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lndice Geral 'Agriìdccimentos .........') . Ìnlfi'Juçìo . Abr(]viaturas PARTE I Casos Práticos Resolvidos CAPÍTUI,O I Noção e Amplitude do Dileito l"iscal l. Dilcito Fiscal c I)ilcito TributíuiL.,................. .................. ... I Ciìso l : Di[eito'Íi ibutário e Di|eito Fiscal . Obrigaçno do lìnposto ' Tipologia clc IlìÌpostos. ... ... ... ..... .. . .... .. .. . . r I CAPITTJLO II A Ordcm Jurídico-Fiscal l. Fontes do Dircilo Fiscal Ì Ì Caso l: Fontcs do Direìto Fiscal . Princípio th [.cgalitlade Fiscal . Princípio ch lgrLaldade Fiscal ................... .. .. . ì Ì t): \:\

74385112 Direito Fiscal Casos Praticos

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lndice Geral

'Agriìdccimentos .........')

. Ìnlfi'Juçìo

. Abr(]viaturas

PARTE ICasos Práticos Resolvidos

CAPÍTUI,O I

Noção e Amplitude do Dileito l"iscal

l. Dilcito Fiscal c I)ilcito TributíuiL.,................. .................. ... I

Ciìso l : Di[eito'Íi ibutário e Di|eito Fiscal. Obrigaçno do lìnposto ' Tipologia clc IlìÌpostos. ... ... ... ..... .. . .... .. .. . . r I

CAPITTJLO IIA Ordcm Jurídico-Fiscal

l. Fontes do Dircilo Fiscal Ì Ì

Caso l: Fontcs do Direìto Fiscal . Princípio th [.cgalitlade Fiscal. Princípio ch lgrLaldade Fiscal ................... .. .. . ì Ì

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p^l{,l.lr Il Acór.cião do Suprcnto Tribunal Adtririslt irlivo. tic (ì5/05/l{)10 .. .. . . .... . . 10 ì

remas Desc,rv'rvid's :'f;;i# i::;:::i:;:';::;:"ï;t:i:'';';;;,!;:"Acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul, de 12i05/201 0 207

CAPÍTULO I . Valar patrimonial dos Prédios Urbanos Avaliados nos Termos do CIMIA União Europeia, o Orçamento e a Fiscalidade: . Zonamento e CoeJicientes d.e Localização

esboços de uma política fiscal comum? c Funtlamentação do Coefi.ciente de Localização

. IVA o Realização de Obras de Infra-Estrulurasl. Â l iscrlidadc clirccta e indirecta .... .. .... 152 Previstos na Autorização do Inteamento

e ile Acorilo com o Respectivo Projecto ile Obras de Urbanizaçãoff. () ()rçrìnìento, o financiâmcnto e os recursos próprios da União..................... 159 e Conceito de Empreitaìla de Obra Pública

Ill.l. O orçamento comunitário disposições legais.................................... 159

lll.2. O financialr.rento e o sistema de recursos próprios .............................. 160

ANEXOJurisPrudência

\r'rilrlrìo tltr Tribunal CentlaÌ Adnrinistrativo Sul, de l0/03/2009 .........................171, I rtrttrrsto do Selo . Contrato de Abertura de Crédito

\r. rilrliìrr do Supremo Tribunal Administlativo, de 28/10/2009 ............................. 179

, I)upla Tributação.IRC t Retenção na Fonte . Aplicaçtio Retroactiva, lirro Imputável aos Serviços . Juros IndemniZatórios

' l'riucípb da Proporcionalidade . Princípio da lgual.dade

' I'rìncípio da Justila

\trirdão tkr Tribunal Central Administrativo Sul. de 02/03/2010 ......................... 191

' Istnção IMT . Instrução . Fundümentação

)36

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l)llll ll()lllír^l l r^i r f , l ,l t^ l lr , r lrl , rvrr',lNlìlr | ltl l!^l

( At)t tl .( ) l

A Rclaçiio.lttrirli(r-l'is<rrl 3' Inìposto sobre o consumo . . l0l{

3'l' IvA " " " l0r{

r irs() r: K.;raçao lunorco nscal . capacidade Jurídica ' Prestação de Serviços Médicos ' Isenções

CAPÍTULO VIcApÍTULo IV o procedimento e processo Tributário

Garantias dos Contribuintes1. Procedimento e Processo Tributário .......................... .......... l.Ì\

' ( ìirfrrlÌtirìs dos contribuintes .....................57 caso 1 : processo de Execução Fiscal('aso l: Mcios de Impugnação dos Actos AdÌninistrativos . Alcance Objectivo da Execução Fiscal' Mcios de Lrpugnação Administrativa e Judicial . Natureza do Título Executivo' Iìcclatnação Graciosa . Recurso Hierárquico . Competênciâ e Legitimidade das Partes. lìevisão de Actos Tributários . Impugnação JudiciaÌ.................................... 57 . Intervenção do Tribunal Tributário

. Meios Judiciais de Oposição à Execução

. Fundâmentos de Oposição à Execução

CA'ÍTULO V Tramitâção do Processo.......... ......... I l5

Sistema Fiscal Português

CAPÍTULO VIIIrììl)()slo sollrc o Rendimento ...... ..............69 Direito penal Fiscal

t.f . rfìs................ ...........69

'('1ìr'itclcrísticas . Retenção Ìla Fonte. Pagamentos por Conta Caso 1: Crime de Abuso de Confìança sobre a Segurança Social ................ l ll. ('riiculo do lmposto ............... ............ ó9

lllrl)osto sobre o Património .....................92

2. t. tMl ............... .................................92('rrsol:InrpostoMunicipaÌsobreImóveis ........................92

2.2. IMT .............. .............99( irso I: lÌnposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis. ( orìtriÌto Promessa. ('cdôncia cla Posição Contratual a Terceiro Adquirente. licginrc Jurídìco da Liquidação do Imposro.................................................. 99

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Ilrllll|trlí lllrltllì l'lr'r,r

| )ircikr Iiscal( ,rB()s pr',i ti(\)s rcsolvidos

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Qull lurlti tr so(itdltdc Editora

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t. rrr.ri l: gcral@c1uìdjuris.pt

www.(Ìuidjuris.pt

Gúfícn Almondína

Ld.'

l|lìl)f('ssiì()

r. n( iÌb(t nìcntosì

Dcpósib iegaÌ n." 318 686/70

ISBN: 978 - 972 - 724 - 535 - 2

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Nrr<, ptxìcrrr scr rcprodrrzi<ì:rs ,rr rIiIrrrI,ìirLrs, 1',r rlrrrrl,lrrcr ploccsso elc'ctróruco, mecaruco ort

lì,r,'gritìco, irrcìrri t|(, Íi,r,,t,'1'rr, rlrlrisrlrr.r 1rr1|rrrrs rìcçrc livrrr, scrü -e

torÌzação rìr erlitorr'

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rÌ(ìrìr's (ì()s jlrìlil11\ ( ,ìn t1lll,,r,l

l,t jís til lAt{'t'tr: il^t1t'ts'l'A M^Nsol tlrlrl

l,lì]^Nt)R() ('Ât,t)^s t{s't'lcvlrs.|| tstl

c Díreito Tributárioo Tipologia de Impostos. Fontes de DiÍeito Fiscal

c Relação lurídíco-Fiscal o Transparência Fiscalo Garantias dos Contribuintes

. IRS. IMI. IMT . IUA. PÍocesso Tributárioo Direito Penal Fiscal

. OÍçamento e Fiscaüdade

Participação EspecialAna Isabel Xauier

Liüana Assunção Pontes

DIREITO FISCALCASOS PRATICOS RESOLVIDOS

HOTTQUID JURISlat Í ì|lrtÂDF EDTTOFA

flf fll,l()GIÌAFI^ DÀ COI-ECç^O "Casos Práticos lìesoluidos"

IìI)ITADÀ:

TEORIÀ GERÀL DO DIREITO CIl1L, 1." Edição, 2005; 6.^ I-diçiro, 2010

, DTRETTO DÀS OBRTGAçÕES, 1.',Edição, 2005; 6." Edição, 2009

DIREITOS REAIS & REGISTO E NOTARIADO, 1." Edição, 2006- 5.^

Edição,2010DrRErro DÀ FÂMiLrA E DAS SUCESSÕES, 1." Edição, 2006; 4." Edição,

20't0_ DIREITO COMERCIAL E DÂS SOCIEDADES COMERCIÀIS. VOLUME

I, 1.'Edição, 2006l.4." Edição, 2010_ DIREITO COMERCIAL E DAS SOCIEDADES COMERCIAIS, VOLIJME

rI, 1." Edição, 2008;2.^ Fdição, 2010

- DIREITO BÀNCÁRIO (Direito comercial, direito das empresas, obrigrções em

seral, contratos em cspecial, garantias), 1.' Edição, 2006;2.^ Edição, 2010

_ DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO & DIREITO COMUNITÁruO,1.' Edição, 2007; 2." Eàição, 2009

- DIREMO PENAI-, VOLUME I, 1.' Edição, 2007;3." Edrção, 2009

- DIREITO PENÁL, VOLUME II, 1 .' Edição, 2001: 2.^ F drção, 2009

- DIREITo PENÁL, VOLUME III, 1.' Edição, 2001;2." F,diçío, 2009

DIREITO PROCESSUÂL cIvIL, VOLIIME I, 1.'Edição, 2008; 3.'Edição,20"t0

DIREITO PROCESSUAL PENÂL, VOLIIME I, 1." Edição, 2008; 2.'Edição,2009

DIREITO PROCESSUÀL PENÁL, VOLUME II, 1." Edição, 2008; 2."

Edicão. 2009

DIREITO DO TRÁBALHO, VOLUME I, 1.'Edição, 2009; 2." Edição, 2010

DIREITO DO TRABALHO, VOLUME II, 1.^ F'dição,2009:.2." Edição, 2010

DIREITO ADMINISTRATIVO, 20 1O

_ DIREITO FISCAL, 2O1O

EMCURSO:

DIREITO PROCESSUÁL CIVIL, Volume IIDIREITO INTERNÀCIONAL PRIVADO

<<You never know what is enoughunless you Imow what is more than enough.>>

[Vìlban Blttkc

t,[tt () |rx;AL cASo{ì tÌt^t(r)r; t lìolvtDos

Desejamos, por isso, que o tcxto lcgâdo possa acljuvar os lcitorcs, corrtribuindo para um entendimento que se a[rgure justificado c csclafccrcl() dol)ireito aplicado em termos imediatos.

Luís Duarte Baptista À{anso

12

,tal.

PRINCIPÂIS AB REVIATURÁS

- acórdão

actuaÌizâdo (a)

anotado; anotação

artlgo

2Ítigos

aumentado (a)

Boletim de Ciências Económicas

Boletim do Àhnistério da JustiçaCódigo Civil

conferir

Código do Imposto À,lunicipaì sobre Imóveìs

Código do Imposto Àlunicipal sobre as Transmissões Onerosasde Imóveis

Código do Ìmposto sobre o Rendimento dâs Pessoas Colectivas

Código da insolvência e da Recuperação de Empresas

Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Srngulares

Código do Imposto do Selo

Código do Imposto sobre o Valor Âcrescentado

Códrgo do Procedrmenro \dminist rarrvo

Código Penal

Código de Processo Penal

Código de Procedimento e Processo Tributário

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l,llll llr, l lrÍ.^l (j^lj()li t'tì^ t.r),, t r,í)tvtÍÍ)l;

Código dc Processo nos Tribunais Àdmrnistrarir,rrs

Código dos \âores NlobiÌiários

Direcção GeraÌ do Tesouro e Finitnças

Decreto Lei; Decretos-Lei

edrção

Ilstatuto dos Tribunais Àdministrativos e Fiscais

Imposto AutomóveÌ

Imposto sobre o ÁlcooÌ e as Bcbidas AÌcoólicas

Impostos Especiais de Consumo

lnspecção (ìeral de Finanças

TmJ'o'to \ lunrerpal snìrre lmnvers

Imposto -\lunicrpaì sobre as'-ti,ansmrssões Onerosas dc Ìmót'eis

Imposto sobrc o Rendimento das Pessoas CoÌectir.zs

Imposto sobre o Rendimento das Pcssoas Singulares

Imposto do SeÌo

Imposto sobrc Produtos PetroÌílcros

Imposto sobre \'-eícuÌos

In-rposto sobre o Tabaco

Imposto Unico dc Circulação

Lei das Âutarquias Locais

Ìições

Ler do ()rçamento do llstado

obra crtada

Orçamento do Estado

policopiado (a)

por cxemplo

Professor (a)

Íevlsto (â)

Revista dzr Faculdadc de Drr.cito da Ur.riversitiadc de l-ìsboa

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lìcvrstâ clc Legsìaçio r. rk .j Lr lr s plrrclôr rcia

lì' r rsl.t rl.r aìrdcm J", \tlvogaclu.

lìcr-isor Oficr:LÌ de Contas

sócuÌcr

scPlÌüra

seelÌltltcs

Suprenlo Tribunal Administratiro

Supremo Tribunal de Justìça

supÌcmcntcr

Tribunal ConstitucionaÌ

TribunaÌ Central Àdmir.ristrativo

Tabcla Cìeral do Imposto do Sclo

Tócnico (lficiaÌ de Contas

\.er

r-olume

l'olumes

I. DIREITO FISCAL E DIREITO TRIBUTÁRIO

Caso 1

. Direito Tributrírio e Direito Fiscal

. Obrigação de Imposto

. Tipologia de Impostos

Num seminário de Direito Tiibutário e Fiscal, um dos palestrantesconvidados indica que: "A classíjlcação dos impostos tripartida, ou seja,sobre o rendimento, patümónio e consumo, é, actualmente, a maís com-pletd' encontrando-se, aliás, tipijìcada no Sístema Financeiro e FiscalI'ortuguês,",

a) Analise a posição do interlocutor, tendo por base a tipologia dcirnpostos existentes no actual Direito Fiscal.

Quiìl Juris?

Proposta de Resolução:

a) A hipótese prática que acima vem enunciada reflecte uma temática(luc apresenta uma exponencial importância no terreno do Direito Fiscal.

Todavia, importará, desde logo, analisarem-se alguns conteúdos de relevo

lrrrra a interpretação da temática em apreço, principiando pela noção de Direitoliiscal por contraposição ao Direito Tributário, enquanto núcleos de inclusãorkr imposto e figuras afins.

O Direito Financciro concentra, in se, as várrias normas jurídicas que

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. rlisciplirtartt/rcgrrl;rtt lt ltctiviclade do Estadtt c dclttais tsntidadcs Públicas,

serrrrtlo o corlecto luttcionatlento do mesmo c dos seus bens. E natural-'rlc (luc tâl gcstão corììprconde a produção de receitas, gastos ou despesas

rrtlrrz-se, inevitavelmente, na gestão financeira ou administrativa desses

tttclìtos'l).O[a, ó no plano das receitas que encontramos o Direito Tributário, en-

lrrrlo l)ireìto que regula as receitas coactivas de carácter contributivo bila-

rl. os tributos bilaterais ou taxas, e o Direito Fiscal, com destaque para as

't illrs coactivas de ordem unilateral, que, via de regra, toma o nome direitos l rÌì Dostos.

No plano doutrin:írio, é comum falar-se aleatoriamente em Direito Fiscal,('rcrìLlo referír-se a Direito Tributário e vice-versa, embora peÌa nossa pafte

lì'nrlamos o primeiro conceìto, adoptado pela generalidade do Direito Com-

r ltlo Europeu, nomeadamente nas Ordens Jurídicas Pottuguesa, e Alemã,

invós da segunda designação, que tem obtido apoios nas Ordens Jurídicas

Lliana, Espanhola e Brasileira (2).

O imposto é um elemento fundamental no Direito Fiscal, sendo, por

ro, de enorme importância o estudo do seu conceito, funcionaììdade e para-

l\ìììo (um outrxs liguras próximas ''.

Com efeito, Impírslo é um tributo, que, em termos claramente objecti-)s, se apresenta sob a forma de uma prestaÇão, assim se entendendo como

nt obrigação,pelo menos slriclo senso, sendo, como tal, semelhantemente,

r'll: CARDOSO DA COSTA. Curso dc Díreíto F'is(al,2' Edição, Coimbra, 2.' Edição'rrr, rlrrrrr. 1972, púgs. I e,i.s.; JOSÉ CASALTA NABAIS' Dircìto Físt:a| 5.' edição'| Ì,1ìle\são da Edição de Março de 2009, 2010, Almedina, 20ll), lttigs l o l0

r /r: DIOGO LEITE CAMPOS c MóNÌCA LEITE CAMPOS. DíTEiIO TTibUttíTiO.

rrrrlrrcssiro da 2.'Edição de 2000. Aìmedina, 2003- V, também, para mais desenvolvnneDtos'l( )\1^R BALEEÌRO. Dircito TributLitio BratìLeìro, l l " Edição, Rio de Janeiro. 2000:

\l{t ÌN QUERALT. LOZANO SERRANO. CASADO OLLERO ETEJERICO LOPEZ' C&/sí)

I ), t1 t lÌo Fitlon.ìerc t Tributiirirt, 16.' Edição. Madrid: CASPARE FALSÍITA. Munuale dìt tttt) li-ibukirío, yols. I e II, 5.'Edição, Pádova: HUGO DE BRITO MACHADO. Carso 1a

t, ìro tj ìburirb.2'/ .' Edição, São Paulo, 2006: RICARDO LOtsO TORRES' Carso r/c Dirzitott,utr tittt t ti'ìhuttirio, 14." Edição. Rio de Jirneiro: Rcnovar. 2007; LUCIANO AMARO'rr ìro ljibuttítìo flrusileirt. 16.'Edição, São Paulo: Saraiva.2011Ì.

1í /j . ìrcsrc csÍUd(J. .lOSÉ CAS,\ lll A NAB AlS. l)ir"ik)lir(dl,ob.('it.,paÍls. l0u20ess

(qyqhr () Atrd .r' 2:\

l)llÌl ll() lllìll^l I lrllll l' ' llll'rrl^rl J

urÌìiÌ rclirçiìo crcclitícia e não de dircilo tcal. lÌrl outto lado, ó uma prcstaçatr

trnilultrul ,;.xrquanto não lhe está associada qualquer contrapartida ou ctlrlcs-

l)cctivo cr.ìr llvor tlo contribuinte, pelo menos em tom individual, já que, errt

lclrnos colectivos, essa destina-se, precisamente, a assegurar os s!'rviç()\públicos, ou seia, gerais. Compreende-se, também, que seja uma prestação

clcctivada sob a íorra monetária, ou seja, pecuniária(a). Além disso, é tambórr

ulna prestação deJìnitíva, cujo pagamento não dá, por essa via, direito a

lcstituição. Finalmente, é uma pre stação coactiva,nos termos, aliás, vincados

rre lo aÍ.o 36.", n.' 2, da LGT, no sentido de que, "Os elementos essenciais da

rclação jurídica tributária não podem ser alterados por vontade das partes.",

rcsultando da 1ei, ou seja, exigida por imposição legal, não existindo quaÌquer

tipo tle acordo inter púrtes, Estado ou demais Entidades Públicas e Con-

tribuinte.

Num don'rínio subjectivo, imposlo é uma prestação devida por pessoas

iuclividuais ou colectivas, em que se incluem, u.g., as entidades internacionais,

crn lãvor de Entidades Púbticas ou privadas, mas que exerçam ou desem-

pcnhem funções públicas.

Quanto à análise dafinalidade doimposto, isto é, em temos finalísticosou de objectivo, trata-se de um imposto que tem como escopo fundamental,

rro cnquadramento Íìscal, a obtenção de receitas, ssndo esse o seu papel genuíno

()u puro. Em casos extremos, o imposto poderá seguir fins de ordem extra-

Íiscal integrados em domínios actuantes de intervenção económica e social.

Num plano comparativo com as ldÌas, refira-se que, se os impostos

sto cÌassiíicados como tributos unilaterais e estão sujeitos ao princípio da

lcgaliclade Íìscal e ao princípio da igualdade fiscal, no patamar do princípio

rlir capacidade contnbutiva, aquelas são, em rigor, tributos bilaterais, no sentido

( rÌl qlÌe garantem ao seu devedor, em face do inerente pagamento' uma

e()ntraprestação, assente num actividade que lhe está especificamente desti-

rradir ou afecta, e, além disso, o sgu regime geral obedece, ou tem por base, o

lrlincípio da reserva relativa de lei parlamentar lC.fr. aft! 165.", n.' I ' al. i.)'

( //: ( rìì scrìlido contrírio iìo nosso, ALBERTOlrlrrgrrrlirr (irrcllir. Visctr. /97;1.2rí3r. 3tì c ss..

XAVIFR. Viuir,,r/,1, Ltìt. tt,' l ì,"t1.

I)llrl ll(r ll:í:^l -cAS()iì l'll^llr r)r, rlr i,()lvlí)()li

tla ('lìPl e o princípio da proporcionalidade "(...) taxa/prestação estadualproporcionada ou taxa/custos específicos causados à respectiva comuni-tlirtlc." (5ì. Veja-se, v.g., o caso das Taxas de Justiça(o).

Em sede das conlribuições especiais, o art." 4.", n." 3, da LGT, considera-

irs como impostos, assenlando na obtenção pelo sujeito passivo de benefíciosou aurnentos de valor dos seus bens em coroliirio de obras públicas, da criaçãoou rumento/extensão de serviços públicos ou, ainda, específico desgaste de

bcns públicos decorrentes do exercício de certa actividade. Estas podemocrrlrer na circunstância de uma vantagem ou melhoria, incremento do ren-tfirrrcnto, mais-valias, etc., ou porque motivam despesa a cargo dos Entes

I'riblicos. Indica Casalta Nabais, da Escola de Coimbra, que, "(...) as

contribuições ou tributos especiais não passam de lnposlos especiais impostostluc (...) apresentam a pafiicularidade de terem por base manifestações da

capacidade contributiva de determinados grupos de pessoas resultantes docxcrcício de uma actividade administrativa pública e não, ou não exclusiva-rrrcntc, do exercício de uma actividade do respectivo contribuinte como acon-lccc nos impostos" (7).

As contribuições financeiras têm na sua base uma contraprestação

t olccliva que as coloca, aparentemente, no mesmo traçado das taxas, conÍìn-r lirrtk r sc, scgundo parte da doutrina, com algumas delas, estando o seu regime

lr'rrl srr.jcito ao princípio da reserva relativa de lei parlamentar [Cfr. arl!| í,5 ". rr." | , al. i), da CRPI e ao princípio da proporcionalìdade acima referidos.

t,, tt rs tl (llslL.fq NABAIS, DircÍo Fistzl, oh. cit., ptig.2 /. qi, igualmenrc, CLOR lAII|\|Il{A.MdrrdltleDìreitoFÌscal,Ahnedina,2010,2ágs.-ìóess.;GLORIATETXETRA,l.llrll llflXIrlRA PEDRO, MARIANA FONTES DAS COSTA, a,, Novas.Íronteirus dot

' "üt t tttr.\ l(rdis de t.Lxa e preço público à luz da Lei tlas l-inanças Ltx:aís e do Regitne Gerul,l,tt Iìtrrt: tlus Autarquias Locai.t, ítt Revista Fiscal, Setembro de 2009; ANTONIO BRAZIll\l,ll<4. Iìinunças PúbLícas e Díreito Fínanceiro,ifl AAFDL, 199O, págs. 250 e 25 I .

' l)itr o ârt.o,1.", n."" I e 2, da LGT. que "l Os impostos assentam essenciâlnìente nlì

, .r|,:rL rrlltlc contributiva, revelada, nos termos da lei, através do rendimento ou da suâ ütiìizâçìo, rìo |)rrtr irrrriuio. 2 - As taxas assentarÌÌ na pÍestação concreta de um serviço público, n{ u1iìizlçlìo,ll rrrrr bcnr do ckrrnínio público ou na remoção de um obstáculojurídico ao comportânÌcnlo (los

I)rrlicììlirrcs.".

' ,, .l()sl:l('AsAltl- N^llAls. 1)//?ial) Físt:at, oh. r'ìt., ptig.2lì.

:od.'lrn. cdnoÌi2ç-)

llíiAl I l)llìt |I() Itìtlrl|^|lt )

Os tributos ou cr,r ntribuições parafiscais são, assim, tributos que visanr;rliançar as despesas de pessoas colectivas públicas de ordem não territo-rilrl, podendo merecer ou conhecer um carácter económico, corporativo ousrrial. A este propósito último, destaquem-se as contribuições paÍa o sistenrasocial, como a Segurança Social (8).

Por seu turno, centrando, agora, a nossa análise no imposto e na sÌulr'slrutura dinâmica, fácil será de entender que o mesmo obedece a momentos( ìlr l)iÌssos para o seu apuramento final, que teremos oportunidade de analisar.rì()utra sede, cumprindo, para já, deixar apenas uma nota sumiária. Destartc,lrrirrcipia o momento de lançamento, que via de regra, integra a incidência pessoirl c real e a determinação do rendimento colectível, segúda da fase de liquirl:rç:ìo, para determinação da colecta líquida, terminando, depois, com a colrlrrrrça ou pagamento.

Quanto aos vários tipos de impostos existentes nos vários sistemas fiscais,;rr lr lisar-se-ão apenas os mais frequentes e quejustifiquem tíatamento práticolì;lril o caso em apreço (e).

Na verdade, podemos destacar, aá i nitio, os impostos directos e indirectos.Assirrr sendo, ntm plano financeiro, setão impostos directos aqueles cluc

"" (7ì: CILÓRIA TEIXEIRA, ManuaL de Direíro Fiscal, ob. cit., prig.l6t; MANtJtlt.rll.NlÌIQUE FREITAS PEREIRA, Fiscalídatle, Almedina 20O9, pág. 24; IOSE CAS^r tAN.^ I Ì A IS. Prrnrm er tado Fiscal Supotltivel, E,studos de Direito Fiscal, Vol.2, pdgs. /lií) r, r.r. .

\( or(Lìo do Supremo Tribunal de Justiça, de 28, de Janeiro de 2009, RelatoÍ: Miranda r[.l'.r lr.c(): "l O teor de uma carta do Secretário de Estado da Segurança Social danth o st.rr.', , rrrkr pur-a não fazer incidir sobre prérnios anuais de desempenho descontos para a Segur.ançrr'i, r'rirl (tlLxit social única) não pode ser qualiÍìcada como orientação genérica à luz da alíncir /r).|| .l (l() xrligo 68." da LGT e, como tal, vinculativa para a administração tributária. ll Ai ,'rì\trtLrção dâ Repúbìica Portuguesa não coloca qualquer restição à apÌicação do princípio,l.r lrìir lú itos actos praticados no exercício de poderes vinculados. III - Todavia, no confrontrr, r rtr c os plincípios da legalidade e da boa fé deve seÌ ponderada cada situação em concreto p()rl,,rììir ir podef concluir-se se da prevalência do primeiro, em sentido estrito, resulta um ÍlagÍanlc| | rt1r.,r içr pnra o contribuinte, acarretando-lhe um desproporcionado e intolerável prejuízo. lV';,, ||r'stc tillimo caso, a vioÌação do princípio da boa fé, na sua dimensão de protecçÍo dc, , ,irlr;ìrì(rì (k)s particuÌares e enquanto integnnte do bloco de legalidade, em senticìo lakÌ, dcvcr, \ ( ,,tfi r.lìitos invâÌidantes do acto tributário praticado. V As contÍibuições para a seguÍdnçiì,,, r.rl rk vcnr scr qualificadas como impostos de obrigação única.", fu rrwte.dgsì.pt.

t 1r: MANUEL HENRIQUE FREITAS PEREIRA, Físcalülade, ob. cit., p(íÍ<s. t7 t. .t\_ (lr |il (

^\Al-fA NABAIS. Díreito fistttl, ob. cit., phgs.42 a 72.

l) lt ()lltn;^l c^lx )l ì t 't i^ r .r r tt "r)!vllx)iì

irl( iÌrìçirrÌì l clprÌcidadc contributiva em tennos irnctlilúos, ()u sc-ia, toclÌnr dirccta-rrrurtc l rrratória colectável, pelo que serão impostos indirectos quando atiniamlìì( (liilt:urÌcntc .Ì capacidade contributiva, ou seja, tocam indirectamente a maté-l irr colccliivcl.

f)c rrnr plano ectsnóntíco, seriâm impostos directos aqueles que atin-

f isserrr o trabrlho, sendo indirectos os que tocassem o capital. Finalmente,rro pl:rrro tlir rcpcrcussão económica, ou também chamado de critério dinâ-rr rilo. os irr rposlos directos não são repercutíveis no consumidor final, ao contrá-rrrr rlos irrrposlos irìdircctos que são repercutíveis, projectando-se no consu-rrrrrlor orr lrrlt;rrirctttc íinal dos bens(ì0).

l)( urr l)orÌt() rlc vista jurídico, importa destacar o critério estático dor,,l rt,,rrrtrt,rttt r t c r| r r r'ì; rr,'rìo.frrlr'r/ft2r. Naquele, os impostos seriam directos quando.r ',r.r , r,lr,ìrr. ir ti\ ('ss(' l)(ìr' base uma lista de contribuintes da AdministraçãoI r',r .rl. ,r'rrrhr irrr;xrstos irrtlircctos quando tal não sucedesse. Este critério, é,

rrrrrrl.r., rl.r., r'r'zcs. rrssot i:rdo a um critério fiscal, também ele estático, segundo,r1rr:rl ,., 1rìlr()\1()s(lir('ct()stôrnsubjacenteasi mesmos uma relação jurídico-Ir,.r:rl ;rroIorrI,rrrIlì rìo lcrììpo, e compreendem obrigações periódicas. Se,

tor lrrv r;r. rr rt lrrçrro 1r rr írlico- l'iscal se basta em obrigações instantâneas, isoladas()u r;r(' l,( rrìrirr( rlt s jii sc ostí no espaço tlos impostos indirectos("'.

V j:r st no prirrreiro easo ()s iìnpostos sobre o rendimento. comoo IRS c IRC c.já no!r'j'ur(l(ì.(ìsinìl)osl(ìssobrcoconsuttto.conìooIVA.Cliart.'37.".doCIVA,'I A impolância(l(ì ÍÌrlxr\t(ì litlrrirlluIr rlcvc scr adicionatla ao villoÍ da Íìlctura ou documcnto eqtrivalente. p mcI itos rll srra cxigincil iìos rdquirentes das nrercadorias ou aos ulilizadores dos serviços. 2 - Nasr'1rt |rrçircr pclas qulis l enrissiio dc factura não é obrigât(nir, o imposto é incluído no preço.

|ì;rr;r t lcitos do disp<rskr no núnrero anterior. 3 - A rcpercussio do imposto nio é obrigat(iria nasr 'Pt rrrçrrcs rclìridas na alínca /) do n.' 3 <1o artigo 3." e nas alíneas n) e D) clo n." 2 do urtigo 4.""i(r lìRtÌNO IJOTELIIO ANTUNES. IÌepcrcu.tsão Fi"-r'al rto /VA, Almedina,2008.2rí3s. /.ì-ì

Ì'l'iìr'rilt(lodcstccritériojuríclicoarúoreshác;ueconsicleramunraoutratipoiogiadcinÌpostos:

lrrl\Ìstr )\ /)(,,-ililií í/.\ ou rraortír'als c dc o bt ìgÍt\'aio titlic a. Os primeiros. cotno r' pr'ólìÍi(' norrÌeir( lit'ir. r!pc(cnl-se periodicamente. cstando subjrccntes circunstiurcias, assim. entcndidas pernÌa-rÌ( rì1.s. O\ segLrnclos, pol sua vcz, via de regra, nio sc repetcm, cstlndo associados il ack)sirr 'larIrs ou a sitnlçr-res lr-ansit(ilias Para ììquela lÌip(Íesc destiìcanros o IMl, quc sc renovr unurloì( rìle. Ncstoutra rcl'iì'lr sc o IV . que resrìlta de actos isoliÌdos. que podem até repctir sc nìas( or (lUr' rriìr) cxislc pcrirxlir'irìatlc t'rn lcÍnìos jurídic() fiscais.

ro !rrí, r tnrrr .lur', .,rred 'dc

cllirJ 27

l)llll ll{ ) llri( ^l

I l}l|lt tlo l|I IJt^tt,r

l.rrr srrrtrit, no nosso sistema fiscal inrpttstos l)ircttos srro. l,ç., o llÌS,IRC, lMl. lM'I, pelo que os indirectos são o IVA, ISI', I^ltA.

No quc se reporta aos Impostos Princlpais e lmpostos Ácr,,rsrírios, reÍÌra--se que os primeiros apresentam total autonomia e independôncia relativâ-mente a outros. Nos accssórios, a suâ existência e/ou os próprios elementosque o compõcm estão na dependência de um imposto principal, pelo que omontaÍìtc (k) imposto acessório poderá ser calculado tendo por base a colectado imposto principal, e aí, como tal, apelidados de adicionais, ou poderá.iáassentar na rììatéria colectável do imposto principal, caso em que tomarão onome de adicionamentos. Neste caso último, indique-se, a título de exemplo,a denama nrunicipal prevista na Lei de Finanças Local, no seu art." 14.", cujon." 1 dita quc, " l - Os municípios podem deliberar lançar anuaìmente umaderrama, até ao limite máximo de I,5olo sobre o lucro tributável sujeito e nãoisento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) quccorresponda à proporção do rendimento gerado na sua área geográficâ p(n'sujeitos passivos residentes em território português que exerçam, a títul()principal, uma aclividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e nãoresidentes com estabelecimento estável nesse território.".

Impostos Esrdd&ais e não Estaduai.;, sendo que, na primeira situação,a titularidade aotiva está a czrgo do Estado ou entes públicos territoriais, cr rrr rr r

regiões autónomas, autarquias locais e municípios, peìo c1ue, na segunda, st.

centram cm entes públicos de carácter não territorial.Refira-se um aspecto crucial de que os impostos que figuram, por cx.

nos municípios, muitas da vezes, apelidados de impostos municipais, cr)rìì('o IMT, são, na verdade, Estaduais, porquanto, todo o processo de apur-u-

mento do imposto, lançamento, liquidação e cobrança, a sua administração ccoordenação, pertencem à Administração Fiscal do Estado, pese emborâ ()ÍÌrcto da receita cair no próprio município. E o mesmo se diz, com as devidirsadaptaçires, para as autarquias e regiões autónomas, sendo importante salientara excepção da Região Autónoma da Madeira, no âmbitÕ do Decreto Lci n."I t'ì/2(X)5, dc I 8 de Janeiro e do Decrcto Regulamentar Regional n." 29- A/20115//M, dc 3 | de Janeìro. Do mesmo passo, a Lei de Finanças Local, admite rrrscu alt." i3.", 2.", que a liquidação e o cobrança possa vir a ser coordcniì(lupcla pltiplia cârnara, conqu.ìnto que tal venha previsto em diploma legal: "

t't r ) |:ir^t (:^l;1):i l'lt^ttr l , |lt .r Í vrl!,:,

\:i cirììlÍls rìnnricil)iris lxxlcnì delibcrar pÍocc(lcr ì coblança dos impostrlsrrrricipais, pclos scus ;rrtiprios serviços ou pclos serviços da associação derrrnicípio quc integrarn, tlesde que correspondente ao território da NUT ItI,()s lcrmos a definir por diploma legal.".

Iìinalmente, os impostos podem, ainda, dividir-se em impostos sobre o

"n(lincnto, património e consumo.Em rigor, trata-se da divisão mais comumos sistemas fiscais actuais. Todavia, assenta exclusivamente em critériosc írrdole económica ou patrimonial. Pela nossa parte, um pouco à margemls tliscussões doutrinais que reconhecem que esta classificação tripartidaeixl de fora elementos de carácter jurídico que poderiam coadjuvar numae lirrritação mais precisa dos mesmos, seguimos no sentido de que é umalirssiÍicação bem sucedida, que consegue sistematizar cada imposto naquilorrc cste se refere directamente, ou, pelo menos, no contexto em que o mesmo

lplicado, ou que se projecta. Este é, aliás, o entendimento seguido pelo'gislatlor, que, no nosso Sistema Fiscal, consagra, pelo art." 104.", da CRP,| . o irnposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdadesscní único e progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentoso agrcgado familiar. 2. A tributação das empresas incide fundamentalmenterrbrc o seu rendimento real. 3. A tributação do patfi1g1inlq deve contribuirlra a igualdade entre os cidadãos. 4. A tributação do consumo visa adaptarcstrutura do consumo à evolução das necessidades do desenvolvimento

contimico e dajustiça social, devendo onerar os consumos de luxo." (r2).

Neste pressuposto, temos impostos sobre o rendimento, que tributamlerrtfirrrento, quer enquanto "( ...) rendimento-produto (...), isto é, o acrés-

irrro t'rn bens obtidos durante o correspondente peúodo a título de contribui-:r(' l)irriì iÌ actividade produtiva (a título de salários, rendas ou lucros), ou o'rtt litrtr'tt to-ac réscimo (...) que integra também os acréscimos em benslrtrr I rs ;r ou(ro título (...) e sem dano do património inicial (...1." t trt. p"ro.u-,,.rrtlrri,oIRSeIRC.

Sl|lrl||thàdo nosso.

' " /rr.f OSE CASALTA NABAIS, Direiro Fiscat, ob. cit., pdg.64.

c+rio6r G,) Qlid Jún6? - sd€dadÊ.drroÍa 29

l)llll ll() lllì(:^l I lrttrt ttr I l|lÍnl|^ r,,

Quanltr aos i,r2r)stOS sobr( o Jr(tt rirttirtìr t, rrrt itk'rrr sobrc "(...) a titu lar rr l;rrlc ou a transmissiro de valores pocurr i:ilios lít1u itkrs ( . . . )" ( r1). Indiqucnr-\('. iÌ cste títuk), o IMI, IMT e IS.

f ìrn se<le de impo stos sobre o consumo, Íambém apelidados de impostos.,oblc a dcspesa, o imposto tributa o património e rendimento que são utiliza-, h

's rra aquisição de bens e serviços, portanto, no consumo, onde se encontram

,r lVÂ, o ISB IT, IABA, ISV e IUC(r5).

' I ,r JOSE CASALTA NABAIS, Dlreito Fiscal, ob. cit., ptig. 64.

" ll. lara nìris apnrlìrrrtlanrentos. GEOFFREY MORSE e DAVID WILLIAMS, Davies:l'ttttt iltlcr ol ta.t lttl (r " liliç;io. l.orrthcs, Swcel & MaxweÌ|, 2008.

I. I'ONTES DO DIREITO FISCAL

Caso 1

. Fontes do Direito Fiscal

. Princípio da Legalidade Fiscal

. Princípio da Igualdade Fiscal

Suponha que o Governo, ao abrigo de autorização legislativarolerente âo ano de 2009, e que, portanto, já havia caducado, procedeu,rro presente ano de 2010, à actualização de um imposto em matéria:rrnbiental e retroagiu os seus efeitos ao ano de 2007, como forma de(ompensar o facto da actualização não ter sido feita durante o ano emrpc tinha sido concedida a autorização.

Luís Miguel, jovem agricultor, que se dedica à produção e comer-cialização de cereais, foi notificado pela Administração Fiscal, com baserro diploma legislativo acima descrito, para proceder ao pagamento derrm imposto relativo à sua actividade profissional, que, nos termos pre-(litos, mereceu, assim, umâ actualização.

Todavia, crê que tal imposto é inconstitucional, primeiro, porqueo (]overno legislou segundo uma autorização legislativa que já não se('rìcontrava em vigor e, depois, porque o mesmo retroâge os seus efeitos't 21107,

a) Pronuncie-se, desta feita, quanto à constitucionalidade da reÍ'e-rida actualização do imposto e à sua aplicação retroactiva.

Quid .luris?

33

l) lÌl llr ) | ,(,^l lr^ln )r, l'll^ Ìll I ' lll ,r,lV Ìr r',

Proposta de Resolução:

íÍ) () caso vcrtido cnr cpígraÍ-e leva*nos piÌr'zÌ o cstudo de uma matériarlt't xlluortlináriiL irrportância no âmbito do Direito Fiscal: Íbntes do direitolist rrl. c. nrais propriamente, os princípios constitucionais que subjazem a este

rrrrrro rkr l)ilcito.'lìr I conro sucede com outros ramos do direito, também no Direito Fiscal

crislcrrr rrrrr con.junto de f'ontes em que se Íìndam as normas jurídicas, ser-r irrlrr. rrssinr. clc sustcntáculo à estruturação do direito ìpsoJàcto na concretarrrtr'rr'orrt'lrrç;ro torn a legalidade do complexo normativo a que essas têm

'lllt ('lì( (l( ( ( 1.

lir'lrr:r sr'. rtlt ittitirt. a Constituição da República Portuguesa, enquantorr, ,lrrl.r r' /,//r., (l( l(xlils iìs normas Íìscais, e cúpula da pirâmide das Fontesrlr l )rrr rto , orrlcrirrtkr. iìo mesmo tempo, legitimidade, por uma lado, à

,rr Irr,rr ,r. rl;r propr irr Atlrrrirrislração Fiscal, limitando-a, e, por outÍo, ao estrito, Illrro , rrrrrIt irttcltlo tl;t lti.

No p;11;1111;11 sr'pluinlc strrgo o Direito Comunitário Fiscal, previsto e re-lrr l;rrlo cnr r liplor rrs lt giris tlir União Europeia. Poltugal, por ser um respectivoL lrrthr Mt'rrrlrlr. cslri virrculado a um conjunto de diplornas legislativos emrr rrltir irr lisr':rl t;rrc rrrrrrlôrrr corno escopo primordial um esforço de uniformi-./ir('ir() (lrriìrìl() lÌo lÍltiuììclr(o e regu lação jurídica desses conteúdos, em tcrmos('orrtrrìliirios' í'.

I)outro pxsso, cncontramos as Convenções Internacionais. enquanto;rt onft rs cstubclccidos com países terceiros que vigoram directiìmente no ordena-rrrt nlo.juríclico português senrpre que tal este.ia previstÕ no respectivo tratado( ()r)slitfl(ivo, dando ampÌitude ao princípìo da recepção automática tal-qual-rrorìle l)fcscrcve o afi.'8.', n.'3, da CRP, nos termos do qual, "As normascrnrrrrrrlrs dos ór'gãos conÌpetentes das organizações internacionais de quellr lrrgirl soia Ìrarte vigoram dircctamcnte na ordem interna, desde que tal se( rì( ()rÌlrc cslahclecido nos respcctivos tratados constitutivos.".

' r /r { ÀS,\ì.ìANÂlìAlS./r/,/r,/ ry rtl. r,h. t it., priqt. /,S / d /,S9, cìue estabclcce I distiDçiiot flÌt l)rr( rl() (irrrrrrrriltirro 1r.,,;rl I'r,,1'r,, r'lÌtJ|lt oslu(lUlì1.

:Ì,1.í:)

l)or outro lackr, its ('olrvorrçÒos lôÌìì (luo scr ratificadas ou lìl)r()vitc:Ìsprlir vigorar no ordenamento j urídico interno, e só são eÍìcazes cluanclo ptrblit rrtlirs no Diário da República, até mesmo porque estão em linha cle altorrlirnrcrrto iLcordos realizados entre Poftugal e outros países, que, via dc rcgrir,irrcidcrn sobre a matéria da dupla tributação económica dos rendimcntos ckrssrr.;citos contributivos. A prgvisão legal que coÍïesponde ao que aqui Íoit'xalado Íìxa-se no art.o 8.", n.'2, da CRP, e que se reproduz: ,.As normas( orìstantes de convenções internacionais reguÌarmente ratificadas ou apro_vir(las vtgoram na ordem intema após a sua publicação oficial e enquanto virì_crrIarem intenracionaÌmente o Estado Português".

Logo depois, encoÍÌtramos as Ìeis. os decretos-Ìei e os decretos legislir-t ivos regionais.

Quanto aos dois primeiros, nos termos do art." I12.", n." 2, cla (.1ìlÌtônr igual valorjurídico na hierarquia normativa, "(...) sem prejuízo da suhor.t lìnação às correspondentes leis dos decretos-leis publicados no uso cle arrtor i

zação legislativa e dos que desenvolvam as bases geraìs dos regimes.jurírlit.os".

No terreno aÍècto, já, aos terceiros, Decr.etos LegisÌativÕs das l{cgirx.s

^utónomas, compreende-se a sua relevância, já que tôm, no âmbito drr srrrr

(()rÌìpetôncia, que lhes é conferida pela Constituição, poder tributário prriPr io,(luc, nos termos da lci, é confiado exclusivamente à Assembleia Legislalivrrtlirs Regiões Autónomas, (Cír an." 232.", n.' l, da CRP) e possuem, atnda. ()

lxrcler de adaptar o Sistema Fiscal do teritório continental às especificicladcsrìa Região Autónoma em causa, tendo por base a Ìei-quadro da Assenrblciirrla República lCfr art." 227.', n." 1, al. i), da CRPI.

Na parte destinada à sucessão hìerárquica das fbntes do direito existenr.rrincÌa, em seguida, os Regulamentos, importando destacar os Regulamentos( ìovernamentais e os Regulamentos da Administração Autónoma Autárquica.

Quanto aos primeiros, são normasjurídicas, portanto, com czrrhcter scnrlc iÌbstracto, que resuÌtam do exercícìo das competôncias especíÍìcas do Covclrro.tll-quaÌmente prevê o art." 199.", al. c), da CRp.

No que se Íeporta, por sua vez, aos regrÌlamcntos da Aclminislr.trç:ìoALrttinoma Autiír-qrrica, sabcmos clue estes órgãos da Admirristração (lisl)a)e tììric podcr tribul:ilio ((.1ì: :rr|." 13u.". n." 4, da CRP) nos lclììos dcÍinirkrs rlr

l)llÌl ll()llr;(:Al (i^rnìri|!tt^|| rr" tt'r)tv )()li

k'i. I)t:slirrlc, para irlórn ckr que se achc rlc(clnIilntlo na Lci clas lìinanças|.rrc;ris (rrlrlov:rdl pcla Lei n." 2/2001, de I-5 clc .lanciro que procedeu à revo-g:rçiro tll Lci n." 42198, de 6 de Agosto), os municípios tem, ainda, compe-1t rrt iir. por cxcmpÌo, para Íìxar taxas municipais(ri).

( iizirrlos cstcs considerandos acerca das fontes do Direito Fiscal, fale-s( , rl:orir, Llc ulguns princípios aplicáveis à actividade tributária, que estão

r'orrs;r11r'lrr los. rrrallrur,, na CRP, pois, só assim poderemos oferecef uma soluçãolor rcr'1rr solrc rr lìrctualidade vertida no enunciado.

('orrr'('rrììos, tlcsdc logo, por falar do princípio da legalidade ÍìscaÌ e

rl.r r lrr rc rrs;ro ( lu( r) rì ÌcstÌìo comporta no Sistema Fiscal Português. De facto,r | , r u l)o:,t(,:, s;ro t rirrtkrs ;lrr lei, que, assim, delimita a sua incidência, a fixação,l.r t.rrrr .,, lrt rrt l rt ios lisciris c as respectivas garantias dos contribuintes (Cft,rt" I()Ì ". n ".'. rlrr ( 'lÌ I'). pcìo que, atento o princípio enumerado e a dìs-

I rr ,,, rr, rr I r( 'l rrl t vrr rrr'l t it lir, scr'1t da reserva reÌativa no âmbito da competôncia

|. 1'r,LrlrvrrrIrAssr'rrrblt'il tllr Iìcpública Ìegislar em matéria Ílscal, nos termos

l,rclr1,rrrrIrsgrt'krrlt."l(r-5.".n."I,al.l),daCRP,quedita,arespeito:"criaçãork rrrrlxrstos r'sislr. rrlr liscal c regime geral das taxas e demais contribuiçõeslirrrrrt t ir:rs rr lìrvol rllrs crìtidldes públicas.".

l)rrtlrri st' feliriì. outrossilï, que o Governo poderá legislar sobre estarrr rlt:r i;r, tlrr:rnt lo prr';r lirl lraja sido autorizado, por lei de autorização legislativa,

1rr'lrr rilgiìo nrixinru cla República Portuguesa (Cfr art:" 165.", n." 1, ìnJïne,l(r5 ". rt." 2. tla (llìl').

lÌ)r ( )utro lirdo, quando a autorìzação para legislar em matória tributáriast' jrr rrlrihuírlu com base no Orçamento do Estado, a mesma extingue-se. porr';rtlrrc itlrrrlc, tcrminado o ano económico a que esse mesmo orçamento digal'slrt'ito. tal-qualnrente prescreve o arl.o 165.", n." 5, da CRP, segundo o qual,"As ;rrrlorizaçires concedidas ao GoveÍno na lei do Orçamento observam or lis;x rslo rro presente artìgo e, quando incidam sobre matéria fìscal, só caducamrìo lL'r rììo do ano económico a que respeitam.".

í 7/: ( ASAI-T,NAIJAlS.I)ìt(ìtt) l.i.\t ,tl. t)1, tì1. t)ti.\t. | 61 d 2 I 1, qüe Íjça o estudo dasl(ìl]l( \ (1. Ì)rfcil(). c(ìrìsirgfirrì(l() ir ( Iìl'.(ì |)ir( rliì ( ììrr||ì1liiri1). lr\ (Ì)Dvença)es lntet-nacionais. o( L,\{lrìr.. ()s ìì,.'grrlrrDrL rrlos (;iì\( rrLrr, rl.Lr., , \Lrtrrrrlrriros. ReiIuìamentos das Regiõcs\trIr,rrortr;rs. lìt'gtrÌlrrttr'ttt,'. rì( lr'.lrlrrtr,.I'rr1'1r,,'.,,,rr()rìlÌrìrìc(r(lcPortugal;osContratos;alrLr :|rLrrlirrcirr, iì I)(ìutrìr,r, ,,. { ,r1r1,o..,;rr, r, r, rrrrr rrrrrtLirirr rlc l)ile-ito Fiscal, como a LGT.

:Ì{; iqryiqhr () ar 'l .J'

' ,1 |

'edâde ed Ìora

.17

Nlllì lx) lJllll llr | Ìr',r ^r

Assrìì, ctÌlcn(lo s;c quc exista ulÌì tltrirtl|. t*rr rr r:rlivt I l.cstritiv0 cnt rrritlórir Í'iscal, sob pcrra dr: cstar-sc ante situaça)os clc incoltstitucionalidadc.

E tal posição vai tle encontro pleno à protecção <ios Direitos Liberdarlcsc ( ìarantias dos sujeitos de direito contributivos, até mesmo porque o Estado,rrtluando da fixação de impostos, deve atentar em regras de iguaÌdade e prol)(n:t ionalidade.

Concretizando, todos os sujeitos devem pagar impostos, em respcitu.rrliris, ao princípio da igualdade vertido no art.. I 3.", da CRp, e ao princípio dirigualdade tìscal, com refracções, também, no aÌ-t.o 103.", n.. I , da CRp, e | 04.,,.rr." I, da CRP ìnevitavelmente que deverá estar, aqui, respeitado o princíproorr. se quisemos, sub-princípio da capacidade contributiva de cada su.jeito pas-sivo cla relação j urídico-fiscal, ou seja, existe, efectivamente, uma mecliclu clinritc do pagamento e cobrança de impostos, não podendo, repita-se, o Estadolirar impostos desproporcionais com a inerente capacidade contributiva closr'orr tribuintes.

Desta forma, e no que tange ao caso em equação, está em causa iì;rclrralização de um imposto em matéria ambiental, nada se referindo qLlatìloir srâ respectiva tipologia concreta.

Contudo, o mais ìmportante desta hipótese prática é que o (;()\,enì()It'r:islou sobre o imposto com base nuÌna lei de autorização legisÌalivrr r;rrt.rrio cstavajá em vigor, pelo que, dcssa forma, não o poderia Íazcr.. l)ortlrl)iìsso, iÌinda atribuiu eficácia retroactiva ao mesmo! o qug não podirr. illrrrrln rentc, ser feito.

No discorrer da presente rcsolução, iremos abordar o sentickr lrlrtr.rirrl( lcsta enunciação retroactiva, pelo que procuraremos, em primeiro plrrì( ). rl)r r rl

sr Governo estava ou não autorizado para legislar.Ao ìegislar sobre matória Íiscal, como dissemos, recljas, o Govcr.rro pr.e

( rsa cle estar autorizado para tal, pelo que a criação ou actualização cle intPostoi li descmbocar num diploma, que assume a forma de Decreto-Lei autorizatkr.

C)ra, no caso em apreço, nada se diz quanto aos termos em que se lunclorrr'ssa autorização Ìegislativa, pois, como reÍère o art." 165.", n." 2, da CIìl).'':rs lcis de autorização legislativa deven definir o objecto, o sentido, a extcn-srro e a duração da autorização, a qual pode ser proÌrogada,,.

Supondo que a autorização consentia a actualização do ìmposto cnr

l)^lí)li l'lt^ ìli |,||l ,í rtv lÍ )ri

( ilrsil. o (ì()vcnìo llodcriiì, clo liÌcto, lcgislar', llrs l:ro lcndo por basc uÌììiÌ lcirh ;rrrlorizlrçir,r t;uc jri nio csta\ I em vigor.

NoÌltr'o passo, mesmo que a autorização legislativa tìvesse sido dada,1,q., cnr sctlc cla Lci do Orçamento do Estado, a mesma caducaria fìndo olrrro r.'corrtirrìico l quc o orçamento dissesse respeito, não podendo o Governo,

lx)slcri()l rììcntc, lançar mho desse Íacto como forma de legislar sobre matérialiscirl. lÌrr' ()utriÌs lliÌlavras, não pode o Govemo, ao abrigo da Lei do Orça-rrrcrlo tkr lrstirrkr, que já não está em vigor, vir, depois, invocar essa mesmak i rro st'rrlitk r rlc lirzcr lprovar determinado tipo de diploma em matéria fìscal,rlrrt'r sr'j;r rr t liirçtìo do impostos, a sua alteração ou actualização, sendo quer lcvc olx'tlii'rrr'ìrr cspccífica ao princípio da legalidade fiscal, aposto nos altigos,l;r ( l{l' ;rr'Í|ì;r ( rìlÍììetirrl()s r"'.

licsrrltlr. t l:rrrr. tlo caso em estudo que o Govemo, ao lggislar com baserrrrnlr rrrrtor iz:rçlro rc lclcntc ao ano de 2009, não poderia fazer a actualizaçãorl. rrrrprr:,to. rì( rìr. l)()r cotìscguinte, a cobrança do valor adicional do mesmo,

lror,., Ir;r,;t;rrrrIo s(' o (lillloÌltiì. que aquele fez aprovar numa autorização|,

1 ' r .

, | ; r I r r ; r ( l u ( iri lr;rv iiÌ ciì(lucado, não the seria permitido emanar uma impo-

', r(., r | (lrr rrr:r ll list rr os rìilcitos e interesses legalmente protegidos dos contri-lrtrttrlr",

..\,, , rrrr st rri k r. o tli;tlonta seria inconstitucional por vioÌação do princípio,l.r |, 1'.rIrr|rrr|t Íiscirl l( li- art." 165.", n." 1, al. i),n."'2,3 e 5, daCRP].

N(ì {lr( s(' relclc, cm seu turno, à aplicação retroactiva do imposto, arrrr',,rr;r t;rrrlrtirìr rrÌo scria constitucìonal, porque aquilo que está aqui em( irr',;r ( lrrsliuìrenlc a violação do princípio da não retroactividade, previstorro rrr 1." l 0 Ì.". n." -ì, dir CRP, na medida em que esta norma prescreve espe-rrlitrrrrcrrltr;rrr."Ninguémpodeserobrigadoapagarimpostosquenãohajam.,irL r cr iirr los Ìì(ìs tcrmos da Constituição. que tenham natureza retroactiva Õu

r'rrjlr litlrritllçiro c cobrança se não façam nos termos da lei."1r!).

' ln,liLlrre sc. rr nrctr títLrlo dc rc1èrência. \J pri Lil)io da legtlilode tribÌt1úria, t-\o plL..tlo.rl, L t0 rr I r:islrrçrìrr oRliDir|ia. c. po|llrnto. 0unì p litn]iìr lìierarquicalllente inferior à CRP, o art.")i. rr" l.rÌrr l.( ìÌ. cLriu fcsl).cli!r \'i()ì1lçaI() coìÌina na ilegalidtttle. "l - Estão suieitos ao

I'rrrr, rlrirr rìrr ltgrrlirÌrrrl'lIiÌ)fltiirllr ;r irrrìrliDcia. iì laxa, os bcnctlcios iiscais, as garantits dos,rrrrtrrlrrrirrtcs.irrllirriçrror|':LrirrrLsliserrisc0fcgiìnegeÍâÌdasconlraordenaçõesliscaìs..

' S Lr l,l r rr lr;rr L , rrossr r

:ÌtÌ Ì : io.Ìerdde ed ÌoE :Ì!)

l ( )N ll ri l)r r lrllll llrIll|^l

l)cstiÌ l)iÌr1c, l,trís Migucl. Lttttrt vt z l ttr|l, troItItt Itrht 1x'llr Atltttittisllitçirolriscal para l)tocodcr ito pagiÌtììoÌìl() tlo itttltoslo ('lìl lll)lcço, colìì lllìsc tlll stlil

;rt lualizaçlur c ctìitos retroactivos, ttlìo tlcvcrirt lìrzô lo, atcnta iÌ violiÌçllo (lo

t lisposto na CRP rro'.

r"' C7l:. rrestas ÌemiÌticas. CASALIA NABAIS, Dll"i/.) Fi;col ob. tìt, Púgt. 125 tt )l l:B^PTlSlA MACHADO. lnttoduçãa tu) I)ircito ( do L)it(ur'to I'c,qítünutlor. I 983. 2ti.q r' /5Í,'rr.;SAN I'OS JUSTO, InÍ roduuio ao [.ttudo lo Dicito.3." Ediçao. (ìoimbra.2006. /Ìí.q,' /'\i

r. ,\ Rr,]LAÇÃO JURÍDICO-FISCAL

Caso 1

. RclaçãÌo Jurídico-Fiscal

. Capacidade Jurídica

. Personalidade Juídica

. Capacidade e Personalidade Tributárias

lìduardo Monteiro de Barros tinha feito a sua agregação à Ordemrkrs Âdvogados ainda não tinham decorrido seis meses, quando um amigosnr rlc infância, Henrique da Silva Fernandes, também ele Advogado há;xnrco tempo, procurou convencêìo no sentido de ambos formarem unraSocicdade de Advogados.

A 20 de Junho de 2010, a Sociedade de Advogados, Monteiro dclÌttrros, Silva Fernandes e Associados,RL, estava já constituída, nos ter-rrros rla lei, tendo o seu respectivo espaço proÍissional num imóvel sito noctrrÍ ro da cidade de Coimbra.

!-ruto de alguma inexperiência na área fiscal, os referidos Advo-;irrrlos contactaram um outro amigo seu, Diogo Fonseca, Advogado maistrpcricnte, para que lhes informasse e explicasse o sistema de tributaçãorr r;uc iam estar sujeitos.

Pese embora a explicação que foi oferecida por Diogo, dias volvidosr rs rlois amigos e coÌegas permaneceram com dúvidas, rz axime, em sed,erl:r cxpressão "transparência jlscal' ütilizada pelo colega de profissão,rrpcrras se lembrando que o regime que a essa corresponde seria aplicável,corno tal, à Sociedade deAdvogados de que os dois eram sócios de capital.

43

:^l ( r^r,r ) , t |^ r r r ,. nt ,rrtVtÌÍr,i

z) Não r;ucr-cndo incomodar ltoviuu(.ní(, l)iogo lrÌrnsec:r, actual_rrrt'lrle Jtrccnchido com inúmeras diligôncias lìrrcrrscs, suponha que é con-l:rclarkr por algum destes coÌegas que Ìhe pergunta' ospecificamente, paratlf.ilos de Srrciedades de Advogados, e- qrr" -otá". é que o instituto deI rn nsparôncia fiscal está previsto no Ordõnamento Jur?dico português.

euitl .luris?

proposta de Resolução:

/r) ( ) (.ls() prático que agora merece o nosso debruço enquadra_se nasIr'||rir||( it rlrr tcliLçãojurídico_Íìscal, em que inevitavelmente soDrgssataÌn os, (,rì( (.rt(ì\ rtt.t.lrpircidade e personalida<le tributárias.

l':rrr rrli'l il.rrros correctamente da questão acima colocada, importará.rrr,rlr.,;rrr.rrr st'. t..lrr alguma minúcia, aspectos Íundamentais relativos à ielaçãolr rr tr lrr'o l,isr.lrl.

. ( )rr. csliÌ rillirnl conrpreende, no seu todo, um lado de titularidade activa,, rrrrh sr. irrr'lrri o srrjcito activo da reÌação fìscal, sendo que do lado da titula-rrrl;rrlt. prrssiv:r otìcot.Ìtramos, poÍ sua vezJ os sujeitos passivos da relaçãojrrr rilit, Iis.irl. Ncstiì, importantes são também o,.nnruÌtora, Íinanceiros e(l( lìrif is f'rìti(frf([Ìs com igual função, que, em sede do Decreto_ Lei n." 29/20Og,tiL' l5 tlir Iìcvcreiro, tôm sujeição a deveres várìos relativamente à adminis_tlrç'lìo lisclrl.

('lsalta Nabais, da Escola de Coimbra, indica que a relação Íìscal,vislrr tlr rrrn plano mais amplo, se desdobra numa relaçáo Íìscal em sentido('strrt() c ctìì relações jurídicas acessórias.

No primeiro caso, subsumível à relação de imposto, é, ainda, possívelr lrsr irLrri' duis tipos dc reÌaçõe-s. uma voltada para o Direito Administrativo,t( r(t() (otììo protagonistas aAdmìnistração Fiscal e o contriburnte num traçorlt"'(. . ) supremacia./subordinação em que aquela se apresenta munìda dor orlt'sporrdcnte poder admìnistrativo (um poder funcìonal ou poder/dever)1Ì rr ir rrplicrr as leis fiscais, praticando os correspondentes actos de autoridade('lr ltctos trchrinistrativos (...) nos quais se incluem os próprios actos dat .rr rPcrôrrc ia crn Adnr ir islr:r1'rì. [ìiscar no proccsso de execução fiscar.,, A outracotrsrrbsltrnciu-sc trrrrrlr rt.l;rr.lìo tlc lorrr obrigacional .,( .) cntrc a FazcndáÌ

4445

A lll | ^(,:^

.llrlril r| r I r r',r ^l

l'trbfica (tru lìisco) c o clcvcdor do inr;toslo. r llr r;r lt'l;rçlro r [. nittlt cllr p(ri!(írio,t'rn quc acluclzr não clispõe de qualt;ucr- lxxlcr tlt. irrrlol itlirdc, muito embolusc ja titular de um direito de crédito quc torìì do cat aclcr'ístico, Íace aos direitosrlc crédito comuns, apresentaÍ-se rodado de particulares garantias. (2r)". Ol'r-ot'cssor consìdera, ainda, que na primeira das relações apresentadas,rlosignadamente entre aAdministração Fiscal e o contribuinte intervém, ainda,r rrrra terceira parte: a colectividade, que abre, assim, leque a uma sub-relaçãotlcntro da administrativa, designadamente, de ordem constitucional entre oItstado e os contribuintes, obrigados ao pagamento do imposto, em sede doplincípio da igualdade, e atenta a inerente capacidade contributiva de cadar[ìr']ll.

Quanto às relações.juídicas laterais ou acessórias, refiram-se, a títuloc xemplificativo, a entrega obrigatória de declarações de IRS, nos termos(los art."'57.", 60.", e 61.", do CIRS; aprocesso de documentação .fiscul, tttlue se referem os art."' 129.", do CIRS e 121.", do CIRC; as declarações

lrlcvistas em sede de IVA, atentos os art."'28.", n." 1, als. a), c), d), e ), e fl, do(]IVA.

Mas se, na verdade, a relação j urídico-fiscal, compreende a relação clcirÌìposto, enquanto seu elemento primordial e fundamental, irnportará analisltrse o conteúdo específico da obrigação especíÍìca que a essa subjaz ou cprc

rlcla deriva e que, como tal, é devida aos respectìvos sujeitos passivos.Neste seguimento, refira se que a mesma provém da lel, ou melhor'.

lcsulta ex /ege, e não da vontade das partes (rr). Tal resulta, aliás, do art." 36.".rr." I, da LGT, que refere que a relação fìscaÌ se constitui com a verificuçiìotlo Íâcto tributário. A kttere, trata-se de uma obrigação d.e carácter;;tíblitt,lcgulada, como tal, pelo Direito Público, podendo ser imposta coerciv:Ìtììctì tr..

independentemente do acordo das partes. E uma obrigaçào indispott írt,l.

I r1lr JOSÉ CASAI-TA NABAIS, .Dlretro t Ìstu!, ob. cit., ptígs.21t e 212.

'rr (7):JOSÉ('^SAI:f NABAIS,,Dl,"ii) Í isttl, ob. cit., 1.ttigs.212 e.r.r.. C'r: PEDRO SOAIìl rt;N1^lìTlNEZ. I)iliito Iiisc:rl. It)()3. lrríar. /ó3 r,.r'r..

' " I)tirrí1tirr rIr Ir'r'lIrrIrr,ii lri:trrl

( r^iìr r, l'|^ |r I | , tt rt v ! f,

il)ccl() cssc (llr(. r(.sltltr rkr :rr.t_,, 30.,', n.,'2, tl:r l,( il: ..O cródito trihutírrio óLrlispolrívcl, sti ;xxlt lrtlo lixar se condiçõcs l)ara :l sua redução ou extlnção)rÌr rospctto pclo pr.irrc(rio da igualdade e da logalidade tributária.,,E, emrrr ligor, do art." tJ5.". n..'3, do Cpp! ..1 _ Os prazos de pagamento volun_lio dos tributos são regulados nas leis tributárias. 2 Nós õuro,

"rn ou. u.

is tlibutárias não estabeÌeçam prazo <1e pagamento, este será de 30 dias apósrurtilicaçào para pagamento efectuada peÌos serviços cÕmpetentes. j : Arnccssão da moratória ou a suspensão da execução fiscal fora dos casos pre_slos na Iei, quando dolosas, são fundamento de responsabilidade tributtíriabsirliríria. 4 - A responsabilidade subsidiária prevìsta no número antenor'pcndc de condenação disciplinar ou criminal do responsável.,'. E uma obri_rç;io tituÌada, justamente porque, conforme se retira do art." gg.", do CppT.rilc as suas certidões de dívida. Casalta Nabais considera, ainda. que serlrr tlc uma obrigação exequível e erecutiva,pirme:r:o, porque o acto tributiírioo sc rÌssume como autoexequível, depois, visto que a sua execução nãolri na subserviência de adicional p runúncia afora aque vai estabelecida emtlc tlo acto tributário. Neste seguìmenro, é. outrossim, uma relação obriga_rrurl scmi-executória, na medidaem que a execução se processa nos serviçostÌ ì i rÌ istrativos das finanças ou nos tribunais tributários (2a).

AnaÌisando, agora, o plano da titularidade activa da relação jurídico_s( írl, portanto, o sujeito activo da obrigaçào fiscal, informa o aÍ." l g.". n.",' -Ì. da LGT, que, " l - O sujeito activo da relação tributária é a entidade delrto pútblico titular do direito de exigir o cumprimento das obrigações)rìliirias, quer directamente quer através de representante. Z _ euãnão o('rlo activo da relação tributária não for o Estado, todos os documentosritirlos pela administração tributária mencionarão a denominação do sujeito

I)cntro do espaço destinado à titularidade activa, Casalta Nabais entende.'tlcvcrão ser tidas em conta diversas circunstâncias:

I)osclc logo, o sujeito activo há-de ser detentor de p oder tríbuttirio, noìlr(lo (luc de que o lcgisÌador cstá especialmente autorizado pela CRp para.|| rì\ itÌ)po:los c regrrllÜ.,'.crr regime.

(rr iOSli('AS^t.t,\ N \|l\t:ì ttttt.ìrrl.i.ttrt[,olt.tìt.,prtí,!.2-5-ìa25J.

4/

A1,,Ar) llllt Ì't" ' I L AI

fÌl rrrrtlo lado, o sujeito activo hii-clc posstir comltetênciu trihtrtãt ìtt.r lt sitrrlrclanrcntc prcvista nos vários momentos do imposto, consubstanciirtlosrrrr llrrrçarncnto, liquidação e cobrança do mesmo.

'lìrrrrbém o sujeito activo terá que dispor de capacidade trihuÍririu, ol';r'1u, tluulidttde para seÍ ou assumir a posição de sujeito activo, desta Ícita.r Ir lcluçi-ro de crédìto própria da relatlajurídico-fiscal. lnforma, a este respcitr ',o :rll." 16.", n." 2, da LGI que, "Salvo disposição legal em contrú'io, tcrìÌr rrpucidacle tributária quem tiver personalidade tributária.", sendo que, no: rr t." | 5.", da LGT, se indica que, "A personalidade tributária consiste nt l'us( cl)libiìidade de ser sujeito de relações jurídicas tributárias.".

Finalmente, o sujeito activo é o titular da receita dos impostos (creclorrkr inrposto), nomeadamente, a pessoa colectiva de Direito Público, que óIrtrrllr de um interesse final, que vem a ser afiançado através do pagamentorkr irnposto. Com efeito, ser-se sujeito activo pode não significar, ncccssrrliamente, a entidade que determina a criação do imposto, mas sinl qucrììst' jlr titular do direito de crédito correspondente ao mesmo í25).

Quanto àtitularidade passiva da relação jurídico-jiscdl, referc () :u t."ll"i.", n."' 3 e 4, da LGI que, "3 - O sujeito passivo é a pessoa singulur orr

L olcctiva, o património ou a organização de facto ou de direito qlrc. r"\tt lrnos da lei, está vinculado ao cumprimento da prestação tributária, se.ja corrrot ontribuinte directo, substituto ou responsável. 4 - Não é sujeito passivu tlr rt.rrrí/J Supofie o encargo do imposto por repercussão legal, sem prejuízo tkrrlilcito de reclamação, recurso ou impugnação nos termos das leis tributiililrs.,) Deva prestar inÍbrmações sobre assuntos tributários de terceiros, cxibir(l()cumentos, emitir Iaudo em processo administrativo oujudicial ou pcrntitiro iìcesso a ìmóveis ou locais de trabalho" (2ó).

Assim sendo, o contribuinte directo é aquele em relação ao qual imp(,rliro lacto tributário e, como tal, é no seu património que recai o pagamento clc

' (Ít: JOSÉ CASALTA NAIIAIS. Dìreìto Físcal, .)h. Lit., p(ígs. 255 e 256.

" ( /r: V f'fOR I;AVlillìO. (l ,1. rtrrtrr 1o do Contríbuinte. A Pessou tlo Contrihuìnte no Ijtr rlo\,,t irtl lt' l)itt,itr,, ( rrirrrl,r';r Ììlitrr|rr. l(X)2. ALBER'Ì'O XAVIER. M.4,.r/ dc DÌr(iío l ì\t\tl.I i:borr, l()7.1,7,,r'1r ir i,' "

t)lt!t Ìt() |tì(:^t ( r^t ì( )r, | ,t !^ | ii r,, |l , jtVÌrr,,

r ir l r lx'lo ilr r ltoslr). csliÌtì(lo sc ou tìlÌo llct.iuìl(, o tlt,vr.t k l . ( 'ortt cÍcittt, Dodcmos'slir iuìt(' rrrrr dcvcdor clir-octo, originário, pl-ilrt.ipirl c tlualilicado, a quem,,iir tlt' r'ctr:r, sc cxigo, c valha a verdade, se espcra, o pagamcnto do imposto.v4rrs lrrrrbórr r succdo cstaÌr-se zìnte um sujeito passivo que pode não ser o devedorlc rìrlx)st (Ìr,q., ncste caso último as Sociedades abrangidas pelo Regime deìrrrrsp;lôlrt iir Iriscirl - art.,,'6.. e 12.., do CIRC).

I rrrr rcl:rçiìo los substitutos, ou devedores secundários e indirectos querr x h'rr r st'r chl rì ì:rtkrs pela Administração Fiscal ao cumprimento da prartuçào( rrìl)osto. l)illr o urt." 20.o, da LGT, atentos os art.".33.. e 34.", do da LGT.r( l A s u lrst ilrriç.rìo tributária verifica-se quando, por imposição da lei, ar lr, tr rr, rro trilrrrtririir lì rl c x igida a pessoa diferente do contribuinte. 2 _ A subs_r'r. r( ì rr lr rr:rrir ri t'li't'l ivada através do mecanismo da retenção na fonte dott|,'.lr,,l|r rrl(ì '

N( ,.t(.'i (l{)rÌì ìio\. Porlcrtros indicar como exemplos os casos previstos.,,,ìrt '1)()".rhr('lllS, 102.,,, clo CIRS, art." 94.., n." 1, al. c) do CIRC.

( ) rr.slrorrslrrrr.l, ou rlevcdor acessório está obrigado em função de umrr( ulo l(.1'irl. rrrrritrrs rllrs vczcs clccorrcnte da assunção de uma posição deiltlllìl('('lìÌ tr'l:rçrrr o t rrtrrll|-irncnt0 da ObrigaçãO(27r.

1,, sL., plll cli'ilos dc tloterminação dos sujeitos passivos, é líquìdo que. j;rrrr pr.ssorrs sirrgrrllrrcs, o art." 18.", da LGT, faz referência às pessoas co_'( rrviìs, rììl)()rr1rìtl. subcr se as pessoas colectivas de Direito público podem\srrnl cssc llrpcl. Or-a, nrediante uma leitura atenta do art.. 2.". n." l. do'll{(',;r:lccc lros clue sim. Não obstante, parece-nos problemática a circuns-rrrc irr tlc pcssols colectivas de Direito público serem, pelo menos, teonca_r( r lc. sulcrtos passivos de impostos próprios, de que são, como tal, sujeito'I ivos. lt d izomos tcoricamente, porque, na prática, Õ legislador estabeleceut'rrr,'ircs vlíl ias, como as que vemos estabelecidas no art.o 9.", do CIRC, emrc is('tìlit. o l]stado, as regiões autónomas, as autarquias locais, as associações

' l)( r\( sc. lrirrcla. Lrrrr;r relirirrt.rrr :r oLrlros dcvedores rìe imposto. mais concrelantenle o\ ( ,1(ìi \lrrì( r vcric'r(

'rr rk rirrrrr. r'rrr r:rzrr.rlir atr.rc cl. devcdor or.ig inriri.: o {r/.-.essor.

49

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^(.1^( ) ll llrll rlr r ) | l"( Al

tlc rrru nicípios c :rs irrslilrrições dc segurançâ s()c iit l, (;ut' irr rllcdclrr quc se vclil i

(tuo. cm tenìì(ìs irrrcdiatos. uma entidade scr dcvcdora o crcdora da ntcslnirobligação.

Aqui chegados, um outro aspecto de peremptória importância pende porcsclarecer: a capacidade e personalidade tributá-rias dos sujeitos passivos(28).

Informa o art." 16.", n." 2, da LGI que, salvo disposição legal emcontrário, tem capacidade tÍibutária quem tiver personalidade tributária, pelo(lue no art.o 15.", da LGT, se indica que a personalidade tributária consiste nasusceptibilidade de ser sujeito de relações jurídicas tributárias.

