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ESTUDO DA SATISFAÇÃO DOS MORADORES DO
CONJUNTO HABITACIONAL PRESIDENTE CAS-, TELO BRANCO DE CARAPICUIBA QUANTO AO
CONJUNTO.
. - 11-9s3o214 8--- -, -. II/I 11111111111111 I 11111111111111111 1 111 : ..___,_ -----· - ~ ' -- --~-- _./
Banca Examinadora:
Professor Orientador: Orlando Figueiredo
·Prof.
Prof~
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
DA
FUNDAÇÃO GETOLIO VARGAS
MAURO NEVES GARCIA
ESTUDO DA SATISFAÇÃO DOS MORADORES DO CONJUNTO
HABITACIONAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO DE CARA
PICUIBÂ QUANTO AO CONJUNTO.
Fundação Getulio Varga!!r. Escola de Administração dê Emprssas de SAo Paulo
Biblioteca
li
Dissert~ção apresentada ao Curso
de Pós-Graduação da EAESP/FIGV-
Ârea de Concentração: Mercadolo-
gia corro requisito para obten ...;.
çao do titulo de mestre em Admi-
nistração.
·f . .
I I
1198302148 I ) Orientação: Prof~ Orlando Figueiredo
~--
SÃO_PAULO
1982
; .
INTRODUÇÃO
O presente trabalho procura mostrar o papel do marketing
na implantação de conjuntos habitacionais. A amplitude do
tema forçou sua redução para conjuntos habitacionais de
interesse social, segundo definição do Plano Nacional de
Habitação Popular, representadas pelas COHABs e prender
se-á, para fins de exemplo, na COHAB-SP e mais especifi
camente no estudo efetuado no Oonjunto Habitacional Pre
sidente Castelo Branco de CarapicUÍba.
Considerando que as COHABs são empresas sem fins lucrat!
vos, dar-se-á ênfase ao marketing . .aplicado em tais orga
nizações.
A primeira e segunda partes envolverão a ·parte concei
tual, mais predominantemente. Na terceira, procurar-se-á
estabelecer uma comparação entre, o que deveria ser feito
segundo o conceito e instrumentais de marketing e o que
realmente é feito pelas empresas. Dessa comparação, como
corolário, destacar-se-á a importância do marketing na
implantação de conjuntos habitacionais inseridos na fai
xa de interesse social.
- 1 -
\
Í - CONCEITO DE MARKETING
Apesar das atividades de marketing terem sido utiliza
das, de modo prático, muito antes da existência de um
conhecimento objetivo e sistematizado, sua primeira
conceituação ocorreu somente por volta de 1950, no co.a
texto das empresas de negÓcios.
"O conceito de marketing foi formulado como uma alter
nativa para as orientações prévias prevalecentes nos
negÓcios". (1) ·
As organizações passaram por várias orientações antes
de chegar a orientação para marketing, ou seja:
1. Orientação para Produção - apareceu com a e
conomia. de escassez onde as pessoas gastavam
suas economias procurando satisfazer suas n~
cessidades básicas.As empresas til'lham a sen
sação de que os produtos continuariam a ser
demandados e que sempre haveria grande quan
tidade de clientes. A concentração dos esfo~
ços das empresas estava na procura de meios
para aumentar o produto final e reduzir os
custos.
(1) Kotler, P. - Marketing para Organizações gue não
visam Lucro, Ed. ATLAS, São Paulo, 1978, página 58
- 2-
· 2. Orientação para Vendas - começou a aparecer
quando a economia tornou-se afluente, os ci
dadãos possuíam recursos em excesso e suas
necessidades básicas já e~tavam sendo atend!_
das. A tarefa principal da empresa era cons!!
guir venda suficiente para seus produtos e
achava que o cliente poderia ser induzido a
comprar se utilizasse os diversos dispositi
vos de estímulo de vendas, acreditando que
os clientes voltariam a repetir a compra e,
mesmo não o fazendo, haveria mui tos outros
clientes no mercado.
3. Orientação para Ma.rketing a partir de 1950
várias empresas cQmeçaram a perceber as limi
tações do conceito de vendas. Reconheceram
que as empresas teriam melhores resultados
se tentassem servir a uma necessidade, ao in
vés de vender um produto. Começaram a ver
seus clientes como pessoas re~s que estavam
tentando satisfazer necessidades reais.
A tarefa era encontrar essas necessidades,d~
senvolver um programa e organizar uma linha
de produto, para. satisfazê-las. O pensamento
das empresas centrava-se na idéia de que, se
ria mais fácil vender o que o mercado queria,
do que conseguir que o mercado comprasse o
- 3-
que a empresa queria vender. O investimento
em pesquisas, a fim de medirem as necessida
des e a satisfação dos consumidores, passou
a ser a principal preocupação das empresas.
Para Kotler { 2) o conceito de marketing é uma orienta
ção para as necessidades dos consumidores, apoiado p~
lo marketing integrado, com a finalidade de gerar a
satisfaç~o do consumidor como meio para se atingir os
objetivos organizacionais.
Observa-se nesse conceito três pontos importantes que
refletem seus fundamentos básicos, ou seja:
l. é uma orientação para as necessidades dos
consumidores - a empresa deixa de se orien-
tar para dentro, pensando em seus , . propnos
produtos, e busca atender as necessidades de
seus consumidores, orientando-se para fora.
2. utiliza o marketing integrado - as empresas
passaram a compreender a necessidade de de
senvolver alguns meios para coordenar os im
pactos de seus departamentos sobre os clien
tes, buscando fazer com que todos os depart~
mentes "pensem no cliente". Tal concepção re
conhece que as ações tomadas por todos os
departamentos de uma empresa têm efeito pro-
(2) Kotler, P. - Op. Cit. nota l página 61
- 4 -
:fundo sobre a habilidade da empresa em criar,
reter e satisfazer os clientes, não sendo so
mente atribuições de vendas e marketing.
3. busca a satisfação do consumidor - a satisfa
ção do consumidor para com os produtos de u
ma empresa passa a ser a peça :fundamental do
sucesso das empresas. O cliente satisfeito é
:fiel, repete a compra e propaga uma imagem
positiva da empresa e de seus produtos.
O marketing nos tempos atuais, tem sido considerado co
mo o elemento indispensável para qualquer organização
que alme jer;minimizar seus fracassos e maximizar seus
objetivos, :fornecendo atividades capazes de posicionar
as organizações · no mercado, orientando e guiando-as
nesta arena que é o mercado.
Segundo o que se pode observar das considerações fei
tas, a implementação do conceito de marketing numa or
ganização exige uma séria de mudanças e compromissos
que devem ser assumidos pela empresa, além de necessi
tar contar com o apoio da alta administração.
A empresa, apesar de dividida eni. departamentos ou seto
res, deve entender que o "todo é mais que simples so
ma de suas partes", buscando perseguir um ·objetivo
que só será atingido à medida que privilegiar o consu
midor e buscar sua satisfação.
- 5 -
II - O MARKETING NAS ORGANIZAÇOES QUE N10 VISAM LUCRO
As organizações que não visam lucro, como qualquer ou
tra, devem se interessar pelos princÍpios formais de
marketin g. A razão básica de tal postura é que eles
permitem que elas possam se tornar mais eficazes na
obtenção de seus objetivos.
De uma maneira geral, todas as organizações dependem
das trocas voluntárias para que se possam realizar seus
objetivos, precisam atrair recursos, necessitam estimu
lar os empregados e encontrar seus clientes.
Tais preocupações revelam o que o marketing pode fazer
por elas, pois seus intrumentais permitem satisfazer
cada uma dessas preocupações com a maior eficiência e
eficácia possível.
Na verdade, tanto as organizações que não visam lucro
quanto as que visam, dependem de relações de troca p~
ra: atraírem os recursos de que necessitam, convertê -
los em produt~s Úteis e distribuÍ-los eficientemente
aos mercados-alvo.
O marketing é uma abordagem sistemática do planejamen
to e da obtenção de relações de troca com· outros ~
pos. Preocupa-se em desenvolver, manter e/ou regular
- 6 -
as relações de troca que envolvam produtos, serviços, or
ganizações, .lugares ou causas. . .
A introdução do marketing sistemático em uma organização
permitirá a satisfação de dois benefícios :
1. a organização pode aumentar a satisfação qúe
proporciona ao seu mercado-alvo, com a compre
ensão de suas necessidades e do desenvolvimen
to de produtos e serviços mais adequados aos
mesmos.
2. a organização poderá aprimorar a eficiência das
atividades de marketing por meio de um melhor
conhecimento de como formular preços, comunica
ção e distribuição.
No presente trabalho, procurar-se-á destacar o papel do
marketing em agências governamentais do tipo empresarial
{3)! representada pelas Companhias de Habitação Popular,
responsáveis pela implantação de conjuntos habitacionais
para populações inseridas numa faixa de interesse social.
Tendo sido estudado o ConjUnto Habitacional Presidente
Castelo Branco de CarapiCUÍba, implantada pela COHAB-SP
Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, empr.!
sa ligada à Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo, ,
procurar-se-a centrar nesta, seu desenvolvimento.
(3} Kotler, P. - Op. Cit. nota 1, página 335
- 7-
Segundo Kotler, Shapiro, Selby, Raymond e Greyser, que
desenvolveram estudos ligados a organizações que não vi
sam lucro (4), o marketing também é necessário' em tais
organizações,· pois possibilita-as a atingir seus objeti
vos com eficiência e eficácia.
A COHAB-SP, empresa municipal que não visa lucro, iden
tificada como agência governamental do tipo empresarial,
poderá, para os fins práticos, usar a teoria e a admi
nistração de marketing de maneira normal, encontrada
nas empresas particulares que visam lucro.
Tal empresa deveria preocupar-se em identificar seus
mercados; determinar as necessidades dos clientes; pro-
duzir produtos e serviços adequados; criar canais de
distribuição; utilizar a comunicação de massa e as ven-
das pessoais, realizar a pesquisa de marketing e a ,
ana
lise de vendas, afim de acompanhar seus mercados.
No entanto, a empresa pÚblica apresenta as seguintes di
ferenças em relação as empresàs particulares que visam
lucro:
(4) Para uma complementar consulta : SHAPIRO, B.P. "Marketing for Nonp:rofi t Organizations", · in Harvard Business Review,setembro-outubro de 1974, pp.l23-32; SELBY, c.c. "Better Performance from Nonprofits", in Harvard Business Review, setembro-outubro - 1978 pp. 92-98; RAYMOND, J .C. e GREYSER, S.A. "The busi ness o f Managing the Arts *', in Harvard Business Review- j.1ilho-agosto de 1978, pp. 123-32
- 8 -
1. a empresa pÚblica ou agência governamental não
é dirigida pelo motivo do lucro, mas sim pela
responsabilidade de servir algum setor de ne
cessidade pÚblica.
2. não sofre a mesma pressão que a empresa part!_
cular para vender a quantidade máxima de pro
dução, ou enfrentar a investigação crítica dos
acionistas que investiram dinheiro ~querem um
bom reto mo.
3. a emp:re sa pÚblica funciona sob uma pressão me
nor,_ a fim de estimular a demanda.
4. mui tas das empresas pÚblicas existem como mo
nopÓlios.
5. não enfrentam concorrência imediata.
6. o plano de marketing é dirigido mais p~ p~
enchimento do crescimento da demanda total,do
que para tentar uma participação no mercado.
7. a ausência de uma forte concorrência faz com
que a empresa pÚblica preste menos atenção à
elaboração do produto e à criação de imagens.
Algumas empresas que não visam lucro, apesar destas dife
:renças, utilizam o marketing. Outras, principalmente de
vido as diferenças 2, 4, 6 e 7, são orientadas para pro
dução ou para vendas, prevalecendo em muitos casos a pri
meira.
- 9-
No caso especÍfico das COHABs todas essas diferenças o
correm, por outro lado não se observa uma orientação p~
ra marketing e nem uma orientação para vendas •. A manei
ra de agir está muito mais voltada para a produção, apa
recendo uma preocupação muito grande com relação às u
nidades residenciais, sua quantidade e seus custos.
Tais preocupações têm feito com que as COHABs esqueçam
de privilegiar o consumidor, conhecer o ambiente, iden
tificar os pÚblicos, buscar identificar as necessidades
e preferências dos consumidores, adaptar seus produtos
para atender tais necessidades, distribUÍ-los segundo
a localização da demanda e atingir seus objetivos de cu
nho social.
- 1 o -
III - O PAPEL DO MARKETING NA IMPLANTAÇÃO DE CONJUNTOS
!HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL
"Uma organização é encarada como uma máquina de conver
são de recursos em que pÚblicos internos da organização
tomam os recursos de certos pÚblicos provedores e os
convertem em produtos Úteis que são levados pelos pÚbli
cos agentes e designados pÚblicos consumidores". (5)
Um· dos primeiros passos a ser dado por qualquer organi
zação diz respeito a identificação de seus pÚblicos, to!:
nando possível conhecer seu ambiente e as . .relações de
dependência e subordinação existentes, além de fornecer
os elementos básicos sob os quais conseguirá atingir os I
seus objetivos.
No caso das COHABs e INOCOOPs, teríamos a classificação
conforme mostra a figura 1.
Observando a figura 1 depara-se com todos os pÚblicos e_a
volvidos com as COHABs e INOCOOPs, os pÚblicos provedo
res são: os apoiadores, formados pelos pÚblicos que lhe
emprestam recursos para o seu funcionamento, encontran
do o Conselho Monetário Nacional, o Ministério do Inte
(5) Kotler, P. - Op. Cit. nota 1, p~na 32
- ll. -
I •
I-' !\)
P0BLICOS PROVEDORES
APOIADORES
C M N
Inter.
B N H
j __ ,Agentes Financeiros J H Governo Estadual I ·~ Governo Municipal
FORNECEDORES
EMPRE'ITEIRAS
Empresas Comerciais!
Empresas IndustriaisJ
~~ Empresas de Serviç.J
I REGULADOREs ~]~------------' . I
B N H
[código de Edifiaaç . . ,
H CÓdigo Sanitário I I HLeg1:sl.Oeup. do SoZ:ol
l-{Legislação Complem.
Fig~ l PÚBLICOS TIAS CO~~s E INOCOOPs
PÚBLICOS INTERNOS
ORGANIZAÇÕES
COHABs
H Téonicos
Conselho I Administrat.
YAdministraçãol
INOCOOPs
Técnicos
Administração
PÚBLICOS AGENTES
I COOPERATI
VAS HABI-
'Jl..CION/J.IS
PÚBLICOS CONSUMIDORES
CLIENTES
r ~ • Mutua2•7-os
L--------' .-----, , In.sor1~tos I 1.----~
r-------, PÚBLICO J
EM GERAL
f-c!-;cais
t . l ~~ de Massa ,
I . . -iconaor!'en_tes ,.
rior, o Banco Nacional da Habitação , os agentes finan
ceiros e os Governos Estaduais e rillxoicipais.
Outro pÚblico provedor envolve os pÚblicos fornecedores,
representados por todos aqueles que vendem seus bens m~
teriais e serviços, correspondendo, nesse caso, ' as em-
preiteiras, empresas comerciais, industriais e de servi
ços que fornecem seus produtos ou serviços à construção
de habitações.
O Último pÚblico provedor é formado pelos reguladores,
pÚblicos que impõem regras de conduta à organização, cor
respondendo ao Banco Nacional da Habitação, CÓdigo de
Edificações, CÓdigo Sanitário, Legislação de ocupação
do solo e outras leis complementares.
Estes pÚblicos provedores são indispensáveis para a or
ganizaçõa, à medida que fornecem os insumos básicos pa
ra a elaboração dos produtos, que nesse caso diz respei
to aos conjuntos habitacionais de interesse social.
Recebido os insumos, os pÚblicos internos processarão
os insumos d .. organização. Dentre os que fazem parte do
pÚblico interno encontram-se os técnicos, o conselho ad
ministrativo e os responsáveis pela administração da or
ganização.
Processado os insumos pelo pÚblico interno, as organiz~
ções, em alguns casos, utilizam os pÚblicos agentes,re~
pensáveis pela distribuição aos pÚblicos consumidores.
- 13 -
As COHABs não os utilizam, mas os INOCOOPs possuem as
cooperativas que se relacionam com os pÚblicos consumi
dores.
Estando os produtos elaborados, as organizações podem
levá-los até os pÚblicos consumidores diretamente ou a
través dos pÚblicos agentes.· Dentre os consumidores en
contram-se os pÚblicos clientes e o pÚblico em geral. O
primeiro é fo:rmado pelos mutuários que já adquiriram sua
habitação e pelos que estão inscritos para adquirí-la.
O pÚblico em geral, que se encontra entre os pÚblicos
consumidores,. são formados pelos pÚblicos locais (resi
dentes prÓximo áo conjunto habitacional, comerciantes,
etc.), de massa, concorrentes . (que na faixa de operação
das COHABs não existem) e os amigos e familiares dos
clientes.
Além da identificação dos pÚblicos as organizações de
vem pensar na inter-relação entre eles, pois um pÚblico
especÍfico poderá ter grande influência sobre as atitu
des e o comportamento de outros no . que se refere a o~
ganização, podendo concorrer para facilitar ou dificul
tar o relacionamento ou a concretização da troca.
No caso especÍfico das COHABs, o Conselho Monetário Na
cional, o Ministério do Interior e Banco Nacional de D~
senvolvimento desempenham importante papel no relaci~
nameilto com os outros pÚblicos, determinando e dando
as diretrizes da polÍtica habitacional a ser seguida p~
los pÚblicos apoiadores, fornecedores e reguladores. Da
- 14-
mesma fonna os pÚblicos se relacionam entre si na busca
de trocas satisfatórias.
Do ponto de vista da organizaç·ão é importante estabele
cer relações com seus pÚblicos mais valiosos para produ
zir satisfação-entre eles.
Sua tarefa é considerar os benefÍcios a serem oferecidos
a cada um de seus pÚblicos mais relevantes em troca dos
valiosos recursos e apoio que recebe.
Deve se entender por pÚblico todo o grupo distinto de
pessoas, organizações e/ou instituições que possuem um
interesse real ou potencial e/ou impacto sobre uma or~
nização.
A medida que uma organização começa a pensar seriamente
sobre o cultivo do apoio de um pÚblico, estará conside
rando aquele pÚblico como um mercado, um .grupo ao qual
tentará oferecer benefÍcios em troca.
Disso decorre a definição de mercado que deve ser enten
dido como um grupo distinto de pessoas, organizações e/
ou instituições que têm recursos que querem trocar ou
que poderão livremente trocá-los por benefícios distin
tos.
Toda vez que uma organização estiver encarando o pÚbli
co com base no valor da troca, ela está engajada na ten
tativa de determinar a melhor abordagem de marketing.
"Um mercado é um grupo que a. organização considera po_2
suidor de recursos valiosos, que gostaria de obter,
- 15 -
oferecendo seus próprios recursos como base da tró
ca." (6)
A troca é um elemento importante do conceito de marke
ting, ela exige duas condições: a existência de duas
partes e que cada uma das partes tenha algo que poderá
ter valor para a outra.
Se uma das partes· não ti ver nada de valor para a outra
parte, a troca não se realizará. t por isto que é impo~ tante para uma organização compreender quais as coisas
que tem valor para o seu mercado.
Ji COHA:B-SP, por exemplo, necessita obter dos governos
municipais e estaduais certos recursos para os seus co.a
juntos habitacionais, como: escolas, postos de saúde,
parques infantis, creches, etc. ConsiderarJ!lo que os gE_
vernos possuem escassez de recursos para· cumprir suas
funções·, a COHAB deve procurar oferecer-lhes em troca,
algo que tenha valor, caso contrário, ficará sem tais
serviços em seus conjuntos habitacionai~
O que percebemos nas orgar...izaçõe s que não visam lucro
é, na maioria das vezes, uma preocupação muito grande
com os pÚblicos provedores, principalmente quando não
pagam pelos seus serviços, como no caso das COHABs que
dependem dos governos para concretizarem seus produtos.
Tal situação exige por parte das organizações uma preo
cupação similar às associações bene:ficientes, ao centrarem
-se nos doadores e nas empresas particulares que vendem
(6) Kotler, P. - Op. Cit. nota 1, página 50
- 16 -
seus produtos e necessitam satisfazer seus consumidores.
Cada empresa, especificamente, ~everá identificar o que
tem valor para as partes com as quais ela quer ou nece~
sita trocar algo e, a empresa, como·um.todo, deverá se
esforçar para alcançar tais valores.
t isso que o marketing pode fazer por uma organização,
ajudá-la a conseguir concretizar todas as trocas neces-, .
sar~as para o seu+. sucesso.
III.A - O MERCADO HABITACIONAL
O mercado habitacional difere do mercado de bens de con
sumo em dois aspectos: a grande durabilidade e a imobir
lidade das unidades habitacionais.
A grande durabilidade implica numa oferta de novas uni
dades de habitação que representam pequena proporção do
estoque existente e no aparecimento de um mercado secun
dário, que é o aluguel.
A imobilidade das unidades habitacionais, por um
impedem que uma área com un:il.dades em excesso possa
prir outra com deficiência e, por outro, faz com
lado,
su -que
baja necessidade de segmentar espacialme.nte o mercado.
- 17 -
Tais aspectos chamam a atenção, principalmente dos pro
dutores, para ª quantidade a ser ofertada e sua respe~
ti va localização. A razão çlessas preocupações centra-se,
principalmente, na grande carência de unidades habita
cionais representada por uma oferta inferior às realida
des nacionais e na limitação dos recursos canalizados
para suprir as reais necessidades, apesar do esforço
dispendido pelos orgãos governamentais, principalmente
para projetos contidos na faixa de interesse social.
A carência de recursos, o déficit habitacional força as
companhias e o prÓprio governo, a pensar em termos do
número de unidades habitacionais, na sua localização,
buscando atender as áreas mais carentes.
Dentre os agentes que estão envolvidos com o mercado ha
bitacional encontram-se: os demandantes de unidades
habitacionais para consumo, os demandantes de unidades
habitacionais para investimento, os produtores e o go
verno.
Neste trabalho o agente que nos interessa e sobre qual
concentra-se nossa atenção são os demandantes de unida
des habitacionais para consumo.
Toda e qualquer empresa, para ser bem sucedida na sua
tarefa de construir, manter, revitalizar ou reduzir a
demanda, necessitará de conhecimentos atualizadosde seu
mercado. A tarefa com a qual se defrontará é a análise
de mercado, requisito essencial para a ação efica~ do
marketing.
- 18 -
III.B - ANÁLISE DE MERCADO
Ao analisar o mercado, o administrador estará aprenden
do a estrutura e o comportamento do mercado. Desta for
ma a análise do mercado envolve duas partes: análise da
estrutura do mercado e a análise do consumidor.
A primeira, parte.do princÍpio de que qualquer mercado
com mais de um membro terá uma estrutura, pela simples
razão de que os membros têm diferentes necessidades,per
cepções e preferências.
A outras, procura destacar a importância para a empresa
em obter informações sobre as necessidades, percepções
preferências e satisfações de seus mercados-alvos.
~o caso especÍfico das COHABs, para identificar a estru
tura de seu mercado, já que é responsável pela implan
tação de conjuntos habitacionais de interesse social,de
veria seguir os seguintes passos: definir o mercado,
segmentar o mercado, posicionar-se no mercado e harmoni
zar-se no meraado~
Na definição do ·mercado, as COHABs deveriam procurar d~
tenninar todos os membros atuais e potenciais do merca
do, que no caso, corresponderiam aos demandantes de uni
dades habitacionais incluÍdos na faixa de interesse so
cial, segundo definição do Banco Nacional de Habitação.
- 19
Desta forma, a definição do mercado pelas COHABs, pode
ria ser: todos os demandantes de unidades habitacionais
que recebam de 1 a 5 salários mínimos e que não possuam
habitação prÓpria. O mercado existente envolveria os
inscritos nas COHAJ3s e o potencial, aqueles que têm con
dições de se inscreverem.
Definido o mercado, o passo seguinte seria a segmenta
ção do mercado, buscando identificar as partes diferen
tes e significativas do mercado. Neste momento as com
panhias de habitação popular deveriam escolher quais
segmentos ser-lhe-iam importantes para tornar possível
o atendimento de seus objetivos de cunho social.
Analisando a habitação popular poderíamos de imediato,
através da segmentação geográfica, identificar segmen
tos ligados à área urbana, suburbana e rural. Em segui
da, através ;·de uma segmentação geográfica poderíamos,
por exemplo, identificar segmentos com famílias de: 1 a
2, 3 a 4-e 5 ou mais elementos, buscando identificar t~
das as partes significativas e que, no caso das COHABs
devem ser muito bem pensados já que o déficit do
de habitação por elas supridas, é muito grande e
todos poderão ser atendidos.
tipo
nem
Segmentado o mercado, o passo seguinte é posicionar-se
nele, procurando escolher com quais de suas partes a
organização irá se relacionar. Tal situação, já que há
uma demanda bastante superior à oferta e existe um obj~
- 20 -
tivo ligado ao atendimento dos mais carentes, possibili
taria escolher quais dos segmentos poderiam, no caso das
COHABs, ser considerados carentes, merecendo, por isso
mesmo, estar dentre os escolhidos.
O passo seguinte, concluindo a estru. turação do mercado
diz respeito a sua harmonização, onde os especialistas
de marketing buscariam conciliar o programa de marketing
com os diferentes segmentos de mercados atendidos pela
organização, destacando os mercados-alvo e estabelecendo
a proporção de participação de cada segmento.
Tendo a or·ganização comple·tado a análise da estru.tura do
mercado, ela poderá iniciar a análise do consumidor. Pa
ra tanto, tão logo ela tenha assumido uma posição no mer
cado, deverá manter informações sobre as necessidades,
percepções, preferências e satisfações dos seus consumi
dores •
. Tais informações são vitais para o desenvolvimento dos
programas de marketing que realmente atinjam os objeti
vos da organização.
Desta forma, o administrador de marketing deverá iniciar.
sua tarefa p·esquisando quais são as necessidades de seus
clientes. Em seguida, procurará compreender como o merc~
do vê seus produtos, buscando a imagem ou a soma de crenças,
idéias e impressões que uma pessoa possui de um objeto.
