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Responsabilidade Fiscal Flávio da Cruz

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Responsabilidade FiscalFlávio da Cruz

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Responsabilidade FiscalLivro Digital

PalhoçaUnisulVirtual

2011

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Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul

341.3 C96 Cruz, Flávio da

Responsabilidade fiscal : livro digital / Flávio da Cruz ; revisão e atualização de conteúdo Luiz Selhorst ; design instrucional [Flavia Lumi Matuzawa, Viviane Bastos], Rafael da Cunha Lara. – 4. ed., rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011.

165 p. : il. ; 28 cm.

Inclui bibliografia.

1. Responsabilidade fiscal. 2. Administração pública. 3. Ação de prestação de contas. I. Selhorst, Luiz. II. Matuzawa, Flavia Lumi. III. Bastos, Viviane. IV. Título.

Copyright © UnisulVirtual 2011

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.

Edição – Livro Digital

Professor ConteudistaFlávio da Cruz

Revisão e Atualização de ConteúdoLuiz Selhorst

Coordenação de CursoBernardino José da Silva

Design InstrucionalFlávia Lumi MatuzawaViviane BastosRafael da Cunha Lara (4ª edição)

Projeto Gráfico e CapaEquipe Design Visual

DiagramaçãoMarina Broering Righetto

RevisãoCollaço & Collaço

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Responsabilidade FiscalLivro Digital

Flávio da Cruz

Designer instrucionalRafael da Cunha Lara

4ª edição revista e atualizada

Revisão e atualização de conteúdoLuiz Selhorst

PalhoçaUnisulVirtual

2011

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7 Apresentação

9 Palavras do professor

11 Plano de estudo

15 Unidade 1A Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

25 Unidade 2As mudanças introduzidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal na transparência da gestão fiscal

47 Unidade 3As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

67 Unidade 4Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

135 Unidade 5Endividamento público e operações de crédito

155 Para concluir os estudos

157 Minicurrículo

159 Respostas e comentários das atividades de autoaprendizagem e colaborativas

163 Referências

Sumário

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Caro/a estudante,

O livro digital desta disciplina foi organizado didaticamente, de modo a oferecer a você, em um único arquivo pdf, elementos essenciais para o desenvolvimento dos seus estudos.

Constituem o livro digital:

• Palavras do professor (texto de abertura);

• Plano de estudo (com ementa, objetivos e conteúdo programático da disciplina);

• Objetivos, Introdução, Síntese e Saiba mais de cada unidade;

• Leituras de autoria do professor conteudista;

• Atividades de autoaprendizagem e gabaritos;

• Enunciados das atividades colaborativas;

• Para concluir estudos (texto de encerramento);

• Minicurrículo do professor conteudista; e

• Referências.

Lembramos, no entanto, que o livro digital não constitui a totalidade do material didático da disciplina. Dessa forma, integram o conjunto de materiais de estudo: webaulas, objetos multimídia, leituras complementares (selecionadas pelo professor conteudista) e atividades de avaliação (obrigatórias e complementares), que você acessa pelo Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem.

Tais materiais didáticos foram construídos especialmente para este curso, levando em consideração as necessidades da sua formação e aperfeiçoamento profissional.

Atenciosamente,

Equipe UnisulVirtual

Apresentação

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Todos nós temos responsabilidade e as expressamos por meio das atitudes e decisões que assumimos. A percepção do que é expresso causa reflexos sobre nossa trajetória pessoal, sobre o ambiente em que atuamos e sobre outras dimensões. Portanto, o impacto em assumir ou deixar de assumir é difícil de ser mensurado e quando mensurado encontra pouco espaço aberto para ser discutido.

Na responsabilidade pessoal você delimita uma boa parte e sabe que existe uma outra parte que é impositiva e sequer lhe perguntam se aceita ou não.

Nesta disciplina você vai estudar sobre a responsabilidade fiscal. Ela, evidentemente, é diferente da responsabilidade pessoal sem, contudo, deixar de manter dependência porque depende da agregação de diversas responsabilidades pessoais para compor no somatório.

No sentido geral, a responsabilidade fiscal reflete, consideradas as exclusões sociais e as interferências colaterais, a média do comportamento típico de um povo.

Não poderá ser analisada isoladamente e para qualquer tipo de identificação, interpretação, análise e avaliação, devendo estar associada com as outras dimensões da vida humana associada.

Quando o desempenho fiscal é mostrado e você não consegue juntar o social, parece que tudo está igual: os relatórios são muitos semelhantes, os seus conteúdos revelam situações sem grandes novidades, além de aparentar um arranjo muito técnico.

Se, por um lado, o hábito de mostrar a responsabilidade fiscal é um tabu, a prática de fazê-lo de maneira refinada é distante da aceitação popular. Portanto, chega-se a muitas dúvidas sobre a eficácia da Lei de Responsabilidade Fiscal para o exercício da cidadania e para melhorar o grau de envolvimento no controle social, aqui no Brasil.

Palavras do professor

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Além de tentar ajudar na identificação dos princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal e na interpretação dos relatórios que ela obriga aos entes estatais divulgar, procura-se colaborar no complemento de suas crenças e convicções sobre efeitos sociais, econômicos e culturais que já estão associados.

Prof. Flávio da Cruz

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O plano de estudos visa a orientá-lo/a no desenvolvimento da disciplina. Possui elementos que o/a ajudarão a conhecer o contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos.

O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam, portanto a construção de competências se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das diversas formas de ação/mediação.

São elementos desse processo:

• o livro digital;

• o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);

• as atividades de avaliação (a distância, presenciais e de autoaprendizagem);

• o Sistema Tutorial.

Objetivo geral

Proporcionar ao aluno o conhecimento das mudanças introduzidas na administração pública com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ementa

Comentários iniciais à LRF. As mudanças introduzidas pela LRF na transparência da gestão fiscal. As regras da LRF para a transparência e instrumentos legais de responsabilidade na gestão fiscal. Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal. Dívida e endividamento, limites e vedações. Operações de crédito.

Plano de estudo

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Pós-graduação

Conteúdo programático/objetivos

A seguir, as unidades que compõem o livro digital desta disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias a este nível de estudo.

Unidades de estudo: 5

Unidade 1 – Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

Os objetivos da Lei de Responsabilidade Fiscal e a sua origem: adapta experiências de outros povos, encampando propostas autênticas do poder político na Câmara dos Deputados e escapando das discussões mais profundas no Senado Federal, serviu como instrumento para agradar ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Os objetivos na dimensão econômica e as finalidades, que são complementares, em relação aos outros dispositivos legais que anteriormente tratavam das mesmas questões, embora com diferente grau de destaque e discussão social, são listados e brevemente abordados.

Unidade 2 – As mudanças trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal na transferência da gestão fiscal

O conceito de transparência tem ligações com a efetividade da publicidade. Na administração pública brasileira, a publicidade, como princípio constitucional, está ligada com outros: legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência. A aplicação da transparência junto às contas públicas estatais é um constante desafio e exige uma atitude de lealdade diante da cultura, realmente detida pelos habitantes de determinado território.

Unidade 3 – As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

As ações de transparência precisam de instrumentos para lhes dar efetividade e algumas prioridades são visivelmente escolhidas pela Lei de Responsabilidade

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Responsabilidade Fiscal

Fiscal. Os prazos são importantes e servem para estabelecer uma constante renovação dos dados e, por isso a lei os fixa, estabelecendo penalidades aos transgressores, na tentativa de corrigir os hábitos. O conselho de gestão fiscal, nascido de uma intenção jurídica muito estranha, até agora não foi implantado. Isto vem atestando uma predileção pelo federalismo administrativo, causando transtorno e desconforto a quem possui senso crítico. O resultado é uma instabilidade, dentre os gestores das finanças públicas, nos diferentes entes da federação, atrapalhando a consolidação dos mecanismos básicos para alcançar a transparência. Significa que, o que for interessante para a Secretaria do Tesouro Nacional passa a ser interessante e obrigação dos demais.

Unidade 4 – Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

Há uma concentração de dados para publicação que são oriundos dos registros contábeis inerentes ao fluxo orçamentário. São os chamados relatórios resumidos da execução orçamentária. Outros relatórios, que tradicionalmente integram a prestação de contas, são mais do controle financeiro e patrimonial, embora integrantes da contabilidade. Estes, por não estarem focados no sistema orçamentário são denominados relatórios de gestão fiscal. Os relatórios resumidos da execução orçamentária e os relatórios da gestão fiscal, são os principais mecanismos explicitamente exigidos pelos manuais da Secretaria do Tesouro Nacional.

Unidade 5 – Endividamento público e operações de crédito

A expansão do saldo da dívida é controlada a partir do seu montante acumulado, popularmente conhecido como saldo devedor. Além do montante, há um outro controle no dispêndio, que significa as despesas com juros e encargos que se paga a quem emprestou. Pode-se perceber, que a lei de responsabilidade fixou em quinze anos o prazo para ajustamento a limites em função da receita corrente líquida e “esqueceu” da união, pressionando os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Há controle da evolução e penalizações para quem rompe os limites.

A dívida flutuante é aquela que tem vencimento a curto prazo e não precisa, em geral, da autorização legislativa para a sua contratação. A dívida fundada, é aquela onde o vencimento atinge mais do que um exercício financeiro, ultrapassa o curto prazo, e, em geral precisa de autorização legislativa para a sua contratação. A dívida flutuante, a dívida fundada e seus componentes na

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Pós-graduação

expressão dos arts. 92 e 98, da Lei n° 4.320 não são suficientes para a definição do conjunto que integra as operações de crédito. Há outras formas que foram equiparadas, com intenção de dar maior abrangência.

Carga horária: 45 horas

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A Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

Unidade 1

Objetivos de Aprendizagem

• Saber que a Lei de Responsabilidade Fiscal não nasce genuinamente em um modelo brasileiro, mas obedece à tendência reformista para mudar o gerenciamento estatal.

• Compreender os objetivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

• Ter subsídios para pesquisar leis que tratam de atos de improbidade administrativa praticados por gestores do setor público estatal brasileiro.

Introdução

Você já ouviu palavras como corrupção, desonestidade, desvio de bens e de verbas públicas, superfaturamento de obras e serviços?

Essas palavras que estão presentes na administração pública, embora também sejam partilhadas pelo gerenciamento de entidades e famílias da sociedade em geral, podem e devem ser desvendadas e estudadas.

A Lei de Responsabilidade Fiscal surgiu, no Brasil, para tentar evitar que essas palavras estejam constantemente presentes no vocabulário da comunidade. Tem também o intuito de corrigir o rumo da administração pública, seja no âmbito dos Estados-membros, dos Municípios, como da própria União.

Nesta unidade, você conhecerá alguns pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal que possibilitam identificar sua procedência, ainda que adaptados à realidade brasileira. Outro tema é identificar seus objetivos, na ótica dos que a aprovaram. Os doze princípios que a Lei priorizou também serão apresentados nesta unidade.

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Pós-graduação

Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais1

Flávio da CruzLuiz Selhorst

A Lei de Responsabilidade Fiscal surgiu em um período de reformas de Estado que aconteceram em diversos países nas últimas décadas.

Na Europa, foram focadas as iniciativas de nivelamento ou proximidade, em indicadores de desempenho, para viabilizar os tratados que consolidaram a formatação da União Europeia. A Nova Zelândia, na Oceania, é outra experiência a ser mencionada e serviu como referência para o modelo brasileiro. As experiências de países mais conhecidos pela qualidade da prática gerencial estatal na América, como o Canadá e os Estados Unidos, também foram consideradas como referências.

No Brasil, houve, durante uma parte do mandato de Fernando Henrique Cardoso, um Ministério próprio para o assunto: Ministério da Modernização Administrativa, Gestão e Reforma do Estado. A diretriz era substituir a administração pública burocrática pela gerencial, aumentando assim a eficiência na prestação dos serviços pelo Estado.

ImportanteO Projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal, que se transformou na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, foi autoria do Poder Executivo, tendo por providências o estabelecimento do regime de gestão fiscal responsável e a instituição de princípios e normas de finanças públicas.

O Poder Executivo considerava que o recém-criado Ministério seria um veículo importante para inovação estrutural da administração pública. Combinado a outras medidas, que também foram adotadas nesse período, especialmente por intermédio do Programa de Estabilização Fiscal, acreditava-se que a proposta resultaria na consolidação de um novo regime fiscal no País, necessário à estabilização dos preços e ao desenvolvimento sustentável da economia.

Reconhecendo a complexidade e a importância dos temas abordados na proposta, o Poder Executivo, em ação prévia ao encaminhamento ao Congresso Nacional,

1 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais. In: CRUZ, Flávio da, Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 16-21. Livro digital.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

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cuidou de submetê-la à apreciação pública. Realizaram-se reuniões, assim como numerosos debates, a exemplo daqueles que aconteceram no âmbito da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina (CEPAL), com Secretários de Fazenda de Estados e Municípios e com especialistas em finanças públicas - especialistas estes tanto oriundos de instituições acadêmicas, quanto de entidades do mercado financeiro.

Nesse processo de consulta pública, segundo as autoridades governamentais, destacaram-se algumas contribuições. Acompanhe.

• Que fossem impostos limites distintos às despesas com pessoal de cada um dos Poderes.

• Que a Receita Tributária Disponível servisse como base de cálculo para os limites relativos à dívida e às despesas com pessoal.

• Que os prazos para a correção de “desvios fiscais” fossem dilatados, na hipótese de mudanças drásticas na política econômica.

• Que os prazos para a liquidação de despesas inscritas em Restos a Pagar fossem ampliados, bem como limitado o montante de Restos a Pagar a ser inscrito por cada Poder.

• Que houvesse regras de transição para o novo regime fiscal.

• Que fosse efetuada a definição de uma norma disciplinadora das transferências de recursos entre Estados e Municípios.

A Lei de Responsabilidade Fiscal deveria estar vigente em 31 de dezembro de 2000, antes que terminassem os mandatos dos Prefeitos. Tal medida daria chance de testar as reações diante da implantação de novas exigências. Assim, o Senado Federal teve muito pouco tempo para discutir detalhes pertinentes ao conteúdo do Projeto de Lei. Portanto, as afirmações de que o Senado não teria participado da elaboração dessas proposições são, provavelmente, uma referência a essa falta de tempo para analisá-las.

Para o governo, a importância da iniciativa ficou fortalecida, porque o Projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal constituiu o compromisso com o Fundo Monetário Internacional (FMI), assumido pelo País por ocasião do acordo firmado em novembro de 1998, nos termos assinalados no Memorando de Política Econômica, de 13 de novembro de 1998, divulgado pelo Ministério da Fazenda.

Há, inclusive, uma carta conduta que o Fundo Monetário Internacional possui e com a qual costuma lembrar aos seus assistidos das normas da boa conduta fiscal.

Carta conduta

Consulte a carta nas páginas finais da quarta edição do livro Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada, publicado pela Editora Atlas, e do qual, dentre outros co-autores, participam os professores Flávio da Cruz e Nélio Herzmann.

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Pós-graduação

Você certamente já ouviu críticas ao FMI. Na certa, percebeu que muitas dessas críticas diziam que o acordo com essa instituição era nocivo, ou desfavorável, ao Brasil. O FMI estabelecia as sanções de ordem penal, as quais, em conjunto com as sanções administrativas, responderiam pelo arsenal coercitivo, entendido como necessário à eficácia das normas de finanças públicas, arquitetadas sobre a estrutura do regime de gestão fiscal responsável.

Fontes de inspiração da responsabilidade fiscal

De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, nosso Projeto de Lei sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal

inspirou-se, essencialmente, nos princípios de responsabilidade fiscal adotados pela Nova Zelândia, tendo ainda sido consideradas em sua elaboração as experiências da União Europeia e dos Estados Unidos.

Foi preciso adaptar a Lei da Nova Zelândia para ter apoio e implantar, no Brasil, a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem maiores traumas culturais.

Do caso neozelandês, adotou-se o preceito básico de que dívida e patrimônio devem ser mantidos em nível “prudencial”, compatível com a geração de resultados fiscais e com o equilíbrio fiscal de médio prazo. Adotou-se também a orientação de que as atividades financeiras do Estado devem submeter-se ao primado da “transparência”.

Das experiências europeias e estadunidenses, respectivamente, acolhem-se a aplicação de normas de direito financeiro a um conjunto de Estados europeus autônomos e o controle da expansão das despesas.

Nos Estados Unidos, existem muitas diferenças no modo de monitoramento e controle das finanças públicas em relação ao que se faz no Brasil. Isso não significa que seja melhor ou pior o desempenho, especialmente no resultado primário (gastar menos do que aquilo que se arrecada).

Conhecidas as origens da Lei de Responsabilidade Fiscal, vamos estudar, a seguir, os objetivos que ela procurou alcançar com a sua implementação.

Princípios de responsabilidade fiscal-Consulte os princípios de responsabilida-de fiscal adotados na Nova Zelândia no site <http://www.gplegislation.co.nz>

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A Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

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Objetivos

Aproveitando a versão sobre as intenções da Lei, as quais foram apresentadas com o Plano de Estabilidade Fiscal, publicado em 1998, pode-se afirmar, sinteticamente, que a Lei de Responsabilidade Fiscal possuía os seguintes objetivos iniciais:

1. a Lei define princípios básicos de responsabilidade, derivados da noção de prudência na gestão de recursos públicos, bem como limites específicos referentes a variáveis, como nível de endividamento, déficit, gastos e receitas anuais;

2. o texto estabelece também mecanismos prévios de ajuste destinados a assegurar a observância de parâmetros de sustentabilidade da política fiscal;

3. determina sanções tanto de natureza institucional, quando caracterizada a inobservância de princípios de responsabilidade, quanto de caráter individual, quando tipificado ato de irresponsabilidade fiscal.

Os principais pontos de destaque na Lei são:

• ação derivada de planejamento anterior (com alguma prática de transparência, quando da definição);

• prevenção de riscos e correção dos desvios;

• monitoramento quanto à afetação do equilíbrio das contas públicas;

• cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas;

• obediência a limites: de gastos com pessoal, de endividamento, de apropriação de receitas oriundas de alienação de bens;

• condições no que tange à renúncia de receita (tentando impedir anistias e outras formas de favorecimentos);

• condições no que tange à geração de despesas com as dívidas consolidada e mobiliária;

• condições no que tange à concessão de garantia;

• condições no que tange à inscrição em restos a pagar.

Plano de Estabilidade Fiscal

O Plano de Estabilidade Fiscal era uma intenção de renovar o Plano Real de 1994, que, para muitos, entrava numa fase de saturação.

Endividamento

Aumento das dívidas de uma empresa ou governo com a contratação de empréstimos, da assunção de obrigações perante pessoas físicas ou jurídicas, do financiamento dos encargos mediante incorporação destes à dívida anteriormente contratada ou da colocação de títulos no mercado.

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Pós-graduação

Renúncia de receita, dívida consolidada e dívida mobiliária

Na esfera do poder público, renúncia de receita, dívida consolidada e dívida mobiliária constituem importantes conceitos. Por isso, são trazidos a seguir.

Renúncia de receita: situação em que o poder público, a partir de uma autorização legal (genérica ou específica), abre mão de parte das receitas que teria o direito de arrecadar, por razões de política econômica ou político-institucional (incentivar determinados segmentos produtivos, fomentar o desenvolvimento de regiões ou ampliar a competitividade de setores estratégicos).

Dívida consolidada: também denominada Dívida Fundada, corresponde àquela dívida que é contraída pelo Tesouro (da União, de Estado ou de Município), mediante a emissão de títulos ou contratação com instituições financeiras, para atender compromissos de exigibilidade superior a doze meses e destinada ao equacionamento de desequilíbrios orçamentários ou ao financiamento (custeio) de obras, programas de média ou longa duração, e de serviços públicos, cuja natureza viabilize a tomada de recursos com terceiros.

Dívida mobiliária: parte da dívida consolidada que é representada por títulos da dívida pública do governo emissor (federal, estadual ou municipal).

Sob o arcabouço geral da lei, caberá a Estados e Municípios fixar suas metas específicas, formalizando-as no corpo de Planos Plurianuais e Leis de Diretrizes Orçamentárias. A Lei abrange: União, Estados e Municípios; Executivo e Legislativo (inclusive Tribunais de Contas), Judiciário e Ministério Público; administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes de recursos do Tesouro.

Finalidades

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece regras de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

ImportanteA Lei de Responsabilidade Fiscal é um código de conduta para os gestores públicos que devem obedecer a normas e limites para administrar as finanças, prestando contas de quanto e como aplicam os recursos da sociedade.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

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No Projeto de Lei, a intenção era definir os crimes comuns contra as finanças públicas e os de responsabilidade contra as leis de finanças públicas, cominando-se a todas as condutas tipificadas as respectivas penas.

Tratava-se do estabelecimento das sanções de ordem penal, as quais, em conjunto com as administrativas, responderiam pelo arsenal coercitivo, entendido necessário à eficácia das normas de finanças públicas arquitetadas sobre a estrutura do regime de gestão fiscal responsável.

Posteriormente, além da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2001, que foi a versão publicada resultante do Projeto de Lei, houve necessidade de outra lei ordinária, a Lei nº. 10.028, de 19 de outubro de 2000. Também o Decreto-lei nº. 201, que vem lá do ano de 1967, e a Lei nº. 8.429, de 02 de junho de 1992, costumam ser lembrados como normas a serem lidas ou apenas citadas, quando se trata de sanções a aplicar sobre Prefeitos e outros gestores do setor público estatal.

São variados os aspectos que conferem à Lei de Responsabilidade Fiscal grande importância como norma orientadora da administração da política fiscal no País. A respeito disso, escolheram-se três desses aspectos, senão como os mais relevantes, pelo menos como passíveis de destaque, levando-se em conta o que é característico nas atividades financeiras do Estado: equilíbrio entre receitas e despesas; limitação da despesa com pessoal e restrição ao acesso a financiamento com limite do endividamento.

Na condução de um dos processos mais fundamentais do planejamento estatal – o processo orçamentário –, está situada a preferência dos legisladores em pautar os principais pontos de controle para exercer a supervisão e acompanhar o desempenho.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva,1998.

______. Decreto-lei nº 200, de 27 de fevereiro 1967. Dispõe sobre a organização da administração federal, estabelece diretrizes para a reforma administrativa e dá outras providências.

______. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

CRUZ, Flávio da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal comentada: Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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Pós-graduação

Atividades de Autoaprendizagem

1. Assinale a(s) alternativa(s) CORRETA(S) sobre a origem da Lei de Responsabilidade Fiscal.

a. ( ) Oriunda de uma experiência na cidade de Paris e praticada por toda a França, foi trazida para o Brasil pelo cientista Celso Lattes.

b. ( ) Fez parte do Plano de Estabilidade Fiscal, de 1998, e ainda fazia parte da denominada Reforma do Estado.

c. ( ) Contém algumas coincidências com normas da Nova Zelândia, pois este país foi um dentre aqueles consultados pelos legisladores para subsidiar a elaboração do nosso Projeto de Lei da Lei de Responsabilidade Fiscal.

d. ( ) Fez parte do Plano de Metas do Governo Fernando Henrique Cardoso e constou no Manual das Nações Unidas para o progresso do controle de gastos públicos da América.

e. ( ) Contém algumas coincidências com normas da operação “mãos limpas”, porque o principal objetivo, a exemplo do que fez a justiça italiana, é proteger a justiça e colocar os corruptos na cadeia.

Atividade colaborativa

1. Estabelecer sanções de ordem penal, as quais, em conjunto com as administrativas, respondem pelo arsenal coercitivo entendido necessário à eficácia das normas de finanças públicas. Na sua opinião, era mesmo preciso associar punições a infratores, não bastaria a resposta das urnas e a vigilância da imprensa junto com o desprezo popular? Compartilhe sua resposta na ferramenta Exposição.

2. Num dos pontos de destaque da Lei de Responsabilidade Fiscal consta o dever de estar prevendo riscos e corrigindo desvios. Será que não há exagero em começar a intervenção do controle antes mesmo dos gestores terminarem, por completo, a sua ação? Reflita, opine e defenda a sua opinião na ferramenta Fórum.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal: comentários iniciais

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Síntese

Ao término desta primeira unidade, você percebeu que a Lei de Responsabilidade Fiscal, no geral, veio para proteger a saúde financeira do Brasil? É isso aí, ruim com ela, muito pior sem ela!

Nada contra ninguém, mas o controle daquilo pertencente a toda uma comunidade deve ser mais bem protegido do que quando o bem ou serviço é propriedade particular de alguém ou de alguns. Então, outros povos já possuíam lei para se proteger diante de governantes que exageram ao gerenciar o patrimônio geral da comunidade.

Aponta-se uma experiência interessante que funciona, então, deve-se ao menos considerar o seu conteúdo, antes de tentar reinventar tudo novamente. Tão ruim quanto desprezar os êxitos conhecidos na questão para responder é copiar desordenada e afoitamente a prática de outros países, sem levar em conta a nossa diversidade e as diferenças existentes.

Nosso projeto, para a Lei de Responsabilidade Fiscal procurou e encontrou outras experiências anteriores: Nova Zelândia, Estados Unidos da América do Norte, União Europeia. Foi discutido na Câmara dos Deputados mais do que no Senado Federal e, uma vez sancionado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, tornou-se Lei.

Para funcionar e ver se a Lei se consolidava, foi preciso apelar para medidas de punição e decifrar os tipos de infrações nas finanças públicas passíveis de aplicação.

Saiba Mais

Para aprofundar o conteúdo desta unidade, sugere-se que você pesquise no seguinte livro:

CRUZ, Flávio da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada: lei complementar n° 101, de 4 de maio de 2000. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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As mudanças introduzidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal na transparência da gestão fiscal

Unidade 2

Objetivos de Aprendizagem

• Compreender o que é transparência na gestão fiscal.

• Saber quais as modalidades, os instrumentos formais e os instrumentos substanciais são utilizados para se atingir a transparência na gestão fiscal.

Introdução

A Lei de Responsabilidade Fiscal é um código de conduta, oriundo da adaptação aos hábitos de diferentes países para os gestores públicos, que devem obedecer a normas e limites para administrar as finanças, prestando contas de quanto e como aplicam os recursos da sociedade.

Por meio de discussão teórica e de investigação dos procedimentos associados, pode-se obter detalhes acerca da transparência fiscal. Depois de domínio relativo no assunto, será possível despertar para a identificação das diferentes formas por onde a população terá, potencialmente, acesso aos dados e às informações do desempenho do setor público.

Nesta unidade, você verá que, para entender a aplicação da transparência nas contas das entidades estatais, deve-se estudar acerca dos conceitos de publicidade e efetividade. Associar noções do significado do princípio da eficiência e distingui-lo do conceito de eficácia.

A expressividade dos dados e das informações fiscais depende, dentre outras coisas, dos multimeios utilizados na divulgação. Nesta unidade, você verá alguns instrumentos adotados para praticar a transparência fiscal. Propomos uma reflexão, para distinguir entre a transparência formal e a transparência substancial, visando estimular a geração de censo crítico no assunto.

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Transparência da Gestão Fiscal 1

Flávio da CruzLuiz Selhorst

A expressão transparência da gestão fiscal é empregada pela Lei de Responsabilidade Fiscal, no sentido de conferir efetividade ao princípio da publicidade, norteador das ações da administração pública. A efetividade é um conceito que permite expressar o impacto de uma programação na solução de problemas, relacionando-se com os resultados propiciados e também com as consequências destes sobre a realidade.

A administração pública direta é composta por Ministérios, Secretarias e fundos supervisionados por eles. De forma geral, esses fundos supervisionados executam atividades que são de fins não lucrativos, não interessando, dessa forma, às entidades privadas.

A administração indireta é composta por sociedades de economia mista e por empresas públicas. As empresas públicas, por sua vez, executam atividades semelhantes àquelas realizadas por entidades com fins lucrativos. Dessa forma, visam complementar a infraestrutura ou atender finalidades meritórias. Também existem as fundações e as autarquias que executam atividades típicas da administração pública. Elas pertencem às entidades da administração indireta e possuem relativa autonomia.

Todos os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quer pertençam à administração direta ou à administração indireta, devem, em princípio e nas condições definidas pelo art. 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal, ter uma gestão fiscal.

É essencial àqueles que desejam conhecimento mais amplo sobre esse assunto o entendimento conceitual do princípio da publicidade e do significado de atributo da efetividade. Aqui propomos interpretações sobre esse tema. E isso lhe oferecerá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e obter melhor entendimento sobre o assunto.

ConceitoO princípio da publicidade está relacionado à externalidade e ao vínculo com as finalidades do interesse público. É comum que as ações da entidade pública, quando planejadas, executadas ou avaliadas, tenham uma direção exterior, pois suas finalidades não residem em benefício particular.

1 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Transparência na Gestão Fiscal. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 26-31. Livro digital.

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O princípio da publicidade é o princípio orçamentário clássico, segundo o qual as leis de natureza orçamentária (Lei de Orçamento Anual e Créditos Adicionais), como qualquer outra lei, só adquirem validade depois de publicadas em veículo com abrangência suficiente para propiciar o conhecimento do seu conteúdo pelos funcionários públicos e pela população em geral (exige-se do Poder Público a mais absoluta transparência).

Todo ato administrativo deve ser publicado, porque os meios e processos de realização, salvo raríssimos casos em que se admite o sigilo, são públicos. Ainda assim, as exceções estão contidas pelo Decreto nº 79.099, de 06 de janeiro de 1977 (revogado pelo Decreto n° 2.134, de 1997), que visa prevenir o abuso, quando da eventual aplicação prática.

A referida obrigatoriedade de se publicarem contratos, atos e demais instrumentos pactuados com terceiros tem por objetivo proporcionar à sociedade conhecimento dos fatos; isto é, antes que possam ocasionar efeitos fora das repartições que os emitem, tais atos devem ser de conhecimento geral.

Além das partes envolvidas diretamente, os atos administrativos atingem também a terceiros, os quais procuram resguardar seus interesses, tanto no plano individual, quanto da coletividade, favorecendo o controle social.

ConceitoA efetividade é um atributo que procura medir o impacto das ações da administração pública sobre a população.

É importante mencionar a diferença existente entre produto ou saída, provocada pelos processos realizados: na administração privada, o impacto pode ser justificado em si mesmo; e, na administração pública, o produto ou saída deve ser julgado em relação ao resultado como um todo e sobre a comunidade.

Vista como essencial ao relacionamento externo da entidade, para a própria sobrevivência ou atendimento das necessidades sociais, a efetividade pressupõe eficiência e eficácia.

ImportanteEficiência é aqui entendida como boa execução de determinada tarefa, usando, para tanto, os meios, os insumos e recursos disponíveis. Eficácia, por sua vez, é o fenômeno de se atingir os objetivos e metas fixadas, isto é, o resultado esperado para a circunstância envolvida.

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A eficiência é um conceito que expressa o grau de adequação com que os recursos estão sendo utilizados por uma organização, isto é, se a relação input/output que está sendo proporcionada é adequada ou não, isso independentemente de qualquer questionamento quanto à relevância do produto ou a sua desejabilidade social.

O conceito envolve ainda aspectos de interesse comunitário e de controle social. Também colabora, dentre outros fins, para compor elementos quanto ao julgamento da legitimidade dos atos causais, da execução e dos efeitos de ações dos gestores estatais.

A eficácia é um conceito que expressa o grau com que uma organização ou programa é capaz de produzir os resultados previamente definidos por meio de seus objetivos e metas de performance, além dos prazos estabelecidos. Tal conceito não prevê, no entanto, preocupação com custos.

A publicidade dos atos unifica o requisito da eficácia à repercussão do princípio da moralidade, que deve informar as ações dos agentes públicos, em face da necessidade de torná-los de conhecimento universal, objetivando seu controle pela sociedade em geral.

O princípio da moralidade está ligado à legitimidade da ação governamental diante do costume arraigado e dominado pela sociedade. Assim, a postura de respeitar e empregar a honestidade, aplicar a boa-fé, agir com lealdade, moderação e sinceridade são predicados esperados de quem desempenha atividades na administração pública estatal. Tem-se aí alguns indícios para medir o grau de atendimento do princípio da moralidade por este ou aquele agente público.