A este propósito, analise-se, desdejá, o plano do Direito Civil em sedcrlos conceitos de capacidade e personalidadejurídica para, depois, aplicarmostuis ensinamentos ao Direito Fiscal e à relação jurídico-fiscal e percebermos,rrí. qual a extensão ou limites de actuação dos mesmos.

Manuel de Andrade considerava que personalidadejurídica é a "idonei-tlade ou aptidão para receber - para ser centro de imputação deles - efeitos

lurídicos (constituição, modificação, ou extinção de relações j urídicas)". t:"'.

Assim sendo, a primeira consiste na aptidão para ser titular autónomo dcrclê9açf_i-uídiç4s. Na opinião de Mota Pinto, "esta aptidão é nas pessorìs

singulares nos homens umaexigência do direito ao respeito e da dignidadcc;ue se deve reconhecer a todos os seres humanos. Nas pessoas colectivas, trata-se de um processo técnico de organização das relações jurídicas conexionadas

coÌn um dado empreendimento colectivo.!' (:r0). A segunda, por sua vez,rcsume se à possibiÌidade jurídica inerente à própria aptidão para ser sujeito

dç-IqlêçÕssj-udd1çês. Refira-se, aliás, que o artigo 67.'do Código Civil legi-tima esta mesma inerência (definindo, implicitamente, a noção de capacidade

':rr Por uma questão sistemática, anaÌisamos, neste passo. mais aproÍundadamentc as noçõesde capacidade tributária e personalidade tributária, emboriÌ os ensinamcntos legados possamrrplicar-se, com as devidas adaptações, ao plano da titularidade activa.

ar /a MANUEL DE ANDRADE, Ieoria Geral da Relação Juridica, Vol. I, Almedina, 197,1,

7rri3s. .ìíl e s.r..

*" /rr MOTÂ l'lN1'( ) "'littritt ( itrul tht Direío cili1", 3.'Edição rcvista e actualizada, CoimbraIilitott. l{)()(). 7,ri,; /()/

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jr rr'ít lit ir ), ir' p'ccc ilLr:rr tluc "as pcsso.s lxrtlc rr r se r. sr je il.s clc quaisq ucr. rcla_ç'ocs .jLrrídiclrs. slrlvo disposição legal enr corrt l.iil.iri'. , ,rl

Cirrrr clcito, u per,unalidade trìhuttírìa consiste na idoneidade parascr strjcito de rclaçõcs jurídico-trib utárias. AcapacirÌade triburtiria, de gozo,fcsunre-se na quaìidade ou condição jurídica de ser titular ou sujeito de rela-çÕcs.juríclico{ributârias. A capacidade tributtiria, de exercício, é a capacidaderlc plodução de efeitos jurídicos, consubstanciada na medida dos direitos erlcvcrcs que cada sujeito pode exercer autonomamente.

PeÌa nossa parte, entendemos que o Direito Civil, embora Direito privado.lt'vcla-se um eÌemento de apoio fundamental para a determinação dos con_cL'ilos de personaìidade e capacidade tributárias.

De todo em todo, se, as mais das vezes, quem dispõe de personalidade;rrirlica, civil, é iguaÌmente sujeito para efeitos fiscais, não deverá generalizar_rt lrrl aÍìrmação. Na realidade, inúmeros casos se verificam, no terreno do

l)rrcito Fiscal, de entidades que dispõem de personalidade jurídica e não sãosrrlcitos tributários e outras em que se verifica o oposto.

Veja-se, quando à primeira situação, o disposto nos art.,'* 6.. e 12.., do('llìC, em que as sociedades respectivas dispõem de personalidade jurídica,scrrdo, contudo, os seus sócios, os sujeìtos tributários, via de regra em sede

, .I ..-I: 1r]l-!é*: *erca da djstinção entre personatìdade e capaci<ìacle jur.íclicas, HEINRICHlllllìMANN. Das Persônlichtkeitsrecht, Colónia, 1961, lttigs. t2g e ss., pETERs( IIwERDTNER' Dts Pe rsiinrichtkeits ì echt in trer Deut.çche, Zìvírìcht, Berlim. schweitzcr,lt)17, 1rig.r. 54 € s.r. e, linalmente, entrc nós, ORLANDO DE CARVALHO , para un,t Teoria,ht lltlaçãoJurídiutCÌvil,I,ATeoriaGeral tla Rektçin Jurítlica, I, Coirnbra, Centeiha, l9g|,lrir. l-5.

"'(7;:Art.'2.',doCIRC."l-SãosujeitospassivosdolRC:zr)AssociedadescomerciiÌisoui i\ is \ob forma comercial, as cooperativas, as entpresas públicas e as cJemais pessoas colecúvas,li rlilc'ito público ou privado, com secìe ou difecção Jftctiva em território português; ,) As' rrtitlutìcs desp:.vidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efèctiva eìn territórioJ).r lÌrguês. Úos rcndinìentos ììão sejam tributáveis eDì imposto sobre o rendiìncnto das pessoas

'rrrlrrlu'c.s (lRS) ou enÌ inÌposro sobre o rendimento cras pessoas colcctivas (IRc) direciamente

rìir rirLrlaridaale de pcss.lrs sirgurirrcs .u coìectivas; r') Ai entidades. com ou sem personaridadeJrr r(lrrrì. (lLrc nao 1crìhlrrr sct le rrt rrr rlirccçã. cÍectiva cm territór-io português e cujtx rendimentosrrcl. .hrickrs nii{) est(,:rrrÌ srrji irris :r llìS 2 con\iderirìr-se incluídis na atínea ã) tìo n.. l.r li :irtttltrlrttrrcrtle. trs 1r(.ri t( iri ll{ r'ìrt(.\. trs prssolrs colcclivas em relação às quais seja tleclar.ada,r trr;rlirlirLlc. ls l\\(Ì.r.rr.{x , ..,r rr.rll[,r eivis sr:,rtr pcrsonalidacìé jurí<Jica c as sociedaclcs

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r lc llì S. l)o scgu rrdo. inclicluern-sc lrs crr I it lrrt k.s t.lt.r rt irt lirs rx r :rr.Ì.,' 2.,,, clo (l IR( '

r1rrc. não tondo pcrsonalidadc j urídica, siìo srr.jcitos pirssivos tlc lRCi,r).Il pcgando justalnsnte nesta exposição procedente, somos remetidos,

,lc ilncdiato, para o caso prático em questão, que enuncia a situação fácticar le I iduardo Monteiro de Barros e Henrique da Silva Fernandes, que constitì"tiI ir rìì uma Sociedade de Advogados, Monteiro de Barros, Silva Fernúndes e,ltsociados, RL, figurando como Sócios de Capital.

Ora, dispõe, a este respeito, o aÍ." 6.", n." 1, do CIRC, no plano destinado:r'lì'ansparência Fìscal, que, "1 - E imputada aos sócios, integrando-se, nosl('nì.ìos da legislação qus for aplicável, no seu rendimento tributável parar'lcitos de IRS ou IRC, consoante o caso, a matória colectáveÌ, determinadarì()s termos deste Código, das sociedades a seguir indicadas, com sede ou,lilccção efecúva em território português, ainda que não tenha havido distribui-r-;ro de lucros:

a) Sociedades civis não constituídas sob forma comercial:

á) Soc iedades tìe profissionais:

c) Sociedades de simpÌes administração de bens, cuja maioria do capitalsocial pertença, directa ou indirectamente, durante mais de I 83 diasdo exercício social, a um grupo familiar, ou cujo capital sociaÌ per-tença, em quaÌquer dia do exercício social, a um número de sóciosnão superior a cinco e nenhum deles seja pessoa coÌectiva de direitopúblico."íI).

,,rrrrercìais ou cjvis sob forma comercial, anteriormente ao rcgisto <ìel'initivo. 3 paÌa efeitos,l.slc Código, consideram se residentes as pcssoas coìectivas e outras entidades quc tenham ar'tlc ou a direcçio efecÌìva em território português. Qi, para mais desenvoìvimcntos, JOSÉ( ASALIA NABAIS. [)in:ito F isLul, ob. t it., ptígs. 259 a 301.V, pura um esrucÌo mais completo,llllìNANDoSAINZI)lìBtJ.lANDA.lncapttìdadtributóriudelosentescolectivosnodotu.lo',l, 1n'rs.ttttlìlul in ll.titttrlrtclcratltt: itttrodtrcción t de rec lto .[in.nc ie ro tle nue.\tro tienpo,Nl;rLllicl. Instituto,I lrrtrrrlios IÌrliticos. 1962.".

"' SLrblirrÌrruìo rro.,,,

\l ( r^r ;t rr , l !r tA I t' '" |lt IrtV||),

l)csllrtlrrc sc, igualrlcnlc, o art." 11.,,, tkr ('ll{(', tlrrc intlica quc: ,.As

sot ictlrrrlcs c outlas cntidades a que, nos tcr.rrros tkr :l.ligo (r.", seja aplicávelo rt'girnc dc transparência 1ìscal não são tributadrs cnt IRC. salvo quanto àsI r ilrrrllrçilcs itutt-tn<tm19." ar.

Vcja-sc, ainda, neste contexto, o Decreto-Lei n." 229/2004. de l0 deI)ezerrrrlrlo, que estabelece no seu art.o 1.", que, .,1 O presente diptomat'sl:rbclce c o r-e gime jur'ídico aplicável às sociedades de advogados. 2 Assr x itrlrtlcs dc advogados são sociedades civis em que dois ou mais advogadosrrt orrlrrrrr rro qlcrcício em comum da profissão de advogado, a fim dert prrr I ir r'rr r crrlrc si os respectivos lucros.", acrescentando o art." 3.", do mesmor lrplon r;r [.1grrl, r1uc, " I As sociedades de advogados gozam de personalidade;rrrrrlrr':r. st.lrrkr csta adquirida a partir da data do registo do contrato der,rx rcrlrrrh.. .Ì l,ckrs actos praticados em nome da sociedade até ao registoIr'L|ì(,||(I{ rÌì solit lirliarrcnte todos os sócios. 3 _Após o regìsto do contrato, a,..r r.rl;rrlt ;tssl,ììc os clireitos c obrigações deconentes dos actos praticados( ltt t,( tl 0tìÌ('."iÌ'r.

Nrr vt'rrlrrtle. c arìlc o exposto no Decreto-Lei n-" 229/2004. de l0 del)r'zr'rrrllrr, srrblìnhc sc que as Sociedades de Advogados são, efectivamente,( rr l(.r'rììos (.()ltstilulivos. Socieclades Civis.

| )t' totlo clr r lodo. citc-se o art..6.", n..4, do CìRC, que chama a atençãorlt r lr rt'. "l'irllr c lc'ikrs ckr disposto no n." I, considera-se: a) Sociedade de profis_srorìirs ir sociotlade constituída para o exercício de uma actividade profis_siorrrl csyrccilicarÌtentc previstrÌ na lista de actividades a que alude o artigol51." rkr ('ridigo do IRS, na qual todos os sócios pessoas singulares sejam

I rrr rl issionais clessa actividade."I)l lcitura destc artigo, vemos que o legislador, para eÍèitos concreta_

rrrt rrrr I iscais. pretendeu aqui incluir ou abranger não as Sociedades proÍìssionaistl).\!, lt t( t(,, rrras sim as Sociedades onde se vertftqtte o ere rcício de actividadesltntli:.tìtuuris, rìomeadamente as elencadas na portaria n." l01l/2001. de 21

' Srhlitìlìit(lo nossl). (ì)rìx) lribltlir\ir(, lu{oÌloÌlla.,.. r,,l.r.l. r r r |

' r r t : r r ,

. i , , rr'.,,|, ,1,. Ili'' SrrhlirrlrtrrÍo rrosso

l);'

inJirlucm-re ,)\ au\lo\ cr'tn \ iitltr.l. da

,.iÚrl.rt!. rlÌrh 53

Alll l^(,:^().lllltitIr,r, | ,r Al

rlc Agos(o, clriurlrtlrr lr irrtcrvir ex vl art." 151.", tlo ('lRS, c onde surlicnì l)rc-( is:unente os Advogados.

Por conseguinte, ao abrigo dos art." 6.', n." 1, à1. b), n." 4, e 12.", tkr('lRC, facilmente concluímos que as Sociedades de Advogados são, assinr,lÌcste traçado, ,to ciedades de P rofissionrzis, obedecendo ao regime aí previsto,pclo que, pese embora terem Personalidade Juídica, serão os seus Íespectivo\sricios os sujeitos fiscais passivos, pelo que a matéria tributável da Sociedadcscr-lhes-á, assim, imputada, desta feita, em sede de tributação de IRS.

Em jeito conclusivo, de índole teórico-prática, legue-se, na matériairindarespeitanteàcapacidadeepersonalidadejurídicasquevertemosrcinì,(lue, no caso de incapazes, o art." 16.", n."'3 e 4, da LGT, se pronuncia noscntido de que, "3 Os direitos e os deveres dos incapazes e das entidadcs

tantes, desìgnados de acordo com a lei civiÌ, e pelas pessoas que administrcrììos respectivos interesses. 4 - O cumprimento dos deveres tributários pclosincapazes não invalida o respectivo acto, sem prejuízo do direito de reclarììil

ção, recurso ou impugnação do representante.", sendo que, na hipótcsc (lc

lgrcgado familiar, o art." 16.', n."' 5 e 6, CIRS, indica que, "5 - Oualqucr tloscônjuges pode praticar todos os actos relativos à situação tributária do agr(,

eresses de outro cônju[c.desde que este os conheça e não se lhes tenha expressamente oposto. 6 ( )

conhecimento e a ausência de oposição expressa referidas no número antc|ior

l)rcsumem se, até prova em contrário." [ó).

" SUblìrìlìir(11) rì(ìs\i,. ( /):. Irrr lì ruais tle scnv()lvirncnkrs. JOsÉ CASALTA NABAIS. Dt"tti,l iv rtl. olt , ìr . tltti'\ '\'i ,i tt)l

I. (;ARANTIAS DOS CONTRIBUINTES

Caso 1

. Meios de Impugnação dos Actos Administrativos

. Meios de Impugnação Admìnìstrativa e Judicial

. Reclamação Graciosa

. Recurso Hierárquico

. Revisão de Actos Tributários

. Impugnação Judiciaì

Em Abril de 2010, Adolfo Morais, distinto comerciante na áreatlas gasolineiras há mais de 30 anos, recebeu no seu domicílio Íiscal' .rr7o

rra cidade de Portimão, uma notificação da Administração Tributári:rpara proceder ao pagamen d de imposto adicional incidente na suiractividadeeconómica. /

Contudo, o contribu\nte ficou surpreso com a notificação daAdmi-rristração Fiscal. Desde logÇpelo facto de ser a primeira vez que Íbraruotificado para um pagâmento de um imposto adicional no seu ram()proÍissional, e, segundo, visto que, de acordo com o que lhe comunicarao seu contabilista, os impostos relativos ao exercício da sua actividadcencontravam-se todos regularizados. Mais estupefacto ficou porque unotificação da Administração Fiscal não tinha descritas quais as razòes

.justiÍicativas em que se consubstanciava a cobrança do predito imposto.Ante o exposto, e da conversa que teve com o seu contabilista,

Âdolfo Morais concluiu que não deveria efectuar o pagamento do res-

lrcctivo imposto adicional.

57

t)[ ltl) t ri|^t í]^rLrr, t,|l^|r ,, |Ì ,llvtr!)l

ír) | nìagine, cn(luanto causídico dc Adollìr, rlrrc ó contactado por esten.l:rlivamente aos Íactos descritos em epígraÍ.e, que solução lhe ofereceria?

Quitl Juris?

Proposta de Resolução:

z) O caso em equação remete-nos para o estudo de uma matéria de.rrrr.rtlirriír'ia importância no âmbito do Direito Fiscal: garantias clos contri-|) ìt('

Irrrlxl tar-á, neste passo, atentar ngsta matéria tgórica, e, outrosslm, na, rrrsrrllr;r('ìo lcgal e doutrinal em que a mesma é tratada, havendo necessidacÌelo srrpotle tla lei e da cognição dos cloutrinadores para oferecermos umaL sollr('iì() cabal ao caso em questão.

I)cstaÍc, nas palavras de Henrique Freitas pereira, constituem, assim,'ru irìtiits dos conlribuintes "(...) quaisquer direitos que tutelem o contribuinte,'rì(llriur(o tal e Íace ao Íìsco, e que sejam vinculantes para a actuação deste.Irìlir sc seÌnpre de dir.eitos de protecção ou defesa, estandolhes associadarrrr itlcia de Ìimitação ou de compressão da actividade estaclual no camporilrrrllirio" 1rr).

Scguindo a esteira de Casalta Nabais, da Escola de Coimbra, cujos seush rrrlos cnsinamcntos perfllhamos, aqui e aÌi, nesta hipótese prática, pòdemosu rurÌÌar lÌs garantias dos contribuintes em dois grandes espaços.

I)rr um lado, encontramos os meios impugnatórkts, onde se inserem osrL'r rs ilnpugnatórios de natureza administrativa ejudicial, que se consubstan_irrrr r crrr "mecanismos de carácter sueessivo ou répressivo, através dos quais

,s (.orl|ibuintes atacam ou contestam actuações da administração tributárial, osr.Ììr outro f ado, tcmos os m eios não impugntttórìo.s, oncle se inscrem um con_Lrrrlo tic tlireitos que os contribuintes têm à sua clisposição, por forma a

irr MÂNltlll. IlliNRl(.)t rÌr l)l)ltt).I'tir\ )9t ( )9()

' /rr l()Sll( 1\SAl t,\ N \||i\ts

Ll

I IÌ Ir I'fAS PEREIRA . Í ìy ulitltttle, 3." Ediçao. AÌrnedina.

I)n, ìtt) I i.\itl.5.' E(lìçaro. Almcdin it,2010. ptig. 369.

59

I ll^r, Ix |, i r rt||rlt||/lÌlrI

'r'v ilrrt ou l)fove n if a violação ckrs scrrs tlil t'il( )s ( )u ilt lct cslios legalmcntc pro-t(,ii(l()s".r]'iJ.

Cin interesse para o caso em equação, analisaremos, mais espccificarì( rìlo, os rneios impugnatórios que o contribuinte tem a seu dispor.

-fal-qualmente se referiu, os referidos meios impugnatórios estão ìrrlislxrsição do contribuinte sempre que este, com íz rdtio justificativa que lhcgrr rssrr assistir numa hipótese concreta, pretenda reclamar, impugnar ou recorÍcr, lr' t;ualquer acto praticado pela admìnistração tributáÍia que atente contra osr lircilos ou interesses que a lei confere protecção. ReÍìra-se, porém, que cstcrlrrrth-o normativo está configurado na distinção de duas grandes figurasrrrrprrunatórias:

Se, por um lado, temos os meios impugnatórios administrativos, por, 'rrtro hdo lemos os meios impugnatórios judiciair ou jurisdicionais.

Como resulta cÌaro da enuncìação dos meios impugnatórios descritos( lf ì cpígrafe, estaremos deÍionte os primeiros, meios impugrutt(trios administru-// r'r),r, quando o sujsito contributivo se dirija, em temos ìmediatos e directos,rr Adrninistração Tributária para esta possa conhecer ou reapreciar aquilo,lrrc ó peticionado pelo sujeito passivo da relação tributária. Noutro pólo,( sliìlcmos perante os segundos, r?? e ios impugnatórios judicittis ou juri.stlicitt// rii.r, quando o rnesmo sujeito requeira ao tribunal competente o conhecitììcnlo,li ccÍa ilegalidade em que se funde o acto praticado pela a4minìstração tribrrtiu i:ì e que, além disso, seja lesivo dos seus interessesdu dirdjtos legalnrcntc

lrrolcgidos.Desta parte, importa, agora, analisar, quais os meids impugnat(if i()s

:rìrrinistrativos mais Íiequentes que o contribuinte tem ao seu dispor:

a) Reclamação graciosa o contribuinte dirige a reclamação do lìctotrihrrtírrio ao órgão periférico regional da administração tributária (Dirccçrìo

,r.IOSE CASALfA NAtsAlS, r;b. t ìt., 1ttíg. 369. Otros au()res. entre os q uiÌis clcstircarrl rs

lll N lì IQUU FREÌTAS PEREIRA, Fi.r.d1idule, oh. dt.. 1tãgs.29.5a-127,apontamparaaclislr rr'irr ì cntrc !âfantias materiais dos contl-jbuiiÌtes, onde sc inscre o coniunto dos clireitos quc os

t,.rlitrrlures têm Íacc à administração tribrLtáril (di|eito à inÍbrrnaçio, ÍìndâÌnentâção c notilr, ir( r( ) ) c. rìoutr-(l corÌedor, as garantias adicctivo-processuais (ug.. ardiência prévia. r-ccllrntaçao, ,r, rosrr. irnpugnlção i0dicial).

t)||lt it() |:íj^t o^lí )r, t'|l^||(,( ),, i( ,,r)tv r( ):ì

(l(' Iìintìlìçrs) cotììpctcntc, sendo esta, <Jopois, instruída, quando a natureza dart'clrrração ussirr o obrigue, pelo serviço peritërico local (Serviço de Finan_ç':rs) tl:r irca do dornicílio ou da sede do sujeito passivo, da locaÌização doshcrrs ou cla liquidação onde a mesma deve ser entregue, visando a sua anulaçãotrrtrrl ou pzu'cial (ql art.,', 68.", n.' 1, eJ3.", n." 1, do CppT).

lìste procedimento administrativo é marcado pela simplicidade nat'x;xrsição dos fundamentos e na celeridade da apreciação do carácter diri_rrrt rrtkr cla rclaçãojurídico-tributrária, e, por norma, não conhece efeito suspen_srv() ir lìfonos que o contribuinte preste garantia (.Cfr art) 69.., do CppT).

(JÌriÌtìto aos prazos para este possa exercer o dìreito de reclamação, al('r irlx )rì trì colìlo limite o Ìapso de tempÕ de l20 dias, nos termos do art." 70..,rr " l. rkr ('l)l)'l-, contados a parlir de alguma das circunstâncias previstas no.rr | " lo.Ì ".

"." I , du CPPT,ot), e tendo por base aÌguma iÌegalidade adveniente

r lr r :rt l. lr ilrrrttirir), nomeadamente: quando este concentre uma eÌ:rónea qr.rali_Irt;r('rro( tlrrtrlrlìficação dos rendimentos; quando o acto tributário não estejarlt r ir lrrrrre rrlc lìrndamentado em moldes legais, e quando haja existido a clis_

lx nsrr r lt' vcr-il icabilidade de formalidades essenciais que a lei defina como inclis_p( rsiìvcrs orr quando o órgão que emanou o acto não seja competente para asLrr lrrilicir (Clr art." 99.", do CPPT).

Scrrrprc que a admìnìstração seja pelo não provimento, totaÌ ou parcial,r ll rcclirrrração, o contribuinte pode lançar mão, no prazo de trinta dias a contarrlrr rrolilictção, de recurso hierárquìco facultativo (ff art." 76.", n." l, do CppT)()u ol)llÌr pela irnpugnação judicial do acto em crise no prazo de quinze dias\ ( 'li. ,rrt." I 02.", n.' 2, do CPPT), nada impedindo que o recurso contencioso,rcorra apírs a decisão do recurso hierárquico quando este haja sido interposto

,\r't " l0l.', do CPPI I - A impugnação scrí iÌprescntada no prazo de 90 dias contaclos alì:rrlr (l(rs luclos sctuintes: a) Termo do prazo pal.a paganlento voluntário das plcstações1r lìÌrrirfills lc-1.Ìitlnleìlle notificadas ao contribuinte:rJ Notiijciìção dos restantes actos trillLrtáfios.r r( :.r r() (lrrìn(lo niìo clêenì origeìn a quaÌLluer iìquidaçlio; .) citação dos responsáveis subsìdiários, .r Ir.ecss, dc exccução liscll: r/) Fo.mrrçì,' da p'e.unç.ìu de inclctinnient. táciÌo; c) Notili, rrç:rri rlr:' r-csllntes ackrs que posslÌrì sc| objecto de impugnação autónoma nos termos desteI ( )(lr!(Ji/) ('(nrlÌccinìcrìr() dos lìcr()s lesivos dos interesses lcgalmeÌÌte protegidos não abrangìd.srr\.lirìcir\.r)rcriofcs. f l'lnrcrrs.ri ìnrìc lèr'inrcnto de rcc lamaçiro graciosa. o prazo clc impug-rrt(rtoselritl!'15(lilsirlnisiìur)tìli.lçiì(). ì Sco lìrndiìrÌÌento fbr a nuÌidadc, a irnpugnação poJes, r'rI tlrrzirlrr ir l(xlr) (ì l( tììl)1). | ( ) (lr\lxìst() ncslc irrligo rão prcjudicu r)lìlf(,\ lìritlos espccllrslr\r(l(ìs tì.\lt' ( (j(li1'r, d rì(,Itri|, lL.r , r r i I I r r t I r r i I r s . .

1ì^lì^NIIAS IJO:ì (;( )N | | lllìl 'lN

I I I'

\( lr rrt." 7(r.", rr." 2, clo CPPT), embora, aqui, o prazo seja alargâdo pariÌ

rf oventa dias por Íbrça da aplicação do aft: 102.", n.' 1, al' e) do CPPT'

á) Recurso hierárquico - o contribuinte interpõe Íecurso hierárquico

( oÌï vista a qlile o "mais elevado superior hierárquico", ou em quem estc

tcnha delegado competência para a prática do acto, do autoÍ do acto tributário

plin'rário, volte a submeter a apreciação os fundamentos motivadores' O

rontribuinte deve reclamar do acto no prazo de trinta dias a contar da notifictr-

ç' o, sendo, assim, interposto ante o autor do acto apelado (C/r att'' 66'"' n "'

I c 2, do CPPT), e podendo estoutro revogá-lÕ total ou parcialmente no

l)r'azo de quinze dias, que é o tempo que a lei determina como essencial parr

,1ue este suba para o superior hierárquico, onde desenvolve os seus ulteriores

rcrmos (Cf,: art.' 66.", n."' 3 e 4, do CPPT)'

Este recurso assume, com efeito, natureza facultativa e, quando corrc

os seus termos. tem efeitos meramente devolutivos, a menos que a lei disponha

crn sentido inverso (ffr aft." 61 .", do CPPT).

Quando a administração não se pronuncie no prazo de sessenta dias'

ou. pronunciando, indefira a pretensão do contribuinte, pode o mesmo recorrcr

aos tribunais para ver resoluta a questão decidsnda (Çìr art'" 66'", n'" 5 c

lrt.o 76.o. n." 2. do CPPT).

c.) Revisão de actos tributários (ar)- este meio de impugnação adminis-

trativa ocorre quando o sujeito passivo tla relação jurídico-tributária, suscitit.

rcquerendo, junto dos seniços, a revisão de celto acto tributário na r4tio espe-

cífica de qualquer ilegalidade que nele figure, sem prejuízofé pòdcr seÍ sus-

citada pela administração tributária com fundamento em ent) da sua responsa-

bilidade. nomeadamente, na autoliquidação! no prazo de qüatro anos após a

liquitlação ou a todo Õ tempo se o imposto ainda não tiver sido objecto de

liquidação pelo sujeito passivo (C/,: art." 78.", n."' I e 2, da LGT)'

Se estiver em causa a revisão do acto por duplicação da colecta, o

prazo para peticionar a revisão é de quatro anos (Cfx aú'' 78 ', n " 6, da LGT)'

rLrr O Pf(ìtc\\or ('AS^l:l'^ NAIìAIS xdopliì il designação òe Reclanttrção c\lrtorlitt(irìtttttrot<ts lt tu,rli,h, ,1,. t t t t \ t,,. ( lt: tr .l( )sll ( As^l-1'A N^BAIS. Di"it.) Ãi!(trl, olt. L ir., lttigtÌ9,\. !r.. f Ìlir ||,'!,,r lìi l, tlttttl \'ttti1.;r{l()|rlrrrrr()srrlcttninologiadllci itp(}slll nir cPígrlÍc (lo

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rÌ t ltr ) l lric^l (j^rìí)r,t, ^

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csliìrì(lo o (li'ig('rrr('rìriixirìro de scrviç. irur,r'iz:rtr. (rc. a títuro cxccpci.nar,()rdonar â rcvisiìo tla nìiÌtériâ tributável quundo csl:r sc baste em erro gftNe (ttrtttirkt e tiÌl sc ntostre ofensivo, beliscando os direitos clos contribuintes,pclo Íacto de a mesma ser desconfoÍrne e resultar numa tributação demasiadoclcvada para o contribuinte, ou, doutra parte, desembocar num preluízo eÍèc_tivo para os cofres do Estado (C.fx art! 7g.", n.,,,4 e 5, da LGT)

Como acontece nos outros meios de impugnação administrativa, aclccisão de indeÍèrimento da pretensão do contribuinte ierá alvo de impugna_ç.ão atento o prìncípio constitucional rÌa tutela jurisdicional efectiva dosrlire-itos ou interesses legalmente protegid.os doi contrìbuintes prevlsto no1rt." 268.", n." 4, da Lei Fundamental da República(ar)e a disposição legalconstante do art." 9.o, n.. l, da Lei Geral Tributária.

Aqui chegados, analisamos, agora, os conteúdos temáticos afectos aosrt:ciqs impugnatórios judiciais ou jurisdicionais. Conforme se reÍêriu narrratéria anteriol iremos, somente, abordar os meios de impugnação.lurisdicio_nal mais relevantes, a despeito de existirem uutro, qu" artão prevlstos na leic são igualmente estudados peÌa tloutrina:

. a) Processo de impugnação .iudicial: como indica o nome, eÌnergetla demanda, em termos judiciais, de actos tributários praticaclos no enquadã_Inento ou contexto das relações j urídico_tributárias e que Ìesem os dircitos ouinteresses legalmente protegidos dos contribuintes ( Cfr. a:t." 9.",n." 2, da LGT).

Mas que tipo de octos poden ser impugnáveis jutlicìatm.ente ?

Segundo Casalta Nabais, da Escola de Coimbra, são impugnáveis os"actos tributários, isto é, actos de Ìiquidação dc tributos e, bem assim, de actosad rninistratìvos em matéria tributária que comportem a apreclação da legali_tlacle do acto de ìiquidação de tributo",' r.r.,r.

Esta irnpugnação atenta no pressuposto de que tribunal competenteconheça do mérito da causa, iniciando_se com a entrega da petlção ìnicial nol bun:rÌ tributário competente ou no serviço periÍérico loial donde o actopr-.veio, considerando se, para tanto, o dor,icíÌio ou sede do autor. lugar da

' (7i: JOSII( ,\ /\t | \ N,\tÌ \lS. t)in,ìro [:i.:tul, ob. (iÍ., t)úr. .]g().

'/r/ lOSlj(,\S.\t I\N\B\tS /,,//,//r, I.i:tttl. rit rìt.. Dti,!. 1t,\

c763

'.rtrrrç'iio rkrs bcns ou da liquidaçho collo lugal tla pllllica clo acto (ó/i: irll."lOì.",rr."'lc2,cloCìPPT).Oautordeveráidentificaroactotributárioob.icclo

, k' irnpugnaçãu c a cntidade que o emanou, concluindo, depois, pela exposição,l;r rrratória de /Zrctum et de jure que serve de substrato ao pedido formuladopr'kr autor, onde se indica o valor da causa ou a forma de determinação tlorÌ( srÌìo a realizar pela administração fiscal (Çl aft." 108.", do CPPT).

Quando a petição der entrada no serviço periférico local, este, no prazo,li einco dias, procede ao seu envio para o tribunal competente, mas, apcnas,( lrliflìdo ha.ja sido liquidada a taxa de justiça in icial (CJr art." 103.", n.' 3, ckr( 'l)l''f). Posteriormente, seguem-se os ulteriores termos do processo, corìÌr islrr ao conhecìmento do pedido formuÌado pelo autoÍ, qua tale consta, assir.n,

, I rs art."' I 10." a 126.", do CPPT.

No cÌue se repofta aos motivos da impugnação dos actos, a lei deterrrina,( rìì lcrÌÌ]os pelo menos não significativamente expressos, no art." 99.", do( l)l)'f, alguns dos fun<.lamentos que podem ser utilizados para a impugnaçãor l r acto tributário respectivo.

Contudo, como nos refere o já citado art." 9.", n." 2, da LGT c o art."'(rl^j.", n.'4, da CRP, será, invariavelmente, permitido, o acesso à justiça tril)utri

r irr quando o:rcto seja lesìvo dos direitos ou interesses legalmente prolcgitkrsr krs contribuintes, ou seja, na eventualidade de estarmos ante um acto ilcillrl.I tri-se, assim, plenitude máxima ao princípio da tutela jurisdicional elcclivrr.

Em relação ao prazo para este tipo de impugnação, a lei refere cluc t: tltr( )venta dias a contar de alguns dos Íàctos enunciados no art.o 102.', do C I,l, l .

ReÍìra-se, porém, que os meios jurisdicionais não se esgotanì nostcr'rpcctro relativo à impugnação judicial propriamente dit4, islo porque ex i\rcr) |

, rrrt|os meios jurisdicionais irnpugnatórios específiú, scnão vejanros:

Temos, por um lado, as acções típicas previstd.s nos códigos tributiÌl ios,rrorncadamente:

L Acção para reutnhecimento de um direito ou interesse legítinoem maté ria Íributária, previstano art.' 145.' do CPPT e art." l 0 l .'.aI. b) da LGT, e prescreve que só pode lançar mão queÌn tenhiÌsiclo oÍèndido no seu direito ou interesse legalmente tutelaclo. Tratu-se de uma acção que busca al'iançar uma tutela pÌena, eficaz ceÍèctiva do direito que se pretende ver acautelado.

n O^li()r; l'||^|( I r'. ||t ,,oI V I ':,

II. Acl tu t lt, ìttlirttrtção pura um contlx)r!ünt(,ttto em cttxt dc omissãoIcsivu dc direìtos ou interesses legalmente protegitlos do.s contri-buintes - prevista no art.. 101.", al. h), da LGT e devidamenteregulada no art.o 147." do CppI, que prescreve que só pode recorrer--se a esta acção quando a administração não haja praticado qualquerfacto jurídico, que, para taÌ, estivesse obrigada, constituindo óssaomissão um dano ou lesão ao direito ou interesse legítimo docontribuinte.

III. Acçao especìal de derrogação do rJever cle sigilo banctirio _ pre_visra nos art..' 146."-A,a l46.LC do CppT, esta acção ocorre quaìdoa administração tribulíria requer ao tribunal competente autorizaçãopara aceder aos diversos documentos bancários do contribuinteem sede de análise tributária.

Dentro dos processos de impugnação judicial, a lei ainda nos referet;ue o contribuinte tem ao seu dispor meios processuais acessórios, nomeada_rììente, o processo de intimação paraa,.c'nsulta de documentos e passagemtla certitlões" (CJr art.' 146.", n.. I do CppT) e que seguem as regras previstasrto Círdigo de Processo nos Tribunais Administrativos (u., por ex., art.," 104.";r I ()8.", I 34.", do CPTA), bem como os processos de natureza cautelar ondesc insere o arresto (C.fr art.," I36." a 139." do CppT) e o anolamento (Cfirrrt."' 140." a 142.", do CPPT), as garantias cautelares a favor do contribuintel(-Íi: arÍ."' 147.",n." 6, do CPPT) e, para finalizal o meio processual acessóriolclllivo à produção antecipatìa de prova prevista no àrt.. 146.", n." I, do('l)PT e clemarcado, também, pela epitáfio 134.., <to CpTA.

Além destes, outros meios processuais trìbutários existem, sendo desohrclcvar ir figura dos recursos das decisões proferidas pelo trrbunal a quot(li: art."" 279." a291.", do CppT), desde que o mesmo seja admiticlo (òlirrrt." f80.", n."' I e 4, do CPPT) e da execução de sentenças proÍ.eridas emsctlc tributária, que. por lìrrçt da aplicação do art.o 102." da LGT, seguem osl('nlìos para a cxccuçliO (lc sctìtenças previstas no CpTA (Cli art.,,. 157.. a| 7().,'. d0 cP-fA ). r I r,

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,lì,r.''r'r.,lt...,tì\,'l\nÌìent()s.()sensiniìlììelto\rlc.l()SÉ(-ASAlll^

[ìcitos cstcs pnrlegómenos acerca dâs giü-urÌlius col]tribuintes, a dcspcilor|r tkrutrina analisar outros que se poderiam vertel ao caso em equação, cntctìrlt'rrros que as garantias dos contribuintes que acima elencámos se mostriìtìì.rrrr prática, as mais relevantes e que, na paúe que aqui nos toca, concederato

rrrrrir nrelhor resolução ao caso dirimendo.Deste feita, sabemos que Adolfo Morais foi notificado para proccclcr

;ro pagamento de um imposto adicional, o qual, mediante aconselhameÌìto( ()rÌì o seu contabilista, acabou por nào merecer a sua concordância. Aléntrlrsso, a notificação respectiva não estava devidamente fundamentada, pelo,1rrc há, assim, motivos para estoutro reclamar, recorrer ou impugnar.rrnportando, agora, atentar especificamente sobre qual o meio de que poderialrrrrçar mão lCfr. art." 99.", al. c), do CPPTI.

Como analisámos anteriormente, Adolfo pode, desde logo, recliìÌìliìr'rtraciosamente, dado que este meio de impugnação administrativa visa u

rrrrLrlação total ou parciâl do acto tributário (Cfr arl." 68.', n.' I, do CI)P'l').N()s termos do art." 70.", n." l, do CPPT, o prazo para fazê-lo seria dc ll0rlias contados a partir de alguma das circunstâncias previstas no at't." 101.",

rr." I do CPPT. Mais se refere que este meio seria, desde logo, o mitis itltíttt'o, Âdolf<l poderia socorrer-se do mesmo, uma vez que tem fundantcrìlo l):Ìr:lrr'clamar da ilegalidade do acto lributário fCfr. art." 99.", al. c/, do ('l'l'l l.

No que se reporta, por sua vez, ao órgão competente para conlìc( ('f (l(l

procedimento de reclamação, sempre estaria adstrito ao serviço dc linlrttçirsr'Unrpetente do domicílio ou sede do contribuinte (Cli art." 73.', n." I , do ( 'l'l' l ).

pclo que a reclamação deveria ser apresentada por escrito com as trzitcs tlt'lrrcto e de direito que subjazem aos motivos da discordância do piÌgrÌrììcrìk)rkr imposto. Este procedimento é tido pela lei como simples e rápido c rrìor('n1, em regra, efeito suspensivo a menos qu9 tenha_sido requerido, concrclirrÌìcrltc, esse efeito pelo contribuinte, o que o obrigafía, invariavelmente, à PIcstrrção de uma garantia idónea lCJr. art.' 69.', at.y'), do CPPTI.

Feita a reclamação, e caso viesse a ser indeferida a pretensão reclamiÌrìterlo sujeito passivo da relaçãojurídico tributária, este poderia, ainda, recorrcr'

\ÀlìÂlS. oó. r lr.,7zí14s..170 a 128.Clr, Íambém, SALDANHA SANCHES, Mnrrrtl dt l)irtirr t

/ irr'rr/. 3." F.diçi-tr. Coinrbra- 2007.2rí,9s. 172 c rs.: CARDOSO DA COSTA. ( urvt th' l)in ìrttI ìv rtl. olt. r'11.. 7,ri4r J5.i c r.r'..

rr !l llrì lllni^l (ì^li()lì I'll^lt rr'r t!t In) vll)()ll

hicrirrcluicarrrcrrtc (( 7i: art." 76.", n." I, do CPPI') no prazo de trinta dias,((7): art." 66.", n." 2, do CPPT) ou impugnar judicialmente no prazo de l5tlias (C/r art.' 102.", n.'2, do CPPT). Este meio de impugnação dos actosllihutários tem natureza facultativa (ffr art.' 80.', da LGT) e efeito devolutivol('lr rrt." 67.", n." I do CPPT), como acima já se referiu.

No plano destinado, já, à entidade a quem deve ser dirigido o recursolricrírrquico, importa referir que o mesmo seguirá para o superior hierárquiconr:iximo do órgão que praticou o acto: Ministro das Finanças ou em quemcstc haja delegado competências para a prática destes actos.

Quanto às motivações de recurso, sempre se fundariam na ilegalidade;ulvcnicnte da cobrança de um imposto adicional, eventualmente feita a títulocxtcmporâneo, e, por outro lado, na Íalta de indicação dos elementos justifìca-livos da mesma.

Se, no âmbito do recurso, for indeferida a pretensão do contribuinte,lcrnanescerá, ainda, a possibilidade deste último soconer-se do procedimentotle impugnação judicial do acto tributário, atenta a sua ilegalidade, iì menostluc.f ii tcnha, ex ante, impugnado judicialmente o mesmo, e servindo-se dosrncsrrros fundamentos que decifrámos aquando da referência à reclamaçãoqlrrciosir [Cfr art." 99.", al. c), do CPPT].

O art." 102.", n.' I , al. d) do CPPT, pronuncia-se, neste passo, ditando( llrc o prazo parâ ìançar mão da impugnação judicial é de 90 dias contados, a

plltir da "Formação da presunção de indeferimento tácito". A impugnaçãosri tcr-á efeito suspensivo do acto impugnado quando o contribuinte tenhapit'studo giìrantia idónea (Çfr: art." 103.", n." 4, do CPPT). A petição inicialr['vcrh ser apresentada no h'ibunal tributário competente ou no servìço

;x'r'ilõrico local onde o acto foi praticado, conforme o que dispõe o ar1.' | 03.',tkr ('l)PT.

Pclo que ficou cxposto, Adolt'o Morais teria à sua disposição os meìos,k' irnpuuntçãro administrativa e, por outro lado, meios de impugnação judicialprrnr sc rlel'ender contra a ilegalidade do acto tribÌrtário praticado pela Admi-

r istrirção.

CAPITULO VSISTEMA FISCAL PORTUGUES

I. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

I.I. IRS

Caso I

. lmposto sobre o Rendimento das pessoas Sinsulares

. Características

. Retenção na Fonte

. Pagamentos por Conta

. Cálculo do Imposto

Filipa, Jurista e Professora do Ensino Superior, é casada, sob ort'gime de comunhão de bens adquiridos, com Ricardo, EngenheiroÂgrícola, desde 2005, residindo em Portugal.

Atente na seguinte factualidade:

I - Filipa é autora de obras diversas de carácterjurídico, desdc 2(X)4.

2 - Filipa está coÌectada na repartição de Íinanças de Coimbra, conrrrÍ rabalhadora independente, para rendimentos provenienty's da propr.io_rlade intelectual, sob o regime simpliÍìcado de tributação, besde 20()4. cr'omo trabalhadora dependenle desde 2005.

3 - Ricardo, desde 2004, está colectado no serviço de finanças dc('oimbra como trabalhador independente, empresário em nome individual,p:rra rendimentos agrícolas, silvícolas e pecuários, estando abrangidopclo regime simpliÍïcado de tributação.

4 - Em 2009 Filipa auferiu € ... provenientes de trabalho depen_rlcnte, tendo sido eÍ'ectuadas as respectivas retenções na fonte no valorrle € ... c conl rillrriçircs obrigatórias para a segurança social de € ...

I l:^li( )i, l'l!^ llr I lÌl ,r 'tV rn ) ,

5 - I,lnr 2Ol)9, l'ilipa não auÍ'criu quaisr;ucr rrndimentos derivadosrlc propricdade inlclcctual e efectuou pagamentos por conta no valor dc€...

6 - llm 2009, Ricardo auferiu € ... provenientes de rendimentoslgrícolas, silvícoÌas e pecuários, não tendo eÍ'ectuado retenções na fonte,lcndo Í'eito pagamentos por conta no valor de € ..,

7 - Filipa e Ricardo não têm Íilhos.

tÌ - Em 2005, Filipa e Ricardo contraíram um empréstimo bancáriogr:rra aquisição de uma habitação, estando a pagâr, desde então, jurosrk'eorrentes do encargo com a dívida e amortização da mesma, Nasrrluôncia desse contrato subscreveram, cada um, um seguro de vida.

(.1- Filipa e Ricardo são também, cada um, tomadores de um seguror lt' :rt'i<lentes pessoâis em relação aos veículos de que são proprieüírios.

l0 - No ano de 2009, o casâl apresentou despesas de saúde, pelalluisição de bens sujeitos à taxa de IVA de 57o ,r5Ì.

rr.) Com base nos dados enunciados pronuncie-se em relação aolrnposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, a pagar por Filipat' Ricardo em 2010, decorrente do exercício de 2009.

Quid turis?

Proposta de Fesolução:

a,) O caso prático em análise coloca-nos antc uma das tcmáticas maisr('lcvântes do Direito Fiscal: O Imposto sobre o Rendimento das PessoasS irrgu Iares - IRS.

" l,rÌir sc ltcllri (lc lV^ lì 5T. na ntcclida qnr quc o lRS cnÌ cdusa se t.eporlit ao exercíaio do.rrro tlL ]009. scncìo t1rrc. rlr lno rlc l010. ìro,uììbik) do PtjC ll. r l-ei n." l2-Al2010, de.l{) de,lrrnlro. ri('lc ìììlorr it llì\it rÌc í)'1. pitÍit iìs inìportrça)cs_ tftnsìnìssões (le bcns c prcslaçõcs dcrt.fvrço\ r()rìslr l.\ r|ì lr\lr rl|( \r :ro ( lVi\. cnÌrc os (lttitis. crÌc(rìttitüos. tìonìcitd nlcnlc il,r,,rrrsrçlro rlc rr(\lr( irÌÌ.rìt,,r r'rì l.rl),t( rìs ('(ìLllrils dcspcsas dc sirríic lri leler'clciaclus.

/o

I)ara unta eorrccla c0mprcensãtt dcslts crtttletÍtltts lorlìâ-so ilììporlillìtc,rrrtcs de mais- nloccder a uma análise ttt:tis lct'rt-ica sttbtc os tÌtonìcnto:i (lil

lrrlr tlo imposto, designadamente: lançamento, onde se apura da incidônc ilr

r, rrl c pessoal e se determina o rendimento colectável, liquídação e zrpulrrrt rr{o da c<llecta total e líquida, e c obrança, atr^vés do pagamento do imposto.

Destarte, principiando com a incidência, e, em concreto, com o lançü-,,,(nlo e, em concreto, com a incidência pessoal, destaca o afi." I3.", n." |,rkr C'lRS, em obediência ao princípio da territorialidade, que são su.icitos

prrssivos de IRS as pessoas singulares, incluìndo os sócios abrangidos pclort llirne de transparência fiscal laminado pelo art." 6.', do CIRC, empresi'tlios( rì nome individual e Estabelecimentos Individuais de Responsabilidaclc

l.irritada, que residutt em território português e os que, nele não resitlittdo,rrt lLr i obtenham rendimentos. Ora, indica o art." 15.", do CIRS, e atento o iìrl."l(r.". clo CIRS, que, sendo as pessoâs residentes eÌn território portuguôs. ()

ll{S incidirá sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtitlosl( ìfa desse tenit()rio, sendo, portanto, uma obrigação tributária ilimitada. crrr

, slrcito respeito ao princípio da universalìdade. Tratando-se de não I'esidcttl's., ' IRS incidirá unicamente sobre os rcndimentos obtidos em território potlttgt ttìs.

( ()nstituindo uÌna obrigação trìbutada Ìimitada, atento que este.ia o art." lfi.".rIr CIRS.

Em caso cle re,ri.kntes não huhituuls, categoria criada peÌa LOIì/l(X )().

| .c i n." 64-A12008, dc 3 I de Dezembro, que, através da criação de tttìì r('r irr r('

liscrl vantajoso, teve como escopo primacial a captação de resitlcttlcs ttrtolrrrbituais que tenham elevados rendimentos e/ou patriniónio de forttta rt r;trr'

( \tiÌbrlecessem o seu domicílio fiscal em Portugal, ass\m gerando rcecilrÌs

i lrrc contribuam pala o crescimento da economia do Pais'e subsutlìitt-sc ittt

rrtlitirmenÌo dos n."' 6 a 9, do art.o 16.',doCtRS.queditaque,"6 Consitlcrrrsc quo não têm residôncìa habitual em teffitório português os sttjeitos plÌssiv r rs

r;rre , tomando-se Íìscalmente residentes, nomeiìdamente ao abrigo do disl)oslonlr alínea á) do n.' l, não tenham em clualquer dos cinco anos anteriores sidtr

Iril)utados como tal ern sede de IRS. 7 - O sujeito passivo que se.ja consiclcrlttkr

lcsitlcnte não habitual adquire o direito a ser tributado como tal pelo períotkrrlc I0 anos consecutivos, renováveis, com â inscrição dcssa qualidade no registrr

rle contribuintes tla Direcção-Gcral dos Impostos. 8 - O gozo do direito a sct'

Iributatlo como r-esiclcnte não habitual ern câd:Ì ano do períotlo rclèritlo lrrr

trt|lt tl)tlii(j^L t;Arìt)r, t, ^t1{

Ir ||t ,,i\r|l Ì

rìrirÌìcr() ir)lcriof lc(lucrquc o stúcito lxtssivo rrt,lc sr..;;r t.,rs ir lcr.irtkr r-esitlcrrtcPir|lr clcitos dc llìS. 9 O sujeito ptssivo t;Uc rr:r0 lt.lrlllr goz tlo do dircikrlt'lclirkr lro núntcro alttcrior num ou mais rrros do pcríotkr r.clr:r.ido no n." 7pr x[' lclorrrar o g<tzo clo mesmo ern qualquer dos anos relìÌancscentes daquelepcr'íotlo, contanclo que nele volte a ser considerado residente Dara efeitos dcI I{ S.".

l;.rrr ligor, este regime beneficiará de uma tributação especial, que, se_

1'rrrrrltr ('rrsrrllrr Nabais, "(...) relativamente aos rendìmentos de fonte portu_,ryrrr'rrr. re vcl:r sc: l) uma tributaÇão separada, uma vez que os rendimentosolrl rr k rs e lr r lÌ rrtutal, por esses residentes não ficam sujeitos a englobamento;'l ||l|tit tt il,ut(tçuo pruporcional, já que esses rendimentos ficam submetidos

rr rrrrlr urrit rr t;rxlt tlc 207o, a cobrar segundo a técnica da retenção da fonte aIrlrrlr r rlr.lirritivo; .l) c unra tributação su.ieita à /aïd de 2}go,uma taxa menorrIr r l t t t ' r t r l t r t' l ; r tlrrc lhcs seria aplicável se sujeitos ao regime normal.,,(aó). Já( lrl l('slx ilo it\rs r(tklinentos obtidos no estrangeiro responde o art." gl.o,n." Ì rr 7. tkr ( 'll{(, irtlitados pelo Decreto-Lei n.o 24912009, de 23 de Setembro,v i1Ìol irrrrk r o rrrtikrtlo tle iscnção, podendo, todavia, haver lugar ao método det ttir Iilr r

No caso Llc rtsitlentes cumpre, ainda, analisar-se que, na hipótese de;rgrtgltlo Íarrriliar, ao abrigo do art." 13.., n..2, do CIRS, o imposto seráilrvirlo pcla totalidade dos rendimentos dos sujeitos que o perfaçam, con_(luilÌto que sc verifique o plasmado no art." 16.", n." 2, do CIRS _..Sãoscrrplc havidas como residentes em território português as pessoas queL orrslitucnr o agrcgado familiar, desde que naquele resida qualquer das pessoasrr tltrcrn incunrbc a direcção do mesmo.". Ora, dispõe o art." 13.", n..3, do('llìS, quc o agregado Íamiliar compreende: Os cônjuges não separadosjLrt lic ia lrncnte de pessoas e bens e os seus dependentes; Cada um dos cônjugesrtr cx cônjuges, respectivamentej nos casos de separação judicial tle pessoas.'l)cÌìs ou dc declaração de nuÌidade, anulação ou dissolução do casamento,. os tlcpcndentes a seu cargo; O pai ou a mãe solteiros e os dependentes que. slriirrr a seu cargo; o adoptante solteiro e os dependentes a seu cargo; porrrrtrrr lado, o art." 13.", n." 4, do CIRS, esclarece a noção de dependentes,

'''rr]osllt(ASAI],\Ni\tr/\ts Dtrt ìto t it ul rú rì1., tui\ ;6\

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lMl\ ìiì l( ) :,r )lìltl rrl!l ÌÌÌrrr\4r rrr'l

rrrt IrrintIo, llrirÌìoiro, os l'ilhos, adop(:ukrs t cttlclttlos, tììcÌìoÍr's tìaLo clttitlì, ip;rtlos, bcrn corrro os lnenores sob tutcla; Os lilhos, adoptados c cnlcados.

rrrrior'os, âssinì coÌno iÌqueles que até à maioridade estiveram sujeik)s ì tutcl:t,li' r;ualquer dos sujcitos a quem incumbe a direcção do agregado I'anriliar,

r1rrc, nlÌo tendo mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimclìlosrrrlrcliores ao salário mínimo nacional mais elevado, tenham Frequentaclo ntr

:rro a que o iÌnposto respeita o 11.' ou 12." anos de escolaridade, estabclc-

, irrcnto de ensino médio ou superior ou cumprido serviço mìlitar obrigatórioorr scrviço cívico; finaÌmente, os filhos, adoptados, enteados e os sujeìtos n

rr rlclâ, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistência,

,lrrrndo não auÍìram rendimentos superiores ao salário mínimo nacional mais

, lcvaclo'r7).

' (-/i:. nesta matérìa, Acórdlo do Supremo Tribunrl AdnÌinistrativo. de 25 de Mittço ili''l)0()- Iìcl|ìtu: Isabel Marqres da Silva: 'l - A rcnissão para a ìegislaçio fiscal in(crrrrrtl,''| \1r(los coìltriìtantes constrntc do ârtigo,1.", r.' I dl Corvenção cntrc a RcpúbÌicil Ptttlttgtri srr

, rr ìÌcpública Fcderrl cla Alemanlìa para evitar a Dupìa Tfibut.rção em ìììatérìa dc lrììl)tìsl(ì\,rìlìr'e o rcndinÌcnto e sobr'e o Capital não dcvc scr cntendida como unla remissão incontìir totr;rl

ll O rrtigo;1.", n.' I da felèrida C(ììlvenção obrìga a quc a ani,'tlisc cla qr.restão diì rcsi(lrr{ rl., jrr lìitr individualnlcntc. pessorl iì pessoa. abstraindo cla situ|ção farrilial do sLrjeilo crìì ( rr.il, .slrìbeÌece IinÌitcs à nature/a das conexa)es ackrpttdas pells leis dos Ëstitdos Corìlrlrlirrìl( \rrrrlxrrclo-se que tais cr-itór'ios cxplinram uìÌiÌ ligação eÍèctivlÌ conì o telfitório do Esliì(l(ì. lll( ) rfìlúfìo de "residência por depcnclênciii'adoplado no aìligo 16.'', l].'2 clo Cócligo t[r ll(S.)()rrlue não respeita ls lirritaçõcs convencionais ao conceik) de residência que os Iislirrl,ìs

( rìLìlfiìtaDtcs podeìÌ âdoplaÍ, nio é Íìndamcnto viilido para LrìÌì!r prcteDsaÌo tfibuthlia rkr llstixiri, )fluguês cÌì lìrce de Lrrn resiclente na Alcrranha cluc aí tcnhr obLicl() no ano em czÌusu l1)Ll()\ ( )s

...r1\ rclldiment{)s e qLle não seja tributiìdo ncssc país apenas pelo 1acl() dc o Estado irlcnriio scr'

,, Lstirdo da lbnle dos rcndimentos do trabalho."; Acírrdão do Suplerro Tp ibunaì Adrrin istrirliro.,Lc 3 cle Julho dc 2009, Reìator: Jorge de Sousa. I - A suprenucia da{normas coustontcs (lt..

, ,'rrvcnçõcs inlernacionais regLrliÌrÌìerle Íatitìcldiìs ou aprovadas sobfc o di{eito ioterno nncional.\lrcìcsültiìdoiìr't."8.',n."2.daCRP,impõec;uesedêprioriclacleaoartigo4.o.n.olda(Ìrnvcrtçrìrr

' I lfc a Rcpública Portuguesâ e ir Repúbiica Federal cla Alcmlnlu paftr cv itlr a Dupìu 'lì ibut uçrìo, rìì ìrrltéÍiiì de loìpostos sobre o relclimerlto e sobre o Capital (Lei Ìì.' l2llÌ1, de I (le .lurho) ne

l lc tcì rÌinrção dos rcsidcntcs em telÌit(irio nacional e em territrjr-jo iÌlelÌão. II SeìlLìo urìì.^i(ìlì(lì)lì(ì11u-quê\ sujeito ra AlcmaDhiì a imposto sobre o rendirnenlo de tlabelho dcpcnilcnlc l)(Ì lcf irí

srr:r rcsidêncil c :cndo cssc o scu único rcndimento. deve considefiLr se rcsidcn{c nlì Alcrìliuìlìlì1r;rrtr ctìitos rlc lrpliclrç;ìo rì:r ( onvcrrçio. indcfcndentcnrcnlc rlc os oult-os nlcrìrhì()s (l() \(Llrrcglrrlo {arrrìlilrr'r'i 'iilircrrr r'rrr lÌrltrr.llrl lll AssiÌìì. é alìtsliìd() ern lelaçlio itltrcÌ,.'citllrrÌa,,

;rrrrtLrguôs lr irIlierrr_r(, rl,, (lr..l!,\1,, rtì iLrl " lí) ". rr " 1. tkr CllìS. clrrc cstltbcìccc qLrc.slio:crrrItIr,|\ itllrs corrro |r':,r,|, rII( , r] l(l l,ìU,ìlrìrlrrl'rL(s;r\lÌs\()rìs(lLlec()nsliltrcrrroiu:r'cglrrl(rllrrrilirrr',,l,.st|l.'r1uc rrrrrlrrr'1, r, r,l.,1r.rl,1rr,r,lrr .1',s.r'rrs rr rlrrr'rrr irrcLrrrrìrc lr rlìr'ccçrìo rIr nrcsrrro .rr\\ \\ !v rlg\r.l)l

,rÌr ()lri( A

I'clo irll." l-ì.", lr." -5, do CIIÌS. irrtlitrr sc. orrlrossilr. Lluo a ltibutaçiì()rlo rrglcgrrtltr Iirrrrilial não prcjudioa, notìì ilìl)c(lc ir llibLrtaçiìo uulóno tu (lLts

pt'ssoirs lí r'clefidâs, coln cxcepção Icita a lillros, ackrptados e entciÌdos,rr( rìorcs rrão emancipados, bem como de menores sob tutela, dado a adminis-tr:ìçrìo dos rcnclimentos por eles auÍ'eridos não thes pertencer na totalidade.

I{clir-a-sc, também, nesta sede, nos teÍïnos directamente estabelecidos

1rt'kr urt." 14.', n." l, do CIRS, que as pessoas que, vivendo em união delir( l(). prccncham os pressupostos constantes da Ìeì respectiva, podem, casoprclcrrthnr, optar pela tributação conjunta, obrigatória aos sujeitos passivosr'rrsrulos c não separados.judicialmente de pessoas e bens. InÍ'oma o respectivorr." 2 11uc, "(...) a aplìcação do regime a que se refere o número anterior de-pcrrtlc tla idcntidade de domicílio Íìscal dos sujeitos passivos durante o períodoc r ig itlo pela lei para veriÍìcação dos pressupostos da união de fàcto e duranteo pcr'íoclo de trìbutação, bem como da assinatura, por ambos, da respectivarlcclaração de rendimentos. 3 - No caso de exercício da opção prevista no n." 1 ,

I uplichvel o disposto no n.o 2 do artigo I 3.", sendo ambos os unidos de factolcsponsihveis pelo cumprimento das obrigações tributárias.".

Quanto aos residentes nas regiões autónomas e noutro Estado membror l;r t lniho Europeia ou do Espaço Económico Europeu regem, ordenadamente,os rrrl."' l7.o e 17.'-4. do CIRS.

N o pf ano destinado àincidência real, dita o art." I .", do CIRS, que, " 1

( ) irììposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) incide sobre or rrlor ;rrr ual dos rendimentos das categorias seguintes, mesmo quando prove-rr rcrrlcs tlc actos ilícitos, depois de efectuadas as comespondentes deduções erlr;rlirììcrìtos: CategoriaA Rendimentos do trabalho dependente; Categorialì lÌcrrdimentos empresariais e proÍìssionais; Categoria E - Rendimentos(l( (irl)itais; Categoria F - Rendimentos prediais; Categoria G - Incrementosp:rlrirrroniais;CategoriaH-Pensões.2 Os rendimentos, quer em dinheiro querL rìì espócie, ficam sujeitos a trìbutação, seja qual Íbr o local onde se obtenham,rr rrroctla e a forma por que sejam auferidos."(a8).

' ('//:. lìrrr n is tlescnvolvir|cnlos ncsla matéria, XAVIER DE BASTO,,fR.!: Intilin ittlit,tl t l)tttti ì u\'!ìothtslÌrtnlìtttttttot /-r'rTrrrrlor, Coinrbra Editor.a,2007.2lgs. 5-5 c s.r..

/'175

( 'trrrr c lcittr, no quc tange à Catogoriâ A. tntlxl lto dependerrlt , in lìrrrr rir,rrrrt."2.", n." |, tloCIRS, que, "1 Consideram,se rendìmentos do trahalhor k pt'rrtlcntc totlas âs remunerações pagas ou Dostas à disposiçã1'rovcrricntcs de: a) Trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo clc, ortlitto individual de trabalho ou de outro a ele legalmente equiparado; ú)lì rrb:rll.ro prestado ao abrigo de contrato de aquisição de serviços ou outro tlcr(l(irìtica natureza, sob a autoridade e a direcção da pessoa ou entidade quc, ', rrpl a posição de sujeito activo na relação juídica dele resultante; c) Exercí, ro (lc Í'unção. serviço ou cargo públicos; d) Situações de pré-reforma. pré-rrlxrscntação ou reserva. com ou sem prestação de trabalho. bem como de

Ircslações atribuídas, não importa a que título, antes de verificados os requi-'.rtos exigidos nos regimes obrigatórios de segurança social aplicáveis para a

lrirssirgem à situação de reforma, ou, mesmo que não subsista o contrato delr;rbrrlho, se mostrem subordinadas à condição de serem devidas até que tais| ( (

lr risitos se verifiquem, ainda que, em qualquer dos casos anteriormente prc\ rst(ìs, sejam devidas por fundos de pensões ou outras entidades, que se suhsrrlr riuìì à entidade originariamente devedora."(ae), esclarecendo, o n." 2, rlrrc,'As lcmunerações referidas no número anterior compreendem, designir(liìrrcrrtc, ortlenados, salários. vencimentos. gratificações. percentagens. collis,r x's, participações. subsídios ou prémios. senhas de presença. emoluntcnlos,1'rrrticipações em coimas ou multas e outras remuneracões acessórias. airrtlir( lll(

t r vrrs c entidades equiparadas, com excepção dos que neles participem corn!rr, v iselç!_eÊçtêi5 de!e!_t4g; b) As remunerações acessórias, nelas se compre-( rr( lcndo todos os direitos, benefícios ou regalias não incluídos na remuneraçiU1'r incipal que sejam auferidos devido à prestação de trabalho ou em conexàt.r, ,

'rìr csta e constituam para o respectivo beneficiário uma vantagem econórrrii rt (...), c) Os abonos para falhas devidos a quem. no seu trabalho. tcnha,l, rrrqrvimentar numerário. na parte em que excedam 57o da remuneraçìrr

Ì, têm-se, semelhantemente, como do trabalho dependurtc:

Sul)lirìharìo noss{).

' SrrlrlirrÌrrulo rrosso

I)llrl lt()|tlìc^l (;^ti(Jrit, ^||r

Ìr,, ||1,,,{v rr,.

irl(i iÌo [crnlo do exercício; e) Ouaisquer indemnizacões resultantes da cons_

rtte rsfìx4; r/)\riudas de custo c ls irr r;x r l:ìrrciirs:rrrli.r itL!,s pqla utilizaçãotlc nLrlorrrrivol prírpr-io em serviço da cntidlrdc 1l{1rrri{, rra parlc enr que ambasr'xccclanr os limites legais ou quando não scjam obscrvados os prossuposrostllr sua atribuição aos servidores do Estaclo e as verbas para despeias de(lcslocação. viagen de que não tenham sido prestadas contas

til Lriçio..pxtinção ou modificaqãq-dqrclação iuídicaque origine rendimentos(lo tnÌbalho dependente, incluindo as que respeitem ao incumprimento das con_(lrçõcs contratuais ou sejam devidas pela mudança de local de trabalho, semprt'juízo do disposto no n." 4;f) A quota-parte. acrescida dos descontos parait

,1"

ircluaçiio à prestação do trabalho; g) As gratificações auferidas pela prestaçãoorr cnt razão da prestação do trabalho, quando não atribuídas pela respççliyêellitladc patronal." t5r r.

Nos termos abrigado pelo art..2.., n." 8, <Ìo CIRS, não se consrderamlcnrlimentos de trabalho dependente, não constituindo, como tal, nesse passo.rcntÌimcnto tributável: As plgq!êgÕe! gfectuadas oelas entidades patronaisI,iII,'

irvalidez ou sobrevivência; Os benefícios imputáveis à utilização e fruiçãorlc'calizações de utilidade sociaÌ e de lazer mantidas peÌa entidade patronaÌr rr r ;r'e vistos no Decreto-Lei n.. 26 199, de 28 cìe Janeiro, conquanto qui obser_VrrrIrs 0s pressupostos laminados no art." 40.o, do CIRC; as pleltAgÕçLrela_, ,, r",,,!( l( )rÌ s. qLÌor estas sejam coordenadas pela entidade patronaÌ quer por organismorlt tlitcito público ou entidade reconhecicla como tendo competência nosr l( ìrììírÌ ios da formação e reabìlitação profissionais pelos ministérios comÌre_l,

',1" t;

rI pi151çq sociais a Íìvor dos seus trabalhadores, mas apenas quando arrtribuiçho dos mesmos tenha carácter geral.

No âmbito da Categoria B incÌuem-se cts rentlimentos cmpresuritis eltrrlì.s.sirttais, elencados pelo art.. 3.", n.. I, do CÌRS, como: os decorrentes

Sttlrltrrlt;rrLr rrosso

IMPOSIO ln)ltttt Ir |lt fJtr|!1t Nt{r

rhr erxcrcício dc qualquer actividade comercial. industriar. agrícora. sirvíc.rrrorr pccuária; auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer actividatlcrlc prcstação de serviços, incluindo as de carácter científico, artístico orltr't lrico, qualquer que seja a sua natureza, ainda que conexa com activiclaclcsrrrerrcionadas na alínea anterior; Os provenientes da propriedade intelcctu:tlr rrr industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma experiôncia;* ltlLririda no sector industrial, comercial ou científico, quando auÍèrìdos pcl.stu tituf ar originário (52). Pelo arÍ." 3.", n." 2, do CIRS, consideram_se. aindu.r'orrro rendimentos integráveis nesta categoria: .,a)

Os rendimentos prediais

",,1,..r,u!!; b.) O,r crrrlimentos emplqla{iêi! g llofissionais; c) As mais_vaÌias apuraoas lÌe,rnrbito das actividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais,,lt'linidas nos termos do artigo 43." do Código do IRC, <Ìesignadamcnlc :rsrcsuitantes da transferência para o património particular dos empresÍl.ios tk.r lrlrisquer bens afectos ao activo da empresa e, bem assim, os outros glrrrlros, tr r perdas que, não se encontrando nessas condições, decomam das o1)cr r(-( x.sr r'lcr-idas no n." 1 do artigo 10.", quando imputáveis a actividadcs gcr :rt k rr ;rs,lL' r'cndimentos empresariais e profissionais; d)As importâncias urli.r.irlrrs.;rtrtulo de indemnização. conexas com a actividade exercida. nonr.^:rtlll nr.r rtr.rr srrit redução. suspensão e cessação. assim como pela mudança rkr lrx.rrl rlorr'spcctivo exercício; e) As importâncias relativas à cessão tornpor:iri;r rl.( \ Iìlq?çãa iq€slabeleçLlll-9nlq;f) Os subsídios ou subvencões no irrrlrilo rh,r'ru-cício de actividade abrangida na alínea a) do n.o 1: g) Os s[rbsitlios orr

'ir /,./ (l()

i v ii Irr lt'.rl'r rrrrgld!]Ìa alínea l/ du n." | : 17 ;( ) lil(los

Quanto à prática de actos isolados, esclarece o art..3.", n.. 3, altcr.atkrlrr'lu I-OE/2010, Lei n." 3-8/2010, de 28 de Abril, que, são tidos como rcnctirt r,.'rìk)s provenientes de actos isolados aqueles que não resultem cle uma pr-iiticaI'r evisível ou reiterada.

1'q. Puhlicaçrìo rle ol)frrs (lL'clìrictcr lilcf/Lrio.' SLrblirtlrario rrosso

I:^lir f, l'll^ lll r '. I l ,1 rt v n '',

lÌrr- otrl ro lltlo, con lìrrnrc plzÌsltìiì o iu l." ,l.", l." l. tlo ( 'llìS. satt) activi-tliulcs contcrciais c itìdustriais, designrtl:rrr rcrrlc, its scgÌtitÌtcs: 'Ìr) Compra evcncll; b) Iìabricaçln; cJ Pcsca; r/) Exploraçircs nrinciras c outras indústrias('xlr ctiviìs; e) Transportes;./) Construção civil; g) Urbanísticas e exploraçãotlc kr(camentos; /z) Actividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas,be rn como a venda ou exploração do direito real de habitação periódica; i)Agôncias de viagens e de turismo;j) Artesanato; l) As actividades agúcolâst pccuirrias não congxas com a exploração da terra ou em que esta tenhat :rr':ie lcr manifestamente acessório; m) As actividades agrícolas, silvícolas epct rrilits integradas noutras de natureza comercial ou industrial.", pelo querro plrno do respectivo n."4, "Consideram-se actividades agrícolas, silvícolas, 'rr

pt'ctriirias, designadamente, as seguintes: a) As comerciais ou industriais,rì( rirììcÌìte acessórias ou complementares daquelas, que utilizem, de formacxr'lusiva, os produtos das próprias explorações agrícolas, silvícolas ou pecuáÍias;/r) ('açl e a exploração de pastos naturais, água e outros produtos espontâneos,erpltx'ados directamente ou por terceiros; c,) Explorações de marinhas des:rl:r/) Explorações apícolas; e) Investigação e obtenção de novas variedadesrrnirnuis e vegetais, dependentes daquelas actividades.".

Aspecto crucial desta categoria é o de que, antes da LOE/2001 , Lei n."ì0 (ì/2000, de 30 de Dezembro. os rendimentos de natureza industrial e comer-

L iirl cstavam em categorias diferentes. Actualmente, pese embora o facto der'sliu crì.ì integrados na mesma categoria, a verdade é que o espaço de destrinçast' tonra ainda difícil de determinar, pelo que relembre-se que na própria decla-rirç:ìo anuaì de rendimentos, modelo 3, embora figurando no mesmo anexoll, csli() contemplados em espaços separados.

Iiinalmente, como veremos mais à frente, esta categoria opera, assim,'orrro subordinante ou referencial a outras, E, F, e G, porquanto os rendimentosì( stiìs previstos estão, genericamente, regulados no art." 3.", 2.", als. a) a c),kr ('lRS, conquanto que quando impuLíveis às actividades que àquela respeitem.

Quanto à Categoria E, rendimentos de capitais, compreendem-se os'('n(liÌÌÌcrìtos que advêm da aplicação dos capitais, e que, nos moldes do art."r.". rr." I, do CIRS, atentos os art."'6.'e 7.', do CIRS, se consubstanciam nos'( . . . ) lìutos c demais vantagens económicas. quâlquer que seja a sua naturezarrr tlcrrorninação. sejam pecuniários ou em espécie. procedentes. directa ourrrlirce larncnte. de elententos p!!E_i!0eliAi!,bg!$JüIqiles Ou situações jurí-lit ls, tlc qr1q1ç21ì tìÌìbiliiiriil, bcnì como da respectiva modificação. transnlis-

copyoshr ( ) ou,d Júns?

l() l,( )ltltl r I lrl Ítjttult ll tI

r,rro orr ccssação. cont exccpção dos garrlros c oulr os lcnclimcntos (r'ibrrllrtkrs

roulriìs catcgorias." r5-rr. No art." 5.", lì."'2 c 3 siro ainda cspecilicatlos csscsr( r(lirììontos, nos quais se incÌuem, y.9., osjuros decomentes dc dcprisikrs:r

1'r;rzo. tle títulos de dívida pública (55'.

Como referimos acima esta categoria opera assim de Í'ornra subortlirluLr.rr dcpendente à categoria B, conforme verificamos por via do art." 3.". n." 2,;rl. ô). do CIRS.

No que respeita, já, aos rendimentos da Categoria F, rcndinrutttrt.t

t'ttliuis indica o art." 8.", n." l, do CIRS, as rendas dos préclios rústicos.rrrbanos e mistos pagas ou colocadas à disposição dos respectivos titularc_s.r'lcncando, depois, no competente n." 2, "u) As importâncias relativas ì cc-,ii'rrcia do uso do prédio ou de paúe dele e aos serviços relacionados corrrrrtlrrela cedência; ó) As importâncias relativas ao aluguer de maquinisnrt'r e

rrrobiliários instalados no imóvel locado; c) Adiferença, auferida pclo subk r

( rdor, entre a renda recebida do subarrendatário e a paga ao senhorio: r/) Àsrrnportâncias relativas à cedência do uso, total ou parcial, de bcns irrrtivr'is.prrla quaisquerfins especiais, designadamente publicidade; e) As imgrlurrt irrs

rc lttivas à cedência do uso de partes comuns de prédios em regimc dc plrpr i,'rlltle horizontal;.1) As importâncias relativas à constìtuição, a títukr ort'rrso.ilc direitos reais de gozo temporários, ainda que vitalícios, sobrc prdtlios rrrs

ticos. urbanos ou mistos.".

Deixe-se em relevo que, a este/própó\to, não constituirão obicclo rlt'ìncidência os rendimentos decorrentes de prédios utilizados para fìns dc hirbillção, permanente ou não, de proprietários ou qüando cedidos atítulo griúuilo.

Por último, veja-se que também esta categoria surge em termos dc sub()r

ilinação directa à categoria B, como se retira do art." 3.", n.' 2, al. rr), do CIIÌS.

A Categoria G, relativa àos incrementos paÍrimonhìs, alterada pcliìl.OE/2001, Lei n.'30-G/2000, de 30 de Dezembro, abrange, alóm clus nmis-\ ;rl ias. outro:\ incrementos patrimoniais.

' Strhlinhltltr nrrss,'.