Almejando compreender o que causou a imagem, como ela p~
derá ser modificada e a relação entre a imagem do objeto
- 21 -
pela pessoa e seu comportamento quanto ao objeto.
Posteriormente, a preocupação da organização deverá ba
sear-se na preferência, que mostra o valor relativo que
uma pessoa atribui a um conjunto de objetos comparáveis,
quando avalia seus respectivos valores para si mesma.Tal
atitUde permitirá aprender o que o mercado diz sobre
seus desejos, possibilitando a previsão daquilo que real
mente o mercado adquire ou qualquer outra rea~ão.
O Último passo para a análise do consumidor, diz respei
to a intenção que as organizações orientadas para marke
ting têm de satisfazer seus clientes. Identificando- a,
por exemplo, como o sentimento que surge da percepção de
um balanço positivo entre eÁ~ectativas e realizações(7).
Tão logo a organização tenha escolhido seus mercados bá
sicos, analisados suas necessidades, percepções, prefe
rências e satisfações e identificado os valores que tro~
caria, ela estará pronta a entrar numa análise mais táti
ca dos problemas, para alcançar a reação desejada do·mer
cado e a satisfação de seus objetivos.
O marketing fornece uma grande quantidade de instrumen -
tos que uma empresa poderá utilizar para facilitar o tão
procurado relacionamento com seus mercados-alvo. Esses
instrumentos perfazem o composto mercadolÓgico ou de mar
keting que são: Produto, Preço, Promoção e Ponto de Dis-
(7) Pastore, J. -BrasÍlia: a Cidade e o Homem* Cia. Ed. Nac., 1969 - cap. II e III
- 22 -
tribuição f8).
Cabe ao especialista de marketing conhecer as partes bá
sicas de todos esses instrumentais e misturá-los na pr!:!,
paração de um plano de marketing.
III.C - COHABs, CONJUNTOS HABITACIONAIS E O MARKETING
As Companhias de Habitação Popular (COHABs) são empresas
municipais com o objetivo de estudar, planejar e implan-
tar conjuntos habitacionais para pessoas que percebem
de 1 a 5 salários mínimos, desde que não tenham nenhuma
outra propriedade, residam e trabalhem há mais de dois a
nos na região coberta pela empresa, sejam casados ou te-
nham dependentes À • econolill.cos e tenham na entrega da ha
bitação até 55 anos e seis meses (9).
São empresas que não visam lucro em suas atividades e
(8) existem outras propostas de classificação dos inst~ mentos no composto marketing, a mais popular é esta, desenvolvida por E.Jerome McCarthy in Basic Marketing: A Managirial Approach, Homewood, Richard D. Irwi.n, ·Inc., 1964, pp. 38-49
(9) conforme informações junto a funcionários do de comercialização da COHAB-SP
- 23 -
setor
cujo objetivo é resolver os problemas habitacionais in
seridos na faixa de interesse social, de conformidadecom
o PLANHP - Plano Nacional de Habitação Popular.
Na área da Grande São PAulo, a COHAB~SP é responsável
pela implantação de vários conjuntos habitacionais, na
sua maioria com mais de 3.000 unidades habitacionais che
gando a contar com uma população de até 100.000 habitan
tes.
Segundo estudiosos (10), os conjuntos habitacionais com
mais de 3.000 famílias, devem levar em consideração, pa
ra sua concreti~ação, todas as funções assumidas por uma
cidade.
Tal consideração chama a atenção para certas caracterís
ticas necessárias que um conjunto habitacional deva ter,
como por exemplo, uma infraestrutura de convivência, a
lém das simples unidades residenciais.
Por outro lado, funcionando como barreira, para que essa
infraestrutura possa ser atendida, encontram-se, dentre
outros :
1. escassez de recursos
2. demanda não suprida pela oferta
3. dependência para com os governos estaduais e
municipais, para satisfazer certas necessida
des que lhes cabem.
(10} Attadia da Motta, C.F. e outros - Nível de Satisfa~ em Con·untos Habitacionais da Grande São Paulo, IPT FAPESP, 1975,. cap. II e III
- 24 -
4. limitações do crédito e restrições quanto a
certos repasses
5. falta de recursos pÚblicos para certos tipos
de serviços que não são financiados
Diante do exposto, restaria saber o que o marketing pode
fazer para melhorar o desempenho dessas empresas, permi
tindo-lhes cumprir sua real função.
O marketing poderia permitir que tais empresas, em pr!_
meiro lugar, buscassem atender as nece_ssidades dos merc,!!
dos-alvo e, em segundo, fornecer subsÍdios para que a ~
ção da empresa concretizasse, da melhor forma possível,
a satisfação do mercado.
·o primeiro passo, para ser dado, necessitaria contar com
o marketing integrado que possibilita a todos os setores
ou departamentos da empresa uma ação integrada, sem o PJ:!.
domínio egoístico de qualquer um dos setores.
Isto conseguido, o marketing já deverá estar inserido na
empresa como filosofia básica,ppdendo se iniciar sua co~
cretização como forma de ação, através dos instrumentais
de marketing representado na figura dos 4Pes e da práti
ca da pesquisa para obter as informações necessárias.
Isso posto, a empresa definirá seu mercado e a linha de
produtos, além da forma de distribUÍ-los e promovê-los.
- 25 -
III.C.l O CONSUMIDOR E O PRODUTO
I
A escolha do produto não pode estar desligada da identi-
ficação dos segmentos de mercado escolhidos pela empr~
sa, sob pena de não atender nem o consumidor e nem a em
presa.
Na ação da COHAB-SP, refletida no Conjunto Habitacional
Presidente Castelo Branco de Carapicuíba e nas entrevia
tas pessoais efetuadas em funcionários da empresa e pes
soas ligadas ao setor, observou-se:
1. falta de uma preocupação em segmentar o mer
cado
2. infra-estrutura de convivência deficitária
quanto a: saúde, segurança (proteção po
licial), lazer, recreação~ desenvolvimento
comunitário e atividades comerciais insufi
cientes
3. alegação de impossibilidade de proporcionar
melhores condições devido ao custo da cons
trução
4. inexistência de habitaçães verticais .commais
de quatro andares por considerar inviável as
maiores
5. falta de recursos dos orgãos governamentais
- 26 -
para suprir serviços básicos (escolas, cre
ches, parques infantis, outroscomunitários,
centros esportivos, postos de saúde, posto P2.
licial, etc)
6. localização voltada a doações e custos mais
baixo dos terrenos
7. alocação de recursos para pesquisa de mate
riais ou formas construtivas que reduziriam
o custo da construção
8. inexistência de um departamento demarketing
9. existência de unidades habitacionais padrão
de. 1, 2 ou 3 dormitÓrios
10. reservas de espaços para que sejam utiliza
dos pelos moradores, quando os orgãos goveE
namentais tiverem condições de equipá-los
11. seguir as legislações ligadas à construção
como elemento fundamental
O que na realidade se observou, foi uma preocupação em
poder suprir o mercado com o maior número possível de UR
nidades habitacionais, não se preocupando com a satisfa
ção das necessidades consideradas como indispensáveis pa
ra seus habitantes.
O marketing, neste caso específico, forçaria uma análise
do mercado e tentaria, além de identificar os segmentos
relevantes, buscar identificar quais as reais necessida
des do mercado e/ou estabelecer suas prioridades.
Poderiam, por exemplo, melhorar as relações do mercado
- 27 -
com os orgãos governamentais na medida em que os identi
ficassem como pÚblicos importantes e que desejassem algo '
em troca. Tal fato melhoraria o relacionamento entre as
organizações, beneficiando seus moradores.
A figura 2 mostra, segundo informações obtidas junto ' as
pessoas ligadas ao planejamento dos conjuntos, as variá
veis que fazem parte do processo de elaboração do proj~
to de construção.
Apesar de satisfazerem uma infinidade de exigências míni
mas, quanto ao conjutno e a habitação, que são exigências
legais ou do Banco Nacional da Habitação, não mostra pre
ocupação com os moradores pois não analisa o consumidor,
nem avalia ou mede suas necessidades, preferências e sa
tisfações.
Retrata mui to mais uma preocupação com a unidade residen
cial, e não como uma habitação coletiva, a qual necessi
taria, para sua caracterização, da consideração de outros
aspectos também relevantes, que deveriam ser buscados
nos mercados-alvo escolhidos pela empresa, porém isso
não ocorre.
Segundo constatações, um conjunto habitacional para ser
implantado, não necessita somente da construção das uni
dades residenciais, há certos aspee.tos que as transcen -
dem e dizem respeito a convivência, sobrevivência, segu
rança, saúde, formação cultural e dentre outras, que me
receriam também ser consideradas, como mostra a figura 3
ao identifi·car a infra-estrutura de convivência.
- 28 -
I
Fig. 3 INFRA-ESTRUTURA DE CONVIvtNCIA
ELETRICIDADE
COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES
SAÚDE
SEGURANÇA ELABORAÇÃO
EDUCAÇÃO DO
CO~RCIO PROJETO
LAZER E RECREAÇÃO
DESENVOLVIHENTO COMUNITÁRIO
Nos elementos identificados na fig. 3 não se pretende es
gotar o assunto, mas procumr mostrar a importância e a
necessidade de uma orientação voltada para o marketing.
Reflete também, a precariedade com que são determinados os
produtos de tal organização, mostrando o quanto seus con
sumidoras devem se adaptar a eles, quando, na verdade, de
veria ocorrer o contrário.
- 29 -
Fig. 2 PROCESSO DE CONSTRUÇito (VARI1VEIS :BÁSICAS)
CÓdigo de Edificação
I Lei de Ocup. Solo I código Sanitário
. Saneamento Básico
Comunicação Elaboração BNH
(Vias e Sargetas) do Const
Projeto
5% Área Institucio -nal (posto de
J
sau-de, policial, etc)
10% · (Minimo)
Área Verde
Comércio - Peq. Área sem especific.
Não se pretende chegar ao ideal ou utÓpico, mas sim, tor
nar possível provas alternativas ao setor de produção, e
não apenas uma simples acomodação, restrita somente a b~
ratear os custos de produção ou qualquer melhoria, fruto
de uma decisão Subjetiva.
Isto poderia ser uina das contribuições do marketing e de
seus instrUmentais, pois levaria aos moradores um conjun
to habitacional capaz de satisfazer, de forma mais ade
quada, suas necessidades e evitaria a oferta de meras
construções artificiais.
Partilha-se da idéia de que a satisfação das necessida
des, nos conjuntos habitacionais, principalmente os que
abrigam acima de 3.000 famílias, não se encontram exclu
sivamente em função das características fÍsicas da unida
de habitacional.
Algumas pessoas afirmam: -"se os conjuntos não são bons,
como se·explica a enorme lista de espera?" Ora, tal pen
samento defendido pelos anti-marketing, esquece que o dé
ficit habitacional refletindo um mercado comprador, pos
sibilita tal acontecimento. Por outro lado, esquecem que,
até com os mesmos recursos, poderiam agir de maneira a a
tender melhor seus mercados-alvo.
Um exemplo' dessa melhoria poderia ser o aumento das , a-
reas destinadas ao comércio, arrendando-as para suprir o
conjunto de certos equipament,os ou mesmo tornando possí
vel o pagamento da manutenção e consertos dos elevadores,
o que tornaria mais viável a construç_ão de prédios maio
res, que por su.a vez barateariam o custo do terreno, pe!.
- 31 -
mi tindo a localização dos conjuntos em áreas mais prÓxi
mas dos centros comerciais, industriais e/ou urbanos, di
minuindo o investimento de certos equipamentos ou servi
ços.
Na verdade, a identificação do mercado e a análise do con
sumidor, associadas à uma administração voltada para o
mercado, permitiria à'empresa alcançar seus
com maior eficiência e eficácia.
objetivos,
~oportuno ressaltar aqui, que não devemos ficar nem no
plano ideal e nem no artificial, mas sim, buscar um aju,!!
tamento entre o que o mercado quer ou necessita e aquilo
que a empresa realmente pode oferecer.
III.C.2 - LOCALIZAÇÃO : UMA IMPORTANTE DECISÃO
A imobilidade das unidades habitacionais associada ao d~
ficit do mercado habitacional, crescimento urbano e espe
culação imobiliária, torna a decisão de localização uma
das mais importantes para a construção de conjuntos habi
tacionais.
Em primeiro lugar, a localização exige uma segmentação e!!
pacial do mercado, buscando atender as áreas mais caren
tes, já que' não há possibilidades de se atingir a toda a
demanda do mercado. Em segundo, já que as habitações de
cunho social possuem no financiamento um limite para re
passe, devendo manter o preço num teto tolerado pelo pr~
- 32 -
vedar de recursos e se ·defronta com os altos custos dos
terrenos, a localização passa a ser de vital importância
para a determinação do conjunto habitacional como produ-
.to.
Com referência ao conjunto como produto, a localização
reiletirá significativamente na forma e na maneira pela
qual ele apresentar-se-á ao mercado. Tal fato se deve,
num primeiro momento, ao alto custo do terreno e_ao teto
estabelecido pelo agente provedor (BNH), fazendo com que
muitos serviços, equipamentos e o prÓprio grau de atendi
menta das necessidades não possam ser atendidos.
Num segundo momento, e muitas vezes por reflexo do pri
meiro com relação ao custo do terreno, a localização é
afastada dos centros urbanos e desprovida da infra-estru
tura existente em tais centros, além- .de apresentar cara~
terísticas topográficas e geolÓgicas, na maioria das ve
zes, devido o baixo custo do terreno, que exigem eleva -
dos investimentos e impedem soluções melhores e/ou mais
econômicas. Tal fato, reflete no resultado final do con
junto, ocorrendo as mesmas consequências do primeiro,que
em essência está no grau de satisfação do mercado.
A localização, quanto a exigência de uma segmentação es
pacial do mercado, mostra um outro ângulo do problemaque
diz respei~o a atender -as_necessidades das áreas mais
necessitadas e, de um outro ângulo, atender às preferê!!_
cias locacionais dos mercados-alvo.
~ diante de tais considerações que a localização se tor
na uma importante decisão de distribuição e, como tal,
- 33 -
não pode deixar de se valer dos instrumentais de marke
ting disponíveis, para assegurar uma escolha de localiza
ção capaz de atender às necessidades de unidades habita
cionais, por um lado, e dos mercados-alvo, por outro.
Segundo o que se pôde observar, a COHAB-SP não se preocu -pa em analisar o mercado, para identificar a sua estru
tura e, com isto, definí':...lo, segm.entá-lo,posicio:b.ando-se
junto a ele e harmonizando-o. Deixa também de se preocu
par com a ~ise do consumidor, não procurando medir as
necessidades, preferências, percepções e satisfações.
Desta forma, dificilmente os conjuntos habitacionais im~
plantados podem refletir o produto certo, num lugar cer
to, num tempo certo. Por outro lado, a utilização dos
.instrumentais de marketing e a aceitação de sua filoso
fia, pela empresa como um todo, mui to poderia contribuir
para a maximização da aplicação de seus recursos, os
quais, segundo a prÓpria empresa, são limitados.
- 34 -
() ·- "·'"·
IV - C O N C L U S Ã O
Ao se tentar retratar o papel do marketing na implanta
ção de conjuntos habitacionais, utilizou-se as Companhi
as de Habitação Popular como exemplo e a COHAB-SP foi a
empresa que tomamos como referência.
Desta forma, procurou-se mostrar o conceito de marketing
e suas implicações, centrando-se no papel do marketing
para organizações que não visam lucro.
Em seguida, procurou-se destacar o papel do marketing na
implantação de conjuntos habitacionais de interesse soei
al. Nesta parte caracterizou-se o mercado habitacional,
procurando destacar certas especificidades e chegando a
duas destas, ou seja: durabilidade dos conjuntos e a ne
cessidade da segmentação espacial do mercado, além de i
dentificar seus agentes.
Posteriormente foi destacada a análise do mercado, bus
cando mostrar os passos necessários, suas aplicações prá
ticas e, paralelamente, tomando por base o Conjunto Habi
tacional Presidente Castelo Branco de CarapicuÍba. Pro
curou-se mostrar a importância desta análise para a iden
- 35 -
tificação dos mercados-alvo e do comportamento do consu
midor, através da identificação das necessidades , im~
gens, preferências e satisfações, além de mostrar a rel~
vância de tais informações para as decisões da empresa
que visa atender as necessidades de seus mercados-alvo.
Na parte seguinte, através de um paralelo com o desempe
nho da COHAB-SP, destacou-se as contribuições que o mar
keting poderia dar para a implantação de um conjunto ha
bitacional.
Apesar de não se ter desenvolvido duas das decisões (Pr~
ço e Promoç~o), pois no caso especÍfico da empresa utili
zada como referência, elas não se tornarem tão relevan
tes devido ao controle do preço pelos provedores, ao
excesso dos inscritos a espera de sua habitação e a ine
xistência de uma preocupação para com os mercado-alvo,
suas necessidades, preferências e satisfações.
Das decisões, as que consideramos importantes foram a do
produto em si e da localização, refletindo o ponto de
distribuição escolhido pela empresa para atender as ne
cessidades de seus mercados-alvo.
Apesar do trabalho ter-se restringido a tais aspectos,
ele deixou patente a importância da adoção do conceitode
marketing tanto teórica quanto tecnicamente para uma em
presa, independentemente de visarem ou não o lucro.
Por outro lado, frisou-se também o papel que representa
a pesquisa mercadolÓgica para a identificação, pelas em
presas, das oportunidades do mercado, definição das li-
- 36 -
nhas de produtos e determinação do ponto de distribuição,
possibilitando, ao mesmo tempo a maximização de seus
objetos e a do atendimento das necessidades e preferên
cias de seus consumidores.
O papel do marketing é muito mais valorizado no caso de
conjuntos habitacionais, pela deficiência das ofertas,
falta de recursos para atender as necessidades considera
das. básicas para o ser humano, complexidade do produto
em si, delimitação do preço_pelo provedor de recurso e
o alto custo dos terrenos.
Esses aspectos, que indiretamente representam limitações
e restrições para as empresas não têm sido incorporados
às decisões da empresa para atenderem o mercado e seus
objetivos. Esquecendo-se que uma empresa deve ser volta
da para fora e·não para dentro, deve conhecer seu am.bien
te, ajustar-se a ele e não assumir uma posiÇão passiva,
irrefletida e aleatória, onde toda uma coletividade huma
na é relegada ao esquecimento.
O marketing, portanto, ajuda os administradores a saber
o que fazer, para quem fazer, porque fazer~ onde fazer,
quanto fazer e como vender. Fornecendo informações a
outros departamentos, identificando oportunidades para a
empre-sa, planejando, implantando, controlando, redefini!!
do, ajustan~o e buscando, como meta maior, fazer o me
lhor possível tanto para a empresa quanto para.o co~
dor.
* * * * *
- 37 -
BIBLIOGRAFIA
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22. Winnick, L. - House has there been a Downward Shift
in Consumer Preferences, Quartely .Journal of Econo
mics, (49), 1955
* * *
- 40 -
41
A P Ê N D I C E
ÍNDICE
PRIMEIRA PARTE - PESQUISA
CAPÍTULO I
1 - Introdução
1.1 -Histórico
1.2 -A Cidade
1.3 -Conjunto
1.4 - Da Cohab
CAPÍTULO II
1
1
3
5
7
2 - Fundamentação Teórica e Conhecimentos Existentes 12
2.1 -Posicionamento Teórico 12
2.2 - Conjuntos Habitacionais 16
2.3 - Satisfação 20
2.4 - Estudos Realizados .26
CAPIÍULO III
3 - A Amostra e a Pesquisa
3.1 - População Amostral
3.2 - Coleta de Dados
3.3 - Pesquisa
3.4 - Tabulação
3.5 - Avaliação da Satisfação
CAPÍTULO IV
4 - Caracterização da População
4.1 - Respondentes
4.2 -FamÍlia
CAPÍTULO V
5 - Anãlise da Satisfação
5.1 -Os Primeiros Resultados
5.2 - Cruzamentos
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ABSTRACT
ÍNDICE SEGUNDA PARTE
36
36
39
41
42
43
46
46
48
60
61
84
87
92
95
97
AGRADECIMENTOS
Conhecedor dos outros no "eu" e admitindo a
convivência humana como a mais bela forma de se ajudar e
ser ajudado, externo os meus agradecimentos a todos aque
les com quem tive o prazer de conviver e aprender.
No entanto, desejo externar o meu agradeci
mento especial aos professores: ORLANDO FIGUEIREDO, JORGE
MOTA, ESDRAS BORGES COSTA e AFONSO ARANTES que, nos momen
tos chaves, proporcionaram a ajuda necessária.
Desejo lembrar os alunos do 49 ano de Ciên
cias Sociais do IMES, que desenvolveram o trabalho de cam
po, destacando tarnbim a ajuda prestada pela COHAB-SP na
pessoa do Arquiteto Ubirajara Baroni Garcia.
Finalmente, o meu agradecimento a todos os
amigos e familiares que me incentivaram e me aturara~.
Como homenagem póstuma, desejo agradecer ao
meu pai e ao arquiteto Fernanào Bagolam, pessoas que tive
ram muito a ver com meu trabalho.
1 •
CAPITULO I
"INTRODUÇÃO"
1.1 -HISTÓRICO
A cidade de Carapicuiba desenvolveu-se a partir
de uma aldeia de indios estabelecida em 1582 no local onde
se encontra até hoje ( 1) • Segundo dizem, um grupo de indios,
afugentados pelos colonizadores que ocuparam a região de
Pinheiros, ai se estabeleceu buscando um refúgio. Em segui
da, chegaram os jesuitas que se estabeleceram na aldeia com
objetivos catequéticos, visando preservar a educação e a mo
ral dos silvicolas da influéncia dos brancos. A partir de
1625 passou a pertencer a Santana do Parnaiba.
Sendo a aldeia um ponto de passagem obrigatória
das bandeiras e situando-se próximo as terras de Afonso Sar
dinha e às reservas indigenas determinadas por Jerônimo Lei
tão em 1580, Carapicuiba foi citada muitas vezes na histó-
ria.
Proprietário de uma sesmaria de seis léguas de
quadra doada pelo rei de Portugal, Afonso Sardinha móntou u
ma sede na sua fazenda e .um posto na aldeia de Carapicuiba,
objetivando aproveitar a mão~de-obra indigena. Desta forma
iniciou a construção de uma capela por volta de 1590 e pos-
(1) SAIA, LUIZ- Morada Paulista- Ed. Perspectiva- SP, 1972 p. 19
2.
teriormente voltou.a Portugal.
Um dos atritos mais notáveis entre brancos e in
dios aconteceu em 1610, quando os nativos se resolveram
violentamente contra os operadores brancos que queriam sub
jugá-los; os silvicolas acabaram por retirar-se e penetra
ram sertão a dentro.
De 1610 a 1670 a aldeia viveu uma fase de estag
naçao, servindo como ponto de encontro entre clero e autori
dades que buscavam traçar planos para a ocupação das ter -
ras e aproveitamento do trabalho indigena.
Próximo a 1670 percebeu-se certa alteração e di ~
namisrno, os caminhos se alargaram desde Santo Amaro, Itape-
cerica, Embu e Cotia. Casas começaram a aparecer por entre
as árvores e delimitaram-se fazendas. Apareceram carreado -
res para as tropas e abriram-se armazéns para atender a de-
manda dos colonos que já se vinculavam à terra.
Criou-se gado e, dos abatedouros instalados nas
próprias fazendas, a carne era levada para os primeiros a -
çougues.
Os filhos dos primeiros colonos necessitavam
de educação e desta maneira foram sendo construidas as pri-
meiras escolas. A região estava experimentando o desenvolv.!.
mente e a aldeia passou a monopolizar a vida social e poli
tica de Carapicuiba. Em volta da capela inicial, malocas fo
ram sendo construidas para abrigar aqueles que poderiam ser
chamados de ancestrais dos hoje empresários de espetáculos
populares (2).
(2) - sGmula da Biblioteca Castro Alves - "Carapicuiba" pg.2
3. -,
A aldeia destaca-se como maior centro de folclo
re do Estado, berço de uma série de danças tipicas entre as
quais se destaca a "Dança de Santa Cruz", também chamada Sa
rabaquê (3), uma dança dos indios que, ao terminar, lembra ·
um ataque de azagaias.
A celebração desta festa floclÕria data de 1714
e é devida ao padre Belchior Pontes, que a criou com objeti
vo catequético. Hoje é uma festa tradicional folclõrica,que
tem inicio com uma dança celebrada na tradição dos capelões
caipiras, no dia 24 de abril; dai em diante a aldeia se mo
vimenta em função dasfestividades dos dias 2,3 e 4 de maio,
quando ela é toda enfeitada.
O nome da cidade de Carapicuiba vem do ribeirão
que corta suas terras e que foi assim chamado pelos indios
no séc. XVII. ~ corruptela de "Quar-i-picui-bae" significan
do o rio "que se revolve em poços".
1.2- A CIDADE
Obtendo a sua emancipação em 1965, tendo sido a
té então incorporada a Santana do Parnaiba, a cidade de Cara
picuiba faz parte dos 37 municipios que compõem a área da
Grande São Paulo. Caracteriza-se, entre outras coisas, pela
elevada taxa de crescimento, tendo apresentado nas três últi
mas décadas um crescimento superior a 10%.
{3) - op .• cit. ed. ebid~
. . : .. ·. ·:.·
4.
A cidade possui uma area de 35 km (44 km.segundo
algumas fontes),situada na região da Grande são Paulo, a no
roeste da Capital do-Estado. Ao _norte passa a Rodovia Castelo
Branco e ao Sul , .a Rodovia Raposo Tavares. Limita-se ao Nor- ·
te/Nordeste com o município de Barueri, ao Nordeste/Leste com
Osasco, ao Sul/Sudeste com Cotia e a Oeste com Jandira, sen
do todos os municípios limítrofes integrantes da Grande São
Paulo.