Trata-se de princípio amplo, que consiste no acesso público às informações contidas em documentos orçamentários, contábeis e financeiros, bem como na publicidade dos atos praticados no curso da gestão das finanças públicas. Assim, envolve a divulgação de dados relativos aos objetivos e metas da política fiscal e à execução dos planos e programas do governo, bem como às contas públicas e às projeções que disciplinem o orçamento anual.

ConceitoA transparência fiscal consiste em criar meios e elementos capazes de garantir o acesso público aos dados referentes à política, aos mecanismos e elementos da execução fiscal da entidade.

Consiste, sobretudo, em garantir ao povo o acesso tempestivo aos dados e às informações que lhe permitam estabelecer juízo de valor diante da ação do gestor público.

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Há diferentes etapas na ação estatal e a escolha adequada para cada uma delas. É providencial associar as etapas à lei e à abordagem adotada visando à obtenção dos resultados a serem atingidos.

Uma leitura sobre os ditames legais indica, com base no art. 77 da Lei n°. 4.320, de 17 de março de 1964, que o controle pode ser exercido prévia, concomitante e ulteriormente. Portanto, as etapas do planejamento, da execução e da avaliação, logo, a disponibilização tempestiva de dados e informações deve ser cuidadosa e criteriosamente estudada.

O acesso público aos dados e às informações relativas aos objetivos e metas da política fiscal e aos planos e programas de governo, inclusive às peças orçamentárias e aos elementos confirmatórios da predição e previsão integrados, são inerentes ao planejamento.

O acesso a mapas, plantas, projetos técnicos, inclusive os de engenharia, metodologias e técnicas de uso ou domínio público e outros instrumentos ou elementos da execução, por outro lado, quando não disciplinado e contido, pode comprometer a própria execução.

Por fim, o acesso aos relatórios, aos processos de prestação de contas, aos mecanismos de monitoramento e avaliação de desempenho e aos critérios para julgamento da ação do gestor público faz parte da participação popular na avaliação indireta.

Associar a participação, por entrevistas, enquetes, plebiscitos ou outros mecanismos de inclusão popular, quando da avaliação dos atos da gestão pública, constitui um tabu para a nossa cultura administrativa estatal. Portanto, a avaliação direta, como pode ser constatada na época das eleições de governantes e legisladores, é confundida com a escolha democrática do grupo ou indivíduo que vai exercer um mandato popular.

Está tramitando em uma das duas Casas Legislativas da União, a Câmara Federal, o Projeto de Lei Complementar nº. 102, de 2003, que inova quanto ao conceito de transparência fiscal.

O Projeto de Lei menciona que a divulgação na imprensa e em meios eletrônicos deve ser enunciada em linguagem simples e universal. Mesmo parecendo utópico diante do desnível na instrução e detenção de conhecimento da população e da disparidade na distribuição da renda, tem validade fundamental para fincar raízes e dinamizar o controle social, no caminho para tornar efetiva a transparência fiscal.

Prestação de contas

Prestação de contas: conjunto de demonstrativos e documentos, sistematizados sob a forma de um processo, por um agente público, entidade ou servidor designado, submetidos a um ordenador de despesa para apreciação e aprovação.

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A Lei Complementar nº. 131, de 27 de maio de 2009, que acrescentou dispositivos à Lei de Responsabilidade Fiscal, determinou a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Como novidade, essa Lei Complementar determinou a liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público, relativas às receitas e despesas.

Em relação à receita, o ente deverá publicar o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.

Quanto à despesa, devem ser publicados todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado.

Complementarmente, essa Lei definiu que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições que estabelece.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Lei Complementar nº. 131, de 27 de maio de 2009. Acrescenta dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.

______. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

______. Projeto de Lei Complementar n°. 102/2003. Altera a Lei nº. 8.443, de 1992 e revoga dispositivos da Lei nº. 4.320, de 1964.

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______. Decreto nº. 79.099, de 06 de janeiro de 1977. Aprova o regulamento para salvaguarda de assuntos sigilosos.

______. Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da união, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

SANTA CATARINA. Guia da Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei Complementar n°. 101/2000. Florianópolis: Edição Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, 2001.

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Transparência Fiscal: modalidades, instrumentos formais e substanciais2

Flávio da CruzLuiz Selhorst

Ao separar internet e a intranet das demais modalidades de difusão, estamos, em verdade, chamando atenção para o fato de que entes estatais acreditam que satisfaçam o dever de transparência pela simples veiculação de atos administrativos na web. É fácil, rápido e simples para o emissor deixar os dados na rede eletrônica e passar a supor que todas as pessoas alcancem o entendimento e dominem o roteiro interpretativo para o acesso aos dados e compreensão de seu conteúdo.

Entretanto, como vimos em nossos estudos, a efetividade está relacionada ao impacto causado em agentes receptores da informação. Apesar de grandes esforços das entidades e das pessoas preocupadas com o problema, é inegável a existência de grande parte da população que ainda não possui acesso à Internet.

É evidente que a quantidade de excluídos do acesso à internet diminuiu muito nos últimos 10 anos e continua diminuindo rapidamente. Entretanto, devemos considerar a renda compatível com a aquisição de microcomputador, a necessidade de imprimir alguns dados para melhor disponibilidade e o preço do cartucho de tinta e do papel, para poder medir a parcela da população que não acessa informações divulgadas, por limitação econômica.

Refletindo sobre o quanto se tem de renda para serviços prestados por operários e outros que apenas vendem a força do trabalho manual, pode haver mudança no seu modo de ver as dificuldades e as facilidades de acesso à internet.

A renda e o emprego como fator de remuneração das famílias não são responsabilidades fiscais, entretanto, pode ser decisivo para que a modalidade internet seja efetiva, quanto à disponibilização dos dados na web.

No art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal consta a expressão: “ampla divulgação, inclusive por meios eletrônicos de acesso ao público”. Talvez resida aí a origem para a predileção e comodidade em concentrar na intranet e, principalmente, na internet o que se convencionou chamar transparência fiscal.

2 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Transparência Fiscal: modalidades, instrumentos formais e substanciais. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p.32-44. Livro digital.

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Em função do estímulo contido na Lei de Responsabilidade Fiscal, as autoridades e os críticos não se mantêm atentos à discriminação e entendem que, uma vez divulgados os dados na internet e na intranet, deram pleno atendimento à publicidade e cumpriram o atributo da efetividade.

Preocupante é o fato de que as entidades defensoras da transparência, no âmbito nacional e internacional, não se têm dedicado às pesquisas mais profundas pertinentes ao tema da efetividade na transparência fiscal.

Em reforço ao acesso, deve-se ir além da questão renda e emprego e adentrar o estudo acerca do nível instrucional da população. Se o nível médio da população oscila entre deter formação de ensino fundamental e dominar alguns conteúdos do ensino médio, devemos então considerar dificuldades de interpretação da linguagem técnica dos dados.

Na outra modalidade, a depender da criatividade e dos comprometimentos com outro tipo de transparência complementar, estão alojados mais do que o dobro da parcela da população que acessa, direta ou indiretamente, a internet. Pelo atributo do impacto, são aproximadamente eles os mais prejudicados na efetividade, caso o hábito de divulgar os dados e informações do setor público estatal seja, preferencial ou exclusivamente, a internet.

Discutidas as duas modalidades, vejamos, agora, alguns instrumentos adotados. Contudo, antes, vamos atentar à classificação, que é independente da modalidade envolvida. Aqui, tem-se controle formal e controle substantivo.

Amaral (1999, p. 08) assim define controle formal:

O controle formal tem por objetivo constatar se os atos administrativos estão em consonância com a legislação que os fundamentou. Nele é verificado se os gastos estão de acordo com as leis, regulamentos e políticas, incluindo o acompanhamento da execução orçamentária e a verificação da observância dos pactos contratuais.

Para os quase 200 milhões de brasileiros, é muito difícil dominar o arsenal de leis, decretos, portarias, instruções normativas, resoluções e tantos outros instrumentos que disciplinam as finanças públicas. Os mais instruídos, inclusive aqueles com formação superior, mas amplamente desqualificados pelos interesses mercantis envolvidos nas últimas décadas, também pouco ou quase nada detêm sobre o arsenal de normas aplicáveis.

Portanto, o excesso normativo (mais de 10.000 leis, mais de 90.000 decretos, inúmeras portarias etc.) afasta a população do controle formal, reduzindo assim o potencial de controle social.

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AMARAL (1999, p. 08) nos diz que o controle substantivo possui:

como objetivo a avaliação, em termos quantitativos, qualitativos, da eficiência, eficácia e economicidade com que foram ou estão sendo aplicados os recursos públicos, bem como assegurar que eles se encontram protegidos contra o desperdício, a perda, o uso indevido e o roubo.

No controle substantivo, é indicado adotar a contabilidade de custos, com controle unitário do preço de serviços e bens consumidos pela área estatal pública. Isso porque, na definição de eficiência, está implícita a necessidade desse tipo de monitoramento. E também porque, pelo conceito de economicidade, fica evidente a precariedade em fazer qualquer afirmação, quando se desconhecem os dados e as informações concretas sobre o custo unitário aplicado e se desconhecem também as dimensões físicas atendidas.

A economicidade pressupõe a obtenção e utilização adequada de recursos nas quantidades necessárias, suficientes e no momento adequado. Caracteriza-se pela alternativa mais econômica para a solução de determinado problema. Uma operação econômica pressupõe o uso de recursos em qualidade, quantidade, menor custo e tempo hábil.

Poder-se-ia dizer que não há tecnologia e sequer metodologia para a apuração dos custos na administração pública, entretanto, isso não é mais digno de qualquer credibilidade, desde as experiências realizadas pelo Comando da Marinha e da Aeronáutica, assim como pelo Controle Interno do Estado de São Paulo.

Instrumentos do controle formal na modalidade internet e intranet

Na internet, ainda que não seja de acesso a todos, podemos encontrar diversidade de dados e informações acerca da transparência fiscal, previstos pelo art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que segue:

São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais, será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e lei de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório da Gestão Fiscal e as versões simplificadas desses documentos.

Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

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Talvez, já prevendo a limitação e o custo que seria proibitivo para algumas entidades municipais, a Lei de Responsabilidade Fiscal passou a exigir, no art. 51, que os dados fossem remetidos para o Ministério da Fazenda. No Ministério, recebidos os dados, eles são consolidados e divulgados, em seu próprio site eletrônico: <http://www.stn.fazenda.gov.br>.

Apesar das variações na forma de compor o endereço, cada um dos Estados e, inclusive, o Distrito Federal têm o seu espaço. E, em geral, pode-se, a partir dos sites dos Estados e também do Distrito Federal, acessar os dados dos Municípios, evidente que quando estes estão disponíveis.

Por exemplo, para obter os dados do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, deve-se visitar o site eletrônico <http://www.rs.gov.br>. Já, se você precisar consultar os mesmos dados para o Estado de Santa Catarina, deve acessar o endereço eletrônico <http://www.sc.gov.br>.

Essas medidas, além de atender ao art. 51, que prevê a exposição por meio da internet de relatórios fiscais, também cumprem a recomendação da Lei de Responsabilidade Fiscal de transparência da gestão fiscal.

Instrumentos do controle substantivo na modalidade internet e intranet

Um dos principais instrumentos do controle substantivo é o Ministério Público, que recebe denúncias, e, por intermédio da Promotoria da Moralidade Administrativa ou órgão equivalente, toma providências concretas para interromper, corrigir defeitos ou mandar reparar o estrago causado ao Ente Estatal.

Os Tribunais de Contas que, apesar da visível proximidade dos colegiados de decisão com a estrutura político-partidária, possuem no seu corpo técnico um papel forte e inibidor das práticas nefastas à boa aplicação dos recursos públicos.

Seus relatórios de análise contêm um rico conteúdo substantivo, apesar de que, lamentavelmente, nem sempre, estes sejam de domínio público. E isso porque, enquanto não definidos os julgamentos finais das contas pelos administradores públicos, permanecem inacessíveis.

Tanto o Ministério Público quanto os Tribunais de Contas possuem sites eletrônicos e disponibilizam, via Internet, dados e informações a respeito do exercício do controle da população e suas entidades, sobre as contas de gestores públicos.

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Tendo em vista a dificuldade e a complexidade envolvida entre o saber técnico e o entendimento das pessoas em geral sobre contas públicas, o Instituto Ethos, em parceria com a ONG Associação dos Amigos de Rio Bonito, elaborou uma cartilha, disponível na rede mundial de computadores. Denominada Cartilha da Amarribo, apresenta bases, por intermédio de 26 (vinte e seis) indicativos, para que se exerça vigilância popular sobre os atos dos governantes.

Para ver os efeitos agregados da execução da Lei de Responsabilidade Fiscal, tem-se no site <http://www.bndes.gov.br> artigos; boletins informativos, denominados

“Informe-se”; termômetro fiscal e estudos sobre a aplicação da Lei, em Estados-Membros e em Municípios (com o envolvimento do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), que subsidia tecnicamente, parte destes estudos).

Instrumentos de controle formal nas modalidades fora da internet

As experiências de instrumentos de controle formal nas modalidades em que não se conta com o acesso à internet não são sistematizadas, nem ricas. Exceto as práticas de audiência pública, em que se nota falta de criatividade, aliada à tradicional comodidade, as quais visam somente a atender o que prescreve a lei.

Em geral, as experiências com divulgação fora da rede mundial de computadores são poucas e se limitam a tentar, timidamente, dar cumprimento ao que já foi estabelecido pelo art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, onde consta:

todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança do Estado.

Alguns relatórios de gestão fiscal são disponibilizados de tal forma que até os técnicos qualificados se mostram desestimulados a verificá-los. Apesar de o art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal ter mencionado “as versões simplificadas desses documentos”, nota-se que, de forma geral, no Brasil, existe grande dificuldade em se compreender que cabe aos gestores e aos seus assessores conhecer o modo de leitura e o grau de simplicidade requerido para que possam ser compreendidos pelo cidadão. Não é incomum que os relatórios resumidos sejam ainda mais complexos que os relatórios completos.

Na Lei de Responsabilidade Fiscal, além do art. 48, outros artigos também tratam do controle formal nas modalidades fora da Internet. São eles:

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• o art. 55, em seu § 2°, dispõe que os relatórios de gestão fiscal serão publicados até trinta dias após o encerramento do período a que correspondem, com amplo acesso ao público. Infelizmente, mais uma vez estabelece uma preferência pelos 50.000.000 em detrimento dos 120.000.000, ao acrescentar “inclusive por meio eletrônico”;

• o art. 55, agora no § 4°,, faz referência ao aspecto da padronização e menciona que os modelos podem ser atualizados pelo Conselho de Gestão;

• no art. 56, em seu § 3°,, menciona-se que deve ser dada ampla divulgação aos resultados da apreciação das contas julgadas ou tomadas, entendendo-se que tanto as do Poder Executivo quanto as do Judiciário e do Legislativo sejam atingidas;

• no art. 49, faz-se uma generalização sobre a prestação de contas e, nesta, fala-se da necessidade em se disponibilizar o seu conteúdo, durante todo o exercício, no respectivo poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação dos cidadãos e de instituições da sociedade.

Raramente, há uma ligação do formalismo aqui descrito com o atributo da efetividade. Os motivos e as desculpas não são poucos, basta verificar isto em sua própria cidade e tirar as suas conclusões, baseando-as no impacto que vivenciar, na tentativa de apreciar as prestações de contas de seu Município.

Apenas para provar que existem exceções, transcreve-se, aqui, parte da Lei Orgânica do Município de Manaus, onde é possível notar preocupação com a transparência:

Art. 29 As contas do Município ficarão à disposição dos cidadãos durante 60 dias, a partir do primeiro dia de maio de cada exercício, no horário de funcionamento da Câmara Municipal, em local de fácil acesso público.

§ 1º A consulta às contas municipais poderá ser feita por qualquer cidadão, independente de qualquer requerimento, autorização ou despacho de qualquer autoridade.

§ 2º A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara e haverá pelo menos três cópias à disposição do público.

[...]

§ 4º As vias da reclamação apresentadas no protocolo da Câmara terão a seguinte destinação:

I - A primeira via deverá ser encaminhada imediatamente para a Câmara ao Tribunal de Contas, mediante ofício;

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II - A segunda via deverá ser anexada às contas à disposição do público pelo prazo que restar ao exame e apreciação;

III - A terceira via se constituirá em recibo do reclamante e deverá ser autenticada pelo servidor que a receber no protocolo, com sua identificação pessoal e funcional.

§ 5º A anexação da segunda via, de que trata o inciso II, do §4º, deste artigo, independerá do despacho de qualquer autoridade e deverá ser feita no prazo de 48 horas pelo servidor que a tenha recebido no protocolo da Câmara, sob pena de suspensão, sem vencimento, pelo prazo de 15 dias.

§ 6º A Câmara dará conhecimento, através de avisos veiculados em órgãos de comunicação, de se encontrarem as contas à disposição do exame público.

Em relação ao que a Lei de Responsabilidade Fiscal preceitua, cabe refletir, explorando o exemplo de Manaus, sobre:

a. exige liberação de requerimento;

b. prevê o conhecimento do endereço;

c. o horário de funcionamento é compatível com o tempo que a população dispõe para as consultas;

d. o nível de simplicidade é compatível com a capacidade de leitura e entendimento da maioria da população;

e. existe a possibilidade imediata de fotocopiar dados;

f. permite consulta o ano todo ou apenas por sessenta dias?

Gostaríamos de estimular sua reflexão sobre duas questões: será que apenas uma forma de apresentação de contas é capaz de alcançar as diferentes capacidades de leitura e os diversos níveis de entendimento das finanças públicas estatais brasileiras? Se o desejo é formalizar a transparência da gestão fiscal, não seria necessária uma simplificação segmentada por estratos sociais e respeito aos diferentes valores culturais?

Instrumentos do controle substantivo na modalidade fora da internet

As experiências do controle social, que ocorrem fora do ambiente virtual, são principalmente ações de organizações não governamentais (ONG).

Talvez, a sigla ONG nos remeta às entidades que defendem causas ambientais. E, de toda forma, elas, realmente, costumam ser ativas e fortes no controle

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substantivo que exercem. Essas organizações não governamentais causam bastante incômodo aos que insistem em agredir violentamente a natureza, especialmente recursos não renováveis.

Também no âmbito jurídico, existem uma série de outras iniciativas que podem ser adotadas pelo cidadão ou ONG como instrumentos do controle substantivo, conforme podemos observar no Quadro 1 e, dentre as quais, destacamos o papel da ação civil pública no Ministério Público.

Além disso, iniciativas de Prefeitos, associações de municípios e outras pessoas, entidades civis ou públicas, provam a possibilidade da evolução gradativa rumo a uma efetividade. Entretanto, é de se lamentar que travam um combate desigual: o combate reside na visão geral de governantes e assessores, prestigiada e reforçada pela mídia, de que, no setor público estatal, faz-se apenas o mau gerenciamento dos recursos oriundos da comunidade.

Os gestores, muitas vezes, não fazem somente aquilo que está previsto no texto da lei, motivados por fortes pressões externas. Livre dessas situações, o gestor poderia adotar medidas mais ajustadas ao interesse coletivo, no que é pertinente à divulgação dos atos administrativos, principalmente no que se refere ao uso do dinheiro público.

Há também os governantes e gestores que não conseguem entender o dinheiro público como pertencimento comunitário em seu todo, mas sim como um meio para a ascendência econômica pessoal ou do seu grupo de seguidores ou colaboradores. Para esse tipo de administrador da coisa pública, a lei reserva salvaguardas que vão além da já mencionada ação civil, conforme é apresentado a seguir.

Controles Formais Fundamento

Ações ordinárias e interditas Código de Processo Civil

Mandado de Segurança Individual e Coletivo Art. 5°, LXXIX e LXX, da CF; Lei n° 1.533/51

Ação Popular Art. 5°, LXXIII, da CF; Lei n° 4.717/65

Ação de Inconstitucionalidade Art. 103, da CF; Lei n° 4.337/64

Ação Declaratória de Constitucionalidade Art. 103, § 4°, da CF

Ação Civil Pública Art. 127, da CF; Lei n° 7.347/84

Mandado de Injunção Art. 5°, LXXI, da CF

Audiência Pública Art. 39 da Lei n° 8.666/93

Processo Administrativo Art. 5°, LV, Contraditório e Ampla Defesa, Lei n° 9.784/99

Tribunais de Contas Art. 70 a 75 da CF, Lei n° 8.443/92

Câmaras Municipais Leis Orgânicas

CPI e sustação de Ato Regulamentar Arts. 58, sobretudo § 3° e art. 49, V, da CF

Quadro 1 - Controles FormaisFonte: MOTA, 2000, p. 152 apud ROCHA, 2002, p. 28.

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Pós-graduação

Um instrumento do controle substantivo na modalidade fora da internet, o qual se mostra bastante eficiente no que concerne ao dever de estimular a cobrança pela transparência fiscal, pode ser o incentivo deste exercício de cidadania pelos estudantes da rede pública de ensino, visto que essa rede escolar estatal tem sido um meio bastante efetivo para difundir a formação da cidadania. Iniciativas como educação tributária, educação para o trânsito, a arte e a cultura popular podem atingir uma boa perspectiva de ganho futuro desses jovens cidadãos.

Dentro dessa perspectiva, José Carvalho da Silva Neto já vislumbrou e acionou esse instrumento, publicando o livro Administração Pública: o dever da transparência (Controller Publicações, 2000), com linguagem, ilustrações e conteúdo adaptados à faixa etária dos estudantes de ensino médio e de ensino fundamental. Isso ocorreu a partir do ano 2000, primeiro ano da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Outra iniciativa pode ser a de difundir as boas aplicações de recursos em novos projetos ou atividades da repartição pública estatal em prol da população, inclusive repassando essa literatura gratuitamente (sem cobrar diretamente royalties, direito autoral ou patentes) aos demais entes estatais interessados.

Sem o propósito de desmerecer outras iniciativas semelhantes, vamos nos reportar ao que vem sendo realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (CEPAM), que publica o catálogo das experiências bem sucedidas em administração municipal. Não se trata de equilíbrio financeiro ou da situação comparativa patrimonial e sim de ações praticadas em diversos projetos ou atividades da gestão municipal.

Essas tecnologias inovadoras podem ser absorvidas tanto por imitação quanto por adaptação de modelos. Com isso, tem-se um instrumento substantivo para a transparência fiscal, pelo qual se pode iniciar uma mensuração da eficiência e talvez da economicidade em relação ao processo que seria realizado com a ausência de elementos comparativos. Fato que pode ser observado em um informativo editado em janeiro de 2001, que retrata a experiência de consórcios intermunicipais.

A difusão de experiências bem sucedidas por si só não faz a economicidade, nem torna mais eficiente a gestão dos recursos ou atinge diretamente a transparência fiscal. Entretanto, é difícil deixar de perceber o impacto sobre a redução dos custos quando se construir um hospital para quatro Municípios, em consórcio, ao invés de apenas um deles ser responsável pelos custos e os demais apenas remeterem os usuários para lá.

Quanto a atingir a transparência fiscal, pode-se também perceber a consciência de que, quando cada um coloca o seu dinheiro no projeto em consórcio com outros

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Municípios, vai cuidar de ver de que modo a sua parte está sendo utilizada como componente dos recursos totais e os benefícios que eles vão gerar, além de ficar vigilante no tipo e quantitativo da participação dos demais.

Tudo poderia ser mais bem discutido, caso fossem entendidos e comparados os custos unitários envolvidos nas atividades. Infelizmente, ainda existe resistência para o controle social: a teimosia em não se praticar uma contabilidade de custos, com controle unitário dos insumos. O que se tem visto é um desprezo pela implantação da contabilidade de custos, embora o Decreto-lei nº 200/1967 já previsse a apuração dos custos no art. 79:

Art. 79 A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços, de forma a evidenciar os resultados da gestão.

A própria Lei de Responsabilidade Fiscal é tímida ao adotar, no art. 4º e também no art. 50, o termo sistema de custos. A referida postura apenas confirma o hábito comum entre os legisladores nacionais, quando se trata da evidenciação plena dos custos Basta lembrar a Lei nº. 4.320, de 1964, que, mesmo antes do próprio Decreto-lei n° 200/67, também se ausenta da questão, fato que seria confirmado se analisarmos os arts. 75 e 79:

Art. 75 O controle da execução orçamentária compreenderá:

I - A legalidade dos atos que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou extinção de direitos e obrigações;

II - A fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos;

III - O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.

Art. 79 Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou outro indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75.

Parágrafo único. Esse controle far-se-á quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabelecidos em cada unidade.

Um controle substantivo de custos requer, salvo intenções parciais, a apuração do custo unitário e o respaldo em sistema contábil adequado. E, até onde foi, quando se trata de apuração de custos, o avanço exigido na Lei de Responsabilidade Fiscal?

Um controle substantivo requer mensuração de desempenho em termos de benefícios gerados para a comunidade. O atributo da efetividade liga o benefício com o impacto diante do cidadão. Para saber se os recursos foram aplicados

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Pós-graduação

dentro de uma eficiência adequada e aceita pelo controle interno, pelo controle externo e pelo controle social, há de existir o controle de custos.

O conceito de eficiência, publicado pelo IBAM (1994, p. 318) no livro Auditoria Governamental (CRUZ, 1997), que, desde o final do século passado, passou a ser, no Brasil, um princípio previsto pelo art. 37 da Constituição Federal, assume diretamente a necessidade da existência de uma contabilidade de custos, permanente e sistematizada:

Eficiência está relacionada a custo, à forma pela qual os meios são geridos. É a otimização dos recursos disponíveis, pela utilização de métodos, técnicas e normas, visando menor esforço e menor custo de execução das tarefas. A eficiência é, pois, um critério de desempenho.

Os sistemas de apuração de custos médios por programas, costumeiramente, se perdem no tempo e, adotando o ultrapassado método dos registros em partida simples, deixam de estabelecer o elo comparativo necessário. Somente com metodologias apropriadas e com um banco de dados relacional – no mínimo as partidas dobradas – será possível caminhar para uma superação do impasse.

Outro instrumento de transparência fiscal adotado de diferentes formas no Brasil é o outdoor ou placa da obra, apesar de suas limitações. Exposto na própria obra, ele permite, quando bem composto, isto é, quando os dados existentes estão claros e a sua estrutura é bem definida, uma avaliação direta e imediata da população.

Assim, por exemplo, em um projeto de construção de uma escola poderia haver uma placa, junto à obra, expondo:

• o custo total da obra;

• a construtora responsável pela obra;

• a entidade pública (federal, estadual ou municipal) que está realizando a obra;

• a quantidade de metros quadrados da edificação;

• o número de referência das plantas consolidadas para a obra e o local onde estão disponíveis para consulta popular;

• a quantidade direta dos cinco insumos mais relevantes necessários à execução da obra (neste caso, sacas de cimento; milheiros de tijolos; m3 de: brita, barro e areia; número de horas-homem; quantidade de telhas);

• o número de referência das licitações consolidadas para a obra e o local, onde estão disponíveis para consulta popular.

Partidas dobradas

O método das partidas dobradas consiste no raciocínio em que se baseiam os lançamentos contábeis numa equação constante entre débito e crédito, ou seja, para cada débito deve haver, como contrapartida, um crédito, ou mais, de igual valor, e vice-versa.

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Se essas informações não couberem em uma única placa, pode-se colocar duas ou mais. Essas medidas são necessárias e aceitas, quando se trata de demonstrar a legalidade dos engenheiros e arquitetos que assinaram as plantas para a obra.

E você pode estar se perguntando: por que investir neste instrumento que vai contemplar ainda menos brasileiros do que os que podem acessar a internet, deixando os demais fora da discussão? Então, deve-se admitir o juízo de valor do pedreiro, em cima da quantidade de tijolos, telhas e barro, areia e brita, como uma oportunidade ampliada aos integrantes dos outros 120.000.000 de brasileiros que pagam seus tributos e deveriam ser lembrados a cada momento que se fala ou escreve sobre transparência da gestão fiscal.

Referências

AMARAL, F.C.A. Princípios e controle na administração pública. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Decreto-lei n° 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da administração federal, estabelece diretrizes para a reforma administrativa e dá outras providências.

______. Decreto-lei n° 201, de 27 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores, e dá outras providências.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

______. Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da união, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

______. Lei n° 10.028, de 19 de outubro de 2000. Dispõe sobre a punição para as improbidades administrativas e para as irresponsabilidades fiscais.

CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. São Paulo: Atlas, 1997.

CRUZ, Flávio da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada: Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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Pós-graduação

MANAUS. Lei orgânica do município de Manaus, de 05 de abril de 1990.

NETO, José Carvalho da Silva. Administração pública: o dever da transparência. Teresina: Controller, 2000.

ROCHA, Olívio. Transparência na ótica da Lei de Responsabilidade Fiscal, e a experiência na Prefeitura Municipal de Florianópolis. Florianópolis: FEPESE, 2002.

Atividades de Autoaprendizagem

1. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre o conceito de transparência assumido nesta unidade, essencial para o domínio do assunto.

a. ( ) princípio da publicidade e atributo da efetividade.

b. ( ) princípio da moralidade e atributo da eficácia.

c. ( ) princípio da legitimidade e atributo da economicidade.

d. ( ) princípio da impessoalidade e atributo da continuidade.

e. ( ) princípio da legalidade e atributo da prosperidade.

Atividade colaborativa

1. Apresenta-se, nesta unidade, para demonstrar a disponibilização de prestação de contas à população, o contido na Lei Orgânica do Município de Manaus. Nela, dentre outras providências sobre a reclamação recebida do povo, sabe-se que a primeira via deverá ser encaminhada imediatamente pela Câmara Municipal de Vereadores ao Tribunal de Contas, mediante ofício, e a segunda via deverá ser anexada às contas à disposição do público, pelo prazo que restar ao exame e apreciação.

Comente essa afirmação, posicionando-se a favor ou contra o encaminhamento dado à reclamação e quanto ao fato de punir com suspensão de 15 dias para o servidor que deixar de protocolar e anexar a reclamação nas contas. Publique sua resposta na ferramenta Exposição.

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As mudanças introduzidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal na transparência da gestão fiscal

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Síntese

Muito bem! Você viu os pontos mais fortes com que se pode medir e formar um juízo de valor sobre a existência ou não dos efeitos da transparência fiscal sobre a comunidade. Naturalmente, você já tinha uma opinião formada sobre o assunto.

Talvez, o acréscimo ao detido passe a incorporar novos elementos acerca da limitação que a renda e as condições de instrução, detida pela população, impõe aos potenciais praticantes da cidadania. As maneiras com que se chega até uma pessoa e a forma com que se disponibiliza o dado é quase sempre pela conveniência e pela condição de quem veicula e raramente pelo diagnóstico dos receptores dos dados e das informações. Experiências difundindo os dados e as informações existem muitas.

Entretanto, deve-se saber distinguir qual a efetividade envolvida e o efeito multiplicador de cada uma. Não estamos diante de uma crise na oferta de dados contábeis e financeiros nas entidades. Há todo um arsenal de demonstrações, balanços, relatórios, balancetes e outras denominações típicas da área de finanças públicas que precisa ser dominada.

O domínio dessa terminologia tornou-se essencial porque a Lei de Responsabilidade Fiscal preferiu concentrar sua prioridade de divulgação dos dados e das informações das realizações do ente estatal nessa linguagem.

Saiba Mais

Para aprofundar o conteúdo desta unidade sugere-se que você pesquise nos seguintes sites:

Planalto <http://www.presidencia.gov.br/>Senado Federal <http://www.senado.gov.br/sf/>Camara dos Deputados <http://www2.camara.gov.br/>Supremo Tribunal Federal <http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp>Tesouro Nacional <http://www.stn.fazenda.gov.br/>

Visite também o site da Cartilha do Amarribo <http://www.amarribo.org.br/>

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As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

Unidade 3

Objetivos de Aprendizagem

• Conhecer os instrumentos de transparência fiscal citados na Lei de Responsabilidade Fiscal e decidir a respeito de sua validade, no sentido de mudar o gerenciamento estatal.

• Compreender a aplicação de sanções aos governantes que não pratiquem a transparência fiscal.

• Tomar partido na polêmica acerca do Conselho de Gestão Fiscal: o boicote direto a sua implantação e ao seu efetivo papel na transparência entre os técnicos do setor.

Introdução

Você já deve ter percebido que a transparência da gestão fiscal é tratada na Lei como um princípio de gestão.