'l lrfl '7ì".rlir I(;lt í,1 .(1,,( l)l'l.lrprolrLísilotllrlrresLrrrçòc:(lcc{ìÌf!'rìlr\(liutrxlrrrrr'rrlos,lir aiìlclr)r |lr I

l r tit ||{ ) |rx:At (;^ti(|,t, A||r |,, r,,,Íi/ r,,

O'tr, irrlìrr,rir, tìcslc l)asso, o arl.,'().,'. tkr ( 'll{ S. t.rr;' rt.spccliv. n.,,2 lìrircv,garl. pcl t-oly20 |0, Lci n." 3-lÌ/20 |(). irlcrìrr) ();rrr." |0.", tl, CIRS, quc." | (lonstitucrn incrcmentos patrimoniais. tlcsdc r;rc lr:ì' c.lrsidcrutlos rcn.li-rììr'rìtos dc outras categorias: a) As mais_valias, tal conro clcl'inidas no artisoscg'intc; á),'i,,i,,1",,çt' tlc lucros cessantes, considerando-se neste último caso como tars aDenas astlrrc sc destinem a ressarcir os benefícios líquidos deixados de obter em conse-

rrltigos 87.'. 88.'ou 89."-A da lei geral tribut/rria. 3 _ São igualmente conside_rrtlos incrementos patrimoniais aqueles a que se refere o nl" 5 do artigo g9.._A(lir !ci gefal tributária." (s6ì.

t1uôrrcia da lesão; c) Importâncias auferidas em virtude da assunção de obri_

r.l omDle_

lmporta também referir que esta categoria, tal_qualmente sucede comrrs cirtegorias E e F apresenta também um grau de proximidade subordinadarr cirtcgoria B, designadamente como resuÌta do art." 3.", n.. 2, al. c/, do CIRS.

lììnaÌmente, quanto à Categoria H, pensões, destaca o art." 11.., do( 'l lÌ S, as prestações devidas a título de pensões de apqsçllação ou de reforma.t .li,i

',. 1,.'

le iÌlìrnentos;

,," 1

' rluc não sejam consideradas rendimentos do trabalho dependente; as pç_0SÕCS'sul)venções não compreendidas nas prestações referidas; as rendas tempeli.Lirrl qLv r talÍçtal

Ainda sobre esta categoria, informe-se que, cÌada a sua simiìitude coms rcrrdintentos do trabalho dependente, porquanto resultam, via de regra, de.'rrtlirnentos de trabalho dependente anterior, já presta<io num motnent(ì {,Ì

" Slrhlinhlt(lo Ìì()ss(r

)

i/r//r'. riio ó dc csttiÌnhaf que surjanr rra tlccllrrirç10 ll|ruirl tlc rcndimcntos,rrrutlt'lo .Ì,.junlo ao Anexo A, trabalho dcl)cndcrìtc.

lÌrl outlo lado, como veremos mais à Íiente, esta Categoria benetìcia,l' rrrrr rcgime dc deduções específicas muito vantajosas quando comparadas( (|rìr oul riÌs categorias.

Ncsta sede, iÌnporta deixar em referência o art." 12.', do CIRS, qucI'irrirìtc iì não incidência do IRS entre os casos aí estabelecidos, tratando-se,pol isso, de urna deÌimitação negativa de incidência.

Posto isto, centramos, agora, a nossa an âlise na determinação do ren-rliucttlo colectdvel, que compreende, per se, duas fases:

A pfuqgtla destina-se ao apurâmento do rendimentu líquido de uda, , ttt'grtrìu qte se obtém subtraindo ao rendimento bruto de cada categorìa as,lr'ilrrções específicas, que, rectius, compreendem as despesas necessúriusprrrir a obtenção desse rendimento.

Para a Categoria Ã, trabulho depentlente, indica o art.o 25.', n." l, do( ll{S que, "Aos rendimentos brutos da categoria A deduzem-se, até à sua, , rrrcon'ência, e por cada titular que os tenha auferido, os seguintes montantes:, t ) J2a/o d,e d,oz.e vezes o salário mínimo nacional mais elevado; ó) As indemni-z:rç'ircs pagas pelo trabalhador à sua entpaôepatronal por rescisão unilateral, I r contrato individual de trabalho sem fviso prèvio em resultado de sentençrlrrrlicial ou de acordo judicialmente hdrlologado ou, nos restantcs casos, a

rnrlcrrnização de valor não superior à remuneração de base correspondentc.ro irviso prévio; c) As quotizações sindicais, na parte em que não constituaÌrl, orrlrapaftida de benefícios de saúde, educação, apoio à terceira idade, habi-tr('iio, seguros ou segurança social e desde que não excedam, ern relação a

( ir(lu sujeito passivo, l7o do rendimento bruto desta categoria, sendo acres,, itlirs de 50olo. 2 Se, porém, as contribuições obrigatórias para regimes dcplrlccção social e para subsistemas legais de saúde excederem o limite fixadorn irlínea a) do número anterior, aquela dedução é pelo montante total dessas, orrt ribuições.". Por outro lado, nos termos do n." 4 respectivo, "A dedução

l)r'('vistiÌ Íìa aÌfuca a) clo n." I pode ser elevada até 7 5o/o de 12 vezes o saláriorrrírrirno naciontrl trlris clcvlrrkr, <lcscle que a diferença resulte de: a) Quotiza-1-oe s lllnr ortlclrs prr rl ìssìorr ris sr rporlirtlas pc lo prtiprio sujeito passivo c indis-

t)|Ìt ()|tì|^l t:Ari(r,,t,lt^Ìtr,,, r r.r!rvt r,,.

r)crsirvcrs iÌo excfclcio (ra rospoctiviÌ ir( tiv i( rr( rc rrcst.rr''Ir,itrlr cxcrusivarttcrtrt.rx )f c()ntiÌ (lc o,rfcrrr; ó) rnrportânci,s c.rrr;r'.virtrirr r rcrrrc prrglrs e na' rccrrrr.xrlslrtlas rclcrentes a dcspesas de Íbrmação plol.issional, .i"ì" qu" a entidit(h.lìr.rrrad.ra seja organismo de <iireito público ou enticlade reconhecida c.rrr,te rì(to competência nos domínios cla formação e reabilitação prohssionais pclosn r ilr istérios competentes.,'.

Quanto à Categoria B, rendímentos empre.sariais e proJissiontr i,,;,crrrnprirh saber se o sujeito passivo está abrangiào pelo regime simpliÍìcarlr(lc lfibutação se de contabilidade organizada, coiforme indiá o aÍ." 2g.", n.,, | .rlo C'lRS, " l A deteminação dos rendimentos empresariais e proÍìssionais,srlvo rì(i caso da imputação prevista no artigo 20.", faz-se: a) Com basc nirrl)lrcação das regras decorrentes do regime simplificado; à) Com base na corìt:rhilidade.". Ora, para o primelro caso, segue_se o previsto nos afi..31.", (lo( 'llÌS, cu.ia redacção foi aÌrerada p elaLOE/2010, f_ìi n.":_glZ0lO, de 28 tlcA hri l, atentos indicadores objectivos de base técnico_científica para os clilcrcllcs scctores da actividade económica.

. Nu segunda situação acima reÍ'erida, para efeitos de opçao pelo reginrcrlc contabilidade organizada, segue_se o ar1." 32.., do Cttis, que <lita"quc,"Nl rlctcrminação dos rendimentos empresariais e profissionais ìão abrangi-tkrs pclo regime sinrplificado, seguir_se_ão as regrai estabeÌecidas no Códi-gorlo llì(', conr as adaptações resultantes do presãnte Cócligo.,,.

'lÌ rrlrrrrtlr>se de a ctos isolados, o ari." 30.", do CIRS, alterado pela LOIÌ//.l0lo. Lci rr.".l-B/2010, de 2g de Abril, refere que a determrnação do rcn_( l'rì('' rr lri'rrriivcr dos actos isorados está sujeita ao regime simpìiÍìcado orrrlt'r'.rrt:rlrilirlrulc organizada, embora por vià do art..2-"g.", do CìRS, poru,,(lrrt r{ rìì(.1(.. e, tarnbóm ele, objecto de aìteração, na sua redacção, peìa LOII// 't)lo. t.t.i n." -l-B/2010, de 2g de Abril, se diz que ficam abrangidos pclor, t,rrrr( s'r ì Í)lilicado os sujeitos passivos que, no exercício da sua actividadc,rr;r() t( rìlìiÌrìt cxcedido no período de tributação imediatamente antenor utÌlrr.rt;rrtc llrLral ilíquido de rendimentos desta categoria de € ì50 000.

Nos tcÍÌÌÌos prefigurados pelo art..2g.", n.. 3, CIRS, destaca_sc, arndlr.rlrrc os sLr.jcitos passivos abrangidos pelo regime simplificado pocÌelìì ol)litl

811 fr,r i i, ou.r rír.,.'r,l r,: ,!! rl.xl..,t[',ì

ilO SOUHL () t Nl,ÌMt Nti)

r', lir (lorcrÌrinaç,ur d.s rcndimentos com base na contabilidacle orqanizadlr.1', I r r lrrc jiÍ no rcspectivo n.o 8 se diz que, se os rendimentos auferido, rr-su lta_rr rrr r lt scrviços prestados a uma única entidade, excepto tratandÕ-se de prcs-t,rr, r,t s tlo scr-viços efectuadas por um sócio a uma sociedade abrangida pelo|, 1, I rr(' (lc transparência fiscal, nos moldes apregoados peÌo art." 6.", n." | , al./'1. ,l() ('lRC, o sujeito passivo poderá optar pela tributação de acordo com asr, l'rirs cstabelecidas para a câtegoria A, mantendo_se essa opçào por unt1r, rrrxl0 tlc trôs anOS.

Na Categoria E, rendimentos de capitais, não se verificam quaisquer,l, rlrr1'ocs cspecíficas, circunstância essa que se justifica pelo simples pres_,rrposto tle que não faria sentido estar a considerarem_se despesas ou encargos' ,

'rìr ir llrodução desta tipologia de rendimentos, que se afiguram praucamentcr rr rltrs ou inexistentes.

A Cìategoria F, rendimentos predjal_s, contam-se as deduçòes prcvistuslr(ì rll'1." 41.o, n.' l, do CIRS, assentes na manutenÇão e conservaç(Ìt) \lut||r, U||ìl)iÌn.ì ao sujeito passivo, sejam, por este, suportadas e se encontrelÌì t)t1)r.r,l;rs srrb a Í'orma documental, além do Imposto Municipal sobre Int,ìr,,,i.t,,lr, irrcicla sobre o valor dos prédios ou parte de prédios cujo rendirncllot, rrlr:r sitlo englobado. Na hipótese de fracção autónoma de prédio em rcgirrrt,,1,;rropricdadehorizontal,ditaorespectivon.o2quesededuzem,outrossrìì.

',', , rì( llgos de conservação, fiuição e outros que, nos tegíos da lei civil, o, ,,rrrkrrrrúrio deva obrigatoriamente suportar, e se enconfem provados clocu,r, rtirlrÌìente. Por último, na sublocação, a diferença efitre a renda recebitllr1r, h r sublocador e a renda paga ao senhorio por este não üeneficia de quaÌqucl,h r lr rç'lio.

A Câtegoria G, incrementos patrimoniais, aplica_se o disposto no art.,,| '". rIr CIRS, nos termos do qual, Sem prejuízo do disposto relativamcnte.r rrr;ris-valias, designadamente reguladas no art." 43.", do CIRS, não sãol, r trrs t;uaiscluer deduções aos restantes rendimentos qualificados como incre_r'r, los l)drimoniais.

.fri cm scde da CategoriaH, pensõas, contempÌa_se uma dedução, conto'lr ,.( rìr()s, lrancamente vantajosa ou favorável quando em comparaçÌo contI r( slrnlcs categorias, obedecendo ao disposto no art.o 53.", do CIRS, cnr,lrrr' I Aos rendimentos brutos da categoria H de vaÌor anual igual ourrrlr.r ror. rr € 6 000 deduz-se, até à sua concorrência, a totalicìade clo seu quarr

t)l|lt tÌ()|r;Ír^l (;^l(ri,t, ^

r r,,i |t,,rrtV|Ír,,

Irllrlr vo pol cacla t itu Inr que os tenha au Ícrirk r. " | ,l rro st,rr 1r.,, 5. cu ja redacçãolìri tltcracla pcla t-OB/2010, Lei n." 3-B/2010, dc 21J dc Âbr.il, o plasma que,"( )s lcndirnentos brutos da categoria H de valor anual supcrior a€ 30 240,pol titular, têm uma dedução igual ao montante referìdo nos n.,,' I ou 4,colìsoiÌnte os casos, abatido, até à sua concorrência, de l3Vo da pat1e quee xccdc aqueÌe valor anual.".

Numa segunda fase, passa-se ao apuramento do rendimento líquído,{/(r/)rrl (englobamento) ou total, que se obtém, desde já, somando os ren_(lilììcntos líquidos de cada categoria, nos termos definidos pelo art." 22.", do( IltS."I O rendimento colectável em IRS é o que resulta do englobamentor l rs lt'rrr lirnentos das várias categorias auferidos em cada ano, depois de feitas;rs rlt'tlrrçõcs e os abatimentos previstos nas secções seguintes: 2 _ Nas.,rtrrr(-(l('s tlc contituÌaridade, o englobamento faz-se nos segurntes teÍTnos:,/) li iÌtiu t(lo-se de rendimentos da categoria B, cada contitular engloba a pafterIr rt'rrtlirrrcnto que lhe couber, na proporção das respectivas quotas; b)'li rrrrrrrtkr sc de rendimentos das restantes categorias, cada contitular englobaos l rrtlinrcl.rtos ilíquidos e as deduções legalmente admitidas, na proporção{ liìs resl)cctl vas quotas (. . . )", atentas as ìndicações dos n."' 3 a 7.

I)or sua vez, para apuramento frnal do rendimento colecttivel ooderátLr sc o cnso de serem deduzidas ao rendimento global líquido determinadasI)cr(liìs a rccuperar nos moldes taxados no art.o 55.", do CÌRS, cujo respectivorr." I rcza que, "l - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, ér['dutíve] ao conjunto dos rendimentos líquidos sujeitos a tributação o resul_tirckr líquido negativo apurado em qualquer categoria cle rendimentos.

Ilnporta deìxar a nota para o facto de que, antes da LOE/2009, Lei n..()-t A/200tì, de 3l de Dezembro, havia ainda lugar aos abatimentos previstosrro irlt." 56.", que Í'oi, então, revogado, passando a integrar a categoria derlcrluçlre s à colecta, em sede do art." 83."-A, do CIRS.

Passando, agora, para o momento da /iqü idação, refia-se" inevitavel_Íììoìto, o art." 75.', do CIRS, que indica que a liquidação do IRS compete àI)ilccçiro Geral de Impostos, e que, segundo o art.olj.", do CIRS, 1...j devescr clcctuzÌd.Ì no iìno inìo(liato àquele a que os rendimentos respeitam, nossc!rrilìÌcs plazos: rr) Atd ll do Juìho, com base na declaração apresentacla

Í\4

lMl{)lìl() ti(r|t!t o tlt trlf tiÌr,

r(,s l)riìzos lclclidos na subalínoa r) tlirs rrlírrt.rrs rr) t./r) tkr rr.,' I do artigo (Í).,';/') Ató 3 | clc Agosto, com base na dccrarirçiìt) irl)rcscrìriìda nos prazos reÍ'cridosrr:r srrlralínoa il) das alíneas a) e h) d<: n.,' I clo artigo 60."; c) Até 30 tlcNovcrnbr<r, no caso previsto na alínea b) do n." I do utigo 76.",,.

O espaço destinado à liquidação compreende, igualmente, duas fascs:

A primeira destina-se à obtenção d,a colecta total, através da apÌicaçã<r.ro rclrdinrcnto coÌectável da taxa respectiva, nos termos dos art.". 6g.", 7 | .,'a/ ì.", do CIRS. Tratando,se de sujeitos passivos casados e não separaclos;rrr licialmente de pessoas e bens, aplica-se o art." 69.., do CIRS, que informa,luc lÌs taxas aplicáveis são as correspondentes ao rendimento colectávcl,lrv itliclo por 2. (coeficiente conj ugal - splitting). Ao valor, por sua vez, obtido,rrrrrltiplica-se por 2 de forma a apurar,se a colecta do lRS.

lmagine-se o caso de Escola de dois contribuintes casados c nlio'.( l)lfiÌdos.judicialmente de pessoas e bens com um rendimento colccliivcl,l, C,l .1000. Neste sentido, (€ 40OO:2 x Taxa) x 2 = colecta total(57).

A segunda destina-se à obtenção da colecía líquida, que resullir tLr,rrlrlrucção rì colecta total das deduções à colecta qLÌe, genericltìtcrì t(., s(.r( l('rcrìl no art." 78.", do CIRS: sujeitos passivos, seus depcncÌcrrles t.,1.,( f rìdentes (art." 79.", do CIRS); despesas de saúde; (art." g2.", do C'llìS):,l( sl)csiÌs de educação e íormação (art." 83.", do CIRS); impofiâncias r.cs

tt itiuìtcs a pensões de alimentos (art." 83..-A, do CIRS); encargos cotn lar.cst:rrt." llz1.", clo CIRS);encargos com imóveis e eqgi{iamentos novos de enogias,( r()viivcis (art." 85.', do CIRS); prémios de sefuros (art." g6.", do CÌRS); uslì( ssoiÌs com deficiência (ar1.. 87.., do CIRS); d.upla tributação internaciorralt rrr t." fl L", do CIRS); benefícios l'iscaìs (art." 88.", do CIRS) {5rì).

Qucstão importante coloca-se, agora, quanto às deduções à colecta cÌusr ( l('nça)os na I'onte e pagamentos por conta. Na verdade, o art." 7g.", n.,,'2 o .ì.,[) ('lRS, indicam que, "São ainda deduzidos à colecta os pagamentos por

í /): rrlt." (rlì.'. do CIRS, altcrado pcla Lei n.,' l2-Al20t0, de 30 de.Iunho.( //:. lrlìrbúnÌ. RITA CAÌ,ÇADA PIRES, Nnra.r le r4lttão: ltuttlrtr 1ttu,t t.\tttu t t,tuLl

'|tttlttntrttt|tl1l|tttrì|ll||4\'íi|)]k)lirei|oìnfnncìottu||ilttllt,s.jll//l,,\\/'

l)|| lt () tÌti()^t (]Arx)r, t,|l^|I Ir,,||t ,,,tv r,,

(orìrir (ro,ììl)osto o as irnportâncias fcti(lirs ril rirrrlt' rlrt' rcrrlra. aquelarrrlu|cza, rospcitantcs ao mesmo período dc lril)Utaçtì0, llcl c0rrr() as retençõesr'l('cluadas ao abrigo do artigo ll." da Dircctiva n..,2003/4g/CE, de 3 de.lrurlro. J -As deduções reÍèridas neste afiigo são efectuadas pela ordem neleirrtlicacla e apenas as previstas no número anterior, quando supeflores aoirrrposlu clevido, conferem direito ao reemboÌso da difeiença.". Ora, partindorlt'slrrs tlisposições somos levados a crer que esta operação de dedução seirlt'gnr no espaço destinado ao momento <ia ìiquidaçao. Todavia, pelo art."t) /.". ikr CIRS, o legislador aparenta colocá_la, pelo menos em, temos slste_rìì;rll( r)s. rra Íàse seguinte, cobrança e pagamento-

'Iì:rta-se, na verdade de uma fase híbrida, porquanto se, em ngot as| ('l( r r\'r )e s na Íonte e pagamentos por conta constituem formas de pagamento; r r r I r ' r ' i

; r I r t I r I do imposto e deveriam estar coìocadas justamente na fase de

( r )r)|l tçiì o pagamento, sucede, porém, que a tarefa aritmética que procede àsrrblrlrtçiro da colecta líquida ao montante retido na fonte e pago por conta,rr;rrr|lrntltI o imposto final, é, ela própria, eventualmente subsumível ao mo-lìì( lìl() dir Liquidação, conforme plaina o art..7g.., n.,,'2 e 3 (5e), do CIRS. er rrzlìo pcla qual a integrámos no mesmo.

Clom efeito, à colecta líquida deduzir_se_ão as retenÇões na fbnte el):rgi[ììontos por conta efectuados no ano respeitante à tributaçào, assim setlt tcrntinando o imposto final, que poderá ou não determinar, como veremos.

r(.(. thrìÌSO.

'.,ttt,lìcrttliteito.listnl,Coimbra, | 2,ZOO8,páe" n% tSS,GfOfJA.lEIXEtRn, U,*""rtA"l.)rn ìro l ixul, ob. cit., ptigs.253 e ss.; NUNO SÁ GOMES, Teorìa Geral dos BenefíciosI tv ttit, itt (ìdernos de Ciência e Técnica Fiscal, n.. 165, Centro de Estudos Fiscais, Lisboa,l')() | . ( jtJf I-ERME D'OLMIRA MARTINS, Os Benelcios Fìscais, Sistema e Regime, n." 6,'\lrrrctlirra.2006, ptigs. l5 a ll.

. '()fir.cmrclâçãoàretençãonalbnte,regeoDecreto-Lei42/gl.de22deJaneiro,eDecreto-I r'r rr " | 9l/99. de 5 de Junho, relativo à Tesouraria do Estado. É devido aos renclrmentos dairl.lt( )friì

^. trabalho dcpendente, exceptuadas algumiìs situações, da Categoria H, com excepçio( rlir irs lìclsões de iìlimentos, e das demais categorias, atentos os art.., õ9." a 101.., cìo C'iRS,'!trr(lo. ir\srÌn. cstipulado o seu pagamento eln qualquer dos locais intÌicados no art." I05.. e'rìlrclru$ llé .1" dl" 20 q9 mês seguinte àquele em que foram deduzidas, conl.orme plasrra o

r t " 1)lì ". rì."'.J e ,1. do CIRS_ No quc tange aos lagamentos por conta, impofia qlzer,se que'\lr( ì irl)erìrì\ (lc(ljnados I fcndimcnlos cla categoria B, sendo que, ao abrigo cìo art." 102... n.; I ,Itì ('llis. A tituìir'idatrc dc rcrrrrirrrcnros cla caiegoria B creter.irina, para ãs respectivos sujeitosìr\\,t\ (ìs. lì .b.!lìl()fir'(lir(k. {l(, (.Íì,clrrfcrÌì 1rês pagameìltos p.u. conta do impo.tr, .lcuicl,, ,,

ì{ì

;l() lil)lÌlll ìlltl lli fi,ìr t,,

Aqrri clrcgrrtl.s, passiÌrìlos plta'rilrirr'ir()rr(.rr() (lo iÌÌlt)()b[(). ir cír-Itruttça oLt püganenío, que tetr, conro objccr' , rrr'rìrlrrìro (lc irnDostu aDur.lrrror'r,cntuafnrente aclescido cle juro.s dt, n,tt,rt1.ãtt 1,,,,,1,rrrçu, em eas(, (lürccrrrbolso, jaros compensattírios. nos terrnos du ar.t.,'7(r.", n." I , al. ó). CIRS.t rrsrr não tenha sido apresentada a declaração de ren dimentos e de jurcs irularttrti.:trtórios, conforme indica o art.o 43.", da LGT, sempre que se determinc,c rrr lcclamação graciosa ou impugnação judicial, que houve erro imputávclrr rs serviços de que resuìte pagamento da dívida tributiíria em montante suDerior;ro legaÌmente devido, e, caso seja, dejuros de retenção_poupança ,,i r.

A este respeito, deixe-se o caso de Escola cle um casal, cuja liquidaçãorrP'csente a colecta líquida de € 4000. Na eventualidade de existlrem retencõesrrr lònte e pagamentos por conta de, respectivamente, € 7000 e € 20'0. olrrlor apurado de ìmposto final é de: € 3200, que será, eventualmentc,ir( rescido de juros de retenção-poupança e reembolsado ao casal. Assirn. €l(X)O - (€ 7000 + € 200) = - € 3200.

| ,r:rl. até ao dia 20 cle cacla um dos meses cie Juìho, Setenrbro "

D"r".úi. prr,,u,, ,, r,'rlrr'ma o art." l1)2.". n.o,1, que. ,,.1-

Cessa a obrigatoriedade de serem eÍèctuados os pagirrìlc't{,\t',,r corÌtiÌ quando: al Os sujeìtos passivos verifiquem, pelos elementos cÌe que {ìjsponharn, ,1,,,,' ' ' 'ìr)ntantcs

das retenções cruc Ihes tenr'ìam sido electuadas sobre os rencliirenros oa catcgr)flilll. rcfescidos dos pagaÌnentos por conta eventualmente já efectuaclos e relalivos ao pr,ìpri,,.||i(). seìam iguais ou superiores ao imposto total que será devido; ú) Deixern de ser aulÈrid(Ìs( rì(lrnlentos da caÌegoria 8.", peìo que o n.. 5 indicfr que ..5 _ Os pagamentos por conta potlcrrrr I feduzidos pelos sujeitos passivos cluando o pafamento por corita for superior.à dilèr.cnçu

, || tfc o itnposto total que os sujeitos passivos j ulga\m devidà e os pagamentos já eÍ.ectuaclos.i..

"r' cli: Acórdão do supremo T.ibunal AdrÌinistraü và-, de 3 de Março crc 2010. Reìirtor: Mirancì.,l( l) checo: '(...) ll A concretização cÌa indemnização ínsita rios juros indemnizatórios ú,'lr;ccto cle liquidação âutónonÌaì, dilèrenÌemenle do que acontcce com osJuru. .otÌÌpensato.()s,trc srio engk)bados na Ìiquìdação da dívida tributária (artigo 35.., n." 3 cÌi LGT.)..,. Àcirr.dto tlolìrrIr'cnto Tribunal Administrativo. dc l9 de Novembro d" 200g, R"lotor, Jorge de Souslì...1\ rrÌprrtabilidade exigida para rcsponsiúilização pelo pagamento de juros coìÌpens t(ifiosl' lr.rrlc cla existência cle culpa, por parte do contribuinte. ir --euando uma determrnacl. c.ntruru'

'|

Ìrs1i11li uìn facto qualiflcado por lei corro ilícito, deverá tazer-se dcco'rer clo prcenchinrcntol.r l)jlÌilcse normâ1iva, por ilação lógica, a existência de culpa, ììa forma pressuposta na prcvi\ri(ì

,1,, rrl)o de ilícito respectivo. III - constâtando sc que o còntribuinte incorr"u em va.ros c,.r,r*r , r.ir Ilrcação do princípio da especiaÌização dos exercícios e constatando se que, ila globaliclatlci' l( \' resrllou ele próprio p.ejudicado. prr ter invoelrlo t.rdiamcnte rrìuis cuslos do qLrc os (racrÌl'(ipoLr. Da() hí ìugar a aplicação rìc jur,,r coÍnpcn\Ilorio\ pcll rnroe ç.(r dc cLl\l()s lulle

, rt';rrlos. IIrr-intpcrativo do princípio da justiça..'. ll www.clssi.Dt

rl | ^r,(

r, l'll^ | r r ' ||t ., 'tv rr, ,

l{clcrc o 1u-1." 97.", do CllìS, (luc, l)itr:l r.lt.ilos rlc ;lrgrrrrrclrlo. "l ollìS tlcvc scr l):ìgo no ano soguintc ìqrrule ir tlrrc r.cspe itirrrr os rcrrclimentosrros scguintcs prazos: lr) Até 3 I de Agosto, quando a liclrridaçiìo scja ofectuadalr() prirzo previsto na alíneau) do artigo 77."; ó) Até 30 <te Sctembro, quandorr liqrriclação seja efectuada no prazo previsto na alínea b) do artigo77."; c)Aló 3l de Dczembro, quando a liquidação seja efectuada no prazo previstorrr alínca rJ do artigo 77.'.".

Ern seu tumo, o art." 106.', dispõe que o modo de pagamento, a existir,rlt'vc scr integral: "O pagamento do IRS deve ser integral e efectuado em moedar'ollcrrtc, por cheque ou vale de correio, transÍèrência conta a conta ou qualquerorrtnr tììeio, nos termos autorizados por lei.".

Ânalisados estes pontos, piìssamos, de imediato, para a resolução do( ;r\() ('tìì irpreço, sendo que o enunciado fãctico descreve a situação de Filipa,.lrrristlr c ProÍ'essora do Ensino Superior, casada, sob o regime de comunhãorh' hcrrs adquiridos, com Ricardo, Engenheiro Agrícola, desde 2005, não tendo,rrirrla. lilhos, e residindo em Portugal. Filipa é autora de obras diversas decrrnictcr j urídico, desde 2004, estando colectada na repartição de finanças de('oirrrbrl como trabaÌhadora independente, para rendimentos provenientesrll plopriedade intelcctuaì, sob o regime simplificado de tributação, desde.l(X)4, c como trabalhadora dependente desde 2005. Já Ricardo, seu marido,t stii, clcsdc 2004, colectado no serviço de finanças dc Coimbra coÌno tra-lrrrlhaclor independcnte, errpresário em nome individual, para rendimentosrur'ícolas, siÌvícolas e pecuários, estando abrangido pelo regirne simpliÍìcadorle tributirção. Em 2009 FiÌipa autèrìu € ... provenientes de trabalho depen-r lt'ntc. tcndo sido eÍèctuadas as respectivas rctenções na lbnte no valor de € . . .

t t ont libuiçõcs obrigatórias para a segurânça social de € . . . Por outro lado,l'ilipa rriur auferiu quaisquer rendimentos derivados de propriedade intelectualr' clcctuou pagamentos por conta no valor de € ... Em 2009, Ricardo auferiu( ... l.)rovcnientes dc rendimentos agrícoÌas, silvícolas e pecuários, não tendot'lt'ctuiuìo retenções na fonte, tendo feito pagamentos por conta no valor de( ... lirn 2005, o casal contraiu um empréstimo bancário para aquisìção deunrir habitaçi-ur, estando a pagtr. desde então, juros decorrentes do encargoL orr rr tlívida e amrortização da mesma_ Na sequência desse contrato subscre-lt'rrrrr. clrtla ul'Ìì, urÌr sijguro tle vicla. Filipa e Ricardo são também, cada unt,Ì.rruukrrcs dc ulrr st'rÌrrlr (l('lrci(lcrìlcs pcssoais cm rclação aos veículos dc

t

tMt{)li

rlrrt'sÍo prr4rlictíu ios. No ano de 2009, o casal apresentou despesas de saútlc.

1x'lir acluisição dc bens sujeitos à taxa de IYAde 5Vo.

Quitl Juris /

Ora, subsumindo os dados do enunciado com os ensinamentos que indicít-

rÌros ântes, verificamos, desde logo, que, no espaço destinado ao momentotlo lunçamento do imposto, designadamente, quanto à incidência pessoul.liilipa e Ricardo são, ao abrigo do art.' I 3.", n." I, do CIRS, sujeitos passivos,

t slirndo sujeitos a tributação por IRS. Por outro lado, como são casadtts crr;ro cstão separados judicialmente de pessoas e bens, constituem um âgregadolrrrniliar, estando obrigados à tributação conjunta, nos termos aplicávcis do;rrt." 13.". n." 2. do CIRS.

Em sede de incidêncìa real, atentos os art."' 1." a I l.', do CIRS, Iìiliplrrlcgra-se na Categoria A, de trabalho dependente, enquanto Professot-lt tkrI rnsino Superior, e, também, da categoria B, em sede de Rendimenttls ('ottttt', iiris, Profissionais e Industriais, derivados de Direitos de Autor e Cottcros.rrlì:ctos à Propriedade Intelectual, deconentes da sua actividade de cti:tçrtolitcr'ária, estando, neste caso último, abrangida pelo regime simplific:ukr tlt'tr ihutaEão. Já Ricardo, empresário em nome individual, integra-se cxclttsivrrrÌìcr'ìte na categoria B, pelos rendimentos agrícolas, silvícolas e pccttlltios.( sliÌndo igualmente abrangido pelo regime simplificado de tributação.

Passando para a tleterminaçlo do ranrtimento colectdvel, em c()t)e r('l( |

rr rr sua primeira fase, de apuramentòdgrytdimento líquìdo de cadtt catt',r11trirt.

inrportará subtrair-se ao rendimento bruto de cada categoria âs dccluçax's

r'sl)ccíficas, que, para o caso de Filipa, obrigam à verificação do ârt." 25.", tkr( 'llìS, umâ vez que em 2009 não tem rendimentos provenientes de propt ic

rllrdc intelectual, sendo que, no caso de Ricardo, a propósito dos seus rcttdirìrorÌtos, ter-se-á em conta o art." 31 .', do CIRS.

Nunra segunda fase, cumprirá âpurar-se o rendimento gkúal líquidtt.orr cnglobamento, que resulta do somatório dos rendimentos líquidos dc cadtt rrtcgcrria. Por sua vez, para apuramento final do rendimento colectável, poder(r

, Lrl so o caso clc sclcrrr dcduzidas a cste montante último determinadas pcrdas

ir rccuDclar rìos rttoltlt's lrtrittlos no rlrt." -55.", do CIRS.

tìt l ()lIic^l c^jit)1 |,tt^|tr r r , , l l ,

, r Í V , , , , ,

I):rssarrtl., agoriÌ, par{ o n.ìorìolìl() dit ritltr irhtTttr t. rrrrrisrr'clrras, igual-||rctìl('lls su:ts d u:ts lases:

A prirnoira destina-se ao apuramento dau)l?du tot(11, através da aplica_çlìo :ro rcndintento colcctável da taxa respectiva, nos termos dos art.,,i 6g.",7 | ." a 73.", do CIRS. Tratando-se de sujeitos passivos casados e não separadosjLrtliciahrente de pessoas e bens, como é o caso, aplica-se o afi..69j, n.. l,tkr ('lRS, que informa que, tratando-se de sujeitos passivos casados e nãost'plrludos j udicialmente de pessoas e bens, as taxas aplicáveis são as coÍTes_porrrlcntcs ao rendimento colectável dividido por 2. (coeficiente conjugal _tt,littìn,\). Posteriormente, o art.o 69.o, n.. 2, do CIRS, refere que .,As taxasli r rrrlirs no artigo anterior aplicam-se ao quociente do rendimento colectável,rrrrrltilrlicundo-se por dois o resultado obtido para se apurar a colecta do IRs."( orrr t'li'ilo, o rendimento colectável de Filipa e Ricardo será dividido por 2,s('r(l(ì (luc ao respectivo montante obtido aplicar_se_á a taxa que lhe couber.lrrrr scguida, o resultado obtido é multiplìcado por 2, obtendo_se, dessa feita,;r t olce ta tcltal.

Apurada a colecta total, passa-se para uma segunda fase de apuramento(lit (ol?L'tu líquida, que resulta da subtracção ao montante subjacente àquelarlrrs tlcduções à colecta que, genericamente, se referem no art." 7g.", do CIRS.l)cstllte, ao valor obtido em sede de colecta total da decÌaração de rendi-rrrcnlos de Filipa e Ricardo haveriam que deduzir-se as despesas de saúde,r('Lrtivânrcnte à aquisição de bens à taxa de 5olo de IVA (art." tì2.", do CIRS),i)s crìciìrgos com imóveis (art." 85.", do CIRS) e prémios de seguros (art."tír." tlo CIRS).

I)cixe-se a nota de que os rendimentos de propriedade intelectual que,rr vcrdade, Filipa não auferiu no ano de 2009, constituem, ao abrigo do ãrt..rfi.". rlo EBF, benefícios fiscais. Em rigor, na declaração de rendimentosrrr xlclo 3, são tributados parcialmente a 502. no anexo B,.sendo que a restante)i r1c ol)era a títuÌo de beneficio fiscal, figurando no anexo H, atentos os limitesrr t'r'islos no reÍèrido artiqo (í,r ).

'.\rr."5s".rkrlilJlr. r ()s rtrrrrìrrcnlos pr-.venicntes Lra pfopriecrade riterária, artíslica c,rrrrrr(ir.((ìr\r(r(''Iì(r{ì\r'r,.,Ir\:',rrrìrìì{ìrrrloslcntli'jrcntlrspr-tì\'enieDtesdriìliennçãoclc,obr.as

lMl\)l;l() ri( )lllll I I lrl lrlrlÀ,1r rlrll

Apulacla it colcctir líquida, scgLrirrrr)fi llg()ril l)ara o momenttl híbricìtr

rlrrc íhlámos, enì quc se determina o itttltoslo linal, e que resulta da deduçato

rr t rrlccta líquida tlos valores relido s rur.lttnlc por Filipa e pagos por conta por

si c por Ricardo, em 2009.

Por último, segue-se o derradeiro momento d o imposto, a cttbrançu ou

I't t !!!!!491]!p, que tem como objecto o montante de imposto apurado, sendo

rlrrc se da retenção na fonte efectuada no caso Filipa e dos pagamentos por

,.orrta realizados por si e por Ricardo existir uma diferença substancial, para

rrrrr valor superior, relativamente à colecta líquida, a Administração Fiscal,

('. lx)r regra, o departamento de cobrança, reembolsará o casal do respectivo

r';rlor, acrescendo, eventualmente, juros de retenção-poupança do mesnì(ì'

Nl hipótese inversa, haverá lugar ao pagamento do imposto final, os tennos

t)r cvistos no art.' 97.', do CIRS, atentos, igualmente, os aÍ."' 104.'' 1 06 " c

l0tÌ.", do CIRS (Órr.

,r" "n"

4..^",nplo. * . * .*ttlrtls-ÃJ."'*,*ì", *Ir o"r,*+açào peüg';gie l'

, , icnlí1ica, quando aufelidos por aulores residentcs em território português, desde quc sr"j ttt

,,\ rituìlrcs uiginár'ios, sito cottsicìerados no englobantento. para eÍèittls de IRS. apcnas pol

,t t'i clo seu valòr. líctuido de outros benefíci.s 2 - Excluem-se do disposto no núnrct ô ii nl(j fi' 'l,,. r'cnlirnenkts DÍo;enientes de obras escritas scm carácter literário. ilÍtístico ou cicnlÍlico',,l,riì\ de arquilectura e obras publicitírias 3 A importância a excluir do englobilnìenlo nos

t, rrrtrs do n.' I não ptxJc cxceder € 30 000. 'l Quantlo os rcndinÌcntos a que sc rclcr-e o n " I

,.r,..cclant € 60 000, a dìfèr.ença entre os rendimentos Iíquidos do benefícìo c itquelc nrontrrrìl(

,. r lir idi(lt por três. aplicando-sc ì totalidadc dos rcndinlentos engkrbáveis a taxa corrcsporÍlcrìl(

I\(!rnlÌ(lcslequocietÌle. dicionildo da inìpoíância reierida no tìúmero anleÍÌor' com os rcslilnlcs

r' rì(linlcrìlos procluzidos no ano.".

' (71i, pariì um estudo mais abrangente. CASALTA NABAIS, Direitrt Fistul' ttlt t ìt ' 1tti,q:, / /,r 5í)7i MANUEL PIRES, O Có(ti.e,o (to IRSÍlce ú).lírcito ìttte rnttionul .lirurl itt I5 rttt'tt

,l,t trlì)t-ttkt lircaÌ tle Ì988/89 jonutlas dc homenagan do PloÍts\or l)í)ut()t- Pitltt ? ( tt11lkt.

\lrrrcrfirra. 2006, prí,qs.89 a 96.

2. IMPOSTO SOBRE O PATRIMÓNIO

2.I. IMI

Caso l

. Imposto Municipal sobre Imóveis

.Ioana, empresária em nome individual, colectada para rendimentos:rgr-ícolas, silvícolas e pecuários e abrangida pelo regimì simplificado det ributação, é proprietária de um prédio urbano, paia fins habitacionaisr,dc dojs prédios rústicos, que são utiÌizados para fins agrícolas, desdeI)czembro de 2009.

a) Suponha que, em Março de 2010, Joana recebe, por carta, umacrmunicação da DGCI, designadamente o documenío de cobrança,inlrtryaldg Uue deverá pagar a primeira prestação de IMI, durante onrôs de Abril do presente ano.

Quid Juris?

Proposta de Resolução:

a) O caso prático que agora analisamos centra_se num imposto sobre oI,(rtrintónio: o Imposto Municipal sobre Imóveis.

-foma-se impoftante, no enquadramentoprático destaresolução esboçar,

tlcsclc logo, uma nlilisc pn:cisa sobre os vári,os momentos deste lmposto:Conr clcito, rì:ì l):Ìrto dcstinâda ao lançamento, clesrgnadamente àìrrtìlônt itr 1tt";trtdl. rlislxìt.o irr-1.,'Íì.,,, n.. l, do CIMI, qrrc. ..1

O irnposto ó

lli)

tMt,()s I o solltì[ () t,^t |ltM( )N ( |

rlcvido peìo propriet:írio do prédio em 31 de Dezembro do ano a que o mcstlolcspeitar. 2 - Nos casos de usufruto ou de direito de superfície, o imposlo ótlcvido pelo usufrutuário ou peio superficiário após o início da construção daohra ou do temo da plantação. 3 - No caso de propriedade resolúvel, oirlposto é devido por quem tenha o uso e fruição do prédio. 4 - Presume-seproprietrário, usufrutuário ou superficiário, para efeitos fiscais, quem comotirl Íigure ou deva figurar n a mati'z, na data referida no n." I ou, na falta deirrscrição, quem em tal data tenha a posse do prédio. 5 - Na situação previstarìo artigo 8i." o imposto é devido pela herança indivisa representada pelocabeça-de-casal.".

Por outro lado, quanto à incidência real, indica o art." 1.o, do CIMI,(lue o imposto municipal sobre imóveis incide sobre o valor patrimoniallributário dos prédios rústicos e urbanos sitos em território português,ronstituindo receita dos municípios onde os mesmos se localizam, pelo quorr art.o 2.", n.' 1, do CIMI, esclarece que prédio, para efeitos do presentoC ódigo, prédio é toda a fracção de território, abrangendo as águas, pÌantaçõcs,cdifícios e construções de qualquer natureza nela incorporados ou assentcs,com carácter de permanência, desde que esteja incluído no património tlcÌ'ma pessoa singuÌ 9, em circunstâncias normais, tenha valolola!érnlça, e, bem assim, as águas, plantações, edifícios ou construça)os,nas circunstâncias antqriores, e disponham de autonomia económica crrrfelação ao terreno onde\se encontrem implantados, embora situados nunrirllacção de teritório que\aça parte integrante de um património diverso ourìão tenha natureza patrimbÊial: Acresce, ainda, do art." 2.", n." 4, do CIMI,que cada fracção autónoma, no regime de propriedade horizontal, éconsiderada como sendo um prédio.

Em moldes mais específicos, o art.o 3.o, n.' 1, do CIMI, indica que sãoprédios rústicos os terenos sitos fora de um aglomerado urbano (6r), conquantotlue não classificáveis como terrenos para construção, em sede do art." 6.o,

""'O art.'3.", do CIMI, define aglomerados urbanos, para eÍèitos dcsse círcligo, couIr. ..aldrrr

rìos situados dcntro clc pcrÍìetlos legalmente fixados, os núclcos corD urìì rríninto rlc l{) Íìrgossctvidos por alrrlrnrcll()s (ìe ltliliritção pública, sendo o scu pcrínctro dcìinìitlt(lo l)(n lxlìl(rs(lìsliìlÌciad()s 50 lìì (lo t t ro r los rtr'r'ttrttttcnlr)s, n() senli(l() 1riìnsvcrsaì. c 20 rn tlir tiltirru ctliÍierrçlur,rr() scrrlid() (l(Js :rrr:lrr( rlo. '

| (ArÍr:,llt^lrÌ(r,rr ' LVr trr',

n." 3, do ClMl, e dcsde que: Estejam aÍcclos uLr, rrir llrll:r tlc eoncrota al'ectação,tenham como escopo regular ou normal urla uliliztçao gcr.adora de rendi-mentos agrícoÌas, nos termos assim considerados em sede de Imposto sobreo Rendimento das Pessoas Singulares; Se, porventura, não contempÌarem aindicada afectação, não estejam construídos ou disponham apenas de edifíciosou construções de carácter acessório, sem autonomia económica e de reduzidovalor.

Em seu turno, pelo art." 3.", n.'2, do CÌMI, são, igualmente, prédiosrústicos, terrenos situados dentro de um aglomerado urbano, conquanto que,atenta a necessário disposição Ìegal que aprove, não possam ter utilizaçãogeradora de quaisquer rendimentos ou só possam ter uma utilização geradorade rendimentos agícolas e taÌ afectação se veriíique, na prática.

Por último, nos termos do art.o 3.", n." 3, do CIMI, são, ainda, prédiosústicos: "l Os edifícios e construções afectos, de forma imediata, à pro-dução de rendimentos agrícolas, quando situados nos teÌ-renos reÍèridos queantes se indicaram e as águas e plantações para as circunstâncias previstas noart.o 2.", n." I, do CIMI.".

Já no plano do art." 4.", do CIMI, se indica que são prédios urbanos,todos aqueÌes que não possam ser classificados como rústicos, sem prejuízo,todavìa, do afi." 5.", nos termos do qual se refere que sempre um prédio con-centre partes rústica e urbana será cÌassiÍìcado, na íntegra, de acordo com aparte principal. Se tal não for possível, o prédio será tido como misto tía).

rí'r) Art." 6.'. do CIMI. 'l - Os pr'édios urbanos dividcm-se em: r, Habirrciorìais: ô/ Comercitis.industriais ou piu a seÍviços; (./ Tcrrenos ÌtzLr.a construção:./) Outros. 2 Hlbitacir-rruis. r:omcre iuis,industÍiais ou piÌr.ì serviços são os edilÌcios ou construções para taÌ ìicenciados ou. na litlta delicençaL. quc tcnhaln coìÌo dcstino Dornlal cada unt clesles fjns. 3 - Consiclcrarn-se lerrenos paraconstrução os tcn€nos sillliüos dentl.o ou lbra dc um agìomcracio urbano. pafa os quais lenha sidoconcedida licença ou autoriziÌção. adnritida comunìcação prévia ou emitida ìr1ìroação préviafavorávcl de opefação de ìoÌerÌrì'ìento ou cle constfuçio, c ainda acluclcs que lssim lcnhlrm sidodcclarados no título aqrisitivo. cxceptuândo sc os terrenos enÌ qLte lrs entidadcs competentesvcclcm quaìquer claquelas operaçõcs. designtdanÌclÌte os locaìì,,ados e-nt zrrnas Ver-ilcs. liieiìs Ìrrote-gidas ou qüe. dc acordo com os pltltos municipais de orclenamcnto do lerrìl(jfio. csteirìn alcctosa cspaços. iniia-estruturas ou cquipameììtos priblicos.4 Enquacltrnr sÈ na pfc\ìsiìo Lliì nlfuca1) do n.' I os terrellos siluados dcn{r'o rle lrnr ltgìorlera(lo rrrbano quc niio scj.rrrr rtlrrn,,r pirrrconstruçio ncnl se enconlrcnt alrrarrlitlos lx lo r li:1r rs kr no rr." 2 do lflig() 3_,'c itiDdiì os e,rlilíciose constr'Ìrções liccncirrIrs orr. Irr lrrltrr r ! r ' I r L t r r ( r r . r Ì r r t lr'rrÌtarì] conto tlcstirro nor.rnlrl orrtr.os IiDsquc nì() o\ r'cler'irIrs rro rr" '1.rrrrr,l.r ,r,.,1 L rr r'pr.rro rlrr tr " ì .

ìlrr r,1 r|l|t t'l\ ll,ír rÌltl I

lìclifa-sc, outrossim, que o ClMl, no seu aligo 1 1 .", procede a iscrrçiie s,r lt oltlcnr estrutural, que apenas assistem a Entidades Públicas. Ncstc scnlirk r,

| \liìo isentos de imposto municipal sobre imóveis o Es tado, as Regioes Autóru t

/r/í/r Lì qualquer dos seus Serviços, estabelecimentos e organismos, lncsrrr0, lrre lrersonalizados! compreenden do os instiÍutos públicos, que não tcnhir r

r iì r ricter empresarial, e, finalmente, as autarquias locals e as suls a.r,rrrr'rtr1.r)r'.rc lr'tltrações de municípios de direito público.

Entrando, agora, na deÍerminação do rendimento cttlectável, impotlar, lt'rir, de forma sucinta, que o vaÌor objecto de tributação coincide com oi :rlol patrimonial tributável, estando regulado nos art..,s li." a36.", do CIMI.1r:rrrr pródios rústicos, e nos art.o, 31 ." a 46.', para prédios urbanos ((,5). par.a

(7/: r esle pfopa)sik), art." 7.', do CIMI, I O valor patrinronial tribr.rtiuio tios lrrtilios r.,1, (LÌìì|lrdo Ì1os lermos do Ìtrescntc Código.2 O \'alor. patrimoniaì tributhrìo cìos Prcrli,,..,r lìir ì()\ coììl paÌtcs cncluadráveis cm mais de uma diìs cltssilicações do n.. I do ar.lig. trrrtL.ri,rrl, r\'rììììì[ se: a) Caso uma das partes seja principaì e a oLLtra ou outras mcramenlc lcr\\()rrit.,.''r .ìl)lic çio das regÍas cle avaliaçito da paúc plirìcipiÌì. tendo erÌl iìlençaÌo iì valoriziìçÌo |csrrlrrrrrrr.lr L \r\lCncia das partcs acessóriasi Õ) Caso as dilìfentes partcs sejam cuonr,rri!,rrrr.rt,

I r,j l)cndcntes. cada Partc é avaliâda por aplicüção das colfespondcntcs regras. sct)0(ì (, \ i (ìrl,'t'rcdio a soma dos valores das suas partes. 3 O valor patrimonial tributi.u.io c|rs Irr.rlr,r'r l()s co[esponde à soma clos valorcs cias süars pnftcs rúsliciL e urblna detenninados ;xrr rrlrlr

, L() rliìs corrcsponLìentes legrfs do plesenlc C<icligo.". Cfi:, ncsta sede. o Acórdão tìo SrrIr,.rrr,,I l)Ì||ìxÌ Aclnìinistrativo. de Ì{ de Novèpbr.o de 2009. Rclator: Isabeì Marques cla Silvir. ..1

| ,l.lcfminlção do valor patri\ìoninl trfbutr'irio dos tcrrcnos piÌì.a construção há quc rrhsL.r r rrr,l \l)()slo no aftigo 45.'cÌo Cód[o_do{Ml. niio hrvendo lugrÍ iì considcração t1e coclici(. tr\

l Llfctlìçio(cii)edequalidadeeconÍb|t<t(cq). II Não obstântc os "critérios objcctivos Irrrrr, , , tcInrinaçiro do valor patrinìonizrì tributiirio iixados nos artigos 38.. c seguinles ilo Cr'rcligo rkr| \ ll (lcsde â entradiì enì vigo| da Lci n." 6zl A/2001t, de 3 I de Dczembr.o cluc sc peÌ ìrìllc (lLrc,

t, rrrkr rt ILPìicaçiio clatlueles critõrios condrra à Íìxtção de um valot patlinronial trihutrlrio tlrrI, ìi'rcscntcdisk)fcìdorel;ìtivrnlcnÌeâovalornormaldenercado.o\'âÌofpatfinlonilLl tribUtiifi(),l(rrenospiÌracoustruçiopo\saseflixtÌdoporapìicaçirodorÌlé1odocompiìfiìti\,od()svaIrr.cs

rì( Ìcirdo (al;: o n.'.1 do amigo 76." c1o Cócligo do lMI, na r.edacçiio que ÌÌre tìri conÍì'r'irlrr',,,rrti-r.Ìo93.'cliiLei n.'6'1-A/2(X)8. de I I de Dereìnbro), o que legilimiì qlìe se ttnìre crn cotìsi(l(.r Ltì |]rÌ a\iìlirçio, o!ónus incidentes sobreopriclio. con-ro parccc serrìe justic;a. lll Olrreto, L rÌ()\'u redrìcção do iìftigo 76-" do Código do IMI apenas tcf cntriì(l{) enl viro| rto clia I rlc', rtit dc l0Í)9 ì)aio corlstiltri obsliictllo ì sua apliclbìlidade ìr selunda alaliirçlìo quc lcrrlrr rr

, ,lr'(lttrLlt nt sc(lLlcltìriir (lir irnÌÌlirçiì() (lrr:intlicirda nos plesentcs itol()s. p{)t\ rluc r lrt)lr.r ! rlLL .r. rclirli\'lì ì \c!Urì{l:r rrrrrlr:r(rrorl( PrL:tliosrrr|rrrros((-/):iìeÌlígrxli'rloiiflig(ì76.,'rIr(ìiliro

1,, lNl l ). 4 (ìc clìri,/ lrft ì(1Ì jrr rr, rrtiÌ1. lor,o r' r L. rrlrlit ,rçtr0 ìrnctlìlta a nrcntls rlrrc tul ltpliritç.1() l)rr.ltl1,, ur'ltitritÌtl|lts. (l ( tl(,. ( t l(r, ..1 IL.LL N tl,)\ {.r,rÌlril)LtiÌìlc\ (( //: (}tì,'ì rìo:r|tigrr lÌ. rlrrl, ('t.rirl Íril)Ut:|||]t) ,,rllrL Ì!,, I rrr rrrrrr rl!:,ì |ìt

l) ìt ()lIj|Al l)^ti(),l,|^Ìir rr, |r lrv/ trr,.

Ptiir lios rov,rr. t'ittsttilos ttai,,Ìo dc 2(x)4 ,í,, inrporrará ,:::ïJ:;ìïllll',:ì:ì:li:ììï,i :ììil::i;:lïïï::Í:('lMI. pcl. quc, no que tange aos restantos pr.érJios urbarros, e náo se verifi_clrrdo o disposto no art.o 16.", do CIMI, rege a portiÌria n." I33712003, de 5tlc l)czembro, que estabelece os coeficientés de desvalorização da moeda aiÌl)tlcar para a actualização dos valores patrimoniais tributários <ios prédiosur't)iìtìos não arrendados e dos prédios rústicos.

I)clo art.o 112.", n." 1, do CIMì estabelecem_se as taxas respgctlvas,scrl(lo (rrlc, para prédios rústicos, o valor é de 0,g70, prédios vbanos,0,4va a( ). /7 ; e Prédios urbanos avaliados, nos termos ao Cnvft: 0,2Vo a 0,4Vo.

lì.n setle de liquidação do imposto, refere o art." I 13.", do CIMI, o res-pr'r lrvo irrrposto é liquidado anualmente, em relação a cada município, concre_t;rrÌ( nt('l)clos serviços centrais da Direcção_GeraÌ dos Impostos, tendo emlrrrlrr i k' :rlxrntamento os valores patrimoniais tributários dos prédios e em rela_('ir() r()s su.lcilos passivos que constem das matrizes em 3l de Dezembro doilì() ir (luc o Incsmo respeita, sem prejuízo do plasmado no art." 115.o, do( lMl. lÌr'outro lado, a liquidação será eÍèctuaáa nos meses de Fevereiro eMrr ç'o tlo ano seguinte, não havendo lugar a qualquer Ìiquidaçâo sempre que() nr()lìtiìrìte do imposto a cobrar seja inferior a € 10.

Crrrn eÍèito, o imposto final resultará da aplicação da raxa respectlvarrr lcndinrento coÌectável, assim se apurando a cõlectã, não havendo Ìugar at;rririscluer deduções.

No momento íinal do imposto, a cobrança ou pagamento, indica orrl." I I9.o, do CIMÌ, que os serviços da Direcção_Geraì dãs Irnposros proce_tlclrìo ao envio, a cada sujeito passivo, até ao fim do mês anterior ao <lopaga_iììcrìlo, o competente documento de cobrança, com discriminação efectiva

, "" .lìir lu sc rq ui enr 2002i justarnente por força do Decreto_Lei n.. 2g?/2003, de r 2 de Novembro1,( l{)0J. cllrc iìp.o!ou o Códieo clo lnposto Municipai sobre I,"OG., qr" a"oo"

"rn vrgor a 3f)(t1 t)r'./c,nb'.) de 2003. e, aiéìr disso,'o Ctidilo Ãïili; üïi;uìïïi." u, .r..on.,r,i..0".

(i,)('nr\irs (lc Imóveis. que entrou em vigor a I de Janeiio tle 2004. D'e ."iè.i. qu" "rr"

o"".a,n-l'( r rlrcrou' igurìmente' o c(idiso do Imposto do seln, o Ertun,toìo. É.nefícios Fiscais c os( ,rrlirrx r'r tÌìS c d. trì(." ,"u,,g,,,, ,, càaig. ã"èì"ì"t*ôilff:ï" lmposro sobre alr,lrrstr irr Agr'ícolrr. o ( iltligo rlrr ( ,irrrtr

Srsrr c tr. Irrrp.sr, s.r,,,. ,, s,,, .,r,..',:ïiç'toll utárq ürca e o critlig. cl. Intpost. Municipaì ile

1'(i

r los próclios crrr qucstiLo, ovcrrlruris p:rr1t.s p:rssrvr'is t[' rrlilizlção irrrlcpcntlclrlt..rrcrerìte valor patrin.ronial tlibrrllil io r: tltr colcclir itrrltutada a cad:r rnrrrricí1tior l:r localização dos prédios. Ncstc pr ccisir lìrsc, d, tarnbónr, Íacultada às cârnlu.lrsrrr unicipais e aos serviços de Íìnanças da área da situação dos pródios a in lor.rrrirção contendo os elementos agora indicados, podendo, aí, ser consultatllr1xr eventuais interessados. Se o sujeito passivo não receber o documento rÌìcrì-t ionado no n.o l, deverá solicitar em qualquer reparlição de finanças a entisslìtrrlc uma 2." via.

Pelo art." 120.", do CIMI, refere-se que o imposto terá que ser prg(,scmestraÌmente, portanto em duas prestações, nos meses de Abril e Setembr-o,tlesde que o seu montante seja superior a€ 250, devendo o pagamento, rìocrrso de esse montante ser igual ou inferior àquele limite, ser efectuaclo dcrrrna só vez, e, desta feita, durante o mês de Abril. Se a liquidação tiver lugarli)ra deste prazo, o sujeito passivo será notiÍìcado para proceder ao pagamclrto.tr qual deverá ter lugar até ao Íìm do mês seguinte ao danotificação. Por oullrlado, se, no mesmo ano, por motivos imputáveis aos serviços, for licluitlirtkrirnposto respeitante a dois ou mais anos e o montante total a cobrar scjir srr1x.

tior a € 250, o imposto concernente a cada um dos anos que haja clrr irtr.lsoscrá pago com intervalos de.,seis meses contados a partir do mês seguirrlt', irrcluído o da notificação suprla meneionada, pagando-se o imposto mais ;r rrti11r.Indique-se que o não pag\mento,lde uma prestação ou, caso seja, tlc rrrr:ranuidade, determina o imedìato/vencimento das restantes.

Doutro passo, pelo art." 1 17.', se informa que, ao valor apurado clc irrr

lrosto final a ser pagÕ, poderão acrescerjuros compensatórìos, quando, In)rlacto imputável ao sujeito passivo, for retardada a Iiquidação de parte ou totalitlade do imposto devido, nos termos, assim, ltrminados pelo art." 35.", da LG'I.Para estes efeitos, o juro conta-se dia a dia, desde o momento em quc lìrrletardada ou adiada a liquidação até à data em que vier a ser suprida ou rectiÍ'icada a respectiva falta.

FinaÌmente, dita o art.' 121.", do CIMI, que são devidos juros cÌe zrorzrÍìos termos do art.'44.", da Lei Geral Tributária, quando o sujeito passivo nlxrpague o imposto dentro do prazo legalmente estabelecido no documento dccobrança, quer a liquidação tenha ocorido no prazo normal, quer. lÌrra doprazo nornlrÌ. orr, irirrtlir, nir scrluência de eventual Iiquidação adicional.

tr||( r)ttii(]^t 1j^,;{),t'||^||r rf,|r ",Ív||x,,

Ât;u i chcg:ukrs r ccupcrâmos o ciìso pliil it o r..r rjrr lrrt.lrrirlitlatlc -jaz acitla,t' rìir qual sc dcscrcvc.loana, cmprcsiililr crìì r)()lììc irrtlivirlual, colectlrda paralcntlinrcntos agrícolas, silvícolas e pecuhrios c uhr:rrrgttla pclo rcgime simpli-f ic:rdo de tributação, que ó proprietária de um pr-étlio urbano, paÍafins habita-r'lrrrrrr,s e dc dois prédios rústicos, que são utilizados para Íìns agrlcolas, desde| )czcrnbro de 2009.

Em Março de 2010, Joana recebeu, por carta, uma comunìcação daIX ì('1, em concreto o documento de cobrança, informando que deverá pagarrr plinrcira prestação de IMI, no mês de Abril do presente ano.

I)ostarte, estando cumpridos os formalismos impostos pelo art.. I 19..,rIr ('lMI, Joana deverá efectuar o pagamento no mês indicado em estreitorr's1x'ilo pclo art." 120.", n.o l, do CIMI(6i,.

' (];:. Ac(')rdão do Supremo Tribunal Adrììiììistrarivo, de 2,1 (le FcveÍeiro de 2010. Reìntor.lÍ)LrÌ(cNelo."l A paÍtir da entradt !-nr vigor clo Código do Imposto M un icipal sobrc Irnór,eis.t rrr I rlc Dezcnrhro de 200-ì. e por Íorça das disposiçi)cs combinadas do seu artigo 122." e clorrr tigrr 7-1.1.' do Cótiigo Civil. os cr.éditos provenienres de IMI só gozam de prjvilégio clcditórioirrrobiiilirio clcsde que inscritos para cobrança no ano correnle tìa datiÌ dt penhonì ou actoL.(lIr\iìlentc e nos dois anos anteriores. Il - Daí quc o cr.ódito Ícclitmado dq IMI in\crito plÌriìrrìllri||rçx p(ìstc ormcnlc iì() an(ì coÍrente lìit data rla penhora. aìnda clue litluìdaclo lrntcs tlar crlrllr ott dlt atl.itrtlicrrçiro tir prú<lio it qLte diz r'cspcito. nlio possir scr- rrdrtritit|r c {r ucrruu(ì c()rìl{)L rtirliro pliviìegirrrIr. . irr rrrvw rllsi.pr

tMt,()tit1) ti{ ) t t^|0t,1{ Í ||r I

2.2. tM'.t',

Caso l

. Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imírvcis

. Contrato-Promgssa

. Cedôncia da Posição Contratuaì a Telceiro Adquirente

. Regime Jurídico da Liquidação do lmposto

Beltis Bettencourt há muito tempo que tentâva convencer o sttlirctual marido, Francisco Polignac, pârâ que os mesmos adquirissem unì:tlrcr'dade para passar férias no interior, já que a câsa de morada dc l':rnríli:rsc situava no Restelo, na cidade de Lisboa. Desta feita, decidiranì crìlr:u'('nì negociação com Carlos Miguel, proprietário de uma herdado ri/í, n:t

cidade de Portalegre, e que, segundo os compradores, correspotì(lil, n1ì

írrlegra, aos seus intentos.Convencido pela sua esposa, Francisco Polignac contactou o Ì('lì'-

rido proprietário e uma datâ para celebrar o rcsltet íiïoe venda, atentas as instruçires (los t'('s-('t)ntrato-promessa de com

l)cctivos mandatários.No dia aprazado, o vendedor e os promitentes- r:orrrpr':r-

tkrres outorgaram o referido contrato, que continhâ uma cláusula crt.i:l

rf)ígrâfe se denominava de "livre cedência da posição c ontratual", inrposl:r

I)olo comprador âo vendedor como condição para celebrâr o neg(icio.

Por outro lado, e nessa mesma altura, foi entregue, pelos comprit-rkrres, o valor do sinal aposto no contrato e que correspondia a metadcrlo valor do imóvel, ficando acordada a marcação de escritura pública

o prazo de dois meses, facto que nunca veio a ocorrer.Insatisfeitos com o imóvel e porque â precipitação da compra por

l)rcssão da sua esposa levou a que Beltis c F'rancisco não fizesscm untlrom negócio, decidiram fazer uso da cláusulit enunci:td:t c lcederenr à prtrlxrsta do seu primo, Pedro Weinstcin, <;uc h:tvia rlilo rltte :tssttmiÌil ir p(F

siqão contratual de comprador no supru lttt'rtciott:tt lo cottl r:tltl pcltl v:tltlrtkr sinal p:rgo a(luando da cclebraçiro tltt cottl t':tlo tk' prrrttrt'ss:t.

l )ll ll ll(lllrnt^l (;^lì()ri|'tl^|l ,.ltt ,,,ÍV xl,

l)csta l'eiÍa, o novo comprador torrrou :r ;xrsiçho corrtratual dos pri-nritivos pr<lmitentes-compradores, e Íãkru coln Carkrs Miguel no sentidodc o inlbrmar que seria ele agora que Ìhe iria adquirir o imóvel objectodo contrato inicial.

a.) Tendo por base o enenciado descrito, pronuncie-se quanto àincidência objectiva e subjectiva do IMT, aos factos que estarão sujeitosa tributação, sem descurar do momento em que deve ocorrer a liquidaçãorkr rcspectivo imposto, fazendo menção expressa, ao longo da resolução,rlo clcnco normativo que sustente as soluções apresentadas,

Quid juris?

Proposta de Resolução:

a) O caso prático em epígrafe remete-nos para os domínios preciso doirr r;xrsto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis: IM! que entroucrrr palco, retirando a vigência do imposto de sisa.

A análise factológica que se retira do enunciado obriga a uma delimi-liìção cÍ'ectiva dos parâmetros de operacionalidade deste imposto.

Neste passo, informa o afi." 2.o, n." 1, do CIM! em respeito à fase dolunçamento, e concretamente à incidência objectiva e territorial, qLre orncsmo incide sobre as transmissões, a títuÌo oneroso, do direito de proprie-thde ou de figuras parcelares de bens imóveis silos em território nacional.

Resta agora saber qual o espaço limítrofe que abarca a expressàotntn,çm.issão de bens imóveis,cujo sentidojuídico, com excepção feita a cir-crrrstâncias em que a legislação fiscal determine inversamente, admite se-rrrclhança com o regime estabelecido em sede de Direito Privado, m axime deI)ircito Civil, tal-qualmente assim refere Casalta Nabais(68).

""'(Ji: .lOSIr ( ASAI lA NAlÌAlS. l)iftìto I:i.túÌ[, tú. cÌ1.. /íg. ó.]<).

I tÍ)

I() S()lJltl () t'^ IMI !\lt( )

Para tal, reza o art.o 2, n." 2, que aí se integram, desde logo:

l. As promessas de aquisição e de alienação, conquanto que tcnharrrrrrido tradìtio dares,para o prÕmitente que adquire, ou na eventualidaclc(lc este se encontrar em benefício de usufruto dos bens, com excepção ïèitasìs circunstâncias de aquisição de habitação para residência própria e perma-rrcnte do adquirente ou do seu agregado familiar e na ausência de quaisquersituações elencadas no art.' 2.', n.' 3.

2. A existência de contrato de arrendamento contendo cláusula comrlenção efectiva de que a res objecto de locaqão se torna propriedade doirrrendatário depois de satisfeitas todas as rendas aí previstas.

3. Arrsndamentos ou subarendamentos com duração longa. superiorrr 30 anos. independentemente do facto de ser estabelecida ab initio aqúandotla contratualização respectiva, na sequência de pronogação por anuência espccílica e tipiÍìcada inter partes, ou estar-se perante senhorio, renda ou cláusu l:rscontratuais distintos.

4. A aquisição de partes sociaìs ou de quotas nas sociedades em norììce olectivo. 9m comandit na medida em que estas te nlìiu ì ì

rro seu património bens imóveis e quando a inerente aquisição, amortizuçrioou adicional factualidade deterqline que um dos sócios venha a ficar com Íìrtiltlo capital social inferior a 75ft, ou sempre que o número de sócios seja lirrritado a dois, conquanto que sQjam marido e mulher, casados no regimc tlccomunhão de bens adquiridos òu de comunhão geral.

Por sua vez, o arI." 2.", n." 3, do CIMT, determina, outrossim. que ocorlerá transmissão onerosa para os termos prefigurados no n." I sempre qucl igure: "a) Celebração de contrato-promessa de aquisição e alienação de bensirnóveis em que seja clausulado no contrato ou posteriormente que o promi-lcnte adquirente pode ceder a sua posição contratual a terceiro; b) Cessão da

l)osição contratual no exercício do direito conferido por contrato-promessiÌlcÍèrido na alínea anterior; c) Outorga de procuração que conÍìra poderes clc

alienação de bem imóvel ou de partes sociais a que se refere a alínea d) do n." 2orn que, por renúncia ao direito de revogação ou cláusula de naturcza so

rrrclhante, o rol)r'cscrìlir(l() tlcixc tlc pocìcr revogar a procuração; 11) Outolg:rLlc instrunrcnto t on r sr rlrslrrlx lrt irr rt'lrlo rlc pl ocuração cclm os ptrlcr cs c clcilos

l)Ì|lt ()|rì(;^t í)Atil)r, t,||^ti|, trt .,rIvtÌr,.,

l)rcvislos rìa alíÌìclr lrÌìtcrior; c) clctlônt.ilr rlc lxrsiçrr'( (|||rIi||rIi|| ou aiustc dcrcvcrìdiÌ, por llarlo do promitente adc;u il.c tc tìt ì Ì r.( )tÌltitl( ) p ,, rrcssa clc aquisi_çi. o alicnação, vindo o contrato del'initiv.. scr-cclcb.irtl. cntre o orimitivoprorrritente alienantc e o terceiro.".

A última alínea, encontra uma excepção no art..2.", n." 4, do CIMT.(lrlarìclo o contrato definitivo a ser outorgado tenha como contraparÍeum ter_t (,ur) nomeado ou sociedade que estivesse em fase de constituição no mo_rììrrì1o de celebração do contrato-promessa, vindo, efectivamente adquirir oirrrrive'l e atendendo ao facto de que o promitente adquirente seja iguaimentet itU llrr- do seu capitaÌ sócia.

lìinalmente, o ÌMT incide, ainda, nas ciÍcunstâncias elencadas no art.o.'.". rr." 5. do CIMT_

Nos domínios afectos, já, à incidência subjectiva, o art.. 4." do CIMT,(l('tcr'rÌìiniÌ que, O mesmo seja, destarte, devido pelas pessoas, singulares our'olt'clivas, paraquem sejam transmitidos os bens imóveis, sem prejuízo de deter-rrruuliìs rcgras que elenca de seguida, nomeadamente em sede de: divisõesc P:rrtilhas, contratos de pessoa a nomear, permutas, etc..

Por outro lado, os art.,,'6." a 9.", do CIMT, albergam determinadasis.'rrçòes ro imposto que agora se analisa.

Corn efeito, o aft.'6.", do CIMT, coloca em plano, v.g., na sua al. b),"Os Estados estrangeiros pela aquisição de ediíícios destinados exclusiva_rÌÌcrìtc à sede da respectiva missão diplomática ou consular ou à residênciatkr chclè da missão ou do cônsul, bem como dos terrenos para a sua consrru_('rìo. desde que haja reciprocidacle de tratamento'., e a suu aì. d) As aquisiçõeslxrr rruseus, bibÌiotecas, escoÌas, entidades públicas empresariais responsáveislrcl:r rede pública de escolas, institutos e associações de ensino ou educação,t lc cu ltura científica, literária ou artística e de caridade, assistência ou benefi-r'ôrrciu, cluanto aos bens destinados, directa ou indirectamente, à realizacão'h'\ s(.rrs fins estatutãrios.

Ainda neste traçado, o art." 7.., do CIMT, estabelece ìsençào peÌa aqui_s rçiio dc prédios para revenda, o art.. 8.", do CÌMT, Isenção peÌa aquisiç,õo elerrr l rvcrs por instituições de crédito e o art." 9.., do CIM! Isenç,ãq pela arquisi_çrì() (lc prédios destina

Iìcfira-sc, aintl:r. 11rrc, tratando se justamente de um imposto, o lcgis_lrrr l.r' tlc(crnr irr.. rìr ) rÌrr

(' I 0.", do c IMT, uma concretrì condição para e lìit.s

t02

lMl{ ) ilr) ',rrlrltl I r lr\r|| Drr Í rr I

rllr vcril'icabiliclacle das isclrçircs :tt ittt:t littttittittLts. tltl:rl scia it dc os inlctcssiÌ(los tel ão que solicitar, por v ia rlt t r:tlttcritr tc trlo, tltrc a cltt idaclc ad tlt in ist l it

tiva tributária assim proceda ao rccolrhecilttctrto das mesmas. Succclc' cltt

rcr'óscimo, que tal pedido deverá preceder o acto ou contrato conec'rtltllte itlansmissão que figurejunto dos serviços respectivos e, necessanamente, alìtcs

tla liquidação que seÍia, à partida, devida.

Passe-se, agora, p àfa a determinação do rendimento colectáveL,focnn(lo

:ì rìossa atenção no art." 12.", n." 1, do CIMI que indica que o mesmo incidiri't

sobre o valor maior de entre aquele quejaz estabelecido no acto ou contriúo

ou, por outro lado, sobre o valor patrimonial tributiírio dos imóveis. Além disso,

infbrma o n.'2 que, no caso de imóveis omissos namatriz ou, embora estandtr

nela inscritos não conste valor patrimonial tribulírio, e, na hipótese de bens ou

tlireitos não sujeitos à inerente inscrição o valor patrimonial tributário ó nos

tcrmos e efeitos previstos no CIMT. No n." 3 e questão acrescenta-se quo itt)

valor patrimonial tributário juntar-se-á o valor declarado das partes ilìlcgrantes, sempre que o mesmo não esteja abarcado naquele primeirot"')'

Taxa ainda o art.' 17.", do CIMT, as ld,x.rs a ter em linha de apontalttcrtlopara efeitos de cálculo do imposto, estabelecendo diferenças consoalllc s('

trate de: Aquisição de prédio urbano ou de fracção autónoma de prédio utìritttr I

com destino exclu-sivo ahapitação própria e permanente; Aquìsição do l)fd(li( )

rurblno ou de tìacçqo autónlma de prédio urbano destinado, em exclusivo. rr

hübitaçào. mas que\o gdmpreendam as anteriores; Aquisição de prótlios

rústicos; Aquisição de outros prédios urbanos e outras aquisições onerosils-

Deixe-se apenas a nota de referência para o 1." 17.", n." 4, que autolizitr-rm especial agravamento ou aumento da taxa, em jeito acautelatório de fuga

f" qi Acórdão do STJ. de 22 de Abril de 2004, Relator: Jorge Lino "l Nos ternros do Ir'"I do artigo 12.'do Código do lMT, .O IMT incìdirá sobre o valor conslante do acl(r olr (lo

r'ontrâto oLr sobre o valor patr'irronial tributát io dos imóvcis, consoante o quc lì)r ìììiiior" lll)c rcordo coìÌ o disposlo na aÌínea /r) do n.'5 do mesmo arligo l2." clo Cridìgo clLt IM II,:onsidcra-se "vaìor consliìntc (l() âcto ou d() conlrâto" <Em gcral. cltliiisqtlcr cncrfg()s ll qLr( {)

eo rpr'lcloIlicar'lcgltì ( ìrì co Dl rlìl uuì ìcìl1c obrigarìo>. Ill Os cncargos ntencioltittlos. cla tttcstttlt

naÌurezlclaqrrclcsrtltrirìosrr:rsvririlrslrìútclrsrIrnrcsìììoìl."5donìesIìoar-tigo l2." tlc lìrrrtt'contralulrl oLr lL,1ltrl .lrrro rlt rr'rirrcrrr!os(lrr(rrìlflìpfeslirçãodoval(Ìììxlritn()nilìl (lo()biccl(ì(1)tìlfltti(l(). lV l,rl\'.\rrrr,',,'Ìl..Ìrtui,(ì|lrirl)r\'\llìçrì(ì(lovalolputrinìotìiiìl(lo(Jlìiccl()11n)lfillil(l(ìr lrirnsrììitì(l() lr l,"tu, r.r,1r,rI rrrt, 1r'rr Ll,:rsL rlo"rrlo|l|ibtrliiv(lcrìÌlM'1 "

ir() t)ilgiuììcrì1o do irììl)()sto, naÌo lìilvel(l() lrr1l:l :r rsr.rrçlro otr lcdtrçito sc orrdtlttilcntc do irrttivcl tcnha rcsidência, errlclrtlir st. hirbitrrirl. cln país, torritórioou lcgir-ur clue conheça um regime Iiscal rruris lìrvoliivcl, "(... ) constante delisla aprovada por poltaria do Ministro das F'ìnanças, sem prejuízo da isenção

lrlcvista no artigo 7." do Decreto -Lei n." 54O/76, de 9 de Julho.", que remetepurir as aquisições de prédios ou respectivas fracções autónomas por partetlc crrrigrantes que, para efeitos de construção ou aquisição de prédios, tenhamrccorlido a mútuo bancário.