Está localizada a 7l7m de altitude, possui um
clima frio e seco, além de apresentar uma distância rodoviá-
ria de 24 krn da capital do Estado.
~ um município que nao possui praticamente área
rural; a cidade caracteriza-se quase que em sua totalidade -
como area urb~na.
A principal atividade econômica de Carapicuíba -
éstá no setor industrial, envolvendo indústria química de
peles e couros, de produtos alimentícios e de material elé -
trico.
A extração de areia, cascalho e saibro do rio Tie
tê, a produção hortifrutigranjeira (banana, uva, laranja, ga
linha, ovo, frango) e o abate de gado de outras regiões são !
gualmente atividades econômicas importantes na vida do munici
pio.
O comércio destina-se quase que · totalmente a su~
prir as necessidades da população local.
O transporte no município é feito por permissio
L_&,·· '' •. ,.
S.
nários de auto-ônibus, micro-ônibus e por uma. empresa conces
sionária que liga o centro ãs vilas.
O transporte intermunicipal i feito por via fir-
rea (trem da FEPASA, ligando a cidade ã Estação Júlio Pres ~-
tes) e por via rodoviária (Ônibus ligando a cidade ao bairro
de Pinheiros e ã Estação Rodoviária de são Paulo). As cida-
des de Cotia, Itapevi, Barueri, Osasco, Jandira, Santana do
Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus são tambim ligadas por li -
nhas regulares.
A Rodovia Marechal Rondon corta o centro da cida
de onde recebe o nome de Av. Rui Barbosa. A Rodovia Castelo
" Branco passa a cinco quilômetros da cidade e a Rodovia Rapo-
so Tavares a 10 km.
1.3- CONJUNTO
A COHAB-SP é proprietária de uma area de terre-
no de 2.623.500,00m 2, comprada d~ Piefeitura de Carapicuíba,
sobre a qual está situado o Conjunto Presidente Castelo ~ran
co de Carapicuíba. A construção das primeiras unidades resi-
denciais se deu por volta de 1970.
Diversas dificuldades fizeram com que, nos a -
nos seguintes ao seu início, o conjunto ficasse relegado ao
abandono. A recuperação do conjunto foi iniciada em feverei
ro dé 1976 pela pr6pria COHAB-SP. Por volta de outubro do
mesmo ano foram entregues 324 casas; em abril de 1977 fica -
6.
ram prontos 816 apartamentos; em agosto mais 532 casas e
Como de/-em dezembro do mesmo ano mais 1872 apartamentos.
corrincia, foram construidas escolas~ padarias, bares, aço~
gues e centros comunitários para atividades de promoção so
cial.
A partir dessa etapa, a COHAB-SP vem desenvol-
vendo novos projetos e no momento em que efetuávamos a pes-
quisa (4), já tinha alcançado 8.742 unidades construidas e
entregues ( 5), distribuidas da seguinte maneira.
Carapicuiba I 4.840 unidades
Carapicuiba II 724 unidades
Carapicuiba III 1. 424 unidades
Carapicuiba IV 480 unidades
Carapicuiba v 450 unidades
Carapicuiba VI 824 unidades
T o t a 1 . . . 8.742 unidades
Segundo relat6rio semestral de controle de dados so-
bre projetos e obras, elaborado pelo setor de planejamento da
COHAE-SP (6), o Conjunto Habitacional Presidente Castelo Bran
( 4) -
( 5) -
( 6)
a pesquisa iniciou-se formalmente no ano de 1980,quando, além de observação, foi feita urna pesquisa explorat6ria que serviu de base para esta cujo trabalho de campo foi efetuado no 29 semestre de 1981.
dados fornecidos p~lo setor de planejamento da COHAB-SP
relatório elaborado pelo setor de planejamento que apre senta uma visão de todos os projetos e obras até o 19 = semestre de 1981, executadas, em execução e em projeto pela COHAB-SP.
7.
co deverã at~ngir, ati o final do ano de 1982, 14.230 unida
des residenciais e, no final de 1983, chegarã i quantidaJe-1
de 16.230, sendo 15.350 apartamentos e 880 casas, localiza-
dos nos 2.523.050,00 m2 de ãrea do terreno.
1.4- DA COHAB
A Companhia Metropolitana de Habitação de São
Paulo i uma empresa ligada i Prefeitura Municipal da Cidade
de São Paulo. Sua criação baseou-se nos seguintes objetivos:
DO OBJETIVO SOCIAL
Art. 39- ·A companhia tem por· finalidade:
a) - estudar os problemas de habitação, princi-
palmente habitação popular, notadamente na
area metropolitana de São Paulo; planejar e executar suas -
soluções, em coordenação com os diferentes órgãos públicos
ou privados, municipais ou não, visando tornar acessível as
classes de menor renda a aquisição ou construção de casa
própria;
b) - planejar e executar programas de erradica-
çao de favelas, cortiços e outr~s habita -
çoes inadequadas, ou de melhorias de emerg~ncia, visando i
assist~ncia a seus moradores e i higienação das ãreas ocu-
padas, diretamente ou em conexão, ou mediante coriv~nio com
orgaos oficiais ou entidades particulares ligad~s ao probl~
ma.
8.
c) - adquirir terrenos, inclusive com benfeito-i
.. - ... J
rias, destinados a construçao ou a venfa
(lotes urbanizados); adquirir ou construir unidades resi:-
denciais e promover a respectiva alienação; conceder ou
transferir financiamentos a proprietãrios de terrenos para
construção de habitações, ou melhoria das jã existentes -
destinadas a uso pr6prio; efetuar doações, quando necessã-
rias, para o aprimoramento das finalidades aqui discrirnin~·
das, sempre com prévia autorização da assembléia geral,co!!!
prar e vender material de construção, obedecendo em tudo -
às limitações da legislação pr6pria e da COHAB-SP;
d) - firmar acordos ou convênios com orgaos o-
ficiais ou particulares, nacionais, estra~
geiros ou internacionais, para fins de financiamento ou a-
juda técnica, podendo oferecer garantias reais, se exigidas;
e) - incentivar, no incremento da habitação de -
interesse social, a iniciativa particular -
em todos os seus aspectos, através de financia;:nento e assis-
tência técnica, fundação e desenvolvimento de cooperativas
ou outras formas ~ssOciativas em programas habitacionais,bém
corno processos de esforço pr6prio e ajuda mútua.
§ 19 - A Companhia pode estender a sua açao aos
rnunicipiosvizinhos ao de São Paulo, espe-
cialmente dentro da ãrea da Grande São.Paulo, quando estes con
9.
correrem regularmente autorizados para a formação do
~~~~~ tal social, ou toda vez que a Juizo da Diretoria da l
COHAB-SP for julgado conveniente para atingir as suas fina
lidades sociais.
§ 29 - Sempre que oficialmente solicitada, a
Companhia poderá estender sua ação aos
demais municípios do Estado, observando o disposto no arti
go 29 da Lei n9 6.738 de 16/11/1965, desde que as despesas
com a sua atuação sejam reembolsadas com a remuneraçao -
prevista pelo BNH ·e que não advenham prejuízos ao desen-
volvimento normal da programaçao estabelecida para o Muni-
cipio da Capital (7).
Buscando satisfazer tais finalidades, a COHAB-
SP permite a inscrição de qu~lquer pessoal desde que aten-
- -. .,. . da as segulntes caracterlstlcas:
A) - ganhar de um a mais salários mínimos na e-
poca da inscrição;
B) - ganhar de 3,5 a 5 salários mínimos na en -
trega da habitação;
C) ~ ter na entrega da habitação no mã~imo 55
anos e seis meses;
(7) - extraído do documento de criação da COHAB-SP, fornecido pela empresa.
1 o.
O) ser casado ou ter dependente econômico;
E) morar e trabalhar há mais de 2 anos na r e
. - da Grande São Paulo; g~ao
F) - proprietário de imóveis; ...; na o ser
O financiamento é feito através do Sistema Fi -
nanaceiro da Habitação em 25 anos; e o imóvel só pode ser
comprado para ser usado como moradia, não sendo permitido
ceder ou local a terceiros (8).
( 8) ~
S F H (BNH)
Governo Estadual
·Governo da
União ·cOHAB Prefeitura
/ ! . I
I Empreiteiras I I
/
. do Município! _ de I
Sao Paulo l
Mutuários (compradores)
segundo informações coletadas junto ao setor de inseri ção e jurídico da COHAB-SP.
Por ser uma empresa de propriedade da
ra da Cidade de são Paulo, e objetivando atender
11 •
i
PrefeiJu-/
a uma pol_!
tica nacional de habitação para pessoas de baixa renda, a
COHAB-SP criou em torno de si uma teia de relações diretas
e/ou indiretas com várias instituições e mutuários, o que -
pode ser visualizado no gráfico 1.
Seus projetos e obras, segundo relatório semes-
tral referente ao 19 semestre de 1981 (9), previa, entre
projetos e obras, a entrega até 1984 de aproximadamente 100
mil unidades residenciais entre casas e apartamentos. Em ou
tras palavras, significa proporcionar habitação para uma me
dia de 450 mil pessoa~.
·Todas essas unidades, localizadas na área da
Grande São Paulo, estão ajustadas à Política Nacional de Ha
bitação dirigida à população de baixa renda.
(9) - ver nota nQ 6
12.
CAPITULO II I '
"FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONHECIMENTOS EXISTENTES"
2.1 -POSICIONAMENTO TEÓRICO
Na busca de um suporte que possibilitasse o d~
senvolvimento do trabalho, deparou-se com a primeira difi-
culdade, ou seja: que postura analítica e explicativa deve
ria ser adotada?
Tentando romper tal dificuldade e considerando
o caráter multidisciplinar que o Marketing possui, buscou-
-se apoio em outras áreas do conhecimento. Tal comportame~
to enveredou pelas plagas da Sociologia e conseguiu subsi
dias na Sociologia do Desenvolvimento, encontrando na pos-
tura do professor Luiz Pereira, na obra "Ensaios de Sacio-
logia do Desenvolvimento" (10), uma oportunidade de se de-
senvolver o trabalho.
Identificando o Brasil como uma formação capi-
talista periférica, marcada pelo inconformismo popular das
camadas populares, o professor Luiz Pereira vê no Estado a
responsabilidade pela suavização de tal inconformis~o. Ele
destaca também que, se assim não o fizer, estará colabo -
rando para a negação da própria situação das camadas popu-
l~res e possibilitando, ao mesmo tempo, a negação do pro -
(10) - Pereira, L. Ensaios de Sociologia do Desenvolvimento, São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1970, pgs. 73/74 94/5.
1 3.
f
prio sistema vigente. I Desta colocação surge um Estado pleno de respog
sabilidade para com as camadas. populares. Um Estado,. segun...;.
do coloca Lúcio Kowarick (11), que nao poderá utilizar em
seus planos um enfoque economista onde os demais aspectos,~
lém do econômico, :sao me:.ns ajustadores do desenvolvimento-
econômico.
Diante de tal colocação, o E~tado se reveste de
um significativo papel, devendo responsabilizar-se pela si
tuação vigente e devendo colocar-se como elemento fundamen-
tal para a manutenção da sua própria sobrevivência. Necessl
ta para tanto incorporar às suas próprias decisões ou atua-
ções todas as variáveis que direta ou indiretamente poderão
abalar ou afetar sua sobrevivência.
A responsab1~1aade pe~a suavlzaçao do inconfor-
mismo popular força o Estado a adotar uma postura integra-
da em seus planos e, dando importância a outros aspectos a-
lém do econômico, alMejar atingir um desenvolvimento global.
Neste estudo partir-se-á de tais pressuposiç6es
e analisar-se-á aação do Estado de forma indireta, através
do desempenho de uma empresa municipal com objetivos sociais
junto à população mais carente, visando atendê-la quanto ãs
necessidades habitacionais.
Tal postura procurará destacar a importância -
(11) - Kowarick, L. Estratégias do Planejamento Social no Brasil, CEBRAP- Centro Brasileiro de Analise e Planejamento, São Paulo, Caderno 2.
14.
das empresas orientadas para o mercado e seguidoras de uma
filosofia de Marketing, em detrimento às antigas concepçoes
de orientação para vendas e para produção (12).
Reportar-se-á também ao Marketing em·institui-
çÕes nao lucrativas, procurando destacar a necessidade da
utilização de urna filosofia de Marketing em agências públ!
cas, mesmo que estas não visem ao lucro e aceitando que seu
papel, nas agências do governo, será o de estabelecer as ne
cessidades de seus vários públicos, desenvolveres produtos
e serviços adequados, arranjar sua distribuição e comunica-
çao eficientes, além de aferir o grau de satisfação (13).
Segundo classificação citada por Kotler (14) o
presente estudo, envolvendo a COHAB - Companhia Metropoli-
tana de Habitação de são Paulo, empresa ligada à Prefeitura
mo de tipo empresarial·, tendo como função produzir bens e
serviços para vender.
Tais agências sem fi~s lucrativos, segundo pos!
cionamento adotado, representam o Estado e corno tal devem ~
procurar atender às camadas populares, visando suavizar sua
(12) - Kotler, P. Administração de Marketing - Análise, Planejamento e Controle, São Paulo, 1978, Vol. 1 - pg. 31 ·-~ 56.
(13) - Kotler, P. Marketing para Organizações que nao visam Lucro, São Paulo, 1978, pgs. 334 a 338.
(14) - Kotler, P. Op. Cit. nota 13 - pgs. 334/5
15.
insatisfação e evitando a possibilidade da negaçao do .siste
ma vigente e do próprio Estado. Neste caso, onde se estuda
um dos conjuntos habitacionais da COHAB, especificamente o
Presidente Castelo Branco, localizado no município de Cara
picuíba, sua função é atender às necessidades do seu públi
co alvo e, paralelamente, satisfazer as aspirações no to -
cante a habitação popular.
Guiado por tal compromisso procurar-se-á medir
o grau de satisfação de seus moradores, até que ponto a a -
gência do Govêrno, COHAB, preocupa-se em atender às neces
sidades dos~cornpradores no desenvolvimento de seus projetos.
Em outras palavras, procurar-se-á saber até que
ponto a COHAB-SP preocupa-se com seu público alvo e se em
seus projetos visa atendê-lo em suas necessidades, o que a
caracterizaria corno uma empresa orientada para o mercado e
corno urna empresa aberta que buscaria no seu meio ambiente
subsídios dernarcadores de sua açao. ·
Agindo assim; destaca-se por um lado o MKT inte
grado (15) corno ferramenta indispensável dos administradores.
Por outro, ressalta-se a importãncia da Orientação para o
mercado e do MKT social nas instituições governamentais, a
lém de fornecer subsídios para a implantação de uma filoso
fia mercadológica e permitir, através das conclusões, supo_E
te para uma postura futura.
(15) Kotler, P. Op. Cit. nota 13 pags. 60/1.
16.
2.2 - CONJUNTOS HABITACIONAIS 1 "nestes laboratórios improvisados, que sao os conjuntos habitacionais, elaboram-se ~ sob pressões opostas, as estruturas sociais de amanhã".
Charnbart e Lauwe
Os conjuntos habitacionais revelam-se por si
mesmos urna gigantesca experiência, em grande parte involug
tária. Podem apresentar tanto o melhor quanto o pior de no~
sa é~oca. São frutos de p~esso~s demográficas e de rnovirnen-.
tos migratórios complexos, de urna centralização e descen -
tralização, envOlvendo a capital e a periferia.
Por outro ·lado, são produtos da deficiência de
um sistema econômico, da falta de urna politica de habitação
coerente e de uma concepção da cidade moderna que se adapte
as necessidades sociais modernas (16).
Na concepção de muitos, os conjuntos habitacio-
nais sao construções artificiais onde o homem é forçado a -
se adaptar ao quadro construído e não o contrário (17).
Eles refletem, por parte das instituições envol
vidas na sua construção, um comportamento contrário à filo-
sofilia de MKT que deve atender as necessidades e desejos -
dos seus clientes consumidores, possibilitando a consecução
de seu próprio objetivo.
(16) -ver Chombart, Ph (org) "FAMILLE ET HABITATION" (cap.1) e "LA HABITACION ET LA FAMILLE DA!JS DIVERSES CIVILIZA TION" - (POR PIERRE LABAT) ,C.N.R.S. PARIS,1959.
(17) - KAES, R. VIVRE DANS LES GRANDS ENSEHBLES, LES EDITIONS OUVRIERES, PARIS, 1963, pgs. 38 a 43.
17.
O nosso interesse está voltado para a avaliação
' do grau de satisfação dos moradores do conjunto habitaciJ -
.nal,tomando como elemento básico o fato de que as necess1.da
des dos moradores devam ser atendidas pelo conjunto e :de
que, ao mesmo tempo, o conjunto cumpra a sua função social
de atender à população mais carente.
A noção de conjunto habitacional contém, indepen
dentemente do tamanho e da localização, as seguintes con -
cepçoes:
- idéia de uma habitat coletivo, inteiramente no
vo, interagindo com uma situação econômica, técnica e demo -
gráfica nova.
a idéia _de um plano, de uma organização do es
paço e de volumes para compor um meio próprio à vida pesssoal,
familiar e social.
da cotidi2.na, de um determinismo mais aparente das estrutu -
ras ecológicas sobre os comportamentos, aspirações e valores.
Tal concepção, apresentada por Kaes (18), engl~
ba também aspectos objetivos, respostas a uma situação_nova,
organização de um conjunto de habitação, determinismos múlti
plos do meio novo e aspectos notmativos, partidos arquitetô-
nicos e urbanisticos, ideal de equilibrio coletivo, fami.
liar e individual, concepção de animação sócio-cultural,es -
tando tais considerações estreitamente ligadas.
(18) - KAES, P. Op. Cit. nota 17 pgs. 38 a 67.
19.
~orçado a se adaptar a elas.
Na.nossa concepçao é na própria filosofia
.Mar]teting, deve ocorrer exatamente o contrário, e a· criação
deve ajus~ar-se ao qilerer· dos homens, proporcionando · um
maior grau de satisfação. Tais considerações, frente ao nos
so trabalho, revestem-se de maior relevância quando nos
reportamos à distinção efetuada por-R. Kaes· e H. Lefebvre
.-, de três tipos de conjuntos habitacionais. O primeiro -
cognominado unidade de vizinhança, agrega uma estrutura es
pontãnea antiga e abriga de 200 a 300 famílias.
O segundo, designado cidade comunidade, envolve
ria os conjuntos habitacionais :formados por 800 a 2.000
·construções. Finalmente o terceirot chamado de cidade no-
va ou cidade :funcional, conteria acima de 3.000 habitações
e seria necessário que o plano do conjunto levasse em consi
deração todas as :funções assumidas por uma cidade, projetan
do na construção toàos os elementos, com sua ligação e hie
_rarquia.
O conjunto que analisamos enquadra-se neste Úl-
timo tipo e, segundo informações da COHAB, deverá chegar a
mais de 15.000 habitações. Assim sendo, sua elaboração encog
tra-se dentro aquelas que deveriam praticamente criar uma -
cidade e possibilitar a seus moradores a satisfação quase -
que total de suas necessidades bãsicas e vitais, exigindo
um planejamento integrado e capaz de suprir as exigências
abmdidas por qualquer cidade localizada nos grandes centros
urbanos.
Acreditamos que sem uma visão mercadológica,es-
corada por todas as demais áreas de conhecimento, direta ou
indiretamente a ela ligadas, será impossível, a qualquer or
ganização, criar algo diferente do artificial. ·.
Ao analisar o Conjunto Habitacional Presidente
Castelo Branco de Carapicuíba, buscando medir o grau de sa~
tisfação dos moradores, aceitamos que, sem uma orientação
para o mercado e sem a utilização de um planejamento inte
grado, seria impossível criar algo diferente do artificial,
procurando subentender que a COHAB, responsável pelo empre-
endimento, ~·vesse assim agir para poder proporcionar aos -
moradores proprietários a satisfação que almejam ao viverem
num conjunto habitacional.
2.3 - SATISFAÇÂO
Procurando buscar uma maneira de medir a satis-
fação dos moradores do conjunto habitacional estudado, depa
ramo-nos com algumas dificuldades, sendo a primeira a concei
tuação, para chegar a uma definição operacional. Para resol-
ver tal situação, reportamo-nos a algumas idéias e identifi
camos que satisfação relaciona~se com felicidade, ou eufo
ria, alegria e ambiência, identificando-se com qualquer u
ma delas.
Recorrendo ao dicionário WEBST.ER ( 19) encontra-
( 19) - Kotler. P. Op. C i t. nota 13 pg. 164
21 •
mos: "satisfação é a realização completa de uma necessidade
ou desejo". No entanto, tal definição é um tanto ampla/ e
forte, considerando que a realização completa raramente é a
tingida. Urna outra definição encontrada em um dicionário de
Sociologia diz: "satisfação i o apaziguamento dos desejos,e
xigências e necessidades das partes constitutivas de uma de
terminada sociedade" (20). Apesar de se caracterizar como u
ma definição correta, ela é muito restrita e não nos perrni-
te operacionalizar o conceito, faltando elementos para que
se possa estudar a satisfação.
Esta primeira dificuldade foi eliminada com a a
doção da definição dada por José Pastare em seu livro Brasi
l_.t_g, a cidade e o homem (21), ou seja, "A satisfação pode -
ser definida como o sentimento que surge da percepção de
um balanço positivo entre expectativas e realizações".
Nestes termos o entrevistado deverá provocar em
si um balanço entre as expectativas que tinha ao ingressar
num conjunto habitacional e as realizações, ou seja, o que ~
realmente encontrou.
Para tanto foi necessário romper uma outra dif2:_
culdc.de: corno medir ou identificar tais expectativas. Neste.
(20) - ATTADIA · DA MOTTA, C.F. e outros - NÍVEL DE SATISFA -CÃO EM CONJUNTOS HABITACIONAIS DA GRANDE SÃO PAULO, São Paulo, IPT/FAPESP, 1975, vol. 1 pag. 29.
(21) - PASTORE, J. BRASILIA: a cidade e o Hornern.São Paulo Cia. Ed. Nac. 1969, cap. II e III.
22.
ponto, após urna série de observações na tentativa de iden
tificá-las através de perguntas abertas e alguns depoirnen
tos colhidos numa investida exploratória (22), optamos por
urna forma indireta que nos forneceria os atribuitos a serem
medidos.
A identificação dos atributos partiu do princí
pio que pessoas de outros níveis poderiam, se solicitadas,
fornecer urna lista do que deveria possuir um conjunto habi
tacional através de um "brainstorrning".
Em seguida restava escolher corno aplicá-lo, o
que foi fei~o em duas classes de 39 ano de alunos de Adrninis
tração e num 19 ano de Ciências Contábeis. Corno consequência
chegamos a identificar 83 atributos que, comparados entre -
si, ficaram reduzidos a 60. Diante da dificuldade de se con
seguir uma avaliação por parte do entrevistado devido ao
grande número de atributos, passou~se para um segundo passo
onde alunos de duas classes de 49 ano de Administração pas -
saram a dar notas para os atributos de O a 10.
Em seguida, utilizando-se as notas dadas, chego~
-se a 35 atributos que obtiveram as maiores nota e, segundo
observação e depoimentos, deveriam aparecer na lista.
Posteriormente, buscando agrupá-los em catego
rias e obedecendo a certa afinidade quanto ao tipo de atribu
to, chegamos a oito agrupamentos que são:
(22) - ver nota n9 4
23.
1 - INFRA-ESTRUTURA - procurando medir o aten
dimento básico necessário a qualquer agrupamento humano ~ue conta com mais de 30 mil habitantes, considerando:
a água, luz, esgoto, ilurninação,pavimentação;
b transporte;
c - telefone público;
d correio;
e posto de saúde;
f posto policial;
g - escola;
h parque infantil; e
i creche.
2 - ATIVIDADES COMERCIAIS -considerando as ativi
dades minimas necP.l';sári.::ls .::lOS .i.ndhríduos ou fa!!lilias. ~!n
conjunto de tão grande.adensamento, destacando as seguintes:
a - supermercado;
b - bazar;
c - padaria;
d - bar;
e banca de jornal;
f - farmácia;
g bancos comerciais e caixas econômicas; e
h - barbearia-salão de beleza.
24.
3 - HIGIENE E SAÚDE - procurando aferir aspeJtos
ligados à higiene praticada e fornecida como elemento preven
tivo; na saúde buscou-se compensar o que não e fornecido pe-
los centros de saúde. Desta forma ficamos com:
a higiene dos prédios e conjuntos;
b - o sol batendo na janela; e
c - dentista.
4 - CONSTRUÇÃO QUANTO À HABITAÇÃO envolvendo 3
aspectos bastante gerais quanto ao tipo de moradia, que são:
a qualidade de construção;
b dispo~ição dos cômodos; e
c - espaço dos cômodos.
disposição dos prédios, a privacidade e aspectos ligados à
conservação, envolvendo:
a - distância entre prédios;
b - janelas uma em frente à outra;
c - conservação e manutenção; e
d - estacionamento.
6 - ATIVIDADES LIGADAS AO LAZER - destacando as
atividades consideradas como lazer, ou seja:
a - áreas verdes;
b - campos e quadras de esportes; e
25.
c - play groud.
7 - ATIVIDADES SOCIAIS - destacando os pontos
que refletem um relacionamento comunitário, ou seja:
a igreja;
b sociedade de amigos; e
c centro comunitário.
8 - ATIVIDADES DE APOIO - buscando retratar um
suporte aos moradores e à administração do conjunto, envol-
vendo:
a assistência social; e
b representantes eleitos junto a COHAB.
des, e ~a definição de "satisfação" e a identificação dos a-
tributos, restou ainda achar uma forma que possibilitasse
medir o grau de satisfação dos entrevistados, o que foi re -
solvido através do relato pessoal dos moradores.
Desta forma procuramos medir o grau de satisfa -
çao dos moradores do conjunto habitacional através de um que~
tionário, utilizando uma escala .em 3 intervalos, ou seja:
muito
satisfação
pouco nada
(perguntà: voti ler uma lista de iteris referentes ao con-
junto e gostaria de saber do Sr (a) se está (muito-pouco-na-
26.
da) satisfeito (a) em relação a eles).
