diferentes tipos de materiais como porcelana, vidro, plsticos e resinas.

    As gemas sintticas so bem aceitas no mercado mundial de joa-lheria. Primeiro porque elas mantm as mesmas caractersticas da gema original e, segundo, porque so mais baratas.

    A raridade de muitos tipos de ge-mas e seu alto custo tem ampliado cada vez mais o mercado de gemas sintticas.

    O coral sinttico pode ser entalha-do, lapidado, polido e gravado, o que se torna difcil com o coral natural que tem baixa dureza e frgil.

    Para verificar se um coral imita-o basta submet-lo ao cido clor-drico diludo e a frio. As imitaes no reagem ao cido enquanto o coral natural apresenta efervescncia mui-to visvel quando submetido esse cido.

    www.artpalace.in Coral sinttico

    O coral esponja encontrado em recifes. No um tipo de coral raro nem valioso. Tem um baixssimo risco de extino.

    Em estado natural encontrado

    em tonalidade vermelha, prpura e amarela. No entanto, comum en-contr-lo tingido e com aplicao de resinas para obteno de brilho.

    Caractersticas gemolgicasPossuem baixa dureza - 3-4

    Mohs. Densidade relativa - 2,60-2,70. Fratura - irregular, estilhaada e quebradia. Sistema cristalino - tri-gonal, microcristalino. Transparncia - translcido, opaco. Apresenta for-ma ligeiramente cilndrica e oca. Sua composio de 87% de carbonato de clcio, 7% de carbonato de mag-nsio e outras substncias.

    Os corais vivem em associao, em verdadeira simbiose com algas unicelulares, como o caso das zoo-xantelas. Isso d ao coral a capacida-de de crescimento muito rpida e so esses organismos que do ao coral a cor viva.

    O coral fica esbranquiado quan-do as condies do meio ambiente mudam. Com alteraes ambientais desfavorveis eles expelem as algas de maneira parcial ou total, perdendo assim a sua cor vibrante.

    So encontrados nas cores rosa, vermelho, laranja e branco.

    O bran-queamento dos corais tem ocorrido em larga es-cala nas lti-mas dcadas, dependendo do tempo do

    desequilbrio ambiental poder haver a morte total ou parcial da colnia. O excesso de iluminao e tempo pro-longado de exposio luz ultra-vio-leta tambm pode causar o branque-amento. A elevao da temperatura do planeta tambm afeta a vida dos corais.

    Na joalheria so usados como gemas nos mais diferentes tipos de joias e ainda como camafeus. Tam-bm so usados na joalheria em seu estado bruto.

    Existem ainda os corais negros e azuis, menos valiosos.

    Coral esponja natural Coral esponja polido

    Jinja Jewelry

    Jinja Jewelry

  • 15 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Cuidados

    Coral bambu Coral secundum

    Coral konojoi

    Coral Elatius

    Coral Japonicum

    O coral bambu foi chamado assim porque o crescimento de seus galhos se assemelha com o bambu. Em es-tado bruto muito sensvel e difcil de ser trabalhado (lapidao).

    Coral nobre (Corallium rubrum)O coral nobre ou Corallium ru-

    brum o mais apreciado pelos de-signers de joias e consumidores em geral. Vive no ecossistema de maior biodiversidade no mundo e consi-derado um dos mais vulnerveis. muito trabalhoso converter o coral bruto em elemento gemolgico, o que normalmente lhe d alto custo. Esse processo feito por lapidao, entalhe e polimento. Eles so frgeis.

    Assim como toda gema orgnica, o coral pouco resistente e requer cuidados, tanto na produo da joia quanto no seu uso pelo consumidor.

    Os corais devem ser mantidos dis-tantes de calor forte. No devem ter con-tato com produtos qumicos agressivos.

    So de cor rosa e branco proce-dentes do pacfico.

    So brancos e, s vezes, com manchas rosa, procedentes do Ja-po e Filipinas.

    So laranjas, procedentes do Ja-po e Filipinas.

    So vermelhos e vermelho escu-ro, procedentes do Jpo.

    No aconselhvel esfreg-lo com escovas duras, pois, mesmo o coral tratado ainda apresenta fragilidade.

    importante evitar contato com peas metlicas que podem arranh--lo. Para limpeza devem ser lavados com detergente neutro.

    www.foreverboho.com

    www.bostonproper.com

    www.plataygemas.com

    www.aniika.com

    www.rubylane.com

  • 17 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    material didtico

    Material didtico para o ensino da joalheria no Brasil

    Sabemos que o material didtico para ensino da joalheria no Brasil escasso. Apesar de termos bons livros de autores experientes

    no ramo, ainda assim, so poucos. A Editora Leon tem essefoco e espera poder contribuir com o ensino da joalheria.

    Nesta matria Mrcia Pompei conta quais dificuldades ela encontrou, quando iniciou na joalheria, e o que ela anda fazendo para

    diminuir essa escassez.