Tem-se, a partir da imposição legal, uma repercussão desigual. De um lado, os que intencionam com a publicação de dados no meio de veiculação disponível alcançar o maior número possível de contribuintes e atingir o nível de entendimento adequado ao(s) seu(s) hábito(s) de recepção e aceitação.

Por outro lado, os contribuintes com a sua heterogeneidade de interpretações, preconceitos, limitações, pressões e demais condicionamentos que desejam simplicidade e honestidade na aplicação dos recursos, com conduta idônea dos gestores.

Nesta unidade, vamos ver os detalhes dessas temáticas.

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Os instrumentos da transparência das contas públicas1

Flávio da CruzLuiz Selhorst

A ideia de que a responsabilidade deve estar centrada no aspecto financeiro não é nova e nem se constitui em uma grande novidade do ponto de vista técnico. Para confirmarmos esse pressuposto, basta atentarmos ao conjunto de manifestações de valores sociais, dentro da formação de juízo de valor, bem como das críticas estabelecidas pela sociedade, que é focada no modo de produção capitalista.

Nesse contexto social, a expressão monetária desta ou daquela manifestação material é uma referência que alcança destaque nos primeiros momentos do debate, da conversa, do bate-papo, enfim, da troca de ideias sobre determinado assunto. Há exceções, porém elas apenas confirmam as regras de outros assuntos que são costumeiramente preferidos e praticados.

Por isso, a transparência das contas públicas é muitas vezes o único produto visualizado pela população e pela crítica, quando o tema é transparência da gestão fiscal.

Em documentos oficiais, como relatórios oficiais contabilizados e traduzidos na prestação de contas, a linguagem estritamente técnica, por vezes, conduz à aprovação dos aspectos neles contidos, como se isso fosse garantia de um processo de transparência fiscal.

Uma contribuição muito importante da Lei de Responsabilidade Fiscal – ao definir que os principais relatórios fiscais devem ter ampla divulgação, assegurando inclusive a participação da sociedade na discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos – é a transparência da gestão fiscal. (Guia da Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei Complementar n°. 101/2000, Santa Catarina, Tribunal de Contas, 2001, p.95).

Apesar da limitação na divulgação dos relatórios fiscais, pode-se analisar a hipótese de concordar com a seguinte afirmação: se é ruim quando as iniciativas de transparência da gestão fiscal se limitam apenas às contas públicas, pior quando nada se mostrava e quase nada se comentava.

Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, será dada ampla divulgação, em diversos meios de comunicação (periódicos, diário oficial, mural público, entre outros), inclusive pela internet, para os seguintes instrumentos:

1 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Os instrumentos de transparência nas contas públicas. In: CRUZ, Flávio da, Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 48-51. Livro digital.

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• planos, orçamentos e lei de diretrizes orçamentárias;

• prestação de contas e respectivo parecer prévio (do Tribunal de Contas);

• relatório resumido da execução orçamentária;

• relatório da gestão fiscal;

• anexo das metas fiscais;

• anexo dos riscos fiscais.

ImportanteA transparência vai além da mera publicidade, passando pela compreensibilidade da informação, favorecendo o acesso desta ao público e aumentando a participação popular.

Duas das novidades trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal são o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF).

Esses relatórios são aplicados a todas as esferas de governo e a todos os Poderes. A Responsabilidade Fiscal abrange a administração pública em um nível amplo. Por isso, encontraremos os relatórios para todos os entes públicos, na Administração Direta (Poderes) e Administração Indireta (autarquias, fundações, empresas públicas etc.). Os próprios agentes fiscalizadores (Tribunais de Contas), bem como os Ministérios Públicos são obrigados a atender às exigências da Lei.

Existem duas formas que os gestores podem colocar à disposição dos interessados para que estes tenham condições de acompanhar, monitorar as atividades de planejamento e avaliação, e ou participar diretamente delas por meio das contas públicas, a gestão fiscal:

• audiências públicas; e

• garantia de acesso às contas públicas.

Quando a Lei torna obrigatória a realização de audiências públicas pelo Poder Público, à época da elaboração do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, e determina que essas audiências sejam amplamente divulgadas e devidamente comprovadas (editais de convocação e atas), evita a elaboração de orçamentos em gabinetes fechados e sem qualquer intervenção de instituições da sociedade civil organizada ou, até mesmo, dos cidadãos e cidadãs.

A participação legitimada pela figura dos parlamentares, os quais vieram a ocupar cargos por meio de um pleito, não tem sido suficiente para responder aos anseios

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pessoais de cada cidadão ou cidadã. Audiências participativas, seminários locais ou regionais e assembleias de orçamento participativo são iniciativas que tentam superar e responder ao processo.

Essas tentativas de superação e melhoria nas discussões do planejamento serão mais favoráveis quando puderem ser comparadas à oferta de bens e à prestação de serviços públicos estatais de qualidade.

Durante todo o exercício, as contas apresentadas pelo Poder Executivo devem permanecer no respectivo Poder Legislativo e no próprio órgão técnico responsável por sua elaboração, para poderem ser consultadas e apreciadas pelas instituições da sociedade civil e pelos cidadãos. Essa obrigação, contida no art. 31, § 3°, da Constituição Federal, é de sessenta dias para os Municípios, ficando, portanto, dessa forma, ampliada pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

A finalidade desses instrumentos, que devem ter ampla divulgação, é propiciar acesso às informações relativas à atividade financeira do Estado. Esse princípio guarda semelhança com uma recomendação do FMI, feita no Código de Boa Conduta para a Transparência Fiscal.

No quadro a seguir, você conhecerá os instrumentos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal na tentativa de impor a prática de transparência das contas públicas.

Transparência - Instrumentos

Relatório Resumido da Execução Orçamentária – bimestral

Relatório de Gestão Fiscal - quadrimestral (ou semestral – opção para Municípios com menos de 50 mil habitantes)

Prestação de Contas Anual – pelo Executivo, integrando todos os Poderes

Audiências no Poder Legislativo – quadrimestral

Lei de Diretrizes Orçamentárias – anual

Leis Anuais do Orçamento

Relatórios de Obras em Andamento – anual

Audiências no Legislativo – prévias à elaboração da LDO – anuais

Parecer Prévio do Tribunal de Contas (completo e versão simplificada)

Informações divulgadas pelos Poderes e pelo Tribunal de Contas, inclusive pela Internet

Quadro 1 – Transparência (Instrumentos)Fonte: Elaboração do autor (2011).

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Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação-Geral de Contabilidade. Relatório resumido da execução orçamentária: manual de elaboração. 4. ed. Brasília: STN, 2004.

SANTA CATARINA. Guia da Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei Complementar n° 101/2000. Florianópolis: Edição Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, 2001.

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Pós-graduação

Prazos a respeitar e sanções2

Flávio da CruzLuiz Selhorst

A Lei de Responsabilidade Fiscal exige dos entes uma série de prazos que devem ser cumpridos, referentes à divulgação dos instrumentos da transparência das contas públicas. O conhecimento desses prazos e das formas de elaboração a serem obedecidas é essencial para manter os mecanismos em funcionamento. E o descumprimento de prazos e formas acarreta a imputação de uma série de penalidades associadas às exigências.

Convém esclarecer que os prazos são fixados pela Secretaria do Tesouro Nacional. E esta, por enquanto, é a soberana imperadora dos prazos e das formas. Isso porque não há vontade política em instalar e fazer funcionar o Conselho de Gestão Fiscal. É extremamente importante lembrar que os prazos e, principalmente, os modelos dos relatórios mudam de ano a ano, emprestando complexidade que muito atrapalha a elaboração continuada dos relatórios pelos setores técnicos dos entes da federação.

Sabe-se que é incômodo e enfadonho ficar citando número de portarias editadas pela Secretaria do Tesouro Nacional, porém, nesse caso, como a edição é anual e a lista é extensa, apresentá-las-emos a seguir:

Nº das Portarias Ano de Vigência

469, 470, 471 2001

559, 561 2002

516, 517 2003

440, 441, 564 2004

471 2005

587 2006

633 2007

575 2008

462 e 577 2009

249 2011

Quadro 1 – Número das Portarias editadas pela Secretaria do Tesouro NacionalFonte: Elaboração do autor (2011).

2 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Prazos a respeitar e sanções. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 52-61. Livro digital.

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Há um cronograma que deve ser obedecido pelos entes estatais, visando garantir o acesso aos órgãos fiscalizadores e aos cidadãos e cidadãs interessados em monitorar as contas públicas estatais no Brasil. Em princípio, talvez isso possa parecer complicado, tendo em vista a quantidade de Municípios de um Estado. Entretanto, cada cidadão mora em apenas um Município e é pelos prazos deste que ele deve se interessar.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de cada bimestre (caput do art.32 da LRF). Ele é composto de diversos anexos, conforme quadros a seguir. Analise.

Periodicidade de publicação: bimestral

Anexos Demonstrativo

I Demonstrativo Orçamentário

II Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção

III Demonstrativo da Receita Corrente Líquida

V Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do regime Próprio dos Servidores Públicos

VI Demonstrativo do Resultado Nominal

VII Demonstrativo do Resultado Primário

XIV Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão

X Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

XVII Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas

XVII Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Quadro 2 - Prazos para Publicação do Relatório Resumido da Execução OrçamentáriaFonte: Secretaria do Tesouro Nacional (2004).

Período Prazo de Publicação

JAN/FEV Até 30 de março

JAN/ABR Até 30 de maio

JAN/JUN Até 30 de julho

JAN/AGO Até 30 de setembro

JAN/OUT Até 30 de novembro

JAN/DEZ Até 30 de janeiro

Quadro 3 – Anexos do Relatório Resumido de Execução Orçamentária com periodicidade de publicação BimestralFonte: Secretaria do Tesouro Nacional (2004).

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Pós-graduação

Periodicidade de publicação: anual

Anexos Demonstrativo

XI Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital

XIIIDemonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

XIV Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação de Recursos

Período Prazos para publicação

JAN/DEZ Até 30 de janeiro

Quadro 4 – Anexos do Relatório Resumido de Execução Orçamentária com periodicidade de publicação AnualFonte: Secretaria do Tesouro Nacional (2004).

A Portaria n° 577/2008 trouxe como novidade a elaboração do anexo XVI – Demonstrativo da Receita de Impostos Líquida e das Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde. A publicação desse anexo é semestral.

O Relatório de Gestão Fiscal deverá ser publicado até 30 dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico (art.55, §2º da LRF). Possui outros anexos, conforme quadros seguintes.

PODER EXECUTIVO PRIMEIRO QUADRIMESTRE

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Até o dia 30 de maio

Anexo II - Demonstrativo da Dívida Consolidada

Anexo III - Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores

Anexo IV - Demonstrativo das Operações de Crédito

nexo VIII - Demonstrativo dos Limites

continua...

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As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

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SEGUNDO QUADRIMESTRE

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Até o dia 30 de setembro

Anexo II - Demonstrativo da Dívida Consolidada

Anexo III - Demonstrativo das Garantias Contragarantias de Valores

Anexo IV - Demonstrativo das Operações de Crédito

Anexo VIII - Demonstrativo dos Limites

TERCEIRO QUADRIMESTRE

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Até o dia 30 de janeiro do ano subsequente ao de referência

Anexo II - Demonstrativo da Dívida Consolidada

Anexo III - Demonstrativo das Garantias

Anexo IV - Demonstrativo das Operações de Crédito

Anexo V - Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa

Anexo VI - Demonstrativo dos Restos a Pagar

Anexo VII - Demonstrativo Simplificado

Anexo VIII - Demonstrativo dos Limites

Quadro 5 – Relatórios de Gestão Fiscal com publicação Quadrimestral do Poder Executivo.Fonte: BRASIL (2008).

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Pós-graduação

Prazos para publicação do Relatório de Gestão Fiscal dos Poderes Legislativo e Judiciário

PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO

PRIMEIRO QUADRIMESTRE

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

publicação no primeiro (30 de maio), segundo (30 de setembro) e terceiro quadrimestres (30 de janeiro)

Anexo V - Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa

publicação no 3º trimestre (30 de janeiro)Anexo VI - Demonstrativo dos Restos a Pagar

Anexo VII - Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão Fiscal

Quadro 6 – Relatórios de Gestão Fiscal com publicação Quadrimestral e Anual dos demais Poderes.Fonte: BRASIL (2008).

Devido à grande quantidade de entidades municipais e a sua diversidade, fizeram-se necessários alguns ajustes para que estas apresentassem seus relatórios em prazos mais convenientes. Até mesmo por adequação técnica de recursos humanos e de tecnologia detida, a providência se mostra adequada, ainda que quebre a uniformização estatística.

É permitida aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes a possibilidade de optar pela divulgação semestral de alguns demonstrativos pertinentes ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária, desde que formalizem sua opção, passando a seguir os prazos dos quadros a seguir.

Periodicidade de publicação: bimestral

Anexos Demonstrativo

I Balanço Orçamentário

II Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção

Período Prazos de publicação

Jan/fev Até 30 de março

Jan/abr Até 30 de maio

Jan/jun Até 30 de julho

Jan/ago Até 30 de setembro

Jan/out Até 30 de novembro

Jan/dez Até 30 de janeiro

Quadro 7 – Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária dos Pequenos Municípios, de publicação BimestralFonte: BRASIL (2000).

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As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

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Periodicidade de publicação: semestral

Anexos Demonstrativo

III Demonstrativos de Receita Corrente Líquida

V Demonstrativo das Receitas e Despesas Providenciais do Regime Próprio dos Servidores Públicos

VI Demonstrativo do Resultado Nominal

VII Demonstrativo do Resultado Primário

IX Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão

X Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

XVII Demonstrativo da Receita de Impostos e das Despesas Próprias com Saúde

Período Prazos para publicação

Jan/jun Até 30 de julho

Jan/dez Até 30 de janeiro

Quadro 8 – Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária dos Pequenos Municípios, de publicação Semestral.Fonte: BRASIL (2000).

Periodicidade de publicação: anual

Anexos Demonstrativo

XI Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesa de Capital

XIII Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

XIV Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos

Período Prazos para publicação

Jan/dez Até 30 de janeiro

Quadro 9 – Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária dos Pequenos Municípios, de publicação Anual.Fonte: BRASIL (2000).

O Relatório de Gestão Fiscal também é facultativo aos Municípios com menos de 50 mil habitantes, com publicação dos demonstrativos semestralmente, conforme segue.

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Pós-graduação

Prazos para publicação do Relatório de Gestão Fiscal do Poder Executivo

PODERES EXECUTIVOS DOS MUNICÍPIOS COM POPULAÇÃO INFERIOR A CINQUENTA MIL HABITANTES

Primeiro Semestre

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Até o dia 30 de julho

Anexo II - Demonstrativo da Dívida Consolidada

Anexo III - Demonstrativo de Garantias e Contragarantias de Valores

Anexo IV - Demonstrativo de Operações de Crédito

Anexo VIII - Demonstrativo de Limites

Segundo Semestre

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Até o dia 30 de janeiro do ano subsequente ao de referência

Anexo II - Demonstrativo da Dívida Consolidada

Anexo III - Demonstrativo de Garantias e Contragarantias de Valores

Anexo IV - Demonstrativo de Operações de Crédito

Anexo V - Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa

Anexo VI - Demonstrativo dos Restos a Pagar

Anexo VII - Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão Fiscal

Anexo VIII - Demonstrativo de Limites

Quadro 10: Relatórios de Gestão FiscalFonte: BRASIL (2000).

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As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

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Prazos para publicação do Relatório de Gestão Fiscal do poder Legislativo

PODER LEGISLATIVO DOS MUNICÍPIOS COM POPULAÇÃO INFERIOR A CINQUENTA MIL HABITANTES

Primeiro Semestre

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal Até o dia 30 de julho

Segundo Semestre

Composição do Relatório de Gestão Fiscal Prazo para Publicação

Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Até o dia 30 de janeiro do ano subsequente ao de referência

Anexo V - Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa

Anexo VI - Demonstrativo dos Restos a Pagar

Anexo VII - Demonstrativo da Despesa com Serviços de Terceiros

Anexo VIII - Demonstrativo de Limites

Quadro 11 – Relatórios de Gestão Fiscal e Prazos para os Municípios com menos de 50 mil habitantesFonte: BRASIL (2000).

O descumprimento desses prazos sujeita o ente às sanções previstas no art. 51, § 2°, da Lei de Responsabilidade Fiscal, que dispõe:

O descumprimento desses prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferência voluntária e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Transferência voluntária e operações de crédito

A transferência voluntária pode ser entendida como entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, desde que não decorra de determinação constitucional, legal ou destinados ao Sistema Único de Saúde.

Operações de crédito, por sua vez, referem-se à operação de empréstimo ou de financiamento realizada por entidade da administração pública, direta ou indireta, com o objetivo de captar recursos (capital, bens ou serviços) para a realização de seus projetos ou empreendimentos.

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Pós-graduação

As restrições embutidas nesses conceitos são restrições sérias para um Município, pois podem prejudicar sua situação financeira, bem como a própria capacidade de realização do plano de governo. No aspecto político, a imagem de bom gestor do ocupante do cargo pode ser prejudicada. O que resta descobrir é até que ponto as sanções estão sendo aplicadas.

É de responsabilidade do Poder Executivo da União fazer e divulgar a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas públicas até 30 de junho, referente ao ano anterior. Lembramos que os Municípios, por força do art. 51, § 1°, devem encaminhar à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) suas contas até 30 de abril. Já os Estados têm até 31 de maio.

Após as datas anteriormente citadas, a Secretaria do Tesouro Nacional tem até 30 de junho para consolidação e publicação. Percebam que os prazos para que a União e os Estados-Membros remetam contas para uso dos Municípios foram

“esquecidos”, e isso afeta o tratamento igualitário para o pacto federativo.

O descumprimento desse artigo acarreta as mesmas sanções mencionadas no art. 51, § 2: “não recebimento de transferências voluntárias nem realização de operações de crédito.”

Uma vez não cumprido o que pede a legislação, o gestor não perde o direito de manter a Prefeitura, no entanto, não receberá apoio federal ou estadual para construções ou empréstimos financeiros liberados por Bancos.

É conveniente refletir sobre as razões que fazem com que os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios enviem suas contas para a Secretaria do Tesouro Nacional e a União, sem que esta seja obrigada a mandar suas contas para as Secretarias de Fazenda ou de Finanças de Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios. Diante disso, pense: onde está a reciprocidade no pacto federativo?

Existe ainda o processo de fiscalização a que os Municípios estão sujeitos pelos Tribunais de Contas. Os Tribunais de Contas examinarão os diversos demonstrativos contábeis remetidos pelos Municípios, Estados, Distrito Federal e União e emitirão parecer indicando aprovação ou rejeição das contas.

A partir de 2003, pode-se contar com a auditoria por sorteios. Esta é praticada pela Controladoria Geral da União e atinge apenas os Municípios que receberam transferências voluntárias da União. Não entram nesses sorteios os órgãos da União, dos Estados-Membros ou do Distrito Federal. Essas auditorias são fortes e desmoralizantes, no que diz respeito aos técnicos, gestores e Prefeitos por ela(s) atingida(s), pois as contas são analisadas minuciosamente na sua totalidade.

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As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

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Nesse ponto, uma reflexão que se faz necessária é sobre a parcialidade envolvida, principalmente, diante da distante, precária ou inexistente assistência técnica aos Municípios até agora disponibilizada pela União, na forma prevista pelo art. 64 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A sanção pessoal ao administrador público relativas ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal no que tange aos relatórios é o pagamento de uma multa com valor de 30% dos vencimentos anuais. Esta multa deve ser aplicada no caso do administrador não divulgar ou não enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o Relatório de Gestão Fiscal, nos prazos e condições estabelecidos em Lei. O pagamento da multa é de responsabilidade pessoal, ou seja, ela é aplicada ao administrador, de quem lhe deu causa (inciso I do art. 5° da Lei n° 1.079, de 10 de abril de 1950).

O final do mandato e início do subsequente é o período em que ocorre o maior volume de denúncias de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essas denúncias são dirigidas às promotorias da moralidade administrativa do Ministério Público e ao Tribunal de Contas e buscam desqualificar os gestores que praticaram atos de gestão fiscal sem atender as determinações previstas nessa Lei.

Referências

BRASIL. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

_____. Lei n° 1.079, de 10 de abril de 1950. Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.

_____. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n°. 577, de 15 de outubro de 2008. Aprova a 1ª edição do Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/portaria577.pdf>. Acesso em 13 set. 2011.

Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Coordenação-Geral de Contabilidade. Relatório de Gestão Fiscal: manual de elaboração. 4. ed. Brasília: STN, 2004.

Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação-Geral de Contabilidade. Relatório Resumido da Execução Orçamentária: manual de elaboração. 4. ed. Brasília: STN, 2004.

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Conselho de Gestão Fiscal: elo para convergência técnica3

Flávio da CruzLuiz Selhorst

O Conselho de Gestão Fiscal tem por finalidade estabelecer diretrizes gerais para o acompanhamento e a avaliação permanente da política e da operacionalidade da gestão fiscal. Esse Conselho é constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade.

Os incisos do art. 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal descrevem as funções desse Conselho:

I. harmonização e coordenação entre os entes da Federação;

II. disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;

III. adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal, de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social;

IV. divulgação de análises, estudos e diagnósticos.

O Conselho de Gestão Fiscal possui a missão de descobrir as causas e os efeitos advindos pela diferença entre o resultado previsto e o resultado alcançado, cuja visão terá de estar sempre banalizada pelo consenso técnico entre entes da federação em seus diferentes níveis, atuando na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Gostaríamos de ressaltar um fato curioso no tocante a esse Conselho: a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 50, muito antes de mencionar o Conselho de Gestão Fiscal, determinava que, enquanto ele não estivesse funcionando, a responsabilidade pela edição de normas gerais para consolidação das contas públicas seria o órgão central de contabilidade da União. Dentre os técnicos estaduais e municipais em finanças, isto representa com clareza o propósito em se retardar intencionalmente a sua implantação.

3 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Conselho de Gestão Fiscal: elo para convergência técnica. In: CRUZ, Flávio da, Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 62-64. Livro digital.

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As regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para a transparência e instrumentos legais da gestão de responsabilidade fiscal

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Conforme cita o art. 3° do Projeto de Lei n° 3.744, encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional em 10 de novembro de 2000 (MSC-1658/2000), o Conselho de Gestão Fiscal deverá ser composto da seguinte forma:

Art. 3° O Conselho de Gestão Fiscal terá a seguinte composição:

• quatro representantes da União, sendo um do Poder Executivo, um do Poder Legislativo, um do Poder Judiciário e um do Ministério Público da União;

• quatro representantes dos Estados e do Distrito Federal, sendo um do Poder Executivo, um do Poder Legislativo, um do Poder Judiciário e um do Ministério Público;

• quatro representantes dos Municípios, sendo dois do Poder Executivo e dois do Poder Legislativo;

• um representante de cada uma das seguintes entidades:

a. Conselho Federal de Administração;

b. Conselho Federal de Contabilidade;

c. Conselho Federal de Economia;

d. Ordem dos Advogados do Brasil.

Convém assinalar que esta redação não é a original, e sim a de um substitutivo apresentado na Câmara Federal pelo Deputado José Múcio Monteiro, pois, na original, a Ordem dos Advogados do Brasil não aparecia.

Existem outros substitutivos: um deles é de 23 de outubro de 2006, de autoria do Deputado Luciano Castro, com a tônica é propor um equilíbrio na representatividade dos entes federativos.

E isso se contrapõe à proposta encaminhada pelo Poder Executivo, onde a União predomina sobre a representatividade de Estados-membros e Municípios. Partindo desse pressuposto, o esforço da bancada governista em encaminhar a proposta ao Parlamento, com pedido de urgência foi em vão.

Bancada governista

Bancada governista são os deputados e senadores que, no Congresso Nacional, dão sustentação e apoio ao governo.

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Pós-graduação

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Lei n° 10.028, de 19 de outubro de 2000. Dispõe sobre a punição para as improbidades administrativas e para as irresponsabilidades fiscais.

______. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Coordenação-Geral de Contabilidade. Relatório de Gestão Fiscal: manual de elaboração. 4. ed. Brasília: STN, 2004.

Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação-Geral de Contabilidade. Relatório Resumido da Execução Orçamentária: manual de elaboração. 4. ed. Brasília: STN, 2004.

Atividades de Autoaprendizagem

1. Dentre os instrumentos da transparência das contas públicas, dois fazem parte das novidades trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Assinale a alternativa CORRETA que contém esses instrumentos:

a. ( ) Plano de Incentivo à Cultura.

b. ( ) RREO e RGF.

c. ( ) Prestação de contas e respectivo parecer prévio (do Tribunal de Contas).

d. ( ) Lei de diretrizes do uso do solo e lei dos resíduos sólidos.

e. ( ) Plano diretor e planta baixa de valores.

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Atividade colaborativa

1. Dada a dimensão continental do País e pelos aspectos culturais envolvidos, cabe somente à União, por seus órgãos de controle e porque concentra as receitas, fiscalizar os gestores de outras esferas de governo. Deveria existir reciprocidade onde as contas fossem e viessem e todos deveriam fiscalizar todos? Publique sua resposta na ferramenta Exposição.

Síntese

Dentre os mecanismos de transparência fiscal há os formalmente exigidos e com modelos preestabelecidos. São os relatórios impositivos estabelecidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que se dividem em dois grandes grupamentos: relatórios da gestão fiscal e relatório resumido da execução orçamentária.

Têm-se os relatórios resumidos da execução orçamentária, que seguem o determinado pelas Portarias 440 e 441, combinadas com as 470 e 471, todas do ano de 2004 (novidade técnica para prospecção e monitoramento das metas fiscais). Também pelas mesmas portarias, existem outros relatórios denominados como sendo de gestão fiscal.

Existem prazos rígidos para que os Estados e os Municípios, além do Distrito Federal, remetam os relatórios para a Secretaria do Tesouro Nacional e esta possa consolidá-los, de maneira a formar relatórios conjugados e outras informações para o setor público estatal brasileiro.

Quando o prazo é descumprido, há sanções para a pessoa do Prefeito ou do Governador e, principalmente, para o órgão público envolvido. A penalização é imediata para a entidade, que perde o acesso às transferências voluntárias. É discutível em caso de pessoa física, como do Prefeito ou Governador, pois estes possuem direito ao contraditório, bem como a ampla defesa, como assegurado na Constituição Federal.

Ao final desta unidade, você conseguiu perceber que a Lei de Responsabilidade Fiscal, de forma geral, tem por finalidade proteger a saúde financeira do Brasil. Evidente, que ainda há muito a se fazer, pois esse não é um assunto esgotado, tem suas limitações que devem ser aperfeiçoadas. Mas, já é um grande avanço!

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Saiba Mais

Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

SANTA CATARINA. Guia da Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei Complementar n° 101/2000. Florianópolis: Edição Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, 2001.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

Unidade 4

Objetivos de Aprendizagem

• Conhecer os relatórios resumidos da execução orçamentária, exigidos diretamente pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

• Compreender o conteúdo que deve constar em cada demonstração exigida.

• Criar juízo de valor acerca da oportunidade em acrescentar ou reduzir dados que pessoalmente lhe pareçam relevantes ao contexto.

Introdução

A qualidade da escrituração é ditada pelos procedimentos acessórios implementados e, principalmente, pela veracidade e fidedignidade e oportunidade dos dados registrados no sistema de contas públicas estatais.

Sem atendimento dos aspectos qualitativos acima listados e o respeito a alguns pré-requisitos próprios de cada comunidade, as contas poderão ser consolidadas e representar, de fato, por meio dos balanços, a síntese daquilo efetivamente realizado.

Portanto, existem pré-requisitos essenciais para aceitação normal dos dados que irão compor os relatórios. Presume-se, nesta unidade e nas abordagens que todos os relatórios e seus dados tenham atendido o aspecto qualitativo. O relatório resumido da execução orçamentária é detalhado por quatorze demonstrativos onde alguns, exatamente uma dezena, está beneficiada pela expansão do prazo de divulgação. O preenchimento dos demonstrativos é de um bom grau de complexidade porque envolve as composições internas das colunas e linhas, cuja renovação é anual.

Outra complexidade é a linguagem técnica ditada pelo tesouro nacional deter um bom afastamento em relação ao que é dominado pelos técnicos municipais e, mais distante ainda, do domínio popular.

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Pós-graduação

Diante dos detalhes específicos e da complexidade envolvida, a unidade 4 oferece o endereço eletrônico para consulta ao manual específico (renovado a cada ano) que é disponibilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional e apresenta a estrutura dos demonstrativos.

O relatório da gestão fiscal é detalhado por oito demonstrativos, nos quais os mesmos problemas causados pela complexidade estão presentes: situação do caixa, situação evolutiva das despesas com pessoal, características do endividamento e suas garantias é o que mais interessa nesse relatório.

Por último, ao finalizar a unidade faz-se algumas considerações na tentativa de conduzir o aluno ou a aluna para uma análise minimamente reflexiva e levemente concreta do conteúdo expresso pelos demonstrativos que são peças contábeis sintéticas da execução orçamentária ou da gestão fiscal. O foco é esclarecer que a vida humana envolve outras dimensões, fora do reducionismo da visão econômica.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

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Escrituração e consolidação das contas1

Flavio da CruzLuiz Selhorst

A escrituração de atos e fatos administrativos foi apontada como sendo a atribuição fundamental da contabilidade. A Lei de Responsabilidade Fiscal também dispôs sobre condições para a escrituração contábil no setor público estatal.

Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará também as que seguem:

• a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que fiquem identificados e estruturados, de forma individualizada, os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória;

• a despesa e a assunção de compromisso serão registrados pelo regime de competência (registro da data da ocorrência da despesa ou assunção da obrigação), apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

• as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente (consolidação), as transações e operações da administração direta, autarquias, fundações, fundos e empresas estatais dependentes;

• as receitas e despesas da previdência social serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos;

• as operações de crédito, as inscrições em restos a pagar e os demais compromissos com terceiros deverão ser escriturados de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, no mínimo, a natureza e o tipo de credor;

• a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos.

Recomenda-se a manutenção de uma conta bancária vinculada, para a movimentação dos recursos provenientes dessas alienações.

Destaca-se que, das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais. Com isso, a Lei visa evitar dupla contagem, quando evidenciadas essas operações; e, ainda, a alternativa de aglutinação, se o relatório a ser gerado o exigir.

1 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Escrituração e consolidação das contas. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 69-108. Livro digital.

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A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas é de responsabilidade do Conselho de Gestão Fiscal, como previsto no art. 67. Contudo, enquanto não for criado e posto em funcionamento, caberá a edição ao órgão central de contabilidade da União (Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda).

A Lei também determina que a administração pública deva manter sistema de custos para permitir a avaliação e acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. O livro intitulado “Contabilidade de Custos para Entidades Estatais: metodologia e caso simulado” oferece condições técnicas para subsidiar os interessados na implantação de um sistema gerencial para custos no setor público. Somente o funcionamento do sistema, de tal forma que este seja capaz de aferir os custos unitários dos projetos e das atividades e seus componentes, poderá tornar estáveis os programas de redução de custos e contar com orçamentos realistas.

Os Municípios remeterão suas contas relativas ao exercício anterior ao Poder Executivo da União, com cópia ao Poder Executivo do respectivo Estado, até o dia trinta de abril. E os Estados as remeterão à União até trinta e um de maio.

O Poder Executivo da União, por sua vez, promoverá até o dia trinta de junho, a consolidação nacional e por esfera de governo e a sua divulgação, inclusive pela internet.

A inobservância desses prazos legais impedirá, até que a situação se regularize, que o ente da Federação receba transferências voluntárias, com exceção das transferências destinadas à saúde, educação e assistência social, bem como contrate operações de crédito, com exceção das referentes ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

Como vimos em nossos estudos, são os relatórios formais que fazem o elo entre os serviços de contabilidade do Distrito Federal, dos Estados-Membros e dos Municípios.

Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) Este texto tratará especificamente do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO). Com relação ao assunto tratará, entre outros, do:

• Balanço Orçamentário;

• Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção;

• Demonstrativo da Receita Corrente Líquida;

• Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Geral de Previdência Social;

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

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• Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos;

Trata-se de tema de ordem técnica que você precisará entender e dominar. Então, leia o texto com bastante atenção e reflita sobre como ele interfere na prática diária de um futuro especialista em Gestão de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com a Portaria n° 577, de 15/10/2008, da Secretaria do Tesouro Nacional, discriminada no quadro a seguir há dezoito demonstrativos que resumem a execução orçamentária, o que, por si só, pode ser assustador - pontua-se, aqui, a quantidade de demonstrativos a serem preenchidos.