Resta destacar que a satisfação é imbuída de um
caráter relativo, possibilitando uma mensuraçao válida num -
determinado tempo (80/81) e referente a um caso específico.
Além disso não podemos lidar com dados absolu
tos: os moradores estão "satisfeito" ou "insatisfeitos", is-
to considerando que a satisfação corresponde, nos fenômenos
humanos e nas ciências do homem, a noção muito geral de equi
líbrio relativo. Tal noção importa na admissão de graus de-
variação entre os indivíduos muito satisfeitos e insatisfei
tos (23).
2.4 - ESTUDOS REALIZADOS
O Conjunto Habitacional Presidente Castelo Bran-
co de Carapicuíba foi objeto de estudo, quanto à satisfação
dos moradores, de dois trabalhos: "A Casa Própria - Atitudes
e Opiniões dos Moradores do Conjunto Habitacional Presidente
Castelo Branco" (24) e "Nível de Satisfação em Conjuntos da
Grande São Paulo" (25).
(23) - ATTADIA DA MOTTA, C.F. e outros, Op~ Cit. nota 20 pag.21.
(24) - ATTADIA DA MOTTA, C.F. e outros - NÍVEL DE SATISFAÇÃO EM CONJUNTOS HABITACIONAIS DA GRANDE SÃO PAULO, ·são Paulo, IPT/FAPESP, 1975, 29 Vol .
. (25) - COHAB-SP, DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS, Equipe de Estudos subsidiários, coordenado por MAURA PARDINI VtRAS, A CASA PRÓPRIA, ATIVIDADES, OPINIOES DOS MORADORES DO CONJUNTO HABITACIONAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO, SÃO PAU LO, COHAB-SP, 1978. -
27.
O PRIMEIRO TRABALHO
Elaborando pelo IPT/FAPESP, é um estudo realiza
do em 1975 e desenvolvido por uma equipe multidisciplinar sob
responsabilidade do prof. Dr. Valfrido Del Carlo e coordena
cão do sociólogo Caio Fábio Attadia da Motta.
O trabalho envolve o estudo de quatro conjuntos
habitacionais localizados na região da Grande são Paulo e cu
jo projeto e construção foram organizados por empresas esta
tais e paraestatais:
COHAB-SP - Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo;
INOCOOP-SP-Instituto de Orientação as Cooperativas Habitacio
nais e CECAP - Caixa Estadual de Casas para o Povo.
Foram estudados os seguintes conjuntos:
EMPRESAS População I Amostra
COHAB - SP
- Carapicuiba 1. 280 - 43 l
INOCOOP - SP
- Alto de Pinheiros 950 - 43
- Natingui 724 - 34
CECAP
- Cumbica 467 - 52
TOTAL: 3.421 - 173
28.
o objetivo da pesquisa efetuada pelo IPT tinha
por base a satisfação dos _moradores em relação a habitação,
dividindo o estudo em dois níveis, ou seja:
1) levantamento visando saber se as exigências
humanas estavam sendo cumpridas nos conjuntos habitacionais
estudados; e
2) avaliação de satisfação dos moradores, a paE
tir de indicadores sociológicos pertinentes à adequação ho-
roem/habitação.
A pesquisa abordou esses típicos observando: a
verificação do cumprimento das exigências humanas, que foi
trabalho interdisciplinar envolvendo especialistas de diver
sas áreas ligadas à habitação; o grau de satisfação a par
tir de quatro indicadores sociológicos, com o intuito de
-:,determinar a repartição da população, estudada em níveis de
·-;:;:-auito satisfeita e muito insatisfeita. Posteriormente, os-
.Índices de satisfação foram correlacionados_com uma série-
de doze hipóteses, visando conhecer os fatores psico-socio-
_ lógicos que estariam relacionados positivamente com a satis
fação.
Dentre as citações destacadas na pesquisa reve-
lou-se ~nteressante para retratar a qualidade de vida co
conjunto de Carapicuiba, a seguinte: "A 6nica resposta que
encontramos em Carapicuíba e que o conjunto habitacional
nao passa de uma concentração de moradias que so vem re
forçar o caráter de sub6rbio-dormitório do município de Cara
29.
picuiba".
O estudo aborda o aspecto das exigências hurna-
nas quanto ã habitabilidade psicofisiol6gica, ressaltando
a gravidade no conforto higrotérrnico, especialmente em Ca-
rapicuiba, no verao e no inverno.
No tocante ã acústica os problemas decorrem da
falta de um melhor tratamento acústicp dos pisos e paredes.
As exigências psicosociol6gicas da h~bitabili-
dade revelam-se mais gritantes no tocante ao número de pes
soas por metro quadrado e em Carapicuiba 75,0% da popula -
çao encontram-se em condições de conforto criticas. I ,
As exigências relativas ã durabilidade e rnanu -
tenção dos materiais de construção revelam urna tentativa
urgente de estabelecer urna normalização dos materiais de
construção.
Quanto ã satisfação encontrada, o estudo deter
minou um indice de 73,5% de farnilias satisfeitas e 20,6%
de familias insatisfeiras (segundo citação no trabalho é um
percentual elevado se comparado com pesquisas efetuadas no
exterior).
Finalizando, o estudo destaca o reconhecimento,
pelos pr6prios moradores do conjunto de Carapicuiba, do não
curnprirnen-to·-das- ex-:igências--hurnanas-.--Mesrno-a-ssim ;--mais-de------
55% dos moradores estão satisfeitos, destacando ainda a ine
xj.stência de equipamentos le lazer no conjunto, especial -
mente em Carapicuiba onde poderia haver facilidade nas rela
çoes de vizinhança.
30.
Concluem o trabalho com a seguinte recomenda-
cão: "Torna-se então urgente uma mais ativa intervenção -
do poder público na resolução do problema habitacional p~
ra as faixas de baixa renda. Esta intervenção não :deverá
também permitir que se repitam experiências como as do
conjunto de Carapicuíba, onde as exigências humanas nao
são cumpridas em nenhum aspecto. Mesmo que neste conjun-
to cerca de 55% dos moradores estão satisfeito, isto de-
corre de uma falsa perspectiva de ascensão social e ten
de a refletir um dado momento: se esta pesquisa for repet~
da dentro de alguns anos, veremos que o número de famílias
insatisfeitas deverá aumentar consideravelmente ".
O estudo que está sendo objeto deste trabalho
difere da forma como foi abordado pelo grupo do IPT em vá-
rios pontos, ou seja:
1) não usamos os mesmos elementos para medir o
nível de satisfacão,o deles foi baseado em
indicadores sociológicos já conhecidos e I
medidos através de comparação efetuada pelo
próprio entrevistado em perguntas que com ·-
paravam a habitação anterior com a atual
conjunto): o nosso foi baseado num levanta-
mente através de "Brainstorming" e o respo_!!
dente deveria mentalmente fazer a compara -
cão:
2) não foram identif~cadas se estavam ou não
•
31.
sendo atendidas as exigências humanas:
3) o nosso estudo foi elaborado cinco anos de -
pois com as seguintes diferenciações no con
junto:
a) o numero de habitações triplicou;
b) a COHAB-SP, em decorrência do próprio cres
cimento da população, dotou o conjunto com
urna série de equiparnentos_cornunitários que,
na pesquisa do IPT, não constavam ou eram
considerados insuficientes;
c) as condições para aquisição da habitação
passaram a exigir um rendimento de no mi
nimo 3,5 salários mínimos e no máximo S;a~
teriormente tal exigência auingia também a
pessoa que ganhasse 1 salários mínimo;
d) no momento da pesquisa a COHAB dava sequên
cia ao seu projeto de atingir as 16.230 mo
radias, além de estar desenvolvendo proje
to para um clube comunitário.
O SEGUNDO TRABALHO
A COHAB-SP, através de sua Diretoria de Recuper~
çao Urbana do Departamento de Programas Sociais, desenvolveu
urna pesquisa elaborada pela Equipe de Estudos e Pesquisas
Subsidiários , intitulada: "A CASA PRÓPRIA - Atitudes e Opi-
32.
niões dos Moradores do Conjunto Habitacional "Presidente
Castelo Branco de Carapicuiba".
Tal pesquisa teve como objetivo subsidiar os -
programas de Desenvolvimento Comunitário, dando a conhecer
as atitudes e opiniões dos moradores do conjunto no que
tange a unidade habitacional e ao conjunto como todo.
Mais especificamente visava conhecer as atitu-. ~
des e opiniões dos moradores do conjunto em termos de: com
pra da moradia, satisfação com a unidade habitacional (aspec
to físico),com serviços e melhoramentos públicos e com equi
pamentos comunitários que o conjunto apresentava; e ainda co
nhecer as aspirações dos entrevistados quanto a cursos profi~
sionalizantes, condições e interesses de participar de ativi
dades que pudessem reverter em benefício social e facilitar
a promoção social do conjunto.
A conclusão da pesquisa ressalta o início de um
trabalho de desenvolvimento comunitário e do conhecimento da
população. Destaca que a coleta de dados, através de sua for
ma, não favoreceu a obtenção de informações mais completas
(o próprio entrevistado respondia o questionário).
Percebeu-se que uma grande maioria dos mutuários
demonstrou satisfação por ter adquirido sua casa própria,em
condições compatíveis com seu poder aquisitivo. A maior parte
deles tem a aspiração de reformar ou ampliar sua habitação,
com o que atenderia melhor suas necessidades familiares.Res-
salta-se também o fato de que ser proprietário influencia no
33.
grau de tolerância para com os problemas apresentados.
Um dos problemas mais significativos identifi
cados pelos mutuários foi a ausência dos equipamentos comu
nitários, ou seja: Posto Policial, Escola de 19 e 29 grau,
Creche e Parque Infantil.
Outros aspectos corno meios de transporte e co -
rnércio também foram apontados corno problemas significativos
pela população.
O nosso estudo difere da maneira pela qual foi
colocado pela equipe da COHAB-SP, apresentando as seguintes
diferenças:
1) o estudo foi subsídio para algumas providên
cias a serem desenvolvidas pela COHAB que,se
gundo constatação através de observação,quan
do da elaboração deste trabalho, já haviam -
sido. tornadas (mais escolas de 19 e 29 graus,
posto policial, nova linha de ônibus e al -
guns equipamentos);
2) população com mais~de dois anos de convivên
cia no conjunto, o que segundo,pesquisa do
IPT, deveria afetar o grau de satisfação,a
lém de considerar o esvaziamento do entusiasmo
inicial.
3) a medida da satisfação nao parece adequada,
pois nas questões fechadas sobre satisfação ,
34.
por usar perguntas do tipo: Esti sa~isfei
to quanto à habitação?
foram dadas na verdade duas opçoes (Sim e
não), forçando o entrevistado a responder
"SIM", posteriormente o entrevistado marcava
se tinha ou não no conjunto o que era solici
tado para avaliar. .,
4) os aspectos medidos nao batem necessariamen
te com o utilizado em nosso estudo, além d~
não sabermos quais os parâmetros utilizados
para dizer se seriam ou não somente aqueles -
ou coisa parecida.
Estribado em tais considerações, deu-se sequen
ciw ao trabalho canalizando-o para uma medida de satisfação
se~undo uma ótica mercadológica.
No entanto, seria dificil desprezar certos con
ceitos e considerações ressaltadas pelos trabalhos ji exec~
tados, mas não seguindo os mesmos caminhos e nem os mesmos
objetivos, visto que.cada qual segue.uma orientação bisica.
O trabalho do IPT representa urna anilise bastan
te exaustiva e fundamentada, com riquezas impossiveis de se
rem abordadas neste trabalho pela visão multidisciplinar uti
lizada.Por outro lado,sua anilise se dá num momento em que a
COHAB-SP vinha se organizando para retomada do processo de
desenvolvimento do projeto no conjunto, após virias anos de
35.
abandono.
A relevância deste trabalho nao é anulada por -
tal limitação; sua finalidade é outra e seus méritos visam
mostrar a necessidade do poder público de se reportar ao fer
ramental mercadológico e suprir certas exigências considera
das primordiais pela população.
36.
CAPITULO III
"A AMOSTRA E A PESQUISA"
3.1 -POPULAÇÃO AMOSTRAL
Uma vez que o presente trabalho é um estudo de
caso envolvendo o COnjupto Habitacional Presidente Castelo
Branco de Carapicuípa, o universo populacional passa a ser
o número de unidades residenciais construídas e entregues -
pela COHAB-SP até o momento da pesquisa (26), ou seja: 8.742
(2 7)
O universo populacional é constituído de casas
e apartamentos, estes obedecendo a vários tipos de proje -
tos que diferem em tamanho, acabamento e formato. As casas-
obedecem a dois tipos de projetos, assobradadas e férreas,~
lém de possuírem diferentes metragens da área construída.
Além desses aspectos deve ser ressaltado também
que, desde a fase d~ projeto até a entrega das habitações, ~
xiste um período qu~ vai de 1967 até o final do primeiro se
mestre de 1981, ocorrendo neste interregno a entrega das
8.742 unidades habitacionais distribuídas em seis dos oito I
setores existentes, ou seja:
(26) a amostra foi baseada em dados fornecidos até o primei ro semestre de 1981; existem ainda em execução e proje to mais 7.488 unidades que deverão ser entregues até o final, de 1983, segundo previsão da COHAB-SP.
(27) - as informações quanto ao número de habitações foram fornecidas pelo setor de planejamento da COHAB-SP, na pessoa do arquiteto Ubirajara Baroni Garcia.
37.
Carapicuíba I Casas 880
Apartamentos 3.960 4.840
Carapicu.Íba II Apartamentos 724
Carapicu.Íba III Apartamentos 1.424
Carapicu!ba IV Apartamentos 480
Carapicufba v Apartamentos 450
Carapicu{ba VI Apartamentos 824
TOTAL .8.742
A extração da população amostral do universo po
pulacional obedeceu a uma seqüência de atitudes,buscando im
primir à amostra um caráter probabilístico, ou seja:
1) -Identificação das unidades- a impossibili
dade de se obter uma lista das unidades habitacionais fez
com que se utilizassem outros recursos, obedecendo à segui_!!
te seqüência.
a) localização dos seis setores em uma das plan
tas do conjunto;
b) identificação das habitações construídas e en
tregues, em cada um dos setores; e
c) enumeração das unidades habitacionais, consi
derando as casas e os prédios de apartamentos.
2) - Sorteio da amostra - na escolha do univer
so amostral devido à identificação por setores, procurou-se
respeitar uma proporção sobre o total, através do seguinte -
38.
procedimento:
a) utilização da tabela de números aleatórios;
b) as casas, por já serem unidades, foram sor-
teadas e identificadas na planta;
c) os prédios sorteados foram identificados na
planta;
d) a escolha da unidade habitacional,no caso
dos prédios, foi feita pelo entrevistador
no campo, observando:
1) número de unidades existentes;
2) escolha, através da tabela de números alea-
tórios, de urna unidade habitacional para fazer parte da a-
mostra.
3) Substituição da amostra - a substituição da
amostra deveria obedecer aos seguintes passos:
a) o entrevistador deveria tentar fazer contato
com a unidade sorteada duas vezes em dias diferentes;
b) depois da segunda tentativa o entrevistador
deveria sortear outra unidade habitacional do mesmo prédio,
observando o item "d" referente ao sorteio da amostra;
c) a repetição dos passos anteriores se faria a
té que se conseguisse encontrar alguma pessoa, com idade mí
nima de 18 anos para ser entrevistada.
A execução de tais procedimentos permitiu que se
chegasse a urna mostra composta de 237 elementos, distribuí -
39.
dos em cada um dos setores existentes no conjunto e assim
constituída:
CARAPICUIBA I 131
CARAPICUIBA II 19
CARAPICUIBA III 39
CARAPICUIBA IV 13
CARAPICUIBA v 12
CARAPICUIBA VI 23
3.2 - COLETA DE DADOS.
Utilizou-se para a coleta de dados primários um
questionário elaborado com perguntas estruturadase abertas.
A aplicação do questionário à população amostral foi feita
através de entrevista, buscando com isto eliminar possíveis
dificuldades dos respondentes e conseqfiente aumento de res-
postas anuladas.
O questionário, na introdução, procurou obter -
dos respondentes uma gama de informações que possibilitasse
sua identificação, além de conter dados sobre a unidade fa-
miliar, ou seja:
1 - Sexo
2 Classe Social· (28)
3 Parentesco
4 - Religião
(28) - o critério utilizado para a identificação da classe social de cada família foi o da ABIPEME (ver apêndice). .
I
I . !
/
40.
5 - Idade do entrevistado
6 Tempo que reside na habitação
7 - Número de pessoas que residem na habitação
8 Quantidade e faixa etãria das crianças
Outra parte das questões procurou medir a satis
fação dos moradores com referência ao conjunto, envolvendo -
urna lista de ~5 atributos (29) agrupados com 8 classes, ou
seja: infra-estrutura, atividades comerciais, higiene e sau
de, construção quanto à habitação, construção quanto ao con
junto, atividades ligadas ao lazer, atividades sociais e ati
vidades de apoio.
A identificação da satisfação foi feita por atri
buto e obedeceu a urna escala de 3 pontos,onde o respondente
deveria dizer se estava MUITO, POUCO ou NADA satisfeito em
relação ao que lhe era perguntado.
Na tentativa de se obter informações ligadas ao
relacionamento social dos moradores do conjunto, foi utiliza
da urna gama de 16 aspectos divididos em dois grupos: facili
tadores e prejudicadores do relacionamento social. A avalia
ção seguiu o mesmo critério utilizado para medir o nível de
satisfação e, neste caso, cada respondente identificou se
cada aspecto -facilitava ou---dificu-ltava ---MUITG,--Pouco-~eu.-- NADA--
o relacionamento das pessoas do conjunto. (30)
(29) ver capitulo II item 2.3 (SATISFAÇÃO.)
(30) ver apêndice modelo do ~uestionãrio.
4 1 •
Finalizando e fechando o questionário, foram fei
tas três perguntas abertas tentando medir: aspectos que imp~
diam a participação do respondente nas atividades sociais e
xistentes no conunto; aspectos que existiam no relacionamen
to com os grupos de vizinhança e que dificultavam a intera -
ção entre as pessoas do conjunto; sugestões que poderiam ser
desenvolvidas no conjunto para proporcionar melhor interação
e participação das pessoas na vida do conjunto.
Tais questões foram colocadas para servir de com
plemento as principais, envolvidas com o objetivo da pesqui
sa, além de subsidiarem a analise e as conclusões.
3.3 PESQUISA
O presente levantamento nao pretende revestir se
de grande sofisticação interpretativa e analítica; sua fina
lidade está ligada à necessidade das . ·agências . do governo do
tipo empresarial de adotarem uma filosofia de Marketing, a -
lém de se utilizarem dos ferramentais disponíveis para ativa
rem seu relacionamento com o mercado.
Tal postura será externada através do grau de sa
tisfação identificado no Conjunto Habitacional Presidente
Caste·lo -Branc-o -·de Carapicuíba, · gue representará, na figurà·
da COHAB-SP, a agência do governo do tipo empresarial.
A fim de se obter um guia para a análise dos da
dos, serao utilizados as seguintes hip6teses:
42.
1 - A COHAB-SP, no Conjunto Habitacional Presi-
dente Castelo Branco de Carapicuíba, satisfaz plenamente os
moradores nos aspectos:
A) Infra-Estrutura;
B) Atividades Comerciais;
C) Higiene e Saúde;
D) Construção quanto a Habitação;
E) Construção quanto ao Conjunto;
F) Atividades ligadas ao Lazer;
G) Atividades Sociais; e
H) Atividades de Apoio.
2 - O grau de satisfação dos moradores do Conjun
to Habitacional Presidente Castelo Branco de Carapicuíba,inde
pende das características pessoais dos moradores, de suas fa-
rnilias e do tempo que residem na habitação.
O presente trabalho não conterá aplicação de tes-
tes estatísticos e estãrá limitado ao estudo da simples in-\:,,,I{,
terpreta'çao dos dados, mesmo porque o reduz ido númerO de en "'·
trevistas impediria a concretização de urna postura mais so -
fisticada, alirn de que poderi~ fornecer urna idiia distorci-
da dos fatos com os cruzamentos que se fariam necessários
( 31 ) •
3.4 - TABULAÇÃO
(31) -existe a possibilidade de se efetuar urna análise fatorial, que poderia fornecer maiores esclarecimentos,sern perder os graus de liberdade. A inexistência de um programa disponível e a limitação do tempo imposto pela comissão de pós= -graduação, forçou-nos a assumir tal procedimento.
43.
A tabulação dos dados coletados foi feita através
do processo mecanizado, tendo no computador o elemento indis
pensável.
Todo o trabalho foi rodado no Centro de Processa-
mento de Dados da Escola de Administração de Empresas São -
Paulo da Fundação Getúlio Vargas.
O instrumento de coleta de dados, apesar de ter o
bedecido a uma codificação que facilitaria a tabulação, neces
sitou de uma redefinição para atender às exigências do compu-
tador e do programa,_ gerando assim elementos para o regis --
tro dos dados em cartões.
Dados os primeiros passos, foram elaborados pelo
Centro de Processamento de Dados as etapas necessárias para a
tabulação simples e cruzada, além de ser estipulada a forma
de apresentação dos dados.
3.5 - AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO
A mensuraçao dos atributos e de suas respectivas ~
classes obedeceu a uma ponderação onde foram atribuídos os
valores 4, 2 e 1, que funcionaram como fatores ponderadores
para cada ponto da escala de satisfação utilizada. I
O ponto correspondente a MUITO na escala teve o
peso i, o referente a POUCO, peso 2 e o peso l ficou para
o NADA.
Sendo ·necessário trabalhar com atributos e elas-
ses de atributos, para poder avaliar o grau de satisfação dos
44.
respondentes e chegar a urna medida quantificada, foi utiliza- .
da a seguinte f6rrnula:
s =
z
onde S = satisfação
M = 4 p
p = 2 p
N = 1 p
n= numero de atributos
N (Sn) p -· n
Srn= sorna das frequências dos que escolheram MUITO
s = ·sorna ·das frequências p dos que escolheram POUCO
s = sorna das n frequênc .:Bs dos que escolheram NADA
z = MP + p + N p p
Sua.a~licação possibilitou a quantificação dos a
tributos e suas respectivas classes, gerando um valor para
que se chegasse a rnensuração.
A dificuldade em medir o grau de satisfação do -~
valor assumido pelos atributos e suas classes levou à cons -
trução de urna escala. Nesta há nove pontos baseados nas se
guintes suposições de respostas: 100% de muito; 50% de MUITO
e 50% de POUCO; 100% de POUCO; 50% de POUCO e 50% de NADA;
100% de NADA. Os demais pontos representam as posições rné
dias entre cada um deles, ficando:
1 - FRAQUÍSSIMA
2 - MUITO FRACA
3 FRACA
4 MEIO FRACA
5 Mf:DIA
6 MEIO FORTE
7 - FORTE
8 - MUITO FORTE
9 FORTÍSSIMA .)
45.
A tabela de conversão para escala encontra-se no
apêndice, mesmo porque foram necessárias várias tabelas de a
cordo com os valores de n (n9 de respondentes). Tal fato decor
reu da utilização de alguns cruzamentos onde o n amostral de
compõe-se em vários valores, dependendo das variáveis cruzadas
com os atributos.
46.
CAPITULO IV
"CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO "
A fim de fornecer um perfil da população estudada e
conhecer melhor o respondente e sua família, dividiremos este
capítulo em duas partes: a primeira destacará as característi
cas do respondente, enquanto a segunda terá na família sua pre~ ' cupaçao.
4.1 RESPONDENTES
.Os respondentes serao identificados através das
variáveis: sexo, parentesco e idade, baseando-se nos seguintes
quadros:
QUADRO n9 1 SEXO DO ENTREVISTADO
NÚMEROS PORCENTAGEM ALTERNATIVAS
ABSOLUTOS ·soBRE OS QUE
RESPONDERAM
1 - MASCULINO 91 38.40
2 - FEMININO 146 61.60
3 - TOTAL 237 100.00
4 6.
QUADRO NQ 2 PARENTESCO
NÚMEROS PORCENTAGEM ALTERNATIVAS
ABSOLUTOS SOBRE OS .QUE
RESPONDERAM
. 1 - CHEFE/DONA DE CASA 182 76.79
2 - FILHO/FILHA/NETO/NETA 53 23.21
3 - TOTAL 237 100.00
QUADRO NQ 3 IDADE DO ENTREVISTADO
NÚMEROS PORCENTAGEM ALTERNATIVAS
ABSOLUTOS SOBRE OS QUE
RESPONDERAM
1 - 118 a 24 47 19.82
2 - 25 a 34 60 25.32
3 - 35 a 44 80 33 ~76
4 - + de 45 50 21.10
7 - TOTAL 237 100.00
47.
Pode-se observar que a amostra apresentou 61,60%
dos entrevistados do sexo feminino, enquanto que do masculi
no apresentou 38,40%.
A princípio, pode-se' supor uma predominância do
sexo feminino de 23,20%, no entanto, tal aifrmacâo torna-se
difícil se forem considerados estudos anteriores e também o
momento da entrevista, efetuada no domingo, um dia em que a
possibilidade de se encontrar pessoas do sexo masculino di
minui significantemente se levarmos em conta o hábito de
praticar esportes, encontrar amigos nos bares, lavar o auto
móvel, dormir até mais tarde, fazer alguns consertos domi
ciliares, dentre outros que se pôde observar durante o traba
lho de campo.
Tal fato é corroborado com as instruções dadas ao
entrevistador, que deveria aplicar o questionário na· pessoa
que atendesse à porta, se maior·de 18 anos.
Quanto ao parentesco do respondente prevaleceu o
chefe de família ou dona de casa representando 76,79% dos
entrevistados, e os restantes 23,21% seriam fi~hos (as) e ne
tos(as), sendo estes últimos responsáveis por 0,84%, razão
pela qual foram agrupados na classe anterior.
No quadro 3, observando a idade dos respondentes,
constatou-se uma tendência para uma população madura, identi
ficada como 54,86% na faixa etária acima de 35 anos e 80,18%
com mais de 24 anos de idade.
