Click here to load reader
Author
m3ssi4s
View
2.187
Download
1
Embed Size (px)
DERMATOSES BOLHOSASBaseado na apresentação original de Maria João Paiva LopesReelaborado e modificado por Ary de Sousa
2009 / 2010
NOTA
Caros Colegas,
Visto que esta aula não foi fornecida em formato digital, mas sim em formato papel como podem ver na versão digitalizada, que se encontra no blogue do ano, decidi reelaborar a apresentação, para facilitar a minha vida e a vossa.
Nesta versão reelaborada e modificada podem encontrar as legendas da maior parte das figuras, algumas imagens extras e ainda algumas notas.
Ary de Sousa
DERMATOSES BOLHOSAS DO ADULTO1. CONGÉNITAS
Doença de Hailey-Hailey
2. IMUNOLÓGICAS Pênfigos
Penfigóides Epidermólise Bolhosa Adquirida Penfigóide Gestacional Dermite Herpetiforme Dermatose Ig A Linear
3. INFECCIOSAS E IDIOPÁTICAS
Intraepidérmicas
Subepidérmicas
PÊNFIGODefinição:
Dermatose bolhosa crónica Expressão histopatológica: fenómeno de acantólise Formação de bolhas intraepidérmicas (flácidas)
Classificação:1. P. Vulgar (variante: p. Vegetante) – 70%
2. P. Foliáceo (variantes: p. Herpetiforme e p. Eritematoso) – 15%
3. P. Induzido
4. Dermatose Ig A intercelular
5. P. Paraneoplásico
PÊNFIGO VULGARDEFINIÇÃO:
Idade média da vida Sexo masculino = sexo feminino Associação a outras d. Imunológicas (Timoma, Miastenia Gravis, Lupus,
D. Linfoproliferativas e Carcinomas) Associação ao HLA-DRB1 Ag: desmogleína 3 (desmossomas e membrana dos queratinócitos)
PATOGÉNESE:
1. Ligação de Ac a Ag do cimento intercelular e da membrana dos queratinócitos
Estimulação do activador da síntese de plasminogénio
Conversão do plasminogénio em plasmina
2. Fixação de complemento pelos Ac pênfigo
Amplificação do processo inflamatório
PÊNFIGO VULGARHISTOPATOLOGIA:
Espongiose células basais e fendas suprabasais Bolhas pavimentadas pelas células basais Infiltrado inflamatório ligeiro na derme superficial IF directa: depósitos de IgG no cimento intercelular e
membrana dos queratinócitos
Histology of pemphigus vulgaris. A Blisters in the skin show suprabasilar acantholysis with a few acantholytic cells in the blister cavity. B The border of a blister on the buccal mucosa shows intraepithelial separation in the lower part of the mucosal epithelia.
PÊNFIGO VULGARCLÍNICA:
Afecção de mucosas (100% casos)
Mucosa oral:- Afectada em 50-70 % casos- Precedência de lesões > 5 meses
em relação às cutâneas- Fácil rotura das bolhas- Erosões dolorosas
Lesões cutâneas (maioria dos casos)
Bolhas serosas / purulentas
Face, couro cabeludo, pontos de pressão, virilhas e axilas
Sinal de Nikolsky positivo
Hiperpigmentação secundária
PÊNFIGO VULGAR
PÊNFIGO VULGAR
SEROLOGIA: IF indirecta: Ac circulantes
positivos (80% casos) ELISA: Ac anti desmogleina 3
(95% casos) Ac anti desmogleina 1 (50%
casos)
PROGNÓSTICO: Dependente da extensão da
doença Diminuição da actividade da
doença com o tempo Recidiva nos primeiros 2 anos
após o diagnóstico Mortalidade por infecções
(imunosupressão)A Pemphigus vulgaris sera containing anti-desmoglein 3 IgG alone stain the cell surfaces in the lower epidermis.B Pemphigus vulgaris sera containing both anti-desmoglein 3 IgG and anti-desmoglein 1 IgG stain the cell surfaces throughout the epidermis.
PÊNFIGO VEGETANTE
Variante rara do P. Vulgar Erosões vegetantes, primariamente
nas pregas Ag do P. Vulgar Estimulação do infiltrado
inflamatório através da fixação do Complemento
CLÍNICA: Idade de início mais precoce Clinicamente semelhante ao P.