Na f'ase ou momento daliquidação, plasma o art.o I 9.', n.' I, do CIM!r lrrt' rr lcspcctiva liquidação é "de iniciativa dos interessados, para cujo efeitoI l('v('rì Ì irl)rcssntar, em qualquer serviço de finanças ou por meios electrónicos,rrrrur tlcclaração de modelo oficial devidamente preenchida.", mesmo tratando-st't['silulções de isenção(?0', afirmando o n." 2, que, na eventualidade do

i r;x rsto niul ocorrer, dentro dos prazos definidos legalmente, ou tratando-setlrrrrrir situirção que obrigue a liquidação adicional, a mesma será promovida,tr r tlititt. pelos serviços de finanças competentes.

'lìrl-c;ualmente referimos aquando do estudo do IMI, o imposto finalrcsultaril da aplicação da taxa respectiva ao rendimento colectável, assim se

:rpurirndo a colecta, não havendo lugar a quaisquer deduções.

No momento final do imposto, a cobrança ou pagamento, somoscrrcarninhados para os art.os36.0 a 40.", do CIMT. Destaca o art.o 36.0, n." I,rlo CIMI que, "o IMT deve ser pago no próprio dia da liquidação ou no l.otlia útil seguinte, sob pena de esta ficaÍ sem efeito", estabelecendo os númerosscsuintes prazos especiuis em função de determinadas circunstâncias.

Já o art.o 37.', n." l, do CIMT, indica que o IMT será pago, por inter-rnédio de documento de cobrança de modelo oficial, nas tesourarias de finan-ças ou local autorizado por via legaÌ, plasmando o n." 2 que, a prova do paga-rÌror'ìto respectivo será feita através da apresentação da declaraçào que acimc

'"' ( 7i: rrt." I 9.". n." l. úr C lMT. "- A dcclar{çIo prev isÌa no n.o I deve tambérÌl ser aprcscntiÌdit,, rrr tlrrlrk;ucr sclvìço (le lini|lìçlts ou prlI meios electrrinicos, antcs do acto ou tìck] lrnnslit(iv(),lrs lx rrs, nas sitrr;rçrx r rI ist ttçlro. .

t04 ,,r,/ rì,' rrÌ!r.rtr 'ç? !o{.rrr,rl...rtrtr,r tol;

lMlÌ):il() li(rllll ( | l'^llrlMr ÍÍr I

st'r'clcrirt, cttt tesDt'ilo tlo ltl-I." 19.", ad-iuttltl tltrc tslcjlt o l-cs;.tcctiv collll)ll)

v rrlivo dc cobtitttç:t.

Cumpre, ainda, salientar que o presente irnposto municipal sobrc a

Irirrrsmissão onerosa de imóveis caduca nos termos previstos no art.'35'", do('lMT, e prescreve ao abrigo do disposto dos art." 48." e 49", da LGT'

t harnados â intervir pelo ar1.'40.", do CIMT.Em jeito conclusivo desta análise jurídica do regime que serve o lM'l',

rliga-se que, em sede das consequôncias do não pagamento, dita o art.' 3t1 ".

rlo CIMT, nos moldes e efeitos aí tipificados 17r'.

Posto isto, e munidos já dos elementos fundamentais, volvemos à rcsr>

lrrçho do caso prático descrito no enunciado.

Destarte, sabemos que foi celebrado um contrato de promessa de compra

..' vonda de imóvel, sikr na cidade de Portalegre, o qual, acrescente-se, tem

rnsita uma cláusula de livre cedência da posição contratual a terceiro' pelo que

r r tltre importzuá, aqui, aferir, é, desde já, se, no momento do lançamento' sede

,lc incidência obj?c/ití. do imposto, oTbresente contrato estará sujeito a lMT.

Ora, informa o aft.o 2.o, n." I, dh CIMT, que este "(...) incide sobre as

lr':rnsmissões, a título oneroso, do dire\o dé propriedade ou de Íìguras par-

( clares desse direito, sobre bens imóveis situados no lerritório nacionaì": De

r(ì(lo o modo, como acima se referiu, esta incidência, no que se reportl ì tr lìs

rrissão de bens imóveis, como é o caso, está devidamente escalpelizada no

rr." 3, mais especificamente na sua alínea tr) do mencionado artigo, que detcr-

rrrina haver lugar à tribuÌação de IMT, sempre que, no âmbito da "(.. )celebra-('rìo c1e contrato-promessa de aquisição e alienação de bens imóveis em que scia

,.lrrusuÌado no contrato ou posteriormente que o promitente adquirente podc

t crlcr a sua posição contratual a terceiro;". Desta feita, Õ contrato-promcssiì('||r causa seria, pelo menos, desde já, objecto de tributação de IMT.

A lnÍere, cumpre analisar quem será o sujeito passivo obrigado clc

(Jl:. neste estutìo, NLINO SÁ GOMES, T ihuÍoçtlìtt lo Putrinónío Coinrbra, l(X)5;1 Àlìr.os RODRIGUES. ANTÓNlO OLIVEIRA e NUNO MIRANDA. A Ttilturultut rlo

t',tttiDttirio, Cótligo tb IML Cótlìgo lo IMI e ( titlìgt lo IS Anonúts, 1.'Ediçrur. Vidrt

| , orrinrica. l(X)lì.

t)Ì|lt () |lí)^t (i^tn)ti I,lt^ ltr |, t ,, I vl r r,,

l)f( )co(lcr iìo paglÌlììct'ìto do intposttt, ou, l)( )t. ( )t tlt its p;rllrv rirs. lt tl.crrt impende;t ìrrtìdânt ìa suhjcttivu do mcsmo.

Ort, dete rmina o art." 4.", al. e.), do CIMT, que o imposto ó devido pelol)r()rÌr ttcnte-comprador que Íìgure como tal no contrato, pelo que, ln c.lsr.r,rrtcntu a fìctuaÌidade descrita, cairia, em termos imediatos e iniciais, sobrelìcltis c Francisco.

Contudo, a incidência quer objectiva quer subjectiva do imposto nãost' lica por esta determinação casuística, uma vez que os factos que ocolïeramrro tlccurso clo enunciado do presente caso prático levam-nos à concÌusão de(lu( o rììposto seja devido, sim, e na prática, logo quanto ao primeiro factolr rl)lrtlivc l, ou seja, relativo ao contrato-promessa, e, portanto, aos promitentes_( orììl)rÌ(lores! existindo, todavia, um segundo facto tributável, que ocorreu

ro rì r()rÌìcrìto em que foi cedida a posição contratual a um terceiro ãdquirente,lÌ'rlrrr Wcinstein, que toma o lugar do primitivo comprador.

.. Nt'stc sentido, por aplicação, aqui, do ar1." 2.., n.. 3, al. a), do CIMT _''( 'c k'lrr irç.. de contrato-promessa de aquisição e alienação de bens imóveis,'rrr t1r rc sc ja cìausulado no contrato ou posterioÌmente que o promitente adqui_lcrìtc l)(xlc ceder a sua posição contratual a terceiro;" _,

", n.,.1u. se reporta

a ìr.tt i ?triu objectivct do imposto, estaremos, ab initìr, perante o Íacto tributável,rrkrlivo:ro contrato promessa, e, no segundo momento, por aplicação do:I1." 2.", n." 3, al. b), do CIMT -.,Cessão da posição contratual no exercíciotb dir cito conferido por contrato-promessa", já perante o Íacto tnbutáver afectoì cossiio da posição contratual.

Por sua vez, no que se refere à incidência subjectivtt, aplicaríamos oru t." 4.", al. e), do CIMT, que diz expressarnente que ò contribuinte obrigadotlc plomover a liquidação do imposto é, em primeira mão, e atento no ÍactotribLrtiu-io, aquele que haja ocupado a posição de promitente_comprador, ouscja, tsoÌtis e Francisco, sendo também devìdo imposto a quem tenha sitlocctlitla a posição contratuaÌ, no contrato de promesia de compra e venda doirrrr'11.i. el1 seja. Pedro Weinstein.

.lí quanto >t tlcterninaç'ão do rentlimento colectiivel, nos termos do:rrt." | 2.", n." I fì.". d. ('lM1'. . valor sobre o qual vai incidir o imposro compre_.rtlc. n. prirrcir-. rìì.rrrt'rrll trlr incicìência subjectiva, lrpcnrrs a parte c1a prcçoPrrtir Pcl0 prrrnrilt'rlr' ;rrklrrin'rrlc iro Prontitenle lrlicnrrrrlr,. c rrrrnr scgunrlo ttt.

tMt\ )lìl() lÌJlrlil ( | l'AllrlMr rlllr

rrrclto pclo ccssirrtiilio ao cedente, isttl Ú. o sittttl, stlttltt it lltxa lt allllcitt lto

valor pago ac;ucla quc vcm tipificada no ittt." 17.". rl." 5. tlo (llM'1"

Em sede do zom ento ìle liquidação, relìra-sc que, nos tcrmtls abrigltcltts

pclo aft.o 19.", do CIMT, a iniciativa, como se disse, deverá partir dos stticiltts

grassivos, que deverão apresentar, perante os serviços de finanças, ou iúravcís

dc meios iníormáticos, uma declaração de modeÌo oficialmente aprovatlo.(lxso tal não suceda, nomeadamente dentro dos prazos legais, o scrviçtt dc

lirranças competente determinará, ex oficio, o valor a pagar pelo suioito'

iÌcrescido dos juros compensatórios que a Fazenda Publica tenha clircito (( 7r:

iÌrt." 19.'. do CIMT).Um último apontamento ainda em relação ao momento da liqtritllç:ìo

clo imposto, que, segundo o que determina o au1 ." 22.", n.' 2 do CIMT' tlcvclriser liquidado, respectivamente, antes da celebração do contrato prolìÌctisil ('

tla cessão da posição contratual(72).

r,l,,t tN|

!

.Ì. lNlP()ST() SOIìRE O CONSUN,I()

.ì. t. t\A

Caso 1

. Intposto sobre o VÌlor Acrescentado

. l,festação de Serviços Médicos

. tscnça)es

. lìcgime Geral

. lìcgimes Especiais

Numa sol:rrenga tarde de Verão, dois velhos amigos, que não selianr hii meses, resolveramri,,z para .,,,,n;",;;;;;;;; :ïi,"ffi ï:iì'ï: ;::iï:ïÍi"ïl

Figueira da

Unr, de seu nome António dr Aguiar, fffeai"o_fi.rp".,iulista de Gine_cologia-Obstectrícia no Hospital da Univcrsidadc al?ni_n"u, ac.ae2(x).1, e o outro Sebasrião ae-Satz.e!1s, úeáj."-Ëïì.ìàeìsta no Hospitalrlos.(lovões, e, iguarmcnte,, proprictário a" u- r,urráìiúrio de anárisesclúricas,rrTo cm Coimbra.

.. -fá.a conversa ia ronga qu_ando Sebastià, interperou Anttíni' norcntitlo de o informar que.lãsé -Nti."guiu,

..,t"gì a" "_tì, ,r" n"culdatle,('slltv' interessado <;ue fosse prestar scrviços médicos, nonìeadamentecorrsrrltas da sua especialidader, para a sua iff""" p.ì"ãi" ,Clipoge, kt.",t orrr loc:rlização e m Coimbra.

Flrrtusiasmado com a irlcia, Ântrínio anuiu no convite feito, istof )or(lue :r Cliytgo, /,t/.,,, er.:r rrr;,;;, ;;'.ì;í;ï; ;,ïj":ï'l,ll'ìi,ì'lil l'ïl ïïlill1ïlï_tr; iJïïii'i,ïïï

I í)l{

No momento dcrradciro da convcrsa, Ântrínio, depois do ultr:r ílr.rk.hcnt passada, perguntou Sebastiã<l se a actividade que ele viria a txcrccrnir Olipoge, Ii." estaria,, ou não, sujeita a tributação em ternros tlc lVÂ.

Gerada a discussão à volta deste imposto, Sebastião aÍìrnrava, r.:rtr:-goricamente, que a sua actividade profissional não estava sqieita ao paga-rncnto do mesmo, em virtude de aí se encontrar abrangido por utrìiliscnção afecta a"(...) uma qualquer lei, que não se lembrava,,,

António manteve, porém, algumas reticências quanto à inÍìrrntaçhode Sebastião, e, no dia seguinte, dirigiu-se à repartição de finanças, rlt'lorma a tirar todas as dúvidas, até porque eram os dois módicos t'desempenhavam ambos prestação de serviços médicos.

Aí chegado, inscreveu-se como trabalhador independcntc. tl:rCategoria B, rclativo à prestação de Serviços Médicos, tendo adopl:ukro regime simplificado de tributação. Além disso, o funcionário inÍìrrrnorr--o de que estaria isento de IVA, ao abrigo do art.n 9.", n." 2, do ('lVA.

a) Analise a presente situação Íáctica, posicionando-sc .jrrr.irlir.:rmente quanto ao disposto no caso de Antrínio e Sebastião.

Quid.luris?

Proposta de Resolução:

a) A hipótcse prática objccto do nosso estLrdo centra-se, clcsta lcitlr. rroten-eno dos inìpostos sobrc o consutìlo, rltlis errncretlrrrcntc no Irnposlo solrn.o valor acrescen tado.

Erìì terrÌlos sunrários o IVA caracterìza-se. cotì'ìo sc dissc.rrr/lrr. norser um inrposto que tributa a p|odução. distribuição c vencla/lr.ansntisslìo ilt'bens e scrviços. Trata-se dc unr inrposto cle repcrcussão inr:lirccta, cont aÍì.ctrrc-iio na clcspcsa sobrc o consunro. Finalntentc, é. lanrbcírn. principal e rlc obt i

gaçao únicir. ltiro lr:rrrlo vclil'icirçiro pcritidica.O ('lVA r'on srrl r r. r ( sl(' t ('sl)('il( ). rrm lcgilttc gclal c r-cgilr res e rpc. r: rrr.

rlttc itlcntlt rrr rr r I r ' I r ' r r r r r r r r r r | . r .. ( l( l rìsl i tì( ilìs tlo volLtt e tle ncgric ir ls e/ott tlrrttticlctl lìtttt l,lrrl rt,l.lttlr'.r |ì|( ,tiìr-i|() ilt ìrt'lts c strviç1s ptt rt'!irrìt'r,/11 st'1

l)llll ll{) lllì(i^l {r^lil)l llrAllrrr, rÌ ,ÍvlliLl

sricilo pussivo osttÌ inscrito sobro o rcpirìr( sirttplilicrtrkr tlc ttibulitçato otl clc

t orr lahilitladc orgali7..Ìd.Ì.

Analisando, desde já, o regime geral, em scde do processo determi-

nirtivo dcr imposto final, encontramos, desde logo, na Íãse do lançamento,crrr cspecífìco na ìncidência ob.jectiva, o disposto no aÍ.o 1.", do CIVA, que

intlica que, "l - Estão sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado: a) Asllrrnsrnissõcs de bens e as prestações de serviços efectuadas no territóriorr:rcitrq4!, a título oneroso. por um sujeito passivo agindo como tal; ó) As impor-

rrrçocs de bens; c) As operações intracomunitárias efectuadas no territóriorrrciortd, tal como são definidas e reguladas no Regime do IVA nas Transac-

r r rt's Irrtracomunitárias." 1r3).

"'(/ì:arl."':t.'.5.'e6.'.doCIVA;Acór'dãodoSTA,de5dcMaiode20l0,Relator': lsabell\!rrrrlucs cla Silva, "l A exclusão do conceito de "transDìissão de bcns" prre efeìtos dc IVA(lir\ "cessões a título oneloso ou gratuito do estabcleciDenk) comercial. da totalidadc de urll

lìirtfiììr(iDio oLl de umâ parte dele, que sejlt susceptível dc conslituir um ramo de iìctividadcirì( lcpcndente", constante do n-o 4 do artigo 3." do CIVA, corlesponde à utilização por partc do

lcgisìrìdor nacionaì cla faculdacle que lhe foi conlèrìda pelo n." 8 do altigo 5.o da Sexta Directivarlrr ( onsclho de l7 de Maio de 1911 (Directiv a71 1388/CEE), nos terìÌos da qual .Os Estados-

rrrcnrbros poclcm considerar quc a tlansÍèrência a título oneÍoso ou a tílulo gratuÍo ou soLr a

lì)frìrll de entrada nuna sociedadc de una universalidade de bens ou de palte dela não implicaLüüreDlÍegadcbenseclueobencficiárioéequiparacloasucessordotrânsmitente.(. )> 2 Arrolrrra comunithria pretendeu conÍbrir iLos Estados-Mcmb|os a possìbilidade de estabelcccrem''rrrra sirrplificação dl] procedimentos" c berr assim a dc lhes permitir "evitar sobrecarregar as

tr'soÌlfiìriiÌs das empresas". estando este segundo objectivo reìacionaclo "com a intel'ìção de não

rrgr'uvirI o csÍòr-ço Iìnanceiro das empr'esas quc pÌeteDdem iniciar Llma actividade comercial ou

ir(luslriNl. ou expandit ou renovar a que vêm.jír exercendo, obrigando as nesse motnenlo âo

,lisPôndio dc unr mor'ìÌante avultado de IVA. o qual, enr princípio, ìria posteriormente ser obJecto

ilc tlcdução |Ì seu lavor". 3 - Daí que a norma comunitá a relira expressâmente que, nesses

,':t:Lts. o htneÍitìário é equiparatlo tt suce.tsor do truì1s litcüe, alocução qr.Le, não implicandorrt t csse|iaììrente a iclcnticlade c1e ramos de actividacle cxercidas poÍ este c por aquele (como o

I r ibrrnll clc JLrstiça já tevc ocasião de esclarecer no seu Acórdão de 27 de Novcmblo de 2003.

l,roecsso n-" C- .197/01 ). piìrece teÍ implícito o entenclimcnto, sob penl de frustração da r.til,(ìrì rì(ìfrììiì crÌ1 caLlsit (c a tlaquclas tlue nos ordenalrlentos dos Estados Membros eonulcti/íÌÌrlìÌ.rrlrrelrr Iactrldrrrlc). rlt rlttc rr r'tr /ttvÌo tti tt vrÌ.ÍìL'tt

"^e o utlqu.ítenleJòr ttu t'ier 4 ser, P(lt).Í4(ïo

rttt ttrltri.tì1ão, trnt tttltìt,' 1t,ts..ìv, t!t //,ryÌ).Ííl, sendo neccttárirt quc o ít(lqt.tìr?ntí' t t)nlit]1!? tt

.'\.l(|]'|1ll,'\t]klttl'|i|it|,ll,,',,'tt,'tttìtttt|ttt,vin|tuvnltltxercit|tL | 'tttt tt, t , t , ,

' t t t t t t t t , t , \t Itt tIrt !tt||'\'a \

tMt()

Qulnlo utt pl:tno tla itcitlênt:ia strltirt lirrt,ltrtç'rt o ltt1." l'"' do ('lVA'rluo são sujcito passivos do imposto:

I As pessoas singulares ou colectivas que. dc utr modo indepclldcrttc

c. a títu1o habitual. procedam ao exercício de actividades produtivas. contcr'-

ciais ou de prestação de serviços, aqui se concentrando o domínio extrtÌctivo.

rÌgrícola e profissionais livres, sem prejuízo daquelas, que, de forma indcpclì(lente, pratiquem somente uma operação objecto de tributação, conquzÌnto (ltlc

iì mesma Íìgure enquadrada ou afecta às respectivas actividades, ou, sc lillnão suceda, que garanta a verificação dos pressupostos de incidência real tlo

IRS ou IRC.

3

leguem. em factura ou documento em apreço. a designação de IVA.

4 As pessoas singulares ou colectivas que efectuem operações intra-

comunitárias nos termos expressamente definidos pelo CIVA.

que esteja em questão a aquisição de seÍviços previstos no aÌ1." 6.". n.o 6. al

a). do CIVA' na medida em que os sujeitos prestadores não tenham, piìf:r

cfèitos da competente prestação fé serviços, sede, estabelecìmento estlÌvcl

ou domicilio em tenitório naciorial (7r).

6 - As pessoas singulares ou iolectivas indicadas no ponto 1. quancltr

se verifique a aquisição bens ou prestações de serviços cuja transmissão hâ.ia

sido efectuada por sujeitos passivos que não tenham. sede. estabelecimenk)

7 As pessoas singulares ou colectivas referidas no ponto l. que tenhanl

a qualidade cle aclquirentes de bens previstos no art." 6."' n." 4. do CIVA. c

', (/): arr.,'1.". n."1.rrl ,r).il,r( lVÂ.rrrcs|citorlarroçioilctcffil(ifionirciorìrl.l)rìrir el|'Ìl(ì\(lc ìrììl)()\l(ì sohrc o rrrlot ,tr rt L, rrl rtlri

2 - As pessoas sineulares ou colectivas que efectuem im

bcns, desde que no âmbito regulado pela legislação aduaneira.

ectivas Dre\ istas

cstável ou domicilio em território nacional e. além disso. não disponham dc

rcDr esentante. tal-qualmente se define no

|) it ()ltin:^l c^:i()ir|1t^||r Ir,||t,''tv !f,

rì()ri rÌì()ldes quc aí sc prcÍìgurc, solìtl)Íc (lÌt(.()r\ (.()n(.Í(.1()s tÍiuÌstnitentcs nãolcnharrr, no tcrritório nacional, sedc, cslilbclcc irrrcrr k r csliivcl ou domicilio.

lÌ - As pessoas singulares ou colectivas tracojadas no ponto l. queadquiram os brrucional. e beneficiem da dedução total ou parcial do IVA, e conquanto quetprcrn proceda à dita transmissão seja sujeito passivo deste imposto.

9 - As pessoas singulares ou colectivas mencionadas no ponto I que

lx)ssuiÌm de sede. est ,t rr.jrrs rcspectivas operações que pratiquem determinem dedução total ouI'rlci:rl clo tributo, e na circunstância de serem adquirentes de serviços de( olsl1ução civil. espe .

l0 - As pessoas singulares ou colectivas destacadas no ponto l. que

l)(ìssulìrìt sede. estabe ,( rìì (luc as respectivas operações que realizem fundamentam a dedução total,rrr llirlcizrl do imposto, tratando-se das circunstâncias em que sejam adqui-re|llcs de prestações de serviços especificamente previstos no Decreto-Leirr." 2l-i/2004. de 14 de Dezembroí75).

I I - O Estado e demais Pessoas Colectivas de Direito Público referidasno art." 2.o, n.' 2, do CIVA, apenas serão sujeitos passivos se exercerem. delirrrna premente ou significativa. as actividades abaixo discriminadas. pre-vistas. rgualmente. no art." 2.". n.o 3. do CIVA, e em teneno das operações tribu-lrivcis que delas, necessariamente, decorram:

'?) Telecomunicações;

á) Distribuição de água, gás e electricidade;

c) Transporte de bens;

d) Prestação de serviços portuários e aeroportuários;

c) Transpone de pessoasl

.fl Transmissão de bens novos cuja produção se destina a venda;

" ()srrrjcitospassirosrulrrit,rrrli.r'itlrsconsliÌtndarl.l)doart..2...n.. I. do CIVA. atlitadapLlr li n.".t-lì/21)10, lt .lS tlr llril.

tMI'OSt() S()8til

Operaçircs de organismos agrícolas;

Exploração de feiras e de exposições dc caráctcr contercial;

Armazenagem;

Cantinas;

Radiodifusão e radiotelevisão."

12 - As pessoas singulares ou colectivas nos termos e efeitos do ar1."

1.". n." 5. do CIVA.O Capítulo II, do CIVA, encarrega-se da relèrência às isenções do lVÂ.

concretamente nos art." 9.' a 15.', do CIVA.A este respeito, impoÍará destrinçarem-se, ab initío, três momctìtos

cle isenção: Por um lado, a forma mais comum, que cai sobre o sujeito passivotlo IVA, e que se bifurca, depois, em isenção simples ou parcial e isençiìo c(ìrììpleta ou total. De outro, â isenção que pesa sobre o consumidor final, tarrrlrtirrrapclidada de isenção do consumidor. Finalmente, outras isençòr-s..j:i rr;rs

()pcrações relacionadas com regimes suspensivos.

No espaço que medeia o primeiro caso, reÍìra-se que em qualqLrcl rrrrrrtlas reÍ'eridas isenções não ocorre, reclir.r, liquidâção do imposto.

Com efeito, na simples ou purcìal, relativa às opeíações prcvistrrs rro

art." 9.', do CIVA, e 53.', do CIVA, não se permite a dedução do inrpostosuportado nas aquisições, não.ocorrendo, destarte, liquidação na alicnuçrroou prestação de bens e servfços. Para o Professor Câsaltâ Nabais, trata-sc,,"(fiur, de "(. ..) uma reduç(o da carga fiscal, desde que a isenção se situc noostiìdio final do circuito ecoÌiómico. (...)", e tocando "(...) a neutraliclatlcprópria do IVA, compreende-se que, tanto num caso como no outr(). o stúc il( ì

l)assivo possâ renunciar a ela". (76r Noutro passo, acrescente-se, alénr tlo

'"' /n JOSE CASÂlifA NAB,.\IS. Din,íto Fi.tur[, ob. t:ít.. pú9. ó/,1. r;Lrantr'.r |crrLrneirr. rr'.j,r\c o disposlo rìo rí." 11.". do ('lVA. I l)odcrÌl renunciar ì iscnçio, optitndo pcla aplierrçrr,'

(l() inìpost() ìs suu\ rìltrir(_1\'\: ,r, ( )s sui( itrìs passivos quc cli.cluctìì :ts lncstxça)cs (lc scÍ\ iç(!\Iclcridas Ios lOr ( Ì()) (l(Ì iIti1to (l ": /r) ()s cstlbclccirììctÌlos hosDitiìlitres. elírrir'trs.rlispensiiriost sirrrrlrrr(, | | , I t | | ! | | , | ì ( r ' | | | ( \ i I lx \\r ìirs c()lcctivus (lc tlir'citrr Prihlico rrLr lr irìslitLri(rx s

|)ri\'l|(|llsitìl('1'li|t|,|.'||('.'|.'|('||ll|l'|l|.,||.||.|..'|||.|l..(|l|('e|cctl|('|lìP|'csliìç(l..\{|t.st'rriçrrsrrrt.r|i.lsc strttillitr,rs t ,,rr'Lr ,.lrirl,rnrt ||l( {r,tì(.\it\ì i l()s !ltieit0\ |):rssirrxrlrrL r'rr.r1:rrrr

c)h)

i)

i)t)

t, |l(| |:ì{.^t (.^rnf, t.[^ìtr |. |lt ,r]r\/rrr,

olìicclivo r)firìcir)irl tlc dirrrirrrriçã. trrr t:rr'11;r rrrìlrr:rrr, rrrrst.:r sc, .ulr.ssinr,plrvclrir rrrrr:r tlibrrtação plural,.já crrr sctle tle outros ilrr;xrslos.

Nrr quc titngc ìr iscnção wmltlettr ou t(,t(l. ou tilxit /cr(ì, a clctlução éiruloriradiÌ na partc conccrÌìente à aquisição tlc bcns ou scr-viços, não havendolitluidação no campo oposto, etn sede da transmissão ou prestação de bens.Niìturaln'ìento que a dedução acabará por não ter lugar em Íace da ausônoia(lr' Íììposto, pelo que o inrposto antes garantido, no início do percurso econó_rrrrco, será depois recuperado por via restituição. Frequentès, aqui, são oscirsos típicos plasmados nos art.,', 13.. e 14... do CIVA.

A questão da isenção do consumidor, consubstancia_se, na verdade,( orìro LrntrÌ lsenção que pende no espaço delimitativo do consumidor final errrro tlo sujeito passivo, e que tem a sua verificabilidade prática mcdiante o|('t( )r rìo/restituição do imposto que hlja sido suportado peios adquirentes dosrr'.sPcclivos bens ou serviços e, adiante_se, mediante solicitação específica:rr Ijrrrrlas de facturas ou documentos comprovativos. Vejam_se, aqui, às situa_ç( f(.\ p'cvlstas no Decreto-Lei n." 2o/go, de I 3 de Janeiro, e Decreto_Lei n.o| | .Ì/93. de 5 de Abril Í77ì.

rrs rrcliviclucles rclcridas nos n.,,. 33; e 34f ã "nig.

,.1.1 Z - O ,fir"iu, ,f. õç,,l, -=^",.ú,,r,ro(lr:.1!' a cÌrlÍega' cnì qualquer serviço de rinanças riu noutro k^-ar r"garnr"irte'nur,rn.od,r. cra dccra-rrrçr_r. de início .u tle arter'ções. consoante os cas.s, ptotruzincr'_efeitos a par.trr. da crata da suairl)fcscntüçlo. 3 - Tenclo exercido o dir.cito de opçito nos ternìos clo, númcros antcftores. o\U,erlo piÌsstvo é obrigado a pcrntaoecer rto regime por qrre opk)u durante unì períocìo de. pclorìì('rÌrì\. cinco aDos. dcvendo. Íìndo tal pritz.. no casã dc dcscjirr.v.)tar ir. reginte clc iscnção: a)/\ l)rcsen(iìr'. duranlc. nês de Janeiro de url dos anos seguintes àqLrele cnr que sc tivcr a,,n,plafn.loi, l)f;i/o ú) rcgirnc de opçiìo, a declaraçiu, a que se .cièrc o anigo 32..,. ri quat produl eleitos a|:rllrl dc I cle Jtncjro clo lrno da sua aple,scntJçar,; lr.) S!úeirur r ìr.ibutrç;r,-r as cxistêncilLs rerna_f.\(crÌlcs c pfoccdcr, nos tefnlos do n." 5 do artigrr 2,1..,. u I.cSularizirçiìr, da detlução tluankr Il'( rÌ: (lo.acl ivo j nÌ)bilizado. ,1 Os sujeiÌos passivos que proceàarn à Ìoc.uçao ctc pr.éâi,,. irrbunrrs' )u I r lrcç()cs autonotììas dcstes a outros sujeitos passivos, clue os utilizcn. total iru preclominan_

r{ rììcrlc_ crD ,ctividades (rrrc c()nr'crem direito à de<ìuçrio. poclcnr rentrnciar ì isençao previsla

l::lil ì: 1,,1,:::1.!l' ,.". 5 - O\ \ iciros pirssivos clue er'ccruenr u rransnrissão cto direirricte pr.o_

lìllr'tl.rdcrlultc'Jt')\Ufbrtì(r\. lriìrçòc. aut(')nonìiLs destes ou teu-cnos pitl construção a tìtvor tle1)l'r( )\ srrcrros pir\sr\os. qrre os üririzenr. totar ou predonrinuntcrncntc, em acti'icrades tlrre conrt-r( rìì (lircito ì cìeiluçÌo. porlcrn r-cnunciar ì isençii1) previs{a no n.,,30) do aÍti1l) g.". 6 .. Os tcr_

'r('\ .. 1r\ c()n(Lçõcs Dlr.a rr rr'nrincil ì iscr)ção pfcvi\ta nos n.,'..1 c 5 são estab;recicìos cnr regis_,,'t.,::.jì!.* i;:l .,7

(),trn.rro ir,lc,iI\ìo(l() inìposto. ncslcs ciìsos. obedcce às rcgras consÌrrrlcsir,r\ ilrllc"\ l'r. ('\(i,I rtr'\,jrÌ\,r,,(li:.posloenlnoÌ-mltsfeguliìntenlarcsespCCiais.,.( /l: .l()SIr(,\S \t t\\\8\lS./)//?,Íí)t.i:rti.oh.t.it..t,tiqs(rl[,jr,,.,..

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irI'ÍI ri4rI

(Ìrnsidcrittnos, aincla, a cx islônt i:r tlc u rr lr lt.r't cilir t iyxrlogia clc iscrrçtìcs,rrurrcadrt'ttcntc as quc estão prcvistiÌs rÌ() xt l." I-5.", tlo ClVA, clue dita quLì, " I

lrstão iscntas do imposto as operações a seguir indicadas, desdc quc oslrcrrs a clue se rcÍèrcm não se destinem a utilização definitiva ou consutno liniìl('cnquanto estes se mantiverem nas respectivas situações: ír) As importaça)csrlc bens que sc destinem a ser colocados em regime de entreposto não aduiÌrrciro; b) As transmissões de bens que se destinem a ser: i) Apresentados na;rllândega e colocados eventualmente em depósito provisório; li) ColocaclosrìÌl|ì.ìa zona franca ou entreposto fianco; ili) Colocados em regime de entrc-posto aduaneiro ou de aperfeiçoamento activo; lv.) lncorporados para efeitos( lc construção, reparação, manutenção, transformação, equipamento ou abastc( ilÌìcnto das plataformas de perfuração ou de exploração situadas em águastcffitoriais ou em trabalhos de ligação dessas plataformas ao continente; y) Cok)t lrcìos em regime de entreposto não âduaneiro; c) As prestações de serviços( onexas com as transmissões a que se refere a alínea anterior; d)As transntis-srìcs de bens e as prestações de serviços a eles directamente ligadas, efectua(llsnos locais ou sob os regimes refeúdos na alínea b.), enquanto se mantivcrcnlrrLrma das situações ali mencionadas; e) As trinsmissões de bens efectuadas crr(lIanto se mantiverem os regimes de importação temporáriacom isenção t(Íillrlc direitos ou de trânsito externo, ou o procedimento de trânsito comunitiiri('irìteÌno, bem como as prestações de serviços conexas com tais transmissa)cs."c no Decreto-Lei n." 198/90, de l9 de Junho.

Caminhando, agora, adentro da detemtinação do rendimento colectúw'1.ìnÍbma o art." 16.', n." l, do CIVA, que, nas transacções internas, "l Senr

l)fejuízo do disposto no n." 2, o valor tributável das transmissões de bens ctlas prestações de serviços sujeitas a imposto é o valor da contraprestaçãoobtida ou a obter do adquirente, do destinatário ou de um terceiro.". Já no(lrle se reporta às importações de bens, determina o arÍ." l'1.", do CIVA. que," I - O valor tributável dos bens importados é constituído pelo valor aduaneiro,tlctsrminado de harrnonia com as disposições comunitárias em vigor.". Nolcneno destinado ìrs atFrisicões intracomunitárias, e atento o art." 17.". aplicarsc-á, com as rrcccssiirirrs iulir1.ll:rçõcs. o art.o 16.", do CIVA(r3).

'r (Ji: l'Âllìlt l\ N{rll{l lrlrNll\ //,,/,,,\/,, ttl,n tt litltt t\r n t, t ttt,ul,,. .\rtt,trt\',,r t tt0

tï| (.^, ,lll^|lr ,lìl '(Ìrll, '

Ntt pllno dts /íÍr-.Lf, clìittìtirttos:r Irìl( rv('r\'l(, o rttl." llJ.". tlo CIVA,t;rrc, logo no rcspectivo n." l, itl(cnrtlo 1x'l;r l,ci rr." l2-Al2010, de 30 dc.ltrttlx>, tleÍe rrnina a taxu de 6a/o puru u.t irttlxtrluqo<'.s, lnttt.snrissões de bens(' l,r(sÍãq:ões de serviços constanÍes da li:;ttt I unexu ào CIVA, 137o para

irttlxtrtuções, transmissões de bens e prestaÇões de serviços constantes dalistu II unexn ao CIYA e 2l7o para as restantes impo rtações, Íransmissões delu'tt.t t, prestações de serviços. No mesmo artigo, no n.o 3, igualmente alteradopr llr Lci agora indicada, se concebe que "As taxas a que se referem as alíneastt).1))cc)don."1são,respectivamente,de49o,9a/oel5olo,reÌativamenteàsr '1r'r

rrç:Õcs que, de acordo com a legislação especial, se considerem ef-ectuadas

rrrrs lìcsicles Autónomas dos Açores e da Madeira.".

Na Iase ou momento da liquidação, dispõe o art." 19.", do CIVA, que,'' I l)lÌrl apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos deduzem, nos

t'rrros tkrs artigos seguintes, ao imposto incidente sobre as operações trìbutá-vt is cluc efectuaram: a) O imposto devido ou pago pela aquisição de bens escrviços a outros sujeitos passivos; á) O imposto devido peÌa importação debcns; c ) O imposto pago pelas aquisições de bens ou serviços abrangidas

lrclas alíneas e), h), i), j) e/) don.'I doartigo2.";d)O imposto pago comotlcstinatário de operações tributt'rvcis efcctuadas por sujeitos passivos estabeÌe-

e itlos no estrzrngeiro, quando estes não tenhaÌ.Ìl no teritório nacional um rcpre-scrìtante legalmente acreditado e não tenham íacturado o imposto; e) O im-

lx)slo pago pelo sujeito passivo à saída dos bens de um regime de entrepostorrìo acluaneiro, de acordo com o n." 6 do artigo 15.".".

A legislação tributária en vigor, não apenas no ordenamento.jurídicoportuguês mas, outrossim. no espaço comunitário, admite, via de regra, zr exis-tôncia cle diversos métodos de cálculo do imposto: de adição, subtracção ourlctlrrÇÍo e de crédito ou indirccto.

No primeiro, método de adiçã.r, o montante de imposto devido resultatlrr irplicação da taxa ao conjunto de receitas obtidas ao Ìongo do percursoi'eoniinricu, observado certo período de tempo.

l,rlìqrt tlo ltìtl)t)rtt' \t,l)tt ,t \itl,tr t\t t-(.tt (ttlolo ( uo Ríttítttt do IVA rtus Trtttttrtt gõt'.;tntt,t!t\)ttuìttirìtt\. lS(i. lr'lr,',1 '(Í).1 l'^ f R ICIA llERlìERO DE LA ESCOSURA - fll lVA tttl,t.ltrtìslttnlt:utttt,lrl lirl,rlr,tl ,1, Irttti, ìt rh lu.s (otnunìlulcs Eu toTrcrt.t, Macltid, lt)t)(r.

O nén o de suhlnu çlfut tnr tlt r lt'tlttqrlrr. ttos lcl tttos dtl c1ual, tt ttlttttlitt tlt'

tla clívicla tributária reSulta cla subtracçlur elìtrc O montante dlÌs vetttlrts,,tt

prcstações de serviços efectuados, durante um tletetminado período dc tolÌÌlx),

c o valor das zlquisições ou serviços recebidos, também nesse mesmo pcl Íotlo.

lrplicando-se ao resuÌtado final o valor da taxa respectlva.

O método de crédito ou indirecto, também ele subtractivo' rcsttlttt drt

tliÍèrença entre o montante obtido mediante a aplicação da taxa ao valor tllts

vendas ou prestações de serviços e o montzìnte obtido em Íàce da aplicaçiìtr

da taxa ao valor das aquisições ou serviços recebidos. No Íundo, a diÍcrcnçt

cÌrtre o valor liquidado na transmissão de bens ou pÍestação de serv iç'rs e ' '

r lrlor liquidado nJ ilquisiçào dos mesmos -"

.

Curnpre reÍèrir que, salvaguardadas algumas excepções em que sc aplicir

() segundo méto<jo, o último é o que vigora em termos gerais, no ordenalìlcnlo

jurídico Portuguôs, conÍbrme, assim, determina, aliás, o ar1." 22."' n.' I , clo CIVA '"l O direito à dedução nasce no momento em qlÌe o imposto dedutívcl st

torna exigívcl, de iÌcordo com o estabclecìdo pelos artigos 7." e 8.", qQçlrrrrrxk r

se mecliantc subtracção ao montantc {Ìlobal do imposto devido pelils ()lx'rrl

ções tributáveis do sujeito passivo, durante um período de declalitçrro' rl.'

Por outro lado, reÍere o art.' 19.", do CÌVA, tLs operações qua cttrtlttt'ttt

o tlíreito à deduçlÌo, dispondo, assim, deste modo, " I - Só pode deduzit -se o

irnposto que tcnha incidido sobre bens ou serviços adquiridos' importados otr

utilizados peÌo sujeito passivo para a realização das operações segulntcs: í/)-fransmissões de bens e prestações de serviços su.ieitas a imposto e clelc tlittr

isentas; 1r) Transmissões de bens e prcstações de serviços que consistzÌtÌl clìì:

l) Exportações e operações isentzrs nos termos do artigo 14 "; It) Opcraçircs

cÍ'cctuadas no estriÌngeifo que seriam tributáveis s(j Íbsserr eÍèctuaclits tttt

tcrritório nacional; III) Prestações de serviços cujo valor csteja ìncltrítlo nl

" tl('AS^l l\N'\lÌ\lS ltrttrtt' lìtrttl ,,l, tit l)tilt óllt(t))t rr'.(lOlll l)lrì)Ì( lrt.ORI( ()l',\l Nl\ /,rrr','/r',,,"r,' /rtr1,',r,' s,'l'r, tt\ltlrtr'\rtttttttrttrltt. J'lììiç:ro.{ oitttlttrt'

.Ì{)05.7triqt /r ,,ts ( /r.llÌttrlr ttt tL, t, I r,l"

r-nontantc do imposto dedutível. exigível durante o mesmo período." ""'

r )rl1l lÌ r |1 l ^l

lttsc lr rbr rllivc I rlt: ltc, s i,r;x rrllrr l's. rr.:, lr.r rrr,s rl;r :rlrrrr.:r/,) rl. rr.,, I rl. ar.ligrrli."' IV)'lì:'tsrrtissilcs dc ltcrrs r. l)rr.slir\,.(.s i'. sr.r\tq-.s rrlrr.i'tgid:ts pelas;tlttrcrtsó). t ),l) c e) do n.,'l c Pe I,,s rr . Sr. l0 ri,, rrrtir,, 15.,,; V) Operaçõesrs('r)tiìs tìos te|-|nos dos n.,,'27)e 2li) do ltrtigo 9.,,, quaId() u dcstinatário estejaL stlrbclccido ou donticiliado Í'ora da Citrluniclacle Europeia ou que estc1am{lr(c(iltÌlentc ligadas a bens, que se destinam a scl expodados para países nãoIX rlorìccntcs à mesma Cornunidadel VI) Operaçõei isentas nos termos dorrrr iro 7." d() Decr-eto Lei n." 394_B/g,1, tle 26 cle óezembro. 2 _ Não confere,portirrr. direito à dedução o imposto respeitante a opcrações que r1êerr.r Ìugariri,s Í)iuirÌÌìentos referidos na aÌínea c) do n." 6 do artigo I 6.".,,, estabelecenào,,l( l)()rs. iro art." 20.", do CìVA, zts exclusões tlo tJìrcio à d.eduç.íjo t\)).

No lÌìomento Íìnal tlo imposto, cobrança ou pagan ento,ccntramos arrrsslr rrterÌção no art." 27.", do CIVA, cujo respectivó n." I determina que,r'{ rìr I)rolLrrzo dos art.,,'60." e ss., afectos aos pequenos retaÌhistas, ,,(...) osrrrleilos passivos são obrigados a eÌltregar o montÍÌnte do imposto exigível,;rlrrrrrrdo nos termos dos artigos 19." a 26." e jg.",l.ìo práÌzo prevlsto no artlgo11.", nos Iocais de cobrança Ìegalrnente âutoriz.Lclo"l,,r:r.

í /; ^u(irdiìo

do STA. dc 2 de .h ho tlc 2010. Iìelrkrr: Anlónio Ciìlhau. ..t Os s{cirostìr\\r\o\ (lc lVÂ têr'cìir.cir. rì dcdurìf o IVA por si \upor1âd(;; ì".ìA",ìì"' ",trr."

as operrçõesrr rlrL/tir!cis clcctuitdrrs a rnonÌante. desi-qnud.rlrcnt. ., r mp,,st., p,1*n p"ìì. ,"1u,a,ç.lr":; de bcns ou'.,r\r(-()\.rìosteürosdotrrigol9...n."l,.Llrìrr.L,lil,,CtV,l.ti -g,i, reg|iL. adcduçiioclevc ser, tL r rrir(iir iì.,(lccìitruçio do período p.steri.r-àquelc enr quc s. t;u", u.iiiì.ua,, u,.ecepçiio ilasri( | ||iL\ oU docLrntcntos ecìuivaleDtc,s (n..2 clo artigo 22.; do CIVA). lI Ibdavia. n,,, ca.os

' rr trrc ir olrfr-gaçlìo de liquidaçao e paganr.-nto do inìposto cornpcte iìo adquifentc dos bens e( r\ r\'t'|: c ()s c()ffcsrrorÌdcr)1es rnonlantes nlio Ìenhanì sido incrLrìdos na dccraraçio pc.iórlica,, , ,

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l,:i:lilili:.1:l,ll r li(lui(liÌçio e a.dcdLrçiio \iô,:r,ieÌrcs .",r, qu",l'.1u.r.,,,,..quencrr. oe.de qLre o| | ,,rr, i l,.r\\r\ , , rrÌLrc! u,: r ilcclrraçJo dc subsliluiçiÌo, .",ì, p."juírn .:1" p"ii.lldirde clue ao caso,'t'rrrr 'Jitllrlrr!t,71"d,,(.lVA.narccÌacçãocnruigu.i,t"ru.t,il.ã.:tos).

lV OsLrjeirol:l. l,ll',l1l"t,.l.

i"lp:dido de aprcsentur a decltração de subrtituiçlo cn no,nenlo posterioÍ i!rrir rìrrrrrr'ir riqirid.çar'. cÌe'endo aquern scr-consirieracll pu,-, "1èit,r.,

dc, dcternÌiniìção do,r1r,:t. rI r iclo crnbora sern prc..juízo cìa penrÌirlacle que ao i-,,_,; ;;;";..ì'í //: irrt"JÌ.''. rlo('ÌVÂ...1 pirfiìclìitosdodispoltonaaìíner(Jdor."ldorftigolg..,,

'ìr'1r r'rrçlì(r pc.irirric;r rrc'c :cr t'nri:rcÌa por tÍrrÌ1srìlissã() ercctr.ónicn de daalos. nos scguintes,r.rz.:: ,rl ÂÌri :ro tlirr l0 rlr, .,, rrrrìs sL.qrrìrrlc ìquclc a qLte rcspeitam

"r,rp".uçu"r. no cils(ì dcrl(.t(ì\ l)iÌ\\ir(ì\ i.orrr rrrrr r.lrrrrrt.,l,.rrr,!rit.ios ìgLnl ou sirper.ìol lì € (ri(J (nXl no luro cir,ìlLrÍ, rri'r. /,1 ,\tL.rtr) rlt,r I , ,lt, ' /ìr,.\ , !, |lttL. ,rf, lf ììL:sl|! (l(, .,,,,, ,,r,i., (iur Ìrsl)crÌl l ils

I)cixc sc cm Ìinha (lc rlx)rÌliìrìì( rÌl() o rr l." lli.". tlo CIVA, r.clirli\'() r()

l,ítgutrr?tÌlo tlo intposto Litluidulo pclo utltn irr i,slntçurt, cm qLlo o colììl)clcrìl('n." I clit:t cla seguinte forma: "l - Semprc cÌuc sc proccda à liquitl:rçiìo rkrirìì llosto ou de.juros compensatórios por in iciativa dos serviços, sürìì pr L iu r./, 'rlo disposto no artigo 88.', é o sujeito passivo notiÍìcado para elècluiÌr or cspectivo pagamento nos locais de cobrança legalmente autoriz.aLlos, no pnrzorcterido na notificação, não podendo este ser inÍèrior a 30 dias a coÌltar dcssrlnotil'icação.".

Cumpre, ainda, ret'erir que o pre\entc imposto sc cxtinguc nos tcnÌÌose cÍèitos prevìstos nos art."' 94.", n." l, do CIVA, irtentos os art."'45.' e 4(r.".

rla LC'I, por compensação, ao âbrigo do art." 96.', n." I , clo CIVA, e prescriçiur.lrl)licando os ensinan.ìentos dos art."':18.'e 49.", da LGT.

Finalmentc, a Íìlta cle pagamento do irnposto devitlo poderá deterÍÌìirÌlìÍrr aplrcaçho dejuros de morzÌ, nos moldes prefigurados pelo art.'96.', n." 1.

tlo ClVA, "Sempre quc o imposto liquidado pelos scrvìços ou pelo suicìt()prssr vo não seja pago até ao teÌmo dos prazos legais ostabelecidos, são clcv ìtk

's

,'pcr-lrcòcs. no caso rlc sujcitos plrssivos conr unr lolumc clc ncgircios intcrìo| a € 650 00(t rr,,r no cir iÌ anlcrior. 2 Os su.icilos passirrrs ablangidos pelu alínciì ,) do nirnìcfo iìnlcrior'|r'rl, rrr

ìlfrÌvós dc nleìlçaL() c\l)Íessiì ììiìs declaÍirça)e\ relèrìdas no\ rìaligos 3l." ou ll.'. crrnlirrrrL r',,

.usos.optiìfpeìoeÌì\ìodiìdecìrÍrìçiìoperi(idìcrìrÌìc siÌl previstt rì1l iììí ea1r)donìesnúrDrlrrrcr,Llcrcnckr nranter sc ncstc lcginrc pol unr pcl(th nrftinro tlc 1rôs rnos. -l Para o crclcieio rlrr

opcio relelicla no n.u 2 obscna sc () \c8uinte: ir) Nos cus(rs dc início rlc ilctivideclc. il (Jp!'ir(ì !

lüila rlrnvés (h dcclilraçlio |elìr'irlir n() rfliiÌo 31.". a qual produz cfìitos lr pa|tir da datr rlir s!rL

rrplcscntaçiio: ô) Nos casos dc sujcilos passivos jilL lcgistrilos e irbrangiitrs Pclo lcgirÌìc n(rrÌììrì1.

Lìcclulaçio rcld iclu no urtìgo 32." sri podc scr âpfesentrìdrì drìriÌnte o nrês de Juneilo. ploduzirrì, r

, lìitos u pu|tiI dc I clc Janciro do aoo diL surì âprescrìtuçio. '1 Sc. finclo o p|uzo rctìr'ido rLr r."l. o su.jeito passivo cìe\ejar voìler a() aegiìì1e norììÌirì (le Ìlcfìo(licidrLlc lrinìr'sllrì. (le!L' lLprrscnlulL (ìacÌiìarção a qlìe se Íclère o iütigo il." dLriìnle o rììês de liìììcìro de u|Ì dtrs uros scguirrlt s

rLrlLrelc enr qur \c liVcf cr)nlplcliìdo o p|azo do |cgimc cle opcio. p|orluzinrlo clcilos rr pirltiI t['I Lìc Jrncinr rlo ano da sLla apre\rnlircaro. 5 P:rra clìitos ttr n." 1. :enrple qua () \'()llrììc (le

rrr'gircio: r'cspcitlI lì urìllì lìircçaio tlo rno. rr colì\'aftido nurì] \oluÌìla cìc rrr:gr-rcros arrLrrrl

, or'r'csponclcntc. ír I'rrllr os sLrjcìkrs plrssivos qLrc- inicienr ii iictìlìclltlc orr dcixcrr clc enqLrlrtlr'lrr\!. no rlisposÌ() no " j rIr;rrliit() l(.)". o rrrlLtrnr'rìc nag(icios Ììurr()s lirìs Íìrc\isl{ìs Ìì() Ìr.' 1.

t \1ll)clarir|) tI r r L , , r , | , , , , '

r r r ,r 'r rL lrrr'r i':Lo lìiIil () uìì() ci!iÌ cor'rcnLe. rrpos crrrrlir'rtrlr,-.lro 1r'l,rì)irceçrìo (iLlLì rl,r: lrrrlr'.t,,.. , :;,rìr ,rr'iL ,,tì(lt)(li\|o\lonorì"1.iìrììu(|urçir([ l)crir)(lr!r(LL,l!,r'r rr' rr.rilrr',r l!,r ||rL I t,ì ì l.ì l)rr,,, r,' (,r ,rl rIr: ltìì]r()\1()\. rl .. l)i rL rì .l.it(). tìr)lLlt.rL (ì

.rr ,ito1rrsrrr,,,., r., t'., , rr.ri ,,l, r,1., rrrrrrlrrrrç;r rlrlrLrioLlir:irl;rìL lrrrrlrrzllc r,r: s

l'rrir (lir1,ì..,1,,' .;,,t r,' ,,,,L,,, ., rr1,r LJo.. o: tìÌr,,,,. rr tì,, \i..r,,.,L(.., ( Lr,',lLlrr rlf:rr:r tr.rr!,,r I l' , ',i , r fr,,,lL...L s irrrr,,,,.'

lLìr( )s (lc rì Ìor':ì rìos lcrrììos do iìrt igo ,l,l ." r llr lr.r I'i r trl tr rlrrrllrr i:r. '. corr st il rritrrll.orrllrssinr. urÌìa cotÌtÍa-ordcnação Iiscltl, ('()tìl(Jt'lìt(. lrllrsrrlrrrt os ar-t.,,' l0-5." cl l 1 .". rlo IìCì lT.

I)osto isto, destaque-se. ainda, que o CIVA, consâgrâ, igualnrente, ReÊÈrrcs l,ìspçq!4!5, do art." 53." ao art.'75.", nonteadamente em scde das circuns-tirrrcias aí previstas, cleÍìnindo, tanrbém, o art.* 76.'a 83.", eventr:ais dispo-siç'ocs comuns.

'lÌrrna, aqui, particular rcaÌce o caso do art.'53.", do CIVA, que deter-rrirrr c1uc. " l Beneficiam da isenção do irnposto os sujeitos passivos que.||ltd lx )s

( l ( rt( )\ (lo IRS ou IRC. nem praticando operacões de importação" exportação, ,r r rrr I i l iilaclcs conexas. nem exercendo actividadc que consista na transmissão,1,'., 1,..'rr! ou prestação tlos s

t ,'rlirro, nuo tenham atingido. no ano civil anterior. um volunte de negócios',rrpcr iola€ l0 (XX). 2 - Não obstante o dìsposto no núnìero anterìor, são aindar\( rìl()s (lo irnposto os stúeitos passivos com um volume de negócios superìorrr { l0(XX).rnasinferiora€ l2 500. cÌue. sc tributados. nreenchcriam as con-rliç'oes tle inclusão no regime clos pcquenos retalhistas. 3 No caso de sujeitosp;rssivos quc iniciem a sua actividade, o volunre dc negócios u tor.nar em consi-ilelrLçiur ó cstabelecido clc acordo corn a previsho cíòctuadl relativa ao ano civil( ()ncnte, após confinnação pela Direcção-Geral dos Impostos. .l Quando opcr'íodo enr rcÍ'ct'ência, para eÍ'citos dos númelos antcriores. Í'or inlèrior aorrrro cir. il, deve convertcr-sc o volume de negócjos rclativo a esse pcríodo numlolunrc dc negócios anuaÌ corespondente. 5 - O volurre de negócios prcvistorros números antcriores é o definido nos terÍnos do artigct 4?."." 1rr).

EÌenquern-sc, neste passo final, o caso dos pequenos r-ctalhistas, dis-

l)osto Ìros aft.* 60." a 68.', do CIVA e dos Revendcdorcs de Combustíveisl.itluicìos. plasmado nos art."'69." a 75.", do CIVA.

Aqui chegados recupcranos a Íìctualidacle vcrticÌa no enunciado, no con,tcrto cla qual, dois amigos discuteÌl acerca tlaexistência ou não dc uma iselìçãoL rrr nraléria dc IVA quanclo esteja cm causzr a prestação dc scrviços médicos.

(ittttutkr. n rris nos tliz a lactualitl:ulc vt rlrtllr. t;rrt' Artlrirrio diligiu-sc ì rcpirrtição dc lirtarrças rcspectiva e aí declaÌou o inicio tla sua actividar-le conroplcstador dc scrviços, no âmbito da prestação cle serviços médicos, adoptarrtkro r-cginre simplilìcado de tributação, estando, destarte, sujeito iì declaração dc Rrn

ilirnentos de Categoria B, como rendimentos afectos ao trabalho independcnlc.

De Íacto, a questão fundarnental que aqui opera leva-nos a considclìr.ilcscle.já, o regìme jurídìco isenções previsto no CIVA, principiando pelo rÌr1."(.).", do mencionado diploma legal, de forma a averiguar se a sua actividiì(l('ur CÌínica Privada estí ou não abrangida pelo escopo do preceito.

Ora, nos termos do art." 9.", n." 2, do CIVA, estão isentas de imposlo:l)As @ e sanitários e as operações com elasa,rlispensários e sirrilares".

Fazendo uma leitura do estabelecido no citado artigo não resistemtlúvidas de quc, tanto a actividade que António viria a tlcscnvolver na CLipog,a,

/.r1.", no terreno da Ginecologia-Obstectrícia como a actividacle que Sebastiãovcnr desenvolvendo, na área da Medicina Anátomo-Patológica se enquadranrrur lelo,r normativo do art.'9.', n." 2, do CIVA, enquanto prestações de serviçosnrédicos, estanclo, portanto, isentas do pagamento de ìrnposto de IVA'sr'.

'' As iscnçircs pr-cristas no art." 9." crfaclcfizanÌ se pelo l-i'rclo dc os sujcitos passrlos |Ì1,'li(lLri(lafcrÌ irÌrìlo\10 nas ()pcrrça)cs cluc praliciÌIÌ naquclc íìnrbilo. ficando. por'énr, pr'ìvirrIrs rl,',lifcito ì cledução do inrposto que tenhrnì supoftado niìs irÌìportaç(')es de bens e uquìsiçocs rL'l,eìls ou serviços. Lrmâ vez que âs isenÇ(ìes Íetèridâs lìo art." 9." não se encontram conlcnrlrl;rrl:rrì() iìfl.'10.'do CIVA. No cììlanto. se se tralar de isença)cs prevìsliìs no n-" 27 (operlu,oe:,

I rnanceìras) e 21ì (oper açrìes cìe seguto ou resse!tuì () ). rìììlbos do artigo 9.o. qutndo r) dcslirìlrliir L1'

L \tciiì cstabclccido ou ciorrìcililclo lìrra cla Conruni,:larie Eufopcia ou cìue eslcjanr dircclunrrrrtt'lisiìdas lì bcns quc sc dcstincrr lì scr expoftados para paíscs não pcrtencenle\ ì nìc\ÌÌìil( (ìrìÌuìlicìrde. penÌlite se a deduçaÌo do inlposto suportrdo a lÌlontdnte- nos tcÍnìos d() Ì)()nl(ì V,liì rlÍrea ô) clo ìr." I clo arligo 20." do (11\A." In http://ittlo.pttrtullttslìnunttts.14o r.:2/ ( lVÀl\crìcôcs nrs Operaçires InleÌnrs. r." l;1. errr 27 07 2010. Cl):.lxÍÌrbérÌ1. irì1." 12.". n." l..rl. /ri.,Ir( lVÁ. I Poden ren uncirr à ìsençaro. opttndo pela iÌplicação do ìnposlo c \ \Lrr ' ,lL r .r\ r ( \./, i ( )s csliìbclccirÌìcntos hospitalarcs. clúricas, dispcnsiir-ios e sirrilnfes. não pcÍcnccnlcs l pcss('rs, ( )le( tiviÌs (lc dircilo pLiblico ou N instituiçi)cs privadls irìtcgriÌdlìs no sistcma nacional rlc srrritl..,lu( cleclucììì prcsllrça)r'\ tle scIviços ìììédicos e sirnitriÍios e opeÍações corìì elas eslrcitiÌrììr'Ììlr

rlrl l| Lr /\ rA r ,rl

Irrn srrrrrr. Ârrlrjrrio, ltrlrr:rrrtlo rllr( ()r'n'( 1iìrììrìrìlc inlìl ntittlo. pclo quo ()

rrrl " ().". rr." 2. do ('lVÂ. ó accrtaclo ,s',

suir rì.,( l(,ito rllrs lrrlrrrq'lts. tclli sidost rr r'rrtIrrrItIr;IrrrcItIo listltl enl sodc (lo

oCAPITULO VI

PIìOCEDIMtrNTO E PROCIìSSO TRIIìU'I'ARIO

\i( ) tfÌìÌ irLÌui lrrIrrI r' ÌìL'lintc IisIccìal do rr|1." 5-Ì.". ." 1. Lìo ('lVA..]Lr:li ncnta. lìofrlLre ir\) r, rL\'rìr'\()lr rr,tirìLìr,k rrlrr, lìr(\tiLIlcs1i('tla\idlÌtnaÌìletìpilicit(llìsetÌsccìtrkrlLrl"9.".rr."l.

,1,,( l\ \. ( ìlÌ ( , , L rLr l, , 1r, r...,,.irL,r(rr r.rinrc. lj tsc,.ìcrkrart."L)."-n."I6.d0(llVÂ.rcjir:co,1,ì ir lt)r' \ (l( ,,1ìr.r' , ||1 , t,1, rr , rlLr( ll(r\ ,lc |u1ìLirrìçlìo a l-ciitore:. r\liìrìrì(). l!tL.Llnì(lt|..,, |1,.,,lL, ir! Lìr, It,,,, l\ \

I. PROCEDIMENTO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

Caso 1

. Processo de Execução Fiscal

. Alcance Objectivo da Execução Fiscal

. Natureza do Título Executivo

. Legitimidade das Partes

. Intervenção do Tribunal Tributário

. Oposição à Execução

. Fundamentos de Oposição à Execução

. Tramitação do Processo de Execução

A Sociedade Comercial Foge ao Fisco, Iì.", com sede na cidadr: (k)

Porto, tem como objecto a prestação de serviços de consultoria Íiscal tfinanceira, para além de outros em mâtéria de recuperação de emprcsasque se encontrem com problemas de tesouraria.

A empresa encontra-se, desde há uns tempos a esta parte, ânt('uma situação de iliquidez e nem por via do recurso a empréstimosbancários consegue cumprir com todas as obrigações, nomeadamentcpara com a Administração Fiscal, com a qual apresenta já um coniuntode dívidas e coimas em falta respeitantes ao não pâgamento de IRC ref'c-rente ao exercício económico de ano anterior.

Por outro lado, as coimas avolumâm-se, porquânto, desde há írmeses, que não entrega as declarações periódicas de IVA que está obri-gada â fazer perante as Finanças, e, além disso, acresce o facto de qucnão procedeu, igualmente, ao pagamento de um conjunto de impostoscspeciais relacionados com a sua actividade.

|ltÌt tí) lil\ i/\.,, Ì1,,Ì ,, L

N:ìo olrsl:rrrlc ts srrccssivas irr I r.l.;rr.l:r1-r x's rl;r r\rlrrrirristr-:rçiio l,'iscall):ìr':r (llrc cli.cÍuitsso o pitgiìrìtctì11) rl:rs rlír'irl:rs trilrul:iri:rs c coimas rcs-pt'eÍivas, a rrrcsnra Í':rzjls ao sou notìrc, t: Í('rr1:r, 1xrr.Íorlos os meios, lançirrrrriio rlc oxJrcdientcs dilatórios para protelar rro tcrlpo o não paganìento.

(ìontudo, no dia de hoje, a Foge ao lÌisco, Ld.'foi citada pclai\rlnrinistração Tributária de que contra elâ tinha sido instauradol)r'o( esso de exccução Íìscal.

rr) I'reocupados com esta situâção, os gerentes da reÍ'erida sociedade,r'onl rrcl:rratnl l'ernando Aurélio' Advogado, com quem tinham um avença,rro sr.rrli<lo de este os inÍbrmar qual seriâ o meio idóneo reagircm contrar'\l(' pr'ocosso de execução fìscal.

Qrrìd lurts?

Proposta de Resolução:

1r) ( ) clÌso quo agora trazcnros à colação verte unta lnatéria de cspecíÍìcar' sirr!rrìlr irnpoftância no ordcnaÌneÍìto j urítlico-fiscal, mais pt-oprianìenterro irrbito dos contcúdos afectos ao plocedilnento e proccsso tributário: at \t't tI\' o li.\cLtL

Assirn sendo, curnprirá, incvitavelrne nte, discorrer certâs noçõest( (Ìr'rciÌs. iìtenta a doutriÍÌiÌ, as disposiçõcs legais e ccrtajurisprudência comot lr'nrcrrtos para rnelhor aclariLr c clesbravar cste importante instituto j urídico.

Fcitos sstes considerandos ilticiais, entrcmos, agora, ntais adentro nocstrrtlo do pLocesso de oxecuçlìo fiscal, que tal como a lei prcvó, e ulìì proccssorlrrr. tcnr ratureza j udicial, a despcito de no ntesmo se prevcr a participaçãorlos rir-shos da administração tributária ern todos os actos e Íbrrnalidades querìrio cstcJarìt rescrvados à competência cxclusìva dos órgãos.jurisdicionais( ( /r: iu't." | 03.', n." | , da LGT). Neste scntido, não e stamos, já, no ârnbito clcrnlrttirilÌs cÌue têm trataÍììento dcntro clo corpo da adrninistração púbìica, mas,

l)('lo coltrlÌrio, lìtÌlc unì processo quc vai ser do conhecintcnto dos tribunais.I)c lìrr-rrrir it ltl)ulllììos se a administracão irndou bem ao instaurar

ilt lr'r nrin:rrlo l)lr)( ( s\() rlt. t'rccrrçao Í'iscal contra cÌclcrnrinado colÌtÌ-ibuintc

li,(ì

I i triNnl

lrrllos0. ILtvct:t (llr(' lì(t(('l)ol o liclÌti(lo, litlttlr'r'ltltlttltr'(l()s l)t1)etss()s (le

( xccuçaÌo liscitl. ott, sr.'tlLtiscrttltls, qual o itrrllrilo tlo plrttt'sso tlc cxccttçittr

I iscal. Por outt-us pulrtvt as, quais as obrigaçõcs I iscitis t;ttc lxrtlcttl dctcrtrl itrat'

rr imposição, ao contribuiÌlle, de cobrança cocrciva'.ilt quo lìlÌo pode exislifürÌì critório discricionário da Administração, mas sim uma norma que lilÌìitc('. âo mesmo tempo, legitime a cobrança coerciva, dado que o que está, aqui,

crìr causa, relembre-se é um procedimento judicial.

Corn eÍèito, a cobrança em scde de execução fiscal só pode ser Ícita(lLlando, atentando no disposto no aÌ't." 148.", n." l, do CPPT, estelam cttt

e 1Ìu sa:

'a) Tributos, incluindo impostos aduaneiros, especiais e extrafiscais.

taxas, demais contribuiçõtcs financeiras a Íavor do Estado, adicionais

cumuÌativamente cobrados, juros e outros encargos legais;

ò) Coimas e outras sanções pccuniárias l'ixadas cm decisõcs, sentenças

ou acórdãos relativos a contra-ordenações tributárias, saÌvo quandtr

rplieadrs pe los lrihunais ( umun\.

c) Coimas e outras sançõcs pecuniltrias decorrentes da responsabiliclatlc

civil determinada nos tcrmos do Regime Ceral das lnÍiacçircsTributárias." '*"'.

Contudo, a lcgitimidade de actuação da administração não sc csg()liì

rìcste escopo, pois, o n.' 2 do mencionado preceito legal vem, ainda, ditr cotrr

petôncia à administração paÍa lançar mão clcste tipo de processo qr.titlttl'r

estejam eÍn causa:

'a) Outras dívidas ao Estado e zì outras pessoas colectivas de clilcitt'público que devam ser pagas por Í'orça de acto administrativol

ú) Recmbolsos ou rePosiçõcs."

Feíto esÍo tlelímitcLção dos tennos rkt uso dtt prot esso, importq utÌl(\rlt muis, opur(tr em que momento pode tt Atlministrução F'iu nl. ro( orr(r-\('rIeste p rucedinterúo .judiciul?

"" Âlircrr :r,lrtrr,| 1r 1rI r'i rr." ì ll/21)llì. (lc 2ll (lt ^bril.

l:'/

ít)Itl tÌ(| |11,r.^t (

^ i r" r'r^||'

^ rcslxrslir il cslit (lucstlì()-iitl irìr( ( li;rll l( ltl(' tt;r\ ( it( tttìs(lllìcias onl quc

() suiciÌ(ì I) ssivo rìato h:riit cuntpt itlo, tle lirtttlt rolttttlril irt oLt espontânea, as

olrrilaçilcs (luc tcrÌì clìr dívida para cortt ir l'ltzcrttlit I'Liblica, pclo que, findo('ssc l)riÌ1o lcgal. que. assim, lhe haja siclo rrutorizatlo para pagamento volun-t:irio da tlívitla, será interposto meio judicial próprio para obrigar o contri-lrrrintc cnr fhlta eÍêctuar o pagamento dos valores que, assim, venham desta-

t irtk rs no procedimento.

lÌ)r conseguinte, podemos aíirmar que a legitimidade jurídica do pro-

r't tlirrrcnto sc desenha da seguinte fotma:

No ltrckt <lt legitimìtlatle trctiva do procedimento surge a administração,r r, tr r r:. t r rrrclctamente o órgãÕ da execução fiscal lCfr art." 1-52.", n." I, al. á),,1,, ( t,l'l'ì.

(.)Lurrrttr à legitimidade passìwt. Íìgura o contribuinte, ou, nos termos(l(ìiul."l5-1.1',n.oI,doCPPI"(...)osdevedoÍesoriginárioseseussucessoresrkrs rrilrrrtos, poclendo ainda figurlr os garantes que se tenham obrigado comopr rrrr'iprris pagadores, até ao limite da garantia prestada.".

Não obstante o exposto neste artigo, podem, ainda, l'igurar como(\ccutiÌdos no processo de execução tributária os devedores subsidiítriostlrrrrrckr o devedor principal e seus sucessores não possuam bens que se con-subslancicm como objecto de penhora, ou, por outro lado, quando o patri-r rtirr io cxistente na eslèra jurídica do devedor não seja bastante para acautelar

o vllor da dívida ejuros atinentes ao valor totaÌ do crédito cxequendo (Clìr

ru l." ì-5J.". n." 2, do CPPT).

Conro ficou dito, em regra, o sujcito passivo é o primeiro obrigado a

Prrrccclcr ao pagamento do imposto, pelo que se não puder, ou, niÌ eventua-lirlirrlc cle.já não ser possível o respectivo cumprimento, é que se recorrerá ai;rrrnr tcnha legitimidade para íigurar como executado no procedimcntocrecLrkiriu, tal-qualmente assim procede cl art." 9." da LCT.'87'

lt rrr l..ritirrrrrl:r,1, 1,.rr:r l|'rrr:rr rrolr|rxctlinìerìl(ÌtfibuliÍir).tìir(ìrì(ì.r(l(fill(l()il(l(liit()ctilJfi(ì,1, l, rtrrinrrrìrrrÌc irL rÌ\.r rì lÌ, ..rrrr

1,:rrrr rrlr'rrr(lus I)rrlr's iii rr, rrrr.r r'rrrrrrr rrrilrrs. fcl)fcsr'rìlurìlc (|lr

l'l{(x,l lìlM{ NI()I l',l(Ìl r'o ll(llllllAllllI

A fìr'a ir lcgr tirrritlatle piu'a conduzir o procediniento tendente Ì c xccttç:tt I

l iscal, a competôncia para o instaurar está, igualmente, adstrlta âos scrv lç( )s

( orÌìpetentes da Fazenda, sendo este, de mais a mais, o espírittl do itlt " 10 "

,.1,, dPPT, mais especificamente na sua al'., segundo a qual' cotnpclc ìrrtlministração: "Instaurar os processos de execução Íìscal e realizitt os itcttts

rr estes respeitantes, salvo os previstos no n'o 1 do artigo l5l '" do 1tt'cscttlc

('ódigo" oì mais específicamente, compete ao "órgão periÍérico ltrrtl rltr

(l.m[ílio ou ,"d" do d"u"do.. do tituo.ão dot b"nt ou du liOttid"tiu'" 117;'

.rrt." 150.'. n." -ì, do CPPT) '*"'Após esta fase inicial do processo de execução, a competêne ilì lìiìl:l

tleciclir dos "incidentes, os embargos, a oposição, incluindo quando irìci(ll

sobre os pressupostos da responsabilidade subsidiária, a graduação e vcrr

ticação <1Ë crédiios e as reclamações dos actos materialmente^ âdministral ivos

crnanados pelos órgãos da execução Íiscal", será da competência do tt'ibtrrtitl

tributário de 1." instância onde corre os termos da execução (Cf: art" l5 l"'n.' I do CPPT), ou quando a mesma corra nos tribunais comuns otl (ìnlittlir i' rt

ó da sua competència a apreciação das matérias que acima sublinhiirtxrs (( /r:

art." l5 I .", n." 2 do CPPT).

Feita esta pequena incursão por alguns dos pressupostos essclì( rrrrs (lt)

processo cle execução fiscal, fale-se, agora, dos títulos executtvos tltlc ol)( r ilrrl

rra brse dtr pt oce\\o tle execuçào

Na verdade, estamos já informados que, sempre que se estÈ'-lir ;rrìl( rrrrr:r

tcç,ìo de natureza executiva ou de carácter executório' haverá cltto cxlslrr llrrl

título ou documento juríclico bastante como condiçho' impreterívcl' tlc t1tt"'

processo siga os seus ulteriores termos' Daqui resulta que o pr()ec\\r' (l('

oxecução Íìscal acompanha, inevitavelmente, os mesmos pressuposlos (los

utro:\ pr(ìcesso\ tle natureza e\ecutivil'

trlrzcndlì Pirìrlica o Ministério Público; alt." l-1.". do cPPT: rrt." 15." do cPP-l': sttbstilulrrs rttl''', ìqti. ìi,,-òppf . ainda an.,.- 10.,. e lll." da I_GT: rcsponsiiveis subsicliírlios iÌÍt. ' I L" rr ss. (ìil

t (ì1: os responsáveis soliclários art" 9". n'I tlo CPPT: rcnlitentes irft " 9ll " cl(t ( l'( its

crrhargarttei alt.' 237.'' cìo CPPT: prctèrcnies aú ' l'l5lì'" do Cl'('sNr suhìinhltdo nosso.

l)lÌl ll() li( ^

r^,r,,lÌ11r,,, l

Àssint. ;littit clcitos da lci lisclrl s:lo lrlulor, (.\r'( ltltv()s lros lcrrrros rkrlrrl." 162." do C[)PT 1se)'

"a) Certidlrc extraída do título tlc coblltrrçir rr.llrtivlt l lributos c outriìsreceitas do Estado;

á) Certidão de decisão exequível proÍèrida em proccsso de aplicaçãodas coimas;

c) Cefiidão do acto administrativo que determina a dívida a ser paga:

r/) Qualquer outro título a que, por Ìei especial, seja atribuída Í'orça exc-cutiva."