Em sua opinião, o conteúdo atinge o propósito de simplificação e transparência esboçado pela Lei de Responsabilidade Fiscal?

Observe que, conforme o ente federado, o preenchimento dos demonstrativos poderá ter mais de uma opção, como é o caso do Anexo X, onde são expostas as Receitas e Despesas com a manutenção e o desenvolvimento do ensino.

Os dados das tabelas a seguir foram extraídos do site do Tesouro Nacional, volume II da Portaria n° 577/2008.

Identificação do anexo Denominação

Tabela 1 - Balanço OrçamentárioRREO - Anexo I (LRF, Art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e §1º)

Tabela 2 - Demonstrativo da Execução dasDespesas por Função/Subfunção

RREO - Anexo II (LRF, Art. 52, inciso II, alínea “c”)

Tabela 3 - Demonstrativo da Receita Corrente Líquida RREO - Anexo III (LRF, Art. 53, inciso I)

Tabela 4 - Demonstrativo das Receitas e DespesasPrevidenciárias do Regime Geral de Previdência Social

RREO - Anexo IV (LRF, Art. 53, inciso II)

Tabela 5 - Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio de Previdência dos Servidores

RREO - Anexo V (LRF, Art. 53, inciso II)

Tabela 6 - Demonstrativo do Resultado Nominal RREO - ANEXO VI (LRF, art 53, inciso III)

Tabela 7 - Demonstrativo do Resultado Primário RREO - ANEXO VII (LRF, art 53, inciso III)

Tabela 8 - Demonstrativo do Resultado Primário da União RREO - ANEXO VIII (LRF, art 53, inciso III)

Tabela 9 - Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão RREO - ANEXO IX (LRF, art. 53, inciso V)

Tabela 10 - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE - ESTADOS

RREO - ANEXO X (LDB, art. 72)

continua...

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Pós-graduação

Identificação do anexo Denominação

Tabela 11 - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE - MUNICÍPIO

RREO - ANEXO X (LDB, art. 72)

Tabela 12 - Demonstrativo das Receitas deOperações de Crédito e Despesas de Capital

RREO – ANEXO XI (LRF, art.53, § 1º, inciso I)

Tabela 13 - Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Geral de Previdência Social

RREO – ANEXO XII (LRF, art. 53, § 1º, inciso II)

Tabela 14 - Demonstrativo da Projeção Atuarial doRegime Próprio de Previdência dos Servidores

RREO – ANEXO XIII (LRF, art. 53, § 1º, inciso II)

Tabela 15 - Demonstrativo da Receita deAlienação de Ativos e Aplicação dos Recursos

RREO – ANEXO XIV (LRF, art. 53, § 1º, inciso III )

Tabela 16 - Demonstrativo dasDespesas com Saúde - União

RREO – ANEXO XV (ADCT, art. 77)

Tabela 17 - Demonstrativo das Despesas com Saúde –Estados, Distrito Federal e Municípios

RREO – ANEXO XVI (ADCT, art. 77)

Demonstrativo das Parcerias Público PrivadasRREO - Anexo XVII (Lei nº 11.079, de30.12.2004, arts. 22, 25 e 28)

Tabela 18 - Demonstrativo Simplificado doRelatório Resumido da Execução Orçamentária

RREO - Anexo XVIII (LRF, Art. 48)

Quadro 1 – Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária previstos na Lei de Responsabilidade FiscalFonte: Brasil (2010).

É prudente que se tenha em mente a possibilidade de mudanças na denominação e na numeração dos diversos demonstrativos, além da criação de outros.

Em todos os demonstrativos, será permitido o desdobramento das informações quando for julgado necessário, a fim de melhorar a transparência.

Instruções detalhadas sobre o conteúdo: para saber sobre o preenchimento do relatório

Acerca da forma de preenchimento, deve ser consultado o “Manual Completo e Atualizado”, sendo que o mesmo pode ser obtido por via eletrônica ou por solicitação formal junto aos endereços:

<http://www.stn.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp>

<http://www.planalto.gov.br/legislacao>

<http://www.tesouro.gov.br>

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

73

Balanço Orçamentário

O Balanço Orçamentário apresenta as receitas por fonte, informando as realizadas e as a realizar bem como a previsão inicial e a atualizada. Apresenta, também, as despesas pelos grupos de natureza, discriminando a dotação inicial e os créditos adicionais; a dotação atualizada; as despesas empenhadas; as liquidadas e o saldo.

Convém destacar que, para chegar-se ao valor da receita atualizada, devem-se considerar as modificações na previsão, determinadas pelas revisões das metas fiscais. E, para chegar-se às dotações atualizadas, é preciso considerar as anulações inerentes a cada dotação (embutidas nos créditos adicionais). Isto permite um acompanhamento bimestral do comportamento das receitas e despesas do ente, observando-se se as mesmas estão seguindo as previsões e gerando déficit ou superávit orçamentário.

Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária deverão constar, destacadamente, nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida. Deve-se ter presente que os compartimentos da receita e da despesa orçamentária possuem detalhamento especial, em função de assumirem diferentes estágios, e estes não sere m concomitantes. Além disso, a receita obedece ao regime de caixa; e a despesa, ao regime de competência.

Acompanhe a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

BALANÇO ORÇAMENTÁRIOORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – ANEXO I (LRF, Art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º) R$ 1,00

RECEITAS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA

(a)

RECEITAS REALIZADAS SALDO A REALIZAR

(a-c)

No Bimestre (b)

%(b/a)

Até o Bimestre (c)

% (c/a)

RECEITAS(EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (I)RECEITAS CORRENTES

RECEITA TRIBUTÁRIAImpostosTaxasContribuição de Melhoria

continua...

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74

Pós-graduação

RREO – ANEXO I (LRF, Art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º) R$ 1,00

RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES

Contribuições SociaisContribuições Econômicas

RECEITA PATRIMONIALReceitas ImobiliáriasReceitas de Valores MobiliáriosReceita de Concessões e PermissõesOutras Receitas Patrimoniais

RECEITA AGROPECUÁRIAReceita da Produção VegetalReceita da Produção Animal e DerivadosOutras Receitas Agropecuárias

RECEITA INDUSTRIALReceita da Indústria de TransformaçãoReceita da Indústria de ConstruçãoOutras Receitas Industriais

RECEITA DE SERVIÇOS

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

Transferências IntergovernamentaisTransferências de Instituições PrivadasTransferências do ExteriorTransferências de PessoasTransferências de ConvêniosTransferências para o Combate à Fome

OUTRAS RECEITAS CORRENTES

Multas e Juros de MoraIndenizações e RestituiçõesReceita da Dívida AtivaReceitas Correntes Diversas

RECEITAS DE CAPITALOPERAÇÕES DE CRÉDITO

Operações de Crédito InternasOperações de Crédito Externas

ALIENAÇÃO DE BENSAlienação de Bens MóveisAlienação de Bens Imóveis

AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOSTRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL

TransferênciasIntergovernamentaisTransferências de Instituições PrivadasTransferências do Exterior

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

75

RREO – ANEXO I (LRF, Art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º) R$ 1,00

Transferências de PessoasTransferências de Outras Instit. PúblicasTransferências de ConvêniosTransferências para o Combate à Fome

OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

Integralização do Capital SocialDív. Ativa Prov. da Amortiz. Emp. e Financ.RestituiçõesReceitas de Capital Diversas

RECEITAS (INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (II)

SUBTOTAL DAS RECEITAS (III) = (I + II)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO/REFINANCIAMENTO (IV)

Operações de Crédito Internas

MobiliáriaContratual

Operações de Crédito Externas

MobiliáriaContratual

SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (V) = (III + IV)

DÉFICIT (VI) - - - - - -

TOTAL (VII) = (V + VI) - -

SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (UTILIZADOS PARA CRÉDITOS ADICIONAIS)

- - - - -

DESPESAS DOTAÇÃO INICIAL

(d)

CRÉDITOS ADICIONAIS

(e)

DOTAÇÃO ATUALIZADA

(f) = (d + c)

DESPESAS EMPENHADAS

DESPESAS LIQUIDADAS SALDO A LIQUIDAR

(f – g)

No Bimestre

Até o Bimestre

No Bimestre

Até o Bimestre (g)

%(g/f)

DESPESAS(EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (VIII)

DESPESAS CORRENTESPESSOAL E ENCARGOS SOCIAISJUROS E ENCARGOS DA DÍVIDAOUTRAS DESPESAS CORRENTES

DESPESAS DE CAPITALINVESTIMENTOSINVERSÕES FINANCEIRASAMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

RESERVA DE CONTINGÊNCIARESERVA DO RPPS

DESPESAS (INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (IX)

continua...

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76

Pós-graduação

RREO – ANEXO I (LRF, Art. 52, inciso I, alíneas “a” e “b” do inciso II e § 1º) R$ 1,00

SUBTOTAL DAS DESPESAS (X) = (VIII + IX)

AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA/REFINANCIAMENTO (XI)

Amortização da Dívida Interna

Dívida MobiliáriaOutras Dívidas

Amortização da Dívida Externa

Dívida MobiliáriaOutras Dívidas

SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (XII) = (X + XI)

SUPERAVIT (XIII) - - - - - - - -

TOTAL (XIV) = (XII + XIII)

Quadro 2 - Balanço OrçamentárioFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção

O Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção apresenta as despesas orçamentárias realizadas nas vinte e oito funções de governo (mais a reserva de contingência), de acordo com a classificação funcional estabelecida pela Portaria n° 42/99. Discrimina:

• a dotação inicial e a atualizada;

• as despesas empenhadas;

• as liquidadas; e

• o saldo.

O demonstrativo permite o acompanhamento bimestral do comportamento das despesas do ente, observando as prioridades das despesas em relação às funções e às subfunções de governo.

A função expressa o maior nível de agregação das ações da administração pública nas diversas áreas de despesa que competem ao setor público.

A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas. Este demonstrativo deverá conter cada função, detalhada por subfunções diretamente ligadas à função, e subfunções atípicas, quando esta é utilizada por outra função.

Veja a seguir.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

77

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃO/SUBFUNÇÃOORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – Anexo II (LRF, Art. 52, inciso II, alínea “c”) R$ 1,00

FUNÇÃO/SUBFUNÇÃO DOTAÇÃOINICIAL

DOTAÇÃOATUALIZADA

(a)

DESPESASEMPENHADAS

DESPESAS LIQUIDADAS SALDO ALIQUIDAR

(a – b)No

BimestreAté o

BimestreNo

BimestreAté o

Bimestre(b)

%(b/total

b)

%(b/a)

DESPESAS (EXCETO

INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (I)

LEGISLATIVA

JUDICIÁRIA

ESSENCIAL À JUSTIÇA

ADMINISTRAÇÃO

DEFESA NACIONAL

SEGURANÇA PÚBLICA

RELAÇÕES EXTERIORES

ASSISTÊNCIA SOCIAL

PREVIDÊNCIA SOCIAL

SAÚDE

TRABALHO

EDUCAÇÃO

CULTURA

DIREITOS DA CIDADANIA

URBANISMO

HABITAÇÃO

SANEAMENTO

GESTÃO AMBIENTAL

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

AGRICULTURA

ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA

INDÚSTRIA

COMÉRCIO E SERVIÇOS

COMUNICAÇÕES

ENERGIA

TRANSPORTE

DESPORTO E LAZER

ENCARGOS ESPECIAIS

RESERVA DE CONTINGÊNCIA

RESERVA DO RPPS

DESPESAS

(INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (II)

TOTAL (III) = (I + II)

Quadro 3 - Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/ SubfunçãoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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78

Pós-graduação

Demonstrativo da Receita Corrente Líquida

O Demonstrativo da Receita Corrente Líquida apresenta a apuração da Receita Corrente Líquida (RCL) dos últimos 12 meses, conforme o inciso IV do art. 2° da Lei de Responsabilidade Fiscal. Neste, podem ser observados:

• os elementos do cálculo da Receita Corrente Líquida;

• sua evolução; e

• a previsão do seu desempenho até o final do exercício.

A Receita Corrente Líquida é fundamental para a apuração de vários limites legais, sendo importante conhecer o seu comportamento.

ConceitoEntende-se como Receita Corrente Líquida o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, consideradas algumas deduções.

Na União, as deduções são as seguintes:

• valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal;

• contribuições sociais para a seguridade social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

• contribuições sociais para a seguridade social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social;

• arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP).

Na União, nos Estados e nos Municípios, são deduzidas:

• a contribuição dos servidores para o custeio de seu sistema de previdência e assistência social;

• as receitas provenientes da compreensão financeira dos diversos regimes de previdência social, na contagem recíproca do tempo de contribuição

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

79

na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, desde que estas receitas estejam adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem.

Segundo o manual emitido pela Secretaria do Tesouro Nacional, não existe a obrigatoriedade de ser atualizada a receita evolutiva dos últimos doze meses. O que se atualiza, de acordo com o disposto nos arts. 9° e 52 da Lei de Responsabilidade Fiscal, é apenas a coluna “PREVISÃO ATUALIZADA”, isto porque é necessário revisar, constantemente, as metas fiscais, inclusive revendo a receita.

Veja a seguir o demonstrativo da receita corrente líquida.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDAORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – ANEXO III (LRF, Art. 53, inciso I) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO EVOLUÇÃO DA RECEITA REALIZADA NOS ÚLTIMOS 12 MESES TOTAL(ÚLTIMOS 12 MESES)

PREVISÃOATUALIZADAEXERCÍCIO

<MR – 11> <MR – 11><MR – 10> <MR – 9> <MR – 8> <MR – 7> <MR – 6> <MR – 5> <MR – 4> <MR – 3> <MR – 2> <MR >

RECEITAS CORRENTES (I)Receita TributáriaReceita de ContribuiçõesReceita PatrimonialReceita AgropecuáriaReceita IndustrialReceita de ServiçosTransferências CorrentesOutras Receitas Correntes

DEDUÇÕES (II)Transferências Constitucionais e LegaisContrib. Empregadores e Trab. para Seg. SocialContrib. Plano Prev. Assist. Social do ServidorContrib. para o Custeio das Pensões MilitaresCompensação Financ. entre RegimesPrevidênciaDedução de Receita para Formação do FUNDEBContribuições para PIS/PASEP

PISPASEP

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (III) = (I – II)

Quadro 4 - Demonstrativo da Receita Corrente LíquidaFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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80

Pós-graduação

Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Geral de Previdência Social

O Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Geral de Previdência Social tem a finalidade de assegurar o nível de transparência, ao expor as receitas e respectivas despesas relativas ao regime geral previdenciário administrado pela União, por meio do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social. Admite a participação de ente estatal municipal, estadual ou federal, que tenha em seus quadros servidores neste regime.

Veja a seguir o Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Geral de Previdência Social.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – ANEXO IV (LRF, art. 53, inciso II) R$ milhares

RECEITAS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃOATUALIZADA

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS(EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (I)

Contribuições de Empregadores e Trabalhadores para a Previdência SocialOutras Receitas Previdenciárias

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS(INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (II)

TOTAL DAS RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS – RGPS (III) = (I + II)

DESPESAS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃOATUALIZADA

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS(EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (IV)

Benefícios Previdenciários do Governo Federal

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS(INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (V)

TOTAL DAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS – RGPS (VI) = (IV+V)

RESULTADO PREVIDENCIÁRIO (VII) = (III – VI)

Quadro 5 – Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Geral de Previdência SocialFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

81

Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos

O Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos apresenta receita, despesas e saldo de aplicações financeiras do regime próprio dos servidores públicos. Permite conhecer as receitas e despesas previdenciárias e sua evolução no período, de modo a prever o comportamento do resultado (receita-despesa), que pode ser positivo ou negativo, acarretando dificuldades orçamentárias e financeiras.

Acompanhe a seguir.

RREO – Anexo V (LRF, Art. 53, inciso II) R$ 1,00

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃOATUALIZADA

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

(EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (I)RECEITAS CORRENTES

Receita de ContribuiçõesPessoal Civil

Contribuição de Servidor Ativo CivilContribuição de Servidor Inativo CivilContribuição de Pensionista Civil

Pessoal MilitarContribuição de Militar AtivoContribuição de Militar InativoContribuição de Pensionista Militar

Receita PatrimonialReceitas ImobiliáriasReceitas de Valores MobiliáriosOutras Receitas Patrimoniais

Receita de ServiçosOutras Receitas Correntes

Compensação Previdenciária do RGPS para o RPPSOutras Receitas Correntes

RECEITAS DE CAPITALAlienação de BensAmortização de EmpréstimosOutras Receitas de Capital

(–) DEDUÇÕES DA RECEITARECEITAS PREVIDENCIÁRIAS – RPPS

(INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (II)

REPASSES PREVIDENCIÁRIOS PARA COBERTURA DE DÉFICITATUARIAL – RPPS (III)REPASSES PREVIDENCIÁRIOS PARA COBERTURA DE DÉFICITFINANCEIRO – RPPS (IV)OUTROS APORTES AO RPPS (V)

TOTAL DAS RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS – RPPS (VI) = (I + II + III + IV + V)

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃOATUALIZADA

DESPESAS LÍQUIDAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

continua...

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82

Pós-graduação

RREO – Anexo V (LRF, Art. 53, inciso II) R$ 1,00

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS – RPPS(EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (VII)

ADMINISTRAÇÃODespesas CorrentesDespesas de Capital

PREVIDÊNCIA SOCIALPessoal CivilAposentadoriasPensõesOutros Benefícios PrevidenciáriosPessoal MilitarReformasPensõesOutros Benefícios PrevidenciáriosOutras Despesas PrevidenciáriasCompensação Previdenciária do RPPS para o RGPSDemais Despesas Previdenciárias

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS – RPPS(INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (VIII)RESERVA DO RPPS (IX)

TOTAL DAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS – RPPS(X) = (VII + VIII + IX)

RESULTADO PREVIDENCIÁRIO – RPPS (XI) = (VI – X)

SALDO DA DISPONIBILIDADE FINANCEIRA E INVESTIMENTOS DO RPPS

<MÊS ANTERIOR> PERÍODO DE REFERÊNCIA

<Exercício> <Exercício Anterior>

CaixaBancos Conta MovimentoInvestimentos

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS – RPPS

PREVISÃO INICIAL

PREVISÃOATUALIZADA

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

RECEITAS CORRENTESReceita de Contribuições

Pessoal CivilContribuição Patronal de Servidor Ativo CivilContribuição Patronal de Servidor Inativo CivilContribuição Patronal de Pensionista Civil

Pessoal MilitarContribuição Patronal de Militar AtivoContribuição Patronal de Militar InativoContribuição Patronal de Pensionista MilitarContribuição Previdenciária para Cobertura de Déficit AtuarialContribuição Previdenciária em Regime de Débitos e Parcelamentos

Receita PatrimonialOutras Receitas Correntes

RECEITAS DE CAPITALAlienação de BensAmortização de EmpréstimosOutras Receitas de Capital

(–) DEDUÇÕES DA RECEITATOTAL DAS RECEITAS PREVIDENCIÁRIASINTRA-ORÇAMENTÁRIAS

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS – RPPS

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃOATUALIZADA

DESPESAS LIQUIDAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

83

RREO – Anexo V (LRF, Art. 53, inciso II) R$ 1,00

ADMINISTRAÇÃODespesas CorrentesDespesas de Capital

TOTAL DAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIASINTRA-ORÇAMENTÁRIAS

Quadro 6 - Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores PúblicosFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo do Resultado Nominal

O Demonstrativo do Resultado Nominal apresenta a apuração do resultado nominal do bimestre e no ano (período decorrido no exercício atual). Apresenta valores da dívida consolidada, receita de privatizações e passivos reconhecidos. É útil na verificação do cumprimento de metas de resultado estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, que, quando não alcançado, exige limitações de empenho e movimentação financeira do ente, a fim de evitar possíveis dificuldades financeiras.

Veja o Demonstrativo.

<ENTE DA FEDERAÇÃO >RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINALORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – Anexo VI (LRF, art 53, inciso III) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO SALDO

Em 31/Dez/<ExercícioAnterior> (a)

Em <Bimestre Anterior> (b) Em <Bimestre> (c)

DÍVIDA CONSOLIDADA (I)DEDUÇÕES (II)

Ativo DisponívelHaveres Financeiros(-) Restos a Pagar Processados

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (III) = (I – II)RECEITA DE PRIVATIZAÇÕES (IV)PASSIVOS RECONHECIDOS (V)

DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA (VI) = (III + IV – V)

ESPECIFICAÇÃO PERÍODO DE REFERÊNCIA

No Bimestre (c – b) Até o Bimestre (c – a)

RESULTADO NOMINAL

DISCRIMINAÇÃO DA META FISCAL VALOR CORRENTE

META DE RESULTADO NOMINAL FIXADA NO ANEXO DE METAS FISCAIS DALDO P/ O EXERCÍCIO DE REFERÊNCIA

REGIME PREVIDENCIÁRIO

ESPECIFICAÇÃO SALDO

Em 31/Dez/<Exercício Anterior>

Em <BimestreAnterior>

Em <Bimestre>

continua...

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84

Pós-graduação

RREO – Anexo VI (LRF, art 53, inciso III) R$ 1,00

DÍVIDA CONSOLIDADA PREVIDENCIÁRIA (VII)DEDUÇÕES (VIII)

Ativo DisponívelInvestimentosHaveres Financeiros(-) Restos a Pagar Processados

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDAPREVIDENCIÁRIA (IX) = (VII – VIII)PASSIVOS RECONHECIDOS (X)

DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA PREVIDENCIÁRIA(XI) = (IX – X)

Quadro 7 - Demonstrativo do Resultado NominalFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo do Resultado Primário

O Demonstrativo do Resultado Primário apresenta a apuração do resultado primário no bimestre, nos últimos 12 meses e no período referente ao ano anterior. O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas não financeiras.

É útil para verificação do cumprimento de metas de resultado estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, que, quando não alcançado, exige limitações de empenho e movimentação financeira do ente, de modo a evitar possíveis dificuldades financeiras.

Convém observar que esse anexo sofreu modificações estruturais. Tais mudanças começaram a ser percebidas desde 2005, em função da utilização de portarias da Secretaria do Tesouro Nacional. Ainda podem ser percebidas publicações com conteúdo diferente do que consta aqui, isto devido à exiguidade de tempo que os entes estatais têm para fazer a adaptação aos novos modelos.

Obter o superávit primário talvez seja a principal meta, entre as que fazem parte do código de boa conduta do Fundo Monetário Internacional. Você pode averiguar a apresentação deste, consultando o livro Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada (citado nas referências).

É importante que se perceba ter existido mudança estrutural na apresentação dos componentes que integram o Demonstrativo do Resultado Primário. Nele, foi mantido o conceito de Receita Fiscal Líquida, subdividindo-o em receitas fiscais correntes e receitas fiscais de capital, alterando-se, assim, a forma de expressar as receitas de capital. Quanto à maneira de evidenciar a Despesa Fiscal Líquida, que, por sua vez, é subdivida em despesas fiscais correntes e despesas fiscais de capital, também se alterou a forma de evidenciação. Do confronto entre Receita Fiscal Líquida e Despesa Fiscal Líquida, surge o resultado.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

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A designação Receitas Fiscais Correntes foi alterada para Receitas Primárias Correntes. De consequência, as demais referências Receitas de Capital, Despesas Correntes e Despesas de Capital também são denominadas desta forma. Portanto, ao analisar uma série histórica, o leitor deve entender que se trata de expressões equivalentes.

Convém verificar que o Demonstrativo do Resultado Primário da União apresenta um grau de detalhamento maior do que o adotado pelos Estados e Municípios, em função de ser a União que estabelece a política monetária para as finanças públicas e ter o comando administrativo do Banco Central.

Acompanhe a seguir o Demonstrativo do Resultado Primário.

<ENTE DA FEDERAÇÃO >RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO – ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – ANEXO VII (LRF, art 53, inciso III) R$ 1,00

RECEITAS PRIMÁRIAS PREVISÃO ATUALIZADA

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

RECEITAS PRIMÁRIAS CORRENTES (I)Receitas TributáriasReceitas de Contribuições

Receitas PrevidenciáriasOutras Receitas de Contribuições

Receita Patrimonial LíquidaReceita Patrimonial(-) Aplicações Financeiras

Transferências CorrentesConvêniosOutras Transferências Correntes

Demais Receitas CorrentesDívida AtivaDiversas Receitas Correntes

RECEITAS DE CAPITAL (II)Operações de Crédito (III)Amortização de Empréstimos (IV)Alienação de Bens (V)Transferências de Capital

ConvêniosOutras Transferências de Capital

Outras Receitas de CapitalRECEITAS PRIMÁRIAS DE CAPITAL (VI) = (II – III – IV – V)

RECEITA PRIMÁRIA TOTAL (VII) = (I + VI)

DESPESAS PRIMÁRIAS DOTAÇÃO ATUALIZADA

DESPESAS LÍQUIDAS

No Bimestre Até o Bimestre / <Exercício>

Até o Bimestre / <Exercício Anterior>

continua...

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86

Pós-graduação

RREO – ANEXO VII (LRF, art 53, inciso III) R$ 1,00

DESPESAS CORRENTES (VIII)Pessoal e Encargos SociaisJuros e Encargos da Dívida (IX)Outras Despesas Correntes

DESPESAS PRIMÁRIAS CORRENTES (X) = (VIII – IX)DESPESAS DE CAPITAL (XI)

InvestimentosInversões Financeiras

Concessão de Empréstimos (XII)Aquisição de Título de Capital já Integralizado (XIII)Demais Inversões Financeiras

Amortização da Dívida (XIV)DESPESAS PRIMÁRIAS DE CAPITAL(XV) = (XI – XII – XIII – XIV)RESERVA DE CONTINGÊNCIA (XVI)RESERVA DO RPPS (XVII) - - -

DESPESA PRIMÁRIA TOTAL (XVIII) = (X + XV + XVI+XVII)

RESULTADO PRIMÁRIO (XIX) = (VII – XVIII)

SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES - -

DISCRIMINAÇÃO DA META FISCAL

META DE RESULTADO PRIMÁRIO FIXADA NO ANEXO DE METAS FISCAIS DA LDO PARA O EXERCÍCIO DE REFERÊNCIA

Quadro 8 - Demonstrativo do Resultado PrimárioFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Veja agora o Demonstrativo do Resultado Primário da União.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIADEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO DA UNIÃO

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – Anexo VIII (LRF, art 53, inciso III) R$ milhares

RECEITAS RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre /<Exercício>

Até o Bimestre /<Exercício Anterior>

RECEITA TOTALRECEITAS DO TESOURO NACIONAL (I)

Receita BrutaReceitas de Impostos

Impostos s/ Comércio ExteriorImpostos s/ Patrimônio e a RendaImpostos s/ Produção e Circulação

Receitas de ContribuiçõesDemais Receitas

Concessões de Serviços PúblicosParticipações e DividendosOutras

(-) Restituições(-) Incentivos Fiscais

RECEITAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (II)RECEITAS DO BANCO CENTRAL (III)

TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E MUNICÍPIOS (IV)

RECEITA TOTAL LÍQUIDA (V) = (I + II + III – IV)

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

87

RREO – Anexo VIII (LRF, art 53, inciso III) R$ milhares

DESPESAS DESPESAS PAGAS

No Bimestre Até o Bimestre /<Exercício>

Até o Bimestre /<Exercício Anterior>

DESPESA TOTALDESPESAS DO TESOURO NACIONAL (VI)

Pessoal e Encargos SociaisCusteio e de Capital

Despesa do FATSubsídios e Subvenções EconômicasBenefícios Assistenciais (LOAS/RMV)Outras Despesas de Custeio e de Capital

Transferências ao Banco CentralDESPESAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (VII)DESPESAS DO BANCO CENTRAL (VIII)

RESULTADO PRIMÁRIO [2] PERÍODO

No Bimestre Até o Bimestre /<Exercício>

Até o Bimestre /<Exercício Anterior>

RESULTADO PRIMÁRIO DA UNIÃO (IX) = (V – (VI + VII + VIII))Tesouro Nacional (X) = (I – VI)Previdência Social – RGPS [3] (XI) = (II – VII)Banco Central [4] (XII) = (III – VIII)

[1] Considera-se, para efeito de apuração do Resultado Primário, o conceito de União como equivalente ao de Governo Central.[2] Os valores entre parênteses correspondem a déficit.[3] Receita de Contribuições menos Benefícios Previdenciários.[4] Receitas Próprias (inclui transferências do Tesouro Nacional) deduzidas das despesas administrativas.

Quadro 9 - Demonstrativo do Resultado Primário da UniãoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão

O Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão apresenta os valores inscritos, cancelados, pagos e a pagar das contas de restos a pagar. Este demonstrativo possibilita um acompanhamento efetivo de tais contas em todos os Poderes e órgãos relacionados. Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas até o final do exercício, que constam do Passivo Financeiro do ente. Distinguem-se os restos a pagar processados dos não processados, conforme tenham passado pelo estágio de liquidação da despesa ou não (o que não se confunde com pagamento).

Esse demonstrativo permite identificar as despesas que não foram pagas no exercício e, por consequência, devem tornar-se despesas extraorçamentárias, quando ocorrer o seu pagamento no exercício subsequente.

Veja esse demonstrativo a seguir.

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88

Pós-graduação

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃOORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – Anexo IX (LRF, art. 53, inciso V) R$ 1,00

PODER/ ÓRGÃO RESTOS A PAGAR PROCESSADOS RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS

INSCRITOS Cancelados Pagos A pagar

INSCRITOS Cancelados Pagos A pagarEm

exercícios anteriores

Em 31 de dezembro de<Exercício Anterior>

Em exercícios anteriores

Em 31 de dezembro de<Exercício Anterior>

RESTOS A PAGAR(EXCETO INTRAORÇAMENTÁRIOS) (I)

EXECUTIVO

LEGISLATIVO

JUDICIÁRIO

MINISTÉRIOPÚBLICO

RESTOS A PAGAR(INTRAORÇAMENTÁRIOS) (II)

TOTAL (III) = (I + II)

Quadro 10 - Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e ÓrgãoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

O Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino apresenta os recursos públicos destinados à educação provenientes:

• da receita líquida resultante de impostos;

• das transferências multigovernamentais;

• do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB); e

• da contribuição do salário educação.

Este demonstrativo também apresenta:

• as despesas com a manutenção do desenvolvimento do ensino, por vinculação da receita;

• as perdas e ganhos nas transferências do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação;

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

89

• a participação percentual das despesas no total das receitas; e

• as despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino por subfunção.

O presente demonstrativo não está previsto diretamente na Lei de Responsabilidade Fiscal, entretanto, a sua publicação juntamente com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO)é prevista pela Lei de Diretrizes e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96).

É oportuno notar que existem muitas intervenções e interesses relacionados ao volume de recursos, por ser obrigatória a aplicação deles em educação, ser de grande monta e, ainda, constituir uma obrigação constitucional.

Há demonstrativos específicos para as diferentes esferas da federação. Isso porque é viável manter um registro individual das responsabilidades de cada um, bem como as obrigações específicas que lhes são outorgadas pela Constituição Federal e pela legislação complementar, as quais regulam as atividades estatais na área da educação.

Acompanhe, a seguir, o Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.

RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIADEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM MANUTENÇÃO

E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO - MDEORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – Anexo X (LDB, Art. 72) R$ 1,00

RECEITAS DO ENSINO

RECEITA DE IMPOSTOS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre (b)

%(c) = (b/a)x100

1- RECEITA DE IMPOSTOS1.1- Receita Resultante do Imposto sobre Importação – II Imposto sobre Importação - II

Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IIDívida Ativa do IIMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do II(–) Deduções da Receita do II

1.2- Receita Resultante do Imposto sobre Exportação – IE Imposto sobre Exportação – IE

Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IEDívida Ativa do IEMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IE(–) Deduções da Receita do IE

1.3- Receita Resultante do Imposto sobre Rendas – IR Imposto sobre Rendas – IR

Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IRDívida Ativa do IRMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IR(–) Deduções da Receita do IR

continua...