Vulgar, excepto:- Erosões hipertróficas friáveis- Massas vegetantes com exsudado
sero-purulento (Newmann)- Pústulas hiperqueratoses e
fissuras- Pústulas placas vegetantes
(Hallopeau) Sobretudo nas pregas
Pemphigus vegetans. Extensive vegetating granulomatous lesions are noted
TRATAMENTO DOS PÊNFIGOS VULGAR E VEGETANTE: Prednisolona: 1,0 – 1,5 mg/Kg/dia (forma limitada de p. Vulgar) Prednisolona: 120 – 240 mg/dia (forma generalizada de p. Vulgar) Metilprednisolona: pulsos e.v. de 1g (forma generalizada de p. Vulgar) Corticoterapia tópic / 1L Permanganato de potássio e antisépticos Nistatina/ anfotericina/ imidazóis tópicos Azatioprina: 2,5 mg/Kg/dia Ig e.v.: 2g/Kg/dia Ciclosporina: 5 mg/Kg/dia Ciclofosfamida: 1-3 mg/Kg/dia Dapsona (casos ligeiros) Metotrexato: 10 – 17,5 mg/semana Micofenolato Mofetil: 2g/dia Plasmaferese Rituximab
PÊNFIGO FOLIÁCEO Bolha a um nível mais
superficial da epiderme Associação ao HLA-DRB1 Ag: desmogleina 1
(desmossomas)
HISTOPATOLOGIA: Acantólise da camada superior
da epiderme Células disqueratóticas na
camada granulosa Acantose, hiperqueratose e
paraqueratose Espongiose eosinofílica ou
neutrofílica IF directa: = P. Vulgar
Bolha subcórnea
Typical lesion of p. foliaceus is a scaly crusted erosion because the vesicles are fragile and rupture easily.
PÊNFIGO FOLIÁCEOCLÍNICA:
Pequenas bolhas flácidas
ou
erosões envolvidas por eritema
Início lento (face, couro cabeludo e tronco)
Generalização das lesões
- margens bem definidas
- Grandes escamas
- Eritrodermia
- Odor característico
Lesões orais raras
PÊNFIGO HERPETIFORME
DEFINIÇÃO: Variante clínica do P. Foliáceo Lesões generalizadas e pruriginosas Pápulas e vesículas em base eritematosa Placas descamativas eritematosas Evolução para P. Foliáceo clássico
HISTOPATOLOGIA: Pústulas subcórneas Espongiose eosinofílica Características de doença herpetiforme sem acantólise
PÊNFIGO ERITEMATOSO(P. SEBORREICO OU S. SENEAR-USHER)
Variante clínica do P. Foliáceo com características de LE
Geralmente há características imunológicas de LE e pênfigo (IF), sem envolvimento sistémico de LE (IgG e C3 intercelular e na memb. Basal e ANA+)
Forma menos grave de P. Foliáceo
Lesões da face: diagnóstico diferencial com LE ou DS
Lesões orais raras
Lesões do corpo:- semelhantes ao P. Foliáceo- Distribuição seborreica ou generalizada
Doenças associadas: Miastenia Gravis e Timoma
PÊNFIGO ERITEMATOSO
Pemphigus erythematosus. Scaly crusted erosions are seen on the malar area of the face.