'fodavia, não basta apenas existir o títu lo executivo, sendo. ainda, neces-srilio que o nÌesmo contenha um conjunto de requisitos essenciais, sem os(lulus o mesmo não opera cnquanto taÌ, determìnando, rnesmo, a nulidade clo

l)r'occsso de execução Íìscal lCli art." 165.o, n." I , al. ó) do CPPTI.Com efeito, prescreve o art.o 163.', n." 1, do CPPT, que esses requisiros

siio:

'?) Menção da entidade cmissora ou promotora da exccuçÌo;

á) Assinatura da entidade emissora ou promotora da execução, por chancela nos termos do prescnte Código ou, preferencialntente, atravisde aposição de assinatura electrónica qualificada;

c) f)ata eÌ.Ì.Ì que foi emitido;

d) Nonre e domicílio do ou dos devedores;

e) Natr-rcza e proveniência da dívida c indicação, por extenso, do scuÌrontzÌnte."

(ìLrnprindo o titulo executivo todas estas formalidades cssenciais, estii("rì) ( orìdiçõcs cle ser iÌltenlado o conlpetcnte processo j udicial e de prosseguir.{)s scus tel-Ìros seÍÌì que Ìhc seja assacada qualquel nuÌidade insanírvel quciliti ir arrulação dos termos ulteriores quc o processo tcnha corrido (C fi. :.rt."lír5.". n." 2. e n." 4, do CPPT).

í //: irfl." l(r.'. (ìo ( 1'j(

t:to

I'lt(x ll)lMl lllr|| i'lt'| | !'||rIr ^rLr '

Vcjlt tttos iÌgora os tcl tt tt ts lt ttttlrtlt tr'ttlilts tltt t t t tttt ilr t\'rÌrr dtt ;ltoccsst t tle( xccuçaÌo Í-iscal, istoporquc itttltrttlrt. lttrttllttttr'ltlltltttr.'lllo, vortcros tllolììclltosrlo rrrcsrno c a lìsc em que este p(lde ou ttrxr dcsagrtu no tribunal. 1Ì assitll sc

t ornplccncle quc o processo j udicial tcnha, por unì lado, urna Íase pró-.iLrd icilrl,

L orrr a instauração da execução pelo órgão periféríco Iocal da adrninistriÌç1ì( ).

t . lxrr outro lado, umafase de conhecimento do processo pelos tribunais, clttlttttkr

o cxecutado se opõe à execução ou quantÌo o mesmo permanece silentc tttt

rl||t' liÌngc ao processo conlra 5i instlurrdo.Desta Íèita, saben.ìos já que o processo começa com iì instlÌurrlçÌ'ì.

pclo serviço tle finanças Ìocal, do procedimento executório, tendo por basc its

r'cltidões de divida extraídas contra o executado, que, na eventualidade clc scr

rnais que uma certidão, serão autuadas, pelo que, tendo em mãos o tílulo cxct utivo ( Cfr art.* 88.o, 148.', 162.' e 163.", do CPPT), proceder-se ilt. clc se

ruida, à citação do executado ")í)) no sentido de lhe dar conhecimento dc tlttc

tontra ele foi proposta determinada execução fiscal ( C/r art.* 35.", n." l. t

lfìlÌ.", do CPPT). Uma vez realizada a citação, o executado é inÍbrtnlttlo. t|l rs

ltrtt:os poru ol:sosição à eretuÇtìo c para requercr, cxso pretenda, o 11 t.q,t ttttt t tlt,, ttt-!!!-\!!!!Q4 ou iì daqiqq!0 Bêgê!09!1lLQ, atentas as Íbrmalidadcs P[L r islrt'rro art.' I 89." do CPPT.

Não obstante, se o exccutado houver beneficiado do pagatltL'trlo t ttt

t)fcstações, no enquaclramento preciso cla lei Íiscal (Cfr art." 12.", tlrr l.( i'l t

rri rrão estará em condiÇões de beneÍiciar dessa mesma faculdadc lìo (irrrrlxì

rlc acção circunscrito ,Ìo processo dc execução, conforme assint tlitrt o ;ttl "

| 1J9.", n.' 2, do CPPT.

Ainda no que se reÍèÍc a estes Ìneios que conferem ao executadtt ll l:tt ttl

,.lirdc dc voluntat'iamentc pagar a dívida, reíira-se que, em sede dc cxcr tÌ( ir(l('xiste uma outra nuancc de especial proenìinência.

Na verdade, se o sujeito passivtl tiver Ìançado mão das gatalt(tits tkrs

t trrrtribuintes' l||ÌormenÍe, redomtrcLÌo SrL . i' tsü. inlDugnLt\Ll( t. t?cur'\o.ì1t(lìt itII

lÌrrlcnr lanrbérrr sc'r chlttttados à.lernirldiì. pcla primeìr'a \ez no âmbil(ì do |)loccsro,lL', \rrlrç'i() lìsclì1. tal quitìrrleìltecìispõcoìlcncionacloart.'35.'doCPPT.otcsponsilvclsoliLìlirir,rr '().": lÌerdciro rrrr errÌrtçrr (lc clìsiìl: arl.' I55.": Iiquitirtír'io j dicial lìr1." l-5(r.". clerÌ,'r.',,.Ì.f.rìtú\c()r(_)rìiLr,( iU1"ll()."elrirìrÌitosct-cdorcsclescotthccidos.alt."'l1l.''cl_11 "l0ilr'.1,' ( t,Ì"Ì

. r.h {) aurr .r!Ì l:Ìl

tì lt ||( ) |ti( ^t

t.^,,rf, t,|^llr,,. t r,tvritrr,.

!)!t | )!,t,tiçíieJ(,lr! !\!! tthjact0 du dí!,ìtht t,\r't!tt utl(r.1xrt[. i. rro tlccurso dc l5tlrrs rrPr'rs ir n.tiÍ'icação cla decisifo qrc sr,jir exirr.irtl:r r() corììpotonte proccsso,rc(lucrcr () piìgilÌìtt:nto cm prestações ou a d:rçào crrr 1):tganìcnto (Cft art." I g9.",rr." l{. tkr (IPPT).

Assirn, citado o executado, este poderá, desde Ìogo, pagar a dívidat rcrlrrcntla, que determina, in limine, a extinção deste processo judicial (Ctrnrrrt." lír9." do CPPT). Pode, ainda, soÌicitar o pagamento em prestações (ffr;rrt " l()(r." do CPPT), com excepção feita ao caso que enunciámós acima,1x'Ir tlrc l'icará suspensa a execução fiscal (ClL art.,,' 169.., 170." e 199.. do( 'l'l ' l ). lrilìalmente, poderá requerer, ainda, a dação em pagamento em bensrÌr(,v( rs ()u irróveis, segundo os requisitos enunciados no art." 201.", n." I, do( l ' l;\. 'ìl ) Descrição pormenorizada dos bens dados em pagamento; D) Osl)( rì\ (lir(l()s cnì pagamgnto não terem valor superior à dívida exequenda e. rr r r'sr'|( L r. slrlv<t os casos de se demonstrar a possibilidade de imediata utiliza_,. , r, r r l rs r r'lcridos bens para fins de interesse público ou social, ou de a dação.,r' r'lr't lrnl no âmbito do processo conducente à celebração cle acordo derr'( rl\'r;rçirr) de créditos do Estado.".

t, (Íl t)1Ml Nl() E PÍ()cl l;ti() tllrlll^l0rl

zrutor-iz rl;r x sì.riÌ cobrança à data em que tiver ocorrido a respL-ctiviì

liquidação:

á) IÌegitimidade da pessoa citada por esta não ser o próprio devedorque figura no título ou seu sucessor ou, sendo o que nele figura, nioter sido, durante o período a que respeita a dívida exequenda, opossuidor dos bens que a originaram, ou por não figurar no título cnão ser responsável pelo pagamento da dívida;

c) Falsidade do título executivo, quando possa influir nos termos da

execução;

d) Prcscrição da dívida exequenda;

e) Falta da notificação da liquidação do tributo no prazo de caducidadc;

f) Pagamento ou anulação da dívida exequenda;

g) Duplicação de colecta;

á) Ilegalidade da liquidação da dívida exequenda, sempre quc a lt'inão assegure meio judicial de impugnação ou recurso contrâ () il( l(lde liquidação;

i) Quaisquer Íundamentos não reÍèridos nas irlíneas anteriores, lt 1'ttrtvlttapenàs por documento, desde que não envolvam apreciação tlit Icg rr

lidade da liquidação da dívida exequenda, nem representem interl('rência em matéria de exclusiva competência da entidade que ltorrvt'lextraído o título."

E diga-se, cm abono da verdade, que são cstes, e só cstes, os ltttttlltrncntos que podcm ser usados peltt executado, para se opor à cxecuçlto I is( irl.

e demonstrar, inequivocamente, ao tribunal competente que lhe assistc ril/iìrlem função dos Íactos enunciados, e que a Administraçlto ntÌo andou bclìì :l()

lançar mão deste procedimento cot.ìtl'a si.

Mas para que tal aconteça, contribuinte devcrá apresentar a pctiçiì() (le

oposição no ór'gão fiscal onde corra os tertnos do processo de exccLtçitt'

devendo aquela mereccr o devido auto, sendo, depois, remetida, por via tlorilgao onde a mesma deu entrada, para o tribunal competente no prazo tle 20

tlius(Cl):art.""207."e208.",doCPPT.).Chegadaapetiçãoaotribunal,ojuiz(lÌrc t()nìc corìlìccìntcnlo tlo proccsso poderá rcieitar linrinarmente a oposição

A última Íaculdade que a lei confère ao executado, a menos que esret orrlirnrc ilrcrtc e nada Í'aça em relação à execução, éjustamente a possibilidaderlt tlt'thrção de oposição à execução, nos termos do art." 203.", n." l, do CppT,.lrrt sri ptrcfc ser feita dentro do prazo de trinta dias, contados: a parÍir tlo,,r t l r', t

! tt r' t; ql4:Lu!!44_q_pr!!rel!4J)!rh!!e, ou a oarti r tlu cLtÍu em que tenha ocorritlotn (lu(tlutt(r.íhL.to sLtDen)eniente ou quando o executado desse huia tido'r ttrltr't inttnto ou Íomodo contocto com uma íacÍuolitlade tlaeueLa ndtureza.

Mas, para que sc possa opor à execução, a lei reguÌa, taxaüvaÌnente, osr{rlr\'o\ Llc\(a oposiçho, pois, se assim não fosse, muitos dos contribuintesrrrlcliiun opor-se ao procedimento executório apenas para obstaculizar ao,r( )sscsLll n'ìento do processo e até mesmo porque a oposição motiva efeitorrs;rc n s ivo clo processo executório (.Cfr. art." 2 I 2." do CppT).

l)estarre, os fundamentos que a lei, no art." 204.", n." I, do CpTT.rrrrrrci:r são os scguin lcs:

'?) lncxistô'ci:t rl. i'tPost.. taxa ou contfibuiçho nirs leis ern 'igor

ìrdlrra tkrs lìrt r.s rr r;rrc

'csPcita a obligaçãa ou. sc Í.r'a cirso. rìa(, cstiìr

ït)tìt (rlt,,(^ l^r,rr,lÌt^r,,i tr rjrrr

(( /r: irrl." 20().". rkl ('lrl)'l'), ou, otìllt(). t.slrr c lr.t r.lrrr l;r, sr.llrlrrrlo sc, tlcpois, or)*)ccss() lclìdortc ì notil'icaçã. dir rìrzt'rrtrrr lrrrrrrit.:r r)rr r (rlr('csr:ì contestc osscus lcnììos nutìl ptÌzo, em princípio. dc l0 rlitrs ((J); irrl.,,2l{).,,, do CppT).lÌ)slcrionÌìcrìtc, chcgam os ulteriorcs terrnos do proccsso, em que, uma vez;r oposição à execução segue-se depois a Íase das alegações e tennina oI)r r )cosso coÌn a prolação da sentença pelo tribunal (C/l: art." 21 Ì .", do CppT).

QLrando for efectuada citação segundo as formalidades que a ìei imDõe( í 7i. iìft.' 190.", do CPPT) e o citado não for encontrado 1Ç/r: art. ,, 1g9." el()1.". rkr CPPT), procede-se à penhora dos bens, na eventualìdade dos

r rrt'srrros cxistirem. e, doutro passo, caso o executado esteja presente aquando,l;r r lilìsôrrc ia seri,'r o mesmo citado na hora, com a comLrniiação de queàispOerh Ì()rlirrs para deduzir oposição ou, ao invés, para efectuai o pagamento dorìr)rtirìlc crrr dívìda. Uma vez terminado o prazo sem que haja optado porrrrrrr tlt slus duas soluções, será designado dia para a venda (Cfr art.* 19ì.".rr " I c .ì c ârt." 193.", n..2 do CppT).

lìÍectuada a penhora nos termos e limites ínsitos nos art.,,,2 | 5.. a 236.",rIr ('l)l)T. na circunstância de não haver siclo deduzìclo embargos de terceiros;r.r .lr-ruórr quc veja afoctados os seus dircitos com esta diligência daAdmìnis_t r rrç'ro 'lì-ibutihria, passzÌr-sc á a c iraçìo tle credor es qu" .q

",.,., detentores de

rrn lr turantia real em rel:ção aos bens objecto de penhora, proiedendo_se, clcpois,,ìrrtr'()sslÌì, uo chanramento à lide do cônjuge cÌo cxecutado, scmprc que alx'nlìoliÌ iÌìcida sobre bens intóveis ou bens móvcis sujeitos a registo, ou cluandocstrr rliligêrrcia caia sobre os bens comuns clo casal (C/r artigos 239.., n.. I e.'.'o." rlo CPPT). Nesta fase aindir poclcr_se,á clcterminar a cclnvocação dost retk rrcs cluundo dos autos conste a existôncia de algum dirieito real de garantìasr rlrrc irs bcnc otrjecto de penhora (Cli: art." 240.", n." 3 tto CppT) ou, não exis_trì(lo rìcnhutÌì direito reaì de garantia, poderão ser, ainda, .,citaclos

os chcÍ.esrLr scrviços pcnÍéricos ìocais cla hrea do domicílio fiscal da pessoa iÌ ouemlr rrrrrr 1rcrrlroraclos os bens e da situaçho dos intóveis ou do eitabeleeirnentor.rrrt rciiÌl .Lr industriaÌ onde nìo uorrA o processo pur.l, no prazo tÌe I5crias.irl)r( se nliÌrL.tìl cefiidão das dívidas que clevam ser reclamadas,,, r.ros termos clorrr t." l-1 I .". n." I do CPP! pelo que se procecle à vencla clos bens sobre os quaisrr pt'rrlroriL incicliu (Cli art..2,14.., do CppT).

llrrvcldo Jugar, doutr-o passo, zì reclamação de créc.lìtos, nos reÍmosLhrs :111ie115 1.10.". 2.11." c 1.1í1.,,. clo CppT. por parte clos credores, o processo

lllr' l11,i

ti. tlcsrlc logo, rctttctitlo ito lribrrrrl lrllrlil r() rlr' pr rrrrt ilr insllrrcilr t;uc scj:r.

L ottto tal, corììllotonto para quo ltossrr t orrlrt t t'r rlrr corttpctcntc cxistôrtt irt t'llltluação dc cróclitos, que dctonìììrÌir clcilo suspcnsivo quanto ao objccloikr processo (C'li: art." 245.', do CPPT).

A Íhse processual descrita, reclamação de créditos por paftc dos clcrkrrt'srlo cxecutado, termil.Ìrì com a proìação da decisão j urídica, pelo tribunll. t;rre

rlcvolvc cssa mcsma declau't4ão ao órgão competente que haja ìntentado lÌ cxrì

cuçiro. Aí graduar-se-ãro os créditos dos credores e, bem assim, os da F:rzcntlrr

l'ública, sem prejuízo de outros que o executado tenha para com o Estatlo.

Não existindo recurso jurisdicionaÌ desta declaração jurídica IC/i: art."179.", n.' I, al. ó), do CPPTI o processo, baixando os seus termos ao írrrfrircxequente (CÍi. art." 241 .", clo CPPT), pode conhecer dois desÍèclurs corrr

conscquôncias j urídicas díspares:

Por urn lado. o exequente pode proceder ao pagamento, in tottln. tl:lt;uantiaexequenda,acrescidodosjurosdemoradevidoseoprocess,,ertirrrrcse (Cfi: irrt." 259.', do CPPT), ou, por outro lado, pode, ainda, o cxet rrt:rrlo

l)agar apenas a título parcial (CJr. art.'262.', do CPPT), na mcdidir crìì ( lu( (ì

ploduto da venda dos bens penhorados não se aÍìgura como bastiìrìlc r'. ( ( )r r( ì

tal, o processo vai seguir os seus tennos eonì vista l que sej;.rrn perrlrolrrlo:,

Quando, por sua vez se verifique o clisposto no art." I 5.1.". rr." .) r 1,,

CPPT, operar-se-á o mecanismo da reversão contra os responsávcis srrbsirlr;r

r'ìos (Cli: artigos 160.', do CPPT e 23." da LGT).Antes de ternlinar esta viagem pela Ìei, e de nos Í'ocarmt:rs no crrso iliri

nrendo, importar'á, ainda, làlar-se nas causas de extinção do processo llu rr

além clo paganrento voluntário (C/i art." 264.", do CPPT). Pol esta par1c. o pl r

ccsso pode terminar pelo pagaÌìento coercivo da alívicla objecto da exccuçiro.nos termos do art."'259." a 263.'do CPPT, nada impedindo, outr',\\irÌì. (lu...

hl.1a lugar à anulação da dívida, ordenando-se o levarìtalÌÌerìto da perìlìoÍa solrr c

os bens que acauteÌavam o valor do crédito da Fazenda ( Cli: artigos 270." r'

27 L'. do CPPT). Podc, ainda, haver lugar zì prescrição. nos tcrnìos dos ulligosl75." do CIPPT c 4[Ì." da LGT. ou ser o processo tle cxccuçho anuliuìo ((7i:rft." 165.", n." 2 ikr ('l)l)T). Polirn. podc airrda a Achninistlaçiur procctlcr'ìdeclaração crrr l:rllrrs. rì()s l('r'rììos do irrt.'272.'. tlo CI''lA:

"n) |)t'rrrorr:.Irrrr ;r lrrltrr ,l, ltrrs pr'rrltolitlcis do cxecrr(ltlo, scÌls suc(ss()t( \ ( rL ,|ì('!|,.rr, r., ,,rrlrrl:rtios ott sttbsitìilititls:

lí.1 l:Ì1,

t/r) Sr.'r tlcscol ltcc itlo o cxe ctrl;uI r r' rl ro sr.r lxrssrvr.l rrlcrrlilicitropródio,

t;tt:utdo lr dívida cxcqucntla lor tlt' trilrrrto solrrt lr proltricrllÌde inìo-biliriria:

r') l',ncontrar-se ausente em partc incel'ta o devedor do crédito penho-lado e nho ter o executado outros bens Denhoráveis."

lìcilos todos estes considerandos acerca dos pressupostos processuaisr's1x't ilicos que se devem observar tanto na propositura como no encadea-rrrc rrlo tlo l)rocesso de execução fiscal, para além de toda a tramitação espe-r rl rt :r t srr:rs cspcciÍìcidades, estamos em condições de resolver o caso que',( \ ( rl( r'rìì CrIUAç,ÌO.

| )( slr flc, sabcmos que a Sociedade Cornercial está a acumular dívidas. r, , I rst r r lx rr rf iì() piÌgamento dos tributos a que está obrigada, e que in cdsu,r,r' rclt rcr r :ro l)agiÌrÌento do IRC e de um conjunto de impostos especiais rela-r ronrrt k rs t otÌ ì o (lcscnvolvimento da sua actividade comercial, além de coimasprrr l:rltrr tlt itprcscntação das declarações periódicas de IVA.

( )m. tlit nus o enunciado que a Sociedâde Comercial já foi citada nolrrrlrilo tkr l)roccsso de execução, pelo quejá não estará a tempo de efectuar(' l)lr!.rrìÌcnto voluntihrio da dívida à Fazenda Pública, uma vez que essajá se( r( ( )rìtliì c rìì lìrsc de pagamento coercivo. E daqui sejustifica ter sido levadorro scrr conhccimer.ìto que contra ela fbi instaurado detetminado procedimentojrrtlir. iirl pclo tirgao periÍënco local competente (Çfr art.* 152.', l8tì.'e 189.",rkr ( l'l''l ).

Visto tlue o procedimento já foi instaurado com base nas certidões derlrr,ìrlrr cxtraídas do título de cobrança ICfr. art." 162.',al. a) do CPPTI, pois( stlrvlrÌì crÌì ciÌusa impostos e coimas não pagas pelo sujeito passivo da relaçãotrilrLrrrilia l(7i: art." l4tì.', n." l, alíneas a) e b) do CPPTI, e, tendo já sidot rtrrr k r o cxccutacÌo. que, ln ca.ru, scria a Sociedade Cornercial, fìgurando comosrrjt'ito lcuítinro da parte passiva do processo executório (C/il art.' 153." do('l'l'l ). csllì poderia, como acin.ìa vertemos, procedef: ao pagamento dividar'rcrlrrcntlir. cxtinguindo-se. assíln, o processo.iudicial em curso (Çi art." 269.",rkr ('l'l) l'); requercr o pâgamento da divida exequenda em prestações (Clirrrl." l()(r." tkr (IPPT). rlctcrntinando a suspensão do ploccsso cxecuttirio fiscal(( /i. irrt."' 169.". 170." c l()9.'tlo CPPT), ou podcriit lc(luct'('t. tinda, a daçtio( nì l)irg:ÌrÌìc||lo crrr lrt'ns rrrrivcis 0rr inrrivcis ((7): ;rrl." .)01.". rkr Cll,lt'l-).

('itso Itio ttpttssc pttt ttcrtlttttt r;t r k slrts sr rlt t(-ot s. lt Sot ictllttlc ( 'r ttttt t t iltl

podcria opor sc ì cxccução n() I)nì/o tle lrirtlrt tlrrrs (( 7i: irr-1." f0.ì.". tl." l. tltr('l)l)'l'). rrits rÌllcrìits sc cstìvessc ctìì ciÌr.tsir :ìlgtltÌì (l()s Iundalllentos liìx;Ìllv()\prcvistos no art." 204.". n." l, do CPl/|, scgttindo. dcpois, o proccs:io {)s stÌl\Lr ltoriores terrros no tribunaÌ tributário de prirrcira instância que lìrssc cottl pt'

tcntc par:r iÌpreciâção da oposição (Cli: art."'208.'a 213.", do CI)PT).

Valha a vcldade, seriaÌÌ estas as soluções que Fefnando Âtrrélio, t rl

qurnto ciÌusídicO da executacla, lhe poderia ofercccr, visto quc, scgttlìtltt tt

(luc nos inforÌniÌ o caso, os actos pÍocessuais terão sido bctlr pralicaclos PclrtAdrninistÍação Tributírlia e, âtento o enquadraÌnento de inserçiro obicctivrrtla cxecução, como se viu, a mesma está pcrÍ'eitamcnte acautcÌiÌda. pclo t;tlt'eí clc todo legítimo a instauraçlÌo da execução Íìscal tcndo ctìì linha tlc cttttlrt rts

tlívidas quc a denìandada ou executada tem para cot.Ì.ì a dcn.ìandiìtìtc oÌr c\cq ucÍÌte '' '.

' ( / / : . | | r ' \ | i L | | | . I I , I L . I t'.,,., r.ir .,1ì,'lr,,t1.r rt rl,ì\. ( r\lìl.OS I"\lV,\. í) /rt\'t \\t ) ttt t\ttul 1ttì

/ ir,rrl. ;\lrn,,l rÌ.r 'l) ri lrl I ltl \llll \l()lì \lS. \ l..rr',rrt,tr, /ri,rrl. \lrrrL.rli rr .'(Xìí,1f lt)l tìl\l\ti11,,tt1\í,,)/,., ,1, tt,,t,,t,, I ts,,tl.,\lrrr,.r,t:r ,tt,rr.r,, 't)to

liJ(ì

I. DIREITO PENAL FISCAL

Caso 1

. Crime de Abuso de Confiança contra a Segurança Social

No período que decorreu de 24 de Maio de 2009 a 5 de Janeiro tlc2010, a Plenifar, Ld.', Sociedade Comercial do ramo informático, qrrt'

tem João como Sócio-gerente, deixou de pagar as contribuições obriga-tórias à Segurança Social, deduzidas do valor das remunerações dcvitl:tsaos trabalhadores que emprega, totalizando um valor de € 53(X).

Atente na seguinte factualidade:

1. A 3 de Maio de 2010, a Segurançâ Social notificou a l'lerrilirr',Ld.', e o seu representante legal, o Sócio-Gerente João, para, alcttlo o

art." 105.', n.'4, als. a) e á) do RGIT, ser efectuado, no prazo do .ìll rli:rse sob pena de instauração de procedimento criminal de abuso tlt crxt-

liança fiscal contra a Segurança Social, o pagamento do valor em dívirl:r,referente às contribuições obrigatóriâs em falta, cujos montantcs nÍtrÍbram entregues nos 90 dias posteriores ao termo do respectivo prazrr

legal e sobre os quais incidem juros de morâ' calculados, em Í'acc <la

taxa legal, até integral pagamento.

2. A 2 de.Junho de 2010, foi instaurado o competente procedimonlocriminal contra I)lcniÍirr, l,d." e o seu representante legal, Sticio-(lcrcníc.foão, por crinrr dc ulrrrso dt conÍìança contra a Segurança Social, atcnltro disposto no itlt." ll)7.", tlo lÌ(ll'l'.

3. Â I'k'rril:rr, l.tl.", ;r:tgott \('uìl)rc ils rtltru ntritçirts atls sctts litlt-cionítrios. strrrlo ir rlirtrirrrriç;to tltt voluttte tlc ttcgtícitls o dlts rcccil:ts lrtt'tl-

w\l í /\ | tt /itÌ

s:ris, (lrr.,, 'u't cotìtcxto do esÍi)rç() (l(. 't:'t'l(,'(r. rl:r r.(.sl r(.(,í ivlt onrpres:l

coltt o clrllital disponívcl, levaraln iìt) llr.:tso irrrk.lìrrirlo rra cntrega daseorrtribuiçõcs obrigatórias à Segurança Social.

a) Sc fosse o advogado de João, que lhe diria?

Quid luris?

Proposla de Resolução:

a) O caso em apreço remete-nos para o domínio específico do crimerlt ;rlruso de confiança contra a Segurança Social.

('orn efeito, informa o art." 105.", n... I e 3, do RGIT, alterado pelaI t )f , tlc 2008, Lei n.' 64-A12008, de 3l de Dezembro, ex vi trï." t0Z.{ do,', ','' "' ', que, "l Quem não entregar à administração tributária, total oup:rrli:rlrncnte, prestação tributiiria de valor superior a € 7500, deduzida nostr'r rrros cla lei e que estava legalmente obrigado a entregar é punido com penarlt' plisiur até três anos ou multa até 360 dias. 3 - É aplicável o disposò norrurrrclo anterior ainda que a prestação deduzida tenha natureza parafiscal etlcsclc que possa ser entregue autonomamente. 4 Os factos descritos nosrrrirneros anteriores só são puníveis se: a) Tiverem decorrido mais de 90 diassobre o termo do prazo legal de entrega da prestação; á) A prestação comu_rricada à administração tributária através da correspondente declaração nãolor paga, acrescida dos juros respectivos e do valor da coima aplicável, noprazo de 30 dias após notificação para o efeito." (e3)

Ora, como referi mos supra, as contribuições obrigatórias para a Segu_rurça Social são, em rigor, tt'rl:utos paraJiscais, as quais visam afiançar as

rlt'sPcsits (l('l)r'ss();Ìs c0lcctivits públic:rs tle ttttlcttt tllìo tct'ritotiitl. Prxlelttlrrirs\ tìrit l ìì \':ìtir( l( t rLrr ()tÌlicu. Corpulaliro (tll \(ìLiJl. '1.

Ncstc scntido, ante o exposto, facilmente se conclui que as llìcslììits s(

crìcontram dentro do cspaço l imítroÍè comandado pelo art." I 0-5.", clo lì( il'1 .

tluc citámos em cpígrafe. Todavia, o silêncio da lei faz supor que o disposlono art." I 14.", do RGIT, destinado à generalidade das prestações tributár'ias.rrlxr se aplica nos casos de contribuições obrigatórias devidas à Segurattç:t

SocirìÌ '')5).

Com eÍèito, nos termos do aft.' I 14.", n.' I , do RGIT, " l A não entrog:t,

lotal ou parcial, pelo período até 90 dias, ou por pÕríodo superior, desdc qttc

os factos não constituam crime, ao credor tributário, da prestação tributfuia dc(ltl

zicla nos termos da lei é punível com coima variável entre o valor da prestaçlio

crn Íìlta e o seu dobro, sem que possa ultrapassar o limite máximo abstr-acta

rnente estabelecido.", assim se determinando que, para as prestações trihul:irias em geral,ïigura a aplic.rção de contra-ordenações para as inerentes sit tut

ções devedoras, sublinhe-se, por afticulação corn o art.' 105.', n.' 1 , do Iì( ìl l .

até ao montante de € 7500, altura em que, justificadamente, entrará etìt ciìrÌìl)( '

o Direito Penal, mais concretamente o Crime de Abuso de Confiança lrist rrl.

No pÌanojá das contribuições obrigatórias devidas à Segurançit Socirrl.

o que apenas se destaca é o limite de € 7500, plasmado no art." 105.", rr." l.do RGIT, ex vi art." 107.", do RGIT, para eÍèitos de descriminalizaçao rl,'Crime de Abuso de Confiança contra a Segurança Social, nada se pr-cvettrlo.

cm teÍmos contraordenacionais, para montantes iguais ou inferiores.

Ora, ínÍbma o Acórdão da Relação do Porto, n.' JTRP0004260|. th'

27 de Maio de 2009, que, "Tem aplicação em sede de crime de abustl tlcconfiança contra a segurança social o limite de 7 500 estabelecido no rr." I

do art.' 105.' do RGIT. na redacção dada pela Lei n." 64-A12008. dc 3 | tlcDezembro. II - A descriminalização operada pela nova Ìei não põe ent elLr':t

''r' afr GLORIA TEIXEIRA, Mtnual de Direito Fistal, oh. cit., ptig. iól.; MANtllil.IIENRÌQUE FREITAS PEREIRA. Fisca[itLttte, Almedina 2009, pcíg. 211 JOSE CAS^I ]lANABAIS. Por &rr l,,stado Fìl(aL SuportLiveL, Estudos de L)ireito Fiscal, Yol.2, ptígs. lit| r ';t.

r1)5 q): af t.o I I .1.". do R(ì IT. " I Anãoentrega, total oLr parcial. pelo período ati 90 tlies. orr

|)oI pcr-í<xlo su|t Iior. (l( \(ìo (lìrc r)s lìct()s niio constituNm crinlc. ao credor tributário, (iit pÍcslitçiì()tfibuliirilì (l|'(lU/i(l]r |l()s t( rììì(,\ tllr lci ú punível corrt coima vari/tvcl cntre o viìlor da pte\lrçiì(ìerrrllrltlrr.ostrrrir'l'r,'...,rrrrlrri lrr'srrrrllr-rrl)lrssiìrolinìilcnÌiÌxirnoabstrtctâÍncntccslitbclceitkr".

'' ' (l/i art." 107.", do RCIT, I As entidades empregadoras que, tendo deduzido do valor dasrrrìr(|ÌcÍações devjdas a trabalhadores e membros dos órgãos sociais o montante das(rrrìtribuições por estes legaìmente devidas, nio., entreguÁm. toral ou paÍciaÌmente, àsr,rsrrt,Lllções dc.segurança. social, são punidas com as penas previstas nos n.4,, I e 5 do aÍigo105 " 2 E aplicável o disposto nos n..- 4, ó e 7 do artiso 105.".

"" Subìinhado nosso

l4? ! dnv@rn (') oú d .luns? so..nade ed,r. n I 4:Ì

rfrlll llr)llr,r

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^,í r.,l,lt/\ ||,

it (()rì(lcrirç'i() civcl.". 'riltrirvirt. rcrtìirrir () At.rrr:r. rr, srrrr.rr. rì.rbLrnar dc.lustiçrr, rlc l7 tlc I)czcrrrbro dc 2(X)r). lit.llrlor:Arrrrirrrkr Motrlciro, que,,.{L rrlt'nrlc11c tr nt-ur punição do crilne dc: irlrrrso tlc colt Ii:ltç.lr coq[.;t a Se gur.ançÂS,,. j,,1 ,,(f"

* ir,";r scguluça SociaÌ, cnquanto qW A_hlla de entrega je prestações fiscais, ,t',1

"','l"ll, ritli,, ç

t onro conlraordenação. (...) A distinção entre os clois crimes tÌe abuso de{ ( )rlrrìç1ì qllanto ao limite a partir do qual a conduta é criminalizada foi intro-,luzrrLr pcla Lei n.'60-A/2005, de 30/12, não tendo o legislador aÌterado as,lt'ltosrfiics reÍèrentes aos ilícitos ern causa(eí,,.

| )rr lcìtura dosAcórdãos resultzr claro a existência de um regime de punição( ( )rtrir ( )l(icÍìtÌcionaÌ para as prestações tributárias devidas e náo entresuesr( Ì\ l( r r ì( )s (lcfinidos no art." I 14.", do RGI! não se incluinclo, neste enq u;lra_nr( rìlo. rs conh'ibuições obrigatórias à Segurança Social.

Qttid.luris'Ì

Vrlha verdade, o art." 105.", do RGÌt aplica_se incleleveÌmente, às situa_r'ot s rlc contribuições obrigatórias devidas à Segurança Social, respeìtando-s(' o valor-reÍ'erência dc € 7.500 aí pÌasma<Ìo, em sede, respectivamente, de

L ['scrinr inalização ou punição do Crime deAbuso de Confiança contra a Segu_r rrrrç;r Social.

.11í no que tange ao siÌêncio clo legisÌador quanto a uma eventual aplìca_, rr r Ìs conhìbuiçõcs obrigatórias para a Segurança social que este;am ern tiívidal() rcsttÌÌe contraorden:Ìcional previsto para as clemais prestações tributiaìrias'iìssclìtc no art." Ì 14.., do RGìT, designadamente para Ìnontanlcs inferioresrrr rr: Llais a € 7.500, ou outro regirne c1ue, para tal, pu<ìesse estar estabelecido,rotluri, sublinhe-se, conr aìgumas dúvidas e r"eticêncìas, j ustificar_se pelo con_rL'to cir cunstancialismo que medeia esses casos, quaÌ seja o de que rnuitas em_

Jr I'sirs tÌtt-lÌstÌÌÌl o pagamento à Segurança Social no pressuposto de que o únicorrpilrLl t;r:c dispõem se destina à tentativa tle pagar os ,uÌárin, on. trabalha-

' ,? N\\ (llsi.l)t Srrlrlrrrlr:,1, rrosso

Llofes niÌ sLlil lolirlitlirdc c garantir a IÌìlrrrrrlcrrçlrr r r lr rt's1rt'clivlr Srtictltttlc ( ì rrr rt r

cial, não Íìrzendo, assirn, sentido cominar os lcspccl ivos devedorcs crr prrg;r

nrentos sucessivos de coimas.PeÌa nossa parte, todavia, cumpre refèrir que esta situação últill:r t'.

porém, algo duvidosa e não expressamente líquida ou consensual, na rrrcdirlrrcrl que, de certa foma, se põe, aquì, em questão o concciÍo de e.xí.stânL iu tltinJrtu:ção e de infractor diante da Íalta da entrega das contribuiçircs suciuistlevidas, fazendo levantar, a laÍere, um problema de aparente impuniclarle .

Regressando agora ao caso em questão, não parece Íàzer sentido. iúcntoo exposto, o processo-crime arrematado contra a Plenifàr, Ld." e o seu rcprcsontante Ìegal, o Sócio-Cerente, João, na mcdida em que o valor em dívirllcrainÍèriora€7.500.

Destarte, aquele dcverá ser arquivado, com fundamento no dispost() rì( )

art." I05.", n.' I, er vl art.' I 07.', do RGII nada impedindo que, Ì'ìoutro c()ltedor, coma os seus termos eventual lesponsabilidade civiÌ, com consc(lu('rì tcinclcmnização cíveÌ ie7).

!' Cli: NUNO DE SÁ GOMES, Lrusão I.is ]]!, InlrtrlíÍo Fistu! e Pntes:o l'r'u,tl I t',,t1Ilclitrrra Rci dos f-ivt os. 2000: Vários. Dir?ìto Petvl Eü)nórìtì(tt c Euroltcu, 7i,.!/rr | )( ìu1r r rr r, '

.

\i)ì. lll. (i)iIìbfa Edjtora, 2009. C7i: Acórdão dâ Reìrção do Poì'to. PÌ.ocesso D." 0l.l(ìi I Ì ,1,

Ì 1 . clc Fcvclcito de 20{)2. "Provado que a sociedaiÌc aguida. Iacc ir carôncil L! r,r, 'rrL ., tìris()1lcÌl c pariì podeÌ coÌìtinuar a laborar'. decidiu eDlrcgirr aos scus lrabalhackrrcs lrp, r,r ,,..

rììo tanteslíquidosdosr-espcctivoss|ìÍr-iossencloque.semconesÌlonLleìlÌeexistêrìciul)(.l||rir r,l

l.r coììtiÌì .lt docuìÌentaç,t() emilida. poI inìpc[Ìtivo legal, para a sua contlbiìidatlt t lr;rrrrfcleviÌr peÌ iÌnte a Scgurança Socìal os cor-r'elatìvos nìontrnÌes conúr deduções I iscais u lítrrl, r ,1,.

r otttrìbuiçào clevida ir esta. quc nunca chegou enÌregar. pois nuncl os cleduzir nenr r clc\ L . lìrÌque concluir niìo tcl incoÍÍido na prítica do crinle cle abuso de conliança fiscal |r'cvisto.Punrclo à clalu dos tlctos pelos iirtigos 2.1-'. n-"' I e 5 e 27.' B do Dccfclo Lci n.'2(lA/90. rlc lr(lc Jlìneifo. Ììr Íedrcção do Decreto I-ei n."140/t)0.clcl.ldcJunho.Corrclìito.nLrncuorLrgLrirl,,sc aplopriott diìs preslaça)es que cranr cleclaradas no papcl. Inu\ scol cxislônciit fclìl (l()

r'orrespectì\'o nuìììetírio sLlsceptível dc aplcD|iaçío. que à clrta da prirticl dos lìictos era clerrrcrloconstitulivo do clinre. Absolvitlo do crimc, impunha-se a inrprocedência ckr pcclìdo eír1.1Io|nruìado pcla Scgurança Social por não se verilìcarern os pr'essuposlos da indenrnizirçiìo corrrbesc cnr |csponsabilidadc extracontrâtuiìì.- : ,Acórdão clo STJ. de 3l de Maio dc 100(r. lìL lirtor':

'\r'rnindo Monteiro: I Osisteìn1lliscal Visaesatisl-açioclasncccssiclldcsfìnlnceìfxs(l(ìl:sllr(l(ìc ()Lrlr-as enticladcs públicls e urna r'epartiçàojusta dos rendììnenlos c da ricluczlr. e lr 1r'ihrrllrç:lÌ,'L|r pltttinrr-rnio pessoal ou real deve coDcorrct-plita a igullclade entte os cicladios ( Ìt. ' l0 Ì.".rr." I. c I1).,1.". n." 3. da CRP). peìo quc ó da maior cviclôncia, quer no plrno lc(irico (lurr rÌ(ì

Ilirno p|lílico. clrrc o lançamento dos irÌìpos1(ls, nroslriìndo se iÌ cohcr to da lulclir cla lci rr|tlirr:rr i;r

. strslcnll(lir pcla lci tìrndamentnl. reclatna par-l sun cohtança um rcginrc pLrnitivo tlclirirIr ;r,r

lr\1r(l( i. !crìì (r (ltliìl ltrlrtcllt super ior e ptiblict fìrtalidatìc se rrrrslfrrirì \crirìrììr'Ìr tr rÌìrrrplorrr, tirlrr.

,tl

ttlrllll 1l|ll,i^l i^,r',l'lr^rr''' rr !Lrtri

||ì|(-I,riIr|(|o \c,.orìr(ì \( irrttgr'tr.rrtlt.litotlclU,tirirì., |l lr,,t,r, ,r(l rl(,tl r. .,.rrlrr'lrrlrr tlc rlelin,lrrrrr(rirlìrrlrrrìr(ìrìrirl ([ it\l(i.ilì .ll l'or issoolrrrl'/lrrr,,,/r,1,,;rr,,,l..tirtld.,r r(Ì:,lfl(lctc t(]lrr lrrlr (,)rìlrit os LIrerlrrr,s tlc irrrposlos (.cr)llllìll\,'(.,. r|t.r rrl,r.. ,r Sr'r,rrr.rrrç:t S()( iill. quiltd()ir(ìs ( RÌl()rc\ lìrlrtictllirrcs (l(r llsliìdo lhcs ri tlettr'grIlrr r1Ìlrirl lU l( lir. ( rì(lr:Irt(ì | ii'r rfi I irìcunìprì(l(Jril( ( rìì rìrìflr rìlr\ sUlrs obfigitça)c\. niìo revcslc qLlitl(lltr't laitliltìt! rìl(ì ( lì(ì( it l(. lirr rrrlr tjilèrenciada,'rr ,lt.|roPorciorradlì. cr)ì eolisii() c()rìì os princÍ)i()s c()'ìì (li!rìitlarìe errrrslitrreiolrl scdixdos iÌorrrrLlLlrr iltrlrlriarlc rlos ci(lild;ios c diì tìlenoÍ corÌtDfcss;io (l)s dilcitos Iìrnciarncntaìs ar't."" 13.".rr ' l. c lfÌ.". ." 1. cla CRI) (... ) IV - Ot.a l obrigaçÍr) emc{usa nat() cÌnergc de uI]ì contriìto nlils,lL r rr rr tlrr plripriu lci. estabelecendo a obrigação de pagatìÌento dc irnpostos. achundo-se o seurlL rcrIrl cnr posiçio aproximada à de ficl dcpositÍrio. no caso paÍticuliìr do IVA e do IRS,rr'rrrIr r[ ,.lcrar'crD contu estc dspecto pcculìlf da posiçiio dos rcsponsiiveis tfibutÍrios, quer,rr ( (ìrìlÌr1it ulÌìiì puÍ obÍigaçato contralual porquc decorre da lci". alérÌÌ de que a impossibili-,lir(11 (l( rìcurìprinìento nÍo é elcrÌÌento constitlllivo do crime rlc abuso cle conliançir fiscallìr(\r\rorr(ìirl.'il05."doRGIT(...)etevccotuopressupostolcgtl u taltrL dolosa dc entrcg de

|,|( .|.|i.(r'\ rr rrrlrì)irristraçiio Íìscll e a sua não con'cspondôncia ì consagração dc um caso de

1,rr .r,, I'or rlivrrlrrs. V EnÌre os dois tipos legais clc crirnc cle abuso de conlìançu liscrìI, o prc-\r'.lt'||('r|"ll"(loRJIFNAeoprevisk)nocorrespondenlcart.Õ105."doR(ìlT.cxistcunÌacon-rr r rr l.r l( rr,nrììIli\o-típiciì: do sitÌìples conlionÌo ctÌÌre os dois prcccikts sc alcança. desde logo,Ir,ì,rrr(l,rl({|ìlx.rìa(prisÍoaté3anos),equeoescopovisodonotipoprevistonoiÌrt.'l0-5."doli{;ll,,,rrrìrrr\crrpLrniçãodoque.estandolegaltììenteobrigadoaentregtrprestiÌçaìotíibut/ìriar rrlrrrrrrrstrrrç:ro liscal. cleixc de o Íìzer. Vl No RJIFNAcxigia-sc a apropriação indevida porrrrr r r ',rrr r rlr r trtrrÌo rla posse. cotn cctÌsuriívcl drlr!/.\ /e nt ihi llolkndi; no RGlT biìstiì se a não, rrrr-r',r. I rrs \|llìi;tccntelncnte. cnÌbora t(inica sc tcnha rleslocado, na Ici nova. para a sinÌplesr.r" (-rlrr'J.ir. .rìrÌl|ìuiì iÌ cstiìr prCsCnte a ideia dc apropriaçlo, pois que qUCn reccbC das rnlosrI lcrt(.rro lìÌeslirç(-)es tributárias, licando investiclo na qualidadc de scu rìcpositÍrio, e nioast.rlr ( 1'r. crìr !ir (lc regra é porquc delas se rpropriou, conlcrindo-lhes um destino naro legal. Vll

( ) no\r) l)rcccilo nìanil-esta um :llârganìento da punibilidade, abrangendo claÍanìcnte não sóir\ \rlrriìço!.\ Lìc indcvida iipropriaçiìo mas tambénr ts de intencional não entrega_ Vlll Rcsultr|lrli) (l() qux(|ft) lilctual tÌpurado que os arguidos. n.Ì sua quulidade tle sócios gercntes da Tipo-1'r.rlrir t l. rìiì) cntrcsaranì iìs prestiìçi)es devidas a título dc impostos e de contribuições ìr SegurançaSo( rrÌ. rì( rn dcr)lro ou Iì)[iÌ de 90 dias soble o seu vencimento, concorrendo paÍa que âquelâr'rrrplt s:r r.lclas sc lrpropriiìsse. revcrtendo enì Íìvor daquela socicditde. ó nÌaniÍtsk) o pÍeenchi-||r( ||lrì (lìs clerììentos d() tipo an(e as duas lcis enì presençiì. e. tendo os aclos lesivos do lisco\r(l) Ì)r irÍiei|(k)s iìo longo de anos ( 1999 a 2002) eÌìl tÌtoldes reiterados, mantendo-se a penalizaçãorl:rs srras condutas ì Iacc dils leis em sucessâo, a punibilidade por tirrça da Ici vigentc na datt da

|r:rtiru t|lr últinÌ() |cto não meÍecc censura nem afronta os direilos dos rccoríentcs. IX - Ar'rrr:inciir rlc piì9.!n)ento da prestação tributÍria conÌo condição da suspcns.io da exccução da

1r'rrr. ì rrralrrcnt da cr)ndiç.io econ(itììica do responsílvel tributÍrio, nâda tem de desmcdida,justifì-( irklt) s. Irela neccssidadc da eficiicia do sistema penal tributário c o tratarncnto dilèrenciado -rI slìgirtlarrcnte dc outros interesses a ponderar, ao invés do que sucede na sujeição a deveresi rirrro eorrdição dc suspensão da execução da pena, nos termos do art.'51.u, n.o I, do CP pelo||r((r(\\f pÍeponderanteDlente público a acautelar. X - E senrelhante inconsideÌação dep0ssihilitlaclc. ptcssuposln legaìmente, nìcsmo assim tem sido havida como conÍbrme à CRPlìr'r'tlLre rr lci niio exclui iÌ suspensão, porque mesmo parecendo impossível a satistaçÍo dut'rr\tirçarì n;io é dc cxcluir que. por mudança de fortuna, o devedor csteja em condiçires de arcí-lr, l){)rÌlUc s(i o incumprirìÌcnto (loloso deternÌina iÌ revogâção, por tìln porque selÌpre restiulì.

t rr r . rrso: rlc dil icLr lcLr(lcs (ic cu rÌ)l)fimento, rlteÍnativas. jí que no regime rege o pÍinc ípio /ttrlrrt, ttrtttttlurt- no ciì(lr) lÌcl(,\ prircipios rla culpiì c da adc(luiìção. (...)", ir www.(lgsi.pt

PARTE IITEMAS DESENVOLVIDOS

t4(;

A UNIAO EUROPEIA, O ORÇAMENTO E A FISCALIDADIÌ:ESBOçOS DE U\4A POLíTICA FTSCAL COMUM?

Por: Ana Isabel Xauier

L lntrodução

O sucesso da União Económica Monetiária (UEM) deve-se cm rnuito rr

exigência aos Estados-Membros do respeito escrupuloso das suas d isciplirrirsorçamentais, bem como do aprofundamento e reforço da coordenaçã0 tl s srr;rs

políticas económicas no doÍúnio fiscal. Neste sentido, a política Íìscal tlu I lrrilroEuropeia é um dos elementos mais visíveis do mercado único e da livlt't ir

cuìação de capitais que a dinâmica de aprofundamento dos Tratados lcrrr t.videnciado.

Ao estabelecer as Ìinhas orientadoras de condução da política ccorromica europeia, o Conselho emite recomendações sobre a necessidado ct('scente de coordenação entre os Estados-Membros em pontos tão concrctos (c

('3)Ana Isabel XAVIER é Doutomnda em Relações Internacionais (especiaÌização em Est!ì(l{)sEuropeus), MestÍe em Sociologia do Desenvolvimento e da Transformação Social e Liccnciatlrrem Relações Internacionais pela FacuÌdade de Economia da Universidade de Coimbra. I'claFacuÌdade de Direito da Universidade de Coirnbra, é pós-graduada em Direitos Hunranos cDemocratização. A autora do texto é ainda Formadora em Dìreitos Humanos e lntercultul.âlidl|dcna Bolsa de Formadores do ACIDI (AIto Comissariado para a Imigração c Diálogo IntcÍcuìrul.lrl)e Assuntos Conlunitilrios, na Bolsa de FoÍmadores do Centro de lnformação Eur()peia .lacqtrcsDelors c Iìcdc TciÌrD Europc (http://ec.europa.eu/portugal/redes/tca tcuroprr/anâ_isabcl xirvicr l)l.lìl')ì). liru se tlctlicarlo la|Ìbém à concepção de produtos pcdirgrigicossobre iì [lr)iì(ì lrrrro|t irr, rl.strrL rrrrrIr sr.o Dr-ojccto http://www.prepallrlltur.o uc.cu/. l]. rlcsrìeJulho dc l(X)'). |'rcsr,Ir'rrtl rl;r l)rrcr çrrrr rlrr l)l:( ll)E

^ssocìaç:-Ìo de .lovcns Âurlitorr's prrla rr

I)clcsit. Stllrrr:rrrçrr i ( rrl;ri,ì||r,r (\\ \\ \' ,l( ( r(lclnìllutitl-oÍg).

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s( tìsív('is ) c()tìì() () volÌlììc c iì cslfulll l ( l{ ìs fir l( lt:r:, rìiì( tol lti\ (lc i tltosiçõcsollt igirlrilirrs. a cstlutuliìçaio dos rcgilrt's tlt. iltlrosir,-rrt's olrr ir;tlrililts cltt pt'olr I r t tt'scitncrtto ccontímico, ott lt obtottçiìo tlc ltccitlrs t1r re lrssergulcrl o f inanciarr( rìlo (liÌs dcspcsas socitLis c de bem cstar-.

Assirn, no quc à Uniho Europeia diz respeito, as poÌíticas Íìscais e sociaiss;ro tll conrpctôncia quase exclusiva dos Estados-Membros, visto que a UErrlx'r)iìs lÌsscgura o equiÌíbrio entre eficiìcia e coesão social e quc ls xcçòesi I rs | '.sllrdos estão compatíveis c harmonizadas entre si (não necesslri]menterrnilìrlrrrizudas) e com os objectivos do Tratado CE.

l)c lìrcto, csta é uma dimensão em que os Estados-membros ainda não, I k lrrrrrrr conrpctôncias exclusivas a nível supriÌnacional. As questões ligadas,r I r.,r r rlir llrtlc contiÌìuam a permanecer ainda reduto das soberanics n eionris,., r, k , i lt t nrrdc irnportância para os Estados como instrumento de execuçãor rl. r'u lr(-r( ) cc()lìí)rnica que influencia o consumo, incentiva a poupxnçx e orientlir ( ,r J' j I rr /r('arl ) (lts cmpresas, contribui para o financiamento das despesas públicas, prrr:r rr rtrlislribuição das receìtas.

N('stc scntido, são os governos nacionais que contìnuam a decidir, por, rt rrrplo. t;Lrirl o valor de imposto a tributar aos seus concidadãos, de[inindorrs tr rr rrs tlo irììposto sobre o rendimento das sociedades e das pessoas \ingu-lrrn's. rrs ptxrpanças e uÌs nais-valias. Por sua vez, a UE asscgutÌ que essas regras( sl:ro coorcÌìtcs coÌn o objectivo geraÌ de crìação de emprego e dc condução,lL' rlnlr política cconómica justa e consciente e supervisiona cssas decisões

lrrrlrrrlrrc não prejudiquem a UE no seu conjunto nem condicìonem a execuçàorllr []llM.

'l'c'ndo cnr contzÌ estas reflexões iniciais, o presentc artigo pretender'r pkrlal l d irnensão cuÍopeia do direito Íìscal, percebendo as potencialidadesr [' rrrra política comum nesta matéria, equilibrando a necessária harmonizaçãosrrplir l;rrropeia com ir soberania nacionaÌ dos 27 Estados-membros.

I I. Â liscalidade directa e indirecta

A política l'iscaÌ na União Europeia divrde-se generalizadamente entrer lr lrs tlinrcnsões que provam a divcrsidade dos sisterras Íìscais e as diferenl-est rrlt'soliiÌs de inìposiça)cs obrigirkirias: a prirncira, a fiscaÌtdade directa, aost orlribrrintcs. clit cortt;rt'lint il crclusiva dos Estarlos Mcntbros. em qLte sà(-ì

^rlNA()lLrlr l'l lA lLr.A[4] llllrlAlrr(^1 lr^lrl I lì'Í" lr rrr'4^ l l]Ar"i Al I r)Ì\4lrM/

atl0pt dâs rrrctlitlirs rlrrc ;tCrnritCnr, lltI ext'tttlrl0. r'villtt :t t vitsatt liscltl C;t tltrPllr

tributAçlÌo; o s0gurrdo, a Í'iscalidaclc inrli|cctir. t;rrc sc plctttlc cottt rt livt c c itctt

lação das merciÌdorias c a livre prestaçaÌo dc sorvlços.

Explorando com mais detalhe a primeira dimcnsão, os iÌnpostos (lircclos

são definidos de fbrma geral como sendo os supofiados directamcnte pclos c()lì

tribuintes, sendo disso paradigma o imposto sobre rendimentos.

Para além disso, e contraÍiamente aos impostos indirectos quc e x igcr rr

uma celta harmonização (dado que afectam a livrg circulação de rr.ret cackrrilt s

c a livre prestação de serviços.). no que concerne aos impostos dircclos. il

aproximação de legislações nacionais, harmonização e coordenação ntto s(i

não está expressa no Tratado CE, como deixa à apreciação dos Estados ostiìs

matérias segundo o princípio da subsidiariedade (e').

No entanto, e respeitando o enunciado dos artigos 94.o t100r s 301Ì " 1rr)rr.

o Tratado CE permite a aprovação da legislação comunitfuia semprc (ltrc irs

,r,,, o princípio clc subsidiariedade i de1ìnido no artigo 5.o do Tratado que instiltri rr ( irrrrrrrrr,l,r,l,

Europcil e eitatL,ì que a tolnlrda de decisões deve sel tão próxìma quanto possívcl rIr i rrlrr'lrr"

rnediante a vctificaliÌo constânte de quc a acção a emprcender a nível comunillifi() s. lrr',lrlr, I

relativamente às ptissibiliclacles oÍèrecidas pelo nível nacional' regionaÌ ou locrrl l'trt t' tttt"

nraìs príticos, estc princípio estcbelece clue a União só dcve actuar cÌüando' Ìcrl)( ìl:rrìtlrr o '

princípios ilc proporcionalidade e clc necessicla<ìe e excepto quando se tlate d{r (lorììirriris rl:r ' tt,t

iornpetêncìa èxciusiva.. a sua acção seja mais eÍìcaz clo qtle umâ acçtÌo descnvrrllrrl:r rt tttt' l

nacionaì, regional ou local.Regcassiiroenunci.iì.doa't."5."fCE:.ACorrunidadeactttaránoslimitesclasrrtrilrrrrç,r,,

cluc lie são contèricìiÌs e dos objectivos quc lhe são cometidos pelo presentc Tralii(lo

Nos riomínios qrre rìão scjam das suiìs atribuiçõcs exclusivas, a coìÌLlridadc ll)Lcl\ clrr :rl(rr,r '

cic acordo con o plincípio tla subsidiariedade' se e na medida em quc os objectivos drt rtcç rt"

encaratìa nlio 1'rossanr ser suficientcmenÌe rcaliriìdos pelos Estados-Membros! c posslllìì lÌìl\'deviclo à dirnensão ou lÌos eÍèitos cìâ .lcçaÌo previst4, sef nlclhor alcançados ao nívcl colììtrììiliil lt )

A xcçaÌo alâ CoDlunidade não deve exccder'o necessário para ttìngir os obiecÌlvos (l() prc\t lìl(.'|Iatin(k).'

1r.')r .O (lonselho. clcliberanclo pol unanimidadc. sob proposta da ConÌiss'Ìo' c itptis cottsttllrt

do ParlameDlo Europeu e clo cornité Econónr ico e Social, adoptiì difcctiv ilrs pir r .L .r rprr ' r irr r' rç r, ,

clas clisposições lcgislâÌivas. regultmenliìÍes c adnìinistrillivas dos Estâdos Mcmbros tlttc lcttlrltrtt

ircidêticiiÌ dircclt no cslitbelccitnent() ou ì]o funcioniìnlcnlo do mcrcaclo conltttn 'rr0 Ì <qc tìÌlì.t :rcçìo rllr (ìrrrru|ììtlatle Irrr considerada eccssarliâ piìriì lrtlnglf. ìl() (tlfs(' (1('

tìncìoninrc tr rkr rrrcrt;rìo cr)trllllìì, lllìì rlrr rrbjectivos dt ConlLllÌidlìdc. scnì (luc (ì pr!\(lìl(Tfiltildo lclìlì;r l)l(\r\l(ìtì' lrrl'r.srI rriç:totttecssliriosllltraoolìilo o(onsclltrr'tlclìlrtrrrtttk'p,rrrr0irrrirrr',1,,,1, .,,,1ì lìr,,lr,..tir ,Ir(,,rrrirr,rr,.t;rlxiseonsLtllittlol)ltIllrrlrcrlkrlltrl()l\'11.:r(l(ìl)l;llilrts tlislxrsrçr

'L ' t,l,,1tt.t,lt

llrll ll,1Ì

\ r/\,r t|/ìt,!, lrl

llislxrsiq'ircstlt'listrrlitlrrtlcrlirctlit pttrrltrz:rrrrr'lr'rlo,,'rrrlrrt rs (luirlrl) libcltlltrlt.sItttttllrrtterrl:tis. ou scja. sobtc o cxerr.it.io rlrr lrr rr.r rrt rrlrrr,.lro tle rrrcl.citrkrr.ilrs.ik Pess,irs. tlc sclviç.s c dc capitirisi. t'tl. r'xt rt rt i. il'rli..ir. tlc cstirbclc(.irììe rìl() (lc I)rìssoiìs c cle empresas.

A intllr no clonrínio dos impostos dircctos. o lì.ibrlurl dc.lustiçaclas(ìrrrturr ir L rr le s I irrr-opei:rs -jlr se pronunciou várias vczcs sobr.c a aplicaçho dos arl ig( ìsi k r 'l rrlirckr r-clativos ì livre circulação dos trabalhadores Liuligo 39.o TCIr i L0',1,

rro tlilcilo clc cstabelccimento ldrtigo 43." TCE (10r]l e à livre prestação (h.sr'r vir'os lrrtigo 49.oTCE lrr)1rl, que proíbem qualquer dìscriminaçào cll r.azlror L r rt ri i.rrl litladc, incluìndo as discriminações Íìscais. De Íacto, paraleÌarlcrrrt.

| \ lr\ rr.ircLtÌitção (k)s tfâbiììhadoles lìcit assegufadt niì Conunidade.'\r\rt(r(1rlirça()closrfaballìrìd(nesinrplicaaaboìiçãoilctodaecprllcluercliscrilrilr\.:r,,

Lr 'r,'r,r,l.r rLL i.r'rliduclc. cntr'e os tr-lbalhadorcs rÌos Esrrdos Mernbros. n. quc diz rcspcirrrL r( rìrLrìctìçlio e alem!iis condiça)c\ de trirhalho

i \ lr\ r( r ''(

rLlirçr-ro ([rs trabalhaclores coDrprccnde. sem prejuí/o das lirlìì1!ìçõesjLrslili(.i11lirsti,,r r.r/rr \ rL o|rlcrrr priblicu. segr.rrança pública e saúdc púbÌica. o dircito de:

,/) lì(.,lr,r(lL.r ir (ì1ì'rtlìs de enìprego elèctivarneDte tcitasl/') l)(,,1(Ì:Lr :c li\fcnìente. partoelèito, no Ìerfit(irio dos Est!ìdos Merntrros;

' I l(L \rrliÌ ÌìrrÌì ckrs Eslados-Menrbftrs a Iirn dc 0eìe excrceÍ 'rna

actividadc lab.ral. crrr,,'rrJorfrrrlrrrlt errrr lrs disposicoes legislativls. r'cgulanrentarcs e rdnìinistfirtr\r\ quc rcic||!rr,rl'r i Jii. tr:rl'.rllr:r,l..rt. rr.,.i,'rr: i..,/, 1)(rìriIìeLcfrì()teÌÌi1(iriodeunrE\{rdoMembrodepoiscleneÌelefcxefcidournarcli!i(Ìlrrl(,

l,rlì,)rirl.,irs rrrrrLliçties que sefilo olliecro dc feiÌ.lanrcnÌos dc cxecucìo a estalrclcccf IÌ.lir

| ( ) (j \lÌì\t1) n(ì l)rc\cÌlLc e|tieo não d rplicível aos crrrpregos niì itdnìillistr.ação pril)ìiclt.-No irlbito rlas cìisposiçircs \eguintes. silo proibidts as reslfiçõcs à ìibclrlurlc rli.

, r, lÌ 1.! iÌÌÌ..rìr() rlo\ nlcio ais dc LìrÌì E\1!do-Me,..bro no teffila)rio de .utr.o Estad.-Nlcrrrlrr.IrrLl,r(ìrl)r(lr(ìirbrilngcrliigulìlnleDlcasrcstÍiçõcsìconslituiçiiocÌeagôncias.sucur-snisoulili:Lrr1,, ,,r r,rciorrrrls (lc Utìì Fsliìdo-i\4enlbr.o cstlbcìeciclos nl) lcffit(ifìo cle outÍo Estado-N4crrlhro

\ lrlrL rtìiLtlc tÌr' t'slabclccìnì('Dt() corÌrÌlLeenclc tlrrto o accsso ls actir icllrrìes nÍo lrssaìariutlrrs ,I ! :L rr , \( lL l( 1(

'. .o1ìl() il constìltliçiio c lÌ gestiio dc eììlpfcsas e cìesilnadalìrenlc rlc s0cìctl;rtli ...

,. rì( ( l\rLrì (l(ì \e-run(l(r pirrii!ra1ì) (lo rrtigo -18."- nes conclicões clcfìnìdas na lerisìaçiìo tIr Irrr,,,l( ' \l:rl)r'lr( irììerr() par-lr os scus pniptios nacionlis. scm prejuí2. do disp.sto no crlrílulrr r.r'lrrt rr .

..N,, rrrtbito tlir: disPo:ie_rìr:s scguinlcs. as rcslr.ições ir li\ra IIestlìçìr) dc scr.,itos Irr(,,rÌI||ì|.ÌrÌrlr \era(ì prÌ)iÌ)i(ìlì\ cnì fclaçì() nos naci()nais tlrs l.lstrrrlos \lcrrhr'rrs csrlrhcÌttr,l,,,rLrr Ìr\Ì;Lrlr) tltr ( orrrrrnìrlrrt['rlLre rrìo sc'jir o do rlcstinlrtlirio rlrr lrrr.rtitç-rro()(,)rìs(lllr).li.lrinrirrrrIrIor Illti0filì(lLritìilirlì(llì.\()lìl)ttìl)o,.tirrl,L( (,1|t,\i (). 1)(Ìr(. rl(.rrI ritlLÌrrt.L.(lr\l)r)\r(_()(\(|1,1ìri.\(||t(.{,rlìttrlostì0trtcrrsirlrsrLo., lìr, 1.r,1,,r,.,i, ,rrr1.orrriIciIrrrIris,i,

ì ì \l L(lri l( r( ( Lri ( , ,lll! Ì, r r,lL, rrr ( orrrrrrIirÌIrr|r'

AllNlAl)llrllr)l'l lA,,r ÍlrA[4] r]lr'l^ll1Ír^l llìAlrl l lìLÍ'r lllrr'r1^lr' llr ^ ll"r'^l Ir)MLIM/

tÌ()SitcloSlcgisllrlivostlo('otìSCllto,o:iilc(il1l;tostlo Itilrtttt:tl tlc.lttsliç'lt Pleeislr

ril|ìì nlÌo s(i ils c()lì(liçòcs cla proibição dc t;rrirltlrret rliscfillìilìitçiìo liscnl, ;lrcv ista no àrtigo 90.,ì r rrr\ I d0 Tratado cE, mas tanrltó I ccrtas l.ìoçòcs ilìì|( ìl lilrrle \t lclivadas <las clircctivas fiscais.

Tarnbém fazem parte das imposições obrigatórias directas as con(rl

buições sociais cobradas pelos organismos de segurança social nacional' a lilìì

tlc garantir aos segurados (contribuintes) uma receita de substituição em cas()

,lc ãoença, acidente de trabalho, invalidez, velhice, desemprego, matemidiìdcì'

scndo pagas obrigatoriamente todos os meses pclos trabalhadores por contiÌ

tlc outrem e pelas entidades patronais. Estas contribuições sociaìs represcntlnl

t)orto de 20olo do PIB eìiropeu e, eÍn termos de volume, constltuem a mâlor

latia de imposições obrigatórias.

No cntanto, ressalve-se que, no que às contribuiçõcs sociais diz respcito'

cstas não fazem parte da fìscalidad Ò stricÍo sensu e, embora constituam obrilllì

ç'Ões obrigatóriaì directas previstas pelas legislações nacionais, nìo estii Irr('

vista umthaÍmonização legislativa neste cìomínio De facto, o Regulamclrl()

(CìIJE) n." 1408/71 (10í') assegura apenas que os regimes nrcionxis estejam co(nll('

rÌudos com a acção comunitária, de modo a evitar, por exempÌo, o duplo plì!iÌ

rìrento das contribuiçõcs sociais pelos trabalhadores (assalariados e indcllctr

rlentcs) que trabalham e se movimentam no interior da Comunidade'

Dc facto, eÌn matélia de imposto sobrc o rendimento, os Estados-Membros

\cguen também LÌnÌa recomelìdiìção da Cornissão, de 1993' que, cmbora sclìì

ci;áctel vìnculativo, propõe um conjunto de regras para distinguir a tributaçiio

rlos rcndimentos dos t'csidentes e clos não-residentes para eÍbitos Íìscais

Por sua vez, os irnpostos inclirectos são aplicáveis às operlçòes de pr( ì

duç1o e cle consurno clos comerciiìntes e industriais enquanto sujeitos piìs\ iv' rs

qLró os liquidam e passam pela impleÌnentação de medidas para evitlr 'ìs

cfcih)s

"' .Nenhunt Estiido McÌÌhÍo liifii ilìcidiÍ. difcctir ou indircclâmcnle' sobre os plodLllos dos

,llr111)s Bsl:laìos-Menìbros ittiposiçires inteÍllas. quNlcÌuel qLre scia a sua naturczrL \trlìcÌlrtl(\ ir\

,lLrc ìnciclanr. dìfcctii ou ìncliiccliìlllente. \obre Produtos nacionltis sinrilar'es

l\|ÚInclissrl.ncnhulnEstiìdoNlenrbr.trfarítinciilirsrrblcospl.oclutosdosoLllÍosF'sllì(l()\N,lorììlì11)s ilnposições inlernlìs Lle modo I pfdeger indiÍcctalìlelÌte otì1ras pÍoduções''

' l)otle consLrlllrI tr tcgttllttllcnÌo no site clr LJniii() EÚfopeia cìn hÌtÌl://elìfol)ll ('ll/

L.!i\l.liorì srrrr,'rr,rri, '/. rrrlil,,\'rìÌcrÌl NDrl soci.,l policy/social PfotecÌioìl/cl05l6 l)l lrlrìì

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rìcllitliv():i (llì cotìc( n rônciit lisc:tl (lllilt( lo its (.l rln (.\it\ Í (.irlr/il ('l ì llanslL't.ôncittst'rtllc os Ijstaclos-Mcrnbnrs da ( Jrriiì' | Ìr rl l rcrir. Mrrs r.slcs in r1r rsl.s siìo indircctos,lxrltlLrc não siio dircctanlente intptrl:ivcis rrtrs sujcitos. vislo tluc cstes agem portorrla do Estado na qualidade clc coblador.cs clo ilrrl.xrsto, repercutindo-se nol)rcço lìo consumidor Íìnal, esse sim iì suportar a carga tlo mesmo.

De Íacto, a institucionalização do mercado interno implicou desde logorr tlclinição de um sistema de tributação sobre o consumo que garantisse que,t;Ltrntkr uma dada mercadoria fosse exportada de um Estado-membro para()utro c caso fossem concedidos reembolsos de impostos superiores aos mon_llrìt('s pagos, esses reembolsos teriam o gfeito de subvenções à exportação.

I)ara além disso, o artigo 90." I r07) do Tratado CE proíbe qualquer <liscri-rrirurçrìo fiscal que, directa ou indirectamente, atribua uma vantagem aos pro-(lr|t()s rìrÌcionais relativamente aos produtos provenientes de outros Estados_l\lcnrbros. Por outro lado, o artigo 93." (r08) do Tratado CE incita à harmoni_

zrrl'lrr clos imposbs sobre o volume de negócios, dos impostos especiais de( otìsurìlo e de outros impostos indirectos.

De relèrir ainda que o Conselho aprovou, em 1990, rluas directivast onr vista a climinar obstáculos aos tratamentos fiscais favoráveis: a Directiva,,1\rsõrcs> (90/434lCEE) 1r0e), que visa reduzir as medidas Íìscais clesfavoráveisr() irorupaÌnento e à recstruturação de sociedades dc Estados-McmbrostliÍclcntes c a Directiva <Sociedades-rnãe e Íìliais> (90/435/CEE) rrr0), que

.,Nc0hunl Estado-Membro tar.á incidìr-. clirecta oLr indirectanten(c. sobrc os produtos dos.rlrr)\ | lstx(los- MeìÌ Lrros inrposiçõcs internas. qualqucr que scjl a srra DalLrrc/'. sLrpcrrofcs iìs,1|lc irrcirlunr. dir!'cÌa ()Lt indircctiìtrìcDtc. sobrc produlos nacionlis sinrilrres

,\L'rrr tlisso. rrenhunr Estado-Membro tÌlfi'i incìdir sobre os proclutos dos olrÌr.os l]stadosN{i.rrrh|rrs inrposições internas de modo a prolcger indirectanìcnte outra\ produçõcs.o

' ' .,( ) C o0sclho. dclìbe'rlndo por unaninÌidlde. sob proposta da Contissiìo. c após consuìlitri. l';111;1;11ç11,, lìuropcu e do ('orriti uconóDrico c Social. acLrpta as clisposiçr-rcs rellcionatlas,,,rrr rr lLrrrn.nruação clas lcgislaçtìes rclativas a.s inÌp()stos sobÍe. v.lunrc de negticios. aosLrrrIost,rs csPr'cinis dc corìsurìlo e a o tÍos ìmposÌos indircctos. nanrecliclacnr que essa harnrorrrz;rç rro :r'Ìr ncccssririiì llrfa asscgullf o cstabclcciDìcnlo c o llrìcionlrrìÌcnto do rìÌercado inÌern()ri,l)|lr,?{) pfevi\Ìo no l igo 1J."."

' ViLlc http://euro1'riì.c./ìcgislation_sunÌnlal.ies/tiÌxaÌion/j26039_pl.htm (últirDa consuìtiì il'rì/í)itl1010)

"' \'ttlt hlt|://err|rrIrr t rrll.r'rsÌ;rlion srrntrnirr.ies/taxirtion/I2(í)37 pt.htm (úllima c0nsul(u lr'(,/o // ){) l{) )

^l,Nl^() lllllr)l! l^, (rí)lt(.,^Ml Nl() |

^ll"l ^l llr^lrl r,lr "'.r'l lrMAlr'l lll(.^llr'r.^l ll)Ml,À,1/

visa clirrtinar a dupla tributação (los lttt tos rltsltilrttí(los clìllc ils socic(lil(lcs (le

urÌì Estâdo c rÌs suns l'iliais de urÌì outro l'lstld0 Mcntbro.

Conconìitantemente, os Estados-Msmbros concluíram, enì aplicilçiì()tlo afiigo 293." do Tratado CE (rrr), Llmâ Convenção (90/436lCEE) "''' tlttc

introduz um procedimento de arbitragem para evitar a dupla tributaçiro ntr

caso de correcção de lucros entre empresas associadas de diferentes Estatlos-

Membros. No essencial, o Comité encarregue sugeriu uma aprox itllrtçir r

clos elementos-chave dos regimes do imposto sobre as sociedades dos Estados

Membros. As suas propostas relativas à eliminação da dupla tributação incidiram sobre a supressão das taxas, a regulamentação dos preços de transÍc-

rôncia, o tratamento das perdas no estrangeiro e a conclusão da rede de acortlos

l'iscais bilaterais.

São exemplos de impostos indirectos o IVA e os impostos especiltis tltconsumo.

O IVA Imposto sobre o valor acrescentado - Íbi o primeiro irtlp,''t,'a ser harmonizad o eÍ:| 19'77 , sendo posteriormente adaptado, em I 992, ìs r'r i

gências do grande mercado sem Íionteiras, e assume-se como ulìì (los clc

mentos excepcionais nos quais a UE intervém de fotma mais sistenráticit Prrtrt

assegurar o correcto funcionamento do mercado único e evitar a cotte ()l r( lì( i.r

desleal no seio da UE.lremos retomar a questão do IVA no próximo ponto, na abordiÌgclÌì (l()s

rccursos próprios, mas importa desde já retel que, de modo a salviìguâr(lill il

autonomia nacional, os rggimes e as taxas do IVA estão sujeitos à regtit dll

unaniÌnidade dos 27 Estados-Membros para a adopção de qualquer dccislìo

eÌn matória fiscal. De Íacto, é a UE que define lirnìtes mínimos e máximos das

taxas aplicáveis, mas cabe depois aos Estados-Membros adaptiìrem esses linlitcsìs suas próprias margcns de manobra e necessidades da vida quotidiarra.

" '"O Conselho. dclibcrando por unaninidadc. sob proposta da (ìonissão. c itpris crtttsttltrt

ikr Parlanrcnto Eutopcu c do Conliló Econ<imico c Social. adopta as disPosições tclacìorrrrtlrrs(()ììì a harnronirxção dls legislaçr-res relrtivâs ao\ inrpostos sobfc o volrrme <le tte!ricios. a,rt

rrrpostos cspeciais de consunto e a outros i$poslos ilìdirectos. na nledida etì qÌlc c\siìlrur'nronizaçiroscjanecessiitiaparalssegr.rtiuoestabclccinlcntoc()lìncionnmcníoclotllctclrlr,iÌì(orno no prazo plevisto Ììo artigo 1,1."."