    Mrcia Pompei

    Quando comecei estudar joalhe-ria, no incio dos anos 90, me encan-tei tanto que abandonei uma carreira em outra rea para dedicar-me inte-gralmente s joias.

    As coisas foram acontecendo e acabei enveredando para o ensino dessa arte/profisso.

    Quando inaugurei o Atelier Mrcia Pompei, em 1997, j tinha programas prprios de exerccios para os cursos de Joalheria Bsico e Intermedirio, meus carros chefes. Esses progra-mas foram organizados de forma a tentar facilitar o aprendizado e a fa-miliarizao com equipamentos, fer-ramentas e insumos, para o maior aproveitamento possvel.

    Quando fui aprendiz, e mesmo as-sistente, do curso de Joalheria senti muita falta de material didtico para consulta: um livro, uma apostila. No havia nada! O livro indicado pelas es-colas na poca era a bblia da joalhe-ria, o Jewelry Concepts and Techno-logy do mestre Oppi Untracht. Apesar da idade ele ainda oferece, nos dias de hoje, informaes riqussimas e precisas. Essa uma obra indispen-svel para quem trabalha no setor jo-alheiro, seja aprendiz ou profissional.

    Mas o Oppi era em ingls, tinha

    muitas ferra-mentas que a gente nem so-nhava ter em nossas banca-das bra-sileiras, usava

    termos que eram desconhecidos pra gente, enfim... continuava fal-tando material didtico de consulta.

    Comecei minha prpria biblioteca joalheira adquirindo os raros ttulos aos quais tive acesso. Hoje ela est bem recheada mas eu sei o quo difcil foi chegar at aqui.

    Baseada nas informaes dos meus mestres, na expe-rincia que s a bancada d e na bibliografia que comea-va a nascer na minha oficina eu produzi as apostilas dos cursos de Joalheria bsico e Joalheria intermedirio dos meus alunos. Ilustrei, foto-grafei, diagramei, enchi de informaes e dicas. Fiz uma

    apostila para os meus alunos mas na verdade

    estava fazendo para mim, como eu gostaria de ter quando estava apren-dendo.

    As etapas de produo de cada pea, de cada exerccio, eram deta-lhadas nas folhas da apostila, passo--a-passo, conforme minha necessida-de pessoal. Dessa forma seria mais fcil assimilar o processo e rev-lo num momento de dvida.O fato que a coisa foi crescendo e alunos de outras escolas comeavam a ligar solicitando as tais apostilas! A minha inteno no era a comercia-lizao desse material, ele fora feito apenas para atender os alunos do Atelier Mrcia Pompei, para facili-tar sua formao. Apesar disso essa solicitao foi muito boa pois me fez perceber que no era a nica carente

    desse material.Foram tantos pe-didos que acabei

  • 18 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    cedendo e comecei a comercializa-o de material didtico impresso. As reas foram sendo exploradas pouco a pouco: Design de Joias, Montagem de Colar de prolas, Titnio na Joa-lheria, Fundio por Cera Perdida, Cravao, Modelagem em Cera, en-tre tantas outras. Sempre com muitas imagens, cores, qualidade e o famo-so passo-a-passo.

    Especialistas foram convidados a participar de algumas obras, enrique-cendo e aprimorando o trabalho.

    Vieram os vdeos, primeiro em fita cassete (!!!! Quanto tempo!!!) e de-pois em CDs.

    Hoje, o Atelier Mrcia Pompei conta com 17 apostilas e 2 vdeos de cursos.

    Hoje podemos contar com a Edi-tora Leon que vem se especializando no setor joalheiro e procura trazer no-vidades com qualidade, enobrecendo a formao do profissional brasileiro. Sua revista digital e gratuita, a Joias & Design, tem um contedo didtico fantstico, detalhado, como gosta-mos, queremos e merecemos.

    Uma das minhas apostilas (Monta-gem do Colar de Prolas) foi transfor-mada em livro graas Leon. Alm do contedo j existente fui atrs de novidades e apresentao de novas montagens, de novas peas. Traba-lhos de talentosos joalheiros brasi-leiros, montagem passo-a-passo de diversos colares, informaes sobre formao da prola, cores, formatos, tamanhos, moluscos produtores, p-rolas cultivadas, cuidados, limpeza, prolas famosas e muito mais. A obra foi alm das minhas expectativas.

    Outra novidade que vem chegan-do o curso de joalheria EAD (ensi-no distncia), outro desafio pionei-ro. Aprender sem sair de casa, no seu horrio, no seu espao, no seu ritmo.

    Bons tempos chegam para o nos-so joalheiro. No toa que o Brasil figura entre um dos (seno o) pa-

    ses mais representativos da joalheria na Amrica Latina. Temos exportado conheci-mento para nossos irmos de continente.

    Um orgulho!

    Mrcia PompeiAtelier Mrcia [email protected]

    [email protected].: 55 11 5181-7968WhatsApp 55 11 96246-2226

    Mas os novos tempos chegam, fe-lizmente, e trazem melhorias para o setor.