Comparando os dados do quadro 2 com o de número
3, verificou-se com a idade da população, ao contrair matri-
48.
mônio, encontra-se na faixa de 25 a 34 anos, já que 23% sao
filhos (as) ou netos (as) e 19,82% estão na faixa de 18 a 24
anos.
Pode-se concluir para a população do exposto que:
- a família do Conjunto Habitacional Presidente
Castelo Branco é constituída praticamente de -
pais e filhos, não havendo, como era de se su
por,' a existência de parenb~s ocupando a mesma
residência, coisa esperada como comum entre
pessoas de baixa renda.
- a idade com que a população do conjunto contrai
matrimônio está na faixa de 25 a 34 anos, con-
frontados os quadros 2 e 3.
a população deveria apresentar características
de "madura", já que mais de 80% da população
encontra-se acima da idade de 24 anos e mais de
54% acima de 35 anos, no entanto o fato de nao
ter sido considerados o número de filhos meno--
res de 18 anos, impossibilita qualquer conclu -
sao.
4.2 - FAMILIA
O tipo de família existente no Conjunto Habitacio
nal Presidente Castel.o B.ranco de Carapicuíba será identifica
/J
49.
do através das variáveis: religião, tempo. que residem na
casa, número de pessoas existentes na casa, classe social -
social e filhos por faixa etária.
QUADRO N9 4 RELIGIÃO DOS MORADORES
NÚMEROS PORCENTAGEM ALTERNATIVAS ABSOLUTOS SOBRE OS QUE
RESPONDERAM
1 - CATÓLICOS 189 79.75
2 - PROTESTANTES 30 12.66
3 - ESPÍRITAS ·9 3.80 )
4 - OUTRA I QUALQUER 1 0.42
5 - NENHUMA 8 3.38
7 - TO'l'AL 237 100.00
A familia do conjunto revela-se eminentemente re
ligiosa, havendo somente 3,38% de familias que não praticam -
.:. .. :'
dP {/) 1.0
I ·ri 1.0 o Q) I'Cl .. I.() r-i e N
I'Cl Q) .--:> 'O Q) ô H {/)
~ o .. o {/) .... Q)
QUADRO N9 5 - RELIGIÃO DOS MORADORES POR CLASSE SOCIAL o {/) +J 'O I'Cl s:: I'Cl ·ri I'Cl ·O r-i +J ·ri ~ri {/)
+J e Q) I'Cl I'Cl· +J H ~ o ~ H
B c D E CLASSE
Q) ~ {/) 'O
. o o +J dP
N9 % sobre N9 % sob- N9 Ab % sobre N9 ab- % sobre r-i I.() e :::1 I'- I'Cl dP o .. H o
-RELIGIÃO Abso- respon Abso- bre res solu- respon- solu - respon--
0\ o CX) {/) I'- ~ tos ·dentes lutos ponden- tos dentes tos dentes o M
e {/) tes
Q) o I'Cl e H o ·ri o +J r-i o s:: = ~ri· Q) I'Cl e I'Cl
Q o I'Cl +J ·ri 4-1 ·ri . r-i H o 10 {/) ~ri
{/) +J I'Cl O! o I'Cl r-i {/) ·ri (.) Q) Q) tTI ~
CATÓLICOS 8 3,37 84 35,44 91 38,39 6 2,~3
PROTESTANTES - - 1 3 5,48 16 6,75 1 o ,.42 ESPÍRITAS - - 4 1 , 68 5 2, 1 o - -OUTRA - - 1 0,42 - - - -NENHUMA - - 3 1 , 26 5 2,1 o - -
·ri r-i o {/) I'Cl Q) ll'(j o H ·ri 'O Q)
til I'Cl ' o ·ri +J o ... +J r-i s:: lf'Cl r-i Q) o o :::1 H O! I'Cl ~·
o I'Cl r-1 I'Cl :::1
9 'O {/) o. o o TOTAL 8 3,37 105 44,30 117 49,36 7 2,95
.c: o ·+J o. s:: r-i Q) Q) :::1 I'Cl s:: o o 'O
51.
Reportando-~e ao quadro n9 5, pode-se observar a
relaÇão entre religião e classe social, const.atando que so-
mente as familias católicas aparecem em todas· as classes
e que os protestantes não aparecem somente na classe "B",
enquanto que os espiritas nao aparecem nas classes "B" e
"E", o mesmo acontecendo para os que não possuem religião
alguma.
O quadro mostra também que 93,66% das familias
concentram-se nas classes "C" e "D" retratando o espera-
do, já que a COHAB-SP, .impõe, como condição para a venda
da habitação, o limite de no minino 3,5 salários minimos e
no máximo 5 salários.
QUADRO N9 6 - NÚMERO DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA
NÚMEROS PORCENTAGEM
ALTERNATIVAS ABSOLUTOS SOBRE OS QUE
RESPONDERAM ).
1 - Até 3 32 13.~b
2 - de 4 a 6 156 66.10
3 - de 7 a 9 41 17.37
4 - 10 ou mais 7 2.97
5 - Não respondeu 1 0.42
6 - TOTAL 237 100.42
52.
Com referência ao número de pessoas que residem
na casa, encontramos no Conjunto Habitacional a predomi -
nância de famílias constituídas de 4 a 6 elementos,· repr~
sentando 66,10% e tendendo a ~er maior o numero de ele~en
tos na família, já que 17,37% possuem de 7 a 9 elementos,
enquanto que as famílias de até 3 pessoas representam •••
13,56%.
~ Desta forma a família predominante no conjunto
e aquela formada pelo casal, representando em média 3 fi-
lhos,apesar de existirem mais de 17% de famílias que apr~
sentam em média 5 a 6 filhos. Observa-se por outro lado -
que as famílias numerosas estão diminuindo, representando
aproximadamente 20% do total (Ver quadro na página seguin
te).
As famílias e seus respectivos componentes, re-
presentados pelo número de pessoas existentes, podem ser
observadas segundo a classe social, como mostra o quadro
n9 7.
Neste constata-se ser a classe "E" a que tem -
propensão a ser maior, não apresentando famílias com até
3 elementos e tendo 71% de suas famílias compostas de 4
a 6 elementos; os 29% restantes estão divididos entre os
de 7 a 9 e 10 ou mais componentes.
A classe "D" apresenta famílias de todas as faj.
xas e tem sua concentração na de 4 a 6 elementos com 65,81%
de famílias. O mesmo acontece com a classe "C", pos-suindo
· QUADRO "7" . f4bMERO DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA POR CLASSE SOCIAL
CLASSE B c D
N9 N9 ABSO % SOBRE N9 AB- N9 SOBRE DE PESSOAS N9 ABSO % SOBRE
LUTO - RESPON- RESPON- -SOLUTO LUTO E?§g~N-NA CASA DENTE- DENTE .
ATf': 3 1 0,42 21 8,86 10 4,21
DE 4 A 6 6 2,56 68 28,69 77 32,48
DE 7 A 9 1 0,42 1 3 5,48 26 10,97 ...
10 ou + - - 3 1 '2 6 3 1 ,26
NÂO RESPONDEU - - - - 1 0,42
T O T A L 8 3,37 105 44,30 11 7 49,36
% ABSO -LUTO
-
5
1
1
-
7
E
% SOBRE IRii~~~[-
-
2 '1 o
0,42
0,42
-2,95
V1 w •
54.
64,76% de suas famílias na mesma faixa de 4 a 6 pessoas.
A classe "B" ã a que apresenta tend~ncias a a
barcar as famílias de.rnenor número, não possuindo fární -
lias de 10 ou mais componentes e possuindo 25% das farní-
lias divididas entre as de atã 3 e de 7 a 9 elementos.
QU~RO N9 8 TEMPO QUE RESIDE NA CASA
NÜMEROS PORCENTAGEM ALTERNATIVAS ABSOLUTOS SOBRE OS QUE
RESPONDERAM
1 - atã 1 ano 34 14.41
2 - 2 a 3 anos 79 33.47
3 - 4 a 5 anos 69 29.24
4 - mais de 5 anos 54 22.88
5 - não respondeu 1 0.42
6 - TOTAL 237 100.42
Quanto ao tempo em que as famílias residem no con -
junto ,observa-se urna pequena predominância de .famílias com
mais de 4 anos, representando 52% sobre o total. Este ã um -
dado que pode parecer pequeno, levando-se em conta que as pri
rneiras unidades foram construídas por volta de 1970. No entan
to, considerando seu abandono atã 1976 e tendo em 1977 o rei
nício da entrega de novas unidades, observa-se certa hornoge -
neidade na composição das famílias, alãrn de não se retratar o
abandono ou mudança do conjunto.
QUADRO N9 9 FILHOS POR FAIXA ETÂRIA
FAIXA 1 ETÁRIA a 3 4 a 6 7- a
N9s Ab % SOBRE N9s Ab % SOBRE N9s Ab-- -FILHOS :oolutos TOTAI solutos TOTAL solutos
Não têm 168 70,89 135 56,96 152
Têm 69 2 91 11 102 43,04 85
T O T A L 237 100,00 237 100,00 237
10 11 a 14
% SOBRE N9s Ab % SOBRE -TOTAL solutos TOTAL
64,14 159 67,09
35,86 78 ~ 32,91
100,00 237 100,00
i ;
15 a 17
N9s Ab % SOBRE -solutos TOTAL
176 74,26
_61 25,74
237 100,00
l.11 l.11 .
56.
O quadro n9 9 procura mostrar as farnllias que
têm filhos segundo a faixa etária das crianças. Observand~
-o, pode-se constatar que as idades de 4 ~· 6 anos .corres
pondero à maior porcentagem (43~04), representando a faixa
predominante no conjunto. As demais faixas representam -
também um papel significativo,tendo participação que varia
de 25,74% à 35,86%.
Constata-se também que 72% da população possui filhos
na idade pré-escolar, G9% na faixa etária correspondente ao e.§.
tudo básico (da 1t à :a~ série), e 25% na faixa equivalente
ao 29 grau.
Baseado no anexo n9 3, colocado no apêndice deste
trabalho, que destaca a quantidade de filhos por faixa etá
ria,chegou-se à seguinte estimativa da população com menos
de 18 anos:
QUADRO N9 10 POPULAÇÃO MENOR DE 18 ANOS
I
FAIXA ETÂRIA POPULAÇÃO ESTH1ADA
. 1 a 3 2.729
4 a 6 4.058
7 a 10 3.760
11 a 14 3.540
15 a 17 2.948
TOTAL 17.035
Os dados apresentados no quadro n9 10 tornam-se
mais significativos quando confrontados com a população
do conjunto (32) estimada com base na média de 5 elemen
tos por unidade familiar e quando são consideradas as -
8.742 habitações equivalentes ao número de farnílias,que
estão demonstrados no quadro n9 11.
QUADRO N9 11 POPULAÇÃO DO CONJUNTO
POPULAÇÃO N9S ABSOLUTOS % SOBRE
TOTAL CARACTERÍSTICA
Menores de 18 17.035 38,97
Haiores de 18 26.675 61,03
TOTAL 43.710 100,00
57.
Representar quase 40% da população total é um dado
bastante significativo para se compreender a composição da
(32) - ver no apêndice anexo 4, referente à estimativa da população total do conjunto dos menores de 18 anos.
58.
população do conjunto, mesmo porque, para os menores de 18
anos existem certas necessidades que devem ser satisfei -
tas no tocante à educação, como pode ser observado no qua
dro n9 12.
QUADRO N9 12
POPULAÇÃO
FAIXA ESCOLAR
Creche Jardim 1~ a 8~ sér~e 29 ciclo
POPULAÇÃO MAIOR DE 18
TOTAL
POPULAÇÃO SEGUNDO FAIXA ESCOLAR
N9 DE CRIANÇAS
2.729 4.058 7.300 2.948
26.67 5
43.710
% SOBRE O TOTAL DA POPULAÇÃO
6,24 9,28
16,70 6,74
61,03
100,00
O quadro n9 12 revela a necessidade de creches, jaE
dia e escolas de 19 e 29 graus, mostrando o montante de alu
nos em idade escolar, não levando em consideração a repetên
cia e o retardamento no cumprimento das etapas do ensino,
que viria aumentar ainda mais tal montante.
O quadro mostra também que mais de 15% da população
encontra-se na fase pré-escolar, 16,7% na etapa equivalente
ao estudo obrigatório e aproximadamente 7% em idade de cur
59.
sar o 29 ciclo.
Lastreado nos quadros apresentados e suas interpr~
tações, pode-se chegar às seg~intes conclusões sobre as fa
milias do Conjunto Habitacional Presidente Castelo Branco
de Carapicuiba, ou seja:
1 -estão concretadas nas classes "C" e "D", corresponde!!.
do a 93%.
2 - são predominantemente religiosas (96,62%) e pratica -
mente católicas (79,75%).
3 apresentam em média 3 filhos (66%)
5- são constituidas de 4 a .6 elementos (66,10%), envolven
do basicamente pais e filhos.
6 - são formadas de filhos em idade pré-escolar (72%) e em
idade correspondente ao ensino básico (69%).
60.
CAPITULO V
, "ANALISE DA SATISFAÇÂO"
5.1 -OS PRI~~IROS RESULTADOS
Tendo chegado a uma forma de medir o grau de satis
fação dos respondentes (33), passou-se a aplicá-la nos da
dos coletados , obtendo-se;
QUADRO N9 13 - GRAU DE SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO AOS ATRIBUTOS DE INFRA-ESTRUTURA
N9 DO
ATRIBUTO INFRAESTRUTURA
~
1 Á<;!ua, Luz, Esgoto, Ilumina-çao e Pavimentação
2 Transporte
3 Telefone Público
4 Correio
5 Posto de Saúde
6 Posto Policial
7 Escola
8 Pat-que. Infantil
9 Creche
M~DIA
(33) - ver capítulo III
SATISFAÇÃO
Forte
Meio-Forte
Meio-Forte
Regular
·Fraca
Meio-Fraca
Meio-Forte
Meio-Fraca
Muito-Fraca
REGULAR
QUADRO "13" GRAU DE SAT.ISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS REFERENTES A INFRA-ESTRUTURA
.. -- .
SATISFAÇÃO w
A T R I B U T O S MUITO ( 4) POUCO (2) NADA ( 1 )
N9 ABSQ %SOBRE N9 ABS0- % SOBRE N9 ABSOW % SOBRE RES GRAU DE
LUTOS RESPON LUI'OS RESPON TOS- PONDENTEs
DENTES DENrES SATISFAÇÃO
ÂGUA,LUZ,ESGOTO,ILUMINAÇÂO E PAVIMENTAÇÃO 140 59,07 88 37,13 9 37,13 106,43
------TRANSPORTE 108 45,57 108 45,57 21 8,86 95,57
TELEFONE PÚBLICO 96 40,51 88 37,13 53 22,36 87,57
CORREIO 78 32,91 97 40,93 62 26,16 81 , 14
POSTO DE SAÚDE 14 5,91 58 24,47 165 69,62 48,14 -----
POSTO POLICIAL 24 1 o, 13 55 23,21 158" 66,67 52,00 -
ESCOLA 119 50,21 88 37,13 30 12,66 97,43
PARQUE INFANTIL 29 12,24 1 1 1 46,84 97 40,93 62,14 I
CRECHE 11 4,64 53 22,36 173 73,00 46,14
TOTAL 619 746 768 2.133 I
62.
O quadro nQ 13 mostra a situação crítica em que se
encontram os atributos 5, 6, 8 e 9,apresen~ando um grau de
satisfação abaixo do regular, atingindo o menor grau de sa
tisfação, no item CRECHE.
A gravidade do 99 atributo pode ser melhor sentido
reportando-se ao capítulo anterior que, através dos quadros
10 e 12, ~estaca a quantidade de crianças passíveis de se
servirem dos serviços prestados pela "CRECHE". C
O mesmo pode ser visto com relação ao Parque Infan
til; apesar de apresentar um grau de satisfação "baixo~ é -
superior À "CRECHE".
Procurando valer-se dos dados dos quadros citados
acima e buscando uma forma de quantificar tais atributos,di
vidiu-se o número de crianças por um numero médio de 30
alunos por turma, chegando-se a 91 turmas para "CRECHE" e
135 para oPARQUE INFANTIL".
Segundo informações levantadas junto à assistente
social da COHAB e aos representantes do Centro Comunitário,
a única atividade similar às executadas pelos dois atribu
tos, diz respeito à organização de brincadeiras infantis,or
ganizadas pelas mães e corroboradas pela Prefeitura Munici
pal de Carapicuíba com a doação da merenda.
Considerando que as atividades de recreação fun
cionam em dois períodos e possuem uma turma, fica bastante
patente a insuficiência de tais serviços, pois se eles ate~
dessem a 50% das turmas necessitiadas, seriam necessárias 45
63.
turmas para a "CRECHE" e 67 para o "PARQUE INFANTIL".
Com relação ao Posto Policial e de Saúde, segundo
se constatou em observações e entrevistas informais, eles
' deixam muito a desejar. O "POSTO POLICIAL", instalado no
ano de 1981, conta somente com um policial e sem viatura
oficial. O "POSTO DE SAÚDE", apesar de contar com um espaço
destinado a sua inst~lação, ainda não existetno conjunto;
por outro lado, segundo a assistente:;. social, existem 3
postos de saúde em CARAPICUÍBA, não comportando no muni
cipio um outro, segunfo a Secretaria de Saúde.
Tais aspectos sao suficientes para externar a fal-
ta de observância dos itens tidos fundamentalmente como
prioritários pelos moradores, além de fazerem parte da elas
se de atributos ligados à infra-estrutura.
Os demais itens apresentam um desempenho que vai
de "REGULAR" para "FORTE", não chegando a constituir um pr~
blema para os moradores.
• QUADRO "13B" GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS REFERENTES ÂS ATIVIDADES COMERCIAIS
SATISFAÇÃO
A T R I B U T O S MUITO POUCO NADA --
N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE SATISFAÇÃO
LUTOS RESPON- wros RESPON wros RESPON Jl':IV '1'~'-i DENI'ES' DEN'I'BS
SUPERMERCADO 67 28,27 110 46,Zl1 60 -<;; 25,32 78,29
BAZAR 58 24,47 141 59,49 38 16,03 78,86
PADARIA 77 32,49 129 54,43 31 13,08 85,28
BAR 80 33,76 101 42,62 56 23,63 82,57
BANCA DE JORNAL 122 51' 48 92 38182 23 9,70 96,28
FARMÂCIA 37 15161 126 53116 74 31 122 57114
BANCO E CAIXA ECONOM. 51 21 '52 130 54185 56 23163 74129
BARBEARIA/SALÃO DE BEL. 83 35102 1 1 1 46,84 43 181 14 8S,29 ·-:-
T O T A L ~= 575 P=940 N=381 M+P+N= 1896 1896 ""
65.
Observando o quadro n9 14 referente às atividades
comerciais exercidas no conjunto, constata-se um grau de
satisfação variando de meio-fraco a meio-forte, encontran
do seu ponto critico na "FARMÂCIA", cuja satisfação é
meio-fraca.
Tal situação revela-se um tanto incoerente se com-
pararmos o n9 de PADARIAS e SUPERMERCADOS existentê!s, já
que ambos apresentam a mesma quantidade de pontos de ven
da do que as FARMÂCIAS, que são três. Urna outra possibi-
!idade seria·ver no atendimento a justificativa do grau di
QUADRO n9 14 - GRAU DE SATISFAÇÂO EM RELAÇÂO AOS ATRI
BUTOS REFERENTES AS ATIVIDADES SOCIAIS.
N9 DO ATIVIDADES COMERCIAIS SATISFAÇÂO ATRIBUTO
10 Supermercado Regular
1 1 Bazar Regular
12 Padaria Meio-Forte
13 Bar Regular 14 Banca de .:Jornal Meio-Forte
15 Farmácia Meio-Fraca 16 Bancos/Caixa Regular 17 Barbearia/Sãlão de·Beleza Meio-Forte
M É D I A REGULAR
66.
ferente de satisfação, porém o .mais provável seria ter na
"PADARIA e SUPERMERCADOS" um problema deste tipo e_não na 11
n FARMÂC IA. --
A melhor possibilidade que achamos, já que os po~
tos de venda apresentam o mesmo número e a freqüência de
visitas à "FARMÂCIA" é inferior a da "PADARIA" e dos "SUPER
MERCADOS", encontra-se ligada ao fato de exi9tirem ambulan-
tes, localizados em pontos onde não existe comércio próximo,
vendendo mantimentos, leite , pão, doces e salgados, frango
e peixe. (34)
Tal ocorrência diminui significativamente o grau de
satisfação baixa para o caso das "PADARIAS" e "SUPERMERCADOS~
o mesmo não ocorrendo· com relação às "FARMÂCIAS".
Resta destacar ainda a existência de quitandas e
merceariàs :que, somadas aos bazares e bares existentes, so -
mam 27 lojas de comércio, êspalhadas pelo conjunto. Tais fa
tos justificam, de certa forma, o maior grau de satisfação
conseguido na PADARIA e no SUPERMERCADO, e esclarecem a sa
tisfação quanto à "BAR" e "BAZAR".
(34) estes subsídios foram colhidos de duas observações sistemáticas executadas no conjunto, visando familiarizar-se com o conjunto.
QUADRO "14A 11 GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS REFERENTES A HIGIENE E SAÜDE
SATISFAÇÃO
MUITO POUCO NADA ' GRAU A T R I B U T O S N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO % SOBRE- N9 ABSO- % SOBRE DE - - SATISFAÇÃO LUTOS RESPON- wros RESPON- UJIOS RESPON-
DENTES DENTES Dt<:l\rl't<S
HIGIENE DOS PRtDIOS 64 27,00 106 44,73 67 28,27 76,43
O SOL NA JANELA 124 52,00 89 37,55 24 10,13 99,71 w
DENTISTA 13 5,49 105 44,30 119 50,21 54,43
TOTAL 201 300 210 711
QUADRO N9 15 - GRAU DE SATISFAÇÂO, DOS ATRIBUTOS
REFERENTES A HI~IENE E SAÜDE
N9 DO HIGIENE E SAÜDE SATISFAÇÂO ATRIBUTO
18 ;; Higiene - Prédios e Conjs. Regular
19 Sol na Janela Meio-Forte
20 Dentista Fraca
M f: D I A REGULAR
68.
No tocante à higiene e saúde constata-se, através
do quadro 15, a identificação do ponto crítico centraliza
do no atributo "DENTISTA", retratando uma satisfação "FRACA"
e no atributo "SOL NA JANELA" a mais elevada, apresentando
-se "MEIO-FORTE".
O item "HIGIENE DOS PR:t:DIOS·e DO CONJUNTO", apre
sentando uma satisfação "REGULAR", surpreendeu um pouco em
relação ao esperado, já que durante a fase de observação
sistemática efetuada por um grupo de 10 pessoas, constatou
-se um grau de satisfação com raros problemas nas habitações
mais antigas. Tai consideração torna possível a suposição
de o problema estar nos prédios e não no conjunto, mesmo POE
que, durante a fase de observação, não foi possível visitar
inteiramente cada prédio de apartamento.
69.
A baixa satisfaçâo, apresentada no atributo "DEN
TISTA", pode ser compreendida, lembrando-se do fa~o que
o conjunto possui 8.742 famílias e urna populacâo estima
da em 43.710 pessoas, atendidas por um Único dentista e
xistente no conjunto.
QUADRO "15A'' GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS REFERENTES A CONSTRUÇÃO QUANTO A HABITAÇÃO
A T R I B U T O s MUITO POUCO NADA GRAU
N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE RES DE LUI'OS- RESPON LUroS RESPON wros -PON- SATISFAÇÃO DENI'ES DENTES DENTES
QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO w 78 32,91 116 48,95 43 18' 14 83,85
DISPOSIÇÃO DOS dÔMODOS 68 28,69 98 41 '35 71 29,96 77,00
ESPAÇO DOS COMODOS 45 18,99 104 43,88 88 37,13 68,00
T O T A L 191 318 202 711
-....! o
Q'CADRO N9 1 6 GRAU DE SATISFAÇÂO DOS ATRIBUTOS
LIGADOS Â CONSTRUÇÂO DA HABITAÇÂO
71.
N9 DO CONSTRUÇÂO QUANTO A HABITA~ SATISFAÇÃO ATRIBUTO
21 Qualidade de Construção ~ Regular
22 Disposição dos Cômodos Regular
.23 Espaço dos Cômodos Regular
M ~ D I A REGULAR
Apesar de·não:~er aprofundado na medida de quali-
dade da construção,buscou-se, através dos atributos desta
cados no quadro n9 16, medir a satisfação dos moradores -
do conjunto quant.o a "QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO", "DISPOSI
ÇÃO DOS COMODOS" e "ESPAÇO DOS COMODOS". Imaginava-se pa-
ra tais atributos um grau de satisfação, se nao bom, ape-
nas o mínimo necessário, já que, em.se tratando de habita
ções populares, não se poderia esperar alta.satisfação,-
respeitadas as limitações ligadas ao custo e financiamen-
to habitacional.
O índice de satisfação "_REGULAR." para todos es -
ses itens reflete uma certa compreensão da população, mes
mo porque encontramos o maior número de famílias possuin-
do de 5 a 10 elementos.
Diante de tais consideraçÕes admite-se, neste caso, um
grau de satisfação l:xrn, apesar de REGUlAR, não se caracterizando
como um problema para os rroradores do conjunto.
···--:·
QUADRO 11 1 6A 11
A T R I B U T O S
DISTÂNCIA DOS PRÉDIOS
DISPOSIÇ0ES DAS JANELAS
CONSERVAÇAO E MANUTENÇÂO
ESTACIONAMENTO
TOTAL .
GRAU DE SATISFAÇAO DOS ATRIBUTOS
CONSTRUÇAO QUANTO AO CONJUNTO
SATISFAÇAO
MUITO POUCO
N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO % SOBRE - .. -RESPON RESPON LUTOS DENTES LUTOS DENTES
88 37,13 112 47,26.