' Vì(lc http r//w\À w. prrlamen to. pt/Orc lmcì) lo Esliì(l()/Doc lr rnc n t s/l .cg is lacao l)l'ì.1írl/( ()NV90 .l-16 CEE.pdf (riìtima consullrì Lr 16107/1010).

llr(i llt /

Itt) ll () |ti(:^t I A, ,, t,lr^Ur L |t .r, v|r I

I lrr r |c litçriO lxr rcgirnc tltrs irr rPr rsr0s 1 s1x'1 1;I s ( r(. ( ('rsu nìo, estcs eÍìtrilr:l|ìì ctìì vigot clìr I dc Janeiro do l(.)(.).ì. c()rìÌ iÌ criirçiìo rl0 rrrcrcado comum, cirrcidcrr s.brc os p'odutos de g',rrcrc corìsrÌrìlo aroctados a determinados.s's cspccíÍ'ic.s: álcool e bebidas alcoólicas, tabaco e produtos petrolíÍèrosr'crrcrgéticos. Não é por acaso que são estes os três tipos de produtos ondelrrcilrtrcntc percepcionamos diferenças de preços entre os diferentes Bstados_Mcnrbros quando viajamos.

L)ra, por isso mesmo, há necessidade, por parte da União, de coordenarrcgras comuns em termos de bens imediatos, bem como da tributação destesbcns, controlando os seus movimentos e a sua fiscalização, definindo mecanis_lrros tlc t csponsabiÌização e controlo. De Íacto, neste caso em especíÍìco, asreglls são Iìcxibilizadas para as circunstâncias nacionais ír), mas há cue;rsscgurar a adopção de uma abordagem comum à tributação desses produios(' rÌcent r viÌr ao I endúrento energético, às alternativas renováveìs e à garantiatlt'srrúde pública.

Ora, desde 1993, os particulares que se deslocam no ìnterior de umorrllo Bstado-Membro podem adquirir bens e serviços destinados ao seu usolrt ss.:rr ern condições de tributaçãÌo idênticas às clos residentes desse país. à('\( cr)çi-Ìo da aquisição de veícuÌos novos (com menos de seis meses áu oueIr'rr llu n Jrcrcrtrrido menos dc 6000 quilómetros) num outro Estado_Membro,

'isl. tlrrc osta operação é tributada no Estado-Membro tÌe destino à taxa err rs corrtliçõcs dosse país.

I)c lìrclo, a regra geraì é que, para os particuÌares que se desloqucm arrìr ()rtl) Ilslado-Membro, não existe qualquer limite no que se reÍère aosIrr, rr lr rtos tlcstirrados a utiÌização pessoal c devem pagar os impostos do paísrlc r lr'slirto.

. ()\ li\trÌ(lo\ Mentb|os podem tììantcr outros impostos niio harmonrzldos sobrc eslcs

lir!lÌrt()\ ,ll\iì\ \cl.de\) oü sobre orìtro\ produtos (por.exenplo. intp.stos sohrc o rcgislo ou x' rL rr ;rç;ì. (le \cicrros. t.xas, etc.), cresde quc nlio tenhanr o caríctcr clc urn inrp.stìr s.br.c.\('l||||r( (l( etrici0s c lrão c()nstiÌuanÌ uìn obstáculo ìs trociìs c(nÌÌerciais_

A lJNl^í) l(llt l'l A rrtií,AMt t,llí)|^Irir:^l )^tri | ,r11 I r '., 't rr4^ l! rt ll i A ll ií A i l,,lllM /

lll. O orçzrnrerrto, o lìnânciâmcnlo c r)s r('( lrsírs plriprios da IJniuo

IIL1. O orçamento comunitário - disposiçõres legais

Todas as disposições financeiras estão estatuídas no Título Il do -lì atatk r

CE, artigos 268." a 280.".

O aftigo 269." (rra)do Tratado CE prevê desde logo que o orçamento (lilComunidade seja integralmente Íìnanciado por recursos própÍios, que csilão

associados às capacidades contributivas dos Estados-Membros c cFÌc totÌì ilver com direitos agrícolas, tlireitos aduaneiros, uma percentagem da loccililrio IVA calculada a partir de uma base harmonizada e um quarto rccurs()baseado no produto nacional bruto (PNB).

Em 2009, e segundo fbnte da Comissão Europeia, dos I 33, 8 mil nr ilhõcsde euros orçamentados,457o Í'oi destinado à criação de emprego, cocsiìo tinvestigação; 42o/o à :griculútra e ambiente; 67o para relações externirs: (ì'lpara diversos e administração e I o/o para Iiberdade, segurança ejustiça. ('lrrrrr rt'

se a atenção para o facto de que a pafte do orçamento consagrada aos tlivt'rsose às despesas administrativas da UE representa apenas 6alo do total tl:rs th'spesas e incÌui os custos de funcionamento das Instituições Comulìiliit ilts rìrìscu conjunto e as despesas de tradução e de interpretação nas 23 línguirs olit i;rr.r

da UE.

Como se verifica, a maior prute do orçamento destìna-se a tornlÌr' iì ('( r I

nomia europeia mais competitiva e dinâmica e a aumentar a cocsão tlir I11,..

rcduzindo o Íbsso que separa os países mais ricos dos mais pobres. Dc Iirt lo.a UE tem uni papel partìcuÌannente activo junto tlos países em desenvolvimcnto aos quais os Estados-Membros estão ligados at[avés de laços histtjricosl'ortes, nomeadamente em AÍiica, nas Caraíbas e no Pacífico (paíscs A('l').

''.O or'çanicnto é irtegraìlrente linanciado por rccLrrsos plirptios- scnt prt'_iuízo de orrtrlsreccilas,

O Consclho. tlr.1ihtllttrrLr por rtnartinrirìecìe. sob pr()posta da Comissiìo. r apr-r: errrrsrrltir rroPlìfliìnìcnlo Irttto1rttt.;rIrrorrr irs rlislxrsìçircs |clirtivtrs ao \i\latnlt dc r'ccurstrs Prr'rIrros tlir('rrrtturtirllrr[. L rr1,r ,r,1,'1r,..r,, r,,,'ttt, ttrirt ;ro: IrslrLrlos ]\,lcrttlrr'rrs. rlc lrcorLjo r'onr lrs rt,s|t r'tirrrrtì()Ìtìì:t\ ((ìtì\ltl]|L ro| , r',

llrlÌìlrÍ)

tlr t ||r)l|ì(^i r^,,rr.,l.lr^|,, r1r ,,1 lll(r

:ls c(.)lÌ()lìliiìs clììclgcnlos; cla bltciit Ir(Ìlrl(rriìlrr(ir( (linlrrrrrlr'irrrsoricnlaisclaUIj,t os PaÍscs ctnclidalos à Uniho litlolrt.irr. Srro, r"lr.t.lir,,rrrrì(.1)lc. rnuitos os vi-,/rÌìlìos clUc eslão geograficamentc p(ix ilr ros dir I Jrrì:u r c tlUc rrcccssttam de apol()s.

À agricultura continua a ser ur.ììa árca cstruturatìto ch intervençào daUnião, a segunda Ìnais importante categoria de despesasJ que garanrc um apro_visionamento de produtos alimentares, rendimentòs justoi para os 19 miìhõestlc agricultores da UE e preços justos para os consumidores. A formaçãol)1rra a aquisição de novas competências é também uma das actrvicìades finan_ciaclas pelo orçamento da UE.

E a Comissão Europeia que apresenta anualmente um antepro1ecto de(,rçiÌmento aos Eurodeputados que decidem, em sede de parlamento Europeu.(. crÌl conjunto com o Conselho da União Europeia, tomam a aecisao fìnuisoblc as despesas a efectuar no ano seguinte. Uma vez utilizado o dinheiro,rr( orlissão tem de prestar contas ao parÌamento Europeu sobre a Ìorma comol.I iÌnr eÍèctuadas as despesas, bem como submetê-lasìo controÌo do Tribunalr lr' (lontas Europeu.

O orçamento comunitário reveste_se de extrema importância, pois per_rì r itc à União executar acções em todos os seus domínios de lntervençào en_(l.anto potência económica e polítìca e nos domínios em que os recursos dosI Ìstados-membros são colocados em prol clo interesse colectivo: promover o(losenvoÌvimento económico e sociaÌ, manter a paz e a estabilidade, contribuirpara a ajuda humanitária e reconstrução, proteger o ambiente e melhorar a quali-tladc de vida através do desenvolvimento ruraì e regionaì, construlr lnfÌa_estru_Iuraij, iÌpoìar programas de investigação científica, promover a saúde, a ali_trtcntação, a biotecnologia, as tecrologias da informação e da comunrcaçáo, asrlurotecnologias, a energia, o ambiente, os transpofiai, u ,"gr.onçu a o espaço.

lll.2. O financiamento e o sistema de recursos próprios

No que diz respeito ao financiamento cla Comunidacle EconómicaIrrrlopcia. o Tratado de Roma de 2-5 de Março de 1957 previu um perÍodo clcllirrrsição(i,comcontribuiçõesnacionaisanterioràpa.ssagemaumsisterna

' l)rrr;rtlc I()(r5rrrrrrr rrfirìr(itì1arìrrì1ìvu(lelr-irnslcr'ênciacìosrecursospr(rpri,s.p.r-rulurcz:r-.

^ l,Nl^()l l,l()lÌ lA, ()l)llr,AMl flÌ()l^llrì(:^l ll)^l)l t ,|!,, ,t r,1/\11'L ltr.^ tÌ,ir.^t r,()M|M'/

tlc tccursos próprios. O princípio dos rccUrsos pliPlios cslirvir P,rr cr rrrscgrri lr.inscritonoartigo201.'doTratadoCE(rr('r,clclinintkr-sccomomeiosdclirrirrrciamcnto próprios e independentes dos Estados-Metnbros. Trata-sc clc rcccil:rsafèctas em definitivo à Comunidade para financiar o seu orçamento, por piìflcdos Estados-Membros que são assim obrigados a colocar à disposiçho tllClomunidade as receitas, concedendolhe o direito sem necessidade dc clualcluer decisão posterior das autoridades nacionais.

Resultado do Tratado de Fusão, a 2 de AbriÌ de 1965. o ConsclÌriradoptou uma decisão que atribuiu às Comunidades recursos próprios desri-nados a cobrir todas as suas despesas, até à decisão, a 21 de Abril de I 970, tlccstabelecer a passagem das contribuições estatais para um financiamento aul(inomo através dos recursos próprios <tradicionais> (direitos agrícolas, clir.citosaduaneiros) e de um recurso baseado no Imposto sobre o Valor Acresccntittk r

IVA.Os recursos próprios tradicìonais (RPT) são considerados reculsos pr r r

pnos <<por natureza>>, porque se trata de receitas obtidas no âmbito dus polít it.rrs

comunitárias e não de receitas provenientes dos Estados-Membros crrlt uLrrl:rscomo contribuições nacionais. Assim sendo, os recursos próprios actuiris pl rvr.rrr

de:

Direitos aduaneiros obtidos nas fronteiras extemas sobrc rs irrportíÌções, os direitos aduaneiros foram inscritos no Tratado de Roma crrtlrlrrtorecurso a atribuir em primeiro lug:r à Comunidade Económica Europcia 1( 'l,il,, ipara o Íìnanciamento das suas despesas e só desde 1988 à Comunidadc l:rrnrpeia do Carvão e do Aço (CECA).

Recursos de origem âgrícola - os direitos agrícolas, originarianrc rr [.dcnominados de direitos niveladores agríco1as. íoram instituídos em 1962 c

os direitos aduaneiros e os direitos agÍícolas, resultantes das políticas cotÌìLrìtitÍrìas (urìia(ìrclulneira e política agr'ícola comuììl). Tal conduziu ao Compromisso do l-uxcnÌbrrrgo. Lrrrr

peÍíodo dt: transição parr um financian'ìento quc garântisse utlr ccrto nílel dc rrl()notììiit il('omunidadc. A decisão dcsta transição fbi adoptada, sem succsso. na Cirncir-a da Ilairr crrr1969. com o ob.jectivo de fclançaÍ a Corllunidade após um pcríi)do .le cìilicuìda(lcs na ìnlcgr rrç.ìopoìílica eìlÌÍe os então Estados ntembros.

""' .O ()rçrnenk). scnì pr('ittí/() (lirs (ruhis receilas, d linrrrrciado intcgfrìÌlììcrìtc l)(ìf fc.Lrfs()sl)r (ipl-ros. '

t(í)

lrtltl to |,:l,At (^ o,r,tr,\ , |r ,,v||(r,

It;rttsli'r irkrslrirllr ('orrrurricladc lrrrlrPt'rr P.r rrrrr l)t.r.islrodc2ltlcAbr.iltltr|()70, rrss.rrrirrtkr sc corrxl dircitos rluc vrrrirrvrrrr t'rrr lrrrrç'iur dos prcços tkl rncr-

t rrtkr rrru rrd ial c tlo rncrcado europeu. APris ir t|arrslxrsiçlio Para o direito cornu,rr iliir io tlas conclusõcs da ronda do Uruguai, ncgociada no âmbito da Organizirç'iìo Mundial do Comércio em AbriÌ de 1994, a diÍèrença entre os dircitos:rgr ícolls c os direitos aduaneiros foi dissipada.

I loje cntende-se os direitos agrícolas como direitos de importação cobradossolrrc os produtos agrícolas importados dos países terceiros, acrescendo-so asrlrrolizirções sobre cobradas sobre os produtores de açúcar, <1e isoglucose e dcr;rropc (lc inulina no interior da Comunidade.

lnrposto sobre o valor acrescentado (IVA) - os recursos IVA Í'oranr, rrrrIrspclaDecisãode2l deAbril de 1970, tendo em mente que os recursoslìr, )l)r i( )s triìdicionais não cram suficientes para Íìnanciar o orçamento comuni_t;rrr.. lirrrìrandoataxademobilização'uíximadorVAa lolo da matéria colectável.N() ( rtiìrÌto, tendo como perspectiva a sua harmonização, estc recurso só Íìri,rtrìrt rtlrr pela primeira vez em 1980; de 1988( )t)a 1994, a base foi nivelatlu:r lì','i tlo produto nacional bruto (PNB) dos Estados-Membros; a partir dcl')()-5, y1111; podia exccder 507o do PNB para os Estados-Membros cujo pNlìt,t t r'ttltittL era inÍèrior a 907t, d.t média comunitíria; entre 1995 e 1999. orrivc l:rnrcnto foi alargado c apliciÌdo a todos os Estados-Membros; a Decisiìoilt l(XX), act[aÌÌnente em vigoq baixou a taxa de mobilização rnáxima ao scurrír'c I actuaÌ rle 0,5c/o dabase IVA harmonizada e nivelada.

Ora, o IVA foi então introduzido na Comunìdadc Económica Europciir;r ylutil de 1970 pela primeira e segunda directiva respeitanies ao IVA 11s,.

s Lrbslit uindo os diÍèrentes impostos na produção c no consumo aplicados at(ir'rrllìo pclos Estados-Membros ç1ue constituíam um obstáculo zìs trocas comcr.t irris. I)c Íìcto, ctr-t caso de importação/exportação cntre EstatÌos-Mentbros.

,\ scgLrDda dccisão sobre ()s ì.ecllfsos pì(ípfios dc 7 dc l\lrìio cle l9lJ5 coincitlirr eorrr 0.r .ìrl:irììcÌlto ibúrico c lez iìulÌìeDlaf a ti\1 paril i.,l? íinnncilndo. rssirì1. os cusl(ì\ (l(.

Vrtlc lrtlp://i rrrol)ir ( rr/lr!i\lrìti()tì :rrntntaries/cncrg,-/iÌìlcl-tìuì crcr!Ì rjìrÌÌt\(.t/ìl(l\l t)l.lìlrìì (Liltirrrrr ,,,rr..r lll l )()/(Ì7ll0lí)).

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rt tlclclrtt irtaçao cxacta do nìontatìto (lo irrrposlo irrcluítkr no ltrcço tkrs lx'lrs r.

tlos sclv iços saia dificultada.Ao invós, o lVA, permite o cálcuÌo exacto da coÌÌlponcnto lisclrÌ tlc rrrr

produto ern todas as Íàses da cadeia de produção ou de distribuição, c v ittrrrrk r

o ctcito cumulativo dos impostos em cascata e assegurando a ncut lir litl:rtlt.liscal, tanto no plano interno como nas trocas comerciais entrc os l,lsltrrkrs-Mcmbros e com os países tercelros.

Neste sentido, a Sexta Directiva respeitantÕ ao IVA (7713 Íìtì/CìlÌlì 1 ,r "

teve como efeito garantir em definitivo que o imposto abrange as mcsulâs tratìsacções em todos os Estados-Membros e que estes contribucm nunìa llitscconìum para o financiamento comunitário. Assim, esta directivx corìstitui urlverdadeiro quadro legislativo com defìnições comunithrias, ao permitir o csrrr

bcÌccimento de um programa de trabalho orientado para a suprcssão tlrs< l'ronteiras Íìscais>. Para alcançar esse objectivo, a Comissão propôs. cn ì l()fi/.a inlrodução imedìata do princípio da tributação na origem, coÍnl)lct:r(l() l)( )l

ru nr sistema de compensação destinado a evitar transferências tlc t'L t.rtrr.,i Inportantes cntre Estados-Membros.

Deste modo, o IVA é: um imposto gcral (porque em pr-incÍpio rh.r r.incidir sobre todas as actividades económicas de plodução e do tlislrilrrrir;;r,'tlc bcns, assim como sobrc as prcstações de serviços, não constilLrilrrlo rrrrrrcarga que incida sobre as emprcszrs), de consumo (porque a cargl dcvt' irrr'ir lr r

cnr úÌtima instâncìa, sobre as cìespesas de consumo efectuadas pelos corrsrrr r r r

tlores fi nais), directamente proporcional (ao preço dos bens e serviço:i), ( olìr r( l( '

tle f'orma fraccionada (em cada fase do circuito económico o qur- Irçr rrritr. ..rrr

cacla Íàse do proccsso de produção e de distribuição conhecer o monlirrrlr. iIrcirrga Íìscal real nele incorporada) e neutro (em relação ao tipo de organ izlçtr, r

tlcsse circuito e qualquer que seja a extensão dos circuitos económicos. ).

Por Í'irn, r'eÍèrir ainda que a Íiaude internacional em matória do IVA le rìlclcikrs rrocivos no comércio legal e no cmprego declarado, Ìnina a coní'iiÌrìçilrÌo ÌllcrciÌdo único e provoca iÌnportantes perdas de receitas, nomciÌdiìlììcltl(.ro dornínio dirs cntregas e das aquisições intracomunitárias.

' Vitlc rr cslr'r'cspeilrÌ lrlll)://.uf{ilìr ('Ìr/lcgislution suììrnrarics/othe'r/ll l(X)(r Ì)l.lì1rìì (rlll IilL,,r:Iltir rr ]6/07/10 1 0)

l(ì:)l(;:l

tr||I tr) |rit:^t rA,,rr,, t,|/irÌr r,, lll,,rvt!),,

A llrutlc sri sc cot|scgttc c()lllìirÍ(.r r, I tt .r r z r Ì ìr. I r I r. (.(,rÌr ult fotofço diÌ

t r x rPer:rçrì0 ltdrrt irrislrarivit o crxlldcnirç11r, rÌr\'( r (.(ìrÌìlrrir;1i() c rr.()rìrì rÌllìrs siste_rr'ilic:r dc inÍìlr-lnaçr-lcs. A fiiÌudo ulilìg(. l)t1)lx)t.ço(,s itìtlx)t1:Ìtìtcs tÌos sectorest'r l:r'irc. c d. álcull c implicou ul..'o*llr tlc r.ccciltrs (e rrr irnpostos especiais(t(.cotÌsltÌlìo, cm lVA e em direitos acluanciros) para os Bstados_Membros epru:r ir ( ìrrnunidade.

. . ....l.cr1tkr em conta essa preocupação, o Conseìho <Ecofin> de I 9 de Maiorlt l()()lJ dccicliu reÍ'orçar as medidas de coordenação, através da adopção de(lilì'r'('rìtcs rncditlas: estudo de um sistema informatizado cle circulação e de( ( ìrìlr )lo (los produtos sujeitos a impostos especiais de consumo; introduçãorh rrrrrsislcrrltdcnotificaçãoprévia; elaboração de um código de boa práticarlu( r(.J'r rtc iì aprovação ou a retirada das autorizações dos depositários; nego_

r r:11 rro pclos ljslados_Membros de protocolos de acordo com os produtores er r )tÌì ()s (.otÌÌcfctantes.

( ) r.e ndimento nacional bruto (RNB) _ Em l9gg, o Conseìho, atravésrk rrrrlr t lccislìo dc 24 de Jr-rnho., decidiu estabelecer um quarto recurso própnolrrst'rrtkr rÌo produto nacional bruto (pNB), que deveriá substituir o IVA en_(

Íl riu ìto rccurso dc equilibrio do orçamento. Só no Sistema Exaustrvo de Conta-lr ilii lrulc (SllCl) 9.5, é que a noção de produto nacionaÌ bruto (pNB) foi subs_Irlrrrtl;r lrclit clc rcndinrento nacionaì.bruto (RNB) para efeitos dos recursos pró_1rr ios. corlcsl.rondcndo o novo limite máximo a'1,247o Ao RNS aa Ug.

O lccurso RNB é calculado pela diferença entre as despesas e a somaili totkrs os oLltros recursos orçamentais, obtendo_o através cla aplicação deurìrr lirxrì a lixar- cada ano, no quadro do processo orçamental, de umà baser( l)rcsctìtrt iva diÌ soma dos rendimentos nacionais brutás a preços de mercado.l,',slc rcctrlso é fulcrai, porque não só financia a maior parte dt orçamenroJ comorlt lrrnrina o nivelamento da base lVA, a repartiçao do tìnanciamento da com_lrt rrsrrçlìO br-itânica c a Ìimitação do rnontante gloúal dos recursos que a Comuni_(llt(l('l)odc cobrar.

| ,,rÌì suÌÌlâ, a questão da origcm dos recursos próprios é poÌiticamente muitoirììr)ortiìrÌtLì. 1.rois detc'ninlr u 'craçri.

cntre os ciàadãos, os'Éstacos_Membrost irs Irrsriluìçõcs c.rru rr irii'irrs, irr Prica.d. ao mesmo tempo a questão da auto-rì()rìriì Íirìirncoi'irtrrrs('.rrrrrrrirrrrtrcs I )c rnct., a Decisãoie r 970 sobre os re_.rrs.s1l'ri1l'i.stlisrirrlrrt'rrs('.rrrrrirlrrrlcstl.s.utrasorganizaçõesinternaciott;tis. t t tjo l ill rrrci;rrrrt.rr to rr. lr, r.,r.r r rr;rs r.prrlr ihrr içõrcs tjós Estaclgs_ Mcnr bros.

A llNl^() lLrl!|I llA Illir /\Nr1l l.llr) ^llrr(^l

llrA rl 1,lf lrl Ì,4/\ lr,l lÌlr A!l,r ^

l Mlrll/

Os lìccrrr sos llniplios sao coloclulos rr r,.'rrsrrlr r rt'r rlt' Ìr tlispr tsiç:ìo rIr I Ìrr ir rr rpclos Estados- Mcrnbros it crédito dc utÌìir r()nlil <r'ccuÌ sos pt-tiprios" rtlrt'r'lrr

pcla Comissão, normalmente junto do banco ccrrtlal niLcional. Os lccrr sos

IVA e RNB são colocados à disposição da Comissão no primcir-o clia r'itil tlccada mês, na proporção de um duodócimo do montante provisional cluc ligrrlrrno orçamento comunitário.

Assim, o orçamgnto não é inteiramente fìnanciado pelob recurs{ì\ l)r' ì

prios, mas é-o também pelos ìmpostos e as taxas cobradas sobre os rcntlimentos do pessoal, juros bancários, cÕntribuições dos países tercciros iÌ ccr l( ìi'

programas comunitários (por exemplo, no domínio da investigação), r-ccrrr

bolsos de ajudas comunitárias não utilizadas, juros de mora, bem curno rr

saldo do exercício precedente.

IV. Conclusão: uma política fiscal comum e um orçamento lr:dcr':rl -

missão impossível?

As regulamentações Íiscais divergentes e incompatíveis crtltt'os rlrlcrentes sistemas nacionais de tributação cm vigor na União Eutopcirt cotrslr

tuem um entrave residual impofiante à plena realização do mercado titt ici ' r' lrrr

duzem-se por obstácttÌos às trocas comerciais e uma lragtnentaçlto tltt tt tctr ;rr h ,

único, resultando um inequívoco abrandamento da competitividâde irì lf r rilcionaÌ dos operadorcs curopeus. A introdução do euro, a maior transprrr['rrt irr

dos mercados e o desenvolvimcnto da concorrência tornam ainda rtttis t videntcs os e1èitos de distorção provocados por obstáculos de naturczr list rrl.

Uma comunicação da Cornissão, discutida em Verona em 1996, sublinhrv;rque a coordenação Íìscal a níveÌ comunitz'rrio é entravada peÌa regrir da voluçll()por unaniÌnidade para qualquer decisãÌo nesta matéria e a abordagem palcirrldas questões de política Íìscal. A Comissão e os Estados-Membros consitltraram que uma acção concerl-ada ern matéria Íìscal permitiria evitar utr ahitrr

dono invoÌuntár'io de soberania de cada Estado-MeÌnbro em proveito unicirmente das Í'orças do mcrciìdo o criaram um grupo de alto nível par:ì iÌviuìçirrcom uma coorclcnaçiio cÍcctiva cÌas políticas Íìscais.

Dc I:rclo. rrir rrrt'tlirlir crrr r;Lrc irrÍlucnciam ÍorterÌìcnto os corìportlìrììcrÌlosda porrplrrt-rr. rlo t orìslrìro. rlo irrvcslinrcnto c tla cr-iaçao clc cllllrcgos, lr

l{i4l(il,

t)|lt tÌ()|r,r Al l,^,,r,, t,lt^ltr r, |lt r tv r).,

Iist;tlitlittlccltscottltiltLtiçt)cssrrirtisrrltr'lrrrrroIlrl(ro1i11(.rrl()(lostììcrciì(lgstl's bcrrs c d,s scrviç.s, d.s ca;titais t.thr t'rlrrllr. N. t;rr;rtll.. d. proccssotlc

'clìrlrrra irr iciada na sequência d. ( Ì rrrscllr, llrr*rPt.rr dc ( 'rrr.dil Í', ern Junho

rlc l99lJ, o oh.jecttvo é evitar quc, pela lì.agnrcrrtaçi'io tkr rncrcado único e porrrrrir irlcclação nlto tiptima dos recursos, as clilèrenças entre esses slstemas,(luc sc lornariÌm mais evidentes upós a passagem ao euro, não se traduzamprrr ,rlrsl:ieultrs às lrocas cumerciais.

Neste sentido, apenas uma coordenação reforçada das políticas fiscaisrIrs l:strrdos-Membros permitirá encontrar um equilíbrio entre, por um lado,rr rlivt'rsidade dos seus sistemas fiscais e sociais e, por outro, o exercrcio com_lrlt lo tl;rs libcrdades de estabelecimento e de circulação. O plano de acção1';rr:r rrrr rrrcrcado financeiro único, apresentado pela Comissão em Maio del',()(). ( ()rÌtrihui cont elementos para dar resposta a estas questões, visto querr( rrir ir l)r'ossccução dos csforços.já iniciados no sentido de uma melhor co_r rr r ['rtr\'rì. liscal com vista a eliminar as distorçõles na tributação dos produtosI rrI tt t.rI os t fansfronteiriços.

l'irr u clrre esse conj unto de regras possa cvoluir harmoniosamente tendo( rrì ( orìtiì as transformações da sociedade, sem deixar de ter por objectivor rrrlr rrlrior sirnpÌificação, a Comunidadc dotou-se dc novos instrumentos de1x rlítica l'iscal: a organização de um Íõrum pen.anente de intercâmbio de infor-rrLrçõcs cntre os Estados-Membros, nomeiÌdamcnte no clomínio dos irÌrDostosi lirectos. e uma presença activa nas instâncias internacionais como a OCDEIrrrrr rlìiiklgo c.rn os cidadãos e a empresas a fim de os informar clos seus direitosrìr )s ou lros países da União Europeia; a n.ìanutençho da coerência dos regimesIrsciris nacionais entre si, assim como enì relação aos ob.jectivos da UniãoI rrrropcia. corrr vista a concluir a realização cle uma grande unidade económicar' rnonctiiria; a procura de um níveÌ elevado de competitividade internacionalp:rrlr ir indÍrstria europeia; no alargamento da União Europeia a outros paísesL rrrrtlitlrrros iì adesão; uma luta eficaz contra as fiaudes e as irregularidades.

IrÌìporta não esquecer que a União Europeia nãro tem qualquer compc_li rrt irr c;tre ìhe permita criar e/ou cobrar impostos limitanclo_se a, no quatJrorio nrclcado interno. avaliar se as medicÌas fiscais tonradas pelos Estados_l\lcnrbros são susceptíveis de diÍìcultar a livre circulação de mcrcud()rias. de

\( r \ rç'os c de capitais, assim como de falsear o livrejogo da concorrônciu.

^ LlNl^() | l,l()l'l lA, ()i)lrr.Atull Nl()l^lllì(i^l ll)^l)l l lux,lr"lrl rMAll)l lll(A1lrr(AL I(|MlrM/

Por ser uma matéria que exige it itptovrtçiìo ltttr ttttlnittlitllttlc e tllttlrt rt

cornplexidade da matéria, o caminho para a har-tttonizitçlxr c ctxrrtlcttttr,':to

dts questões de fiscalidade parecem ainda longe de se concrc(izatcttt.

Mas há esforços nesse sentido. De Íacto, desde o início (los illì()s ()o

que a utilização do instrumento Íìscal para a protecçtÌo do alnl.riclttc (lrtxrr

verde, imposto sobre CO-2, imposto sobre os veículos ou sobre its inlìrt-cstÌ'rÌturiìs rodoviárias, incentivos fiscais) se encontra no centro dts discttssÕt's.

Para além disso, desde meados deste ano que, impulsionaclos 1.rclo

Tratado de Lisboa, os Ministros das Finanças dos Estados-molrbros dit LJltiiìo

Europeia estão a esboçar uma política fiscal comum, que passiÌ dcsdc logopor umáÌ melhor gestão de finanças públicas e coordenação de 27 polític:rs

econónicas como um todo. Herman Van Rompuy, Presidentc tlit IJrriirrEuropeia, referia, no final de urn dos encontros, que um dos primetros cotÌsclìs()s

cntre os Estados se repercute nu existência de sanções financeiras c nlìo I itt:rtt

ce iras, enquanto mecanismos de longo prazo a inpor aos Estadtls t;ttc st' tlt s

vicm do objectivo de gestãro geral das contas da UE, recordando a tlcccssitLtr['

cle antecipar :rs consequências da dcsvalorizirção tìo euft) quc st t tìr I pt ttttt tt , '

semestre de 2010 caiu 67o.

Independcntemente do futuro ser ntais intergovernamental ott lt'tk t;tlncste assunto cm especíÍìco, a política Íiscal da União Europeia lctri st rrrlttr'

como objectivo garantirque as políticas Íiscais dos Estados-Memblrrs tlitr t k'ttltrttrr

cfèitos prejudiciais nos re stantes Estados-Membros e asscguÍal' Lllìla s( )l\'l ; rrrri I

rcal dos cidaclãos e dtls seus represcntantes através de uma ttcçÌo t r,ttttttrr

Pol isso. o debatc sobre os recursos próprios para a Comunidadc cstii ilìlrills('canìentc ligado ao debate gcral sobre o ftÌtut'o da integração ellropeilì ctìll (' ( )

tcderalismo e o intergovernamcntalisÌno.

l(;í;

Acórdão do tibunal Central Administrativo Sul (')

de 10/03/2009

. Imposto do Selo . ContÍato de AbeÍtura de Crédito

l. Os contratos de mútuo em que os mutuantes sejam entidades: bancánas, revestcmnatureza comerciaì, pelo se regem pela normas próprias do direito comercia.l e, dcnfr.odeste, do direito bancário, senclo as regras própria do direito civil de mera aplicação su-pletiva;

2. O contrato de abertuta de crédito em conta corrente é Ìlrn contÍato ntípico rlcdireito comercial, não submetido a forriralismo especiaÌ nem, quando celebraclr cntrccomeÍciantes, sujeito a qualquer espécie particular de prova;

3. Pelo mesmo contrato de abeftura de crédito, desde que respeitadas as corrcliçôlracordadas, o mutuário pode aceder a um iümitado número de leva.nta.mentos, ?ttrâvi$ (Llutilização de uma sua conta barrcâd.a, na medida em que nuÍÌca uÌtrapassc o '!tlllirrrrl"máximo de empréstimopor ele permitidq verificando-se, em tais circunstâncias, rcnovaçÕcsde Enanciamento e não novos contratos.

- O BANCO ..., S.4., com os sinais dos autos, poÍ se não conformar com a. clccisiir r

proferidapelo Mm.' júz do TÂF de Lisboa e çe lhe julgou improcedente estaimpugnaçãojudicial que deduziu contra liqúdação adicional de Imposto do Selq referente ao ano dc1999, bem comq dos respecdvos juros compensatórios, dela veio intelpor o presentcÍecuÍso apresentândo, para o efeito, as seguintes conclusôes:

a) Ora, segundo decore da sentença sob recurso as operações em questão e objecr.)de tributação poÍ parte da administração tributária consubstanclam sucesstvosfornecimentos de fi.ndos por parte do Recorrente, após reembolso dos mtin-tântes iniciaìmente fornecidos, ao abrigo do mesmo contÍato de abertura clccrédito inicialnente celebrado:

(') 1z wwurdgsi.pt, Processor 02636/08. Relator: Lucas Nlartìrs.

.ôpyighr O Qüid J!d.? _ ro.i.rlrrì. .,1 kr. 171

lrllll ll()tttí./\t r/\,r r',tri^t,,, l| , tv ,,r,,

1.r,,) I)ts|rx rrrrrtrr,,o l."tlu l;rlrtlrrr ir r,rl,l,, trrr1,,,.r ,,1 ,,r 1,,,r;,r,,r,rrlr,1)rlol)fcfcrl)rì.":l()lí), tìc llJ clc Nrrllrrrln, r|( |,rìÌr,|,,,III 1,11,r|,1ir,1,1111111,.,11,,l:1,,ìrìrl)osk) dcr Sclo (lìlS), rrir n.(lir((,;r() r,,ntr.rrrlr lrrl,r l.(r rì

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LlLrc sc cnfcIdc por al)cftÌU.,t tlc r r'L.tlrt,r rr , , I r r

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rììcr ) (lc ltÌstt!ì.mcrìto pírblic,, csc't. '. c( ) ft (,sÍr( )rÌ(lit ì(:tit, (lr fbrrtrr r,L outr. rrrfurrcÌos, mcrcadorias ou outros vllorcs, qur r: scli! para utilizar oo pds quer ncrcstrrìlìgejr().

c/ Ì)cste.mocÌo, a reahcÌade quc, à data daprática dos factos, era sujcrta a tributaçãcrc ra a ,l)e rtu1iÌd! crédrfô irnlcndula como a obrigação dçlarffçlme!Íade frndosiÌ oÌÌtrem c não a rÌíÌizrção do clrlìo cfccnMdaja abri€lo cl1a sc+rêncir daqueleçonffàfo.

rf ì,ogo, só a abertura de crócüto celcbrada em 21.11)8.1999, na qual sc acorclou oFotnecrncnto ckr crédito solicitaclo ao respcctivo cliente e as resprcrrvasÌÌtlÌ1zaçõcs ftrturas, é que scía, obiccto de trìbutação.

er) Pelo quc, cm facc do acima e:rposto a Lcy:tdaçàct lubjadi,:e ao fMe r ncìclÌr Ìmpostodo Selo sobre os foüìecimcntos de crédito succssìv.)s e posteriorcs ao al.igo.lo contrato de abertura clc crécìrto cclcbraclo em 21.08.1999, niro pode clcixìrcÌc ser anuÌadt porqlriÌrlk) vioÌa o artigo 1.. cla'IaÌtela GcraÌ c1o imposto cloSeÌo;

,1) .\crescc ciuc, ainda que se eotcncÌa quc cstalìos cÌÌÌ presença cle várias aÌrerturascÌc cr'éclito, cono tamÌtár parccc perpassrq peÌo mcnos na aplrôncia, cla ser-rtençarccorricÌa ao aÊrmar-se quc sc ïrata dc "... tna i/uu;ìo lc abertant tle tredta tvm ot.t/./ìNJtM.i.faïnuime/Ìtat de lnlot, mt /er,rot e:tttltheitlo.t Laúnthu/mrzlr . . .

,'aincÌa assim,

as rcfcricÌas utilizações de créclito lão sc cncontram sujeitas a In-rposto cÌo Selo.g) Ir istoporque, prra quc os llucliclos fbrneculcntos de crótìito succssilos possirm

consrÌl)sfâtÌciiÌr abcrhlÍ,ìs dc crócÌito tos tcrrnos rlo lttigo 1." cìa Tabela GeralcÌo Imposro do Selo, c como tal. suleitos a trilllt^ção, neccssário serir qLre osrncsmos scjatll tinrlacìos por instnúììento púbÌic.J, cscriÍo ou corrcsponcÌôncia.

lrl) ( )rx, nÀ sinÌâção \.elteDtc c como acÌmite o p rr-rprio Tribur.raÌ, lpenas cxisfe umcootrato de aÌrcrnrra clc crédito cotrscnsualmcnte celebtacÌo em 21 de .\eosto,:Ìc 1999, inexistindo, qumro às demris abernrras cÌe crécìito cluaìquct ciocumentoclc suportr, como aÌiás, a '\dministracão Trilrutárìa poclc constatar c conìcJ loìterrÌrénr rcicricÌo peÌa tcstcmLuìlìa ?ÌrroÌadiÌ;

r) 1,oeo, acìrnitrnclo sc que o lìiÌrrural rccorndo co(ìsicleril estrLr-se eÌÌr presença,nt.t c,so .iub.)rc\ì*,tlc taltas abcrturas clc crócüto qrvurto as utilizeções dos frurclosní)s tcÍmos izlnr dcscritos, c 1ìão sc ctìcontrancÌo iLciucÌas obrigacõcs clctìrrnccimcnto clc fLrndos rituladas por instrun-rcnto público, cscrito particular()rÌ c()ÍrcsponalêÌìci,L, âo desconsiaìcr^r o rcqrLisito fotnral consagLado nl rrormrrclc urcidêncil, concluincÌo peÌa apÌicacão cÌo úÌposk) a rclaçircs 1urícÌicas

^r Irlllr^{ì|x)lilil'lìl I/l) Ilillrlili^l A|lìôllll lllAllvi I

clcsllr.r,vrtlltsrlcssa|ilrnit'sctÌÌ|)lIl|ì(l|||(,1 |rrIrrrrr.rI tt.trrt.tltlr, ttit vrr,Iltrlr.,l|.,

pülÌcípro tlir lc.gaÌtclacle 1Ìâ sui \,(,Ít('tìl( tl;r tlr.tr.r'rrtrnitçii() c cIr trt lLtst!tsttto. t'

como tâI, sclnPre se imporia iL iurulaçlìo tlit sttllctrça s()l) rlcLL!-s()

- Conclui que, pela procetlêr-rcia do recurso scja anuÌacla a dccisão lccor rtclrt

O E\L\iP, jrnto destc Tdbunal, emitiu o douto parecer dc fls 22'l122(r' rrtclrrstvr''

Dronunera-se. a Ërnal. pela rmproceclência cle recurso na consideração, tro esscncriìì' (lc (ltr(''em

c,tusa está u,Ì co;tÍato àe ahettura cle créclito, devìdamcnte formalìzacl., rctr,t'irrl,

por cluas vczes e, ao abigo rlas quais, sc processzÌralÌì os foÍnecnnentos dc 6'tncl'rs rt tlrr''

se rePortam os autos.

- CoÌhidos os vistos legas, cabe decidiÌ..\ dccisão rccorridt, com suPoÍfc na prova documental e testemullìal plrtìrtzrtl;r'

dcu, por pror.ada, a seelunte;

- MATÉRIA DE FACTO

a) ,\ it-rpugnante clcsenvoh'e a sÌÌ^ actilriclade nx área bancána;

b) A lnpttguttnnJoì ttlnt tle trna atção ìnpe.hÌdpar?urh dd A-f -re

/d/1Ìa ttl/t' ttt)\ tI tth ttttr\

.0 /;bìli!littJ rcjÌ)eìtaüÍei d0 brft)!t0 la -le/o do antt de /999' c4to tchhittt) \t 11/t1\ttl

Jato,,opìndo aJh. 18 e si, e t//)0 lear Y di d(1ú por ìntcgrulnentc reprodt;.iht;

c) ,\ iúrpugnmte frri notificada da Ìiquiclação para procedcr ao Px!,'rrìì( rìlr ) rl"

montantc cle 11S 683,:8€/23 793 fló2$00 resPcitxnte ao InP()slr) (lo ri l"rclzrtivo ao excrcicio cÌo ru-ro clc 1999;

d) I ìnQr4nunn tìetlrtit Rtc/anaçiìtt Guriosa, tenda idct notìfìcala d0 retpedur ìtult f ' tl/th ttttt

e) ,\ lmPugnante e Lun seu cliente ccÌebrarâm um cor]trato de 'Ì)erflrr^

(l( ( r( ( lrl0'

no âmlúo dâ contâ n o ..., em 2I / 09 / 1999' para utìliztção do lní)trl irrìl( rì1 i

vdor cle 1.0i-)0.0t)0.i1)00$00, clue foi reemboìsrcìo ì impugrantc en 29 f ttt) f l')')'t '

Q Ne.ttanetnadttlttde2g/09/1999'onermoÍltnlurldcan/an" Ì0/Í0ad n/ili':'tt /!'tt'tl

,/a Íufite 0 tul,r.le / .l)00.000.00081)( ), (:lhe f,i reeï/ho/tatlo à ìnpr'trytun c ()'\/|t)/

// 99t:g) NeÍuwr:ndldÌulcA8/10//999,anetno:ìhrlrtrdd'tntut' tn|loatt rt/ìIi:;'tt rt'1t'tl

no/..t/ÍetnMlaïde1.00().0()().()00$00,,ltteÍaìrunbakttdoàitryrylúttatnII/It)//1t99.

- \lais sc tìclartt. cr,,tt,, nao p.ovadosl*aisqrLcl otÌtÍos filctos, clivcrsos rlr rs rt lt rrtì"'

oas prccctìcrttt s ;tlíttctts. , rt,ltl:ttllo rclr\ iÌlÌlcs à cìccisão cìc mórlto ?Ì l)torc[lt'

| /') ,, Lrohr () ori ltr 1,1 ,rr rrt,riÌ, ,ai(Ì,, 1llt

lrllll l(ìllrir.^l (A,|,r'Í^||',' ||r',,rv !),

TTNQUADRAMEN',T,O JrJlìil )t( ;( )

Ì .nt flcc cìes concÌusõcs dt) pÍrsrtì I(. r r r u rso, r.rr r llil ì to lrtrlrz;rrI r ras ckrs srrrs lìtnÌrr lo( i)l)J(c1(),,1s qLlcsta)cs que importa crìf,-(,tìt;ìf, rìUtììit (.s(.;tl()tìtz.tçr.t() sul)sidii,rria, sì() as sc

a) cÌcs<1c Ìogo a d€ sabcr sc as uprr,LcòL.s a qur se Lr:purf.u-ìr as nÌs../J ca/ rtoprobatóno, consuÌtstancrÀm oufLos t.urtos.re fos de aÌxrnrr., de crócüiá, sujcit,rs.r Impoirn du qclo. LrÌr na^;

á7) cm caso de cventull Íespostâ afirlnati\il à questão enunciacla nà preccdeitraÌínea, a de saÌrcr se, ainda assrm, é pressuposto da su1eição ao tributo cm causuquc, aqueÌc tipo de opctaçõcs de mostre tltL ado por instrumento púÌrÌico,rscrito partìcular ou corresponcÌêncìa.

( ì)nìo decorre do já afirmado, a apreciação cla segunda cìas questõcs elencadasrl ìr'rì,r\ scra clc operar na me cüda em que a plrmeira delas não scla mere ccdora de íespostarìr'1',rrr\x liÌ quc, etrr tal caso, não se mostriÌrá preenchrda a regra cÌc inciclência peÌarrrr rrstincia,:1c aberturas dc créciittr.

Vcjamos, cntão;(Ìrrno é sabido, o contr^to dc mútuo, tal con-ro previsto na Ìei cìr.iì, é a<peÌe em

n srrìtrLtlo c1o c1ual, uma clas partcs (mt///LtnÍe), cntrega à outra (natliio),umirem fungS,;el,(l( srgrì^danìcrÌte cìinheiro, ficanclo, a írltima, corl a obrigação a procccìer a rcsnttuçao emr'f ncro c qualidade (.qÇ. art." /./12." do Ce.

Sc o mutuantc for uma entrdacle balcárìa, corno sucedc no caso, erÌtão esse mútucrr( \( slc a rÌarLÌrcza comerctâI, sendo, ncssa mecìida, rcguÌado pcÌas clisposiçôcs prciprìas( l( \tr rrLrìro de direito (dìrelto nnenia/ e, de/tÍra derre, dd e.tpitìe .lúelti bancriiì;, setdo x notmaslrlrrlrlias cÌcr ciircrto civiÌ aplicáveis apenas a dnrlo subsrcliálo @ì. art." 3." tlo C(,anerìal.

( )râ. o contrato de abcrturlL clc crédito, em conta correntc, mus não é o cìe quc um\ | )t\t t

^k) (út1PtLl) de múruo comercial (rfr. arr." )6 2." do C(ìnet.), .1ue, à Ìuz do rcsp ectrvo(..rìigo se r1ão encontra sujeito a Forma especial, senclo qui, se celcbrado entrc

r r )rìÌr.Íc1,ultcs, adm(te, mesmo, qÌìaÌquer trpo de prova acÌmiticla em clireito (ry' art." j96." ìat rlttìrht (.(.7ntn.).

_ ( )r^, cste tipo de contrato nsa o finiurciârneIrto do mutuário, à luz das finalidacles

\ lsir(l,is c()rÌì os 1Ìormais confratos cÌc'-rírtuo e antcs referidâs, com restiruição rcmrurcrada,, lt .

., u /.' I9 i.' l0 ( .:( .)omtrt,) prx fotnl a que o munrário, dcntro clas conclições conttàtadas,

l,,,,lc concrcfizar um oúmero rÌìmìtado cle lcvaitamcntos, atrar.ós da utrlização de uma,rr;r r onle Ìtancária quc frnciona como contâ-concnfe; pLJr lsso quc o collfiato crn qucstrÌo| /l\ r//,'t/ lt r.r/t/t/a), sc há-de rcger pcÌa cl.*lsuÌiìs coÍÌtratuârs csrabeÌecicÌas e pcÌo recurscrr ,\ Lr\r )s (l() cí)rréLcro Ì)â1ìc?irio e, âirìc1â e e\icotualmelìter as íelati\,?s

^o conttato dc corìt,.

l)cc()ÍÍc, rLssirn. do (lu( sc vern cÌc cìizcq cluc, por ul Ìa<ìo, o calntrafo virÌ()tar/I,,1, rilr'1.r,,,. Irr'Ì. Itrír,tl,, i|(.,rIrIrr( r. cluancìo assin-r tcrür sicl. c\prcssamc'to csripulat|r

^r 1'l Ìl i^1 ) | rl ) rìl Jl'lll Àrll ) | lillìl ll i^l

^Ì ú11ll l "l r1^r vr I

íllt,(tìl fis()llì\,cfsi).,t1( (lUr úlìì;ì dclits o rlr.rrurtr t(. trrìtir t,( l'1'Íolrlrr).(llr( (l(lìllo(riì(lrrt

;ì(llìlrì sC ÍClttiLL, r, rrrrrlLritrr() p()SSn f,ÌZcÍ li|lìli):] 1r\, ìlil|ìr(||lr)s l ì Ì ( ) I Ì c | , i I l i r \ . , l r l , l l r l , ' ,r'

r1rrc,ììrc iLprour.cr, dcscÌc cyue sc circtursctc\'lÌ, frìl l()(ìrts rts ( rr'atrtÌsfitlìcliìs, rll) ltlttllt' l/t/'1\'/llt\rìo financi;uncnto pcrrnitido, isto é, a utilizacão. nurr clrrckr Ììì()lììc1ìf(). (lc l),1Íl( ()rr (lrr

t()rirlrd?ì(le &t 'plalòttd" de frnalciamento concedrdo, não é obstáculo a qr(. no ânìbitodo mesÍro co4üato, o munÌiirio voÌtc I ut1ìizar succssivos Fmnciamcntos' rìcstìc 'lrrr'rLclucla utilzlção tcnÌta sido amortizacÌapor foíma it que as seqrüntcs se m,mtcrììrtnr tlctrlt,,

claquelc rne sn.ro '!/a,ôzl'ì'lrLÌ rm.iabiÌtzação apcrìas ocorrerá se o contrato dc

^befturâ de cródlfo s( f\tirìr"uí,

por denixìcirl, ou 1Ì()s teúnos colltÍtìllrals, por dccurso clo Pr1ìzo, oLl se esgotar Pcll llllllTrlç'ìi )

plent do "pldlonl" cle fitrancitmcnto para qne foi concccìdo, Iìo lÌÌomcÌÌto cl)) (ltr( i)

rÌìutuiiiio prcfend,ì c[cctuar Llln novo levanttrmrnto que' se concrehz'Ìdo c!]l l'lr\circunStâlcias e naquclcS mesmos moÌdcs, preSSuporii, então, Ì!m novo c()Ì1fL,ll() (ìc rll)( l llÌ f;ì

cÌc cródito.

- No prin-rciro caso estâremos, aPcnas, Pcrante uma reaÌidade (ltlc sr lllÌìllrl il

(rr)utrÌizaçãã cìc lcvant?ÌmclÌtos, oLr sciit, a uma renovlção tle [ntnciurento, nr I irr r lrrli ' r l' '

rn; smo codtrÌto c, po r isso, dentÍo do 'h/alond" cor\tt trr'à1rzado, a. p^sso cptc' r r rr :t 1'.r rr .l r

sc tÍatará, lllltcs c flo l1ìrós, dc unì uovo co1]trâlo, aÍìda que ctincr-etiziwcl ptì:r :rrrrl'l' '

Íc11ovâÇão clo tr.icilÌ.

- Diga se , diás, <1te , apcsar clo dcPoimento dx tcstemlu)Ììa inquìrida, n;rtìrul" ' '' " '

dc relcr,rurtc, pot consiclerirção, em concÍeto, às opcraçõcs cm causl' cìtìr' rr':rrlt'r r"'elltanto e fofma inqlrcstionárcl, ./J /lJ0r no domín1o cl(r con-rótcio ltancário, t],, itrr rì'r t, , ,1, ,

contrâtos fin^lìcianìcnio atlaïés de conrratos dc aberhrra cÌc cr-éclito cl]l c()rÌlil ( I )lli rìlinos tcrmos acitnl tefcricìos.

Por outro llclo e ao que aqtLi rclcva lllìportì,2rÍÌda, tcr col lLnha cÌc c"rrt:r 'lrr'' r

(lemonstraçio cÌos necessários prcssuPostos lc!!âis ilo rcclÌlso a rnctodoÌogirr itltcrrrrrtrr r

(ìttt/ittirid on nrrelìta), cabc à .\F, uma vez, qLlc nos termos das rcsras do t'rtrtls rl;r 1'r"rrrcrn sedc clc cìireito acln.ritustrativo tÍibì.tthrio, ontb, ki hrilot trye /e.t ltittrlfx)\ lL rl''t'rtl"tt't

dtt tudd.le ndtcial t. la cotteqrcnte oliìt.rìiule dc ìttutì,!çio e ìnl\li[ia ldJ lnÌt' /1i0 t\"/\ltt x'/'t

Tartìttkr ìucttnbittcì4 de !tatttr, faï PdiN fu qnem (llrcr qk rld, .ttttt en[talta de' pcld it\tot:rìlti/irl't'l'

.le/1Lt,/ie|||iaden/l/,hoì|ìt1ttcÍ,.'aatt'iltt,udtprotuffnatre/c|'Ltn/e\nij0J)ade1.(|tj.\|

.lrem Lln cld t.,/ìtvr anertìÌo , ó ì .\T quc cabe â obri.q.ìção "... dt fratu dt tuifìtlti'ìl th'

f)f|.|/40JÍ0Jh.Eli:(luctt1dtìtat)dLj.|ddiÍad|ã0'l|!,J,nddd,/cÍatL4|.t!.|ì|||(J,()'\ì|ì|Ltt... "pcrtcnccncl6, por contÍ1ìpiÌrtida, "... tto nltttittlttrdú apt't.tui/Ltr lr0tu ht\/t.ttÌlt la ìlqL,ìtìttttl,ttlt

l.) ttLla, qltdn.lo Y nattrtn tuifttaitt.t dlei lrcita?0.tÍ0\ ..."C)tt sejt c ao quc tqui nos inrpotta, a proÍa dc (lLÌc ,Ls oPcrlc')es !cltrctl( lrlllrls lìiìs

rrenciollâdâs .ìs.1c g), collsì.lbstiÌ1Ìciâran] no\'xs aberturâs ile crócÌrfo, I),rrlÌ. lÌsslrìì. lìr)(lr I

r4reltr l licltridaçir<) crì] ciltlsl, c,Ìl)(rrr)e ì -\l'; Isto Porqtt(, 1Ìos rcrrlos tÌo rt|t " l'" rLt

'IiìlseÌo, cnrão 'igc.te, o rÌlposfo cm ca.sl rnci<liri s.brc os confrlfos clc llrcrtrrrrt tlr

,.:ri,dito, cnr fLurÇão do fcsprctl\'o Íalor, sclldo (luc, pariÌ flus cfcitos, cr-, cnlcucÌ(Ìrr r orr r0

(:()rìfÍ^to dc abcrtura cìc crécìrto 'f. J d abiga;ìo Er,: dl.gultt tli\rm(' lff mú) rfu ìttt/rtrtttr'ttlrt

/)ih1j.|'|,tiÍaa//Ú|^}^eqrlndin,ìa'fJòneccrttaltrnfttxd,\.t/(|'id.|0nLt.\0/|0l, tt x/ìÌìant a hl^, qtler n0 e!ltun!!ìr0".

| /4 fY'tr'r)QLrd Jurs-' 17s

DtRE|ÍO FISCAL - OAIO| Fn^ (xir fiFãotv[)o8

- Ora, srúvo o clcvido rcspcit<t, cssfl provtÌ cntit klrgc tlr tcr.sido ÍcirrL.

- I)e facto os autos não relev?ún;

,/) os teÍmos e condições quc subjuzcrn l() cotÌtrittr) inicinl dc ,Lbertura de créditoe que, n1nguém, controverte nos âutos;

ár) desconhecendo-se, por isso e desde logo, se o mesmo foi feito, ou não, compíazo certo e, na afixrl'attv4 quaÌ esse prazo;

c/ em caso de ineístência de termo marcado para a vigência do referido contratqque, aJguma das partes o tenha demrnciado à outra antes das operações referidasna ditas alíneas do probatório.

- I)e outra balda, os autos revelam, ao que aqú nos importa;

d/ que aquelas referidas operações de uúzação de fi.urdos se contêm sempre dentodo 'Pkfond" de crédito acordado naquela referida abertura de créútã;

e/ que são escassos os dias que medeiam entre as novas utilizações de crédito e aÌiqúdação das âÍrteÍioÍmente utilizadas o que se conforma com a alegada demeras renovações de financiamento ao invés de verdaderras ren&acõescontratuais.

. - On, sendo assìm, o que, na pior das hipóteses para o recoÍrente, se pode conclúró cltre não está demonstrado que as operações referidas nas s. fl e g) do probatóriqcortcspondam, efectivamente, a verdadeiros e diferentes contÍatos de aberturtde créúto.tal como foi entendido pela decisão recordda 0), pelo que, sempre e por força do regimeplasmado no art." 121.' do revogado CPT, então vigente, o acto tributáÍio impugnadì sernìpoüâ ser anulado.

- E, a nosso modo de ver, não constinri obstáculo ao que se vem de referir, o apeloro art." 1." /7 do CISelq na linha do sustentado no douto paÍecer do EÀ{N,{p, ,r-u.,r.iqresc ó certo que o mesmo faztz cai na tegra de incidência objectiva do tributo em causat()(los os actos, contratos, documentos, tínrlos, livros, papéis e outros factos, não deìxava,contrdo de ÍemeteÍ, na respectiva delimitaçãq para a TGISelo, que, ao que aqü releva erÌ() que conceme às abeÍtuÍas de crédito, dispunha nos supra citados termos.

- E, a ser assim, como se juÌga deveÍ seL então fica, como se começou por refedr,prcjudrcada a apreciação da segunda questão elencada e relativa aos reqúsitoi de forma(l()s contratos de abertura de crédito, enquanto formaÌidade ,,ad vtbstantìan,,, vnavez qtese rrão demonstÍa a ocorrência clo contrato pressuposto (abertura fu mün),por referênciasìs cÌrras oDeracões em causa.

1:) Senr embargo de não deixar de teferir, em termos que se não alcançam que 'O que hane foran|,.v I til o.t .fònrecìme ktai de;fitndo.r pela infagnantx, .tftii reetubabo dos moúantes antiiornerle foneàdos, aattl)riro la merm, wúlrat, ìnìcìalnenre rlehralo" <r c}rc, a nosso modo de ver se adequa mars xo concertoLlc"nnortçãader\mnianella.r"rvrirrnlritlrl,rrncqnr,,rr,rrtr,rrodoqueaoderenàvaçãocontratualderl't.r't rrla cìc ctóclil<,.

| /o .opyrohr O Oud Jua.? -.óci.dãdo ôd rob .õovdoh( f) (ì'[íl.lrrl.f ri.l.Í.r1..Ínr]r

ACOtìDAO DO SUPFEI,O TFtUUNAt Al)MtNtA | | rA I tVO

- DECLSÃO --Nestes tetmos acoÍdam, os júzes dâ secção de contencioso tributárìo do T(lr\Sul,

em c\rLuderpr\uinerl, ao recursq revogar a decisão ÍecorÍida e, em substituição, c1n,//44../r

prlcedente ^

prcsente impugnação, assim se determinando a anulação do acto tnbutário cìc

liqúdação impugnado, na medida ern que foi sindicado.

Sem custas.

09À,{,{R10

Lucas MartinsPereira Gameiro-[osé Correia

Acórdão do Supremo Tfibunal Administrativo (')

de 2AIU2O09

. Dupla Tributação . IRC . Retenção na Fonte . Aplicação RetÍoactiva . EÍÍoImputável aos Serviços . Juros Indemnüatórios . Princípio da Proporcionalidade. Princípio da Igualdade . Princípio daJustiça

I - Quando, por força de uma convenção destinada a eliminar a dupla tributação, a

competência para a tributação dos rendimentos auferidos por uma entidade quc niiotenha a sede nem direcção efectiva em territórìo português e aí não possua estabelecimcntoestável ao qual os rendimentos seiâÍn imputáveis não seja atribúda ao Estado da fonte ouo seja apenas de forma limitada, não existe obrigação de retenção na fonte cle IlìO (rrt,"90.'--4., n.' 1, do CIRC, na redacção dada pela Leì n." 67 -A/2007, de 31 de Dczcrnltlo),

II - Os beneficiários dos rendimentos devem fazer ptova perante a entidaclc quc rcencontra obrigada a efectuar a retenção na fonte, até ao teÍmo do prazo estabelccirkr ;lrttrta entrega do imposto que deveria ter sido deduzido (n.'2 do mesmo artigo).

III - Quando tal pÍova não seja efectuada, o substituto tributáÍio que não tcttltrefectuado a retenção frca desobdgado da entrega do imposto que deveda ter sido cìcduirirkr

desde que comprove com o documento a que se refere o n.' 2 do mesmo ardgo a verificaçãodos pressupostos para a dispensa total ou parcial de retenção.

ry - Este regime é de aplicação retroacdv4 por força do disposto no n.o 4 do scu

art.' 48.' da Lei n.' 67-l'/2007.V - Esta norm4 âo determinar a apllcaçáo Íetroactiva do regrme que se prcvô

expressamente no n." 4 do att.' 90."-4, constitui um reconhecimento explícito de que era

ilegal a imputação de responsabiÌidade ao substituto tributádo quando comprovasse a

verifrcação dos pÍessupostos paÍa a dispensa totâl ou parcial de retenção.

\rI - Em situações em que foi efectuada uma Ììqúdação em momento que já se sabe

que não se verifica o facto tributário que lhe está subjacente, está-se peÍante um actoilegal, à face dos princípios da justiça, da proporcionalidade e da igualdade na repattiçiÍode encargos públicos, cuja observância é imposta à Âdministração Tributária pelo art."

t'r /z rr'"w"wdgsi.pt, Processo: 0477 /09. Relator: Jorge de Sousa.

"ôpy'roh o qrd JoÍr.? .o.ôd.dô ôdllôÌ. 179

lrllll llÍìllli(:^l (r^trr". t'||^|'.rLì ttt ,'rtV !)1,

'ì:ì"(li'1.(illtlrrcs;r,r'orol;irr.tIrsPlrrrrrlrr,,r,rl.rtrr..rrr,,r,,l,rrrr.rr':srrlrrtìectl;rir,,rulclrrtlc,l'(rìr.r(,rtÌtc lf(rìütì(l;t(l()stì()slrÍt. 13."r'lll",rr".Ì, (lrì ( lÌlìr'irrsrl0s no ltrrncí1tio c|rl \t,rrl() (lc l)rlcilo rk rnoclihco.

Vll - Scrrdo rìsslrÌÌ, (ìcver1l cntco(lcr sr (luc () crÌÌ) rlc tlrLc crrfcrma t liqtriclaçiiorr r rlrrrlrrrtlir ó rorpuf/n cl aos scrviços, para cfeitos no clisp()sto rìo art." +3.o, n.o 1, da I_G'j,I'r ì, , ,lrrc si, , qlç1jdoi lrrro: r:rtlemnizatónos.

\r ,,r'rlurn na Secção do Contencioso 'Iribut/Ldo do Supremo Tribrural -\clmrnistratir.o:| \ ..., LD-\, impugnou no Tribunaì .\dministratr.o e Fiscal de .\lmacìa una

I r, ;r rr r l;rr ;r, tìc I ÌìC reÌatìva ao a-Iro clc 2003 e juros compensatririos.

\,1rrcle 'lrilrunal iulgou a rrnpugnação ìmprocedente.lr rr .rr foruracla, a Impulpaltc intcrpôs o prcsentc recurso paÍa este Suprcmo 'l'ÍibÌrnal

\,lrììr,l|..lr;rrrvr), ?rprcscntando iúceações com âs segÌuntcs concÌusões:\) \ ( l( )u I;! serìtctlçâ rccorridl piÌdecc dc vício de viol,rção cle lei sultstiuttiva, conformc

, r1'l,rrr.rrl,r rì() PrescDte rccurso, lìA mcclida crn quc proccclcu à erradt nplicação cr

' rr t l, | ( r,r( iì( ) tlas normas constartcs dos artugos 90." c 90."--.\ do CllìC.

ll) l s noÍrÌlxs, dc act-rrdo com a íttelpr€tação cpre dclas fcz o Nlentíssimo.Júz a,

1rr, ,. r r, ,l:r rr r o rìrsposto nos arheps 9.o e 38.' da LGI 8.", 20." c 103.", n.. 2 da CRp, 7." das

( { Jrr\ ( rì(,i)cs cclcbradas entrc PortugaÌ e o Reilìo LÌnìdo, a França c I'ìspanha para lìvitat.r I )rr1rì;r'lirbLrtacão lntcrnacional.

( .) \s corrvcnçclcs cm apreco, enquanto Ttatados cle Dìrcito Tlìternaciorìal, viqorrún(llrr( tiìrÌ)cnfc rÌa ordcÍì irìtcrna lÌ)rtugucsa ap(is ?r sua pubÌicacão ohcial, pelo que, o| .t;rtl r lÌrrtuppôs (in casu, a .\dmrnistração Tributária) não pode derrogar a aplicaçio deÌr ì ì;r Ír()rììa cÌc dìreif<l intcrnacrolìal, com fundurmento cI-rÌ norrÌÌas cle direito interno.

l)) lxn l)rreito lriscal prer.aìccc o princípio da substâlcia soìrre a forma, o qualrrrrpirc ;r prcvaìôncra cla substância, ou seja, a vcriÍrcação inccprivoca dos prcssupostes dcrlrlrcrr;ìo clas fcspechvas cor'ì\.ençòcs, sobre t forma, ou seja, sobre o modo c o tempo em,lrr r,:. t t ltifìcrrlos qÌrc colrÌprovam essa facnralicladc Éoram cmitidos e cxibidos, arnda(lr( rìc\lstctìfc rÌté 1 de,\gosto de 2003.

l.) I thntt \uttutt rc.ü'ti.l'r ignuort o dìqto;Ía rn tr.'1lo trigo18.'duIzì n,'67..1/2007.,lr I I tlt l trl,thrn. qrt lennttìna a a\\lìttpão turodt/ìtu du rttlucsão ltttrorlulìtla pe/tt referiiu kì do,,. t ,h ,utì!! ,()." lo (.llRC, (lxc pdl.ilx a lìçor qrc a 4nnu da retìtlên,id dot bueJìtiúiot dolt t,lttrr'trhtt futlt tnr feì/,t ttt qttlqrcr unmenkt.

I r'lrrrrrlrtlnr não andou llcm o tdbunal a quo, saÌvo mclìror opinião, nl apÌicação dosl)rrrì( rlìr{)s tìc rhrcito

'rÌtefiìaciotÌ,ìÌ, dcsigrradamentc os püncípios da uão cüscrimir-ração c

,l.r Irl'crrl:rcle rle cstaÌtclccimcnto, prcvistos no Ttatado cìa Cornunìdaclc F,uropeìzr.( iJ ( ) túl)rnìid u tlrto ptocedeu à aphcaçiio clc norma (artigo 90.., n." 5 cìo CIRO), qut,

,|rrrrrrrrrrrrrlrr cL tl,rarro para clois anos o pr^zo para solicittr o rccmboÌso do rnpostor, tr, h ', , , ,ìrclc conr o direrto tic acesso à justrça triltután^, çrretisto no artrgo 9." da L(ì f, c. rrrrì,r. r'.nr () (Ì,sl)ost() rì() lÍtieo 2(ì." cla (ìÌìP, scndo por isso, ll.ìcollsinÌcior'ìtÌ.

^r I Í ll )^l ) I x ) iìl,l'lll M( ) | llllrl ll l^l /\l ri4ll ll" | | l/\l lvr I

ll) (irrrlorrrr rltrttt, eorrsttlc ratttl, tItr',, Ir,r2,,,I r , r r I r r , r t i ; r t I r ' '

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r r r t I I t r; '

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' ' r '|r'(lLl,Ìlr()iì,ì()s,(lt,ìct)r(lr)cr)tìr()PÍilìc(liotlirlc1',rrlrtllrtlt rrrlrtrIrIrtr'tits(l l;ìtÌllìilììtì( (lllilllrI

iftì()s (c()lìì(),Ltú iÌqu, () prâ7() para rcelÌlxrls<I tlr ltÌl)r )st1' r('tl(|t ' erìì ( \c(ss{), s()lr pt rrrr tL

vroÌrçivr do ?Ìccsso iì iustlçal) (ìom efeito, blsta <1ue a -\tlministração lriscal al3rardc Pclo (lccurs() tLr Ir':rz" 'L

cìois ruros fixaclo Ita florma em aprcço] paÍa quc o seu acto cìc liquiclação clc unPrrsto st

torne uìsindic/ìvel, o que não se Podc conceder.

.f) .\ douta scntcnça recorridiì não retirou qualqucr consequêltcia lcg,aÌ dr Iìlta tL

regulamentação clo art.' 5.' do artigo 90' do (lÌRC, aPcsar de o próPrio nutoÍ (l() ;ì( l( )

rccorrido assumit quc taÌ clisposição só sc podcria aplicar aos factos tdhutri ri()s ( x ( )Ífrrl, )s

,Ì partir dc 01. /{18/2003.l.] ,\ fonr-ra ccg^ como a rcfcrìdir norma íoi aplicada pclo trillural a tltlo cotttltrz 'r

!Ìm vazìo lcqisÌativo, cujts consequências cuÌminilm nÀ limit^ção dc urn dtrcrl.iurteriorme.tò cr'stituído 'r esfcíir iurídica do suierto p^ssivo, por incr.u'prinrcrrt,' t1

rur-r rccltúsito clc fonììa, ine\istentc nâ ordcrn juríchca e, ncssa mcdida, ille6c,Ìz rcÌiìlt!iltìì( rÌlr

à orâ lì,ccoírenle.L) Por firn, a ont lìecorrente requer a submissão cias qucstôes consttrlrrs (l( )s ir I lrl. '

76." e 77." clo presetlte rccllrso ao Tribr.rnal clc.lustrç4, Por c!ìtendct qrLc ^

rÌìl( rl)rrlil(,'rr)

rlas normas do Trataclo ó fiurdamcntal para a lxra decisiio da causit.

\! Conchu, pcdir-rdo I revogação dâ dout^ sentcnça recoldda c, consc(gìr!ìl( rrì( rrl('

a ^mrÌaçiio

rkrs zrctos de liquidação de imposto c luros, tìo m(ntantc dc€ I3(ìl)')ÌI|)lì ''guc clctcrmìnará a cÌcvoÌuçiio do rcfcritkr molÌf^nte iì ora lìccoÍÍente, âcrcsri(l '

(lr' lrrrr '

iirdemnizntórios, c^lcuÌaclos nos tcrmos clo disposto no artrqo 53.'clt Ì,(ì'l'

'I c rmos cn-r q.rc devc rii scr cotlcedicÌ() Pr()viment() ao Prcsentc fccurs( ), c( ) fl I l.{ l'lr' 'r'

consequências lcgâ1s.

N iio f<rram apÍcsentadiÌs contra-alcgtções() Excclentíssimo Procurackrr-GcraÌ -\djr.ulto crnitirr cìÔuto parecer lÌ()s scl"rrrrìl(

tcÍmos:.\lcg^ rÌ tccoÍrclÌte qlrc a scÍìtençiÌ rectlrdda pircìecc clc vicb de 1,lrllaçiìrr tlrt lr r

substiurtiva nir meditla etÌ'ì quc Procedeu à etrirda tutcrprcttção c apÌicaçito (l^s tì()Írrr'ì:

cí)nstilrÌtcs clos art.' t)0." c1)0."-,\ do (llRC.

(.lnrklun le dcftnde qlr tti.t ttot-ridt.lt ítL'u ì0 Lom d iuÍerynhL'ãtt t1tr deltt lt1,o'l rìluu'tl 't11m ioLw t rlitpoto not dr/\ar 9." t J8.'rla LGI-,8.',20." t l0).". rt." 2lt ( itttrtìtttr;'írt 'l'tfu7'ih|ì.u.7-'rú ()tttrcntõer rvlebrdd^ e tc Porul4tl e o lleina (túd0,4 liun t llfrnltt 1'tr'tt)ttttr u D aph 'liìbntuçiio Inrcrnaì\ua1.

lltú ahg rlue u.tutnritl ìeiarrì(Ll ìqnn)t o d)tpaio ru n.'1 la ntìto 1t'' th I i u'" /'7 l//2a07.tte}1t|cDt1n|nl',1tt,.h,tt'].///ìnd,lf1/i|]i,j0|'.t]0d|Iì||]ddtuldqì0ìnI|lcìtlau.',1la,trtlptl|n)','tltlt|tj(.'|ln|f11\|0//|Ìlì.f|)r.1xclprourhrerìlc'utidftnll//Jt,tÌh.t foth ttr ftìl't rt't 1tr.t/,1rn t ttrttttr u/rt.

ìo !qry rh (r) (ì'rlJtrÍ\ ItÌ I

Dtlìt tt( ) |t;(]^t l,^,tr, t. ^'tr

Li r,r,tvlt!f,

ll,I lrrì,;t rr((,rrc||l( rc(lrtrt;l sltlntì|,,,t,, (1,r,.,l r,,t,,r . ,,, ,t.||ìt(., rlì5 il llï,s7(,..'c//" rlr pltscntr'Írrlrr-s() iì{)'lirlrrrrrll tl lrr:trrrr, 1r.r (,rtr.rrhr (lrr.r trìl(.rl)fctiçã() (l1stt,,r'ttr;rs t|o'IIrItil(|() | tìrrrtlanrclrtal l)lfl ir lìr),t r|r.r rs,ro rl.r r,rrl..r

I l';rsscrrros ì lrr;iÌisc ch prirneir.iì qltcsliìr) sus(,t;r(1,t.\Íirïrra st rìos quc, ncstap,rÍfcriÍ((Ur\,,Il.L,' ìììrrcrLf,ilìfr'\'Lììì(nt().\ rI t isiro recorricìa cntcnclcu quc pâra Ììiìvcr aplicação dt taxa previstir nas Convenções

,ìr' I rrrpìa'l lrÌrutação ((ìD'l), é nccess/rrio clue o lteneficìário tenha comprovirclo, icmpcsti-r.rnr|rrtc, junto tÌa cntidadc n?ìciorrâl devedora dos rcndimcntos, a rcsidônciâ em estâdo( , ,rìtfir(rÌlc llo ÍÌlomcÍìto cm quc ocorreu o facto constltutivo da obrigação d€ imposto,..r r rr l, , tprrc cssir provít rcsuÌtava clc expressa cxigôncra introcluzida pela Lei f 32-B /2002rli ìr) l l, lìrÌ r'cclacção do

^tt."9O.",n."2,3c4cloCIRC.\r ' ( irs( ) (ìí)s autos os pagamcntos efcctuados pcla rccorrentc refcrcm-sc a prestaçõres

,L.r'rrrr'r,scfìcnradasporeütidâdesnãoresidcrìtescomdomicílioÍìscaìcmpaíscscom, , . ,

1r r, rrr I Ì r r tuuirl celcbrou convcnçõcs para evitar a dupla trìbutação Fì,sp anha, Reino

Irrr,l,,r \lcrrunìra-\ r( ( r)rÍcrìf! aprcseDtoìl documc tos cornprovativos dzr rcsiclôncia fiscal clas cmprcsas

I'r rrr'lrr r.ur;rs, tììas em momcnto postcrior ao dcterminado pelo art." 90.", n." -1 do CIIì.C.\ir ,ri' r( frÌ)() rLr prazct estabelccido prra cntrcga do imposto, sob pcna da cntidade que

I'r,,,rrll,r,rIrrtlrncntoseÍobngadaefcctuaraÍetcnçãonafontepcÌatotalidâdedoimpostorllr rr|, rr trrra normal - facto que dcterminou quer por inobserr.ância dessa imposiçãolr r'.r1. ,r rt lì dila proviÌ não fosse considerada.

\s Íclc riclas Convenções para [ivitar a Dupla Tribut^ção não cstab€lccem normaslì r' '(

(.ssr rius ( )u pÍôccdirnentais para a comp rovação dos prcssupostos lcg,Ìis da sua âplicâção, rlt rlLrc tlcpencle a cxclusão de incrcÌôncia do imposto.

trl;rs os normaúvos dos art."'4.'c seÉ+utÌtes das (ìonvcnçõcs prcvêcm uma séric der( (l rsrl()s (lue hão-dc ser comprovados pelos Estados colìtratantes.

licsult;utdo dos mesmos quc é ao F,staclo contratatìte que incumbc verificar e conchúr,,, ,,lrcntfìci/rdo da exclusão de inciclôncia cìe imposto provou ou não cstarcm condiçôes,1, lrlnctìcitr da aplicação cla CDT.