TRATAMENTO DO PÊNFIGO FOLIÁCEO E VARIANTES: Prednisolona: 20 – 40 mg/dia Azatioprina Ig e.v. (casos resistentes) Ciclofosfamida Hidroxicloroquina: 400mg/dia
Dapsona: 100 – 300mg/dia (P. Herpetiforme)
Retinóides (alternativa no P. Herpetiforme)
Micofenolato Mofetil
Nicotinamida (1,5 g/dia) + Tetraciclina (2 g/dia) ou minociclina (100mg/dia)
Rituximab
PROGNÓSTICO: Boa resposta à terapêutica Possível evolução para P. Vulgar
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS PÊNFIGOSVULGAR E VEGETANTE:
Lesões da cavidade oral: estomatite herpética aguda, EEM grave, Doença de Behçet, Úlceras aftosas e Líquen plano bolhoso
Lesões cutâneas: Penfigóide, EEM e Dermite Herpetiforme
Lesões das pregas: Doença Hailey-Hailey
Placas vegetantes: Pênfigo IgA e Pênfigo Paraneoplásico
FOLIÁCEO:
Doença seborreica, Impétigo, LE e Doença Herpetiforme
PÊNFIGO FOLIÁCEO ENDÉMICO
(FOGO SELVAGEM/ P. FOLIÁCEO BRASILEIRO) Endémico a certas regiões da América do Sul
Distingue-se do P. Foliáceo clássico por:
- Características epidemiológicas (geográfica, casos familiares)
- Maior prevalência em adultos jovens
- Associação a HLA-DRB1 específicos
PÊNFIGO INDUZIDO
Indução ou exacerbação de pênfigo por certos medicamentos (penicilamina e captopril)
Características clínicas de P. Foliáceo
Remissão em 15-40% casos após suspensão do medicamento
DERMATOSE IGA INTERCELULAR
(P. FOLIÁCEO IGA / P. HERPETIFORME IGA) Erupções vesículo-bolhosas ou vesículo-pustulares
IF directa: Ig A anti-queratinócitos; intraepidérmicos
Variantes de Dermatose Pustular Subcórnea ou uma forma de pênfigo
DERMATOSE IGA INTERCELULAR
(P. FOLIÁCEO IGA / P. HERPETIFORME IGA)
IgA pemphigus. A Subcorneal pustular dermatosis (SPD) type. Pustules tend to coalesce to form an annular or circinate pattern with crusts present centrally. B Intraepidermal neutrophilic (IEN) type. The characteristic sunflower-like configuration of pustules is seen.
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO
DEFINIÇÃO:
Doença multissistémica
Associado a neoplasias benignas/malignas
- Linfoma não-Hodgkin (42%)
- Leucémia Linfocítica Crónica (29%)
- Doença de Castleman (10%)
- Timomas (6%)
- Sarcomas (6%)
- Macroglobulinémia de Waldenstrom (6%)
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICOCLÍNICA:
Estomatite Grave
Conjuntivite Pseudomembranosa grave
Lesões em outras mucosas
Erosões/bolhas na porção superior do corpo e palmo-plantares
Diagnóstico Diferencial: P. Vulgar, P. Bolhoso, EEM, erupções liquenóides
PROGNÓSTICO: Refractário a todos os tratamentos (corticosteróides/
azatioprina/ ciclosporina/ micofenolato mofetil/ plasmaferese)
Mortalidade geralmente por sépsis 2ª, hemorragia digestiva, Insuficiência Respiratória (bronquiolite obliterante) e falência multiorgânica
Remissão parcial pós cirurgia na D. Castleman e no Timoma
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICOHISTOPATOLOGIA:
Necrose dos queratinócitos
Dermite vacuolar e fenda suprabasal com acantólise
IF Directa: Ig e/ou Complemento na membrana basal e superfície dos queratinócitos
IF Indirecta: positiva nos epitélios estratificados e não estratificados
Histology of paraneoplastic pemphigus. Suprabasilar acantholysis is seen along with a combination of basal cell vacuolar change, necrotic keratinocytes, and lymphocytes within the epidermis
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO
Paraneoplastic pemphigus. The characteristic clinical feature is severe intractable stomatitis that extends onto the vermilion lip
PENFIGÓIDE BOLHOSODEFINIÇÃO:
Dermatose bolhosa com grandes bolhas tensas em pele normal/eritematosa
Idade: 65 – 75 anos Sexo masculino = Sexo feminino
ETIOLOGIA:Acs circulantes anti-membrana basal
Ligação à membrana basal
Fixação do Complemento
Quimiotaxia de leucócitosDesgranulação de mastócitos
Libertação de mediadores inflamatórios
Lesão da membrana basal
Formação de bolhas subepidérmicas
Clínica:
Rash Inespecífico nos membros
Urticariforme Eczematoso
Formação de bolhas
Vários meses1 – 3 semanas
• Generalização súbita em 1 semana na erupção bolhosa do penfigóide
• Lesões das mucosas:
- Geralmente na boca
- Menos raras
- Menos graves
Pênfigo Vulgar
PENFIGÓIDE BOLHOSOCLÍNICA:
Características das bolhas:
- Tensas
- Grandes (> 7cm diâmetro)
- Forma de cúpula
- Pregas dos membros e abdómen
- Conteúdo seroso (ocasionalmente hemorrágico)
Cura rápida pós ruptura das bolhas
Lesões orais: pequenas bolhas
Leucocitose e raramente febre
Bullous pemphigoid. Bullous pemphigoid. A and B Eczematous, slightly infiltrated lesions on the trunk. C Dyshidrotic lesions on the palm with confluent vesicles and bullae. D Prurigo nodularis like-lesions on the arm.