    Hoje podemos contar com alguns ttulos nacionais voltados para o en-

    sino da joalheria, nomes importantes esto compartilhando informaes com os futuros joalheiros.

  • 19 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Modelagem 3D

    RhinocerosVelocidade, perfeio e preciso

    Segue aqui o depoimento de Nu-ria sobre o uso do software: Traba-lhando com Rhinoceros, certamente, os designers de joias ganham em ve-locidade ao exibir suas idias.

    Embora eu seja da velha esco-la e comecei a desenhar tudo mo, quando uso um computador e o sof-tware Rhinoceros, na minha opinio, o trabalho apreciado ainda mais.

    Com ele, voc pode visualizar ra-pidamente a sua ideia, sem contar a ferramenta de rbita que voc pode examinar a pea de todos os ngulos.

    J com o uso do RhinoGold voc tem a vantagem de calcular os pesos de sua pea em metais diferentes, o que lhe d uma idia do preo da joia, alm de muitos outros recursos.

    Do meu ponto de vista, tudo positivo em termos de criao de

    prottipos e uso desses softwares. Velocidade, perfeio, preciso...

    Modelagem e Impresso 3D o futuro imediato da joia. A tecnologia de revoluo para a nossa indstria.

    Para o desenvolvimento da cole-o ALMA era essencial uma perfei-o da forma e a preciso do encai-xe, que s um programa como o Rhi-noceros fornece. Reconheo que sou perfeccionista e, para mim, a preciso de um computador esmagadora!

    Todas as etapas envolvidas na criao de joias mo so simplifica-das, em absoluto, com o Rhinoceros.

    No h necessidade de ter de

    Amigo leitor, nessa matria queremos compartilhar com voc, as vanta-gens do uso do software Rhinoceros e o seu plug-in Rhinogold.

    Para isso, convidamos a designer espanhola Nuria Parrado para dar seu depoimento sobre o uso do software e como ele mudou seu

    processo de trabalho e criao.

    A designer Nuria Parrado foi o des-taque da 1 edio da Revista Joias & Design. Na poca, conheci o trabalho de Nuria atravs da Internet e o que mais me chamou a ateno foi o design inova-dor e a casualidade de suas peas. Alm disso, destacamos a utilizao da tecno-logia 3D, imprescindvel para o perfeito encaixe de suas peas arrojadas, cria-tivas e funcionais. As colees de Nu-ria que apresentamos eram basicamen-te de prata e resina colorida.

    Com a mesma linha de design Nu-ria desenvolveu uma nova coleo cha-mada Alma, todavia, esta nova coleo foi totalmente desenhada e aperfeioa-da no software Rhinoceros e seu plug-in RhinoGold, com materiais mais nobres e cravaes.

    Esse detalhe importante do uso da tecnologia rendeu ela um prmio. Ela foi vencedora do II Concurso Madrid-Joya Designers.

    Amanda Rodrigues

  • 20 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Saiba mais em:www.nuriaparrado.comwww.facebook.com/airunodarrap

    realizar o trabalho de bancada, utili-zar maarico e outras ferramentas.

    Hoje, voc pode projetar tudo no computador e ir diretamente para pro-totipagem e fundio. Sim, verdade que depois de analisar as peas, li-mar, lixar e polir pode ser necessrio. Mas essa a beleza, combinar novas tecnologias com o bom conhecimento de um joalheiro arteso.

    Acho que quem re-negar esse progres-so se tornar obsoleto. Acho, ainda, que no sensato negar a evidn-cia de que a produo de joias no o que era h alguns anos atrs.

    A indstria de joias est em plena trans-

    formao e evoluo e, deve-mos nos unir - artesanato e inds-tria de tecnologia - para prosperar.

    O Rhinoceros certamente mudou a minha vida, agora fabricar minhas idias algo real, fcil, rpido e, ain-da, consigo fazer peas perfeitas.

    Este software permite-me experi-mentar com espessuras e pesos para otimizar minha produo.

    Trabalho e desenho com o confor-to de ter o controle total do resultado final de minhas criaes. Eu sei que como vejo a joia na tela ela ser, na realidade, uma vez fabricada.

    Depois de ter a experincia de usar a modelagem com Rhinoce-ros acho que ningum pode negar o grande avano para o mundo da jo-alheria.

    Convido todos os joalheiros para experimentar esta nova forma de fa-zer joias e tenho certeza que no ha-ver arrependimento.

    Ns, da Revista Joias & Design es-peramos que o relato de Nuria faa a diferena no seu processo de produ-o de joias e te desejamos sucesso! Grande abrao!