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90

Pós-graduação

RREO – Anexo X (LDB, Art. 72) R$ 1,00

1.4- Receita Resultante do Imposto Territorial Rural – ITR Imposto Territorial Rural – ITRMultas, Juros de Mora e Outros Encargos do ITRDívida Ativa do ITRMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do ITR(–) Deduções da Receita do ITR

1.5- Receita Resultante do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPIImposto sobre Produtos Industrializados - IPIMultas, Juros de Mora e Outros Encargos do IPIDívida Ativa do IPIMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IPI(–) Deduções da Receita do IPI

1.6- Receita Resultante do Imposto sobre Operações Financeiras - IOFImposto sobre Operações Financeiras - IOFMultas, Juros de Mora e Outros Encargos do IOFDívida Ativa do IOFMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IOF(–) Deduções da Receita do IOF

1.7- Receita Resultante do Imposto sobre Operações Financeiras com Ouro – IOF-OuroIOF-OuroMultas, Juros de Mora e Outros Encargos do IOF-OuroDívida Ativa do IOF-OuroMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IOF-Ouro(–) Deduções da Receita do IOF-Ouro

DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre (b)

%(c) = (b/a)x100

2- FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS (21,5% de (1.3 + 1.5))3- FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS [1] (23,5% de (1.3 + 1.5))4- IPI-EXPORTAÇÃO REPASSADO AOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL

(10% de 1.5)5- IOF-OURO REPASSADO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E

MUNICÍPIOS [2] (1.7)6- ITR REPASSADO AOS MUNICÍPIOS (50% de 1.4)

7- TOTAL DAS DEDUÇÕES DE TRANSF. CONST. (2+3 + 4 + 5 + 6 )

8- TOTAL DA RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS (1 – 7)

RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre (b)

%(c) = (b/a)x100

9- RECEITA DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO10- RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO11- OUTRAS RECEITAS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO

12- TOTAL DAS RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO (9 + 10 + 11)

MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

RECEITAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre (b)

%(c) = (b/a)x100

13- IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS DESTINADAS À MDE (18% de 8)

DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre (e)

%(f) = (e/d)x100

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

91

RREO – Anexo X (LDB, Art. 72) R$ 1,00

14- COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO AO FUNDEB – PARCELA PROVENIENTE DOS IMPOSTOS

E TRANSFERÊNCIAS DESTINADOS À MDE15- EDUCAÇÃO INFANTIL16- ENSINO FUNDAMENTAL17- ENSINO MÉDIO18- ENSINO SUPERIOR19- ENSINO PROFISSIONAL NÃO INTEGRADO AO ENSINO REGULAR20- OUTRAS

21- TOTAL DAS DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE (14+15 + 16 + 17 + 18 + 19 + 20)

DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL VALOR

22- RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

23- CANCELAMENTO, NO EXERCÍCIO, DE RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO = (36 p)

24- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DOS RECURSOS DE IMPOSTOS

25- TOTAL DAS DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL (22+23 + 24)

26- MÍNIMO DE 18% DAS RECEITAS RESULTANTES DE IMPOSTOS EM MDE [3] ((21-25) / (8)) x 100%

CÁLCULO DO LIMITE COM A COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO AO FUNDEB

COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO

NO BIMESTREATÉ O BIMESTRE<Mês Anterior>/

<Exercício de Referência><Mês Atual>/<Exercício de Referência>

Valor (g) % [2](h) = (g/34)x100

Valor (i) % [4](j) = (i/34)x100

Valor (l) % [5](m) = (l/34)x100

27 - PROGRAMAS PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

BÁSICA (ATÉ 10% DO VALOR ANUAL)28- OUTROS

29- TOTAL DA COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO EM <EXERCÍCÍO> (27 + 28)

LIMITE DE COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO LIMITE ANUAL

ATÉ O BIMESTRE

Valor (n) %(o) = (n/34)x100

30- COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO PROVENIENTE DA RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

(ATÉ 30% DO TOTAL DA COMPLEMENTAÇÃO)

<30% DO TOTAL DA COMPLEM.>

OUTRAS INFORMAÇÕES PARA CONTROLE

OUTRAS DESPESAS CUSTEADAS COM RECURSOS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre (e)

%(f) = (e/d)x100

31- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO31.1- Educação Infantil31.2- Ensino Fundamental31.3- Ensino Médio31.4- Outras

32- DESPESAS CUSTEADAS COM OPERAÇÕES DE CRÉDITO33- DESPESAS CUSTEADAS COM OUTRAS RECEITAS PARA FINANCIAMENTO DO

ENSINO33.1- Educação Infantil33.2- Ensino Fundamental33.3- Ensino Médio33.4- Ensino Superior33.5- Outras

34- TOTAL DAS OUTRAS DESPESAS CUSTEADAS COM RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO (31+32 + 33)

35- TOTAL GERAL DAS DESPESAS COM MDE (21 + 34)

RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

SALDO ATÉ O BIMESTRE CANCELADO EM <EXERCÍCIO>(p)

36- RESTOS A PAGAR DE DESPESAS COM MDE

continua...

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92

Pós-graduação

RREO – Anexo X (LDB, Art. 72) R$ 1,00

FONTE:[1] CF, art. 159, I, alíneas “b” e “d”.[2] CF, art. 153, §5º.[3] Limites mínimos anuais a serem cumpridos no encerramento do exercício.[4] A complementação da União contemplará pagamentos mensais de, no mínimo, cinco por cento da complementação anual.[5] Serão assegurados os repasses de, no mínimo, 45% da complementação anual até 31 de julho, 85% até 31de dezembro e 100% até 31 de janeiro do exercício subsequente.

Quadro 11 - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE – UNIÃOFonte: Adaptado de Brasil (2010).

A seguir, veja o Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) para os Estados.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO (MDE)

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

RECEITAS DE ENSINO

RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS (caput do art. 212 da Constituição) PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No bimestre Até o bimestre (b)

%(c) = (b/a)x100

1- RECEITA DE IMPOSTOS1.1- Receita Resultante do Imposto sobre a Circulação de

Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS1.1.1- ICMS1.1.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ICMS1.1.3- Dívida Ativa do ICMS1.1.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do ICMS

1.1.5- (–) Deduções da Receita do ICMS1.1.6- Adicional de até 2% do ICMS Destinado ao Fundo de

Combate à Pobreza (ADCT, art. 82, §1º)1.1.7- (–) Deduções da Receita obtida com o Adicional de até 2%

do ICMS1.2- Receita Resultante do Imposto de Transmissão Causa Mortis e

Doação de Bens e Direitos – ITCD1.2.1- ITCD1.2.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ITCD1.2.3- Dívida Ativa do ITCD1.2.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do ITCD1.2.5- (–) Deduções da Receita do ITCD

1.3- Receita Resultante do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA1.3.1- IPVA1.3.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IPVA1.3.3- Dívida Ativa do IPVA1.3.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do IPVA1.3.5- (–) Deduções da Receita do IPVA

1.4- Receita Resultante do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza Retido na Fonte – IRRF1.4.1- IRRF1.4.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IRRF1.4.3- Dívida Ativa do IRRF1.4.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do IRRF

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

93

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

1.4.5- (–) Deduções da Receita do IRRF2- RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

2.1- Cota-Parte FPE2.2- ICMS-Desoneração – L.C. nº87/19962.3- Cota-Parte IPI-Exportação2.4- Cota-Parte IOF-Ouro

3- TOTAL DA RECEITA DE IMPOSTOS (1 + 2)

DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No bimestre Até o bimestre(b)

% (c) = (b/a)x100

4- PARCELA DO ICMS REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (25% de (1.1 – (1.1.6 – 1.1.7)))5- PARCELA DO IPVA REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (50% de 1.3)6- PARCELA DA COTA-PARTE DO IPI-EXPORTAÇÃO REPASSADA AOS

MUNICÍPIOS (25% de 2.3)

7- TOTAL DAS DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS (4 +5 + 6)

8- TOTAL DA RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS (3 – 7)

RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No bimestre Até o bimestre (b)

% (c) = (b/a)x100

9- RECEITA DA APLICAÇÃO FINANCEIRA DE OUTROS RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS

AO ENSINO10- RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS DO FNDE

10.1- Transferências do Salário-Educação10.2- Outras Transferências do FNDE10.3- Aplicação Financeira dos Recursos do FNDE

11- RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS. DE CONVÊNIOS11.1- Transferências de Convênios11.2- Aplicação Financeira dos Recursos de Convênios

12- RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO13- OUTRAS RECEITAS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO

14- TOTAL DAS RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO (9 + 10 +11 + 12 + 13)

FUNDEB

RECEITAS DO FUNDEB PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No bimestre Até o bimestre (b)

% (c) = (b/a)x100

15- RECEITAS DESTINADAS AO FUNDEB15.1- Receita Resultante do ICMS Destinada ao FUNDEB – (20% de

(1.1 – 4))15.2- Receita Resultante do ITCD Destinada ao FUNDEB – (20% de 1.2)15.3- Receita Resultante do IPVA Destinada ao FUNDEB – (20% de

(1.3 – 5))15.4- Cota-Parte FPE Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.1)15.5- ICMS-Desoneração Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.2)15.6- Cota-Parte IPI Exportação Destinada ao FUNDEB – (20% de (2.3 – 6))

16- RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB16.1- Transferências de Recursos do FUNDEB16.2- Complementação da União ao FUNDEB16.3- Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB

17- RESULTADO LÍQUIDO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB (16.1 – 15)

[SE RESULTADO LÍQUIDO DA TRANSFERÊNCIA (17) > 0] = ACRÉSCIMO RESULTANTE DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB[SE RESULTADO LÍQUIDO DA TRANSFERÊNCIA (17) < 0] = DECRÉSCIMO RESULTANTE DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB

DESPESAS DO FUNDEBDOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No bimestre Até o bimestre (e)

%(f) = (e/d)x100

18- PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO18.1- Com Ensino Fundamental18.2- Com Ensino Médio

19- OUTRAS DESPESAS19.1- Com Ensino Fundamental19.2- Com Ensino Médio

20- TOTAL DAS DESPESAS DO FUNDEB (18 + 19)

DEDUÇÕES PARA FINS DO LIMITE DO FUNDEB PARA PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO VALOR

continua...

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94

Pós-graduação

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

21- RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DO FUNDEB 22- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DO FUNDEB

23- TOTAL DAS DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE DO FUNDEB (21 + 22)

24- MÍNIMO DE 60% DO FUNDEB NA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO COM ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO [1] ((18 – 23) / (16) x 100) %

CONTROLE DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS NO EXERCÍCIO SUBSEQUENTE VALOR

25 – RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB EM <EXERCÍCIO ANTERIOR> QUE NÃO FORAM UTILIZADOS 26 – DESPESAS CUSTEADAS COM O SALDO DO ITEM 25 ATÉ O 1º TRIMESTRE DE <EXERCÍCIO> [2]

MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO (MDE) DESPESAS CUSTEADAS COM A RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS E RECURSOS DO FUNDEB

RECEITAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre (b)

%(c) = (b/a)x100

27- IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS DESTINADAS À MDE (25% de 8) [3]

DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre (e)

%(f) = (e/d)x100

28- EDUCAÇÃO INFANTIL29- ENSINO FUNDAMENTAL

29.1- Despesas Custeadas com Recursos do FUNDEB29.2- Despesas Custeadas com Outros Recursos de Impostos

30- ENSINO MÉDIO30.1- Despesas Custeadas com Recursos do FUNDEB30.2- Despesas Custeadas com Outros Recursos de Impostos

31- ENSINO SUPERIOR32- ENSINO PROFISSIONAL NÃO INTEGRADO AO ENSINO REGULAR33- OUTRAS

34- TOTAL DAS DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE (28 + 29 + 30 + 31 + 32 + 33)

DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DO LIMITE CONSTITUCIONAL DE APLICAÇÃO MÍNIMA EM MDE VALOR

35- RESULTADO LÍQUIDO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB = (17)36- DESPESAS CUSTEADAS COM A COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEB NO EXERCÍCIO37- RECEITA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DO FUNDEB ATÉ O BIMESTRE = (55 h)38- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DO FUNDEB39- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DE OUTROS RECURSOS DE IMPOSTOS40- RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO [4]41- CANCELAMENTO, NO EXERCÍCIO, DE RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS

VINCULADOS AO ENSINO = (51 g)

42- TOTAL DAS DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DO LIMITE CONSTITUCIONAL (35 + 36 + 37 + 38 + 39 + 40 + 41)

43- TOTAL DAS DESPESAS PARA FINS DE LIMITE (34 – 42)

44- MÍNIMO DE 25% DAS RECEITAS RESULTANTES DE IMPOSTOS EM MDE [5] ((43) / (8) x 100) %

OUTRAS INFORMAÇÕES PARA CONTROLE

OUTRAS DESPESAS CUSTEADAS COM RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre (e)

%(f) = (e/d)x100

45- DESPESAS CUSTEADAS COM A APLICAÇÃO FINANCEIRA DE OUTROS RECURSOS DE

IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO46- DESPESAS CUSTEADAS COM A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO

SALÁRIO-EDUCAÇÃO47- DESPESAS CUSTEADAS COM OPERAÇÕES DE CRÉDITO48- DESPESAS CUSTEADAS COM OUTRAS RECEITAS PARA

FINANCIAMENTO DO ENSINO

49- TOTAL DAS OUTRAS DESPESAS CUSTEADAS COM RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO (45 + 46 + 47 + 48)

50- TOTAL GERAL DAS DESPESAS COM MDE (34 + 49)

RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

SALDO ATÉ O BIMESTRE CANCELADO EM <EXERCÍCIO> (g)

51- RESTOS A PAGAR DE DESPESAS COM MDE

FLUXO FINANCEIRO DE RECURSOS VALOR

FUNDEB (h) FUNDEF

52- SALDO FINANCEIRO EM 31 DE DEZEMBRO DE <EXERCÍCIO ANTERIOR>53- (+) INGRESSO DE RECURSOS ATÉ O BIMESTRE54- (-) PAGAMENTOS EFETUADOS ATÉ O BIMESTRE55- (+) RECEITA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS ATÉ O BIMESTRE56- (=) SALDO FINANCEIRO NO EXERCÍCIO ATUAL

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

95

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

FONTE:[1] Limites mínimos anuais a serem cumpridos no encerramento do exercício.[2] Art. 21, § 2º, Lei 11.494/2007: “Até 5% dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União recebidos nos termos do §1º do art. 6º desta Lei, poderão serutilizados no 1º trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito adicional.”[3] Caput do art. 212 da CF/1988[4] Os valores referentes à parcela dos Restos a Pagar inscritos sem disponibilidade financeira vinculada à educação deverão ser informados somente no RREO do último bimestre do exercício.[5] Limites mínimos anuais a serem cumpridos no encerramento do exercício

Quadro 12 - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE – Estados.Fonte: Adaptado de Brasil (2010).

Acompanhe a seguir o Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) dos Municípios.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO (MDE)

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

RECEITAS DO ENSINO

RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS (caput do art. 212 da Constituição) PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA (a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre(b)

%(c) = (b/a)x100

1- RECEITA DE IMPOSTOS1.1- Receita Resultante do Imposto sobre a Propriedade Predial e

Territorial Urbana – IPTU1.1.1- IPTU1.1.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IPTU1.1.3- Dívida Ativa do IPTU1.1.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do IPTU1.1.5- (–) Deduções da Receita do IPTU

1.2- Receita Resultante do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos – ITBI1.2.1- ITBI1.2.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ITBI1.2.3- Dívida Ativa do ITBI1.2.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do ITBI1.2.5- (–) Deduções da Receita do ITBI

1.3- Receita Resultante do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS1.3.1- ISS1.3.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ISS1.3.3- Dívida Ativa do ISS1.3.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do ISS1.3.5- (–) Deduções da Receita do ISS

1.4- Receita Resultante do Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF1.4.1- IRRF1.4.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IRRF1.4.3- Dívida Ativa do IRRF1.4.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros

Encargos da Dívida Ativa do IRRF1.4.5- (–) Deduções da Receita do IRRF

1.5- Receita Resultante do Imposto Territorial Rural – ITR (CF, art. 153, §4º, inciso III)1.5.1- ITR1.5.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ITR1.5.3- Dívida Ativa do ITR

continua...

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96

Pós-graduação

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

1.5.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do ITR

1.5.5- (–) Deduções da Receita do ITR2- RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

2.1- Cota-Parte FPM2.1.1- Parcela referente à CF, art. 159, I, alínea b2.1.2- Parcela referente à CF, art. 159, I, alínea d2.2- Cota-Parte ICMS

2.3- ICMS-Desoneração – L.C. nº 87/19962.4- Cota-Parte IPI-Exportação2.5- Cota-Parte ITR2.6- Cota-Parte IPVA2.7- Cota-Parte IOF-Ouro

3- TOTAL DA RECEITA DE IMPOSTOS (1 + 2)

RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre

%(c) = (b/a)x100

4- RECEITA DA APLICAÇÃO FINANCEIRA DE OUTROS RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

5- RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS DO FNDE5.1- Transferências do Salário-Educação5.2- Outras Transferências do FNDE5.3- Aplicação Financeira dos Recursos do FNDE

6- RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS DE CONVÊNIOS6.1- Transferências de Convênios6.2- Aplicação Financeira dos Recursos de Convênios

7- RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO8- OUTRAS RECEITAS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO

9- TOTAL DAS RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO (4 + 5 + 6 + 7 + 8)

FUNDEB

RECEITAS DO FUNDEB PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre

%(c) = (b/a)x100

10- RECEITAS DESTINADAS AO FUNDEB10.1- Cota-Parte FPM Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.1.1)10.2- Cota-Parte ICMS Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.2)10.3- ICMS-Desoneração Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.3)10.4- Cota-Parte IPI-Exportação Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.4)10.5- Cota-Parte ITR ou ITR Arrecadados Destinados ao FUNDEB –

(20% de (1.5 + 2.5))10.6- Cota-Parte IPVA Destinada ao FUNDEB – (20% de 2.6)

11- RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB11.1- Transferências de Recursos do FUNDEB11.2- Complementação da União ao FUNDEB11.3- Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB

12- RESULTADO LÍQUIDO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB (11.1 – 10)

[SE RESULTADO LÍQUIDO DA TRANSFERÊNCIA (12) > 0] = ACRÉSCIMO RESULTANTE DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB[SE RESULTADO LÍQUIDO DA TRANSFERÊNCIA (12) < 0] = DECRÉSCIMO RESULTANTE DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB

DESPESAS DO FUNDEB DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre(e)

%(f) = (e/d)x100

13- PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO13.1- Com Educação Infantil13.2- Com Ensino Fundamental

14- OUTRAS DESPESAS14.1- Com Educação Infantil14.2- Com Ensino Fundamental

15- TOTAL DAS DESPESAS DO FUNDEB (13 + 14)

DEDUÇÕES PARA FINS DE LIMITE DO FUNDEB PARA PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO VALOR

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

97

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

16- RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DO FUNDEB17- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DO FUNDEB

18- TOTAL DAS DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE DO FUNDEB (16 + 17)

19- MÍNIMO DE 60% DO FUNDEB NA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO COM EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL [1] ((13 – 18) / (11) x 100) %

CONTROLE DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS NO EXERCÍCIO SUBSEQÜENTE VALOR

20 – RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB EM <EXERCÍCIO ANTERIOR> QUE NÃO FORAM UTILIZADOS

21 – DESPESAS CUSTEADAS COM O SALDO DO ITEM 20 ATÉ O 1º TRIMESTRE DE <EXERCÍCIO > [2]

MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO – DESPESAS CUSTEADAS COM A RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS E RECURSOS DO FUNDEB

RECETAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA (a)

RECEITAS REALIZADAS

No Bimestre Até o Bimestre(b)

%(c) = (b/a)x100

22- IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS DESTINADAS À MDE (25% de 3) [3]

DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA (d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre(e)

%(f) = (e/d)x100

23- EDUCAÇÃO INFANTIL23.1- Despesas Custeadas com Recursos do FUNDEB23.2- Despesas Custeadas com Outros Recursos de Impostos

24- ENSINO FUNDAMENTAL24.1- Despesas Custeadas com Recursos do FUNDEB24.2- Despesas Custeadas com Outros Recursos de Impostos

25- ENSINO MÉDIO26- ENSINO SUPERIOR27- ENSINO PROFISSIONAL NÃO INTEGRADO AO ENSINO REGULAR28- OUTRAS

29- TOTAL DAS DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE (23 + 24 + 25 + 26 + 27 + 28)

DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL VALOR

30- RESULTADO LÍQUIDO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB = (12)31- DESPESAS CUSTEADAS COM A COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEB NO EXERCÍCIO32- RECEITA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DO FUNDEB ATÉ O BIMESTRE = (50 h)33- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DO FUNDEB34- DESPESAS CUSTEADAS COM O SUPERÁVIT FINANCEIRO, DO EXERCÍCIO ANTERIOR, DE OUTROS RECURSOS DE

IMPOSTOS35- RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS

VINCULADOS AO ENSINO436- CANCELAMENTO, NO EXERCÍCIO, DE RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE

RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO = (46 g)

37- TOTAL DAS DEDUÇÕES CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL (30 + 31 + 32 + 33 + 34 + 35 + 36)

38- TOTAL DAS DESPESAS PARA FINS DE LIMITE ((23 + 24) – (37))

39- MÍNIMO DE 25% DAS RECEITAS RESULTANTES DE IMPOSTOS EM MDE [5] ((38) / (3) x 100) %

OUTRAS INFORMAÇÕES PARA CONTROLE

OUTRAS DESPESAS CUSTEADAS COM RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA (d)

DESPESAS LIQUIDADAS

No Bimestre Até o Bimestre(e)

%(f) = (e/d)x100

40- DESPESAS CUSTEADAS COM A APLICAÇÃO FINANCEIRA DE OUTROS RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

41- DESPESAS CUSTEADAS COM A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO

42- DESPESAS CUSTEADAS COM OPERAÇÕES DE CRÉDITO43- DESPESAS CUSTEADAS COM OUTRAS RECEITAS PARA

FINANCIAMENTO DO ENSINO

44- TOTAL DAS OUTRAS DESPESAS CUSTEADAS COM RECEITAS ADICIONAIS PARA FINANCIAMENTO DO ENSINO (40 + 41 + 42 + 43)

45- TOTAL GERAL DAS DESPESAS COM MDE (29 + 44)

continua...

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98

Pós-graduação

RREO – ANEXO X (LDB, art. 72) R$ 1,00

RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS DE IMPOSTOS VINCULADOS AO ENSINO

SALDO ATÉ O BIMESTRE CANCELADO EM <EXERCÍCIO> (g)

46- RESTOS A PAGAR DE DESPESAS COM MDE

FLUXO FINANCEIRO DOS RECURSOS

FUNDEB(h)

VALOR

FUNDEF

47- SALDO FINANCEIRO EM 31 DE DEZEMBRO DE <EXERCÍCIO ANTERIOR>48- (+) INGRESSO DE RECURSOS ATÉ O BIMESTRE49- (-) PAGAMENTOS EFETUADOS ATÉ O BIMESTRE50- (+) RECEITA DE APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS ATÉ O BIMESTRE51- (=) SALDO FINANCEIRO NO EXERCÍCIO ATUAL

FONTE:1 Limites mínimos anuais a serem cumpridos no encerramento do exercício.2 Art. 21, § 2º, Lei 11.494/2007: “Até 5% dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União recebidos nos termos do §1º do art. 6º desta Lei, poderão serutilizados no 1º trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito adicional.”3 Caput do art. 212 da CF/19884 Os valores referentes à parcela dos Restos a Pagar inscritos sem disponibilidade financeira vinculada à educação deverão ser informados somente no RREO do último bimestre do exercício.5 Limites mínimos anuais a serem cumpridos no encerramento do exercício, no âmbito de atuação prioritária, conforme LDB, art. 11, V.

Quadro 13 – Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) dos MunicípiosFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital

O Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital apresenta as receitas contratadas ou em títulos que representam financiamento de longo prazo e o comparativo das mesmas diante das despesas de capital.

Das despesas de capital são expurgados os valores de incentivos fiscais concedidos ao setor privado, fato que obriga a uma reflexão acerca do que prevê o inciso III do art. 167 da atual Constituição Federal, pelo qual o montante das despesas de capital deve comportar-se em montante igual ou superior aos da operação de crédito.

Acompanhe a seguir esse demonstrativo.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

99

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS DE CAPITAL

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RREO – ANEXO XI (LRF, art.53, § 1º, inciso I) R$ 1,00

RECEITAS PREVISÃO ATUALIZADA

RECEITAS ATUALIZADASAté o bimestre(b)

SALDO AREALIZAR(c) = (a–b)

RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO (I)

DESPESAS

DOTAÇÃO ATUALIZADA (d)

DESPESAS EXECUTADASAté o bimestre

SALDO A EXECUTAR(g)=(d)-(e+f))LIQUIDADAS

(e)INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADAS(f)

DESPESAS DE CAPITAL

(-) Incentivos Fiscais a Contribuinte

(-) Incentivos Fiscais a Contribuinte por Instituições Financeiras

DESPESA DE CAPITAL LÍQUIDA (II)

RESULTADO PARA APURAÇÃO DA REGRADE OURO (III) = (I – II)

(a-d) (b)-(e+f) (c-g)

FONTE< Operações de Crédito descritas na CF, art. 167, inciso III>

Nota: Durante o exercício, somente as despesas liquidadas são consideradas executadas. No encerramento do exercício, as despesas não liquidadas inscritas em restos a pagar não processados são também consideradas executadas. Dessa forma, para maior transparência, as despesas executadas estão segregadas em:

. a) Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou serviço, nos termos do art. 63 da Lei 4.320/64;

. b) Despesas empenhadas mas não liquidadas, inscritas em Restos a Pagar não processados, consideradas liquidadas no encerramento do exercício, por força do art.35, inciso II da Lei 4.320/64.

Quadro 14 - Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de CapitalFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

O Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos apresenta projeção atuarial do regime próprio da previdência social dos servidores públicos, sendo que Estados, União, Distrito Federal e Municípios poderão instituir contribuição a ser cobrada de seus servidores para o custeio do sistema. O demonstrativo compara as receitas com as despesas e as relaciona com o Produto Interno Bruto (PIB), mensurando a evolução da massa salarial e os reajustes concedidos em relação ao salário mínimo.

Acompanhe no quadro a seguir o Demonstrativo da Projeção Atuarial.

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100

Pós-graduação

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIADEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIAL DO REGIME

GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIALORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – ANEXO XII (LRF, art. 53, § 1º, inciso II) R$ milhões

EXERCÍCIO RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

Valor (a)

% em relação ao PIB Valor (b)

% em relação ao PIB

Valor (a-b)

% em relação ao PIB

FONTES:

TABELA DE HIPÓTESES

EXERCÍCIO%

MASSA SALARIAL%

CRESCIMENTO VEGETATIVO%

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL (IGP-DI) MÉDIA%

VARIAÇÃO REAL DO PIB%

REAJUSTE DO SALARIO MÍNIMO%

REAJUSTE DOS DEMAIS BENEFÍCIOS%

FONTES:

Quadro 15 - Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Geral de Previdência SocialFonte: Adaptado de Brasil (2010).

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIAL DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS

ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – ANEXO XIII (LRF, art. 53, § 1º, inciso II) R$ 1,00

EXERCÍCIO RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS(a)

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS(b)

RESULTADO PREVIDENCIÁRIO(c) = (a-b)

SALDO FINANCEIRO DO EXERCICIO(d) = (“d” exercício anterior) + (c)

FONTES:

Quadro 16 - Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores PúblicosFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos

O Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos apresenta a receita proveniente da venda de ativos e a correspondente aplicação de recursos. É vedada a aplicação de receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público, para financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, conforme o art. 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse demonstrativo permite observar o cumprimento da lei pelo ente quanto a este aspecto. Veja a seguir.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

101

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – ANEXO XIV(LRF, art. 53, § 1º, inciso III ) R$ 1,00

RECEITAS PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS(b)

SALDO A REALIZAR(c) = (a-b)

RECEITAS DE CAPITALALIENAÇÃO DE ATIVOS

Alienação de Bens MóveisAlienação de Bens Imóveis

TOTAL

DESPESAS

(APLICAÇÃO DOS RECURSOS DA ALIENAÇÃO DE ATIVOS)

DOTAÇÃO ATUALIZADA(d)

DESPESAS EXECUTADASAté o bimestre

SALDOS A EXECUTAR(g) = (d)-(e+f)LIQUIDADAS

(e)INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS(f)

DESPESAS DE CAPITALInvestimentosInversões FinanceirasAmortização da Dívida

DESPESAS CORRENTES DOS REGIMES DEPREVIDÊNCIA

Regime Geral da Previdência SocialRegime Próprio dos Servidores Públicos

TOTAL

SALDO FINANCEIRO A APLICAR <EXERCÍCIO ANTERIOR>(h)

<EXERCÍCIO>(i) = (b)-(e+f)

SALDO ATUAL(j) = (h+i)

FONTES:

Nota: Durante o exercício, somente as despesas liquidadas são consideradas executadas. No encerramento do exercício, as despesas não liquidadas inscritas em restos a pagar não processados são também consideradas executadas. Dessa forma, para maior transparência, as despesas executadas estão segregadas em:

. a) Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou serviço, nos termos do art. 63 da Lei 4.320/64;

. b) Despesas empenhadas mas não liquidadas, inscritas em Restos a Pagar não processados, consideradas liquidadas no encerramento do exercício, por força do art.35, inciso II da Lei 4.320/64.

Quadro 17 - Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos RecursosFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo das Despesas com Saúde

O Demonstrativo das Despesas com Saúde apresenta:

• a despesa líquida de impostos e transferências constitucionais e legais;

• as despesas com saúde por grupo de natureza da despesa e por subfunção;

• as transferências do Sistema Único de Saúde (SUS) provenientes das outras esferas de governo.

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102

Pós-graduação

Apresenta também:

• a respectiva participação das transferências de outras esferas na receita líquida de impostos;

• transferências constitucionais e legais, com a finalidade de demonstrar o cumprimento da aplicação dos recursos mínimos nas ações e serviços públicos da saúde de acesso universal previstos na Constituição.

Nota-se que existe uma preocupação quanto à despesa realizada no período, apenas aquelas liquidadas, o que representa um risco de gerenciamento, pois o empenho da despesa é o estágio apropriado para um efetivo controle, quando se adota o regime de competência, como é o caso da legislação brasileira.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM SAÚDEORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – ANEXO XV (ADCT, art. 77) R$ milhares

DESPESAS COM SAÚDE(Por Grupo de Natureza da Despesa)

DOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO ATUALIZADA(a)

DESPESAS LIQUIDADAS

Até o bimestre(b)

%(b/a)

DESPESAS CORRENTESPessoal e Encargos SociaisJuros e Encargos da DívidaOutras Despesas Correntes

DESPESAS DE CAPITALInvestimentosInversões FinanceirasAmortização da Dívida

TOTAL

DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

DOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO ATUALIZADA

DESPESAS LIQUIDADAS

Até o bimestre(c)

%(c) / despesas com saúde

DESPESAS COM SAÚDE(-) ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS(-) JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA(-) AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA(-) DESPESAS CUSTEADAS PELO FUNDO DE COMBATE EERRADICAÇÃO DA POBREZA

TOTAL DE DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

CÁLCULO DO LIMITE VARIAÇÃO NOMINAL DO PIB [1]%

DESPESAS LIQUIDADAS VARIAÇÃO % DE APLICAÇÃO

(d/e*100)-100

Até o bimestre/ <Exercício>(d)

Até o bimestre / <exercício anterior>(e)

TOTAL DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

103

RREO – ANEXO XV (ADCT, art. 77) R$ milhares

EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR INSCRITOSCOM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOSVINCULADOS À SAÚDE

DE EXERCÍCIOS ANTERIORES DE 31 DE DEZEMBRO DE<Exercício anterior>

Inscritos Cancelados Pagos A pagar

Inscritos Cancelados Pagos A pagar

DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE (Por subfunção)

DOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO ATUALIZADA

DESPESAS LIQUIDADAS

Até o bimestre(f)

%(f) / total (f)

Atenção BásicaAssistência Hospitalar e AmbulatorialSuporte Profilático e TerapêuticoVigilância SanitáriaVigilância EpidemiológicaAlimentação e NutriçãoOutras Subfunções

TOTAL

FONTE:¹ Os recursos mínimos aplicados serão equivalentes ao valor apurado no ano anterior corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB), conforme alínea b, do inciso I, do art. 77 do ADCT.