Bullous pemphigoid. A Excoriated eczematous lesions on the forearm. B Confluent plaques with tense blisters in the inguinal area and inner aspect of the legs in the same patient.
Bullous pemphigoidBullous pemphigoid. A Urticarial, infiltrated, and annular erythematous plaques on the trunk and abdomen. B Generalized eruption with blisters and erosions eroded and crusted lesions in the same patient later in the course of the disease.
PENFIGÓIDE BOLHOSOHISTOPATOLOGIA:
Bolhas subepidérmicas
Infiltrado inflamatório dérmico (eosinófilos, neutrófilos, linfócitos e histiócitos)
IF Directa: Confirmação diagnóstica
(IF Indirecta: monitorização do progresso)Bullous pemphigoid. Subepidermal blister formation and an inflammatory infiltrate composed of neutrophils and eosinophils in the dermis and bulla cavity, by light microscopy. Inset, at higher power, shows the infiltrate rich in eosinophils (hematoxylin–eosin stain). The same pattern of labeling is observed in patients with cicatricial pemphigoid.
PENFINGÓIDE BOLHOSOVARIANTES: P. Nodular, P. Localizado, P. Vulvar localizado, P.
Vegetante, P. Líquen plano, P. Induzido
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:- Pênfigo Vulgar
- Dermite Herpetiforme
- EEM
- Penfigóide Mucoso Benigno
É de considerar este diagnóstico em idosos com lesões eritematosas fixas inflamatórias
PROGNÓSTICO:- Mortalidade em 30% dos doentes não tratados (fase de
formação activa das bolhas)
- Baixa mortalidade por complicações do tratamento
- Remissão na doença localizada
PENFINGÓIDE BOLHOSO TRATAMENTO:
- Doença localizada: corticoterapia tópica/ intra-lesional
- Doença disseminada:- Prednisolona
- Desmame em 3 semanas para 15 – 20 mg/dia- Dose de manutenção: 10mg/dia- Dapsona ou sulfapiridina: jovens e com predomínio de
neutrófilos- Plasmaferese- Azatioprina- Ciclofosfamida
40 – 60mg/dia (idosos)100mg/dia ( jovens/ doença muito activa)
Associado aos corticóides
Penfigóide Mucoso Beningo(Penfigóide cicatricial/ Mucoso membranoso/ Ocular)
DEFINIÇÃO:
Doença rara e crónica
Mucosa e pele
Cicatriz permanente da área afectada (particularmente da conjuntiva)
Idade média da vida
Sexo feminino
Penfigóide Mucoso BenignoCLÍNICA:
Bolhas recorrentes nas mucosas ou periorificiais com tendência cicatricial
Lesões orais:- Frequentes- Cura lenta- Podem ser extensas- Índolores
Formação de aderências inter-mucosas Lesões da Laringe e do Esófago (indicação cirúrgica) Lesões da conjuntiva: frequentes, tardias e bilaterais Lesões cutâneas próximas das lesões mucosas
- Erupção bolhosa generalizada ou placa eritematosa localizada Afecção frequente do couro cabeludo – Alopécia
Permanente
Cicatricial pemphigoid. Cutaneous involvement of the scalp with scarring and atrophy resulting in alopecia.
Cicatricial pemphigoid. Typical ocular involvement as manifested by symblepharon.
Cicatricial pemphigoid. Chronic erosions on the hard palate.