\ssrrr não estabeÌeccndo a CDT íormaÌidacles para comprovação dos seuslì r ( ssì ì)( )sf( )s da srÌa aplicação, é ao cstaclo intemo que competirá dcfinir essas moclalicladcs,,lr tllrrrrnarrclo os meios dc verificaçãcl dos rnesmos, conquanto que não viole o espírìtor l;r r irrrlcnção.

lrrprocedc pois a argumentação dâ ÍecoÍÍente no sentido de que a decisão rccorrida\ r, ,l,r ( )s frlridos rntemacionais assinaclos por lÌ)rtugiìl e, em consecprência, o art.o 8.ô elr rì . rì." I da (ìnstinlção da Rcpública.

ì \ sct-urda da guestão obiccto do rccurso consistc em salrcr sc a scntcnça rccorndar r,,l,,rr o rLslrosto no |r.o .1 clo arrigo 4Í1." cla I-ei r.r." 67.. _\/2007, de 31 de l)ezembro.

\l( q.r ì Ícç()íÍenic que n citaclÌ norma, (1ue prcvê <( ) afastamcnto d^ rcsponsâbiÌid,r(lcI' r r r r: t;r rro n." -tr cÌo arhgo 9(ì." e no n." ír do arti!Ìo 90.,,--\ clo (ìódigo clo IRC, na rcdacção

^r I )lil)^( ) lÍ ) r;lll'ltl M( | | llllrl rl l^r Al rllll ll lllAl lvU

,lrrr. lttcs l, rr tlrrrl;r PIl;r Prcst ntt lcr, rl ir|ìrr irr r'l .r,.,rlU,!,,t,,llìl(r.lr)lc.,l.rtllail(lil rtìì !'l',r,1 rl.l

rncs|r,t. irrtlcPclìck.,ìtclìl(.'ìfc (lf 1i,r rr.r strl,, r.lr.rtrrrrrl,r ,r lr,lrrrrlar'rro rl{) llìÌl)('slo, (\(tlìto

.N'r,r.kt t,.,rh,r lrar.rrkr lugar ao paganìerÌt() (ì(Ì lll)()st{} ( rìir()fslf!rl)crì(lctìlr'rfflillÌlil(rl,).rrcrrfso lÌicfárqrrico ()u Ínpuqrìitção), for rtrror;rtlit pcla sclÌlc11çit fcc()ÍddrÌ, l)( sc ct trìr rt,t , ,

irrticr.LlacÌo ..rp"r..e,ticrtt" aPrescntado Pclir rrrrPì.Lgrltntc clìì 2+/o+/2oo8

\fi.r.5tra sc-rtos (ltle. ncst;t PâÍrc, o Íe(uÍsr, IneÍ(ce píi'\'imc'ìÍ'!Na verclaclc resuÌta tlo art.' 90."-:\, n." 5 clr CIR(ì quc <scn prcluizo tkI clis|ost' ' rr' '

rìúmero sce1.tlnte, quiÌndo não scia efecnrada a Píola iìté ao tcrrÌo d() PÍ^7{) cstalrtlcr rtl"

para a entrega cÌo in'ÌPosto, c, llcm tssin-r, nos casos Ptevistos lìo-s l'ì '' 3 c sc.qll,tìlrs (l(l

artigo 1-1.", 6ca o suÌrstinrto trillutário oÌrrigado a cntrcg^Í a totaÌidadc (k) rnìl)()sl() (ltrr

cle\.criâ tct sido decìr.rzido nos tcrmos rìa ler>.

Iì cüspôe o n." (r cìo meslno nonnatilo que <sem prejuízo da responsabiÌid;ttlt t(ÌrItr';r

orcìcnacirtnaÌ, t responsabilidaclc estabclccidano uúmcro anterìorPodc scI lf?ìstltl;t st rrrlrt'r'

queosultstrrutotriitutáriocompÍo'ccomodocluÌÌentoaquescÍefeÍcon."2(l()l),(r'(IÌl{'artigo e os n."' 3 c sesluntcs do arhgo 1+ ', conso,Ìnte o caso, a vcri[cação d()s Pr(sslrlÌ )\lr )s

para a dr.pcrtsa lôlnl otr P.rrctitl de rctencã',-

Succclc quc o rcfenrìo att." '[8.o dir Lei n." 67--\/2007, dc 31 de Dezer'ìl)rí) vrrr i ( \t( rr

clcr às srnraçócs,ultcriorcs iì e'tracìa em vigor cla mcsm^, inclcpcnclcnfcntcrttt tlt lrr tr r

sido efectuatla a liqtrìdação do imposto, o af^stâmcrìto tla responsabiÌitlrttlr lì( \ r:t'r ir.n." .1 do artìgo 90." c no n.o 6 clo artìgo ()0 "--\ do ( Ìiciigo do IRC'

Só cxcepnrantkr aqucle rcsmc tlc afirstamcnto clc rcsponstbilidacìc iìs stltt'tr ' 'r" r'rrr

que tenht haviclo Ìugnr ao pâqarnelìto cìo rmpostcl e não estcia Pcllde'Ìlr r((ì'rrììilt r.recutso hicrárqúco ou impugnação.

Ora no citso stll) judicc rcsulta ProÍado queo imposttl foi pago em lo (ì(r'-lll(tt r ' rlttr

o acto foiobiccto dc iúlPugnação em 39.0tÌ.20(Xr (ct probatrino afls 71 a73) c tlttt ttrrlttt|

iìalìtc irúrtouiÌos aì.rtrls iete ccrriírcacìos cle resicìôncia fiscal emiddos t'to turtl d( :o(ìì l)( l r '

autoddadcs fiscais clos rcsPtctivos Paises reliìtl\'os às sociedlclcs bcneúctinas rl'r' rlrr

dìmcntos.'furtrt basta para quc se possa ctlnclttir quc sc vcrificam os PressllPost( )s lìcc( ss'ì | rl )r'

paÍa ^plicaçio

clo rcferitl<, norurati\'o, do quaÌ resulta o aítsttmcnto da rcsponsalrrlrl;t'Ijuúclici-rtìbutÁna efil que asscnta\râ ir lcgalicìacìe da liclurdtção sindicadll

Pnrccder;'r, pois, ncsta partc, a ?Ìíg-ulìcntaçiiÔ da rccorrcntc' o quc implicarii a ;rlìrrlrtç;ì' 'clo tcto tdbutririo inrpugnado.

Sem quc haja lugar ir pagatncnto de iuros itldcmnizatórios pois t;uc ;t licltritLlçÌ" rr'ro

foi cÌeterr[n{clir por crrach aplicaçiio da lei orL crro imputltl'r:l ,Ìos Scrvlços, s( lÌ(l() ir \tr;l

ilegaliclacle dccorreltte dt altcrilção ìcgislatira supervcmeDte'

Iìicurdo famlrótn plclrttÌicrtcla t qücsrão (ìl) rcclÌ\1o(lorrr cfeito o rtrl." li | " tì.-lì;rlrLdo (ìtì rrlrpõc rLos tÍil)ulÌ^ls slrl)rcrìì()s Ll()s Irr'lx(l('s

\lcnrbr.os11uc,",.,,11,1111 ,1,,'l l( llr('ì)l)rc(lLlcsep()rÌlìiÌLrlììrÌ(lttestì{)(lfilÌtel)r(t;ì(.rlrì.llcÌc,rPtccr,tçi,,,tc rtrlr,l;rrl, ,ì, ltl.r'(lìl,llì;l(ì()s(l;lslÌÌslittliçõcsc(nììLìlÌltrilr;rs'ctr!tr'tsolrrr:r"se1;t rtc,r t:'s.irt:t ,r, , Ir rh' rr r r, rr l" ' I r ' rrr".I

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()r'rr Lorrro rinlrrrrlìsto, crrr fìr.c rlrr .rIlrr,rrrr,, rl,,,rrt llì'rl;r LL.t l..'(fl \/lí)()7.;ì(lu(slir()(l,tl)lfl)rftitçiú)(lxslì()rnlxs(l()tfrtt;l(lírrlit Ll rr.lr.rrrl;rsrrr,;rlt.,'7-l.,,clasaìrgacôr,s,1. r'r'r'rrrs,r (tìs. I l5), dcixa Lìc ser pctfÍrÌcrÌlr.

\l,ls. liì() L sc(1lcr lÌcccssária prÌra () jLrlg:lrÌÌcnto (1,Ì caüsâ.\ (slcs tcÍrÌìos cm que Somos de parccct que o rccurso dc!c se r jul!!âdo p,ircinÌmcntc

lrr',,(((l(rtc, âoLÌÌaÍÌdo se a Ìiquidação sincÌicada.\s pertcs folun notifìcaclas deste doufo pareccr e nada vierarì dizcr.

2 - Nâ sentclìca Íecorída deu sc como ^ssente

a scgrlnte matéda dc facto:I Ilr.r 20/01/2005, foi cmiticìo um certificado de rcsrcÌência da sociedâdc ts ...

conlpro\.?ndo a stra rcsidência nâ r\lemanlÌa nos ?utos de 2()02, 2003, 100;l tf005 (cfr. doc. jurto a fls. 3-+ dos âutos);

I Ì.nr 13/0.t/2005, foL cn-ritrdo um certilìc^do de rcsiciôncia cla socieilaclc C ...r{ )rnpro\.iuÌdo a sua rcsidência na ,\Ìcn-ranha nos iLnos cÌe 2003 c 200.1 (cfr. doc.lrìnfo â fls.35 ckrs autos);

I I rìì 06/05/2005, fìri cnritido um ccrtiÊcado de resiclôncin cla socicdlclc I) .. .

( ( )mprovando a sua resiclôncia no Rcuro l lnicÌo tÌos anos de 2r-X)1 a 2003 (cfr.tloc. julto a fìs.3ír dos rutos);

I lirn 21/03/2005, for cmirrclo urn cer-trÊrcacìo dc rcsidôncia cla entrdaclc IÌ ...( ofiìpro\:ando x sua residôncia Íìo RcÍÌo LÌnido (cfr. doc. jurto a fls. 37 e 3{ì(l()s âuos);

; l:.n 21 /O9 /2005. o À tocl.121ÌF'I, rclâfi! iLmentc à cntidlclc lÌ ... comprovanclcr;r sua rcsrdêncil no lìeino L inicÌo e ao pag.flenfo dâ qrÌ^rìt(,r de € 15.13í;,00 em3l / 12/2003 pela xnpugn?tnrc (cfr. doc. junto a fìs. 39 c -10 cìos autos;;

6. Ih í15/01/20í15, foi cr.r.riticlo um certificado de rcsidôncia cla socieclaclc F...c.)rnprovtuìdo a sun residêncìa na,\ÌemanÌra (cfì. cloc. jrurto a fls. 41 dos âufos);

7. l.rn 0,9/t).:t/1005, foi crrìtrdo um ccÍhEciÌ(lo clc rcsirjôncia da sociccÌade (ì ...S-\ corrpror.alcìo a sua rrsiclôncie em Ì,lspanÌra (c fr. tìoc. jtrnto e fìs. -12 dosxLrfos);

lì. Irn 15/03/2tJ05, foi er.r.riticlo rú]ì certiícado de rcsiclôncia cÌa sociecladc I L . .

c(nÌprolrndo a sua rcsiclência na.\Ìematrha nos anos dc 2íXl3 (cfr. c1oc. jur.rtol fìs. -13 dos autos);

(). Ìrrì ()-+/()+/f006, l'oi cÌaltora ìo o RclÀt(ino lìnal cla Ìnspcccào llÌrutl,rrìa, clcr

qual consfxj tìo qì-lc rcspeitrÌ à irnpugiação objecto clos presentcs xutos quc osI)rÌgi!Ìcntos cfectuaclos as enticladcs não rcsidentcs crl pornreal, deveria, paraÌrcncFrciar as tlxas rccÌuziclas inchcadas oas C.xÌ\.ença)cs, ter siclo acompanúadcrrìc rLm forrIulário clc rlodeÌo rpropnado clcr.icÌanentc ccrtiÊcado pcÌas autori,:ìtcÌcs triltuthrias corÌlpctcntcs até âo fcrmo do prazo esfal)cÌccido para entrc.qâclí) lolposto o que rrão aconfece no caso cor-rcrefo, peÌo quc afasta a possiÌtiÌidacÌerlc ecctonal a (lolì\'erÌção pàra e\.it^r a dupla triÌ)utacio (cfr. doc. junto a fls. 50rt Illl rìoprrrccsso ÌnsfrÌrtL'f ìLtìf', r,rs,1qt'rs, tujn teor,rgrll \c cìápor1ntculaÌÌììL.rl lr r rlì rr )( lr r,/r111)).

tr^r

r)lrl)^() Lx)iìL,l'lll Mr) lllllrlrllA AlrÀIlÌll ,lllAllvl)

10. Iiìì 27/1)l/lll(l(r, iiri cfectrrarla it I r r I r r r t I r r r, r r , , , t , I r , r , , r r ; r I rr." l(l(l(, r) lB(ri. (l( \ rtl;!

por refcrlçõcs nÌ tbnte.ìc llì(i, scnc|, () rììlì()sli) rrìÌ tillll rÌo rÌì()rìt;r'ìl( 1,|l)l)irl

cle € 1.30t-).921,08 (c1ì. cloc- junto a fls. llL tLo PÍoccssl) i1ìsfftrlof ltrrÌlr) il():,

xutos);

11. À liçridação identìhcacla no porÌto ântenoi for paga pela ìmprLgrìiÌrìtc crrÌ ll)//ú/2006 (cfì. doc. junto a t-ls. 123 do processo instrutor juìto

^os iÌut()s).

3 - Con-ro tesulta da rlatótia clc Éacto Êxada, a Àúninistração 'lriìrttt/tril tntcrrtlL Lr

quc, plrl btncÊciar das taxas rccluziclas previstas nas Convcnções sobre Dupla'l rll)tllit(, ìr ).

x Ìmpu€Fa11te devcúx tcr fcito aconlp^tìlìaÍ os ptrgâmentos a enticÌacÌcs nìo rust(l( lìtcs rrì ì

Portu€lal (residentes na '\lcmanlì?r,

no Reino Llnido c na F,spanÌra) clc um Êornrtrlálo tìc

moclclo apropriado dcvidrncnte celtificado pclas autoddades tlbutárias até ^o

fcfrìì() (l( )

plazo estabeÌecrclo para erltrega do rmposto, o quc não aconteceu, Pelo que ó dc lÌfrlsl,ìÍ it

possibilìdade dc accionlr ir (ionvenção ptra evitar a dupÌa tributação.

Na sccluôncia desse entelÌ(ümcnto, i . \dlrir-tistração '-fnbut/LriiÌ efectuou rün^ Ii(It||(LIr; ìi ,

adicìonaÌ rclativa r retenções na fontc clc TRC.

Nr sentença r'ecortida, concordou se com a Posìção lssrúlì1da pela \tltrlttlrsltrtr,t.'Iribut/Lr:ia, Êiuendo-se apìicação clo disPosto 1Ìos tt.'" 2,t 1do art." 90." cìo (.llìt , rr,r

reclàcção vigcrÌtc em 2003 (introduzicìa pela Ler t" 32 B/2002, cle 30 dc L)r'ztrrrl,r,,1

cstabeÌecla1ìl o sc.qulntc:

2 - Não cxistc arncla obrigação dc cfcchtar a Íetenção na fonte de IIì(., tr. l, ,rl. ' ' 'rrcm parte, consoalìtc os casos, reÌ?ÌtiviìmcnÍc aos rendimentos rc[cridos no tt." I rl,, ,rrtrr" '

{ìlì.', quar-rdo os sLricitos passivos benefictctt dc isenção tottü ou ParcliìÌ ou, l)( )r' l, ,r(, | , ìr

rnÌÌa con\rcnção clcstinada a cÌin-rtnar a dÌÌpla ttibutação celebrada poI- lÌ,rlrrr',r1. ,r

con-rpctôncia para a tributâção dos rcndÍnentos aufcr-tclos pot urn rcsiclcrrk' tlo orrir,'F,strdo contr^tlrìtc não scja atribuídr ao F-stado da fonfc or'r o scja lPcnâs (l( l()rrrr,l

lrn-ritacÌa.

3 Nas situnçõcs referìdas no nínìero ürteÍìor, os beoeFrcìárìos clos rcndirrrlrrl,,cìcvcni fazer prova pcrantc a entidade que sc cncoÌìtÍa obigaLla a efectuar ,Ì rcrcrìç rr, rr'l

fontc, cla r.enhcação dos prcssupostos ìcgars dc que clepende a iscnção ou dos qrrc tcstrìl( r ì ì

dc convenção destinacÌa a climurlr a dupÌ^ tributâção, consistinclo neste uÌtino cls(). rìiÌ

irprescnfação rle um formuÌárur cle modeÌo a aprorarpor despacho clo N[rnistro cìns Iiinrltrçils

certrficaclo pelas aìJtorìdadcs cornpetentes do rcspcctir'-o F,stado clc residênciâ.

.1 * (]uando não seì,Ì efectlr,Ìda x Prova iÌté ao teÍnÌo do prazo cstaÌrclecitlo |,tlrt ,r

clìtrcs?Ì do imposto, 6ca o subshnrto tributririo obrigado a cntl cgar a fot,ìLda(lc (k ) Lrnl)( )s t( )

quc cleveria tel srcÌo clccluzido nos termos ch ler.

F,ntendcrr sc na sentença rccorrida, em s!úÌÌâ, na cstciía de iurisp nttìirtr: irr tlcstt

Supremo TriÌlural . \ clministtatrvo quc, não tendo a lmpugnirnte fctto a plotit cxil',irlrt

peìo refcricìo n-" 3 até ao termo clo p razo estatbeÌcciLìo pâra entregt clo impostr I it 1l r-r rlrt tlrt

r.rlificacão clos prcssupostos clc aplicação das convcnçircs para cvitar a clupll frLlltrlrlçii( )'

cll ficara obngtcìa I eútregaÍ a ft)tdidade do imposto cpc devcria tcr siclr clctìtrzrtl'.

c()nl() sc cstaÌ)cÌccc no n.o.l.

lt\4 rY r 1r oLrlt.rtrÌ1,1 18lr

7t|l ìt ()|lì(j^t (:^rnJi, t,||^ r rr,,|t ,,| Vll!)ri

Nr) (r)rirÍìro. r()rìì1) I)crÌì rciìrcr)l n ri((r,r11 trr( ( iì | . \ { ( | ( | r I i s s I r r ] ( ) \r^grsrÍrtro rr0\lrrrrstcrrrr l)LrlrÌicrr, a |,(.ì i." 67-.\/2Ot)7, rlc ll Llc l)r,zcrrlrrrr. rì() rì,,+ (lo scu alt.,,-11J.,,.I|( r( ||ììrrì,r a rrPlicar_ìo Íctroacriva do rc{ÌrÌìc p,r'cÌlr rrt.,rltrzirl.) rì()s ;Ì.t.r,,90.,,,'.,, .1, c

N csta rcrlacção cÌc 2007, a sìnração está previstzr neste art." 90." A, em culos n. ,., 1, 2,j, 5 c ír sc cstaltelccc o seelú1-Ìte, no que aqur interessa:I Nito cxrsrc obrigacão c1c efectuar a rctcncão na fonte de IRC, tìo todo ou cm

lì.|| rr, ( ()nsí)arÌtc os casosJ reÌiÌtrva1ÌÌentc aos rencümenkrs teferìdos no n.n 1 do artigo gg."rl,, t 1r11111, do TRC quancÌo, por força cle r,rma conr.enção destrnada I eÌìminar ì duplar I rlìLrr.r'rí ) r )u dc !Ìm oÌÌtío acordo df LL reìrc' rnterrr,rcrt,D.tì guc r.Lnculc n F,stacl0 português' ,r ,lr lllrsl;rr-io intcrna, a competência para a tnbutâcão áos rendimentos eufer-iclos'porLrrr r,r .rrtrr l;rrlc clre ni. tenÌra a sede rcm direcção e fcchva em territó.. pornrguês e ai não"' r r r r r; r:rlrcìccirne nto esthvcl ao cluaÌ os mcsmos sc ja. imp.tár.eis .ão se ja atribuítla aoItr,l,,rl;L li)ntr ou o seja apcnas clc forma ìrn-ritlr]a.

' N,rs srnlrções rcfcridas no númcro antcrior, bcm como na alínce.q) clo n.o 2 cÌcr. r i rr', , Iii ) '. ( )s Ì)c'cficiririos dos rcnclimcntos cle

'cm f?Ìzcr p ro\.x pe Í,Ìnte a cnticiacÌe que sc

,rr,,,rrtrr,lrr'r,^claacfectuararctencão.afo'tc,até,Ìotcrmodoprazocstaìtelccidopara| ( rì |

' ( r'],ir (l( ) ,ììrìocto que clcverìa tcr sido cÌcd.ziclo nos tcrmos clas r.rormas Ìegais apÌicáì-cìs:

ry' l)l tcriFrcação dos prcssupostos quc resultcm de convençiio clcstinacìa a cìrminarir iìupla tributação ou de um outro acotrl<> de clircito intcrnacional ou ainda daìcgrsÌaçio ìnterna apÌìcár,cl, atr-avós da aprcsentação de firrmulário de rnocÌelo a?rpÍo\.ar por clespacÌro clo ÀIlnistro das lìrnalças certificado pelas autoricÌadescolnpeteÌìtcs clo respectr\() EstacÌo de resicÌência;

t)I ( )s tit.nul/t.ros a quc se rcfcr-c o nÍn-rer-. ,ìJÌterior, cìe*Ld^mentc ccrtifìcados, são

l,.r ' Ì . 'r r.ÌÌì l, rr,.,1 , m ttrno .l(i

.Scnr frcltrízo do clisposto rÌo númcro scaunte, qualdo não scja efectuacÌa a

lì r, )\ ,ì iLtc iì() Icrrno ckr prazo cstabciccicÌo par2Ì â clltrega (Ìo imposto, c, r)cm asslml nosr | .,,\ lìrL.\'lstos rrts n_,. 3 e seLnuntes clo artigo 1,+.", [tc, o substiftrro tnbutá'o obrgado.L r rtlr'1',rìÍ,Ì tofâlL.ÌrÌdc do imposto çc cÌcve ria rer sickr deduzìdo.os tcrmos cìa Ìei_

. í,. Scrìì lltcluizo cia rcsponsabilicÌacÌe contril ordcnaciolÌal, r rcsponsabiliclaclc

'I rrlì(l(.(ì,r u, número xrÌt€rior pode scr aFasf?rda srmpre quc o srÌl)strtlÌro frib!Ìtáriot,,rÌl)r)\(..r()lìÌ o docLrrncLrfo a cirrc se rctcrc o n.,,2 clo presclÌtc itrtliÌo e os D., 3 c

, r'rrrrr tt s rlr r rirtrgo 1.1.", consoanfc o caso, a verifrcação clos pressupostos para a cìispensar,,r,tl í)U Í),|lrlrL] cÌc refctìcão.

I , ,rÌì() frsuìtiÌ (lcstâs disposicões, embora a não rÌprescntaÇão cÌ. fo.r.lário rcfcncì.rr r 'rlrrrL ;L 'f rÌr r ' " 2, pcìos benc[ci1iri.s dos rcrdimerkrs, até a. termo cìo praz. cstabcÌccrc! rì r,r ( . tf( !Ì;ì il. rnyrost. gerc as obrigações. s'bsri[rto trìbuthrio e fcctuir.r rL rctr:nçàtl cÌc,llit r.'rrrrrrd,rã.rÌtiÍercrcct*^do,entrcEarat.talidaclccÌoliìpostoq.cde'crixtersi(lo

,l(tlÌr,,1(|i,.rrrìrrrifcsc,:r.n."í).(llrcrst,Ìresp.:rsrÌrrÌidaclcscjaafÌistlcì^sernprcquc,s.lrsrrrnr'ì rÌrr)ur,ln() c()nìl)r()\'( (()rìlr)(ir)(Ìj,)ì(rìr{)rcfr:r'idolÌolì."2rveri[icaçiiocìospr-csstrJ

, , ' . I 1 ì r I

) i I fi I rIs|r'nstr t rr tlrr,,r,,

A(i()l ll )^() l)o suPlÌLfúo | | Ìllìl JN^l ^1

)Mll'll' I I l^l lv( )

ìÌ)r 1)utro lado, o ârt." 48.", n." 4, cÌa reÊerida Lcr n." 67 r\ /2007, cstrrÌrcìccc ( ) s( 11I'r I l(

.1 () aftstamento da rcsponsaÌrilidade prcvista no n " 4do artiS';o(){)" { rì() Iì " ir (l{'

^rtig1) 90." .\ do Cclcligo do iRÒ, na rccìacção que lì.res foi dada pcla prcsc'ìtc lcr'

' rrl)ìr(

'l\ ( l

ìs sinraçircs ânteflores à entrada em viÉlor dâ mesma, indep endcntcmctl tc tlc lit tt I srtl"

c fectuacÌa a liqurdação do imposto, cxcepto quando tcnha Ì-raviclo iugar ao Í)lqlìrìr( !) li ) (l( |

irì-Ìposto e não csteja pcndente rcclamação, tecurso hierárcpico olr lmPtL{rì'tçì' I

Àssim, o afastamcnto da rcsponsabllidade do substiruto triÌ)uÍ1Ìrií) PÍcvtslo 'l'l(lìrcl('n.' (r cìo art.' 90.' .'\ é dc aplicação retÍoactiva, e)icePto se trvcr hlvido lugtl a() PiìgiìrÌlcrrl( l

do imposto e não estìvcï Pendeote reclârn?!Ção, !ecurso hicriÌrqr[co (JLl rrìlpLL1lrÌ1(:i()'

4 - No caso cm apreco, vedfica se uma situacão À que é àplicá\'eÌ csf(ì rì " 6 (l() 'rt

I "

90.".\.Na r.erdacÌc, os art."'7-" das Convençõcs para cvitirt duPÌa ttibutaçào cntrc lÌ)Ílì11',ilì

c ,\lemanha (apror.ada pcìa Ì ,er n." 12/82, dc 3 de lunho), Frarça (,rprovrcìa pclo Ì )c( I rl( '

Lei i." lO5/ì1, cle 2ó cÌc Ntarço) e llspanÌra (aprovada peÌr ÌìesoÌução tle -\sscmlrìcr;r Lìir

Ììepública n.' (r/95, dc 28 de Juciro) estabcìecem quc (rtr h,nts da ttnta enprctt lc ntt I t

'/'nh'i,ìÍra/d ta Jtj ?oden Jer hìbnhtlu ne.r.re Ilstado, Lt fiãa i$ (lac tt t/npftJd exercd d t//d ttt/ìtnl,nl, trt)

attra Ii.\Íada L.antfL)ttl te ?0ï neì| de L/t/ {t4bele.ì/Ic Í0 e.tlLít?/.1/.tìltttdo..le a enfirttt,t,':\tttt'Ì tt \tt t

uttìtúÌdtle tbrte nodo, oi.tet.t /Larar P\dcry.ter nìbttuda.t /10 ou/ro lirÍttda, md! /tttinu'Llt ttttttlttltll /

tn (lLe fì)ren inql.lti|eì.\ d ct.v e.tLthc/NLimenl0 e[Íó]tbt

Con-ro resr.rltir cla matória de tacto Frxada, a liqúclação lefcre se a piÌgrlrììrrìliir ( l.r

tuaclos a cntidldes não lesldcDtes uo ferritórttl nacional'

Pot isso, r'crificl-sc umt situlçilo enquadr'áveì no no 2 clo art"()0". rr;r rr ilr. r"

vigerÌtc cm 20[)3.

No cirso, cono rcsultat do ProlìiÌtór(), os ccÍti[ciÌdos dc Ì]esidôncia d'ìs rrìlr(lrr(l( rrr"

residcntes foram lPÍcscnfados, cmboÍx clepois do tctn-ro clo PriÌzo Plra entlcu'l (l' r rrrrlr" t'l)or outro l?rdo, cnÌbora o irnposto cstir-cssc irleo tì (Ì[ta da cotÍiÌda c]ÌÌ r Il1rr rl'r | ' r

n.' 67 .\/2007 (1 1-200U), csravx Pendcntc a pÍcscnte lmpuÉïÌ^ção

Pcrr isso, é dc concluir que, i cÌcpcncìc|tcmenfc cìa rcspctnsallilidadtì (:o1lt.rl or (lr rrr

ciorld quc possa scr inrltutacla à Impuglluìtc, sc ÍeÍificam os pÍcss!Ìpostos (l( ) ^frtslrrr

I rt r r t' '

cla s,,,a icsponsabilidadc como suÌtstituto tributhticl c não sc vcrifìcl n c\ccPcìo I)Íc\rfl'Ìna partc Íìnlü (ìo tr1ÌÌ-ÌsciÌo lì." + do

^rt " '18." clesta ]-ci

Pclo e_.rposto, n liquicllção Ínpu.qracla enfenna de lic1o dc vioÌacìo clc lci, rìr'srg,rr;ttlrr

mcntc rìo picctinrado ncsten"'1 do art." +8." .ìx Lci 1ì.'' 67 \/2t)07

5_-\cxistôrrciarlestcl'icrodcvirllaçãoclcleijustrficaaalullçãocÌaliqrLicìltçirl(lrrt''135." tlo CP.\), estando com cla assclgrldir cfcchvmrcnle a lulcla da fosiçio tlii ìrrr|rrr',

rìiÌllfc, por sc tralar (lc r icio clte rlÌlsta i retlovação do aclo in-rpttgnlcÌ

i.lssl rtnuÌaçito inrPÌrcir rr rcconstinLicilo cÌa sinraçìo quc crisfiria s| trio ftrcss| stt|l,

pllhceclo rl lcto iÌc1',rrì (rrl 'l(ì(ì"tl;rì.(ì'l)'pcÌoqucdelcscr(lc\1)ì\'r(lâ'ìlnrl)rrl!ìilrìl( rr

c[LrÌrÌti,L Pir.!!l {lrrt I rÌ lilìr1,, rlr Lrlrlr, r:to (lLr( f (]c iLLtos c(tìPcnsxt(')11()s'

(r \ |n11rrr|rr,Lrrt, 1,,,1, r.rrrrl,, rrrtlLL{ s(l;ìÍll Prtqos jrrl-os itrtlctlrtltz'r{"t" 's lrrr\ l' rrÌÌr'

L|, rrrt ,, 11,,, rr,, | ,l.r I r , I

ItÌ{ì

tt)l|lt ()lll;(:^t ( :^r ior , l ,||^ |r , r, ||t .,1 rtvtÌ[|i

, l,,sl;t rì()ftìì| rslitl)cìfCf tltt(,!\tti,Lthht /htt)\ / ,ltt,,l , ttttIt^ ,///,ttltlt) t(,tlth,tt////lt, (,r/

/ t.\ /tt//t4 tì0 !!ihrtr\tt 0xrl,t rltitrhr trtlu/lrld cu ,nn/d/Ìtc .t//fui0t.ttr) l,q,t/ttttrn, rh,rrrlt,.

\ lctlÌ cÌcstâ rÌonlla, ao rcfctir a irnl.rutrLlrìlrcìarlc rkr cr-ro dt).\ .\cn\.u.tj apolÌta marÌtl( s rir ì r cn i( no scn hdo dc podcr se^'rr de basc ir

'csp.rs^brÌicrarìc por juros incremnrzató r-r.)s

;r l;rÌtrL cLr próprro serviço, globalmentc consrderado.\ \cLninistração Tributária tem deveres genéricos de actuâção cm conformidaclc

r , ,nr ;r 1ci (att.'" 266.", n." 1, da CRp c 55." da LGT), pelo que, ir.rdepcnderìtemcnte clal r r, , r ir th, ct pa cÌc qualquer das p cssoas ou entidacÌes clui a urteg.zLrn, quaÌquer iÌegaÌìdaclerrrr. r t sLrltantc de uma acruação do sujeito passivo .,o de t"rceìi , se.i i-p.,tárr"i.a c,,Ìpa,l',,, Irr,,Prios serviços.

, I srrì culpa está, em regra, conexionada com a própria práticr de uma liqtuclaçãorlr r',r1 t. prrr isso ilícita [QNo cìomímo r1a responsabilidaile exìraconfratuaÌ por actos de1, ,r.r,, lìrlÌrlLc^ Ìrá coinciclôncra cntre ilegaldìdc e iiicrtuclc (art." 6.", n.. 1, do D], n."lrjrr,l.rl( lt-11 1967 c atr." 9."deÌ.ein..67/2001,(\e31 clcDezcmtro).]. Na vcrdaclc,, lLr rrrr Í, , rrrD;t cÌetcrn-rinacÌa coDduta conshtui um facto que à face da Ìei é qujìficávei comorlr r,,Ll, rlr.r'clii tàzer-se c.lccorrcr da constatacão da iÌegalicÌade a existôr.rcia de cr pa, por scr.r,ir',, ,1rrr. crn reura se [ga ao própno caráctcr iÌicito clo facto, só scndo de a afastlr se scL rr'rì ì, ,rìst r rLÍ (lue clâ, no caso, nào ocorrc. [QNestc sentido, pode vcr_sc o acórdão cÌo S-I.\,l( .l I I l()02, rccurso n." 117/02.]

\()câsr)cmaprcco,ol.".1doart..;tg..dâLein."67,\/2007,aodetcnninaratplrcar;ro rcir-olctir-a do rcgm.c cluc se ptcvè (\prrssatnrnte llo tÌ." + clo .Lrt.- 90." ,\, constituir rì | r( r ' ,r,rlÌc(rrncnt, r erphcLr, r cìc quc era ilcgal â ÍÌputacìo c1c responsabiÌicìacìc ao subsrrr|r,t trÌlf.LI|,r9utuldo5L-anmfrorasseaverificaçãodospÍessÌlposklsparaIcÌrspcnsa

rlr't(l( (.lLr. m(:mo gll( 11 ."mfr.ô\:r,..tn \.r(.\sc.t :(r Írr,.r.r1,çn.r. ç1sp,,,.,1,, 111q1111"rr1,, clì que rcteÌÌção clcr.-erii scr cfccúacÌa.

'

Ne vcrcÌaclc, cm face ckr refcrtlc, |r'jncLlLo tl,r ìrg.dìtladc .t qur Lsta suborchnacÌa ar, t^rrliLrÌc.cla \clnnistração Tribrrr,rria, sr,-corn ÍluriÌa're'ro t-ir.r ilcgaÌiilacìe sc pocìetiriÌrl)r'((rÌ(lcr'(lÌrc, rìâ pràtlcâ, st dnt/a.r.rem_por r,ìl Ìeg.rsÌatir.a ÌicNrcÌaçõcs de tnpoito já

r lr{1r;l(lls. c(ÌÌl') fâz aqucÌa ro.la, ao cÌetetminar a cxcÌ'são cìa respo.sabiÌiàacìe cicrf(ll)\1ltÌrt( ) trrltttittto <ltuhfetlettentrrtc lejti fer itlt, ún/taid d lìqtlL/lqija ta t///p|j/a>.

| . ,l(,rÍ\,,rrÌu' '. ern \tnt.t\'ne! ,rn ,1rrc lì,r Clc, ru.,,1,, ,un.r Ir,lrrrJir,ì,, em ntLIìì(. ,O,lrLr'1ri s| slltc qrrc não sc verifica r, f.rrt,, trilrLrrii,, qrLe ÌlÌc LSra sublâccntc, não pocle

I ) ll,l .]t.rU.r r( quc \c,c\r,L Iìs_rrnre ur acto egj, cÌcsde loso,ì fracc.r.,s pru.,.,p,os,t l,r\tr, r,Lt t lr Ììi,.Lron,diLÌ.rrlr c da igualdade nir rcpar-tiçiio clc éncarg,,s púbìrcos, c.,ja,l ,rr rr'r.Lr rrrf,,rr.r r \tünu rrs ir.r,, ão fnb'tiir-iapcÌo art." 55." clal_Cì.1.! c*rc são cor.Ìáncrilt l,rri rlìli,\ rl,t tLLsfrc,Ì. d.r nrecssiclade c da iguaìclade, gcncricamcnte cn!Ìnclados 1ìosr I I I " r I8.", rr." 2, cÌa CRp c ínsitos lo prin-çìo clo Eitarlo cle Dircrto Democri.rtico., ] . l 'rrnt,r

srfu,rçìn dtssc rrpo cluc succdeu no caso em aprcçoj collto se constatx 2Lrr' ',1,, rrl,rl,'rrt,lìiL,lqüe sf renìefe no pollto 9 cÌamatéria de facto fixadr:ru \cÌtnilisttação ï'rrl)LrtiirirÌ, ao cfectuar uma inspecção em 20(ro, constatou cÌucr r;ì, h;r'rarr srti, r'rì r rLrurrrLs as rctenções

'a fonte <1lc estão suÌ)laccrÌtes xo a;ro

^r Irtl)^(ì IX) ljtll,ltl M() ll lÍ)ltAL Atrti|l| ,ltAtlv{ )

clc ÌitprLdaçâo, quc clevcriam scÍ clc(lrit(l;r:. rr,, rtrr,r rk :(ll)3. l)(),, rì(ss( ;ìtri,, rl

ÌrÌtpugrllrnte não ser detentof^ rlc rIrrtLrttrctrI,rs ttrttr1ltovrLÍivrrs rlt ,lrrr' ,,,;pagamentos em causa haviurm sido ctìctuackrs a (nfitladcs rÌii() lcs'dcrÌlcs;

porèm, flos !ÌÌomenfc,,s em que a Aclminìsf ração'l r-ibut/tria e Êrcttulrl rr rrrsplcr rr,,

e a subsequente liqúdação, já tìnha conhecimerÌto de que as crlticl^clcs rr ( ir rs ir

eram efectivamente não resìdentes, atrar'és de documelrtos clue cstav?uìì nir Íì( )5s(

da Impug.rante datados de 200.1 e 2005 que lhe forarrr apÍcscr)txdí)s c (luc s('

Íeferem no próprìo reìatorìo:

assim, quando efectuou a inspecção e a posterior licpudação, a -\clmirìrslrir!;ì( r

Tributátia já sabia que não havia nenhrur.ra dír.ida de imposto por prrrt rlrrs

entidad€s oào residentes refendas e, por isso, não sc poclcria justitiorr rltrc sr'

in-rpusesse à Impugnalte o seu pagâmentoj como substituta tributhril, pors lrrl

in-rposicão é trcompativeÌ com os ÍeFeddos prirÌcíp1os constltuci(JnrÌis r ìcr,,rrs

E certo quc rÌumâ situâção dcstc tipo, a actuação da Impu6paotc vroloÌL ^

lcr. l)( )rs.

como alnda não trnÌìa cm scu podcr os docrÌmcnfos em causa, de1'ena tcr eic(t[,Ì(li ) ]l

retencão. Por isso, cssa conduta ó susccptír,el dc ìntegrar Ìúna contra orrli:naçir,, lr:r:rl.designadamentc a trpìficada no n." '1 do art.' 11.1." clo RCÌf .

\Ias, cssa ilcgaÌiclacle cla acruação cla Ìmpugnüìte não pode justificar quc sclrr Ir,lr r',l,r,l, ,

imposto que, no moüÌento errÌ que é efècuada a hquidação, já se sabe quc niro c r l r l, r'r, ì, ,

Foì, aÌiás, este o entendlmento que cstcvc suÌrjaccotc à rcclacção dí) rì." (' (1,, rt"90.'-.\ rntrodr.rzida pela Leì n.' 6'7 -),/2001 , de 31 dc DczcmÌrro, cm quc. rlì( sir , ìr' .{

aÊllrar ir subsistência da rcsponsabiÌidade contra-ordcnacionaÌ, sc afasta a rcsp( ,nsrrl'rlr, I r,l,

do substinrto peÌa faÌta de íetenção. rìôs cÀsns cm qoL. IìíìsicLríìrmcDfe , sc c{)rìlrrìì | ,lr,não se verificavam os prcssÌìpostos da cxigôncìa clc imposto ìs enticlaclcs niìo lr':'rilr rrtr'

Scnclo assim, clcvcl'L cntcnclcr se quc o 1Ìcto nnpuqnado enfeÍma de vicio rlc r r, ,l r, .r, ,

clc lci por erro sobrc os pressupostos cle direito c este erro é in-rputriveÌ aos scr-\'rçi ì\. lì,r I

cfcìtos no clisposto no ,trt." 43-", n-' 1, cla LGT.(ìonsequentemelrfe, há Ìugar a paganelto de juros rndcmnizatónos cÌcscÌc u rlu trr lr l

que e tectuou o p àgalnento do llrrposio liquicìacÌo p clo rcto impuppacìo (1 l) ó 2( )( )(r, co rr r, ,

sc rctcrc no ponto 11 cÌa nraténa dc facto hxacÌa) ató ìqucÌc em quc \ilcr a scr crÌÌrlr(l,r il

respectlvx 1Ìota de cródrto (art." (r1.', n." 3, do C1'1''Ì).Os juros intlcmnìzató rios se r ão calculados coÌn b?Ìse quanna p aga (€ 1.30(1.()2 1 ,( 18) c

na tara cle juros legds de .ll,o, prer.ista na Portana rr." 291/l)3, clc 8 clc ,\l.rtil, aplic;i\r'l 1rlrIforça clo preceinrado rÌos iut." 35.", n.' 10, e .tr1.', n." I da l-CìT e 559.", n." 1, cìo ( Ì'rtlir',r,

Cir.il, ou cle outrls que venham a ser Êxldns até à emissão da nota cÌe crócÌrto.

Termos en-r que acordam neste Suplemo Tribur-raÌ ,\dilinistratlvo cm:

conceder pro\.irìcrìto ao rccurso juÍsdìcì()neÌ;

Íc\Í)g^Í rt scrì fcrÌçi rccotncla;

jrrllrrr ;r rn rlr r rr,,rr;rt ìr r 1rr'occrlcntcì:rrrrrl rr .r lr,lrrr,ìrr, ,r,, rrrrIrrrlrr:rr|:r.

lrÌu ,,yÌr I o (ìtr. lL| ,1 1tÌ!)

DrRErro FrgcAL - cAloa fÍtÁlt00t hFËotvroos

- condcnâr â r\dmìnistrâção'l'riburárrn n prtgtr À lutptLgrranfc â PagamcÍìto dejuros indernnizatódos, desde 10-G2(X)(r ntó Àquclc cm cpc vier a ser emiticla a

respectiva nota de créditq à ta-ta legnì de 47u scm prcjúzo de eventual alteraçãoque venha a ocorrer até à referida emissão.

Scm custas, neste Supremo Tribunal Administrativo, por a Fazenda PúbÌrca não tetcontra zrÌegado [art.'2.', n.' 1, úneag), do CCJ].

(ìustas pela Fazenda Pública na 1." ìnstância.

l,isboa, 28 de Outubro de 2009. - Jorge de Souu (telatot) Brandãa de Pìnho

-Nìrunl,t de Pachuo.

190 .opyrshr O Ood Jorrr? ro(ô,lndD ôd loE 191

Acórdão do ïtibunal Central Administrativo Sul (')

de 02l03l20l0

. Isençáo IMT . InstÌução' Fundamentação

l. O pedido de isenção de IMT carece de reconhecimento e deve set efecruado pelo

conrrbúnte anres do acro ou conlrato que ongtnou a transmissão;

2, Taì pedido deve ser instrúdo com os documentos aptos a demonstraÍ os Pres-supostos da isenção;

3. Na falta da préúa jrnção desses documentos pelo interessado, cabe à ÀT soücitá-

los no âmbito do princípio da colaboração e coopeÍação;

4. À isenção de IÀ'IT preústa no ârt." 8.", n o 1 do CIÌvÍT, tem como pressupostos

que as aqúsições sejam efectuadas por instituições de crédito ou sociedades comerclals,

q.re a dí.rida esteia a s€r exigida judicialmente em processo de execução ou de falência/

/insolvência, regrme qÌre é apücável à dação ern cumprimento, resultaÍÌte d€ emprésímosfeitos ou de fianças prestadas;

5. A Íündamentação de um acto deve dar a conhecer a um destinatário normal, que

se supõe seja o administrado, o itinerádo cognoscitivo e valorativo que permitiu alcançar

aquele resultado e não qualquer um outro e bem assim as normas jurídicas aplicadas que

conduziram ao mesmo resultado.

Àcordam, em conferência, na Secção de Contencioso Tributário (2.'Secção) do

Tribrural Central Ádministrativo Sul:

A. O Relâtório.1. Caixa de Crédito Agrícol,a Mútuo de Pombal, CRL, identificada nos autos,

veio deduzir a presente acção administrativa especial contra o NÍinistro das Ftnanças,

tendo em vista obter a anulação do despacho do Ex.'"' Sectetário de Estado dos AssurtosFiscais de 11.11.2008 que lhe indefetiu o pedido de isenção de imposto sobre as

o Ia w.r'urdgsipt, Processo: 02936/09. tulator: Eugénio Sequeira.

.opy'lohl O Qord Jun6? -.ocr.tl!d..d lor.

| )ll ll I | ( ) | lr i( :^l rA,|,t|A r r,, t rtV tr ri,

lt;ttìsl)ìtss()cs()ttcrrsrtstlcìrnovcrspor':,r ,rlrrr rrrt,r,l,,,r,r i.rtr(l,rl(.(lrrriìtì(l,t(Ìrìc()lÌ(Ìc,ìiì(liìrrir I r;itit ;t rLr itcto clc dcicrLrncnto crlr( ssí r( i,'ìì, I r r.r , ,nlr|r rr rr rrl,, tl;r rsfrìç,i() c c()rÌ(lcnld(),r Í)11l,rr Ju rl )s c(nììPc1Ìs1Ìt()I1os.

(ìtitcla ir cuticìaclc den-riurclacìa \Lr, ir tììc\ììr,r cr,rìtc\t.Lt c lrutf,rr o processo aclmirìrslfnllv().

. \ I ,l\."" lìe p resentmtc do \ Iìnistério Pírblico (Ìlr\ IP), jruto des te Tribural, ap csar dc| ìi )t l f rciÌdx 1Ììo iìpresentou quaÌquer parecer.

l)eìo rcìator foi proferìdo o despacÌro saneador de fls- 65 clos autos, onde se pronÌulcioLL

lrr'l;r rncxistôncia cìe questôes quc ol)stcm ao conhecimcnto do objecto do proccsso c pelarI srcr:cssidade cla produção de çaisquer provas, tendo as partcs sido notrficzrdas parar|, r,, rrt rrr por esct to, cujas conclusões na íntegÍa se reproduzcm:

[)a autolâ:| \ ciccisão viola a lei porqu^ntor as normas clos art." 8.o e 10.' clo CL\tÌ'não

, .rr'.t rrr. rlir-ccta ou indirectal-rente, quc o contribuinte apresentc os eÌementos solìcitadoslrr 1,, I r. l)irector clc Servicos e cm cula faÌta se apoia a ciecìsão de indefernento.

.ì \'rrll a Ìei porcluc, cm vez apreciar e clcclarar a conforn-ridade ou dcsconformidade, l, , I'r'rlrrlr com os critóúos do art.' 8.' do CÌNfl, aprecia a suzr bondaclc com base numa.rl,r,,,rrl;r feÌta de elementos de prova (não sc dcr.e esquecer q!Ìe as p(o\as nào são um1'l)l( f lrví) cm s1 mesmo mas um meio e que os facfos notórios, ou os que se cncontíemlrr)\iìd()s, não carecen cÌe suplcmentares provas).

i. \'ioìa a Ìcr porque, encontrzrnckr se o pechdo \.alida c atempadàrente f<rrmulado erìstÍÌri(lo com os eÌementos exigivcis, deveria (Ìerecer, como se reclama, acto c1e dcfe-rrììcrìto, iuÌico compâtiveÌ com a o quadro de facto e dc clireito ciehnìcÌos.

-1. ì)or assim cìizer, o inclcfedmer-rto estriba se numa exìgência legal irÌc \t\ fcrÌ fe, o mesmoritlrzcr cluc enfellta cìc crro nos pressupostos dc drreito que Ìhe são .rpiicár.'eis.

5. \'ioÌa a l-ei (rrt." 57.' da i-GT) porquanto deveria ter siclo profcrido no prazorrr;lxrrno clc 6 mcses e r-rão o foì.

(r. Ì)ndccc cÌe vicio de forma, por falta cÌe Íirrdamentzrção c1c drcito. À fìrr-rdarnentaçãoLìr'rItcito rrrsuficicnte ou obscura cquivale à faìta de fundamentação.

7lÌrfermacleerronospressrÌpostosdefacto.Naverdade,adecisãodcrldeferimento,rs\c rì l1ì rìLúì-Ìa faitiÌ dc clcmentos de pror.a sobrc a natureza da dír-ida c cla sua exipgbilidadeLlrrr' trio sc r,erificam.

lJ. Ì)rspoldo r ,\dn.rinistração lriscal do prazo de ó mcscs para decidir (art.'57." da| .( ì l ), nio rcnclo cumprido o prazo, justo será, ao menos com apeÌo ao princípro cla rcci-l,r,,t rrl,rclc, cluc o Réu seja conclenado a pagar à -\ os juros compensatórios, à taxa lcgaÌ,, ,r r sr'1r ì quc ÌcgaÌmente cobrada que cobraria no caso cla falta ser imputávei ao contriÌrunte,rrr lr rr \.() .\ss1m se concÌuincÌo, fìnaÌn-rente, como na petiÇão rr-ricial, pugnando-se pelalr r',,L crÌincia cla c(:ãí), corìì focÌas as consequências Ìcgais.

IUSÌrçÌl

|'i

Ar rrlll)^()LÍ)1;L'Í')lll í\,1( ) llllrlrllAl ^1'[/]lÌll

lllA lvr I

Dâ entidâde demândadâ:

a/ o clcspacho cle inclc[erin-rcnti-l Íìú]dnnìclrflÌ sc rìÌ ilìc\islirìfu tIrs tItrIrtrII,,LcotltaúÌistlcos efiÌ f1ìlta, Para se podeI aprcciar o pccliclr clit isctrçir r. coIrro lcsrrìlrr

.ìo ârtlgo Í1.' do Cl\tT.á) O prir.rcipro cìe colaboraçio est,ìl)cleclda no 1ì'" 2 do iÌrti!Ì() 59'" tll l'( ì l l"r

ttriaclo pcÌa lutorn ,ro não ap resentar iÌ Pr'o\'â solicitada sol)rc â lÌÌ( )Ín r 1) lÍl( I rlì |

prin-rento c1o dcvcclot.

c) ,\ interpÍctaçio quc o ióu faz do artigo {ì.'do (ìl'\lT-c -c1ttc

se c()rÌ(t(lrzir lìil

cxigtr-rcia clm ptovas lequcddas, cncolltÍâ sc, no csPírito (ìx lci, c x ncttliìl I ctì'ìr(;iri '

clo'citado rÌo;mâd\.o, vcio, apelÌas, erpÍcssamellte' lìmifar lc*LcÌits c:itqirrt i;rs

.ros Préd1os .l!re niÌo se clcstinem a Ì-rabitação, o qì'Ìe não ó lr olso cll atrlolrt'

d) '\ acnraçãrl clo réucstádc acotdo ctlm o artigo 1.1." claT-Cì.I.sclbre ep<lssrìlrìrtIlrlìr

quc a admtnistração tem dc solicitar prova dos prcssupostos dn iscnçiìo

e) Pcb e\Posto, o dcspacÌro ora conïcstzrdo não padccc de <lttalclucr tlos vit ror tlr

que vem ^cusado,

cìesignldtmcntc lrolação dc lei (erro nos Pfcssrrl)í)sl1): (i('

ciireito), vicio cìc folma (frLlta cÌc Íìu.rcìamcntação cle drrcito), cÍÍí) rìr)s l)r{ r" rl

postos dc facto.

-\ssìm, e de modo a f^7cr se iushça, dcvcrtÌ o róu ser 'ÌÌ)solvido

clos pccìrt! 's'

rr r;rrrtr rr' l' '

sc rìâ orclcm iurí.üca o acÍo poÍ si profendo, PoÍquaÌÌto não padecc cle cpLrlì11ttr" r' rllr"rrlr' ì r' lr

lbran-r colhiclos os vìstos clos l-\'""'-\diuntos

B. A fundamentâção.

2. A questão decidenda.

São as scguntcs as qucs tões l dcciíÌr: Se a auto ra iústluiu o scÌlPedido (ì( tsr rrr:r'' 'lr'Ì\lT como oi documcntos neccssários pariÌ a rcsPectl\'^ tprecração; Ii sc o tltslt'trlt"impugnaclo pacìcce do vicio dc falta dc flurdtmcnlação (folmnÌ)

3. A mâtéria de facto.

Com tclevo Pxra a trpreclaçiio clo mórito da acção' pclos documcllk)s c l)r()(rs:rlacln-rr.istratrr.o j.nìos c artic'ìaçìo cìzrs p^rtesi ciìcontriÌ sc pro'ircla a scp'ittc iLcftttlitlrttlr .

a çaÌ sc passa a suborclinar iìs seg'LúlÌtes aÌilìcxs:

á,) l)oÍ requerúrrcnro entraclo em 958T2005 no Servico dc FlnânÇ^s cll I'rqLrcttlt rì;r

lioz e clirigìdo ao Ex."" \linistro das lìrnurça-s, a or^ iìutoÍrÌ vero ptrrir:ionat lllc lirsst

ta.it/itldu^e|Ì!ií0doI,4oÍaIIx,l.ìÍ)d1'\0hreTransltçõelottL:n.ld.,lr|nl)t'cl't(l}I.I')'tü tii/0 & ddii| en Pttlturtr/n ot i rqrìÍlüÍi ì0J ltAtin/t\ ìn/óÌeìt:

./1Ì ttq0 [irhdln) rt." t.'\'\'l rl,t lr,.t!rrtit tb Iiit.lt1ìJo' ìutrì/o .. ttnlo t /rt/al kt l'4tìt rlt ('

/.2r7.859.71 | 1l/l'\t tlt\ltt t t t,'tli;,4,ìr, lt itítljl0\ tt\/1//4ttlr\ l0\ t/Ì/f)tt)\l///h\ t' tlt tl//t I

lctulor|taqttillll(,lll'tt1't,,\'tl',tllt|l,,t\I,lL,t||'lìtL'I4,:l'.,:lll,ccss.,fls. rtio sc lìì()slrillrr rrrrrÌr( | rLl.r"

192 l1)lÌ

l)llllll()I líj^l r ^r,r),Ìl!Arr

lr,i ,Lrtv|!f,

ú/ ltlrr;rtIrrsrt;ìo tlas flacçircs tl,,lrrr.rir,' rrrlr,rrr,, rrlrr,r rr lr.rrtIr,;r ()f^.\. lìrÌsou crìì| | ll)lr)O5, rr ì\Íl dc € +8..11J7,2IJ, ?tlr ,ttl///\tt,t),h ,ltt,rh ,lr I'ttl'trd,tl,,f/1,/ÌLt st)l)rc t^tsrrrr,,vr,rs .y': rÌlcsrììo pÍ()ccsso i|sfrtrlor';

r) \o inrÌrito cìcsrc procedincntí), ^

\'l'sol,.rloÌr crÌì I7.o7.1006, à orr nuk)ÍrÌ, octrr r,, tlos sctÌ1li11lcs clclìlc1Ìk)sl

| . .ltttlfìdtlt a (e:rtrdcto banráia)/ fro Ì..1 d0 dtr.tr0 d0 tt/tqrìnentu dd litidLÌ, qae dio deterLi rutltlt Ìltl rl l/Ì/ L!Ì10:

2..ln\ìfidito/?r0Ìu de ifiJìirã0 lla balanço tlo ano unteiar dd d/Lida e/?/ q estãa ...;.\ t f rntt iete n toltìdat ot qrou/uze ot lenìe leJ a0 re!.\drLintenti dadlLida, e se a reJendo tontrato

l, ,1, t,,ìt tn nml:ine n /0 Jai 0 nci7 /i/Íìn7 ít Íe! ìd dtiã| le etiú./lã1) fafi rct:a?eniìa la| tal|re.t em

\ ltttlfìúÍì10/?rt)td le tlte .re unJìcurum ÍcuraÍim: de nbntnca en ttara.

\l,t)\ tllttiï.t,ie. Lípìtr dli /it/./kt L\0 lls t/Í/t/l | 0J da lúitl,t rlte lo/ulìryn a n0 ÍLtúe !/abd/ dLl

l.t ,l,t, t'tl,'ttrlo no pedìdt, docutentos que csta, crÌtão, não remeteu - r,f. mesmo proccsso

rf lrm infotmação prestada pela I)itccção de Serviços do Ìn.rposto Nlrurìc4ral sobrer , I r,rnsnrissircs (Jnetosas de Imór'cis foi proposto irìdefermcnto do pccliclo pot ar( (lr( f('rìfe não te r junto os docLÌmentos soìicitaclos peÌa ,\T ry'. mesmo proccssol1Ìslfuk)Í;

c) NotiFrclda clue foi a ora autora pariÌ o exercício do (ürclto cÌe audição prér'ia veio,r ÍÌÌfsrÌÌâ contest?Ìr

^ cx1g1Ì)ilidâdc dos documentos solicìtaclos peÌa,\T, tendo cor-rtuclo,

/\r tn)/t0/1Ìiú dc tcrlf)o, -rrndo juntar alguns dos documentos em c^usa, c pugnaldo pelnrltllrLçio cìa ptoposta de decisão,ç/n mcsmo processo lnstrutor;

l) IÌrr cntìo cÌaborada.urrut ì{ornação ;omp/tmenÍur ì uttetìctrmente elaborad^, cm que

lr\trlllL, polÌto por ponto iÌ necessidâdc dos clcmcÍÌtos soÌicitados zì ora aufora, c igulÌmeÍìte't prrlrirc o inclcfcrimcnto do pedido por a fiÌcsmâ não ter r.indo entregar todos os( Ì( rÌìcnf()s solicitaclos c necessários parl a apreciação clo pedido do ber-reÍicio ern causa,tcrrLlo l'rltaclo os rcfcricios nos po1ìtos 1,2 e 3 do oiício rcfcrìdo em r) supra, e onde foi,r1,r,sro o despacho clo l-x.'"" SE,\F de 11.11.20118, dc concordo con.r a proposta dc, ,,rrvollçio en clcfinitittr cìa dccìsão provisórìa cìe inclcferimcnto despacho objecto clr'r' (rr( .r\..iu - ,i.61;6oprncc.<o instruturi

.g) lÌstc despncho foi notiftcado à ora autora em :t.12.21-l(l{ì c a prcscnte acção deucrrllarìrr rrcsfc'fnburiü em 17.2..2009 ry' caln-rÌto aposto iÌ fls. 2 dos prescntcs autos cr l, ,r tìc fÌs. 2.1.

,1. O diÍeito.

\ lr r rlc cìerrominlcla ri tãa ttdninisÍrdÍh a e$dr7d/ co rrcspondia o u)teriot t cL// rJa ,0 kn,ìurt),,1rrr' ,r,1ucìri lcur suÌrstrtuìr, teúdo contudo o scu objecto sido rmpliado, clc molclc a ncÌu, ,rÌrr l nio sr-r a cÌecÌaracão de inr.alidade ou amrÌação dos actos recorriclos tfr. art."'6." dr.t

,rrrtIr'r()r'|,l'l \[ic 191.'do CPT.\-como também, entre outros, no p edido de condcnaciirr.r Ir'.itrc;r rìc Lúrì rìct() r(Ìmilìisf futivo lcsalmcntc devido - art." -[6." e scgs. do CPT,\ c

rr'rrl) r) l)Íìz() gcÍÌl l)iu;t ;r srr;r tlctlrrr;ìo sicÌo llltrEacìo p,ÌÍ,Ì três mescs, scì.I ^Ít.o

58"

Ar rrlllr^()l)():;Lll'lÌl lvl( ) lltlllllllAl Alrtúlll l lAllvl,

SCntlr CSta, ACtllitlt]tC,)lc, n fOflì-ìA pr()CCSSU,tl 1t;trir l,rZr'r \ttl(t (tìì ltrlTr) r)S (llr(lliìs (loli

atÌrnÍLstraclOSqucxtócntãocrâlnef-CctltlÌ(l()s;rlllrrrsrl,,(lll,rrcatrrs()ai)lì1clìrl()s(l--\ rcfbrma sobre a tÍìbutação do rcncÌirnclto c a urlrrpçrio dc rtrcdtdrts tlcslrrrltlrrs rt

combatcr a evasão c fraude fiscais constrturu o ÍìurcÌarnento uvrurçaclo pclo ìcgislittlor prtlrt

proccder a vastas e profturclas aÌteraçòcs, quer no CÌRS, quer l1o (ìIÌì(ì' rÌr 'lì'lrìì'l(ìir

re [orma da tribr.ttirção nprovada pcla Ì-ei n' 30 G/2000, cle 29 de Dczr:mbto'

Porém, voìr'idos quc [oltm pouco mais dc seis n-rescs iá, de lrovo, o lcgìslaclrl st rrtrrr

nccessidade dc reirr, quer esses rìcsmos códigos, quei outros dipÌomas lcgus corrrr' "Est?rtuto cÌos Bcneficìos Iìiscais, altcração agora crigìda como instrÌÌmcnto cÌe fricilitar;ii,,

do conhccrn-rento c interprctação do quaclro ìegaÌ por parte cìos suleltos Pxssrv()s (l()

imposto tendo procedido à sua repubÌicação lntegraÌ pclo Dec Lci n ' 191Ì/20{)1' rlc 3 tìc

.fulÌ.ro.Só que tamÌtém lqru os propósitos do lcgrsl,ÌdoÍ ncsta matóri^ não fortuÌÌ durldoLrlos'

Com efcito, r,oìviclo n-Ìc1ìos dc !ú1 mês, iá se cncorìtrava dc oolo, a âltclar' cnfrf ( )rÌlÍr )s

drplomas, o CIRC, em oito dos seus arligos pcÌo l)ec -Lein " 221/2t101, de 7tÌc \qrrstrr

,\o niveÌ ch refornìa diÌ tributação do Pattmónìo foì publicado o L)cc l'ci n'"llì7//2í)03, de 12 clc NovemÌrro, que dém clas cliversas ?Ìlteraçõcs itìtroduziclas aos cr'ttlir''"s rl"CIRC, do CIRS e do lmposto do Selo, veio introduzir dois novos códisos: r I ( Ì'rtlrr" ' r l' 'Ìmposto Nlumcipaì sobre Lnóvcis c o códrgo do Ìmposto Nlur-ricipaÌ sobre as lìunsrrrrs:.,', r,

C)nerosas clc Ìmóvcis (CÌ\fI), ambos lprovaclos peÌo art " 2 o do crtado l)rc l'r'r' lr rrrl"

cste írltrmo vindo slrbstrtuìr a tÍ1l)utação ató cntão acomctida ao CINISISÌ) (rtt l " Ì l tt

3 do cltado Dec.-Lcr), com enÍracla em vigor em 1.1 20(l't (aÍt." 32 ", n " 3. rlr r trtt trr"Dec.-Let).

Dcsde Ìogr cìo preânlÌtukr clestc CÌI[T se poclc lcr que cste velo SubstrhrÌ r. ,ì lÍrlìUlir( ]r ,

^ttcs acometidâ ao CI\ISISD, mns quc foi ntesnro mâis aÌém, ao vir triÌtutuÌ'

^ìl"r ìs lirr li , ,

rcsult,Lntes d,e L:Ln/ftttai tfttrilÒ/ìt0.t de iruiÌ'eit, qac lôm xn 1'tJ/.11Ítd0 eLa ónìLx eqxìÌn/t'tth ///ttt ,ltlt

pt$tan ao lada de tltr.llqaer /Q0./c ttlbl.ttdl;i0.(J lmposto mrúicìPâl sobre âs traÌìsmissõcs onerosas clc in-róveis (l\IT)' <1uc sLrlrstrtrrr

o imposto mruricipaÌ c1c sisa, contìtul a incrcltr sobre as triuìsmissõcs, a título otlcroso. tl' '

direiìo dc propriedadc sobre imóvcis e das fipgras parcclares dessc dircito, podcrÌ(l() rslcs

cüreitos trar.rsmitir-se sol) di\.eísas f()rmds ou ôLr rrre L lÌì cr)DstltÌucàiì iìLL L\tlnção dc (L\'( Ísr )s

tipos dc coútratos.

Pordn, a npt l Crídì20 ttli| le bnltu d re?r\dx\ir a LÌnÍeiar e, dli/:'/ dc Trateiu' ,t tttttt rcfot ttttt/'t"lt

fu /ìngugen nortztttìtu c dt re/.!Írt/lffur 0 tu artint/t o, um u/argat d barc 1núlinìa t tLirítttjrtrltÌi)t.t qae, cnb,tu d teiore. aa nc'na laterdi.; à fornallidìõa de L:aúrut,t hn tliì*).\ ./. ìrxít t /.\.

1".. 1,a :...,/1 1ln. ",..,ry, n ttj Lk't .

Nos fcrn-ros do clisposto no illt." 1 ", n " 1 do CÌ\IT, 0 ìm?o[/:a ml]xtLrf)n/ \0't t 't\hn .t,r/ìt.\ôc.i t)/vnt^ de ìnórcìs (lÌ\I't') ìtttide :abrc ttt lrdni/ï/irõet Í)reÌìltúJ n0t .t.lì.4a.t n'.|/tìtt/' \'

rltrtt/t1ter tlae ieju a tít b par qtt ie aperen.

( ) cçínrlo II do citâdo CIÀ ll trata dâs isenções, lÌos seus art " 6 " e scgs.' scrtcìo t1L tc

rìl gcr)crtiidadc são de rcconhecimcnto n pediclo do tntclcsslclo. cln rc(llrcÍrììfrìl()

7l)llll ll()lt:i|^t (]^iÍf, t, ^|r

rr' t ,,,tv|ltrr,,

( \ l ) r ( s s r r , ì ì r ' r ì l ( lo|rrrul;rrioIirriro(l(,ttí)lì(||, ttrri.....,t,l,,( l r..t|| Ít l, , ( , ,rì ì ( \.(.r s(|\ (.l c tft ì k ]sr| |rt'\rl'a.tlsoitÍìl(,1 slllr,lçì()PlÍil(ltr(,ìrs('r(,r)lr,r rr'rlrrrrrrl,r.tr'rrtl.r'rrrvrst;trlcrrrorrstr..rl,,5s(.0\l)Írssul)()sios ,/: scÌÌs ârt. IJ.,,( ll).,',rì. l(. 1(.I.l ,,, rr.' lrll l,( ì,Ì. _ c rt() qrso.,r rs( r\'ii() rnr(,clt dr scf recolÌÌÌcclda p()r (lcsp^clÌ() (l() ÀllrÌlstf() das l;i'anças s,brc.ìl()Írì);ìc;ì()fl)irrrcc.tlal)irccçã.-(ìeraÌckrsÌmpostrs seu'." 6, ali.ca /-,,/, rì?l rcclacc?ìorI r ntrìrr ctxtto lìo c?ls() sc i1à() cncontra clÌÌ causiÌ.

I )rspunha t norrna clo art.'8.", n.o 1 (:r (Ìo mcsmo Cjl\fÌ', na reclacção então vigcnte,-,1'rc ;r epiurafì, Ìsencão pcÌa aqtusiçio rlc rmóveis por instrtuições de crédito:

\'tu funnt.t l0 IrIT di arl ti;o-cr lc ìmórcì.r ptrr srìrnitõai le díli/0 0xpar.rxitldde! ú/tÌu.Lilth|/t/t) tttf)t/tt/ ga lìreia oa l/ÌdireúLl/tu te par aq/tt/d! d\l/tìxrkla, en !/r)L.eji| dt Ltttttçã| ,tru,ìdo port \\ t\ rttl/lxlta'tt 0x far 0x1t0 trcd,Ì-. butt tomo ur {edrudu.t cn protv.r.to de ft/itttit otr c ìn.tolirtià e,l,''!'tt,.l|^,t/L'tittlltle,lttltdeddçiìttcttltttttt1'ltinent0,lr.v|.qxr',tlt1ìl/qtlrtlto.t, ,t,tr , t,,t,, ,/t, ttíììtot r.er//ltdn/N.t .le ulütí jrìnu.ftinl at tle fìut;a: pruuìla:.

\.1, )s trrmos cÌo disposto no art.'' 2." clo tiBlr aprovaclo pel<t art." 1.,, clo De c._l ,ci n."' | ' ll't. tle I rìc frrlhcr, LutlìdentrÌ ft hncl/Liz.r fì.t,ait dt tttetlìdas rI utríle[ c\trfL:txrLtl injlinúld.l

i.1|1||/||'i''1l|lI/{t.\:Je|p/ih/ìLj0.|t\ÍÌ[]fì.n4j|rehtun/e[qne'|Nj4nJn],e]i0|N|dajd|nb1ìdh.lbI/d|ã0

1r ltla r/, ttt sctrrr." L.

\,n lt, tttli'lrr fì:r.aìr tt i.tucõt.t, u redn":i)tt fu ltxat. n thdu(õ* rì nuÍítid tttlcirãu/ t tì ,,0/ectu.'t'tt,lt'l|t',tttìt'tt:t't:ìttÍ!!tu|õ$|u1eMl4!c0n|f'lrtltcr/ìrld:fs'tli'tc1lteober| Ir///t/t) ttI/!i|J selr i.1' 2.

\rrrìr() o rccortc clc trrl figurrr d. isenção de Ì\Í'l c q.c cabe ao urtcressad. tirzer.lt,ìrìrlìil'ìfì'ìr <r scrr pcclitlo com (ts (h)dtn( h.t net:titiot ftttit tltnon;Írar t).\ frc$/ç)ai/0i ddt\tri,,

^rt." 10.",1ì."2ck)citado()l\IT,-+8.,,c65..,'.,, 1cìoCI)PT a. c.irtr-ririà ckr clue

, I rìì( srìÌ() ptrccc crìtendcL rìiÌ mati'riâ dt stla conclusão 2.' cal)c ?rìâÌisar \r ?t mcsrna r ei,-r.r rrrstruir o scu pedido corn tais clcmentos, já çc, rcconhccirlirmente, o não har-ia fcito,lu;rrrr|(, cntào firrmulou o seu pcdicÌo clc ìscnção, por ncnÌtuns (k)culìtcntos cLttão tetl|lrì l( )s fcnd() elt'ì \1sta ,L iÌpfcclaÇão, (l0slenarlarnentc, cÌo cmpÍéstilìo cfectuiÌdo

^o refcrido

1,,:rilrrrrn tla ( Ìrrtccicão .r_cr-es c mulhcr, quer qÌlc o meslno se ctìcotÌttassc cm||ìar||ìtl),-'ÌÌìc1ìt().

lcrrcl' a .\'l' no clccurso cìc tal p.rccclimerìfo \,Í-ìdo stiÌìcirar a or,1 .rLrhrÍa írsri rcLrrrre rrt.s q.c a mcs!Ìir ente'cliir nccessi'rrios p^ra instrür tal pe<1itìo - f: matúri.r clolì'1 ìr rÍ ) ,, rL ) p r( ) ì) il f(-) rìo firacìo - cmlx,r,r .r oÍ.r irLrtuÍ.1 c(rìtiruc a cr nìtcstJr quc tais clcÍìrcrìtosl' ':scrr accrssáLrrrs p?rrrL irìstruir () pcclLcÌo crn caÌlsâ, vcio cot'trrd(), p,r aLn/Ìa/rìd dc /r//40 er/,1'lr'. ir() (i.c

^le.q()Ll, iLuÌfar algrrns tìcsses clcrrcntos rÌÌ,Ìs não k)dos, tc.do cleixacl'derrrìrrf, l)clo iÌÌcrÌ()s, os rclatirrrs às chligências rFrc tcria jÍr cfccnracb com vista à c.briurçat , ,fr ( ì\, (lc tars cr'préstirn.s, cÌcsigrtcìanc'fc sc taì cìaçã. suriÌc no âmbito cÌe cxccuçãorr\lrrrir(lir c()aÌ \'lsriÌ. c,lrriurça c()cÍciva cl() c'rprésrirl. cor-rcccliclo, pcl. clre a cltLcstào

l .t:r rr..na lì,r ,rle,rìa 1xìr l.ci <1, ( )rcamcn r <, para 20Í)T, rnas sem rpÌicacar, .ro caso l:i que .',rr1','.t,,ri.lcrrrl,,pcLìr'rrrricrrrL.r,r(!ì,tÌ,(tìrflrnsrÌìissâo_,ìl.t."5."do;Ìesrn()(jlNIT.

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csscrtcr;rl tttslrt;trt,t,,, rr':rtle ftrl s,Ìl)cÍ sr lrtrttlrtttt r',lr' l((llll:'rlrI rlil tssttttt:tl Itltrrt r"t,rirLrtor-a potlcr' lrcrrclrt r;tt tlc tal rscttçiìo tlc |\I I

l'l a nossa rcsposlu ú atìrmativa por t troLttta t|r tr'" I tir lrf " lJ " i|r (.ì\ll' rs( trlrrr tlr

I\ll, as rtlLrisicircs ,rnerosas rle irìlór.eis por llÌstttÌricõcs rìc crótlito cprarltl,r rt tlrrrrrrlr,r

c\cclucndâ Pcla qu,rl o cxecutitckr respotìdc se enc()tìtral ?ì scI c\iSda clìl l)Í()c( sr" ' llrt||, rrrl

altrgrurdo a 2.'pattc cla mesÍÌ'ì?I lìorma o Pleceinlâdo n?L sua 1.'partc, tltrc l;tl tsctlr,rt,

rantltóm teln lugar quanto às acpisìcões operacÌas por claçircs c1-Ì-ì cLúììlì rrÌ1( rÌt( ) ( lr. tr rir( l,rs

plÍ,Ì p,ÌgiuÌcrrto de cmPróstim()s colìcctiiclos e cnr lnora, ou scia, to(la it n()l tììit (l( ) rrlil( lr )

lr." 1 se Ícport?r rìs r:rstiruiçircs cìc cÍéclit() ou às stlcicclaclcs cometclilis qtrc, lrtlrt sLr;t I '

partc, cxrgc c1.Lc ir clilirla sc cncotrfrc a scr cxigicla jtLclicralnc,ltc, o quc iqÌl?ürÌìctìlr (irll)lr( .l{ ìrl

nit 2.'parte diÌ nìcsnìa nornìt, scnd() () iÌìcancc Íltil dcsfc sc8llllclìt(),1,1 111111111 o r!'r\prcssârÌlcrìtc (üsP()I que o lììcslÌìo rc{Ilnìc da su't l 'pirrte tambón cl itpliciir tl rt,,s

't, t"t

clc claÇão cln cumpdll-ìclìto guc dc oÌÌfro uocÌo sc poderia curcndct t1i() abtattgcr'' 1ì tlrrr

ir claçiro crt't cLúnprilìlcnt() constihli, cm primcira lirlhn, urna das ft)Ílìì,Ìs clc r.strrrç;ì" tIultra obngaçào att " lìlì7." do (ìidieo Oilil cluc niio urra clas fbrmits tipicirs tìc a'lrrrsrr 'r"cle rurr clitcito tcd solt rc iÍtrór'cis - att." 131ó " cÌo rtrcsrno ( ìlcìigo Civil c ó a rttlttrsrr,rr" rìr'

rm<iveis o cluc nacluclr primeira pirtc (l,I 1Ìorma sc iscnta (le l\iT..\ 2." parte th citacìa notnlit do n." I tlo ârt." lì." do (ìl\tl, ão lem assrrrr

'r1'lr' ,r' 'r"

irutti[or-r-ra c tlistrnta cìa prcvisio cotrticla na 1.'' Pilrtc da tttesn-ra ItorlÌtrt, P0ts ,t r l,t r 'tr

buscitr, ncccssarian-ÌcrÌfc, os sujcitos pitssivos - instituiçitcs clc ctóclito c s,', r,,ì.r,1, ,

c(rncrciiìis - iI situâci() crÌì qtrc Podc c(ttrfctir o dircito ì iscllr-iÌo c]i!i(l^?lsLrIrrtrrr,['l.rcob rar crr p roccsso de erecuçiur, dc tnlôncia ou dc insolr'ôncra c,porsuar',z.,rl,rrr',r' r

iscnçio ì claçiio etn cumPrirììcrÌto, \cÍitìc,Ìdos ilssrlÌì os rccltÌisìtos, clucr rlrr I p rrt'(conrurs), clucr d;r 3.'P?lrtc (ìit mcsmâ tì()11ÌItÌ, ()tl se1it, ct'tt suna, qu^nt() il Ll,rt r. i rrì

ctrrììprinìcnt() carccc () intercss^do clc instruir () seu Pedi(l() qucr qttitnto ìos ( l( rììt rrl.rclltir.os ir 1.'p,trtc (l() seqncnf() dâ n()tnl,Ì, qllcr clutulto itos do l " scl+nc1ìt( ) rl;t tt" r ttr,t

c(ìlìlo bcrÌì sc ProlÌtúÌci()u o clespacÌrtl rcctlrricÌo.