Quadro 18 – Demonstrativo das Despesas com Saúde – UniãoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE IMPOSTOS LÍQUIDA E DAS DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – ANEXO XVI (ADCT, art. 77) R$ 1,00

RECEITAS PREVISÃO INICIAL

PREVISÃO ATUALIZADA(a)

RECEITAS REALIZADAS

Até o semestre(b)

%(b/a)

RECEITA DE IMPOSTOS LÍQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS (I)

ImpostosMultas, Juros de Mora e Outros Encargos dos ImpostosDívida Ativa dos ImpostosMultas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa dos ImpostosReceitas de Transferências Constitucionais e Legais

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) (II)RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO VINCULADAS À SAÚDE (III)OUTRAS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS(-) DEDUÇÃO PARA O FUNDEB

TOTAL

DESPESAS COM SAÚDE(Por Grupo de Natureza da Despesa)

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA(c)

DESPESAS LIQUIDADAS

Até o semestre(d)

%(d/c)

continua...

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104

Pós-graduação

RREO – ANEXO XVI (ADCT, art. 77) R$ 1,00

DESPESAS CORRENTESPessoal e Encargos SociaisJuros e Encargos da DívidaOutras Despesas Correntes

DESPESAS DE CAPITALInvestimentosInversões FinanceirasAmortização da Dívida

TOTAL

DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA

DESPESAS LIQUIDADAS

Até o semestre(e)

%(e) / despesas com saúde

DESPESAS COM SAÚDE(-) DESPESAS COM INATIVOS E PENSIONISTAS(-) DESPESAS CUSTEADAS COM OUTROS RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE

Recursos de Transferências do Sistema Único de Saúde (SUS)Recursos de Operações de CréditoOutros Recursos

(-) RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE RECURSOS PRÓPRIOS VINCULADOS [1]

TOTAL DAS DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE (V)

CONTROLE DE RESTOS A PAGAR VINCULADOS À SAÚDE INSCRITOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES

RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA CONTROLE DE RESTOS A PAGAR VINCULADOS À SAÚDE DE RECURSOS PRÓPRIOS VINCULADOS

Inscritos em ExercíciosAnteriores

CanceladosEm <Exercício>(VI)

RESTOS A PAGAR DE DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS LÍQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS – LIMITE CONSTITUCIONAL <%> [2] [(V – VI) / I]

DESPESAS COM SAÚDE(Por subfunção)

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA

DESPESAS LIQUIDADAS

Até o semestre(i)

%(i) / total (i)

Atenção BásicaAssistência Hospitalar e AmbulatorialSuporte Profilático e TerapêuticoVigilância SanitáriaVigilância EpidemiológicaAlimentação e NutriçãoOutras Subfunções

TOTAL

FONTE:¹ Essa linha apresentará valor somente no Relatório Resumido da Execução Orçamentária do último bimestre do exercício.² Limite anual mínimo a ser cumprido no encerramento do exercício.

Quadro 19 - Demonstrativo da Receita de Impostos Líquida e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de SaúdeFonte: Adaptado de Brasil (2010)

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

105

Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas

O Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas – PPP apresenta, de forma sintética, os valores de ativos aplicados nos empreendimentos pactuados com o setor privado da economia pelos entes federados da administração pública estatal e, ainda, os recursos das estatais não dependentes. Os ativos e seus riscos inerentes são cotejados com as obrigações, admitindo-se provisionar recursos para trazer credibilidade ao novo modelo, recentemente regulado dentro das finanças públicas no Brasil e distante da cultura organizacional local, regional e nacional.

Acompanhe a seguir esse Demonstrativo.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIADEMONSTRATIVO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL<PERÍODO DE REFERÊNCIA>

RREO – Anexo XVII (Lei nº 11.079, de 30.12.2004, arts. 22, 25 e 28) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO SALDO TOTAL EM 31 DE DEZEMBRO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

REGISTROS EFETUADOS EM <EXERCÍCIO> SALDO TOTAL

(c) = (a + b) No bimestre Até o bimestre

(b)

TOTAL DE ATIVOSDireitos FuturosAtivos Contabilizados na SPEContrapartida para Provisões de PPP

TOTAL DE PASSIVOS (I)Obrigações Não Relacionadas a ServiçosContrapartida para Ativos da SPEProvisões de PPP

GARANTIAS DE PPP (II)

SALDO LÍQUIDO DE PASSIVOS DE PPP (III) = (I – II)

PASSIVOS CONTINGENTESContraprestações FuturasRiscos Não ProvisionadosOutros Passivos Contingentes

ATIVOS CONTINGENTESServiços FuturosOutros Ativos Contingentes

DESPESAS DE PPP Exercício Anterior

Exercício Corrente(EC)

<EC+1> <EC+2> <EC+3> <EC+4> <EC+5> <EC+6> <EC+7> <EC+8> <EC+9>

Do Ente Federado

Das Estatais Não-dependentes

TOTAL DAS DESPESAS

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)

TOTAL DAS DESPESAS / RCL (%)

Nota:

FONTE:

Quadro 20 - Demonstrativo do Resultado Primário da UniãoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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106

Pós-graduação

Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

O Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária apresenta, de forma sintética, os limites mínimos constitucionalmente estabelecidos, indo além do que preceitua a Lei de Responsabilidade Fiscal. Serve:

• ao sistema de controle interno;

• ao sistema de controle externo; e

• ao sistema de controle social.

No sistema de controle social, serve como fonte de transparência na evidenciação de resultados, mediante a forma tradicional: relatórios contábeis, econômicos e financeiros.

O governo da União e o seu sistema de controle aproveitam o demonstrativo para obter dados dos Estados-membros, dos Municípios e do Distrito Federal, como é o caso das Parcerias Público-Privadas, dos gastos com Saúde e Educação, que são estranhos ao conteúdo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso, a extensão territorial e a independência em gerenciar as finanças de cada esfera de governo podem dificultar a captura destes dados.

Convém notar que o Demonstrativo da Despesa com Serviços de Terceiros não faz mais parte do conjunto, para os exercícios posteriores a 2004. O manual da Secretaria do Tesouro Nacional não mais o contém. Dessa forma, fica evidente a evolução restrita aos 10% ao ano, conforme previsto no art. 72. Assim, há apenas a prudência gerencial para conter eventuais evoluções na contratação dos serviços.

Veja o demonstrativo a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>DEMONSTRATIVO SIMPLIFICADO DO RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO

ORÇAMENTÁRIAORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

LRF, Art. 48 – Anexo XVIII R$ 1,00

BALANÇO ORÇAMENTÁRIO No bimestre Até o bimestre

RECEITASPrevisão InicialPrevisão AtualizadaReceitas RealizadasDéficit OrçamentárioSaldos de Exercícios Anteriores (Utilizados para Créditos Adicionais)

DESPESASDotação Inicial

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

107

LRF, Art. 48 – Anexo XVIII R$ 1,00

Créditos AdicionaisDotação AtualizadaDespesas EmpenhadasDespesas LiquidadasSuperávit Orçamentário

DESPESAS POR FUNÇÃO/SUBFUNÇÃO No bimestre Até o bimestre

Despesas EmpenhadasDespesas Liquidadas

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL Até o bimestre

Receita Corrente Líquida

RECEITAS E DESPESAS DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA

No bimestre Até o bimestre

Regime Geral de Previdência SocialReceitas Previdenciárias Realizadas(I)Despesas Previdenciárias Liquidadas (II)Resultado Previdenciário (III) = (I – II)

Regime Próprio de Previdência dos ServidoresReceitas Previdenciárias Realizadas (IV)Despesas Previdenciárias Liquidadas (V)Resultado Previdenciário (VI) = (IV – V)

RESULTADOS NOMINAL E PRIMÁRIO Meta Fixada no AMF da LDO (a)

Resultado Apurado Até o bimestre (b)

% em Relação à Meta (b/a)

Resultado NominalResultado Primário

RESTOS A PAGAR POR PODER E MINISTÉRIO PÚBLICO

Inscrição Cancelamento até o bimestre

Pagamento até o bimestre

Saldo a Pagar

RESTOS A PAGAR PROCESSADOSPoder ExecutivoPoder LegislativoPoder JudiciárioMinistério Público

RESTOS A PAGAR NÃO-PROCESSADOSPoder ExecutivoPoder LegislativoPoder JudiciárioMinistério Público

TOTAL

DESPESAS COM AÇÕES TÍPICAS DE MDE Valor Apurado até o bimestre

Limites Constitucionais Anuais

% Mínimo a Aplicar no Exercício

% Aplicado Até o bimestre

Mínimo Anual de <18% / 25%> das Receitas de Impostos em MDEMínimo Anual de 60% do FUNDEB na Remuneração do Magistério com Ensino Fundamental e MédioMínimo Anual de 60% do FUNDEB na Remuneração do Magistério com Educação Infantil e Ensino FundamentalComplementação da União ao FUNDEB – Mínimo Anual de 10% do Total de Recursos do FUNDEB

<18% / 25%>

60%

60%

10%

RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS DE CAPITAL

Valor Apurado até o bimestre Saldo não realizado

Receitas de Operações de CréditoDespesa de Capital Líquida

PROJEÇÃO ATUARIAL DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA

Exercício 10° Exercício 20° Exercício 35° Exercício

Regime Geral de Previdência SocialReceitas Previdenciárias (I)Despesas Previdenciárias (II)Resultado Previdenciário (I – II)

Regime Próprio de Previdência dos ServidoresReceitas Previdenciárias (IV)Despesas Previdenciárias (V)Resultado Previdenciário (IV – V)

continua...

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108

Pós-graduação

LRF, Art. 48 – Anexo XVIII R$ 1,00

RECEITA DA ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS

Valor Apurado até o bimestre Saldo a realizar

Receita de Capital Resultante da Alienação de AtivosAplicação dos Recursos da Alienação de Ativos

DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

Valor Apurado até o bimestre

Limite Constitucional Anual

% Mínimo a Aplicar no Exercício

% Aplicado Até o Bimestre

Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde

DESPESAS DE CARÁTER CONTINUADO DERIVADAS DE PPP

Valor Apurado no Exercício Corrente

Total das Despesas/RCL (%)

FONTE:

Quadro 21 - Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução OrçamentáriaFonte: Adaptado de Brasil (2011).

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

_____. Lei n° 93.94, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

_____. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

_____ . Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 577, de 15 de outubro de 2008. Aprova a 1ª edição do Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais.

_____ . Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria STN n° 249, de 30 de abril de 2010. Aprova a 3ª edição do Manual de Demonstrativos Fiscais.

_____ . Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 42, de 14 de abril de 1999. Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

109

Relatório de Gestão Fiscal (RGF)2

Flávio da CruzLuiz Selhorst

O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) é um instrumento imprescindível para o acompanhamento das atividades financeiras e da gestão dos entes públicos. Este relatório contém demonstrativos que possuem informações relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e contragarantias e operações de crédito. No último quadrimestre, deve ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro e das inscrições em restos a pagar.

Os quadros a seguir foram extraídos do site do Tesouro Nacional, da Portaria nº. 577, de 2008, volume III. Para o exercício de 2011, os demonstrativos foram atualizados pela Portaria STN nº. 249/2010 (3ª edição), muito embora, particularmente, o conteúdo dos demonstrativos do Relatório não tenha sofrido alterações.

Na Portaria nº. 577, de 15/10/2008, que está discriminada no quadro a seguir, pode-se perceber os sete demonstrativos definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal para resumir a execução orçamentária. Em sua opinião, o conteúdo atinge o propósito de simplificação e transparência esboçado pela LRF?

Observe que, conforme o ente federado que venha a preencher os demonstrativos, terá opções concorrentes, como é o caso do Anexo II, onde devem ser expostas as Operações de Crédito.

Identificação do anexo Denominação

Tabela 1 - Demonstrativo da Despesa com Pessoal RGF - ANEXO I (LRF, art. 55, inciso I, alínea “a”)

Tabela 2 - Demonstrativo da DívidaConsolidada Líquida.

RGF - ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”)

Tabela 2.1 - Demonstrativo da DívidaConsolidada Líquida - União

RGF - ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”)

Tabela 2.2 - Demonstrativo da Dívida ConsolidadaLíquida - Estados, DF e Municípios

RGF - ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”)

Tabela 3 - Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de ValoresRGF - ANEXO III (LRF, art. 55, incisoI, alínea “c” e art. 40, § 1º)

Tabela 4 - Demonstrativo das Operações de CréditoRGF - ANEXO IV (LRF, art. 55, incisoI, alínea “d” e inciso III, alínea “c”)

Tabela 5 - Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa RGF - ANEXO V (LRF, art. 55, inciso III, alínea “a”)

Tabela 6 - Demonstrativo dos Restos a Pagar RGF - ANEXO VI (LRF, art. 55, inciso III, alínea “b”)

Tabela 7 - Demonstrativo Simplificadodo Relatório de Gestão Fiscal

LRF, art. 48 - Anexo VII

Quadro 1 - Identificação de Anexos e Denominações Fonte: Brasil (2010).

2 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Relatório de Gestão Fiscal. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 109-131. Livro digital.

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110

Pós-graduação

Demonstrativo da Despesa com Pessoal

O Demonstrativo da Despesa com Pessoal:

• apresenta as despesas com pessoal, de cada um dos poderes e órgãos do ente, e verifica os limites legais;

• apura a despesa líquida com pessoal (ativo e inativo, com ajustes no cálculo) e a compara com a Receita Corrente Líquida;

• verifica o quanto a entidade está comprometendo da Receita Corrente Líquida com pessoal e se está dentro do limite legal ou do limite prudencial (95% do limite legal); e

• apresenta valores até o quadrimestre e nos últimos 12 meses.

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina no seu art. 23 que, quando a entidade extrapole o limite previsto pelo art. 20, deve adotar medidas que a coloquem dentro do limite legal. Caso contrário, durante este período de “ilegalidade”, ficará impedida de:

a. receber transferências voluntárias;

b. obter garantias, diretas ou indiretas, de outros entes estatais;

c. contratar operações de crédito.

Por outro lado, no art. 22, sobre a situação da entidade que ultrapassar o limite do percentual fixado como limite prudencial, tem-se estabelecido que a esta seja negado:

a. criar cargo, emprego ou função;

b. alterar a estrutura de carreira que ocasione aumento de despesa;

c. conceder vantagem, aumento, ou reajuste, salvo os derivados de sentença judicial ou legal;

d. provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal.

Tudo isso é fiscalizado pelos Tribunais de Contas, conforme determinado pelos art. 48 até 59 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

111

< ENTE DA FEDERAÇÃO> – <IDENTIFICAÇÃO DO PODER><IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO, QUANDO O DEMONSTRATIVO

FOR ESPECÍFICO DE UM ÓRGÃO>RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOALORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – ANEXO I (LRF, art. 55, inciso I, alínea “a”) R$ 1,00

DESPESAS COM PESSOAL

DESPESAS EXECUTADAS

(Últimos 12 meses)

LIQUIDADAS(a)

INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO-PROCESSADOS (b)

DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I)Pessoal AtivoPessoal Inativo e PensionistasOutras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização (§ 1º do art. 18 da LRF)

DESPESAS NÃO COMPUTADAS (§ 1º do art. 19 da LRF) (II)Indenizações por Demissão e Incentivos à Demissão VoluntáriaDecorrentes de Decisão JudicialDespesas de Exercícios AnterioresInativos e Pensionistas com Recursos Vinculados

DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL (III) = (I – II)

DESPESA TOTAL COM PESSOAL – DTP (IV) = (III a + III b)

APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE LEGAL VALOR

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL (V)

% da DESPESA TOTAL COM PESSOAL – DTP sobre a RCL (VI) = (IV/V) * 100

LIMITE MÁXIMO (incisos I, II e III do art.20 da LRF) – <%>

LIMITE PRUDENCIAL (parágrafo único do art.22 da LRF) – <%>

FONTE:Nota: Durante o exercício, somente as despesas liquidadas são consideradas executadas. No encerramento do exercício, as despesas não liquidadas inscritas em restos a pagar não-processados são também consideradas executadas. Dessa forma, para maior transparência, as despesas executadas estão segregadas em:

a) Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou serviço, nos termos do art. 63 da Lei 4.320/64;

b) Despesas empenhadas mas não liquidadas, inscritas em Restos a Pagar não-processados, consideradas liquidadas no encerramento do exercício, por força inciso II do art.35 da Lei 4.320/64.

Quadro 2 - Demonstrativo da Despesa com PessoalFonte: Brasil (2010).

Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida

O Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida apresenta as obrigações contratadas pelos entes estatais e as lastreadas em títulos com garantias oferecidas no mercado de capitais.

Evidencia a dívida consolidada líquida ao cotejar a dívida consolidada com os haveres financeiros. Na composição da dívida são incluídos:

• os precatórios;

• os parcelamentos de obrigações fiscais ou trabalhistas obtidos pelo ente estatal;

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112

Pós-graduação

• as operações de crédito de curto prazo eventualmente não resgatadas; e

• as dívidas contratuais assumidas por força das parcerias público-privadas.

A composição do demonstrativo, quando se trata da União, apresenta um grau de maior complexidade. Isso pela esfera de governo comandar a política monetária e assumir, no caso brasileiro, a concentração de recursos (federalismo fiscal), tendo papéis de renegociador da dívida de outros entes estatais. Compara os valores com a Receita Corrente Líquida divisão entre a dívida consolidada contratada e a fixada em títulos (dívida mobiliária).

Veja a seguir esse demonstrativo.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDAORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

SALDO DO EXERCÍCIO DE <EXERCÍCIO>

Até o 1º Quadrimestre

Até o 2º Quadrimestre

Até o 3º Quadrimestre

DÍVIDA CONSOLIDADA – DC (I)Dívida MobiliáriaDívida Contratual

Dívida Contratual de PPPDemais Dívidas Contratuais

Precatórios posteriores a 05/05/2000 (inclusive)Operações de Crédito inferiores a 12 mesesParcelamentos de Dívidas

De TributosDe Contribuições Sociais

PrevidenciáriasDemais Contribuições Sociais

Do FGTSOutras Dívidas

DEDUÇÕES (II) [1]Ativo DisponívelHaveres Financeiros(-) Restos a Pagar Processados

OBRIGAÇÕES NÃO INTEGRANTES DA DCPrecatórios anteriores a 05/05/2000Insuficiência FinanceiraOutras Obrigações

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (DCL)(III) = (I – II)

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL

% da DC sobre a RCL (I/RCL)

% da DCL sobre a RCL (III/RCL)

LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL – <%>

REGIME PREVIDENCIÁRIO

ESPECIFICAÇÃO SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

SALDO DO EXERCÍCIO DE <EXERCÍCIO>

Até o 1º Quadrimestre

Até o 2º Quadrimestre

Até o 3º Quadrimestre

continua...

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

113

RGF – ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”) R$ 1,00

DÍVIDA CONSOLIDADA PREVIDENCIÁRIA (IV)Passivo AtuarialDemais Dívidas

DEDUÇÕES (V) [1]Ativo DisponívelInvestimentosHaveres Financeiros(-) Restos a Pagar Processados

OBRIGAÇÕES NÃO INTEGRANTES DA DC

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDAPREVIDENCIÁRIA (VI) = (IV – V)

FONTE:[1] Se o saldo apurado for negativo, ou seja, se o total do Ativo Disponível mais os Haveres Financeiros for menor que Restos a PagarProcessados, não deverá ser informado nessa linha, mas sim na linha da “Insuficiência Financeira”, das Obrigações não integrantes da DívidaConsolidada – DC. Assim quando o cálculo de DEDUÇÕES (II) for negativo, colocar um “-” (traço) nessa linha.Nota:

Quadro 3 - Demonstrativo da Dívida Consolidada LíquidaFonte: Adaptado de Brasil (2010).

UNIÃORELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDAORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”) R$ milhares

ESPECIFICAÇÃO SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

SALDO DO EXERCÍCIO DE <EXERCÍCIO>

Até o 1° Quadrimestre

Até o 2° Quadrimestre

Até o 3° Quadrimestre

DÍVIDA CONSOLIDADA – DC (I)Dívida Mobiliária

Dívida Mobiliária do TN Interna (em mercado)(-) Aplicações em Títulos PúblicosDívida Mobiliária do TN Interna (em carteira BCB)Dívida SecuritizadaDívida Mobiliária ExternaTítulos do Banco Central (em mercado)

Dívida ContratualDívida Contratual de PPPDemais Dívidas Contratuais

Precatórios posteriores a 05/05/2000 (inclusive)Dívida Assumida pela União (Lei nº 8.727/1993)Outras Dívidas

DEDUÇÕES (II)Ativo Disponível

Depósitos do TN no BCBDepósitos à VistaArrecadação a Recolher

Haveres FinanceirosAplicações Financeiras

Disponibilidades do FATAplicações de Fundos Diversos Junto ao Setor Privado

Recursos da Reserva MonetáriaRenegociação de Dívidas de Entes da Federação

Dívida Renegociada Estados e Municípios (Lei nº 9.496/1997 e MP nº 2.185/2001)Créditos da Lei nº 8.727/1993Dívida Externa Renegociada (Aviso MF nº 30 e outros)Demais Dívidas Renegociadas

Demais Ativos FinanceirosHaveres Externos (Garantias)Outros Créditos Bancários

continua...

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114

Pós-graduação

RGF – ANEXO II (LRF, art. 55, inciso I, alínea “b”) R$ milhares

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (DCL) (III) = (I – II)

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL

% da DC sobre a RCL (I/RCL)

% da DCL sobre a RCL (III/RCL)

LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL – <%>

FONTE:Nota:

Quadro 4 - Detalhamento do Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida – UniãoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores

O Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores apresenta as garantias oferecidas pelos entes e apura o cumprimento do limite legal. Esse demonstrativo evidencia os avais e fianças referentes a operações de crédito e suas contra garantias.

Além disso, o Demonstrativo de Garantias e Contragarantias:

• compara tais valores com a receita líquida disponível e os limites fixados pelo Senado Federal;

• apresenta o saldo do exercício anterior e dos três quadrimestres do exercício atual, conforme o período de referência; e

• permite conhecer as garantias oferecidas pelo Município, se ele ainda está em condições de oferecer mais (quanto mais) e se está cumprindo a lei.

Para Municípios com população inferior a 50.000 habitantes, tem-se um demonstrativo diferente, cujo prazo de apresentação é semestral, enquanto que o Distrito Federal, Estados e a União o fazem a cada quadrimestre. Acompanhe o demonstrativo a seguir.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

115

<ENTE DA FEDERAÇÃO>RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS E CONTRAGARANTIAS DE VALORESORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – ANEXO III (LRF, art. 55, inciso I, alínea “c” e art. 40, § 1º) R$ 1,00

GARANTIAS CONCEDIDAS SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

SALDO DO EXERCÍCIO DE <EXERCÍCIO>

Até o 1° Quadrimestre

Até o 2° Quadrimestre

Até o 3° Quadrimestre

EXTERNAS (I)Aval ou Fiança em Operações de CréditoOutras Garantias nos Termos da LRF [1]

INTERNAS (II)Aval ou Fiança em Operações de CréditoOutras Garantias nos Termos da LRF1

TOTAL GARANTIAS CONCEDIDAS (III) = (I + II)

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL (IV)

% do TOTAL DAS GARANTIAS sobre a RCL

LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL – <%>

CONTRAGARANTIAS CONCEDIDAS SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

SALDO DO EXERCÍCIO DE <EXERCÍCIO>

Até o 1° Quadrimestre

Até o 2° Quadrimestre

Até o 3° Quadrimestre

EXTERNAS (V)Aval ou Fiança em Operações de CréditoOutras Garantias nos Termos da LRF [1]

INTERNAS (VI)Aval ou Fiança em Operações de CréditoOutras Garantias nos Termos da LRF1

TOTAL GARANTIAS CONCEDIDAS (VII) = (V + VI)

FONTE:Nota: [1] Inclui garantias concedidas por meio de Fundos.

Quadro 5 - Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de ValoresFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo das Operações de Crédito

Operação de crédito corresponde ao compromisso financeiro assumido em razão de:

• mútuo;

• abertura de crédito;

• emissão e aceite de título;

• aquisição financiada de bens;

• recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços;

• arrendamento mercantil; e

• outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

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116

Pós-graduação

O Demonstrativo das Operações de Crédito apresenta as operações de crédito efetuadas pelo ente e apura o cumprimento do limite legal. Além disso, esse demonstrativo:

• evidencia as operações de crédito internas, externas e por antecipação da receita orçamentária;

• compara tais valores com a Receita Corrente Líquida e limites fixados pelo Senado Federal;

• apresenta as receitas realizadas até o quadrimestre; e

• permite conhecer as operações de crédito assumidas pelo ente, se ele ainda está em condições de contrair mais (quanto) e se está cumprindo a lei.

<ENTE DA FEDERAÇÃO >RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITOORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – ANEXO IV (LRF, art. 55, inciso I, alínea “d” e inciso III alínea “c”) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO OPERAÇÕES REALIZADAS ATÉ O QUADRIMESTRE DE REFERÊNCIA

Credor Valor

OPERAÇÕES DE CRÉDITO (I)Externas

<Identificação das operações de crédito>Internas

<Identificação das operações de crédito>OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DARECEITA (II)

TOTAL DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO (III) = (I + II)

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL

% DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNAS E INTERNAS SOBRE A RCL (I/RCL)

% DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DA RECEITA SOBRE A RCL (II/RCL)

LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL PARA AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNAS E INTERNAS < % >

LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL PARA AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DA RECEITA < % >

FONTE:Nota:

Quadro 6 - Demonstrativo das Operações de CréditoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa

O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa apresenta a disponibilidade financeira do ente e verifica a parcela comprometida para inscrição em restos a pagar de despesas não liquidadas. Evidencia, de um lado, as contas de disponibilidade; e, de outro, as obrigações de depósitos, restos a pagar e outras.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

117

Apura a suficiência ou insuficiência existente para cobertura das obrigações. Permite conhecer as disponibilidades e as obrigações financeiras, observando a existência de suficiência ou insuficiência para realização de novas despesas (quanto) pelo ente, e se está cumprindo a lei.

O acréscimo, nesse demonstrativo, do estado financeiro do regime previdenciário e sua disponibilidade financeira se justifica pelas responsabilidades que são assumidas pelo ente estatal e pelos riscos envolvidos.

<ENTE DA FEDERAÇÃO> – <IDENTIFICAÇÃO DO PODER><IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO, QUANDO O DEMONSTRATIVO FOR

ESPECÍFICO DE UM ÓRGÃO>RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXAORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – Anexo V (LRF, art. 55, Inciso III, alínea “a”) RS 1,00

ATIVO VALOR PASSIVO VALOR

DISPONIBILIDADE FINANCEIRACaixaBancos

Conta MovimentoContas Vinculadas

Aplicações FinanceirasOutras Disponibilidades Financeiras

<Identificação das outras disponibilidades financeiras>

OBRIGAÇÕES FINANCEIRASDepósitos Restos a Pagar Processados

Do ExercícioDe Exercícios Anteriores

Outras Obrigações Financeiras<Identificação das outras obrigações mais relevantes do Poder ou órgão>

INSUFICIÊNCIA ANTES DA INSCRIÇÃO EMRESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (I)

SUFICIÊNCIA ANTES DA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (II)

TOTAL TOTAL

INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (III)

SUFICIÊNCIA APÓS A INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (IV) = (II – III)

REGIME PREVIDENCIÁRIO

DISPONIBILIDADE FINANCEIRACaixaBancos

Conta MovimentoContas Vinculadas

Aplicações FinanceirasOutras Disponibilidades Financeiras

<Identificação das outras disponibilidades financeiras>

OBRIGAÇÕES FINANCEIRASDepósitos Restos a Pagar Processados

Do ExercícioDe Exercícios Anteriores

Outras Obrigações Financeiras<Identificação das outras obrigações mais relevantes do Poder ou órgão>

INSUFICIÊNCIA ANTES DA INSCRIÇÃO EMRESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (V)

SUFICIÊNCIA ANTES DA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (VI)

TOTAL TOTAL

INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS DO REGIME PREVIDENCIÁRIO (VII)

SUFICIÊNCIA APÓS A INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS DO REGIMEPREVIDENCIÁRIO (VIII) = (VI – VII)

FONTE:Nota:

Quadro 7 - Demonstrativo da Disponibilidade de CaixaFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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118

Pós-graduação

Demonstrativo dos Restos a Pagar

O Demonstrativo dos Restos a Pagar apresenta as inscrições em restos a pagar de despesas não liquidadas nos limites de disponibilidade de caixa. Esse demonstrativo evidencia as inscrições de restos a pagar do ente, do exercício atual e de exercícios anteriores, comparadas com as disponibilidades financeiras. Além disso, apura os restos a pagar não inscritos por insuficiência financeira e permite saber se o ente apresenta disponibilidade suficiente para cobrir as despesas não liquidadas, e se está cumprindo a lei. Acompanhe a seguir o demonstrativo.

<ENTE DA FEDERAÇÃO> – <IDENTIFICAÇÃO DO PODER>RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGARORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

RGF – ANEXO VI (LRF, art. 55, inciso III, alínea “b”) R$ 1,00

ÓRGÃO

RESTOS A PAGAR INSCRITOSEMPENHOSCANCELADOS ENÃO INSCRITOSPOR INSUFICIÊNCIAFINANCEIRA

Liquidados e Não Pagos(Processados)

Empenhados e Não Liquidados (Não Processados)

De ExercíciosAnteriores

Do Exercício De ExercíciosAnteriores

Do Exercício

ADMINISTRAÇÃO DIRETA<Identificação do órgão, quando o demonstrativo for específico de um órgão do Poder Legislativo ou Judiciário; ou relação dos órgãos do Poder Executivo>

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA<Identificação do órgão, quando o demonstrativo for específico de um órgão do Poder Legislativo ouJudiciário; ou relação das entidades do Poder Executivo >

TOTAL

SUFICIÊNCIA ANTES DA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS(Apurado no Anexo V - Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa)

FONTE DE RECURSOS

RESTOS A PAGAR INSCRITOSEMPENHOSCANCELADOS ENÃO INSCRITOSPOR INSUFICIÊNCIAFINANCEIRA

Liquidados e Não Pagos(Processados)

Empenhados e Não Liquidados (Não Processados)

De ExercíciosAnteriores

Do Exercício De ExercíciosAnteriores

Do Exercício

<Identificação da fonte de recursos>

TOTAL

FONTE:Nota:

Quadro 8 - Demonstrativo dos Restos a PagarFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

119

Demonstrativo dos Limites

O Demonstrativo dos Limites apresenta um quadro com o resumo de todos os limites a que o ente está sujeito, observando o cumprimento da lei. São apurados os seguintes limites:

• despesas com pessoal;

• dívida;

• garantias de valores;

• operações de crédito;

• restos a pagar.

O demonstrativo dos limites permite verificar, em uma única tabela, os principais limites legais e o resultado do ente em cada um dos aspectos.

Acompanhe a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO> – <IDENTIFICAÇÃO DO PODER><IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO, QUANDO O DEMONSTRATIVO

FOR ESPECÍFICO DE UM ÓRGÃO>RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DEMONSTRATIVO DOS LIMITESORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

<PERÍODO DE REFERÊNCIA PADRÃO>

LRF, art. 48 – Anexo VII R$ 1,00

DESPESA COM PESSOAL VALOR % SOBRE A RCL

Despesa Total com Pessoal – DTPLimite Máximo (incisos I, II e III, art. 20 da LRF) – <%>Limite Prudencial (parágrafo único, art. 22 da LRF) – <%>

DÍVIDA CONSOLIDADA VALOR % SOBRE A RCL

Dívida Consolidada LíquidaLimite Definido por Resolução do Senado Federal

GARANTIA DE VALORES VALOR % SOBRE A RCL

Total das Garantias de ValoresLimite Definido por Resolução do Senado Federal

OPERAÇÕES DE CRÉDITO VALOR % SOBRE A RCL

Operações de Crédito Externas e InternasOperações de Crédito por Antecipação da ReceitaLimite definido pelo Senado Federal para Operações deCrédito Externas e InternasLimite definido pelo Senado Federal para Operações deCrédito por Antecipação da Receita

RESTOS A PAGARINSCRIÇÃO EMRESTOS A PAGAR NÃOPROCESSADOS

SUFICIÊNCIA ANTES DAINSCRIÇÃO EMRESTOS A PAGAR NÃOPROCESSADOS

Valor Apurado nos demonstrativos respectivos

FONTE:

Quadro 9 - Demonstrativo dos LimitesFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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120

Pós-graduação

Anexo de Metas Fiscais e Anexo de Riscos Fiscais

Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, os riscos fiscais são a probabilidade de ocorrerem eventos que possam impactar, de forma negativa, as contas públicas em um determinado momento.