PENFIGÓIDE MUCOSO BENIGNO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: P. Vulgar Líquen Plano Ulcerado
EEM Grave Epidermólise Bolhosa Queimados
P. Eritematoso
PROGNÓSTICO: Crónica e deblitante Remissões prolongadas (raro) Carcinoma da mucosa oral (raro)
Lesões orais
Cicatriz da conjuntiva
PENFIGÓIDE MUCOSO BENIGNOTRATAMENTO:
Corticoterapia oral
Corticoterapia tópica
Enxertos
Azatioprina
Dapsona e sulfametoxipiridazina
Ciclofosfamida
Tetraciclina (+ Nicotinamida)
Ig e.v.
Mitomicina
Métodos Cirúrgicos
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO)DEFINIÇÃO:
Doença rara
Autossómica Dominante (História familiar: 70% casos)
Sexo masculino = Sexo feminino
Erupções recorrentes de vesículas e bolhas (pescoço, axilas e virilhas)
Hailey–Hailey disease. Erythematous plaque in the axilla with an active border.
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO)ETIOLOGIA: Mutação no gene codificador da ATPase Defeito genético epidérmico: falha na síntese e maturação de
tonofilamentos e desmossomas ou na síntese da matriz extracelular
Factores precipitantes da acantólise:• Fricção
• Congelamento
• Radiação UVA e UVB
• Infecção
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO) Início: 3ª - 4ª década da vida
Áreas expostas à fricção: pescoço, axilas, virilhas e períneo (couro cabeludo e extremidades)
Erupção de pequenas vesico-pústulas flácidas ou placas circinadas em expansão (pele normal / eritematosa)
Hailey–Hailey disease. Flaccid vesicles and erosions.
Hailey–Hailey disease. Erythematous plaque in the axilla with an active border.
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO) Rotura de vesículas, erosões e crostas
Extensão das lesões para a periferia (cura da área central)
Pregas hipertróficas e com odor (vegetações/ fissuras)
Prurido e dor
Leuconíquia (bandas brancas) ungeal longitudinal
Agravamento com o calor e transpiração
Remissões espontâneas
Envolvimento da conjuntiva, boca, esófago e vulva (raro)
Hailey–Hailey disease. Chronic submammary lesions with erosions and crusting.
White longitudinal stripes on the fingernails of a patient with Hailey-Hailey disease
Hailey–Hailey disease. Erythematous plaque with erosions and maceration of the inguinal canal and scrotum.
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO)HISTOPATOLOGIA:
Bolha acantolítica suprabasal
Edema intercelular
Preservação das células acantolíticas
Eventualmente células disqueratóticas
IF Directa: negativa (ausência de Acs anti-substâncias intercelulares)
Histopathology of Hailey–Hailey disease. Suprabasilar as well as more widespread acantholysis within the epidermis (right-hand side). The latter has been likened to a ‘dilapidated brick wall’.
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO)COMPLICAÇÕES:
Herpes Simplex
Dermite de Contacto
Carcinoma Cutâneo
Diagnóstico Diferencial:
Intertrigo Bacteriano Crónico
Impétigo / eczema impetiginizado
Tinha corporis
Intertrigo candidiásico
Pênfigo vegetante
D. Darier
DOENÇA DE HAILEY-HAILEY(PÊNFIGO CRÓNICO FAMILIAR
BENIGNO)PROGNÓSTICO: Geralmente recidivante
Remissões longas
Diminuição da gravidade com a idade
TRATAMENTO: Antibióticos tópicos / sistémicos
Corticoterapia tópica / sistémica
Novos imunomoduladores tópicos
Imidazóis tópicos
Fototerapia (PUVA)
Radioterapia
Métodos Cirúrgicos
Outros (Ciclosporina, Dapsona, MTX, Talidomida, análogos Vit. D, Retinóides e Toxina Botulínica)
PENFIGÓIDE GESTACIONAL(HERPES GESTACIONAL)
DEFINIÇÃO: Doença rara
Erupção bolhosa muito pruriginosa
Associado a: Gravidez/ Tumores Trofoblásticos/ Mola Hidatiforme/ Coriocarcinoma
Gravidez: aparecimento desde o início até 1 semana do pós-parto (média: 21 semanas)
Pouco activa no fim da gravidez e mais activa no pós-parto imediato