    Amanda Rodrigues

  • 21 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Erica cidad de SF, Nova York e Los Angeles. editora exe-cutiva do blog Honestlywtf. Amante de elefantes, rvores de lamo, dos Lakers e tudo artesanal. Viciada em botas, joias, rendas e algodo doce. autora do passo-a-passo que publicamos neste artigo.

    honestlywtf.com/

    macram

    Pulseiracom tcnica de ns - Macram

    Muitos dos nossos leitores conhecem e aplicam a tcnica de tecer - macram. No entanto, muitos outros que no conhecem podero desfrutar do passo-a-passo da Erica que publicamos a seguir:

    A paixo pela arte manual de tecer por meio de ns - Macram - no exclu-sividade da blogueira americana Erica. Tem muita gente, aqui no Brasil,

    que ama essa tcnica e a utiliza para fazer trabalhos incrveis. Escolhemos o tutorial da Erica para iniciar artigos sobre macram porque ele bem simples. Em outras edies falaremos mais sobre essa tcnica.

    1 2

    1 - Voc vai precisar de:- 4 metros de fio encerado de 0,5 milmetros ou outro material conforme sua escolha.- uma argola ou conector, tambm con-forme sua escolha.- uma agulha de bordado.- uma tesoura.- alicate de ponta plana (opcional).- um isqueiro (opcional).

    MacramO macram uma tcnica que, se-

    gundo especialistas, se originou na pr--histria quando o homem aprendeu a amarrar fibras. uma tcnica de tecer com ns sem utilizar nenhum tipo de equipamento - totalmente artesanal. At hoje uma tcnica muito usada e apreciada. Os fios vo se cruzando e so presos pelos ns que determinam

    as formas geomtricas finais.Existem muitos tutoriais na Internet

    que mostram o macram, no entanto, o tutorial da Erica nos chamou a ateno por se tratar de uma joia de montagem, isto , voc usa a tcnica de macram para tecer partes da joia e as outras partes so peas prontas como as que voc encontra na eFechos (www.efe-chos.com.br).

    2 - Comece cortando o fio em dois pedaos de 76cm cada, dois de 50cm cada e um de 25cm. Dobre o pedao de 50cm ao meio, puxe o lao atravs do anel, dobre-o sobre o anel, e puxe o resto do fio atravs do lao. Repita o passo no outro lado do anel. Estas partes (dois fios) se mantero presas e paradas.

  • 22 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    3 4

    5 6

    7 8

    3 - Centralize o fio de 76cm sob os dois fios da argola. Dobre o fio para a direita sobre os fios da argola e sob o fio de esquerda. Puxe o fio formando um n.

    5 - Dobre a ponta esquerda que sobrou do fio de 76cm sobre os fios da argola e passe por baixo do fio direito. Passe o fio da direita por baixo dos fios da esquerda e dos fios da argola, sobreponha o fio no final para que forme um n.

    6 - Puxe com fora e repita os passos - esquerda, direita, esquerda, direita. . . Continue os ns at que o comprimen-to desejado seja atingido. Tenha em mente que o fecho vai ocupar cerca de um centmetro.

    7 - Para terminar os ns, passe um dos fios em uma agulha de costura, no centro dos ns na parte trasei-ra. Um alicate ajuda a puxar a agulha atravs dos ns apertados.

    8 - Repita os mesmos passos no outro cordo.

    4 - Puxe firmemente e deslize o n at o topo.

  • 23 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    9 - Depois de costurar os fios que atam, apare qualquer excesso. Guarde as sobras e derreta as pontas com um isqueiro para sel-los. Repita o mesmo passo na segunda metade da pulseira.

    10 - Para fazer um fecho ajustvel, molde o bracelete em um crculo sobrepondo os fios da argola. Use marcaes para amarrar temporariamente os fios juntos em cada ex-tremidade.

    11 - Use o fio de 25cm e centralize-o sob os fios. Faa ns quadrados da mesma maneira que foram feitos os da pulseira.

    12 - Faa o fecho com alguns centmetros e os costure na parte traseira do fecho. Retire os laos temporrios.

    13 - Os dois conjuntos de fios de 25cm formam, agora, os laos ajustveis da pulseira. Ajuste para caber no pul-so e amarre cada extremidade em ns. Apare qualquer excesso.

    Suas pulseiras ajustveis esto terminadas!!

    9 10

    11 12

    13

    honestlywtf.com/author/erica/

  • 24 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    produtos

    Cor na bijuteriacom Plasti Dip

    As joias e bijuterias contemporneas nunca desfrutaram de tanta liberdade de criao como nas ltimas dcadas. Esse processo de liberdade criativa

    tem como protagonista as mulheres. Pois so elas que aceitaram, aprovaram e desfrutaram das ideias e criaes dos designers mais audaciosos que extrapolaram em todos os aspectos e, assim, desenvolveram peas que

    agradam e atendem as necessidades das mulheres mais arrojadas.

    A cor em peas de joalheria e biju-teria um processo que tem conquis-tado cada vez mais o gosto das mulhe-res. No blog gojane Emily diz que as mulheres amam as joias tradicionais com ouro, prata, etc, mas tem momen-tos que a cor indispensvel e alegra o visual. O Plasti Dip um recurso que permite colorir joias* e bijuterias com facilidade.