Intelprctação da lorma tlo att." 8.", n." 1 clo { )I\IT, qtlr rìos tcÍrììos d() (Lsl)( )\lr ' rr"

Ârt." 9.", rì." I clo (Ì'rclìgo (ìrvil, tem crtÌ c(tìtâ a tuÌi(lrtcìc do srsfctrì^ jud(ìicír, (ìcsictriì(lirrìì( tIl{

cluanto iì r'rrltll subjirccnfc à conccssiio cìit isenção clc llfl como betlciicLo fiscitì c1rrt ,.1, rrr

rcaliclade.

Como t,uììbóÍì1 be m itloca ir cflti(l^de clemitnclatla lìiì mÀtéú^ do irrt " I 1 ." da srr;r

colÌtcsïaçio, citruldo prLltc clo parcccr clo St. Dir-cctor dc Sclviços cla l)SIÀfl, clLrc a olrr

irulorâ tamÌ)óm fez luut^r aos rÌuios iÌ fls. 25 ';ctso, u pedlt;ì* nbrc tt &t eìor, fu f ntrnt 'l't\|.x|:ão'Ji/i|1iì4fit|ohtnLidrrpf'|Ü1|,'|,Pd1ud.leIid4ltjL.0|'L'eitl|t|''idei1.ír|ìf'///t|||ì|||nh,I||1l/|t.o|luhilit]tlt|ctltlytt'rtt.,jtÌi/o't.Eori'ltalertlll|u|1|d,enqxd|ac/ef(||k)Í)ÜÍ/./bdl0rd0|ì'|/|

4xtL.0t1.ltì/l/ì|)ìn/ereJ:'\c1'tíh/incx|nrfìva/re1ctdI|eqxel||.ereleiNr:e'dfe4|'L1/htld/]pefo legslatior tbi clcito como

^ Í^zão l'tÀÍì a eristôncia ckrs bcncfictlls ttscals' llcl<' tlrrc

f,ìcc ^

cst,l iu.rsôncia cìc lllfcÍcssc Públìco it isctlção dcirana cìc sc justifrcar-

.\ssim, con-ro a()Ín autora ÍÌilo veìo juntaros clcmcnk)s solicìtados Pcla . \'l tcìrllrr''sa dcnronslflr que td cìivirla sc ctìcontrA{a em m()ril c a tcntâÍ seÍ col)rada itltlcialrrltrrtr'.lÌo ìo{llr rlcrronstÍar cstcs prcssuPostos (vincultclos) da isenção, peÌo quc inlrrocctìL rt

rrllrftlÍl cliÌs sì.ras clì.latr() primciras e 7.' collclusa)cs cla sua ?lcÇão

19ô rr' { Oro ,.' s - o Fdãd. edio d 197

tttt)Iil í) tnr^t L^:n rr r,tr^|r ,,. ||t ,,t vtr Í I,

\;t rr,tl( n,t {l,rs \u;l\ a(}rì( llrsr)r,r. rr r s,,r, ,r*.r,r, rr,"rz,,,, lì,ì.1,.1',,,jlì,.i,l,li,ll,,l;',iill',,i1,i,,, ,:;,1;i:,i:,i;i:jl::trl t)\ tt.)///ftt l\tth)lt)\,11,1rrrlrrftr rk rrrrrrl;rçiì,r tL, tles|ucho (,nì lrrr,r

N,rs. lr,r'rrrrrsrlrrdis|oskrnoart.,,57.,'rlrrj.t;l,t)/,nr.,tlir^,h)/r/lxttllnattue!4.Lonthi.r,a|ll,,t'i0|h\|ì\///|'|t.|'|f]||||h)d|d//./ì/Ìl't/r,tç,ìtlttt/lttt,itt,tL'tll,t|t/,/t

,t// tlìl'hi/ot, scnclr rluc a ulirapassaqen clc tal prazo niìo constitru cpraÌ<prer t.ici<rr\ irr(tirìlc lì,r'l o ilcf() ;r proferir, miÌs âpenâs fiz prcsumir o scu ìndefeìmËnto paralr'rt,,s (lr fc.rrrs() hicriircluico ou luclicial quc o coirtriburntc poclcrri utilizaq pelo <1uc1,.lt,lltìì{ lìlr rrnploccrlc tal matóna dcsta acção.

\rr nr;rtrlrir cÌa sua crxrc]usiur (r. urvoca a zÌutort quc o clcsptcho pretcn(ü(ìo anlrlârr,rl r c rlt fulra tlc r,ício clc frrrrna, por falta de fturdamentação je Ji..,t,,.\ fìrrtllunrcntacìo tlos irctos administratiros,cm geral, constitui um impcratirrr

i 'i.ll 'll] l (\n,,...ìr(,ìk prc'i.rrr1,,.111"1r,R,'.n..3dar.Rp,ctri,,c.üof,o111ç(11,ì16

' .,i.rr(r{ r,i' ( Íet; ììctìle ir mr,tiv;lcìo rlo lctrr. pcrmrtrrrtlo I rec,,nsdnircì,r do /rrtr,t.r)\,///*) t tttlx.t/lta \rrt cletcr-'irou a aclrpcã. cl'nat,r, an,' .letermì1ìado contcúdo, na-,trrr,r tl;rs-Ìir-ircs clc I)r,s. Freitas clo.imaral,,,Curio dc Dircito _\dm'ristratir,jo,,,\lnrlrirrrrr, lttol, \irl. Il, pp.351 c scg;..

L rro inrìrifo do clireito tributário, tal exr.gôncia clc frurcÌamcntação dimanavaltr'(l,trì)(rll( (ì,t rrorrna tk r art." [ì2." do{ìp'l' e ho je cla nctrma do art." 77." cla Ì_C.t, a <1uaÌ, ì ,,

ì:,:,1:]]l:ll:l1.ll , :l:,ll.lr,ï,"

u l'"l grç,r do clisp,,sto ,," u,,: ir " ci<, mcsmo (ìóclgo,

, .].,1i]llll.lllli 1,.,1 ,,, c_\.rcü)&t,r pcta .\'f dcve_satisírzer o rccluisiro cÌc tìrnclamcntaç'ão

L ' 'nr, ||rlì,,r'.r'ì(.r_ usr.rSrcl. d,, porìto dc \.istiÌ Êormal, sentlo.tifi.icnt" qualclo pcrmiie a'l.l:.,1';"",1:ji,] J, ;tt tt)lttti\t/tt.t) grrc cìctcrminou a dccisão da .\dministraçrio, scncìo clara

i] :llj::1,: i'll: :ll)-:l i \r1rì irml,rqlu(ladcs ou obscuricÌarìes c é congmente cjuando exprime

','(, rfrì,!ìfr:t frÌtfc 1)s plcssrÌpost()s lìolmâti\()s do acfo c os lnotilos do ÍnesÍìlo.t..lrrrr I sulrirlr, a hurcla.r.trtçilr dc um rLrf' tìc ìrqurr,l;içì, no caso, dcve scr o'.1( r!, ') \rÌ)r)Ítc, por <;uc foi cfectu:rrlir ar;urla er,nerct:r lr<+rrcllçì,r e nìo quaÌquer umâ

'Ìrl frr. ( ic rììoldc iì l)crrnitir ao contnltunte apreenclcr os concittos ítctos doncle ell emerge1r,r I r' tìl.rnri'at-sc pcla sua nceitaçào ì)u impugná Ìa, ," "";,;à;; gLLc a mcsmâ serì(,,||tr,l crvr(l,t rÌc rluaìc|rcr um r.ício qrre a inquirie ile ilcgiú, t.arian<ìo assrm, a dcnsìdaclerrrrrl;Lrrrtrrarlor.a, c()rìsoâ1.ìte o tlpo de acto a- anrrru a

^ 1r^.lfip^cì.,r., rrão d,, rnesrn,,r, ' pr, )( (.(lt,ìlctìt() tla sua t'olnação.

\,).;rs().oclespachodol,lx_',,SI.1.\lìcmcausa,porforçadafìmdamentaçiìocontdar,,r, lì;rfr.cr(,s c i'rtor'rações iLntctiores cluc. srrstentam, decicli'peÌo indeferimento clcr

i ;

,';,1,

: lll .::: '').Ìl: :lc.,sis;r pc,r A ,ìrir aÌrk)ra nào rcr cnrrcgue todos os ctocumenros quc aì | Lr)r tì,r\ r.r \,)t,(rt,t(l(,. Lluc a\.trm considcrou.ccessários para i.struir o proceclimcnt'

l'l ìi,:i ,Llrlrqo rln 1li5pe51q 1,,s arr..s59.o, n." t tìaL(ì.i +S.", rr..2 do (JppT,8.", n.,,_ . tì. | flô l.,ltl-. rÌôflnils (luc c\pr(ssatn(.nt( tt.z IncrÌcr,,rt:tt rt;t crt:trltt

^rIÍ||'^r)tx)til

rn lolrrltt;ìo rlc rlrc o rlcspaclro sc apr< p rrorr, strrrl, , ,1r rr' t;r s rìr , Ír ì ì,rs oì lr )n ì ìirrr r ,r r lr:r rplrr r,r

lrrr-itlrc;t tltrc pctrnitc;t -\'l solicitar ao inÌeressacLr os tlcrrrcntos (lc l)r()\r (lur (lt{.nrl{.1ncccssiitios para a aprccìação clo seu pcclìdo cle iscnciur cle sisa.

.\ssin-r, r: despacÌro em causa, emerge, drrccttmentc, daqueh facruulirl;tlc rrporrtirtl;r ltlas normas jurídrcas invocadas, fechardo o sikllysn-ro judiciário, num racir rcirrr r sr r lr t r cr r tr..

cltro e congrucnte, cor-rstituìncìo o clcsfccho dcste clespacho a cmarìaçã() nor-nuÌ. tipr rr.

tlzrtpcles prcssuposfos e clas normas jurídicas apontadas, não padcccrrtkr o rncsnvr rkfdta de fturclirmcntação (formal), dcsta forma facilmcntc se aprecncìerrclo l)()r(luc cstrtcvc lugar e nio o scu corÌtrário, scodo cste o resultado normrü, típico, rlas prcrrrrss;rsconsrdetadas.

(]uc tal acto cle cÌcneuação da iscnção niro pode padcccr clo invocaclo vicio firrrrrrleme rge, tamllóm, directamcnte dir pctrçii<l da prescnte acção ldministrativa cspcciitl, orrtIt autotit demonstra tcr iÌprccnchdo a totaÌidade cìts nzôcs invocadas pela .\'l p;rr';r ,'prolatar, pelr: quc iL nrcsmâ niìo deixou de cumprir a sua finalicÌacle subjirccutc: prrr tlrr.tcvc lugat estc cor'tcrcto dcsptcho c nào o sctr ôp('stô, c ncrmrtlr n (,râ autoriì aprccrtrI r'

os concrctos factos cìondc eÌa cmerge c podcr clctcrminar-se pcìa sua aceitaçio orr pr.lrrsuirtmprtgnaçãoaocntendcÍqLÌeames[Ìâscencontravâcir-acladcr'ái,r.r'irr,'..1rr,,,in<luinalam cle ilcgaÌ, como le() a cnte[dcr.

lìm sura, o despacÌro soÌr recurso, cncontriÌ-sc clevitìrmcnte fundrurcntrr,.l,, t,,1, ,,ponto clc lista Éormal, não podcndo a acção cleirar de scr jr.rlgatla improcc(ìcnt( t,rr lr rlquiìnto ,Ì estc fr.urdâmcnto.

Ìmprocccìe tssin-t, t prcsente acção rdministntivir espccid sencÌo cìc nrÌ,r ,rl,:, ,1r, r ,r

entidrrdc demanclacla ckr rcspcctn'o pechtlo.

C. DECISÃO.

\cstes termos, acorrla sc, crn yulgar ÍnpÍocedente a acção e absoh'ct a trrtrrl,r,ì,.dcmandada clo pcchdo.

(lustâs pcìa autol.iÌ.

Lisboa, 02l(t3l2{)10

í // ,ì(.\r(. sr'ìrr(lo () ,rcrir.rtro rto S I \ do .1.ó.2009, recurso n." 2.17108.

Í)B 'qryiqhr()ookl Jtrr!',,r!nÌr,rte.!t1,,, t99

t;

Acórdão do Supremo Tbibunal Administrativo (")

de 05/05/2010

.IRC. Não Residente ' Retenção nâ Fonte ' Lei ' APlicação Retroâctivâ. Princípio do Dispositivo

I - Viola o princípio dispositivo do processo, sob a veÍtente do órus dc alcgrtçrìo r'

prolo dos íLctos, segtuìcto a eiph.rtação que encontra Íro zÌrt'' 664'do CPC, a tìccrs;ìr I rl"Ì.o, ,rrre e*t.,,nol.u do conteúdo do acto tributário e do objecto do processcl' 1i tlrrr' prtt it

a solução cla questão em apreço leva em considcração determinados fãctos Lìc tltlr llilrì ri('

podia sen'ir, por não terem sido articulados pelt parte'

II -No domínìo do direito tributário, ao juiz incumbe apenas PronuncllÌf s( s.lìr('

os r-ícios que sutgem imputados pelâ Impu€Fantc e/ou Reco_írcnte âo ,Lcto lÍll)lllillrrl

suftaEado. e.-r faci dos fhndamentos deste último, não podendo aqueÌe, substilrttt s. rt.'papeÌ-da administração hscaì e sanar tais vícios, tlurdtmcntando de forma ditt lt rrtt ;rr'

iorrecções por esta realizadas.

III - Nos termos do disposto nos art.* 75", n" 7 e 8 clo CIRC, na rccìrct;;ìr I tlr'

então, o impugrante não está dìspensado da apresentação de prova cle qlre oc()Írflìì r)s

requisitos que consentem uma retenção na fonte de IRC, relatiw> aos exetcícìos dc I()(17 ('

l9ô8, a taxas írferiores à taxa regra estabelecìda no art " ó9' do mesmo dìpÌoma Ìcg;rl'

IV - Qtrando lal P rova nio sela efcc ruada' at é âo pag'Únen ro tl-o impt.'ro rcclì( rri\ I ''

o substituto- tributário-que não terüa efectuado a Íetenção frca desobngaclo cÌa eÍrtlc{iÌ (l )

rmoosto que deveria ter sido deduzido desde que compÍove a verificação dos pressuf( )sl( )s

pail a drçens, rolal ôu PaÍçrrl de rerrnçào- V-É o q.,e resulta do regrme fixacìo no n o 4 do seu art o'1B " da l'ei n'67 '\/2007'

de aplicação retÍoâctiva

VI - Ë' sendo de aplicação retioactjva, o mesmo há-de ser aplicado à rctcnçio rtrt

fonte do IRC em ca!Ìsa, lürra vez que constrtui um reconhecimento expÌícito tìc quc cr''r

ilegal a imputação dc rcspolsabilidadc ao subshftrto tnbutário quÀodo sc cotÌìPr(Jv'r ir

i'j fu t'rvrvJrlsi |t. l'r"', ""

íoryÌurí () artrl

ol Ìlr,/r)'r li,.l,rr,'Í: I'irncrt^cÌo Vrlc.

201

t'tI l|()|:,{:^t I ^rnr.it,||^lrr,r,i

|r,rÍvlIr,,

\i{Ír(jr{.t,'(lí,slìr(ssitJ)ostr)slì;tr,tjl(ltslr(. ,,.t t!,t.rl !, 1,.||,r.rl ,1, r, tr ,.r,)lrìi)(]lsr,,,lÍ)ÍÍ]\;l(lir r(sr(l(ìn(rr rlr lrcrrchr.r.ir.rr rl,,s r,,rrrlrrr,,rrt,,,,),,,,, ,,,,,,,1,,, , l, , , , , \rcss(.il scflr'rl.r.tl)rrì,rs tlclltrrs rIr tìì(nìÌetìt() ctìì (llt(.,1 | r .

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. r ,.tr., trr,r,,,,

\cr)r'(latìl tÌcsta Sccçivr clo Co[rcrrctoso 'I frl)ui,ilo rIr Strlrlcrrro lìrÌrrrnal .\clminis-

A,,rtt)^r)lx)rìril'lìl Í\rÍ, tllllÍrll^l Al rMlr ll'r I li^ I lvr ,

;ì c()nìll()siçÌ() cnl)rl,ll s{}(l;ll, lrctttcotrro;tsrkrtt;tt,,1rr'',r.rlr,rrrr.rrrrtl:rsrrltlrlr'sr"tlsttll,t ,t

ccrti(lito d() rcelslo c()'rcrclal.Ít{).\ssim,eporqucqueaúì1ca(lucstiü)(l)(rì(lcrìl(,,(r)rì)r):\cìl(uìç,rtlr,PÍl)r|ss,,

rudministrittivo, cta a omlssão da itr11ção do ccttlticitclo (lc rcsi(lô1ìclii (ltlcrlã()sr\rrrlr(()rr

- a Ìiqúdação dos autos estriba-se num PrcssuPosto crrittlo, pclo qtl( (lc\1Íril lcr sr(l.l

ruìulâda pclo 'Í nn a qrro.

10-lrn-rfaccclocxPosto,cs.m.o.,oTribunaìa4znvrolouaitl r) cìo rr-" 2 tkr;rlt " ír(l "

c o n.o 7 do aÍt." 75." do CIRC, l>cm como a Dircctivlr 90/+35/OLrF.

.\ Fazcncla Pública nÃo colltra-?Ìlcgou.() Exnl-" Procurador-Geral \cÌir.rnto cmitiu pâreccr no senti(lo (ìc scl rtcrlilrl"

provlmeÍìk) âo frescllte rfcu!sÔ.(lolhidos os vrstos lcgais, cumprc deciclìr

2 - .\ scfltença rccoídda filiou

^ sefltinte matéria dc fâcto:

1 :\ oru impuÍ+1ârÌtc, Éoi objccto cle umit acçãrt insPcctil'^ e qrtc cìett ltl.qrtr rt tttrtrt

liqrütlação aclicional tlc IRíl tìos uos dc 1997 c 1998, f: rclatóno de fls. ll ;r ll tì" l'\2 -\s corrccçircs e[cctuacì^s tôlì-Ì Por l)âse os scÍitlilÌtcs fiurcìtmcntos cltrc il s(1',rrrr '('

triÌrÌscrcvcm: "|'lm Ícsulttdo cìa lerificação da relaçiio clos rendimcnt()s l)rli',r )s I rr,r.tesìclcntes Àtodclo 130, r€fcre1ìtes aos ilnos de'1997 c 19913,

^prcsentaclas Plrir ( l( rli)' rlrr

limitlção clo imposk), corÌstatarnos (lue cfcctl()tl PiÌqirmclìtos ì cmprcsa lì S \ ' ' 'rrr

sedc rÌo Lu\enìl)urqo, diviclenclos nos montantes de € 13.587,25 (2.72-1.01ì1 ì$t ìl t) rro ttr"

cle 1997 c € +1.155,3s (lì.250.912${nD no ?Ìno dc 1998, tcndo utilizaclo t r r t I r ' r r t | , I r r r , rrt,

para cfcitos de liqui(l^ção (ìe imPosto, t ta\^ dc 10!/o â quc se refcre a lìlínor ,)tl" rr " Ì '1"

iÌÍt." ó9." (lo CÌlìC, porqtranto rÌiio foi oÌ)scrvacìo o cstiPrÌl^clo nos n. ' 7 c lì tì. rrr l / "'

do (lÌR(ì, ou seja, niio foi ^presctrta(la

cleclaraçilo 1ìos tcrÍìos dlt Directilrr tlrr ( I li i t

-\ssim scndo, os dividcntlos pagos aqucÌa empresa não pocìcriam bcncfìcr;rl rlrr Irr'rrcduzida, pclo que, rìos tcrrìos (ìo n." 2 do ârtl.qo 69." do ( ÌicÌgo do Ìlì(ì, a trr;t ;r rrplr' 'rr

scriir cle 25'l'0, pclo clue sc veriltcr imposto em f,!Ìta ros m(xÌtanies dc € 2 (l3lJ'(ìlì 'ìr '

ilr ìr 'dc 1997 c € 6.173,-llJ no íuÌo dc 1991ì":

3 - Por ciirta clatacla cle 31.10.199? a otiÌ llÌÌPuglìaiìtc remttcu à l)Cl Ì , o ccltrtìt rrtl"

cle rcsiclência cla bcncfici/tria dos rcntìimeutos rcspert,tnte a() tur() de 1997, r/,: Rs () tlrrl( s

ilutos e cÌuc aqrti sc cìá por reproduzidtt.,1- l,lm 20.0ír.l()97 foi pago o IRC rcspeitrntc aos drvidcndos colocaclos à tìisPrrsir;rt,

da lrcneficir'rna, conÊ()r.lÌìc modclo 130 c constlllte !Ìcstcs ?lLttos a fls l2 t cltrc rt<1Lri st tìri

por rrpnrduzida.5 l'lm ??.0ír.1998 it oía impugnzntc retnetcu à D.(ì Ì., a clecÌtração tnotltIr ì ìlt.

ben como o ccrtificircÌo tlc resiclência cla Ìrencfici/rria clos tencìimentlrs pngos (tÌì li)illÌ.corìÊoÍnìc fls- 1tì c l') (lcsl(s iìlrlos c't1uc rqui sc dão p()Í tcptocluzlchs

3-(Ì)'Ìì() r'rrrst;r rl,,s rrrrlos. rrs lrtlttirlaçircs impugttacìas rrsPcìtiuÌt.:\ 'tr)s c\L(ii rr,\

dcl()97c1()r)ft.r'Lsrrlt;rr,rrr.|),,r.,,r,,rr,resl;i;ìssctìtcrì()Pl()l)irt.ilio,clcrusPecçiìolcr;rrl,t,rcalr,, lì rrctrvr,lrr,l, ,l,r r,,,,r',rlr. t,,tì( fr liltÌlfl)lc, 1ì() fagiÌlllcnk) lì()r csf^ ci(ctÌl;ì(lr) (l(

| - .\ ..., S \, meÌÌr<>r ìdentiírcada nos aukrs, Diro se conformalclo c(,Ì â scnterìça,1,, Irrì,rr.;rj \rhnirr:tr;rtr\.(, e lisr:rl rlc, lÌ)no que rL,lg^tr ,-f rjffl",,r" , ;;;;;ì.,ì,;|||,|| |.||,Ir|( J(Lìuzru(,,ìrrÍ.Ì{,\:r(.r1,\(lcìr.lr.ìa.ìo,r,ìr,:,,,nrJ.t"th.,-r,.i,,t,r,,r.,.,.rx('r,.icros

,1,, ] 'l'il

: ,i.,1]1..::rÌìonr;rn rc slí)lìaÌ dc € ÍÌ.2ì 1,só, ,t.rn .,",r., i,,t".po, ,) prcscÍÌre recurso,ii Ì- Ìr . ì(l/,.li sc.ql!ltlr\ (,,|lclrrSõe\l

rr | \os prcscrìtes rìutos cstão-cm crllsa 2-liqúcìações clc ÌR(ì, r-g1i1111.iÌ5 \997 e 199g,' ttt ,lttt ,t \.1Ì c(nÌsidcíou a tnl)Lrfacão atrnyés d^ iar,a recluzicla cic 1ó,,1, relatir.a'-rcnte acr,',11.,",, l",l

dc dir.'idendos, por parte cìn impulyìânre ,ì socicdadc, sua accronrsra, ,,8 ...,,' , ' r ,(.(l( lì() 1,u\cml)uIEo_

irt \c1n o prcscDtc tecLtrso i0tcÍposto com o lìutdancnto dc que - r,istt a

]i,l ,j:illl:l]l:l"i--ul

f c,.'m-pusr,rdo, r,s fatos apuracÌc,s

"," p;À..,.ì ;,l.,e,liiu . ,, .,,*1.,

'!r'|) rìr(\rÌl()\cí)mai'cr cnrii(' \'rgcnte - a acfuaÇão da ota rccorrentc nãrr rrìcfcce iÌ ceDsÌlr'rlì( rl){ lÍit(liì peÌrr ,\.F'. c srrportacla pclo doukr TrillunaÌ a 4za.lìi .\ hÌlìcirrmcrìtação quc csr,i n.ì qentsc da Jiqüiaçìr, rrnpugrada suÌrsur-rre-se arrl( lllììl)rloìcrlr()s forrnais, cortro sc renra rl,ts..c,rrtclus,ìes rì;rs correcçãcs,, à circurstânciarlr r1rrc ", iact. clc [o contrir)úlÌrc] ter .ru.iackr.. iuro crc 2[r0i , ..rÌir,.^a" ac rcsidênciarr'p'rtarlo ao ano de 1998, nìo iüteu,a naturcza da sinraçiio trìllr.rtária em I ta, ou scja,rr,rr,1,r crrrnpr.rcì. o rcc*úsito fcrtmal-,-i;do nì.,... u.l,r,a",ri,,l ,,.Jìi,i, o" rtÌrposro scr.ìl'I l)fr'\ rir npícscntação, iì \clministraçìo Fìscal, d,, orL$nal clc, LcrrrÊcJdo clc rcsicÌôncir.,,

, ,,, llj,. l, ì.1::,1::..t_: f -,1,1n ",t,,,ró.",_contnriiurr a ftndiuÌ.Ìe.Ìração d() act() ,mpugnacto,l ', rí i

' lrci rìiÌLrrÍ;l!J,tn(k, À nìcsmil, dc.r,crão scr iurulaclas a selìtença c a Ìic1údação cni crise.iti \.:irn_senclo. a râ\a (lue itcidrá, em sedc dc IlìC, sobre os rcndrmcntos tÌa' ' rr,r.r,rr' rlÌl( ÍÌ,1ô l(' lì.r scrlt. otL dirr.ccì,r (.fccf!\.A (rn f,,Írugilì ( (luc .trlUl !)ào f\o\su?li rr.rlìrt(,(loìcllt() a queÍì os mcsnìos possíÌm scr inrputatkts i a quc cfcctir.amcnte foìrrtrlrz,rtl;i pc la rrrlpLrgniLnte, i.c., a tara rèduzicla clc 1O,fi,.í r(, ( ìnrì cfcito, em tìce cÌa fiurdamcntaçào do lcto tributltrios, as Lcluiclaçrìcs ora

' rrr (rlrrsiì f(Ìr1(liìrÌr -sc.na (ctracìl) colì.sìderação clc que a acompanhlr a cieclar:ação clelr,1rr.l;rcì, rlc Iìì(1, inclurndo o m.d. 130,_c.m o,r.,",,çã., d. ,n*^ i,ri".i,r. e rasa rcqra não..1:ìì l.llfn,:-^l,"lidt: ccrtifrcado clc rcsrdôucia, o quc, co1.Ì.ìo ,..uliu .i,,. pu,rto.:

" s.Ì.,,ì,ìo Curlcspon(le a I.crclatic

i)7 I rìì tiÌce dos fâctos daclos\ | . r s.rìr,, trcr.id., ,".p,r,ã,

" ì;ì,,ï',ïìïffi:'';:,jjü:lïïì:.:,:,,.:1,ïi:ïlü1"iïi

, l)lì'l:inn)miusqteosScnicosTr.ibutánosjátinhamaoìeudisporoseucaclasrro[.,rr1r'rto|;rssirrr,niiotcntirlrosiocntcnscqrÌccstcreunia?Lsconcliçõesptraaverificaçiiorr'r'r':r;ir-rrrs cl. rs .t tltrrsr r, ,s ,l( r( rì r(,s ;l( )s trns cm \'lsta pclo c'rttribuinte - desig'acliu.nente

,02ioDÍ4ri () anl '203

t)|it |l() ttjìír^1 i.^rnr,,t,ltAìlr,, llr 1rÌv]]r|,

: lllllllll'l ;,, ,,,,,,Ìì,t.ìr{\. rÍìf.s.rr,r,t,,, t,',r .r, ,r,, . ,t,r trrrrrr.r, r,, (t. rÍÌìl)()sr(). r.ì(t,)''ril', | | | | | | / i I , I r ,

| ì , | | | rsrr r lrrlrrrLì.rç,r, r;r lit\l rli. llr r rr,r,,.r ,lr .,,, . rr,,: tcr rrros rlr clisÍroslo

rì,rs irÍ1. a)'1.', lì." 3, aì..) c 75.,,, l]. 7 r tÌ rrrrlror, rìo ( llirl);rs cotrclrrsòcs do rclitfr'rlo cl;rlror.;rrl,,.;t llì,t1. (lr s\l it( ( li) lìslì(.fhlit, jrutto a fìs. ?lr' JÌ t'.r'r'.ccss. iìpcns(), rcssdfa, ltlrr-rr rrìri,r r'r tlLrc c.'st;r tì() tì.,,'l rl() probaf(-)r(), qlr(

,rr.r,,.rrlrrr.1111 ', rlr.\,1.1,,1eì,, foìÌfril)LlitÌ1r,,,,,,,,a^.1^nr"nf",, titct. cÌc teren'rado'o an,it, rtrl ||rìì Lrrlth(,rLi , dc |tstdi:ncia ÍcportiÌdo ì() ruìo de 300g, oão aÌtcra a natureza cìirrl r.rr.r,, t.ì,rrr,i'.t,Lrn.f,Llt,t.,ru scja,'ão foi cru.rprido o ."q.ri.ito formaÌ cÌado não scr.'L,rrr\\r\rr L r(du\ 1,, Lj,,lnll\t,, sem-aprét.ìa aprcsentação, à -\dmnistração Fìscal, rÌrr'1)11'rìirr () cctrrfr'rd. dc tcsicÌônr:i;r rìra a DrrccçiLr' rrt Scrrrçus cìos lJc.eficios r..iscars', ll' l, r, .1".,,,.'1..1 c,t r Dìr( r, ir^.h. f|ìr,ur. rq pr(.( r..rrììcìlrc prlo Irrr, de Il,ro r( f5r.h,' ||rììl'r1.r" ,(.trÍ\lit lrl,, 'ìu: . l' r{.1 , ,r.ÚS^ .i .1,,, ,,lrb,,ã" ln,. ..

lrrconfìrlorrcla conr as refcldas Ìiqurchçôres c com a sua frnclanlentac?io, a rccorrenfc(l( (lr,,rr ;t I)r(,scnfc inpì-ÌgtÌ?Ìção j'ciiciaÌ, inr.,oca.do como caLrs?l cìe pcchr o íìcto cÌe tcÍlr rt, rr rr |or ;r cLL resicÌêncra, cn-r Ì,rstacro \lcn-rrrro, cra cntudacÌc bcncrrciáiia rlos tcncÌrn-reof,s,r.rr1,, r 1r'1i11çnql11 c'i'iou à D.G.Ì., 1Ìos tcLmos cÌo arr." 75.,,, o.,, g do CIIì(j, acornptrÌracì.,1, rL r l;rlac-Ìo a clLÌc sc fcportâ o ar-t." 11.1." clo (jÌÌìS.

lirclrr'ra, ._'l rìl'naì rccrtrirÌo, muit. c'rbora icnha rcco.hccicl. essa pror.a, clecrclr.ll]l,l:i: ]ll]lli:l::,l,ljc

a ,npugneção 1ucÌicial, com o n,.'ao,.'.,",,n, a"-qì," tal pr,rva, só po, si,

illìil:'::l]t:.ll:l,l' .tl. :.,rlÌìug,ì,uÌtc possa bcneÍìcrar da tara rccìuzicia, po,,.1.,u,,t., ,,r'r'.rr,l .' rlrh\.r1,,. rìi,, Ltz pr,,r 1. dL rr,Jr:.r,,.\rF(.rÌ(.r t. ìr.gru.. i quc tl,Ìe rr,ro,,, _r.r

l, l]:l:l: 'lll:]:: ,r ,,rl,r

1,en1111,1a.111 ,t,, ,t,,e , t,.rr, fir,irrn p,,..;, ,,,;,,i,,.,t,rrilr r)o r.,r,, ,1l r r l|ìrlì||qr).||ìfL ! !1,, p(L|rd, r,r qrLr: rcspcitar.a a sua clctenção, confcirr-Ì]c scprevô na aÌìnceI rl,r rr." I rlr rÌrr." ó().' do CIIìaì,,

, \1r1çlr,rr5im, r l,rfL]]tr (lLLf n ÀIm.".fuiz,,ur quo,,cxtrapolou dO c(rltcúdo do acto

ll'l]] l:.i.::111,1,,,,.1,ú,,Íìrc\(.,ìrc,processo, jri quc parar soÌuçìo cÌa cpcstão em aprcç()r'\'rr ,'ì,,,'\r'l' f:r,.iu.lCrrr''ti.rr,l,,. fz, to.,lç.111q rl,r.r,( fì1,(L.l .( r\rr. pul.,ìt,,;rrc.l.,r,1,, rr'trt:ulrrclos pelâ p.L.tej clll chra'iolacão cÌo p'ncrpro cìrspositivo cÌ. pr.cesso, sob ar, r tr rrtc tkr,onrs dc aÌc.qlçiio c pror.l cìos tìctos, .segurcìo a cxplicitação que encontrlÌ n()rrt 66 1." do (iP(].

( )tit, Iro clontinio clo cüreito tributr.Lrio, ao jurz incLrmÌte apenas pronunciar_se sobrc, , \ r{ ,,\ \lur rrrqtLì ìrnput.rrios pel^ lmpuglliülte c/<tu Rccortc|te ao xcto tübutálo||||.| ..|\Í. . r'ììr Lr'( J,,. htrìd,rmcnF,- (Il.t( últrmo. a.r Iutìt rrdu ,rq||(.1e, ..LL.rrnxr.rc.r,,

',rl,t l rl.L uclr'iristraçiio tiscal e s?Ìnar fius r.r.r,,s, fu'tl,ur-rerfarao Ji-ìor-r, cüferc'tc as, )r Ì( ( çòrs p()r cstâ rcalìzaclas.

I .r rrrro cÌiz o cminente professor .\ìberto clos Rcis (Cócligo de processo CrvÌ, .\notacìo,,,r ), p,igs l"l5),,'1) fàcto matenaÌ ó run elemento p^ru

" ü1.,ção cla cprestão, mas não rl

I |, )l)fl,t cllcstt()--.

. (.).csfii() cl scr.prc uma c..trovérsia sobre certa siruação; uma conte'cÌa, arLtótÌ()rììâ.rrrlr,rr;r possa scr prévra ou prejuclicial cìe outra., ,'rr,, ;'r,Ìi, r:ll c D.tn .,, .r,..rdernr.a ,,u \.rrru:rl. a guerrao Ira ,le c,,rpun7;11..ç 1111111.1

, ,r rrrrrl;rr:ì' rlc rrm pcclirìo c1c rIraìc1rrcr. rcmécho j'ridico, atrr_rente a,r_r^úr.r^ .1" Êact. .u rlc

r1A( { }lrl)^r) l)() !ìLJlrlìl lvl() lllllrllllA Alr^4!lll , rllAllV( I

tlir.crÍ9.soltrcrÌrìlit(r)lìr'ÍcliìsituaçirocìcIrrrtoorrlrrrrrlrr:rr,,,lrr,,;rrt ( \lslillìì (ìl\'( 11',iìÍr( rilt.

.()n] l)rsc cnì aÌcg^(ìas |azõcs clc Éacto otr tlc cliIcrlo (t itrrs;rs tlt lrctlrr) ,/r: \cr'rÍrl;ìl) Lìr'stt

Srrprcnrr 'friìrr-rnd tle 5/04/95, fu rcc. n." 18.137.

4 - L)o çe Êca clito, jzi saÌten-ros que, em f^cc da fìurdamcntlçãrl ckr acto f nlrLrtrllrr '.

o qtÌe pfovocou as liqurclaçôes adtcionaìs e1n çfisc Ììão fbr o itcrur1primcnfo rLrs rìr'nÌlrrs

lccpisitos substanciais lcgaÌn-rente cxi31c1os para a reclução da ta\iÌ dc lR(ì, rnls strll rt

inobscrvânciir dc uma foülraìidaclc legal (junção clo certrficacb de resrclôncit ató À tlrrrr tìr '

piÌgalncllfo do imposto).'fiu.Ìto assìm quc a recorrcrte ?Ìprescntou, em 31/10/97 e 22/6/98, atestado corlplrr

lativo cla residôncia cla bcncficiziria dos rcoclimcntos (r'iilc n '' 3 c 5 c1o ptobatrino), palrr

a]óm, potrrnto, cla data cm que esta rcccbeu os refcridos te1ìdlmcotos

()u seja, o rcfcrido atcst^do não satisfazia as exigôncias lcgais c, por tsso, oão I)r)(ilrl'''rmprir ; .'r:r írnaìrdade .Õmpro\nn\,r.

l)ai que a acÌministrtção fiscxl tilesse concluído, quc, tlos iuìos cÌe 1997 e Lr)()lÌ. rr:rrr

se encontra\.am rcuniclos os rcqt sitos Ìegais quc consclìtiam uma Ìrçrdaçilo tìc Ilií rr

11Ì\iÌ rcduzldil.À lts não ó assrn-r.

Con-rcfcito,comacntladaemvigorclaI-ein"ó7.\/07clc31/12,estabcìtrt '' " rr

^rt." .18.n, n." '1 qrÌe "o afâstrmento da rcsPonsaÌ)1ÌidiLclt prevista lo n.o :+ cìo xtlrtìi ) r)ll " (

no n.' 6 do artigo 90."-'\ do (ìócìigo do lRC, na redacçiio que thcs frri dnda pcìrr prlr'r rrl'1ei, é ,rplicávcl às situacitcs anteiofcs à entrada cm vigor da mcsrnir, indcpcnrlcrrlcrr,. rrtr

cle já tcr srclo cfectuacla a liquidnção clo rn-rposto, excepto quauclo ter-tha havitlo lrrl'rtr 't"lìir.gamcnto do lmposto c Íìão cstci?Ì Pendcntc ÍecÌamtrção, recurso hie r1iÍ(lLrr( I I I rrl

rn-rpugnaçiro".

.\ssim, o afastameúto cla rcsponsalliliclacìc do stúrstinrto tÍ1i)utário dc clcclrr;rr 'r

rctcnção cìe IRC quando o Ìtcncficiário dos rcncümenfos não aprcscntlr, iÌté ,Ìo lrfrììi) (| i

prlzo cstabeÌeciclo pnra erìtrcg^ clo rn-rposto, o Êormr.úário ttÊerìdo na al. a) cìo rr'" J tl"rurt." 90.'--\ do CÌRC previsto r1o seLL n.o 6 ó de nplicação retroachvi!, erccPto sf lr\rrhat'iclo lugar ao pagamcnto clo rn-rposto e não cstìvcl pendcnte reclamâçiio, rccttrs,r

hicrárq-rico ou impuSyrirção.

F, sencÌo cle aplìcação rctroactiva, csta disposição legaì tcriL ncccssÀr'iamcnte tpllcltçiÍ )

iÌo ctso dos arÌtos, quc rclnonf,ÌJ como vin]os, aos anos dc 1997 e 1998, tllÌ1rÌ \'cz (ltlr

cotlstitlri um recolÌÌlccimcnto cxpÌícito tìe c1,.rc cra ilegaÌ a imputìção cÌc respo[sillliÌtcliitlcâo suÌ)sfltuto tributálo çando sc colllPlo\'âssc a verificaçãíJ dos PrcssnPostos l]nrn il

rìispcnsa rotal ou p^rci?Ìl de rctclÌçrio (to caso, con-ro rcfcrimos, a prova dl tcsicÌirrciit tlrr

bc'ncficihrio clos rctÌdiiÌtÌltos), mcsmo que À (, rlnp to\,Ìç ì' ) \-lesse  \c r fclti! 1Ìlcnas tìcpors

Ll() rrl()mcnto cm qÌÌc a retelìção deveria scr cfcctulcÌa.

.\1iás, ó o prriprio preccito legrü quc rcfere que o reglme neÌc corìsrlfìtado "ó aplic;ir t ì

ìs siftraçircs ^ntctioíes

à cntr?rda em \'1goÍ da n-rcsmiL"

ÌÌ)sto isto e como rcsulta da matétia de facto Íìxada no probatório' a litltritì'rçrìr'

lt fcr-c sc a paaemerìtos efcctuiÌdos a cnticlacles não lcsidentes no terdtóno naciorrrÌì

04

r) ìt o |lì(;^t _(i^ () t' ^tií

rrrr ||t rÍ,tv Í )li

lÌrr Isso, r'clilÌca sc rurra sitrraçiìo crrtlritrlr;n.r,l rr,,,, IrlrItr,s rrl. í),]..,, n.,,3, al. r) c75", n. 7 c ll do (lllÌ(j, rÌt lcclncçiÌ() (l(,cltii().N( ) cits( ), c()Dìo rcsulta tiunbém rlo pr rlrití;Ír ,, r,s rct.trli(n(lí rs tlc rcsrtlôncia cÌa cnticlatlc

il;ì,l,ilììïi'""t" tìrtirm

^prcsenlaclos, cmlr.tit tlcP.rs rl. ,,, r,i, ,t,, i,rìr,, parâ e1ìrrcga (r()

l)r,r 1111119 lado, cmbora o inr,,ì ricra r.ci..r 67-ìË-õiïuïriliLïi^;:ïï:::"ïËï3.ilJi.j;.i,ï;i: .- "'*,. u,

.,. . ï11::.::li t.onclúr quc, incÌependente-ente áo ,.rpr.r^iliãoa. contia_ordena_' 1,

'r r,l | ,Iì r( pi )s-a ScÍ ìmpurada à impugrarr te,.se ven 6cam oa'p r"rruporro, alo o fas trunin t, ,r t,r sr,r .r.sporrsabilidade como srrl,stituro tri-butário e

"e" .Jrìïni^ ì e\cepçao prevÍsrarrr prrrtc finaì cÌo transcr.ito art.. 4g.., n." + a.rtu I-.;.

, .. ]1.1:,1-n*., a Lquidaçào impugnada-enferma de vício de violação <Je lci, dcsigna_,r.ttìì, rìr( ,t,ì prccerruado nesre;ÌÍr.o 4g.., n..4 da Ler n..67 fióZ ""''

5 - Nt'sies tcrmos, acorda-se ei .iiifd- lr.-r,-ento ao presente rcc!Ìrso, revogaÍ,r ri( r r r( ,ìçrì tccotnda, julgar procedente a impug'ação judici^t ",.'._

lo.rr.q,_re'cra, amìar,r., trr;rrrrl;rçòcs adicionais em causâ-

Scnt fustas.

.r,,,r,r]r'.',,,,a U O. atato de 2010. _ pìnettra do Vak (relatot) _ A{redo Madueìra _ I:aletn

Acórdão do Tfibunal Central Administrativo Sul r')

de l2lO5l2OlO

. Valor Patrimonial dos Prédios Urbanos Avaliados nos Termos do CIMI. Zonamento e Coeficientes de Loca.lizâ.çío . Fundâmentâção do Coeficiente deI-ncaliza.ç^o

I - À determinação do valor patrimonial dos prédios urbanos resulta cÌa explcssiì,rcontida no aÍt." 38." do CItrI.

2 - Os coe ficientes de localização mínimos e máximos a aplicar em carla rrrrrrrcipro,com base designadamente em elementos fornecídos pelos peritos locars c regr,,rr;rr' ,

pelas entidades repÍesentâdas na CNÀPU, bem como o zonaÍÌento e Íespcctrví's ( rì( llcientes de localização, com base em propostas dos peritos locais e regronais, siio lì r'ol)í rr t(

'r,pela CNÀPLI e aprovados por portaria do lÍinistério das Fìnanças como rcsultir tlr rr " Ì

do art." 62." do CÌlrtr.3 - O zonamento e os coeficientes de localizacão orevistos no art." "13." ri, t.llll

foram aprovados nos termos do n." 2 da Portana n.'982/)004, de 4.8, editacìa nos tcfrr, )r

do n." 3 do art." 62." do CÌÀÍI, frxando-se no seu n." 7 que o zonamento, os c(x licrcnt{ s

de localização, as pctcentâgens e os coeficientes majorativos referidos são pr.tÌrlicrrti ,s rr,,

sído wwvze-finarcas.govpt, podendo ser consultados por qualquer ínteressâdo, c ( stiìr )

ainda disponíveis em qualquer serviço de finanças a que se seguiu a. Portada *" l-126//2004, de 25.11, e a primeira revisão do zonamento e dos coeficicntes de localizaçiio li ri

aprovada através da Portaria n." 1O22/2006, de 20.9 a que se seguiu a Portaria n." I I | ()/

/2009, de 30.9.

4 - O coeficiente de localização previsto no artigo 42.' do CItrtr ó um valor aprovack 'por Portaria do NÍinistro das Finanças sob proposta da CNÀPLI na fixaçilo do clraì sc

têm cm consideÍação, nomeadamente, as seguintes caract€rísticas: accssibilirladcs.proximidadc de eqúpamentos sociais, serviços de transportes públicos e localiztção ctrzonas de elcvado valor dc mercado imobiliáno, sendo quc o n." 4 do art.'42." prer'ô airrd:to zoníunento que consiste na determinação das zonas homogéneas a que sc apìicam os

'' /z u.rrrv.dg:i.pt, Processo: 03832/10. Relator: Pereira Gameirc.

iopy{h () Ouid Jún6? 6ondôdê.diroÍaÌ06 oÌ'r4rr Ír Oud JÍnsr hír,od.ít..diôr.

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,,l';J]lilì:iiïiïìlil1iï;ïïl:i1'''' 1rrrr,11;,1,,r,(r,(,r.,(',,,,rr,r.carizaçii.4,c,,,,s( ,,.,,{,(,ì,(,,r"r,,.,,r,,u.,r,,'ìprii,,,,.Xï';-illïj.:liï11Íl:;i,;l:i,l]';:J;i;,:.ï::i*Mii;;

1; 1.:; : a"^tr,uções, Ld.l rccorrc da scnrença de fls. 11 a t8 rta -\Ic.tissima f urz

,i,,li',iï,,l,llïli,ïï",ï];ïliï.,1:f';cecÌcnteaimpLrg'iie";,,,ri.ìi,r,,o.n,rrcrxaçjic,I ,,,',1', , ,,,i,^,*, pa.n ;;i;;',,,,.rr:i;;':.ììfïtl't ;n'aiiaçìo rro tní'!nt,rrÌtc a" e +,,: :+,1,ôò',"]

1,,,';ìllì,ì:,'""J;"''';:i:,ïïi;ìïl'iì1,ï::::, .:Jì:ïi:l::,iïiïífïil'iJllÍ"'ïr;ì:ifl;\;rs strits ìlc{açircs tle rccurso forrnula as scgrrrinfcs conclus<-res:j/ ( ) c.cticie'tc dc ì.caìizacì,r, q* i,,r-

"r.^",ra ,,,"*r^,,ì u,, cálcuÌo ckr r.^l.r1 r.r,t |rrrro.nr;rl tlc run prticlio, prcr.istcr

:,,t ,ìi,:lli;lj,;;;iil1;:;'ï.li:;""'"'"?;ïl;J; "ìi:;1i)ï"ï,,.J.:ï:;lìjjïl:.::f,ll/i/ \s porrarias n. .9ti2l:00

r 1 rr,/ io0() (ìc 20 dc screml)ro ,.i-r1:.1"-* u" -\gosto, 112ó1300+, de 25 tÌe \overnbro e

I I 'l,,: ll*llljÌliriïïjïïï,,iÍìJ.,ïtïÌ#ìi :Ll ::l;*x,:,;,l"i;*jí / \()s tcÍrnos ckr n. I c 3 ci.o.ut." _t?.",clo Cltrtr, o corÌcreto (,L a ter cm conta' rr;r ;r rrr aLuçìo cÌcpentJc do clcsturc

ir ìiìr I jï'Ì*iÌ11ïï:ï^$*:jlr:jÏ

i :iïlïrïH:il ï .ffi ïlll,::J,ï,:ff;;ll':;;:m)Ïì""ffi f6ili:;i;1ï:ìÏ$l,i;ilï:ì ji,;;--l';l;*:l'Ln*;, i )/ Iìn nÌomcnro aì6pm cÌo

f,-.:.:. .1,. a\,,ìÌiação patrimonial cÌo prócìio objectr>l'ìi;ï,llìïì:ï,::Ï1,1.'lïi:;-ï,ï'f,ïi:::'t'ti'cada ric n,i-^ Àì,'ã,-.Ï,ìda s,rais e com<,\,r(,1() (k) (-1,1,50. rrcs Prevrstos no u " 3 dlr art."'12.' cÌo i;if n, puru,

I \,, il(,l\Íl (zor r:Ìrììcn r{ ) lr' ,..,l,r.irJarlcs,

".rtt;,;,',"..;âli:í nao collst'un os eÌcmentos citractcristicos do Ìocal

; : l, I ., : lt:*jj,Ìï; ilì ilïï':: ï"ï,lïï:iiïì:,'.;iï ïi: :lïï:f ì,:::J i[*"1

, , ,1 , .,1ì;1,';i,J':.;;:ll:lliïi:?:::111.j.^o,u,n dr riu*ramcnraçìo,a a,ropcào,r,,

lrrrl, ' J ,','.'',,1,,,i;l ,..,;;;ììì" 'r Irer co'qrìoj(rrr\'{'|( \ LÌL'Í'rÍ\Ì'(tu( lLrmrr,.,Je,üìi.rf

t

(,) \ cLrtrlir s('rrltrrrl fcz cr'rt'rrr(ir |,II(rIr|{ |,|I.,|,',|,, lrrt,,s.r,(,)tìt,'tIl, 11;1,' 1r,,,||.r1r.'rtìittlocourofrtctopr-olarlocltco(ii.llirll ,' pllr|r,',rr,rlrrr|l, t lrr tlt l.5o.

//)-.\dotLtasttrtcnçarccorricìaincolr'r'rLcnrclr',rrltlrrl!irrìcnt()(ìirrììirtarr.r rl( l,r(t,)c tic tlircito, tentìo r-rolaclo o n." 3 do rrtigo (r59." rkr ( ll)( I c o n." 3 ckr ult." .llll." rl, t .l\ll

'l'errnos ctn qrLc clerc () prcscntc rccurso scr juìeiLdo proccclcltc c trrr t,,rrv tl'rirr' r.r

scr rcr-osacla a (louta serìtcnça rccorricla, anulartdo sc a scqurtla a|aliaçìrr r.ti,ttrr;rrl;r ,r,,précüo urbiuro l)55-15, da freg-rcsia cìe Pousos, concellto dc Leiria.

Não fbram apícserìtâ(lÀs corltÍiÌ {lcg,Ìça)es.() Di.qno Àtaeisttacìo clo llinistclrio lrLiblico cmitiu o cÌouto prrccct dc i.ls. 7() c fìll rro

scnticlo do pro\.imenfo do rccurso.(lolhirkrs os listos le.qais, curnprc dccicìir

II - Naiecisão recorridajoi dado, como asse[te, oJeguüìte

a/ \a scrprôrcia Lìit erÌtrcrÌa cÌo \lorlclo L pc]a urprrgnlnic com visfa ir rr\r rr, r,,

clo çrr'ódro u rano, sikr crr Ì)ousos, coucclho clc l,ciria, lbi ctcctuarlu ,r ,rv,rlr,r, ,, '

do refclrìo prclclio (r'icle processo tcÌrlinistratilo apcnso);

á/ Nonficacìt iÌ Ínpugì^tltc ckr resrLÌttcìo tless;r evirliaçiio, rccllcrcrÌ it rììrsrÌì,r rrìr I

2."ar'aliacão,inclicurcìocorttoscrrrcprcsentilntc,lli1ìtcrvirna2.';tr';rlr.r,.r,'.''.'\ntr'rnio (]uiaios clos Sirntos (rcclncrirnenfo c()rìstar'Ìte clo pr,,, r , ,,

administratito apenso);

c) () pcrito indicaclo pcla impuguante fìri notificarìo pllt cornparcccl n. rlr;r l't,'/l)9 /2006, ìs I J hous, no rcspectirrr Scltico dc I;inanças, para cousrrrr rrr .r, , ,l.r

cotttissio cle alaìitçiio e para sc protcclcr ì 2." iLvaìiaçiro cÌo prórlio (,rlir r. rr '

3721, dat^do (lc O7 /09/2006, fls. 3 e -l cìo proccsso aclministratirr r ;r1rt,ns,,1,

d/ ['bi tomackr corttpronrisso tlc honra ao pcrito irrr.Ìicado pcll impu.grlrtr'(llr, ,

lìr{'r(si,,,tllrrìirì,-lriLII\'Lr iilìuI|:', :

e) l:.i1 19/o<)/2006, rlepois rìa cornissão cìe alaÌiirção tcr tisro e erirrninatl,,,,próclur dcscnto, proccrleriul iì irvalilçiro rb préclio clcscrito na frcìrrr cìc avelirrL;;r,,n." I l28lìl l, do préclio utlriuro, conr o artrgo matricral n." 55{5, da f}cgrresr;r rlt'Ìrousos, tcndoìhc sickr rtribuiclo o vaÌor fributr'n.cl (lc € +02.2+(ì,0(l (fìs. {,,7 c

8 do processo atlmirrrstrirtilo;tllcnso que aqui sc dìo por intcur'almcltc r'c1rr,,

duziclas);

l] () rclmo clc nlrtÌiaçìo teve o \1)to dc vcnciclo (l() rcplescrìtiLrìtc rlt iurPrrqr,rnt,por não concorciar corn o valor clo ( ll rncìicado para o local (tcrnro clc in iLìr;rt :ì, ,

cle fìs. 1t);gr) () c()cÊcicnte clc locrlizitçiio para o pti'cüo araliado c ideltifictckr na irìirrc;r ,, tl

cìc 1,5{1, clc acordo com o Sl(ìl-\fl - Sistcma tlc Infornração (]cogr'ífìlr rl,,Imp()sto \ltuìicip,ÌÌ Sobrc lmcivcis, publicaclo no sítio urlt:c-Frn,ÌrÌ(;rs r,,r )\.1)l

(fls. 2{ì c 3{);

rtt.qry.ohr ( ) au íl !q,yrrri r!) tu (l .r,ís? - soc'êdãde edlob 209

I' tÌ() |lr A1

/t,) l)o r.srrlt;rrlrr tl;r l.',rl rrlr:rr ,rr,, l,,r .1 rrrl, |rr.1flt, rr,,irlr,Ì(l,r (.Írì lt,/lt,),/10(Jí, (Ílr.i) rlo lrr.()ccsso ,t(LììrrìtstÍ,ttr\r, ,tlÌr r., j)

i) L1.11 ll.t/||/21 )() ârrl)u1Ìrìrrìt( r(.rlìr{.r( u,,r,,rlrrrli, rl,rLìrsl)()slo rì() NflrlÌ().ì/,,,tr."ldo(l.l).Ìì'Ì'.,âpass,rlÌrìrrlrrrrrrrlrror|,rlrrrrrlrrrrl.rrtlscÌcircrecrlcì

rIr.cit,,l)cl()s (lLl,Ìrs li' fixacÌo o \'c rrÌì € í,ll.iìt). ()(.1 r.rrr 1.50 c () tc()Í lntfgÍil (1,ì 1.,,L\'âÌ1t(:ão (fls. 11 dos pÍcsenfcs itütos];

j) I:,n 15 / ll /200ó fÌri passada e ccr ticliio rccluclria peÌa ìmpuurranrc, nos rclrnosconstaÌltcs cìc IÌs. 1f a [6 dos Í)rcsentcs autos;

k) Iì,m21 /11/21)o(r aimpugr:urtr tlecÌLLzru,Ìprcscntc rmpLlEração (c;rrinlro içostrrrì.r pcrr';^ in;, i.rì ,1, ll-. L

\i sc consiglou çc as clcmais asscrçõcs da douta petiç.ìo iDtegrarn conclusitcs clr.l.r,t,,oLrcÌireitootrrÌÌetasconsidertçòcspcssu,usll,l111pugnanfeegLle'o.l.dbr111alaliccrçr,rrr ,r;r ( i)r\'tcçào 1Ìa apreciação conjLrqarl i de tr,dl ,r p L-oì.a clo.u .nful 1.urto ,,,,s ìrÌk)s pcl,lr rlr Ìr1i,rìrLlÌtc c 1lo pÍocesso acünt.isfratir.o apcnso orgiutizado DoS tcrnlos Clo arttgo 1 1 | ..,,1,,( lÌìl Ì1, urclicada tcÌ^tivamerÌfe a cadr im clos fictos, cujos docrÌmentos 'ìo k)r,ìrììrrrrlr !llÌ(k)s.

\ (lLrc, ÌÌos tcrmos do ,àtt.,,7I2." clo CpC, sc adita o scguìntc:l) \ cìcclaraçìo modelo 1 refcricla em a) foì recebrda,- s"."iç., cle tlìrúÌças 3603

l.r'rrre f cm 9.3.2005 (íì. proccsso administratì\-o apenso).\;r. concÌusão (ì), a recorrcnte, ao cntendet <1ue se fez crrónca inferprcfaçiro t|rs

l;rt t.s. rl15ç111q12 fls 5e ter- ciado como provado qr,e o ÌìÌ para o précìio ar..Llìado cra àc 1,.5tt)!;r. ìÌtc lssistc, c_ontud-o, qualquer.tazão nessa prcfcnsão, páia q.r" o que se deu conì()1rr'rv;rLìr fìri '1trc "o coefì'icnle de kr.uriycrio fttr,t a prítlit du/iàa a ìtintiliuào nd d/ittea tt) r tr.I . ttt. 111 1,n1f1 cttn a SIGI,\,ILf ihnr fu l!1at/;diìl GtogriJL., ìo ln]>o.tn )ltnaììptl .\tol.tn,luit

^, 1\tblìrttlo .n, irìa auu:t1fìutur*gu;pt" i'1'. ut. g rì'piaburórh1. i)ra, tar fa*ua]icracr.rr'r" rl 1115111g11fu1h-1)elâ impuglì?rrìte ncrn p.r clual<1uer er'eme.to constiurtc 1ìos autos (,,yr, rl rsso, lrerl se cìcu como pror.ado o que cor-rsta ia aÌ. 6f do proÌtatt)no que, âssnÌl! s(rr,r.tcrr. .\ .ÌrscorcÌàrcil cla rccorrr:'te parec", a,rt"s, ,o.üia. "- < e nÌo se cler.ia lpìica't rl t ,c Írcit nte pot rúo Ìrat.cr quaÌqutt frurdrr-re ntação para o mcsmo, nras td intcçr.etaçaorr,r,, rrrr';rlicla a firação da rlatétia de fact. cm q'estão. Sc cÌe clcvia .. nzio ser

^pÌlcado rÌ,1

,Lr;rlrrrÇii, cr._caLrsiÌ é qucstão a aprccìar cm seilc de âpÌicação tio clireito âos tactos c t.Ìii{)'

rrr scrlc dc iìraçiio cla matéria cÌe rtrto, d,,.dt rì,, rnìhcr d prcrellsào cla recor.c.tc rrr,

" . , ,l. r ,r,rn, l,r.\.rd,j ral Ir, rual.Ll,t]r.

I t I - Exposlos o.sJactos, ve jamos "-ra*,, -!;r rlccisão rtcrrrricìe, apt'rs se c(lu.rL(rÌ.rr qrÌc.rs qrL(jsfòrs n.rprLclarc (lecrclir cr.Lnr cì;r| - I .Lr, rc,Llt au,Lci^l,rc:rr.r r i,rg.rli,l,rde,l r i\ r.l, ;,,4..ellte r,r crr.,rrc.r .rllrt r,.r,.,1, í lrJr'1.ìl).tLrLcl,rr-scrnìlì1,,(((lcnfcaimpusÍÌ,ÌçãoporsetcrconsiderecÌonãotcrÌrrrvrrìo

A{ (Íllr^()|X)|il,l'lll À/l) IIllllllli^l ^

rl4lll lILAIìVr)

ltrcfcriç;ìo tlc t1r[rlLlrrt.r lìrl titÌtdac]c lc1',rrlrtrr,rrt, |rr ,( ttt;t rìr) rkrrr|so tio l)n)({ssr) (Ll Ì

irvrlraçi6 c l)()r.s(,crìt(.n(lcr quc iL 2.'tv^llir( r,) rr;r,, prr,lt.r r. tl,, r'icr,r rìc clr-r'rrrcrr rrpìtr'rtr:t,,

r|r cocficicntc clc Ircalização, net1 de ftlta dc IrrrItl;rtrrcrtIIrt;;rrI tlc tìrct<I nl fìxlçiio tìo { .l r['1,50.

Scnclo as conclusões dâs alegações que fiÍam o olljccto c ârnbito tkr tccLrrs() 'orììr)

rcsulta do n." 1 do art.' ó90.' do CPC, aqtu aplìcáveÌ, tcmos que a recorrcntc cliscortìrt tì'r

dccidido só na paÍte em que se crÌtendeu que a 2" avâliação não padccc clo víttrr rìt

errónea aplicação do coeficiente dc localização, nen.r dc fiúta de Íiurcliurenraçiur dc l,tcl,,

,ra úxaçãó do Cl de 1,50, por entendeÍ que o acto de avaliação pecr Por fâÌt,r âl)s()6lrr (lr

frurcìamentação na adopção do (ìl de 1,50, por não dar a conÌleccr o "itcr" coglloscll'v( ) (

\ialorahvo quc PeÍrlitru aìcar-rçar aquele CÌ c não outro, sendo quc cm momcnto tlgr'rnr t| r

processo cle ar.aìiação do próclio for notìhcada de foÚr-ra fiutdzrmentacla q!r,ì1s c c()rìì()

foram ponderados os diversos factores previstos no n' 3 do ârt' '12 " do CINIJ pala ;r

fixação do Cl 1,50 c no SIGINÍI (zonamcntír) não constiÌm os elemenk)s r:ârìct'rishL,\do Ìocal (acessib iclades, ttuÌsportes públicos, cqurpamentos soc1als, entre outros) (ltrc

lcvaram a que o Cl concfetâmente definido se afâste ou se aproxúÌÌe mâls ou mcn()s (l()s

limites mínrmos ou má\1mos.

r\ qr-restão clccide[da conslste, Pois, no esscl)ciâl, em âprcciar sc sc veÚ[ca faltâ absoÌtrla

cìe 6-urclmentação na adopção do Cl cle 1,50 na avaììação etÌl questão

Àfigura se-nos não assistir razão à recorrentc

Como se pode lcr no preâmbuìo do CINII, aproviÌdo pclo DI- 287/2003' dc 12 dc

Novembro, coir a rcforma da tibutação do patimtinio levada a cabo por este dlplorrìrì'

operou-se "uma proflurtìa reforma do sistema de avâliâção da ProPrieclade, em csptt iirl

cla prop.ieciadc urbana. (...) o sistemâ Frscal passa a ser clotado de um quaclro legrì rlr'

^uoÌr^çõ"a totâlmcnte asscnte em factores objectit'os, de grande srmplicidade c coeliìrìfril

ìntena, e senr csp',rço para a subjectl\'idade e cLscriciolaricdade do av;liador'"'

Com o CIr\lÌ, a determinação do valot patnmoÍÌiaì clos ptédios uÍbarÌos resulll (ìrl

cÍprcssão conticla no art." 38." do CINtr, oncle consta, entíe outros, o coeficientc tìt'

Ìocrúrzação com pre\'rsão no ârt " 42." do CIÀíÌ.

'\ recorrente só qÌÌest1ona, tx riLfl/, o coeficientc cle iocalìzação r.rtìÌrzado na avaliaçã()

por Êalta dc fundamentaÇão na acìopÇão do mesmo.

-\propósito dc tal coeficiente disPòc se no citaclo art o '12 " o segutnte: '1 O t:oefìt rttr:

tlc kialì1acio (CIL) urìa ctbe a i e 2, Í)ale d0, en Ììl//.(õet le hdhiÍLtlão disper;a t:m meìo nual t:trcdrtitla para 0,1 5 e en i0 t)r fu e b t.adl tular de mer,)dda ìr/abìlìáia vr e letuda uti 1'

2 - Ot roe.,Q,,ìcúe t u ap/ltar tn [at/d :1:uu homlglttct da n nìLipìa Pa.le/// t t)17']r L:o fzmt \t lnt llrlc dry'ios dcrtìnadas a habìlacãn, tonírdo, fudírtia ttu tertiçot.

) - Nulxaçiìo do raefLtente de ktallyção lên'Y en .0 til(ftqão' ,ameddu//tenle, dt tt,!///tÌh'\

d) ,.1te.tsilìlìdade.r, LonslderunrÌo.se rvno taì: a qwbdale e tdiedaìe das tlds rolot iiiut, ftntt i,íti,t,

thtidi.r e naitìnus; b) Prct::ìnìdade de etlatpdr/efiÍlt iaLìLÌiJ, deignaìaneúe e:ltki' Ìu 1ill\ l)il)/iio\

lqry, ' ri rìtrd lrÌ, ..i! .lrlr. drk ì

v 'tr' ! I (ìtr (l Jurs? - sôc'edade ed ìorâ210

211

| )tttl tl()ttii|^l t.^in r,. t,|l^ r r r,, ||t ,rÍV r(),

|'l|u//|'|i'/0''i)'\.t'ttrtl,t/t'/tittttftlt.ttt/vill/ì,ltl,',l)l,,''t''l''l.,

/()1ulmctt/tlLr)rì|fnulth'|/,l/1l|,ltl,l.tt'',lu,t,/ltlttttlt'.:n,'t,,,t,ltrttttLt á /o,ir/ì1rr-ão do nnniúph t u l,LtiitÌttt!,ltÌt ,r qrrt ,r. nltrt rt n.', ! tto uttfuLjj,".,,

( )s c()cflctclÌtcs cle Ìocalìzação mírrrnros cr rrriixinros a aplicar em cada municípie, c61rlr;rsc tlcsigiarlamerìtc cm clemcnk)s Frrrnccrdos pclos peritos locais e rcgionais c pelasr'Íìtrd;r(los rcprcseniadas.a (lN,-\P[], bcm como o zonâmenfo c Íespectrì,os cocficicntcsrìr' L rt aìização, com luse ern propostas <Ìos peritos locais e rcgronaii, são propostos pel( .\ \ì)lÌ e lprovados por portaria do r\linistério das liinanças como rcsu]ta dc, n." j ri,,,rlt." (r?." cÌo ( lÌ\[.

\ssrn, o zonanìcnto c os cocficientcs dc locaìização previstos rìo art_,, _t2." clo CItrtÌi,ìrjlrìì rrpro\.^d.rs com a pubÌicaçiio clas Portarias n..',982/2004 c 1426/200,1, rcspccti_\.rÍì ìrrìtc de -+.ll e de 25.11, quc concluíram o norrr sistcma de avrüração dos prédos trrÈanosrr r.trtrrid. pekr CIrÍT e a primcrra rc*isão do zo.amento e dos coeficicntcs cle locaìizaçã<rl,rr rrlrrrrr.rcìa atrar'ós cla Portana n.o 1022 /2006, de 20.9 a quc sc segrüu a portana n.,,| | l()/10(19, dc 30.9, todas ccliradas nos rcrmos do n." 3 do art." 62.,, do CÌ\[.. \irs portlnas cÌc 200.1, supra rcferìclas, aqui aplicár,,cis, fr)riun aprovados os cocficienfcs

,h l,rcrlzacão mírin-ìos c m/Ì\rnos a aplicar cm cacla município pievistos no art_" {2." do( ì\Íì (iìrt." l.'). C) zonamcnto e os cocírcicntcs de locaÌização corrcsponclcntes a cadirz,,ru dc vakrl horno.r4énio . . ., nos tcrmos e para os etcitos do art.. -l2j do CINIÌ foran.rlrrrrrrrclos nos tcÍmos do art." 2." da R)rtâria i." 982/2OO1c nestÀ se fixou no art." 7.,,{lrc () zonârÌlcilto, os cocFtciullfcs de locdização, ?Ìs percclìfa.qelts e os coeficientesr r r,r1.r'uri'os rcfc'ridos, respectiÍiuÌìente, nos n." 2, 3 e -l cla prescnte pclrtaria sio pulllicadosrr, sil*r rL*.rve fìnar cas.gor,'.pt, poclc.do scr consultados por quiúquc r nte rcssado, c estãcl,rrnrlir rüsponír'cis cm qualqucr serviço dc finzurças.

ì )( ) c\p( )sto rcsuÌta quc o cocficientc de localizaçâo prcvrsto oo artìgo .1?." cìo CINI], rrrrr valor aprovado por 1Ìrrtaria cìo r\Iinistro dts Finauças sob prop<)st; dâ CN_\pLt ralrr;rc;ìo tlo guaÌ sc tôm erl consicleração, nomeadiÌmcrìte, as seg.uintcs caracterisrrcas:,rr t ssrlriìidarlcs, pro'r'nicÌaclc de cclu\rarncnf.s sociliis, scrviç.s cÌe t&urspottcs pírblicos cl, rr.rlrzaçiìo cnr zonas tìc elcr.aclo laÌor clc mcrcado imobiÌiári<l sentkr cpe o n." { tlo art."lì." Prr'r'ô arnrlto ztnÌarÌì€rÌto quc c()nsiste na dctermúlaÇão clas zonas h,rn']ogencali a,-lLC,r rrPlrt ;im .s diferclìfes cociìcie.tcs de l.calizaçiio cm cada rnunìcipio c iN perccnrirgens.r tlrrt s. r'ctctc. n." 2 do artil+r "l5." do (ll\tÌ. -frttâ

se, assim, , coeficrcrÌl€ (lc Ìocâlizàção,t,,rììr) r)ütr()s, cÌc um vaÌor predctiniclo por lcì 0, poÍfallto, rnclispolìí,,-el para quiüqucrlr, ,rrtle |irt-ìo ou irltcração pot partc clos pentos irìtcrvenicntcs no proccclrrnento dc ai-iüillão.

I rìr rÌct() crcorÌtr^_sc s.ficií:rìfe mcntc fu'cìarlentaclo <1ua'clo dcÌc é p.ssír,el cxtrarr-,l.,rl ,

' l)cfcll's() co.qr.sciri'a e val'rarir_o scnurcì. pel' agc.tc, pcrmitr.do a. intercssâd()r,,rr111.1 1r.

^ssinr, as rtzões clc fact. e cle cÌireit. cluc clcrermr'ar.arn ll s.â pÍ1Ìfica, c(Ìnír L1

{ r Ì( rì( lirììcnk ) d,Ì Jutisprudência dos nossos tnltrurrìs supcnorcs, scnclo cluc ò urtu dc frmdar.r, rr.r :r, ìr.i cìc scr,'.rrh,1rr.rrl,, .ìi, trÍì,, f,,rÌcrch, rlo ;rcro r.cl:rs .ir.,-urrsràriil* crn quc ,,rlsrrrl lirr I)rLlica(l() (\,. \r.tlrS'j \ tìc 11.12.2007,tÌo rccÌÌÍso n." ó1-5/0.1).

A(,( )l ll )^1) lx) ljtll'l ìl À/l( | | | lllll rl l^l Al rMlÍ ll I I l^! lvl )

\cstc contcrto,lt truì(ì,unciÌtlçir, f \rr,.r\, ì 1,,rr.r ,r .r1'lr, .rt r,'rl"r"LlrtrtrllctìcI'xrtlrz;rr't"

rÌnctì^s .sc pocliò circluìscÍcveÍ à idenlrlle"'.ll" i't "t',' 't'' '' /t'srL:l (li ! lìr'Ú!lr() rì() r "r

r' r'ìlr" 'L'ì1"ì.i,ì . f.i*,.ri^ ac Pousi)s, Ruâ dos , ao csr'ìl)cÌcci'ÌìcrrkI t!r cocfrcicnrt tlc I'r.,tìrzrr' rr''

,,ni,a,,t"i"ì tt"oa^çâo tk-r quadn' legal '1ucìlttera;r1rìrrar-ç1"'tlrrt^sr \r'r'rlrr'rIì'r'rlrr'r( r"

.',r.r;t;;. i ,..ui."nt" ,,io utt'ntì quâlq!Ìet cÍro na identificaçiio {Ìc()gritìrir rìcrÌì rìr )

csLalr'clLc||nertlot'1,,c,,tfiçicntetìclrcaLzlcàonPlr(ir-(l'\€rìdoqttc'pcl'rrrpt"l" ttt'' '

verìfic'a faltt absoluta clc fr.lndtmcntaçào na ad"Pçì'r tlo íil dc l '5í ì 'ìil

srnÌiìçil( ) ( lìì irl)Í( ( ( '

Imoroccdcm. assim, irs concÌusões da rccorrentc no ço1-Ìccrncnte à fiüta itlrsrrìtrt;r rk

f"r,l;;;:;;;;ã" ;; ^.lopç,i

, d,, rll ,1. 1,50, não sc verìírcanclo quiú<1uer etro dc irrlg;trrrt rrt' '

.ü n.r,rté.ìa.ìc focto c de àitcito ncm r'ìoÌação tìc quaÌqucr disPosição lesâl corrì () Lì('r{ìr(l( I

pclo que a clccisão não nos mctccc censurâ c ó de m^!ìter'

V Nos terrt<ls expostos, itcordan os,lúzcs dcsrc Tnlnural cIÌ1' negllìclo 1)l ( )\'ilìì( rrl{ )

ao fccurs(), tìÌiultcr a dccisão íec()íÍrd^'

(ìustirs pcla ÍccorÍentc

l.isboa, 12 tì5.10

.loa<1ulr-r Pcrcirt Cìiuncìro (ìÌelat()r)

.\nibaÌ lìcrraz

l'-Lrgcnl,J òtquclÍtL