Os riscos fiscais podem ser classificados em dois grupos distintos: riscos de natureza orçamentária e riscos decorrentes da gestão da dívida pública.

Os riscos provenientes da execução orçamentária referem-se à possibilidade das receitas previstas não se realizarem nos valores estimados para o período ou à necessidade de execução de despesas que não foram fixadas ou fixadas em valor menor que o necessário no orçamento.

O Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais, volume I, da Portaria da STN nº. 577/2008, atualizada pela Portaria STN nº. 249/2010 (3ª edição), cita como riscos orçamentários:

• arrecadação de tributos realizada a menor do que a prevista no Orçamento – a frustração na arrecadação, diante de fatos ocorridos posteriormente à elaboração da peça orçamentária e a restituição de determinado tributo não previsto constituem exemplos de riscos orçamentários relevantes;

• restituição de tributos realizada a maior que a prevista nas deduções da receita orçamentária;

• nível de atividade econômica, taxa de inflação e taxa de câmbio – trata- se de variáveis que também podem influenciar o montante de recursos arrecadados (sempre que houver discrepância entre as projeções dessas variáveis quando da elaboração do orçamento, os valores observados durante a execução orçamentária e os coeficientes que relacionam os parâmetros aos valores estimados);

• ocorrência de epidemias, enchentes, abalos sísmicos e outras situações de calamidade pública que demandem do Estado ações emergenciais.

Os riscos fiscais que decorrem da gestão da dívida referem-se a possíveis fatos alheios à vontade do gestor público, os quais podem resultar em acréscimos no serviço da dívida pública no ano de referência.

Esses riscos advêm, principalmente, de dois tipos de eventos:

• decorrentes de fatos como a variação das taxas de juros e de câmbio em títulos vincendos;

• passivos contingentes que representam dívidas cuja existência depende de

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

121

fatores não controláveis, como os resultados dos julgamentos de processos judiciais onde o ente público é condenado a pagar valores substanciais.

Conforme definido no § 5º do art. 100 da Constituição Federal de 1988, redação dada pela Emenda Constitucional n° 62, de 2009, os precatórios judiciais não se enquadram como risco fiscal porque já têm obrigatoriedade de constar no orçamento:

É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.

O Anexo de Metas Fiscais fará parte do Projeto de Lei de Elaboração das Diretrizes Orçamentárias, segundo o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000), no § 1º do art. 4º. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é elaborado anualmente pelo Poder Executivo da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, abrangendo tanto o Poder Executivo quanto os Poderes Legislativo e Judiciário, é encaminhado para aprovação do Poder Legislativo.

O art. 4º dessa Lei determina que, no Anexo de Metas Fiscais, serão estabelecidas as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, e conterá ainda:

• avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

• demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as metas fixadas nos três exercícios anteriores e evidenciando a consistência das mesmas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

• evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

• avaliação da situação financeira e atuarial:

1. do regime geral de previdência social, do regime próprio de previdência dos servidores;

2. do Fundo de Amparo ao Trabalhador; e

3. dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

• demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

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122

Pós-graduação

Os demonstrativos que compõem o anexo de Riscos e o Anexo de Metas Fiscais estão discriminados a seguir:

Identificação do anexo Denominação

Tabela 1 - Demonstrativo dosRiscos Fiscais e Providências

ARF - (LRF, art. 4º, § 3º)

Tabela 2 – Metas Anuais AMF - Demonstrativo I (LRF, art. 4º, § 1º)

Tabela 3 – Avaliação do Cumprimento dasMetas Fiscais do Exercício Anterior

AMF - Demonstrativo II (LRF, art. 4º, §2º, inciso I)

Tabela 4 – Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos três Exercícios Anteriores AMF – Demonstrativo III (LRF, art.4º, §2º, inciso II)

Tabela 5 – Evolução do Patrimônio Líquido AMF - Demonstrativo IV (LRF, art.4º, §2º, inciso III)

Tabela 6 – Origem e Aplicação dosRecursos com a Alienação de Ativos

AMF - Demonstrativo V (LRF, art.4º, §2º, inciso III)

Tabela 7 – Avaliação da Situação Financeira e Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos Servidores

AMF - Demonstrativo VI (LRF, art.4º,§2º, inciso IV, alínea “a”)

Tabela 8 – Projeção Atuarial do RegimePróprio de Previdência dos Servidores

AMF – Demonstrativo VI (LRF, art.4º,§ 2º, inciso IV, alínea “a”)

Tabela 9 – Estimativa e Compensação da Renúncia de AMF – Demonstrativo VII (LRF, art. 4°, § 2°, inciso V)

Tabela 10 – Margem de Expansão das DespesasObrigatórias de Caráter Continuado

AMF – Demonstrativo VIII (LRF, art. 4°, § 2°, inciso V)

Quadro 10 - Identificação do Anexo de Metas FiscaisFonte: Brasil (2010).

O Demonstrativo I trata das metas anuais e apresenta a previsão do Resultado Primário para os dois anos futuros ao que se está realizando e deve manter sintonia com o Anexo VII do Relatório Resumido da Execução Orçamentária. Traz a necessidade de indexação e exige conhecimento de valor constante e de valor corrente. Acompanhe.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISMETAS ANUAIS

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 1 (LRF, art. 4º, § 1º) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO <Ano de referência> <Ano + 1> <Ano + 2>Valor Corrente(a)

Valor Constante

% PIB(a / PIB x 100)

Valor Corrente(b)

Valor Constante

% PIB(b / PIB x 100)

Valor Corrente(c)

Valor Constante

% PIB(c / PIB x 100)

Receita TotalReceitas Primárias (I)Despesa TotalDespesas Primárias (II)Resultado Primário(III) = (I – II)Resultado NominalDívida Pública Consolidada

Dívida Consolidada Líquida

FONTE:

Quadro 11 - Metas AnuaisFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

123

O Demonstrativo II trata da Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais referente ao exercício anterior e apresenta a previsão em comparação com o efetivamente realizado.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISAVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS FISCAIS DO EXERCÍCIO ANTERIOR

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 2 (LRF, art. 4º, § 2º, inciso I) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO Metas Realizadas em <Ano-2>(a)

% PIB Metas Realizadas em <Ano-2>(b)

% PIBVARIAÇÃO

Valor(c) = (b-a)

%(c/a) x 100

Receita TotalReceitas Primárias (I)Despesa TotalDespesas Primárias (II)Resultado Primário (III) = (I – II)Resultado NominalDívida Pública ConsolidadaDívida Consolidada Líquida

FONTE:

Quadro 12 - Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais do Exercício AnteriorFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo III trata das metas fiscais atuais comparadas com as fixadas nos três exercícios anteriores e apresenta a previsão em comparação com o efetivamente realizado nos últimos três anos, de forma a permitir o juízo de valor sobre a eficácia da metodologia de previsão adotada, para estabelecer as metas fiscais em diferentes entes estatais. Veja a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISMETAS FISCAIS ATUAIS COMPARADAS COM AS FIXADAS

NOS TRÊS EXERCÍCIOS ANTERIORES<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 3 (LRF, art.4º, §2º, inciso II) R$ 1,00

ESPECIFICAÇÃO VALORES A PREÇOS CORRENTES

<Ano-3> <Ano-2> % <Ano-1> % <Ano de referência>

<Ano+1> % Ano+2> %

Receita TotalReceitas Primárias (I)Despesa TotalDespesas Primárias (II)Resultado Primário(III) = (I – II)Resultado NominalDívida Pública ConsolidadaDívida Consolidada Líquida

ESPECIFICAÇÃO VALORES A PREÇOS CONSTANTES

<Ano-3> <Ano-2> % <Ano-1> % <Ano de referência>

<Ano+1> % Ano+2> %

continua...

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124

Pós-graduação

AMF – Tabela 3 (LRF, art.4º, §2º, inciso II) R$ 1,00

Receita TotalReceitas Primárias (I)Despesa TotalDespesas Primárias (II)Resultado Primário(III) = (I – II)Resultado NominalDívida Pública ConsolidadaDívida Consolidada Líquida

FONTE:

Quadro 13 - Metas Fiscais atuais comparadas com as fixadas nos três exercícios anterioresFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo IV trata do patrimônio líquido (que, na maioria dos entes estatais, é denominado de saldo patrimonial) com foco na existência bastante frágil, em função da contabilização, parcial e precária, que é exercida sobre o Ativo Permanente nos entes estatais pertencentes à administração direta. Veja a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISEVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 4 (LRF, art.4º, § 2º, inciso III) R$ 1,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO <Ano-2> % <Ano-3> % <Ano-4> %

Patrimônio/CapitalReservasResultado Acumulado

TOTAL

REGIME PREVIDENCIÁRIO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO <Ano-2> % <Ano-3> % <Ano-4> %

PatrimônioReservasLucros ou Prejuízos Acumulados

TOTAL

FONTE:

Quadro 14 - Evolução do Patrimônio LíquidoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo V trata de identificar as origens e as aplicações dos recursos que, mediante a venda a terceiros, se transformaram em receita orçamentária, exigindo que sejam identificados os oriundos de bens móveis e os procedentes de bens imóveis. Destes, uma vez ingressados, deve-se informar se foram aplicados junto ao regime de previdência ou nas despesas de capital do ente estatal, devendo-se ficar atento para o fato de computar apenas as que já foram liquidadas.

Acompanhe a seguir.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

125

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISORIGEM E APLICAÇÃO DOS RECURSOS OBTIDOS COM A ALIENAÇÃO DE ATIVOS

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 5 (LRF, art.4º, § 2º, inciso III) R$ 1,00

RECEITAS REALIZADAS <Ano-2>(a)

<Ano-3>(d)

<Ano-4>

RECEITAS DE CAPITALALIENAÇÃO DE ATIVOS

Alienação de Bens MóveisAlienação de Bens Imóveis

TOTAL

DESPESAS LIQUIDADAS <Ano-2>(b)

<Ano-3>(e)

<Ano-4>

APLICAÇÃO DOS RECURSOS DA ALIENAÇÃO DE ATIVOSDESPESAS DE CAPITAL

InvestimentosInversões FinanceirasAmortização da Dívida

DESPESAS CORRENTES DOS REGIMES PREVIDENCIÁRIOS

Regime Geral de Previdência SocialRegimes Próprios dos Servidores Públicos

TOTAL

SALDO FINANCEIRO (c) = (a-b) + (f) (f) = (d-e) + (g) (g)

FONTE:Nota:

Quadro 15 - Origem e Aplicação dos Recursos Obtidos com a Alienação de AtivosFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo VI trata das metas do regime próprio de previdência social dos Servidores, considerando o comportamento dos últimos três anos, e que pode servir de balizador para a projeção do exercício corrente.

O Demonstrativo trata, ainda, da projeção atuarial do regime próprio de previdência dos servidores. Convém esclarecer que atuária é um ramo da matemática que estuda formas de projeção aplicáveis aos benefícios, pensões e aposentadorias daqueles que participam do processo de contribuir no momento atual, visando obter o retorno futuro na forma estipulada pela lei que instituiu o regime previdenciário próprio.

Acompanhe os demonstrativos a seguir.

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126

Pós-graduação

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISRECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DO RPPS

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 6 (LRF, art.4º, § 2º, inciso IV, alínea “a”) R$ 1,00

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS <Ano-4> <Ano-3> <Ano-2>

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS - RPPS (EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS)RECEITAS CORRENTES

Receita de ContribuiçõesPessoal CivilPessoal Militar

Receita PatrimonialReceita de ServiçosOutras Receitas Correntes

Compensação Previdenciária do RGPS para o RPPSDemais Receitas Correntes

RECEITAS DE CAPITALAlienação de BensAmortização de EmpréstimosOutras Receitas de Capital

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS - RPPS (INTRA-ORÇAMENTÁRIAS)

RECEITAS CORRENTESReceita de Contribuições

Pessoal CivilPessoal MilitarContribuição Previdenciária para Cobertura de Déficit AtuarialContribuição Previdenciária em Regime de Débitos e Parcelamentos

Receita PatrimonialOutras Receitas Correntes

RECEITAS DE CAPITALAlienação de BensAmortização de EmpréstimosOutras Receitas de Capital

REPASSES PREVIDENCIÁRIOS PARA COBERTURA DE DÉFICIT ATUARIAL - RPPSREPASSES PREVIDENCIÁRIOS PARA COBERTURA DE DÉFICIT FINANCEIRO - RPPSOUTROS APORTES AO RPPS

TOTAL DAS RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS (I)

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS <Ano-4> <Ano-3> <Ano-2>

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS - RPPS (EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS)ADMINISTRAÇÃO

Despesas CorrentesDespesas de Capital

PREVIDÊNCIA SOCIALPessoal CivilPessoal MilitarOutras Despesas Previdenciárias

Compensação Previdenciária do RPPS para o RGPSDemais Despesas Previdenciárias

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS - RPPS (INTRA-ORÇAMENTÁRIAS)ADMINISTRAÇÃO

Despesas CorrentesDespesas de Capital

RESERVA DO RPPS

TOTAL DAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS (II)

RESULTADO PREVIDENCIÁRIO (III) = (I – II)

SALDO DAS DISPONIBILIDADES FINANCEIRAS E INVESTIMENTOS DO RPPS

FONTE:

Quadro 16 - Receitas e Despesas Previdenciárias do RPPSFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

127

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISPROJEÇÃO ATUARIAL DO RPPS

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 7 (LRF, art.4º, § 2º, inciso IV, alínea a) R$ 1,00

EXERCÍCIO RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS(a)

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS(b)

RESULTADO PREVIDENCIÁRIO(c) = (a-b)

SALDO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO(d) = (d Exercício Anterior) + (c)

FONTE:

Quadro 17 - Projeção atuarial do RPPSFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo VII trata da estimativa e compensação da renúncia de receita. A renúncia de receita é prevista pelo art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal e visa disciplinar os favorecimentos especiais para o contribuinte individual ou por segmentos de mercado, de forma a restringir seus impactos sobre arrecadação, no futuro da entidade. Veja a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISESTIMATIVA E COMPENSAÇÃO DA RENÚNCIA DE RECEITA

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 8 (LRF, art. 4°, § 2°, inciso V) R$ 1,00

TRIBUTO MODALIDADE SETORES/ PROGRAMAS/BENEFICIÁRIO

RENÚNCIA DE RECEITA PREVISTA COMPENSAÇÃO

<Ano de referência>

<Ano+1> <Ano+2>

TOTAL

FONTE:

Quadro 18 - Estimativa e Compensação da Renúncia de ReceitaFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo VIII trata de acompanhar a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, visando compatibilizar o porte destas despesas e o consequente impacto em orçamentos futuros com o comportamento tendencial da receita, prevenindo os indícios da destruição de resultado primário nos futuros exercícios. Acompanhe.

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Pós-graduação

< ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE METAS FISCAISMARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS

DE CARÁTER CONTINUADO

<ANO DE REFERÊNCIA>

AMF – Tabela 9 (LRF, art. 4°, § 2°, inciso V) R$ 1,00

EVENTOS Valor Previsto para <Ano de Referência>

Aumento Permanente da Receita(-) Transferências Constitucionais(-) Transferências ao FUNDEB

Saldo Final do Aumento Permanente de Receita (I)

Redução Permanente de Despesa (II)

Margem Bruta (III) = (I+II)

Saldo Utilizado da Margem Bruta (IV)Novas DOCC

Novas DOCC geradas por PPP

Quadro 19 - Demonstrativo VIII - Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter ContinuadoFonte: Adaptado de Brasil (2010).

O Demonstrativo dos Riscos Fiscais (que não detalha diretamente os componentes no formulário) tem foco nas fontes de composição da receita e suas oscilações, como por exemplo, a variação no ritmo das atividades econômicas que afetam a tributação indireta ou as condições de acesso e da concentração de renda influenciando na tributação direta. Acompanhe a seguir.

<ENTE DA FEDERAÇÃO>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO DE RISCOS FISCAISDEMONSTRATIVO DE RISCOS FISCAIS E PROVIDÊNCIAS

<ANO DE REFERÊNCIA>

ARF (LRF, art 4º, § 3º) R$ 1,00

RISCOS FISCAIS PROVIDÊNCIAS

Descrição Valor Descrição Valor

TOTAL

FONTE:

Quadro 20 - Demonstrativo de Riscos Fiscais e ProvidênciasFonte: Adaptado de Brasil (2010).

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

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Considerações relevantes para a análise

A análise dos demonstrativos, requer uma visão aberta do desempenho diante de:

• múltiplas dimensões associadas;

• considerações sobre as características diferenciais do setor público em relação ao setor privado;

• compatibilidade diante do planejamento de longo prazo traçado pela, ou para a comunidade local, regional;

• cooperação e coerência diante das imposições do equilíbrio fiscal como parte do pacto federativo.

Essas considerações são especialmente úteis, quando da realização de comparação e análise dos resultados das entidades públicas, que não se restringem apenas a aspectos econômico-financeiros. A preponderância e a ênfase no equilíbrio fiscal, como atualmente se pratica pode conter elementos capazes de distorcer os interesses locais, uma vez que a União é a esfera mais interessada na manutenção ou condução para sucessivos superávits primários.

ImportanteNo geral, a resposta a ser gerada é para a pergunta:Além da cooperação com a obtenção do equilíbrio fiscal o que os demonstrativos trazem de resultado concreto para os compromissos de ordem social e para beneficiar os habitantes locais?

Para aqueles que ainda não conhecem a análise multidimensional, destacamos as dimensões apontadas por Cruz (1997). São oito as dimensões: econômica, social, política, cultural, legal, demográfica, ecológica e tecnológica. Todas elas influenciam as organizações, sejam elas públicas ou privadas. Porém o centro deve ser as condições vivenciais do ser humano.

Uma análise que considera as múltiplas dimensões, no que se refere ao processo decisório e aos resultados obtidos, é bem mais completa. O foco central, em geral, é a dimensão econômica, sendo necessário entender que o todo é 100% e existe concorrência para conhecer e distribuí-los em oito ou mais dimensões.

Um exemplo típico é entender a preponderância de cada uma das vinte e oito funções, a cada conjunto de ações, decorrentes do planejamento de longo prazo (mínimo de 15 anos futuros). Hipoteticamente, na “função 10 – saúde”, o

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Pós-graduação

perfil desejado é conhecido e, estrategicamente, os resultados esperados serão mensurados em pesos diferenciados:

• social (5%);

• política (20%);

• cultural (10%);

• legal (12%);

• demográfica (13%);

• ecológica (25%);

• tecnológica (15%).

Deve-se perceber que o peso relativo é dinâmico e que, assim, não se pode formalizar uma fixação. Entretanto deve-se perceber que o ideal é juntar indicadores não financeiros aos métodos tradicionais, focados somente no aspecto financeiro (dimensões legal e econômica), o monitoramento e a avaliação. Em diferentes situações, o foco pode alterar-se. As possibilidades de análise são grandes e exigem muito critério do analista, de modo a não julgar precipitadamente e com visão reduzida do desempenho. Portanto, deve-se ter o resultado fiscal responsável dentro das limitações que lhe são próprias.

Algumas características diferenciais do setor público em relação ao conceito comum transmitido nos meios de comunicação de massas

Quando se trata da análise de entidades públicas, temos de ter em mente que o setor público é diferente do setor privado, tanto em termos de propósito, estrutura organizacional e situações enfrentadas para alcançar seus objetivos, quanto nos produtos e interesses a ofertar e a atender. Considerando-se que o Estado tem a finalidade de satisfazer as necessidades públicas, o lucro não faz parte dos objetivos da atividade estatal.

Deste modo, segundo Cruz (1997), o resultado econômico-financeiro, que representa o eixo central da avaliação das entidades privadas, deve ser considerado sob um enfoque diferente no setor público. O autor destaca que é o enfoque nos resultados obtidos, diante dos recursos financeiros utilizados, que constitui o núcleo central para avaliar a economicidade, eficiência e eficácia no setor público estatal.

Na dimensão legal, a questão do orçamento é outro aspecto de importância crítica na gestão pública estatal. Nas empresas privadas, a adoção do orçamento é

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

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meramente opcional e informal. Em face dessas situações, o orçamento dificulta consideravelmente a ação do gestor público, ainda mais sob pressão de leis que estabelecem punições associadas a ele, como no caso da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isto pode limitar a ação dos gestores na consecução do melhor resultado quanto ao atendimento das finalidades das entidades públicas estatais, embora, em alguns casos, a predileção para a prática de crimes e o descaso com o dinheiro público sejam oriundos de outras concepções incompatíveis com a índole do bom gestor. Caso não favoreça a mobilidade social e inexistam resultados locais percebidos, o desempenho financeiro, por si só, não justifica a confiança comunitária nos gestores públicos estatais. Mesmo com resultado financeiro de bom porte, tem-se ausência da eficácia com vistas ao progresso e ao desenvolvimento da comunidade, se não houver destaque para a mensuração dos avanços.

Em uma comunidade qualquer, a melhoria das condições de vida das pessoas e das possibilidades de bem-estar deve constituir o foco principal, onde o resultado financeiro é apenas uma condição ou um complemento.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

______ . Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 577, de 15 de outubro de 2008. Aprova a 1ª edição do Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais.

______ . Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria STN n° 249, de 30 de abril de 2010. Aprova a 3ª edição do Manual de Demonstrativos Fiscais.

CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. São Paulo: Atlas, 1997.

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Pós-graduação

Atividades de Autoaprendizagem

1. Consulte a listagem contida ao longo desta unidade e assinale a(s) alternativa(s) CORRETAS que contêm os demonstrativos que compõem o RGF (Relatório de Gestão Fiscal):

a. ( ) Balanço Orçamentário e Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão.

b. ( ) Demonstrativo das Operações de Crédito e Demonstrativo dos Restos a Pagar.

c. ( ) Demonstrativo da Despesa com Pessoal e Demonstrativo do Resultado Nominal.

d. ( ) Demonstrativo do Resultado Primário e Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa.

e. ( ) Demonstrativo da Dívida Consolidada e Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores.

Atividade colaborativa

1. O orçamento, na gestão pública, dificulta consideravelmente a ação do gestor público, também por haver leis que estabelecem punições associadas a ele, como no caso da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isto pode limitar a ação dos gestores, na consecução do melhor resultado para o atendimento das finalidades das entidades públicas.

Comente essa afirmação, sustentando seus argumentos, uma vez que outros podem pensar o contrário. Publique sua resposta na ferramenta Forum.

Síntese

Nesta unidade, você teve a oportunidade de perceber que a transparência fiscal depende do comprimento de qualificação dos dados documentais que, oriundos dos atos e fatos sociais, ingressam no sistema de escrituração contábil. Portanto, há que ser suficientemente monitorada a veracidade e a fidedignidade documental não pelo conteúdo formal, mas pela razão substantiva do que expressa.

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Elaboração e interpretação dos relatórios para prestação de contas da gestão fiscal

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Pressupondo que os profissionais de contabilidade, o controle interno, o controle externo e, principalmente, a vigilância do controle social exerçam pela conduta ética ou pela fiscalização contínua o monitoramento de maneira a tranqüilizar aspectos da procedência, da oportunidade e da composição dos registros contábeis, tem-se demonstrativos que sintetizam a realidade financeira envolvida.

Os diferentes entes federativos já estabeleceram seu modo de organização e veiculação de contas públicas. Logo, a Lei de Responsabilidade Fiscal deveria ter sido respeitada no sistema de consolidação para dar abrigo ao mosaico e encurtar as diferentes culturas organizacionais. Sabe-se que, apesar do art. 67 e do Projeto de Lei n° 3477, até agora a democratização desta temática está ausente.

Fixação de um conjunto de demonstrativos, sinteticamente denominados de Relatórios da Gestão Fiscal (oito deles) e Relatório Resumido da Execução Orçamentária (vinte e cinco deles) passou a ser privilégio da União, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal foi defendia na sua fase embrionária, como sendo articuladora dos diferentes interesses de Municípios e de Estados na sua composição.

Os prazos e a multiplicidade de dados a serem expostos são, a pelo menos uma vez por ano, revistos pela Secretaria do Tesouro Nacional que vem, sob a forma de portarias, disciplinando e interferindo na autonomia administrativa dos demais entes estatais. Há uma preferência por relatórios quadrimestrais e semestrais, além da tradicional cultura dos balanços anuais.

Nos demonstrativos que integram o Relatório da Gestão Fiscal, o interesse é pelas metas fiscais estabelecidas e o foco são as despesas com pessoal, situação da dívida e reflexos financeiros da receita própria no contexto da recuperação financeira de curto e de longo prazo. Os demais detalhes, inclusive regime previdenciário, alocação de recursos para os mínimos obrigatórios na educação e na saúde, são tratados como componentes do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

Apresenta-se, nesta Unidade 4, a estrutura de cada um desses demonstrativos sem a intenção de ensinamento das complexas fórmulas de preenchimento, uma vez que não é este o objetivo desta disciplina. Além disso, indica-se o recurso localizador para possibilitar a alguém que necessite preenchimento pleno ir ao encontro do Manual de Procedimentos e obter instruções pormenorizadas sobre o assunto.

Por último, alerta-se para o fato de serem contidas opiniões parciais focadas apenas no aspecto financeiro. Indicam-se outras dimensões, na intenção de fortalecer novas abordagens ao se estabelecer qualquer juízo de valor sobre o resultado em referência ou julgamento pessoal. Apontam-se, brevemente, características diferenciadoras do modo de gerir uma entidade do setor público visando combater o equívoco constante e repetitivo, passado pelos meios de

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Pós-graduação

comunicação de massa, onde o modo de gerir o setor privado é apontado como com ele comparável, sem qualquer sustentação teórica convincente.

Saiba Mais

Para aprofundar as questões abordadas nesta unidade, você poderá realizar a leitura complementar desses materiais:

CRUZ, Flávio da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada: Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Acesse também o “Manual completo e atualizado”, para saber sobre o preenchimento dos relatórios orçamentários. Este manual está disponível no seguinte endereço: <http://www.stn.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp>.

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Endividamento público e operações de crédito

Unidade 5

Objetivos de Aprendizagem

• Saber que o endividamento público é um conjunto de dívidas de curto prazo e de dívidas de longo prazo e cada esfera de poder tem participação relativa no processo.

• Compreender os três principais componentes da evolução do endividamento: novos financiamentos; encampação dos juros, correção e demais encargos da dívida; e amortização.

• Ter subsídios para distinguir e dimensionar os limites e condições, no plano geral, para as operações de crédito.

Introdução

Estamos iniciando nossa última unidade. Aqui, você terá contato com os conceitos de dívida e saber das condições habilitadoras para que as entidades possam ter acesso aos mecanismos de renovação de suas dívidas e, principalmente, na contratação de novos empréstimos. Na cultura de limites, vamos estudar também a obediência como o divisor de aceitação da norma emitida pelo Senado Federal. Não basta estar presente na Lei, é necessário ser absorvido e praticado. Desconfiando que somente a ética e a consciência sejam insuficientes para dar resposta apropriada, foi necessário estabelecer proibições. Portanto, as proibições de participar de operações de crédito fazem parte do que você vai estudar nesta unidade.

Tentar contribuir para a formação de senso crítico a respeito da participação dos entes federados, no contexto da dívida pública estatal brasileira é a abordagem final desta unidade, preservando bases e raízes formadoras da opinião, porém tentando expandir a oferta de elementos para formação do juízo de valor de cada um. Essa é a intenção. Todos nós já possuímos certo grau de entendimento acerca desse tema.

A Lei de Responsabilidade Fiscal acrescentou alguns detalhes na forma de controlar a dívida e, principalmente, fez uma opção por monitorar a obtenção de superavit primário, visando reduzir ao máximo o déficit nominal. Nesta unidade, vamos ter acesso ao conteúdo capaz de explicar esses aspectos técnicos.

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Pós-graduação

Dívida e endividamento, limites e vedações1

Flávio da CruzLuiz Selhorst

Todos nós já possuímos certo grau de entendimento acerca da dívida. Pela “mesada” adiantada que um dia nos foi colocada e depois descontada ou pelo fato comum de efetuar compras a prazo e sair com um carnê de pagamentos em parcelas mensais.

Na dívida pública, diferente do carnê individualmente assumido, o envolvimento é de todos, embora a decisão tenha sido dos gestores. De forma semelhante ao carnê, uma parcela do dinheiro que você ganhará nos meses seguintes vai para o pagamento da prestação e alguma coisa que você poderia comprar fica prejudicada.

Portanto, o endividamento afeta futuros interesses e, no caso da dívida pública, pode remeter obrigações para as futuras gerações. Por isso, se no exagero do uso de carnê, o impedimento é ter o nome registrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), na dívida pública estatal, se o gestor for exagerado, asfixiará investimentos e reduzirá o número de empregos. Portanto, em ambos os casos o equilíbrio é necessário.

Para manter o equilíbrio, deve-se, prudentemente, respeitar limites, até porque sem eles a tendência é darmos andamento para a crescente vontade de gastar, pois necessidades a atender é que não faltam e a busca de conforto é estimulada, inclusive massivamente na TV e nos jornais. Estabelecer os limites da dívida pública estatal é atribuição constitucional delegada ao Senado Federal. Logo, os limites são estabelecidos por parlamentares. Os parâmetros são de interesse da política econômica porque afetam o comportamento das empresas e famílias, sendo ainda importante na macroeconomia.

Por isso, os órgãos fazendários patrulham e interferem na fixação dos parâmetros, influenciando o Senado Federal.

A Lei de Responsabilidade Fiscal acrescentou alguns detalhes na forma de controlar a dívida e, principalmente, fez opção por monitorar a obtenção de superavit primário, visando reduzir ao máximo o deficit nominal. Nas próximas páginas, vamos ter acesso ao conteúdo capaz de explicar esses aspectos técnicos.

1 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Dívida e endividamento, limites e vedações. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 136-141. Livro digital.

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Endividamento público e operações de crédito

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ConceitoEntende-se por dívida pública os compromissos de ordem financeira assumidos pelo Estado com terceiros.

Antes de você conhecer, entre outros conceitos, os limites e condições existentes para dívida e endividamento dos entes públicos, é necessário esclarecimento quanto aos termos utilizados neste texto.

As seguintes definições constam das Resoluções n°. 40 e 43/01 do Senado:

• Dívida Pública Consolidada ou Fundada: montante total das obrigações financeiras do ente da Federação, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados, bem como da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento.

• Dívida Pública Mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.

• Operação de Crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

• Dívida Consolidada Líquida (DCL): dívida consolidada deduzida das disponibilidades de caixa, das aplicações financeiras e dos demais haveres financeiros.

• Receita Corrente Líquida (RCL): é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos os itens constantes dos incisos I e II, e observações dos parágrafos 2° a 4° do art. 2° da Resolução n°. 40/01.

Nesse contexto e em relação ao que consta na Lei Federal n° 4.320, de 31 de dezembro de 1964, causa dúvida a afirmação de que também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento, uma vez que os débitos de tesouraria não são incorporados, contabilmente, ao orçamento e sim constituem em passivo financeiro e estão no fluxo extraorçamentário.

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Pós-graduação

Uma base conceitual, como aquela de que tomamos conhecimento acima, serve para auxiliar a compreender os limites associados ao comportamento da receita pública estatal, pois, de forma semelhante ao nosso orçamento pessoal, o pagamento, em dia, das prestações precisa contar com o ingresso de recursos dos meses seguintes.

Limites e condições para a dívida

Em conformidade com o art. 30 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Presidente da República deve submeter ao Senado Federal a proposta de limites da dívida pública. O Senado, que tem atribuição constitucional, fixou os limites pela Resolução n° 40, de 20 de dezembro de 2001. Nota-se que, na mesma resolução, não constam, explicitamente, os limites para a União.