    O Plasti Dip comercializado no Brasil pela DipBrasil, uma empresa de comrcio pela Internet criada para iniciar a venda do produto conhecido fora do Brasil como Plasti Dip, um composto de borracha lquida sintti-ca para diversos usos, agora emba-lado no Brasil pela Baston Aerossis. Aqui, ele comercializado em tubos um pouco diferentes, mais altos e mais finos, com o nome Chemicolor Plasti Dip, mas exatamente o mes-mo produto importado.

    O acesso aos produtos da linha Plasti Dip e tambm a outros pro-dutos diferenciados o objetivo da DipBrasil para atender com agilidade e eficincia todos os seus clientes.

    A empresa atende pela Internet, realiza entregas via Correios ou Transportadora enviando para todo o pas e oferece canais de pagamen-tos por depsito em conta ou sistema PagSeguro.

    O objetivo da empresa buscar e trazer para o mercado novas tecnolo-gias e produtos diferenciados.

    O Plasti Dip uma borracha sinttica lquida, altamen-te elstica e pode ser aplicada em diversas superfcies, tais como metais (pintados ou no), cromados, vidro, plstico, ce-rmica, etc, sendo fcil remover manualmente quando cor-retamente aplicado em camadas mais grossas. J em ma-teriais porosos, tais como madeira, alvenaria, tecidos, pode ser muito difcil remover o produto sem o uso de solventes ou removedores, como ocorre com as demais tintas.

    O produto depois de seco atxico, isolante eltrico e possui ainda a caracterstica de impermeabilizante ou vedan-te, alm de funcionar como tinta, claro. comercializado nas cores (foscas) preto, cinza, branco, amarelo, vermelho, azul, verde e incolor, ainda as fosforescentes laranja e azul conhecidas como blaze.

    Para tornar brilhante o Plasti Dip, basta aplicar mais ca-madas usando o glossifier, uma espcie de verniz emborra-chante. Do mesmo modo possvel conferir um acabamento dourado ou prateado usando os acabamentos metalizer apli-cados sobre o preto fosco e mais, com o Plasti Dip fum, possvel manter a transparncia da pea, criando o efeito de escurecimento da superfcie.

    *Salientamos que o uso em joias ou, caso deseje retirar o produto posteriormente, deve-se contatar o fabricante.

    Em nossas pesquisas descobri-mos que o Plasti Dip usado na joa-lheria como mostra o passo-a-passo da prxima pgina publicado no blog http://blog.gojane.com/2013/01/15/how-to-color-chain-link-jewelry/.

    A princpio a Emily Devine publi-cou no Blog Jane Says o artigo para as leitoras fazerem em casa, no en-tanto, o processo pode ser feito na oficina.

  • 25 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    O Plasti Dip entra no mercado brasileiro como envelopamento lquido, que o popularizou, porm existe nos Esta-dos Unidos desde 1972, onde tem muitos usos na indstria, comrcio, construo civil, artesanato, joias, em autom-veis e motocicletas, enfim, o limite a criatividade.

    1 2 3

    4 56 7

    98

    10

    11 12

    O passo-a-passo a seguir foi publicado por Emily Devine no Blog Jane Says http://blog.gojane.com/2013/01/15/how-to-color-chain-link-jewelry. Aqui foram utilizados produtos vendidos nos EUA, porm no site www.dipbrasil.com .br voc encontrar produtos similares, com cores j prontas e em aerossol.

    1 - Detalhe da pea pronta.

    3 - Despeje o suficiente de Plasti Dip incolor, para cobrir metade de sua biju, na lata de alumnio.

    4 e 5 - Acrescente o corante branco e misture com a colher.

    9 - Mergulhe lentamente a bijuteria, at a rea que desejar, em torno de 5 segundos e retire lentamente. 10 - Segure a pea sobre a lata por

    pelo menos um minuto para deixar o excesso de Plasti Dip escorrer.

    6 e 7 - Acrescente o corante azul e misture novamente.

    8 - Agora, adicione o corante amarelo e misture at ficar homognio.

    11 - Deixe secar por pelo menos qua-tro horas antes de usar.

    2 - Plasti Dip Lquido incolor, corantes branco, amarelo e azul, uma lata de alumnio limpa, uma colher de pls-tico e a bijuteria que deseja colorir.

    Apesar do Plasti Dip ser utilizado mais comumente em revestimentos automotivos e nuticos, como disse-mos anteriormente a Emily publicou o passo-a-passo com o objetivo de

    divulgar o Plasti Dip para as leitoras consumidoras, no entanto, analisan-do o produto e a forma de uso po-demos afirmar que qualquer oficina de joalheria pode us-lo em linha de produo para pequenas, mdias e grandes produes.

    Nas prximas pginas publica-mos informaes retiradas do site da DipBrasil que acreditamos ser de grande importncia para quem pre-tende fazer uso do produto.

  • 26 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    1 - Quanto tempo Plasti Dip dura? Se aplicado corretamente, vai durar cerca de trs anos sem ter que ser retocado. Aps este perodo esperado um processo de des-botamento gradual da cor quando exposto ao sol, mas que se resolve com uma nova e fina camada para recompor a colorao, j que basta estar bem limpo que o produto aceita uma nova camada sobre ele. mui-to durvel e no desgruda facilmente sem uma ao mecnica externa. A quantidade de revestimento aplicada que ir determinar a resistncia me-cnica do produto.