Curso: várias semanas (eventualmente anos)
ETIOLOGIA: Associação ao HLA-DR3
Estrogénio: efeito estimulador
Progesterona: efeito inibidor
PENFIGÓIDE GESTACIONALHISTOPATOLOGIA:
Edema da epiderme e da derme papilar
Espongiose eosinofílica (ocasional)
Bolhas subepidérmica e com numerosos eosinófilos
IF Directo: depósito de C3 na membrana basal e presença de IgG em 25% dos casos
DOENÇAS ASSOCIADAS: Doença de Graves, Vitiligo e Alopécia areata
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Erupção polimórfica da gravidez
PROGNÓSTICO: Aumento do risco materno-fetal
Recorrência nas gravidezes subsequentes
PENFIGÓIDE GESTACIONALCLÍNICA:
Lesões urticariformes em forma de pápulas, placas, lesões em alvo e anulares
Prurido intenso Aparecimento subsequente de vesículas e bolhas grandes Disseminação: peri-umbilical abdómen coxas Pode haver envolvimento marcado das extremidades Envolvimento da cavidade oral (raro)
TRATAMENTO: Corticosteróides tópicos Anti-histamínicos Corticosteróides sistémicos (prednisolona 40mg/dia) Plasmaferese
PENFIGÓIDE GESTACIONAL
Gestational pemphigoid. Urticarial papules with central crusts.
DERMITE HERPETIFORME(D. DUHRING-BROCQ)
DEFINIÇÃO: Doença rara e crónica
Prurido intenso
Recorrente
Lesões simétricas eritematosas/ urticariformes/ papulares/ vesiculares/ bolhosas
Enteropatia ao glúten subjacente
ETIOLOGIA: Associação ao HLA-DR3 e HLA-DQw2
Ag ainda não identificado
Associação a infecção por adenovírus
Qualquer grupo etário (20-55 anos)
Antecedentes familiares de DH ou enteropatia ao glúten
Dermite HerpetiformePATOGÉNESE:
Depósitos de IgA granular nas papilas dérmicas glúten-dependentes
Quimiotaxia de neutrófilos
Perda de coesão dermo-epidérmica
DERMITE HERPETIFORME
CLÍNICA:
Início agudo ou gradual
Prurido (sintoma inicial e predominante)
Lesões variadas: urticariformes, pápulas eritematosas, pequenas vesículas agrupadas escoriadas (formação de placas eritematosas), bolhas pequenas (raras) e eczema liquenificado (eventualmente)
Pigmentação residual
Superfícies extensoras dos membros (joelhos e cotovelos) e região glútea
Lesões orais (comuns e assintomáticas)
DERMITE HERPETIFORME
Dermatitis herpetiformis. Erythematous papulovesicles on the elbows.
DERMITE HERPETIFORME
Dermatitis herpetiformis. Erythematous papules on the knees.
DERMITE HERPETIFORMEHISTOPATOLOGIA:
Microabcesso na derme papilar (neutrófilos e eosinófilos)
Vesícula subepidérmica
Coalescência de vesículas em bolhas
IF Directa: depósito de IgA granular na derme papilar
IF Indirecta: negativa
Dermatitis herpetiformis. Neutrophilic microabscess
DERMITE HERPETIFORME
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Escabiose
Eczema exsudativo crónico
Urticária papular
Prurigo crónico
DOENÇAS ASSOCIADAS:
D. Autoimunes (D. Tiroideia, Anemia Perniciosa e Diabetes)
Linfomas
DERMITE HERPETIFORME
PROGNÓSTICO:
Curso longo com períodos de exacerbações e remissões
Remissão da doença (10% casos)
Factores desencadeantes: infecção aguda/ stress emocional
Dieta restrita sem glúten: remissão da D. Celíaca e da DH
TRATAMENTO:
Dieta sem glúten
Dapsona (100 – 200 mg/dia)
Sulfapiridina (1,5g/dia)
Sulfametoxipiridazina (0,5 – 1,5 g/dia)
Outros (heparina, tetraciclinas + niacinamida, corticosteróides tópicos)
DOENÇA IGA LINEAR(DERMITE LINEAR HERPETIFORME/ DERMATOSE BOLHOSA
IGA LINEAR)
DEFINIÇÃO: Doença rara e crónica
Autolimitada e adquirida
Crianças e adultos
Envolvimento cutâneo e mucoso
Presença de IgA linear na membrana basal
ETIOLOGIA: Associação ao HLA-B8, Cw7 e DR3
Ag do complexo de adesão
Factores precipitantes: infecções, traumatismos, antibióticos e AINEs
Linear IgA bullous dermatosis. Bullae erosions and erythematous patches of LABD. Note the peripheral locations of blisters in some areas.