66 27;85 121 51 , 05
68 28,69 112 47,26
22 9,28 43 18,14 -
I1 =~ 244 P=388
NADA GRAU
N9 ABSO % SOBRE DE - SATISFAÇAO RESPON LUTOS DENTES
37 15,61 89,43
50 21 , 1 o 79,43
57 24,05 79,00
172 72,57 49,43
N=316 94U
QUADRO N9 17 GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS LIGADOS
A CONSTRUÇÃO DO CONJUNTO.
73.
N9 DO CONSTRUÇÃO QUANTO ·AO CONJUNTO SATISFAÇÃO ATRIBUTO
1) . 24 Distância dos Prédios Meio-Forte
25 Disposição das Janelas Regular
26 Conservação e Manutenção Regular
27 Estacionamento Muito-Fraca
M f: D I A REGULAR
Obser.vando os dados referentes ao quadro n9 17
constatou-se urna variação no grau de satisfação dos atri-
butos relacionados à construção do conjunto que vai de
"MUITO-FRACA" a 11 MEIO-FORTE".
O item "ESTACIONAMENTO" representa a mais baixa
satisfação e a "DISTÂNCIA ENTRE PRf:DIOS" a mais alta.O grau
inferior de satisfação quanto ao atributo "ESTACIONAMENTO",
representa um problema facilmente identificado quando asso
ciado às observações e informações obtidas junto a COHAB e
no Conjunto.
As observações sistemáticas colhidas do conjunto
revelam: falta de lugar apropriado para estacionar o carro;
ruas ou passagens, no vão das casas, impossíveis dos carros
74.
transitarem, devido à reduzida largura e ao elevado desní
vel entre passagem e calçada; espaços destinados is areas
dos prédios cercados; espaço destinado às áreas verdes o
cupado para estacionamento; - dentre outros.
QUADRO "17A" GRAU DE SATISFAÇÂO DOS ATRIBUTOS REFERENTES As ATIVIDADES LIGADAS AO LAZER
SATISFAÇÂO - .·
A T R r B U T O S MUITO POUCO NADA GRAU
' ' DE IN9 ABS.Q % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE SATISFAÇÂO
Luros RESPON Luros RESPON wros RESPON DENI'ES DENI'ES DENI'ES
AREAS VERDES . : 26 . 10,97 81 34,18 130 54,84 56,57
CAMPOS E QUADRAS DE ESPORrE 48 20,25 95 40,08 94 39,66 68,00
PLAY-GROUND 26 10,97 97 40,93 114 4811 o 58,86
T O T A L M=100 P=273 N= 338 711
76.
Somando a isto, segundo informação da COHAB, a nao
consideração pelos projetos mais antigos propiciou, através
de um levantamento, uma npva posição que procura inclui-los
nos projetos mais recentes.
Conclui-se do exposto que alguns moradores, dado
o problema de construção e projeto, jamais ficarão satis
feitos, poi? em alguns casos, não e.~istem alternativas •.
Os demais atributos, considerando o fato de habi
tação popular, não querendo usá-la para justificar todas
as falhas, apresentam um grau de satisfação que não espe
lham possiveis problemas.
QUADRO n9 18- GRAU DE SATISFAÇÂO DAS ATIVIDADES LIGADAS
AO LAZER
N9 DO ATIVIDADES LIGADAS AO LAZER SATISFAÇÃO
ATRIBUTOS
28 Áreas Verdes Fraca
29 Campos e Quadras de Esportes Regular
30 Play-Ground .Fraca
M t: D I A MEIO-FRACA
QUADRO "18A" GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS REFERENTES A ATIVIDADES SOCIAIS
S A T I S F A ç-A o
A T R I B U T O S MUITO POUCO NADA
N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO % SOBRE N9 ABSO- %SOBRE GRAU LUI'OS- RESroN Luros- RESroN w.rcs RESroN DE
DENrES DENTES DENTES SATISFAçh)
IGREJA 13 5,49 62 26,1;6 162 68,35 48,29
SOCIEDADE AMIGOS 39 16,46 115 48,52 83 35,02 62,43
CENTRO COMUNITÁRIO 67 28,27 119 50,21 . 51 21,52 79,57
296 296 .
711 T O T A L 119
-....)
-....)
•
78.
Um ponto bastante crítico está ligado às "ATIVI
DADES LIGADAS AO LAZER'', apresentando a mais baixa média
e refletindo urna maior gravidade, já que os atributos por
ela representados não se compensam entre si.
A gravidade torna-se ainda maior quando consi-
deradas as limitações constatadas na infra-estrutura, que
mostram a existência de creches e parques infantis em núrne )
ro insuficiente para atender às necessidades do conjunto.
Posto que as areas verdes e "play-ground" desti-
narn-se a propiciar urna forma de ocupar as crianças, esses
espaços poderiam suprir tais necessidades.
QUADRO 19 GRAU DE SATISFAÇÃO DAS ATIVIDADES SOCIAIS
N9 DO ATIVIDADES SOCIAIS SATISFAÇÃO
ATRIBUTO
31 Igreja Muitó-Fraca
32 Sociedade Amigos Meio-Fraca
33 Centro Comunitário Regular ~
M É D I A MEIO-FRACA
As atividades sociais, assim corno as de lazer,re-
presentarn as classes de atributos de mais baixa satisfação.
Tais constatações possibilitam supor que, cada vez mais, o
homem é esquecido e as atividades capazes de distraí-lo,pr~
porcionar-lhe certos prazeres, ocupar sua ociosidade e dina
rnizar seu convício, também são esquecidas.
QUADRO "19A" GRAU DE SATISFAÇÂO - ATIVIDADES DE APOIO
-
MUITO POUCO NADA
A T R I B U T O S % SOBRE % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE GRAU N9 ABSO N9 ABSO
wros - RESPON- wros - RESroN wros RESPCN- DE DENTES DENTES DENTES SATISFAÇÂO
ASSI9rENTE SOCIAL 79 33,33 100 42, 19 '50 24,47 82,00
REPRESENTANTE JUNTO Â COHAE 96 40,51 87 36,71 54 22,78 87,43
T O T A L 175 187 112 474 ""'
~ (.) H o o t") ~ t:t: P-1
QUADRO N9 20
N9 DO
ATRIBUTO
31!
35
M ~ D
SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO As ATIVIDADES DE
APOIO
ATIVIDADES DE APOIO SATISFAÇÃO
Assistente Social Regular
Representante - COHAB Meio-Forte
I A REGULAR
80.
No tocante às atividades de apoio, apesar de nao
apresentarem uma satisfação elevada, encontram-se na média.
O grau menor de satisfação, encontrado no atribu-
to "ASSISTENTE SOCIAL", pode ter sido afetado pela decisão
da COHAB-SP em reduzir o número de sua equipe de assisten -
tes sociais de 8 para 2.
QUADRO N9 21 ASPECTOS QUE PREJUDICAM OU FACILITAM O
RELACIONAMENTO SOCIAL
I;
N9 DO ASPECTO PREJUDICA/FACILITA ASPECTO
1 Pessoas c/Prof.Diferentes Muito-Fraca
2 Pessoas e/mais Estudo Muito-Fraca
3 Pessoas e/Idades Diferent Muito-Fraca
4 Presença de Criança Regular
5 Falta de Consideração e Res- Forte peito
6·· Falta de Reuniões Meio-Forte
81.
continuaçÃO - quadro 21
N9 DO ASPECTO PREJUDICA/FACILITA ASPECTO
--
7 Festas (TÍpicas) Meio-Forte
8 Festivais (Músisca) Meio-Forte . 9 Torneios Esportivos Forte
10 Teatro (Amador) Meio-Forte
1 1 Exposições ::, Meio-Forte . ~ 12 Praroções e Cursos Forte 8 H ..:I 13 Exibição de Filmes Meio-Forte H
~ PrOmoção e/Crianças .
IJ:.I 14 Forte (Brincadeiras)
15 Excursões Forte
16 Quennesse Meio-Forte
Com referência aos elementos que prejudicam o r~
lacionamento social, revelaram-se com certo peso os seguintes:
1) presença de crianças na casa-
2) falta de consideração e respeito
3) falta de reuniões, que possibilitassem a in
tegração das pessoas no conjunto.
Tais itens nao possibilitam qualquer associação
com as anteriores, no entanto, nas perguntas abertas, obser-
vou-se que 22% da população estão preocupadas com o relacio ~
namento comunitário, desejando melhorá-1? ,.
1
2
3
4
5
6~
QUADRO "21A" ASPECTOS QUE PREJUDICAM O RELACIONAMENTO SOCIAL
S A T I S F A Ç Â O
A s p E c T o- s MUITO POUCO NADA
N9 ABSO- % SOBRE N9 ABSOLU % SOBRE N9 ABSOllJ % SOBRE LUroS RESPON- TaS - l-oiK'-;1-'!)N. TaS- RESPON-
DENI'ES Jt<:NI'K'-;
.PESSOAS COM PROFISSOES DIFERENTES 21 8,86 46 19,41 170 71 123
PESSOAS COM MAIS ESTUDO QUE OUTRAS 37 15,61 66 27,85 134 56,54
PESSOAS COM IDADES DIFERENTES 17 7,71 64' 27,00 156 65,82
PRESENÇA DE CRIANÇA EM CASA 68 28,69 65 27,63 104. 43,88
FALTA DE CONSIDERAÇÂO E RESPEITO 153 64,56 58 24,47 26 10,97
FALTA DE REUNIOES 131 55,27 57 24,05 49 20,68
T O T A L 427 356 . 639
CX> N
83.
No tocante aos elementos facilitadores do rela
cionamento social, observa-se que todos os aspectos aprese~
tam uma tendência para facilitar o relacionamento social.
Considerados como forte, os torneios esportivos, promoÕões
e cursos, brincadeiras com crianças e excursoes, revelam uma
nítida tendência para o lazer.
Associando-se com as sugestÕep pessoais dos mo
radores, das quais 91% estiveram voltadas para a recr~açao,
nota-se uma carência muito grande a ponto de poder ser consi
derado um problema para a população.
As outras sugestões, que poderiam ser desenvol
vidgs no conjunto para melhorar a interação e participação
entre as pessoas, foram:
1) Infr.a-estrutura- envolvendo creches, igreja,
posto policial, ire~s verdes e lanchonetes,
dentre outras.
2) Cultura e Ensino - envolvendo atividades co
rno: preparar moradores, melhorar nível de ins
trução, desenvõlvimento de cursos. ~rofissio
nalizantes (correspondendo a 21% da escolha).
3) Recreação - estando dentre as principais su
gestões: clube com piscina, cinema, festas p~
ra todas as idades, ireas de lazer, quadras
de esportes.
84.
5.2 ANÁLISE DOS CRUZAMENTOS
Na busca de uma interpretação capaz de ultra-
passar a simples tabulaÇão dos dados e de identificar algu-
ma tendência que possibilitasse a visuaiização de alguma ' .
explicação para o grau de satisfação, optou-se pela elabo-
ração de alguns cruzamentos.
' A escolha das variáveis que apresentassem uma
maior probabilidade de fornecer tais esclarecimentos foi ba
seada em evidências, frutos de o'bservações, depoimentos e
tendências apresentadas em trabalhos anteriores.
Em decorrência disto e considerando as variáveis
disponíveis, optou-se pelas seguintes variáveis:
1 número de pessoas que residem na casa;
2 - tempo que residem na casa;
3 - faixa etária do respondente;
4 classe social;
5 - grau de parentesco do respondente;
6 sexo do respondente •
. IdentifDadasas variáveis para o cruzamento, ad-
mitiu-se para efeito de análise que elas não seriam respon-
sáveis pelo grau de satisfação. Desta forma buscou-se iden
tificar algum tipo de variação, capaz de alterar o grau de
satisfação encontrado na tabulação simples.
A análise dos cruzamentos foi elaborada a par-
tir de uma tabulação onde as oito classes de atributos foram
colocadas, respeitando os três pontos da escala.
85.
O cálculo da satisfação foi feito com base na
fórmula descrita no cap. III, chegando-se a uma medida ge-
ral da satisfação por atributo.
Posteriormente utilizando-se da tabela de con
versao para reduzir números diferentes a uma escala comum
(35), foi elaborado novo quadro onde cada classe de atri-
buto posicionava-se, lado a lado, com todas as variáveis in
dependentes, possibilitando uma comparação em cada uma delas
ao mesmo tempo.
Como resultado obt·inha-se o grau de satisfação
de todos os atributos em função de cada um dos cruzamentos,
permitindo observar o grau de avaliação de cada um dos atri
butos, destacado segundo: o número de pessoas que residem
na casa; o tempo de residência; faixa etária do respondente;
sexo do respondente.
Os resultados apresentados, através de uma sim-
ples comparaçao de.graus de satisfação, não ~strar~ respos
tas tão divergentes entre si, que impossibilitassem qualquer
suposição ou mesmo permitissem arriscar qualquer inferência. ~
Observaram-se certos casos isolados, ocorridos
na subordinação de algumas das variáveis, não representan-
do elementos suficientes para qualquer conclusão, mesmo
porque nao ocorrem sistematicamente segundo cada classe de
atributos.
A variável classe social é a que apresentou
maiores distorções, principalmente no tocante à classe "B" e
(35) ver anexo n9 2
86.
"E" podendo ser uma das variáveis capazes de explicar a va-.
riação do grau de satisfação.
No entanto, devido ao reduzidíssimo número de
observações (nQ 7 e nQ 8), é ·muito difícil e bastante ar -
riscado qualquer tipo de conclusão.
Urna outra variável, apesar de nao ocorrer com a
mesma intensidade apresentada na classe social, diz respei-) ~
to ao numero de pessoas que moram na casa. Porem sua rnanifes
tação não se revela suficiente para permitir qualquer expli
caçao sobre o grau de satisfação dos moradores, apesar de a-
presentar, no caso das pessoas que residem há TO ou mais a-
nos no conjunto, uma tendência a elevar ou baixar o grau de
satisfação.
Outra variável que, em alguns casos, apresenta
comportamento similar é a que retrata as pessoas residentes
há mais de 5 anos. Este caso específico contraria colocações
de estudos anteriores que supõem serem tais pessoas portado-
ras de um grau de satisfação menor.
As demais manifestações observadas deixam de me
recer qualquer comentário, representando manifestações que
espelham muito mais urna acidentalidade.
87.
CONCLUSÃO
Reportando-se às considerações desenvolvidas
nos capítulos anteriores e·na tentativa de apresentar urna
conclusão do presente trabalho, torna-se necessário destacar
os seguintes aspectos:
1 - A satisfação dos moradores concentra-se
na sua maioria, num grau Regular de sa
tisfacão.
2 - As satisfações que representaram um grau
considerado crítico, por situarem-se en-
tre os pontos "Meio Fraco" e "Mui.to Fra
co" foram:
2.1. -Quanto à Infra-estrutura- Posto Poli-
cial, Posto de Saúde, Parques Infantis
e Creches.
2.2. - Quanto as Atividades Comerciais - Farrná
cia.
2.3. -Quanto a Higiene e Saúde - Dentista
2.4. - Quanto à ConstruÇão do Conjunto - Esta
cionamento-· · ··
88.
2.5. - Quanto às Atividades ligadas ao
Lazer - Areas Verdes e Play-Grounds
2.6. - Quanto às Atividades Sociais - Igr~
ja e Sociedade Amigos
3 - As classes de atributo que apresentaram u-
ma média de satisfação baixa (Meio fraca) ')
foram: Atividades ligadas ao lazer e ativi
dades sociais.
4 - A impossibilidade de tirar conclusão que
pud~sse espelhar qualquer relação de depe~
dência entre o grau de satisfação e as de
mais variáveis tidas como independentes.
Ao resumir os principais destaques observados
no presente estudo, busca-se trazer para este momento algu-
mas lembranças necessárias para externar, mesmo que brevemen
te, a importância da orientação para o Marketing nas Agências
Governamentais.
Apesar de se ter dito que a satisfação das ne-
cessidades dos consumidores não poderiam ser eotalmente esva
ziadas, deixa-se também a idéia de que, ·para espelhar uma sa
tisfação adequada, o nível de satisfação, deveria estar loca
lizada acima do "Regular", proporcionando uma satisfação qtie
tendes$e a "Forte".
89.
Os destaques, relernbrados, nesta parte, revelam
exatamente o contrário e tornam-se .mais graves quando se en
centram itens ligados às atividades básicas não cumpridas.
Os "Conjuntos Habitacionais" podem ser "cons-
truções artificiais", mas os ~esponsáveis pelo seu projeto
não podem esquecer que o homem, o grupo e a comunidade, no
caso do conjunto estudado, ainda são e sempre serão o centro '
das atenções.
Fazer o que se acha certo ou supoe ser, urna vi
sao subjetiva e egoística, é desprezar o próximo, esquecer
que conhecer para qualquer técnico deve estar ligado a urna
abordagem muito mais séria e plena de objetividade.
Apesar do presente estudo ser repleto de limita
çoes, ele ' atendeu as expectativas, mostrando, num simples
levantamento de dados, o que é tentar conhecer um pouco "da
quilo que é", Proporcionando, por outro lado, um subsídio .,irn
portante para aqueles "gue em tudo que fazem esquecem do
homem".
,Tal postura nao condiz com urna orientação para
o consumidor e para o Marketing, esquecendo-os, ignorando-
-os e subestimando-os.
Ao se supor o Estado corno suavizador da insa-
tisfação das camadas populares e utilizando-se da Cohab-SP
corno representante desta ação, pretendia-se mostrar que rnes
mo fazendo, pode-se deixar de fazer ou provocar certos
"vir a seres".
As agências governamentais, mesmo nao visando
lucro, devem pensar no seu mercado e estudá-lo para conhe
cê-lo e atendê-lo.
90.
Irifelizmente pode-se depreender do presente
estudo que, principalmente, o · Estado de um país tipo como· ·
"~m desenvolvimento" necessita mais do que ningu~m da uti
lização dos ferramentais de Marketing, pois só assim busca
rá atender o seu povo e, assim o fazendo, estará agindo num
uníssono integrando suas açoes
queles que os mantêm no poder.
, além de respeitar a-
"Achando que sei e nao sabendo,
Pensando que sou e não sendo,
Acabo não sendo e não sabendo".
91 •
92.
"B I B L I O G R A F I A "
1) - Ackoff, R.L. - Planejamento da Pesquisa Social, Herder/
USP, São Paulo, 1967.
2) - Attadia·da Motta, C.F. e Outros - Nível de Satisfação
em Conjuntos Habitacionais da Grande São Paulo, São Pau
lo, IPT/Fapesp, 1975, 2 Vol.
3) - Bennett, P. D e Kassarjian, H.H. - O Comportamento do
Consumidor, Sãrie Fundamentos de Marketing, Atlas, São
Paulo, 1980.
4) - Carapicuíba - Sinopse Elaborada pela Prefeitura para
1978.
5) - Chombart de Lauwe, P. H. Famille et Habitation, CNRS,
Paris, 1959.
6) - Cipriani. A. - Centro de Atividades Comunitário,s do
Conjunto Habitacional.de Carapicuíba, trabalho de gra
duação, FAUBC.
7) - COHAB, São Paulo - Diretoria de Recursos Humanos, A Ca
sa Própria, Atividades e Opiniões dos Moradores do Con
junto Habitacional Presidente Castelo Branco - COHAB,
São Paulo, 1978.
8) - Estudo de Caso - Municipio de Carapicuiba, São Paulo,
Julho/77.
9) - Gooie, W. ·J. e Hatt, P. K. - Mitodos em Pesquisa So-
cial, Biblioteca Universitária, Cia. Ed. Nacional, São
Paulo, 1969.
10) - Kaes, R., - Vivre dans Les Grands Ensernbles, Ouvrieres,
Paris, 1963.
11) - Kotler, P. - fodministraç:ão de Marketing, Ed. Atlas, São
Paulo, 1979, Vol. I, II e III.
12) - Kotler, P.,- Marketing para Organizações gue nao visam
Lucro, Ed. Atlas, São Paulo, 1978.
13) - Kowarick, L. - Estratégias do Planejamento Social no
Brasil, cadernos Cebrap - Centro Brasileiro de Análise
e Planejamento, São Paulo.
93.
14) - Lefebure, H. - La Revolucion Ur.bana Alianza, Madrid, 1972. ----------------------1
15) - Meyrs, H. H. e Reynolds, W.H. - Gerincia de Marketing e
o Comportamento do Consumidor, Coleção Administração de
Empresas, Ed. Vozes, Petrópolis, 197~.
94.
16) - Pereira, L. - ~nsaios de Sociologia do Desenvolvimento,
Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais, Livraria Pionei
ra~ Editora, são Paulo, 1970.
' 17) - Pereira, L. - Estudos sobre o Brasil Contemporâneo,Bib-
lioteca Pioneira de Ciências Sociais, Livraria Pioneirat
Editora, São Paulo, 1971.
18) - Pereira; L. e Outros - Urbaniza~o e Subdesenvolvimento,
Textos Básicos de Ciências Sociais, Zahar, Editores, Rio
de Janeiro, 1973.
19) - Prefeitura do Municipio de São Paulo - Popülaçâo Coha
bense, COHAB, São Paulo, 1969.
20) - Rodrigues, A.- Aplicações da Psicologia Social à Escola,
à Clinica, 'às Organizações e à Acão Comtinitária, Ed. Vo
zes, Petrópolis, 1981.
21) - Saia, L. -Morada Paulista, Ed. Perspectiva, São Paulo,
1972.
22) - Schwartaman, S. - São Paulo e o Estado Nacional, Difel
Corpo e Alma do Brasil, Difel, São Paulo, 1978.
23) - Webster, Jr. F. E. ~ Aspectos Sociais do Marketing, Série
Fundamentos de Marketing, Atlas, São Paulo, 1978 •
. ,
95.
ABSTRACT
This work has been conducted with the objective to point
out the marketing technics used by Governmental Agências, re-
presented by the "Companhia Metropolitana de Habitação de São
Paulo".
The development of this matter was improved througp a re
search with a sample from "Conjunto Habitacional Presidente Cas
telo Branco de Carapicuiba" resident people.
Using personal enterviews, it was estimated their satisfac
tion degree.
Thirty five atributs were agrouped on eight classes as
àl owed bellow:
- Public Services
- Cornrnercial Facilities
- Health
- Quality Lay-out of the unit
- Building Lay-out
-·Recreation
- Cornrnunity Activities
- Government Support
The satisfaction degree was evaluated using initially
three level scale: much, less and nothing. Based on these
three levels, nine others levels were constructed derived
from, more powerfull for measuring the satisfaction degree.
The following step was identifying the degree of
,, ·• -: ~
.··
96.
satisfaction of each atribute and degree of their respective
group and yet making ppssible recognizing the critica! points
of each one.
This analysis pointed out that recreation, community and
educational activities were critica! on th±s evaluation, and
did not receive a great attention required by " 'Companhia Me
tropolitana de Habitação de São Paulo". l
lNDICE
SEGUNDA PARTE: O PAPEL DO MARKETING NA IMPLANTACÃO DE CONJUNTOS
HABITACIONAIS
Introdução ························•tt••·······················
97
pg. 01
I - Conceito de Marketing •. , . , •.••. , , ......•..............•. pg. 02
II - O Marketing nas OrganizaçÕes que não visam lucro " ...... . pg. 06
III- O Papel do Marketing na Implantação de conjuntos
Habitacionais de interesse social .... · .......••...•...... pg. 12
A - O Mercado Habitacional .............................. pg. 17
B - "Anãlise do Mercado .•..••••.......•....•.............. pg. 19·'
C- COHABs, Conjuntos Habitacionais e o Marketing .....•.. pg. 23'
1. O Consumidor e o Produto ......................... pg. 26
2. Localização: Uma Importante Decisão .............. pg. 32
I V - C o n c 1 u sã p .................. , ................... ·'· .... · .. · P g · 3 5
BIBLIOGRAFIA ,• ...•...... ~ ........•..........•...•.........•.. · pg. 38
APÊNDICE ...•..•• , •••••.••.....••••.•.••........•..•.••. · · .. · · pg. 41
QUADRO " 1 11 PARENTESCO POR CLASSE SOCIAL
CLASSE B c
N9ABSO % SOBRE N9 ABSO- % SOBRE -PARENTESCO LUIO RESPON- LUIO RESPON-DENI'ES DENTE
CHEFE / DONA DE CASA 7 2,95 86 36,28 ~
FILHO (A) NETO (A) 1 0,43 19 8,01 ..
T O T A L 8 3,37 105 44,30
D
N9 ABSO- % SOBRE LUI'O RESPON -DENI'E
83 35,02
34 14,34
117 49,36
ANEXO 1
E
N9 ABSO- % SOBRE LUI'O ~PON-
DENTE
6 2,53
i 0,42
7 2,95
\.0 (X)
99.