    2 - Como agem s intempries, sol, chuva ou geadas? Plasti Dip extremamente resistente aos ele-mentos naturais incluindo salinidade e, ainda, alguns produtos qumicos, mas com o tempo pode apresentar um desbotamento leve na cor. O pro-duto no txico aps a secagem, isola energia eltrica, possui elastici-dade acima de 400% e supera o tes-te de vapor de sal de mais de 1.000 horas.

    3- E qual a resistncia a tempe-ratura? Plasti Dip resistente ao calor at 120 C, a partir do que ir derreter, uma vez que sua base bor-racha. At 90C o mais tolerado.

    4-O produto realmente sai fcil? Sim, Plasti Dip realmente fcil de remover e sua proposta esta, po-rm, preciso que ao ser aplicado re-ceba pelo menos 6 camadas, no s para garantir a boa cobertura e dura-bilidade, mas para a certeza que des-cascar em pedaos grandes quando voc quiser remover manualmente. Confira nos vdeos do site como fun-ciona. Com o tempo, o produto adere mais fortemente e pode ocorrer de sair em pedaos menores ou precisar aplicar solvente especfico para evitar danificar a pintura de base.

    5- Quantas camadas devo apli-car? O minimo de 4 camadas em pequenos objetos ou reas pequenas e 6 camadas em reas maiores, par-tes de veculos, etc., o que normal-mente suficiente para cobertura. Cores claras podem precisar de mais camadas. Se for usado o produto na

    forma lquida para mergulhar peas e objetos dentro dele, emborrachar cabos de ferramentas, etc., normal-mente um nico mergulho j equivale a aproximadamente trs camadas de uma aplicao de aerossol, ATEN-O as cores: branco, amarelo, ver-melho e laranja precisam de 20 a 25% a mais de produto (+/-2 cama-das adicionais) para atingir a cober-tura ideal e necessitam de fundo para no manchar.

    6- O que uma camada? Con-sidera-se uma camada de produto, a pulverizao na superfcie em vai e vm at que fique molhada, normal-mente aps trs ou quatro passadas do spray, em demos cruzadas para melhor cobertura gera a superfcie com aspecto de molhada, est dada uma camada. Cuidado para no dei-xar escorrer. Tornando-se fosca a camada, pode ser aplicada a prxi-ma (cerca de 10 a 15 minutos entre uma e outra). ATENO, o semibrilho (glossifier) necessita de outro proce-dimento, item 13.

    Os itens 7, 8 e 9 no sero citados aqui pois se referem exclusivamente ao uso do Plasti Dip em automveis.

    10- Posso lavar as reas pintadas com Plasti Dip normalmente? Sim, com sabo normal para lavagem de carros, detergentes neutros. Use uma luva ou esponja macia e evite ja-tos de alta presso concentrados ou prximo demais, no use escovas ou produtos qumicos derivados de pe-trleo, solventes em geral. Para se-car, use panos de microfibra que no soltem fiapos.

    O item 11 no ser citado aqui pois se refere exclusivamente ao uso do Plasti Dip em automveis.

    12- O Plasti Dip risca?. Sim, risca, porque borracha, fica es-branquiado onde for arranhado, porm, gua e sabo ou no mximo silicone lquido resolvem. Quando o risco for profundo e retirar pedaos, preciso fazer o procedimento de re-paro removendo a parte solta, depois passando solvente apropriado para afinar as bordas que ficaram espes-sas e irregulares e ento, reaplicar o

    produto, podendo ser com aerossol mesmo, porque permite emendas.

    13- O Glossifier (verniz) funciona e removido igual ao Plasti Dip fosco? Sim, o mesmo ocorrendo com os de efeito metlico: dourado e pra-teado, inclusive pode ser usado em reas no pintadas com Plasti Dip, mas direto sobre a pintura e o resul-tado ser uma camada semibrilho no local, uma pelcula emborrachada que pode ser removida da mesma forma que o produto tradicional, mas ser preciso 8 camadas mais finas. O procedimento de aplicao pareci-do com os demais produtos da linha, porm, no deixe a camada grossa, com aspecto de molhada, como se faz com os demais produtos, tudo para no esbraquiar. Pulverize o produto sem a preocupao de dei-xar a superfcie molhada e aplique em vrias demos cruzadas, todas bem finas, mas esperando secar 10 minutos e ficar translcido sem pon-tos esbranquiados antes da prxi-ma demo. Observe com cuidado a distncia em relao ao objeto, pois se sobrecarregar, ir esbranquiar. Este revestimento pode ser aplicado diretamente sobre outras pinturas, mas sua aderncia e resistncia bem melhor ancorada sobre uma base j feita com Plasti Dip fosco, pois o gloss (semibrilho) mais l-quido, inclusive escorre mais fcil. Dica: Quando for usado Plasti Dip com cores foscas e depois aplicada a camada de glossifier (brilho), consi-dere que as camadas se somam para atingir a espessura necessria. A cada camada de glossifier aplicada a superfcie adquire mais brilho, sendo necessrias pelo menos trs e o ideal com 5 camadas, que o brilho m-ximo, a partir dai somente engrossa. Ainda assim no ocorre brilho como de verniz automotivo, pois sendo bor-racha, no h como obter o brilho re-flexivo tradicional.