Linear IgA bullous dermatosis. The circumferential and linear vesicles and bullae are typical of LABD.
Linear IgA bullous dermatosis. Annular and polycyclic plaques of the trunk in two women with LABD.
DOENÇA IGA LINEAR
HISTOPATOLOGIA:
Inespecífica
Numerosos eosinófilos nas vesículas subepidérmicas (sugestivas de Penfigóide)
Predomínio de neutrófilos e microabcessos dérmicos (sugestivos de DH)
Bolhas subepidérmicas inespecíficas
IF Directa: depósitos de IgA linear na membrana basal
DOENÇAS ASSOCIADAS:
Colite Ulcerosa, Linfomas e Neoplasias vesical e renal
Linear IgA bullous dermatosis. Direct immunofluorescence showing the linear pattern of IgA depositions.
DOENÇA IGA LINEARPROGNÓSTICO:
Gravidez: melhoria ou remissão após o 2º trimestre
Remissão espontânea após 3 – 6 anos
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
EEM atípico
Escoriações neuróticas
Prurigo Nodular
Dermite Herpetiforme
Penfigóide Bolhoso
Tratamento:
Corticoterapia isolada (D. Ligeira e lesões das mucosas)
Dapsona (25 – 50 mg/dia)
Sulfapiridina (250 mg – 3g/dia)
Sulfametoxipiridazina (250mg – 1,5g/dia)
Corticoterapia sistémica
Azatioprina / Ciclosporina/ Colchicina/ Antibióticos (Tetraciclinas, Niacinamida, Penicilinas e Eritromicinas)
EPIDERMÓLISE BOLHOSA ADQUIRIDA
DEFINIÇÃO: Doença rara e crónica Bolhas subepidérmicas induzidas por traumatismo
HISTOPATOLOGIA: Bolha subepidérmica IF Directa: depósitos de IgG na membrana basal IF Indirecta: positivo em 50% casos
DOENÇAS ASSOCIADAS:
Amiloidose, Doença Inflamatório Intestinal, Carcinoma do pulmão, Mieloma Múltiplo e Linfoma
EPIDERMÓLISE BOLHOSA ADQUIRIDA
DEFINIÇÃO: Doença rara e crónica Bolhas subepidérmicas induzidas por traumatismo
HISTOPATOLOGIA: Bolha subepidérmica IF Directa: depósitos de IgG na membrana basal IF Indirecta: positivo em 50% casos
DOENÇAS ASSOCIADAS:
Amiloidose, Doença Inflamatório Intestinal, Carcinoma do pulmão, Mieloma Múltiplo e Linfoma
EPIDERMÓLISE BOLHOSA ADQUIRIDACLÍNICA:
Bolhas serosas/ hemorrágicas em locais de traumatismo (superfície extensora dos membros)
Deixam cicatrizes, milia e hiperpigmentação
Unhas normais, eventualmente distróficas
Envolvimento mucoso variável
Alopécia cicatricial (raro)
DIAGNÓSTICO DEFERENCIAL: Penfigóide Bolhoso
Penfigóide Mucoso Benigno
Epidermólise Bolhosa Distrófica Dominante
Porfíria Cutânea Tarda
TRATAMENTO: Tratar as patologias subjacentes
Resistente às terapêuticas habituais
Epidermolysis bullosa acquisita. Bullous and erosive lesions in a patient with multiple myeloma.
Epidermolysis bullosa acquisita. Milia and scarring on the dorsum of the hand in association with skin fragility.
Epidermolysis bullosa acquisita. Multiple erosions of the palate reminiscent of cicatricial pemphigoid.