A N E X O N9 2
As tabelas de conversao utilizadas para a redução dos
valores encontrados à escala de identificação da satisfação
sao:
n = 7
Ponto de Escala Valor do Grau
9 4,0 ou +
8 de 3,9 até 3,5
7 de 3,4 até 3,0
6' de 2,9 até 2,5
5 de 2,4 até 2,0
4 de 1 , 9 até 1,8
3 de 1, 7 até 1,5
2 de 1 , 4 até 1 , 3
1 de 1 ,2 até 1,0
n = 8
Ponto de Escala Valor do Grau
9 4,5 ou +
8 de 4,4 até 4,0
7 de 3,9 até 3;4
6 de 3,3 até 2,8
5 de 2,7 até 2,3
4 de 2,2 até 2,0
3 de 1 , 9 até 1 , 7
2 de 1 , 6 até 1,4
1 de 1 , 3 até 1
100.
n = 32
Ponto de Escala Valor do Grau
9 1812 ou +
8 de 18 1 1 até 1610
7 de 1519 até 1317
6 de 1316 até 11 14
5 de . 1113 até 91 1
4 de 910 até 810
3 de 719 até 618
2 de 617 até 517
1 de 516 até 415
n = 34
Ponto de Escala Valor do Grau
9 1914 ou +"
8 de 1913 até 171 Q
7 de 1619 até 1417
6 de 1416 até 1212
5 de 12 1 1 até 917
4 de 916 até 815
3 de 814 até 713
2 de 712 até 6 1 1
1 de 6,0 até 4,8
1 o 1.
n =
Ponto de Escala Valor do Grau
9 23,4 ou +
8 de 23,3 até 19,5
7 de 19,4 até 17,5
6 de 17,4 até 14,3
5 de 14,2 até 11 1 1
4 de 11,0 até 9,9
3 de 9,8 até 8,:8
2 de 8,7 até 7,3
1 de 7,2 até 5,8
n = 47
Ponto de Escala Valor do Grau
9 26,8 ou +
8 de 26,7 até 23,5
7 de 23,4 até 201 1
6 de ~·O ,O até 16,8
5 de 16,7 até 13,4
4 de 13,3 até 11,7
3 de 11 16 até 10,1
2 de 10,0 até 8,4
1 de 8,3 até 6,7
BIBLIOTECA KARl A. BOEOECKU
102.
n = 55
Ponto de Escala Valor do Grau
9 31 , 4 ou +
8 31 , 3 até 27,5
7 27,4 até 23,6
6 23,5 at?é 19,6
5 19,6 até 15,7
4 1:5,6 até 13,7
3 13,6 até 11 , 8
2 11 , 7 até 9,3
1 9,2 até 7,8
n = 60
Ponto de Escala Valor do Grau
9 34,2 ou +
8 34,1 até 30,0
7 29,9 até 25,7
6 25,6 até 21,4
5 21,3 até 17,1
4 17, o até 15 ,o
3 14,9 até 12,9
2 12,8 até 10,7
1 10,6 até 8,5
103.
n = 69
Ponto da Escala Valor do Grau
9 3914 ou +
8 3913 até 3414
7 3413 até 2914
6 2913 até 2413
5 2412 até 1911
4 1910 até 1710
3 1 71 1 até 1418
2 1417 até 1213
1 1212 até 918
n = 79
Ponto da Escala Valor do Grau
9 4511 ou +
8 4510 até 3915
7 3914 até 3319
6 3318 até 281.2
5 2811 até 2216
4 2215 até 1918
3 19,7 até 1619
2 1618 até 1411
1 1410 até 11 12
104.
n = 80
Ponto da Escala Valor do Grau
9 45,7 ou .+.:·-: ..
8 45,6 até 40,0
7 99,9 até 34,3
6 34,2 até 28,6
5 28,5 até 22,9
4 22,8 até 20,0
3 19,9 até 17, 1
2 17,0 até 14,3
1 14,2 até 11 , 4
n = 91
Ponto da Escala Valor do Grau
9 51,9 ou +
8 51,8 até 45,5
7 45,4 até 39,0
6 38,9 até 32;5
5 32,4 até 26,0
4 25,9 até 22,8
3 22,7 até 19,5
2 19,4 até 16,3
1 16,2 até 13,0
105.
n = 105
Ponto da Escala Valor do Grau
9 59,9 ou +
8 59,8 até 52,5
7 52,4 até 45,0
6 44,9 até 37,5 ::>
5 37,4 até 30,0
4 29,9 até 26,3
3 26,2 até 22,5
2 22,4 até 18,8
1 18,7 até 15,0
n = 117
Ponto da Escala Valor do Grau
9 66,8 ou +
8 66,8 até 58,5
7 58,4 até 50,2
6 50' 1 até 41,8
5 40,7 até 33,4
4 33,3 até 29,3
3 29,2 até 25,1
2 25,0 até 20,9
1 20,8 até 16,7
106.
n = 146
Ponto da Escala Valor do Grau
9 8219 OÚ +
8 8219 até 7310
7 7219 até 6216
6 6215 até 5212
5 5211 até 4117
4 4116 até 3615
3 3616 até 3113
2 3112 até 2611
1 26,0 até· 20 19
n = 156
Ponto da Escala Valor do Grau
9 8911 ou +
8 8910 até 7810
7 7719 até 6619
6 6618 até 55,7
5 55,6 até 4416
4 4415 até 3910
3 3819 até 33 41 . 1
2 33,3 até 2719
1 27,8 até 22,2
107.
n = 182
Ponto da Escala Valor do Grau
9 103,9 ou +
8 103,8 até 91 'o 7 90,9 até 78,0
6 77,9 até 65,0
5 65,4 até 52,0
4 51,9 até 45,5
2 38,9 até 32,5
1 32,4 até 26,0
n = 237
Ponto da Escala Valor do Grau
9 135,4 ou +
8 ·135 '3 até 118,5 ~
até 7 118,4 101,6
6 1 o 1 15 até 8416
5 84,5 até 6717
4 . 6716 até 5913
3 6912 até 5018
2 50,7 até 4213
1 4212 até 3318
ANEXO 3
QUADRO "2" QUANTIDADE DE FILHOS POR FAIRA ETÂRIA
FAIXA ETARIA
1 a 3 4 a 6 7 a 10 1 1 a 14 15 a 17 ..
QUANTIDADE N9 AB- % SO- % so~ NQ ABSO % so ":"" %SO % SOBRE % SOBRE % SO- % SOBRE % SO- % SOBRE
DE SOLU- BRE OS 0'10- LUI'CS- RE OS BRE-0 OS QUE O 'Im'AL N.A BRE OS O TCYI'AL N.A. BRE O S O 'IDI'AL
rro; QUE TAL DO QUE TCYI'lL RESPON QUESTIO "QUE QUESTIO QUE QUESTIO
FILHOS .RESro~ QUES- RESPO~ DOS ~.A. DERAM- NÂRIO RESPON NÂRIO RES~~ NÂRIO
DERAM TIONA- DERAM QUES DERAM- DERAM
RIO Tio= .•· NA-
. . . . .. RIOS . . ' ...
-.
UM 64 92,75 27,00 93 91,18 39,24 72 84,71 30,38 62. 79,49 26,16 47 77,05 19,83
DOIS 5 7,25 . 2,11 8 7,84 3,38 10 11,76 4,22 14 17,95 5,91 11 18,03 4,64
TRES - - - 1 0,98 0,42 2 2,35 0,84 2 2,56 0,84 2 3,28 0,84
QUATRO - - - - - - 1 1 '18 0,42 - - - - - -
CINCO - - - - - - - - -. - - - 1 1,64 0,42
NÃO TEM FILHOS 168 - 70,89 135 - 56,96 152 - 64' 14 159 - 67,09 176 - 74,26
TOTAL QUE T.FIIH)S 69 - 29,11 102 - 43,04 85 - 35,86 78 - 32,91 61 - 100,00
TOTAL 237 - 100,00 237 - 100 ,oc 237 - 100,00 237;, - 100,00 237 - 100,00
NQ DE FILHOS
1
2
3
4
5
6·
ANEXO N9 4
POPULAÇÃO MENOR DE 18 ANOS POR
FAIXA ETARIA E NÚMERO DE
FILHOS
FAIXA ;
ETÂRIA 1 a 3 4 a 6 7 a 1 O
2.360 3.430 2.655
369 591 738
- 37 220
- - 147
- - -
TOTAL 2.729 4.058 3.760
11 a 14 15 a 17 TOTAL
2.287 1. 733 12~465
1.033 811 3.542
220 220. 697
- - 147
- 184 184
3.540 2.948 17.035
O cálculo foi baseado no numero de unidades habitacionais
existentes, multiplicando-se pela porcentagem destacada
.no anexo n9 3 e pela quantidade de crianças.
ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DO CONJUNTO
Considerou-se que a média de componentes por família fosse
igual a 5 e que as 8.742 habitac6e~ representassem o numero
de familias,multiplicando um pelo outro chegou-se aos
43.710 habitantes.
População= (8.742 unidades). (5 elementos por família)
QUADRO "3" CLASSE DE ATRIBUTOS POR N9 DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA ANEXO 5
c S A T I S F A Ç Â O L N9 DE ATRIBUTOS POR N9 DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA A ATRIBUTOS ATÉ 3 (32) DE 4 a 6 ( 1 56) DE 7 a 9 ( 41 ) 1 o ou + (7) s
SF. M p N GRAU M p N (GRAU M p N (GRAU M p N (GRAUl
A<mA, LUZ ,ES<Dl'O, IL"lMINAçk) E -PAVIMENTAç!b 18 14 o 15 92 59 5 70,14 24 15 '2 18,29 6 o 1 3,57 TRANSPORI'ES 15 16 1 13,29 71 69 16 62,57 17 20 4 16 5 2 o 3,43 TELEFONE PÚBLICO 12 15 5 11,86 61 61 34 57,14 19 10 12 15,43 4 2 1 3
~ CORREIO 9 12 11 10,14 52 63 41 53,57 14 19 8 14,57 3 3 3 2,71
:::::> PCE'ro DE SAúDE 2 4 26 6 9 36 111 31,29 2 17 22 9,14 1 1 5 1,57 8
~ :::::> POSro roLICIAL 5 4 23 1>,29 13 37 106 33,14 6 11 24 10 o 3 4 1,43 1):; ~ 8 ESCOlA 14 11 7 12,14 76 60 20 63,43 24 14 .3 18,14 5 2 o 3,43 z Cl) H rz:l
P~UE INFANI'IL 2 14 16 7,43 22 71 63 41,86 4 21 16 10,57 1 4 2 2 CRECHE 1 7 24 6 9 35 112 31,1~ 1 10 30 7,71 o 1 6 1,14
TOTAL 78 97 113 9,83 405 491 509 .. .. . 49 ,3í ,r 137. 21 13,57 25 8 .20 2,48
SUPERMER.CADO 8 18 6 10,57 46 69 41 51 ,SE 11 21 8 13,57 2 2 3 2114 BAZAR 11 16 5 11,57 38 94 24 52 7 28 6 12,86 2 2 3 2,14 PADARIA 10 18 4 11,43 52 82 22 56,29 14 23 4 15,14 1 5 1 2,14 Brffi 17 9 6 13,14 48 71 37 5~ 13 18 10 14 2 2 3 2,14 BANCA DE JORNAL 13 14 5 12,14 81 61 14 65,71 24 13 4 18 4 3 o 3,14
Cl) Cl)
F ARMA<: IA i 3 17 12 8,29 29 82 45 46,4 5 23 13 11,29 o 3 4 1,43 rz:l H
~ .:X: H BANCOS I CAIXAS 9 21 2 11,43 34 82 40 48,5 8 24 9 12,71 o 3 4 1,43 Cl u
H 1):; BARBEARIA I SAIJ!.o DE BELEZA 10 19 3 11,57 57 76 23 57 ,5· 14 13 14 13,71 2 2 3 2,14 :> rz:l
H :E:
~ o u TOTAL 81 132 43 11,27 385 617 246 53,93 96 163 69 13,91 13 22 .21 2,09
QUADRO • 4 • fLASSE DE ATRIBUTos· ·POR NQ DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA
c- S A T I S F A Ç ~ O L A
. s A T R I B U T O S NQ DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA s ATt ~ (32) DE 4. A 6 (156) DE 7 A 9 ( 41}. lO ou + (7}
E ·r~ ... -~ N GRAU M P. N GRAU M p N GRAU M p N GRAU H HIGIENE PRtOIO E CONJUNTO 7 16 9 9,86 45 66 45 51 8 21 12 12,20 4 3 o 3,14 I s COM O SOL NA JANELA 18 13 1 14,14 81 60 15 65,57 21 14. 6 16,29 4 2 1 3 G A I E o E o DENTISTA 2 12 ·18 16,67 8 73 75 36,14 3 17 21 9,58 o 3 4 1 ,43 N E E T O T A L 22 41 28 10,38 134 199 135 50,90 32 52 39 12,90 8 8 5 2,52
c H QUALIDADE DA CONSTRUÇ~O 8 21 3 11 50 73 33 54,14 16 20 5 15,58 4 2 1 3 o A N. Q B OISPOSIÇ~O DOS COMODOS 5 15 12 9,57 49 54 53 51 11 22 8 13 '71 3 2 2 2,57 s T I T O. T ESPAÇO DOS COMODOS 5 15 12 8,86 28 68 60 44 11 19 11 13,29. 1 2 4 1 t 71 R. •
T O T A L 18 56 32 10,29 127 195 146 49,71 38 61 24 14,19' 8 6 7 2,43
c c DISTANCIA ENTRE PRtDIOS 12 17 3 12,14 58 69 29 51 16 20 5 15,57 2 5 o ?.,57 o Q o DISPOSIÇ~O DAS JANELAS 11 17 4 11 ,71 44 78 34 52,29 9 .. 23 9 13 2 3 2 2,29 N T N . s o. J CONSERVAÇ~O E MANUTENÇ~O 10 18 4 11,42 50 69 37 53,57 7 21 13 i1,86 1 4 2 2 T u R A N ESTACIONAMENTO 1 12 19 6,71 15 18 123 35,14 6 12 23 10,14 o 1 6 1,14 • o T
o T O T A L 34 64 30 10,5 167 234 223 48,54 38 76 50 12,64 5 13 10 2
QUADRO "5" CLASSE DE ATRIBUTOS POR N9 DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA
~ SATISFAÇÃO
A ATRIBUIÇÃO N9 DE PESSOAS QUE RESIDEM NA CASA s ATt: 3 (32) DE 4 A 6 ( 156) DE 7 A 9 ( 41 ) 10,00 + (7) s ou
E M p N GRAU M p N GRAU M p N GRAU M p N GRAU
fB AREAS VERDES 3 15 14 8 14 48 94 35114 9 17 15 12114 o 1 6 1 1 1 4
~~~ CAMPOS E QUADRAS ESPORI'IVAS 7 16 9 9186 33 56 67 4414 7 20 14 11 171 1 3 3 1 186 PLAY-GROUND 3 13 16 7,71 16 62 78 3~ 6 1 7 18 10186 1 4 2' 2
~!3~ TOTAL 13 44 39 8152 63 n 66 239 3 9, 1 ( 22 54 41 11 12 9 2 8 11. 1 1 6 7
IGREJA 3 7 22 6186 6 36 114 3( 4 1 4 23 9158 o 4 3 1 1 57
~(I) SOCIEDADE AMIGOS 7 17 8 1 o 22 74 60 42 21 9 18 1 4 12129 1 6 o 2129 . I
~a CENTRO COMUNITÂRIO 12 1 5 5 11 186 40 ao 36 50181 11 21 9 1 3157 4 3 o 3 1 1 4
TOTAL 22 39 35 9157 68 190 210 41 104 24 53 46 1.1 , ao 5· 13 3 2133 .·~
~g ASSISTENTE SOCIAL 10 12 10 10157 54 65 37 5417 11 20 10 13143 4 3 o 3 1 14 REPRESENTANTES JUNTO COHAB 17 10 5 13129 59 58 39 55,8: 17 16 8 15143 3 2 2 2157 ~~ -
~f:] TOTAL "" 27 22 15 11 1 93 113 123 76 55 1 :2S 28 36 18 14143 7 5 2 2186
ANEXO 8
QUADRO "6" O QUE PREJUDICA O RELACIONAMENTO POR SEXO DO RESPONDENTE ~
P R E J U D I C A
A · S p E C T o s MA· S c u L I N O ( 91 ) F E M I N I N O ( 14 6)
M p N GRAU M p N GRAU
PESSOAS· COM PROF. DIFERENTE 6 14 71 17,57 15 32 99 31 , 86
PESSOAS COM MAIS ESTUDOS 9 23 59 20,14 28 43 75 39,00
PESSOAS COM IDADES DIFERENTES 3 28 60 16,86 14 36 96 32,00
PRESENÇA DE CRIANÇA 25 29 37 27,86 43 36 67 44,43
FALTA DE CONSIDERAÇÃO E RESPEI'IO 55 23 13 39,86 98 35 13 67,86
REUNIOES-EDUCAÇ~O E INTEGRAÇÃO 49 22 20 37,14 82 35 29 61,00
T O T A L 147 139 260 26,81 280 217 379 46,02
ANEXO 9
QUADRO "7" · ASPECTOS QUE PREJUDICAM O RELACIONAMENTO SOCIAL POR GRAU DE PARENTESCO
• p R E J U D I C A
A S P E C T O S CHEFE I DONA DE CASA ( 1 82) FILHO(A) NETO . (A) (S 5)
M p N GRAU M p N GRAU
w
PROFISSÕES DIFERENTES 12 39 131 36,71 9 7 39 12,71
PESSOAS COM MAIS ESTUDO 26 51 .1 os 44,43 1 1 15 29 14,71
PESSOAS COM IDADES DIFEREN -TES 12 46 124 37,71 5 18 32 12,57
PRESENÇA DE CRIANÇA 45 52 85 52,71 23 13 1 9 19,57
FALTA DE CONSIDERAÇÃO E RESPEITO 11 5 48 19 82,14 38 10 7 25,57
TO T A L 210 236 '464 50,74 86 63 126 17,03
ANEXO 1 O
. QUADRO "8" O QUE FACILITA O RELACIONAMENTO SOCIAL POR SEXO
F A C I L I T A
A S P E C T O S - - ~ .
M A S c U L I N O ( 91 ) . F E M I N I N o ( 146)
M p N GRAU M p N GRAU
FESTAS (TIPICAS/TRADICIONAIS) 46 33 12 37,43 82 39 25 61,57
FESTIVAIS (MÚSICA) 39 31 21 34,14 62 45 39 53,86
TORNEIOS ESPORTIVOS 70 14 7 45,00 89 37 20 64.29
TEATRO (AMADOR) 43 30 18 35,71 60 48 38 53,43
EXPOSIÇ0ES 53 26 12 39,43 74 " 40 32 58, 2'9
PROMOÇ0ES E CURSOS 64 18 9 43,00 92 43 1 1 66,43
EXIBIÇ0ES DE FILMES 39 34 18 34,57 66 49 31 56,14
PROMOÇÃO PARA CRIANÇAS 70 1 7 4 45,43 103 34 9 69,86
EXCURSOES 59 22 10 41 , 43 94 33 19 65,86 .... . .....
QUERMECE 44 28 19 35,86 69 47 30 57,14
T O T A L 527 253 130 39,20 791 415 . 254 60,69 -
'.
ANEXO .11
PESQUISA SOBRE HABITAÇÃO - QUESTIONÂRIO
1 - Identificação do domicilio 2 - Sexo do entrevistado
1 ) casa térrea 1 masculino
2 sobrado 2 feminino
3 apartamento
3 - Classe Social 4 - Estado Civil
1 A 1 ( solteiro
2 B 2 casado
3 c 3 ) . -Vl.UVO
4 D 4 desq./div.
5 E 5 outros
5 - Parentesco 6 - Atividade Profissional
1 chefe/dona de casa 1 primária
2 filho/filha 2 secundária
3 neto/neta 3 terciária
4 primo (a) tio (a)
5 ) outro,qual?
7 - Religião dos moradores 8 - Idade do entrevistado
1 católicos 1 18 a 24
2 protestantes 2 ( 25 a 34
3 espiritas 3 35 a 44
4 ) outra 4 ( ) 45 a 54
5 nenhuma 5 ) 55 ou mais
..
N9 de pessoas que 9 - Tempo em que residem na casa 10 - sidem na casa
1 até 1 ano
2 2 a 3 anos
3 4 a 5 anos
4 mais de 5 anos
11 -Dados de Classificação:
Instrução do Chefe da família
Analfabeto ou primário incompleto
Primário completo/ginasial incompl.
Ginasial completo/colegial incompl.
Cqlegial completo/universit.incompl.
Universitário completo
Itens de Conforto Familiar
Máquina de lavar roupa
Aspirador de pó
1
2
3
4 (
até 3
de 4
de 7
10 ou
Pontos
01 o
02 1
} 03 3
04 5
05 1 o
)• 06
} 08
2
5
Quanto (s} possui? Quantidade
Televisão
Rádio (qualquer tipo)
Empregada (mensalista)
Banheiro (na casa em que mora)
Automóvel
08
09
10
1 1
12
Máximo
X 2
X 1
X 6
X 2
X 4
6
a 6
a 9
mais
r e-
12 - Vou ler uma lista, contendo itens que poderiam prejudi
car ou nao, o relacionamento das pessoas ~o conjunto •
Gostaria que o (a) Sr. (a) me respondesse de ~cordo com
o que pôde observar, dura?te o tempo em que mora aqui,
quase dois itens prejudica (muito, pouco ou nada) o re.
lacionamento das pessoas no conjunto.
Itens:
1 - pessoas e/profissões diferentes
2 - pessoas e/mais estudo que outras
3 - pessoas com idades di ferentes
4 - presença de criança na casa
5 - falta de consideração e respeito entre as pessoas
6 - falta de reuniões,que possibilitassem a integração das pessoas no conjunto.
1 Muito
( 1 )
( 1 )
( 1 )
( 1 )
( 1 )
(1)
Prejudica •
2 3 Pouco Nada
(2) ( 4)
( 2) (4)
(2) ( 4)
(2) (4)
(2) (4)
(2) (4)
13 - Agora, vou ler uma lista de itens que facilitam ou nao
o relacionamento das pessoas no conjunto. Gostaria que
o (a) Sr. (a) me respondesse quais os itens que facili
tam (muito, pouco ou nada) o relacionamento das pessoas
no conjunto.
13 - (continua)
Itens
1 - Festas (típicas/trad.
2 - festivais (música)
3 - torneios esportivos
4 - teatro (amador)
5 .) exposições
6 - promoçoes e cursos
7 - exibição de filmes
8 - promoção e/crianças (brincadeiras)
9 - excursoes
10 - quermesse
1
Muito
( 1 )
( 1 )
( 1 )
( 1 )
( 1 )
(1)
( 1 )
( 1 )
( 1 )
( 1 )
Facilita 2
Pouco
(2)
(2)
( 2)
(2)
(2)
(2)
(2)
( 2)
(2)
(2)
OBS: Se necessário ler novamente a pergunta 14
3 Nada
( 4)
(4)
( 4)
(4)
( 4)
(4)
(4)
(4)
( 4)
(4)
14 - Vou ler maa lista de itens, referentes ao conjunto, e
gostaria de saber do Sr. (a) se está (muito, pouco ou l
nada) satisfeito (a) com relação a eles.
Infra-estrutura 1 2 3
Muito Pouco Nada
1 - água, luz, esgoto, i lu-minação, pavimentação ( 1 ) (2) (4)
2 -.transportes ( 1 ) (2) ( 4)
3 - telefone público ( 1 ) (2) (4)
4 - correio ( 1 ) (2) (4)
5 posto de saúde ( 1 ) ( 2) ( 4)
6 - posto policial (1) (2) ( 4).
7 - escola ( 1 ) (2) ( 4)
8 - parque infantil (1) (2) (4)
9 - creche (1) ( 2) ( 4)
Atividades Sociais
10 - Supermercado ( 1 ) .- (2) ( 4)
1 1 - bazar (1) (2) ( 4) _,
12 - padaria ( 1 ) (2) ( 4)
13 - bar (1) ( 2) (4)
14 - banca de jornal ( 1 ) (2) (4)
15 - farmácia ( 1 ) ( 2) (4)
16 bancos ou caixas ( 1 ) (2) (4)
17 - barbearia/salão de beleza ( 1 ) (2) (4)
Hig:iene e Saúde
. 18 Higiene dos prédios e conj. (1) (2) (4)
19 - o sol deve bater na janela (1) (2) (4)
20 - Dentista (1) (2) (4)
Construção guanto a Habitação
21 - qualidade da construção ( 1 ) (2) ( 4)
22 - disposição dos cômodos (1) (2) (4)
23 - espaço dos cômodos ( 1 ) ( 2) (4)
Construção guanto ao conjunto
24 - distância entre os prédio a ( 1 ) (2) (4)
25 - janelas não uma em frente às outras (1) (2) (4l
26 - conservaçao e manutenção ( 1 ) (2) (4)
27 - estacionamento ( 1 ) (2) (4
28 - áreas verdes ( 1 ) (2) (4:
29 - campos e quadras de esportes ( 1 ) (2) (4:
30 - play-ground ( 1 ) (2) (4:
31 - igreja (1) (2) (41
32 sociedade de amigos ( 1 ) (2) (4]
33 - centro comunitário ( 1 ) (2) (4]
34 - assistente social ( 1 ) (2) ( 4 J
35 - representante junto a COHAB - eleitos ( 1 ) (2) ( 41
15 - Cite três aspectos que fazem com que voce nao participe
das atividades sociais, já existentes no conjunto
1.
2 .
3.
16 - Dê três fatôres que existem no relacionamento com os gru-
pos ou vizinhança, que dificultam a interação entre as pe
soas de conjunto.
1.
2.
3.
17- Dê cinco sugestões sobre o que poderia ser desenvolvido .tl
conjunto, para proporcionar melhor interação ;e participa
çao das pessoas na vida social do conjunto.
1.
2~
3.
4.
S.