    14- Como devo pulverizar Plasti Dip fosco (tradicional)? A distncia de pulverizao usual com latas de aerossol entre 15 a 25 cm de dis-tncia. Aplique em mos cruzadas, ou seja, em um sentido, depois em outro oposto (para os lados e depois para cima e para baixo) para ter uma

  • 27 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    melhor cobertura. A primeira camada passe bem fraca e com mais distn-cia do objeto esperando a secagem de 10 a 15 minutos, o objetivo dei-xar uma superfcie spera inicial para ajudar na fixao das camadas se-guintes. considerada uma camada, a pulverizao de produto suficiente que deixa a superfcie molhada. Aps secar, momento que fica fosca a rea pintada, uma nova camada pode ser aplicada em quantidade suficiente para novamente deixar a superfcie molhada e assim sucessivamente.

    15- Como ocorre a secagem do Plasti Dip? O produto uma bor-racha sinttica solvel em solventes especiais. Durante o processo de se-cagem o solvente evapora deixando apenas a pelcula de produto. A faixa de temperatura ideal para aplicao entre 20C e 26C com umidade relativa do ar no muito elevada, pr-ximo ao ponto de precipitao, por isso, no aplique em dias de chuva. Se estiver chovendo ou muito frio, pode escorrer o produto ou formar manchas, pelo atraso na evaporao do solvente. Se estiver seco demais,

    pode formar uma poeira excessiva, como fragmentos de teias de aranha, ocorrendo isso, preciso umidificar o ambiente. No acelere a secagem com sopradores trmicos nem seca-dores de cabelo ou qualquer fonte de ar quente, pois o calor faz com que o solvente se concentre e forme micro bolhas de vapor deixando marcas in-desejadas na superfcie. A secagem pela proximidade de lmpadas incan-descentes menos problemtica, mas ainda assim, no podem ficar muito prximas. ideal que a seca-gem ocorra naturalmente. Todavia, as peas podem ser aquecidas sob o sol antes de receber a aplicao.

    O item 11 no ser citado aqui pois se refere exclusivamente ao uso do Plasti Dip em automveis.

    17- Cores vermelho, amarelo, la-ranjado e fosforecentes. As cores aqui citadas tendem a transferir pig-mentos para a pintura de base, espe-cialmente o branco. Embora possam ser removidas essas sombras saem facilmente com cera ou polimento, mas uma recomendao muito til

    aplicar duas camadas de plasti dip branco, preto ou grafite como fundo e deixar secar por no mnimo 2 horas antes de aplicar a cor definitiva, isso evita qualquer transferncia de pig-mentao para a pintura do veculo.

    Os itens 18 e 19 no sero citados aqui pois se referem exclusivamente ao uso do Plasti Dip em automveis.

    20- O que o efeito metlico (me-talizer)? A linha Plasti Dip possui as cores prata e dourado como acaba-mento final. o verniz brilhante com pigmentos metlicos de alta eficin-cia e reflexo. Para um acabamento mais interessante, com mais profun-didade a cor de fundo deve ser preta, veja os videos em nossa pgina. Apli-que antes o Plasti Dip preto fosco, pelo menos quatro camadas (desde que resulte em uma cobertura unifor-me e suficiente) e depois, aplique o efeito metlico dourado ou prata em pelo menos 2 camadas. Veja os vde-os! Os fundos mais usados so preto fosco e branco fosco.

    Saiba mais em www.dipbrasil.com.br.

  • 28 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    alianas

    A palavra aliana, por si s, signi-fica um acordo, um pacto entre duas partes. No contexto do casamento, as alianas celebram um acordo de cumplicidade, amor e fidelidade. Des-se modo, esse simples objeto ganhou um significado muito simblico: repre-senta um elo material e espiritual en-tre duas pessoas, as quais comparti-lham as alegrias e tristezas da vida.

    A aliana, em outros tempos, significava somente o elo de ligao de um casal. Hoje, esse conceito ultrapassa a demonstrao de um vnculo, uma obra de arte do ourives ou designer de joias.

    O conceito, agora, aplicar designers diferentes na to clssica aliana.

    Significado

    Origem das alianas

    A forma circular do anel , sem comeo nem fim, seria um prenncio da

    continuidade do amor e devoo ao longo da vida do casal .

    AlianaElo de ligao

    Os egpcios e hindus, cerca de 3.000 a.C., j usavam anis para simbolizar a aliana entre homem e mulher. Para eles, um anel, um cr-culo, significava o que no tem um fim mais modernamente represen-ta o amor contnuo entre o casal, um smbolo de amor, fidelidade e cumpli-cidade. No ano 3 a.C., Alexandre o Grande, dominou o territrio egpcio e, assim, o hbito foi introduzido na Grcia.