A resolução estabelece a Receita Corrente Líquida (RCL) como parâmetro para os limites da Dívida Consolidada Líquida (DCL). A verificação dos valores pode ser vista no Relatório da Gestão Fiscal. Além disso, cabe ao Ministério da Fazenda divulgar mensalmente a relação dos entes que ultrapassarem o limite da dívida e de operações de crédito, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com o art. 3º da Resolução n°. 40/01 do Senado, a Dívida Consolidada Líquida não poderá, após o ano de 2016 (período que corresponde ao prazo de quinze anos, contados a partir de 2001), exceder:

• duas vezes o valor da Receita Corrente Líquida anual, quando se tratar de Estados;

• um vírgula dois décimos (1,2) vezes o valor da Receita Corrente Líquida anual, quando se tratar de Municípios.

Durante o período de transcurso dos quinze anos, contados a partir de 2001, valem as condições do art. 4° da Resolução, que diz: em caso do valor da Dívida Consolidada Líquida ultrapassar o limite, deverá ser reduzido, no mínimo, à proporção de 1/15 (um quinze avos) a cada exercício financeiro.

Após esse período, valem as condições do art. 31 da Lei de Responsabilidade Fiscal:

Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) do primeiro.

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Endividamento público e operações de crédito

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O art. 31 da Lei de Responsabilidade Fiscal também indica a medida a ser adotada caso o ente ultrapasse o limite legal. Nesse caso, o ente:

• estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

• obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9° da referida Lei.

Vencido o prazo para o retorno da dívida ao limite e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.

No entanto, conforme o §6° do art. 30 da Lei de Responsabilidade Fiscal, os limites podem eventualmente ser alterados. Esse parágrafo prevê que sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata o artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações das políticas monetárias ou cambiais, o Presidente da República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites.

O detalhamento para os limites da dívida ocorrem com a Resolução nº. 43, do Senado Federal e legislação posterior.

ImportanteA linguagem técnica é sofisticada e cabe dominar os conceitos de montante global da dívida realizada em um exercício financeiro e comprometimento anual com amortização, juros e demais encargos.

Tudo isso porque o art. 7 da Resolução 43, emitida pelo Senado Federal, preferiu fixar limites específicos para cada um desses componentes do endividamento.

Vamos agora rever alguns conceitos, que, certamente, ajudarão na sequência de nossos estudos.

No montante global da dívida realizada em um exercício financeiro, deve ser considerada a evolução (atualização monetária ou cambial), em relação ao existente ao final do exercício financeiro imediatamente anterior. Contempla também, conforme consta no Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida (Relatório de Gestão Fiscal), além do que já transcrevemos em nossos estudos, os precatórios, parcelamento de dívidas e os restos a pagar não processados.

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Precatórios: ordens judiciais para pagamentos de débitos dos órgãos públicos federais, estaduais, municipais e distritais, definidas pelo art. 100 da Constituição Federal.

Parcelamento de dívidas: são negociações estabelecidas com os detentores das obrigações onde o prazo de vencimento é renegociado, causando, por consequência, alteração no valor envolvido.

Restos a Pagar não processados: são despesas que constaram do orçamento anual, foram empenhadas e não estão definitivamente liquidadas até o encerramento do exercício a que se referem. Significa que o serviço ou o material contratado não foi suficientemente atendido pela pessoa física ou jurídica que o devia fornecer ao ente estatal.

O comprometimento anual com amortização, juros e demais encargos envolve pactos, em geral consignados em contratos de onde se origina a obrigação de reconhecer e empenhar a amortização, isto é, uma parcela do valor principal da dívida a cada data convencionada de vencimento.

Além da amortização, há os encargos que, geralmente, são a taxa de administração e outras despesas contratuais que remuneram o banco pela prestação de serviços (intermediário ou agente financeiro). Pelas normas adotadas pela Secretaria do Tesouro Nacional, a correção monetária do principal, que é um instrumento adotado para restabelecer o poder aquisitivo da dívida, é incorporada ao saldo devedor do contrato e é paga juntamente com a amortização.

Há também os juros, que representam a remuneração do principal e que o financiador (em geral bancos) estabelece, quando do pacto normativo do empréstimo concedido.

O comprometimento anual máximo com a amortização, os juros e encargos fixados pela Resolução n° 43 são de até 16% da Receita Corrente Líquida. Enquanto que, para a evolução (crescimento) do montante global da dívida realizado em um exercício financeiro, o limite é de 11,5% sobre a mesma Receita Corrente Líquida.

Há várias exigências e muitas peculiaridades para que um Município ou um Estado pleiteie uma operação de crédito. Recomenda-se consultar o Ministério da Fazenda e o Banco Central do Brasil, não sem antes fazer uma atenta leitura dos artigos da Resolução n° 43 do Senado Federal e legislação posterior, a fim de se analisar as exceções e as condições protocolares exigidas por entes federados.

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Endividamento público e operações de crédito

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Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da união, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

______. Senado Federal. Resolução n° 40/01, de 21 de dezembro de 2001. Dispõe sobre os limites globais para o montante da dívida pública consolidada e da dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em atendimento ao disposto no art. 52, VI e IX, da Constituição Federal.

______. Senado Federal. Resolução n° 43/01, de 26 de dezembro de 2001. Dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá outras providências.

CRUZ, Flávio da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada: Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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Pós-graduação

Operações de crédito2

Flávio da Cruz

Luiz Selhorst

Com este texto, você obterá subsídios para fazer a distinção entre a dívida flutuante e a dívida consolidada. É seu objetivo também que você entenda o que significa um alongamento do perfil da dívida ou a transformação de dívida flutuante em dívida fundada.

Tipos de operações de crédito

As operações de crédito dos entes podem ser de curto, médio e longo prazo. Entre as de curto prazo (dívida flutuante, de até 12 meses) a mais comum é a operação por antecipação da receita orçamentária (ARO). Esta é aplicada para cobrir eventuais insuficiências de caixa, dentro do exercício financeiro.

Já as operações de médio ou longo prazo (dívida fundada ou consolidada) são aquelas com prazo acima de 12 meses).

Curto prazo Médio/Longo prazo

(até 12 meses) (acima de 12 meses)

dívida flutuante dívida fundada ou consolidada

Quadro 1 – tipos de operações de créditoFonte: Elaboração do autor (2008).

A dívida consolidada poderá ser interna ou externa, de acordo com a forma de capacitação (credor), seja dentro ou fora do País. Destina-se a cobrir desequilíbrio orçamentário ou a financiar obras e serviços públicos, mediante contratos ou emissão de títulos da dívida pública.

Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, serão incluídas na dívida consolidada, para verificação dos limites, as operações com prazo de vencimento inferior a 12 meses, cujas receitas tenham constado do orçamento. Além dessas, os precatórios incluídos no orçamento e não pagos durante o exercício de inclusão. Esse fato causa um conflito com o artigo 92 e seguintes da Lei Federal n° 4.320, de 31 de março de 1964.

2 CRUZ, Flávio da; SELHORST, Luiz. Operações de crédito. In: CRUZ, Flávio da. Responsabilidade Fiscal. 4. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. p. 142-150. Livro digital.

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Endividamento público e operações de crédito

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A regra de ouro

Segundo o art. 167, inciso III, da Constituição Federal (CF/88), é vedada:

a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Uma novidade da Lei de Responsabilidade Fiscal quanto ao atendimento da Regra de Ouro está no §3° do art. 32, segundo o qual, para fins de atendimento do art. 167 da Constituição, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o total das despesas de capital nele executadas, observando-se o seguinte:

• não serão computadas, nas despesas de capital, aquelas realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;

• se o empréstimo ou financiamento, a que se refere o inciso I, for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital.

Desse modo, coíbe-se o financiamento de despesas correntes com operações de crédito, além dos ajustes referentes a despesas de capital e operações de crédito, que passaram a existir com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Além dessas observações, a Resolução n° 43 determina que o exercício anterior e o exercício corrente sejam verificados separadamente, tomando por base:

• no exercício anterior, as receitas de operações de crédito nele realizadas e as despesas de capital nele executadas;

• no exercício corrente, as receitas de operação de crédito e as despesas de capital constantes da lei orçamentária.

Com base no art. 32, § 3°, da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Senado determinou que não sejam computados como despesas de capital:

• o montante referente às despesas realizadas ou constantes da lei orçamentária, conforme o caso, em cumprimento da devolução à que se refere o art. 33 da Lei de Responsabilidade Fiscal (este artigo obriga a devolver o que for contratado em desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal);

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Pós-graduação

• as despesas realizadas e as previstas que representem empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;

• as despesas realizadas e as previstas que representem inversões financeiras, em forma de participação acionária, em empresas que não sejam controladas, direta ou indiretamente, pelos entes da federação.

Limites e condições

Os limites para realização de operações de crédito, conforme a Resolução n° 43/01 do Senado Federal, são os seguintes:

• o seu montante global em um exercício financeiro não poderá exceder a 16% da Receia Corrente Líquida;

• o comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada, inclusive aqueles relativos aos valores a desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não poderá exceder a 11,5% da Receita Corrente Líquida.

Deverão ainda ser observadas outras condições e limites quanto à dívida, oriundas dos §§ 1° a 8° do art. 7º da Resolução n° 43/01. Para análise:

• o limite de 16% estabelecido para operações de crédito, com liberação prevista para mais de um exercício, será calculado considerando-se o cronograma anual de ingresso, projetando-se a receita corrente líquida;

• o disposto neste artigo não se aplica às operações de concessão de garantias e de antecipação de receita orçamentária, cujos limites são definidos pelos arts. 9° e 10°, respectivamente;

• são excluídas dos limites as operações de crédito, quando contratadas pelos Estados e Municípios com a União, organismos multilaterais de crédito ou instituições federais de crédito ou de fomento, que tenham por finalidade financiar projetos de investimento focados na melhoria da administração das receitas e da gestão fiscal, financeira e patrimonial, no âmbito de programa proposto pelo Poder Executivo Federal;

• o cálculo do comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada será feito pela média anual, nos 5 (cinco) exercícios financeiros subsequentes, incluído o da própria apuração, da relação entre o comprometimento previsto e a receita corrente líquida projetada ano a ano;

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Endividamento público e operações de crédito

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• para os efeitos do item acima, a receita corrente líquida será projetada mediante a aplicação de fator de atualização, divulgado pelo Ministério da Fazenda, sobre a receita corrente líquida do período de 12 (doze) meses findos no mês de referência;

• o limite de 11,5% (inciso II do art. 7°) não se aplica às operações de crédito, que, na data da publicação da resolução, estejam previstas:

• em Programas de Ajustes dos Estados, estabelecidos nos termos da Lei n° 9.496, de 11 de setembro de 1997; ou

• no caso dos Municípios, nos contratos de refinanciamento as respectivas dívidas com a União ou aquelas que, limitadas ao montante global previsto, vierem a substituí-las.

Antecipação de Receita Orçamentária (ARO)

As Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária (AROs) são bastante conhecidas, sendo destinadas apenas ao atendimento de insuficiência de caixa durante o exercício. Tais operações seguem o art. 38 da Lei de Responsabilidade Fiscal, além dos outros dispositivos já mencionados, por exemplo, o art. 32.

As operações por Antecipação de Receita Orçamentária seguem as seguintes exigências:

• somente podem ser realizadas a partir do décimo dia do início do exercício;

• devem ser liquidadas, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de cada ano;

• não serão autorizadas, se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente pré-fixada ou indexada à taxa básica financeira ou à que vier substituí-la.

Além disso, estarão proibidas nas seguintes situações:

• enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;

• no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

As operações por Antecipação de Receita Orçamentária não serão computadas para efeito da regra estabelecida no art.167, II, da Constituição Federal, desde que

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Pós-graduação

a operação seja liquidada (paga) até o dia 10 de dezembro do exercício financeiro em que foi contraída.

Para efetuar uma operação de Antecipação de Receita Orçamentária, o Estado ou Município deve fazer a abertura de crédito na instituição financeira (vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central), que manterá um sistema de acompanhamento e controle do saldo de crédito aberto e, nos casos em que não forem observados os limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.

Deve-se estar atento para o processo em que uma dívida flutuante (que constava no passivo financeiro ou passivo circulante) é modificada quanto aos prazos de vencimento por pacto entre as partes. O comum, nesses casos, é ter o prazo bastante alongado e a renegociação estabelecer outro perfil.

Quando, por resultado de uma renegociação, o novo prazo de vencimento for maior do que os próximos 12 meses, recomenda-se classificar como dívida fundada aquilo que, até então, era dívida flutuante. Após a transformação desses prazos de vencimento, o lugar que ocupam, no balanço patrimonial, pode ser o passivo permanente ou o passivo exigível a longo prazo.

Como exemplo dessa transformação, temos a dívida de curto prazo, procedente da parcela a ser paga pela parte patronal ao órgão previdenciário municipal. Tipicamente, essa obrigação deve ser paga a curto prazo (menor que doze meses) e fica localizada como passivo financeiro ou passivo circulante. Entretanto, se ocorrerem atrasos constantes, o montante da dívida vai aumentando, o que dificulta seu pagamento.

Em caso de a dívida ser pactuada, uma forma de administrar seus pagamentos e recuperar a pontualidade é mediante um alongamento dos prazos. A dívida será a mesma, porém, pelos conceitos que você estudou, os desembolsos futuros poderão ter prazos superiores aos doze meses, fato justificado por terem sido revistos os efetivos prazos de saída dos recursos.

A partir dos efetivos prazos de pagamento dos empréstimos, tem-se:

• dívida flutuante para aqueles vencíveis do primeiro ao décimo segundo mês no tempo futuro; e

• dívida fundada para os vencíveis após o décimo segundo mês no tempo futuro.

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Endividamento público e operações de crédito

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Situações de proibição de operações de crédito

Para garantir uma conduta diferente, na obtenção do resultado nominal, foi necessário, mediante dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, tolher o acesso aos endividamentos disfarçados, onde a influência dos agentes garantia acesso facilitado.

Seguindo indicativos do Ministério da Fazenda, Banco Central e da Secretaria do Tesouro Nacional, foram denominadas “operação de crédito” operações que, até então, não possuíam tal nominação.

Assim, segundo o art. 37 da Lei de Responsabilidade Fiscal, descreveremos abaixo operações que são vedadas, por serem equiparadas com operações de crédito:

a. a captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição, cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido sem prejuízo do disposto no §7° do art. 150 da Constituição;

b. o recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social, com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;

c. a assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação similar, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito. Não se aplicam a esta vedação operações com empresas estatais dependentes;

d. assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.

Vamos discutir cada uma das situações acima listadas, pois, assim, fortaleceremos as razões e teremos mais acertos no que se refere aos resultados esperados, conferindo mais equilíbrio às contas públicas estatais.

No caso do primeiro item (item “a”), onde havia a antecipação da receita de tributo, sem que o fato gerador tivesse ocorrido, a captação dava-se, preferencialmente, por pressão ou conveniência nas empresas contribuintes influenciáveis. Entenderemos melhor se observarmos este exemplo hipotético.

Suponha que, ao formar o capital acionário dominante para uma Companhia Estadual de Energia Elétrica, o Tesouro do Estado (caixa da administração direta) seja o principal acionista. Em função disso, o Governador do Estado sempre nomeia, para que a Assembleia Geral homologue, o Diretor Presidente da empresa.

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Pós-graduação

Imagine que determinado tributo responda por 70% do volume da receita mensal. No meio dessa receita, a energia elétrica, explorada em monopólio somente pela empresa estatal, signifique 30% do geral.

Em situações como essa, e em concordância com o grau de dominância político-institucional, a interferência político-partidária, as pressões típicas do sistema de poder e outras formas diretas e indiretas de convencimento permitiam, com significativa facilidade, que a Companhia Estadual de Energia Elétrica recolhesse

– antecipadamente – ao Tesouro do Estado, os tributos decorrentes e incidentes sobre suas operações típicas. Se refletirmos sobre isso, concluiremos que essas operações eram, em verdade, uma forma disfarçada de empréstimo!

Já o segundo item, isto é, o item “b” aborda o mesmo caso exemplificado. Entretanto, ressalva o caso de dividendos e de distribuição de lucros admitidos pela legislação.

Entenderemos por dividendo uma parcela do lucro prevista em contrato ou estatuto social da empresa, que, periodicamente, é calculado e distribuído, em critério uniforme, a todos os detentores de parcela do capital social. Caso o estatuto seja omisso, deve-se obedecer ao que prevê o art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. Nesta, evidencia-se a proteção para que os sócios ou acionistas minoritários não sejam manipulados por interesses de dirigentes da empresa. Há, portanto, fórmulas para partir lucro líquido ajustado (mínimo para a distribuição de dividendos obrigatórios).

O terceiro item, o item “c”, trata dos casos em que entidades estatais da administração direta emitem títulos como se fossem instituições financeiras. O empenho da despesa já é, quando não suficientemente lastreado em comportamento regular das metas fiscais, uma forma disfarçada de financiamento. Até agosto de 2004, quando inexistiam os modelos instituídos pelas Portarias n° 470 e n° 471 da Secretaria do Tesouro Nacional, não existia um controle eficiente sobre essas operações. Deve-se perceber que a emissão de uma duplicata, por exemplo, efetuada por um fornecedor, não se justifica, quando o cliente é o setor público estatal da administração direta. Isso porque o título hábil para a relação é a nota de empenho.

A subutilização da nota de empenho foi determinante para que fosse banido da comunidade (nesta incluídos: os comerciantes, industriais e prestadores de serviços), o dever e o direito de acesso à primeira via deste documento e, principalmente, o aprazamento informal do futuro pagamento.

A Lei de Responsabilidade Fiscal preserva as empresas estatais dependentes e baseia a determinação no art. 165 da Constituição Federal. Esse artigo desobriga essas empresas do orçamento pleno nas Casas Legislativas. Pouco se comenta

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Endividamento público e operações de crédito

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e muito pouco se percebe nesse sentido, porém, quando a Constituição Federal menciona as empresas estatais, o faz para, apenas, investimentos e despesas de capital e despreza as despesas correntes, pois elabora apenas o Orçamento de Investimentos, que integra a Lei Orçamentária Anual.

Finalmente, a vedação citada no item “d” trata de coibir o que a Constituição já definiu, em seu inciso II do art. 167, como tal. Essa proibição é justificada pelos princípios orçamentários da universalidade e da unidade. Além disso, em si, avilta o princípio da publicidade previsto pelo art. 37 da Carta Magna.

Tratadas em conjunto, as quatro vedações limitam, eficazmente, o acesso disfarçado a mecanismos equivalentes à operação de crédito.

É importante que a preocupação investigativa de paralelismos seja contínua, tanto no campo da dívida pública, quanto nos outros itens componentes e concorrentes para a preservação do equilíbrio fiscal. Evita-se, com isso, que a “criatividade” de gestores e agentes privados, os quais se aproveitam de possíveis falhas de monitoramento, ocasione o comprometimento dos objetivos e finalidades da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

______. Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

______. Senado Federal. Resolução n° 40/01, de 21 de dezembro de 2001. Dispõe sobre os limites globais para o montante da dívida pública consolidada e da dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em atendimento ao disposto no art. 52, VI e IX, da Constituição Federal.

______. Senado Federal. Resolução n° 43/01, de 26 de dezembro de 2001. Dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá outras providências.

______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 470, de 31 de agosto de 2004. Aprova a 4ª edição do Manual de Elaboração do Anexo de Riscos Fiscais e do Relatório de Gestão Fiscal.

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Pós-graduação

______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n°. 471, de 31 de agosto de 2004. Aprova a 4ª edição do Manual de Elaboração do Anexo de Metas Fiscais e do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

SANTA CATARINA. Guia da Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei Complementar n°101/2000. Florianópolis: Edição Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, 2001.

Atividades de autoaprendizagem

1. De acordo com o que você estudou, escolha a(s) alternativa(s) corretas sobre a Antecipação de Receita Orçamentária – ARO:

a. ( ) Não serão autorizadas se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente pré-fixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir.

b. ( ) Devem ser liquidadas, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de janeiro de cada ano.

c. ( ) Somente podem ser realizadas a partir do décimo dia do início do exercício.

d. ( ) É proibida no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

2. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre conceitos da dívida pública, de acordo com os seus estudos nesta unidade e com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

a. ( ) Dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

b. ( ) Não integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

c. ( ) Dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, exclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.

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Endividamento público e operações de crédito

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d. ( ) Operação de crédito é o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

e. ( ) Dívida consolidada líquida é a dívida consolidada acrescida das disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros.

Atividade colaborativa

1. Afirma-se que o Poder Legislativo não estabelece nada de sério no País. No caso dos limites de endividamento, pelo art. 3º da Resolução 40 do Senado Federal, inexiste um parâmetro geral estabelecido para a União, enquanto o Município deverá nos próximos quinze anos ficar nos 1,2% da receita corrente líquida e os Estados-membros ficar nos 2,0% da receita corrente líquida. Acesse a ferramenta Fórum e comente essa afirmação, posicionando-se a favor ou contra a isonomia nas três esferas de governo.

2. Estabelecer sanções de ordem penal, para a entidade que ultrapasse os limites de endividamento, é função da Lei n° 10.028, de 2000. Liste e descreva, pelo menos duas penalidades ligadas ao descumprimento das normas legais contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na sua opinião, era mesmo preciso associar punições a infratores, não bastaria a resposta das urnas e a vigilância da imprensa junto com o consciente desprezo popular aos gestores que exageram no endividamento? Exponha sua opinião na ferramenta Exposição.

Síntese

O endividamento afeta a vida de todos os cidadãos e cidadãs. No plano pessoal, cada um define o seu e por ele se responsabiliza.

Quando há uma dívida pública presente nas contas da entidade, a situação é diferente, pois é o recurso público, portanto, o suor de todos os contribuintes é que vai pagar a conta. Pior fica quando se faz um pagamento superior à capacidade de gerar a receita que atenda concorrentemente:

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Pós-graduação

1. juros e encargos da dívida;

2. despesas com pessoal e encargos;

3. investimentos;

4. despesas de manutenção;

5. inversões financeiras; e

6. amortização do principal da dívida.

O desejo é que o endividamento garanta o atendimento de conforto e melhoria de condições para as novas gerações. São elas que pagarão a maior parte das prestações e, serão privadas do acesso aos bens e serviços em troca das obrigações com dívidas.

A dívida deve ser conceitualmente estudada, discutida, entendida e, quem sabe, um dia, decidida pelo conjunto de opiniões dos habitantes da nação brasileira. Encontrar o superavit primário, pagar os juros em dia ou até antecipado e não ter recursos para o desenvolvimento sustentado parece ser o que nos reserva o destino, dentro da alienação geral em discutir a extinção do principal na dívida pública estatal.

As modalidades de dívida flutuante ou fundada são fundamentais para o entendimento do perfil do endividamento de determinado ente estatal. O fato de estar endividado é tanto mais crítico quanto for a incapacidade ou forem as dificuldades para pagar as prestações que estão vencendo.

A regra de ouro onde existe a perspectiva de direcionar os empréstimos de longo prazo para aplicação em despesas de capital chega a ser uma intenção disciplinadora. Entretanto, como o dinheiro não tem cor boa ou ruim, é praticamente ineficaz para o hábito cultural administrativo brasileiro.

O controle da evolução da dívida é uma preocupação constante na Lei de Responsabilidade Fiscal. Referido controle é exercido sobre o montante, sobre o dispêndio com juros e encargos e sobre a obtenção de novos empréstimos.

Mediante leitura investigativa das formas disfarçadas com que os entes estatais da administração direta, vinham fazendo equivalentes de empréstimos, sem transgredir as normas vigentes a Lei de Responsabilidade Fiscal tentou impedir a prática.

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Endividamento público e operações de crédito

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Saiba Mais

Para saber mais sobre operações de crédito, consulte o livro: FERRAZ, Luciano. O controle e as suas operações. São Paulo: Carta Capital, 1999.

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Ao ouvir falar da Lei de Responsabilidade Fiscal, provavelmente, o foco primeiro foi sobre o excesso de despesas com pessoal, praticado pela administração pública estatal. Foi esta a forma com que a mídia explorou, no governo Fernando Henrique Cardoso, a situação para você. Depois de passar pelas seis unidades desta disciplina a sensação é diferente. Nem só com o pagamento da folha de pessoal se faz a má aplicação de recursos dos contribuintes.

Nesta disciplina, você percebeu que há uma pesada missão para tentar quebrar a cultura de indiferença participativa da maioria das pessoas e estabelecer um controle social mínimo.

Diversos elementos, dentro das contas públicas, são expostos e disponibilizados ao público em geral sem uma exploração crítica dos habitantes.

A transparência possui conceitos teóricos a respeitar e uma sensibilização articulada dependerá da qualidade do nível de instrução de determinada população.

Outros conceitos como: eficiência, eficácia, efetividade e economicidade estão associados.

Os focos no planejamento e no orçamento são apenas ensaios tímidos para tentar trazer os contribuintes para um aprendizado participativo do segmento populacional.

A aderência e o envolvimento em audiências públicas são insuficientes, desarticulados e muito falhos.

Uma série de demonstrativos contábeis são disponibilizados e o relatório resumido da execução orçamentária, acompanhado do relatório da gestão fiscal formam, no mínimo vinte tabelas. Não se pode dizer que são simples. Se lhes falta simplicidade o caminho da transparência está cheio de obstáculos.

Prof. Flávio da CruzProf. Luiz Selhorst

Para concluir os estudos

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Flávio da Cruz – possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (1974) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (1986). Atualmente é Professor Titular no Departamento de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina, extensionista esporádico ou voluntário – FEPESE - Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicas. Ex-professor da Escola Superior de Administração e Gerência (ESAG), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Autor dos livros Auditoria Governamental (Atlas-SP) e Contabilidade e Movimentação Patrimonial do Setor Público (na Internet http://www.flaviodacruz.cse.ufsc.br). Co-autor dos livros: Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada; Comentários à Lei 4.320; Controle Interno nos Municípios. Fundador da Associação Brasileira de Custos. Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (cadeira 50), da Academia Catarinense de Ciências Contábeis (cadeira 09) e da Academia Santoamarense de Letras (cadeira 16). Tem experiência profissional na área de Administração, com ênfase em Contabilidade e Finanças Públicas (ex-funcionário do Tribunal de Contas do Estado, ex-Contador do Serviço Público Federal (Ministério do Trabalho), ex-contador de Prefeituras Municipais (Balneário Camboriú e Florianópolis), atuando e ministrando cursos de pós-graduação principalmente nos seguintes temas: administração pública, contabilidade pública, orçamento, ciências contábeis e contabilidade do setor estatal brasileiro.

Luiz Selhorst – possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988) e graduação em Contabilidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Pós-graduado Especialista em Auditoria Pública e Gestão Fazendária. É Analista da Receita Estadual – Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina – e professor da Universidade do Sul de Santa Catarina, na disciplina de Tópicos Emergentes na Administração Pública – SIAFI. Tem experiência na área de Administração e Ciências Contábeis.

Minicurrículo

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Unidade 1

Autoaprendizagem

1. Alternativas corretas: B; C.

Aprendizagem colaborativa

1. Comentários: as opiniões poderão ser contrárias ou favoráveis diante da afirmação. Entretanto, deve ficar caracterizado que, se não há punição ou penalização e se deixa apenas as urnas (processo periódico de eleições populares para renovar a nominata dos governantes), a lei não é, naturalmente e conscientemente, cumprida. Também, deve-se perceber a imprensa no Brasil como uma concentração de poder muito forte (capaz de responder pela formação das correntes condutoras para o bem ou para o mal no aspecto aplicativo da formação de opinião sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal).

2. Comentários: as opiniões poderão ser contrárias ou favoráveis diante da afirmação. Nem por isso, deve deixar de estabelecer conexão entre o fazer com consistência e na conformidade do que foi programado, diante do plano de governo e daquilo constante no planejamento orçamentário. Para monitorar, por meio do teste da conexão, a cada tipo de desvio relevante, deve-se ter mecanismo de controle (interventivo, contributivo, punitivo) visando retomada da execução, a eficácia ou o redirecionamento da situação especialmente vivenciada.

Respostas e comentários das atividades de autoaprendizagem e colaborativas

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Pós-graduação

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Unidade 2

Autoaprendizagem

1. Alternativas corretas: A; B.

Aprendizagem colaborativa

1. Comentários: cabe, a cada um, opinar sobre o fato de disponibilizar as contas e em especial sobre a penalização imposta ao servidor público estatal (valendo-se do exemplo da Prefeitura de Manaus). Quanto ao encaminhamento ao Tribunal de Contas, já é previsto pelo art. 74 da Constituição, sendo o estímulo adequado para não perder oportunidades. O encaminhamento para a Câmara de Vereadores será de análise limitada e influencial em função da dependência real de cada Legislativo local.

Unidade 3

Autoaprendizagem

1. Alternativa correta: B.

Aprendizagem colaborativa

1. Comentários: a opinião de cada um é livre. Entretanto, a esperança é criar uma visão crítica onde se possa perceber que o pacto federativo, se obedecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, contempla a necessidade de reciprocidade. Assim, a União fiscalizaria Municípios e Estados. Os Estados fiscalizariam Municípios e União dando transparência ao processo.

Unidade 4

Autoaprendizagem

1. Alternativas corretas: B; E.

Aprendizagem colaborativa

1. Comentários: o objetivo dessa atividade é levar o aluno a refletir sobre leis e regras limitantes; quanto à gestão orçamentária, oferece a condição para

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Responsabilidade Fiscal

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fiscalização da aplicação. Não cabe ao gestor fazer dos recursos financeiros coletivos instrumento para satisfação da sua prioridade. O interesse público e a autorização prévia passam a determinar a qualidade, a quantidade e o local onde devam ser alocados, dentro das normas gerais do direito financeiro estatal.

Unidade 5

Autoaprendizagem

1. Alternativas corretas: A; C; D.

2. Alternativas corretas: A; D.

Aprendizagem colaborativa

1. Comentários: pretende-se fazer com que o(a)s aluno(a)s percebam que a dívida do setor estatal público é um todo. No ato de contextualizar a participação de Estados-membros, Municípios, Distrito Federal e União, fica a necessidade em comparar e saber qual o papel de cada um e a contenção da Lei para os próximos quinze anos.

Ao verificar a existência de limites e perceber o privilégio concedido para a União, espera-se a emissão das opiniões e por meio delas uma conscientização a respeito do comportamento federativo e reflexões no assunto.

2. Comentários: pretende-se fazer com que o(a)s aluno(a)s reflitam sobre, pelo menos, três tipos de controle concorrentes: PUNITIVO X INTERVENTIVO X CONTRIBUTIVO.

Ao comparar diferentes tipos e verificar a influência da cultura organizacional para a administração pública estatal, espera-se despertar para a gradativa evolução da ética e do controle social a determinar e ditar os novos limites de dívida que interessem ao desenvolvimento harmônico da Nação.

Suficiência ou insuficiência do sistema de voto popular para eleger governantes e parlamentares e estes na representação da vontade dos habitantes. Deseja-se permitir a emissão de opinião de cada um.

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AMARAL, F.C.A. Princípios e controle na administração pública. Monografia como trabalho final de curso graduação em Ciências Contábeis. Florianópolis: UFSC, 1999.

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______ . Lei n° 93.94, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

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______ . Lei Federal n° 8.429, de 02 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

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______. Decreto-lei n° 201, de 27 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores, e dá outras providências.

Referências

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Pós-graduação

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______. Projeto de Lei n° 3.744. Institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.

______. Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 42, de 14 de abril de 1999. Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências.

______. Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 577, de 15 de outubro de 2008. Aprova a 1ª edição do Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais.

______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 470, de 31 de agosto de 2004. Aprova a 4ª edição do Manual de Elaboração do Anexo de Riscos Fiscais e do Relatório de Gestão Fiscal.

______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria n° 471, de 31 de agosto de 2004. Aprova a 4ª edição do Manual de Elaboração do Anexo de Metas Fiscais e do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria STN n° 249, de 30 de abril de 2010. Aprova a 3ª edição do Manual de Demonstrativos Fiscais.

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______. Senado Federal. Resolução n° 43/01, de 26 de dezembro de 2001. Dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá outras providências.

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CRUZ, Flávio da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal comentada: Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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Responsabilidade Fiscal

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