ASPECTOS
SUPERMERCADO
BAZAR
PADARIA
BAR
BANCA DE JORNAL
FARMÂCIA
BANCOS E CAIXAS
BARBEARIA SALÃO BELEZA
T O T A L
............ ~-- ... ·-~···-· ---
ANEXO. 13
ATRIBUTOS REFERENTES AS ATIVIDADES COMERCIAIS POR FAIXA ETÂRIA DO RESPONDENTE
SATISFAÇÃO
FAIXA ETÂRIA
18 a 24 ( 4 7) 25 a 34 (60) 35 a 44 (80) 45 ou + (50)
M p N GRAU M p N GRAU M p N GRAU M p N GRAU
i I I
12 22 13 15 I 15 29 16 19,14 26 32 22 27' 14 14 27 9 17 '
9 32 6 15,14 10 37 13 18,14 26 43 11 28,71 13 29 .8 16,86 ;
19 21 7 17 '86 I 16 37 7 20,71 26 42 12 28,57 16 29 5 18' 14
10 21 16 14 17 27 16 19,71 29 35 16 28,86 24 18 8 20
25 16 6 19,71 22 31 7 22,43 43 29 8 34 32 16 2 23,14
6 26 15 13 6 32 22 15,71 14 44 22 23,71 11 24 15 15,29
10 20 17 13,86 11 38 11 18' 71 16 42 22 24 ,.2 9 14 30 6 17,43
DE 15 20 12 16 12 33 15 18,43 32 37 11 30,43 24 21 5 20,43
I : I I I
106,178. 92 15,57 109 264! 107: 19,13 1212 304 124 28,21 148 194 58 18,54
\
I I i '
I I I
; l i !
i ~
ANEXO 14 ATRIBUTOS REFERENTES A INFRA-ESTRUTURA POR FAIXA ETARIA DO RESPONDENTE
SATISFAÇÃO AS P.E C TOS FAIXA ETARIA
18 a 24 (4 7) 25 a 34 (60) 35 a 44 (80) + de 44 (50)
AGUA, LUZ, ES<D'ID, ILUMINA- M p N GRAU M p N GRAU M p N GRAU M p N GRAU ÇÃO E PAVIMENTAÇ)!o. 25 19 3 19,71 39 18 3 27,86 46 33 1 36,71 30 18 2 22,57
TRANSroRl'E 18 23 6 17,71 26 28 6 23,71 37 36 7 32,43 27 21 2 21,71
TELEroNEPÚBLIOJ 18 17 12 16,86 18 27 15 20,14 35 28 17 30,43 25 16 9 20,14 ,J
OJRREIO 15 16 16 15,43 13 24 23 17,57 28 41 11 29,29 22 16 12 18,86
roSTO DE SAÜDE 3 16 28 10,29 4 9 47 11,57 2 23 55 15,57 15 10 25 15,00
POSTO roLICIAL 3 15 29 10' 14 8 12 40 13,71 5 18 57 16,14 8 10 32 12,00
ESOJIA 28 14 5 20,71 26 25 9 23,29 34 34 12 30,86 31 15 4 22,57
PARQUE INFANTIL 5 24 18 12,29 7 31 22 16,00 8 29 43 19,00 9 27 14 14,86
mECHE 2 8 37 8,71 2 16 42 11,71 3 17 60 15,14 4 12 34 10,57
.
i . i I I -. t---.. I ' I I
' I
TOTAL 117 1152 154 14,70 l 143 :190 207 18,40 198 259 263 25,09 171 145 134 15,67 I· I I' I
l i; I I
·'
Q) tJl tJl ro
r-t u
tJl tJl. Q) .....
'O !li lll·r-l 'OU .... 1-1 :> Q) ..... 8 +lO ~u
CLASSE DE ATRIBUTOS POH TEMPO QUE RESIDE
~ --·
SATISFAÇÃO A T R I B U T O S TEMPO QUE RESIDE
até 1 ano (34) de 2 a 3 anos (79)
Agua, Luz, . EsgotO, Ilurni M p N Grau M p N Grau nação e Pavimentação. - 18 15 1 14,71 46 30 3 35,29 Transporte 11 19 4 12,29 26 43 10 28,57
Telefone Público 8 15 11 10,43 24 31 24 26 Correio 11 15 8 11 '71 22 27 30 24,57
Posto de Saúde 3 12 19 7,86 3 18 58 15,14 Posto Policial 4 10 20 8 8 14 57 16,71 Escola 16 8 10 12,86 29 35 15 28,71
Parque Infantil 3 18 13 8,71 9 32 38 19,71
Creche 1 4 29 5,86 4 14 61 15
T o t a 1 75 116 ll5 10,27 171 244 296 23,30
Supermercado 4 27 3 10,43 28 27 24 27' 14 Bazar 9 22 3 11 '8 6 15 45 19 24,14
Padaria 7 23 4 11 '14 23 38 18 26,57
Bar 17 11 6 13,71 14 31 34 21 '71 Banca de Jornal 16 16 2 14 36 31 12 31 '14 Farmácia 4 19 11 9,29 11 42 26 22
Bancos/Caixas 9 17 8 11 ' 14 19 37 23 24,71
Barbearia I S.Beleza 9 17 8 11 '1 4 23 32 24 25,71 T ó t a 1 75 152 45 11 '59 169 283 180 25,39
I
l
ANEXO 15
de 4 a 5 anos(69) mais de 5 (54)
M p N Grau M. p N Grau 41 26 2 31 '14 35 17 2 25,14 37 27 5 30,43 34 18 2 24,86
31 27 11 27 33 15 6 24 23 31 15 24,14 22 24 8 20,57
4 15 50 13,71 4 13 37 11 '29 7 15 47 15 5 16 33 12' 14
38 27 4 . 30 36 17 1 25,57 13 29 27 19,57 4 31 19 13,86
2 17 .50 13' 14 4 18 32 12
196 214 1)11 22,59 177 169 140 18,83
24 26 19 23,86 11 30 13 16,71
22 40 7 25 12 33 9 17,57
29 36 4 27,43 18 31 5 19,86
26 32 11 25,57 23 26 5 21 '29 39 25 5 30,14 31 19 4 23,71
13 33 23 20,14 9 31 14 16
14 42 13 21,86 9 34 11 16,43
30 35 4 27,71 21 .26 7 20,43
197 269 86 25,21 134 230 68 19
ATRIBUTOS REFERENTES Â INFRA-ESTRUTURA POR GRAU DE PARENTESCO
-
SATISFAÇÃ-O A T R I B U T O S
Chefe/Dona- Casa ( 1 82) Filho/Filha/Neto/Neta( 55)
M p N Grau M p N Grau
Agua,Luz,Esgoto,Iluminação,Pavim. 11 o 67 5 82,71 30 21 4 23,71
Transporte 89 79 14 75,43 19• 29 7 20,14
Telefone PÚblico 78 68 36 69,14 18 20 17 24,14
Correio 60 73 49 62,14 18 24 13 17,57
Posto de Saúde 10 41 131 36,14 4 17 34 16,86
Posto Policial 21 37 124 40,29 3 18 34 11 '71 Escola 85 72 25 54,14 34 16 5 24,71 Parque Infantil 24 81 77 47,86 5 30 20 14,29
Creche 9 43 130 36,00 2 10 43 10,14
T O T A L 486 561 591 58,05 133 185 177 17,03 ~
ATRIBUTOS REFERENTES AS ATIVIDADES COMERCIAIS POR GRAU DE PARENTESCO
SATISFAÇÃO A T R I B U T O S
O• Chefe/Dona Filho/Neto/~~lha/Neta .. ..
I
Supermercado 54 82 46 60,86 13 28 14 17,43
Bazar 49 100 33 •61,29 9 41 5 17,57
Padaria 57 100 25 64,71 20 29 6 20,57
Bar 66 74 42 64,86 14 27 14 17,71
Banca de Jornal 95 70 17 76,71 27 22 6 22,57
Farmácia 32 93 57 53,00 5 33 17 14,71
Bancos/Caixas 40 104 38 58,00 1 1 26 18 16,29 .
Barbearia/Salão de Beleza 67 87 28. 67,14 16 24 15 18, 14
..
460 710 286 60,50 115 230 95 181 13
CLASSE DE ATRIBUTOS POR GHAU DE PARENTESCO ANEXO 19
c L
SATISF\CAO A T R I B U T O S I CHEE'E/DONA FILHO :fal (NETO (a)
.A s M p N GRAU M p N GRAU s E
H Higiene das Prédios do conjunto 50 82 50 59,14 14 24 17 17,26 ·r s
G A .I o
Sol na Janela 96 66 20 76,57 28 23 4 23,14
Dentista 11 84 87 42,71 2 21 32 11,71
E D N E
'lbta,l 157 232 157 59,48. 44 68 53 22,43 !
E ' c H /
o A
Qualidade da Construção 61 86 35 64,43 17 30 8 19,43
Disposição dos oâmodos 51 71 60 58,00 17 27 11 19,06
N B s I T. T.
Espaço dos cômodos 32 78 i 72 50,86 13 26 16 17 '14
'lbtal 144 235 I 167 57,76 47 83 35 21,86 I I 1
..... /
I
c .C Distância entre Prédios 66 86 i 30 66,57 22 26 7 . 21 ,oo o o N N s J
Disposição das Janelas 54 91 ' 37 62,14 12 30 13 17,26
Conservação e Manutenção 53 90 ' 39 61,57 15 22 18 17,43
T u R. N
T
Estacionamento 18 35 129 38,71 4 8 43 10,71
'lbtal 191 302 I
235 57,25 53 86 81 16,61
o I
A L T A I z V· E
keas Verdes 21 . 60 :
101 43,57 5 21 29 13,00 i
cartlp:>s e Quadras de Esporte 36 71 ! 75 51,57 12 24 19 16,43
Play-Ground 18 70 ! 94 43,71 8 27 20 15,14
'lbtal 75 201 270 46,29 25 72 68 14,86 .·,: .. ·
i5~ R
A s T o R c
Igreja 10 50 122 37,43 3 12 40 10,86
Sociedade Amigos 33 85 64 52,29 6 30 19 14,71
Centro Comunitário 49 96 37 60,71 18 23 14 18,86 .
'lbtal 92 231 223 52,81 27 65 73 14,81 ..
à. IAIS
ATIVID.DE APOIO
Assistente Social . 67 75 : 40 65,43 12 25 18 16,67 '
Representante Junto a COHAB 76 67 I 39 ! 68,14 20 20 15 . 19' 19 i
'lbtal 143 142 79 i 66,50 32 45 33 17,93 I
I i I I
-·-----------
ANEXO 20
CLASSE DE ATRIBUTOS POR SEXO DO RESPONDENTE
SATISFAÇJ\0
A T R I B U T O S MASC ( 91 ) FEM ( 196\
'M p N GRAU M p N -GRAU
Agua,Luz,Esgoto,Ilumina-ção e Pavimentação. 61 29 1 43,29 79 59 8 63' 14 Transporte 45 42 4 38~29 63 66 17 57,29
Telefone Público 35 37 19 33,29 61 5.1 34 54,29
Correio 27 42 22 30,57 51 55 40 50,57
Posto de Saúde 3 24 64 17,71 11 34 101 30 '43 Posto Policial 7 17 67 18,43 17 38 91 33,57
Escola 52 29 10 39,43 67 59 20 58,00 ,. Parque Infantil 10 44 . 37 23,57 19 67 60 38,57
Creche 3 18 70 16,86 8 35 103 29,29
Total 243 282 294 29,05 376 464 '
474 46,13
Supermercado 22 46 23 29,00 45 64 37 49,29
Bazar 16 63 12 28,86 42 78 26 50,00
Padaria 25 56 '1 o 31 , 71 52 73 21 53,57
Bar 28 40 23 30,71 52 61 33 51,86
Banca de Jornal 45 39 7 37,86 77 53 16 61,43
Farmácia 1 1 55 25 2S,71 26 71 49 42114 Bancos/Caixa 1 5 57 19 27,57 36 73 37 46,71 Barbearia S.de Bele:Za 32 43 16 32,86 51 68 27 52,43 Total 194 399 135 30,52 381 541 246 50,93 Higiene Prédios Conjunto 24 37 30 31 , 2 9 40 69 37 47;86 Sol da Janela 50 33 8 39,14 74 56 16 60,57
I Dentista
I· 5 37 . 49 20,43 8 68 70 34,00
Total 79 I 1 07 87 29,38 122 193 123 47,50 I I •
. r-4
. o
. o o
§ ~.p . 1-1 +J• Ul
~ n
§ 1-1 Q)
g . tJ'I r-4
Ul r-4
~ u
~ -~
Q)
CLASSE DE ATRIBUTOS POR SE~~ DO RESPONDENTE
A T R I T O S Masculino ( 91 )
M p N
Qualidade da Construção 21 52 18
Disposição dos Cômodos 23 49 19
Espaço dos Cômodos 18 45 28
·Total 62 146 65
Distância dos Prédios 32 47 12
Disposição das Janelas 22 51 18
Conservação e Manutenção 22 48 21 ·"
Estacionamento 8 17 66
Total 84 163 117
Áreas Verdes 8 28 55
Campos e Quadras de Esp. 22 42 27
Play-Ground 1 1 37 43
Total 41 107 125
Igreja 3 20 68
Sociedade Amigos 16 41 34
Centro Comunitário 24 45 22
Total 43 106 124
Assistente Social 31 36 24
Representante junto CDHAB 32 33 26
Total 63 69 50
SATISFAÇÃO Yem1n1no ( 14 6)
GRAU M p N GRAU
29,43 57 64 25 54,43
29,86 45 49 52 47,14
2 7,14 27 59 60 40,86
28,81 129 172 137 47,48
33,43 56 65 25 54,14
29 ,]1 44 70 32 50,29
29,26 46 64 36 49,71 . 18,86 14 26 106 30,57
27,82 160 225 199 46,06
20,43 18 53 75 36,14
28,43 26 53 67 39,57
23,00 15 60 71 35,86
23,95 59 166 213 37,19 - -
17, 14 10 42 94 31 , 14
25,71 23 74 49 .41 ,26
29,71 43 74 29 49,86
24,26 ., 76 190 172 40,76
31,43 48 64 ;
34 50,57
31,43 64 54 28 56,00
31,43 112 118 62 53,29
.
GRAU DE SATISFAÇÃO QUANTO A INFRA-ESTRUTURA
N9 N9 DE PESSOAS QUE RESI TEMPO QUE RESIDE FAIXA El'ÂRIA CLASSE PARENI'ESCO SEXO TAB.GERAI - Dm
ATR. 3 4 7 ·10 OU+ 1 2 4
.+5 18 25 35 +de B c D E Ch. filho(a' M F T.G. 6 9 3 5 24 34 44 44 dona neto (a
1' 7 7 7 8 7 7 7 7 6 7 7 7 8 7 7 6 7 7 7 7 7 2 6 6 6 7 6 6 7 7 6 6 6 7 6 7 5 5 6 6 6 6 6 3 6 6 6 7 5 5 6 7 6 5 6 6 7 6 6 5 6 7 6· 6 6 4 5 5 6 6 5 5 5 6 5 5 6 6 6 5 5 6 5 5 5 5 5 5 2 2 3 3 3 2 2 2 3 2 2 5 4 2 2 3 2 5 2 2 2 6 3 2 4 2 3 2 3 4 3 3 2 4 6 2 3 5 3 2 2 3 3 7 6 6 7 7 6 6 7 7 7. 6 6 7 7 6 6· 6 5 7 7 6 6 8 3 4 4 5 4 3 5 4 4 4 3 5 5. 4 4 5 5 4 4 4 4 9 2 2 2 1 1 2 2 3 2 2 2 2 5 2 2 1 2 2 2 2 2
Média 5 5 5 5 5 5 5 6 5 .5 5 5 6 5 5 5 5 5 5 5 5
GRAU DE SATISFAÇÃO DAS ATIVIDADES COMERCIAIS
Atr. N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA EI'ÂRIA ClASSE SOCIAL PARENI'ESCO SEXO ~~o . 3 4 7
10 OU+ 1 2 4 I+ 5
18 25 35 ~de 44 B c D E Ch,e filho (c
6 9 3 5 24 34 44 dona neto(a M F :1 o 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
.y 5 5 7 5 5 3 5 5 5 5 5
11 6 5 5 5 5 5 6 5 5 5 6 5 5 5 5 3 5 5 5 5 5
12 6 7 6 5 5 5 6 6 6 5 5 6 5 6 6 5 5 6 6 6 6
13 6 5 5 5 6 4 6 6 5 5 6 6 5 5 5 5 5 5 5 5 5
14 6 6 7 7 6 6 7 7 6 6 6 7 7 6 6 6 6 Q 6 6 6
15 4 5 5 2 4 4 5 5 4 4 5 5 6 4 5 5 5 4 4 5 4
. 16 6 5 5 2 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 4 5 5 5 5 5
17 6 6 5 5 5 5 6 6 5 5 6 6 5 6 5 5 6 5 6 6 6
. Média 5 5 5 5 5 5 6 6 5 5 5 6 6 5 5 5 5 5 5 5 5
GRAU DE SATISFAC!Q OUANTO A HIGIENE E SAÚDE
N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA ErmA ClASSE SCX::. PARENI'ESCO SEXO l>ABUIAçJio Atr. 4 7 2 4 18 25 35 Ch.e fillx> (c . SIMPLES
3 6 9 10 OU+ 1 3 5 + 5 24 34 44 ~e 44 B c D E dona neto(a) M F
18 5 ' 5 5 7 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
19 7 6 6 7 7 6 6 7 6 6 6 7 8 6 6 5 6 6 7 6 6
20 3 3 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 5 2 ~ 4 3 2 3 4 3
Média 5 5 5 6 5 5 5 5 5 5 5 5 6 5 5 5 5 6 5 5 5
. GRAU DE SATISFAÇÃO DOS ATRIBUTOS LIGADOS A CONSTRUÇÃO QUANTO A HABITAÇÃO
~
N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA El'.ÂRIA CIASSE soe. PARENI'ESCO SEXO TABUI.Aç!D Atr. 3 ~· 7 10 1 2 i 5 18 25 35
+de44 B c D E Ch. filho (a M r- SIMPlES
6 9 OU+ 3 5 + 24 34 44 · e dona neto(a) '
21 '. 5 5 6 7 6 6 5 5 5 5 5 6 6 5 6 3 5 5 5 6 5
22 5 5 5 6 5 6 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 5 5 5 5 5
23 4 4 5 3 5 5 4 5 5 5 i
4 ~ 4 4 5 3 4 5 5 4 5
~~é dia 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 ~ 5 5 5 5 5 6 5 5 5
·.
'
GRAU DE SATISFAÇÂO DOS ATRIBUTOS LIGADAS Â CONSTRUCÂO QUANTO AO CONJUNTO
. N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA ETÂRIA CI.ASSE SOCIAL PARENTESCO SEXO TABUIAÇ. Atr. SIMPLES I
3 4 7
10 ou + 1 2 4
+ 5 18 25 J5 + de B c D E U1 Il.illO\a}
6 9 3 5 24 34 44 44 dona neto(a) M F I
~ 24 6 5 6 6 6 6 5 6 6 6 5 6 8 5 4 6 6 6 6 6 6
25 6 5· 5 5 6 5 5 5 5 5 5 6 7 5 2 6 5 5 5 5 5 I
26 6 5 4 5 6 5 5 3 5 5 5 6 4 5 5 4 5 5 5 5 5
27 2 3 5 1 3 2 2 3 - - - - 4 2 2 2 2 2 2 2 2
Média 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 5 5 5 5 5 5 5 5
GRAU DE SATISFAÇÃO DAS ATIVIDADES DE LAZER
N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA ETARIA ClASSE SOCIN. PARENI'ESOO SEID TABUlA ~ - - ~ ~
çJ.D s~ Atr. 4 7 2 4 18 25 35 +de Ll'l. :rl..lllO M .
F PIES 3 6 9 10 ou + 1 3 5 +5 24 34 44 44 B c D E dona neto
-~ -
28 4 3 5 1 5 4 3 3 3 3 5 5 3 3 4 5 3 3 3 4 3 ~
29 5 4 5 4 5 3 5 5 4 5 2 5 5 4 5 6 4 5 5 4 5 '
30 3 4 4 5 4 3 4 3 4 5 4 4 3 2 4 5 3 5 4 4 3
Média 4 4 5 4 5 3 4 4 4 5 5 5 4 3 4 5 4 4 4 4 4
GRAU DE SATISFAÇÃO DAS ATIVIDADES SOCIAIS
N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA ETÂRIA ClASSE SOCIAL PARENI'ESO) SEID TABUlA-Atr. 4 7 2 4 18 25 35 01. filho . çkJ SIM
3 6 9 10 ou + 1 3 5 + 5 24 34 44
+de 44 B c D E dona neto M F PIEs
31 3 2 3 3 3 2 2 2 3 2 2 3 3 2 5 1 2 2 2 2 2
32 5 4 5 5 - - - - 4 4 4 5 3 3 5 6 5 4 5 4 4
33 6 5 5 7 . - - - - 5 5 5 6 3 1 5 5 5 5 5 5 5
Média 5. 4 5 5 3 2 2 2 4 5 5 5 4 3 4 5 5 4 5 4 4
GRAU DE SATISFAÇÂO DAS ATIVIDADES DE APOIO .
N9 DE PESSOAS NA CASA TEMPO QUE RESIDE FAIXA EI'ÂRIA CI...ASSE SOCIAL PARENI'ESCO SEXO TABUI.A-
Atr. 3 _4_ !.. 10 ou + 1 '- 4 + 5 18 25 35 + de
B c D E Ch. çk)
6 9 3 5 24 34 44 44 filho M.' "F SlMPLES dona nPt-...o_
""
34 3 5 5 7 5 4 5 6 5 5 5 6 5 5 4 5 6 5 5 5 5
35 6 6 6 6 6 6 5 6 5 6 6 6 6 5 6 4 6 5 5 6 6
Média 6 5. 6 6 6 5 5 6 5 5 6 6 6 5 6 5 6 5 5 6 6
- ~-·-·- --··
·.
ASPECTOS QUE FACILITAM O RELACIONAMENTO SOCIAL POR GRAU DE PARENTESCO
/ . FACILITA
- - . ---- ----
A S P E C T o s Chefe/Dona de Casa ( 1 82) Filho {a) Neto (a) (55) . M p N GRAU M p N GRAU
--
FESTAS TIPICAS TRADICIONAIS 94 57 31 74,43 34 15 6 24,57
FESTIVAIS (MÚSICA) 81 54 47- 68,43 20 22 13 19,57
TORNE·IOS ESPORTIVOS 125 34 23 84,43 34 17 4 24,86
TEATRO (AMADOR) 81 59 42 69,14 22 19 -(>
14 20,00
EXPOSIÇ0ES 101 50 31 76,43 26 16 13 20,00
PROMOÇOES E CURSOS 118 48 16 83,43 38 13 4 23,14
EXIBIÇ0ES DE FILMES 84 61 37 70,71 21 22 12 20,00
~ROMOÇÂO C/CRIANÇAS BRINCAO. 139 34 9 90,43 34 17 4 24,80
EXCURSOES 121 41 20 83,71 32 14 9 23,57
QUERMECE 85 57 40 70,57 28 18 9 22,43
T O TA L 1 • 029 495 296 77,17 289 173 88 22,71 --
~
GRAU DE SATISFAÇÂO DOS ASPECTOS QUE PREJUDICAM E FACILITAM O RELACIONAMENTO SOCIAL
AS- ·~m .DE PESSOAS RESID~ PEC '1\:S
1
2
3
4
5
4 7 3 6. 9'
2 . 2
2 3
3 2
4 5
7 7
4
1
3
5
6
6 6 7 6
'Mécia 5 5 5
1 7 6 6
2 6 6 5
3 7 7 6
4 6
5 -6 7
7 6
8 8
9 . 8
6 6
6 7
6 6
7 8
7 6
10 6 6 6
6 6 6
10 OU+
1
2
1.
3
7
6
4
7
6
7
5
5
5
7
8
8
6
TEl1PO QUE RESIDE
2 4 1 3 5 + 5
3 3
5 4
2 3
2 2
3 3
3 2
5 5 4 5
6
4
6
5
7
5
6
7
6
7
6
5
6
t.i 6
5 4
6 6
6 6
7, 7
6 6
6 6
7 7
6 6
7 7
7 7
6 6
6 6
7
4
6
7
8
6
7
7
6w
8
7
7
7
FAIXA ETAAIA
18 25 35 + de 24 34 44 44
3
5
3
5
7
3
4
3
5
7
6 7
5 5
7 6
6 6
7 7 5 . 6
6 6
7 7
6 6
7 7
7 8
6 6
6 6
2 1
3 2
2 2
5. 4
7 8
6
5
6
6
7
6
6
7
6
8
7
6
6
6
5
6
5
7
5
7
7
6
7
7
6
6
ClASSE SOCIAL
B C D E
2
4
2
3
7
6
5
7
6
8
7
7
8
8
8
6
6
7
2
3
3
5
7
3
4
2
4
7
6 6
4 5
7 6
6 5
7 7
6 5
7 6
6 7
6 6
8 7
7 6
6 6
7 6
5
5
1
8
7
7
5
6
6
6
5
5
8
7
8
7
8
6
PARENI'ESCO
Ch filho dona neto
2
3
3
5
7
4
6
5
7
6
7
6
7
7
7
6
6
3
3
3.
5
7
5
7
5
7
6
6
6
6'
7
7
6
6
SEXO
M F
2
3
2
5
7
6
5
6
6
7
6
7
7
6
7
7
6
7
3
4
3
5
7
6
5
6 .
6
7
6
6
6
6
7
7
6
6
SIMPI..m
. 2
2
2
5
7
6
5
6
6
7
6
6
7
6
7
7
6
6
, ANEXO 32
SUGESTÕES DE MORADORES PARA MELHORAR O CONJUNTO
RECREAÇÂO
19 Clube com piscina
29 Cinema
39 Festas para todas as idades
49 .Âreas de Lazer
59 Quadras de Esporte
69 Torneios Esportivos
79 Teatro
89 Centro Recreativo
Total
CULTURA E ENSINO
19 Preparar moradores
29 Melhor Nível de InstruÇão
39. Cursos Responsabilidades
49 Biblioteca
Total
RELACIONAMENTO COMUNITARIO
19 Reun~ão de Moradores
29 + Amor e Consideração
39 + Espaço no Centro Comunit.
49 Campanha de Boa Vizinhança
59 Maior Atividade do SÍndico
Total
68
48
36
35
17
9
3
2
218
31
9.
9
1
50
20
11
10
7
5
53
·' \ '.
I f. F ·.INFRA ESTRUTURA
l 19·.Âreas Verdes 26
29 Igreja· 20
39 Creche; Grátis 20
49 Posto Policial 18
59 Lanchonete 1 7
69 Posto de Saúde 9 Assist. Social
79 Supermercado 5
• 89 Cercar os Prédios 4
99 Iluminação 3
109 Policiamento 2
119 Dentista 1
129 Universidade 1
Total 126
Total Geral 447
SUGEST0ES DOS MORADORES PARA MELHORAR O CONJUNTO
ASPECTOS % SOBRE RESPONDENTE % SOBRE TOTAL SUGESTOES
Recreação 91 198 48177
Culturà e Ensino 21 110 11 1 18
Rel. Comunitário 22 1 36 11 186
Infra-Estrutura 53 116 28119