    O anel de noivado foi introduzi-do no ano 860, por decreto do papa Nicolau I (858-867), que o instituiu como uma afirmao pblica obriga-tria da inteno dos noivos. A alian-a passa da mo direita para a mo esquerda para significar o compro-misso definitivo.

    Um dos mais famosos e antigos casos da utilizao das alianas

    ocorreu em 1477, quando o Arquidu-que Maxiliano, da ustria, presenteou Mary Burgundy com um anel de dia-mante.

    Assim, iniciou-se a tradio dos anis de noivado de brilhante.

    O diamante das alianas passou a representar a solidez do relaciona-mento, isso porque, a valiosa gema praticamente eterna, dura para sem-pre. Surge tambm o primeiro beijo em pblico na cerimnia de noivado, e comea a ser difundida a ideia do amor romntico.

    Na mo esquerda

    Porque os gregos acreditavam que o terceiro dedo da mo esquerda possua uma veia que levava direta-mente ao corao, passaram a usar nele um anel de ferro imantado, para que os coraes dos amantes perma-necessem para sempre atrados um pelo outro. Os romanos provavelmen-te adotaram a aliana ao conquistar a Grcia e, com a converso do mundo greco-romano ao cristianismo roma-no, o uso da aliana na mo esquer-da tornou-se obrigatrio para os que se casavam.

    O dedo anelar esquerdo tornou--se, assim, o dedo da aliana de ca-samento em diversas culturas.

    Segundo a acupuntura e o Do In (m-todos de cura orientais mile-nares) h um meridiano, o do corao, que passa pelo anu-lar esquerdo e pelo corao. Segundo os entendidos, os meridianos so como um rio por onde corre a energia do corpo.

  • 29 Revista Joias & Design - Outubro 2014

    Tempos modernos O ofcio

    Bodas

    Hoje em dia, alguns casais usam alianas desde o namoro, ou anis de noivado.

    Depois do namoro, noivado e ca-samento, chega a hora das bodas, que significam cada ano vivido pelo casal. Esta comemorao nada mais do que do que a confirmao do compromisso de amor feito no ato do casamento.

    As alianas de casamento deixa-ram de ser simples anis e passa-ram a ser consideradas verdadeiras obras de arte. Os modelos, materiais, pedras utilizadas e formatos, deram a essa joia, carregada de sentimen-tos e tradio, um poder de seduo e uma participao toda especial na cerimnia de casamento.

    A alian-a do ho-mem tem o nome da mulher e a data do incio do namoro gravada e vice-versa. Alguns pre-ferem gra-var os dois nomes em ambas, se-guidos da data.

    O termo boda tem sua origem no latim "vota" que significa "promessa". uma celebrao de casa-mento. A tradio surgiu na Alemanha, onde era costu-me de pequenos povoados, oferecer uma coroa de pra-ta aos casais que fizessem 25 anos de casados, e uma de ouro aos que chegas-sem aos 50. Ento, com o passar dos sculos, foram criadas outras simbologias. Quanto mais tempo de ca-sado, maior a importncia do material, que vai do mais frgil ao mais valorizado.

    Alm de todas as infor-maes sobre alianas con-tadas por nossa querida Livi, ns, editores da Revista Joias & Design, por estarmos em contato com o meio joalheiro, percebemos que o mercado especfico de alianas muito promissor. Ourives e desig-ners de joias se especializam, cada vez mais, na produo de alianas, principalmente pelo conceito que a envolve.

    Um casal que procura uma aliana, busca algo alm de uma pea com significado, eles pro-curam uma joia que reflita o elo espe-cfico e a personalidade de cada um.

    O ourives ou designer que se

    prope a tornar real o sentimento de unio do casal cada vez mais pro-curado.

    Algumas empresas levam esse detalhe to srio que oferecem aos noivos um dia de ourives para que eles participem ativamente do processo de produo das alianas, sempre supervisionados por profis-sionais experientes. O resultado cheio de histria e nico.

    Alm disso, o designer persona-lizado com a cara do casal, muitas vezes tem mais valor que o prprio metal ou gemas utilizadas.

    A demanda sempre grande e, mesmo sendo uma pea especfica, pode ter diversos tipos de design e uma ampla variedade de materiais.

    Com certeza um timo caminho a ser trilhado, cheio de idias e inovaes.

  • 24 Revista Joias & Design - Junho 2014

    Em breve novidades quentssimas!www.editoraleon.com.br

    Quer saber mais sobre comodesenhar e produzir joias?

    1 Capa2 - Expediente3 Joias com franjas Revisado3a - Atelier Marcia Pompei4 - Folheao4a AnuncioeFechos5 - Gemas5a AnuncioNovosAutores6 Material didtico - Revisado7 Tecnologia 3D Nuria Revisado8 Macram Revisado9 - Plasti Dip10 Livi11 Anuncio Revista